redaÇÃo - ldo - lei de diretrizes orÇamentÁrias.pdf
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REDAO PRISCILA VARJAL
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REDAO - DISCURSIVA
No texto expositivo [DISCURSIVA] se responde ao tema apenas descrevendo o objeto em questo, explicando-o, expondo dele o conhecimento que se tem. Nesse tipo textual a perspectiva do autor no aparece, portanto, no haver lanamento de tese a ser defendida no corpo do texto.
O redator deve se concentrar na resoluo do tema, ora discorrendo sobre determinado assunto, ora conceituando ou mesmo explicando o que pede a proposta.
EX.:
O pr-sal (Elias Alves)
Abaixo de uma profunda camada de sal no subsolo das profundezas do mar, existe uma camada de petrleo. por estarem situadas nessas condies que essas reservas petrolferas so chamadas de pr-sal ou subsal. O interesse nacional e internacional sobre o pr-sal existente no Brasil ocorre por vrios fatores, entre os quais o fato de terem sido as primeiras reservas descobertas no mundo. Al disso, so camadas que prometem a existncia de bilhes de barris de petrleo.
No se trata, porm, de uma exclusividade brasileira. Existem camadas de pr-sal igualmente promissoras em pases africanos como o Congo e o Gabo, e tambm no Golfo do Mxico e no Casaquisto.
Outro fator que contribui para o interesse sobre o pr-sal brasileiro a qualidade, que varia entre mdia e alta segundo os padres de avaliao do API American Petroleum Institute (Instituto Americano de Petrleo). Essas reservas se localizam em reas martimas brasileiras e na ZEE (Zona Econmica Exclusiva). As ZEE so reas martimas que esto situadas entre as guas prximas faixa litornea com limite de distncia de 200 milhas a partir do litoral.
As reservas mais promissoras do pr-sal brasileiro se encontram na extenso litornea desde o Estado do Esprito Santo at Santa Catarina. As profundidades em que elas se encontram nessa faixa variam de mil a dois mil metros, e de quatro a seis
mil metros de profundidade a partir do subsolo. Isto significa um total de aproximadamente oito mil metros de profundidade a partir da superfcie do mar.
(texto editado e adaptado)
So caractersticos do texto expositivo:
Conceituao do objeto; Exposio das caractersticas do objeto; Apresentao de informaes gerais ou especficas sobre o objeto.
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TEXTO DISSERTATIVO
A importncia do Pr-Sal
As mega reservas de petrleo descobertas na costa brasileira fazem do Brasil uma das trs maiores naes petrolferas do mundo.
Localizadas em guas ultra-profundas, abaixo da camada de sal, essas reservas deveriam ser integralmente do povo brasileiro, no fosse a ao entreguista dos neoliberais, que acabaram com o monoplio estatal e abriram a explorao das jazidas para as empresas privadas.
A atual legislao (Lei 9.478/97) permite que multinacionais explorem e produzam o petrleo e gs do Brasil, e se apropriem das riquezas do pas indiscriminadamente. Essas empresas tm lucrado bilhes explorando os recursos minerais brasileiros, o que tem gerado um prejuzo imenso para a nao.
Por isso, urgente uma nova legislao para regular a indstria de petrleo, garantindo que as reservas gigantescas recm-descobertas sejam controladas pelo Estado e que as riquezas produzidas sejam utilizadas prioritariamente em benefcio do povo brasileiro.
(texto editado e adaptado[presal.org.br/importancia_presal.php]
TEXTO DISSERTATIVO-EXPOSITIVO
1 Para se fazer uma revista de divulgao cientfica hoje, trs
2 diretrizes devem ser observadas. A primeira o que queremos dizer
3 e o que temos para dizer em uma revista. A segunda, se temos os
4 meios humanos e financeiros para realizar o projeto. A terceira se
5 refere necessidade urgente de ampliar a infraestrutura de
6 conhecimentos necessrios para que a educao encontre razes
7 profundas em nossa sociedade, nos laboratrios de pesquisa, na
8 natureza e na histria que vivemos.
9 A divulgao cientfica, as informaes e os conhecimentos
10 que podemos oferecer educao so elementos que contribuem
11 para formar a opinio, a capacidade de crtica e de deciso dos
12 diferentes setores da sociedade. Oferecer, por exemplo, dados e
13 anlises da histria da educao superior no Brasil importante para
equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.
Cincia Hoje, jul./2002, p. 19 (com adaptaes).
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Ponto de vista: socio-educacional
Tese: Para se fazer uma revista de divulgao cientfica hoje, trs diretrizes devem ser observadas.
Informao_1: A primeira o que queremos dizer e o que temos para dizer em uma revista.
Informao _2: A segunda, se temos os meios humanos e financeiros para realizar o projeto.
Informao_3: A terceira se refere necessidade urgente de ampliar a infraestrutura de conhecimentos necessrios para que a educao encontre razes profundas em nossa sociedade, nos laboratrios de pesquisa, na natureza e na histria que vivemos.
Justificativa_1: A divulgao cientfica, as informaes e os conhecimentos que podemos oferecer educao so elementos que contribuem para formar a opinio, a capacidade de crtica e de deciso dos diferentes setores da sociedade.
Justificativa_2: Oferecer, por exemplo, dados e anlises da histria da educao superior no Brasil importante para equacionar os conflitos que a universidade vive hoje.
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1 - PROPOSTA DE REDAO-DISCURSIVA
TRT 14-Anal.Jud.-Judiciria-A01
Ateno: A Prova Discursiva Redao dever ter extenso mnima de 20 e mxima de 30 linhas.
Discorra sobre o Agravo de Instrumento no Processo Trabalhista mencionando:
hipteses de cabimento;
procedimento;
formao do instrumento;
competncia para julgamento.
2 - PROPOSTA DE REDAO-DISCURSIVA
TRT 20-Anal.Jud.-Judiciria-A01
Ateno: A Prova Discursiva-Redao dever ter extenso mnima de 20 (vinte) linhas e mxima de 30 (trinta) linhas.
1. Responda fundamentadamente, no que concerne ao Direito Processual do Trabalho, em que consistem os efeitos translativo, regressivo, substitutivo, devolutivo e suspensivo dos recursos.
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Observe a proposta de Redao-Discursiva e veja como desenvolv-la:
FCC - 2011 - TRT - 4 REGIO (RS) - Analista Judicirio - rea Administrativa
Discorra sobre o ciclo oramentrio da Unio no Brasil, evidenciando a ligao entre o planejamento e o oramento e os rgos responsveis pelo encaminhamento da proposta de lei oramentria anual, pela sua aprovao e sano, bem como pela sua execuo, controle e avaliao.
O Oramento Pblico um instrumento de planejamento que reflete as decises polticas
de cada governo, elegendo aes que visam satisfazer as necessidades da populao, com a
funo de planejar, contabilizar, financiar e controlar os gastos pblicos. por meio dele que se
administram os servios colocados disposio da sociedade, bem como os recursos que servi-
ro de contrapartida a tais servios.
A Constituio Federal de 1988 propicia, com a introduo de alteraes no sistema ora-
mentrio federal, maior capacidade de influncia do Poder Legislativo no que respeita Lei de
Diretrizes Oramentrias (LDO). Esta responsvel pela eleio de metas e prioridades que de-
vem constar no oramento anual da Administrao Pblica. A fase de elaborao da LDO, da Lei
Oramentria anual (LOA), que desdobra o oramento em trs partes: fiscal, de investimentos es-
tatais e de Seguridade Social, e do Plano Plurianual (PPA) de responsabilidade do Poder Exe-
cutivo. A este cabe a elaborao e apresentao das propostas de projeto de Lei que sero sub-
metidas ao Poder Legislativo. O Presidente da Repblica tem a incumbncia de enviar as propos-
tas de Lei ao Congresso Nacional para que sejam avaliadas pelas duas Casas, e apresentadas
Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO), que emitir um parecer
acerca das propostas.
Depois da votao no Congresso Nacional pelo Plenrio das duas Casas, se aprovadas,
as propostas seguem para a sano do Presidente. Este, por sua vez, tem o poder de vetar qual-
quer das propostas, em parte ou integralmente. No entanto, quanto LDO, no se admite a intei-
ra rejeio, pois se no for aprovada o Congresso no poder entrar em recesso parlamentar.
ao Congresso que compete tambm, alm da apreciao, anlise e aprovao das leis oramen-
trias e do PPA, a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da
Unio, considerando que atua como entidade de controle externo, segundo parecer do Tribunal
de Contas da Unio. Depois da aprovao do Congresso, e da sano do Presidente, se d a pu-
blicao das leis oramentrias, tendo incio, portanto, sua execuo. Com isso, podem ser reali-
zadas as programaes de desembolso e o ajustamento das propostas ao fluxo de dispndio da
arrecadao.
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INTRODUO E EXPOSIO DOS ARGUMENTOS NO TEXTO DISSERTATIVO
1. Uma declarao (liberao da maconha)
um erro a liberao da maconha. Provocar de imediato violenta elevao do consumo. O Estado perder o precrio controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrpicas e as escassas instituies de recuperao de viciados existentes no tero estrutura suficiente para atender demanda.
(com adaptaes)
2. Diviso (excluso social)
Predominam ainda no Brasil duas convices errneas sobre o problema da excluso social: a de que deve ser enfrentada apenas pelo poder pblico e a de que sua superao envolve muitos recursos e esforos extraordinrios.
(com adaptaes)
3. Definio
(o mito)
O mito, entre os povos primitivos, uma forma de se situar no mundo, isto , de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. um modo ingnuo, fantasioso, anterior a toda reflexo e no-crtico de estabelecer algumas verdades que no s explicam parte dos fenmenos naturais ou mesmo a construo cultural, mas que do, tambm, as formas da ao humana.
(opresso)
A opresso, realidade histrica concreta da qual parte da humanidade vtima, a negao da vocao do homem de "ser mais", a negao da liberdade, negao do homem como "ser para si", portanto, a condio de opresso uma condio de heteronomia.
(ZATTI, Vicente. Autonomia e Educao em Immanuel Kant e Paulo Freire. Porto Alegre: Edio Virtual, 2007.)
4. Uma pergunta ( a sade no Brasil)
Ser que com novos impostos que a sade melhorar no Brasil? Os contribuintes j esto cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece no ter fim. A cada ano, o cidado lesado por novos impostos para alimentar um sistema que parece piorar cada vez mais.
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(com adaptaes)
5. Oposio (a educao no Brasil)
De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro, gastos excessivos com computadores, antenas parablicas, aparelhos de DVD. este o paradoxo que vive hoje a educao no Brasil.
(com adaptaes)
6. Aluso histrica (globalizao)
Aps a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalizao. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competio.
7. Exemplo extrado de Notcia de Jornal (menor infrator)
Um artigo do Jornal O Estado de So Paulo, fazendo uma longa avaliao sobre as discusses sobre os menores infratores, complementou com outras informaes o quadro em que se achava o tipo de atendimento dado pelo Estado a essas crianas: H mais ou menos 360 menores delinquentes custodiados pelo Estado, dos quais cerca de sessenta se acham sob imediata fiscalizao do Juizado de Menores, mas internados em presdios comuns.
Stavros Dimas. Em nome da biodiversidade. In: Folha de S. Paulo, 26/3/2006 (com adaptaes).
REFERNCIA
VIANA, Antonio Carlos; VALENA, Ana Maria Macedo; CARDOSO, Denise Porto ET AL. Roteiro de Redao: lendo e argumentando. Rio de Janeiro: SCIPIONE, 2004.
RESOLUO DE TEMAS
1 TEMA / Senado / FGV 2012
"Os bons ventos da economia para o Brasil enchem de esperanas as caixas de sonhos da populao. No contexto das
possibilidades, o brasileiro se sente adulto e amadurecido num mundo de crises que estouram em cada esquina, mas que
parecem no amea-lo de perto.
Neste momento em que necessrio e possvel ao brasileiro olhar para si e reconhecer potencialidades, fica o questionamento: somos mais ou menos tupiniquins? Ou, em outras palavras, o que ser tupiniquim?
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INTRODUO INCORRETA:
No Brasil, passamos por fases distintas em sua histria. Evidanciamos fatos desde a explorao do pau-brasil e seus motivos, at a crise econmica atual, um pas cuja poltica e economia sempre estiveram aqum do necessrio. Hoje, sculos mais tarde, passamos a desfrutar de um Brasil amadurecido.
INTRODUO CORRETA:
A crise econmica que atualmente afeta grandes potncias mundiais no causa mudanas significativas estvel economia brasileira, o que pode ser percebido com a elevao do Brasil a sexta economia mundial, o crescimento do PIB e o fortalecimento do mercado interno do pas.
2 TEMA / PF - CESPE / 2009
O avano da Tecnologia da Informao e o respeito privacidade do indivduo
INTRODUO CORRETA:
O avano das tecnologias da informao vem intensificando o compartilhamento de dados da vida ntima do indivduo moderno, embora o direito privacidade seja uma garantia fundamental, conforme consta no artigo 5 da Constituio Federal Brasileira de 1988.
3 TEMA
Redija um texto dissertativo-argumentativo que discuta os pontos mais relevantes regulamentao do novo Cdigo Florestal
em consonncia com as novas regras de ocupao do solo pelo setor agropecurio brasileiro. Em sua abordagem, discuta
formas de conciliar os interesses de um pas que uma das maiores potncias agrcolas do mundo, e que tambm
conhecido internacionalmente por suas florestas.
INTRODUO CORRETA:
O novo cdigo florestal regulamenta a lei de crimes ambientais, editada no ano de 2008, define as reas de preservao permanente e regulariza as propriedades rurais no Brasil. Concilia, desse modo, o novo modelo de sustentabilidade com a demarcao de novas regras de ocupao do solo pelo setor agropecurio brasileiro.
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CONSTRUO DOS ARGUMENTOS
Construa os argumentos de seu texto Dissertativo-Argumentativo utilizando os conectivos que melhor expressam as ideias que voc procura apresentar.
Na medida em que [uma vez que, j que, tendo em vista que] expressa a ideia de causa.
Ex.: Na medida em que o Estado valoriza o ensino, a educao constitui uma arma contra o crime organizado.
medida que ( proporo que) passa a ideia de equidade, aumento ou diminuio.
Ex.: medida que se investe em educao, o pas comea a crescer.
Haja vista [veja] usa-se no sentido de olhar.
Ex.: cidadania imprescindvel a participao popular, haja vista que o extrato apoltico da sociedade no contribui diretamente para a melhoria social.
EXERCCIO:
1. Elabore algumas relaes necessrias produo discursiva:
a) Causa e consequncia:
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b) Oposio:
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c) Argumento + Justificativa
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d) Argumento + Exemplo:
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2. Crie algumas relaes necessrias produo argumentativa:
a) Use os conectivos condicionais se e caso.
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b) Use os conectivos concessivos ou contrastivos embora, mas, mesmo que, por outro lado.
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c) Use os conectivos conclusivos portanto e por isso.
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