suínos e aves 53 (2013)

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INFORMATIVO DA EMBRAPA SUÍNOS E AVES - CONCÓRDIA/SC - ANO XIX - DEZEMBRO DE 2013 - EDIÇÃO Nº 53 Suínos e Aves 5º PDU orienta o futuro TECNOLOGIA Documento está na fase final de elaboração e define prioridades dos próximos anos - Pág. 2 Embrapa avalia microalgas e já chegou à conclusão de que elas podem incrementar a geração de biogás em sistemas de tratamento Microalgas para tratar os dejetos da suinocultura ALTERNATIVA PÁGINA 5 AVESUI 2009 PÁGINA 4 CIÊNCIA Embrapa é destaque durante premiação da 16ª edição da Abraves Três pesquisas ficaram entre as melhores PÁGINA 4 PARCERIA Transferência apoia trabalho de redes de assistência técnica Ações envolvem projetos no Sul do país PÁGINA 6 EDUCAÇÃO Estudantes mantêm contato direto com o saber científico Exposição fez sucesso na Casa da Ciência PÁGINA 5

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Informativo externo da Embrapa Suínos e Aves

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Page 1: Suínos e Aves 53 (2013)

INFORMATIVO DA EMBRAPA SUÍNOS E AVES - CONCÓRDIA/SC - ANO XIX - DEZEMBRO DE 2013 - EDIÇÃO Nº 53

Suínos e Aves

5º PDU orienta o futuroTECNOLOGIA

Documento está na fase final de elaboração e define prioridades dos próximos anos - Pág. 2

Embrapa avalia microalgas e já chegou à conclusão de que elas podem incrementar a geração de biogás em sistemas de tratamento

Microalgas paratratar os dejetosda suinocultura

ALTERNATIVA

PÁGINA 5

AVESUI 2009

PÁGINA 4

CIÊNCIA

Embrapa é destaquedurante premiação da16ª edição da AbravesTrês pesquisas ficaram entre as melhores

PÁGINA 4

PARCERIA

Transferência apoiatrabalho de redes deassistência técnicaAções envolvem projetos no Sul do país

PÁGINA 6

EDUCAÇÃO

Estudantes mantêmcontato direto como saber científico Exposição fez sucesso na Casa da Ciência

PÁGINA 5

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P2

Unidade define prioridades daquinta edição do Plano Diretor FALA

CHEFIA

PDU alinhadocom o futuro

Dirceu João Duarte TalaminiCHEFE GERAL

PLANEJAMENTO

Planejar o futuro depende de uma ação forte no presente. Foi isso o que a Embrapa Suínos e Aves fez no decorrer de 2013 no que diz respeito a consultar as cadeias produtivas com as quais se relaciona para fundamentar seu principal documento orien-tador, o PDU, para os próximos quatro anos.

Aliás, a atuação em estreita sintonia com a sociedade é uma das marcas da nossa Unidade, e da Embrapa como um todo. En-tender o que o Brasil precisa e transformar esses desafios em soluções tecnológicas é o dever que cumprimos diariamente. A 5ª edição do PDU atualizará as prioridades da Unidade e nos manterá alinhados com o futuro da suinocultura e avicultura.

O informativo Suínos e Aves é edi-tado pelo Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to.

Embrapa Suínos e Aves

Dirceu João Duarte Talamini Chefe geral

Gerson Neudi Scheuermann Chefe adjunto de Pesquisa e

Desenvolvimento Luizinho Caron

Chefe adjunto de Transferência de Tecnologia

Fernando Luís De ToniChefe adjunto de Administração

Edição e RedaçãoJean Carlos Porto Vilas Boas Souza

(MTb/SC 00717)Lucas Scherer Cardoso

(MTb/RS 10158)

FotografiaArquivo Embrapa Suínos e Aves

Tiragem700 exemplares

ImpressãoGráfica Nova Print

Endereço: BR-153, km 110, CEP 89700-000, Concórdia/SC

Fone: (49) 3441-0400

EXPEDIENTE

Conselho Assessor Externo da Unidade priorizou os temas apresentados comoimportantes pela equipe da Embrapa

A Embrapa Suínos e Aves está na fase final de elabora-ção da quinta edição do seu Plano Diretor, chamado de PDU. Durante o ano de 2013, a Unidade ouviu as principais lideranças das cadeias pro-dutivas de suínos e aves para chegar aos principais desa-fios tecnológicos dos próxi-mos anos. Também fez uma análise crítica interna para definir em quais pontos é preciso avançar para que a Unidade dê as contribuições para a superação desses desafios. As diretrizes do 5º PDU orientarão a Embrapa Suínos e Aves pelos próximos quatro anos.

O 5º PDU também se alinhará ao que pensam os

nove integrantes do Conselho Assessor Externo (CAE), da Unidade. Como representan-tes das cadeias produtivas, eles selecionaram a ordem de prioridade das demandas levantadas pela Embrapa Suínos e Aves. ‘‘O CAE possui integrantes com visão ampla sobre as cadeias produtivas de suínos e aves, que certa-mente nos deram aponta-mentos de grande valor”, dis-se o chefe geral da Unidade, Dirceu Talamini.

De acordo com Gerson Scheuermann, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvi-mento e coordenador do gru-po responsável pela elabora-ção do 5º PDU, o documento tentará definir com a maior

exatidão possível os projetos e ações que serão priorizados nos próximos anos. ‘‘Esse ponto é decisivo. Teremos um PDU mais focado’’, afirmou Gerson.

De antemão, é possível afirmar que a nova edição do PDU reforçará a importância da presença da Embrapa no desenvolvimento de soluções tecnológicas em temas como a garantia da qualidade sani-tária dos rebanhos e no de-senvolvimento de alternativas para a redução do impacto ambiental das produções de suínos e aves. O subsídio de informações para o aprimora-mento, ou elaboração, de po-líticas públicas para os dois setores também ganhou des-taque entre as sugestões de prioridade para a quinta edição do Plano Diretor.

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P3

Com adição de óleos na ração,carne suína tem mais ômega 3

QUALIDADE

A Embrapa Suínos e Aves tem estudado nos últimos anos alternativas para melho-rar ainda mais a qualidade da carne suína. Uma das alterna-tivas que já obteve resultados concretos é o acréscimo dos óleos de canola e linho nas ra-ções dos animais para ampliar a quantidade de ômega 3 na

carne, ácido graxo que atua de diversas formas na melhoria da saúde humana.

A pesquisa, liderada pela pesquisadora Teresinha Marisa Bertol, tem como objetivo ofer-tar ao mercado brasileiro pro-dutos com características dife-

renciadas, assim como acon-tece na Europa. ‘‘Já estamos testando essa carne com mais ômega 3 e marmoreio na pro-dução de presunto curado em Flores da Cunha, no Rio Gran-de do Sul, e na produção de copa suína. Acreditamos que haja espaço para nichos de mercado dirigidos a consumi-dores que preferem consumir um produto diferenciado’’, ex-plicou a pesquisadora.

A carne suína rica em ôme-ga 3 também seria uma opção para as pessoas que possuem doenças que restringem o con-sumo da gordura animal. A adi-ção dos óleos de canola e li-nho aumenta ligeiramente o custo de produção, de acordo com as avaliações da Embra-pa. Mas esse custo é compen-sado pela qualidade da carne.

A equipe liderada pela pes-quisadora Teresinha Marisa Bertol conta ainda com os pesquisadores Elsio Figueire-do, Jorge Ludke e Jonas dos Santos Filho, ambos da Em-brapa Suínos e Aves. Também são parceiros o professor Nel-cindo Nascimento Terra, da Universidade Federal de Santa Maria (RS), e o professor Rogé-rio Campos, da Universidade Federal do Vale do São Fran-cisco (PE). A proposta é incen-tivar especialmente pequenos frigoríficos ou cooperativas a apostarem na carne suína rica em ômega 3.

Avaliação e planejamentodos projetos

Para aprimorar a gestão dos projetos que a Unidade mantém em várias fontes de financiamento, anualmente é promovida uma semana avaliação e planejamento da programação. Em 2013, entre 25 e 29 de novembro, todos os líderes apresentaram como está o andamento dos projetos que ge-renciam, expondo especialmente os resultados já alcançados e as ações previstas para 2014.

De acordo com o chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Gerson Scheuermann, a semana de avaliação e planejamento de projetos é fundamental para que a Embrapa Suínos e Aves tenha a clareza se está seguindo as dire-trizes apontadas em documentos como o Plano Diretor da Unidade. ‘‘É um momento também para que as equipes compartilhem as estra-tégias de sucesso utilizadas em cada projeto’’.

REUNIÃO

Unidade apoia ação parlamentarda suinocultura

A Embrapa Suínos e Aves é uma das instituições que dão apoio à Frente Parlamentar da Suinocultura, instalada oficial-mente pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina no último dia 11 de setembro. A Frente é presidida pelo deputado estadual Moacir Sopelsa e tem como objetivo propor soluções para problemas da atividade no Estado, como é o caso da baixa oferta de milho.

Outro tema destacado pela Frente é a ampliação de investi-mentos para que Santa Catarina melhore o status sanitário do reba-nho e mantenha a exportação para mercados exigentes, como o japo-nês. O chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Gerson Scheuermann, participou do lança-mento da Frente Parlamentar e colocou a Unidade à disposição dos deputados. ‘‘Temos condições de subsidiar a Frente Parlamentar com informações sobre os mais diferentes temas ligados à suino-cultura. Dessa forma, auxiliaremos os deputados a tomarem as me-didas adequadas às propostas que defendem’’.

FRENTE

Dados sobre a suinocultura brasileiraNA CIAS

Já está disponível na página eletrônica da Central de Inteli-gência de Aves e Suínos (CIAS), no endereço eletrônico www.cnpsa.embrapa.br/cias, o documento ‘‘Caracterização da Suinocultura no Brasil a partir do Censo Agropecuário 2006 do IBGE’’. O documento orga-niza e disponibiliza dados do Censo Agropecuário 2006, rea-lizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que caracteriza a suino-cultura no Brasil.

Embrapa quer fomentar a ofertade produtos com apelo nutricional diferenciado, como na Europa

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P4

Três prêmios para a Embrapano 16º Congresso da Abraves

RECONHECIMENTO

Três trabalhos científicos desenvolvidos na Embrapa Suínos e Aves foram premia-dos no 16º Congresso da Associação Brasileira de Mé-dicos Veterinários Especialis-tas em Suínos (Abraves), realizado no início de novem-bro em Cuiabá (MT). O con-gresso é um dos principais eventos científicos do setor realizados no país.

Em sanidade suína, o primeiro lugar ficou com o trabalho ‘‘Pasteurella multocida sorotipo A como causa primária de pneumonia em suínos’’, do estudante de doutorado João Xavier de Oliveira Filho, com coautoria de Marcos Mores, Raquel Rebelatto, Franciana Bellaver, Cátia Klein, Arlei Coldebella, David Barcellos e Nelson Morés, líder do projeto sobre Pasteurella.

O segundo lugar ficou com trabalho ‘‘Heterogeneidade do perfil de anticorpos contra o vírus Influenza A em suínos’’, de Danielle Gava, Janice Za-nella, Rejane Schaefer, Simone Silveira, Marisete Schiochet, Catia Klein e Arlei Coldebella. Em nutrição, o trabalho ‘‘Estimativa da composição nutricional do milho no sul do Brasil nos anos de 2011 e 2012’’, de Gustavo Lima, Naiana Manzke, Fernando Tavernari e Dirceu Zanotto recebeu o terceiro lugar.

Durante o evento, também foi eleita a nova diretoria da Abraves. A presidente, Lauren Ventura, e a segunda secre-tária, Suzana Satomi, são do Cedisa (Centro de Diagnóstico de Sanidade Animal), que funciona junto à base física da

Embrapa Suínos e Aves. Os outros integrantes da diretoria são os pesquisadores Nelson Morés (vice-presidente), Janice Zanella (primeira secretária) e Jalusa Kich (primeira tesou-reira) e o analista Marcos Mores (segundo tesoureiro), todos da Embrapa Suínos e Aves.

A limpeza e adesinfecção emformato de vídeo

O Projeto Qualisui, desenvol-vido em conjunto pela Embrapa Suínos e Aves e a Seara Alimen-tos/JBS, finalizará em março de 2014 um vídeo sobre limpeza e desinfecção de instalações que produzem suínos. O Projeto Qua-lisui investe na validação de um programa de controle da bactéria salmonela. De acordo com a pes-quisadora Jalusa Deon Kich, que lidera o projeto, limpeza e desin-fecção bem feitas são importantes para um bom controle da salmo-nela e da condição sanitária do re-banho como um todo. ‘‘Vamos apresentar no vídeo todos os pro-cedimentos indispensáveis para que se garanta um ambiente ade-quado aos suínos. Vamos ressaltar ainda que limpeza e desinfecção bem feitas significam maior produ-tividade e resultado para o produ-tor’’, afirmou a pesquisadora.

NO CAMPO

Estudo analisao consumo de água dos leitões

A Embrapa Suínos e Aves, em parceria com o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados (Sindicarne) de Santa Catarina, desenvolverá um estudo sobre o consumo de água nas unidades especializadas na produção de leitões, chamadas de UPLs, com-plementar à pesquisa finalizada em 2012 sobre o consumo de água na terminação de suínos. Segundo o pesquisador Paulo Armando de Oliveira, que coordena o estudo, é provável que o resultado final mos-tre que hoje se usa menos água na produção de leitões (em compara-ção com os dados anteriores), a exemplo do que aconteceu du-rante a análise da terminação.

UPL

Uma década de avanços ambientaisLIVRO

A Embrapa Suínos e Aves apre-sentou em julho o livro ‘‘Suinocul-tura no Alto Uruguai Catarinense: uma década de avanços ambien-tais’’. A obra foi lançada durante a Expo Concórdia 2013 (na foto ao lado, o pesquisador Claudio Miran-da, organizador do livro, entrega oficialmente um exemplar ao vice-prefeito de Concórdia, Neuri San-thier). A publicação apresenta em 312 páginas a trajetória do Termo de Ajustamento de Condutas da Suinocultura da Região do Alto Uruguai Catarinense.

Marcos Mores, Jalusa Deon Kich, João Xavier e Nelson Morés: Embrapafoi um dos destaques da Abraves 2013

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P5

Estudantes de Concórdia emcontato com a tecnologia

EXPOSIÇÃO

Alunos da Escola Básica Professor Mansueto Boff e do Colégio CEM (Cooperativa Educacional Magna) de Con-córdia participaram da I Expo-sição Ciência Embrapa, que aconteceu na Casa da Ciência da Embrapa, localizada na Minicidade Cooperativista do Colégio CEM no município.

A exposição foi uma opor-tunidade para os alunos terem um contato mais próximo com a ciência e com alguns mate-riais e equipamentos usados nas pesquisas. Entre os

equipamentos apresentados, destaque para o ovoscópio. “A ovoscopia consiste em observar o interior do ovo através de uma fonte de luz em ambiente escu-ro”, explicava a assistente de pesquisa Tania Klein enquanto fazia uma demonstração para os alunos.

Para a professora Daiane Patzlaff, da Escola Mansueto Boff, a exposição instigou nos alunos o gosto pela pesquisa. "É um contato diferente, onde os estudantes se sentem

motivados a promover a iniciação científica e a inova-ção”, disse. Já para a professo-ra Sandra Paludo, do Colégio CEM, as atividades na Casa da Ciência proporcionaram aos alunos uma visão diferenciada sobre o que representa a ciên-cia na vida de cada um. “A ex-posição desperta a curiosidade e transforma a maneira que eles obtêm conhecimento”, disse.

A I Exposição Ciência Embrapa marcou a participa-ção da empresa na Semana Nacional de Ciência e Tecnolo-gia (SMCT), que tem a finalida-de de mobilizar a população, em especial crianças e jovens, valorizando a atitude científica e a inovação.

Projeto apresentaresultados de trêsanos de pesquisa

O Projeto Agricultura Familiar e Meio Ambiente no Território do Alto Uruguai Catarinense (Projeto Filó) apresentou os resultados de três anos de atividades.

Entre eles, está a criação da rede Filó, atuante na difusão de informações, mobilização social e promoção de eventos relaciona-dos a meio ambiente e agricultura familiar; a pós-graduação (especia-lização) em parceria com o Institu-to Federal de Santa Catarina e a elaboração do processo de plane-jamento participativo da Associa-ção dos Vizinhos do Parque Esta-dual Fritz Plaumann, incluindo o levantamento e o mapeamento da aptidão de uso dos solos da área do entorno do parque.

O Filó também atuou com o desenvolvimento e validação de uma proposta metodológica que poderá subsidiar o processo de aperfeiçoamento do licenciamento ambiental das propriedades.

FILÓ

4,2 mil estudantesatendidos peloEmbrapa & Escola

Em 2013, o programa Embrapa & Escola da Embrapa Suínos e Aves atendeu cerca de 4.200 alunos de ensino fundamental e médio de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul em 36 palestras (a maioria delas sobre a importância da água e sua preservação) e 21 visitas a escolas ou à Embrapa.

As palestras do Embrapa & Escola contam com a presença dos personagens Fritz e Toni, que interagem com as crianças.

O programa, criado em 1997, tem a participação voluntária dos empregados da Embrapa.

EDUCAÇÃO

Estudantes exercitam a pesquisa científicaJINC

A 7ª Jornada de Iniciação Científica (Jinc) organizada pela Embrapa Suínos e Aves e Uni-versidade do Contestado com o apoio do Instituto Federal Cata-rinense - Campus de Concórdia teve a apresentação de 37 pôsteres selecionados entre os trabalhos inscritos.

A abertura foi com o pes-quisador Marcio Busi, que apresentou a palestra "Utiliza-ção de técnicas de biologia molecular em diferentes áreas do conhecimento". A Jinc é um compromisso com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

Assistente de pesquisa da Embrapamostra para estudante como funcionauma mini-incubadora de ovos

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P6

Redes de Ater ganham apoiocom transferência de tecnologia

PRODUÇÃO ORGÂNICA

A Embrapa Suínos e Aves está trabalhando com a transferência de tecnologias para apoiar redes de Ater (assistência técnica e extensão rural) que atuam na produção, processamento e comercializa-ção de carne, leite e ovos na agricultura familiar de base ecológica.

A viabilização da produção orgânica ou de base ecológica está baseada na instalação de sistemas de produção diversifi-cados, integrando a produção animal a policultivos anuais e perenes, ao contrário do ma-nejo adotado nos sistemas convencionais que, geralmen-te, enfatizam a monocultura.

Para incentivar a produção de base agroecológica, a Embrapa, em parceria com outras instituições, tem realiza-do eventos e treinamentos para esclarecer técnicos e gestores vinculados a redes de Ater. Assim, técnicos e gestores podem disseminar esses conhecimentos entre os produtores de suas áreas de atuação.

Apenas nos últimos meses de 2013 foram realizados dias de campo sobre leite e gali-nhas poedeiras nos municípios catarinenses de Formosa do Sul e de Ouro, além de um seminário de sistemas de base ecológica para produção de carnes e ovos em Concórdia, que reuniu técnicos do Sebrae e da Emater do Distrito Federal e produtores orgânicos da Ride (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno).

Em outubro, foi a vez de

um workshop em Curitiba sobre a produção de base ecológica de frango de corte por agricul-tura familiar em municípios da região da capital paranaense.

Além da apresentação do projeto de transferência de tecnologias para apoiar as redes de Ater que atuam na produção, processamento e comercialização de carne, leite e ovos na agricultura familiar de base ecológica, foi mostrada a proposta do abatedouro móvel,

arranjos organizacionais da produção alternativa de frango na região Sul do Brasil.

O ano terminou com a realização de um curso em Erechim (RS) sobre produção de leite orgânico, em parceria com o escritório da Emater do município e com a participação de técnicos de instituições par-ceiras do projeto.

A Embrapa está à disposi-ção para apoiar e construir parcerias com quem tiver interesse em produções de base ecológica.

Trabalho premiadosobre extraçãode ractopamina

O trabalho "Padronização de método para extração de ractopa-mina de farinhas de carne e os-sos", da autoria de Angélica Laux, com a coautoria da analista Vanes-sa Gressler e da pesquisadora Vivian Feddern, foi premiado com o 1º lugar na área de Ciência de Alimentos no VIII Simpósio de Alimentos para Região Sul (SIAL).

Na área de Tecnologia de Ali-mentos, o mestrando Fábio Mattei também obteve o 1º lugar com o trabalho "Influência das culturas iniciadoras nativas nas caracterís-ticas físico-químicas e microbioló-gicas de embutido fermentado com associação de carne suína e carne de frango". O evento aconte-ceu na Universidade de Passo Fundo e teve 245 trabalhos inscri-tos nas áreas de Ciência, Tecnolo-gia e Engenharia de Alimentos.

DESTAQUE

Parcerias comempresas paranovas tecnologias

Três empresas apoiadas pela Embrapa Suínos e Aves estão sele-cionadas na condição de "empresa líder" pela Agência Brasileira de Inovação (Finep) para estabelecer parcerias com a Embrapa no Inova Agro, uma das iniciativas do Plano Inova Empresa da Presidência da República e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

As empresas apoiadas pela Embrapa Suínos e Aves são a Syncrotape, de Blumenau (SC), com automação em granjas suiní-colas; a Fornari, de Concórdia, com limpeza e desinfecção de silos e aves; e a Gramado Avicultura, de Caxias do Sul (RS), com linhagens coloniais e retomada do frango industrial da Embrapa.

INOVA AGRO

Produção de base ecológicase apoia na instalação de sistemasde produção diversificados

Estudo avalia criação de suínos em famíliaPUBLICAÇÃO

Uma nova publicação da Embrapa avalia a criação de suínos em família. O sistema alternativo de produção de suínos é destinado a pequenos produtores, utilizando princípios de produção em família para criar os animais com menor estresse e em um ambiente melhor, sem o uso de

antimicrobianos preventivos de infecções nas rações e na água como alternativa para produção em pequena escala.

O estudo analisa também tipos de maternidade e de piso nas fases de creche e cresci-mento-terminação (alvenaria se-mirripado e cama sobreposta de maravalha) sobre as variáveis de

desempenho, saúde e bem estar animal neste sistema e define os principais Procedimen-tos Operacionais Padrões (POPs) para serem utilizados no manejo.

A publicação pode ser en-contrada gratuitamente no site da Embrapa Suínos e Aves na internet (www.cnpsa.embrapa.br).

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P7

Árvore do Conhecimento doFrango de Corte está na internet

INFORMAÇÃO

Está disponível no site da Agência Embrapa de Informa-ção Tecnológica (Ageitec) (www.agencia.cnptia.embra-pa.br) a Árvore do Conheci-mento do Frango de Corte, uma parceria da Embrapa Suí-nos e Aves, Embrapa Informa-ção Tecnológica e Embrapa

Informática Agropecuária.A Árvore do Conhecimento

do Frango de Corte oferece gratuitamente para consulta dados atualizados e confiáveis sobre pré-produção (sistemas de produção, insumos e servi-ços, melhoramento genético,

socioeconomia, incubató-rio, políticas e legislação, fábrica de rações e equipa-mentos e instalações), produção (gestão da unidade produtora, manejo, meio ambiente, sanidade e alimenta-ção) e pós-produção (tecnolo-gia pós-produção, frigorífi-co/abatedouro e quali-dade e produção de alimentos seguros-PAS).

A Embrapa disponibiliza atualmente 31 árvores sobre cultivos, temáticas, criações e

Embrapa trocainformações comALIC japonesa

Uma comitiva da ALIC (Agri-culture and Livestock Industries Corporation), órgão do Ministério da Agricultura do Japão responsável por elaborar pesquisas sobre o comportamento do mercado agro-pecuário no mundo, esteve na Embrapa para uma reunião técnica que permitiu um melhor entendi-mento dos espaços que existem para a carne suína produzida em Santa Catarina no mercado japonês.

Shunichi Shinkawa, diretor da ALIC, disse que a principal inten-ção da vinda ao Brasil foi compre-ender a competitividade do frango produzido no país. Hoje, o Brasil é o país que mais vende carne de frango para os japoneses.

Já os técnicos da Embrapa procuraram questionar os japone-ses sobre a exportação de carne suína. Ficou claro que será preciso tempo e capacidade de negocia-ção para abrir espaços no mer-cado japonês.

MERCADO

Francesa mostracaracterísticas daprodução no país

A pesquisadora Lucile Mon-tagne, do Institut National de la Recherche Agronomique (INRA) da França, apresentou na Embrapa um seminário sobre os sistemas de produção de suínos e aves no país e a estrutura de pesquisa e extensão.

Lucile foi acompanhada pelo professor da UFPR Marson Warpe-chowski, que abordou o tema es-trutura da UMR PEGASE (Agro-Campus Ouest/INRA), projetos e oportunidades para estudantes brasileiros e parcerias para projetos de pesquisas.

SEMINÁRIO

Projeto traz pesquisador da Etiópia a SCINTERCÂMBIO

O projeto "Melhoria na sui-nocultura da Etiópia por meio da caracterização genética e sócio-econômica e do desen-volvimento de um sistema de produção” trouxe para Con-córdia o pesquisador etíope Zemelak Sahle Goraga, do Ethiopian Institute of Agricul-tural Research (EIAR).

Durante uma semana, Goraga, que atua na área de melhoramento e genética ani-mal do EIAR, conheceu agroin-dústrias familiares, granjas e

abatedouros em Santa Catari-na e no Rio Grande do Sul, além de se reunir com a equi-pe de Genômica Animal da Embrapa.

O projeto está divido em quatro etapas: caracterização dos sistemas de produção em granjas da Etiópia; análise do sistema de produção mais adequado ao país; definição de um manual de boas práti-cas para a produção de suí-nos; e caracterização genética dos rebanhos etíopes.

Site permite ao internauta anavegação pelos conteúdospor meio da árvore hiperbólica

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Informativo da Embrapa Suínos e Aves - P8

Microalgas podem ser opçãode tratamento para os dejetos

OPINIÃO

Ano apresentacustos em queda

PESQUISADOR - ECONOMIA

MEIO AMBIENTE

O ano de 2013 foi marcado pela recuperação da rentabilida-de da avicultura de corte e da suinocultura. A grande safra bra-sileira de milho e soja garantiu o abastecimento interno e ajudou a diminuir o déficit nos estoques mundiais dos grãos. A safra a-mericana, ainda que tenha apre-sentado ligeiro recuo em relação às previsões iniciais, retornou a seus patamares de normalidade. Mesmo com alguns percalços, o ano foi positivo.

Basta olhar para os índices do ICP (Índice do Custo de Pro-dução), calculado pela Embrapa Suínos e Aves, para compreen-der a melhoria do quadro econô-mico das duas atividades. O ICP-Suíno apresentou de janeiro a outubro variação negativa de 4,86%. O ICP-Frango caiu mais ainda: 11,28% no mesmo perío-do.

Além dos custos em queda, mais dois fatores contribuíram para que a suinocultura e avicul-tura tivessem um ano melhor, em comparação com 2012. A valorização do dólar e dos pre-ços internacionais das carnes de suínos e aves recuperaram as margens de lucro, apesar da pe-quena diminuição nos volumes exportados. Além disso, o Brasil, através de Santa Catarina, rece-beu certificação para exportar carne suína para o Japão, o que coroou um trabalho de décadas.

Ficam como alertas de 2013 a perda de competitividade inter-nacional brasileira em suínos e aves (causada pelo aumento do custo da mão de obra na indus-trialização), a falta de solução para os gargalos de infraestrutu-ra e a ausência de ações para criar alternativas que diminuam no futuro o impacto de eventuais novas crises de grãos. Apesar disso, o cenário para 2014 é pro-missor. Como as cotações inter-nacionais de milho e farelo de soja devem ser inferiores às de 2013, a produção tende a apre-sentar apenas um leve cresci-mento no Brasil e as exporta-ções devem crescer, tudo indica que o próximo ano proporciona-rá bons resultados.

Embrapa testa o uso de microalgasem laboratório para criar alternativas no tratamento dos dejetos suínos

Jonas Irineu dos Santos Filho

Apoio a projeto para criar frango colonial MARANHÃO

A Embrapa Suínos e Aves está auxiliando uma cooperati-va na implantação de um sis-tema alternativo de produção de frango colonial nos municí-pios de Balsas e Alcântara, no Maranhão. A parceria começou ainda no primeiro semestre, com a participação da Embrapa

na Agrobalsas 2013, onde foram expostas tecnologias da empresa, além da realização de reuniões com empresários maranhenses.

Os trabalhos continuaram com uma visita técnica de comitiva da cidade de Alcânta-ra a Concórdia, onde o grupo

foi recebido pela Chefia e equipe de Transferência de Tecnologia. O próximo passo é a busca por recursos para a construção de aviários e fá-brica de ração, além da defini-ção da logística de forneci-mento dos pintos, a cargo da cooperativa parceira.

Uma das linhas de traba-lho mais promissoras da Embrapa Suínos e Aves na área ambiental é a que avalia a possibilidade de usar microalgas no tratamento dos dejetos suínos. De acordo com o pesquisador Márcio Busi da Silva, que coordena as pesquisas em torno do tema, as microalgas podem ser uma alternativa viável es-pecialmente para regiões em que a produção de suínos é

concentrada, como é o caso de Santa Catarina.

A Embrapa analisa o uso de microalgas no tratamento de dejetos suínos desde meados dos anos 90. A evo-lução do conhecimento sobre o tema levou a três formas principais de aproveitamento das microalgas. ‘‘Hoje, elas podem ser aproveitadas em três rotas, que são a uti-lização dentro do biodigestor, como ingrediente para

nutrição animal e como maté-ria prima para biocombustíveis e produção de açúcar’’, expli-cou Márcio Busi.

Provavelmente, o uso mais viável será utilizar as microal-gas para a remoção de nutri-entes das lagoas instaladas na sequência do biodigestor. Além de limpar a água, as microalgas podem ser reco-lhidas e colocadas no interior do biodigestor para aumentar a capacidade de geração de biogás. Essa forma de trata-mento auxiliará os produtores que possuem granjas de gran-de porte e área de terra insu-ficiente para distribuir os dejetos suínos como fertilizan-te orgânico.