programa de nutrição para suínos - kerabrasil.com.br · origem na natureza 16 biossegurança 16...

44
Programa de Nutrição para Suínos

Upload: hoangdien

Post on 02-Jan-2019

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Programa de Nutrição para

Suínos

Page 2: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e
Page 3: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Programa de Nutrição para Suínos

Copyright © 2012 Kera Nutrição Animal

Propriedade literária reservada. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, memorizada ou transmitida sob qualquer forma, seja essa eletrônica, eletrostática ou fotocópia, sem a per-missão escrita de Kera Nutrição Animal.

Impresso no Brasil.

Layout e desenvolvimento: Graphia Design www.graphiadesign.com.br

Programa de Nutriçãopara Suínos

Page 4: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Índice

A LNF 6Kera Nutrição Animal 7Nossos Objetivos 7Programa Kera de Nutrição para Suínos 8História dos Probióticos 15Cepa 16

� Origem na natureza 16 � Biossegurança 16 � Propriedades Biológicas 16 � Propriedades Fisiológicas 16

Apresentação do Pigflora 17O que é um probiótico? 17

� Requisitos Básicos 18 � Probióticos Bacterianos 18 � Equilíbrio da Microflora Gastrointestinal 19 � Efeitos dos Probióticos no Hospedeiro 20 � Mecanismos de Ação dos Probióticos Bacterianos 20 � Produção de Bacteriocinas 22 � Modo de Ação das Bacteriocinas 23 � Conclusões 23

Diarréia de recém nascidos 24Gastroenterite em suínos e aves 25

� Sistema imunológico e sensibilidade suína à gastroenterite 26 � Influência do manejo 27

Ação de Pigflora Sobre as Infecções Urogenitais 28 � Benefícios da utilização de Pigflora na presença e tratamento de

infecções urogenitais 30 � Desempenho de Pigflora em matrizes e leitões e Biocalf em

leitões 31Como Age o Pigflora? 31

� Resultados da Utilização de Pigflora 32Resistência a Antibióticos 34

� Protocolo Utilizado 34

Page 5: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

� Observações 34 � Resultados Gerais 35 � Resultados do Pigflora na dieta das Porcas em gestação 35

Uso dos Probióticos em Suínos 37Unidade de observação 37Dados da Granja 37Áreas de Domínio no Manejo da Granja 37Biocalf 38Aplicação em Leitões 38Pigflora 39Principais Resultados do Uso de Pigflora 39

� Em Matrizes 39 � Em Leitões 39

Resultados 40Balanço dos Resultados até o Momento 41

� Leitões 41 � Porcas 41

Referências Bibliográficas 42Anotações 43

Page 6: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

A LNF

Ao ser fundada em 1987, a LNF deu o primeiro passo na construção de uma empresa cujo fim primeiro é dar suporte técnico e qualificado a seus parceiros. Agregando e gerando conhecimento de forma permanente, criou um modelo de atendimento completo aqueles clientes que buscam qualidade e otimização de seus processos.

A empresa detém as mais eficientes e modernas soluções na área de biotecno-logia aplicada existentes no mercado, disponibilizadas por uma equipe técnica altamente qualificada.

E como fruto dessa filosofia de trabalho, recebeu o reconhecimento do mercado e dos seus parceiros, sejam eles clientes ou fornecedores.

6

Page 7: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Kera Nutrição Animal

A Kera é um braço da LNF Latino Americana, empresa líder nacional em aplica-ções biotecnológicas (enzimas e microorganismos) nas áreas de açúcar, álcool, sucos, vinhos, vinagres e outros, e tem como objetivo fortalecer suas operações no setor agropecuário onde já atua produzindo inoculantes para silagem, atra-vés do desenvolvimento e produção de Aditivos Probióticos para Alimentaçâo Animal, e mais recente, suplementos minerais e vitamínicos.

>>NOSSOS>OBJETIVOS• Desenvolver e produzir os probióticos mais eficientes do mercado, com sólido embasamento científico e orientados para as necessidades do cliente, com cepas selecionadas exclusivas da Kera;

• Consolidar a Kera como referência em qualidade, resultados práticos e atendimento ao cliente.

7

Page 8: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Programa Kera de Nutrição para Suínos

O programa nutricional Kera, repre-sentado pela linha de produtos Prosui Premium Plus e Prosui Premium, foi especialmente desenvolvido para atender as necessidades nutricionais de suínos de genomas superiores, nas diferentes faixas etárias e momento fi-siológicos. No momento em que uma nova proposta nutricional está e em discussão a Kera apresenta ao mer-cado suas linhas de produtos em con-sonância com as estratégias atuais e futuras de nutrição de precisão e mer-cadológica.

A Kera, numa visão futurista, trans-porta para a realidade atual, a mais atualizada ferramenta para suporte técnico em formulações de rações para dieta dos suínos. Os produtos das linhas Prosui vão além de boa formulação, seguem a filosofia da empresa em colocar a qualidade como condição inquestionável. Esta visão logística da Kera é referendada no mercado pelos produtos que pre-cedem as linhas Prosui, probióticos (Pigflora e Biocalf), inoculantes para sila-gens (Kera-sil) e leveduras (Levumilk).

Prosui constitui-se de produtos capazes de maximizar o desempenho ponderal (GPD) a conversão alimentar (CA) e qualidade de carne (QC) e vitalizar a saúde do rebanho, minimizando custos de produção.

A Kera tem como estratégica logística o apoio aos produtores, oferecendo as-sistência qualificada e permanente na busca e superação de objetivos produti-vos e econômicos.

A inabilidade do aparelho digestório dos leitões nos primeiros dias de vida para digerir alimentos sólidos, especialmente de origem vegetal, torna imperativo a inclusão na composição da dieta, alimentos palatáveis, de alta digestibilidade. Esta é a solução suporte no período pós-desmame e, fisiologicamente aceitável à transição nutricional de leite materno para o alimento sólido.

Prosui núcleo PI50 e IN50 são formulados com objetivo de nutrir eficiente-mente e fisiologicamente os leitões em idades críticas durante o aleitamento e

8

Page 9: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

no pós-desmame. O enriquecimento dos Núcleos Prosui Premium Plus com aminoácidos essenciais, vitaminas, minerais e acidificantes ajusta-se à associa-ção de SUPRELAC, suplemento protéico, energético de alta digestibilidade para utilização nas rações pré-iniciais.

A Kera também dispõe rações prontas pré-iniciais e iniciais. Todas estas opções a disposição dos produtores tornam o programa nutricional Kera solução sóli-da para na substituição da dieta líquida.

Tabela>1:>Sugestões>de>formulações>de>07>a>180>dias>de>idade>com>núcleos>Prosui>Premium>Plus>e>SUPRELAC.>

Alimentos Idade Dias

Pré - 1/ kg

Pré- 2/ kg

Inicial 1/ kg

Inicial 2/kg

Cresc.1/kg

Cresc.2/kg

Term.1/kg

Term.1/ Kg

Prosui PI PP 07 - 35 50

Prosui PI PP 36 - 42 50

Prosui IN PP 43 - 56 50

Prosui IN PP 56 - 70 50

Premium Lactoprotéico

07 - 56 200 150 100

Prosui Desmame*

36 - 42 03

Prosui CT PP 30

Prosui CT PP 30

Prosui T PP 30

Prosui T PP 30

Milho 490 537 620 710 720 750 760

Soja, 46% 260 260 280 280 260 250 220 190

�*Prosui>Desmame�tem�em�sua�composição�básica,�óxido�de�Zinco�(OZn),�produto�para�uso�estra-tégico�na�adaptação�ao�desmame.

SUPRELAC: É suplemento lactoprotéico que reúne em só produto o que há de melhor em nutrientes biodisponíveis para compor dietas de alto valor biológico para leitões. SUPRELAC é formulado com proteínas nobres, plasma, aminoáci-dos essenciais, probiótico, gordura de alto valor biológico, leite em pó, lactose, soro de leite, e palatabilizantes que fazem de SUPRELAC um suplemento perfei-to na composição de dietas para suínos jovens. SUPRELAC é também produto

9

Page 10: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

de eleição na composição de “papas” para leitões transferidos para creche no pós desmame, especialmente após transportes com períodos longos de jejum.

Como produtos alternativos às formulações pré-iniciais, dois concentrados, Prosui PI400 PP e Prosui IN250 PP de composição exclusiva, à base de amino-ácidos, lácteos (lactose e caseína), farinha de peixe, plasma, soja micronizada e extrusada, milho pré-gel, ácidos orgânicos, vitaminas, macro e microminerais completam a linha Prosui Premium Plus.

Os produtos Prosui não utilizam antibiótico em suas formulações. Se for ne-cessário o uso, consulte nosso DETEC ou veterinário assistente. Em todas as formulações utilizadas certifique-se que os alimentos provêm de fontes idôneas e que sejam livres de contaminantes e impurezas. Nas formulações de rações pré-iniciais e iniciais utilize somente milho submetido ao processo de pré-lim-peza.

Tabela>2:>Sugestões>de>formulações>para>rações>iniciais>com>concentrados>Prosui>PI>400>PP>e>Prosui>PI>250>PP.

Alimentos Idade Dias Pré - 1/Kg Pré - 2/Kg Inicial 1/Kg Inicial 2/Kg

Prosui Conc. 400 PP 07 - 35 400 360

Prosui Conc. 400 PP 36 - 42

Prosui Conc. 250 PP 43 - 56 250 200

Prosui Desmame* 04

Milho, Fubá 435 470 646 690

Soja, Far. 46% 165 170 100 110

Nas fases de reprodução, crescimento, recria e terminação da mesma forma, a Kera dispõem produtos Prosui especialmente formulados para atender plena-

mente as exigências nutricionais dos suínos.

Prosui permite manejo e adoção de práticas de criatórias com lotes sexados, ou ainda, flexibilidade para a implantação de programa nutricional de precisão. As fêmeas em crescimento convertem melhor os alimentos; “al libitum” conso-mem menos, produzem melhores carcaças e respondem melhor aos aditivos como lisina e metionina. Por isso, suínos quando separados em lotes sexados, a partir de 50 Kg de peso vivo devem ser alimentados da seguinte forma:

Para lotes de fêmeas recomendamos utilizar as formulações de crescimento e terminação (1) e crescimento e terminação (2) para machos. Em lotes mistos, de mesmo padrão zootécnico, observar as idades recomendadas na Tabela 3.

10

Page 11: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Tabela>3:>Sugestões>de>formulações>para>suínos>em>crescimento>e>terminação.Alimentos Idade Dias Cresc. 1/Kg Cresc. 2/Kg Term. 1/Kg Term. 2/Kg

Prosui CT PP 71 - 112 30

Prosui CT PP 113 – 140 30

Prosui T PP 141 – 155 30

Prosui T PP 156 - abate 30

Milho 710 720 750 780

Soja, 46% 260 250 220 190

Na alimentação de fêmeas do plantel é importante a observação de cinco mo-mentos de manejo:

1: Pré-cobertura de Nulíparas: Após a seleção da matriz para o plantel (154 dias), praticar o monitoramento de cios e nas 3 semanas que antecedem o cio que será feita a primeira cobertura aplicar o flushing, ou seja, aumentar o forne-cimento da ração para 3,5 kg/dia, para maior taxa de ovulação;

2: Da cobertura até 35 dias de gestação confirmada: Em primíparas, principal-mente, o excesso de ração prejudica a fixação dos embriões (nidação). Por isso, após a cobertura, neste período reduzir a oferta de ração para 2,2 kg /dia. Em porcas este fenômeno não é tão decisivo, por isso a ração pode ser fornecida de acordo com a condição corporal (escore);

3: De 36 a 85 dias de gestação: A ração pode ser limitada entre 2 a 2,2 kg/dia. As variações para mais ocorrem em fêmeas de escore corporal muito baixo ou em períodos muito frios, ocasiões em que fêmeas pesadas precisam de até 9.000 Kcal/dias de ED.

4: De 86 dias – até o parto: As necessidades aumentam em função do desenvol-vimento fetal e necessidade de acumular reservas para a lactação. Neste período elevar a oferta de ração para 3 kg/dia, de Ração Gestação 2, ou de ração lactação;

5: Lactação: Fornecer ração lactação à vontade (6 kg/dia) para compensar o dispêndio da produção de leite, e preservar a gordura corporal de reserva do panículo adiposo (ET) da fêmea que assegura rápido retorno ao cio e fertilidade no período pós desmame (IDE). No período de verão, o ideal é fornecer ração molhada e em horas mais frescas. Considerar e descartar o peso da água adi-cionada.

11

Page 12: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

A água é um nutriente essencial, muitas vezes negligenciado, mas exige muita atenção à qualidade e quantidade fornecida. Por isso, é sugerimos comprovar a adequação do fluxo, qualidade dos bebedouros e altura ideal para sua fixação.

Nomínia: ET = Espessura de toucinho. IDE = Intervalo desmame estro. CA = Conversão Alimentar. QC: Qualidade de carne. ED = Energia Digestível.

Tabela>4:>Tabela>sugestão>para>formulações>de>ração>de>Pré-Gestação>Gestação>e>Lactação>com>Prosui>Premium>PP.

Alimento Momento Fisiológico Pré-Gest Gest. 1/kg Gest. 2/kg Lactação Machos

Prosui CT PPIdade 150 dias até 35 dias Cob.

30

Prosui GL PP 36 – 85 Cob. 40

Prosui GL PP 86 – 114 Gest. 40 40

Prosui GL PP Período lactação e IDE 40

Milho 610 665 650 710 665

Soja, 46% 220 170 160 250 170

Trigo, far. 120 125 150 125

Total Kg 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000

Tabela>5:>Tabela>sugestão>para>formulações>de>ração>de>Pré-Gestação>Gestação>e>Lactação>com>Prosui>Premium>P.

Alimento Momento Fisiológico Pré-Gest Gest. 1 Gest. 2 Lactação Machos

Prosui CT PIdade 150 dias até 35

dias Cob.30

Prosui G P 36 – 85 Cob. 30

Prosui GL P 86 – 114 Gest. 40 40

Prosui GL P Período lactação e IDE 40

Milho 630 675 650 710 665

Soja, 46% 220 170 160 250 170

Trigo, far. 120 125 150 125

Total Kg 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000

12

Page 13: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Tabela>6:>Níveis>de>garantia>por>quilograma>de>produto>Núcleos>Prosui>Premium>Plus.

Nutrientes Unid. Prosui PI50PP

Prosui IN50PP

Prosui CT30PP

Prosui T25PP

Prosui GL40PP

Vitamina A UI 240.000 200.000 544.000 244.000 200.000Vitamina D3 UI 41.000 32.000 54.400 48.000 45.000Vitamina E Mg 400 300 612 368 500,4Vitamina K3 Mg 50,4 50,4 70,4 61,2 54Vitamina B1 Mg 25,2 25,2 36,7 32,4 31,6Vitamina B2 Mg 80 80 36,7 96 60Vitamina B6 Mg 25,3 25,34 108.8 34,6 26,5Vitamina B12 Mg 0,4 0,4 0,58 0,5 0,4Vitamina Biotina Mg 4,8 4,0 5,5 0,16 5Vitamina colina Mg 7.200 7.200 4.800 4.800 8.400Ác. Fólico Mg 11,8 9,4 13,3 11,7 17,5Ác. Nicotínico Mg 509,6 509,6 700 607,6 503Ac. Pantotênico Mg 372,4 372,4 505 750 383Cobalto (Co) Mg 3,8 2,94 4,3 20,2 20,3Cobre |(Cu) Mg 2.565 2.565 285 700 210Cromo (Cr) Mg 14 14 17,5Ferro (Fe) Mg 1.728 1.740 2.448 2.640 2.603Iodo (I) Mg 4,3 4 8,8 22,7 16,5Manganês (Mn) Mg 613,6 607,8 816,7 1.488 1.216Selênio (Se) Mg 5,10 5,2 7,6 9 10Zinco (Zn) Mg 2.400 2.079 3.427 2.520 2.802Zinco Quelato Mg 90 70,3 88Cálcio (Ca) G 154 162 240,4 234,7 202Fósforo (P) G 63 71,3 74,3 63,2 83Flúor Max. (F) G 670 750 780 650 850Sódio (Na) G 28,8 31,1 38,2 58,5 39Lisina G 32,4 32,4 13,5 65

Metionina G 9,9 9,9 6,9 22

Treonina G 3,9 3,9

Triptofano G 2,7 2,8 1,9 30

Palatabilizante Mg 4.000 4.000 4.000

Ác. Benzóico Mg 67.200 67.200

Ácido Cítrico Mg 13.200 13.200

Ác. Fórmico Mg 16.800 16.800

Antioxidante Mg 151 151 104 136Inclusão % 5 5 3 2,5 4

13

Page 14: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Tabela>7:>Níveis>de>garantia>por>quilograma>de>produto>Núcleos>Prosui>Premium>P.>

Nutrientes Unid. Prosui PI50P

Prosui IN50P

Prosui CT30P

Prosui T25P

Prosui G30P

Prosui GL40P

Vitamina A UI 240.000 200.000 544.000 244.000 280.000 200.000

Vitamina D3 UI 41.000 32.000 54.400 48.000 63.000 45.000

Vitamina E Mg 400 300 612 368 700 500,4

Vitamina K3 Mg 50,4 50,4 70,4 61,2 75,6 54

Vitamina B1 Mg 25,2 25,2 36,7 32,4 44 31,6

Vitamina B2 Mg 80 80 36,7 96 98 60

Vitamina B6 Mg 25,3 25,34 108.8 34,6 37 26,5

Vitamina B12 Mg 0,4 0,4 0,58 0,5 0,56 0,4

Vitamina Biotina

Mg 4,8 4,0 5,5 0,16 7 5

Vitamina colina Mg 7.200 7.200 4.800 4.800 8.700 8.400

Ác. Fólico Mg 11,8 9,4 13,3 11,7 24,5 17,5

Ác. Nicotínico Mg 509,6 509,6 700 607,6 703 503

Ac. Pantotênico Mg 372,4 372,4 505 750 535,5 383

Cobalto (Co) Mg 3,8 2,94 4,3 20,2 28,4 20,3

Cobre |(Cu) Mg 2.565 2.565 4.200 5.040 294 210

Cromo (Cr) Mg 14 14 24,5 17,5

Ferro (Fe) Mg 1.728 1.740 2.448 2.640 3.654 2.603

Iodo (I) Mg 4,3 4 8,8 22,7 23 16,5

Manganês (Mn)

Mg 613,6 607,8 816,7 1.488 1701 1.216

Selênio (Se) Mg 5,10 5,2 7,6 9 14 10

Zinco (Zn) Mg 2.400 2.079 3.427 2.520 3.920 2.802

Zinco Quelato Mg 90 70,3 123,4 88

Cálcio (Ca) G 154 162 240,4 234,7 231 202

Fósforo (P) G 63 71,3 74,3 63,2 87 83

Flúor Max. (F) G 670 750 780 650 880 850

Sódio (Na) G 28,8 31,1 38,2 58,5 43 39

Lisina G 32,4 32,4

Metionina G 9,9 9,9

Treonina G 3,9 3,9

Triptofano G 2,7 2,8

Antioxidante Mg 151 151 104 136 130

Dica: A água, um nutriente vital aos seres vivo, muitas vezes, negligenciado nos sistemas de produção de suínos, quer pela quantidade, quer pela qualida-de, constitui 70% ou mais do peso corporal. A água não é apenas um elemento

14

Page 15: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

inerte ou um solvente e, sim, um componente ativo e estrutural do corpo. Ela tem elevada capacidade ionizante para facilitar as reações energéticas nas célu-las e alto calor específico que permite absorver o calor destas reações com um mínimo de elevação da temperatura corporal (Maynard et al, 1979).

Tabela>8:>Bebedouros:>Alturas>do>piso>e>fluxo>ideal>em>litros>por>minutos.

Peso Taça Chupeta NíveisExigência

diária/ litrosFluxo

litros/min.

Até 5 kg 12 18 - 0,1 a 0,5 0,3

5 a 15 kg 20 26 12 1 a 3 0,5

15 a 30 kg 25 35 12 3 a 5 1

30 – 60 kg 30 45 25 4 a 7 1

60 a 100 kg 40 55 25 6 a 10 1

Matrizes 45 65 - 20 a 30 2 a 4

Machos 45 65 - 10 a 15 2

História dos Probióticos

Há uma longa e antiga história que mostra a ação dos probióticos na saúde hu-mana:

Na versão persa do antigo testamento (Gênesis 18:8), Abraão debita sua longe-vidade ao leite fermentado que sempre consumiu.

Plínio, na sua obra “A História de Roma”(76 a.C.) recomenda a ingestão de leite fermentado no tratamento da gastroenterite.

Depois do descobrimento dos microorganismos, alguns pesquisadores como Carre (Inst. of. Phisiol. And Biochem. of Nutrition, Kiel, Germany-1998), Tissier (Symposium of Probiotics and Probiotics, Kiel, Germany), MetchniKoff (Inst. of Phisiol. and Bioch… Kiel, Germany), atribuíram os efeitos saudáveis dos probi-óticos à mudança da composição microbiana do intestino.

Para Metchnikoff, a ingestão de probióticos diminui a produção de toxinas pelas bactérias do intestino, o que leva a maior longevidade do seu hospedeiro.

Tissier recomendou a ingestão de Bifidobactérias como supressoras das bacté-rias putrefativas responsáveis pela diarréia em bebês e animais jovens.

15

Page 16: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Por outro lado, a administração de antibiótico a cobaias de laboratório, mostrou que elas se tornam mais resistentes à infecções por Salmonella typhimurium, Shigella flexneri, e Vibrio cholerae. (Bohnffetal, Freter, Collins e Carter)

Em outro trabalho dos mesmos autores, contagens de 10¹ de Salmonella ente-riditis foram suficientes para matar porcos da Guiné livres de germes intestinais e 1x109 da mesma bactéria foram suficientes para matar animais com perfeita microflora, antes de provocada a infecção.

Com respeito ao desenvolvimento de resistência dos microorganismos pato-gênicos aos probióticos, todos os estudos mostraram que esta resistência não existe.

Nos dias atuais, a seleção de microorganismos a serem utilizados como pro-bióticos obedece a critérios rígidos de ação e segurança, como mostramos a seguir.

Cepa

>» ORIGEM>NA>NATUREZA>Deve fazer parte da flora intestinal normal e ser benéfica ao intestino.

>» BIOSSEGURANÇA>Seu consumo deve ser seguro para humanos e animais.

>» PROPRIEDADES>BIOLÓGICAS• Atividade e Viabilidade (nas condições do intestino).

• Resistência a pH baixo.

• Resistência aos sucos gástricos, bílis e suco pancreático.

>» PROPRIEDADES>FISIOLÓGICAS• Aderência ao epitélio e muco intestinal e/ou aparelho urogenital (Biopelícula).• Antagonista a agentes patogênicos (atividade anti-microbiana).• Estimulação da resposta imune.• Estimulação seletiva das bactérias “amigas” e supressão das bactérias danosas.• Trazer efeitos benéficos ao intestino por sua propriedade de “barreira”.

16

Page 17: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Apresentação do Pigflora

Pigflora é um preparado que possui na sua formulação alta concentração de bactérias Lactobacillus acidophilus 500 milhões de UFC/g e Enterococcus faecium 500 milhões de UFC/g, cuja função é manter o equilíbrio da microflora gastrointestinal e urogenital de suínos em todas as fases de sua vida.

>>O>QUE>É>UM>PROBIÓTICO?De acordo com Yuan-Kun Lee, Koji Nomoto, Seppo Salimen e Sherwood Gorbael, um probi-ótico é uma preparação de uma ou mais cepa de bactérias vivas ou alimentos que contenham bac-térias vivas (yakult) as quais produzem benefícios à saúde do seu hospedeiro, seja ele homem ou animal.

Portanto, o termo “probiótico” só se utiliza em produtos que cumpram as se-guintes condições:

a) Contenham células vivas de microorganismos;

b) Melhorem as condições gerais de saúde de homens e animais e exerçam seus efeitos na boca, no aparelho gastrointestinal e urogenital (um exemplo de pro-biótico de uso humano é o medicamento Floratil).

A maior parte dos probióticos é adicionada aos alimentos.

O benefício que um bom probiótico traz ao seu hospedeiro é:

• Promover o seu crescimento;

• Melhorar sua conversão alimentar;

• Manter sua saúde geral, prevenir e curar distúrbios intestinais e urogeni-tais;

• Auxiliar a pré-digestão de fatores antinutricionais como os inibidores de tripsina e glicosinolatos;

• Colonizar o aparelho urogenital;

17

Page 18: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

• Aumentar a imunidade do hospedeiro.

>» REQUISITOS>BÁSICOSPara ser eficiente, o probiótico deve satisfazer os seguintes requisitos:

• Ser absolutamente seguro para o homem ou animais;

• Ser resistente na sua forma viva a condições adversas como a presença de enzimas na cavidade oral e no estômago, ácidos gástricos, sais biliares e ao suco pancreático no intestino delgado;

• Ser capaz de chegar vivo ao órgão onde se espera que atue, e ser ativo metabolicamente e/ou multiplicar-se;

• Ser resistente às práticas comuns de processamento de alimentos e tole-rante a antibióticos, quando administrado com estas substâncias.

• Ter na sua composição a quantidade de UFC/g suficiente para produzir os efeitos desejados (este último item tem sido a maior causa real da inefi-ciência de algumas preparações comerciais: contagem insuficiente de UFC/g para produzir benefícios ao hospedeiro).

>» PROBIÓTICOS>BACTERIANOSSão quase sempre bactérias lácticas vivas utilizadas em nutrição animal, as quais preservam a saúde do animal e/ou melhoram sua produtividade. Também se utilizam algumas cepas de leveduras.

A utilização de probióticos pelo homem é muito antiga, e intensa. O interesse por eles vem aumentando de forma contínua em função de serem uma excelen-te alternativa aos antibióticos, sejam estes últimos utilizados como terapia ou promotores de crescimento.

O histórico da utilização de antibióticos como fator de crescimento remonta à metade do século XX:

• 1946 – Comprovação de que subdosagens terapêuticas de antibióticos são capazes de aumentar a eficiência alimentar e crescimento em animais;

• USDA – Antibióticos em suínos:

90% dos concentrados fase inicial

75% dos concentrados fase crescimento

50% dos concentrados fase terminação

18

Page 19: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

• Animais de fazenda – quantidade de antibióticos gastos por ano – 7,3 – 11,2 milhões de kg.

Os antibióticos apresentam 4 desvantagens principais:

• Desenvolvimento de antibiótico – resistência por parte da flora patogênica;

• Barreiras comerciais impostas por países compradores principalmente União Européia e Japão, onde sua utilização como promotores de cresci-mento foi banida;

• Alteram a composição da microflora com as conseqüentes alterações di-gestivas;

• Resíduos de antibióticos podem ser encontrados no produto final, (carne, leite e derivados) o que implica na sua recusa pelo consumidor ou na impos-sibilidade de ser processado.

O banimento dos antibióticos como promotores de crescimento na Europa e Japão e o faseamento nos EUA para chegar ao mesmo objetivo: oferecer ao seu mercado produtos de origem animal mais saudáveis, levou a intensificação da pesquisa no campo de atuação dos probióticos.

>» EQUILÍBRIO>DA>MICROFLORA>GASTROINTESTINALO aparelho gastrointestinal de ruminantes ou monogástricos é livre de microor-ganismos ao nascer, e é rapidamente colonizado pela flora presente no ambiente onde vive, nos primeiros dias de vida, após os quais existem 400 a 500 diferen-tes cepas de bactérias, num total de 100 trilhões de UFC no aparelho gastroin-testinal normal de um animal de fazenda.

Nesta grande população bacteriana, podemos distinguir:

• Uma flora dominante com mais de 90% da contagem total, composta prin-cipalmente por Bifidus, Lactobacilli (Gram +) e Bacteroidae (Gram -);

• Uma flora subdominante, ao redor de 10% do total, formada por Escheri-chia Coli (Gram -) e Enterococci (Gram +);

• Uma flora residual menor que 0,01% da população total composta por Clostridia, Staphilococci, Pseudomonas Proteus e leveduras da espécie Can-dida.

A flora gastrointestinal pode variar dentro das mesmas espécies durante toda a vida do animal; a composição da flora depende do tipo de instalações, da ali-mentação e do manejo.

19

Page 20: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Mudanças na flora normal ocorrem frequentemente e são a causa mais impor-tante dos problemas digestivos. Eles ocorrem principalmente com o desenvolvi-mento de bactérias Gram -, especialmente cepas patogênicas de Escherichia coli.

Assim, um probiótico bacteriano deverá ser competitivo com espécies selva-gens para instalar-se no aparelho gastrointestinal e urogenital do seu hospedei-ro (homem ou animal) e produzir um efeito de barreira aos germes patogênicos (biopelícula).

Ao nascer, a única proteção imune do filhote é dada pela mãe, por não mais que 4 a 5 dias, período correspondente à produção de colostro; no caso de aves, da secreção vitelar.

Em ambos os grupos, o sistema imunológico não existe antes dos 21 dias de vida, quando se inicia a produção de anticorpos na mucosa da membrana intes-tinal. Neste lapso de tempo, o equilíbrio da microflora intestinal é fundamental para prevenir infecções e distúrbios de crescimento. Deste ponto de vista, os probióticos adquirem máxima importância, uma vez que se tornam a única pro-teção do filhote a contaminações com patógenos (dos 6 aos 21 dias de vida).

>» EFEITOS>DOS>PROBIÓTICOS>NO>HOSPEDEIRO• Manutenção da saúde geral: Inibição dos microorganismos patogênicos e estimulação do crescimento de uma microflora benéfica após o nascimento. Em animais mais velhos, eles restauram o equilíbrio da microflora após terapia com antibióticos, mudanças na dieta ou do estresse de transporte. Assim, eles aumentam a produtividade do animal através da redução de diarréias, que são a maior causa de mortalidade nos animais jovens e mantém a produtividade em animais mais velhos.

• Promoção do crescimento: Devido a sua influência benéfica na microflora gastrointestinal, os probióticos otimizam o crescimento do seu hospedeiro per-mitindo-lhe expressar todo o seu potencial genético. Ressalte-se também que algumas das enzimas produzidas pelos probióticos aumentam a digestão de nu-trientes com a conseqüente melhora na eficiência da dieta.

• Prevenção de contaminações com patógenos: Utilizado durante toda a vida do animal.

>» MECANISMOS>DE>AÇÃO>DOS>PROBIÓTICOS>BACTERIANOSAgem em favor do hospedeiro, por seu antagonismo a bactérias indesejáveis. O mecanismo exato da ação dos probióticos ainda é desconhecido, embora exis-tam várias teorias que o expliquem:

20

Page 21: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

1 – Exclusão por competição: Bactérias probióticas se instalam em lugares es-pecíficos da parede intestinal (microvilli) aderindo-se as células epiteliais ou vivendo na mucosa, com conseqüente exclusão de bactérias indesejáveis (a ca-pacidade de aderência é uma das características fundamentais na escolha de microorganismos como probióticos).

MECANISMOS>DE>AÇÃO>DOS>PROBIÓTICOS(Exclusão Competitiva)

• Fixação à parede intestinal impedindo a aderência de patógenos

Patógenos

Probiótico

Parede Intestinal

2 – Consumo dos nutrientes disponíveis, a expensas das bactérias indesejáveis.

MECANISMOS>DE>AÇÃO>DOS>PROBIÓTICOS(Exclusão Competitiva)

• Promovem competição por nutrientes com patógenos:

Patógenos

Probiótico

Alimento

21

Page 22: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

3 – Produção de ácidos, principalmente láctico, com a conseqüente diminuição de pH e inibição do crescimento de bactérias patogênicas como E.coli Gram -, salmonella, rotavirus, coronavírus e outros;

4 – Produção de substâncias antimicrobianas, como peróxido e bacteriocinas (atualmente, já se utilizam estas bacteriocinas naturais para conservação de ali-mentos para humanos em substituição a agentes químicos).

5 – Desintoxicação: Neutralização in situ das entero-toxinas e prevenção da sín-tese de aminas tóxicas.

6 – Estimulação do sistema imunológico: específico e não específico.

>» PRODUÇÃO>DE>BACTERIOCINASAs bacteriocinas são consideradas peptídeos biologicamente ativos que pos-suem ação bactericida.

Ners (1996) propôs a seguinte classificação para as bacteriocinas:

CLASSE I – Lantibióticos: Pequenos peptídeos ativos a nível de membrana, que contêm alguns aminoácidos pouco comuns, como a Lantionina e a dihidroala-nina, os quais se formam pela desidratação da serina e da Treonina com adição posterior de átomos de enxofre da cisteína às ligações duplas dos deshidroa-minoácidos.

Um exemplo bem conhecido destas bacteriocinas é a nisina.

CLASSE II – Não Lantibióticos: Bacteriocinas de peso molecular variável que contém aminoácidos normais. Este grupo tem 3 sub-classes:

A – Peptídeos ativos contra Listeria: possuem a seqüência de consenso na região amínica terminal – TGNGVXC e os mais característicos são a pediocina PA-1 e a Sakacina P.

B – Formados por dois peptídeos diferentes: neste grupo se encontram a Lactococcina G e as pantaricinas EF e JK.

C – Peptídeos pequenos, termoestáveis e que são transportados por outros peptídeos: São exemplos a Divergicina A e a acidicina B.

CLASSE III – Peptídeos grandes, maiores que 30 KDa: nesta classe se encon-tram as helveticinas J e V, acidofilicina A, e as lactacinas A e B.

22

Page 23: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

>» MODO>DE>AÇÃO>DAS>BACTERIOCINASSeu modo de ação é complexo: A nisina e a pediocina (produzida por Pediococcus acidilactici) são as mais estudadas: Em geral, agem destruindo a integridade da membrana citoplasmática através da formação de poros, o que provoca a saída de compostos pequenos da célula e altera a força motriz dos prótons necessária para a produção de energia e síntese de proteínas ou ácidos nucleicos, levando o microorganismo atacado à morte.

É possível que as bacteriocinas das classes I e II tenham mecanismos de ação semelhantes: aparentemente, os peptídeos se unem à membrana citoplasmáica através de uniões eletrostáticas com os fosfolipídios carregados negativamen-te. Os monômenos de bacteriocina formam agregados protéicos (formação do poro e saída de íons ATP e aminoácidos).

O resultado é a morte da célula bacteriana.

>» CONCLUSÕESO uso de probióticos na suplementação da dieta de humanos e animais é tema de grande interesse na comunidade científica sejam bactérias, leveduras ou seus metabólitos.

As bacteriocinas já se utilizam como conservantes naturais de alimentos para humanos, em substituição a agentes químicos.

Seguem-se descobrindo mais e mais bacteriocinas e seus mecanismos de ação a nível molecular são estudados a fundo com as modernas técnicas de análise disponíveis.

Assim sendo, não cabe dúvida de que os próximos anos nos trarão uma com-preensão maior destes peptídeos, para que possamos aproveitar todo o seu po-tencial em benefício do homem e dos animais.

A Pediocina (produzida por Pediococcus acidilactici) já é utilizada como conser-vador natural de alimentos, assim como a nisina (Lactococcus lactis).

O grande desafio atual e futuro é entender melhor como os microorganismos com função probiótica atuam, como interagem com a flora intestinal e uroge-nital formada por colônias selvagens e como ambas, selecionadas e indígenas, devolvem e mantém a saúde do homem e dos animais.

Avanços recentes na pesquisa de “biofilmes” e na descoberta de marcadores célula-a-célula deverão traçar o mapa do caminho a percorrer na compreensão das interações entre lactobacilus indígenas e selecionados e os “biofilmes” do intestino e do aparelho genital.

23

Page 24: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

>>DIARRÉIA>DE>RECÉM>NASCIDOS1 – A gastroenterite é responsável pela morte de até 20% dos animais afetados. Como os produtores investem cada vez mais dinheiro em genética nos seus re-banhos, suas perdas econômicas crescem de forma contínua. A proporção de animais infectados depende muito das condições de higiene do ambiente onde vivem.

Dados do rebanho francês mostram que ao redor de 70% dos filhotes são víti-mas gastroenterite no primeiro mês de vida e que até 20% deles morrem.

2 – Causas da gastroenterite:

A – Fatores não infecciosos:

Animais adultos: Más condições de saúde em geral, deficiência vitamínica, par-to difícil.

Filhotes: alta sensibilidade à gastroenterite durante os primeiros 4 dias de vida.

Influência do Ambiente: Condições de higiene no local do parto e de conserva-ção do colostro (quando ele é servido ao filhote).

B – Fatores infecciosos: Aos 5 – 6 dias de vida, a flora gastrointestinal está basicamente estabelecida e composta de bactérias lácticas, (Gram +, e bacte-roidae (Gram -). Nos primeiros 4 dias de vida, a flora que normalmente está em menor contagem, especialmente a E.coli Gram - pode obter vantagem sobre a flora benéfica, e assim iniciar uma diarréia. Realmente a causa mais comum das patologias digestivas é o desequilíbrio da microflora. Outra causa comum é a ausência de proteção do aparelho digestivo pelo sistema imunológico. Um filhote mamífero terá esta proteção do colostro nos primeiros dias, somente se o colostro tiver qualidade e quantidade.

Esta proteção do colostro é originária de um processo de imunização que se inicia no intestino da mãe, o que explica as grandes diferenças encontradas na quantidade de anticorpos nos filhotes recém nascidos. A conseqüência de um colostro pobre é que as infecções podem atacar o filhote entre, o 2º e 3º dia de vida e até os 21 dias, a partir daí seu sistema imunológico estará formado. Neste período, a proteção do filhote depende somente do equilíbrio de sua microflora. Daí a importância da preservação deste equilíbrio, já que não podemos esquecer que o nível de contaminação a que está exposto este filhote é muito alto: cama, bebedouros, cochos, contato com outros filhotes, etc, mesmo em ambientes com mais higiene.

24

Page 25: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

3 – Ação dos Probióticos no tratamento de gastroenterite dos filhotes:

O tratamento clássico da gastroenterite de filhotes se faz à base de antibióticos, especialmente colistina e soro reidratante com minerais. Os probióticos come-çaram a ser utilizados no tratamento da gastroenterite de filhotes no início do século XX. Conforme os trabalhos de J. Tournut, em boas condições de higiene no ambiente, a ingestão diária de 6x109 UFC (6 bilhões) de bactérias probióticas por animal durante os 5 primeiros dias de vida inibe a multiplicação do E.coli. No caso dos suínos 5x105 UFC ao dia por 5 dias, são suficientes.

>>GASTROENTERITE>EM>SUÍNOS>E>AVES1. Importância da gastroenterite em suínos:

Um dos maiores problemas da indústria suína é a alta mortalidade entre os lei-tões, em especial desde nascimento ao desmame. De acordo com muitos auto-res, a taxa de mortalidade pode chegar a 20% dos animais doentes e é princi-palmente causada por diarréia.

Causas da mortalidade em leitões em pré-desmame com incidência moderada de diarréia, segundo Fahy.

CAUSA DA MORTEPERCENTAGEM TOTAL DO

NÚMERO DE MORTES

Diarréia 41

Esmagamento 17

Castração 9

Anemia 6

Septicemia bacteriana 5

Enterites necróticas 3

Exposição ao frio 3

Defeitos congênitos 11

Desconhecidos 5

2. Diversas causas da gastroenterite suína:

2.1. Escherichia coli, o principal fator infeccioso:

A diarréia se caracteriza pela hipersecreção de fluídos através das paredes do intestino e dentro do lúmen, e pode ser ocasionada por um grande número de microorganismos, embora se considere que Escherichia coli é a principal causa infecciosa da gastroenterite entre suínos, conforme demonstra a tabela abaixo:

25

Page 26: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Causas>de>infecções>intestinais>em>leitões>pré-desmamados:

AGENTEPERCENTAGEM DE LEITÕES AFETADOS

CANADÁ EUA AUSTRÁLIA

Enterotoxinogenic Escherichia coli, isto é variedades K99,987P e F41

22 31 82

Salmonella spp, Campylobacter spp,Clostridium perfringens tipo A e C

n.d. n.d. n.d.

Cryptosporidium 15 18 1

Vírus gastrenterísticos transmissíveis 52 16 0

Rotavirus 9 14 n.d.

Adenovirus paccinol n.d. n.d. n.d.

n.d.�=�não�há�registro

Amostras submetidas a diagnóstico nos EUA em trabalhos conduzidos por HOEFLING, 1989, citados por JONSSON e P.CONWAY, mostraram que cepas patogênicas de Escherichia coli foram a causa da diarréia, em 26% dos casos. Estes resultados confirmam aqueles obtidos por FAHY e seus assessores quan-do concluíram que Escherichia coli era a responsável por uma média de 25% dos casos de diarréia, podendo chegar a 80% após o desmame.

2. Sensibilidade dos suínos à Gastroenterite:

Leitões são particularmente mais sensíveis a diarréia, durante estes três períodos:

• primeira semana de vida

• entre 2 e 3 semanas de vida

• no desmame

Esta sensibilidade se deve a um grande número de fatores, sendo os mais im-portantes, a imunidade do animal, o manejo do rebanho, as condições de higie-ne nos galpões.

>» SISTEMA>IMUNOLÓGICO>E>SENSIBILIDADE>SUÍNA>À>GASTROENTERITE

Embora a patologia digestiva seja causada por um desequilíbrio da microflora intestinal, um outro fator importante é a capacidade de proteção imunológica do aparelho digestivo: em períodos em que ela é deficiente é normal uma alta sen-sibilidade a diarréias, durante toda a vida do animal.

26

Page 27: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

O mamífero jovem nasce com um aparelho gastrointestinal estéril e a coloniza-ção do mesmo dependerá do seu meio ambiente.

Durante as primeiras fases da vida, o leitão é protegido de microorganismos pa-togênicos pelas imunoglobinas maternas presentes no colostro.

O colostro ingerido durante os primeiros quatro ou cinco dias de vida, teorica-mente, protegerá o leitão de distúrbios gastrointestinais. Entretanto, esta pro-teção só é eficiente se o colostro tiver qualidade e quantidade. Esta proteção imunológica dos mamíferos se inicia no intestino da mãe, por isso, a quantidade de anticorpos para o filhote varia significativamente.

Quando se trata de suínos, é preciso levar em conta que na grande maioria dos criatórios, o animal está exposto a um altíssimo nível de contaminação micro-biana, o que aumenta os riscos de infecções em todas as fases de desenvolvi-mento. O aumento da sensibilidade às diarréias na segunda e terceira semanas de vida parece estar relacionado à diminuição dos anticorpos no leite materno a partir do 5º dia de vida.

Assim, o filhote fica exposto a infecções desde o 1º ou 2º dia de vida até os 21 dias, idade em que o sistema imunológico do animal se manifesta.

Neste período, a ingestão de probióticos se reveste de suma importância.

>» INFLUÊNCIA>DO>MANEJO - Estresses, incluindo o dietético, são causadores de danos à flora do aparelho digestivo de ratos, homens e suínos. Somam-se a ele as condições desfavorá-veis do ambiente como alta contaminação, gases emanados das fezes, partícu-las de pó no ar, superpopulação, temperaturas inadequadas.

- As porcas parem grandes ninhadas, de 10 a 15 leitões, o que os faz nascer algo imaturos e portanto mais sensíveis.

- A diarréia pós-desmame acontece entre o 4º e 10º dia após o desmame. O principal agente causador são cepas de E.coli patogênicas. Porém, muitos lei-tões recém desmamados estão contaminados com estas cepas de E.coli e ainda assim permanecem saudáveis (melhor resposta do sistema imunológico).

AS>CAUSAS>PROVÁVEIS>DA>DIARRÉIA>PÓS-DESMAME• Imaturidade dos leitões;

• Estresse alimentar;

27

Page 28: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

• Altas temperaturas e umidade (são prejudiciais aos linfócitos que segre-gam anticorpos do intestino);

• Estresse social.

>>AÇÃO>DE>PIGFLORA>SOBRE>AS>INFECÇÕES>UROGENITAISHá cerca de 20 anos atrás, ficou demonstrado pela primeira vez, a capacidade que cepas selecionadas de bactérias produtoras de ácido láctico, apresentam de proteger o seu hospedeiro de infecções urogenitais. Desde então, centenas de cepas de bactérias lácticas foram isoladas e testadas. As cepas utilizadas na formulação de Pigflora foram selecionadas entre outros fatores, por terem de-monstrado sua aptidão tanto como probiótico no intestino como no aparelho urovaginal.

28

Page 29: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Análise�microbiológica�de�Lactobacillus�acidophillus�e�Enterococcus�faeciem,�realizada�a�partir�de�swabs�intestinais�e�vaginais

As bactérias do Pigflora aderem-se às células da vagina e da região uroepitelial, colonizando a região e impedindo o crescimento e a aderência de microorga-nismos patogênicos. Elas produzem peróxido e um potente biosurfactante que impede a aderência de organismos patogênicos como E.coli, Enterococcus fae-calis, Klebsiela pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus do gru-po B, Providência stuartii, Staphilococcus epidermidis e os patógenos genitais Candida albicans e Gardnerella vaginalis.

29

Page 30: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

A flora urogenital está composta por mais ou menos 50 diferentes espécies, as quais formam um “Biofilme” que se adere à parede dos órgãos e ao muco, for-mando uma “barreira” protetora.

>» BENEFÍCIOS>DA>UTILIZAÇÃO>DE>PIGFLORA>NA>PRESENÇA>E>TRATAMENTO>DE>INFECÇÕES>UROGENITAIS

• Evita os efeitos colaterais da antibiótico-terapia;

• É um meio seguro de controle do ponto de vista ambiental

• É a opção mais barata de tratamento;

• Trata-se de mecanismo natural, efetivo e prático na prevenção e cura das infecções urovaginais;

• As infecções vaginais em porcas já foram descritas como epidêmicas, e os probióticos surgiram como uma forma natural de diminuir a sua incidência e preservar a saúde da porca, sem a contínua administração de antibióticos.

• O retorno de cio cai drasticamente;

• Aumenta a fertilidade da matriz, que pare leitegadas maiores em número e tamanho;

• Estimula a produção de leite, essencial ao desenvolvimento do leitão, des-de seu nascimento até a terminação.

30

Page 31: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

>» DESEMPENHO>DE>PIGFLORA>EM>MATRIZES>E>LEITÕES>E>BIOCALF>EM>LEITÕES

Trabalho realizado pela Embrapa de Concórdia durante 12 meses – out/07 a out/08 em uma granja de suínos em Iomerê - SC

Item Controle Tratado

Mortalidade na maternidade % 11,79 7,72

Diarréia na maternidade % 5,22 1,81

Idade do desmame 21,18 19,19

Peso ao desmame* 5,49 5,30

Densidade urina porcas no desmame 1017,9 1012,5

Nitrito urina porcas no desmame 25,0 0

Taxa de partos % 70,8 87,5

Intervalo desmama cio-dias 8,48 6,41

Partos % 70,8 87,5%

Descarte de porcas % 28,2% 12,5%

Aborto % 4,17% 0%

Morte de porcas % 6,25% 0%

Retorno ao Cio 12,5% 6,25%

*Por�problemas�com�troca�de�tratador,�os�leitões�do�galpão�de�teste�não�receberam�coccidiostático�nas�dosagens�necessárias�para�proteger�os�animais.

>>COMO>AGE>O>PIGFLORA?A primeira ação, e a mais comentada, é a colonização massiva do aparelho gastrointestinal e do aparelho urogenital com bactérias benéficas ao animal. O Lactobacillus acidophillus se implanta no aparelho urogenital e é utilizado inclu-sive em mulheres, na forma de capsulas intravaginais, para tratar corrimentos. Estas bactérias se reproduzem em ambos, predominando sobre a flora selva-gem.

O probiótico, na verdade, atua de forma muito mais abrangente:

1 – As bactérias de Pigflora se aderem à mucosa intestinal e urogenital, impe-dindo a aderência de patógenos.

2 – Produzem ácido lático, substâncias anti-aderentes, peróxidos e bacterioci-nas, os quais também beneficiam a flora oral.

31

Page 32: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

3 – Lactobacillus acidophilus e Enterococcus Faecium interagem com o sistema imunológico através da produção de citokinas, as quais cumprem o papel de transportadoras da resposta imunológica.

4 – Recentemente, um estudo realizado por Johnson-Henry KC et�al. 2004 de-monstrou à capacidade destas cepas de impedir a colonização por Heliobacter pylori, causador de úlceras gástricas.

5 – Os mesmos pesquisadores demonstraram sua ação no combate a doenças inflamatórias do intestino, fibrose cística e colite produzida por radioterapia.

6 – Lin et�al. 1998 e Montes et�al. 1995, demonstraram a capacidade do L. aci-dophilus de melhorar a digestão da lactose, graças à produção de lactase pela bactéria.

7 – Finalmente, estudos recentes demonstram a importância dos probióticos no tratamento de dermatite atópica (indivíduos com atopia possuem flora intestinal desequilibrada) – Miraglia del Giudice M e De Lucca MG, 2004; Ogden MS et�al.,Bielory L, 2005; Rosenfeldt V et al., 2004; Viljanen M et�al. 2005).

Também estão sendo utilizados probióticos no tratamento do colesterol alto, diabete, hipertensão, trigliceridios e como protetor do organismo contra o apa-recimento de câncer de colo e outros. Nestes casos, ainda são necessários mui-tos estudos.

>» RESULTADOS>DA>UTILIZAÇÃO>DE>PIGFLORA• Equilíbrio da flora intestinal e urogenital, prevenção e cura de diarréia, cor-rimento e cistites;

• Promoção natural do crescimento;

• Acidificação do trato gastrointestinal e urogenital;

• Aumento do apetite e da conversão alimentar;

• Estimulação do sistema imunológico, com mais saúde do rebanho;

• Diminuição significativa dos custos de produção.

DOSAGENS>A>SEREM>UTILIZADAS• Leitões recém nascidos: 1 envelope de 5grs de Biocalf p/ 10 a 20 leitões (dependendo das condições de higiene) de 3 a 5 vezes, desde logo após o nascimento até a castração. (Para colonizar o intestino);

• Pré-inicial 1: 2kg de Pigflora/tonelada de ração;

32

Page 33: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

• Pré-inicial 2: 2kg de Pigflora/tonelada de ração (até 35 dias);

• Pré-inicial 3: 1kg de Pigflora/tonelada de ração;

• Crescimento: 500grs de Pigflora/tonelada de ração em condições normais;

• Terminação: 250grs de Pigflora/tonelada de ração.

• Gestação e reprodutores: 250grs de Pigflora/tonelada de ração;

• Pré-parto e lactação: 1kg de Pigflora/tonelada de ração;

• Quando houver corrimentos: Até 2kg de Pigflora/tonelada de ração, depen-dendo da gravidade e até curar; depois voltar à dosagem normal.

• 1 envelope para 10 a 20 leitões de 2 a 5 vezes dependendo de quantas ve-zes se pega o leitão na mão e do nível de contaminação do criatório, sendo a primeira dosagem logo após o nascimento.

OBS: No início da dosagem de Pigflora, usar 2kg/ton de Pigflora em todas as fases, para antecipar o predomínio das bactérias probióticas.

APRESENTAÇÃOEmbalagens de 1kg e 30kg.

SEGURANÇA>As bactérias utilizadas no Pigflora são de consumo humano e classificadas pelo FDA como GRAS (Generally�Recognized�as�Safe).

Pigflora não polui o ambiente e não deixa qualquer resíduo na carne.

NÍVEIS>DE>GARANTIACada grama de Pigflora contém: L. acidophillus KN 3100 = 5x108 UFC, Enterococcus faecium KN 2800 = 5x108 UFC, num total de 1 bilhão de UFC/g.

POR>QUE>USAR?• equilibra a flora intestinal;• atua como promotor de crescimento natural;• acidifica o trato gastrointestinal;• melhora a conversão alimentar;• aumenta o apetite;• estimula o sistema imunológico;

33

Page 34: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

• diminui a incidência de diarreia em leitões;• diminui corrimentos e infecções do trato urinário em matrizes, aumentan-do a fertilidade;• reduz odores indesejáveis;• melhora a fixação embrionária;• reduz os custos com antibióticos;• não deixa resíduos na carne;

• melhora a produção de leite em matrizes.

Resistência a Antibióticos

Enterococcus Faecium: Ampicilina, vancomicina, quinolonas, penicilina, amino-glicosidas.

É denominado “supergerme” pela comunidade científica devido à sua resistência.

Lactobacillus acidophilus: Streptomicina, Neomicina, Kanamicina, Gentamicina, Tetraciclina, Ferramicina, Aureomicina, Polimixina B, Colistina.

Testes realizados na propriedade do Sr. Ricardo Codebella, na cidade de Concórdia – SC, onde foram avaliados 5 lotes de leitões.

>» PROTOCOLO>UTILIZADO• As porcas na gestação receberam 1kg de Pigflora/tonelada;

• Leitões recém-nascidos : 3 doses, cada uma contendo 1 envelope de 5g de Biocalf, diluído em 20ml de água, para 10 leitões;

• Quando saiam da maternidade os animais receberam Pigflora na ração, na dosagem tinha 2kg de Pigflora/ tonelada de ração ate 15 dias, a partir de 15 dias se administrou 1kg/ton de Pigflora na ração .

>» OBSERVAÇÕES• Teste 3: foi provado novo suplemento mineral e aumentou em 15 dias o tempo de alojamento e o conseqüente consumo de ração.

• Teste 4: ração com alta micotoxina.

34

Page 35: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

• Testes 4 e 5: revelam um início de contaminação cruzada (os animais tes-temunha estão ingerindo bactérias probióticas), o que é normal acontecer, já que os animais estão no mesmo galpão, e já se nota uma melhora na performance dos lotes testemunha.

>» RESULTADOS>GERAIS• O aumento médio da receita líquida com o uso de Pigflora e Biocalf em 100 leitões foi de R$ 778,00, representando um incremento médio de 28,26%. A partir da próxima fase, o custo do probiótico/tonelada de ração cai à metade, chegando a 1/8 na terminação;

• Houve economia média de 6 dias de alojamento em cada teste, no lote de leitões que receberam probiótico, o que representa 11,3% do tempo de alojamento, que não foram traduzidos em valores aqui;

• O valor da ração no lote 3 foi estimado.

>» RESULTADOS>DO>PIGFLORA>NA>DIETA>DAS>PORCAS>EM>GESTAÇÃO>

• As porcas em gestação receberam 1kg de Pigflora na ração por tonelada;

• Apresentaram uma redução de 20% no retorno de cio e tiveram uma dimi-nuição no consumo diário de 200gr de ração/dia;

• Desmamaram uma média de 3% a mais de leitão por porca.

Testemunha Probiótico Diferença %Legenda

Tempo para atingir o peso ideal (dias)

Teste 2Teste 1 Teste 3 Teste 4 Teste 5

69

62

70

62

84 84

68

60

69

61

69

62

70

62

84 84

68

60

69

61

10

20

30

40

50

60

70

80

Dias

35

Page 36: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Probiótico vs Testemunha

13,86

15,94

14,92

15,28

13,78

14,75 14,83

16,16

13,96

15,12

13,86

15,94

14,92

15,28

13,78

14,75 14,83

16,16

13,96

15,12

Teste 2Teste 1 Teste 3 Teste 4 Teste 5

13

13,5

14

14,5

15

15,5

16

Ganh

o de

Pes

o (k

g)

Consumo de ração (kg)

Teste 2Teste 1 Teste 3 Teste 4 Teste 5

23,47

26,66

34,57

23,67 22,87

19,8718,36

32,21

21,9720,74

10,27%7,74%7,33%

45,21%

18,12%

23,47

26,66

34,57

23,67 22,87

19,8718,36

32,21

21,9720,74

10,27%7,74%7,33%

45,21%

18,12%5

10

15

20

25

30

35

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Cons

umo

Coversão ração / kg carne

Teste 2Teste 1 Teste 3 Teste 4 Teste 5

1,64

1,37

16,27

1,60

1,36

14,82

2,51

2,18

12,95

1,79

1,20

32,76

1,69

1,25

26,39

1,64

1,37

16,27

1,60

1,36

14,82

2,51

2,18

12,95

1,79

1,20

32,76

1,69

1,25

26,390,5

2,5

2

1,5

1

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Cove

rsão

36

Page 37: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Uso dos Probióticos em Suínos

>>UNIDADE>DE>OBSERVAÇÃOEmbrapa Suínos e Aves - Concórdia - SCPeríodo: novembro/06 a fevereiro/07Armando Lopes do Amaral - Biólogo MSc.E-mail: [email protected] Paulo R. Silveira - Med. Vet. DSc.

>>DADOS>DA>GRANJA

Nº de porcas: 169

Leitoas: 12

Machos: 3

Nº partos: 150

Partos mensal: 30

>>ÁREAS>DE>DOMÍNIO>NO>MANEJO>DA>GRANJA• Síndrome da diarréia na maternidade;• Problemas dos leitões na creche;• Rinite atrófica e pneumonias em suínos;• Desempenho reprodutivo da fêmea suína;• Artrite de suínos no abate;• Vício de sucção em leitões de creche;• Linfadenite granulomatosa;• Salmonela;• Patologia do parto e puerpério da fêmea suíno;• Infecção urinária;• Índice de produtividade.

Legenda:Negrito: Indicações do fabricante demonstradas do teste;Normal: indicações do fabricante

37

Page 38: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Biocalf

Sua finalidade é colonizar o intestino dos lei-tões diminuindo as diarréias bacterianas.

>>APLICAÇÃO>EM>LEITÕESIndicação preventiva: um envelope diluído em 40ml de água administrado oralmente com uma seringa ou pigdoser para 20 leitões.

Na granja está sendo usado como preventivo e desde do início (cinco meses) não foi mais usa-do antibiótico preventivo no primeiro dia de vida (usado com pigdoser nos três primeiros dias).

Indicação curativa: dois envelopes diluídos em 40ml de água administrados oralmente com uma seringa ou pigdoser para 10 leitões (não utiliza-mos na granja).

38

Page 39: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Pigflora

>>PRINCIPAIS>RESULTADOS>DO>USO>DE>PIGFLORA

>» EM>MATRIZES• Modula o sistema imunológico e diminui o stress;

• Diminui corrimentos e infecções do trato uri-nário das matrizes;

• Reduz odores indesejáveis;

• Maior facilidade nos partos;

• Maior produção de leite;

• Diminui diarréias neo-natais nos leitões;

• Leitões mais pesados ao nascer e ao desmame;

• Melhora a fixação embrionária.

>» EM>LEITÕES• Diminui drasticamente a incidência de diarréias;

• Aumenta a taxa de ganho de peso em até 6%; Não avaliamos;

• Diminui a necessidade de uso terapêutico de antibiótico;

• Diminui a produção de amônia na maternidade e na creche, melhoran-do o ar do ambiente;

• Mantém a saúde gastrointestinal dos leitões. Não avaliamos.

39

Page 40: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Resultados

Resultados das duas coletas de Urina

17,9

30,5

9,1

20,9

0

5

10

15

20

25

30

35

Antes de Pigflora Depois de Pigflora

%

Positivo para nitrito

Fita Estimado

39,1

60,9

81,8

18,20

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Antes de Pigflora Depois de Pigflora

%

Densidade da Urina

Até 1012

Acima 1012

Densidade de Urina

12,4

12,7

11,812,0

11,2

11,4

11,6

11,8

12,0

12,2

12,4

12,6

12,8

13,0

T_nasc vivos

Nº d

e na

scid

os

Média de nascidos totais e vivos em cinco mesesTamanho da leitegada

Anterior Pigflora

40

Page 41: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Gastos em medicamentos

1.401,70

771,80

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

Anterior Pigflora

R$

Gasto médio com medicamentos

(5 meses antes e 5 depois)

21,8

14,4

0

5

10

15

20

25

Anterior Pigflora

%

Média (cinco meses)Retorno ao cio mensal

>>BALANÇO>DOS>RESULTADOS>ATÉ>O>MOMENTO

>» LEITÕES• Previne diarréia dos leitões logo após ao nascer (Biocalf);

• Não tem problema de diarréia neonatal;

• Leitões estão nascendo com peso médio maior (subjetivo).

>» PORCAS• Reduziu o retorno ao cio;

• Reduziu a presença de nitrito na urina das porcas;

• As porcas estão ingerindo mais água;

• Diminuiu o gasto com medicamento da granja em ± 45 %;

• Reduziu os odores da granja (subjetivo).

41

Page 42: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

P r o g r a m a d e N u t r i ç ã o p a r a S u í n o s

Referências Bibliográficas

Nonruminant nutrition: Mannan... J. Anim. Sci. Vol 83, Suppl. 1/J – Dairy Sci Vol. 88, Suppl. 1.

Effect on weaner pig performance and diet microbiology of feeding… Tina Geary, Peter Brooks, Jane Beal, A. Camp. Bell – University of Plymouth, Faculty of Agriculture, Journal of Science of food and agriculture – Vol. 79 Issae 4, p. 633-640.

Antibiotic Growth Promoters in Food… P. Hughes, School of Bioche mistry and Molecular Biology, Univ. Leeds, U.K. – J. Heritage… Univ. Leeds, U.K.

Probiotic, probiotic and synbiotics – The American Journal of Clinical Nutrition

Blanca. Edelia Gonzalés – Martinez, Marivel Gómes Trevino, Zacarias Jimenez – Salas – Facultad de Salud Pública de Nuevo Leon (Univ. Autônoma de Nuevo Leon) – Junho 2003. Guarner F= El colon como órgano: habitat de la flora bacteriana – Alimentacion, Nutricion y salud 7 (4) 99-106 – 2000.

Freepatents online: Probiotics as alternative medicine against infectious diseases:

Bacteriocinas and lactic acid bacteria – a review. Savadogo Aly, Ouatara Cheik, Bassole Imael Traoere S. Alfred – Laboratoire de Microbiologie et de Biotechnologie, Universite de Ouagadougou – Burkina Faso African Journal of Biotecnoloy Vol. 5 (9) p.678-683, maio 2006.

Secretion of Recombinant Pediocin PA – 1 by Bifidobacterium… Gi – Seong, Yu – Ryang Pyun, Myeong Soo Park, Geum Eog Ji, Wang June Kim – Food Research Safety Division, Korea Foo Research Institute – April, 2005.

Avaliação de probióticos após o desmame e... Caio A. da Silva, Edgard H. Hoshi, Graziela D. Pacheco, Marcus V. Briganó – Universidade Estadual de Londrina – Paraná. 2006.

42

Page 43: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e

Se você tem alguma dúvida ou sugestão em relação a este material, por gentileza enviá-la para:

Fax: (54) 2521-3100 ouE-mail: [email protected]

Anotações

43

Page 44: Programa de Nutrição para Suínos - kerabrasil.com.br · Origem na natureza 16 Biossegurança 16 ... Gastroenterite em suínos e aves 25 ... dispêndio da produção de leite, e