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RELATÓRIO DE CONJUNTURA ECONÓMICA I Trimestre 2017 Banco Angolano de Investimentos / Gabinete de Estudos Económicos eFinanceiros

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RELATÓRIO DE CONJUNTURA ECONÓMICAI Trimestre 2017

Banco Angolano de Investimentos / Gabinete de Estudos Económicos eFinanceiros

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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Conteúdo

I. Enquadramento Internacional .................................................................................. 2

1.1. Perspectivas de crescimento económico ...................................................................... 2

1.2. Mercados Monetário e Cambial .................................................................................... 3

1.3. Mercado das Commodities ........................................................................................... 4

II. Economia Nacional .................................................................................................... 6

2.1. Contas Externas e Mercado cambial ............................................................................. 6

2.2. Contas Fiscais e Endividamento Público ....................................................................... 8

2.3. Actividade Económica e Perspectivas de Crescimento ............................................... 11

2.4. Inflação ........................................................................................................................ 12

2.5. Panorama Monetário e Financeiro ............................................................................. 13

a. Política Monetária e Liquidez ...................................................................................... 13

b. Síntese Monetária ....................................................................................................... 15

c. Estabilidade do Sector Bancário .................................................................................. 16

d. Mercado de Dívida ...................................................................................................... 18

III. Legislação relevante publicada no trimestre .......................................................... 20

III. Fontes e Bibliografia ............................................................................................... 21

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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I. ENQUADRAMENTO INTERNACIONAL

1.1. Perspectivas de Crescimento Económico

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma aceleração do crescimento da economia global para 3,5% e 3,6% em 2017 e 2018, respectivamente. De acordo com a actualização do World Economic Outlook de Abril de 2017, estas projecções traduzem uma revisão em alta de 0,1 p.p. para este ano face à última publicação de Janeiro. Este aumento do crescimento deverá ser impulsionado por uma aceleração em 0,1 p.p. nas economias desenvolvidas. A projecção mantém o nível de crescimento para as economias emergentes em 4,5% e 4,8% para 2017 e 2018, respectivamente.

Estas previsões têm em conta o clima de incerteza provocado pela possibilidade da nova administração norte-americana dar estímulos orçamentais mais elevados no curto prazo, entre as quais a redução de impostos, acrescentado a este cenário a forte probabilidade da introdução de políticas protecionistas ao comércio externo. Outros riscos associados a estas projecções são as condições financeiras mais rígidas nos mercados emergentes bem como o agravamento das tensões geopolíticas.

Relativamente à África Subsaariana, apesar de manter as previsões de crescimento da Nigéria e África do Sul em 2017, o Fundo estima que este bloco económico regional venha a desacelerar 0,2 p.p. em ambos os anos, apontando taxas de crescimento de 2,6% e de 3,5% para os anos de 2017 e 2018, respectivamente.

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Mundo EconomiasAvançadas

EconomiasEmergentes

ÁfricaSubsariana

Gráfico 1. Taxa de crescimento do PIB (%)

2015 2016E 2017P 2018P

Fonte: FMI: WEO - Abril 2017

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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1.2. Mercados Monetário e Cambial No primeiro trimestre do ano, os mercados monetário e cambial foram influenciados quer pela expectativa de subida das taxas de juro norte-americanas, que se materializou na reunião de Março da Fed, como também por factores de índole político.

A economia dos EUA continuou a evoluir positivamente durante o primeiro trimestre de 2017 no que toca aos seus indicadores chave de análise para decisão da taxa de juros. Com o mercado de trabalho a rondar o pleno emprego, e com a taxa de inflação perto do objectivo de 2%, a Fed levou a cabo a primeira subida da taxa de juro dos Fed funds em 2017, em 0,25 p.p., fixando-a no intervalo de 0,75% e 1%. Esta decisão contrastou com a postura do Banco Central Europeu, do Banco da Inglaterra e do Banco do Japão, que mantiveram inalteradas suas respectivas políticas monetárias1.

Desde o final de Fevereiro que os mercados financeiros antecipavam, com elevada probabilidade, esta subida da taxa de juros em Março. Estas expectativas reflectiram-se numa apreciação mais forte do USD no início do ano. Porém, até ao final do trimestre, existiram movimentos correctivos no mercado cambial que colocaram o dólar com perdas trimestrais face aos principais pares. Particularmente, a não efectivação de algumas das medidas expansionistas propostas pelo novo Presidente norte-americano, e com as eleições da França e Holanda, a não serem ganhas pelos candidatos mais radicais.

O USD depreciou cerca 1,27% face ao Euro, 1,64% face à Libra e 4,76% face ao Iene. Por seu lado, a Libra evoluiu durante o trimestre de forma mista, influenciada, por um lado, pelo início do processo de negociação de saída da União Europeia deixando os investidores inquietos e, por outro, pela expectativa dos investidores relativamente aos detalhes das negociações, esperando-se que sejam favoráveis.

As taxas de câmbio das economias emergentes e em desenvolvimento registaram ligeiras apreciações ao longo do primeiro trimestre de 2017, com destaque para a moeda russa (-0,08%) e a moeda indiana (-0,05%). Por seu lado, as moedas do Brasil, China e África do Sul registaram depreciações de 0,01%, 0,02% e 0,04%, respectivamente.

Relativamente à inflação, em particular a evolução da inflação homóloga dos principais parceiros comerciais de Angola no primeiro trimestre do ano, verificou-se um ligeiro abrandamento do crescimento dos preços no Brasil, de 6,29% no final de 2016 para 4,57% em Março deste ano; o cenário de baixa inflação na Zona Euro registou significativas melhorias ao passar de 1,1% em Dezembro de 2016 para 1,5% em Março de 2017 (o que traduz um avanço de 0,4 p.p.), embora tenha abrandado no período Fevereiro/Março; por fim, a China, que assistiu a um abrandamento da inflação, atingindo no final do trimestre 0,9%, face aos 2,1% registados em Dezembro de 2016.

1 O Banco Central Europeu manteve a taxa de juro de referência em 0%, mas procedeu ao abrandamento dos estímulos monetários à economia. De acordo com a Instituição, este programa de estímulos que visa a compra mensal de EUR 80 mil milhões até Março, foi reduzido para EUR 60 mil milhões de activos por mês, e deverá manter-se até o final de 2017, admitindo-se a possibilidade de aumento do prazo, caso o outlook da economia se torne menos favorável. O Banco do Japão não mexeu no seu programa de estímulos à economia, deixando inalterada a taxa de juro de curto prazo (-0,1%) e a de financiamento do Governo a 10 anos em 0%, um ritmo anual de JPY 80.000 mil milhões no quantative easing.

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1.3. Mercado das Commodities

O início do ano de 2017 continuou a ser um período com alguma agitação no cenário político a nível global, marcado pelo lançamento de mísseis na Síria por parte dos EUA e o bombardeamento no Afeganistão, bem como as tensões geopolíticas com a Coreia do Norte, combinada com o período eleitoral em alguns países da Europa e, mais recentemente, a activação do artigo 50º do Tratado de Lisboa para a saída do Reino Unido da União Europeia e a marcação das eleições antecipadas no Reino Unido.

Todos estes factores impulsionaram a procura do ouro, um activo que serve de refúgio seguro em tempos de incerteza. O preço do ouro fixou-se nos USD 1.246,9 por onça, correspondendo a uma valorização de cerca de 9% no final do trimestre, comparativamente ao preço registado no final do trimestre anterior. Já o preço de outros metais básicos fortaleceram-se ao longo do trimestre, com a platina a valorizar cerca de 5%, o cobre mais de 7%, o alumínio 16% e o zinco a subir 11%.

A trajectória da cotação das commodities agrícolas seguiu o sentido descendente no trimestre, com o índice de preços dos alimentos (FAO) a atingir 171 pontos no final do mês de Março, correspondendo a uma variação trimestral de -0,5% (13,4% face a Março de 2016). À excepção dos preços das carnes (+1,1%) e dos cereais (+4%), as restantes commodities contribuíram negativamente para esta evolução no trimestre, destacando o preço dos óleos e gorduras como sendo os que mais influenciaram este índice.

Quanto ao mercado petrolífero, de acordo com o relatório de Março de 2017 da OPEP, a média de produção diária de petróleo no primeiro trimestre atingiu os 95,8 milhões de barris/dia para satisfazer uma procura na ordem de 95,4 milhões de barris/dia. Esta oferta excessiva contribuiu para a acumulação de stock equivalente a 400 mil barris/dia. Refira-se que o excedente de mercado no trimestre em análise reduziu em 700 mil barris/dia face à média registada no último trimestre do ano passado, devido ao facto de o aumento da procura ter superado o da oferta.

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1400Gráfico 2. Preço do Ouro

(USD/Onça de ouro)

Fonte: Bloomberg

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Gráfico 3. Índices da FAO

Indíce FAOCarnesLacticíniosCereaisÓleos e gordurasAçúcar

Fonte: FAO

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Tabela 1: Mercado Petrolífero (média de milhões de barris por dia)

2014 2015 2016 2016 2016 2017 2017 Anual Anual I - Trim IV Trim Anual I - Trim II - Trim (P)Países da OCDE 45,7 46,2 46,8 47,1 46,6 47,0 46,5 Países Fora da OCDE 45,7 46,8 47,3 49 49,8 48.4 48,8 Procura Global 91,4 93,0 94,1 96,1 96,5 95.4 95,3 Países da OPEP 30,8 31,8 32 33,1 32,6 32,0 Países Fora da OPEP 55,6 57,1 58 58 57,6 57.7 57,4 OPEP Gás Natural 6,0 6,1 6,1 6,1 6,7 6,1 6,2 Oferta Global 92,4 95,1 96,1 97,2 96,9 95,8 Excesso de Oferta 1,0 2,1 2 1,1 0,4 0,4

Fonte: Relatórios Mensais da OPEP

Quanto ao preço, registou-se um conjunto de movimentos compensatórios no mercado petrolífero: a procura foi mais robusta que o expectável e houve um alto grau de conformidade com os cortes acordados em dezembro pela OPEP e alguns outros produtores de petróleo. As preocupações do mercado com o excesso de oferta foram reforçadas, entretanto, por aumentos inesperados do stock de reservas petrolíferas nos EUA, pelo crescente número de sondas nos campos de xisto nos EUA e pelas dúvidas sobre uma eventual extensão do acordo de corte da produção pelos membros da OPEP, que se têm constituído como factores de influência negativa sobre os preços.

Assim, no final deste primeiro trimestre, o preço do petróleo Brent, negociado em Londres, registou uma desvalorização na ordem dos 7,5% face ao final do quarto trimestre de 2016, negociando a USD 52,6 por barril sendo que, só no último mês, a variação foi de 5,4% face a Fevereiro. Quanto ao preço do WTI, negociado em Nova Iorque, desvalorizou 6,6% e 7,1% face ao registado no final do trimestre anterior e face ao mês de Fevereiro, respectivamente.

Apesar de, nos últimos meses, os preços do petróleo terem recuperado comparativamente ao ano anterior, a evolução do preço do petróleo está sujeito a incertezas quer no sentido ascendente como descendente:

Por um lado, (i) as reduções de investimento desde 2014; (ii) a extensão do acordo da OPEP; combinado com (iii) o aumento da procura, podem indicar uma capacidade insuficiente para satisfazer a procura no médio prazo. Porém, este potencial risco de subida é atenuado pelos avanços tecnológicos que continuam a reduzir os custos da produção de petróleo não convencional.

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Gráfico 4. Evolução do preço do Crude(USD por Barril)

BrentWTI

Fonte: Bloomberg

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I II III IV I II III IV I II III IV

2015 2016 2017

Gráfico 5. Mercado Petrolífero(milhões de barris por dia)

Variação de Stock (esc. dir)Consumo Global

Fonte: EIA

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A curto prazo, deve-se considerar: (i) o aumento da eficiência na produção de petróleo de xisto nos EUA, onde os break even points de produção poderão ser inferiores aos previstos; (ii) Não cumprimento de alguns países no acordo entre a OPEP e alguns produtores de petróleo não pertencentes à OPEP. Alguns preços de commodities não-energéticas têm aumentado modestamente desde Janeiro.

II. ECONOMIA NACIONAL

2.1. Contas Externas e Mercado Cambial

O acordo de corte de produção petrolífera entre os membros da OPEP e alguns de fora da OPEP impunha que a produção de barris de petróleo no nosso País reduzisse. De facto, Angola foi dos países que nos primeiros meses já detinha uma redução de produção para além do estipulado no referido acordo. Ora esta redução, não obstante a intenção de se cumprir com o acordo, também se deveu a alguns problemas técnicos. Assim, a exportação de crude nos primeiros meses do ano foi de 147 milhões de barris, o que representa uma queda de 0,35% face ao trimestre anterior (e de 8,15% face ao período homólogo).

Contudo, o valor das exportações petrolíferas aumentou em quase 50% face ao período homólogo (4% face ao trimestre anterior), explicado pela recuperação do preço médio do barril de petróleo, que passou de USD 45,5 no último trimestre de 2016 para USD 51,9 por barril nos primeiros três meses deste ano (e que compara com o preço médio de USD 32,2 registado no período homólogo).

Deste modo, apesar de ainda não constarem dados oficiais, é esperado que o saldo acumulado da Conta de Bens tenha sido superavitário, conduzido principalmente pelo acréscimo das exportações petrolíferas.

Porém, não obstante o impacto positivo do preço do petróleo nas contas externas, as reservas internacionais brutas, no período em análise, contraíram 6% face ao trimestre anterior e 21% face ao período homólogo, passando para o montante de USD 22.719 milhões que poderão corresponder a mais de 8 meses de importações futuras de bens e serviços. Já ao retirarmos as obrigações de curto prazo, que se situam no USD 3.517 milhões, as reservas internacionais líquidas (RIL) situaram-se em USD 19.202 milhões, o montante mais baixo deste indicador desde Abril de 2011.

Ao se decompor as reservas internacionais líquidas, nota-se que os depósitos do BNA em ME caíram 16% face ao trimestre anterior (e 40% em termos homólogos) para USD 8.882 milhões, enquanto que os depósitos do Estado recuaram 2% (+5% face ao trimestre homólogo), situando-se em USD 9.146 milhões, o que contrasta com o aumento de 40% das reservas obrigatórias em ME dos bancos, que se fixaram em USD 1.173 milhões (+49% face ao período homólogo). De referir que o BNA, a Conta Única do Tesouro (CUT) e os Bancos representam, neste período, 46%, 48% e 6% das reservas internacionais, respectivamente.

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Tabela 2. Decomposição das Reservas Internacionais

(USD milhões)

Descrição mar-16 dez-16 mar-17 Variação

Tri. Hom.

RIB 24.403 24.270 22.719 -6% -7%

Ob. C/ Prazo 106 3.546 3.517 -1% 3222%

RIL 24.297 20.725 19.202 -7% -21%

BNA 14.784 10.550 8.882 -16% -40%

CUT 8.725 9.337 9.146 -2% 5%

Bancos 787 837 1.173 40% 49% Fonte: BNA - Estatisticas Monetárias

Desta forma, a queda das RIL pode-se ficar a dever em grande parte à actuação do BNA no mercado cambial através do qual, apesar de se poder considerar que ainda existe uma gestão rigorosa das reservas de divisas, o BNA tem aumentado a oferta das mesmas. Refira-se que o BNA disponibilizou no mercado cambial cerca de USD 4.155 milhões (+12,6% face ao trimestre anterior), sendo que 94,2% teve origem de vendas directas e o restante adquirido através do sistema de leilões.

Tal como se pode verificar em baixo, as vendas de divisas foram geridas de acordo com objectivos considerados prioritários. O BNA priorizou as vendas de divisas para aquisição de bens alimentares com cerca de 19% do total das vendas directas, necessidades do sector petrolífero (incluindo a Sonangol) com 18% e para a indústria com 15% das vendas directas.

Relativamente ao mercado cambial primário, no final do mês de Março, a taxa de câmbio manteve-se practicamente estável, situando-se nos 165,91 USD/Kz (no final de 2016 esta situava-se em 165,90 USD/Kz). Apesar desta ligeira desvalorização da moeda nacional, a taxa de câmbio primária manteve-se estável,durante todo o primeiro trimestre de 2017.

Já no mercado informal, a taxa de câmbio média de compra e venda, em Março de 2017, cotava em 338,33 USD/Kz, o que corresponde a uma apreciação 28,65% face ao final de 2016. Entre os factores que justificam esta apreciação está, por um lado, a maior oferta de divisas pelo BNA no trimestre em análise e, por outro lado, a contracção do M2, o qual implicou menos dinheiro em Kwanzas para trocar no mercado informal. Adicionalmente, a recente estabilidade da taxa de

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Gráfico 6. Reservas Internacionais(USD milhões)

RIB (esc. dir)Receitas Petrolíferas

Fonte: BNA e MINFIN

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Gráfico 7. Venda de Divisas(USD milhões)

Venda Directa BNA

19%

18%

14%12%

4%

33%

Gráfico 8. Destino das vendas directas(% total das Vendas Directas no I Trimestre)

Bens alimentares e serviços

Sector petrolífero

Industria

Operações diversas

Viagens e ajuda familiar, saude eeducaçãoOutros

Fonte: BNA

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câmbio e a expectativa de que esta permanecerá nestas condições até final do ano tem aliviado, de certa forma, a procura por divisas para fins especulativos.

2.2. Contas Fiscais e Endividamento Público

Receitas petrolíferas e diamantíferas

Apesar da contracção da quantidade exportada de petróleo para 147,1 milhões de barris (-0,4% face ao trimestre anterior e -8,2% face ao período homólogo), o aumento do preço médio das ramas angolanas para 52 USD/barril acabou por determinar o aumento das receitas petrolíferas arrecadadas pelo MINFIN no período em análise.

Assim, foram arrecadadas receitas petrolíferas no valor de Kz 402,5 mil milhões, correspondendo a um aumento de 10% face ao trimestre anterior (Kz 366 mil milhões) e 55% face ao período homólogo (Kz 260,5 mil milhões). Do total arrecadado no período em análise, cerca de 65,6% são referentes a receitas da concessionária, no valor de Kz 264,2 mil milhões (aumentos de 8,5% e de 66,4% face ao trimestre anterior e homólogo, respectivamente) e 34,4% relativos a impostos das operadoras no montante de Kz 138,3 mil milhões (+13% em termos trimestrais e 36% em termos anuais).

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Gráfico 9. Taxas de Câmbio Nominais(USD/Kz)

Mercado Primário (Taxa Referência) Mercado Informal (Notas)Fonte: BNA

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Gráfico 10. Receitas Fiscais Petrolíferas (USD Milhões)

Impostos OperadorasReceita da ConcessionáriaPreço Médio (USD/Bbl, esc. direita)

Fonte: MINFIN

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Por outro lado, comparativamente ao trimestre precedente, as receitas de Impostos sobre Rendimento do Petróleo tiveram um aumento de 24,2% situando-se em Kz 104,9 mil milhões, os Impostos sobre a Produção de Petróleo reduziram 12,2% para Kz 33,2 mil milhões e, por fim, o Imposto sobre Transacção de Petróleo foi de Kz 156,5 milhões (este último que já não era arrecadado desde novembro de 2014).

Analisando a evolução das receitas petrolíferas arrecadadas por blocos de exploração, os que apresentaram maior destaque foram os blocos 15 e 17, com receitas no valor de Kz 108,5 mil milhões e Kz 165 mil milhões, correspondendo a 68% das receitas totais arrecadadas. De referir que a arrecadação de receitas destes blocos apresentou um crescimento de, respectivamente, 3% e 34% face ao trimestre anterior, e de 94% e 68% face ao período homólogo.

Tabela 3. Receitas petrolíferas trimestrais por bloco (Kz milhões)

Descrição 2016 2017 Variação

I IV I Trimestral Homóloga Bloco 0 A 15.156 23.928 21.615,35 -10% 43% Bloco 0 B 15.262 16.701 15.394,66 -8% 1% Bloco 2/05 2 368 341,36 -7% 15275% Bloco 03/05A 322 454 284,52 -37% -12% Bloco 04/05 467 - 707,24 - 51% Bloco 3/05 11.340 11.220 9.401,97 -16% -17% Bloco 14 13.200 21.492 18.502,69 -14% 40% Bloco 14 K/A-IMI 374 504 472,80 -6% 27% Bloco 15 55.861 105.791 108.466,41 3% 94% Bloco 15/06 6.098 7.235 8.032,19 11% 32% Bloco 17 98.505 122.969 165.081,89 34% 68% Bloco 18 28.445 30.734 30.786,53 0% 8% Bloco 31 15.286 24.237 22.866,13 -6% 50% Bloco FS/FST 116 0 426,32 - 266% ZSTC 63 111 109,75 -1% 73% TOTAL 260.499,10 365.744,34 402.489,80 10% 55%

Fonte: MINFIN

Relativamente às receitas fiscais diamantíferas, o valor arrecadado no primeiro trimestre de 2017 aumentou em 71,4% face ao período anterior (mas reduziu 4,8% em termos homólogos), atingindo um total de Kz 4,2 mil milhões, dos quais cerca de 65,8% são referentes a royalties no montante de Kz 2,8 mil milhões, e 34,2% relativos ao Imposto Industrial com o valor de Kz 1,4 mil milhões.

O aumento do total arrecadado é justificado, principalmente, pelo aumento de 66,5% do Imposto Industrial (-14,7% face ao período homólogo) e de 74,1% dos royalties (+1,3% face ao período homólogo). Por outro lado, o preço médio do quilate registou uma queda de 4,2%, passando de USD 121,1 no último trimestre de 2016 para USD 116,1 no trimestre em análise o que, associado à redução em 41,4% da quantidade exportada, influenciou a diminuição em 10,2% do volume total de vendas para USD 250,5 milhões (-11,8% em termos homólogos).

Mercado primário de dívida

Apesar da execução das receitas fiscais petrolíferas ter ocorrido acima do esperado, ao longo dos primeiros três meses do ano, a dinâmica do mercado primário tem sido diferente face aos

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restantes períodos. De facto, o Tesouro Nacional aumentou a emissão de dívida interna titulada para satisfazer as necessidades de tesouraria do Governo, tendo atingido um total de Kz 414,6 mil milhões, o que representa um aumento de 22,8% face ao trimestre anterior (Kz 320,19 mil milhões), dos quais 83,9% em Bilhetes do Tesouro (crescimento de 50,6% face ao trimestre passado) e 16,1% em Obrigações do Tesouro (-121,8% face ao trimestre anterior).

A emissão de Bilhetes do Tesouro referente ao primeiro trimestre de 2017 foi de KZ 347,7 mil milhões, o que representa um aumento em cerca de 126% face ao previsto no Plano Anual de Endividamento (PAE) 2017 (Kz 275,3 mil milhões) e as Obrigações do Tesouro atingiram apenas Kz 66,9 mil milhões, equivalente a cerca de 15% do projectado (Kz 447,9 mil milhões).

Já os resgates de Bilhetes do Tesouro aumentaram em 107%, para o montante total de Kz 338,1 mil milhões, enquanto os resgates de Obrigações do Tesouro reduziram em cerca de 1,2% situando-se em Kz 198,7 mil milhões. Assim, temos assistido a uma recolocação de dívida a longo

apresentam um registo contrário.

Contudo, não obstante a pressão adicional da dívida governamental para curto prazo, as taxas de juro dos Bilhetes do Tesouro com maturidades de 91, 182 e 364 dias situaram-se nos 16,1%, 23,1% e 23,8% em Março de 2017, respectivamente, representando quedas de 2,5 p.p., 0,9 p.p. e 0,9 p.p. face ao final do ano anterior (+1,5 p.p., 6,8 p.p. e 6,5 p.p. face ao período homólogo). Com esta dinâmica do mercado primário pode-se tirar as seguintes ilações: (i) o preço tem sido influenciado pela procura destes títulos como meio de rentabilidade; (ii) com as perspectivas de estabilização da taxa de câmbio e redução da taxa de inflação o custo de oportunidade de

à taxa de câmbio quase que não foram emitidas mas que são as que têm, em condições normais, maior procura, também pode indicar a preocupação do Minfin sobre a dívida governamental estar tão exposta a variações cambiais.

Tabela 4. Colocação líquida dos Títulos do Tesouro

Kz mil milhões I Trim. 2016

IV Trim. 2016

I Trim. 2017

Variação Trim. Hom.

Oferta BT 351,46 591,48 483,58 -18% 38%

Emissão BT 287,05 171,92 347,72 102% 21%

Resgate 262,52 163,64 338,14 107% 29%

Col. Líquida BT 24,53 8,28 9,58 16% -61%

G. execução** - - 126% - -

Oferta OT 237,78 264,66 92,05 -65% -61%

Emissão OT* 149,17 148,27 66,86 -55% -55%

Resg + Juros 81,61 201,08 198,70 -1% 143%

Col. Líquida OT 67,56 -52,81 -131,83 150% -295%

G. execução** - - 15% - - * dos quais Kz 50,8 mil milhões em OTNR ** Referente a emissão face ao PAE 2017

Fonte: BNA

0%

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Gráfico 11. Taxas de juro dos BT

BT 91 dias BT 182 dias

BT 364 dias

Fonte: BNA

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

11

Agências de Rating e avaliação da dívida soberana

No que toca às perspectivas de evolução da dívida soberana, as agências de rating Fitch e ão para a

dívida pública angolana, mantendo-a abaixo do patamar de investimentos considerado como lixo

Destaca-se a Fitch que, para além de reiterar a sua classificação de rating, considera que a recapitalização dos bancos públicos demonstra uma crescente discrepância entre estes e os bancos privados, à medida que enfrentam maiores desafios em relação à liquidez e à qualidade dos activos em moeda estrangeira.

a manutenção da notação, como a melhoria da situação macroeconómica, a significativa contenção orçamental, que permitiu manter o défice a um nível razoável e a manutenção das reservas internacionais em níveis confortáveis.

Tabela 5: Últimas avaliações das agências de rating à dívida soberana

Agência de Rating

Longo Prazo Curto Prazo ME MN ME MN

Data Rating (Outlook) Data Rating Data Rating Data Rating

Moody's 07-04-2017 B1 (Negative) 07-04-2017 B1 29-04-2016 NP 29-04-2016 B1 (Negative) 29-04-2016 B1 19-05-2010 NP

S&P 12-08-2016 (Negative) 12-02-2016 B 19-05-2010 B 19-05-2010 B 12-02-2016 B (Stable) 13-02-2015 B+

Fitch 17-03-2017 B (Negative) 17-03-2017 B 17-03-2017 B

23-09-2016 B (Negative) 23-09-2016 B 23-09-2016 B Fonte: Bloomberg

2.3. Actividade Económica e Perspectivas de Crescimento

De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional, 2016 Article IV Consultation Press Release divulgado no início do ano, as condições económicas de 2016 foram adversas, estimando uma contracção de 0,5% para o sector não petrolífero, pressionado pelo enfraquecimento dos sectores da indústria, construção e de serviços. Quanto ao sector petrolífero, o Fundo aponta que este continuou a ser afectado pela substancial queda dos preços do petróleo, nos mercados internacionais, iniciado na segunda metade de 2014.

Relativamente às perspectivas de crescimento económico para o ano corrente, as projecções do Governo, constantes no OGE 2017, apresentam uma aceleração do crescimento real da economia para 2,1%, mais optimistas que as previsões de 2016 (1,1%), com o sector petrolífero a crescer 1,8% e o sector não petrolífero 2,3%. Comparando com as projecções de algumas instituições internacionais, o FMI projecta um crescimento da nossa economia em 1,3%, mais optimista que a projecção do Banco Mundial (1,2%), justificado pelo aumento da despesa pública em ano eleitoral, devendo esta taxa acelerar para 1,5% em 2018, mantendo-se nesta

aponta para um crescimento ainda mais robusto para a economia

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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angolana, comparativamente ao FMI e ao OGE 2017, projectando que o PIB cresça, em termos reais, 2,6% no próximo ano.

Quanto às perspectivas dos gestores e empresários nacionais, este foi o trimestre em que aumentou os níveis de confiança. Apesar de, na generalidade, os empresários continuarem a ter um sentimento pouco favorável em relação à economia, o índice de clima económico teve a maior súbida trimestral desde a sua publicação.

Esta subida é transversal a todos os sectores, com excepção da construção, onde a evolução do sentimento foi desfavorável, devido à redução da carteira de encomendas e de perspectivas de emprego. A falta de materiais, a insuficiência da procura e consequente deterioração das perspectivas de vendas, as dificuldades na obtenção de créditos bancários, o nível elevado das taxas de juros, tal foram as principais dificuldades sentidas pelas empresas do sector.

Quanto aos restantes sectores, apesar das melhorias destaca-se ainda um sentimento relativamente mais desfavorável no comércio (-30 pontos) e no turismo (-35 pontos). Refira-se que as dificuldades financeiras, o enfraquecimento da procura, as rupturas de stock e matérias-primas, excesso de burocracia e de regulamentação e falta de pessoal qualificado são limitações frequentemente identificadas na generalidade dos sectores subjacentes ao cálculo do ICE geral.

Por fim, e pelo lado positivo, destaca-se o sector da comunicação como o mais optimista, tendo saído dos 4 pontos para os 16, do último trimestre de 2016 para o primeiro trimestres de 2017. Já a indústria transformadora deixou o terreno negativo (-24) e fixou-se nos 0 pontos, para os perídos referidos.

2.4. Inflação

O crescimento homólogo do Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se nos 36,52% no final do primeiro trimestre de 2017, o que compara com a inflação de 41,95% em Dezembro de 2016, observando-se um decréscimo de 5,43 p.p. (mas +12,92 p.p. face a Março de 2016). A tendência decrescente da inflação concide com o aumento trimestral em 13% dos recursos cambiais que têm sido disponibilizados para a importação, sobretudo, de bens de primeira necessidade e dos insumos necessários à sua produção, e também à estabilização da taxa de câmbio primária e à

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I II III IV I II III IV I II III IV I

2014 2015 2016 2017

Gráfico 12. Indicador de Clima Económico(Saldo de respostas nulas)

ICE Média

Fonte: INE-23

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Indústria Transformadora

Construção

Comércio

Transporte

Turismo

Indústria extrativa

Comunicação

Gráfico 13. Indicador de clima económico

2017 I

2016 IV

Fonte: INE

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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redução do preço do câmbio no mercado informal, este último também fruto da redução dos agregados monetários em MN que se tem verificado recentemente.

Não obstante o IPC ter apresentado uma trajectória descendente no trimestre em análise, o nível de crescimento registado foi influenciado sobretudo pela actualização verificada dos preços no sector da educação durante o mês de Fevereiro, combinado com o aumento de preços observado nas classes de vestuário e calçado, bens alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco, bem como no sector das telecomunicações.

Após ter atingido o seu máximo em Dezembro do ano passado, a variação homóloga do IPC apresenta, desde o princípio do ano de 2017, uma trajectória decrescente, sendo que a taxa mensal média no período se situou nos 2,15%, o que compara com o registo da inflação média mensal de 3,28% no período homólogo. Saliente-se que o OGE 2017 previa uma inflação homóloga no final do ano de 15,8%. Contudo, esta meta foi revista em alta recentemente, num discurso do Presidente da República, no qual foi referido que a inflação no final do ano deverá rondar os 18%. Assim, para que este último objectivo seja conseguido, é necessário atingir uma inflação média mensal inferior aos 1,3% até ao final do ano.

2.5. Panorama Monetário e Financeiro

a. Política Monetária e Liquidez

No primeiro trimestre deste ano as principais taxas de juros directoras mantiveram-se inalteradas, tal como o coeficiente de reservas obrigatórias. Analisando os efeitos da actuação da política monetária nos últimos 12 meses, são visíveis os efeitos da política contraccionista levada a cabo pelo BNA na redução do seu passivo. A base monetária situou-se nos Kz 1.490 mil milhões em Março, o que corresponde a uma redução em 22% no útimo ano (4% no primeiro trimestre deste ano), associado quer à descida das notas e moedas em circulação (-17%), como também das reservas bancárias (-16%) e das operações de absorção de liquidez (-72%).

As reservas bancárias, não obstante terem aumentado 2% no primeiro trimestre deste ano, apresentam uma contracção de 16% nos últimos 12 meses, sendo esta explicada sobretudo pela contracção de 33% das reservas obrigatórias em moeda nacional. Apesar do aumento do coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional para 30% no ano passado, o instrutivo que suporta esta decisão foi menos restritivo, ao permitir que 80% da exigibilidade pudesse ser

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5%Gráfico 14. Taxa de inflação

Inflação Acumulada (esc. dir)Inflação MensalInflação Homóloga (esc. dir)

Fonte: INE

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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cumprida em títulos o que se traduz, em termos prácticos, numa redução deste coeficiente em termos de liquidez.

Por outro lado, a base de incidência das reservas obrigatórias também tem diminuído, tal como demonstrado pela análise aos depósitos em moeda nacional, os quais cresceram apenas 3,28% nos últimos 12 meses (e contraíram 4,2% nos primeiros três meses), o que compara com a actual inflação homóloga de 36,52%.

Já as reservas livres em moeda nacional aumentaram 9% nos últimos 12 meses (+39% nos últimos três meses), o que também coincide com a queda das aplicações nas operações de absorção de liquidez em 72% (-21% no último trimestre). Um factor importante no aumento da liquidez em moeda nacional pode estar relacionado com o montante de vendas directas de cambiais que o BNA tem efectuado recentemente, sendo necessário que os bancos detenham liquidez suficiente para conseguir suportar uma venda directa de divisas não esperada.

Quanto às componentes da base monetária em moeda estrangeira, registou-se um crescimento superior a 40% e 50% quer das reservas obrigatórias como das reservas livres ao longo do último ano e do primeiro trimestre de 2017, respectivamente.

Tendo em conta este cenário, o montante transaccionado no Mercado Monetário Interbancário (MMI) caiu em 15% face ao trimestre anterior, atingindo Kz 417 mil milhões. No mesmo período, o volume cedido pela Facilidade de Cedência Overnight (FCO) atingiu perto de Kz 816 mil milhões, o que compara com os Kz 322 mil milhões registados no último trimestre do ano passado, indicando uma maior adesão dos bancos a este recurso de última instância. Em termos homólogos, as transacções no MMI aumentaram em 21% face a igual período do ano de 2016, enquanto que não se tinha recorrido às FCO no período homólogo.

Relativamente às taxas de juro do MMI (LUIBOR), estas mantiveram a tendência de aumento para todas as maturidades ao longo do trimestre. Apesar de registar um aumento trimestral mais ligeiro (+0,32 p.p.), a LUIBOR overnight subiu 12,65 p.p., em termos homólogos, para 23,66% no final de Março de 2017. Já a Luibor a 1 mês aumentou, no trimestre, 1,88 p.p. fixando-se em 19,29% e as taxas de juro nas maturidades de 3, 6, 9 e 12 meses registaram aumentos entre 2,86 p.p. e 5,35 p.p, fixando-se nos 21,01%, 23,13%, 24,76% e 25,52%, respectivamente.

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Gráfico 14. Evolução Base Monetária (Excl. ME)(Kz Mil Milhões)

NMC Res. Obr. MN Res. Liv. MN Outros OIFMFonte: BNA

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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b. Síntese Monetária

A síntese monetária evidencia uma redução de 4% dos activos externos líquidos face ao trimestre anterior (mas um aumento de 10% em termos homólogos), enquanto os activos internos líquidos cresceram 6% (18% em termos homólogos).

A posição líquida do Governo Central expandiu em 11%, com o crédito e os depósitos do Governo Central a crescerem 12% e 8%, respectivamente, o que representa um crescimento de nominal do crédito ao Governo de Kz 446 mil milhões, sendo que 86% desta variação com origem do BNA, e um crescimento das responsabilidades em Kz 51 mil milhões. Na comparação homóloga, a posição líquida do Governo Central cresceu 51%, com crédito e depósitos a crescerem 28% e 21%, respectivamente.

O crédito à economia contraiu 2% (-9% em termos homólogos), sendo esta contracção justificada tanto pela componente em MN (-2%) como pela componente em ME (-1%). Comparativamente a Março do ano anterior, não obstante o crescimento de 5% do crédito em MN, o crédito à economia contraiu 9%, justificado pela queda de 42% da componente em ME.

Quanto à repartição do crédito por ramo de actividade económica, o comércio por grosso e a retalho é o sector onde se encontra a maior proporção do crédito concedido à economia, com quase 23% do total no final de Março. De seguida surge o sector das actividades imobiliárias, alugueres e serviços de prestação de empresas com um peso de 16%, particulares com 14% e o sector da construção com 12%. A concentração do crédito à economia para estes quatro sectores ronda os 65%, o que indica uma exposição considerável aos mesmos.

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Gráfico 15. Transacções no MMI e FCO(Kz Mil Milhões)

MMIF.C.OLuibor ON (ELD)

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Gráfico 16. Evolução da Luibor (%)

Overnight 3 Meses6 Meses 12 Meses

Fonte: BNA

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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Tabela 6: Síntesse Monetária a 31 de Março de 2017 (Kz Mil Milhões)

mar-16 dez-16 mar-17

Variação (%)

Tri. Hom.

Activos Externos Líquidos 4.103 3.855 3.728 -3% -9% BNA 3.979 3.637 3.275 -10% -18%

Reservas Internacionais Líquidas 3.904 3.550 3.186 -10% -18%

Bancos Comerciais 125 337 453 35% 264%

Activo interno líquido 4.892 4.382 4.511 3% -8% Crédito Interno líquido 4.504 4.520 4.561 1% 1%

Crédito ao Governo Central (líquido) 792 1.083 1.200 11% 51%

Crédito ao Governo Central 3.191 3.757 4.098 9% 28%

Depósitos do Governo Central 2.398 2.674 2.898 8% 21%

Crédito à Economia 3.712 3.437 3.360 -2% -9%

Crédito a OIFNM 48 5 5 -7% -91%

Crédito ao Sector Público 89 83 83 0% -7%

Crédito ao Sector Privado 3.574 3.349 3.273 -2% -8%

Outros activos líquidos 388 -137 -49 -64% -113%

M3 6.314 6.520 6.258 -4% -1% M2 6.314 6.520 6.258 -4% -1% M2 MN 4.230 4.515 4.287 -5% 1%

M1 3.872 3.845 3.794 -1% -2% Notas e Moedas em poder do público 399 386 331 -14% -17% Depósitos à ordem MN 2525 2576 2625 2% 4% Depósitos à ordem ME 948 883 837 -5% -12% Quase-Moeda 2.432 2.671 2.460 -8% 1% Depósitos a Prazo- MN 1.306 1.554 1.330 -14% 2%

Depósitos a Prazo- ME 1.127 1.118 1.130 1% 0%

Outros Instrumentos Equip. a Dep. 9 4 3 -14% -66% Fonte: BNA

Como contrapartida da evolução dos activos da síntese monetária, verificou-se uma contracção da massa monetária, com os agregados monetários M3 e M2 a contraírem cerca de 4% no trimestre, explicada pela combinação da queda das notas e moedas em poder do público (-14%), e com a queda de 14% dos depósitos a prazo em moeda nacional (com excessão dos depósitos a prazo em ME, que subiram 1% no trimestre). Os depósitos à ordem em MN apresentaram uma ligeira subida de 2%, enquanto os depósitos à ordem em ME caíram 5%. Em termos homólogos, destaca-se o aumento dos depósitos em MN (+4% e +2% para depósitos à ordem e a prazo, respectivamente) o aumento a rondar os 14% dos depósitos a prazo em MN e de 1% em ME.

Os depósitos denominados em moeda estrangeira, quando convertidos em USD, situaram-se em USD 11,8 mil milhões no final de Março, o que compara aos USD 11,9 mil milhões registados no final do ano anterior e com os USD 12 mil milhões em Março do ano passado.

c. Estabilidade do Sector Bancário

A liquidez do sistema bancário em moeda estrangeira e o risco de crédito dos agentes económicos continuaram a evidenciar o impacto da conjuntura macroeconómica menos favorável. Entretanto, em termos de solidez do sistema bancário, o risco associado à carteira de crédito do sistema aumentou no final do ano, com o crédito vencido a representar, em

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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Dezembro2 de 2016, 13,1% do crédito total, acima do rácio verificado no final de 2015, que se situava nos 11,6%. Quanto à análise ao rácio do crédito vencido líquido de provisões, este situou-se nos 27,40% no final de 2016, superior ao registos de 19,6% em Dezembro de 2015, revelando uma degradação deste indicador em 7,8 p.p., sendo que o crescimento de 7,1 p.p. ocorreu sobretudo nos últimos três meses do ano de 2016.

Tabela 5: Qualidade da Carteira de Activos (%)

Dezembro

2015 Dezembro

2016 Variação Anual

(p.p.) Crédito Vencido/Crédito Total 11,6 13,1 1,5 (crédito vencido -provisões p/crédito vencido) /FPR 19,6 27,4 7,8

Fonte: DSI/BNA

O rácio de exposição cambial sobre fundos próprios manteve-se numa posição longa, tendo aumentado de 34,4% em Dezembro de 2015 para 42,90% em Dezembro de 2016. De certa forma, a variação da exposição cambial deve-se à isenção, no seu cálculo, dos títulos indexados à moeda estrangeira e à depreciação da moeda nacional.

Tabela 6: Sensibilidade e Mutações do Mercado Cambial (%)

Dezembro

2015 Dezembro

2016 Variação anual

(p.p.) Exposição cambial aberta líquida /Fundos Próprios 34,4 42,90 8,5 Crédito ME/Crédito Total 30,8 29,50 -1,3 Passivo ME/ Passivo Total 33,5 34,40 0,9

Fonte: DSI/BNA

A média da rentabilidade dos capitais próprios (ROE), medida pelo rácio entre os resultados líquidos e os fundos próprios, aumentou em 2,7 p.p. face ao período homólogo. Por sua vez, a rentabilidade do activo, medida pelo rácio entre os resultados líquidos e o activo total médio, atingiu 2,2% em Dezembro de 2016 (+0,5 p.p. face ao período homólogo), explicado por um aumento dos resultados líquidos superior ao crescimento dos activos no período. Outro elemento que impulsionou o aumento de rentabilidade foi a queda em 2,2 p.p. do rácio cost-to-income no sistema. Os custos administrativos e de comercialização, que valiam perto de 47,4% do produto bancário no final de 2015, passaram a corresponder a cerca de 45,2% em Dezembro de 2016.

Tabela 7: Lucro e Rentabilidade (%)

Dezembro

2015 Dezembro

2016 Variação

anual (p.p.) ROA 1,7 2,2 0,5 ROE 12,9 15,6 2,7 Cost-to-income 47,4 45,2 -2,2 Taxas activas -Taxa de Depósitos à ordem (Spread) 9,9 19,3 9,4 Taxa de Depósitos de Poupanças 3,5 4,8 1,3 Margem Financeira / Margem Bruta de Intermediação 53,0 63,1 10,1

Fonte: DSI/BNA

Quanto aos rácios de liquidez do sistema, a proporção dos activos líquidos em relação ao total dos activos aumentou, em termos homólogos, em 6,6 p.p. para 46,3%, com a tendência de aumento a verificar-se desde o mês de Agosto em diante. Também, neste período, a cobertura

2 No momento da elaboração deste relatório, a informação mais actualizada do BNA reportava dados até Dezembro de 2016.

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Relatório de Conjuntura I Trimestre 2017

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dos passivos de curto prazo pelos activos líquidos aumentou em 8,6 p.p. para 59,2%. Adicionalmente, o rácio de transformação do sistema, dado pela relação entre crédito e depósitos, situou-se nos 51,6%, o que representa uma redução em 7,4 p.p. face ao final do ano anterior.

Tabela 8: Níveis de Liquidez (%)

Dezembro

2015 Dezembro

2016 Variação

anaual (p.p.) Activos Líquidos/ Activos Totais 39,7 46,3 6,6 Activos Líquidos/ Passivos de Curto Prazo 50,6 59,2 8,6 Crédito Total/ Depósitos Totais 59,0 51,6 -7,4

Fonte: DSI/BNA

Por fim, o rácio de solvabilidade regulamentar do sistema sugere que o sistema tem níveis de capitalização confortáveis face ao limite mínimo regulamentar (10%), embora tenha registado uma descida ligeira face ao período anterior. Este indicador situou-se nos 19,2% em Dezembro de 2016, inferior em 0,6 p.p. face ao rácio do final do ano de 2015. Já considerando a participação dos fundos próprios de base (de melhor qualidade) nos activos ponderados pelo risco (APR), este situou-se nos 14,3%, encontrando-se num nível superior ao registado no período homólogo (13,8%)

Tabela 9: Adequação de Capital (%)

Dezembro

2015 Dezembro

2016 Variaão anual

(p.p.) Solvabilidade = FPR/(APR+ECRC/0,10) 19,8 19,2 -0,6 Fundos Próprios de Base (Nível 1)/APR 13,8 14,3 0,5

Fonte: DSI/BNA

d. Mercado de Dívida

Durante o primeiro trimestre de 2017, a Bolsa de Dívida e Valores Mobiliários de Angola (BODIVA) registou 273 negócios realizados, totalizando um volume de transacções a rondar os Kz 46 mil milhões. O desempenho da BODIVA nestes três primeiros meses do ano perdeu alguma força face à dinâmica de negociação verificada no trimestre anterior, ao registar-se uma queda de 9% nos negócios realizados e 66% do montante total transaccionado.

Uma das justificações para esta diminuição passa pela menor apetência por parte dos investidores à exposição aos títulos do Tesouro indexados ao dólar norte-americano, num

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200

250

010.00020.00030.00040.00050.00060.00070.000

Gráfico 19. Mercado de registo de Título do Tesouro MN (Kz Mil milhões)

MONTANTE NEGOCIADONEGÓCIOS REALIZADOS

Fonte: BODIVA- Relatórios de Negociação

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cenário de maior estabilidade cambial, influenciando-os para a negociação de títulos com maturidades mais curtas.

Salienta-se que, embora durante o primeiro trimestre de 2017 se tenham realizado apenas transacções no mercado secundário de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, a BODIVA prevê, em breve, o acolhimento dos primeiros títulos corporativos, o que poderá incentivar a admissão de mais instituições como membros da BODIVA, permitindo a criação de alternativas de financiamento para as empresas.

Por fim, importa referir que, até à primeira metade do mês de Abril, a Bolsa de Dívida e Valores de Angola já dispunha de um Código de Identificação de Mercado (MIC), uma ferramenta de padrão internacional, que permite a identificação de bolsas de valores, plataformas de negociação e segmento de mercado. A atribuição do referido código, efectuada pela SWIFT, SCRL, entidade registadora, no quadro da norma ISO 10.383, poderá desempenhar um papel fundamental no processo de implementação e promoção do factor de transparência da BODIVA.

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III. LEGISLAÇÃO RELEVANTE PUBLICADA NO TRIMESTRE

Instrumento Tema Assunto Publicação

Instrutivo 01/2017 do BNA

Sistema de Pagamentos

Estabelecimento de regras de limites de valor, emissão de cheques, subsistemas de compensação e liquidação.

10-01-2017

Aviso n.º 01/2017 do BNA

Supervisão bancária

Realização de investimentos no mercado de valores mobiliários por entidades não residentes cambiais.

03-02-2017

Aviso n.º 02/2017 do BNA

Supervisão bancária

Regulamentação cambial - Abertura e movimentação de contas de depósito tituladas por não residentes cambiais

03-02-2017

Despacho nº 99/17 do Ministério das

Finanças

Finanças públicas

Autoriza a abertura de uma subconta provincial da Conta Única do Tesouro (CUT) para cada Província, gerida pelo respectivo Delegado Provincial de Finanças, na qual, diariamente, devem ser saldadas as contas de recolhimento, e encerra todas as contas bancárias dos Governos Provinciais e Órgãos das Administrações Locais autorizadas pelo Ministro das Finanças.

07 -03-2017

Decreto Presidencial nº 78/17

Mercado cambial

Regula o pagamento de salário de trabalhadores não-residente

24-04-2017

Decreto Executivo n.º 273/17 do Ministério das

Finanças

Mercado de capitais

Regula o modelo do registo da emissão de valores mobiliários junto do emitente 03-05-2017

Instrutivo Nº3/2017 do BNA

Supervisão bancária

Prestação de informação sobre limites prudenciais aos grandes riscos

04-05-2017

Instrutivo nº 4/2017

do BNA

Mercabo cambial

Operações de mercadorias - Suspensão temporária da aplicação dos números 3 e 5 do artigo 14.º do Aviso n.º 19/12, de 25 de Abril

04-05-2017

Fontes: MINFIN, MINCO, BNA, CMC

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III. FONTES E BIBLIOGRAFIA

1. Banco Nacional de Angola, Estatística Monetária e Financeira Nova Série. Disponível em: www.bna.ao.

2. Banco Nacional de Angola, Emissões, Resgates e Stock. Disponível em: www.bna.ao. 3. Banco Nacional de Angola, Mercado Cambial Montante de Divisas Vendidas.

Disponível em: www.bna.ao. 4. Banco Nacional de Angola, Mercado Cambial Taxas de Câmbio do Mercado Primário.

Disponível em: www.bna.ao. 5. Banco Nacional de Angola, Supervisão Instituições Financeiras Autorizadas. Disponível

em: www.bna.ao. 6. Banco Nacional de Angola, Notas de Imprensa Mercados Monetário e Cambial.

Disponível em: www.bna.ao. 7. Banco Nacional de Angola, Notas de Imprensa Comité de Política Monetária.

Disponível em: www.bna.ao. 8. Banco Nacional de Angola, Legislação e Normas Pesquisa de legislação e normas.

Disponível em: www.bna.ao. 9. Banco Nacional de Angola, Publicações, Relatório de Inflação. Disponível em

www.bna.ao. 10. Instituto Nacional de Estatística, Folha de Informação Rápida - IPC Nacional. Disponível

em: www.ine.gov.ao 11. Instituto Nacional de Estatística, Folha de Informação Rápida. Índice de Clima

Económico. Disponível em: www.ine.gov.ao 12. Ministério das Finanças - Unidade de Gestão da Dívida, Plano Anual de Endividamento. 13. Ministério das Finanças Economia Nacional, Exportações e Receitas de Petróleo.

Disponível em: www.minfin.gv.ao. 14. Ministério das Finanças, Relatório de Fundamentação do OGE Revisto 2015. Disponível

em: www.minfin.gv.ao. 15. Ministério das Finanças, Relatório de Fundamentação do OGE 2016. Disponível em:

www.minfin.gv.ao. 16. Ministério das Finanças, Relatório de Fundamentação do OGE Revisto 2016. Disponível

em: www.minfin.gv.ao. 17. Subsistema de Gestão de Mercados de Activos (SIGMA). 18. Bolsa de Dívida e Valores de Angola, Relatórios de Negociação. Disponíveis em:

www.cmc.gv.ao. 19. International Monetary Fund, World Economic Outlook. Disponível em www.imf.org. 20. Bloomberg 21. Angola. Disponível em www.moodys.com. 22. Fitch International Ratings Agency, Press Release Angola, disponível em

www.fitchratings.com. 23. - Angola. Disponível em www.standardandpoors.com 24. The Economist Intelligence Unit, Country Report Angola. 25. Organization of the Petroleum Exporting Countries, Monthly Oil Market Reports.

Disponíveis em www.opec.org.

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26. International Energy Agency, Publications, World Energy Outlook. Disponível em http://www.iea.org.

27. US Energy Information Administration, international energy outlook. Disponível em http://www.eia.gov.

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