questões comentadas de controle externo p/ tcu - técnico

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Aula 00 RETA FINAL - Questões Comentadas de Controle Externo p/ TCU - Técnico Professor: Erick Alves 00000000000 - DEMO

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1. Aula 00 RETA FINAL - Questes Comentadas de Controle Externo p/ TCU - Tcnico Professor: Erick Alves 00000000000 - DEMO 2. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 30 Ol pessoal! com grande satisfao que lano este curso de questes comentadas de Controle Externo direcionado para o concurso de Tcnico Federal de Controle Externo (AUFC) do Tribunal de Contas da Unio (TCU). J existe autorizao para um novo concurso pblico para provimento de 42 vagas de TEFC, cargo de nvel mdio. Portanto, a hora de comear seus estudos AGORA, pois Edital deve sair logo, logo, e a concorrncia certamente ser muito acirrada. O concurso do TCU exige uma preparao antecipada, muito antes da sada do Edital, principalmente nas matrias que certamente estaro no Edital, como Controle Externo. O objetivo deste curso disponibilizar um material de qualidade, em linguagem clara e objetiva, formatado para orientar uma preparao pr-edital, a fim de que voc possa estudar com antecedncia e otimizar seu tempo de estudo. Mas antes de passar as demais caractersticas do material, vou me apresentar. Meu nome Erick Alves, Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio (concurso de 2007 6 colocado), formado na turma de 2003 da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde obtive o 1 lugar no curso de formao de oficiais de Intendncia do Exrcito Brasileiro. Desde que entrei no TCU, trabalho na prtica com os vrios assuntos estudados em Controle Externo. Alm disso, desde 2012 integro a equipe do Estratgia Concursos, ministrando cursos de Controle Externo, Direito Administrativo e Discursivas, sempre com tima avaliao dos alunos. com essa experincia que espero ajud-lo (a) a alcanar a to sonhada aprovao! Ressalto que este ser um curso de questes comentadas. As questes so as mesmas comentadas no curso terico. Dessa forma, se voc j adquiriu o curso de teoria + exerccios comentados para TEFC, NO precisa comprar este. Obviamente, a preferncia ser por questes do Cespe, banca que tradicionalmente organiza os concursos para o TCU. Porm, em 00000000000 00000000000 - DEMO 3. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 30 determinados assuntos, a fim de fixar o aprendizado de tpicos especficos, utilizarei exerccios de outras organizadoras, principalmente ESAF e FCC, responsveis por outros grandes concursos, com nvel de dificuldade semelhante ao do TCU. Ato todo, teremos mais de 400 questes comentadas! Para facilitar a reviso da matria, todas as aulas do curso sero finalizadas com um Resumo do contedo, na forma de tpicos e esquemas. Caso reste alguma dvida em relao ao contedo que no tenha sido esclarecida na aula, no hesite em post-la no frum de dvidas. A possibilidade de interao com o professor um dos diferenciais dos cursos em PDF; portanto, no deixe de utilizar essa importante ferramenta! O curso ser desenvolvido em 3 aulas, mais a demonstrativa, de acordo com o cronograma apresentado a seguir, o qual seguirei com a maior fidelidade possvel: Aula 00 (demonstrativa) Disponvel Conceito, tipos e formas de controle. Sistemas de Controle Externo. Sistemas de Controle na Administrao Pblica Brasileira. Aula 01 27/4/2015 Tribunais de Contas: funes, natureza jurdica e eficcia das decises. Natureza das fiscalizaes. Jurisdio do TCU. Aula 02 4/5/2015 Competncias do TCU. Aula 03 11/5/2015 Julgamento de Contas. Tomada de Contas Especial. Fiscalizao no TCU. Instrumentos de Fiscalizao. Denncia. Representao. Sanes, medidas cautelares e recursos. Enfim, espero que voc aproveite o curso, tire todas as suas dvidas, estude bastante e, na hora da prova, resolva as questes com confiana. Desse modo, todo o esforo empregado nessa fase preparatria ser recompensado com a alegria que acompanha a aprovao, a qual espero compartilhar com voc! 00000000000 00000000000 - DEMO 4. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 30 OBSERVAO IMPORTANTE Este curso protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d outras providncias. Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente atravs do site Estratgia Concursos ;-) 00000000000 00000000000 - DEMO 5. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 30 AULA 00 (demonstrativa) Bom, na Aula 00, que alm de aula demonstrativa tambm a primeira do curso, sero comentadas questes sobre os seguintes assuntos: Conceito, tipos e formas de controle. Sistemas de Controle Externo. Sistemas de Controle na Administrao Pblica Brasileira. Seguiremos o seguinte sumrio: SUMRIO Lista de questes.............................................................................................................................................................5 Questes comentadas................................................................................................................................................10 Gabarito.............................................................................................................................................................................27 RESUMO DA AULA.....................................................................................................................................................28 Vamos ento? 00000000000 00000000000 - DEMO 6. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 30 LISTA DE QUESTES 1. (TCU ACE 2004 Cespe) Tendo em conta o momento no qual a atividade de controle se realiza, o controle externo, analogamente ao que ocorre com o controle de constitucionalidade, pode ser classificado em prvio (a priori) ou posterior (a posteriori). 2. (TCDF Auditor 2014 Cespe) O controle pode ser classificado, quanto ao momento do seu exerccio, em prvio, simultneo ou a posteriori. A exigncia de laudos de impacto ambiental, por exemplo, constitui uma forma de controle simultneo. 3. (TCU ACE 2006 ESAF) Desenvolva um texto argumentando sobre o seguinte tema: Prvio, concomitante ou a posteriori: como caracterizar o controle exercido pelo TCU? 4. (TCE/ES ACE 2012 Cespe) Uma das funes precpuas do Poder Judicirio realizar o controle de mrito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem para o melhor interesse da sociedade. 5. (TCE/TO ACE 2008 Cespe) Um sistema de controle externo se diferencia de um sistema de controle interno na administrao pblica, pois a) o primeiro se situa em uma instncia fora do mbito do respectivo Poder. b) correspondem, respectivamente, auditoria externa e interna. c) o primeiro tem funo coercitiva e o segundo, orientadora. d) o primeiro tem carter punitivo, e o segundo consultivo. e) o funcionamento do primeiro deriva de um processo autorizativo, e o segundo institucional. 6. (TCDF Procurador 2012 Cespe) O controle administrativo um controle de legalidade e de mrito, exercido exclusivamente pelo Poder Executivo sobre suas prprias condutas. 7. (TCDF ACE 2012 Cespe) Caso no seja empregado o mnimo de recursos destinados a sade e educao no DF, poder ocorrer o controle judicial de ofcio com vistas a garantir mediante medida cautelar a ocorrncia dos atos administrativos necessrios para o direcionamento dessa parcela do oramento. 8. (TJRO Tcnico Judicirio 2012 Cespe) O abuso de poder conduta comissiva, que afronta, dentre outros, o princpio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao controle judicial, que se sobrepe ao controle administrativo. 9. (TCDF Procurador 2012 Cespe) Constitui exteriorizao do princpio da autotutela a eivados dos vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revoga- los, por motivo de convenincia e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 10. (INPI Analista 2013 Cespe) O controle administrativo, que consiste no acompanhamento e fiscalizao do ato administrativo por parte da prpria estrutura 00000000000 00000000000 - DEMO 7. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 30 organizacional, configura-se como controle de natureza interna, privativo do Poder Executivo. 11. (TCDF Auditor 2014 Cespe) Na esfera federal, o controle administrativo identificado com a superviso ministerial, que, no caso da administrao indireta, caracteriza a tutela. A sua autonomia, estabelecida nas prprias leis instituidoras, deve ser assegurada, sem prejuzo da fiscalizao na aplicao da receita pblica e da ateno com a eficincia e a eficcia no desempenho da administrao. 12. (TCU ACE 2004 Cespe) Os sistemas internacionais de controle externo tm em comum a circunstncia de que o rgo de controle invariavelmente colegiado e ligado ao Poder Legislativo. 13. (TCU ACE 2006 ESAF) Na maioria dos pases onde existe, o sistema de controle externo levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de Contas) ou pelas Auditorias-Gerais. Nesse contexto, considerando as principais distines entre esses dois modelos de controle, assinale a opo que indica a correta relao entre as colunas: 1) Tribunais de Contas ( ) So rgos colegiados. 2) Auditorias-Gerais ( ) Podem ter poderes jurisdicionais. ( ) Podem estar integrados ao Poder Judicirio. ( ) Proferem decises monocrticas. a) 1 2 1 2 b) 1 1 1 2 c) 1 1 2 2 d) 2 1 2 1 e) 2 2 2 1 15. (TCU ACE 2004 Cespe) Considerando controle externo como aquele realizado por rgo no-pertencente estrutura do produtor do ato a ser controlado, correto afirmar que, no Brasil, o TCU no o nico componente do poder pblico encarregado daquela modalidade de controle. 16. (TCE/RN Assessor Tcnico de Controle e Administrao 2009 Cespe) Com referncia ao controle externo e ao Poder Legislativo do estado e dos municpios, julgue o item a seguir: entre os vrios critrios adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue entre interno e externo, dependendo de o rgo que o exera integrar ou no a prpria estrutura em que se insere o rgo controlado. Nesse sentido, o controle externo exercido por um poder sobre o outro, ou pela administrao direta sobre a indireta. 17. (TCU AUFC 2011 Cespe) O controle externo da administrao pblica funo concorrente dos Poderes Judicirio e Legislativo. Na esfera federal, esse controle exercido privativamente pelo Senado Federal, auxiliado pelo TCU. 18. (TCU TCE 2007 Cespe) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no exerccio do controle externo e da fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta. 00000000000 00000000000 - DEMO 8. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 30 19. (TCU AUFC 2010 Cespe) Considerando as normas constitucionais relativas a controle externo, julgue os itens a seguir: o Supremo Tribunal Federal no se sujeita a controle externo exercido pelo Congresso Nacional. 20. (TCE/AC ACE 2009 Cespe, adaptada) A aplicao das subvenes e as renncias de receitas esto entre os atos sujeitos fiscalizao do controle externo. 21. (TCDF Auditor 2014 Cespe) O controle legislativo tanto poltico quanto financeiro. O controle financeiro, no mbito parlamentar, exercido por meio de suas casas e respectivas comisses. H comisses permanentes e temporrias, entre as quais as CPIs. No caso do DF, cabe precipuamente Comisso de Economia, Oramento e Finanas da Cmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a execuo oramentria e financeira. 22. (TCU AUFC 2009 Cespe) No exame das contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica, o TCU, ao verificar irregularidades graves, poder impor sanes ao chefe do Poder Executivo, sem prejuzo da apreciao dessas mesmas contas pelo Congresso Nacional. (TCU ACE 2008 Cespe) Com relao aos conceitos e legislao aplicveis ao controle externo e s instituies fiscalizadoras, julgue os itens a seguir: 23. No mbito federal, o parecer sobre as contas do TCU de responsabilidade da Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao, do Congresso Nacional. 24. O TCU responsvel pela fiscalizao do cumprimento da obrigatoriedade de encaminhamento e consolidao das contas de todas as esferas da Federao. 25. (TCE/ES ACE 2012 Cespe) O TCE/ES caracteriza-se por atuar no controle externo e tem o poder de julgar as contas no que se refere a aspectos como legalidade, eficcia, efetividade e economicidade. 26. (TCE/PB Procurador MPTCE 2014 Cespe) No exerccio do controle poltico da administrao pblica, compete a) s CPIs apurar irregularidades e determinar sanes. b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos independentemente de prvia manifestao do Poder Judicirio. c) ao Senado Federal ou Cmara dos Deputados excetuadas suas comisses convocar titulares de rgos diretamente subordinados Presidncia da Repblica. d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os atos do Poder Executivo. e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da Repblica, sobre limites globais e condies para a operao de crditos externo e interno da Unio, dos estados, dos municpios e do DF, exceto das autarquias. 27. (TCU ACE 2008 Cespe) A Controladoria-Geral da Unio exerce o controle externo dos rgos do Poder Executivo, sem prejuzo das atribuies do TCU. 00000000000 00000000000 - DEMO 9. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 30 28. (TCU ACE 2008 Cespe) Com relao aos conceitos e legislao aplicveis ao controle externo e s instituies fiscalizadoras, julgue o item a seguir: na atual estrutura do sistema de controle interno do Poder Executivo federal, que deve atuar em cooperao com o TCU, os rgos correspondentes do Itamaraty e dos comandos militares so os que esto precisamente posicionados de acordo com as recomendaes das entidades fiscalizadoras superiores (INTOSAI), em razo de sua subordinao hierrquica e de suas vinculaes funcionais. 29. (TCE/PB Procurador MPTCE 2014 Cespe) Acerca dos controles interno e externo da administrao pblica, assinale a opo correta. a) O controle externo, hierarquicamente superior ao controle interno, atua sobre a totalidade da administrao pblica e exercido pelos que representam, por delegao, a sociedade politicamente organizada. b) Cabe ao controle interno auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica. c) O controle interno feito por meio de auditoria a fim de acompanhar a execuo do oramento tem por objetivo verificar a legalidade na aplicao do dinheiro pblico e auxiliar o tribunal de contas no exerccio de sua misso institucional. d) O controle interno permite verificar se a administrao respeitou disposies imperativas no exerccio de suas atribuies, no se caracterizando como um controle de mrito. e) O controle externo, efetivado por rgo pertencente estrutura do ente responsvel pela atividade controlada, abrange a fiscalizao e a correo dos atos ilegais, inconvenientes e inoportunos. 30. (TCE/RO Analista 2013 Cespe) O modelo federal de organizao, composio e fiscalizao do tribunal de contas, fixado pela CF, de observncia obrigatria pelos estados. 31. (TCE/RO Analista 2013 Cespe) A fiscalizao do municpio exercida pelo Poder Legislativo estadual, mediante controle externo. 32. (TCE RN Assessor Tcnico Jurdico 2009 Cespe) Se o TCE/RN, ao examinar as contas do prefeito de Natal, emitisse parecer prvio pela sua rejeio, esse parecer prevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa do estado, que responsvel pelo julgamento das referidas contas, o rejeitasse por deciso de dois teros de seus membros. 33. (TCE RN Assessor Tcnico Jurdico 2009 Cespe) Se determinado municpio no possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o rgo de controle externo competente para julgar as contas desse municpio ser, obrigatoriamente, o TCE. 34. (TCE/AC ACE 2009 Cespe, adaptada) Os TCEs devem ser integrados por conselheiros em nmero definido nas respectivas constituies estaduais, que, no entanto, no pode ultrapassar o nmero de ministros do TCU. 35. (TCE/TO ACE 2008 Cespe) Nas funes de controle externo de mbito municipal, os tribunais de contas dos estados (TCEs): 00000000000 00000000000 - DEMO 10. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 30 a) so auxiliados pelas cmaras municipais. b) atuam de forma coordenada com os tribunais de contas de cada municpio. c) emitem parecer prvio, mas no-conclusivo, sobre as contas do prefeito, pois pode ser rejeitado pela cmara municipal. d) fiscalizam o limite de gastos totais dos respectivos legislativos. e) devem restringir-se aos aspectos de natureza estritamente legal, em respeito autonomia poltico-administrativa dos municpios. 36. (TCE/BA Procurador 2010 Cespe) Acerca da natureza dos tribunais de contas e do exerccio de suas misses institucionais, julgue o item seguinte: No exerccio de suas atribuies, cabe aos tribunais de contas dos estados e, quando for o caso, dos municpios solicitar aos governadores estaduais a interveno em determinado municpio. 37. (TCU AUFC 2010 Cespe) (...) redija um texto dissertativo acerca dos sistemas de controle na administrao pblica, em conformidade com a Constituio Federal de 1988. Ao elaborar seu texto, discorra sobre os mecanismos de controle inseridos no ordenamento constitucional, abordando, necessariamente, a classificao doutrinria quanto aos seguintes aspectos: < momento em que se realiza; < rgos responsveis pelo seu exerccio; < natureza ou tipo de controle. ***** 00000000000 00000000000 - DEMO 11. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 30 QUESTES COMENTADAS 1. (TCU ACE 2004 Cespe) Tendo em conta o momento no qual a atividade de controle se realiza, o controle externo, analogamente ao que ocorre com o controle de constitucionalidade, pode ser classificado em prvio (a priori) ou posterior (a posteriori). Comentrio: As classificaes do controle quanto ao momento da sua realizao em relao ao ato controlado so: controle prvio (a priori), controle posterior (a posteriori), e ainda controle concomitante (pari passu). Portanto, o quesito est perfeito. Gabarito: Certo 2. (TCDF Auditor 2014 Cespe) O controle pode ser classificado, quanto ao momento do seu exerccio, em prvio, simultneo ou a posteriori. A exigncia de laudos de impacto ambiental, por exemplo, constitui uma forma de controle simultneo. Comentrio: O quesito est errado. De fato, o controle pode ser classificado, quanto ao momento do seu exerccio, em prvio, simultneo ou a posteriori. Contudo, a exigncia de laudos de impacto ambiental constitui exemplo de controle prvio, e no simultneo. Geralmente, esse tipo de laudo exigido pelo Poder Pblico como condio para o licenciamento de obras, servindo para demonstrar as consequncias para o ambiente de determinado projeto. o que prescreve o art. 225, IV da CF: Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv- lo para as presentes e futuras geraes. 1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico: IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade; Gabarito: Errado 3. (TCU ACE 2006 ESAF) Desenvolva um texto argumentando sobre o seguinte tema: Prvio, concomitante ou a posteriori: como caracterizar o controle exercido pelo TCU? Comentrio: Uma boa resposta para essa questo discursiva poderia iniciar, logo de cara, afirmando que as diversas competncias do TCU permitem enquadrar o controle exercido pela Corte de Contas nas trs classificaes de controle apresentadas. Em seguida, a afirmao deveria ser 00000000000 00000000000 - DEMO 12. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 30 justificada com exemplos. Para concluir, poderia ser dito que, embora a maior parte do controle exercido pelo Tribunal seja posterior, sua atuao tem evoludo no sentido de priorizar as aes de controle prvio e concomitante, com o objetivo de, cada vez mais, se antecipar s ms prticas de gesto e evitar ou minimizar os danos ao patrimnio pblico. Gabarito: N/A 4. (TCE/ES ACE 2012 Cespe) Uma das funes precpuas do Poder Judicirio realizar o controle de mrito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem para o melhor interesse da sociedade. Comentrio: O quesito est errado, uma vez que o controle judicial, ao contrrio do que diz a assertiva, caracteriza-se por no realizar controle de mrito dos atos administrativos, restringindo-se ao controle de legalidade. Gabarito: Errado 5. (TCE/TO ACE 2008 Cespe) Um sistema de controle externo se diferencia de um sistema de controle interno na administrao pblica, pois a) o primeiro se situa em uma instncia fora do mbito do respectivo Poder. b) correspondem, respectivamente, auditoria externa e interna. c) o primeiro tem funo coercitiva e o segundo, orientadora. d) o primeiro tem carter punitivo, e o segundo consultivo. e) o funcionamento do primeiro deriva de um processo autorizativo, e o segundo institucional. Comentrio: Quanto ao posicionamento do rgo controlador em relao ao controlado, o controle pode ser externo ou interno. O controle externo exercido por um ente no que integra a mesma estrutura organizacional do rgo fiscalizado enquanto que o controle interno exercido por ente que tambm integra essa estrutura. Portanto, Gabarito: 6. (TCDF Procurador 2012 Cespe) O controle administrativo um controle de legalidade e de mrito, exercido exclusivamente pelo Poder Executivo sobre suas prprias condutas. Comentrio: A primeira parte da assertiva (O controle administrativo um controle de legalidade e de mrito...) est correta. Lembre-se de que o controle administrativo deriva do poder de autotutela, pelo qual a Administrao pode anular atos ilegais (controle de legalidade) ou revogar atos inconvenientes/inoportunos (controle de mrito). 00000000000 00000000000 - DEMO 13. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 30 Todavia, o restante da frase macula o quesito, pois o controle administrativo no exercido exclusivamente pelo Poder Executivo, mas pela Administrao Pblica em sentido amplo, compreendendo, portanto, a administrao direta e indireta de todos os Poderes e esferas de governo. Assim, por exemplo, o STF, integrante do Poder Judicirio, pode anular uma licitao promovida pelo prprio rgo para adquirir material de expediente, caso constate alguma ilegalidade no procedimento. Nesse exemplo, perceba que o STF est atuando como Administrao Pblica, ou seja, exercendo funes administrativas, ainda que no faa parte do Poder Executivo. Gabarito: Errado 7. (TCDF ACE 2012 Cespe) Caso no seja empregado o mnimo de recursos destinados a sade e educao no DF, poder ocorrer o controle judicial de ofcio com vistas a garantir mediante medida cautelar a ocorrncia dos atos administrativos necessrios para o direcionamento dessa parcela do oramento. Comentrio: O controle judicial deve ser necessariamente provocado, ou seja, no existe controle judicial de ofcio, da o erro do quesito. Gabarito: Errado 8. (TJRO Tcnico Judicirio 2012 Cespe) O abuso de poder conduta comissiva, que afronta, dentre outros, o princpio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita, portanto, ao controle judicial, que se sobrepe ao controle administrativo. Comentrio: O item est errado. No h predominncia entre as formas de controle. Tanto o controle judicial como o administrativo, o parlamentar ou o exercido pelos Tribunais de Contas derivam do sistema de freios e contrapesos que rege a Administrao Pblica, o qual assegura a harmonia entre os Poderes. Gabarito: Errado 9. (TCDF Procurador 2012 Cespe) Constitui exteriorizao do princpio da prprios atos, quando eivados dos vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de convenincia e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao Comentrio: A questo est correta, pois constitui a transcrio da Smula 473 do STF. Gabarito: Certo 00000000000 00000000000 - DEMO 14. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 30 10. (INPI Analista 2013 Cespe) O controle administrativo, que consiste no acompanhamento e fiscalizao do ato administrativo por parte da prpria estrutura organizacional, configura-se como controle de natureza interna, privativo do Poder Executivo. Comentrio: O item est errado. A Professora Maria Sylvia Di Pietro define o controle da Administrao da seguinte forma: O poder de fiscalizao e correo que sobre ela exercem os rgos dos Poderes Judicirio, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuao com os princpios que lhe so impostos pelo ordenamento jurdico. Temos ento, controle administrativo, judicial e legislativo como espcies do gnero controle da Administrao. O controle administrativo o poder de fiscalizao e correo que o Estado-administrador efetua sobre sua prpria atuao, nos aspectos de legalidade e mrito, seja por iniciativa prpria ou por provocao. A funo administrativa est presente em todos os Poderes do Estado. Embora o Poder Executivo a exera tipicamente, os demais Poderes, de forma atpica, tambm administram. Isso se d, por exemplo, quando realizam concurso pblico ou quando adquirem bens e servios. Dessa forma, o controle administrativo exercido no mbito de todos os Poderes, no s no Executivo. Os Poderes Judicirio e Legislativo exercem controle administrativo ao desempenharem sua funo atpica de administrar. Gabarito: Errado 11. (TCDF Auditor 2014 Cespe) Na esfera federal, o controle administrativo identificado com a superviso ministerial, que, no caso da administrao indireta, caracteriza a tutela. A sua autonomia, estabelecida nas prprias leis instituidoras, deve ser assegurada, sem prejuzo da fiscalizao na aplicao da receita pblica e da ateno com a eficincia e a eficcia no desempenho da administrao. Comentrio: A assertiva est correta. a prpria definio de superviso ministerial, que, na esfera federal, uma das formas pelas quais o controle administrativo se manifesta. O quesito tambm caracteriza corretamente a tutela exercida pela Administrao Direta sobre da Administrao Indireta, ao indicar a necessidade de se preservar a autonomia das entidades descentralizadas. Gabarito: Certo 12. (TCU ACE 2004 Cespe) Os sistemas internacionais de controle externo tm em comum a circunstncia de que o rgo de controle invariavelmente colegiado e ligado ao Poder Legislativo. Comentrio: O rgo de controle (EFS) pode ser constitudo na forma de Tribunais/Conselhos de Contas ou na forma de Auditorias/Controladorias- Gerais. No primeiro caso, so rgos colegiados; no segundo, via de regra, 00000000000 00000000000 - DEMO 15. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 30 so rgos monocrticos. Alm disso, embora a maioria das EFS pelo mundo esteja ligada ao Poder Legislativo, como o TCU no Brasil, h pases em que a EFS compe o Poder Judicirio, como em Portugal; o Poder Executivo, como no Paraguai e na Bolvia; ou nenhum dos Poderes, como na Frana e no Chile. Gabarito: Errado 13. (TCU ACE 2006 ESAF) Na maioria dos pases onde existe, o sistema de controle externo levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de Contas) ou pelas Auditorias-Gerais. Nesse contexto, considerando as principais distines entre esses dois modelos de controle, assinale a opo que indica a correta relao entre as colunas: 1) Tribunais de Contas ( ) So rgos colegiados. 2) Auditorias-Gerais ( ) Podem ter poderes jurisdicionais. ( ) Podem estar integrados ao Poder Judicirio. ( ) Proferem decises monocrticas. a) 1 2 1 2 b) 1 1 1 2 c) 1 1 2 2 d) 2 1 2 1 e) 2 2 2 1 Comentrio: Os Tribunais de Contas: so rgos colegiados; podem ter poderes jurisdicionais e podem estar integrados ao Poder Judicirio. J as Auditorias-Gerais proferem decises monocrticas e no possuem poderes jurisdicionais. Aproveito para ressaltar o detalhe de que, em regra, no se verificam: (i) Controladorias-Gerais integradas ao Poder Judicirio; (ii) Tribunais de Contas integrados ao Poder Executivo. Gabarito: 14. (TCU ACE 2007 Cespe) O sistema de controle externo, na maioria dos pases signatrios, levado a termo ou pelas cortes de contas ou pelas auditorias- gerais. As principais caractersticas do sistema de tribunal de contas so as decises colegiadas e o poder sancionatrio. No Brasil, bem como nos demais pases que adotam esse sistema, os tribunais de contas, quanto sua organizao, encontram- se ligados estrutura do Poder Legislativo. Comentrio: As duas primeiras frases da questo esto corretas. Ademais, fato que, no Brasil, os tribunais de contas esto ligados ao Poder Legislativo. Contudo, h pases em que isso no ocorre. Portanto, a expresso 00000000000 00000000000 - DEMO 16. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 30 torna o quesito errado. Em Portugal e na Grcia, por exemplo, o Tribunal de Contas situa-se no mbito do Poder Judicirio. J na Frana, a Corte de Contas no est vinculada a nenhum dos poderes. Gabarito: Errado 15. (TCU ACE 2004 Cespe) Considerando controle externo como aquele realizado por rgo no-pertencente estrutura do produtor do ato a ser controlado, correto afirmar que, no Brasil, o TCU no o nico componente do poder pblico encarregado daquela modalidade de controle. Comentrio: Como a questo no faz meno Constituio ou ao ordenamento jurdico brasileiro, mas apenas considera o conceito de controle externo quanto ao posicionamento do rgo controlador, ento correto afirmar que existem outros rgos do poder pblico que realizam controle externo no Brasil, como por exemplo, o controle que os rgos do Judicirio efetuam sobre os atos dos demais Poderes. Gabarito: Certo 16. (TCE/RN Assessor Tcnico de Controle e Administrao 2009 Cespe) Com referncia ao controle externo e ao Poder Legislativo do estado e dos municpios, julgue o item a seguir: entre os vrios critrios adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue entre interno e externo, dependendo de o rgo que o exera integrar ou no a prpria estrutura em que se insere o rgo controlado. Nesse sentido, o controle externo exercido por um poder sobre o outro, ou pela administrao direta sobre a indireta. Comentrio: Tambm aqui o Cespe considera apenas o conceito de controle quanto ao posicionamento do rgo controlador e no a definio constitucional de controle externo. Nesse caso, percebe-se que o entendimento da banca que o controle exercido pela administrao direta sobre a indireta constitui modalidade de controle externo, da mesma forma que o controle exercido por um Poder sobre o outro, visto que o gabarito da Gabarito: Certo 17. (TCU AUFC 2011 Cespe) O controle externo da administrao pblica funo concorrente dos Poderes Judicirio e Legislativo. Na esfera federal, esse controle exercido privativamente pelo Senado Federal, auxiliado pelo TCU. Comentrio: O quesito est errado, pois o controle externo da Administrao Pblica, nos termos da Constituio Federal, exercido pelo Congresso Nacional, ou seja, pelo Poder Legislativo, com o auxlio do TCU (CF, art. 70 e 71, caput), e no privativamente pelo Senado Federal. Gabarito: Errado 00000000000 00000000000 - DEMO 17. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 30 18. (TCU TCE 2007 Cespe) O TCU deve auxiliar o Congresso Nacional no exerccio do controle externo e da fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta. Comentrio: A assertiva est de acordo com o art. 70, caput da CF, que estabelece a abrangncia do controle externo fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta em conjunto com o art. 71, caput, que dispe que o controle externo ser exercido pelo Congresso Nacional com o auxlio do TCU. Gabarito: Certo 19. (TCU AUFC 2010 Cespe) Considerando as normas constitucionais relativas a controle externo, julgue os itens a seguir: o Supremo Tribunal Federal no se sujeita a controle externo exercido pelo Congresso Nacional. Comentrio: Os rgos administrativos de todos os Poderes constitudos - incluindo, portanto, o Judicirio no qual est inserido o STF - so sujeitos passivos do controle externo, cujo sujeito ativo, no mbito federal, o Congresso Nacional, auxiliado pelo TCU (CF, art. 70 e 71). Mas lembre-se: somente as funes administrativas, ou seja, as que envolvem receitas e despesas de recursos pblicos, tais como aquisio de bens, contratao de servios, etc., esto sujeitas ao controle externo. Assim, por exemplo, uma deciso do STF tomada no exerccio de suas atribuies tpicas, como no julgamento de uma ADIN, no se sujeita ao controle externo do Congresso ou do TCU. Gabarito: Errado 20. (TCE/AC ACE 2009 Cespe, adaptada) A aplicao das subvenes e as renncias de receitas esto entre os atos sujeitos fiscalizao do controle externo. Comentrio: O item est perfeito, conforme o art. 70, caput da Constituio Federal: Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Gabarito: Certo 00000000000 00000000000 - DEMO 18. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 30 21. (TCDF Auditor 2014 Cespe) O controle legislativo tanto poltico quanto financeiro. O controle financeiro, no mbito parlamentar, exercido por meio de suas casas e respectivas comisses. H comisses permanentes e temporrias, entre as quais as CPIs. No caso do DF, cabe precipuamente Comisso de Economia, Oramento e Finanas da Cmara Legislativa (CLDF) fiscalizar a execuo oramentria e financeira. Comentrio: Afirmativa correta. Trata-se da comisso permanente constituda na CLDF equivalente Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO) do Congresso Nacional, responsvel pelo acompanhamento e a fiscalizao do oramento pblico. Importante ressaltar que o controle legislativo precipuamente de carter poltico, mas tambm contempla atividades de controle financeiro, como quando susta despesas no autorizadas e quando exerce o acompanhamento e a fiscalizao da execuo oramentria e financeira por intermdio da comisso permanente. Gabarito: Certo 22. (TCU AUFC 2009 Cespe) No exame das contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica, o TCU, ao verificar irregularidades graves, poder impor sanes ao chefe do Poder Executivo, sem prejuzo da apreciao dessas mesmas contas pelo Congresso Nacional. Comentrio: A atribuio do TCU no exame das contas prestadas pelo Presidente da Repblica, consoante o art. 71, I da CF, emitir parecer prvio. Qualquer omisso ou falha que seja detectada pelo TCU dever ser comunicada ao Congresso Nacional, que, julgando conveniente, solicitar os esclarecimentos necessrios ao Chefe do Executivo. Portanto, no h que se falar na imposio de sanes por parte do TCU, nesse caso, da o erro. Gabarito: Errado (TCU ACE 2008 Cespe) Com relao aos conceitos e legislao aplicveis ao controle externo e s instituies fiscalizadoras, julgue os itens a seguir: 23. No mbito federal, o parecer sobre as contas do TCU de responsabilidade da Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao, do Congresso Nacional. Comentrio: A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)1 , dispe: 1 Lei Complementar 101/2000 (LRF): http://www6.senado.gov.br/sicon/index.jsp 00000000000 00000000000 - DEMO 19. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 30 Art. 56. (...) 2 O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas ser proferido no prazo previsto no art. 57 pela comisso mista permanente referida no 1o do art. 166 da Constituio ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais. A comisso permanente a que o dispositivo se refere a Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO), do Congresso Nacional, da a correo do quesito. Veremos na aula 2 que esse parecer da CMO, atualmente, no tem qualquer funo prtica, pois as contas do TCU so julgados pelo prprio TCU, o qual no se vincula ao parecer da CMO. Gabarito: Certo 24. O TCU responsvel pela fiscalizao do cumprimento da obrigatoriedade de encaminhamento e consolidao das contas de todas as esferas da Federao. Comentrio: Ao TCU compete auxiliar o Poder Legislativo na fiscalizao do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, art. 59, caput), cujo art. 51 dispe sobre a consolidao das contas de todas as esferas da Federao pelo Poder Executivo da Unio. O assunto tambm objeto do RI/TCU, art. 1, XIII, e art. 258, I. Gabarito: Certo 25. (TCE/ES ACE 2012 Cespe) O TCE/ES caracteriza-se por atuar no controle externo e tem o poder de julgar as contas no que se refere a aspectos como legalidade, eficcia, efetividade e economicidade. Comentrio: O quesito est correto. A competncia para os tribunais de contas julgarem as contas dos administradores pblicos est prevista no art. 71, II da CF. Quanto aos aspectos nos quais o controle externo pode atuar, a CF destaca no caput do art. 70 os seguintes: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas. No obstante, como vimos na aula, os aspectos de eficincia, eficcia e efetividade tambm podem direcionar as fiscalizaes realizadas pelos tribunais de contas, na busca do aprimoramento da Administrao Pblica. Gabarito: Certo 26. (TCE/PB Procurador MPTCE 2014 Cespe) No exerccio do controle poltico da administrao pblica, compete a) s CPIs apurar irregularidades e determinar sanes. b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos independentemente de prvia manifestao do Poder Judicirio. 00000000000 00000000000 - DEMO 20. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 30 c) ao Senado Federal ou Cmara dos Deputados excetuadas suas comisses convocar titulares de rgos diretamente subordinados Presidncia da Repblica. d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os atos do Poder Executivo. e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da Repblica, sobre limites globais e condies para a operao de crditos externo e interno da Unio, dos estados, dos municpios e do DF, exceto das autarquias. Comentrios: Vamos analisar cada alternativa: a) ERRADA. As CPIs apuram irregularidades, mas no determinam sanes. Suas concluses, se for o caso, devem ser encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que o rgo promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores (CF, art. 58, 3). b) CERTA, nos termos do art. 49, V da CF: Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa; Como competncia exclusiva do Congresso Nacional, a sustao independe de manifestao prvia do Poder Judicirio. c) ERRADA. Nos termos do art. 50 da CF: Art. 50. A Cmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comisses, podero convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de rgos diretamente subordinados Presidncia da Repblica para prestarem, pessoalmente, informaes sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausncia sem justificao adequada. Portanto, qualquer comisso da Cmara e do Senado tambm pode convocar titulares de rgos diretamente subordinados Presidncia da Repblica, da o erro. manifestamente correta, ento esta s pode estar errada. E, de fato, isso mesmo. Em regra, a Casa que aprecia atos do Poder Executivo a priori o Senado Federal, especialmente quando aprova previamente a escolha de autoridades (CF, art. 52, III e IV) e autoriza operaes de crdito externas (CF, art. 52, V). Mas nada impede que o Congresso Nacional ou a Cmara dos Deputados tambm o faam. Por exemplo, o prprio art. 49, XVI estabelece que competncia exclusiva do Congresso Nacional previamente, a alienao ou concesso de terras pblicas com rea superior a dois mil e quinhentos . Ademais, da competncia do Congresso Nacional, 00000000000 00000000000 - DEMO 21. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 30 diretamente, ou por qualquer de suas Casas, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta (CF, art. 49, X), controle que pode ser desenvolvida de forma prvia, concomitante ou posterior. e) ERRADA, pois o Senado tambm dispe sobre limites globais e condies para as operaes de crdito das autarquias, nos termos do art. 52, VII da CF: Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: VII - dispor sobre limites globais e condies para as operaes de crdito externo e interno da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pblico federal; 27. (TCU ACE 2008 Cespe) A Controladoria-Geral da Unio exerce o controle externo dos rgos do Poder Executivo, sem prejuzo das atribuies do TCU. Comentrio: A Controladoria-Geral no rgo de controle externo, embora tenha a mesma denominao de um dos sistemas de controle externo existentes, as Controladorias-Gerais. A CGU o rgo central do sistema de controle do Poder Executivo, ligado Presidncia da Repblica. Gabarito: Errado 28. (TCU ACE 2008 Cespe) Com relao aos conceitos e legislao aplicveis ao controle externo e s instituies fiscalizadoras, julgue o item a seguir: na atual estrutura do sistema de controle interno do Poder Executivo federal, que deve atuar em cooperao com o TCU, os rgos correspondentes do Itamaraty e dos comandos militares so os que esto precisamente posicionados de acordo com as recomendaes das entidades fiscalizadoras superiores (INTOSAI), em razo de sua subordinao hierrquica e de suas vinculaes funcionais. Comentrio: A Intosai, em suas "Diretrizes para as normas de controle interno do setor pblico2 ", estabelece que "a estrutura organizacional pode incluir uma unidade de controle interno, que deve ser independente da gerncia e que se reportar diretamente autoridade mxima da organizao". De forma semelhante, a Declarao de Lima, na Seo 3, item 2, estabelece que os servios de auditoria interna so necessariamente subordinados ao chefe do departamento no qual foram estabelecidos. No mbito da Unio, o sistema de controle interno do Poder Executivo, organiza-se da seguinte forma: 2 Disponvel em portugus em: http://www.tce.ba.gov.br/biblioteca/publicacoes/serietraducoes 00000000000 00000000000 - DEMO 22. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 30 rgo Central: CGU orientao normativa e superviso tcnica dos demais rgos; rgos Setoriais: Secretarias de Controle Interno (Ciset) da Casa Civil, da AGU, do Ministrio das Relaes Exteriores e do Ministrio da Defesa; Unidades Setoriais da Ciset do Ministrio da Defesa: unidades de controle interno dos comandos militares; Unidades de controle interno prprias das entidades da administrao indireta. Assim, a CGU, que o rgo central de Controle Interno, atende s orientaes da Intosai, pois subordinada Presidncia, autoridade de mais alto nvel dentro do Poder Executivo. Todavia, o Ministrio das Relaes Exteriores (Itamaraty), o Ministrio da Defesa, a Casa Civil e a AGU possuem Secretarias de Controle Interno prprias (as CISET), desvinculadas da CGU. No h subordinao hierrquica dos rgos e unidades setoriais em relao ao rgo central. Este apenas emite orientaes normativas e supervisiona tecnicamente os demais rgos. Portanto, os rgos de controle interno do Itamaraty e dos comandos militares no atendem ao requisito de subordinao direta autoridade mxima do Poder Executivo. No caso, a CISET do Itamaraty subordinada ao Ministrio, enquanto os rgos de controle interno dos comandos militares so subordinados aos prprios comandos militares, nem mesmo ao Ministrio da Defesa. Da a incorreo do quesito. Gabarito: Errado 29. (TCE/PB Procurador MPTCE 2014 Cespe) Acerca dos controles interno e externo da administrao pblica, assinale a opo correta. a) O controle externo, hierarquicamente superior ao controle interno, atua sobre a totalidade da administrao pblica e exercido pelos que representam, por delegao, a sociedade politicamente organizada. b) Cabe ao controle interno auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da Repblica. c) O controle interno feito por meio de auditoria a fim de acompanhar a execuo do oramento tem por objetivo verificar a legalidade na aplicao do dinheiro pblico e auxiliar o tribunal de contas no exerccio de sua misso institucional. d) O controle interno permite verificar se a administrao respeitou disposies imperativas no exerccio de suas atribuies, no se caracterizando como um controle de mrito. 00000000000 00000000000 - DEMO 23. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 30 e) O controle externo, efetivado por rgo pertencente estrutura do ente responsvel pela atividade controlada, abrange a fiscalizao e a correo dos atos ilegais, inconvenientes e inoportunos. Comentrios: Vamos analisar cada alternativa: a) ERRADA. O controle externo no hierarquicamente superior ao controle interno. Embora o controle interno tenha a misso constitucional de auxiliar o controle externo (CF, art. 74, IV), no h relao de hierarquia entre eles, da o erro. Por outro lado, correto que o controle externo, exercido pelo Poder Legislativo com o auxlio do Tribunal de Contas, atua sobre a totalidade da administrao pblica, sempre onde h a aplicao ou a arrecadao de recursos pblicos. b) ERRADA. Quem auxilia o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica o Tribunal de Contas, mediante a emisso de parecer prvio (CF, art. 71, I). c) CERTA. A auditoria uma das tcnicas de trabalho utilizadas pelo controle interno para cumprir suas atribuies constitucionais, previstas no art. 74 da CF, dentre elas a de acompanhar a execuo do oramento para verificar a legalidade na aplicao do dinheiro pblico (inciso I) e auxiliar o tribunal de contas no exerccio de sua misso institucional (inciso IV). verificar se a administrao respeitou disposies imperativas no exerccio de suas atribuies de conformidade, legalidade, o controle de mrito tambm prprio do sistema de controle interno, o qual tem a misso de auxiliar o gestor a alcanar os objetivos sob sua responsabilidade. e) ERRADA. O controle externo efetivado por rgo no pertencente estrutura do ente responsvel pela atividade controlada. Alm disso, o controle externo, em regra, no compreende a correo de atos inconvenientes e inoportunos, notadamente quando respeitados os limites legais da discricionariedade do administrador pblico, pois esse tipo de correo feita apenas no mbito da autotutela, pela prpria Administrao (revogao de atos discricionrios). 30. (TCE/RO Analista 2013 Cespe) O modelo federal de organizao, composio e fiscalizao do tribunal de contas, fixado pela CF, de observncia obrigatria pelos estados. Comentrio: A questo est correta, ante o disposto no art. 75 da CF: Art. 75. As normas estabelecidas nesta seo aplicam-se, no que couber, organizao, composio e fiscalizao dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municpios. 00000000000 00000000000 - DEMO 24. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 30 Pargrafo nico. As Constituies estaduais disporo sobre os Tribunais de Contas respectivos, que sero integrados por sete Conselheiros. Perceba que o dispositivo estabelece que as normas federais devem ser ocorrer devido s especificidades das esferas de governo, desde que no desvirtuem o modelo federal. Assim, as normas locais no podem retirar do Tribunal de Contas alguma competncia que esteja prevista na CF, mas apenas adapt-la realidade local. Por exemplo, em algumas passagens, a CF faz referncia ora ao Congresso Nacional ora s suas Casas (Senado e Cmara) separadamente; no mbito dos estados, como no h diviso em Casas, todas essas situaes devem ser adaptadas. Vale atentar, ainda, que o prprio art. 75 da CF, em seu pargrafo nico, prev uma peculiaridade nos estados: os respectivos tribunais de contas sero integrados por sete Conselheiros, diferentemente do TCU integrado por nove Ministros. Gabarito: Certo 31. (TCE/RO Analista 2013 Cespe) A fiscalizao do municpio exercida pelo Poder Legislativo estadual, mediante controle externo. Comentrio: O quesito est errado. O titular do controle externo nos municpios a respectiva Cmara Municipal, e no o Legislativo estadual. No exerccio do controle externo, a Cmara Municipal auxiliada, conforme o caso, ou pelo Tribunal de Contas Municipal (apenas So Paulo e Rio de Janeiro), ou pelo Tribunal de Contas dos Municpios (apenas dos municpios dos Estados da BA, CE, GO e PA) ou pelo Tribunal de Contas do Estado (demais casos). Gabarito: Errado 32. (TCE RN Assessor Tcnico Jurdico 2009 Cespe) Se o TCE/RN, ao examinar as contas do prefeito de Natal, emitisse parecer prvio pela sua rejeio, esse parecer prevaleceria, exceto se a Assembleia Legislativa do estado, que responsvel pelo julgamento das referidas contas, o rejeitasse por deciso de dois teros de seus membros. Comentrio: O TCE do Estado que no possui TC dos Municpios, como o caso do Rio Grande do Norte, emite parecer prvio sobre as contas dos prefeitos. O responsvel por julg-las o Poder Legislativo Municipal, no caso, o correto seria a Cmara Municipal de Natal, e no a Assembleia Legislativa do Estado. Cabe registrar que a Constituio Federal estabelece que o parecer prvio emitido pelo rgo competente sobre as contas do Prefeito s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal (CF, art. 31, 2). Gabarito: Errado 00000000000 00000000000 - DEMO 25. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 30 33. (TCE RN Assessor Tcnico Jurdico 2009 Cespe) Se determinado municpio no possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o rgo de controle externo competente para julgar as contas desse municpio ser, obrigatoriamente, o TCE. Comentrio: Lembre-se que o TCM-RJ e o TCM-SP so os nicos rgos municipais de controle externo e h vedao constitucional para a criao de outros. Nos demais municpios, o auxlio s Cmaras Municipais no exerccio do controle externo cabe ao TCE ou, nos Estados da BA, CE, GO e PA, aos respectivos TC dos Municpios (rgos estaduais responsveis pelo controle externo das contas dos municpios do Estado). Lembrando, ainda, que no h impedimento para que os demais Estados criem TC dos Municpios. Portanto, o quesito est errado, pois o controle externo nos municpios que no possuem um TCM poder ser realizado pelo TCE ou pelo TC dos Municpios. Gabarito: Errado 34. (TCE/AC ACE 2009 Cespe, adaptada) Os TCEs devem ser integrados por conselheiros em nmero definido nas respectivas constituies estaduais, que, no entanto, no pode ultrapassar o nmero de ministros do TCU. Comentrio: O item est errado, pois a Constituio Federal fixou em sete o nmero de conselheiros dos TCEs, sem dispor sobre qualquer relao com o nmero de ministros do TCU (CF, art. 75, pargrafo nico). Gabarito: Errado 35. (TCE/TO ACE 2008 Cespe) Nas funes de controle externo de mbito municipal, os tribunais de contas dos estados (TCEs): a) so auxiliados pelas cmaras municipais. b) atuam de forma coordenada com os tribunais de contas de cada municpio. c) emitem parecer prvio, mas no-conclusivo, sobre as contas do prefeito, pois pode ser rejeitado pela cmara municipal. d) fiscalizam o limite de gastos totais dos respectivos legislativos. e) devem restringir-se aos aspectos de natureza estritamente legal, em respeito autonomia poltico-administrativa dos municpios. Comentrio: Vamos analisar cada alternativa: (a) Errada, pois nos municpios em que no existe um TCM e que tambm no so abrangidos pela jurisdio de um TC dos Municpios, os TCEs que auxiliam as Cmaras Municipais no exerccio do controle externo, e no o contrrio, como afirma a alternativa; 00000000000 00000000000 - DEMO 26. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 30 (b) Errada, pois nos municpios que possuem um TCM, o controle externo de mbito municipal realizado pelo respectivo TCM, independentemente de qualquer forma de coordenao com o TCE; (c) Errada, pois o parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas competente sobre as contas do prefeito s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal (CF, art. 31, 2). Assim, pode-se inferir que tal parecer dever ser conclusivo, eis que praticamente vincula os membros da Cmara Municipal; (d) Certa, nos termos do art. 59, VI da LRF, o qual dispe que o Poder Legislativo, diretamente ou com auxlio dos Tribunais de Contas, fiscalizar o cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais. (e) Errada, pois o controle externo, alm da legalidade, tambm abrange a legitimidade e a economicidade, assim como a eficcia, eficincia e efetividade dos atos de gesto. Gabarito: 36. (TCE/BA Procurador 2010 Cespe) Acerca da natureza dos tribunais de contas e do exerccio de suas misses institucionais, julgue o item seguinte: No exerccio de suas atribuies, cabe aos tribunais de contas dos estados e, quando for o caso, dos municpios solicitar aos governadores estaduais a interveno em determinado municpio. Comentrio: O art. 35 da CF elenca as hipteses em que poder ser decretada a interveno do Estado em seus Municpios ou da Unio nos Municpios localizados em Territrio Federal: I - deixar de ser paga, sem motivo de fora maior, por dois anos consecutivos, a dvida fundada; II - no forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III - no tiver sido aplicado o mnimo exigido da receita municipal na manuteno e desenvolvimento do ensino e nas aes e servios pblicos de sade; IV - o Tribunal de Justia der provimento a representao para assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio estadual, ou para prover a execuo de lei, de ordem ou de deciso judicial. Cabe destacar o inciso II, que inclui a no prestao de contas como motivo para a interveno. Todavia, o STF j decidiu que no cabe ao Tribunal de Contas requerer a interveno, mesmo nesse caso, da o erro do quesito. Sobre o assunto, veja a ADIn 2.631/PA e a ADIn 614-MC/MA. Gabarito: Errado 00000000000 00000000000 - DEMO 27. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 30 37. (TCU AUFC 2010 Cespe) (...) redija um texto dissertativo acerca dos sistemas de controle na administrao pblica, em conformidade com a Constituio Federal de 1988. Ao elaborar seu texto, discorra sobre os mecanismos de controle inseridos no ordenamento constitucional, abordando, necessariamente, a classificao doutrinria quanto aos seguintes aspectos: < momento em que se realiza; < rgos responsveis pelo seu exerccio; < natureza ou tipo de controle. Comentrio: A partir dos elementos apresentados nesta aula demonstrativa, voc j seria capaz de elaborar uma boa resposta para esta questo discursiva. Quanto ao momento em que o controle se realiza, vimos que pode ser prvio, concomitante ou posterior ao ato fiscalizado. Em relao aos responsveis pelo exerccio do controle na administrao pblica, vimos que a CF estabeleceu que o controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do TCU. A Carta Magna dispe que os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno. Alm disso, poder-se-ia mencionar as diversas formas de controle social previstas na Constituio, assim como o controle judicial e a autotutela administrativa. No que tange natureza ou tipo de controle, vimos que, essencialmente, o controle se classifica em: legalidade (conformidade s normas), legitimidade (atendimento ao interesse pblico) e economicidade (menor preo). Gabarito: N/A ****** 00000000000 00000000000 - DEMO 28. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 30 GABARITO 1) C 2) E 3) - 4) E 5) a 6) E 7) E 8) E 9) C 10) E 11) C 12) E 13) b 14) E 15) C 16) C 17) E 18) C 19) E 20) C 21) C 22) E 23) C 24) C 25) C 26) b 27) E 28) E 29) c 30) C 31) E 32) E 33) E 34) E 35) d 36) E 37) - 00000000000 00000000000 - DEMO 29. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 30 RESUMO DA AULA Classificaes do controle: Posicionamento do rgo controlador Externo: exercido por um ente que no integra a mesma estrutura organizacional do rgo fiscalizado (na CF, somente o exercido pelo Legislativo). Interno: exercido por rgo especializado, porm pertencente mesma estrutura do fiscalizado (Ex: CGU). Natureza, tipo ou foco do controle Legalidade: conformidade s normas; Legitimidade: interesse pblico, impessoalidade, moralidade; Economicidade: menor custo, sem comprometer a qualidade; Eficincia: meios em relao aos resultados; Eficcia: alcance das metas; Efetividade: impactos sobre a populao-alvo. Momentos do controle Prvio (a priori): preventivo, orientador. Concomitante (pari passu): tempestivo, preventivo. Posterior (a posteriori): corretivo e sancionador. Controle Administrativo: poder de autotutela da Administrao. Anulao refere-se a controle de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogao refere-se a controle de mrito: revogam-se atos inconvenientes ou inoportunos. Caracteriza-se pela superviso ministerial. Superviso exercida pela Administrao Direta sobre a Administrao Indireta (tutela) no significa subordinao hierrquica, mas to-somente, vinculao para fins de controle. Controle Judicial: exercido pelos rgos do Poder Judicirio sobre os atos administrativos dos Poderes Executivo, do Legislativo e do prprio Judicirio, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente provocado. Controle a posteriori. Restrito ao controle de legalidade, adentrando no mrito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas no revogar o ato. Controle Social: exercido diretamente pelo cidado, ou pela sociedade civil organizada. Ex: denncia aos rgos de controle externo, ao popular, ouvidoria do TCU, etc. Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS): rgos tcnicos de controle externo, de carter administrativo, de maior estatura em cada pas (Brasil = TCU). Podem se vincular a qualquer Poder ou a nenhum deles. Sistemas de controle externo: Tribunais de Contas ou Conselhos de Contas Decises colegiadas; Poder sancionatrio e determinaes compulsrias; Funo fiscalizadora ou jurisdicional. Auditorias-Gerais ou Controladorias Gerais Decises monocrticas; Recomendaes sem carter coercitivo; Funo fiscalizadora, opinativa, consultiva. Auditorias de regularidade Auditorias de desempenho 00000000000 00000000000 - DEMO 30. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 30 Sistemas de Controle na Administrao Pblica Brasileira: art. 70 a 75 da CF. Sistema de Controle Externo Sujeito ativo: Poder Legislativo (titular), auxiliado pelos TCs (sem subordinao). Sujeitos passivos: todos que, de alguma maneira, administrem recursos pblicos. Objeto: atos administrativos que envolvam receitas e despesas pblicas, como a compra de bens, a admisso de pessoal, arrecadao de impostos, etc Responsabilidade pelo controle externo: depende da origem oramentria primria dos recursos. Esfera Titular do controle externo rgo tcnico que presta auxlio Unio Congresso Nacional TCU Estados Assembleias Legislativas TCE Distrito Federal Cmara Legislativa TCDF Municpios da BA, CE, GO e PA Cmaras Municipais TC dos Municpios (rgos estaduais) Municpios do RJ e SP Cmaras Municipais TCM-RJ e TCM-SP (rgos municipais) Demais Municpios Cmaras Municipais TCE Repartio constitucional de funes de controle externo: Controle exercido diretamente pelo Congresso, suas Casas e Comisses (controle parlamentar) Congresso: julgar as contas do PR; escolher dois teros (=6) dos Ministros do TCU; Senado Federal: aprovar as indicaes de nomes indicados pelo PR para Ministro do TCU; julgar autoridades nos crimes de responsabilidade. Cmara dos Deputados: tomar as contas do Presidente da Repblica, caso no apresentadas no prazo. CPI: investigar fato determinado. CMO: examinar e emitir parecer sobre as contas do PR; acompanhar a fiscalizar a execuo oramentria. Controle exercido pelo TCU (controle tcnico) Competncias do art. 71 da CF que podem ser divididas em: - Exame e julgamento das prestaes de contas (no caso das contas do Presidente da Repblica, o TCU emite parecer prvio); - Atividades de fiscalizao (auditorias e inspees; registro de atos de pessoal). Controle conjunto, Congresso e TCU Sustar despesas no autorizadas; sustar contrato se verificada ilegalidade; fiscalizar obras pblicas com indcios de irregularidade grave (LDO). Sistema de Controle Interno: mantido de forma integrada pelos Poderes (CF, art. 74), com a misso de apoiar o controle externo e assessorar a autoridade administrativa. No h relao hierrquica entre controle externo e controle interno, h complementaridade. 00000000000 00000000000 - DEMO 31. Controle Externo para TEFC/TCU 2015 Questes comentadas Prof. Erick Alves Aula 00 Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 30 Bem, por hoje s. Espero que tenha se animado a prosseguir no curso. Bons estudos! ERICK ALVES Referncias: Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo. 13 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007. Aguiar, A. G. Aguiar, M. P. O Tribunal de Contas na ordem constitucional. 2 ed. Belo Horizonte: Frum, 2008. Aguiar, U.D. Albuquerque, M.A.S. Medeiros, P.H.R. A administrao Pblica sob a perspectiva do controle externo. Belo Horizonte: Frum, 2011. Chaves, F.E.C. Controle externo da gesto pblica: a fiscalizao pelo Legislativo e pelos Tribunais de Contas. 2 ed. Niteri: Impetus, 2009. Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 20 ed. So Paulo: Editora Atlas, 2007. Lima, L.H. Controle externo: teoria, jurisprudncia e mais de 500 questes. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 35 ed. So Paulo: Malheiros, 2009. 00000000000 00000000000 - DEMO