relatório meios de cultura 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA INDÚSTRIAL PROFESSOR DR. CARLOS ANDRÉ VEIGA BURKERT PREPARAÇÃO DE MEIOS DE CULTURA E ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAIS Bruno A. Silva, 48055 Fernanda Schiller, 44957 Natiele Kleemann, 44977 Thiago R. Almeida, 42759

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Page 1: Relatório meios de cultura 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS

DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA INDÚSTRIAL

PROFESSOR DR. CARLOS ANDRÉ VEIGA BURKERT

PREPARAÇÃO DE MEIOS DE CULTURA E ESTERILIZAÇÃO DE

MATERIAIS

Bruno A. Silva, 48055

Fernanda Schiller, 44957

Natiele Kleemann, 44977

Thiago R. Almeida, 42759

Rio Grande

2013

Page 2: Relatório meios de cultura 2013

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

2. OBJETIVO....................................................................................................................5

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................6

3.1 Meios de cultura......................................................................................................6

3.1.1 Classificação dos meios de cultura...................................................................6

3.2 Esterilização de materiais........................................................................................8

3.2.1 Autoclave..........................................................................................................8

3.2.2 Calor seco.......................................................................................................10

3.2.3 Radiação.........................................................................................................11

4. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................13

4.1 Materiais utilizados...............................................................................................13

4.2 Metodologia...........................................................................................................13

4.2.1 Preparo de Meios de Cultura..........................................................................13

4.2.2. Esterilização dos Materiais............................................................................14

5. CONCLUSÃO.............................................................................................................16

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................17

7. ANEXO.......................................................................................................................18

7.1 Perguntas...............................................................................................................18

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Page 3: Relatório meios de cultura 2013

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema de funcionamento de autoclave.........................................................9

Figura 2 - Autoclave de parede simples..........................................................................10

Figura 3 - Estufa de esterilização e secagem a calor seco...............................................11

Figura 4 - Irradiador Gamma Cell de fonte radioativa Co-60 usado para esterilização de

materiais..........................................................................................................................12

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Page 4: Relatório meios de cultura 2013

1. INTRODUÇÃO

Para o estudo de microrganismos são imprescindíveis operações tais como a

execução de preparações microscópicas, esterilização de vidrarias, preparo de meios de

cultura, técnicas de cultivo, isolamento e outros ensaios microbiológicos.

Os meios de cultura (preparações sólidas, líquidas ou semi-sólidas que

contêm todos os nutrientes necessários para o crescimento de microrganismos) são

utilizados com a finalidade de cultivas e manter microrganismos viáveis no laboratório,

sob a forma de culturas puras. Os meios de cultura dever ter na sua composição os

nutrientes indispensáveis ao crescimento do organismo em questão, sob a forma

assimilável e em concentração não inibitória do crescimento. Além disso, após a sua

preparação, cada meio de cultura deve ser submetido à esterilização, por forma a

eliminar qualquer organismo vivo contaminante. (Meios de Cultura, 2005)

A esterilização é o processo que inativa todos os microrganismos presentes

em determinado material ou ambiente, sendo portanto o método indicado para uso em

itens que de forma alguma podem ser utilizados quando houver qualquer tipo de

contaminação. (MENDES & KESSLER, 2003).

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Page 5: Relatório meios de cultura 2013

2. OBJETIVO

Proporcionar a compreensão sobre os métodos de esterilização e propiciar

conhecimento sobre o preparo de meios de cultura. Ainda como objetivo da prática,

realizar a esterilização dos materiais apresentados.

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Page 6: Relatório meios de cultura 2013

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Meios de cultura

Os meios de cultura, também chamados meios de cultivo, são complexos

que se destinam ao cultivo artificial de microrganismos. As técnicas de semeadura

permitem que o cultivo destes microrganismos nos meios de cultura seja eficiente e que

as seguintes finalidades sejam atingidas:

Crescimento bacteriano;

Isolamento bacteriano;

Estudo da morfologia colonial;

Pesquisa de patogenicidade;

Pesquisa das características bioquímicas.

Os meios de cultivo devem conter as substâncias exigidas pelas bactérias

para o seu crescimento e multiplicação. Para que possam fazer a síntese de sua própria

nutritiva devem dispor de fontes de carbono (proteínas e açúcares), fontes de nitrogênio

(peptonas) e fontes de energia. São também necessários alguns sais inorgânicos,

vitaminas e outras substâncias favorecedoras do crescimento. (MENDES & KESSLER,

2003).

3.1.1 Classificação dos meios de cultura

Segundo Mendes & Kessler (2003), os meios de cultura podem ser

classificados da seguinte maneira.

I. Quanto à consistência:

Meios líquidos: são aqueles em que os nutrientes estão dissolvidos em uma

solução aquosa. O crescimento bacteriano nesse meio muda seu aspecto, ou seja,

sofre uma turvação.

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Page 7: Relatório meios de cultura 2013

Meios semi-sólidos: são aqueles que possuem na sua composição, além de

nutrientes, uma pequena percentagem de um polissacarídeo proveniente de algas

marinhas, chamado ágar. São geralmente utilizados em tubos e a partir desse

tipo de cultura é possível observar a motilidade bacteriana.

Meios sólidos: são aqueles que possuem uma percentagem maior de ágar (cerca

de 15g/litro de água destilada), além dos nutrientes. Podem ser dispostos em

tubos ou em Placas de Petri, dependendo da finalidade. Através do meio sólido

em placas de Petri é possível, utilizando-se a técnica do esgotamento, conseguir

o isolamento de colônias bacterianas e, portanto, é o meio ideal para que seja

feito o estudo da morfologia colonial. Já a cultura em ágar inclinado fornece

somente o crescimento bacteriano com a obtenção de uma biomassa de

microrganismos.

II. Quanto à função:

Meios simples: possuem os componentes essenciais para o crescimento de

microrganismos pouco exigentes. Ex: caldo simples.

Meios de enriquecimento: são adicionadas ao meio simples substâncias

enriquecedoras como sangue, soro, ovo, extrato de leveduras, etc. Ex: Ágar

sangue.

Meios seletivos: aqueles que favorecem o desenvolvimento de determinados

microrganismos em detrimento de outros, geralmente pela adição de substâncias

inibidoras. Ex: Ágar Salmonella-Shigella.

Meios diferenciais: permitem o desenvolvimento de grupos de microrganismos

como características relativamente definidas, o que permite diferenciar um grupo

ou uma espécie de microrganismo. Ex: Ágar MacConkey.

Meios de manutenção: são aqueles destinados a manter a viabilidade de uma

cultura bacteriana. Ex: Ágar Nutriente.

III. Quanto à natureza:

Meios animados: são constituídos de células vivas, como animais de laboratório,

tecidos vivos ou ovo embrionado.

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Page 8: Relatório meios de cultura 2013

Meios inanimados: não possuem células vivas. Podem ser naturais ou sintéticos.

Naturais são aqueles que possuem substâncias provenientes da natureza, e o

sintético contém substâncias obtidas em laboratório.

Os meios de cultura são preparados e armazenados seguindo um rigoroso

controle de qualidade, pois devem ser mantidas todas as suas propriedades nutricionais

e garantida a esterilidade até o momento de sua utilização.

3.2 Esterilização de materiais

3.2.1 Autoclave

O vapor d’água sob pressão é a mais prática e segura aplicação do calor

úmido. O aparelho destinado a este fim é o autoclave. É um processo mais eficiente para

destruir microrganismos e os esporos, que o calor seco. A autoclavação é feita a 121°C

com tempo de exposição de 15 a 30 minutos. A penetração do vapor no material garante

maior nível de destruição dos microrganismos, e por este motivo é mais rápido.

(MENDES & KESSLER, 2003).

Ainda segundo Mendes et al. (2003), a eficiência do processo de

esterilização depende de alguns fatores:

Os materiais devem ser limpos antes do processo, sendo adequadamente

embalados;

O tempo deve ser contado a partir do momento em que a temperatura de 121°C

é atingida;

A distribuição do material no interior da autoclave deve garantir que o vapor

atinja todo o material por igual;

Se o material sair úmido da autoclave indica falhas no processo, neste caso deve

ser novamente esterilizado.

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Page 9: Relatório meios de cultura 2013

Figura 1 - Esquema de funcionamento de autoclave

FONTE: (www.blog.mcientifica.com.br)

3.2.1.1 Autoclave de parede simples

Este tipo de autoclave pode existir em vários tamanhos, sendo geralmente

formada por um cilindro metálico resistente, vertical ou horizontal, e com uma tampa

que permite fechar hermeticamente a autoclave. Geralmente é composta por um

manômetro, uma torneira para descarga e uma válvula de segurança. (GOMES, 2010).

No interior da autoclave, em sua parte inferior, coloca-se água e logo acima

um cesto ou tabuleiro com o material a esterilizar, aquece-se a água com o auxílio de

fogo ou resistências elétricas. As autoclaves não necessitam de termômetro para indicar

em que temperatura se encontra o vapor de água no interior, visto que existe uma

relação direta entre a pressão e a temperatura do vapor. (GOMES, 2010).

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Page 10: Relatório meios de cultura 2013

Ainda segundo Gomes (2010), um ciclo completo constitui-se basicamente

de três etapas: aquecimento, esterilização e secagem, podendo após a realização das três

etapas completas, dizer que a esterilização foi completa.

Figura 2 - Autoclave de parede simples

FONTE: (www.pakdicklas.com)

3.2.2 Calor seco

O calor seco é o mais difundido método de esterilização, por apresentar

custo inicial mais baixo, rotina de trabalho relativamente fácil e baixo custo de

manutenção. No entanto, requer um longo tempo de esterilização. (LIMA &

MIGNOLO, 2001)

Segundo Lima at al. (2001), a esterilização pelo calor seco é passível de

falhas pois:

O ciclo pode ser interrompido;

Ausência de cronômetros de alerta para marcação do tempo de esterilização;

Ausência de termômetros de mercúrio para tomada da temperatura real da

câmara de esterilização;

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Page 11: Relatório meios de cultura 2013

Excesso de materiais ou de carga na estufa;

Dificuldade de espera para que os instrumentos esfriem quando retirados da

estufa.

Figura 3 - Estufa de esterilização e secagem a calor seco

FONTE: (www.splabor.com.br)

3.2.3 Radiação

A radiação ionizante age como esterilizante por produzir modificações no

DNA das células, provocando lesões estruturais, o que acarreta alterações funcionais

graves por difusão de radicais livres no volume adjacente da célula microbiana.

(ORIENTAÇÕES..., 2001).

A forma mais utilizada é a radiação gama, cujo elemento mais utilizado é o

Cobalto 60, que possui grande poder de penetração nos materiais. É utilizado

principalmente em implantes. (ORIENTAÇÕES..., 2001).

O tempo de permanência do material frente à bomba de Cobalto é calculado

a partir da distância do material à fonte, das condições de atividade da fonte e da

natureza do material a esterilizar. O processo é monitorado por painel eletromecânico

que avalia os riscos, ou seja, os níveis de radiação no equipamento. Cada lote de artigos

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Page 12: Relatório meios de cultura 2013

é monitorado por dosímetros que controlam a quantidade de radiação recebida.

(ORIENTAÇÕES..., 2001)

Figura 4 - Irradiador Gamma Cell de fonte radioativa Co-60 usado para esterilização de materiais

FONTE: (www.grupodoin.com)

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Page 13: Relatório meios de cultura 2013

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Materiais utilizados

Autoclave;

Forno de microondas;

Cronômetro;

Tubos de ensaio;

Tubos de Duhran;

Pipetas;

Algodão;

Papel pardo;

Água peptonada;

Água destilada;

Solução salina;

Caldo lauril sulfato triptose;

Placas;

Erlenmeyer;

Álcool;

Ágar padrão para contagem (PCA);

4.2 Metodologia

4.2.1 Preparo de Meios de Cultura

4.2.1.1. Água Peptonada

É utilizada como solução diluente. Pode-se utilizar uma solução salina.

Pesar 0,1 g de peptona e diluir em 100 mL de água destilada;

Ajustar o pH próximo a 7,0;

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Page 14: Relatório meios de cultura 2013

Distribuir 9 mL do meio em tubos de ensaio com tampa de rosca. Esterilizar em

autoclave a 121°C/15 min.

4.2.1.2. Caldo Lauril Sulfato Triptose

É um meio utilizado no teste presuntivo de coliformes totais,

termotolerantes e Escherichia coli pela técnica dos tubos múltiplos.

Pesar 7,12 g do caldo lauril sulfato triptose comercial e diluir em 200 mL de

água destilada;

Distribuir 10 mL do meio nos tubos de ensaio contendo tubos de Duhran

invertidos;

Tampar os tubos com buchas de algodão e esterilizar em autoclave a 121°C/

15min.

4.2.1.3. Agar Padrão para Contagem (PCA)

É um meio de enriquecimento utilizado para a contagem total de

microrganismos em placas, ou para a manutenção de culturas bacterianas.

Pesar 2,35g de PCA e diluir em 100 mL de água destilada;

Aquecer em micro-ondas, parando a cada 30 s para agitar o frasco, até que o

meio esteja completamente dissolvido;

Tampar o frasco com bucha de algodão e esterilizar em autoclave a

121°C/15min.

4.2.2. Esterilização dos Materiais

A esterilização compreende a destruição de todas as células viáveis

(incluindo esporos) que possam ser enumeradas por técnicas apropriadas de semeadura.

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Page 15: Relatório meios de cultura 2013

Em alimentos é muito comum utilizarmos o termo esterilização comercial, indicando a

mesma finalidade. A esterilização compreende processos físicos (calor úmido, seco e

radiação) e químicos (agentes químicos).

4.2.2.1 Esterilização de Pipetas

Colocar algodão no bocal da pipeta;

Enrolar individualmente em papel pardo;

Enrolar em pacotes separados, identificando a turma, o número e volume das

pipetas;

Esterilizar em autoclave a 121°C/15min.

4.2.2.2 Esterilização das Placas de Petri

Passar algodão embebido em álcool 70% dentro e fora das placas;

Enrolar as placas individualmente em papel pardo;

Enrolar em pacotes separados, identificando a turma e o número de placas;

Esterilizar em autoclave a 121°C/15min.

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Page 16: Relatório meios de cultura 2013

5. CONCLUSÃO

A partir dos procedimentos práticos realizados no laboratório pode-se

perceber a importância e utilidade do preparo de meios de cultura, assim como a

esterilização adequada dos materiais.

A especificidade dos meios de cultura é muito significativa, principalmente

no isolamento e identificação de determinados microrganismos, ou em testes de

sensibilidade a antibióticos ou na análise microbiológica de águas, alimentos,

coliformes, etc.

A fim de obter-se um meio de cultura adequado, a esterilização é

fundamental, pois com ela pode-se eliminar microrganismos interferentes, aquele que

não é de interesse.

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Page 17: Relatório meios de cultura 2013

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOMES, K. (2010). Conhecimentos Básicos de Esterilização e Qualificação de

Autoclaves. Acesso em 02 de Janeiro de 2014, disponível em

http://www.pharmaster.com.br/artigos/docs/20101206_5162_conhecimentosesterilizaca

o.pdf

LIMA, M. N., & MIGNOLO, M. J. (2001). CADERNO CIENTÍFICO: Esquema Geral

de Esterilização; Central de Recirculação de Material.

Meios de Cultura. (18 de Novembro de 2005). Acesso em 02 de Janeiro de 2014,

disponível em e-escola: http://www.e-escola.pt/topico.asp?hid=312

MENDES, M. A., & KESSLER, C. C. (2003). Aulas Práticas de Microbiologia para

Odontologia. Acesso em 02 de Janeiro de 2014, disponível em

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAerQUAD/apostila-microbiologia#

(2001). Orientações Gerais para Central de Esterilização. Ministério da Saúde.

www.blog.mcientifica.com.br. (s.d.). Acesso em 02 de Janeiro de 2014, disponível em

http://www.blog.mcientifica.com.br/wpcontent/uploads/2013/04/esquema_autoclave.jpg

www.grupodoin.com. (s.d.). Fonte: http://www.grupodoin.com/serv_calculo.htm

www.pakdicklas.com. (s.d.). Acesso em 02 de Janeiro de 2014, disponível em

http://www.pakdicklas.com/dental/surgical/retractors%20new/hpi-835.gif

www.splabor.com.br. (s.d.). Fonte: http://www.splabor.com.br/equipamentos-

laboratorio/estufa-de-esterilizacao-e-secagem/estufa-secagem-e-esterilizaao-

microprocessado-digital-.html

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Page 18: Relatório meios de cultura 2013

7. ANEXO

7.1 Perguntas

1) Quais os procedimentos de assepsia usuais em um laboratório de

microbiologia, a fim de evitar contaminação? Cite exemplos e situações.

Assepsia é um conjunto de procedimentos utilizados para impedir a

penetração de microrganismos em objetos ou ambientes estéreis ou até mesmo quando

se está trabalhando com culturas puras. Esses procedimentos envolvem o uso de

ambiente apropriado, meios de cultura e instrumentais estéreis. Caso necessário usar

luvas, máscaras e óculos protetores. Pipetar usando pipetadores automáticos ou pêras de

borracha. Flambar as alças e agulhas, boca dos tubos, limpar e desinfetar

periodicamente a bancada e o ar do ambiente de trabalho. Todas as operações

envolvendo manipulação de culturas e meios de cultura deverão ser efetuadas na área de

proteção conferida pela chama do bico de Bunsen. Como exemplo, podemos citar: um

recipiente que contenha uma dada cultura deve ser aberto perto da chama do bico de

Bunsen, de forma a impedir uma contaminação devido à entrada de ar exterior

contaminado. A transferência de uma porção da cultura contida num tubo ou balão para

outro recipiente (inoculação) é realizada normalmente com uma ansa previamente

esterilizada pela passagem pela chama do bico de Bunsen (e posteriormente arrefecido)

ou através de uma micropipeta com pontas de plástico previamente esterilizadas (em

autoclave, por exemplo).

2) O que são meios de enriquecimento? E meios de identificação? E meios de

conservação/manutenção? Cite exemplos e aplicações.

- Meios de Enriquecimento: quando proporcionam nutrientes adequados ao

crescimento de microrganismos presentes usualmente em baixos números ou de

crescimento lento, bem como microrganismos exigentes e fastidiosos (com dificuldades

de nutrição). Esses meios têm a propriedade de estimular o crescimento de

determinados microrganismos, mas existem alguns que também podem inibir o

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Page 19: Relatório meios de cultura 2013

crescimento de outros. Ex. Caldo Tetrationato e Selenito-Cistina para cultivo de

Salmonelas (líquidos), Caldo Tioglicolato para Clostridium perfringens;

- Identificação: prestam-se para a realização de provas bioquímicas e

verificação de funções fisiológicas de organismos submetidos a identificação (meios

Oxidação/Fermentação, Ágar Citrato, Caldo nitrato, meio semi-sólido, caldo triptofano,

meio de Sulfito Indol Motilidade, etc.;

- Estocagem ou manutenção: utilizados para conservação de

microrganismos no laboratório, isto é, garantem a viabilidade de microrganismos (Ágar

Sabouraud, Meios com leite, Ágar suco de tomate, Ágar sangue, Ágar Simples, meio

semi-sólido, etc.).

3) Defina os seguintes constituintes de meios de cultura: extrato de carne,

peptona; Agar-ágar; Extrato de levedura. Quais suas funções no meio de

cultura?

- Extrato de Carne: é preparado de carne fresca especialmente selecionado

para fornecer um crescimento máximo de microorganismos exigentes. Funções: a alta

qualidade da carne magra pura usada garante características consistentes da colônia,

quando usado em meios diferenciais; é usado nos seguintes meios: para propósitos

gerais, Meio Nutriente Padrão, Caldo de enriquecimento de Staphylococcus, Caldo

Teste de Desinfecção, Meio A e B de Teste de Esterilidade, Meio VL, etc.;

- Peptona: é usada em objetivos gerais em meios de cultura para o cultivo de

uma variedade de organismos. Também é usado em larga escala para o cultivo de

microorganismos para produção de antibióticos, enzimas, vitaminas ou outros produtos

similares de origem microbiana, sendo essa sua função;

- Agar-ágar: é extraído de algas marinhas que, por assimilarem grande

quantidade de minerais na água do mar, tornam-se ricas em fósforo, iodo e sais

minerais. É bastante rico em fibras vegetais, que atuam na regularização das funções

intestinais, proporcionando um suave efeito laxante. Por isso, é comumente utilizado em

dietas com baixo teor calórico, auxiliando nos regimes de emagrecimento.

- Extrato de Levedura: é preparado secando o extrato obtido de células de

levedura especialmente cultivadas para este propósito. É fabricado sob condições

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Page 20: Relatório meios de cultura 2013

controladas para garantir sua função, que é manter seu conteúdo de vitamina e outros

valores nutritivos, assim como aminoácidos livres.

4) Como pode ser verificada a esterilidade de um meio de cultura (prova de

esterilidade)?

Pode-se verificar a esterilidade de um meio de cultura através de um

material chamado Fita Adesiva Autoclave, que deve ser colada no exterior do papel

pardo que engloba os materiais que deseja-se esterilizar (no nosso caso, pipetas,placas

de Petri e três meios de cultura). A fita possui coloração clara, em tons de bege, com

linhas paralelas de cor amarela. Para verificar a esterilidade, deve-se observar a

coloração dessas linhas contidas da fita. Se a esterilização foi eficiente, ao fim da

esterilização as linhas terão uma tonalidade escura, de cor preto.

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