2ª parte guia fase propedeutica

66
1.1. A estrutura e organização dos manuais: Os temas Os temas do manual são os diferentes campos semânticos a volta dos quais se pode organizar os fenómenos que emergem da vida quotidiana ou académica: Alimentação, vestuário, transporte, comunicações, profissões, sala de aulas e família… Porque a vida quotidiana? Sendo uma das funções da língua, permitir a comunicação no quotidiano, os alunos devem ser treinados e aprender como “chamar e/ou se referir ao mundo em que vivem”. Porque temas da vida académica? A língua portuguesa tem finalidades académicas imediatas. Sendo uma das línguas oficiais, a avaliação decorre no âmbito da mesma e, por isso, o aluno precisa aprender a restituir e a pensar também nessa língua. Neste sentido tentou se organizar um material didáctico que conseguisse congregar a psicologia, a sociologia dos modos de vida e a analise de conteúdos académicos. Por um lado, o sincretismo infantil que relaciona todos os elementos de um mesmo campo temático, independente da sua característica fonético-fonológica. Por outro, a necessidade de se assegurar o sucesso na vida académica, tratando as mesmas matérias das demais áreas de estudo para a aprendizagem da língua oral e escrita. Por fim, uma analise fenomenológica dos modos e circunstancias de vida de maneira a contemplar o próximo (sala, escola, família, vestuário e alimentação) e o comunitário*-transportes, comunicações, profissões, etc.

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orientações para a organização do ambiente alfabetizador, no âmbito do ensino da leitura e escrita em Cabo Verde

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Page 1: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

1.1. A estrutura e organização dos manuais:

Os temas

Os temas do manual são os diferentes

campos semânticos a volta dos quais se pode

organizar os fenómenos que emergem da vida

quotidiana ou académica: Alimentação, vestuário,

transporte, comunicações, profissões, sala de

aulas e família…

Porque a vida quotidiana? Sendo uma das

funções da língua, permitir a comunicação no

quotidiano, os alunos devem ser treinados e

aprender como “chamar e/ou se referir ao mundo

em que vivem”.

Porque temas da vida académica?

A língua portuguesa tem finalidades académicas

imediatas. Sendo uma das línguas oficiais, a avaliação

decorre no âmbito da mesma e, por isso, o aluno precisa

aprender a restituir e a pensar também nessa língua. Neste

sentido tentou –se organizar um material didáctico que

conseguisse congregar a psicologia, a sociologia dos

modos de vida e a analise de conteúdos académicos.

Por um lado, o sincretismo infantil que relaciona todos os elementos de um mesmo campo

temático, independente da sua característica fonético-fonológica.

Por outro, a necessidade de se assegurar o sucesso na vida académica, tratando as mesmas matérias

das demais áreas de estudo para a aprendizagem da língua oral e escrita. Por fim, uma analise

fenomenológica dos modos e circunstancias de vida de maneira a contemplar o próximo (sala,

escola, família, vestuário e alimentação) e o comunitário*-transportes, comunicações, profissões,

etc.

Page 2: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Existe uma correspondência entre os diferentes manuais do primeiro ano de maneira a

permitir a integração horizontal a bem do sucesso da aprendizagem e eficácia na gestão do

tempo e dos recursos matérias.

Sendo assim, o professor tem várias opções de entrada na jornada de aulas:

Entrada pelas expressões, entrada pela exploração do meio, entrada pelo manual de

matemática, língua ou ciências (vide planificação por temas).

Sala de aulas

em 3

perspectivas

Ciencias Integradas

(conhecimento do

meio)

Lingua portuguesa

(compreensao do

alfabeto)

Matematica

(conjuntos e

categorias)

Personagens

A tartaruga encontra-se em todos os

manuais. Representa o meio natural

de Cabo Verde e constitui

hiperligação para a educação

ambiental. Apresenta as consignas

e guia a aprendizagem visual tanto

no desenvolvimento do raciocínio

Page 3: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

logico matemático, conhecimento no meio, desenvolvimento da linguagem em estreita

comunhão com o meio.

A realidade social:

Fazendo uma leitura atenta

dos modos de vida actuais

fomos impelidos a

contemplar personagens que

emergem do tecido

sociológica caboverdiano

actual:

O Walter, filho de mãe

solteira, cuida de um par de

gémeos, seus irmãos

queridos que defende com

uma ferocidade leonina.

Muito enérgico e traquinas,

tem uma fidelidade pelos

amigos Paulo e Ana e não

faz nada sem eles

.

A Ana, uma menina muito carinhosa e atenta aos dois amiguinhos do sexo

masculino. Vive com a sua avó, estuda o segundo ano de

escolaridade mas os seus melhores amigos são o Paulo e o

Walter, do primeiro ano.

O Paulo, um bom rapaz, centrado, amigo e vizinho do

Walter. Sabe que o Walter se mete em sarilhos mas nunca o

abandona. Pertence a uma família numerosa.

Page 4: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Personagens de todas as ilhas: procura-se, na

medida do possível, dar visibilidade a todas as

ilhas, ainda na pequena infância. A criança

caboverdiana deve ter consciência da

diversidade nacional, principal riqueza destes

dez grãozinhos de terra. O Manual do 1º e 2º

ano de escolaridade fazem um conjunto

inseparável. As personagens que acompanham

as crianças desde o primeiro ate ao segundo ano,

incorporam as necessidades nacionais ao nível

da educação ambiental, inclusão das

Necessidades educativas especiais, a

diversidade paisagística, humana e linguística

do pais, a relação entre a pequena infância e

a terceira idade, etc.

A Mónica é surda e vive na ilha da Boa Vista; Da Brava, o Edmilson Fogo, a Sofia de

São Vicente, a Vânia, De Santo Antão, o Dércio escreveu: – nô krê kunsê otus amigx inda ês

ône; De São Nicolau, a Ludmila mandou um postal com a imagem de um dragoeiro dizendo:

– Vamos proteger o ambiente! De Santiago, o Paulo, Maio, a Soraia. A ilha de Santa Luzia

aparece pelo Walter, tendo passado as férias num acampamento na ilha deserta, trouxe

fotografias das espécies protegidas para fazer uma exposição na escola.

2. A avaliação na pedagogia da integração

As competências de base e patamares do programa estão associados a uma família de

situações ligadas ao conjunto das aprendizagens do quadro de recurso ligado a cada patamar.

Tais situações testemunham a funcionalidade dos saberes e prestam-se para a avaliação de

orientação (diagnóstico), avaliação de regulação (formativa) e certificação (sumativa).

No primeiro ano de escolaridade a avaliação deve ser diagnóstica e de regulação. A

certificativa entra a partir do segundo ano de escolaridade.

Isso significa que em vez de avaliar o aluno apenas através de um conjunto de itens

isolados, ele deverá ser avaliado através de uma ou duas situações complexas referentes às

competências e patamares a desenvolver. O aluno será competente se puder resolver essas

situações complexas.

a. Critérios de avaliação

A pedagogia da integração tem como finalidade ajudar cada aluno individualmente,

dando-lhe a possibilidade de melhorar. Deste modo, o professor deverá mudar as suas práticas

de avaliação orientando-a por critérios objectivos que garantam a utilidade social dos saberes,

Page 5: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

o domínio dos saberes académicos, coerência e bom senso do aluno bem como algum nível de

aperfeiçoamento.

Um critério é uma qualidade que se espera de uma determinada produção, de uma

realização e que deve ser respeitada. Para se pronunciar sobre o domínio de uma competência

são definidos critérios mínimos e de aperfeiçoamento. Os critérios mínimos são básicos e

servem para a certificar o êxito ou o fracasso do/a aluno/a, enquanto os critérios de

aperfeiçoamento são os que servem para ressaltar o nível de desempenho de cada aluno/a.

Geralmente, a definição de 2 ou 3 critérios mínimos e 1 de aperfeiçoamento constitui uma

norma aceitável. O programa apresenta os critérios de mínimos e de aperfeiçoamento a

utilizar na correcção das provas dos/as alunos/as.

b. Indicadores

Os indicadores são indícios que permitem operacionalizar os critérios de correcção e

verificar se o critério foi ou não atingido. São específicos a cada situação e permitem avaliar a

produção do/a aluno/a de forma objetiva.

A correcção da prova em termos de integração deverá permitir identificar os erros e as

dificuldades dos alunos e das alunas. Na sequência deste diagnóstico, o professor ou a

professora deverá fazer a remediação.

2.1. O caso específico da iniciação à leitura e escrita.

A avaliação é uma etapa essencial na construção das aprendizagens da oralidade,

leitura e escrita em Língua Portuguesa, através da explicitação de critérios que indicam ao

aluno o que vai ser avaliado, de modo a orientá-lo na sua aprendizagem. Para isso, o professor

avalia para orientar as aprendizagens, avalia para regular e reorientar o processo e, no fim,

avalia para certificar. No processo de aprendizagem de escrita os alunos fazem as suas

próprias hipóteses em níveis diferenciados pelo que o professor deve diferenciar, também, os

instrumentos de modo a evidenciar a real situação de aprendizagem em que o aluno se

encontra.

Page 6: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Neste sentido, os alunos podem ser diferenciados, de acordo com as suas produções

escritas nos seguintes níveis: pré-silábicos 1 e 2, silábicos 1 e 2, silábico-alfabéticos e

alfabéticos1. Nos níveis pós alfabéticos, destacam-se os ortográficos 1 e 2 (com elementos de

coerência e coesão).

Na perspectiva da abordagem por competência, na disciplina de Língua Portuguesa, há

três critérios mínimos e um critério de aperfeiçoamento a considerar.

Critério nº um - (C1) – Adequação da produção ao suporte, isto é, o que o aluno vai

produzir tem de estar relacionado com o suporte apresentado;

Critério nº dois - (C2) – Correcção da língua: este critério está relacionado com a

sintaxe, ortografia e escolha de vocabulário (frases com sentido, concordância entre

grupo nominal e grupo verbal, …);

Critério nº três - (C3) – Coerência semântica (coerência interna) -ver a sequência

lógica do pensamento e o uso de articuladores de discurso entre as frases.

Critério de aperfeiçoamento – Originalidade, criatividade, estética, volume da

produção (número de linhas, caligrafia, uso de conectores, etc.).

No caso dos alunos que, pela avaliação, apresentarem produções dos níveis pré

alfabéticos (pré-silábicos e silábicos), recebem a pontuação em termos de pertinência, se

tentarem produzir aquilo que foi pedido, ainda que numa hipótese não convencional. De

contrário, se não fizer nada, tem zero, em termos de pertinência. Em termos de coerência, há

que analisar com cuidado as produções. Na entrevista, aluno pode conseguir demonstrar que

fez uma produção coerente, dentro do significado daquilo que foi pedido. É o caso de um

aluno pré silábico 1 que desenha mobiliários no âmbito de um diagnóstico sobre o contexto

sala de aula. Outro exemplo pode ser o caso dos alunos que escrevem na hipótese silábica.

**

1

1 Consultar o item Orientações pedagógico-didácticas do programa - Língua Portuguesa 1º e

2º ano de escolaridade -Versão para o ano Lectivo 2012/2013 - da Unidade de

Desenvolvimento Curricular: As autoras

Maria Helena Pereira Furtado

Emanuela Lopes Tavares

Orientação Filomeno Ortet/Dulce Soares Reformulação após experimentação Maria Helena Pereira Furtado Eleutério Afonso Moreira - Setembro de 2012

Page 7: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Embora não tenham ainda o domínio das ferramentas da disciplina, a sua produção tem

coerência.

Os alunos que são capazes de produzir numa dessas hipóteses e não fazem nada

dizendo que não sabem, recebem zero nos critérios acima referidos porque, na linha da

abordagem por competências, o erro é considerado etapa na tentativa da resolução do

problema. Aquele que sempre tenta, facilita o trabalho de remediação e demonstra interesse,

por isso merece ser diferenciado positivamente.

Os que produzem na hipótese silábico-alfabética têm deficit no critério nº 2-

ferramentas da disciplina equiparável ao erro ortográfico num aluno alfabético e

ortográfico.

Todos devem passar por processos de remediação diferenciada dentro dos níveis em

que se encontram, no sentido de darem mais um passo.

Considera-se que um(a) aluno(a) é competente, quando atinge, pelo menos dois terços

(2/3), em cada critério mínimo pré-estabelecido: 2/3 em pertinência, 2/3 em coerência e 2/3

em termos de ferramentas da disciplina.

Para além dos três critérios mínimos, o(a) professor(a) deverá ter ainda em conta o

critério de aperfeiçoamento, ou seja, a boa apresentação do teste, a originalidade, o

tamanho/extensão e a qualidade da produção que deve merecer a atenção e o reconhecimento

do(a) professor(a). Vejamos como é distribuída a pontuação por cada critério:

Critério 1 Critério 2 Critério 3 Critério de aperfeiçoamento

4 Pontos 10 Pontos 4 Pontos 2 Pontos

Após a aplicação e a correcção das situações de integração o(a) professor(a) deverá

proceder à remediação das dificuldades manifestadas pelos (as) alunos (as) na língua. Esta

remediação deverá decorrer durante uma semana, ao fim da qual será aplicado um novo teste

a esses (as) alunos (as) de forma a verificar se a remediação teve efeitos positivos ou não.

2.1.1. Referência de indicadores para a diferenciação na avaliação de orientação de

regulação.

Alunos que escrevem na

hipótese Pré-silábica

Alunos que escrevem na

hipótese Silábica

Alunos que escrevem nas

hipóteses Silábico-alfabética e

alfabética

Prova oral Prova oral Prova oral

-Léxico relativo aos

diferentes temas

académicos e da vida

-Léxico relativo aos

diferentes temas

académicos e da vida

-Léxico relativo aos diferentes

temas académicos e da vida

quotidiana;

Page 8: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

quotidiana (palavras e

frases dentro dos temas

académicos e do

quotidiano comunitário-

actos de fala);

quotidiana;

-Recitação do Alfabeto

latino.

-Alfabeto latino;

-Alfabeto latino;

-léxico relativo aos

diferentes temas

académicos e da vida

quotidiana;

- Posições relativas e

lateralidade (entre, antes,

em cima, em baixo…);

- Posições relativas e lateralidade

(entre, antes, em cima, em

baixo…);

-ordenação e

sequenciamento;

-ordenação e sequenciamento;

- Seriação e retenção de

quantidades;

Alunos que escrevem na

hipótese Pré-silábica

Alunos que escrevem na

hipótese Silábica

Alunos que escrevem nas

hipóteses Silábico-alfabética e

alfabética

Ditado Ditado Ditado

Palavras e frases* dentro

dos temas académicos e

do quotidiano

comunitário.

*a frase é facultativa

Palavras e frases dentro

dos temas académicos e do

quotidiano comunitário.

Palavras e frases dentro dos temas

académicos e do quotidiano

comunitário.

-Uma frase usando as

palavras escritas.

-Pelo menos, três frases diferentes

envolvendo uma pergunta, uma

exclamação e uma indicação.

Alunos que escrevem na

hipótese Pré-silábica

Alunos que escrevem na

hipótese Silábica

Alunos que escrevem nas

hipóteses Silábico-alfabética e

alfabética

Caligrafia Caligrafia Caligrafia

Formas parecidas com

letras e algarismos;

Formas parecidas com

letras e algarismos;

Formas parecidas com letras e

algarismos;

-Letras do alfabeto latino. -Letras do alfabeto latino. - Letras do alfabeto latino

Page 9: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

-Maiúsculas e minúsculas no

nome pessoal e do colega; -ligação entre as letras; -ligação entre as letras;

-Maiúsculas e minúsculas e

nome próprio e do colega;

Nas frases em geral

*

*Ortografia

- Orientação correcta das letras;

-Acentuação e a pontuação

Alunos que escrevem na

hipótese Pré-silábica

Alunos que escrevem na

hipótese Silábica

Alunos que escrevem nas

hipóteses Silábico-alfabética e

alfabética

Desenho-temas diversos Desenho-temas diversos Desenho-temas diversos

Não é para ser

classificado, pois, não

constitui um fim em si. É

um meio de expressão e

desenvolvimento.

Não é para ser classificado,

pois, não constitui um fim

em si. É um meio de

expressão e

desenvolvimento.

Não é para ser classificado, pois,

não constitui um fim em si. É um

meio de expressão e

desenvolvimento.

Leitura Leitura Leitura

Leitura de imagens

Leitura alfabética com ajuda de

imagens

Interpretação guiada

Leitura alfabética com

ajuda de imagens

Interpretação guiada

Interpretação autónoma

Escrita Escrita Produção escrita

Alunos que escrevem na

hipótese Pré-silábica

Alunos que escrevem na

hipótese Silábica

Alunos que escrevem nas

hipóteses Silábico-alfabética e

alfabética

- Cópia (nome pessoal e

do colega, legendas, etc.)

-Correspondência do

alfabeto impresso e

manuscrito.

-Correspondência do

alfabeto impresso e

manuscrito;

- Distância entre as

palavras na frase;

- Pontuação.

Com autonomia, no âmbito dos

diferentes temas, nos parâmetros

dos patamares e competências de

base.

- Distância entre as palavras na

frase;

- Pontuação.

- Ortografia

- Coerência semântica

Page 10: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

c. A remediação

A remediação é uma etapa importante da pedagogia da integração. Ela permite ao

aluno voltar àquilo que não compreendeu e adquirir as competências que não adquiriu.

Estabelece-se a partir de um diagnóstico que o professor realiza face aos resultados da

avaliação. Pode-se efectuar, coletivamente, se o professor ou a professora detectar lacunas

comuns a uma maioria de alunos; em pequenos grupos, se o docente notar que alguns alunos

têm dificuldades similares; individualmente, se o professor tiver a possibilidade de pôr cada

aluno a trabalhar em separado.

A remediação acontece predominantemente no âmbito das ferramentas da disciplina

e coerência, em consequência de uma actividade de avaliação e termina noutra atividade de

avaliação que pode ocorrer num âmbito ordinário (juntamente com todos os outros) ou

extraordinário (somente para um ou alguns, em virtude de um trabalho de remediação

específico).

Pode acontecer que o professor sinta a necessidade de orientar o aluno no sentido deste

fazer o que é pedido (critério de pertinência) porque há alunos que, por desleixo, preguiça e

outros motivos, raras vezes cumpre as tarefas na forma e na hora em que é solicitado,

acabando o professor por não conhecer os erros e as dificuldades disciplinares desse aluno,

ficando sem saber exactamente o que é que o aluno sabe e o que é que ele ainda não sabe. Por

outro lado, outros há que respondem fora do que foi pedido divagando ou dando respostas

genéricas sem mostrar, de facto, se não sabe ou se não percebeu a tarefa. Uma forma de

remediação neste caso, seria ensinar o aluno a ler a instrução, compreendê-la e a cingir a sua

resposta àquilo que foi pedido.

A tabela seguinte mostra um caso hipotético, a título de exemplo

Quando fazer uma remediação?

Avaliação

diagnóstica e

de orientação

Instalação das

ferramentas

da disciplina

Avaliação de

regulação

Remediação Avaliação de

regulação ordinária

ou extraordinária

Data X De data X a

data Y

Data Y1 De data Y1 a Y 7 Data Y8

Oral Domínio

mínimo

Não precisa

Leitura

Abc Dom.parcial X X

Nºs D.mínimo Não precisa

Page 11: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Frases Dom.parcial X X

Texto Não avaliado -------- ------

Prod. escrita

Caligrafia dom.parcial X X

Ortografia Dom.parcial X X

Texto Não avaliado ----------- --------

Nos aspectos que não foram avaliados, ou cujo resultado da avaliação seja domínio

mínimo2, o aluno não vai sofrer remediação. Só será objecto de remediação nos aspectos cujo

resultado da avaliação de orientação tenha sido domínio parcial.

A Remediação pode ser realizada sob várias formatos e

modalidades

Depois da aplicação dos testes, deve ocorrer uma remediação porque o professor deve passar para o

tema seguinte. São quatro as modalidades de remediação que poderão ser realizadas depois da

correcção das provas:

Centrada no erro mais frequente e dirigida ao grupo –turma na sua totalidade

Remediação por feedback

Remediação diferenciada por grupos de necessidades

Remediação diferenciada individualizada

Remediação Centrada no erro mais frequente e dirigida ao grupo –turma na sua totalidade

Nesta modalidade de remediação o professor identifica o erro mais comum dado pelo colectivo dos

alunos e faz as remediações. É conveniente que o professor procure separar os erros em termos de

coerência, pertinência ou ferramenta da disciplina. Erros do na área da pertinência têm a ver com

casos em que os alunos não fazem nada ou respondem algo completamente fora do âmbito daquilo

que foi pedido. Nesta fase, muitos alunos não consegue trabalhar sozinhos ou apresentam um ritmo

muito baixo de produção acabando por consumir todo o tempo sem que respondam a algo que até já

sabem. Nesses casos o professor deve procurar complementar a sua recolha de informações com

2 Domínio parcial é quando aluno não atingiu os dois terços na classificação dentro do critério em questão.

Domínio mínimo é quando o aluno tenha atingido pelo menos dois terços do critério avaliado.

Page 12: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

testes orais para apurar o grau se é um caso de falta de ferramentas da disciplina ou se é um caso de

atraso de desenvolvimento do saber ser aluno (trabalhar rapidamente, sem brincar).

Remediação por feed-back

Esta modalidade de remediação centra-se na capacidade de autonomia dos alunos. Ela deve ocorrer

numa circunstância em que os alunos podem trabalhar com relativa autonomia. Decorrência de uma

correcção apresentada pelo professor ou uma auto-correcção em que os alunos encontram a boa

resposta correcta a partir de uma chave dada pelo professor.

Remediação diferenciada por grupos de necessidades

Nesta modalidade de remediação o professor agrupa os alunos consoante dificuldade.

Normalmente os pré silábicos têm as mesmas dificuldades, os silábicos as mesmas dificuldades, os

silábico alfabéticos, também. Já os alfabéticos podem apresentar mais diferenciados mais voltados

para a complexidade da própria língua (dificuldades dependendo das tipologias de erros ortográficos

e morfossintácticos). Ver as fichas de registo das tipologias de erros.

Para cada grupo, identifica-se dois ou três erros mais frequentes (para além dos que foram

trabalhados no nível 2) e propor para cada erro, alguns exercícios ou actividades de remediação para

trabalhar em grupo.

Remediação diferenciada individualizada

Esta modalidade de remediação consiste em dispensar a cada aluno uma atenção diferente de

acordo com as dificuldades que demonstrou.

3. Situações de oralidade e escrita à volta dos temas relativos ao conhecimento de si,

do próximo, do meio escolar e comunitário:

Tema comunicação e expressão na escola e na família

Contexto sala de aula

Page 13: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Escola

Família

Alimentação

Vestuário

Tema comunicação e expressão sobre o natal

Tema comunicação e expressão sobre a pátria

Tema comunicação e expressão sobre os transportes e comunicações.

Tema comunicação e expressão sobre as actividades económicas e profissões

Tema comunicação e expressão sobre o ambiente e seres vivos

3.1. Avaliação diagnóstica no início do ano/trimestre.

No início do ano, trimestre ou dos diferentes temas os professores devem testar os

alunos ao nível da oralidade e da escrita.

3.2. O teste da oralidade e conhecimento do meio

O teste de oralidade consiste em apresentar uma série de imagens referentes a um

determinado tema (consultar os exemplos 2.1.1):

As imagens servem para testar duas dimensões:

a) O vocabulário (o nome dos objectos, pessoas ou lugares apresentados na imagem)

O conhecimento de estruturas e expressões de comunicação dentro deste tema (acções

representadas na imagem; características e utilidade das coisas representadas na imagem, etc).

3.3. O teste das concepções de escrita

O teste consiste em mandar os alunos escreverem, à sua maneira, três ou quatro

palavras do mesmo campo semântico, tendo, respectivamente, quatro, três, duas e uma sílaba.

De seguida, dita-se uma frase utilizando algumas das palavras escritas.

Para abordar os diferentes temas dos programas, os professores colocam, por hábito,

material escrito na sala. Neste sentido, deve-se assegurar que, durante o diagnóstico, os alunos

não copiam as legendas em vez de mobilizar, de memória, os mecanismos necessários ao

processo de escrita das palavras dentro de cada tema. A tabela a seguir apresenta alguns

exemplos palavras e frases:

Page 14: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

3.4. Situações de diagnóstico, exploração e orientação.

Tema 1: comunicação e expressão na escola e na família

MATERIAL ESCOLAR:

LP LCV

Escreve, da maneira como sabes, o nome

dos materiais escolares que eu vou ditar:

N sa ta bem dita nomi di alguns material di skola.

Skrebi ses nomi, sima bu sabi

Palavra de 4 sílabas

Aparador (atenção à variante apara-lápis

que a criança ouve como sendo uma palavra

de cinco sílabas)

Apagador

Aparador

Apagador (atenção à variante criola pagador)

Palavra de 3 sílabas

Mochila

Muxila /bolsa di skola/fêtu

Palavra de 2 sílabas

Lápis

Lápis

Palavra de 1 sílabas

Giz

Jis

Critérios mínimos

Pertinência Ferramentas disciplinares Coerência Ap.

4,5 Pontos 9 Pontos 4,5 Pontos 2 Pontos

O aluno recebe

1,5 Pontos se tentar

representar, ainda que à sua

maneira, pelo menos 1 dos

objetos ditados pelo

professor.

Os alunos que desenharam, os

que escreveram formas

parecidas com letras e os que

escreveram na hipótese silábica,

não recebem pontuação

-----------------------

Recebe

3 Pontos se tentar representar,

ainda que com falta de letras ou

outros erros ortográficos, pelo

menos 2 dos objetos ditados

pelo professor.

Os alunos que

desenharam, os

objectos que

representam as

palavras

ditadas

recebem 1.5

pontos.

O aluno recebe

3 pontos se tentar

representar , ainda que à

sua maneira, pelo menos 3

dos objetos ditados pelo

Pontos se tentar representar,

ainda que com falta de letras ou

outros erros ortográficos, pelo

menos 2 dos objetos ditados

pelo professor e a frase, mesmo

Page 15: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

professor. que seja na

O aluno recebe

4,5 pontos se tentar

representar , ainda que à

sua maneira, pelo menos 3

objectos ditados pelo

professor e a frase.

Em casa

NA SALA

Imagem Palavra Ccv Frase

Telecomando (5 sílabas!)

Televisor,

Computador,

Estante, ,

cadeira

Banco,

Page 16: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

sofá

Flor, som

A Joana senta no sofá.

Alimentação e higiene

DOCES:

Gelatina Gelatina

Gelado Jeladu

Cuscuz Kuskus

mel Mel

Higiene

Sabonete Sabunete

Escova Skova (1 silaba)

Pente Pente/pentea

Gel Jel

Vestuário

Camisola

Camisa, Vestido, casaco Buluza (!!!)

Chapéu, Blusa

O professor pode escolher um destes temas para fazer o diagnóstico oral e escrito.

Page 17: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

4. Aplicação prática

4.1. Fase propedêutica.

4.2. Acolhimento, diagnóstico e pré escrita

A razão de ser da propedêutica é proporcionar a descoberta da escrita. Isto advém, do

facto de, muitos alunos chegarem ao primeiro ano de escolaridade na fase pré silábica,

pensando que a escrita representa a realidade visual. Assim, a fase propedêutica o aluno vai

ser confrontado com uma série de situações problemas lhe permitem concluir que o nosso

sistema de escrita tem mais a ver com a realidade sonora.

4.3. As metas da fase propedêutica.

A propedêutica está dividida em duas fases: Propedêutica I e II.3

Saber-fazer da propedêutica I:

Descobrir o uso das letras no

quotidiano;

Distinguir letras, algarismos e

imagens;

Desenhar letras, algarismos e

formas parecidas com letras e

algarismos, na linha horizontal, da

esquerda para a direita, de cima

para baixo.

3 Consultar o manual de Língua portuguesa 1º ano, Ed. Porto Editora, 2012, Eleutério Afonso e Maria Helena

Furtado.

Tenha calma. Controle a sua ansiedade, tudo vai correr bem. Não entre em

pânico e ocupe-se dos seus alunos. Eles precisam adquirir conceitos e noções,

aprender a usá-los por tentativas e erros sob a sua supervisão e orientação. Por

isso, fique atento aos seus gestos, perguntas e soluções para poder partir do

que eles já sabem e ensinar-lhes o que ainda não sabem.

Page 18: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Aprender

O que?

Para que? Porque? Saber ser Interdisciplinaridade

Porque muitos alunos chegam a

escola na fase de garatuja

circular e não intencional

Gerir o papel

com cuidado,

higiene,

clareza e

economia

Matemática:

Relações espaciais

Linhas abertas e

fechadas

Expressoe plasticas:

massa de cores e

digitinta, caribagem

simetrias

Letras e

formas

parecidas

com letras

Escrever na

linha

horizontal, da

esquerda para

a direita e de

cima para

baixo

Page 19: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Nesta página, fale com os alunos sobre as características das letras e sua utilidade para escrever os nomes das coisas Investiga quem conhece os diferentes animais e objectos da imagem Algumas crianças podem não conhecer o bebe dinossauro chamado Wombat

e o instrumento musical chamado xilofone

Saber-fazer da propedêutica II:

Descobrir o nome pessoal e do

colega de carteira;

Descobrir, no conjunto das

letras do alfabeto latino, as

letras do nome pessoal e do

colega, nas versões impressas

Page 20: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

e manuscritas;

Recitar o alfabeto;

Identificar, pelo menos, um

terço do alfabeto nas versões

impressas e manuscritas.

Ao professor:

Como fazer?

A sala é o espaço privilegiado da descoberta da escrita.

Para dar funcionalidade aos saberes adquiridos (as letras

do alfabeto e a forma ortográfica dos nomes) o aluno se

apresenta, escreve o seu nome e o nome do seu colega

de carteira em contexto de comunicação e na preparação

do dia de trabalho, (escrita da data e do nome pessoal no

caderno diário), com autonomia e sem perder temp.

Faça a legenda da turma

colocando nomes nos

mobiliários, portas e janelas, em

tipo impresso e manuscrito, em

tamanho bem visível para os

alunos (tamanho 150 do

processador de texto word)

Aproveita o início do ano para

dar um banho de escrita nos

alunos. Tudo pode ser escrito. Por

isso, escreve o nome de todas as

coisas existentes na sala

Page 21: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

…………………………………

Alguns exemplos de materiais que devem constar do ambiente da sala de aulas de maneira

a permitir aos alunos um conhecimento amplo sobre as possibilidades de se escrever o

real.

Legenda do mobiliário

Page 22: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

NB: Tenha paciencia com os alunos que demoram algum tempo para encontrar o seu nome no painel e marcar a sua presença. Controle a sua ansiedade de fazer os alunos acabarem logo “para poder começar a aula”. É típico os professores dizerem que isto toma demasiado tempo e acabam deorando para começar a aula. Ora essa! Esta é a fase em que a aula deve servir para se aprender a identificar e escrever o nome pessoal. (não se esqueça que o patamar da competência diz isso mesmo). Pode dar pequenas pitas de ajuda remetendo a criança para o painel dos nomes, a primeira letra do seu nome no painel das letras e com a ajuda da etiqueta com nomes (de mesa).

Sala de

aulas cheia

de material

escrito

Hábito de se marcar as presenças

diariamente e directamente na

folha de presenças, com nomes

soltos ao lado como forma de

ajuda

Page 23: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Calendário com peças móveis usando materiais de desperdício

Cartaz auxiliar de escrita sobre os meios de transportes (patamar 2

Lista de presenças em

cartolina onde, em vez de

escrever, os alunos

colocam um “p” móvel

Page 24: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Nomes de localidades dentro de uma cidade. As crianças podem escrever diariamente o meu nome e “fulano e moro em…

Cartaz auxiliar para o tea comunicando e expressando na escola e na familia: aspartes de uma casa (forma detalhada)

Cartaz auxiliar com extrutruras e expressoes quotidianas dentro do patamar 1

Page 25: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Cartaz auxiliar de escrita para os combinados da turma (regulamento da turma)

Cartaz auxiliar para o tema vestuário

Todos os objectos da sala podem ser (escritos)

Page 26: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Cartaz auxiliar para aprendizagem dos algarismos com ilustrações

Calendário com peças móveis que os alunos usam todos os dias

Page 27: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Outro exemplo de cartaz auxiliar para a aprendizagem da escrita sobre os transportes

Cartaz sobre a escrita dos meses e seus dias

Page 28: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Lista de palavras sobre o espaço sala

Cartaz dos números ordinais

Page 29: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

legendas diversas sobre a sala

Page 30: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

O espaço sala de aulas pode ser legendado em diversos cantinhos com funcionalidades específicas que serao escritos

Page 31: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Mapa de tarefas e mapa de números

Painel dos nomes por sexo

Page 32: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Etiqueta com o nome dos alunos

Legenda das partes de uma casa (forma simples

Ao lado das actividades de descoberta da escrita, ponha os alunos a fazer actividades

de pré caligrafia-exercícios sinestésicos, grafismos, modelagens de letras e figuras e demais

actividades de desenvolvimento da motricidade fina.

Não espere que os alunos memorizem todo o alfabeto para começarem a ler e a

escrever. A propedêutica estabelece como meta, pelo menos dois terços do alfabeto adquirido

mas a aprendizagem se dá pelo uso. Neste sentido, deve levar os alunos a resolverem

situações problemas de escrita, adaptadas ao seu nível psicogenético de escrita. As situações

estão no manual do aluno, neste guia e outras podem ser criadas por si. Para conhecer o nível

de hipótese de escrita, faça o teste de quatro palavras e uma frase.

Para a realização do teste sugere-se a aplicação de um dos testes referidos no

ponto

2.1.1.

Page 33: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Algumas sugestões que ajudam o professor a pensar o “Como começar”.

Faça os alunos descobrirem a escrita na realidade quotidiana:

Aqui começa a “propedêutica da leitura”.

Apos a legendagem da turma, os alunos devem explorar tudo,

Descobrir tudo o que se encontra escritio na sala. tentar reporduzir os nomes usando letras moveis impressas e manuscritas.

Localizar o nome próprio e dos colegas na folha de presenças

Page 34: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Receber pequenas frases e tentar localizar as suas palavras na sala

Formar frases usando os nomes dos colegas. Exemplo: O Joel apagou o quadro. De seguida, localizar estas palavras na sala, monta-las com letras moveis impressas e manuscritas. Ditar frases pareccidas ao professor e localizar essas palavras na sala. Encontrar as letras utilizadas no painel do ABC; recitando sempre o ABC

O trabalho descoberta da escrita deve ser intenso e activo. Os alunos devem trabalhar com muitos materiais concretos e resolver pequenas situacoes problemas: Dar uma ordem ou fazer um pedido ao colega e ditar ao professor a frase que indica o que aconteceu. De seguida, montar com letras moveis.

Page 35: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Apresente todas as

letras do alfabeto, usando um

painel de letras ilustrado;

Faça a correspondência entre os tipos impressos, maiúsculas e minúsculas e escreve algumas

palavras usando cada um dos tipos;

Pergunte aos alunos sobre o uso dessas letras nas palavras da sala;

Faça os alunos reapresentarem as letras que

descobriram;

Faça os alunos descobrirem as letras no seu conjunto

de letras móveis;

Page 36: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Crie nos alunos o apetite de ler tudo o

que encontram;

Faça os alunos montarem as palavras da

turma com letras móveis impressas e

manuscritas

Convide os alunos a tentarem escrever no

caderno, com letras manuscritas, as

palavras que montaram;

Faça-lhes saberem que fazemos

grafismos para que as letras fiquem mais

bonitas

.

Nos escritos das embalagens, na rua, nos materiais escolares, enfim crie neles o apetite para

diferenciar mensagens expressas por números, letras, imagens e todas elas ao mesmo tempo;

O manual ajuda nesse sentido. Peca que abram manual e observem as diferentes imagens.

Pergunte onde costuma ver algumas dessas imagens

Page 37: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Pergunte para que servem, qual e a cor, o nome e utilidade.

Identifique, com eles, onde temos uma mensagem só com imagem. Pensem, em conjunto, o

que significam essas mensagens;

Descubra, com os alunos, onde temos uma mensagem com imagem e escrita;

Proceda do mesmo modo para o caso de mensagem que envolve números e letras (preço dos

produtos, matrícula dos carros);

Pergunte se acham que todos os carros possuem a mesma matrícula;

Explique que os carros precisam ter matrículas diferentes porque só pela marca não seria

possível saber qual viatura pertence a quem. Um exemplo: Se um dia um policial precisar dar

uma multa, ele precisa colocar, no papel da multa, a matrícula do carro porque a multa não vai

ser paga na hora. Assim, se o dono não pagar a multa, o policial pode identificar o carro outro

dia e obrigar o dono a pagar ou então prender carro.

Algumas indicações didácticas específicas

imagem Caracteristicas Indicacoes didaticas

Letras e

números

Localização:

nas ruas

Indica Paragem só para táxis

Só podem estacionar 12 Táxis

Faça os alunos constatarem o número 12, escreva o no

quadro e pesa para descobrirem o numero dose em outros

materiais da sala como por exemplo no calendário, relógio

e lista de presença

Tratando se de um sinal de trânsito, aproveite para falar

com os alunos sobre o sinal de trânsito, o que indicam e

sua importância para a nossa segurança nas ruas das

cidades

Imagem Características Indicações didácticas

Mensagem com

letras e imagem

Lugar onde é proibida a entrada de animais. Explique aos

alunos que muitas pessoas costumam levar cachorro e

gato para muitos lugares que nem sempre é permitido.

Diga-lhes que isso costuma ser proibido como por

exemplo em hospitais e jardim-de-infância porque

animais podem causar alergia ou trazer doenças às

crianças.

Faça os alunos constatarem letras por baixo e a imagem

com um traço por cima. Se algum aluno quiser pode

mostrar algumas dessas letras no painel ou outro suporte

na sala.

Page 38: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Educação cívica

A mensagem diz que os deficientes e gravidas devem ter

prioridade neste lugar (pode ser numa fila para tomar

transporte, numa escola, num hospital…

\imagem características Indicações didáticas

Mensagem

com letras e

imagem

Indica que não se pode fumar no lugar onde se encontra

colocado. Podemos encontrar este sinal em hospitais,

escolas, transportes públicos, bombas de combustível, etc.

Fale com os alunos sobre a razão de se proibir tanto o

cigarro (doença, o fenómeno fumador passivo, o risco de

incêndio, etc.)

imagem caracteristicas Indicacoes didaticas

Mensagem só

com letras

Leia a mensagem para os alunos

Diga-lhes que a mensagem se encontra numa

das variedades da língua cabo-verdiana e

ensine que temos pelo menos duas línguas nos

pais. Se houver alunos na sala que tenham

outra língua (wolof, francês, inglês, faca

menção a isso e diga que a diversidade

linguística e muito importante

imagem caracteristicas Indicacoes didaticas

Mensagem

com letras e

números

Leia a mensagem para os alunos

Diga que se trata de uma mensagem tirada numa loja e que estava

colada numa bolsa.

Pergunte aos alunos o que significa antes 1500 e agora 800$

Resposta adequada (o preço baixou)

Aproveita para alertar aos alunos que usamos escrita para

convidar as pessoas a fazerem coisas, deixar recado, aviso sobre

um perigo ou uma publicidade

imagem caracteristicas Indicacoes didaticas

Mensagem

com letras e

números

Matrícula de um carro

Explica aos alunos que, se houver um acidente e o

condutor fugir, devemos olhar para esta chapa. Não só

pela cor ou marca do carro. Faça os alunos descobrirem

os números que se encontram na chapa e nas chapas dos

caros da localidade.

Descoberta do

manual, ícones,

personagens

Todos os manuais do 1º ano trazem uma tartaruga como instrutor. Na

abordagem por competências, os alunos recebem situações complexas

que, de entre outras características, traz uma ou mais instruções. As

instruções para as situações de aprendizagem, nos manuais do primeiro

Page 39: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

e segundo ano, são dados por uma tartaruga. Fale as crianças da

tartaruga e do risco que correm, pergunte sobre outros animais da fauna

local. Conte a história das personagens do manual LP1 e 2 e apresente

as suas características.

Situações problema onde somos obrigados a pensar a escrita e tentar escrever na nossa hipótese

ou…procurar na sala, uma estratégia para resolver o problema

Faca o jogo frik frak numa tabuleta a

parte. Ensine os alunos a jogar

O objectivo e leva-los a uma situação

problema na qual precisam usar o nome

dos colegas para registar quem ganhou e

quem perdeu

Escrever como sabem

Nesta actividade, uma vez mais, os alunos são convidados a escrever sem que

necessariamente o saibam fazer de

maneira convencional. A finalidade

e levá-los a pensar sobre a escrita e

deitarem para fora as suas

concepções, medos e reticencias. A

abordagem por competência vai

ensina-los a aprender por tentativas e

erros a o primeiro critério e o da

pertinência em que são convidados a

fazerem o que foi pedido. Podem

escrever na hipótese pré-silábica,

silábica ou silábico-alfabético. Não

importa (ver psicogénese da linguagem escrita). O professor vai ver o seu erro como tentativa

(ver as competências do professor em APC. Para os alunos que escreverem foram do

convencional, o professor mostra que se escreve com letras, e entrega-lhes a palavra correcta

para identificarem as letras no painel, impresso e manuscrito

Page 40: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Primeiras épocas/semanas de integração:

No primeiro ano de escolaridade, as primeiras épocas semanas de integração devem acontecer no

final da propedêutica 2, cerca de um mês e meio após o início das aulas. Naturalmente que não será

uma semana de integração no sentido adulto do termo, nem integração na perspectiva de alunos

alfabetizados, que deve ocorrer no segundo ano. Será uma época de integração parcial onde se fará

uma semana de orientação em que se averigua os seguintes saberes:

NB: Esses saberes-fazer não seriam propriamente situações de integração para alunos que já automatizaram a leitura (alunos que dois de serem alfabéticos já adquiriram alguma experiência de trabalho autónomo com a escrita) mas, são, pelo menos, situações parciais de integração em Outubro, em que vários alunos não distinguem escrita de desenho, e não estão habituados a trabalhar sozinhos. Por outro lado, sendo a escrita, uma actividade altamente analítica, é sabido que no início, para escrever uma palavra, os alunos mobilizam várias capacidades designadamente, a consciência fonológica (vão dizendo a palavra fonema por fonema) para poder escrevê-la. Neste sentido, os seus alunos estarão mobilizando várias capacidades como a memória, a expressão, a preensão punção e progressão para resolver um simples problema de escrita do nome pessoal para identificar a sua própria prova: mobilizar várias capacidades, vários conteúdos (letras, espaçamento, organização gráfica da escrita…cumprir uma tarefa sozinho) -logo, situação (parcial) de integração.

Saber ser: Saber fazer linguístico

Noções e conceitos (saber fazer cognitivo)

Saber fazer gestual

Em que medida os alunos já interiorizaram o saber ser aluno? (sentar numa carteira por tempo superior a 40 minutos, identificar os materiais escolares, usar o material riscador num caderno, da esquerda para a direita; desenhar, fazer letras e formas parecidas com letras, copiar coisas no quadro num ritmo minimamente aceitável); tentar cumprir as tarefas sem birra,

Identificar e nomear algumas letras do alfabeto (no painel do ABC) Diferenciar figuras e letras Identificar alguns algarismos (nos dias do mês marcados no calendário, na lista de presenças e no relógio)

Escrever a data e se preparar para um dia de trabalho Copiar pelo menos uma frase no quadro sem chamar o professor Identificar as fronteiras gráficas de uma palavra Reconhecer o início de uma frase (letra maiúscula) Reconhecer o nome próprio, Diferenciar o nome pessoal e o nome do colega Formular uma frase para se apresentar Copiar uma frase para se apresentar

Sem

ana

Sem

ana

Sem

ana

Sem

ana

Sem

ana/

sem

ana

Avaliação de regulação e

Aprendizagem da integração

Remediação

Avaliação de

orientação

Condução das aprendizagens pontuais por metodologias diversas (de

preferência por via das metodologias activas e situações-problemas)

Propedêutica 1 e 2

Semana de integração tema 1

Page 41: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Os saberes e noções a adquirir são o “ABC” no

painel das letras, o nome pessoal e o nome do

colega no painel dos nomes!

Page 42: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

5. Avaliação de regulação

Uso da lista de presenças

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se _______________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

Alternativa A

1. Consulta a lista de presenças e completa com as palavras adequadas

Aluno, porta, sala, fazer,

a) Nenhum ____________faltou hoje.

b) O _________________faltou hoje.

c) A _________________faltou hoje.

2. Escreve as seguintes nomes que o professor vai ditar: São nomes e pessoas da sala de

aula. Se não sabes, copia na sala:

Espaço sala Nomes de colegas (pelo menos um)

3. Inventa uma frase em que usas pelo menos uma palavra da sala. Dita ao professor para

que ele o escreva no quadro. Copia a frase para a prova.

____________________________________________________________

____________________________________________________________

Page 43: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Alternativa B

Eu sou____________________________

O nome d__ m _________colega é ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1. Consulta a lista de presenças e preenche:

a) O _________________faltou hoje.

b) A _________________faltou hoje.

2. Liga as imagens aos seus nomes:

gis

aluna

Carteira Porta

janela casa

apagador

telhado

gis quadro

Chão caneta

Page 44: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Teste alternativo C

Uso da lista de presenças

Chamo-me ____________________________

_________ colega de carteira chama-se

________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

2-No dia ________________ de ___________________o _____________________faltou as aulas.

1. Escreve o nome dos objectos:

Usa estas palavras, se precisares:

Sala, balde, carteira, gis, quadro, aluno, apagador

2. Completa a frase com as palavras adequadas: aluno, caderno, porta, quadro

O escreve no

Page 45: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Alternativa D

Uso da lista de presenças

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se

________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

3. escreve em manuscrito

carteira gis aluna quadro

A C G J M P

b ç e f h i k l

D I L N P

b f h k m o q

Page 46: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Alternativa E

Uso da lista de presenças

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1-completa o painel do alfabeto

A C G J M P

b ç e f h i k l

D I L N P b f h k m o q

r t v y z

s

T u x

w 2-completa

carteira gis aluna quadro

carteira __l__n__ __ua__ro

Page 47: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Alternativa F

Uso da lista de presenças

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1-completa o painel do alfabeto

A C G J M P

b ç e f h i k l

D I L N P

b f h k m o q

Page 48: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

2-Observa as imagens e escuta o diálogo:

O encontro entre a Ana e o Paulo

Escreve a pergunta de acordo com a imagem:

Eu sou

a Katia

_________________

_________________

________________?

Eu sou a Ana.

Com te chamas?

Lembre-se:

eu sou…

Chamo –me…

como é o teu

nome?

Bom dia, Como te

chamas?

Page 49: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Teste de avaliação- 1º/2º ano de escolaridade

Língua Portuguesa

Final da fase propedêutica

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1. Pinta as letras manuscritas que formam o teu nome

2. Copia 5 vezes a letra a manuscrita:

3. Copia 5 vezes a letra g .

Page 50: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Var. B

O MEU NOME É____________________________

O MEU COLEGA DE CARTEIRA CHAMA-SE ________________________

MORO ________________________________________________

NASCI NO DIA ___________________________________________

1-ESCREVE AS CORRESPONDENTES MANUSCRITAS

3-Pinta os objectos que estão em baixo da mesa

4-Forma conjuntos das letras iguais

Page 51: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

5-Escreve o algarismo que vem antes e o que vem depois

3

ou 6- Completa

1 3 5

um dois Quatro

7-Pinta o gato que se encontra entre os cães:

Page 52: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

5.1. Tema 1- Comunicação e expressão na escola e na família

Contexto sala de aulas

Oralidade Escrita

Leitura Escrita

Patamar 1:

O (a) aluno(a)

produz, pelo menos,

três frases referentes

ao estabelecimento

de relações sociais e

expressão de

sentimentos.

Patamar 1 :

O (a) aluno(a) lê, pelo menos,

quatro frases escritas,

utilizando o seu nome ou o

nome de um(a) colega e léxico

relativo ao contexto

escolar/familiar para a

expressão de sentimentos e

estabelecimento de relações

sociais.

Patamar 1 :

O (a) aluno(a) escreve, com

autonomia, pelo menos, três frases,

utilizando o seu nome ou o nome de

um(a) colega e léxico relativo ao

contexto escolar/familiar para a

expressão de sentimentos e

estabelecimento de relações sociais.

Patamar 2 (ver vol.

2) Patamar 2 (ver vol. 2) Patamar 2 (ver vol. 2)

Competência terminal de Integração-1º ano: No final do 1ª ano, o(a) aluno(a) lê, produz oralmente e por escrito (ou ainda, na linguagem gestual); mensagens simples, de seis a oito frases, para exprimir sentimentos, descrever e narrar acontecimentos relacionados com a vida pessoal, familiar e escolar, apoiando-se em suportes áudio, visuais, tácteis e escritos.

6.1.1. Diagnóstico e orientação

MATERIAL ESCOLAR:

Ponteiro (3 silabas) /apontador

Cozinheira

Cozinha, Professor, Janela, Caderno

Cola, Quadro, Porta

Giz

A cola está na mochila.

No escritório do gestor

Lapiseira

Caneta

mesa

Clips

Page 53: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Aprender e aprender, dando funcionalidade aos saberes

Aprender

O que?

Para que? Saberes Saber ser Interdisciplinaridade

Exemplos de

expressões

Léxico Referir-se as

pessoas do

contexto escolar

com respeito e

correcção

Nomear os

objectos de

modo adequado

Matemática:

Relações espaciais

Contagem de zero a

cinco

Ciências integradas:

Conhecimento do meio

físico e social escolar e

familiar

Léxico e

estruturas e

expressões

de

comunicaçã

o relativos

ao contexto

sala de

aulas

Saudar,

despedir,

se apresentar,

apresentar

alguém, nomear,

caracterizar e

falar da

utilidade das

coisas no

contexto sala de

aula

Sou o João

Como te/se

chama/s?

O meu nome e

Paulo

Ele e meu colega de

carteira

A caneta serve para

escrever

Empresta-me a

borracha, por favor

Nomes dos

colegas e

demais

elementos da

escola;

Nomes dos

objectos da

sala;

Adjectivos

Condução das aprendizagens pontuais.

A condução das aprendizagens pontuais deve ser sistemático mas fluido e flexível. Os

manuais devem ser usados numa perspectiva de complementaridade e sensatez pois, não se

vai cumprir nenhum manual e sim levar os alunos a construírem as suas aprendizagens

significativas. Neste sentido os manuais são materiais assim como o espaço sala, as ruas e os

escritos da comunidade e demais realidades materiais que suportam a escrita e demais

conteúdos escolares

Opção 1: Partindo do contexto real: sala de aulas

Page 54: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Para introduzir os alunos no tema 1, o professor pode partir da sala de aulas e auxiliar-se de qualquer

um dos três manuais do 1º ano.

Saberes: Saberes fazer:

Léxico relativo ao contexto sala

de aulas

Conjuntos de1 a 5 elementos

Contagem de 1 a 5

Estruturas e expressões para

nomear e contar os objectos da

sala de aulas

Estruturas e expressões para

qualificar e se referir à utilidade

das coisas

Nomear os objectos do contexto sala de aulas;

Identificar os nomes desses objectos na sala e na frase;

Associar as palavras escritas com os objectos que

representam na sala;

Associar nomes escritos em tipo impresso e manuscrito;

Montar as palavras e frases sobre o contexto sala de

aulas, usando letras moveis impresso e manuscrito;

Copiar as frases para o caderno diário;

Contar o número de letras existentes nessas palavras;

Contar o número de palavras em frases do contexto sala

de aulas;

Agrupar as imagens dos objectos nomeados;

Formar conjunto com 1 a 5 elementos;

Aprendendo a oralidade

O professor pode perguntar aos alunos quais são os objectos da sala

A medida que os alunos respondem, ele escreve os seus nomes no quadro, perguntando se está

a escrever correctamente (recorde-se que os objectos, a esta altura, estão todos legendados):

De seguida, o professor pergunta se na língua cabo-verdiana esses objectos são denominados

da mesma maneira.

Depois 4 ou 5 objectos nomeados e identificados, o professor passa para a dimensão frase e

actos de fala para dar uma ordem, um pedido ou referir uma característica de um desses

objectos, usando uma frase. Ex. O nosso quadro é de que cor? Para que serve? O professor

pode chamar um aluno e pedir –lhe que apague o quadro. Imaginemos que o aluno se chama

José. De seguida pergunta para a turma: o que e que o José fez? O professor faz um sortilégio

e decide escrever o que é que o José fez.

Eis a frase:

O José apagou o quadro

De seguida, escreve a frase no quadro, descobrem as palavras que fazem parte da frase,

identificam essas palavras na turma, produzem outras frases e, finalmente os alunos podem

montar essa frase com letras móveis impresso e manuscrito.

Page 55: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Se houver tempo os alunos podem inventar mais frases usando palavras da sala de aulas

Quando inventam a frase, podem dita-la ao professor que a escreve no quadro e explora –a

com auxilio da turma.

O professor explora a frase em língua cabo-verdiana e portuguesa, poe os alunos a contarem

as letras que formam as palavras, identificam essas letras no painel mural, nos nomes dos

colegas.

O professor pode identificar alguma letra específica e pedir a um aluno que venha ao quadro

escrevê-la ou apaga-la, etc.

Exploração dos manuais

Os manuais têm várias imagens, são ricos e coloridos.

O professor pode pedir a turma para identificarem no manual, os objectos de que estivemos a

falar.

Pedir que identifiquem as cores e outras características e utilidade;

Só depois de muito bem exploradas, o professor avança para a realização dos exercícios

(completação de lacunas em língua portuguesa, mais conversas em ciências ou construção de

conjuntos em matemática.\

Exemplo 2: Partindo do manual de matemática:

Saberes:

Léxico relativo ao contexto sala de aulas

Conjuntos de1 a 5 elementos

Contagem de 1 a 5

Page 56: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Estruturas e expressões para nomear e contar os objectos da sala de aulas

Estruturas e expressões para qualificar e se referir à utilidade das coisas

Saberes fazer:

Nomear os objectos do contexto sala de aulas;

Identificar os nomes desses objectos na sala e na frase;

Associar as palavras escritas com os objectos que representam na sala;

Associar nomes escritos em tipo impresso e manuscrito;

Montar as palavras e frases sobre o contexto sala de aulas, usando letras moveis impresso e

manuscrito;

Copiar as frases para o caderno diário;

Contar o número de letras existentes nessas palavras;

Contar o número de palavras em frases do contexto sala de aulas;

Agrupar as imagens dos objectos nomeados;

Formar conjunto com 1 a 5 elementos;

Exemplo 3: Partindo do manual das ciências integradas

Saberes:

Elementos do meio

físico e social escolar e

familiar

Léxico relativo ao

contexto sala de aulas

Conjuntos de1 a 5

elementos

Contagem de 1 a 5

Estruturas e expressões

para nomear e contar os

objectos da sala de aulas

Estruturas e expressões para

qualificar e se referir à utilidade das coisas

Saberes fazer:

Nomear os objectos do contexto sala de aulas

Page 57: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Identificar os nomes desses objectos na sala e na frase

Associar as palavras escritas com os objectos que representam na sala

Associar nomes escritos em tipo impresso e manuscrito

Montar as palavras e frases sobre o contexto sala de aulas, usando letras moveis impresso e

manuscrito;

Copiar as frases para o caderno diário

Contar o número de letras existentes nessas palavras;

Contar o número de palavras em frases do contexto sala de aulas

Agrupar as imagens dos objectos nomeados.

Formar conjunto com 1 a 5 elementos;

Partindo do manual de Língua portuguesa 1

Saberes:

Léxico relativo ao

contexto sala de

aulas

Contagem de 1 a 5

Estruturas e

expressões para

nomear e contar os

objectos da sala de

aulas

Estruturas e

expressões para

qualificar e se

referir à utilidade

das coisas;

Elementos do meio físico e social escolar e familiar

Saberes fazer:

Nomear os objectos do contexto sala de aulas

Identificar os nomes desses objectos na sala e na frase

Associar as palavras escritas com os objectos que representam na sala

Associar nomes escritos em tipo impresso e manuscrito

Page 58: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Montar as palavras e frases sobre o contexto sala de aulas, usando letras moveis impresso e

manuscrito;

Copiar as frases para o caderno diário

Contar o número de letras existentes nessas palavras;

Contar o número de palavras em frases do contexto sala de aulas

Agrupar as imagens dos objectos nomeados.

Produzir oralmente ou por escrito, pelo menos uma frase, (no hipótese qualquer) para designar

uma característica ou utilidade dos objectos da sala de aula

Saber fazer:

Numa situação de contacto social, o aluno a presenta-se e pede ao outro para se apresentar:

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

Escreve a pergunta

Pergunta :___________________________________________

Resposta: Sou o Paulo

Inserir grelha de correcção

Page 59: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

O texto da página 22 e a sua relação com a pagina 21 do manual LP1

Faca os alunos verem as diferenças e as semelhanças entre os dois

Explore muito bem o texto da página 21: Muitas aprendizagens a criança

parecida ter. Ela pode não saber de onde se começa a historia-se de baixo

para a cima, se do centro para a periferia. Se da direita para a esquerda.

A banda desenhada e o

recurso didáctico mais

apropriado para

demonstrar a relação

entre a escrita e a

oralidade

Aos poucos, as crianças

vão descobrindo que a

escrita não e a transcrição

da oralidade mas as duas

constituem formas de uso

da língua…e que existem

algumas relações entre a

oralidade e a escrita.

Leia o texto da página 21

Leve os alunos a descobrirem que o texto da pagina 22 e muito mais formal e

académico que o da pagina 21. Pergunte qual deles gostam mais, realce as

diferenças e semelhanças entre os textos; pergunte aos alunos o que e que se

encontra na pagina 21 e que não foi possível mostrar no texto da pagina 22;

Depois deste percurso, passe a tarefa de encontrar as frases no texto.

Uma aula com frases da sala

A professora dita aos alunos algumas palavras da sala:

giz

Porta

Quadro

Janela

Professora

Ela pergunta aos alunos de que cor e o quadro

Depois pergunta de que cor e a porta

Decide escrever a frase sobre o quadro: O quadro é preto

A professora manda o Tiago fechar a porta

Pergunta a turma o que e que o Tiago fez

Depois escreve: o Tiago fechou a porta (no quadro)

E pede aos alunos para dizerem de que cor e a porta

E escreve: a porta e verde

Inserir imagem

Distingue as frases, leva os alunos a identificarem a frase da porta e a do quadro

Dramatiza com os alunos

Chama todos os alunos, gesticulam mostrando o Tiago fechou a porta

Ela pergunta qual as palavras que fez o gesto e quais ela não fez e só disse com a boca (Tiago, ela

apontou; fechou ela gesticulou e porta ela apontou). /O/ ela só disse com a boca

Page 60: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

/a/ só disse com a boca

Ela demostrou as palavras no quadro\

Distribuiu cartões com as palavras para os alunos

Pediu para formarem as palavras e frases

Depois distribuiu algumas letras móveis e fizeram a montagem das frases

Confrontou os alunos com a frase que escreveram: muitos só escreveram a

palavra quadro pensando terem escrito uma frase

Pediu aos alunos que mostrassem aonde se encontra a “frase do Tiago” e onde

esta a frase sobre a porta

Depois mandou os alunos sentarem e montarem a frase com letras móveis

NB- a professora fez aqui uma

associação entre a oralidade no

campo da aprendizagem dos actos

de fala, a abordagem lexical

explorando as múltiplas formas de se

usar as palavras quadro, menino,

porta e cores, ensinou a escrita. No

contexto de Cabo Verde a LP e

adicional e portanto uma língua que

precisa ser ensinada. Contrariamente

ao que sucede se a LP fosse materna,

aqui o professor ensina a língua e os

seus usos na oralidade e escrita.

No dia seguinte,

A professora debruçou-se na escrita das palavras

isoladas pelos alunos qua não conseguiram:

Escrita de frases por parte dos alunos mais avançados

Completação de palavras com falta de letras

Completação de frases com falta de palavras

Caca palavras em sopa de letras

Crucigramas

Imagem de alunos fazendo palavras com letras

moveis a frente de imagens

Palavras com falta de letras

Frases com falta de palavras

Crucigrama (cartão grande)

Page 61: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Teste de avaliação de regulação- 1º/2º ano de escolaridade

Língua Portuguesa

Alunos que produzem nas hipóteses pré silábicas 1 e 2:

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1. Completa com as letras que faltam:

2. Escreve o nome dos objectos da tua sala:

3. Faz um desenho da tua sala:

Page 62: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Teste de avaliação de regulação- 1º/2º ano de escolaridade

Língua Portuguesa

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1. Completa com as letras que faltam:

2. Completa a legenda da sala

3. Encontra as palavras na sopa de letras (legendado)

Page 63: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Teste de avaliação de regulação- 1º/2º ano de escolaridade

Língua Portuguesa

(Variação para os alunos que produzem no nível silábico):

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1. Completa com as letras que faltam:

2. Escreve os nomes dos objectos da tua sala:

3. Encontra as palavras na sopa de letras:

Page 64: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

Teste de avaliação de regulação- 1º/2º ano de escolaridade

Língua Portuguesa

(Variação para os alunos que produzem no nível silábico):

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

1. Completa com as letras que faltam:

Page 65: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

O meu nome é____________________________

O meu colega de carteira chama-se ________________________

Moro ________________________________________________

Nasci no dia ___________________________________________

Comunicação e expressão na família

Avaliação diagnóstica e de orientação

FAMÍLIA

Afilhado

Madrinha

Sogra, Tio

Mãe

Comunicação e expressão sobre a higiene e alimentação

Avaliação diagnóstica e de orientação

Marmelada Marmelada

Filhózes Funguinho/pingada/(fidjós 2 silabas)

Bolo Bolu

Bis?

DOCES

Pirulito; Pipoca

Pudim

Bis

Page 66: 2ª Parte Guia Fase Propedeutica

ALIMENTOS de origem animal

Mussarela

Presunto

Queijo

? (rim/rins…?)

Pão (!)

TEMPEROS

Cebolinha Sabolinha/sebulinha

Pimenta Pimenta

Alho Adju/alhu

Sal Sal/sal

BEBIDAS

refrigerante (5 silbas),Vitamina (!) Vitamina rfrijrant (5slba)

Refresco Refresko, xalala

Suco/sumo Sumu

Chá Xa

Limonada Limonada

Açucar Sukri (2 silabas) asukar

Suco

EU BEBO SUCO DE LIMÃO.

Cachupada katxupada

Feijoada, Cebola, Cachupa Sebola/sabola, Kaxupa/katxupa

Alho Adju/alho

Sal sal

EU GOSTO DE cachupa