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1 RELATÓRIO DE GESTÃO DA DIRETORIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE UBERLÃNDIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Gestão 2013 - 2016

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RELATÓRIO DE GESTÃO DA DIRETORIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE

UBERLÃNDIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Gestão 2013 - 2016

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INDICE

1) INTRODUÇÃO 3 2) CONTEXTUALIZAÇÃO 3 3) HISTÓRICO DA GESTÃO 2013-2016 7 4) GESTÃO FINANCEIRA 8

4.1) Recursos recebidos 8 4.2) Fatores que contribuíram para o endividamento 8 4.3) Dificuldades financeiras 12

4.4) Histórico Evolutivo da Dívida: 19 5) FATURAMENTO 23 6) RECURSOS HUMANOS 23 7) BIOENGENHARIA 29

8) EQUIPAMENTOS 32 9) GESTÃO DE MATERIAIS HOSPITALARES 35 10) GESTÃO ACADÊMICA 36 11) REGULAÇÃO E LINHAS DE CUIDADOS 39 12) TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 43 13) ATENDIMENTO AO PACIENTE 44 14) CONTRATOS E CONVÊNIOS 47 15) CONTRATUALIZAÇÃO 48 16) SEGURANÇA DO PACIENTE 49

16.1) Setor de Processos: 50 16.2) Setor de Controle de Ambiental: 50 16.3) Núcleo de Segurança do Paciente: 51 16.4) Setor de auditoria Interna: 52

16.5) Setor de Análise de Risco: 52 17) GESTÃO 52 18) RELAÇÃO HCU/UFU e FAMED 56 19) CONSIDERAÇÕES FINAIS: 59

20) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60

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RELATÓRIO DE GESTÃO DA DIRETORIA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE UBERLÃNDIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

1) INTRODUÇÃO:

Com a finalidade de dar transparência e de demonstrar respeito com a

comunidade do Hospital, da Universidade e do Município de Uberlândia, a

Diretoria do Hospital de Clínicas elaborou o presente relatório onde apresenta

as ações que foram desenvolvidas nas diferentes áreas, no período de 2013 a

2016. Ressaltamos alguns aspectos administrativos, cenários, as etapas de

gestão durante o último quadriênio e reforçamos a necessidade para que toda

a comunidade esteja mais atenta para a necessidade de uma repaginação do

hospital. Temos que identificar qual é a nossa verdadeira vocação, renovar a

nossa missão, visão e valores, e principalmente ter uma relação mais

institucional, menos corporativista, feudal e individualista.

2) CONTEXTUALIZAÇÃO:

Segundo Bittar1, por hospital de ensino entende-se hospital universitário

de propriedade ou gestão de universidade; hospital- escola de propriedade ou

gestão de escolas médicas; hospital auxiliar de ensino que desenvolve

programas de treinamento em serviço na área da saúde, devidamente

conveniado com uma instituição de ensino superior. Hospital universitário é

tradicionalmente definido como sendo um prolongamento de um

estabelecimento de ensino em saúde (faculdade de medicina, por exemplo);

provedor de treinamento universitário na área da saúde; reconhecido

oficialmente como hospital de ensino e prestador de atendimento médico de

maior complexidade (nível terciário).2 Segundo definição do Ministério de

Educação (MEC)3, hospitais universitários são unidades de saúde, únicas em

algumas regiões do país, capazes de prestar serviços altamente

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especializados, com qualidade e tecnologia de ponta à população. Garantem

também, suporte técnico necessário aos programas mantidos por diversos

Centros de Referência Estaduais ou Regionais e à gestão de sistemas de

saúde pública, de alta complexidade e custos operacionais.

No Brasil, os hospitais de ensino foram assim denominados pela Portaria

SNES/MS n.º 15, de 8 de janeiro de 1991, que estabeleceu para estas

instituições o Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e da Pesquisa

Universitária em Saúde (FIDEPS). Hospitais de Ensino eram aqueles

reconhecidos pelo MEC, funcionando regularmente há mais de 5 anos e

pertencendo ao Sistema Integrado de Procedimentos de Alta Complexidade

(SIPAC), do Ministério da Saúde (MS), como centro de referência nacional

Ministério da Saúde.4

Em 2004, foi instituído um novo processo de certificação de hospitais de

ensino que passaram a fazer jus a uma nova modalidade de contratação com o

Sistema Único de Saúde (SUS). A Portaria Interministerial MEC-MS n.º 1000

de 15 de abril de 20045 define então os novos requisitos para a certificação e

estabelece como hospital de ensino as instituições hospitalares que servem de

campo para a prática de atividades curriculares na área da saúde, sejam

hospitais gerais ou especializados. Em suas considerações, a Portaria ressalta

que:

[...] as Instituições de Ensino Superior, na área da saúde,

têm, nas diretrizes curriculares nacionais, a determinação

de contemplar, na formação dos profissionais, o sistema

de saúde vigente no País, com atenção integral a saúde

num sistema regionalizado e hierarquizado de referência

e contra referência, tendo como base o trabalho em

equipe, com ênfase o Sistema Único de Saúde. 5

A nova modalidade de contratualização dos hospitais de ensino envolve

a definição de metas pactuadas com os gestores locais do SUS e uma nova

regra de remuneração global com base no cumprimento das metas

estabelecidas. Neste aspecto, é evidente a necessidade de melhoria da gestão

dessas instituições que devem apresentar eficiência no uso dos recursos,

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devendo para tal, no mínimo, saber quanto custam os procedimentos realizados. Estas informações, por si, são esclarecedoras da importância dos

hospitais de ensino tanto no aspecto econômico quanto para as políticas

públicas de saúde, já que a organização da atenção por eles prestada interfere

de forma determinante sobre os demais prestadores, vez que são unidades de

referência para todo o sistema de saúde. Os hospitais de ensino são

instituições caras, por contemplarem atendimentos de alta complexidade, além

de atividades que mesclam assistência médica com procedimentos didáticos.

Como os HUs estão pouco integrados aos demais níveis de atenção e

têm, em geral, total autonomia gerencial em relação aos sistemas de saúde,

acabam atendendo a todos os níveis de atenção. Na verdade, são mais caros

também por isto e não somente por incorporarem atividades docentes

assistenciais.2

Hospitais são unidades complexas do ponto de vista gerencial.

Conforme Mintzberg6, hospitais são estruturados segundo uma Burocracia

Profissional que admite para o núcleo operacional, especialistas treinados.

Alguns profissionais descrevem tais organizações como pirâmides invertidas,

com os operadores profissionais no topo e os administradores abaixo para

servi-los.

Segundo Cecílio7, o hospital é a mais complexa das organizações de

saúde. Este autor comenta duas antinomias fortemente presentes nos

hospitais: a primeira é o grau de especialização e autonomia dos profissionais,

em especial os médicos, versus a necessidade de coordenação das ações

como um todo e a outra, é a tensão entre o poder técnico dos médicos e

profissionais de saúde, centrado na base, com o poder administrativo. O autor

destaca que o enfrentamento dessas questões deve passar pela mudança da

gestão verticalizada, que é a mais tradicionalmente utilizada.

Conforme Campos8, o poder nos hospitais universitários está muito

esfacelado, dentre outras razões, pela ordenação universitária por

departamentos potencializada pela lógica médica de se organizar em dezenas

de especialidades. Estas questões acabam por constituir instituições difíceis

de governar. Uma questão de primordial importância, relativa às unidades

prestadoras de saúde inseridas no SUS, e aos hospitais de ensino em

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particular, é que não se tem total controle sobre as receitas, ou seja, o preço do

serviço prestado que determina a receita SUS não é negociado e sim

estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS), até porque, a grande maioria dos

hospitais não dispõe de estimativas de valores de custos para esta negociação.

Os recursos SUS representam parcela representativa do financiamento

hospitalar e sua tabela de remuneração por procedimento, não permite a

cobertura integral dos custos de um hospital. Conforme Abrahue9 estudos

realizados por alguns hospitais universitários indicam que a tabela SUS sub-

remunera a maioria dos procedimentos.

Hospitais universitários são caros e seu equilíbrio financeiro é um grande

desafio que depende da receita e dos custos. Diante desse quadro, onde a

receita é pouco negociada, uma possível solução passa pela gestão dos custos

internos. A gestão de custos nos hospitais universitários assume singular

complexidade pela heterogeneidade e pouca padronização dos serviços

prestados. Em função dessa complexidade muitos estudos se fazem

necessários e tem sido crescente, ainda que pouca, a atenção de

pesquisadores nesta área. 10

A natureza do trabalho do hospital é o que o diferencia do contexto das

demais áreas de prestação de serviços. O trabalho de aliviar o sofrimento e

preservar a saúde e a vida é difícil ser contextualizado como área de negócio.

A harmonia entre o pensamento gerencial e a concepção médica da instituição

hospitalar é o cenário atual no qual se expõe o hospital. 11 Diminuir custos em

hospitais é uma tarefa delicada pela própria natureza dos serviços prestados.

Apesar dessas dificuldades, o gerenciamento de custos hospitalares, com

vistas à otimização dos recursos, é necessário e um importante fator para o tão

almejado equilíbrio financeiro e o aumento da qualidade da atenção prestada.

A eficiência e a eficácia gerencial envolvem certamente a questão do custo. A excelência hospitalar, portanto, exige eficácia em custos aliada à

qualidade do serviço prestado e consequente satisfação do paciente (cliente).

Em se tratando do planejamento econômico-financeiro das instituições públicas

de saúde, a análise de custos auxilia no gerenciamento dos resultados, cálculo

das margens por procedimento, direcionamento do trabalho, na identificação de

instalações e espaços ociosos e até mesmo no nível de atividade de um

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hospital público, com vistas à expansão do nível de atendimento para uma

maior parcela da população, considerando que os recursos são escassos.

Contudo, a apuração dos custos em estabelecimentos hospitalares é um

trabalho complexo, consequência direta da diversidade de serviços prestados e

que exige, entre outras condições, a delimitação dos centros de custos e um

eficiente sistema de informações.

A apuração de custos em hospitais universitários tem sido tema de

debates na literatura científica. Estudo internacional concluiu que os hospitais

que incorporam atividades de ensino possuem os custos elevados em 20%

quando comparados com hospitais apenas assistenciais (Sloan, Feldman e

Steinwald, 1983). Por sua vez, Hosek e Palmer (1983) consideram que os

hospitais de ensino podem ter custos menores que os demais hospitais, em

decorrência de os estudantes serem substitutos de médicos. Porém, o contrário

pode ocorrer devido a diferenças de mix de serviços, técnicas médicas ou

qualidade do atendimento. Nesse caso, é alegado que médicos residentes e

internos pedem exames e utilizam materiais em demasia e os hospitais de

ensino enfatizam excessivamente equipamentos e técnicas sofisticadas.

3) HISTÓRICO DA GESTÃO 2013-2016

A atual Diretoria do Hospital de Clínicas de Uberlândia da Universidade

Federal de Uberlândia (HCU-UFU) foi eleita pelos integrantes da comunidade

hospitalar, nomeada pelo Reitor e iniciou sua gestão em 22/01/2013 com a

seguinte composição: Diretor Geral Prof. Dr. Miguel Tannús Jorge; Diretor

Técnico Dr.ª Aglai Arantes; Diretor Clínico e de Serviços Clínicos Prof. Dr. Hélio

Lopes da Silveira; Diretor Administrativo André Luiz Gomes Penido; Diretor de

Enfermagem Enfermeiro Durval Veloso Silva e Diretor de Gestão Acadêmica

Prof. Dr. Orlando Cesar Mantese.

Em novembro de 2015 a Dr.ª Aglai Arantes pediu demissão do cargo

assumindo o Dr. Luciano Martins da Silva até maio de 2016, quando Dr.

Adenilson Lima e Silva foi nomeado diretor técnico.

Em março de 2016 o Prof. Dr. Miguel Tannús Jorge deixou a Diretoria

Geral e o Prof. Dr. Hélio Lopes da Silveira assumiu este cargo a partir de 01 de

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abril de 2016. Nesta mesma data o Vice-Diretor Clínico Dr. Paulo Sérgio de

Freitas assumiu a Diretoria Clínica e Diretoria de Serviços Clínicos.

Ainda em abril de 2016 o Prof. Dr. Orlando Cesar Mantese pediu

desligamento do cargo de Diretor de Gestão Acadêmica justificando a sua

adesão a uma chapa para concorrer à vice-reitoria da UFU. Em seu lugar

assumiu o Professor Carlos Henrique Martins da Silva.

4) GESTÃO FINANCEIRA

4.1) Recursos recebidos

No período de 2013 a outubro de 2016 O Hospital de Clínicas recebeu

do Fundo Nacional de Saúde, referente à contratualização com o Sistema

único de Saúde, um total de R$444.129.495,50, o que representa um repasse

médio mensal de R$9.654.989,03. Além disso, recebeu R$82.148.243,05 do Governo Federal (Programa

de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais – REHUF, Fundo

Nacional de saúde – FNS e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares –

EBSERH) e R$21.508.686,03 do Governo estadual (Programa de

Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS e do Programa

de Urgência e Emergência – PROHOSP e Programa de Fortalecimento das

Portas de Urgência e Emergência – PROURGE).

GOVERNO FEDCERAL - REHUF/FNS/EBSERH

2013 2014 2015 2016 TOTAL

26.775.083,79 20.224.720,54 13.924.537,00 21.223.901,72 82.148.243,05

GOVERNO ESTADUAL - PROHOSP E PROURGE

2013 2014 2015 2016 TOTAL

7.657.396,43 4.045.729,43 7.015.585,88 2.789.974,29 21.508.686,03

4.2) Fatores que contribuíram para o endividamento

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Além de um passivo da FAEPU enorme que dificulta as negociações

com os fornecedores, uma tabela do SUS não cobre a maior parte dos

procedimentos, a substituição de recursos humanos antes UFU subsidiados

pelo MEC passaram a ser substituídos por trabalhadores contratados pela

Fundação.

Além disso, o custo hospitalar historicamente sempre foi superior a

inflação oficial, e acrescenta-se a isso, os avanços tecnológicos naturalmente

exigidos pelos profissionais de saúde e nem sempre contemplados na tabela

do SUS.

a) Os valores fixos do Convênio de metas:

Tabela com valores fixos da Contratualização do HCU

Aditivo Data da assinatura Ano Referência Valor fixo mês

11° 30/12/2013 2014 6.174.384,66

12° 30/12/2014 2015 5.880.304,66

13° 29/12/2015 2016 5.902.304,66

Dentro do valor fixo existem serviços contratualizados que não possuem

remuneração adequada, que somados alcançaram em 2015 o montante de

R$3.107.868,00, ou seja, R$258.989,00 por mês, são eles:

Unidade de Saúde Jaraguá: _ custo total aproximado de R$31.794,00

por mês - Custo sem pessoal (7 funcionários) de R$12.407,00;

CAPS - Centro de Atenção Psicossocial do Bairro Luizote de Freitas.

Custo total aproximado de R$94.442,00 por mês - custo sem pessoal

(13 funcionários) de R$26.722,00;

CREDESH - Centro de Referência Nacional em Hanseníase /

Dermatologia Sanitária. Custo total aproximado de R$132.753,00 por

mês - Custo sem pessoal (23 funcionários) de R$45.999,00;

Outros serviços que ainda não tiveram seus custos apurados pelo HCU.

b) A tabela do SUS sem reajuste desde 2007

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A tabela SUS que remunera os procedimentos realizados não foi

corrigida desde 2007, o que causa um desequilíbrio entre as receitas e as

despesas que sofrem atualizações com base na política de preço do mercado.

Nos procedimentos variáveis, em geral de alta complexidade, existem linhas de

reforço no financiamento, mas nas atividades de média complexidade e da

atenção básica não existem nenhum reforço promovido pelos setores públicos.

c) Serviços credenciados sem remuneração adequada

O Ministério da Saúde reconhecendo que a Tabela do SUS não

remunera adequadamente os serviços prestados criou linhas de reforço no

financiamento de serviços considerados prioritário para o sistema.

O HCU atua na maioria destes serviços como única referência no

atendimento à rede de saúde regional. Abaixo identificamos algumas destas

linhas de serviço que o HCU é credenciado, mas que até o momento não foi

contemplado com os referidos reforços no seu financiamento.

- Linha de Trauma Tipo III - estimativa de R$200.000,00 por mês.

- Linha de Cuidados Coronariana - estimativa de R$330.000,00 por mês.

- Rede Cegonha - estimativa de R$326.000,00 por mês.

- Unidade de Cuidados intermediários Neonatal - Canguru - estimativa de

R$140.000,00 por mês.

- Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal - Convencional - estimativa

R$31.500,00 por mês. - Centro de Reabilitação Física - estimativa R$140.000,00

- Reforço do Custeio dos Leitos de UTI - Leitos de retaguarda de Urgência e

Emergência. A tabela SUS remunera a diária de UTI nível III com o valor

R$508,00, sendo remunerada a mesma diária no valor de R$800,00 para os

Hospitais credenciados com Leitos de Retaguarda.

d) Atrasos nos repasses dos recursos pelo Fundo Nacional

de Saúde (FNS)

Os repasses dos tetos do MAC - Média e Alta Complexidade seriam

realizados até o dia 10 de cada mês. A partir do final do ano de 2013 o FNS

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começou a atrasar estes repasses, e depois do mês de setembro de 2015 os

atrasos ficaram consolidados para os prestadores de serviço.

e) Atrasos nos repasses repassados para a UFU

Além dos recursos repassados pelo FNS provenientes da produção

hospitalar, a Unidade Gestora do HCU recebe recursos financeiros de outras

fontes: REHUF - Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários,

PRO-HOSP de custeio do Estado de MG; dentre outros que também não

conseguem manter uma programação definida para o repasse.

f) Inexistência de orçamento de custeio na unidade Gestora do HCUUFU

Não existe orçamento fixo de custeio para as atividades do Hospital de

Clínicas, o qual depende de repasses do FNS, como também do REHUF e de

outras fontes de recursos que estão sujeitos a aprovação de orçamento

próprio e não possuem regularidade necessária para a manutenção de um

hospital.

g) Queda na produção hospitalar

Diminuição de diversos procedimentos de alta complexidade de

remuneração variável, provocada principalmente por dois motivos:

- Greves de Servidores Públicos Federais do HCU e de Funcionários da

FAEPU, sendo o primeiro por um longo período de tempo.

- Desabastecimento dos estoques do HCU provocado pelos atrasos nos

repasses dos recursos financeiros pelo FNS e pela dificuldade gerada pelo

subfinanciamento dos serviços.

h) Aumento do custo com pagamento de pessoal

Historicamente a União não repôs o quadro de pessoal dos Hospitais

Universitários, quer seja por aposentadoria, cargos em extinção e outras

situações, o que acabou sendo assumido em diversos casos pelas

Fundações de Apoio das IFES em todo o País. Em março de 2009 a FAEPU

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chegou a possuir 1890 funcionários lotados no HCU. Em outubro de 2016

reduziu para aproximadamente 1400 (redução de 25%).

4.3) Dificuldades financeiras

Esta gestão se caracterizou, desde seu início por extremas dificuldades

financeiras que em muitos momentos levou ao desabastecimento e à

interrupção temporária de alguns dos serviços prestados pelo Hospital. Tais

dificuldades foram ocasionadas por vários motivos e os principais foram os

seguintes:

4.3.1) Comprometimento de cerca de 60% do repasse do Fundo

Nacional de Saúde (FNS), referente à contratualização, com folha de

pagamento de pessoal (salários, plantões hospitalares, contratos de prestação

de serviços;

A linha de crédito de 12 milhões foi mantida até o ano de 2015, quanto por

deliberação do próprio banco do Brasil ocorreu à diminuição do limite da linha

de crédito para à FAEPU, sendo necessária a mudança da estrutura de

financiamento, o que retirou um saldo significativo do fluxo de caixa do HCU.

4.3.2) Cancelamento pelo Banco do Brasil de um financiamento de

cerca de 10 milhões de reais que a Fundação de Assistência Ensino e

Pesquisa de Uberlândia (FAEPU) mantinha e era utilizado como capital de giro.

Ao término da gestão anterior, o Magnífico Reitor utilizou todo recurso

repassado pelo FNS para quitar esta linha de financiamento que não foi

renovada na atual gestão, gerando déficit de fluxo de caixa da FAEPU, dando

origem ao desabastecimento vivido nesta gestão;

4.3.3) Diminuição dos valores destinados à manutenção e custeio do

HCU-UFU. Para esclarecer esta questão podemos citar que em 2011,

conforme informações da Pró-reitoria de Planejamento, o total de recursos

destinados à manutenção do hospital foi da ordem de R$ 155.578.070,30 que,

corrigidos pela inflação levaria a um montante aproximado de 207 milhões de reais em 2015. No entanto, o montante dos repasses naquele ano totalizou R$ 135.468.626,81. Considerando os repasses do REHUF (Programa de

Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais), atualmente utilizados

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para pagamento de serviços de terceiros, em 2012 o recurso com esta sigla foi

de R$ 32.319.799,98, dos quais a direção utilizou cerca de 12 milhões de reais para comprar insumos para o hospital. Os recursos do REHUF foram

reduzidos a partir de então para R$ 22.298.091,93 em 2013, R$ 17.594.492,51

em 2014 e R$ 12.824.732,26 em 2015. Soma-se a isto, o corte de recursos de

custeio do orçamento da UFU a partir de 2013. Da fonte de recursos oriunda do

orçamento da UFU destinado a aquisição de insumos para o HC, em 2011

foram repassados R$ 13.518.784,94 e em 2012, R$ 12.263.582,82;

4.3.4) Atrasos nos repasses do Fundo Nacional de Saúde (FNS) a

partir de setembro de 2015 que, em acordo com o CONASENS, deveria

ocorrer até o décimo dia útil do mês e que a partir daquela data passou a

ocorrer no último dia do mês ou na primeira semana do mês seguinte, gerando enorme déficit de fluxo de caixa dificultando o cumprimento de acordos

firmados com os fornecedores.

A partir de abril de 2016, com uma nova composição de diretoria

fizemos um diagnostico que o hospital estava vivendo uma condição crônica

com agudizações frequentes. Diante disso, estabelecemos uma agenda

positiva para enfrentar as dificuldades vividas, buscar equilíbrio entre receita e

despesas e criar condições para manter a instituição cumprindo seu papel sem

traumas e proporcionando segurança para o paciente que estava sob a nossa

responsabilidade e também para as nossas equipes. Assim a situação obrigou

a atual direção a adotar algumas medidas para conter despesas: diminuição

progressiva da folha de pessoal com a dispensa de funcionários, revisão das

escalas de plantões, reavaliação de procedimentos, materiais de consumo e

medicamentos, negociação com fornecedores com objetivo de melhores

condições para aquisição de insumos, etc. Sem, no entanto, deixar de buscar

mais recursos e ter uma visão institucional, com foco no paciente e trabalhar

dentro de uma realidade apregoada pelos pensadores em saúde que - "saúde

não tem preço, mas tem custo".

As dificuldades financeiras do Hospital levaram ao endividamento da

instituição principal mantenedora – FAEPU – ao longo dos anos, de acordo

com os gráficos a seguir (fonte de todos dados BI):

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Gráfico 1: Resultado anual Receita X Despesas de 2009 a 2012

No periodo compreendido entre 2009 e 2012 podemos observar um

resultado acumulado negativo de R$17.047.917,00.

Existiam valores lançados na contabilidade, e falta de valores de

contingenciamento, que alteravam os indicadores e resultados da instituição,

fazendo com que os números não representassem a realidade.

Esta situação foi apontada nos relatórios da auditoria externa, nos pareceres

do Conselho Fiscal e mais recentemente na perícia da Polícia Federal.

Todos foram sanados, mas impactaram no resultado contábil dos anos em que

ocorreu o saneamento.

Abaixo estão os valores de saldos à receber que foram baixados, e impactaram

nos resultados. Por este motivo, a avaliação direta dos números contábeis não

refletem os resultados operacionais do período de 2009 à 2012.

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Gráfico 2: Resultado anual Receita X Despesas de 2013 a 2016 (até agosto)

No período compreendido entre 2013 e 2016 foi acumulado um balanço

negativo de R$18.356.346,00.

Gráfico 3: Resultado global Receita X Despesas de 2009 a 2012

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16

Gráfico 4: Resultado global Receita X Despesas de 2013 a 2016 (até outubro).

Á seguir, fracionamos cada período nas três configurações de diretoria

que ocorreram no período compreendido entre 2013 e 2016:

Gráfico 5: Resultado Receita X Despesas de Janeiro 2013 a agosto de 2015

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17

No primeiro periodo foi acumulado um resultado negativo de

R$20.398.799,00 levando em consideração Receita x Despesas.

Gráfico 6: Resultado Receita X Despesas de agosto de 2015 a maio de

2016.

No segundo periodo da gestão compreendido entre Agosto de 2015 e

maio de 2016 observamos um resultado positivo de R$981.754,00.

Gráfico 7: Resultado Receita X Despesas de maio de 2015 a outubro de 2016.

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18

No terceiro periodo da última composição da diretoria, sem fechar o

balanço e considerando até outubro de 2016, observamos um resultado

positivo no valor de R$899.541,00.

Gráfico 8: Resultado Receita X Despesas de agosto de 2015 a outubro de 2016.

No acumulado juntando as duas últimas composições da atual diretoria

observamos um resultado positivo de R$2.042.453,00. Só que isso por si só,

não foi suficiente para proporcionar o equilibrio necessário para fortalecer a

FAEPU na negociação de maneira adequada nas negociações com os seus

fornecedores.

Diante da grave crise pela qual o HC passou em setembro de 2015, com

greves UFU, FAEPU e Residentes e desabastecimento por falta de créditos da

instituição e dívida da ordem de R$ 50.000.000,00, a direção adotou estratégia

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19

de gastos compatíveis com a receita. Houve limitação de alguns

procedimentos, impactando em queda de cerca de 10% nas internações e procedimentos. No entanto houve equilíbrio entre receita e despesa,

propiciando a manutenção de atendimento (limitado) mesmo diante da grave

crise financeira no país. Foram também revisados procedimentos e viabilidade

do negócio em vários setores do Hospital buscando sustentabilidade. As

medidas propiciaram o pagamento do décimo terceiro sem empréstimos

bancários e passagem de fim de ano com cerca de R$ 4.000.000,00 em

materiais e medicamentos no almoxarifado. Vale aqui ressaltar esforços da

Reitoria da Universidade Federal de Uberlândia na busca de recursos

suplementares.

4.4) Histórico Evolutivo da Dívida:

Como a maioria dos hospitais universitários, o Hospital de Clínicas da

Universidade Federal de Uberlândia sofre de uma “condição crônica” diante

das sucessivas crises, seja por superlotação, subfinanciamento, perfil do

atendimento (pacientes mais graves e a maior parte na urgência), falta de

recursos materiais ou carência de profissionais.

A Emenda Constitucional (EC) 29, em 2000, já garantiu a aplicação de

recursos para a saúde pública, mas que parecem ainda não ter saído do papel,

em especial pela resistência orçamentária federal, que tem se sobreposto à

agenda social afirmativa que demanda pela melhoria do acesso e da qualidade

no serviço público. O acordo federativo tomado em 2000 para a aprovação da

EC 29 pode ter sido melhor opção melhor que o desfinanciamento do SUS,

num contexto de arrocho fiscal, mas na década de 2000 essa relação foi

desfavorável para estados e municípios, uma vez que a Variação Nominal do

Produto Interno Produto (VPN) nos colocou na direção contrária dos países

que aumentaram suas despesas proporcionais com saúde em busca da

universalização do acesso como direito de cidadania.

O fim da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras

(CPMF) ‘orfanizou’ o financiamento setorial e a prioridade do governo foi a

busca pela reposição da arrecadação perdida através da criação de um novo

imposto. Apesar disso, não houve retração da aplicação de recursos federais

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20

com o fim da CPMF, mas manteve-se o status quo do subfinanciamento do

SUS, representando o desafio mais concreto ao avanço da qualidade e do

acesso e a consequente redução das iniquidades regionais e sociais no campo

da saúde.

Também se faz necessária a reordenação das relações de causa e

efeito, recuperando o lugar de destaque do direito à saúde e do sistema

público, o qual deve contar com financiamento consistente e performance

impulsionada pelo aprimoramento da capacidade de gestão direcionada às

necessidades de saúde de toda a população e não às necessidades do

mercado da saúde. Dessa forma o SUS deixaria de ser um sistema de saúde

pobre e para pobres e a segmentação do mercado de saúde, fundamentada

nesse argumento seria menos peremptória (BAHIA, 2009), proporcionando,

assim, melhores condições de vida ao povo brasileiro e melhorando as

chances de redução das desigualdades econômicas entre as regiões e grupos

sociais.

Como podemos observar, na saúde pública sempre existiu um

constante questionamento a respeito da gestão e também se o financiamento é

ou não suficiente? Priorizamos durante toda a nossa gestão definir estratégias

que possibilitassem o hospital manter-se com as mínimas condições de

segurança para o atendimento prioritário daqueles que se encontravam

internados e também das nossas equipes. Não perdemos o foco na integração

da academia e a assistência, diminuição dos desperdícios, investimento na

qualidade e foco nos resultados mesmo com todas as dificuldades.

Sabemos que a elevação dos gastos e custos com a assistência médica

é uma tendência explicada por fatores como aumento e envelhecimento

populacional, complexidade tecnológica, modificação do perfil epidemiológico

com o surgimento de novas doenças e aumento da prevalência de moléstias

crônico-degenerativas e do trauma, extensão da cobertura, papel reduzido do

mercado e aumento do grau de consciência de cidadania com a população

cada vez mais exigente em relação a seus direitos.

Também merece destaque o processo gerencial tradicionalmente

adotado onde identificamos uma carência de informações de custos e de uma

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mentalidade de otimização das atividades, privilegiando a defesa da

quantidade de recursos, sem, contudo considerar a busca pela eficiência. 12 Percebemos que em meio a um cenário mais competitivo, as

organizações de saúde passam a ter necessidade de instrumentos de gestão

econômica, sem os quais não conseguirão sua viabilização, para não dizer

manutenção e sobrevivência. 13 No entanto, se não existe uma cultura de medir

custos e resultados o discurso da eficiência é vazio. 14

Nos hospitais universitários (HUs), estas questões aparecem com

grande complexidade. Além da prestação da assistência médica, agregam

atividades de ensino e pesquisa e, ainda, devem ser um referencial em

tecnologia de ponta. Esses hospitais possuem características que incrementam

seus custos em relação aos professados pelos não universitários, tais como:

atividades docentes assistenciais e serviços básicos e secundários de saúde,

quando sua estrutura é constituída para oferecer atividades de alta tecnologia.2

O volume de recursos para manter uma estrutura complexa como a dos

Hospitais Universitários exige um rigoroso controle por parte dos gerentes,

visando o processo de gestão da unidade hospitalar no contexto de sistema de

saúde, ademais de incluir em suas atividades a otimização dos serviços com

menores custos.

Pensando nisso, a direção do Hospital de Clínicas juntamente com a

FAEPU desenvolveu um projeto na perspectiva de dar um rumo para o hospital

levando-se em conta o diagnostico de uma doença crônica que precisa ser

avaliada como tal, precisando para isso o envolvimento de todas as equipes,

das diversas estruturas da Universidade e também da Secretaria Municipal de

Uberlândia.

Nos gráficos abaixo, podemos observar um quadro evolutivo das dívidas

contraídas junto a FAEPU de Dezembro de 2007 a Outubro de 2016.

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Entre o período de Dezembro de 2007 e a Outubro de 2016 podemos

observar um aumento na dívida com os fornecedores e um decréscimo na

dívida com os empréstimos, financiamentos, além do que uma redução no total

da dívida.

E no período de Janeiro de 2016 a Outubro de 2016 podemos observar

uma redução significativa no total da dívida e uma permanência na linha do

perfil da dívida que vem sendo transferido gradativamente do mercado

financeiro para os fornecedores. Isso proporcionou uma negociação com os

fornecedores mudando o perfil da dívida com descontos e alongamento no

prazo de pagamento. Por outro lado, em decorrência do passivo enorme,

continuamos com dificuldades nas negociações, e também para a

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sustentabilidade em manter os compromissos inclusive com folha de

pagamento.

5) Faturamento

Com a finalidade de tornar mais eficiente o faturamento dos

atendimentos realizados pelo hospital junto ao SUS a Diretoria valorizou o

trabalho do setor de faturamento e implementou ações que resultaram em

significativas melhorias nos valores faturados, dentre elas merecem destaque:

Melhorias nas instalações físicas e equipamentos;

Contratação de funcionários para suprir as necessidades do setor;

Aprimoramento nos processos de trabalho e melhor distribuição de

atividades;

Realização de treinamento específico e intensivo dos funcionários para

melhor entendimento do sistema do SUS que valora a Autorização de

Internação Hospitalar que resultou em importantes descobertas sobre a

forma de faturar.

Melhorias sugeridas pelo pessoal do setor no Sistema de Informações

Hospitalares que permitiu a geração de informações que ajudaram na

melhoria do faturamento;

Melhorias no processo de utilização e faturamento dos materiais

consignados.

6) RECURSOS HUMANOS

A Gestão de Desenvolvimento Humano em Saúde/GDHS tem como

objetivo implementar Políticas de Recursos Humanos voltadas para o

crescimento e desenvolvimento profissional dos seus colaboradores. Nos

últimos quatro anos, para atender às necessidades da instituição e contribuir

para o crescimento profissional de todos os trabalhadores implementou

diversas ações, algumas delas estão destacadas abaixo.

As contratações de profissionais FAEPU têm sido feitas com maior

transparência obedecendo ao Termo de Ajuste de Conduta preconizado

entre a FAEPU e a Justiça Federal, Ministério Público Federal Ministério

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Público Estadual, com aplicação de prova objetiva e teste psicológico aos

profissionais que ingressam no Hospital de Clínicas;

Esta sendo Implantado o Processo de Avaliação de Desempenho para os

colaboradores da FAEPU. Os treinamentos e o teste piloto já esta em

andamento para que a partir de novembro o desempenho de 1300 seja

avaliado;

Suporte a todos os setores do Hospital de Clínicas no que se refere a

ajustes de escalas, orientações profissionais, mudanças de lotação, que

totalizam em média 400 atendimentos por mês;

As capacitações dos profissionais do HCU têm acontecido de forma

gradativa, devido à dificuldade financeira do momento, entretanto os cursos

de capacitação da Pró-Reitoria de Recursos Humanos e os cursos

gratuitos a distância via Escola Nacional de Administração Pública são

disponibilizados pelo site da UFU a todos os servidores que têm interesse

em se capacitar. Foram realizadas 11 atividades de capacitação (UFU e

FAEPU), com destaque para Integração dos recém-admitidos FAEPU,

Integração de jovens aprendizes e Curso Método Canguru;

Gerenciamento do contrato de 142 estagiários que atuam no complexo

hospitalar (contratos obrigatórios e não obrigatórios), oriundos dos cursos

de graduação e técnicos da UFU. Em média, ao mês, realizou-se 16,1

novos contratos, 8,6 renovações e 8,3 rescisões;

Foram realizados 44 processos seletivos para contratação de estágio.

Gerenciamento do contrato de 29 jovens aprendizes atuantes nas áreas

administrativas do Hospital, concedendo assim aprendizado e

desenvolvimento profissional a estes jovens que serão inseridos no

mercado de trabalho;

Foram atendidas 20 solicitações para realização de visita técnica no

Hospital de Clínicas que partiram de cursos UFU e de outras instituições de

ensino.

O Setor de Administração de Pessoal em Saúde, juntamente com a

Diretoria de Administração de Pessoal da UFU, constituiu uma equipe de

trabalho para dar subsídios aos servidores do Hospital, no que se refere a

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processos pertinentes a área de pessoal da UFU, evitando deslocamento

do servidor para outros campi;

O Setor de Plantões, para acompanhamento à realização e pagamento de

plantões hospitalares realizados no âmbito hospitalar, processa

mensalmente uma média de 1.800 ocorrências eletrônicas e cerca de 800

ocorrências solicitadas por meio de memorandos; apurando mensalmente

a média de 4.000 plantões; confere as biometrias de carga horária e APH

de cerca de 860 servidores plantonistas; totalizando uma média 24.000

biometrias geradas mensalmente.

Os relatórios de pagamentos de plantões hospitalares gerados

mensalmente e semestralmente, realizando as comparações com gastos

com anos anteriores, são repassados a diretoria do Hospital de Clínicas,

para melhor administração dos recursos.

O Setor de Apuração de frequência, até o mês de SETEMBRO/2016 já

processaram um total de 96.500 ocorrências de ponto referentes a

ocorrências de jornada de trabalho. Todas estas informações são

cadastradas e gerenciadas pelo sistema MEU PONTO criado e implantado

para tal finalidade;

Atualmente alguns dos Projetos do Setor de Qualidade de Vida do

Trabalhador se encontram suspensos, tendo continuidade apenas o Projeto

da Ginástica Laboral que tem como objetivo uma melhoria de vida e bem

estar na saúde dos trabalhadores. O projeto citado atende hoje cerca de

1.500 profissionais por meio da ginástica laboral

A GDHS dispõe de uma Assistente Social que tem como objetivo promover

a melhoria no acompanhamento dos servidores em readaptação funcional

e restrição médica. A mesma realiza acolhimentos individuais aos

servidores, com análise de cada caso e dando os respectivos

direcionamentos. No ano de 2016, mais de 500 atendimentos aos

servidores foram realizados.

O Setor de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho realizou no

ano de 2016 até a presente data no âmbito do Hospital, 157 Visitas

Técnicas, 35 treinamentos para 350 funcionários, registro e

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acompanhamento de 98 acidentes de trabalho, 103 Programa de Proteção

de Riscos Ambientais, elaboração de 104 mapas de risco e 20 pareceres

técnicos de insalubridade e periculosidade, 133 Relatórios de Visita

Técnica, 15 Pareceres técnicos referente ao ambiente de trabalho, 17

Relatórios de Inspeção de Segurança; 40 Perícias Trabalhistas e 67

análises e elaboração de perfil Profissiográfico Previdenciário

O Setor de Apoio Administrativo e Central de Monitoramento e Acesso

promove Atendimento aos públicos interno e externo com o

recebimento/envio (Protocolo) médio mensal de 563 documentos diversos;

atividades de apoio /manutenção do estado de segurança no complexo

hospitalar por meio do controle de acesso e identificação de pessoas no

âmbito do HC: cadastro de uma média mensal de 86 pessoas para o

acesso e geração de 108 crachás de identificação (profissionais e

acadêmicos). E implantação do monitoramento de imagens de pessoas

com a instalação inicial de 20 câmeras de videomonitoramento.

Implantação do novo sistema de consulta de escala no modelo Web, que

permite ao profissional poder consultar sua escala de trabalho on-line na

extranet do Hospital de Clínicas;

Além dessas ações várias outras foram desenvolvidas pela gestão, dentre elas

merecem destaques as seguintes:

Realização do dimensionamento de pessoal de todos os Serviços e

Setores existentes no Hospital demonstrando a real necessidade de

pessoal de cada um deles;

Parametrização das escalas de trabalho de todos os Setores,

demonstrando a necessidade de pessoal em cada um dos turnos de

trabalho;

Realização do estudo de viabilidade da implantação da jornada de trabalho

de 30 horas no Hospital e encaminhamento de parecer favorável para

subsidiar a decisão do Conselho Diretor e do Reitor;

Participação nas discussões e negociações junto aos órgãos competentes

para solicitação de manutenção e adequação do orçamento para

pagamento de plantões;

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Realização de trabalho para readaptação e redistribuição dos funcionários;

Adequação das escalas de trabalho para participação dos funcionários nas

ações de capacitação realizadas pelo Centro de Pesquisa e Educação

Permanente em Enfermagem (CEPEPE);

Atuação do CEPEPE em conjunto com os órgãos de acompanhamento de

pessoal e capacitação da Universidade Federal de Uberlândia, Pró-Reitoria

de Recursos Humanos e Divisão de Capacitação, nas atividades afins;

Realização pelo CEPEPE dos Ciclos de Capacitação do HCUFU que

ocorrem mensalmente, que iniciaram em 2013 e hoje já está na décima

nona (19) edição. Entre 2013 e 2016 foram realizadas nessa proposta

cerca de 20.000 ações de capacitação, divididas em 54 cursos que

atenderam cerca de 200-800 profissionais em cada ciclo;

Realização pelo CEPEPE de Cursos de longa duração: Curso de Gestão e

Tecnologias aplicadas à saúde (duas turmas que capacitaram gerentes e

chefes de serviços do HCUFU), Curso de PICC (duas turmas com mais de

50 profissionais habilitados);

Realização pelo CEPEPE de cursos de curta duração e ou intervenções

nas unidades (Ex. Cursos de Cálculos de Medicação) e cursos oferecidos

com apoio dos acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem da

UFU (Projeto de Intervenção dos Acadêmicos do 10º Período da

Graduação em Enfermagem);

Realização e apoio a eventos institucionais ligados a DIREF como

Simpósio da Comissão de Ética (4 eventos), Simpósio da CIHDOTT,

Simpósio da Rede Cegonha, Campanha da Unidade de Queimados (4

eventos), Semana da Enfermagem, Fórum Gerencial e apoio ao IX Fórum

Mineiro de Enfermagem;

Realização do IV Congresso do Hospital de Clínicas da UFU que contou

com publicação de 38 resumos, dos quais havia a participação de vários

membros da DIREF;

Criação de um banco de dados informatizado para o Centro de Pesquisa e

Educação Permanente em Enfermagem realizado em parceria com o

serviço de Tecnologia da Informação;

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Apoio aos programas de educação continuada setoriais da DIREF

(Hemodiálise, Transplante, UTI Adulto, Unidade Coronariana, Central de

Material Esterilizado);

Assessoria e acompanhamento de visitas técnicas de profissionais de

outras Instituições no HC UFU e promoção de visitas técnicas de

profissionais do HC UFU à outras Instituições externas de referência;

Promoção de workshops e capacitações evolvendo a apresentação e

treinamento de novos produtos e tecnologias e capacitação setorial por

demanda espontânea;

Elaboração e revisão de protocolos (ex: protocolo de sondagem vesical) e

Procedimentos Operacionais Padrão Gerais (Pops Enfermagem);

Solicitação de pareceres junto ao COREN;

Elaboração de projeto para capacitação e treinamento dos funcionários

recém-admitidos. Participação em comissões e conselhos da UFU, para

gestão do serviço. (ex.: Comissão de Ensino, Pesquisa e Extensão do HCU

e CONPEP);

Apoio a realização do EMITA em 2017 (Encontro Mineiro de Técnicos e

Auxiliares de Enfermagem) realizado pelo COREN MG, que será realizado

nas dependências da UFU com o apoio do CEPEPE e DIREF;

Criação do grupo de pesquisa: “Núcleo de Pesquisa em Educação;

Enfermagem e Saúde” validadas institucionalmente e na CAPES; que

contou com a participação de membros da DIREF do HCU e da Graduação

em Enfermagem para fomento a pesquisa no HCU;

Consultoria e Assessoria em metodologia da pesquisa e estatística a

membros do Hospital e da Universidade com intuito de apoio a pesquisa.

Publicação de resumos e trabalhos completos pelos membros do CEPEPE

em colaboração com outros profissionais do HCU;

Implantação pelo CEPEPE dos indicadores do serviço como os indicadores

de comparecimento, satisfação, treinamento e indicador de aprendizado

(realização de pré e pós-testes nos ciclos de capacitação para avaliação do

conhecimento).

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7) BIOENGENHARIA

Infraestrutura - obras, elétrica, gases, água.

Na área de engenharia clínica foram desenvolvidas várias ações com a

finalidade de melhorar a gestão de equipamentos, dentre elas merecem

destaque:

Desenvolvimento de um software de gestão de equipamentos;

Recadastramento de todos os equipamentos do Hospital;

Confecção de Procedimentos Operacionais Padrão para realização de

manutenções preventivas;

Treinamento da equipe de técnicos para manutenção de equipamentos;

Definição de metas de atendimentos para as equipes técnicas;

Retomada das atividades do laboratório de calibração e avaliação de

equipamentos médico-hospitalares;

Melhorias nas instalações elétricas de vários Setores do Hospital;

Instalação da ressonância magnética, do aparelho de hemodinâmica, dos

equipamentos de pneumologia (espirômetro, pletismógrafo, outros) e

aparelhos de ar condicionados;

Upgrade do equipamento de osmose reversa da hemodiálise.

Elaboração e execução do Plano Diretor de Equipamentos.

Na área de Engenharia Hospitalar, para garantir segurança no

atendimento Hospitalar foram realizadas varias ações, dentre elas:

Realização de várias intervenções na infraestrutura elétrica do Hospital

(manutenção preventiva de geradores, instalação de no-break para

adequação do funcionamento da rede elétrica que atende ao centro

cirúrgico, projeto e instalação da rede de alimentação da ressonância

magnética e hemodinâmica, reforma da cabine elétrica 2 com troca de

sistemas de proteção, painéis, transformadores e quadro geral, confecção

do projeto e instalação da hemodinâmica no centro cirúrgico, reforma no

sistema elétrico dos compressores de ar medicinal e da casa de bombas

do sistema hidráulico, instalação de novo sistema de tomadas no Setor de

dor torácica, reforma elétrica parcial nas clinicas cirúrgicas I e III, instalação

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elétrica do equipamento de Espirometria, reforma do quadro de energia do

Setor de Queimados, reforma elétrica para instalação do projeto Mãe

canguru, reforma elétrica do Setor de eletrofisiologia e marca-passo, das

salas de imagens e laudos da propedêutica e instalação de sistemas de

segurança por câmera de locais críticos do Hospital), troca do quadro

elétrico da Central de Água Gelada, elaboração de projeto elétrico e

acompanhamento de obra de reforma da hemodiálise, projeto elétrico e

reforma de leitos da maternidade, implementação de sistema para

monitoramento do consumo de potência elétrica no HC, finalizada reforma

elétrica do LAPAT, início da reforma elétrica do SENUD, adequações

elétricas para instalação da nova câmara fria de medicamentos, projeto e

aquisição do novo sistema de segurança do HC, projeto elétrico para

ampliação do Hospital do Câncer.

Melhorias no sistema de gases medicinais (instalação de novos

compressores);

Melhorias no sistema de climatização (Centro Cirúrgico; Ressonância

Magnética; Laboratório de Patologia; Central de água gelada com troca das

bombas, torres de resfriamento, quadros de comando e controle; câmaras

frias da Cozinha Hospitalar; Banco de Olhos; Berçário; Centro Obstétrico;

Agência Transfusional; UTI de Adultos);

Melhorias no sistema de geração de calor das autoclaves com reforma da

Central Térmica (caldeiras);

Aquisição e instalação de autoclave de baixa temperatura;

Aquisição e instalação de novos equipamentos de lavanderia hospitalar;

Aquisição e instalação de nova câmara fria de medicamentos;

Melhoria no Sistema de abastecimento de água com perfuração de poço

artesiano e manutenção preventiva de bebedouros;

Na construção civil foram realizadas diversas obras que permitiram

melhorias na assistência:

Finalização da obra da Ressonância Magnética;

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Melhorias nos sistema de reservatórios de água do Hospital, manutenção e

reinstalação de filtros no sistema hidráulico para acabar com a

contaminação da água;

Reformas na estrutura física de vários setores da GENUD como refeitório

(parcial), área de higienização de utensílios, almoxarifado, câmara fria e

açougue e início da reforma das áreas de saladas e café. Reforma e

manutenções na área da cozinha: lavagem de panelas, saladas, panelões;

Construção e reformas em diversas áreas do Hospital (Reinstalação dos

filtros no sistema hidráulico hospital, eliminação do problema de

contaminação da água do HC; Construção, na central térmica, de bacia de

contenção de óleo BPF; Instalações Provisórias para o Laboratório de

Patologia; Serviços na Cirúrgica I e III, para melhorias e benfeitorias; –

Serviços de manutenção na Maternidade e Ginecologia – Anexo; Execução

de rampa no ambulatório de traumatologia; Execução de base para

máquina de lavar na lavanderia; Adequação dos ambientes para

funcionamento do raio-X no Pronto Socorro; Rebaixamento e melhorias nas

tampas das caixas de piso no corredor da propedêutica; Construção de

passarela ao lado da subestação para transporte de resíduos do hospital;

Construção e reforma de calçadas e pisos em concreto na calçada portaria

da diretoria. Resolvido problemas com moscas no Centro Cirúrgico com

instalações de telas nas canaletas; Readequação de sala no Bloco 8B para

a Prefeitura Municipal de Uberlândia; Construção da Casa de Bombas no

Estacionamento da Direção; Execução do novo telhado da Ressonância

Magnética; Demolição do antigo descanso de enfermagem da Moléstia

Infecciosas; Adequações para instalações de 03 Maquinas de lavar no

setor da Endoscopia; Melhorias na área do açougue e fritadeiras;

Instalações de placas de identificações e sinalizações em diversos setores

do HCU; Serviços na Cirúrgica I e III - pintura dos corredores; Manutenções

corretivas de pisos, hidrossanitários, marcenaria, gesso e pintura na UTI

adulto Unidades 1, 2, 3 e 4; Reforma na área limpa e suja para limpeza de

panelas na cozinha hospitalar; Construção do setor da Espirometria na

antiga clinica médica; Construção do setor da Cirurgia Vascular na

Cirúrgica III; Melhorias nas salas de emergência (vermelha) no Pronto

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Socorro em andamento; Perfuração do 3º poço artesiano; Construção do

setor Mãe Canguru – UTI Neonatal); Reforma do lactário, sala de trauma

do PS, área externa da cozinha; reforma no setor de queimados; pintura da

psiquiatria; pintura geral no PAD, setor de pediatria do pronto socorro e

setor de transplante; fiscalização de reforma no CAPS-AD;

Na arquitetura Hospitalar foi realizada a elaboração e execução de

projetos ou continuidade de execução dos seguintes projetos; blocos 8D, 8B e

8E, Ressonância Magnética, Laboratório de Patologia, Materno Infantil,

ambulatórios, CAPS AD, Resíduos Hospitalares, Centro Cirúrgico-

Hemodinâmica, Mãe Canguru, Maternidade, Medicina Nuclear, projeto básico

de pintura de todo o Hospital, padronização do mobiliário Hospitalar e

comunicação visual, dentre outros. Projeto de área para instalação do terceiro

acelerador linear e ampliação (3º e 4º andares) no Hospital do Câncer.

8) EQUIPAMENTOS

Para assegurar uma boa gestão de equipamentos, uma das primeiras

ações foi a construção do Plano Diretor de Equipamentos do Hospital do qual

participaram, a engenharia clínica, a gestão de projetos, a gerencia de risco,

assessores da diretoria e representantes dos diferentes Serviços e Setores do

Hospital.

Nos quadros abaixo são apresentadas as relações de equipamentos

recebidos, adquiridos e instalados no período de 2013 a 2016.

Relação de equipamentos recebidos antes de 2013 e instalados nos últimos 4 anos.

Equipamento Quant. Valor Unitário Empenhado

Ressonância magnética 1 R$ 1.605.000,00 R$ 1.605.000,00

Angiografo 1 R$ 909.000,00 R$ 909.000,00

Raio x telecomanadado 1 R$ 390.500,00 R$ 390.500,00

Monitores multiparametros 188 R$ 5.550,00 R$ 1.043.400,00

Sistemas de endoscopia 10 R$ 227.800,00 R$ 2.278.000,00

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Camas eletrônicas 450 R$ 8.690,00 R$ 3.910.500,00

Incubadoras neo natal 18 R$ 20.199,00 R$ 363.582,00

Ventiladores pulmonares 7 R$ 30.760,00 R$ 215.320,00

Eletrovectonistagmo 1 R$ 29.000,00 R$ 29.000,00

Sistema de espirometria 1 R$ 433.414,99 R$ 433.414,99

TOTAL 678 R$ 11.177.716,99

Relação de equipamentos adquiridos e instalados após 2013.

Equipamento Quant. Valor unitário Empenhado

Aparelho de anestesia 6 R$ 97.600,00 R$ 585.600,00

Microscópio cirúrgico 1 R$ 570.000,00 R$ 570.000,00

Termodesinfectora 3 R$ 246.990,00 R$ 740.970,00

Perfurador cirurgias comuns 4 R$ 86.200,00 R$ 344.800,00

Ureterolitrotidor laser 1 R$ 290.000,00 R$ 290.000,00

Craniótomo 2 R$ 285.880,12 R$ 571.760,24

Máquina de hemodiálise 4 R$ 97.600,00 R$ 390.400,00

Eletrocardiógrafo portátil – bionet 5 R$ 4.750,00 R$ 23.750,00

Cardioversor – instramed 6 R$ 24.490,00 R$ 146.940,00

Lavadora automática de tubos para

endoscópios 3 R$ 38.000,00 R$ 114.000,00

Ureteroscópio flexível 1 R$ 44.100,00 R$ 44.100,00

Expansor de enxerto de pele 1 R$ 52.920,00 R$ 52.920,00

Dermátomo elétrico 1 R$ 48.800,00 R$ 48.800,00

Sistema CR para radiografia

oncológica 1 R$ 186.324,41 R$ 186.324,41

Foco cirúrgico de teto led 1 R$ 42.400,00 R$ 42.400,00

Tubo de videogastroscopia ped. de

alta definição 1 R$ 114.900,00 R$ 114.900,00

Litotridor balístico 1 R$ 49.990,00 R$ 49.990,00

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Relação de equipamentos adquiridos e instalados após 2013.

Equipamento Quant. Valor unitário Empenhado

Eletrovectonistagmo 1 R$ 29.000,00 R$ 29.000,00

Máquina de hemodiálise 1 R$ 60.000,00 R$ 60.000,00

Foco cirúrgico auxiliar 4 R$ 12.100,00 R$ 48.400,00

Eletroencefalografo 1 R$ 28.200,00 R$ 28.200,00

Histeroscópio 1 R$ 185.000,00 R$ 185.000,00

Doppler Trascraniano 1 R$ 40.450,00 R$ 40.450,00

CAMA PPP 4 R$ 11.000,00 R$ 44.000,00

Set de Vídeo cirurgia 2 R$ 206.194,24 R$ 412.388,48

Mesa cirúrgica 1 R$ 34.900,00 R$ 34.900,00

Aparelho de anestesia para

Ressonância 1 R$ 165.000,00 R$ 165.000,00

Aparelho de Urodinâmica 1 R$ 38.472,00 R$ 38.472,00

Estação de trabalho 3 R$ 12.000 R$ 36.000,00

Nasofribroscopio 2 R$ 21.980,00 R$ 43.960,00

Manta térmica 5 R$ 128.599,00 R$ 642.995,00

Câmara de refrigeração cientifica 1 R$ 29.900,00 R$ 29.900,00

Bisturi eletrônico 3 R$ 21.998,60 R$ 65.995,8

Câmara de refrigeração cientifica 1 R$ 15.190,00 R$ 15.190,00

Câmara de refrigeração cientifica 1 R$ 32.400,00 R$ 32.400,00

Câmara de refrigeração cientifica 4 R$ 10.900,00 R$ 43.600,00

Fototerapia Bilitron 12 R$ 3.300,00 R$ 39.600,00

Compressor de ar medicinal 6 R$ 41.000,00 R$ 246.000,00

Fibrobroncoscopio 2 R$ 42.450,00 R$ 84.900,00

Set de Vídeo cirurgia 3 R$ 237.500,00 R$ 712.500,00

Lâmpada de fenda 2 R$ 15.000,00 R$ 30.000,00

Homegenizador 1 R$ 11.300,00 R$ 11.300,00

Autoclave de Formaldeído 1 R$ 369.036,15 R$ 369.036,15

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Relação de equipamentos adquiridos e instalados após 2013.

Equipamento Quant. Valor unitário Empenhado

Bombas de infusão de anestesia 15 R$ 8.315,38 R$ 108.099,94

Bombas de Infusão 16 R$ 3.187,50 R$ 51.000,00

Esfigmomanômetro de parede 156 R$ 940,00 R$ 146.445,00

Berço de Acrílico OLIDEF CZ 55 R$ 598,00 R$ 32.890,00

Disjuntores de alta tensão 2 R$ 21.060,00 R$ 42.120,00

Bombas de Água Gelada 4 R$ 22.426,00 R$ 89.704,00

Bombas de Água Condensada 4 R$ 22.449,00 R$ 89.796,00

Torre de resfriamento 3 R$ 51.166,66 R$ 103.500,00

Lavadora Extratora 200 2 R$ 94.000,00 R$ 188.000,00

Lavadora Extratora 100 1 R$ 123.280,00 R$ 123.280,00

Secadora 100 1 R$ 94.000,00 R$ 94.000,00

Secadora 50 2 R$ 94.000,00 R$ 188.000,00

Total 372 R$ 9.408.477,02

9) GESTÃO DE MATERIAIS HOSPITALARES

A gestão de materiais foi, sem dúvida, a maior dificuldade encontrada

pela gestão do Hospital nos anos de 2014 e 2015. Para enfrentar as

dificuldades deste momento de crise, a gestão adotou quatro caminhos

estratégicos: Negociações com fornecedores e profissionais dos diferentes

Serviços do Hospital para minimizar os efeitos negativos da falta desses

suprimentos; Priorização da realização de procedimentos de urgência e alta

complexidade para que a população não ficasse desprovida destes Serviços

que só são oferecidos por nosso Hospital e geram maior faturamento;

Aquisição de produtos (materiais e medicamentos) por meio de Pregões

Eletrônicos pelo Governo Federal e; Reativação da Comissão de padronização

de materiais hospitalares que voltou a fazer o controle dos materiais incluídos e

excluídos do sistema de administração de materiais.

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Uma das ações importantes na gestão de materiais foi a elaboração de

um plano de aquisição e gestão de instrumentais cirúrgicos o que permitiu,

dentre outras coisas:

A compra de instrumentais para neurocirurgia, cirurgia cardíaca, cirurgia

vascular, cirurgia torácica, dentre outras especialidades;

Termino da 1ª fase do sistema de rastreabilidade de instrumentais

cirúrgicos;

Para melhorar a gestão, limpeza, desinfecção e esterilização de

materiais foi feita a centralização destas atividades que eram realizadas nas

Unidades de Terapia Intensiva de Adulto, UTI Coronariana, UTI Neo e Berçário,

o que permitiu, além da melhoria no processo, uma redução do custo com a

esterilização em Óxido de Etileno.

Para melhorar a aquisição de materiais e permitir compra por licitação

pela Universidade foi feita a reformulação da especificação técnica de mais de

400 itens de materiais Hospitalares e revisão de pouco mais de 300 itens. Isto

permitiu a realização do primeiro pregão de materiais Hospitalares para

aquisição pela UFU. Em 2015 foram elaborados cinco editais de pregões

eletrônicos com 735 itens e em 2016 sete novos editais com 543 itens

diferentes.

Foi ampliada a participação dos usuários na gestão de materiais através

da elaboração de pareceres técnicos e pré-qualificação de produtos a serem

adquiridos. Foi verificado também um aumento das notificações de queixas

técnicas da utilização de materiais pelos diferentes usuários do Hospital.

A Gestão de Materiais Consignados no decorrer dos últimos anos

melhorou o seu processo de trabalho com a implantação e monitoramento das

ações realizadas o que permitiu a geração de indicadores de produtividade,

melhorou as relações com a Central de Materiais Esterilizados, Setor de

Faturamento e Centro Cirúrgico o que permitiu com vistas ao alcance de boa

relação custo-benefício para os materiais consignados e eliminação de riscos

de glosas de faturamento.

10) GESTÃO ACADÊMICA

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Ensino, Pesquisa e Extensão. A Gestão Acadêmica (GA) do Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU)

está estruturada de acordo com as atribuições descritas nos seguintes

regimentos: Regimento Interno do HCU (Resolução 11/2010 de 28/05/2010 do

Conselho Universitário), no Regimento Interno do Conselho Administrativo do

HCU (Resolução No 001/2010 de 14/10/2010 do Conselho Administrativo do

HCU) e no próprio Regimento da Gestão Acadêmica (Resolução No 001/2013

de 09/09/2013 do Conselho Administrativo do HCU). É órgão assessor da

Diretoria Geral cuja sede própria – a sala de número 25 – está situada no

corredor do Bloco 2M, no pavimento imediatamente acima do Pronto Socorro.

Administra, também, a Biblioteca Hospitalar (sala 21), a sala de

videoconferência (sala 36) no mesmo Bloco 2M e, todo ambiente do andar

térreo do Bloco 8B (secretaria, 2 salas de aula com equipamentos multimídia, 1

auditório e 1 sala digital com 20 computadores com acesso ilimitado à web).

Estão lotados no setor, além do Gestor, um assistente administrativo, uma

pesquisadora clínica e uma médica Pediatra. A gestão acadêmica esteve sob a

coordenação do Prof. Dr. Orlando Cesar Mantese de Abril de 2013 a Abril de

2016.

As atividades de ensino, pesquisa e extensão são realizadas sob a

forma de programas, projetos, cursos, prestação de serviços e eventos nas

áreas científicas, técnicas e administrativas, no âmbito hospitalar, em

consonância com as normas universitárias vigentes. Estas atividades envolvem

alunos de graduação dos cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição,

estagiários na forma de Educação Médica Continuada e alunos dos cursos de

pós-graduação latos senso (Residência Médica e Residência Multiprofissional)

e de pós-graduação stricto senso (Programa de Pós-graduação em Ciências da

Saúde, com mestrado acadêmico, mestrado profissionalizante e doutorado).

O HCU recebe, também, estagiário de outros cursos da UFU, tais como

Fisioterapia, Biomedicina, Psicologia e outros. É campo de treinamento em

ação dos alunos matriculados na Escola Técnica de Saúde – ESTES,

oferecendo, inclusive, estágio e cursos de extensão para formação de

profissionais de nível técnico.

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A GA atua em consonância com a Gestão do Desenvolvimento Humano

em Saúde (GDHS) do HCU e foram alvo de atenção as normalizações das

seguintes atividades: acesso aos prontuários do arquivo médico, visita técnica

no HCU, estágio no HCU e voluntariado no HCU. No momento, todas aguardam

validação pelo CONAD (Conselho de Administração do HCU).

A GA possui vínculo com a Biblioteca Hospitalar (BH) e com a Escola de

Governo de Uberlândia (EGU), ambas intimamente relacionadas com a

condição de Hospital de Ensino (HE) do HCU. Colabora e beneficia-se da

condição de HE do HCU, tendo como missão promover no âmbito do hospital,

um adequado ambiente de ensino e pesquisa aos alunos e professores,

assistência de qualidade aos pacientes e, para todos – alunos, docentes,

funcionários e usuários – um local seguro para o trabalho.

Inaugurada em 21 de novembro de 2012 a BH “Professor Ivan Miranda

Vieira” é integrada ao Sistema de Biblioteca da UFU (SISBI-UFU) e destina-se a

alunos de graduação, residentes e profissionais do HCU. Possui capacidade

simultânea máxima de 20 usuários, conta com seis computadores para acesso à

base de dados do SISBI-UFU e do Programa de Comutação Bibliográfica

(COMUT) permitindo a pesquisa, inclusive, em outras instituições que integram

esse programa. Tem em seu quadro três assistentes administrativos exclusivos e

seu acervo físico conta atualmente com 372 exemplares de 300 títulos. O uso da

biblioteca tem se intensificado ao longo dos anos, tendo recebido

aproximadamente 20.700 usuários de janeiro de 2013 a agosto de 2016. Além

da pesquisa presencial nas instalações da Biblioteca Hospitalar, é oferecido,

regularmente, o Curso Avançado de Base de Dados e Periódicos Eletrônicos,

ministrado no Laboratório de Informática do Bloco 8B; este Laboratório possui 20

terminais de computador com livre e pleno acesso à web. Em 2014 foram

capacitados 25 alunos (sete turmas, de março a dezembro) e em 2015 11 alunos

(duas turmas, de março a julho).

A EGU trata da realização conjunta do Município de Uberlândia, da

Superintendência Regional de Saúde e da Universidade Federal de Uberlândia,

para viabilizar ações de formação, capacitação e qualificação dos profissionais

vinculados ao serviço público ofertado pelas partes, de modo a oferecer

profissionais habilitados para responder às necessidades da sociedade e

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imprimir melhorias ao funcionamento da Administração Pública. A GA é o elo da

UFU na composição tripartite da EGU. É composta por um Conselho Gestor

cujos integrantes são representantes de cada uma das instituições parceiras e

um Núcleo Executivo, que operacionaliza as decisões do Conselho. Desde

setembro de 2014, foram matriculados 480 alunos para os cursos de modalidade

AD.

Em 2012, o HCU foi inscrito no Projeto “Controlando a infecção,

combatendo a sepse”, fruto de parceria com a Sociedade Beneficente Israelita

Brasileira Albert Einstein (com recursos do Programa de Apoio ao

Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde – PROADI-SUS),

que em 2015 foi encampado pelo Instituto Latinoamericano da Sepse - ILAS.

No início de 2013 o empenho foi retomado para implantar a Vigilância Clínica

da Sepse no HCU. Desde então, medidas administrativas, implantação de

protocolo e realização de encontros científicos tem sido realizadas para

consolidar o projeto.

11) REGULAÇÃO E LINHAS DE CUIDADOS Regulação

Os complexos reguladores são considerados uma das estratégias da

regulação de acesso, consistindo na articulação e na integração de centrais de

atenção pré-hospitalar e urgências, centrais de internação, centrais de

consultas e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, implantadas sob a

orientação de protocolos clínicos e linhas de cuidado previamente definidos.

A implantação do Complexo Regulador está orientada para formar uma

rede integrada de informações relativas à oferta disponível de serviços no

hospital, no sentido de aproximação e conciliação entre a diretoria e os

diversos serviços e equipes do HC para alcançarem objetivos elaborados em

conjunto, e para oferecer maior agilidade no atendimento à população, com

especial atenção às situações de risco iminente de vida e, como resultado de

sua aplicação, melhoria do acesso aos serviços de saúde e controle e

avaliação sobre os serviços ofertados.

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A implantação do Complexo Regulador do HC faz parte da

reorganização da assistência à saúde e tem como expectativa atuar

positivamente sobre o acesso dos cidadãos aos serviços, atuando também

sobre a oferta dos mesmos, subsidiando o controle sobre os prestadores de

serviços, para ampliar ou remanejar a oferta programada para que seja

cumprida a sua função.

Dentre os resultados que se espera com a implantação do complexo

regulador destacam-se os seguintes:

Desenvolver um relacionamento cordial e com o intercâmbio de ideias e

ações nos diversos serviços do HC que possibilitem um trabalho

compartilhado na construção e cumprimento do Contrato de Metas

firmado com a Prefeitura Municipal de Uberlândia;

Orientar e intermediar o processo de compra de serviços pelo HCU

quando este não possuir para cumprir a contratualização ou mesmo

atender as necessidades de serviços, sendo que a compra de serviços

deverá obedecer a preceitos da legislação e normas que orientam a

administração pública;

Orientar e intermediar a autorização das internações eletivas, de

urgência e emergência e de procedimentos especializados de alta

complexidade, sendo que os fluxos devem facilitar o acesso dos

usuários sem prejuízo do monitoramento adequado da produção e

faturamento dos serviços;

Orientar e estabelecer a correta aplicação de portarias e normas

técnicas e operacionais do Sistema Único de Saúde;

Orientar o controle do acesso assistencial, que constitui uma das

funções de fortalecimento da capacidade de gestão em responder às

demandas de saúde em seus diversos níveis e etapas do processo de

assistência, de forma a integrá-las às necessidades sociais e coletivas

promovendo a equidade do acesso, garantindo integralidade da

assistência e permitindo ajustar a oferta assistencial disponível às

necessidades imediatas do cidadão, de forma equânime, ordenada,

oportuna e racional;

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Contribuir com o ensino por meio de um modelo pedagógico que reflita

para os profissionais em formação, o cenário que enfrentarão no

mercado de trabalho de forma científica, impessoal e respeitosa;

Contribuir para a avaliação da qualidade e satisfação dos usuários do

sistema, levando em consideração que se deve buscar a implementação

de indicadores objetivos baseados em critérios técnicos, e também

incluir a avaliação de usuários quanto a acessibilidades, resolubilidade e

qualidade dos serviços;

Avaliar os resultados e impacto das ações e serviços no perfil

epidemiológico da população, que deverá envolver o acompanhamento

de resultados alcançados em função dos objetivos, indicadores e metas

apontados no Contrato de Metas;

Por meio da gestão de leitos, organizar o acesso, as altas, e os fluxos

dos pacientes que necessitam de transferência de um setor para o outro

dentro do HCU-UFU;

Por meio da cirurgia eletiva, colaborar para a otimização dos serviços,

organização pré e pós-operatória, acesso organizado do paciente para

evitar os desperdícios, e cancelamentos de procedimentos;

Reuniões semanais com a Regulação da Secretária Municipal de Saúde,

tanto para alinhamentos entre as necessidades da SMS e a

disponibilidade de recursos do HCU-UFU. Além disso, nas reuniões são

discutidas as cirurgias que foram judicializadas, no intuito de conseguir

os materiais não padronizados e minimizar os prejuízos para o Hospital;

O Complexo Regulatório terá a seguinte composição: um coordenador

geral do serviço Complexo Regulador; um coordenador do Eixo Avaliação e

Auditoria; um coordenador do Eixo Controle e um coordenador do Eixo

Regulação.

O Eixo de Avaliação e Auditoria terá as seguintes atribuições:

elaboração de viabilidade e estabelecimento de convênios; interface com a

Ouvidoria no sentido de determinar ações voltadas para os resultados focados

no cliente; credenciamento de novos serviços de acordo com as diretrizes

estabelecidas; acompanhamento do Contrato de Metas; interface com o

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faturamento, diagnosticando e recomendando ações de intervenção e

monitoramento dos indicadores dos serviços no HC.

O Eixo de Controle terá as seguintes atribuições; gestão de leitos e

desospitalização; coordenação da comissão de plantões; controle de

regularidade dos pagamentos efetuados aos prestadores de serviços de saúde

terceirizados e controle e acompanhamento da relação entre

programação/produção/faturamento.

O Eixo Regulação terá as seguintes atribuições: controle e Regulação

dos Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia (SADT) terceirizadas;

monitoramento, regulação e auditoria dos exames de alta complexidade;

promover educação acadêmica no modelo andragógico para a percepção e

interesse no conhecimento da importância da regulação; realizar interface com

as regulações municipais e regulação estadual e federal e avaliação e

liberação de materiais, medicamentos, órteses e próteses não padronizados

conforme diretrizes da instituição.

Para ter uma gestão eficiente dos serviços prestados pelo HCU-UFU o

Complexo regulador definirá os indicadores a serem monitorados considerando

o Contrato de Metas firmado entre a Prefeitura Municipal e a Universidade

Federal de Uberlândia. Assim, inicialmente foram escolhidos os seguintes

indicadores a serem monitorados: Taxa de ocupação dos leitos; Tempo médio

de permanência dos leitos (cirúrgico, clínico e terapia intensiva); Número

Absoluto de exames por unidade funcional/mês; Taxa de mortalidade materna

infantil; Índice de satisfação do usuário e Porcentagem de cirurgias de urgência

pelo total realizada no mês.

11.1) Linhas de cuidados

O Núcleo de Implantação de Linhas de Cuidado (NULIC) HCU – UFU é

vinculado à Diretoria Clinica do Hospital de Clínicas de Uberlândia e objetiva a

implantação das Linhas de Cuidado em saúde prioritárias para o SUS, uma vez

que o Hospital de Clínicas - HCU-UFU é considerado um ponto de atenção da

Rede do componente hospitalar.

A estratégia é a articulação entre os vários dispositivos de gestão do HC

com os de gestão de saúde do município e da Macrorregião para a formatação

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e pactuação de ações e fluxos de acesso e continuo de cuidados em saúde em

todos os pontos de atenção da Rede.

Essa estratégia é operacionalizada por meio de reuniões sistemáticas

que ocorrem semanalmente, onde as equipes de saúde de diversos pontos de

atenção do município, discutem o fluxo de uma determinada linha de

assistência, levantavam as dificuldades e, após uma análise, buscam

alternativas viáveis por meio de pactuações nas dimensões micro e

macropolítico em prol reorganização do trabalho e otimização dos recursos

disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

As linhas de cuidado organizadas durante a gestão 2013- 2016 foram:

Linha de Saúde Mental: pactuado os fluxos de referenciando dos casos

encaminhados para o HC; reformulação do processo de trabalho da unidade de

internação; iniciado processo de habilitação de leitos de referência em saúde

mental;

Linha de cuidados em neurologia: pesquisa e capacitação da

comunidade comum e dos trabalhadores sobre o AVC e discussão e pactuação

do fluxo do AVE e a inauguração da unidade de AVC HCU-UFU

Linha de cardiologia: organização do fluxo da cirurgia cardíaca; pós e

pré-cirurgia; fluxo interno HCU-UFU.

Linha de cuidados de pacientes crônicos: projeto desospitalização, trata-

se de uma estratégia para otimização de recursos hospitalares, rotatividade

dos leitos e qualidade assistencial, bem como da inovadora articulação entre o

Hospital de Clínicas HCU-UFU e o Programa de Residência Multiprofissional

em Saúde - PRMS, ambos da Universidade Federal de Uberlândia.

12) TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

A Gerência de Tecnologia da Informação concluiu e implantou 22

projetos novos no âmbito do Hospital: Folha de pagamento Capinópolis

(FAEPU); Folha: módulo anuênio (FAEPU); Folha: ticket alimentação (FAEPU);

Consulta escala Web (GDHS); Novo sistema de protocolos (Direção); Novo

pedido de materiais (Getinf); Refeitório sistema de rótulos (Nutrição);

Oncosystem Web (Oncologia); Prescrição não internados (Farmácia/CCIH);

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Agência Transfusional (Agência Transfusional); Prescrição não internados

(Farmácia); Migração Tecnologia DBX (Getinf); Laboratório interface novo

equipamento hematologia (Laboratório); Laboratório interface sorologia

(Laboratório); Laboratório revisão demais interfaces (Laboratório); Ouvidoria

Web (Ouvidoria); Escala X Ponto Web (GDHS); Validações escalas (GDHS);

Programação de férias (GDHS); PACS (Propedêutica); Integração Cirurgias

eletivas agendamentos (Centro cirúrgico). Além disso, outros oito projetos

estão prontos em fase de validação, homologação ou implantação

(esterilização, Integração prescrição Alert, AIH eletrônica, cirurgia vascular,

Fluxo de caixa SIAF, Sysmat multiempresa, Apura ponto, prescrição oncologia

e SiaenfWeb) e 3 em desenvolvimento (Siamed – evolução médica, contrato de

metas e ouvidoria painel. Implantação do novo sistema que possibilitou a

liberação imediata de acesso ao refeitório por funcionários que alteram as

escalas de trabalho. Informatização de várias atividades desenvolvidas na

GENUD.

Implantação melhorias na rede de informática do Hospital com

efetivação as seguintes ações: Segmentação da rede (utilização de Vlan’s),

Troca de todos os Switches de acesso e core, troca dos servidores físicos,

Atualização de todos os sistemas operacionais dos servidores Linux, troca de

storage, manutenção nos servidores do AGHU, Implantação da nova

plataforma de correio (Webmail), implantação do sistema de monitoramento

Nagios/Zabbix, implantação do PACS, centralização de logs – aumento da

rastreabilidade, implantação do servidor de atualização centralizada,

estruturação de 100% da rede física do Hospital e elaboração do termo de

referência do projeto de rede lógica do bloco 8B.

Aumento no número de chamadas atendidas pelo Setor de suporte no

âmbito do Hospital. Com implantação do Serviço de manutenção preventiva do

parque de máquinas e gestão de impressoras.

13) ATENDIMENTO AO PACIENTE Em 10 de outubro de 2014, foi inaugurada a unidade coronariana, o

que permitiu a criação de sete leitos, vinculados ao SUS, para atendimento de

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pacientes com problemas cardiovasculares, Esta iniciativa possibilitou uma

redução da carência de leitos especializados do Município e se constitui num

passo importante para o credenciamento da linha de cuidado cardiovascular.

Inaugurado no dia 29 de setembro de 2015 a Enfermaria Canguru que

permite a permanência da mãe 24 horas junto ao seu bebê trazendo todos os

benefícios já conhecidos: estímulo aleitamento materno, redução do índice de

infecção, propicia vínculo mãe filho, regulação da temperatura corporal do bebe

entre outros.

Abertura do Setor de Ressonância Magnética que é mais um serviço

de diagnóstico importante que o Hospital passa a disponibilizar para o Sistema

Único de Saúde, atendendo a mais uma necessidade dos usuários do

Município e Região do Triângulo Norte. Foi também adquirido um equipamento

para o monitoramento das crianças durante o exame, oferecendo maior

segurança para as equipes, paciente e habilitou o HCU para a realização da

RNM nas situações especiais que necessitam do procedimento anestésico.

No Serviço de Fonoaudiologia foi feita a contratação de Serviços para

atender aos usuários à alta complexidade com ampliação de 15% no total de

atendimentos anuais realizados no Setor (2013 = 7.523 / 2014 = 8.777 / 2015

até ago = 5.515).

Ampliação do atendimento de Fisioterapia para 24 horas ininterruptas

nas UTI de Adultos e Pediátricos, melhoria no quadro funcional para

atendimento na Pediatria, participação na preceptoria de residentes de

diferentes programas da Residência Multiprofissional, participação nas aulas

práticas do Curso de Fisioterapia da UFU participação de profissionais do Setor

em cursos de mestrado e doutorado, ampliação do número médio mensal de

atendimentos para 9.000.

Foram adquiridos equipamentos que permitiram a melhoria dos

atendimentos nas especialidades de Otorrinolaringologia, oftalmologia, urologia

e gastroenterologia, dentre outros (dois monitores multiparamétricos para uso

em pacientes adultos, pediátricos e neonatais; 1 video-laringoestroboscópio

com câmera de alta resolução e acessórios; 1 cadeira de rodas e 1 balança

digital para obesos; 22 cadeiras giratórias com rodízio reforçada; 1

nasofibroscópio com endoscópio flexível e acessórios; 2 colonoscópios com

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acessórios; 7 Televisores de plasma para as salas de espera; 1 microcerátomo

para cirurgias refrativas e laminares; 1 balança antropométrica para obesos; 8

purificadores de água; 4 lâmpadas de fenda, 4 mesas elétricas para lâmpada

de fenda e 4 tonômetros para uso em lâmpada defenda; 2 serras elétricas para

gesso; 1 balança eletrônica capacidade 200Kg com régua antropométrica; 1

sistema completo de polígrafo para urodinâmica; 1 notebook AMD 14”; 1

impressora jato de tinta; 1 HD externo portátil de 500 GB; 1 estabilizador de

voltagem; 1 corneal cross-linking com medidor de luz incorporado).

Elaboração do projeto de consulta de Enfermagem de pré-operatório de

cirurgia cardíaca, a ser implantado nos próximos meses, e reestruturação do

ambulatório de pós-operatório;

Elaboração do manual de orientação para clientes e

familiares/acompanhantes atendidos no Hospital;

Construção do novo Sistema de Informática para implantação da

Sistematização da Assistência de Enfermagem (SIAENF) com utilização dos

diagnósticos da North American Nursing Diagnoses Association (NANDA), cuja

implantação já foi iniciada em 9 Setores de internação e em alguns

ambulatórios de consulta de enfermagem.

Junção do Programa de Internação Domiciliar (PID) com o Serviço de

Atendimento Domiciliara (PAD). Para que ocorresse essa ação, a diretoria

levou em consideração os aspectos relacionados com a otimização de

recursos, economia de escala, e também para atender uma determinação do

Ministério Público que passou a exigir uma redução na folha de pagamento da

FAEPU.

Implantação do Prontuário Eletrônico. Essa ferramenta foi

desenvolvida pelos servidores do HCU-UFU e atende planamente as

necessidades do corpo clinico. Ainda em construção, diferencia-se das

existentes no mercado porque está sendo construída com a participação

efetiva de todos os setores que estarão utilizando.

Melhorias na quantidade e qualidade dos de atendimentos pela Gerencia

de Psicologia aos pacientes internados e atendidos nos ambulatórios

Ampliação das ações da Farmácia Clínica com aumento do número de

consultas e pareceres, emitido para atender às comunidades interna e externa.

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Na gestão de Nutrição foram implementadas diversas ações para

melhorar o atendimento a pacientes, acompanhantes e funcionários, como:

aquisição de diversos equipamentos e utensílios; repadronização de cardápios

de refeições, lanches e dietas especiais; aquisição de arroz integral para dietas

especiais; padronização para comprar de suplementos industrializados;

implantação do sistema de rotulagem de dietas enterais; retorno e ampliação

da coleta de amostras para análise microbiológica; aquisição de freezer para

armazenamento de leite humano; participação no projeto Mãe Canguru através

da coleta de leite humano em mães internadas e distribuição para seus

próprios filhos; elaboração de cartilha de orientação de alta para pacientes em

uso de sondas de alimentação; ampliação do número de nutricionistas na

assistência em dias não úteis da semana; implantação de indicadores de

qualidade de várias atividades; dentre outras.

14) CONTRATOS E CONVÊNIOS

Na Gestão de Contratos e Convênios foram feitas melhorias na gestão e

nas condições de contratos já existentes com empresas terceirizadas para

prestação dos Serviços de manutenção de elevadores, higienização e limpeza,

lavanderia Hospitalar, recepção, portaria e maqueiros, vigilância, coleta,

tratamento e destinação final de resíduos de Serviços de saúde e

desinsetização e desratização, fonoaudiologia. Além disso, foram assinados

novos contratos com empresas terceirizadas para prestação de Serviços de

fonoaudiologia e de manutenção e controle do uso de material e equipamentos

em que são utilizados radiação ionizante.

Foram elaborados e está em fase de licitação o novo contrato de

manutenção de elevadores, Higienização e limpeza e lavanderia. A lavanderia

do Hospital de Clínicas será ativada e para isso foram adquiridas máquinas de

lavar, de secar e de passar, está em fase de licitação: a mão de obra, produtos

de lavanderia e da caldeira.

A Gestão de Contratos e Convênios se responsabiliza pela coordenação

de verbas de convênios que chegam de algum programa ou de parlamentares

e são utilizados no HCU-UFU, e em 2016, além dos convênios dos anos

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anteriores que não foram encerrados está coordenando as verbas de mais 10

novos convênios.

15) CONTRATUALIZAÇÃO

O Contrato de Metas firmado entre a Prefeitura Municipal de

Uberlândia/SMS e a Universidade Federal de Uberlândia/HCUFU/FAEPU

desde 2004 e que vem sendo renegociado anualmente. Acreditamos que

precisa ser revisado na forma de relacionamento, ou seja, deixar de cobrar

quantidade e passar a priorizar qualidade e resolutividade. O Ministério da

Saúde tem incentivado as Linhas de Cuidados, apesar dos incentivos ainda

não estarem fazendo parte na maior parte das vezes, continua sendo uma

nova linha de pensamento que traduz o acompanhamento do paciente em toda

cadeia de produção. Outro tópico urgente de se aprofundar trata-se do

Contrato Interno de Gestão com as equipes do HC, instrumento fundamental

para o engajamento dos profissionais de saúde e o envolvimento com os

resultados.

Baseados numa revisão bibliográfica identificaram alguns agentes

facilitadores e outros dificultadores que poderão nortear as próximas

negociações com a Prefeitura Municipal de Uberlândia/Secretaria Municipal de

Saúde. Como aspectos facilitadores a possível integração entre diretores do

Hospital, Faculdade de Medicina, Gestor Municipal e a rede de serviços, a

participação das equipes do hospital no processo de negociação do

convênio/contrato e principalmente a identificação de uma rede integrada e

focada no melhor resultado para a população.

Como dificuldades são mencionadas, a insuficiente integração do

hospital na rede de atenção, a ausência e/ou insuficiência de sistemas de

informações, a não adesão e/ou desconhecimento às metas do Plano

Operativo Anual (POA) por parte das equipes do hospital, a inadequação do

sistema de incentivo para o hospital e sua inexistência para as equipes

assistenciais. Os aspectos culturais dominantes relacionados à não prestação

de contas e à falta de foco nos resultados são também citados como

dificuldades.

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Por fim, são ainda considerados obstáculos, a insuficiente capacidade

gerencial da secretaria e do hospital para lidar com as exigências da lógica

contratual, em especial para elaborar, negociar, monitorar e avaliar o POA e

para estimar os recursos financeiros para sua execução; tais dificuldades são

amplamente ressaltadas na literatura internacional como fragilidades nas

experiências existentes. Algumas dessas condições são também citadas nas

experiências internacionais à contratualização 15-16. Os benefícios advindos

referem-se à maior inserção do hospital na rede, ao fortalecimento da

capacidade de gestão do hospital e de regulação das secretarias, à mudança

na lógica de financiamento e de repasse de recursos, à melhoria de

desempenho e ao incremento da prestação de contas.

Destacam-se aspectos a merecerem atenção para o aprimoramento da

contratualização dos hospitais de ensino:

Desenvolvimento contínuo da capacidade gerencial de secretaria

municipal de saúde e do hospital

Revisão do POA

Revisão da estimativa de financiamento

Revisão das práticas e mecanismos de monitoramento e de avaliação

Reestruturação dos sistemas de informação

Revisão e ampliação dos sistemas de incentivos

Ampliação da participação e da pactuação com os profissionais dos

hospitais

Disseminação dos contratos internos e externos

Articulação entre planejamento regional e contratualização

Contratualização como política de Estado

Neste momento, uma comissão nomeada pelo reitor estuda o contrato de

metas que deverá ser assinado pelo Gestor Municipal de Saúde, procurando

um modelo que permita aumentar os valores contratualizados e melhorar o

modelo contratual.

16) SEGURANÇA DO PACIENTE

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Em 2016 foi formalizada a Gestão de Segurança em Saúde, vinculada a

Diretoria Técnica. Esta gestão passa a ser responsável por todos os processos

que envolvem a renovação do Alvará Sanitário, realiza acompanhamento das

auditorias externas, dentre elas: Certificação como Hospital Escola, realizada

pelo MEC, dentre outras. Fazem parte desta Gestão os seguintes setores:

16.1) Setor de Processos:

Atualmente, aproximadamente 2800 documentos são controlados pelo

Setor de Processos, ou seja, são cópias controladas, dentre eles: manuais,

protocolos, instruções de trabalho, procedimentos operacionais padrões e

anexos. Em números absolutos o quantitativo de documentos reduziu, ao longo

dos anos, devido à unificação de procedimentos realizados em diferentes

setores, tornando-os documentos gerais e mudança da metodologia utilizada.

Portanto, ao invés de um documento por setor do mesmo procedimento, têm-

se um único documento válido para as áreas afins. No período de 2013 a 2016

foram revisados/elaborados 1486 documentos, sendo que os demais estão em

processo de revisão. Destaca-se o aumento na elaboração de protocolos,

atualmente são 45, dos quais 7 do ano de 2016 .

16.2) Setor de Controle de Ambiental:

Na Gestão Ambiental, nos anos de 2013 a 2016, com a finalidade de

alcançar o uso consciente e sustentável dos recursos e consequentemente

reduzir os impactos ambientais oriundos das atividades realizadas no Hospital

de Clínicas de Uberlândia, foram realizadas algumas ações, tais como:

Solicitado e adquirido a licença de funcionamento ambiental da Central de

Resíduos hospitalares (o restante da documentação só será possível após a

instalação dos equipamentos); Foram ofertados treinamentos sobre o descarte

de resíduos de forma consciente para mais de 4000 colaboradores do Hospital

e estudantes de diferentes cursos de graduação, tais como: enfermagem,

medicina, engenharia ambiental e biomédica, dentre outros, com carga horária

média de 1,5 horas; Realização de auditorias ambientais, seguidas de

orientações e capacitações aos colaboradores dos setores do HC; Implantação

do formulário eletrônico (gratuito) para as solicitações ambientais, agilizando e

melhorando a comunicação entre os colaboradores e o setor, com solicitações

que vão desde a reposição de lixeiras até pareceres técnicos; Realização de

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análises estruturais dos Blocos, 8DJU (novo hospital), Hospital Materno Infantil,

Centro Cirúrgico, Jaraguá, Traumatologia, Reabilitação Física da UFU e o novo

NASS; Adesão do Hospital na rede Internacional de Hospitais Verdes e

Saudáveis – HVS; Realização da 1º e 2º Semana de Conscientização

Ambiental e Sustentabilidade; Liberação e acompanhamento das outorgas dos

poços artesianos; Redução de 46% no peso dos resíduos infectantes e perfuro-

cortantes encaminhados para tratamento e um aumento de 30% nos resíduos

doados para reciclagem e reaproveitamento; Houve a criação do Setor de

Controle Ambiental – SECAMB, sob o centro de custo 25.13.01.00-0, no final

de 2014. Em 2016, criação de um programa de gerenciamento de resíduos

hospitalares em parceria com a Engenharia Biomédica, que se encontra em

testes finais para implantação até Janeiro de 2017.

16.3) Núcleo de Segurança do Paciente:

Executa as ações do Plano de Segurança do Paciente em Serviços de

Saúde. Responsável pela gestão dos demais grupos de implantação dos

protocolos de melhoria na qualidade e segurança do paciente, dentre estes

protocolos temos: Queda, Cirurgia Segura, Úlcera de pressão, Higienização

das Mãos, Identificação Correta, Segurança medicamentosa e Transfusional.

Em 2013 o núcleo recebeu 182 notificações, e em 2016 até o presente

momento as notificações já passam de 1100. Tal situação se deve ao trabalho

de capacitação e orientação dos colaboradores da instituição sobre a

importância de realizar a gestão dos riscos e eventos ocorridos, a fim de

realizar estudos e implantar ações que visem contribuir com a redução de

falhas. As não conformidades são acompanhadas pela Gestão de Segurança

em Saúde e as Queixas Técnicas e Eventos Adversos são acompanhados pelo

Setor de Análise de Risco. Destacamos ainda que no ano de 2016 foi

implantado a busca ativa de eventos. Além do início da implantação dos

Protocolos de Queda, Identificação, Cirurgia Segura, Segurança

Medicamentosa, Segurança Transfusional e Úlcera. Várias ações foram

desenvolvidas, dentre elas a inserção da pulseira rocha para queda,

desenvolvimento do checl list de cirurgia segura, identificação dos pacientes

ambulatoriais da oncologia, desenvolvimento do sistema de prescrição médica

dos medicamentos oncológicos (em desenvolvimento), dentre outras.

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16.4) Setor de auditoria Interna:

Em 2015 foi formalizado o setor de auditoria interna, ou seja, o HCU

passa a contar com equipe que se dedica exclusivamente a realização de

auditorias internas. Com isso, atualmente todos os setores do hospital são

auditados e não mais somente as áreas assistenciais. O auditor interno verifica

se as atividades desenvolvidas pelos colaboradores e a estrutura física estão

de acordo com as legislações vigentes e normas institucionais, em seguida,

emiti relatórios aos responsáveis pelos setores e auxiliar na correção das não

conformidades apontadas.

16.5) Setor de Análise de Risco:

Realizar comunicação entre o HCU e a ANVISA (Agência Nacional de

Vigilância Sanitária) como membro da Rede de Hospitais Sentinela. Coordenar

e implementar as ações requeridas em Tecnovigilância, Farmacovigilância,

Hemovigilância, Biovigilância e Vigilância de Saneantes de uso Hospitalar no

âmbito do HCU – UFU.Identificar, investigar e enviar as notificações de

eventos, incidentes, reações adversas, ou queixa técnicas associados aos

medicamentos, sangue e hemoderivados, equipamentos e artigos de uso

médico, reagentes para diagnóstico de uso in vitro e materiais para desinfecção

e esterilização em ambiente hospitalar com suspeita de envolvimento de

produtos para a saúde à ANVISA. Prestar assessoria técnica às licitações,

colaborando com a aquisição de produtos de qualidade, evitando riscos de

agravos à saúde, prejuízos financeiros e operacionais. Promover a realização

de testes de novos produtos para a saúde, otimizando avanços tecnológicos

aos serviços assistenciais, contribuindo para melhor custo/benefício financeiro

e prevenindo eventos adversos com materiais de procedência duvidosa.

Articular ações entre as diversas áreas de apoio à assistência hospitalar,

prevenindo eventos adversos advindos do uso de produtos de saúde e tomar

medidas para garantir a qualidade e segurança do paciente e do profissional.

Oferecer apoio e subsídios ao Núcleo de Segurança do paciente.

17) GESTÃO

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Diante do atual cenário econômico/financeiro e social, procuramos

incentivar a participação de todos os atores, e compartilhamos as decisões

juntos com o CONAD (Conselho Administrativo do HCUFU) e priorizando

sempre as equipes assistenciais e principalmente aqueles pacientes que se

encontravam sob a nossa responsabilidade. Ainda, buscamos estruturar um

projeto institucional e que conseguisse contemplar todas as particularidades

que envolvem um hospital de ensino, sem perder o foco na subsistência e

manutenção do hospital. Confrontamos com Ministério Público, Gestor

Municipal, e outras esferas no sentido de resguardar a autonomia e

principalmente a manutenção do hospital. Não deixamos de levar em

consideração que seria primordial ter um foco voltado para negociações que

proporcionassem um aumento nas receitas e outro na diminuição dos gastos

com a diminuição dos desperdícios e otimização dos recursos.

Com o objetivo de melhorar o gerenciamento do Hospital, várias ações

foram desenvolvidas pela gestão, dentre elas merecem destaques as

seguintes:

Abertura e o incentivo para que os chefes de Setores e os funcionários se

envolvessem e participassem da tomada de decisão e das ações

gerenciais;

Promoção do diálogo com todos os Serviços Hospitalares chamando os

chefes e as equipes para discutir o que e como deveria ser realizado em

cada área;

Incentivo e realização de eleições para as chefias em vários Setores;

Criação dos colegiados gestores em vários Setores de Enfermagem do

Hospital.

Investimento na capacitação dos chefes de Setores e gerentes propiciando

sua participação no Curso de Tecnologias de Gestão para os Serviços

Hospitalares no qual os participantes tiveram a oportunidade de conhecer

os diferentes recursos tecnológicos existentes para a implementação de

mudanças e alcance do desenvolvimento;

Incentivo e valorização da criação e utilização de indicadores de gestão;

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Incentivo à realização do Diagnóstico Administrativo nos diferentes Setores

do Hospital;

Criação da Gestão de Segurança em Saúde que passou a ser responsável

pelos setores: Processos, Auditoria, Controle Ambiental, Segurança do

Paciente e Análise de Risco.

À partir do diagnostico que o Hospital sofria de uma condição crônica,

foram desencadeadas ações visando espaçar as crises de agudizações e

diminuir a sua intensidade por meio de ações, com a determinação das

metas a serem alcançadas no sentido de melhor organizar os serviços

prestados pelo Hospital, reduzir custos e tornar a gestão mais eficiente.

Redefinição do modelo da estrutura organizacional na diretoria do HCU-

UFU, o que favoreceu um trabalho mais eficiente das assessorias que

contribuíram para a agilização dos processos e tomado de decisões

baseadas em argumentos técnicos;

Institui os canais de comunicação: Minuto HC na Intranet e o Grupo de

Condução com a participação efetiva dos chefes e gerentes de serviços

que reuniram semanalmente tanto para socializar as informações, quanto

para contribuírem na tomada de decisões.

A aprovação do Regimento Interno do Corpo Clínico que irá proporcionar

uma relação institucional entre o corpo clínico e o diretor. Sua importância

é enorme para o bom funcionamento do Corpo Clínico, vez que nele

devem-se estabelecer direitos e deveres dos médicos, com vistas a

garantir o exercício ético da Medicina, mas não criará obrigações para a

entidade. Tem também como objetivo salvaguardar o médico de

arbitrariedades, como a expulsão do Corpo Clínico sem motivo ou

investigação, e também definir regras no relacionamento com os colegas e

o paciente. Defini também direitos e deveres, a obrigatoriedade de

comissões e punições.

Iniciado o processo de elaboração do Regimento interno do Centro

Cirúrgico, que está sendo elaborado com a participação de todos os atores

que utilizam o Centro Cirúrgico. Um regimento interno que tem como

principal propósito normatizar as relações e dar maior autonomia para os

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gerentes da unidade. Além do que, dar maior transparência nos critérios

para distribuição das salas, avaliação dos indicadores, e obtenção de

melhores resultados.

Elaboração do Regimento Interno do Ambulatório que tem como propósito

normatizar as relações, dar maior autonomia para os gerentes, clareza das

obrigações do corpo clínico, respeito aos usuários e ampliar a produção do

ambulatório.

Na gestão de Hotelaria Hospitalar foi realizada a integração do Setor de

processamento de roupas com os diferentes Setores do HCUFUFU para

um melhor atendimento de suas necessidades. Feitas várias campanhas

para conscientização sobre o uso responsável do enxoval através de

palestras, encenações teatrais e eventos, reciclagem das peças do enxoval

danificadas que estão sendo usadas para confecção de peças que são

utilizadas para posicionamento de conforto de pacientes. Aquisição de seis

novos veículos para o Setor de transportes (2 furgões- ambulância, 2

Kombis para passageiros, 1 Kombi para transporte de materiais e 1 Logam

para transporte de passageiros administrativos). Aquisição de maquinário

para jardinagem (1 motosserra, 1 motopoda e 1 aparador de grama).

Parceria com Setores do Campus Glória para podas de árvores nas

dependências externas do Hospital; Para o Setor de Corte e Costura foram

adquiridos R$ 160.000,00 em tecidos por meio de Emenda Parlamentar

para reposição do enxoval hospitalar, também foram adquiridos R$

256.000,00 em tecidos com os valores de glosas e multas às empresas

terceirizadas prestadoras de serviços ao HCU-UFU; No setor de

Processamento de Roupas Hospitalares, adquirimos por meio de Emenda

Parlamentar 2 (duas) Máquinas Extratoras, 3 (três) Secadoras de roupa, e

1 (uma) calandra, e estamos em processo de licitação de mão de obra,

produtos químicos e insumos da caldeira, para retomada da lavagem da

roupa hospitalar dentro do complexo do HC-UFU; no Setor de Portaria e

Recepção tivemos o início em conjunto com Gestão de Contratos, Gestão

de Projetos, Gestão de Processos, GDHS, da implantação do Projeto de

Controle de acesso no HC-UFU.

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Melhoria na estrutura e incentivo ao trabalho do Centro de Pesquisa e

Educação Permanente em Enfermagem (CEPEPE), que presta assessoria

à Diretoria de Enfermagem do Hospital, nas atividades de qualificação de

recursos humanos da Enfermagem, elaboração e implementação de

documentos da qualidade da Diretoria de Enfermagem, realização de

trabalhos e eventos técnico-científicos, consultoria em pesquisa em

Enfermagem;

Elaboração deste Relatório de Gestão com o propósito de tornar

transparentes as a gestão e demonstrar as ações que permitiram o alcance

de importantes melhorias nos Serviços prestados pelo Hospital.

18) RELAÇÃO HCU/UFU e FAMED

]

Em 2004 e 2005, o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Educação

implementaram uma política de reestruturação para os hospitais de ensino,

induzindo o estabelecimento da contratualização entre eles e as secretarias de

saúde estaduais e/ou municipais gestoras da rede de serviços 16,17.

O Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino envolvendo os

hospitais federais17 e os demais hospitais de ensino de natureza pública ou

privada18 tem como objetivos a qualificação e o desenvolvimento da

assistência, da gestão, do ensino, da pesquisa e da avaliação tecnológica em

saúde/ATS, tendo em vista o SUS.

No campo assistencial preconiza o aumento de procedimentos de média

e alta complexidade e a diminuição daqueles de atenção básica, a introdução

de modalidades assistenciais que diminuam o tempo de internação, a oferta de

100% dos leitos para o SUS, a inserção do hospital no sistema de urgência e

emergência, a introdução de práticas e estruturas qualificadoras da assistência,

dentre outras diretrizes. No campo gerencial, recomenda a introdução de

estruturas colegiadas, de planejamento participativo, dentre outras ações.

O ingresso do hospital no Programa é estimulado pelo recebimento de

um recurso extra-orçamentário, o incentivo à contratualização (IAC). Além

disso, os hospitais passam a ter um orçamento misto, composto por um valor

global, fixo e conhecido antecipadamente, relativo aos procedimentos de média

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complexidade, e por um valor variável, referente aos procedimentos de alta

complexidade e estratégicos, repassado retrospectivamente segundo o número

de procedimentos realizados. O valor pré-definido é subdividido em um

componente fixo e outro variável diretamente vinculado ao desempenho19.

Os hospitais de ensino tem papel fundamental e estratégico no Sistema

Único de Saúde, para cumprirem sua missão na assistência, ensino e pesquisa

contribuindo para o desenvolvimento deste sistema, como referência de alta

complexidade e polo formador de recursos humanos em saúde, necessitam de

alternativas que possibilitem o fortalecimento e sustentabilidade das unidades

acadêmicas. Os escassos recursos investidos na área da saúde e educação

contribuem para a redução da qualidade e resolubilidade da prestação de

serviços hospitalares. Agrega-se a este cenário, a complexa estrutura político-

administrativa estabelecida pela Constituição de 1986, responsável pela

mudança no Sistema de saúde no Brasil com o advento do SUS, tornando

autônomas as três esferas (municipal estadual e federal).

Por ser o hospital a mais complexa das empresas, este tem sido

analisado a partir de múltiplos e diferentes enfoques: porte, missão, vinculação

com o sistema de saúde, complexidade e outras. Além disso, em especial os

hospitais universitários têm dentre as suas funções a de formação de

profissionais de saúde. Segundo Médice (2001, p.149-150), o hospital

universitário é caracterizado por :

a) um prolongamento de um estabelecimento de saúde

(de uma faculdade de medicina, por exemplo); b) prover

treinamento universitário na área de saúde; c) ser

reconhecido oficialmente como hospital de ensino,

estando submetido a supervisão de autoridades

competentes; d) propiciar atendimento de maior

complexidade (nível terciário) a uma parcela da

população.

Pela grandeza da sua missão e as escassez de recursos os hospitais

universitários necessitam de estratégias efetivas e de um sistema de gestão

que garanta a sua sustentabilidade aliada ao ensino de qualidade.

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O desafio da gestão pública do setor de saúde e dos Hospitais

Universitários assenta-se em políticas de formação formuladas pelo Ministério

da Educação e Cultura - MEC e Ministério da Saúde - MS, registradas e

ordenadas pela Constituição Nacional, sustentadas pelos princípios e diretrizes

norteadas pelo SUS, que tem seu financiamento expresso através de

montantes insuficientes para a proposta do sistema.

O modelo de ensino e gestão dos Hospitais Universitários (HUs) tem

sido motivo de muitas discussões, sendo difícil a avaliação do binômio ensino-

gestão. “ Na perspectiva de Machado e Kuchenbecker (2007), o mais

importante do que a polarização do debate entre a “desospitalização” do

ensino, e a oposição ao modelo” hospitalocêntrico” é uma contextualização

muito mais ampla, cabendo fortalecer a sustentabilidade organizacional dos

HUs, na qual deverão ser incluídos mecanismo de saneamento financeiro,

indicadores de avaliação e gestão, transparência e responsabilidade social.

Os responsáveis pelo ensino nos HUs têm se mostrado comprometidos

com o muitos tipos de interesse, exceto com a gestão, permanecendo alheios à

organização da administração destes hospitais e mostrando-se impermeáveis

às questões de gerenciamento dos serviços clínicos. Segundo Feuerwerker

(2002) e Feuerwerker, Lianos e Almeida (1999), as instituições formadoras de

profissionais de saúde têm perpetuado modelos essencialmente

conservadores, pautados em um sistema orgânico e tecnológico especializado,

que depende de apoio diagnostico e terapêutico para a realização do ensino,

jamais extrapolando este ensino para o domínio da gestão, deixando de

contribuir assim para a sustentabilidade dos HUs.

Segundo Feuerwerker e Ceccin (2004) , o processo que envolve a área

de saúde, no que diz respeito a formação deveria ter um direcionamento

estruturado na problemática do processo de trabalho, levando em consideração

as práticas profissionais e a organização para que se estabeleçam condições e

atender as necessidades da coletividade.

Sendo assim, quanto aos aspectos de organização dos serviços

clínicos, mais especificamente o cuidado com a saúde e o ensino dentro dos

HUs percebe-se que o modo como foram estruturados dá ênfase

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exclusivamente ao ensino, configurando assim um dos maiores problemas para

o cotidiano das relações ensino - gestão e sobrevivência da organização.

Acreditamos que deverá ocorrer uma disposição das duas partes,

direção do hospital e Famed para uma melhorar compreensão de todos os

cenários e juntos buscarem alternativas que consigam contemplar tanto o

ensino quanto a assistência de forma equilibrada e com os melhores resultados

para a população.

19) CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Consideramos o Relatório de Gestão como sendo aquela imagem da

passagem do bastão numa corrida. Fizemos todos os esforços para entregar o

Hospital com as melhores condições possíveis e torcemos que a próxima

gestão assuma o bastão com a disposição de entregar para uma próxima em

melhores condições e que o resultado final seja um hospital melhor para as

equipes que aqui trabalham e também para os pacientes que dele necessitam.

A gestão na área da saúde pública brasileira é um processo desafiador,

vez que deve aliar fatores como o compromisso da prestação de serviços de

qualidade a população e a escassez de recursos. Sendo assim, a nossa

preocupação foi adequar os escassos recursos disponíveis à assistência e ao

ensino, sem prejuízo para o usuário e com segurança para os nossos

profissionais.

Estamos convictos que em especial, os hospitais de ensino devem

primar pela eficiência dos serviços prestados à sociedade, pois além da

assistência à saúde, têm a importante missão de formação de recursos

humanos.

Projetamos um novo modelo de gestão, com vistas a eficiência, a

racionalização dos gastos e contenção dos custos que deverá considerar a

integração das equipes de saúde e administrativa nas suas diferentes áreas do

saber, a ampliação do conhecimento referente aos custos e principalmente a

institucionalização das relações. A visão que deve prevalecer é a

multidisciplinar, considerando principalmente, que na área da saúde os

resultados não se medem simplesmente por ganhos econômicos.

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Numa instituição de saúde pública, o resultado social é mais importante

que o financeiro, mesmo assim, não se prescinde de um sistema de

informações que permita ampla visão e gerenciamento dos custos das

atividades desenvolvidas.

A gestão de custos ganha destaque, principalmente se considerarmos

que recursos escassos bem gerenciados podem render mais. A consequência,

imediata e mais importante, é maior qualidade e abrangência do sistema

público de saúde.

Por fim, recordar que o Hospital de Clínicas é um ponto de atenção da

rede. E esta também obrigatoriamente precisará repensar e atuar de forma

diferente para obter resultados melhores do que os até aqui conquistados

20) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - Bittar OJNV. Instrumentos gerenciais para tornar eficiente o financiamento dos

hospitais de ensino. Rev Adm Saúde 2002; 5 (17): 9-18.

2 - Médici AC. Hospitais universitários: passado, presente e futuro. Rev Assoc Med

Bras 2001;47 (2):149-56.

3 - Brasil. Ministério da Educação. Hospitais universitários. Disponível em:

http://www.portal.mec.gov.br/sesu/. Acesso em 30 jan. 2006.

4 - Brasil. Ministério da Saúde. Reforma do sistema da atenção hospitalar brasileira.

Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 164p

5 - Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Certifica como hospital de

ensino as instituições hospitalares que servirem de campo para a prática de atividades

curriculares na área da Saúde. Portaria interministerial GM/MS nº 1000 de 15 de abril

de 2004. Diário Oficial da União. Brasília. Edição número 73 de 16/04/2004.

6 - Mintzberg H. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações.

São Paulo: Atlas; 1995. 304p.

7 - Cecílio LCO. A modernização gerencial dos hospitais públicos: o difícil exercício da

mudança. Rev Adm Pública 1997,31(3): 36-47.

8 - Campos GWS. Educação médica, hospitais universitários e o Sistema Único de

Saúde. Cad Saúde Pública (Rio de Janeiro) 1999; 15(1); 187-93.

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9 - Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino Hospitais

Universitários e de Ensino no Brasil: Desafios e Soluções. 2005. Disponível em:

http://www.abrahue.org.br/ Acesso em: 11 out. 2005.

10 - Miranda GJ, Carvalho CE, Martins VF, Faria AF. Custeio ABC no ambiente

hospitalar: Um estudo de caso nos hospitais universitários e de ensino brasileiros.

Rev. Cont. Fin. USP São Paulo, no 44 p 33 . 43 maio/agosto 2007

11- Organização Pan-americana de Saúde. A transformação da gestão de hospitais na

América Latina e Caribe. Brasília: OPAS/ OMS, 2004. 398p.

12 - Médici AC, Marques RM. Sistemas de custos como instrumento de eficiência e

qualidade dos serviços de saúde. Cad.FUNDAP 1996; p. 47-59.

13 - Matos AJ. Gestão de custos hospitalares. São Paulo: Editora STS; 2002. 280p.

14 - Médici AC. Economia política das reformas da saúde. Porto Alegre: IACHS; 1997

15 - World Health Organization (WHO). The International Journal of Public Health,

Special theme: contracting and health services. Bulletin of the World Health

Organization 2006; 84(11)

16 - Loevinsohn B, Harding A. Contracting for the Delivery of Community Health

Services: A Review of Global Experience. HNP Discussion Paper. EUA: The World

Bank; 2004

17 - Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação.Portaria Interministerial no

1006, de 27/05/2004. Diário Oficial da União 2004; 28 maio.

18 - Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria no 1702, de

17/08/2004. Cria o Programa de Reestruturação dos Hospitais de Ensino no âmbito do

Sistema Único de Saúde - SUS, e dá outras providências. Diário Oficial da União

2004; 18 ago.

19 - Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria no 2532/GM de

26/10/2004. Diário Oficial da União 2010; 27 out.

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Uberlândia, Janeiro de 2017,

Reitor: Prof. Dr. Elmiro Santos Resende

Diretor geral: Prof.Dr.Hélio Lopes da Silveira

Diretor Administrativo: André Luiz Gomes Penido

Diretor de Enfermagem: Durval Veloso Silva

Diretor de Gestão Acadêmica: Prof.Dr.Carlos Henrique Martins da

Silva

Diretor Clínico e de Serviços Clínicos: Paulo Sérgio de Freitas

Diretor Técnico: Adenilson Lima e Silva

Diretor Executivo da FAEPU: Alair Benedito de Almeida

Gerente Geral da FAEPU: Renato Gonçalves Darin

Assessoria: Luciano Martins da Silva, Fabíola Alves Gomes, Rosangela de

Oliveira Felice, Arthur Velloso Antunes, Edilberto Batista Mendes Neto.