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    Fisiologia do Exerccio Clnico para Alteraes e Disfunes Respiratrias: Parte 1

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    1. Prova de Funo Pulmonar - Espirometria 3

    Procedimentos no exame 4

    2. Asma 7

    Epidemiologia 8

    Sintomas 8

    Classicao 8

    Diagnstico 8

    Tratamento 9

    Broncodilatadores 9

    Anti-inamatrios 10

    Tratamento no medicamentoso para o aluno asmtico 10

    Fatores de risco 10

    Fatores agravantes: 10

    3. Bronquite 11A bronquite aguda 11

    A bronquite crnica 12

    Diagnstico 12

    Tratamento 12

    Broncodilatadores 12

    Preveno 12

    4. Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica 14

    Epidemiologia 14

    Causas 14

    Diagnstico 15

    Tratamento 16

    5. Tratamento no farmacolgico 17

    Referncias Bibliogrcas 19

    Sumrio

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    1. Prova de Funo Pulmonar - Espirometria

    A espirometria ou prova de funo pulmonar ou, ainda, prova ventilatria um exame realizado em repou-so para avaliar obstruo pulmonar ou restrio alveolar. A espirometria permite o registro de vrios volumese capacidades pulonares, esta palavra vem do latim:

    spirare= respirar + metrum = medida.

    Curiosidade: de acordo com Gottschall esta expresso foi criada em 1789 quandopesquisadores estudavam uma maneira de medir o volume de oxignio utilizado na

    respirao.

    O exame realizado respirando-se pela boca atravs de um tubo conectado a um aparelho chamado es-pirmetro, que capaz de medir o volume e a velocidade do ar respirado. um teste no invasivo e indolor,ele realizado com nosso aluno sentado em uma cadeira e, de preferncia, sem apoiar as costas, pois istoprejudicaria suas manobras de inspirao e expirao.

    A prova de funo pulmonar constituda basicamente de 3 etapas:

    1. capacidade vital forada;2. capacidade vital lenta;3. ventilao voluntria mxima.

    Nossos alunos, que possuem asma, bronquite e DPOC (doena pulmonar obstrutiva crnica), devemrealizar a espirometria a cada seis meses. Com isso, podemos avaliar o efeito do tratamento mdico e daatividade fsica no sistema respiratrio.

    Vejam a seguir como divido nosso sistema respiratrio.

    1. Boca e nariz: vias areas superiores que possuem a funo de ltrar, aquecer e umidicar o arinspirado.

    2. Traqueia e brnquios: vias areas mdias ou zona condutora do ar, nesta regio aparecem osprincipais problemas do aluno que possui asma, bronquite ou doena pulmonar obstrutiva cr -nica.

    3. Bronquolos e alvolos: zona transicional ou zona de trocas respiratrias. Nesta regio que ocor-rem as trocas gasosas de oxignio e dixido de carbono.

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    Sistema Respiratria

    Estrutura

    Boca/Nariz Vias areas superiores

    TraqueiaZona condutora

    Brnquios

    BronquolosZona transicional e respiratria

    Alvolos

    Pulmonar

    Funo Principal: Trocas Gasosas

    Peso: aprox. 1Kgrea: 50 a 100 m2

    Tecido Pulmonar: 20 a 50 vezes maiorque a superfcie corporal externa

    Procedimentos no exame

    Um prossional orienta o aluno sobre os procedimentos do exame: o aluno realizar a respirao por umtubo de plstico conectado ao espirmetro, utilizando um prendedor no nariz.

    Procedimentos:

    1. respirar tranquilamente por alguns segundos;2. realizar uma inspirao mxima;3. expirar com o mximo de fora e velocidade;

    4. o aluno repetir a expirao at obter o maior valor no aparelho;5. aps o trmino desta fase, nosso aluno utilizar o broncodilatador para repetir os procedimentos.

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    Esta parte do exame avalia obstruo pulmonar. Se os valores de capacidades e volumes pulmonaresno atingirem um patamar de 80% do predito, sero considerados abaixo do normal. Nesta parte do exa-me avaliamos a capacidade vital forada (CVF). A CVF a principal parte do exame espiromtrico utiliza-da para avaliar os alunos que possuem asma, bronquite e doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC).

    A espirometria tambm avalia a capacidade vital lenta (CVL), objetivando-se avaliar e quanticar se existerestrio alveolar.

    De uma maneira geral, as classicaes do diagnstico do aluno que realiza este exame so as seguintes:

    1. resultado normal - variveis respiratrias acima de 80% do predito;2. resultado ligeiramente/discretamente reduzido - variveis; respiratrias entre 70 a 80% do pre -

    dito;3. resultado moderadamente reduzido - variveis respiratrias entre 60 a 70% do predito;4. resultado gravemente reduzido - variveis respiratrias abaixo de 60% do predito.

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    Volumes e Capacidades Pulmonares

    Volume corrente (VC) = 0,4 a 1,0 litro

    Volume de reserva inspiratrio (VRI) = 2,5 a 3,5 litros

    Volume de reserva expiratrio (VRE) = 1,0 a 1,5 litro

    Capacidade Vital Forada (CVF) = homens4 a 5 litros / mulheres 3 a 4 litros

    Volume residual (VR) = 0,8 a 1,4 litro

    Capacidade pulmonar total (CPT) = 5 a 6 litros

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    2. Asma

    A asma uma doena inamatria crnica das vias respiratrias que causa reduo ou obstruo rever-svel e recorrente no uxo de ar, acometendo principalmente as vias areas mdias (traqueia e brnquios).

    Causas da asma: interao entre fatores genticos e ambientais. Sintomas: crises de falta de ardevido ao edema da mucosa dos bronquolos e a produo excessiva de muco nas vias areas. Alm disso,pode ocorrer a contrao da musculatura lisa das vias areas mdias levando ao broncoespasmo.

    Os sintomas apresentados pelo aluno asmtico so: dispneia, tosse e sibilos. O estreitamento das viasareas geralmente reversvel, porm, em algumas situaes, o agravamento da inamao pode causar

    obstruo irreversvel ao uxo de ar. O diagnstico principalmente clnico e o tratamento fundamentadoem medicamentos que melhorem o uxo areo na crise asmtica e diminuam a inamao.

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    Os anti-inamatrios so muito utilizados nestassituaes, principalmente a base de corticoides. Almdisso, a prtica da atividade fsica, principalmentequando inciada na infncia, como a natao, pode

    contribuir positivamente na diminuio dos episdiosde crises pelo trabalho constante, na piscina, da ex-pirao do ar contra a resistncia da gua. Este tipode exerccio, na piscina, ajuda no desenvolvimentoe fortalecimento da musculatura respiratria e podetornar crianas em adultos sem mais nenhuma criseasmtica.

    Epidemiologia

    A asma tem um forte componente gentico, ouseja, se um dos pais for asmtico, a probabilidade dacriana desenvolver asma de 25%. A incidncia napopulao geral de aproximadamente 10%. A pre-valncia semelhante entre homens e mulheres. muito mais frequente em pases como Canad, EUA,Nova Zelndia e Austrlia (cerca de 15% da popula-o) do que em pases da frica e sia.

    Sintomas

    Os principais sintomas so: a tosse, que podeou no estar acompanhada de alguma expectora-o (catarro), diculdade respiratria, alm de um

    chiado(sibilncia). A asma a principal causa de tos-se crnica em crianas e adultos.

    Classificao

    A asma pode ser classicada em:

    asma intermitente - sintomas com menos deuma vez por semana e crises de curta durao;

    asma persistente leve - sintomas noturnos maisde duas vezes ao ms;

    asma persistente moderada - sintomas dirioscom exames (espirometria) alterados;

    asma persistente grave - sintomas drios e cri-ses frequentes.

    Diagnstico

    O diagnstico realizado com base nos sinais esintomas que surgem de maneira repetida e so co-mentados pelo aluno.

    Fonte:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Asma>.

    Muitas vezes o mdico pode solicitar a radiograade trax e a espirometria para ajudar no diagnstico.

    O aluno asmtico tambm pode possuir em casaum aparelho que mede o pico de uxo de ar. Nestescasos, o aparelho ajuda no controle da doena.

    O melhor exame que existe para o diagnstico daasma a anlise dos valores de xido ntrico. O xidontrico um marcador direto da inamao, atravs

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Asmahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Asma
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    da sua concentrao em ppb (partes por bilio) podemos inferir diretamente a gravidade do aluno. A vanta-gem deste exame que a sua realizao no dependente muito da colaborao do aluno como a prova defuno pulmonar.

    Tratamento

    Broncodilatadores

    Os broncodilatadores so utilizados principalmente como medicaes de alvio para cortar uma crise deasma.

    um medicamento que dilata os brnquios quando o asmtico est com falta de ar, chiado no peito ou

    crise de tosse.

    Existem broncodilatadores chamados beta-2 agonistas alguns apresentam efeito curto e outros efeitoprolongado (que dura at 12h). Alm dos beta2-agonistas, outros broncodilatadores, como teolinas e anti-colinrgicos podem ser usados.

    Volumes e Capacidades Pulmonares

    Broncoespasmo, edema e secreo de

    muco induzido pelo exerccio

    Podemos observar que a realizao da atividade fsica pelo nosso aluno promove a broncodilatao emvirtude da maior produo e liberao das catecolaminas, como por exemplo, a adrenalina. Devido a maiorsolicitao e exigncia do exerccio, os brnquios se dilatam levando maior quantidade de oxignio aos alv-olos e, consequentemente, aos msculos exercitados.

    Contudo, ao trmino do exerccio fsico, devido a diminuio nos nveis sanguneos das catecolaminas,os brnquios diminuem de dimetro podendo, no aluno asmtico, levar ao broncoespasmo. Uma sugesto

    para minimizar a probabilidade de broncoespasmos ao nal de cada treino com nosso aluno asmtico, seria arealizao de uma recuperao mais progressiva e duradoura na esteira, bicicleta ergomtrica, pista, enm,

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    no local de treino. Com isto, os brnquios retornariam ao seu dimetro normal, cariam semelhante ao inciodo treino e, consequentemente, as crises de broncoespasmos estariam reduzidas.

    Anti-inflamatrios

    Os anti-inamatrios so utilizados principalmentepara evitar e prevenir crises, ou seja, so chamadosde medicamentos de manuteno. Eles devem serutilizados diariamente. Eles so utilizados por quasetodos os alunos asmticos, aumentando tambm otempo entre as crises.

    Tanto os broncodilatadores quanto os anti-ina-

    matrios podem ser usados de vrias formas:

    nebulizao; inaladores de p seco; comprimido; xarope.

    Atualmente existe a preferncia pelo uso das me-dicaes por nebulizao, nebulmetro ou inaladoresde p seco por serem mais ecazes e causarem me-nos efeitos indesejveis.

    Tratamento no medicamentoso para o

    aluno asmtico

    Recomenda-se para as crianas o treinamento deexerccios respiratrios, e estmulos a tosses se ne-cessrio. A expirao forada contra a resistncia dagua pode ser uma ferramenta muito til no fortale-

    cimento da musculatura respiratria e a diminuiodas crises asmticas.

    Nos adultos, o treinamento fsico envolve o forta-lecimento da musculatura respiratria, alongamentosglobais e, em alguns casos, a utilizao do oxmetro.Recomenda-se tambm para as crianas e adultos arealizao dos exerccios posturais para relaxamento,mobilidade e fortalecimento.

    Fatores de risco

    Fatores de risco da asma brnquica so:

    a hiper-reatividade das vias areas; infeces respiratrias; tabagismo; condies climticas.

    Fatores agravantes:

    incluem-se os alergnios (pelos de animais,fungos, plens, insetos etc.);

    irritantes (tintas, aerossis, perfumes, produ-tos qumicos, fumaa de cigarro etc.);

    condies climticas desfavorveis (poluio,ar frio etc.);

    infeces (geralmente as virais).

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    3. Bronquite

    Bronquite a inamao dos brnquios. Existem dois tipos: a bronquite aguda, que geralmente cau -sada por vrus ou bactrias; e a bronquite crnica com durao de anos, mas nem sempre provocada poruma infeco, e geralmente faz parte de uma patologia conhecida como DPOC (doena pulmonar obstrutivacrnica).

    Nos alunos com bronquite crnica, as vias areas esto estreitas, com edemas e muitas vezes cheias demuco, resultando na diminuio da passagem do ar, ou seja, a quantidade de ar inspirada leva mais tempopara ser expirada comparada com um aluno saudvel.

    O aluno que possui a bronquite aguda ou crnica apresenta tosse e expectorao, alm de diculdade derespirao e sibilos. Nestes casos os alunos devem utilizar antibiticos e broncodilatadores.

    A bronquite aguda

    A bronquite aguda geralmente causada por vrus que infectam o epitlio dos brnquios, aumentando asecreo de muco. Nestes casos, o aluno inicia um processo de tosse na tentativa de expulsar o excesso demuco dos pulmes.

    Outros sintomas comuns incluem:

    dor de garganta; corrimento e congesto nasal (coriza);

    produo de catarro.

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    Ela geralmente acontece em casos de gripe co-

    mum. Cerca de 90% dos casos de bronquite agu-da causada por vrus. Os anti-inamatrios podemser usados para tratar a febre e dor de garganta.

    Descongestionantes podem ser teis nos alunos comcongesto nasal e expectorantes podem ser utiliza-dos para soltar muco e catarro.

    Apenas cerca de 5-10% dos casos de bronquiteso causados por uma infeco bacteriana. A maio-ria dos casos de bronquite so causados por umainfeco viral. Nestes casos, no recomendado autilizao de antibiticos, pois a causa viral.

    A bronquite crnica

    A bronquite crnica caracterizada por tosse pro-dutiva que dura de trs meses a dois anos. Ela causada por uma irritao do epitlio dos brnquios,resultando em inamao, edema e aumento da pro-duo de muco. O uxo de ar para dentro e parafora dos pulmes parcialmente bloqueado devido areversvel broncoespasmo.

    A maioria dos casos de bronquite crnica so cau-sados pela nicotina ou tabaco. Cerca de 5% da po-pulao tem bronquite crnica, e duas vezes maiscomum em mulheres que em homens.

    A bronquite crnica tratada dependendo dossintomas. Se existir inamao e edema do epitliorespiratrio pode ser reduzida inalando-se corticoste-

    rides . O mtodo mais ecaz de prevenir bronquitecrnica e outras formas de DPOC evitar fumar ci-garros e outras formas de tabaco.

    Sinais e sintomas de bronquite:

    tosse; expectorao; falta de ar; sibilncia;

    cianose; inchao nas extremidades do corpo;

    febre - quando a bronquite crnica estiver as-sociada a uma infeco respiratria;

    cansao fsico; catarro.

    Diagnstico

    Atravs da ausculta de roncos e outras alteraesrespiratrias obtidas por meio da utilizao do este-toscpio, o mdico realiza o diagnstico. O histricodo nosso aluno denir se o caso agudo ou crnico.O mdico poder tambm solicitar exames comple-mentares, tais como:

    radiograa do trax; exame do escarro; hemograma; prova de funo pulmonar.

    Tratamento

    Para incio do tratamento, importante eliminar ocigarro (caso o aluno seja tabagista). Agentes Muco-

    lticos e Fluidicantes diminuem a viscosidade do ca-tarro e diminuem as obstrues nos brnquios. Coma diminuio da viscosidade da secreo, as vias res-piratrias cam menos congestionadas facilitando arespirao do aluno.

    Broncodilatadores

    Os broncodilatadores melhoram o uxo de ar nes-

    ta doena, aliviando a falta de ar e os sibilos. Podemser utilizados por intermdio de nebulizaes e nebu-lmetros. O meio mais prtico o uso dos nebulme-tros, pois podem ser utilizados independentementedo local.

    Preveno

    Na bronquite crnica, importante a vacinaoanual contra o vrus causador da gripe. A vacinao

    deve ser feita uma nica vez e, em casos especcos,pode ser repetida depois de cinco anos.

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    Uma das principais medidas preventivas a serem tomadas : no fumar. Tambm pode ser indicado o usode bupropiona, um medicamento que tem o efeito de diminuir os sintomas de abstinncia ao fumo.

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    4. Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica

    A doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) uma doena progressiva e parcialmente reversvel queafeta os pulmes. Ocorre com mais frequncia em homens idosos e fumantes.

    Os principais sintomas so:

    a limitao do uxo areo (entrada e sada do ar); a dispneia (falta de ar); a hiperinsulao dinmica.

    As principais variveis que provocam a DPOC esto relacionados principalmente ao tabagismo, exposio poeira por vrios anos, poluio ambiental e at fatores genticos.

    Epidemiologia

    De acordo com a Organizao Mundial de Sade, 210 milhes de pessoas no mundo tem DPOC. No anode 2020 estima-se que esta doena se torne a terceira principal causa de morte. No Brasil, a DPOC atingecerca de 6 milhes de pessoas.

    Causas

    A doena pulomonar obstrutiva crnica pode desenvolver-se aps vrios anos de tabagismo ou exposio poeira. O fumo contm substncias irritantes que inamam as vias respiratrias e causam alteraes quepodem levar doena pulmonar obstrutiva crnica.

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    Todas as formas de doena pulmonar crnica obstrutiva fazem com que o ar que retido nos pulmes. Onmero de capilares nas paredes dos alvolos diminui. Estas alteraes prejudicam as trocas respiratrias.

    Fisiopatologia

    A limitao do uxo areo pode decorrer da diminuio da retrao elstica do parnquima pulmonar,hipersecreo de glndulas da mucosa e inamao das vias areas levando ao estreitamento delas.

    Sintomas

    Os principais sintomas incluem dispneia aos esforos que pode progredir para dispnia de decbito. Osalunos que possuem DPOC podem apresentar quadro crnico de hipoxemia e hipercapnia, evidenciados nosexames gasometricos.

    Diagnstico

    O exame da gasometria mostra hipoxemia e hipercapnia. Na realidade o aluno com DPOC apresenta umaacidose respiratria crnica compensada. O Ecocardiograma til para deteco de sinais indicativos de so-brecarga ventricular direita e de taquiarritmias.

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    A severidade da DPOC pode ser classicada ao seusar a espirometria, na qual conferida a capacidadepulmonar do aluno.

    Tratamento

    O incio do tratamento do aluno com DPOC ainterrupo do tabagismo. Podem ser usados anti-inamatrios,broncodilatadores e corticoides orais. Areabilitao pulmonar (atravs de uma equipe mul-tidisciplinar) melhora a ventilao. A oxigenoterapiapode ser utilizada em casos mais graves.

    Fonte: . Acesso em: 18 mar. 2014.

    Os alunos com reteno de CO2 ou acidose respi-ratria devem receber a nebulizao em ar compri-mido. Nessa situao o aluno pode car com cateterde O2 conectado para evitar hipoxemia.

    Os broncodilatadores so o tratamento central daDPOC. Existe um medicamento moderno capaz decontrolar os sintomas da DPOC:

    o brometo de tiotrpio, primeiro broncodilatadoranticolinrgico de longa durao (24 horas).

    Quanto mais cedo for realizado o diagnstico, mais

    ecaz ser o tratamento. Torna-se de fundamentalimportncia a equipe multidisciplinar no tratamentodo aluno com doena pulmonar obstrutiva crnica.

    O tratamento da DPOC ainda realizado principal-mente pelo uso de manobras de higiene respiratriae a aplicao de exerccios respiratrios. As mano-bras de reabilitao pulmonar tm como principal

    objetivo a promoo da higiene brnquica. O pro-cesso de higienizao pulmonar, promove a liberaode reas antes obstrudas, aumentando a ventilaopulmonar. As manobras respiratrias mais utilizadasesto relacionadas drenagem postural, percussopulmonar manual e vibrao manual.

    http://www.pneumo.com.br/DPOC.shtmlhttp://www.pneumo.com.br/DPOC.shtmlhttp://www.pneumo.com.br/DPOC.shtmlhttp://www.pneumo.com.br/DPOC.shtml
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    5. Tratamento no farmacolgico

    A ergometria e a ergoespirometria, como mtodode avaliao da capacidade fsica, contribuem paradenir a intensidade do exerccio mais adequada capacidade fsica do indivduo e embasar a progres-so do exerccio ao longo do treinamento.

    O prossional da rea da sade deve realizar umaavaliao ergomtrica ou ergoespiromtrica inicial-mente para conhecer realmente o perl cardiorrespi-ratrio e metablico do aluno, alm do seu comporta-mento eltrico do corao frente ao esforo fsico. Apartir desta avaliao fsica inicial, devemos prescre-ver o treinamento fsico aerbio e o resistido. No casodo treinamento fsico na musculao, o recomendado a realizao da prescrio com objetivo de resistn-cia muscular localizada, ou seja, um maior nmerode repeties com cargas moderadas, respeitando aspausas entre as sries, ou seja, monitorando a pres-so arterial dos nossos alunos, principalmente nasprimeiras aulas e sempre que ocorrer um incrementode carga no treino.

    Com relao prescrio de treinamento fsico ae-rbio para os alunos que possuam asma, bronquiteou doena pulmonar obstrutiva crnica, ela deve ser

    realizada utilizando-se a frmula de Karvonen:

    FC treino aerbia = (FC mxima atingida no tes-te FC repouso) X % intensidade de esforo + FCrepouso.

    No caso destas populaes, a prescrio de trei-namento fsico aerbio deve car entre 40% e 60 %ou entre 50% e 70%.

    No caso de alunos com patologias respiratrias e

    sedentrios, recomenda-se treinar entre 40% e 60%da frequncia cardaca de reserva. Aps algumassesses de treinamento fsico, dependendo da evolu-o fsica, podemos aumentar a intensidade de treinopara 50% a 70% da frequncia cardaca de reserva.

    Fonte: . Acesso em: 18 mar. 2014

    Existe tambm a recomendao da realizao doteste ergomtrico aps trs meses de condiciona-mento fsico. Essa reavaliao serve tambm paraquanticarmos a evoluo do aluno pelo programade condicionamento fsico. O teste ergomtrico no-vamente realizado aps seis meses de programa ea cada seis meses para atualizao da prescrio detreinamento fsico.

    No caso da realizao do teste ergoespiromtricopara estes alunos, recomenda-se realizar o treina-

    http://www.areadetreino.com.br/noticias_det.asp?cod=1222http://www.areadetreino.com.br/noticias_det.asp?cod=1222http://www.areadetreino.com.br/noticias_det.asp?cod=1222http://www.areadetreino.com.br/noticias_det.asp?cod=1222
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    mento aerbio entre os limiares ventilatrios, ou seja, entre o limiar aerbio e o ponto de descompensaorespiratria.

    O treinamento resistido para os alunos com patologias respiratrias deve ser realizado da seguinte ma-

    neira: exerccios nos diversos aparelhos com alternncia de grupos musculares realizados entre 10 a 15repeties, em uma intensidade entre 50 a 60% de 1 repetio mxima. Contudo, para alguns alunos recomendado inicialmente utilizar pesos livres e caneleiras para realizarmos uma adaptao muscular inicial.

    Podemos concluir que: o treinamento resistido realizado com 10 a 15 repeties deve ser realizado lenta-mente, seguido por um perodo de recuperao adequado, na proporo de 1:2, com intensidade geralmentena faixa de 50% - 70% de 1 repetio mxima. Os alunos com menor tolerncia ao esforo podem realizaros exerccios de resistncia de forma segmentar, por meio de pequenos pesos livres (0,5 a 3 kg) ou cordaselsticas.

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