praticas contabeis aplicadas terceiro setor rinaldi maio 2011
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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo
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Presidente: Domingos Orestes Chiomento Gestão 2010-2011
Seminário
Práticas Contábeis
Aplicadas ao Terceiro
Setor
Elaborado por:
Fernando César Rinaldi
O conteúdo desta apostila é de inteira
responsabilidade do autor (a).
A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.
Maio 2011
Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br
Programa:
1) Aspectos conceituais, estruturais e de classificação do Terceiro Setor;2) Aspectos formais de constituição e funcionamento de organizações do
Terceiro Setor;3) Aspectos tributários;4) NBC TG – Estrutura conceitual para a Elaboração e Apresentação das
Demonstrações Contábeis (substitui a NBCT 3);5) NBC T 10 – Aspectos contábeis específicos (revisada pela Resolução CFC n°
1.171/09);6) NBCT 10.4 – Fundações; 7) NBCT 10.19 – Entidades sem fins lucrativos;8) NBC TG 07 – Subvenção e assistência governamentais (substitui a NBC T 19.4);9) Aspectos contábeis aplicados ao Terceiro Setor: escrituração, plano de conta
e controles; 10) Lei 12.101/2009 e Decreto 7.237/2010 (certificação das entidades beneficentes de
assistência social);11) Projetos Sociais: controle e prestação de contas;12) Gratuidades;13) Demonstrações Contábeis: balanço patrimonial, demonstração de resultados,
demonstração do fluxo de caixa, demonstração das mutações do patrimônio e notas explicativas.
Evolução contábil
Historicamente, a Contabilidade evoluiu em função das necessidadesdos usuários, nas seguintes fases:
• Renascimento: atividades comerciais;• Revolução industrial: atividades comerciais e industriais;• Queda da bolsa de NY: normatização e padronização das práticas contábeis;
• Momento atual: atividades comerciais, indústrias, expansão dos serviços, evolução do mercado financeiro, surgimento do terceiro setor, negócios globais (Contabilidade Internacional IFRS).
Atualmente, os negócios envolvem avaliação:a) Desempenho, retorno, riscos, rentabilidade;b) Gestão do negócio;c) Transparência das operações;d) Responsabilidade social e ambiental;e) Sustentabilidade do negócio.
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Responsabilidade social
Responsabilidade social associa-se com o conceito de sustentabilidade, que procura conciliar:
• Aspectos econômicos: riqueza patrimonial (capital financeiro e manufaturado);
• Aspectos sociais: recursos humanos (capital humano, trabalho, inteligência, cultura e organização);
• Aspectos ambientais: recursos naturais (capital natural, recursos naturais, sistemas vivos e ecossistema).
Com o objetivo de criar condições de continuidade dos negócios no presente e no futuro.
Para garantir a evolução da riqueza patrimonial, a entidade depende dos recursos humanos e naturais.
O Terceiro Setor é formado pelas Organizações não Governamentais, denominadas Instituições de Interesse Social, sendo classificadas como:
• Sem fins lucrativos: recebem contribuições ou doações para realizar suas atividades, mas não fazem filantropia.
• Sem fins lucrativos e filantrópicas (*): independente de receberem contribuições ou doações para realizarem suas atividades, concedem no todo ou em parte, gratuidades na realização dos serviços.
Essas Instituições realizam serviços e atividades para a população, que na maioria dos casos, são de responsabilidade do Estado.
(*) Devem possuir a certificação das entidades beneficentes de assistência social, conforme Lei 12.101/09 e Decreto 7.237/10.
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Decreto 7.237/10
Art. 1º A certificação das entidades beneficentes de assistência
social será concedida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência
social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de
assistência social, saúde ou educação.
Art. 2º Para obter a certificação, as entidades deverão obedecer ao
princípio da universalidade do atendimento, sendo vedado dirigir
suas atividades exclusivamente a seus associados ou a categoria
profissional, e às demais exigências da Lei no 12.101, de 2009, e deste
Decreto.
Terceiro Setor (Continuação)
Essas instituições trabalham para realizar atividades sociais, com objetivo de proporcionar melhorias na qualidade de vida da sociedade, através de atendimento médico, eventos culturais, campanhas educacionais, entre tantas outras atividades. Entre asinstituições, podemos citar:
• Entidades de caráter beneficente, filantrópico e caritativo;• Entidades de assistência à saúde;• Entidades religiosas; • Entidades de caráter educacional, cultural, instrutivo, científico, artístico e literário;
• Entidades de caráter recreativo e esportivo;• Associações de classe;• Entidades sindicais;• Sociedades cooperativas.
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Filantropia vem do grego φίλος ou filos (amor) e άνθρωπος ou antrópos(homem) e significa "amor à humanidade“.
São considerados atos filantrópicos, os donativos a organizações humanitárias, pessoas, comunidades ou o trabalho para ajudar os demais, diretamente ou através de organizações não governamentais sem fins lucrativos, assim como o trabalho voluntário para apoiar instituições que têm o propósito específico de ajudar os seres vivos e melhorar as suas vidas.
A filantropia é uma das principais fontes de financiamento para as causas humanitárias, culturais e religiosas. Em alguns países a filantropia assume papel relevante no apoio à investigação científica e no financiamento das universidades e instituições acadêmicas.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filantropia – acesso em 14/fev/2011.
O Primeiro Setor refere-se ao Estado na esfera Federal, Estadual e Municipal, envolvendo as empresas públicas e demais órgãos públicos. Entende-se que o objetivo desse setor é a realização do bem comum, na finalidade de garantir serviços essenciais à coletividade, como: educação, saúde, assistência social, etc.
De acordo com o artigo 1º da Constituição Federal de 1988, diz que “a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;II – a cidadania;III – a dignidade da pessoa humana.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”
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Continuação do 1° Setor
Ainda, de acordo com o artigo 3º da Constituição Federal, “constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;II – garantir o desenvolvimento nacional;III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”
Segundo o artigo 6º ”são direitos sociais: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
O Segundo Setor é composto pelas empresas privadas, que atuam na área Industrial, Comercial ou Serviços, com objetivo de gerar retorno aos investidores/proprietários. Esse setor é responsável pela geração de recursos para o financiamento do primeiro setor, através do pagamento de impostos, taxas e contribuições.
O Terceiro Setor é formado pelas Entidades de Interesse Social, que surgiram para preencher o espaço que o Estado deixou aberto, principalmente, na área de educação, saúde e assistência social.
O objetivo institucional das Entidades de Interesse Social é promover algum tipo de mudança na sociedade, através de ações sociais, que envolvem: diminuição da fome, diminuição do analfabetismo, aumentar o número de pessoas com acesso à educação formal, trabalho voluntário, inclusão social, etc.
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O Terceiro Setor, composto pelas Entidades de Interesse Social,
apresenta as seguintes características básicas:
a) Desenvolvimento de ações voltadas para o bem-estar comum da
comunidade;
b) Finalidades não lucrativas;
c) Personalidade jurídica adequada para fins sociais;
d) Atividade é financiada através de subvenções do Primeiro Setor
(Estado), doações do Segundo Setor (Empresas privadas) e
contribuições de particulares;
e) Resultados (superavit) devem ser aplicados na própria atividade;
f) Através do cumprimento de requisitos específicos é fomentado por
renúncia fiscal do Estado.
Tipos de entidades sociais no Brasil:
Associações: associação de pessoas que se organizam para o desenvolvimento de atividade não-econômicas;Fundações: são entes jurídicos como fator preponderante o patrimônio, que ganha personalidade jurídica e deve ser administrado de modo a atingir o cumprimento das finalidades determinadas pelo seu instituidor.Cooperativas sociais: são constituídas com o objetivo de inserir as pessoas em desvantagem no mercado econômico através do trabalho.Organizações sociais: suas atividades são dirigidas ao ensino, àpesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.Organizações da sociedade civil de interesse público OSCIP: atuam nas áreas determinadas pela Lei 9.790/99 e utiliza o convênio como principal forma de operacionalização, sendo obrigatório o registro no Conselho Nacional de Assistência Social CNAS.
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As organizações que atuam no terceiro setor devem ser classificadas pela área de atuação, seguindo o critério de classificação internacional “International Classification of Non-profit Organizations”, de acordo com os grupos:
Grupo 1: Cultura e recreaçãoGrupo 2: Educação e pesquisaGrupo 3: SaúdeGrupo 4: Serviços sociaisGrupo 5: Meio ambienteGrupo 6: Desenvolvimento e habitaçãoGrupo 7: Lei, direito e políticaGrupo 8: Intermediários para filantropia e promoção de voluntáriosGrupo 9: Assuntos internacionaisGrupo 10: ReligiãoGrupo 11: Negócios, associações profissionais e sindicatosGrupo 12: Atividades não classificadas
Fonte: Araújo, Osório (2006:9).
Emprego e treinamento
Habitação
Não classificados em outros gruposDesenvolvimento econômico, social e comunitário
Grupo 12: Atividades não classificadasGrupo 6: Desenvolvimento e habitação
Organizações de empregados, sindicatos, associações profissionais
Proteção e bem-estar dos animais, vida selvagem e preservação de ambientes rurais
Grupo 11: Negócios, assoc. profissionais e sindicatosConservação de recursos naturais, controle da poluição
Organizações religiosasGrupo 5: Meio ambiente
Grupo 10: ReligiãoAjuda de emergência, complementação de rendimentos, assistência material
Direitos humanos e organizações pacifistasBem-estar da criança, serviços para jovens, família, idoso e deficientes
Programas de intercâmbio, assistência do desenvolvimento, amparo em desastres
Grupo 4: Serviços sociais
Grupo 9: Assuntos internacionaisSaúde pública, educação sanitária
Organizações de intermediáriosHospitais, reabilitação, asilos, saúde mental
Grupos econômicos de concessão de recursos, organizações de captação de recursos
Grupo 3: Saúde
Grupo 8 Intermediário p/ filantropia e promoção voluntária
Pesquisa médica, ciência e tecnologia, estudos de política empresarial
Partidos políticosEscolas e educação superior, treinamento vocacional
Serviços legais, prevenção do crime, reabilitação de delinquentes, apoio às vítimas
Grupo 2: Educação e pesquisa
Organizações de direito, minorias étnicas, associações civisEsportes, arte, museus, zoológicos, recreação, clubes sociais
Grupo 7: Lei, direito e políticaGrupo 1: Cultura e recreação
Fonte: Olak e Nascimento (2008:12) apud Hudson (1999:237).
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De acordo com o Art. 44, da Lei 10.406/02. São pessoas jurídicas de direito privado:
I – as associações;II – as sociedades;III – as fundações.IV – as organizações religiosas; V – os partidos políticos.
§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
§ 2º As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código (posse e propriedade).
§ 3º Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
Associações (Lei 10.406/02):
Art. 53 – Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.
Art. 54 – Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:I – a denominação, os fins e a sede da associação;II – os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;III – os direitos e deveres dos associados;IV – as fontes de recursos para sua manutenção;V – o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e
administrativos;VI – as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a
dissolução.VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas
contas.
Arts. 55 ao 58 – Direitos e deveres dos associados.
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Associações (Lei 10.406/02):
Art. 59 – Compete privativamente à assembléia geral:
I – destituir os administradores; II – alterar o estatuto.
Art. 61 – Dissolução do patrimônioDissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolveráà Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.
Fundações (Lei 10.406/02):
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.
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A Gestão instituicional das Entidades de Interesse Social envolve:
a) Cumprimento dos aspectos legais institucionais internos;
b) Cumprimento das exigências legais dos órgãos governamentais;
c) Imunidade ou isenção de tributos, como forma de redução de
despesas;
d) Estruturação da contabilidade, não apenas como exigência legal, mas
como instrumento de avaliação e controle, para auxiliar a
elaboração dos relatórios financeiros de prestação de contas dos
projetos;
e) Controle dos gastos, investimentos, projetos, entre outras.
Das limitações do poder de tributar
De acordo com o art. 150 da Constituição Federal. “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: ..VI – instituir impostos sobre:..c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”.
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Das condições de imunidade
O art. 12 da Lei 9532/07 diz: “Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea "c", da Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
§ 1º Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável.
§ 2º Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este artigo, estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos: (vide itens a, b, c, d, e, f, g da Lei 9532/97).
§ 3° Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente superavit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado, integralmente, àmanutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais”.
Das condições de isenção
O art. 15 da Lei 9532/07 diz: “consideram-se isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos.
§ 1º A isenção a que se refere este artigo aplica-se, exclusivamente, em relação ao imposto de renda da pessoa jurídica e à contribuição social sobre o lucro líquido, observado o disposto no parágrafo subsequente.
§ 2º Não estão abrangidos pela isenção do imposto de renda os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável.
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Da contribuição para o PIS/PASEP
O art. 13. da MP 2158-35/01 diz que “A contribuição para o PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários, à alíquota de um por cento, pelas seguintes entidades:
I – templos de qualquer culto;II – partidos políticos;III – instituições de educação e de assistência social;IV – instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as
associações;V – sindicatos, federações e confederações;VI – serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;VII – conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;VIII – fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou
mantidas pelo Poder Público;IX – condomínios de proprietários de imóveis residenciais/comerciais; eX – a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB e as Organizações
Estaduais de Cooperativas.
Da contribuição para o PIS/PASEP e COFINS
O art. 46. do Decreto 4524/02 diz que “As entidades relacionadas no art. 9º deste Decreto (Constituição Federal, art. 195, § 7º, e Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 13, art. 14, inciso X, e art. 17):
I – não contribuem para o PIS/ Pasep incidente sobre o faturamento; e
II – são isentas da Cofins com relação às receitas derivadas de suas atividades próprias.
Parágrafo único. Para efeito de fruição dos benefícios fiscais previstos neste artigo, as entidades de educação, assistência social e de caráter filantrópico devem possuir o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social expedido pelo Conselho Nacional de Assistência Social, renovado a cada três anos, de acordo com o disposto no art. 55 da Lei nº 8.212, de 1991”.
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ISS
De acordo com o art. 150 da Constituição Federal “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”.
Nesse sentido, uma instituição sem fins lucrativos que não se enquadre no item “c” deverá pagar ISS, caso realize serviços determinados na Lei Complementar 116/03.
Normas Brasileiras de Contabilidade
Os procedimentos de escrituração do Terceiro Setor diferem, em alguns aspectos, os procedimentos utilizados pelas demais entidades jurídicas, devendo seguir:
NBC TG – Estrutura conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis (substitui a NBCT 3)NBC T 10 – Aspectos contábeis específicos (revisada pela Resolução CFC n°
1.171/09)
NBC T 10.4 – FundaçõesNBC T 10.19 – Entidades sem fins lucrativosNBC TG 07 – Subvenção e assistência governamentais (substitui a NBC T 19.4)
As normas reconhecem essas diferenças e recomendam a adoção de terminologias específicas.
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NBC TG – Estrutura conceitual para elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis
Item 7: O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui, normalmente:
• Balanço patrimonial;• Demonstração do resultado;• Demonstração das mutações na posição financeira(demonstração dos fluxos de caixa, de origens e aplicações de recursos ou alternativa reconhecida e aceitável);
• Demonstração das mutações do patrimônio líquido;• Notas explicativas e outras demonstrações e material explicativo que são parte integrante dessas demonstrações contábeis.
NBC TG – Estrutura conceitual para elaboração e apresentação
das Demonstrações Contábeis
Item 8. Esta Estrutura Conceitual se aplica às demonstrações contábeis
de todas as entidades comerciais, industriais e outras de
negócios que reportam, sejam no setor público ou no setor privado.
Entidade que reporta é aquela para a qual existem usuários que
se apóiam em suas demonstrações contábeis como fonte principal de
informações patrimoniais e financeiras sobre a entidade.
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NBC T 10 – Aspectos contábeis específicosApós Resolução CFC n° 1.171/09
NBC T 10.4 – FundaçõesNBC T 10.7 – Entidades hospitalaresNBC T 10.8 – Entidades cooperativas e interpretações técnicasNBC T 10.10 – Entidades de seguros privadosNBC T 10.11 – Entidades concessionárias do serviço públicoNBC T 10.12 – Entidades cooperativas de créditoNBC T 10.13 – Entidades de esporte profissionalNBC T 10.15 – Entidades em conta de participaçãoNBC T 10.17 – Entidades abertas de previdência complementarNBC T 10.18 – Entidades sindicais e associações de classeNBC T 10.19 – Entidades sem fins lucrativosNBC T 10.21 – Entidades cooperativas operadoras de planos de
assistência à saúdeNBC T 10.22 – Entidades fechadas de previdência complementar
NBC T 10.4 – Fundações
Item 10.4.1.2 – Aplicam-se às Fundações os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como, com as alterações tratadas nos itens 10.4.5.1, 10.4.5.2, 10.4.6.1, 10.4.6.2 e 10.4.7.1, todas as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade.
10.4.2.2 – As doações e contribuições para custeio são contabilizadas em conta de receita. As doações e subvenções patrimoniais são contabilizadas no patrimônio social (revisto pela NBC TG 07).
10.4.3.1 – As demonstrações contábeis que devem ser elaboradas pelas Fundações são as seguintes, determinadas pela NBC T 3 (substituída pela NBC TG):
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NBCT 10.19 – Entidades sem fins lucrativos
10.19.1.1 – Esta norma estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registros dos componentes e variações patrimoniais e de estruturação das demonstrações contábeis, e as informações mínimas a serem divulgadas em nota explicativa das entidades sem finalidade de lucros.
10.19.1.2 – Destina-se, também, a orientar o atendimento às exigências legais sobre procedimentos contábeis a serem cumpridos pelas pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros, especialmenteentidades beneficentes de assistência social (Lei Orgânica da Seguridade Social), para a emissão do Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, da competência do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Lei 12.101/09 e Decreto Lei 7.237/10
10.19.1.6 – Aplicam-se às entidades sem finalidade de lucros os Princípios Fundamentais de Contabilidade, bem como as Normas Brasileiras de Contabilidade e suas Interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos, editados pelo Conselho Federal de Contabilidade.
NBCT 10.19 – Entidades sem fins lucrativos
10.19.2.1 – As receitas e despesas devem ser reconhecidas,
mensalmente, respeitando os Princípios Fundamentais de
Contabilidade, em especial os Princípios da Oportunidade e da
Competência.
10.19.2.3 – As doações, subvenções e contribuições para custeio são
contabilizadas em contas de receita. As doações, subvenções e
contribuições patrimoniais, inclusive as arrecadadas na constituição da
entidade, são contabilizadas no patrimônio social (revisto pela NBC TG
07).
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NBCT 10.19 – Entidades sem fins lucrativos
10.19.2.5 – Os registros contábeis devem evidenciar as contas de
receitas e despesas, superavit ou déficit, de forma segregada, quando
identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde,
assistência social, técnico-científica e outras, bem como comercial,
industrial ou de prestação de serviços.
10.19.2.6 – As receitas de doações, subvenções e contribuições,
recebidas para aplicação específica, mediante constituição ou não de
fundos, devem ser registradas em contas próprias, segregadas das
demais contas da entidade.
Resolução CFC n° 1.330/11
3. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade.
5. A escrituração contábil deve ser executada: a) em idioma e em moeda corrente nacionais; b) em forma contábil; c) em ordem cronológica de dia, mês e ano; d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou
emendas; e e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua
falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
26. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na escrituração da entidade e compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de origem interna ou externa, que apóiam ou componham a escrituração.
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Plano de contas
NBC TG: Estrutura conceitual
48. A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado envolve um processo de subclassificação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser classificados por sua natureza ou função nos negócios da entidade, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos usuários para fins de tomada de decisões econômicas.
7. Compensação6. Compensação
5. Encerramento do exercício
4. Resultado com gratuidades e trabalhos voluntários
4. Receitas3. Despesas
2. Passivo1. AtivoContas patrimoniais
Contas de resultados
Plano de contas
Elenco das contas, para o Terceiro Setor, com a finalidade de apresentação, mas não de padronização.
Contas compensação Ativo e Passivo
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NÃO CIRCULANTE1.4. Realizável a longo prazo1.4.1. Valores a receber
1.5. Investimentos
1.6. Imobilizados1.6.1 Veículos1.6.2. Móveis/utensílios1.6.3. Máquinas e equipamentos1.6.4. Terrenos1.6.5. Edifícios1.6.6. (-) Depreciação acumulada
1.7. Intangível
CIRCULANTE1.1. Disponível1.1.1.1. Caixa1.1.2.1. Banco cta movimento–recursos livres1.1.2.2. Banco cta movimento–recursos de terceiros1.1.2.3. Banco cta movimento–recursos com restrições
1.1.3.1. Aplicações financeiras–recursos livres1.1.3.2. Aplicações financeiras–recursos de terceiros1.1.3.2. Aplicações financeiras–recursos com restrições
1.2. Créditos a receber1.2.1. Mensalidades a receber1.2.2. Cheques a receber1.2.3. (-) Provisão p/ devedores duvidosos1.3. Estoques1.3.1 Materiais1.3.2. Materiais doados a distribuir1.3.3. Mercadorias e produtos a venda1.3. Adiantamentos1.3.1. Adiantamentos a funcionários1.3.2. Adiantamentos a fornecedores1.3.3. Antecipação de recursos em projetos
1. ATIVO
NÃO CIRCULANTE2.8. Exigível a longo prazo2.8.1 Financiamentos de imobilizados2.8.2 Receita Diferida (NBC TG 07)
PATRIMÔNIO SOCIAL2.9.1. Fundo institucional2.9.1. Doações e subvenções2.9.3. Fundos especiais2.9.4. Superavit (deficit) de exercícios anteriores2.9.5. Superavit (deficit) do exercício
CIRCULANTE2.1. Obrigações c/instituições de crédito2.1.1. Financiamentos de imobilizados2.1.2. Financiamento a pagar2.2. Contas a pagar2.2.1. Contas a pagar2.3. Obrigações tributárias2.3.1. Previdência Social Patronal – renúncia fiscal2.3.2. Previdência Social – retenções 2.3.2. IRRF a recolher2.3.3. PIS/PASEP2.3.4. Impostos e contribuições – renúncia fiscal2.4. Obrigações com funcionários2.4.1. Salários a pagar2.4.2. Férias a pagar2.4.3. 13º salário s pagar2.5. Recurso de projetos2.5.1. Recursos de entidades2.5.2. (-) Recursos aplicados de entidades2.6. Recursos pendentes de convênios2.7. Receita Diferida (NBC TG 07)
2. PASSIVO
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4.1. Venda de serviço4.1.1. Serviços 4.1.2. Mercadorias4.2. Doações/Subvenções/Contribuições:4.2.1 Doações: 4.2.1.1. Governamentais
4.2.1.2. Pessoa jurídica4.2.1.3. Pessoa física
4.2.2 Subvenções: 4.2.2.1. Governamentais4.2.2.1. Não governamentais
4.2.3. Contribuições: 4.2.3.1. Governamentais4.2.3.2. Pessoa jurídica4.2.3.2. Pessoa física4.2.3.2. Associados
4.3. Financeiras4.3.1 Receitas de aplicações financeiras4.3.2. Descontos obtidos/ juros4.4. Outras4.4.1. Aluguéis,4.4.2. Arrendamentos 4.5. Resultados de projetos:4.5.1. Receita do projeto4.5.2. (-) Custos/despesas vinculadas ao projeto
3.1. Recursos humanos3.1.1. Salários3.1.2. Encargos3.1.3. benefícios3.2. Pessoal sem vínculo3.2.1. Honorários3.2.2. Ajuda de custo3.3. Despesas administrativas3.3.1. Aluguéis, água, energia, telefone, seguros3.3.2. Locação equipamentos, assinaturas3.3.3. Material de consumo/ limpeza3.3.4. Serviços terceirizados, combustível3.3.5. Material de escritório, impressões3.4. Financeiras3.4.1. Despesas bancárias3.4.2. Despesas financeiras3.5. Servs assistenciais/educacionais/saúde3.5.1. Assistência à criança, ao idoso e ao adolescente3.5.2. Projetos assistenciais educacionais
4. RECEITAS3. DESPESAS
5.4.1. Serviços voluntariado na educação
5.4.2. Serviços voluntariado na saúde
5.4.3. Serviços voluntariado na assistência social
5.4.4. Serviços voluntariado em outras áreas
5.3.1. Despesas com voluntariado na educação
5.3.2. Despesas com voluntariado na saúde
5.3.3. Despesas com voluntariado na assistência social
5.3.4. Despesas com voluntariado em outras áreas
5.4. Receitas do trabalho voluntariado
5.3. Custos/despesas com o trabalho voluntariado
5.2.1. Renúncia fiscal de tributos federais
5.2.2. Renúncia fiscal de tributos estaduais
5.2.3. Renúncia fiscal de tributos municipais
5.1.1. Serviços gratuitos na educação
5.2.2. Serviços gratuitos na saúde
5.2.3. Serviços gratuitos na assistência social
5.3. 4. Serviços gratuitos em outras áreas
5.2. Receitas com gratuidades –benefícios obtidos
5.1. Custos/despesas com gratuidades –benefícios concedidos
5. RESULTADO COM GRATUIDADES E TRABALHOS VOLUNTÁRIOS
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NBCT 10.1910.19.3.2 – Na aplicação das normas contábeis, em especial a NBC T 3 (substituído pela NBC TG), a conta Capital deve ser substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido; e a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados por Superavit ou Deficit do Exercício.
Demonstração das mutações do patrimônio social
Demonstração as mutações do patrimônio líquido
Demonstração do superavit ou deficit
Demonstração do resultado do exercício
Deficit acumuladoPrejuízos acumulados
Superavit acumuladoLucros acumulados
Patrimônio SocialPatrimônio Líquido
Fundo InstitucionalCapital Social
Entidades do terceiro setor (sem fins lucrativos)
Entidades comuns (com fins lucrativos)
Composição do Patrimônio Social
Fundo Institucional: doações de associados para formação da instituição.
Doações e Subvenções: doações recebidas de terceiros, para formação ou manutenção da Instituição (revisado pela NBC TG 07).
Fundo Especial: destinação de parte do superavit para formação de fundos específicos (definido pelo estatuto), para atender necessidades futuras, como: ampliação, aquisição de equipamentos, contingências, etc).
Superavit (deficit) acumulado: superavit ou deficit acumulado.
Superavit (Deficit ) do exercício: superavit ou deficit do exercício atual.
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As doações podem ser feitas em dinheiro, cheques, estoques, perdão de dívidas, imóveis, terrenos, equipamentos, instalações, móveis, utensílios e serviços voluntários.
Devem ser classificadas como:
a) Doação incondicional: ocorre quando o doador não impõe qualquer condição para que o valor seja utilizado pela entidade.
b) Doação condicional: é aquela em que o doador determina ao recebedor o cumprimento de uma obrigação ou destinação específica.
Contabilização as doações, auxílios, subvenções e contribuições
1) Doações para custeio recebidas por qualquer meio (cheque, dinheiro, depósito em conta corrente etc.) devem ser contabilizadas a débito, na conta específica do Ativo, e a crédito, na conta de Receita de Doações.
2) Doações em forma de ativos que integrarão o Patrimônio devem ser avaliadas e levadas a débito, na conta específica do Imobilizado, e a crédito, na conta de passivo Receita Diferida (conforme item 24 da NBC TG 07).
Receita Diferida, de acordo com o Art. 299-B, da Lei 6.404/76 “O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não circulante em conta representativa de receita diferida”. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)
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NBC TG 07: Subvenção e assistências governamentais
12. Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições desta Norma. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.
23. A subvenção governamental pode estar representada por ativo não monetário, como terrenos e outros, para uso da entidade. Nessas circunstâncias, tanto esse ativo quanto a subvenção governamental devem ser reconhecidos pelo seu valor justo. Apenas na impossibilidade de verificação desse valor justo é que o ativo e a subvenção governamental podem ser registrados pelo valor nominal.
24. A subvenção governamental relacionada a ativos, incluindo aqueles ativos não monetários mensurados ao valor justo, deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de passivo, como receita diferida, ou deduzindo o valor contábil do ativo relacionado.
Exemplo de Contabilização:
1) Recebimento de doação incondicional em dinheiro, para custeio, no valor de R$ 5.000,00
D – Banco cta movimento – recursos livres (ativo)C – Receita com doações incondicionais (resultado)
2) Entidade consegue perdão de uma dívida com credores no valor de R$ 10.000,00, que serão utilizados no pagamento de energia.
D – Contas a pagar (passivo)C – Receita com doações incondicionais (resultado)
3) Recebimento de mensalidades dos associados, em dinheiro, no valor de R$ 4.000,00
D – Banco cta movimento – recursos livres (ativo)C – Receita com mensalidades (resultado)
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Exemplo de Contabilização: doações na forma de ativos
Recebimento de doação de um equipamento, no valor de R$ 20.000,00. A estimativa de vida útil do equipamento é de 10 anos.
a) Recebimento do bem doado, no valor de R$ 20.000,00D – Equipamentos (ativo imobilizado)C – Receita diferida com doação de equipamentos (passivo)
b) Despesa com depreciação mensal, no valor de R$ 166,67D – Despesas com depreciação (resultado)C – Depreciação acumulada (ativo imobilizado)
c) Pela realização mensal do bem doado, no valor de R$ 166,67D – Receita diferida com doação de equipamentos (passivo)C – Receita com doações incondicionais (resultado)
Exemplo de Contabilização: doações na forma de ativos
Recebimento de doação de um imóvel, no valor de R$ 300.000,00 (composto por terreno R$ 80.000 e edificações R$ 220.000,00. O doador condiciona que o imóvel seja utilizado como Centro de Reabilitação. Vida útil de 25 anos.
a) Recebimento do bem doadoD – Imóvel (ativo imobilizado)C – Receita diferida com doação de imóvel (passivo)….R$ 220.000,00D – Terrenos (ativo imobilizado)C – Receita diferida com doação de terrenos (passivo)….R$ 80.000,00
b) Despesa com depreciação mensal do imóvel, no valor de R$ 733,33D – Despesas com depreciação (resultado)C – Depreciação acumulada (imobilizado)
c) Pela realização mensal do bem doado, no valor de R$ 733,33D – Receita diferida com doação de imóvel (passivo)C – Receita com doações condicionais (resultado)
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Doações, auxílios, subvenções, contribuições e mensalidades
a) Materiais: gêneros alimentícios, roupas, livros e material escolar;b) Ativos não destinados ao custeio: imóveis, terrenos,
equipamentos, móveis/utensílios;c) Perdão de dívidas: para custeio ou investimento;d) Doação condicional de numerário: a entidade fica sujeita ao
cumprimento de alguma obrigação na aplicação dos recursos;e) Doação incondicional de recebíveis: promessas de doação;f) Auxílios: previstos na Lei Orçamentária, destinados a despesas de
capital;g) Subvenções: contribuições pecuniárias, previstas em Lei
Orçamentária, concedida por órgãos públicos, para cobertura de despesas com manutenção e custeio;
h) Contribuições: transferências oriundas da Lei Orçamentária e concedidas por entes governamentais a autarquias, fundações e entidades sem fins lucrativos;
i) Mensalidades: cobrança de mensalidades dos associados.
Projetos Sociais: controle e prestação de contas
Convênios: acordo de cooperação e atuação conjunta ou complementar, entre órgãos públicos, na realização de um mesmo objetivo. Nesse processo, pode ocorrer o convênio entre as entidades públicas e uma organização de interesse público (OSCIP).
Parcerias: cooperação entre as partes (órgãos públicos e a organização de interesse público OSCIP), para o fomento e execução de atividades de interesse público.
Os recursos recebidos através de Convênios ou Parcerias não se caracterizam como uma receita para a entidade, mas sim, como umaobrigação.
O § 4º da Lei 12.101/09 diz que “As entidades certificadas como de assistência social terão prioridade na celebração de convênios, contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução de programas, projetos e ações de assistência social”.
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Termos de parceria
De acordo com a Lei 9.790/99, parágrafo 2º do art.10, as cláusulas do Termo de Parceria devem obrigatoriamente explicitar:
a) o objeto, com especificação do programa de trabalho;b) as metas e resultados previstos com prazos de execução e
cronograma de desembolso;c) os critérios objetivos de avaliação de desempenho com indicadores
de resultado;d) a previsão de receitas e despesas detalhadas por categorias
contábeis segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade, inclusive as remunerações e benefícios de pessoal a serem pagos com recursos do Termo de Parceria;
e) a publicação pelo órgão estatal do extrato do Termo de Parceria na imprensa oficial do Município, Estado ou União, conforme modelo citado no parágrafo 4º do art. 10 do Decreto 3.100/99;
Termos de parceria
Continuação
f) a obrigação de prestação de contas ao Poder Público, ao término de cada exercício, incluindo:
g) relatório sobre o objeto do Termo de Parceria contendo comparativo das metas com os respectivos resultados;
h) demonstrativo dos gastos e receitas efetivamente realizados;i) publicação pela OSCIP na imprensa oficial do Município, Estado ou
União de demonstrativo da sua execução física e financeira, atésessenta dias após o término de cada exercício financeiro, conforme modelo citado no art. 18 do Decreto 3.100/99.
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Balanço Patrimonial por projeto
A entidade OMEGA recebe R$ 380.000, através de convênio:1) Projeto Alfa, no valor de R$ 200.0002) Projeto Beta, no valor de R$ 100.0003) Projeto Gama, no valor de R$ 80.000
380.00080.000100.000200.000Recursos do Projeto (Alfa, Beta e Gama)
Projetos:
Circulante
PASSIVO
380.00080.000100.000200.000Bancos cta movto: Recursos de terceiros
Disponibilidades:
Circulante
ATIVO
TotalProjeto Gama
Projeto Beta
Projeto Alfa
Balanço Patrimonial
Balanço Patrimonial por projeto
(270.000)
(80.000)
(70.000)(120.000)
(-) Recursos aplicados do Projeto (Alfa, Beta e Gama)
380.00080.000100.000200.000Recursos do Projeto (Alfa, Beta e Gama)
Projetos:
Circulante
PASSIVO
Disponibilidades:
60.000--60.000Aplicações financeiras: Recursos de terceiros
50.000-30.00020.000Bancos cta movto: Recursos de terceiros
Circulante
ATIVO
TotalProjeto Gama
Projeto Beta
Projeto Alfa
Balanço Patrimonial
Durante o mês realiza os projetos da seguinte forma:
ALFA: Utilizou R$ 120.000. O restante R$ 80.000 (R$ 20.000 em C/C e R$ 60.000) seráutilizado nas próximas semanas, na conclusão da parceria.
BETA: Utilizou R$ 70.000. O restante $ 30.000 será utilizado nas próximas semanas, na conclusão da parceria.
GAMA: Utilizou o valor total do projeto R$ 80.000.
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Prestação de contas: Por tipo de projeto
270.00080.00070.000120.000Total
37.00020.0005.00012.000Alimentação
26.0008.00010.0008.000Transportes
71.00025.00020.00026.000Materiais
22.00010.0005.0007.000Divulgação
54.0002.00020.00032.000Serviços prestados
60.00015.00010.00035.000Salários
TotalProjeto Gama
Projeto Beta
Projeto AlfaPrestação de contas
ProjetoConcluído
Projetos emandamento
(270.000)(80.000)(70.000)(120.000)(-) Recursos aplicados do Projeto (Alfa, Beta e Gama)
380.00080.000100.000200.000Recursos do Projeto (Alfa, Beta e Gama)
Projetos:
Circulante
PASSIVO
TotalProjeto Gama
Projeto Beta
Projeto AlfaBalanço Patrimonial
Prestação de contas:
1: Entidades filantrópicas2: Associação e fundação
1 e 2Específico de cada Município
Prestação de Contas aos Conselhos Municipais
1 e 2Específico para cada Estado
Prestação de Contas ao Ministério Público Estadual
1Lei 12.101/09 e Decreto 7.237/10
Pedido de certidão ao CNAS
1 e 2Lei 12.101/09 e Decreto 7.237/10
Prestação de Contas CNAS
1Lei 8.742/1993; Decreto 2.536/1998; Decreto 3.048/1999
Prestação de Contas ao INSS
1Portaria Secretaria Nacional de Justiça-SNJ n° 24/2007
Prestação de Contas ao Ministérios da Justiça para manutenção da Utilidade Pública Federal
EntidadeLegislaçãoTipo de obrigação
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Instituições filantrópicas:
Decreto 7.237/10§ 3º do capítulo IV diz que “as ações previstas poderão ser executadas por meio de parcerias entre entidades privadas, sem fins lucrativos, que atuem nas áreas previstas no art. 1º (assistência social, saúde e educação), firmadas mediante ajustes ou instrumentos de colaboração, que prevejam a corresponsabilidadedas partes na prestação dos serviços em conformidade com a Lei nº12.101, de 2009, e disponham sobre:
I – a transferência de recursos, se for o caso; II – as ações a serem executadas; III – as responsabilidades e obrigações das partes; IV – seus beneficiários; e V – forma e assiduidade da prestação de contas.
Instituições filantrópicas:Dos requisitosArt. 40. do Decreto 7.237/10 diz que “a entidade beneficente certificada fará jus à isenção do pagamento das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 (cota patronal) da Lei 8.212/91, desde que atenda, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
I – não recebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores remuneração, vantagens ou benefícios, diretos ou indiretos;
II – aplique suas rendas, seus recursos e eventual superavitintegralmente no território nacional, na manutenção e no desenvolvimento de seus objetivos institucionais;
III – apresente certidão negativa ou positiva de débito pelo tributos administrado pela SRF e regularidade com o FGTS;
IV – mantenha escrituração contábil regular, que registre receitas, despesas e aplicação de recursos em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.
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Instituições filantrópicas:Dos requisitos – Continuação
V – não distribua resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto.
VI – mantenha em boa ordem, e à disposição da Secretaria da Receita Federal, pelo prazo de dez anos, contados da data de emissão, osdocumentos que comprovem a origem e a aplicação de seusrecursos relativos a atos ou operações que impliquem modificação da situação patrimonial;
VII – cumpra as obrigações acessórias estabelecidas pela legislação tributária; e
VIII – mantenha em boa ordem, e à disposição da Secretaria da Receita Federal do Brasil, as demonstrações contábeis e financeiras, devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade, quando a receita líquida for superior ao limite máximo estabelecido pelo inciso II do art. 3. da Lei Complementar 123/06.
Lei Complementar 123/2006
Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
.
II – no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
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Das Entidades Filantrópicas com atuação em mais de uma área
Decreto 7.237/10Art. 11. A entidade de que trata esta seção deverá manter escrituração contábil por área de atuação, de modo a evidenciar o seu patrimônio, as suas receitas, os custos e as despesas de cada área de atuação.
§1° A escrituração deverá obedecer às normas do Conselho Federal de Contabilidade para entidades sem fins lucrativos.
§2° Os registros de atos e fatos devem ser segregados por área de atuação da entidade e obedecer aos critérios específicos de cada área, a fim de possibilitar a comprovação dos requisitos para sua certificação como entidade beneficente de assistência social.
Organizações de interesse público:
Art. 4°, item VII, da Lei 9.790/99: as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que determinarão, no mínimo:a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das
Normas Brasileiras de Contabilidade;b) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do
exercício fiscal, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;
c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento;
d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal.
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Organizações de interesse público:
Art. 11, § 2°, do Decreto 3.100/99: A prestação de contas será instruída com os seguintes documentos:I – relatório anual de execução de atividades;II – demonstração de resultados do exercício;III – balanço patrimonial;IV – demonstração das origens e aplicações de recursos*;V – demonstração das mutações do patrimônio social;VI – notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário; eVII – parecer e relatório de auditoria nos termos do art. 19 deste Decreto, se for o caso.
Art. 19. A OSCIP deverá realizar auditoria independente da aplicação dos recursos objeto do Termo de Parceria, nos casos em que o montante de recursos for maior ou igual a R$ 600.000,00.
* Entende-se que deve ser substituída pela DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa, pela extinção da DOAR, a partir de 01.01.2008 (Lei 11.638/07).
Organizações de interesse público:
Art. 12, do Decreto 3.100/99: Para efeito do disposto no § 2º, inciso V, do art. 10 da Lei nº 9.790, de 1999, entende-se por prestação de contas relativa à execução do Termo de Parceria a comprovação, perante o órgão estatal parceiro, da correta aplicação dos recursos públicos recebidos e do adimplemento do objeto do Termo de Parceria, mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I – relatório sobre a execução do objeto do Termo de Parceria, contendo comparativo entre as metas propostas e os resultados alcançados;
II – demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução;III – parecer e relatório de auditoria, nos casos previstos no art. 19; eIV – entrega do extrato da execução física e financeira estabelecido no
art. 18. (modelo, conforme anexo II).
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Gratuidades
De forma geral, uma das atividades mais significativas das Entidades de Interesse Social é a prestação de serviços de interesse social àcoletividade, sem a finalidade lucrativa. Com isso, essas entidades devem prestar serviços sem a contrapartida financeira, como exemplo:
• Concessão de bolsas de estudo;• Distribuição de cestas básicas;• Doação de roupas/material escolar/medicamentos;• Atendimentos gratuitos (contadores, médicos, advogados, enfermeiros,
professores);• Serviços voluntários, entre outros.
Denominados como “gratuidades”.
Da contribuição para a Seguridade Social
O art. 195. da Constituição Federal diz que “a seguridade social seráfinanciada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social.
§ 7º – São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei”.
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Lei 12.101/09
Saúde: Da SaúdeArt. 4. Para ser considerada beneficente e fazer jus à certificação, a entidade de saúde deverá, nos termos do regulamento:I – comprovar o cumprimento das metas estabelecidas em convênio ou
instrumento congênere com o gestor local do SUS; II – ofertar a prestação de seus serviços ao SUS no percentual de 60%;III – comprovar, anualmente, a prestação de serviços de que trata o
inciso II, com base no somatório das internações realizadas e dos atendimentos ambulatoriais prestados.
Na impossibilidade do cumprimento do percentual mínimo a que se refere o inciso II do art. 4°, verificar condições do art. 8.
Lei 12.101/09
Da Educação
Art. 13. Para fins de concessão da certificação, a entidade de educação deverá aplicar anualmente em gratuidade, na forma do §1°, pelo menos 20% da receita anual efetivamente recebida.
§1° Para o cumprimento do disposto no caput, a entidade deverá:I – demonstrar adequação as diretrizes e metas estabelecidas no Plano
Nacional de Educação – PNE;II – atender a padrões mínimos de qualidade, eferidos nos processos de
avaliação do Ministério da Educação;III – oferecer bolsas de estudo nas seguintes proporções:a) no mínimo, uma bolsa de estudo integral para cada 9 alunos
pagantes da educação básica;b) Bolsas parciais de 50%, quando necessário para o alcance do
número mínimo exigido.
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Lei 12.101/09
Da Assistência socialArt. 18. A certificação ou sua renovação será concedida à entidade de assistência social que presta serviços ou realiza ações assistenciais, de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários e a quem deles necessitar, sem qualquer discriminação, observada a Lei nº8.742, de 7 de dezembro de 1993. § 2º As entidades que prestam serviços com objetivo de habilitação e reabilitação de pessoa com deficiência e de promoção da sua integração à vida comunitária e aquelas abrangidas pelo disposto no art. 35 da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, poderão ser certificadas, desde que comprovem a oferta de, no mínimo, 60% (sessenta por cento) de sua capacidade de atendimento ao sistema de assistência social. § 3º A capacidade de atendimento de que trata o § 2º será definidaanualmente pela entidade, aprovada pelo órgão gestor de assistência social municipal ou distrital e comunicada ao Conselho Municipal de Assistência Social.
GratuidadesFolha de pagamento do mês de maio/2011
8002.5508.5614031.03610.000Folha Total
FGTS8,0%
INSS25,5%
SalárioLíquido
IRPF(tabela)
INSS(tabela)
SalárioBruto
Parte EMPRESAParte EMPREGADO
Funcionários
INSS Patronal
(10.800)Déficit10.800
(800,00)FGTS s/ salários800FGTS a recolher
(2.550)INSS s/ salários-INSS a recolher (renúncia fiscal)
(10.000)Salários403IRPF a recolher
Despesas:1.036INSS a recolher (retenção)
2.550Isenção INSS – cota patronal8.561Salários a pagar
Receitas:Circulante:
Demonstração Superavit (Deficit)PASSIVO
Custo da folha $ 13.350, mas com a renúncia Fiscal do INSS patronal, diminui para $ 10.800.
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Utilizando os dados do exemplo anterior, vamos supor que a Associação de Ensino realizou as seguintes transações no mês de maio:1) Serviços educacionais realizados à vista, no valor de $ 14.0002) Bolsas integrais concedidas como gratuidade, no valor de $ 3.0003) Serviços educacionais, no valor de $ 2.000, 50% de gratuidade e 50% à vista
15.00015.000
4.200Superavit
(4.000)Gratuidades concedidas4.200Superavit
(800)FGTS s/ saláriosPATRIM. SOCIAL
(2.550)INSS s/ salários
(10.000)Salários800FGTS a recolher
Despesas:-INSS (renúncia. fiscal)
2.550Isenção INSS – Patron.403IRPF a recolher
4.000Servs. Educ. Grat.1.036INSS a recolher
15.000Servs. educ.8.561Salários a pagar15.000Bancos Rec. Livres
Receitas:CIRCULANTECIRCULANTE
Demonstração SuperávitPASSIVOATIVO
Balanço Patrimonial
Doações e subvenções
Imobilizados
Receitas diferidas
Fundos especiais
Patrimônio SocialIntangível
Não CirculanteNão Circulante
Receitas diferidasInvestimentos
Superávit (déficit) do exercício
Fundo institucional
Empréstimos e financiamentosRealizável a longo prazo
Recursos de projetos/ convêniosDespesas antecipadas
Provisões de férias e encargosEstoques
Salários a pagarContas a receber
Empréstimos e financiamentosAplicações financeiras
Contas a pagarCaixa e equivalentes de caixa
CirculanteCirculante
PassivoAtivo
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Demonstração do Superavit ou Deficit do Exercício
Financeiras líquidas
(-) Descontos, abatimentos e deduções
Outras
Adminstrativas e gerais
Despesas operacionais:
Isencão Contribuição Social INSS
Superavit (deficit) do exercício
Gratuidades concedidas
Pessoal + encargos + provisões
Outras
Isenção Contribuição Social INSS
Subvenções
Doações
Doações/ subvenções/ outras:
Serviços prestados
Receitas operacionais:
Superavit ou Deficit
Fundo institucional
Fundos especiais
Doações e subvenções
Constituição de reservas
Saldo final
Reservas para ampliação
Destinação do superavit:
Superavit ou deficit do exercício
Doações e subvenções
Reversões de reservas
Aumento do fundo institucional
Saldo inicial
Total
Demonstração das Mutações do Patrimônio Social
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Contas a pagar
Provisão para devedores duvidosos
(=) Caixa gerado nas atividades operacionais
Salários a pagar
Adiantamentos concedidos
(±) Variações nas contas do balanço:
Estoques
Projetos
Fornecedores a pagar
Contas a receber
Resultado que afeta o caixa
Valor residual de bens do ativo imobilizado
Depreciação e amortização
(±) Reversão das despesas/receitas não monetárias:
Superavit (deficit) do exercício
1. Atividades operacionais:
Demonstração do Fluxo de Caixa
(=) Saldo final de caixa
Resultado final de caixa
(=) Caixa gerado nas atividades de financiamentos
Recursos oriundos de fundo institucional
Liquidação de financiamentos
(+) Saldo inicial de caixa
Recursos oriundos de financiamentos
3. Atividades de financiamentos:
(=) Caixa gerado nas atividades de investimentos
Recursos oriundos da venda de bens do imobilizado
Aplicações no intangível
Aplicações no imobilizado (imóveis, equipamentos, veículos)
2. Atividades de investimentos:
Demonstração do Fluxo de Caixa
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Notas Explicativas
NBC TG: Estrutura conceitual21: As demonstrações contábeis também englobam notas explicativas,
quadros suplementares e outras informações. Por exemplo, podem conter informações adicionais que sejam relevantes às necessidades dos usuários sobre itens constantes do balanço patrimonial e da demonstração do resultado. Podem incluir divulgações sobre os riscos e incertezas que afetem a entidade e quaisquer recursos e/ou obrigações para os quais não exista obrigatoriedade de serem reconhecidos no balanço patrimonial (tais como reservas minerais). Informações sobre segmentos industriais ou geográficos e o efeito de mudanças de preços sobre a entidade podem também ser fornecidos sob a forma de informações suplementares.
Notas explicativas
NBC T 10.1910.19.3.3 – As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informações:• o resumo das principais práticas contábeis;• os critérios de apuração das receitas e das despesas, especialmente com gratuidades, doações, subvenções, contribuições e aplicações de recursos;
• as contribuições previdenciárias, relacionadas com a atividade assistencial devem ser demonstradas como se a entidade não gozassede isenção, conforme normas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
• as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções;
• os fundos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes desses fundos;
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Notas explicativas
NBC T 10.19 - continuação• evidenciação dos recursos sujeitos a restrições ou vinculações por parte do doador;
• eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade;
• as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
• informações sobre os tipos de seguros contratados;• as entidades educacionais, além das notas explicativas, devem evidenciar a adequação das receitas com as despesas de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação.
• as entidades beneficiadas com a isenção de tributos e contribuições devem evidenciar em Notas Explicativas, suas receitas com e sem gratuidade, de forma segregada, e os benefícios fiscais gozados.
Referências bibliográficas:
ARAÚJO, Osório Cavalcante. Contabilidade para organizações do terceiro setor. SP: Atlas, 2006.
BRASIL. Lei n° 12.101 de 27 de novembro de 2009. DOU de 27.11.2009
BRASIL. Decreto n° 7.237 de 20 de julho de 2010. DOU de 20.07.2010
Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social. Conselho Federal de Contabilidade: Brasília, 2003.
OLAK, Paulo Arnaldo e NASCIMENTO, Diodo Toledo. Contabilidade para entidades sem fins lucrativos. 3ª ed. SP: Atlas, 2010.
PEYON, Luiz Francisco. Gestão contábil para o terceiro setor. RJ: Freitas Bastos, 2004.
ZANLUCA, Júlio César. Contabilidade do terceiro setor. PR: Maph editora, 2011.
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CONTATO:
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