propedeutica respiratoria - prof ricardo togashi
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PROPEDÊUTICA RESPIRATÓRIA
Dr. Ricardo Togashi
Anamnese (lembrança/antecedentes)(Equivale a mais de 50% do diagnóstico)
1. Identificação – idade (existem dçs. Pulmonares que guardam relação com idade):
ASMA/ SD. Membrana hialina/fibrose cística (início em crianças).DPOC (Bronquite crônica/Enfisema pulmonar) e o carcinoma brônquico incide entre os 40-60 anos(pico).
SEXO: DPOC/Carcinoma brônquico (atinge + os homens tabagismo)
RAÇA: Sarcoidose/tuberculose (negros)Colagenose(brancos)
Procedência (áreas endêmicas)/Profissão (Sílica/Cavadores poços = Silicose)
Anamnese (lembrança/antecedentes)(Equivale a mais de 50% do diagnóstico)
2. Antecedentes familiares (história familiar – asma, tuberculose, rinite alérgica, fibrose cística/ mucoviscidose e deficiência 1antitripsina).
3. Antecedentes pessoais: Agressões pulmonares prévias (sarampo/coqueluche/tb)= bronquiectasias.
Passado alérgico (rinite/asma). Uso de drogas imunosupressoras/Corticóide
(infecções por agentes oportunistas).
Anamnese (lembrança/antecedentes)(Equivale a mais de 50% do diagnóstico)
4. Hábitos vida: tabagismo (ASMA/DPOC/carcinoma brônquico); Alcoolismo (PN. aspirativa - Anaeróbicos /Klebsiella).
5. História epidemiológica – visita a caverna, minas, galinheiros histoplasmose.limpeza de fossas, pós enchente Leptospirose.
Anamnese (lembrança/antecedentes)(Equivale a mais de 50% do diagnóstico)
6. H.MA – “A maior vantagem do ouvido de um médico é a de ouvir uma boa história”“Ouça o que o paciente diz e ele lhe dirá o diagnóstico”
A. Curta/clara e concisa (deixar o paciente falar)B. Padrão cronológico (anos, meses, dias...) Sintomatologia pulmonar(07):
Tosse Expectoraçã
o Hemoptise Chiados
Dor Dispnéia Cianose
Exame objetivo geral
Há ou não obstrução nasal que obrigue o paciente a respirar pela boca? (voz anasalada) rinite/asma.
Há ou não sinais de insuficiência respiratória (uso mm. Inspiratória/acessória).
O paciente está orientado no tempo e no espaço? Está alerta ao que se passa ao seu redor? Cianose?
Pedir o paciente para tossir/seca/expectoração (cor, presença de sangue, volume e odor).
Exame físico tórax Inspeção do tórax – divisão anatômica:
Tórax anterior – duas linhas verticais (linha esternal/hemiclaviculares).
Duas linhas horizontais (junção manúbrio esternal/ inicio apêndice xifóide – sexta articulação condroesternal.
Região axilar – três linhas verticais (anterior, média, posterior – respeitando as pregas axilares anterior/posterior.
Exame físico tórax Tórax posterior – duas linhas verticais
(vertebral/linha escapular); duas linhas horizontais (borda superior da escápula e borda inferior da escápula).
A união das linhas verticais/horizontais:
Tórax anterior
(6 regiões)
1. Esternal2. Supra
esternal3. Hemiclavicula
r4. Infra
clavicular5. Mamária6. Inframamária
Tórax Lateral
(2 regiões)
7. Axilar 8. Infraaxilar
Tórax posterior
(4 regiões)
9. Supra escapular10. Escapular11. Interescalpuloverteb
ral12. Infraescapular
Inspeção estática Cor paciente (cianose/palidez) cianose=
sinal tardio de insuficiência respiratória (unha, lábios, e mucosa oral).
Forma torácica: normal Globoso (enfisematoso/tonel) Piriforme (peito pombo/pectus carinatum) Achatado (raquitismo) Infundibuliforme (tórax sapateiro/ pectus
excavatum) Cifoescoliose torácica
Inspeção dinâmica Presença de
assimetria/expansibilidade torácica. Ritmo respiratório (taquipnéia,
bradipnéia, resp. de Cheyne-Stokes, Biot e Kusmaull).
Insuficiência respiratória (taquipnéia, uso mm acessória, Tiragem e respiração paradoxal).
Palpação do tórax
Exames das partes moles cervicotorácica, presença de contraturas (mm. Esternocleidomastoídeo/escaleno) atrofias mm., enfisema subcutâneo, flutuação e gânglios.
Sensibilidade torácica (pesquisa fratura costela) pesquisar se a dor é palpatória ou não.
Elasticidade torácica – uma das mãos nas costas e outra na face anterior tórax, procurando aproximar as duas e observar a resistência.
Palpação do tórax
Expansão torácica: expansibilidade lobo superior, médio e inferior.
Frêmitos: Frêmito tóraco vocal (aumentado Sd.
condensação/cavidades). Frêmito brônquico (secreções brônquicos). Frêmito pleural (atrito pleural).
Percussão Tórax
Claro Maciço Hipersonoro
Ausculta pulmonar Aquele que se inicia na ausculta do aparelho
respiratório deve, necessariamente, se submeter a um treinamento exaustivo, ouvindo inúmeras vezes um pulmão normal.
02 sons pulmonares normais: murmúrio vesicular ruído laringotraqueal (sopro glótico).
Ruídos adventícios (origem na árvore brônquica alveolares ou espaço pleural).
Ausculta pulmonar Formados nos brônquios e alveolares –
estertores pleura (atrito).
EstertoresEstertores Secos (cornagem/roncos/sibilos) Úmidos (estertores
crepitantes/bolhosos) Cornagem (estenose nas porções superiores
das vias aéreas faringe/laringe/traquéia e grandes brônquios).Geralmente de grande intensidade e podendo ser ouvida a certa distância.
Ausculta pulmonar Roncos – ruído tonalidade grave, predominantemente
inspiratório, geralmente acompanhando a tosse (secreção espessa que adere as paredes brônquicas maiores, reduzindo suas luzes).
Sibilos – ruído tonalidade aguda expiratórios, mesma origem roncos (diminuição luz brônquica).
Estertores crepitantes – estertores unidos e descontínuos, exclusivamente inspiratório, ocorrem devido a presença de exsudato/transudato intra-alveolar e podem ser divididos: (fisiológicos/patológicos).
Ausculta pulmonar
Estertores bolhosos - ruídos descontínuos, audíveis tanto na inspiração como na expiração e resultando mobilização de qualquer conteúdo líquido, presente na árvore brônquica, luz dos alvéolos ou em cavidades preexistentes.
Atrito pleuralAtrito pleural – ocorre devido a irregularidade (espessamento) superfície pleural e ao ocorrer o movimento respiratório origina o atrito (audível na inspiração/expiração e não se modifica pela tosse).
Ausculta da voz – atualmente sugere-se uma simplificação dos termos (broncofonia, pectorilóquia, egofonia). Diz apenas se a transmissão e a palpação voz estão normais, aumentadas ou diminuídas.