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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Prezados Acionistas, A Administração da WTorre Engenharia e Construção S.A. apresenta o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010, juntamente com o relatório dos auditores independentes. As Demonstrações Financeiras são elaboradas de acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações e normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade. O Relatório da Administração deve ser lido em conjunto com as Demonstrações Financeiras da Companhia e respectivas Notas Explicativas. Contexto Operacional A WTorre Engenharia e Construção S.A. (WTEC) tem como atividade principal a construção de empreendimentos de grande porte tais como: edifícios comerciais de alto padrão, centros empresariais, ginásios de esportes, shopping centers, galpões industriais, centros de distribuição e empreendimentos navais. Ela é controlada pelo Grupo WTorre, atuante nas áreas de Engenharia e Construção, Desenvolvimento Imobiliário e Infra-Estrutura. A Companhia é reconhecida no mercado como uma empresa inovadora, tanto em produtos como em processos utilizados de construção. Uma de suas tecnologias mais conhecidas é o método construtivo denominado “Tilt-up”, marca registrada pela Companhia. A Companhia é ainda uma das maiores construtoras de edifícios em estrutura metálica e a principal desenvolvedora de projetos com certificação LEED (Edifícios “Verdes”). Mensagem da Administração A Companhia se mantém como uma das maiores empresas prestadoras de serviços de Engenharia e Construção do Brasil, com o avanço significativo em sua oferta de produtos e também em abrangência geográfica. Durante 2010 executamos obras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Passada a crise de 2009, o ano de 2010 foi marcado pela retomada dos planos de investimentos privados garantindo a continuidade da forte demanda por serviços do setor de construção civil. Na busca pelo aprimoramento de seus processos e visando oferecer aos seus clientes serviços com alto padrão de qualidade, a WTorre Engenharia passou por um exigente processo de avaliação e obteve a Certificação ISO 9001:2008 recomendada pelo Bureau Veritas Certification. Em 2010, recebemos o 1º Prêmio Greening, concedido pelo Green Building Council Brasil, figurando como a empresa com maior número de empreendimentos em certificação LEED no País. Em 2010, conquistamos o 2º lugar no Prêmio Inovação e Qualidade, concedido pela Revista Isto É Dinheiro através do anuário “As Melhores da Dinheiro”, sendo a mais bem colocada empresa de engenharia e construção. Durante a premiação do 6º Ranking ITCnet – 2010, que avalia a quantidade de m² construídos, a WTorre Engenharia conquistou novamente o 1º lugar na Categoria Industrial, ocupando o 7º lugar no ranking geral. A administração da Companhia se mantém confiante em sua definição estratégica, baseada numa carteira de clientes sólida e na qualidade dos seus produtos e serviços. A WTEC reafirma o seu compromisso de se tornar a empresa de engenharia mais rentável e admirada do Brasil. DESEMPENHO OPERACIONAL Ao longo de 2010 iniciamos a obra da WTorre Nova Arena representando um novo segmento de atuação e mais um grande desafio e nossa posição de empresa inovadora. Ao longo de 2010 avançamos significativamente em obras de grande porte, como o Complexo JK (composto por duas torres comerciais de 66.641 m² e o Shopping JK Iguatemi com 74.564 m²) e o Centro Empresarial Senado (futura sede da Petrobrás no RJ) e será, em área construída, o maior edifício já erguido na America Latina, com 191.289m² Entregamos em plena capacidade de funcionamento o Estaleiro Rio Grande e o novo prédio administrativo da VALE em Nova Lima – MG, com 16.197 m². Ainda em 2010 firmamos contratos e iniciamos obras relevantes, com destaque para a terceira torre comercial do complexo WTorre Nações Unidas em São Paulo, com 42.706 m² de área construída e a nova Arena Multiuso, com capacidade de aproximadamente 45.000 pessoas, onde hoje encontra-se o estádio Palestra Itália. Ressaltamos ainda a conquista de importante contrato de construção de dois centros de distribuição para a VALE S.A., localizados no estado de Minas Gerais, somando 23.700m². Contratos firmados em 2011 Área Conclusão Tipo de Obra Cliente/Usuário Local Construída (m²) Prevista Edifício Comercial WTorre Nações Unidas III São Paulo-SP 42.706 2012 Arena Multiuso WTorre Arena São Paulo-SP N.A. 2013 Centro de Distribuição VALE Barão de Cocais-MG 13.500 2011 Centro de Distribuição VALE Nova Lima-MG 10.200 2012 Total 66.406 DESEMPENHO FINANCEIRO Em 2010 a Companhia apresentou uma Receita Equivalente, que engloba a receita dos serviços executados pela Companhia, bem como a receita de produtos e serviços fornecidos por terceiros e administrados pela Companhia de R$ 686,4 milhões contra R$ 702,2 milhões em 2009. Contudo, a Margem Bruta em 2010 foi superior em 9,3% à do ano anterior, alcançando o valor de R$ 119,9 milhões. Com a alteração do modelo preferencial de contratação de novas obras para Administração, no conceito de “Open Book Basis”, a Margem Bruta sobre Receita Líquida da Companhia foi impactada positivamente alcançando 46,1 % em 2010, o que representou um incremento de 23,1p.p. em relação à margem obtida no exercício anterior. 50% 5,3% 15,5% 23,0% 40% 30% 20% 10% 0% 142,7 2006 Receita Líquida Margem [%] s/RL 2007 2008 2009 2010 209,1 260,1 472,9 476,7 46,1% 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 - Receita Líquida em R$ Milhões e Margem Bruta s/RL [%] 10,3% O Ebitda (geração de caixa operacional, deduzido os impostos, taxas e depreciação) apresentou um resultado de R$ 63,8 milhões em 2010, nos mesmos patamares do ano anterior em valores absolutos e representando aumento de 11,2 p.p em termos relativos, o que reforça o sucesso do reposicionamento estratégico adotado em 2009. Ebitda Ebitda [%] s/RL 70 60% -20% -40% -10,0% -0,6% 13,3% 40% 20% 0% (37,0) -25,9% 2006 2007 2008 2009 2010 (21,0) (3,0) 63,6 24,5% 63,8 50 30 10 0 (10) (30) (50) Evolução do Ebitda em R$ Milhões e Margem Ebitda [%] Os resultados positivos recorrentes permitiram o aumento das captações ao longo de 2010 visando reforçar a posição de caixa, a qual encerrou o ano com R$ 26,8 milhões, fator importante frente à necessidade de Capital de Giro para conclusão da crescente quantidade de obras em execução. A Companhia finalizou o ano com endividamento financeiro líquido de R$ 36,4 milhões gerando aumento das despesas financeiras, mas beneficiando a estrutura de capital da Companhia. Em 2010 a Companhia apresentou Lucro Líquido de R$ 33,8 milhões, contra um lucro de R$ 39,6 milhões em 2009, impactado pelo aumento das despesas financeiras. Ainda assim tal resultado permitiu à WTEC distribuir aos seus acionistas dividendos obrigatórios de R$ 1,5 milhões e adicionais de R$ 4,4 milhões. Resultado Líquido 2006 2007 2008 2009 2010 80 20% -20% -25% -30% -35% 15% 10% -15% 5% -10% 0% -5% (43,0) -30,1% -8,4% -1,4% 8,3% 13,0% (17,5) (6,7) 39,6 33,8 60 20 40 0 (60) (40) (20) (80) Evolução do Lucro/Prejuízo Líquido em R$ Milhões e Margem Líquida [%] Resultado [%] s/RL PERSPECTIVAS PARA 2011 As perspectivas para o ano 2011 indicam o alcance da marca recorde de R$ 1,0 bilhão em faturamento equivalente, sendo que cerca de 90% do volume financeiro são provenientes de obras já em execução e já contratadas o que, aliado à evolução do controle de custos e manutenção das estruturas existentes, nos permitirão continuar alavancando os resultados operacionais da Companhia. Nossa estratégia de diversificação de clientes e busca por novas obras ajudou a incrementar o nosso portfólio. A nossa carteira de obras (backlog) total da Companhia para os próximos três anos é de aproximadamente R$ 2,6 bilhões. Deste montante, cerca de R$ 1,5 bilhão já se encontra contratado e o restante em fase de contratação. Em 2011 continuaremos a busca por novas obras de terceiros, dentro das novas diretrizes estratégicas, em projetos de grande porte e em áreas onde a WTEC possui reconhecida capacidade de execução, tais como: Edifícios Comerciais; Instalações Industriais; Centros Logísticos e de Distribuição; Obras de infra-estrutura, com ênfase em estaleiros e portos; e Centros Comerciais. Em 2010, nossos auditores da KPMG não prestaram outros serviços que não o de auditoria das Demonstrações Financeiras da Companhia, inclusive para Companhias ligadas. Finalmente, a WTorre Engenharia e Construção S.A. agradece a todos os seus colaboradores, clientes, acionistas e parceiros, os quais contribuíram cada um à sua maneira, para o sucesso e crescimento da Companhia. São Paulo, 31 de março de 2011 Foto-inserção do Complexo JK – SP Perspectiva do Centro Empresarial Senado – RJ Vista aérea do Estaleiro Rio Grande Foto-inserção do WTORRE Nações Unidas – Torre III Ativo Nota 2010 2009 Circulante Caixa e equivalentes de caixa 4 26.855 877 Contas a receber de clientes 5 24.328 52.769 Adiantamentos concedidos 1.082 7.553 Impostos a recuperar 4.063 2.272 Créditos de reembolso e outros 6 1.976 5.292 Total circulante 58.304 68.763 Não circulante Realizável a longo prazo Contratos de mútuo a receber 6 150.415 107.642 Antecipação de dividendos 4.080 Créditos com acionistas 3.048 Impostos diferidos 7 5.857 Outros Créditos 1.553 14 Imobilizado 8 4.776 3.928 Intangível 9 1.918 2.205 Total não circulante 171.647 113.789 Total do ativo 229.951 182.552 Passivo Nota 2010 2009 Circulante Fornecedores 10 13.601 27.975 Empréstimos e financiamentos 11 40.740 9.079 Adiantamentos de clientes 12 54.369 67.431 Obrigações trabalhistas e encargos sociais 13 16.216 11.076 Obrigações tributárias 14 3.493 18.525 Impostos e contribuições parcelados 15 10.297 2.492 Outras contas a pagar 962 3.637 Provisão para garantia de obras 16 6.397 4.500 Total circulante 146.075 144.715 Não circulante Empréstimos e financiamentos 11 22.552 Impostos e contribuições parcelados 15 34.932 10.354 Provisão para garantia de obras 16 2.089 3.303 Provisão para contingências 17 4.923 2.870 Total não circulante 64.496 16.527 Patrimônio líquido Capital social 18 19.069 48.862 Reserva Legal 18 311 Prejuízos acumulados (27.552) Total patrimônio líquido 19.380 21.310 Total do passivo 229.951 182.552 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais) Nota 2010 2009 Receita líquida de prestação de serviços 260.085 476.665 Custos operacionais (140.218) (367.034) Lucro bruto 119.867 109.631 (Despesas) receitas operacionais Administrativas 19 (52.367) (41.430) Depreciações e amortizações (2.283) (1.608) Comerciais (834) (1.562) Outras receitas e despesas operacionais (2.900) (3.027) Lucro operacional antes do resultado financeiro 61.482 62.004 Resultado Financeiro Despesa financeiras 20 (20.862) (8.580) Receitas financeiras 20 1.999 1.001 Lucro antes do Imposto de renda e contribuição social 42.619 54.425 Imposto de renda e contribuição social Corrente 14 (14.693) (14.866) Diferido 14 5.857 Lucro líquido do exercício 33.783 39.559 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 1 CONTEXTO OPERACIONAL A WTorre Engenharia e Construção S.A. (“Companhia”) tem como objetivo social a construção de edificações não residenciais ou residenciais; a execução por empreitada ou subempreitada de obras de construção civil; a construção, reforma ou restauração de edificações de todos os tipos ou de suas partes; a prestação de serviços de engenharia civil, construção e reforma de imóveis em geral; o comércio e a importação de materiais, peças, acessórios, máquinas e equipamentos para construção civil; controle de sociedades subsidiárias empresárias ou civis, como acionista ou cotista e locação de equipamentos com ou sem operador. A Administração da Companhia, com base no seu plano de negócios e no resultado esperado para seus contratos assinados e com execução prevista para 2011, entende que a geração de caixa prevista é suficiente para fazer face aos compromissos representados pelo seu passivo circulante. Adicionalmente, os acionistas e a Administração da Companhia reiteram o compromisso de envidar todos os seus esforços para a liquidação ou reorganização desses passivos. 2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS a. Base de apresentação Elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a legislação societária – Lei nº 6.404/76, complementada pelas alterações introduzidas pelas Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09 e nos Pronunciamentos, nas Orientações e nas Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e devidamente aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A moeda funcional da Empresa é o Real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações financeiras. b. Adoção integral dos novos pronunciamentos contábeis emitidos em 2009 e 2010 Durante os anos de 2009 e 2010, foram aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) diversos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com vigência para 2010, que alteraram as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas alterações foram adotadas pela Empresa na elaboração das demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010. A Empresa analisou e avaliou individualmente os novos pronunciamentos, bem como os potenciais efeitos, sendo que não foram identificados ajustes na demonstração financeira. Contudo, a Empresa aplicou integralmente as obrigatoriedades de divulgação decorrente dos pronunciamentos contábeis. c. Aprovação das demonstrações financeiras A Diretoria da Companhia autorizou a conclusão das demonstrações financeiras em 2 de abril de 2011, considerando os eventos subseqüentes ocorridos até esta data, que tiveram efeito sobre estas demonstrações financeiras. d. Uso de estimativas e julgamentos A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as normas CPC exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados. e. Demonstrações do resultado abrangente A demonstração do resultado abrangente não está sendo apresentada, pois não há valores a serem apresentados sobre esse conceito, ou seja, o resultado do exercício é igual ao resultado abrangente total. 3 RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a. Resultado O resultado é apurado em conformidade com o regime de competência. As receitas consistem nos faturamentos correspondentes à atividade de prestação de serviços de construção e medições de obra pendente de faturamento, apurados com base na evolução física de cada obra contratada. As receitas de serviços prestados são reconhecidas no resultado em função da sua realização. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização. b. Caixa e equivalentes de caixa Incluem caixa, saldos positivos em conta movimento, aplicações financeiras resgatáveis a qualquer prazo e com risco insignificante de mudança de seu valor de mercado. As aplicações financeiras são registradas ao valor de custo, acrescido dos rendimentos proporcionalmente auferidos até as datas de encerramento dos períodos. c. Contas a receber de clientes São registradas pelos valores efetivos faturados e por medições ocorridas até a data do balanço, deduzidas da provisão para devedores duvidosos, do ajuste a valor presente em montante considerado suficiente pela Administração para fazer face a eventuais perdas na sua realização. A provisão de crédito de liquidação duvidosa, quando constituída, considera o histórico individual de atrasos e a expectativa da Administração no recebimento dos clientes. d. Ativos circulantes e não circulantes Os ativos circulantes e não circulantes são registrados pelos seus valores de aquisição e, quando aplicável, são reduzidos, mediante provisão, aos seus valores prováveis de realização. Os saldos de adiantamentos concedidos referem-se aos adiantamentos a fornecedores como princípio de pagamentos. e. Imobilizado Demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 8. A Sociedade realizou testes de redução ao valor recuperável de seu ativo, não tendo apurado desvalorização sobre saldo líquido da data base. A Empresa não adotou a prática de revisão dos custos históricos dos bens do ativo imobilizado e utilização da prática do custo atribuído (“deemed cost”), conforme opção prevista nos parágrafos 20 a 29 da ICPC 10 – Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado, para registro do saldo inicial do ativo imobilizado na adoção inicial do CPC 27 – Ativo imobilizado e da ICPC 10, pela imaterialidade do imobilizado sujeito a avaliação mencionada existente anterior a 2010. f. Intangível Ativos intangíveis de vida útil limitada são mensurados no reconhecimento inicial ao custo de aquisição e, posteriormente, deduzidos da amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável. g. Avaliação do valor recuperável de ativos O imobilizado e outros ativos não circulantes são revistos anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente. Não houve registro de perda decorrente de redução do valor recuperável dos ativos. h. Passivo circulante e não circulante Uma provisão é reconhecida no balanço patrimonial quando a Companhia possui uma obrigação real legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. São acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorridos. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. i. Imposto de renda e contribuição social As provisões de imposto de renda e contribuição social sobre lucro fiscal são calculadas pelo regime de tributação Lucro Real Trimestral, à alíquota de 15% para o Imposto de Renda e 9% para a Contribuição Social. Quando aplicável, é adicionado o percentual de 10% sobre a parcela excedente a R$ 60/trimestre. A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e diferidos e são reconhecidos no resultado. O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação. O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou substantivamente decretadas até a data de apresentação das demonstrações financeiras. j. Instrumentos financeiros Instrumentos financeiros não-derivativos incluem aplicações financeiras, contas a receber e outros recebíveis, incluindo a recebíveis relativos a serviços de concessão, caixa e equivalentes de caixa, fornecedores, contratos de mútuo, empréstimos e financiamentos, assim como contas a pagar e outras dívidas. Instrumentos financeiros não-derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido, para instrumentos que não sejam reconhecidos pelo valor justo através de resultado, quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Atualmente, exceto pelo caixa e aplicações financeiras que são avaliados pelo valor justo por meio do resultado, os demais ativos financeiros que a Companhia possui são os instrumentos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis. Os passivos financeiros que incluem os instrumentos de dívida e contas a pagar são avaliados ao custo amortizado. Ativos financeiros não derivativos i. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado Um ativo financeiro é classificado pelo valor justo por meio do resultado caso seja classificado como mantido para negociação e seja designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados pelo valor justo por meio do resultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e vendas baseadas em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos documentada e a estratégia de investimentos da Companhia. Os custos da transação, após o reconhecimento inicial, são reconhecidos no resultado como incorridos. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado são medidos pelo valor justo, e mudanças no valor justo desses ativos são reconhecidas no resultado do exercício. ii. Empréstimos e recebíveis Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Passivos financeiros não derivativos i. Passivos financeiros registrados ao custo amortizado A Companhia reconhece títulos de dívida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais) Lucros Capital Reserva (prejuízos) Nota social Legal acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2008 48.862 (67.111 ) (18.249 ) Lucro líquido do exercício 39.559 39.559 Saldos em 31 de dezembro de 2009 48.862 (27.552 ) 21.310 Redução de capital 18.a (30.000) (30.000) Aumento de capital 207 207 Lucro líquido do período 33.783 33.783 Constituição de reserva legal 311 (311) Dividendos Obrigatórios (1.480) (1.480) Dividendos Adicionais Propostos 18.b (4.440) (4.440) Saldos em 31 de dezembro de 2010 19.069 311 19.380 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais) 2010 2009 Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro líquido do período/exercício 33.783 39.559 Ajustes para reconciliação do resultado do exercício com o caixa proveniente das atividades operacionais Atualização de contratos de mútuo (312) Depreciações e amortizações 2.646 1.607 Constituição (reversão) de provisões operacionais 2.745 9.477 Impostos diferidos (5.857) Apropriação de encargos sobre empréstimos e impostos parcelados 16.160 785 49.477 51.116 (Aumento) diminuição nos ativos operacionais Contas a receber de clientes 28.441 6.931 Serviços a faturar 16.548 Estoque de materiais 5.093 Adiantamentos concedidos 6.471 (4.388) Impostos a recuperar (1.791) 1.037 Titulos a receber e outros créditos (610) Partes relacionadas (82.773) (86.609) Créditos de reembolso, acionistas e outros (1.271) 970 Aumento (diminuição) nos passivos operacionais Fornecedores (14.374) (4.763) Adiantamentos de clientes (13.062) (1.421) Obrigações trabalhistas e encargos sociais 5.140 (3.029) Obrigações tributárias 14.059 24.894 Outros passivos (2.615) (6.407) Partes relacionadas (4.341) Caixa líquido consumido nas atividades operacionais (12.298) (4.979) Fluxo de caixa das atividades de investimento Aquisição de bens do ativo imobilizado (2.748) (1.027) Aquisição de intangíveis (460) (491) Caixa líquido (consumido nas) proveniente das atividades de investimento (3.208) (1.518) Fluxo de caixa das atividades de financiamento Recursos de Acionistas 207 Captação de empréstimos e financiamentos 89.084 44.874 Pagamento de empréstimos, financiamentos e parcelamentos (44.267) (45.839) Juros pagos sobre empréstimos (3.378) (785) Juros Pagos Impostos Parcelados (162) Caixa líquido proveniente das (consumido nas) atividades de financiamento 41.484 (1.750) Aumento (diminuição) líquido de caixa e equivalentes de caixa 25.978 (8.247) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 877 9.124 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 26.855 877 Aumento (diminuição) líquido de caixa e equivalentes de caixa 25.978 (8.247 ) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais) CONTINUA

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOPrezados Acionistas,A Administração da WTorre Engenharia e Construção S.A. apresenta o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social fi ndo em 31 de dezembro de 2010, juntamente com o relatório dos auditores independentes. As Demonstrações Financeiras são elaboradas de acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações e normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade. O Relatório da Administração deve ser lido em conjunto com as Demonstrações Financeiras da Companhia e respectivas Notas Explicativas.Contexto OperacionalA WTorre Engenharia e Construção S.A. (WTEC) tem como atividade principal a construção de empreendimentos de grande porte tais como: edifícios comerciais de alto padrão, centros empresariais, ginásios de esportes, shopping centers, galpões industriais, centros de distribuição e empreendimentos navais. Ela é controlada pelo Grupo WTorre, atuante nas áreas de Engenharia e Construção, Desenvolvimento Imobiliário e Infra-Estrutura.A Companhia é reconhecida no mercado como uma empresa inovadora, tanto em produtos como em processos utilizados de construção. Uma de suas tecnologias mais conhecidas é o método construtivo denominado “Tilt-up”, marca registrada pela Companhia. A Companhia é ainda uma das maiores construtoras de edifícios em estrutura metálica e a principal desenvolvedora de projetos com certifi cação LEED (Edifícios “Verdes”).Mensagem da AdministraçãoA Companhia se mantém como uma das maiores empresas prestadoras de serviços de Engenharia e Construção do Brasil, com o avanço signifi cativo em sua oferta de produtos e também em abrangência geográfi ca. Durante 2010 executamos obras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.Passada a crise de 2009, o ano de 2010 foi marcado pela retomada dos planos de investimentos privados garantindo a continuidade da forte demanda por serviços do setor de construção civil.Na busca pelo aprimoramento de seus processos e visando oferecer aos seus clientes serviços com alto padrão de qualidade, a WTorre Engenharia passou por um exigente processo de avaliação e obteve a Certifi cação ISO 9001:2008 recomendada pelo Bureau Veritas Certifi cation.Em 2010, recebemos o 1º Prêmio Greening, concedido pelo Green Building Council Brasil, fi gurando como a empresa com maior número de empreendimentos em certifi cação LEED no País.Em 2010, conquistamos o 2º lugar no Prêmio Inovação e Qualidade, concedido pela Revista Isto É Dinheiro através do anuário “As Melhores da Dinheiro”, sendo a mais bem colocada empresa de engenharia e construção.Durante a premiação do 6º Ranking ITCnet – 2010, que avalia a quantidade de m² construídos, a WTorre Engenharia conquistou novamente o 1º lugar na Categoria Industrial, ocupando o 7º lugar no ranking geral.A administração da Companhia se mantém confi ante em sua defi nição estratégica, baseada numa carteira de clientes sólida e na qualidade dos seus produtos e serviços.A WTEC reafi rma o seu compromisso de se tornar a empresa de engenharia mais rentável e admirada do Brasil.

DESEMPENHO OPERACIONALAo longo de 2010 iniciamos a obra da WTorre Nova Arena representando um novo segmento de atuação e mais um grande desafi o e nossa posição de empresa inovadora.Ao longo de 2010 avançamos signifi cativamente em obras de grande porte, como o Complexo JK (composto por duas torres comerciais de 66.641 m² e o Shopping JK Iguatemi com 74.564 m²) e o Centro Empresarial Senado (futura sede da Petrobrás no RJ) e será, em área construída, o maior edifício já erguido na America Latina, com 191.289m²Entregamos em plena capacidade de funcionamento o Estaleiro Rio Grande e o novo prédio administrativo da VALE em Nova Lima – MG, com 16.197 m².Ainda em 2010 fi rmamos contratos e iniciamos obras relevantes, com destaque para a terceira torre comercial do complexo WTorre Nações Unidas em São Paulo, com 42.706 m² de área construída e a nova Arena Multiuso, com capacidade de aproximadamente 45.000 pessoas, onde hoje encontra-se o estádio Palestra Itália.Ressaltamos ainda a conquista de importante contrato de construção de dois centros de distribuição para a VALE S.A., localizados no estado de Minas Gerais, somando 23.700m².

Contratos fi rmados em 2011 Área ConclusãoTipo de Obra Cliente/Usuário Local Construída (m²) PrevistaEdifício Comercial WTorre Nações Unidas III São Paulo-SP 42.706 2012Arena Multiuso WTorre Arena São Paulo-SP N.A. 2013Centro de Distribuição VALE Barão de Cocais-MG 13.500 2011Centro de Distribuição VALE Nova Lima-MG 10.200 2012Total 66.406

DESEMPENHO FINANCEIROEm 2010 a Companhia apresentou uma Receita Equivalente, que engloba a receita dos serviços executados pela Companhia, bem como a receita de produtos e serviços fornecidos por terceiros e administrados pela Companhia de R$ 686,4 milhões contra R$ 702,2 milhões em 2009. Contudo, a Margem Bruta em 2010 foi superior em 9,3% à do ano anterior, alcançando o valor de R$ 119,9 milhões.Com a alteração do modelo preferencial de contratação de novas obras para Administração, no conceito de “Open Book Basis”, a Margem Bruta sobre Receita Líquida da Companhia foi impactada positivamente alcançando 46,1 % em 2010, o que representou um incremento de 23,1p.p. em relação à margem obtida no exercício anterior.

50%

5,3%15,5%

23,0%

40%

30%

20%

10%

0%

142,7

2006

Receita Líquida Margem [%] s/RL

2007 2008 2009 2010

209,1

260,1

472,9 476,7

46,1%500,0

400,0

300,0

200,0

100,0

-

Receita Líquida em R$ Milhões e Margem Bruta s/RL [%]

10,3%

O Ebitda (geração de caixa operacional, deduzido os impostos, taxas e depreciação) apresentou um resultado de R$ 63,8 milhões em 2010, nos mesmos patamares do ano anterior em valores absolutos e representando aumento de 11,2 p.p em termos relativos, o que reforça o sucesso do reposicionamento estratégico adotado em 2009.

Ebitda Ebitda [%] s/RL

70 60%

-20%

-40%-10,0%

-0,6%

13,3%

40%

20%

0%(37,0)

-25,9%

2006 2007 2008 2009 2010

(21,0) (3,0)

63,6

24,5%

63,850

30

10

0

(10)

(30)

(50)

Evolução do Ebitda em R$ Milhões e Margem Ebitda [%]

Os resultados positivos recorrentes permitiram o aumento das captações ao longo de 2010 visando reforçar a posição de caixa, a qual encerrou o ano com R$  26,8 milhões, fator importante frente à necessidade de Capital de Giro para conclusão da crescente quantidade de obras em execução.A Companhia fi nalizou o ano com endividamento fi nanceiro líquido de R$ 36,4 milhões gerando aumento das despesas fi nanceiras, mas benefi ciando a estrutura de capital da Companhia.Em 2010 a Companhia apresentou Lucro Líquido de R$ 33,8 milhões, contra um lucro de R$ 39,6 milhões em 2009, impactado pelo aumento das despesas fi nanceiras. Ainda assim tal resultado permitiu à WTEC distribuir aos seus acionistas dividendos obrigatórios de R$ 1,5 milhões e adicionais de R$ 4,4 milhões.

Resultado Líquido

2006 2007 2008 2009 2010

80 20%

-20%-25%-30%-35%

15%

10%

-15%

5%

-10%

0%-5%

(43,0)

-30,1%

-8,4%

-1,4%

8,3%

13,0%

(17,5) (6,7)

39,6 33,8

60

20

40

0

(60)

(40)

(20)

(80)

Evolução do Lucro/Prejuízo Líquidoem R$ Milhões e Margem Líquida [%]

Resultado [%] s/RL

PERSPECTIVAS PARA 2011As perspectivas para o ano 2011 indicam o alcance da marca recorde de R$ 1,0 bilhão em faturamento equivalente, sendo que cerca de 90% do volume fi nanceiro são provenientes de obras já em execução e já contratadas o que, aliado à evolução do controle de custos e manutenção das estruturas existentes, nos permitirão continuar alavancando os resultados operacionais da Companhia.Nossa estratégia de diversifi cação de clientes e busca por novas obras ajudou a incrementar o nosso portfólio. A nossa carteira de obras (backlog) total da Companhia para os próximos três anos é de aproximadamente R$ 2,6 bilhões. Deste montante, cerca de R$ 1,5 bilhão já se encontra contratado e o restante em fase de contratação.Em 2011 continuaremos a busca por novas obras de terceiros, dentro das novas diretrizes estratégicas, em projetos de grande porte e em áreas onde a WTEC possui reconhecida capacidade de execução, tais como: Edifícios Comerciais; Instalações Industriais; CentrosLogísticos e de Distribuição; Obras de infra-estrutura, com ênfase em estaleiros e portos; e Centros Comerciais.Em 2010, nossos auditores da KPMG não prestaram outros serviços que não o de auditoria das Demonstrações Financeiras da Companhia, inclusive para Companhias ligadas.Finalmente, a WTorre Engenharia e Construção S.A. agradece a todos os seus colaboradores, clientes, acionistas e parceiros, os quais contribuíram cada um à sua maneira, para o sucesso e crescimento da Companhia.

São Paulo, 31 de março de 2011

Foto-inserção do Complexo JK – SP

Perspectiva do Centro Empresarial Senado – RJ

Vista aérea do Estaleiro Rio Grande

Foto-inserção do WTORRE Nações Unidas – Torre III

Ativo Nota 2010 2009Circulante Caixa e equivalentes de caixa 4 26.855 877 Contas a receber de clientes 5 24.328 52.769 Adiantamentos concedidos 1.082 7.553 Impostos a recuperar 4.063 2.272 Créditos de reembolso e outros 6 1.976 5.292Total circulante 58.304 68.763Não circulanteRealizável a longo prazo Contratos de mútuo a receber 6 150.415 107.642 Antecipação de dividendos 4.080 – Créditos com acionistas 3.048 – Impostos diferidos 7 5.857 – Outros Créditos 1.553 14 Imobilizado 8 4.776 3.928 Intangível 9 1.918 2.205Total não circulante 171.647 113.789

Total do ativo 229.951 182.552

Passivo Nota 2010 2009Circulante Fornecedores 10 13.601 27.975 Empréstimos e fi nanciamentos 11 40.740 9.079 Adiantamentos de clientes 12 54.369 67.431 Obrigações trabalhistas e encargos sociais 13 16.216 11.076 Obrigações tributárias 14 3.493 18.525 Impostos e contribuições parcelados 15 10.297 2.492 Outras contas a pagar 962 3.637 Provisão para garantia de obras 16 6.397 4.500Total circulante 146.075 144.715Não circulante Empréstimos e fi nanciamentos 11 22.552 – Impostos e contribuições parcelados 15 34.932 10.354 Provisão para garantia de obras 16 2.089 3.303 Provisão para contingências 17 4.923 2.870Total não circulante 64.496 16.527Patrimônio líquido Capital social 18 19.069 48.862 Reserva Legal 18 311 – Prejuízos acumulados – (27.552)Total patrimônio líquido 19.380 21.310Total do passivo 229.951 182.552

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações fi nanceiras

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009(Em milhares de Reais) Nota 2010 2009Receita líquida de prestação de serviços 260.085 476.665Custos operacionais (140.218) (367.034)Lucro bruto 119.867 109.631(Despesas) receitas operacionaisAdministrativas 19 (52.367) (41.430)Depreciações e amortizações (2.283) (1.608)Comerciais (834) (1.562)Outras receitas e despesas operacionais (2.900) (3.027)Lucro operacional antes do resultado fi nanceiro 61.482 62.004Resultado FinanceiroDespesa fi nanceiras 20 (20.862) (8.580)Receitas fi nanceiras 20 1.999 1.001Lucro antes do Imposto de renda e contribuição social 42.619 54.425Imposto de renda e contribuição socialCorrente 14 (14.693) (14.866)Diferido 14 5.857 –Lucro líquido do exercício 33.783 39.559

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações fi nanceiras

1 CONTEXTO OPERACIONALA WTorre Engenharia e Construção S.A. (“Companhia”) tem como objetivo social a construção de edifi cações não residenciais ou residenciais; a execução por empreitada ou subempreitada de obras de construção civil; a construção, reforma ou restauração de edifi cações de todos os tipos ou de suas partes; a prestação de serviços de engenharia civil, construção e reforma de imóveis em geral; o comércio e a importação de materiais, peças, acessórios, máquinas e equipamentos para construção civil; controle de sociedades subsidiárias empresárias ou civis, como acionista ou cotista e locação de equipamentos com ou sem operador.A Administração da Companhia, com base no seu plano de negócios e no resultado esperado para seus contratos assinados e com execução prevista para 2011, entende que a geração de caixa prevista é sufi ciente para fazer face aos compromissos representados pelo seu passivo circulante.Adicionalmente, os acionistas e a Administração da Companhia reiteram o compromisso de envidar todos os seus esforços para a liquidação ou reorganização desses passivos.

2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASa. Base de apresentaçãoElaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem a legislação societária – Lei nº 6.404/76, complementada pelas alterações introduzidas pelas Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09 e nos Pronunciamentos, nas Orientações e nas Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e devidamente aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).A moeda funcional da Empresa é o Real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações fi nanceiras.b. Adoção integral dos novos pronunciamentos contábeis emitidos em 2009 e 2010Durante os anos de 2009 e 2010, foram aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) diversos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações Técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com vigência para 2010, que alteraram as práticas contábeis adotadas no Brasil.Essas alterações foram adotadas pela Empresa na elaboração das demonstrações fi nanceiras referentes ao exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2010.A Empresa analisou e avaliou individualmente os novos pronunciamentos, bem como os potenciais efeitos, sendo que não foram identifi cados ajustes na demonstração fi nanceira. Contudo, a Empresa aplicou integralmente as obrigatoriedades de divulgação decorrente dos pronunciamentos contábeis.c. Aprovação das demonstrações fi nanceirasA Diretoria da Companhia autorizou a conclusão das demonstrações fi nanceiras em 2 de abril de 2011, considerando os eventos subseqüentes ocorridos até esta data, que tiveram efeito sobre estas demonstrações fi nanceiras.d. Uso de estimativas e julgamentosA preparação das demonstrações fi nanceiras de acordo com as normas CPC exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.Estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados.e. Demonstrações do resultado abrangenteA demonstração do resultado abrangente não está sendo apresentada, pois não há valores a serem apresentados sobre esse conceito, ou seja, o resultado do exercício é igual ao resultado abrangente total.

3 RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEISa. ResultadoO resultado é apurado em conformidade com o regime de competência. As receitas consistem nos faturamentos correspondentes à atividade de prestação de serviços de construção e medições de obra pendente de faturamento, apurados com base na evolução física de cada obra contratada.As receitas de serviços prestados são reconhecidas no resultado em função da sua realização. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza signifi cativa na sua realização.b. Caixa e equivalentes de caixaIncluem caixa, saldos positivos em conta movimento, aplicações fi nanceiras resgatáveis a qualquer prazo e com risco insignifi cante de mudança de seu valor de mercado. As aplicações fi nanceiras são registradas ao valor de custo, acrescido dos rendimentos proporcionalmente auferidos até as datas de encerramento dos períodos.c. Contas a receber de clientesSão registradas pelos valores efetivos faturados e por medições ocorridas até a data do balanço, deduzidas da provisão para devedores duvidosos, do ajuste a valor presente em montante considerado sufi ciente pela Administração para fazer face a eventuais perdas na sua realização. A provisão de crédito de liquidação duvidosa, quando constituída, considera o histórico individual de atrasos e a expectativa da Administração no recebimento dos clientes.d. Ativos circulantes e não circulantesOs ativos circulantes e não circulantes são registrados pelos seus valores de aquisição e, quando aplicável, são reduzidos, mediante provisão, aos seus valores prováveis de realização.Os saldos de adiantamentos concedidos referem-se aos adiantamentos a fornecedores como princípio de pagamentos.

e. ImobilizadoDemonstrado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 8. A Sociedade realizou testes de redução ao valor recuperável de seu ativo, não tendo apurado desvalorização sobre saldo líquido da data base.A Empresa não adotou a prática de revisão dos custos históricos dos bens do ativo imobilizado e utilização da prática do custo atribuído (“deemed cost”), conforme opção prevista nos parágrafos 20 a 29 da ICPC 10 – Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado, para registro do saldo inicial do ativo imobilizado na adoção inicial do CPC 27 – Ativo imobilizado e da ICPC 10, pela imaterialidade do imobilizado sujeito a avaliação mencionada existente anterior a 2010.f. IntangívelAtivos intangíveis de vida útil limitada são mensurados no reconhecimento inicial ao custo de aquisição e, posteriormente, deduzidos da amortização acumulada e perdas do valor recuperável, quando aplicável.g. Avaliação do valor recuperável de ativosO imobilizado e outros ativos não circulantes são revistos anualmente para se identifi car evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verifi car se há perda.Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fi ns de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fl uxos de caixa identifi cáveis separadamente. Não houve registro de perda decorrente de redução do valor recuperável dos ativos.h. Passivo circulante e não circulanteUma provisão é reconhecida no balanço patrimonial quando a Companhia possui uma obrigação real legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação.São acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorridos. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.i. Imposto de renda e contribuição socialAs provisões de imposto de renda e contribuição social sobre lucro fi scal são calculadas pelo regime de tributação Lucro Real Trimestral, à alíquota de 15% para o Imposto de Renda e 9% para a Contribuição Social. Quando aplicável, é adicionado o percentual de 10% sobre a parcela excedente a R$ 60/trimestre.A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e diferidos e são reconhecidos no resultado.O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fi ns contábeis e os correspondentes valores usados para fi ns de tributação. O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou substantivamente decretadas até a data de apresentação das demonstrações fi nanceiras.j. Instrumentos fi nanceirosInstrumentos fi nanceiros não-derivativos incluem aplicações fi nanceiras, contas a receber e outros recebíveis, incluindo a recebíveis relativos a serviços de concessão, caixa e equivalentes de caixa, fornecedores, contratos de mútuo, empréstimos e fi nanciamentos, assim como contas a pagar e outras dívidas.Instrumentos fi nanceiros não-derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido, para instrumentos que não sejam reconhecidos pelo valor justo através de resultado, quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Atualmente, exceto pelo caixa e aplicações fi nanceiras que são avaliados pelo valor justo por meio do resultado, os demais ativos fi nanceiros que a Companhia possui são os instrumentos fi nanceiros classifi cados como empréstimos e recebíveis. Os passivos fi nanceiros que incluem os instrumentos de dívida e contas a pagar são avaliados ao custo amortizado.Ativos fi nanceiros não derivativosi. Ativos fi nanceiros registrados pelo valor justo por meio do resultadoUm ativo fi nanceiro é classifi cado pelo valor justo por meio do resultado caso seja classifi cado como mantido para negociação e seja designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os ativos fi nanceiros são designados pelo valor justo por meio do resultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e vendas baseadas em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos documentada e a estratégia de investimentos da Companhia. Os custos da transação, após o reconhecimento inicial, são reconhecidos no resultado como incorridos. Ativos fi nanceiros registrados pelo valor justo por meio do resultado são medidos pelo valor justo, e mudanças no valor justo desses ativos são reconhecidas no resultado do exercício.ii. Empréstimos e recebíveisEmpréstimos e recebíveis são ativos fi nanceiros com pagamentos fi xos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável.Passivos fi nanceiros não derivativosi. Passivos fi nanceiros registrados ao custo amortizadoA Companhia reconhece títulos de dívida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos fi nanceiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. Tais passivos fi nanceiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos fi nanceiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009(Em milhares de Reais) Lucros Capital Reserva (prejuízos) Nota social Legal acumulados TotalSaldos em 31 de dezembro de 2008 48.862 – (67.111) (18.249)Lucro líquido do exercício – – 39.559 39.559Saldos em 31 de dezembro de 2009 48.862 – (27.552) 21.310Redução de capital 18.a (30.000) – – (30.000)Aumento de capital 207 – – 207Lucro líquido do período – – 33.783 33.783Constituição de reserva legal – 311 (311) –Dividendos Obrigatórios – – (1.480) (1.480)Dividendos Adicionais Propostos 18.b – – (4.440) (4.440)Saldos em 31 de dezembro de 2010 19.069 311 – 19.380

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações fi nanceiras

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009(Em milhares de Reais) 2010 2009Fluxo de caixa das atividades operacionaisLucro líquido do período/exercício 33.783 39.559Ajustes para reconciliação do resultado do exercício com o caixa proveniente das atividades operacionais Atualização de contratos de mútuo – (312) Depreciações e amortizações 2.646 1.607 Constituição (reversão) de provisões operacionais 2.745 9.477 Impostos diferidos (5.857) – Apropriação de encargos sobre empréstimos e impostos parcelados 16.160 785 49.477 51.116(Aumento) diminuição nos ativos operacionais Contas a receber de clientes 28.441 6.931 Serviços a faturar – 16.548 Estoque de materiais – 5.093 Adiantamentos concedidos 6.471 (4.388) Impostos a recuperar (1.791) 1.037 Titulos a receber e outros créditos – (610) Partes relacionadas (82.773) (86.609) Créditos de reembolso, acionistas e outros (1.271) 970Aumento (diminuição) nos passivos operacionais Fornecedores (14.374) (4.763) Adiantamentos de clientes (13.062) (1.421) Obrigações trabalhistas e encargos sociais 5.140 (3.029) Obrigações tributárias 14.059 24.894 Outros passivos (2.615) (6.407) Partes relacionadas – (4.341)Caixa líquido consumido nas atividades operacionais (12.298) (4.979)Fluxo de caixa das atividades de investimento Aquisição de bens do ativo imobilizado (2.748) (1.027) Aquisição de intangíveis (460) (491)Caixa líquido (consumido nas) proveniente das atividades de investimento (3.208) (1.518)Fluxo de caixa das atividades de fi nanciamento Recursos de Acionistas 207 – Captação de empréstimos e fi nanciamentos 89.084 44.874 Pagamento de empréstimos, fi nanciamentos e parcelamentos (44.267) (45.839) Juros pagos sobre empréstimos (3.378) (785) Juros Pagos Impostos Parcelados (162) –Caixa líquido proveniente das (consumido nas) atividades de fi nanciamento 41.484 (1.750)Aumento (diminuição) líquido de caixa e equivalentes de caixa 25.978 (8.247) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 877 9.124 Caixa e equivalentes de caixa no fi m do exercício 26.855 877Aumento (diminuição) líquido de caixa e equivalentes de caixa 25.978 (8.247)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações fi nanceiras

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais)

CONTINUA

4 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXADescrição 2010 2009Caixa 51 69Depósitos bancários 210 808Aplicação fi nanceira (*) 26.594 –Saldo 26.855 877(*) Esses valores são substancialmente compostos por aplicações em operações compromissadas lastreadas em debêntures com bancos de primeira linha, que asseguram remuneração mínima igual à variação da taxa do Certifi cado de Depósitos Interfi nanceiros – CDI, designado ao valor justo contra resultado, com prazos de vencimento variáveis, porém resgatáveis a qualquer momento pelo valor contratado atualizado, garantindo liquidez imediata.

5 CONTAS A RECEBER DE CLIENTESAs contas a receber de clientes referem-se ao faturamento por serviços na execução de obras de construção, as quais foram registradas de acordo com o critério contábil descrito na Nota Explicativa nº 3a. Circulante Descrição 2010 2009WTorre ERG (i) – 38.892WTorre Iguatemi 1.394 –WTorre Petro 107 –WTorre São Paulo 57 1.662WTorre JK 2 1.101WTorre Properties 2 –WTorre CVAC – 1.259WTorre XXXIII – 572WTorre IBP – 21WTorre Veredas – 531Sub-total partes relacionadas 1.562 44.038Outros clientes 22.766 8.731Total 24.328 52.769(i) Com a alienação da WTorre ERG pelo grupo durante o exercício de 2010, os valores correspondentes em 31/12/10 estão demonstrados em “outros clientesA provisão de crédito de liquidação duvidosa não foi constituída uma vez que não foram identifi cados valores relevantes de contas a receber de clientes inadimplentes. A política de constituição da provisão está baseada no histórico individual de atrasos e na expectativa da Administração quanto aos recebimentos dos clientes.Os valores recebidos pelos clientes a título de antecipação de recursos às obras em andamento são registrados na rubrica do Adiantamento de Clientes. Esses valores serão compensados quando do faturamento originado pelas medições da evolução física da obra.

6 PARTES RELACIONADASSegue abaixo os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2010 e 2009, que são oriundos de transações entre partes relacionadas: 2010 2009 Ativo Passivo Ativo PassivoCirculanteContas a receber 1.562 – 44.038 –Adiantamento de clientes – 3.877 – 67.255Reembolso de despesas corporativas (**) 1.360 – 3.865 –WTorre Properties S.A. 581 – 1.859 –WTorre Residencial 554 – 1.500 –Outros 225 – 506 –Não circulanteContratos de mútuo 150.415 – 107.642 –WTorre properties S.A. – – 400 –WTorre S.A. (*) 150.415 – 107.242 –Antecipação de dividendosWTorre S.A. 4.080 – – –Empréstimos e títulos a receber de acionistas 3.048 – 800 –Total 160.465 3.877 156.345 67.255(*) O contrato de mútuo com a controladora WTorre S.A. foi celebrado com o propósito de direcionar recursos excedentes ao capital de giro para fi nanciar outros investimentos do conglomerado. Sobre esse contrato incidem encargos fi nanceiros à Taxa Referencial (TR) sem adicional de juros remuneratórios. O contrato de mútuo tem vencimento em 31 de dezembro de 2010 e está sendo prorrogado para o calendário de 2011. O valor justo dos mútuos a receber com a controladora a taxas de mercado é de R$ 167.875 em 31 de dezembro de 2010 (2009 – R$ 111.937).(**) As despesas corporativas são relativas a gastos administrativos dos departamentos comuns das empresas do Grupo, sendo que o critério de rateio está baseado na utilização dos serviços, registrada em Créditos de reembolso e outros no ativo circulante.

O contas a receber de clientes inclui faturamentos decorrentes de prestações de serviços de construção para partes relacionadas, os quais foram efetuados em condições usuais de mercado. Resultado 2010 2009Receita brutaReceita de serviços executados com partes relacionadas 249.342 388.546Receita fi nanceiraJuros sobre mútuos com partes relacionadas 1.073 312Total 250.415 388.858a. Honorários da administraçãoDescrição 2010 2009Remuneração (i) 4.647 6.241(i) Inclui pró-labore mensal e remuneração variável.Adicionalmente os gastos com plano de aposentadoria e pensão com a Administração durante 2010 foram de R$ 23.

7 IMPOSTOS DIFERIDOSA Companhia com base na Resolução do CFC nº 998 de 21 de maio de 2004 constituiu créditos tributários de Imposto de renda e Contribuição social, oriundos de prejuízos fi scais e base negativa de Contribuição social de exercícios anteriores.As premissas para constituição desses créditos consideraram o histórico de lucro fi scal auferido e a expectativa de auferir lucros fi scais nos próximos exercícios. A Administração entende que os lucros fi scais serão auferidos em virtude da alteração do formato dos contratos de prestações de serviços de empreitada global para taxa de administração da obra, o que ocasionou um aumento expressivo na margem de lucro dos contratos.A segregação de circulante e não circulante dos créditos tributários está baseada na expectativa de realização nos próximos exercícios. sDescrição 2010Imposto de renda e contribuição social 5.857Total 5.857Com base na estimativa de geração de lucros tributáveis futuros a Companhia prevê consumir os créditos tributários conforme abaixo:Ano Valor de realização2011 3.4682012 2.389Total 5.857

8 IMOBILIZADOÉ composto por: Taxas 2010 2009 anuais Imobi- Depre- Imobi- Imobi- Depre- Imobi- depreciação lizado ciação lizado lizado ciação lizadoImobilizado % bruto acumulada líquido bruto acumulada líquidoMáquinas e equipamentos 10 2.769 (559) 2.210 236 (76) 160Móveis e utensílios 10 1.249 (506) 743 1.249 (381) 868Equipamentos de informática 20 2.352 (1.010) 1.342 2.180 (509) 1.671Veículos 20 194 (39) 153 44 (14) 30Benfeitorias em propriedadede terceiros 20 3.740 (3.639) 101 3.740 (2.926) 814Ferramentas e utensílios 10 177 (100) 77 177 (65) 112Instalações 10 171 (22) 148 171 (6) 165Outros – – – 108 – 108Total 10.651 (5.875) 4.776 7.905 (3.977) 3.928

9 INTANGÍVELÉ composto por: Taxas anuaisImobilizado amortização – % 2010 2009Software 20 3.338 2.878(-) Amortização (1.420) (673)Total 1.918 2.205

10 FORNECEDORESOs saldos de fornecedores estão representados por:Descrição 2010 2009Duplicatas a pagar 10.017 22.147Retenções contratuais 3.584 4.951Outros – 877Total 13.601 27.975

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 (Em milhares de Reais)

11 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOSOs empréstimos estão atualizados até a data do balanço, de acordo com as cláusulas de reajustes contratuais, e representados por: 2010 2009Instituições fi nanceiras Garantias Encargos fi nanceiros Último vencimento Circulante Não circulante CirculanteBanco Santander S.A. – Confi rming (i) – – – 861 – 8.375Banco Pine – CCB (ii) Avalista WTorre S.A. 6,17 a.a. + CDI 22/02/2011 20.086 – –Banco do Brasil – CCB Avalista WTorre S.A. e acionistas 125% do CDI 14/06/2013 9.645 22.500 –Banco Fibra – CCB Avalista WTorre S.A. 4,91 a.a + CDI 20/06/2011 10.051 – –Outros – – – 97 52 704Total 40.740 22.552 9.079

(i) Refere-se à operação que possibilita antecipar aos fornecedores recursos referentes à venda de bens e prestação de serviços. Assemelha-se a uma cessão de crédito ou desconto de recebíveis, com a anuência da Companhia, transferindo assim a avaliação do risco de crédito do fornecedor para a Companhia, de quem passa ser a responsabilidade da liquidação do empréstimo. Os encargos de 1,8% a.m são descontados no ato do pagamento pela instituição fi nanceira de responsabilidade do fornecedor, o qual recebe o valor líquido.(ii) Em 22 de fevereiro de 2011 o vencimento da CCB foi prorrogado para o dia 23 de maio de 2011.a. Cláusulas restritivas (Covenants) – Banco do Brasil S.A.O contrato de CCB com o Banco do Brasil S.A. não conversíveis possui cláusula restritiva – “covenants”, a qual deve ser analisada anualmente em 31 de dezembro, sendo que o credor terá o direito de considerar a CCB antecipadamente vencida e exigir o pagamento integral no ato em que a Companhia não cumprir, no todo ou em parte, de qualquer uma das cláusulas ou condições descritas no contrato. Segue abaixo a principal clausula restritiva do contrato:(i) Manter o índice fi nanceiro obtido pela divisão da dívida líquida pelo EBITDA inferior ou igual a 3,0 durante todo o prazo de vigência desta CCB.Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia estava adimplente com todas as cláusulas restritivas exigidas.

12 ADIANTAMENTO DE CLIENTESOs saldos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 são representados por valores recebidos a título de antecipação relativos às obras em andamento. Esses valores serão compensados quando do faturamento originado pelas medições da evolução física da obra.Descrição 2010 2009WTorre RJC Patrimonial 28 –WTorre ERG – 42.526WTorre Petro – CES 2.652 –WTorre CVAC – 2.580WTorre XXXIII 133 2.675WTorre São Paulo 1.064 9.735WTorre IBP – 9.739Sub-total partes relacionadas 3.877 67.255Outros clientes (*) 50.492 176Total 54.369 67.431(*) Os valores de outros clientes em 2010 estão compostos da seguinte forma:Vale S.A. – R$ 6.675, BTG – R$43.643, CVRD – R$ 8 e Carrefour – R$ 166.Os adiantamentos são recebidos dos clientes conforme percentuais que variam de 10% a 20%, de acordo com cada contrato. A liquidação dos adiantamentos ocorrerá gradativamente a cada faturamento, sendo que o período não poderá ser superior ao prazo de conclusão da obra.

13 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E ENCARGOS SOCIAISSegue a composição dos saldos de obrigações trabalhistas e encargos sociais:Descrição 2010 2009Provisão para férias 5.712 4.411Salários a pagar 1.424 1.164Encargos sociais 1.995 4.681PRV e outras provisões 7.085 820Total 16.216 11.076

14 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIASSegue a composição dos saldos de obrigações tributárias:Descrição 2010 2009Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 1.158 14.792INSS a recolher retidos de terceiros 1.261 2.091PIS e COFINS sobre vendas a recolher 835 1.180Outras obrigações tributárias 239 462 3.493 18.525a. Reconciliação da alíquota de imposto de renda e contribuição social 2010 Descrição 1º Trim 2º Trim 3º Trim 4º Trim Acumulado 2009Resultado antes do imposto de renda e contribuição social 3.089 55.684 (13.554) (2.599) 42.619 54.425Ajustes na base de cálculoDiferenças permanentes e temporárias líquidas 1.052 955 8.104 7.350 18.925 8.138Sub Total 4.141 56.639 (5.450) 4.751 61.545 62.563Compensação de 30% do prejuízo fi scal até o limite de seu valor (1.242) (16.992) – (1.425) (19.715) (18.769)Base fi scal ajustada 2.899 39.647 (5.450) 3.326 41.830 43.794Imposto de renda a 25% + benefi cio Pat (702) (9.842) – (806) (11.382) (10.924)Contribuição social s/lucro líquido a 9% (261) (3.568) – (299) (4.140) (3.942)Ajustes de revisão do IRPJ e CSLL 2009 – – – – 829 –Total impostos corrente (963) (13.410) – (1.105) (14.693) (14.866)Créditos tributários sobre prejuízo fi scal – – – – 5.857 – (8.836) (14.866)

15 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES PARCELADOSDescrição PIS COFINS IRPJ CSLL TotalParcelamento federal (i) 2.232 10.614 – – 12.846Total 2.232 10.614 – – 12.846Circulante 432 2.060 – – 2.492Não circulante 1.800 8.554 – – 10.354Saldo em 31 de dezembro de 2009 2.232 10.614 – – 12.846Novos Parcelamentos (ii) – – 22.415 8.077 30.492Liquidações principal corrigido (701) (3.298) (2.306) (831) (7.136)Liquidações juros (fl uxo) (19) (92) (38) (14) (162)Créditos processo administrativo (iii) – – (1.064) (268) (1.332)Provisões de encargos 435 2.030 5.919 2.138 10.521Total 1.947 9.254 24.926 9.103 45.229Circulante 563 2.681 5.096 1.957 10.297Não circulante 1.384 6.572 19.830 7.146 34.931Saldo em 31 de dezembro de 2010 1.947 9.253 24.926 9.103 45.229(i) A Companhia, em 2006, optou pelo parcelamento dos débitos tributários federais, Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), existentes naquela data, através do Programa de Parcelamento excepcional PAEX. Em 2009, a companhia aderiu ao programa de parcelamento dos saldos remanescentes do PAEX, Parcelamento Lei nº 11.941 – art. 3º – RFB – Demais Débitos, de que tratam a Lei nº 11.941 de 2009. Ainda em 2009 ocorreu a adesão ao parcelamento do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

(ii) Até junho de 2010 os impostos relacionados estavam pendentes de pagamento, sendo que no dia 13 de agosto de 2010 a Secretaria da Receita Federal homologou o pedido do parcelamento ordinário dos impostos, o qual considerou o fl uxo de pagamento em 60 parcelas atualizadas à taxa Selic.(iii) A Companhia revisou as bases de cálculo do imposto de renda e contribuição de setembro de 2009 a junho de 2010 e identifi cou que os impostos foram parcelados em montante superior ao devido pela Companhia. Sendo assim a Companhia retifi cou as declarações de imposto de renda com as devidas correções. Em janeiro de 2011, a companhia solicitou através de processo administrativo 10.880.411581/2010-87, a retifi cação do montante de seu parcelamento no montante de R$ 1.326, parcelamento esse que foi deferido dentro do calendário de 2010. Já em abril de 2011, a Secretaria da Receita Federal se manifestou nos autos contraria ao deferimento, por constar, quando da adesão do parcelamento, que a confi ssão é irrevogável e irretratável. Todavia os assessores da Companhia já entraram com recurso, atentado ao principio do devido processo legal, o principio da verdade material e outros.Descrição Calculado Ajustado Crédito constituídoIRPJ 21.834 20.770 1.064CSLL 7.868 7.606 262Total 29.702 28.376 1.326

16 PROVISÃO PARA GARANTIAS DE OBRASAs provisões de custos com obras referem-se às estimativas de gastos a incorrer posterior a entrega das obras, sendo que essas provisões foram calculadas com base na análise da média histórica de custos incorridos referentes a garantias prestadas comparados ao custo total das obras encerradas.Dessa forma, foram defi nidos percentuais para cada setor e segmento de atuação da Companhia, aplicados sobre a produção total das obras concluídas, como estimativa de gastos com reparos e manutenções a incorrer. Para as obras em andamento, a provisão é constituída da mesma forma e ajustada de acordo com o percentual de andamento da obra.Na data do balanço foi constituído o valor total de R$ 8.486 sendo no circulante – R$ 6.397 e no não circulante – R$ 2.089 (2009 – R$ 7.803, circulante – R$ 4.500 e não circulante R$ 3.303).A Administração estima que o prazo de realização desta provisão é no máximo de 5 anos, após a entrega da obra, em razão dos prazos legais.

17 PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIASA Companhia é parte (pólo passivo) em ações judiciais e processos administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos.A Administração, com base em informações de seus assessores jurídicos, analisou as demandas judiciais pendentes e constituiu provisão em montante considerado sufi ciente para cobrir as prováveis perdas estimadas com as ações em curso, como se segue:Natureza dos processos Perda provável Perda possível 2010 2009 2010 2009Civel 1.124 20 5.348 20.681Trabalhistas 2.140 1.134 1.894 6.312Tributário 1.659 1.716 – –Total 4.923 2.870 7.424 26.993Circulante – – – –Não circulante 4.923 2.870 – –A provisão registrada de natureza tributária refere-se ao Auto de Infração, expedido pelo Ministério da Fazenda, relativo à multa sobre antecipação de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), incidentes sobre a base de cálculo estimada em função da receita bruta, relacionada a fatos geradores ocorridos em 2005.Existem outras contingências passivas envolvendo questões trabalhistas, tributárias e cíveis avaliados pelos assessores jurídicos como sendo de risco possível, no montante estimado acima, para os quais nenhuma provisão foi constituída, tendo em vista que as práticas contábeis adotadas no Brasil não requerem sua contabilização. Adicionalmente, vale mencionar que independentemente da natureza da contingência ativa que a Companhia possui nenhum registro contábil foi efetuado, bem como nenhum deposito judicial foi constituído para nenhuma das contingências que a Companhia detém.As principais contingências possíveis são:i. Controvérsia entre as partes referente ao contrato de empreitada globalTrata-se de controvérsia relacionada ao instrumento particular de empreitada global celebrado para construção de empreendimento na Cidade São Leopoldo/RS.Atualmente o procedimento esta em fase de instrução. Foi realizada audiência para oitiva do perito engenheiro, e será designada a realização de perícia contábil e data para audiência de oitiva de testemunhas.Houve signifi cativa redução da contingência possível, em razão do acordo que houve no processo movido por SPE Ernani Cardoso, pelo qual a WTorre S.A. recomprou o imóvel, pondo fi m ao processo e a respectiva contingência.

18 PATRIMÔNIO LÍQUIDOa. Capital socialEm 31 de dezembro de 2010, o capital social está representado pelo montante de R$ 19.069, dividido em 19.068.599 ações, sendo a única sócia da Companhia a empresa WTorre S.A., detentora de 100% das suas ações.Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 21 de setembro de 2010, foi aprovada a redução de capital da Companhia no valor de R$  30.000, sendo que o capital de R$  48.862, julgado excessivo em relação ao seu objeto social, passou para R$  18.862. Em 30 de novembro de 2010 em virtude da incorporação da SJ28 Construções Ltda., mencionada na nota explicativa nº 23.c, o capital social da Companhia foi aumentado no valor de R$ 207, representado por 207.036 ações ordinárias. Diante das novas ações acima mencionadas, tem-se que o capital social da Companhia, que era R$ 18.862, representado por 18.861.563 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal e com direito a voto, passou a ser de R$ 19.069, dividido em 19.068.599 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal e com direito a voto.

b. DividendosFeitas as necessárias anotações dos lucros líquidos apurados no balanço anual deduzir-se-ão:• 5% (cinco por cento) para constituição de Reserva Legal, até atingir 20% (vinte por cento) do capital social;• 25% do lucro líquido ajustado, em conformidade com o disposto no art. 202 da Lei nº 6.404/76, para distribuição, como dividendo obrigatório, aos acionistas; e• O saldo que se verifi car após as destinações mencionadas terá a aplicação que lhe for dada pela Assembléia Geral, mediante proposição da Diretoria, observadas as disposições legais.

Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 21 de setembro de 2010, foi aprovada a antecipação de dividendos no montante de R$ 10.000 à WTorre S.A. Fica convencionado e acertado que a totalidade dos dividendos antecipados à acionista serão integralmente compensados com parte do crédito detido pela Companhia contra o Acionista na forma de contrato de mútuo.A Assembléia Geral poderá desde que não haja oposição de algum presente, deliberar a distribuição inferior ao obrigatório ou, ainda, a retenção de todo o lucro.

19 DESPESAS ADMINISTRATIVASDescrição 2010 2009Folha e outros gastos com pessoal 31.791 24.128Serviços profi ssionais 15.119 7.475Gastos gerais 3.685 8.874Outros 1.772 953Total 52.367 41.430

20 RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDODespesas fi nanceiras 2010 2009Juros e multa sobre tributos e mora (11.764) (7.529)Juros sobre empréstimos (5.923) (785)Variação monetária passiva (14) (196)IOF (1.240) (54)Comissões bancárias e outras (1.921) (16)Total despesas fi nanceiras (20.862) (8.580)Receitas fi nanceiras 2010 2009Juros s/ mútuo e aplicações fi nanceiras 1.124 556Variação Monetária ativa 207 170Outras 668 275Total receitas fi nanceiras 1.999 1.001Resultado fi nanceiro liquido (18.863) (7.579)

21 GERENCIAMENTO DE RISCO FINANCEIROA administração da Companhia adota uma política conservadora no gerenciamento dos seus riscos. Essa política materializa-se pela adoção de procedimentos que envolvem todas as suas áreas críticas, garantindo que as condições do negócio estejam livres de risco real:i. Risco de mercado – Risco de mercado é o risco que alterações nos preços de mercado, tais como as taxas de câmbio e taxas de juros, têm nos ganhos da Companhia ou no valor de suas participações em instrumentos fi nanceiros. O objetivo do gerenciamento de risco de mercado é gerenciar e controlar as exposições a riscos de mercados, dentro de parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o retorno.Juros sobre empréstimos são denominados na moeda do empréstimo. Em geral, empréstimos são denominados em moeda equivalente aos fl uxos de caixa gerados pelas operações básicas da Companhia, em Reais.ii. Risco de crédito – Considerado como a possibilidade de a Companhia incorrer em perdas resultantes de problemas fi nanceiros com os seus clientes, que os levem a não honrar os compromissos assumidos com a Companhia. Para minimizar este risco, a companhia submete seus clientes à rigorosa análise de crédito, bem como promove seus recebimentos a cada quinzena, possibilitando ações de curto prazo, minimizando o aumento da exposição.iii. Risco de liquidez – Risco de liquidez é o risco em que a Companhia irá encontrar difi culdades em cumprir com as obrigações associadas com seus passivos fi nanceiros que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo fi nanceiro. A abordagem da Companhia na administração de liquidez é de garantir, o máximo possível, que sempre tenha liquidez sufi ciente para cumprir com suas obrigações ao vencerem, sob condições normais e de estresse, sem causar perdas inaceitáveis ou com risco de prejudicar a reputação da Companhia.iv. Risco operacional – Risco operacional é o risco de prejuízos diretos ou indiretos decorrentes de uma variedade de causas associadas a processos, pessoal, tecnologia e infra-estrutura da Companhia e de fatores externos, exceto riscos de crédito, mercado e liquidez, como aqueles decorrentes de exigências legais e regulatórias e de padrões geralmente aceitos de comportamento empresarial. Riscos operacionais surgem de todas as operações da Companhia.O objetivo da Companhia é administrar o risco operacional para evitar a ocorrência de prejuízos fi nanceiros e danos à reputação da Companhia e buscar efi cácia de custos e para evitar procedimentos de controle que restrinjam iniciativa e criatividade.A principal responsabilidade para o desenvolvimento e implementação de controles para tratar riscos operacionais é atribuída à alta administração. A responsabilidade é apoiada pelo desenvolvimento de padrões gerais da Companhia para a administração de riscos operacionais nas seguintes áreas:• Exigências para segregação adequada de funções, incluindo a autorização independente de operações;• Exigências para a reconciliação e monitoramento de operações;• Cumprimento com exigências regulatórias e legais;• Documentação de controles e procedimentos;• Exigências para a avaliação periódica de riscos operacionais enfrentados e a adequação de controles e procedimentos para tratar dos riscos identifi cados;• Exigências de reportar prejuízos operacionais e as ações corretivas propostas;• Desenvolvimento de planos de contingência;• Treinamento e desenvolvimento profi ssional;• Padrões éticos e comerciais;• Mitigação de risco, incluindo seguro quando efi caz.

22 INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXAA Companhia reduziu capital em R$ 30.000 e antecipou dividendos de R$ 10.000, por meio de redução do saldo a receber de contrato de mutuo com a sua controladora WTorre S.A. Estas transações não afetaram o caixa da Companhia, sendo assim os fl uxos operacionais, de investimento e de fi nanciamento não foram afetados decorrentes desta operação.

23 BENEFÍCIOS A EMPREGADOS – PLANO DE SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIANo ultimo trimestre de 2010, a Companhia iniciou a contribuir em nome de seus funcionários com o Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL coletivo, estruturado na modalidade de “Contribuição Defi nida”, que é administrado pelo Itaú Vida Previdência e Seguros S.A. As contribuições da Companhia para o plano no período totalizaram R$ 179. A Companhia não possui qualquer obrigação relativa a garantia de um determinado valor de aposentadoria para seus funcionários.

24 OUTRAS INFORMAÇÕESa. SegurosA Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados sufi cientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria das demonstrações fi nanceiras, conseqüentemente não foram revisadas pelos nossos auditores independentes.b. Instrumentos fi nanceirosA Companhia participa de operações envolvendo instrumentos fi nanceiros, todos registrados em contas patrimoniais. A Administração desses riscos é realizada por meio de defi nição de estratégias conservadoras, visando segurança, rentabilidade e liquidez:i. Valorização dos instrumentos fi nanceirosO valor contábil dos instrumentos fi nanceiros registrados no balanço patrimonial equivale, aproximadamente, ao seu valor de mercado, A Companhia não possui operações com instrumentos fi nanceiros não refl etidas nas demonstrações fi nanceiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, assim como não realizou operações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer outros ativos de riscos.Exceto pelos contratos de mútuos mencionados na Nota Explicativa nº 6, o valor contábil dos instrumentos fi nanceiros registrados no balanço patrimonial refl ete, conforme avaliação da administração, a melhor estimativa de valor de mercado pois cada instrumento contém variáveis de juros, riscos de mercado e de crédito, que na inexistência de um mercado ativo, não permitem que estes valores sejam recompostos com premissas diferentes daquelas em que as operações foram originalmente pactuadas.Os principais instrumentos fi nanceiros ativos e passivos em 31 de dezembro de 2010 são descritos a seguir, bem como os critérios para sua valorização:• Caixa e equivalentes de caixa e Empréstimos e fi nanciamentos (Nota Explicativa nº 4 e nº 11): o valor de mercado desses ativos não difere signifi cativamente dos valores apresentados nas demonstrações fi nanceiras. As taxas pactuadas refl etem as condições usuais de mercado.• Clientes, Fornecedores e Adiantamentos de clientes (Nota Explicativa nº 5, 10 e nº 12): o valor de mercado desses passivos não difere signifi cativamente dos valores apresentados nas demonstrações fi nanceiras. Os preços e prazos dessas operações estão condizentes com transações usuais de mercado.c. Incorporação da SJ28 Construções Ltda.Na Assembléia Geral Extraordinária de 30 de novembro de 2010, a Companhia aprovou a incorporação da SJ28 Construções Ltda. “SJ28”, sendo contratada empresa especializada para elaboração dos laudos de avaliação do patrimônio liquido da SJ28 com data-base de 31 de outubro de 2010, para fi ns de sua incorporação.Com base no laudo de incorporação concluído em 30 de novembro de 2010, a SJ28 apresenta em 31 de outubro de 2010 patrimônio líquido de R$ 250 e total de ativos de R$ 952.A SJ28 é administrada pelos mesmos administrados da Companhia, e as razões que justifi cam a incorporação da SJ28 são: vantagem na redução de custos, simplifi cação da administração e concentração de esforços visando uma otimização das atividades das sociedades envolvidas na incorporação.d. Compromissos e obrigaçõesA Companhia é garantidora na qualidade de avalista das Debêntures de 2ª Emissão emitidas pela WTorre Properties S.A. em 11 de março de 2011, no total de R$ 200.751. Estes recursos foram utilizados na liquidação da 6ª Emissão de Notas Promissórias que a WTorre Properties S.A. detinha junto a investidores, no montante de R$ 142.418. O valor restante foi utilizado para reforçar o caixa da mesma. As Debêntures emitidas possuem um prazo total de 4 anos, com carência de principal de 1 ano e pagamento de principal e juros semestral.

25 EVENTOS SUBSEQÜENTESMemorando de entendimento entre Banco BTG Pactual e WTorre S.AEm 15 de março de 2011, o Banco BTG Pactual S.A. (“BTG”) e a WTorre S.A., controladora da Companhia, celebraram um memorando de entendimentos (“Memorando”) para regular os principais termos negociais e jurídicos de uma potencial operação que tem por objetivo o aporte de ativos imobiliários e recursos fi nanceiros na WTorre Properties S.A. pelo BTG e/ou por quaisquer sociedades por ele controladas ou que com ele estejam sob controle comum (“Afi liadas” e, em conjunto com BTG, “Grupo BTG”), seguido da segregação de parte do atual portfólio de ativos imobiliários da WTorre Properties S.A., a qual será transferida para uma nova empresa a ser constituída pelos seus atuais acionistas.Em sendo a operação concluída, o BTG passará a deter o controle acionário da WTorre Properties S.A., bem como contará com novos ativos em seu portfólio.A Operação está sujeita à aprovação dos acionistas do BTG Pactual e da WTorre Properties S.A., bem como à auditoria recíproca dos ativos imobiliários que comporão o portfólio da WTorre Properties S.A. após a conclusão da Operação.A mudança no controle acionário da WTorre Properties S.A., na qualidade de principal cliente da Companhia, não implicará na mudança dos contratos de obras já fi rmados entre as partes.Quadro suplementarDemonstrações do valor total dos serviços executados sob a responsabilidade da sociedade em 31 de dezembro de 2010 e de 2009Descrição 2010 2009Serviços executados e administrados pela Sociedade (receita operacional bruta) 267.126 490.414Serviços executados por terceiros e administradas pela Sociedade 419.313 211.778Valor total dos serviços executados sob a responsabilidade da Sociedade 686.439 702.192A apresentação dos dados é considerada relevante pela Sociedade, visto que a receita bruta deixou de ser o indicador do volume de atividades para grande parte das empresas do setor de construção civil. Devido aos benefícios fi scais e a novas formas de contratação dos serviços de construção muito mais voltados aos chamados “Open Basis Contracts”, grande parte dos valores dos materiais e dos serviços subcontratados tem sido faturada diretamente aos proprietários das obras/clientes, restando apenas uma parte do valor das obras para as construtoras faturarem. Por essa razão, estamos apresentando a demonstração do valor total dos serviços prestados como indicadora do volume de atividade total das obras executadas sob responsabilidade fi nanceira, técnica e administrativa da Sociedade.

DIRETORIA Paulo Remy Gillet Neto – Vice-Presidente Sérgio Alexandre Lindenberg – Diretor Superintendente

CONTADORABruna Ceolin – CRC 1SP124524/O-1

CONTINUA

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RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASAosAdministradores e Acionistas daWTorre Engenharia e Construção S.A.São Paulo – SPExaminamos as demonstrações fi nanceiras da WTorre Engenharia e Construção S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fl uxos de caixa para o exercício fi ndo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.Responsabilidade da administração sobre as demonstrações fi nanceirasA administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações fi nanceiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações fi nanceiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.Responsabilidade dos auditores independentesNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações fi nanceiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações fi nanceiras estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a

respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações fi nanceiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações fi nanceiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações fi nanceiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fi ns de expressar uma opinião sobre a efi cácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações fi nanceiras tomadas em conjunto.Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é sufi ciente e apropriada para fundamentar nossa opinião.OpiniãoEm nossa opinião, as demonstrações fi nanceiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e fi nanceira da WTorre Engenharia e Construção S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fl uxos de caixa para o exercício fi ndo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.ÊnfasesConforme Nota Explicativa nº 6, a Companhia realizou operações de mútuo com a Empresa Controladora com taxas remuneratórias não usuais de mercado. Caso estas transações tivessem sido efetuadas em condições usuais de mercado ou praticadas com parte não relacionada, os resultados apurados poderiam ser diferentes daqueles registrados nas demonstrações fi nanceiras acima referidas.

As demonstrações fi nanceiras foram preparadas no pressuposto da continuidade normal dos negócios da Companhia. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia apresenta capital circulante líquido negativo cuja reversão depende da execução dos contratos previstos pela administração, assim como o suporte fi nanceiro do controlador e seus acionistas, conforme descritos na Nota Explicativa n.1. As demonstrações fi nanceiras não incluem quaisquer ajustes relativos à realização e classifi cação dos valores de ativos ou quanto aos valores e a classifi cação de passivos que seriam requeridos na impossibilidade da entidade continuar operando.Outros assuntosNossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir um relatório de auditoria sobre as demonstrações fi nanceiras referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. As informações contidas no Anexo – Quadro Suplementar, referentes ao valor total dos serviços executados sob a responsabilidade da WTorre Engenharia e Construção S.A. em 31 de dezembro de 2010, foram elaboradas para propiciar informações suplementares sobre a Companhia e não são requeridas como parte integrante das demonstrações fi nanceiras , de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos no quarto parágrafo e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações fi nanceiras referentes ao exercício fi ndo em 31 de dezembro de 2010, tomadas em conjunto.

São Paulo, 2 de abril de 2011 KPMG Auditores Independentes Ederson Rodrigues de Carvalho

CRC 2SP014428/O-6 Contador CRC 1SP199028/O-1

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