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13ª Aula Teórica Preparações para Aplicação Oftálmica tópica Intra-vítrea Intra-escleral Sub-conjuntiva Retinal Retinal Vias de administração 1

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Page 1: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

tópica

Intra-vítrea

Intra-escleral

Sub-conjuntiva

Retinal

Retinal

Vias de administração

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Page 2: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

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Page 3: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

Via Tópica

Barreiras biológicas no local de aplicação (mecanismos de lubrificação, deremoção mecânica, etc.)

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Page 4: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

Via Intraocular

• Difícil acesso• Injecções ou implantes intraoculares

Via Sistémica

• Tratamento de regiões posteriores do globo ocular• Oral, parentérica• Variável consoante a farmacocinética do fármaco

Transporte passivo e ativo de fármacos

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

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Page 5: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

Factores que afectam a absorção ocular

Factores Biológicos• Idade• Albinos/pigmentados

Factores pré-corneanos• Perda pré-corneana• Absorção não produtiva

Propriedades da barreira da córnea• Permeação através da córnea• Efeito reservatório• Metabolização

Factores de formulação• Veículo• Concentração, pH, tonicidade, conservantes

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

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Page 6: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.)

Preparações líquidas (aquosas e oleosas), semi-sólidas ou sólidas, secas (pós) estéreis,destinadas a serem aplicadas no globo ocular e/ou nas conjuntivas ou a serem inseridasno saco conjuntival.

Os recipientes destinados ao acondicionamento das preparações oftálmicas satisfazemos requisitos indicados na Farmacopeia.

Tipos:• Colírios• Soluções para lavagem oftálmica• Pós para colírios ou para soluções para lavagem oftálmica• Preparações oftálmicas semi-sólidas• Insertos oftálmicos

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Page 7: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Produção de Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.)

• Conservante microbiano – demonstração de eficácia

• API e excipientes, bem como métodos de preparação adequados à obtenção de umproduto estéril e ao bloqueio da contaminação e crescimento de microrganismos.

• Preparações oftálmicas com partículas em suspensão – diâmetro médio controladoe adequado à aplicação/via de administração prevista.

• Requisitos e propriedades:• Composição precisa• Limpidez• Isotonia com a mucosa ocular (agentes isotonizantes – NaCl, glucose, nitrato

de potássio)• Ajuste de pH• Esterilidade• Estabilidade• Viscosidade

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Page 8: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Produção de Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.)

• Veículos / Solventes utilizados na preparação de colírios• Água e soluções tampão isotónicas

- Tampões isotónicos de fosfatos (PBS)- Tampões de Palitzsch modificados (borato de sódio/ácido bórico)- Tampões de acetato de sódio/ácido bórico

• Adjuvantes utilizados na preparação de colírios• Viscosantes (metilcelulose, álcool polivinílico, HPMC)• Conservantes (cloreto de benzalcónio, fenóis, parabenos, clorohexidina)

- Largo espectro- Acção rápida e contínua- Não tóxicos, não alergénicos, não sensibilizantes- Compatibilidade- Estabilidade- Solúveis- Inactivação

• Antioxidantes (ácido ascórbico, sulfito de sódio, metabissulfito de sódio)

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Produção de Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.)

• Acondicionamento primário• Diferentes tipos, modalidades e formas

• Unidose versus multidose

• Materiais: vidro, plástico (HDPE, polipropileno), borracha, elastómeros(tampas)

• Conceito “blow/fill/seal”. Moldar, encher e fechar o recipiente. Não requerutilização de conservantes

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Produção de Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.)

• Controlo de qualidade• Caracteres Organolépticos

• Cor• Turvação/limpidez (apenas nas soluções)

• Propriedades físico-químicas• pH e poder tampão• Isotonia/abaixamento crioscópico• Viscosidade• Granulometria (apenas nas suspensões)

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Produção de Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.)

• Controlo de qualidade• Avaliação, Caracterização e Dosagem:

• identificação das substâncias activas, • doseamento da substância activa, • sensibilidade (eg. olho do coelho), • estabilidade e prazos de validade, • ensaios de difusão in vitro

– membranas sintéticas, – de origem animal, – córnea isolada, – gele de agar– e in vivo

• diâmetro da pupila no coelho e no homem, • concentração no humor aquoso, • reflexo corneano, • medida da fluorescência.

• Esterilidade

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): colírios• Soluções ou suspensões estéreis, aquosas ou oleosas, contendo uma ou

várias substâncias activas e destinadas à instilação ocular.

• Excipientes necessários para o ajuste da tonicidade ou da viscosidade da preparação, ajustar e estabilizar o pH, aumentar a solubilidade da substância activa ou a estabilidade da preparação.

• Colírios aquosos requerem conservante antimicrobianos quando acondicionados em recipientes multidose. Ex: preparações com propriedades antimicrobianas intrínsecas

• Conservante antimicrobiano deve manter a sua eficácia durante o prazo de utilização da formulação

• Colírios sem agentes antimicrobianos devem ser acondicionados em recipientes unidose

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Page 13: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): colírios• Colírios utilizados durante intervenções cirúrgicas não contém agentes

antimicrobianos e são acondicionados em recipientes multidose.

• Solução: praticamente límpidos e praticamente isentos de partículas

• Suspensões: sedimento facilmente redispersível por agitação, originando uma suspensão com estabilidade assegurada até à sua adequada administração.

• Recipientes unidose têm capacidade inferior a 10 mL, destinando-se a administração repetida na forma de gotas, salvo excepção justificada e autorizada.

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): soluções para lavagemoftálmica

• Soluções aquosas estéreis destinadas a lavar os olhos ou a embeber compressas oculares.

• Podem conter excipiente para ajuste da tonicidade, do pH ou da viscosidade da preparação

• Quando acondicionados em recipientes multidose devem conter um conservante antimicrobiano apropriado de concentração conveniente, excepto no caso de preparações com propriedades antimicrobianasintrínsecas.

• Recipientes unidose, no caso de não conter agente antimicrobiano.

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): soluções para lavagemoftálmica

• Quando utilizadas no decurso de intervenções cirúrgicas ou em tratamentos de primeiros socorros não contêm conservantes antimicrobianos e são acondicionados em recipientes multidose.

• Praticamente límpidas e isentas de partículas

• Recipientes multidose com capacidade menor do que 200 mL para o acondicionamento de solução de lavagem, salvo necessidade justificada e autorizada

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Page 16: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): pós para colírios e pós parasoluções para lavagem oftálmica

• Preparações secas, estéreis que se dissolvem ou dispersam num líquido apropriado no momento da administração

• Podem conter excipientes para facilitar a dissolução ou a dispersão, impedir a agregação das partículas, ajuste da tonicidade, pH ou estabilidade da preparação

• Após dissolução ou suspensão, a preparação deve obedecer aos requisitos para as especificações dos colírios ou para as soluções para lavagem oftálmica

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Page 17: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): semi-sólidas

• Pomadas, cremes ou geles estéreis para aplicação nas conjuntivas

• Uma ou mais substâncias activas, dissolvidas ou dispersas

• Aspeto homogéneo

• Excipiente isento de propriedades irritantes para as conjuntivas

• Acondicionados em pequenos tubos lavados, esterilizados, com uma cânula com, pelo menos, 5 g de preparação. Fecho inviolável

• Possível acondicionamento em recipientes unidose, apropriados e concebidos para facilitar a administração e bloquear a contaminação microbiana.

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): insertos oftálmicos

• Preparações sólidas ou semi-sólidas de tamanho e formas apropriados, destinados a serem inseridos no saco conjuntival para exercerem acção no globo ocular

• Geralmente constituídos por um reservatório de substância activa incluído numa matriz ou envolvido por membranas de controlo de débito. A substância activa, com maior ou menor solubilidade nos líquidos fisiológicos, será libertada por um tempo determinado

• Acondicionado individualmente em recipientes estéreis.

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): sistemas oftálmicos de libertação modificada

• Para o tratamento de doenças crónicas, para que uma aplicação permanente mantenha os níveis terapêuticos constantes

• Casos em que formas farmacêuticas convencionais não são adequadas (soluções, suspensões e emulsões)

• Sistemas de efeito prolongado, embora na sua maioria não sejam novos

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13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): estratégias para aumento da absorção tópica ocular

• Administração correcta dos colírios

• Redução do volume instilado

• Desenvolvimento farmacêutico– Alteração das propriedades físico-químicas dos fármacos (lipofilia, pKa,

solubilidade)– Pró-fármacos– Pares iónicos– Viscosidade elevada (polímeros solúveis, geles solúveis – polímeros acrílicos,

pomadas oftálmicas– Sistemas bioadesivos– Polímeros naturais (hialorunato de sódio; sulfato de condroitina)– Polímeros síntéticos (carbomeros)– Sistemas de transição de fase (acetato-ftalato de celulose; poloxamero F127)– Sistemas dispersos (suspensões, soluções)– Sistemas de partículas (lipossomas e micro/nano partículas)– Lentes de contacto e implantes oculares (Ocusert)– Implantes erodíveis (Lacrisert; colagéneo)

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Page 21: Preparações para Aplicação Oftálmica Vias de administração

13ª Aula TeóricaPreparações para Aplicação Oftálmica

Preparações oftálmicas Ph. Eur. (F.P.): estratégias para aumento da absorção tópica ocular

• Sistemas de administração intravítrea– Lipossomas– Micro e nanopartículas

• Erodíveis• Mucoadesivas• Sensíveis ao pH• Troca-iónica

• Sistemas de administração intraocular– Libertação controlada pelas propriedades osmóticas do

fármaco– Sistemas bioerodíveis (e.g. nanopartículas)

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