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01 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Disciplina: FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I (MAF 2201) Prof. EDSON VAZ NOTA DE AULA IV SISTEMAS DE PARTÍCULAS Se você arremessar um bastão de beisebol ou um cabo de vassoura girando no ar, ao dar voltas cada parte do bastão se move de modo diferente das demais, portanto, o bastão ou o cabo de vassoura não pode ser representado como uma partícula que foi arremessada. Nos casos em que temos várias partes de um mesmo objeto apresentando comportamentos diferentes é conveniente pensarmos neste objeto como um sistema de partículas, no qual cada parte pode ser representada como uma partícula. O estudo do movimento destes objetos é bastante complicado, teríamos que analisar cada parte em separado. No entanto, podemos simplificar este estudo considerando um ponto especial destes objetos, o seu centro de massa. No caso do arremesso (com rotação) do taco de beisebol ou do cabo de vassoura, o centro de massa destes objetos se move numa trajetória parabólica enquanto seus outros pontos seguem trajetórias mais complicadas. O centro de massa de um corpo pode ser encontrado experimentalmente por meio do equilíbrio deste corpo. Centro de Massa O centro de massa de um corpo ou de um sistema de corpos é o ponto que se move como se toda a massa estivesse concentrada nele e como se todas as forças externas fossem aplicadas neste ponto. Para um sistema de três partículas (como o representado na figura abaixo) as coordenadas x cm e y cm podem ser determinadas por 1 1 2 2 3 3 1 2 3 cm xm xm xm x m m m 1 1 2 2 3 3 1 2 3 cm ym ym ym y m m m y1 y3 ycm y2 m2 m1 m3 cm x1 x2 xcm x3 y x

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01

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA

Disciplina: FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I (MAF 2201)

Prof. EDSON VAZ

NOTA DE AULA IV

SISTEMAS DE PARTÍCULAS

Se você arremessar um bastão de beisebol ou um cabo de vassoura girando no ar, ao dar

voltas cada parte do bastão se move de modo diferente das demais, portanto, o bastão ou o cabo de

vassoura não pode ser representado como uma partícula que foi arremessada. Nos casos em que

temos várias partes de um mesmo objeto apresentando comportamentos diferentes é conveniente

pensarmos neste objeto como um sistema de partículas, no qual cada parte pode ser representada

como uma partícula. O estudo do movimento destes objetos é bastante complicado, teríamos que

analisar cada parte em separado. No entanto, podemos simplificar este estudo considerando um

ponto especial destes objetos, o seu centro de massa. No caso do arremesso (com rotação) do taco

de beisebol ou do cabo de vassoura, o centro de massa destes objetos se move numa trajetória

parabólica enquanto seus outros pontos seguem trajetórias mais complicadas. O centro de massa de

um corpo pode ser encontrado experimentalmente por meio do equilíbrio deste corpo.

Centro de Massa

O centro de massa de um corpo ou de um sistema de corpos é o ponto que se move como se

toda a massa estivesse concentrada nele e como se todas as forças externas fossem aplicadas neste

ponto.

Para um sistema de três partículas (como o representado na figura abaixo) as coordenadas

xcm e ycm podem ser determinadas por

1 1 2 2 3 3

1 2 3

cm

x m x m x mx

m m m

1 1 2 2 3 3

1 2 3

cm

y m y m y my

m m m

y1

y3

ycm

y2 m2

m1

m3

cm

x1 x2 xcm x3

y

x

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para um sistema de n partículas distribuídas em três dimensões, o centro de massa deve ser

identificado pelas três coordenadas

1

1 n

cm i i

i

x m xM

1

1 n

cm i i

i

y m yM

1

1 n

cm i i

i

z m zM

onde:

M – é a massa total do sistema

i – é um número seqüencial, ou índice, que assume todos os valores inteiros de 1 até

n.

A localização do centro de massa de um sistema de partículas pode ser dada por um vetor

posição. O vetor posição do centro de massa é

ˆˆ ˆcm cm cm cmr x i y j z k

Para um corpo qualquer de massa M (considerado como uma distribuição contínua de

massa), as coordenadas do centro de massa podem ser determinadas por

1cmx x dm

M

1cmy y dm

M

1cmz z dm

M

Se a massa específica (massa por unidade de volume) do objeto for uniforme, ou seja, se a

massa específica for a mesma para todos os pontos do objeto, as coordenadas do centro de massa

podem ser determinadas em função do volume

1cmx x dv

v

1cmy y dv

v

1cmz z dv

v

onde V é o volume do objeto.

Você pode deixar de calcular uma ou mais destas integrais se o objeto possuir um ponto,

uma linha ou um plano de simetria. O centro de massa para estes objetos se encontra nesse ponto,

nessa linha ou nesse plano. Por exemplo, o centro de massa de uma esfera uniforme está no centro

da esfera.

Em determinados casos podemos simplificar o cálculo do centro de massa de um corpo

dividindo o corpo em várias partes. Nestes casos podemos determinar o centro de massa de cada

parte e, tratando cada parte como uma partícula localizada em seu próprio centro de massa,

determinamos o centro de massa da combinação de todas as partes, ou seja, do corpo.

É importante observarmos que o centro de massa de um corpo pode estar em uma parte não

maciça do corpo. O centro de massa de uma casca esférica metálica está num local onde não existe

metal, o seu centro.

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Exercícios:

1. Quais as coordenadas (a) x e (b) y do centro de massa do sistema de três partículas mostrado na

figura abaixo? (c) O que acontece com o centro de massa ao se aumentar gradativamente a

massa da partícula que se encontra na posição mais elevada?

2. Três hastes finas, cada uma com comprimento L, estão dispostas na forma de um U invertido,

como mostrado na figura. Cada uma das duas hastes verticais do U possui massa M; a terceira

haste possui massa 3M. Onde está o centro de massa do conjunto?

3. A figura mostra uma placa quadrada fina e uniforme com 6 m de lado da qual foi recortado um

pedaço quadrado de 2 m de lado. O centro deste pedaço está em x = 2 m, y = 0. O centro da

placa quadrada (antes de ser recortada) está em x = y = 0. Determine (a) a coordenada x e (b) a

coordenada y do centro de massa da placa após o recorte.

6 m

2 m

2 m

2 m

6 m

y

x

0

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Segunda Lei de Newton para um sistema de partículas

Em determinados casos focamos o estudo no movimento do centro de massa de um corpo ou

de um sistema de partículas, sem ter em conta o movimento de cada parte do corpo ou de cada

partícula que forma o sistema. Embora o centro de massa seja apenas um ponto, ele se move como

uma partícula, cuja massa é igual à massa total do sistema, então, pode se associar ao centro de

massa: uma posição, uma velocidade e uma aceleração. O centro de massa de um sistema de

partículas se move como uma partícula, cuja massa é igual á massa total do sistema, sob influencia

da força externa resultante que atua sobre este sistema de partículas. A equação vetorial que

descreve o movimento do centro de massa de um sistema de partículas é

.ext cmF M a

onde:

extF - é a soma (resultante) de todas as forças externas que agem sobre o sistema. Forças

que uma parte do sistema exerce sobre as outras partes do mesmo sistema (Forças internas)

não estão incluídas.

M – é a massa total (considerada constante) do sistema.

cma - é a aceleração do centro de massa do sistema.

Devemos observar que a equação acima é uma representação da segunda lei de

Newton para um sistema de partículas, e está relacionada apenas á aceleração do centro de

massa, ou seja, não fornece nenhuma informação a respeito da aceleração de nenhum outro

ponto do sistema.

Como a equação acima é uma equação vetorial podemos trabalhar separadamente com as

equações “escalares” em cada direção independente. Para o caso em que a resultante das forças

externas é nula, o centro de massa do sistema não tem aceleração e sua velocidade é constante (se

estiver em repouso permanecerá em repouso).

Retornemos ao caso do arremesso do bastão de beisebol ou do cabo de vassoura girando no ar.

Se desprezarmos a resistência do ar, a única força externa que atua nos corpos é a força da

gravidade, portanto, o centro de massa do bastão ou do cabo de vassoura se move numa trajetória

parabólica, como se fosse uma partícula.

Exercícios:

4. Dois patinadores, um com 65 kg de massa e outro com 40 kg, estão de pé em um rinque de

patinação no gelo segurando uma vara de massa desprezível com 10 m de comprimento.

Partindo das extremidades da vara, os patinadores se puxam ao longo da vara até se

encontrarem. Qual a distância percorrida pelo patinador de 40 kg?

5. Um carro vermelho com 2400 kg de massa está se movendo ao longo de um trecho reto de uma

estrada a 80 km/h. Ele é seguido por um carro branco com massa de 1600 kg se movendo a 60

km/h. Com que velocidade está se movendo o centro de massa dos dois carros?

6. Deixa-se cair uma pedra em t = 0. Uma Segunda pedra, com o dobro da massa da primeira, é

solta do mesmo ponto em t = 100 ms. (a) A que distância abaixo do ponto de lançamento está o

centro de massa das duas pedras em t = 300 ms? (Até esse instante, nenhuma das duas pedras

atingiu o solo.) (b) Com que velocidade está se movendo o centro de massa do sistema formado

pelas duas pedras nesse tempo?

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7. Ricardo, de massa igual a 80 kg, e Carmelita, que é mais leve, estão passeando num lago ao

anoitecer em uma canoa de 30 kg. Quando a canoa está em repouso na água calma, eles trocam

de lugares, que estão distantes 3,0 m e posicionados simetricamente em relação ao centro da

canoa. Durante a troca, Ricardo percebe que a canoa se move 40 cm em relação a um tronco de

árvore submerso e calcula a massa de Carmelita, que ela não contou para ele. Qual a massa de

Carmelita?

8. Um cachorro de 4,5 kg está em pé sobre um barco de 18 kg e distante 6,1 m da costa, como está

representado na figura. Ele anda 2,4 m ao longo do barco em direção à costa, e então pára.

Supondo que não haja atrito entre a embarcação e a água, determine a distância que o cachorro

está da costa neste instante. (Sugestão: Veja a figura. O cachorro se desloca para a esquerda e a

embarcação para a direita, mas o centro de massa do sistema embarcação + cachorro se move?)

Quantidade de Movimento Linear ou momento Linear

A quantidade de movimento linear ou momento linear de uma partícula é um vetor p ,

definido como

p mv

Onde m é a massa da partícula e v é o seu vetor velocidade. Como m é uma grandeza

escalar positiva, p e v possuem a mesma direção e o mesmo sentido.

Existe uma grandeza chamada de Quantidade de Movimento Angular ou Momento Angular,

portanto, o adjetivo linear é usado para distinguir estas duas grandezas. Frequentemente, quando

não se tem necessidade de esclarecer que se trata da quantidade de movimento linear, este adjetivo é

suprimido e será mencionada apenas quantidade de movimento.

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Quantidade de Movimento Linear e a Segunda Lei de Newton

Newton expressou sua Segunda Lei de Movimento originalmente em termos da quantidade

de movimento. Esta lei pode ser escrita como: a taxa de variação com o tempo da quantidade de

movimento de uma partícula é igual à força resultante que atua sobre a partícula e possui a mesma

direção e o mesmo sentido dessa força.

Em forma de equação temos que

res

dpF

dt

Pela equação acima, a quantidade de movimento de uma partícula não sofre variação se a

força resultante que atua na partícula for nula.

Podemos verificar que as relações res

dpF

dt e .resF m a são expressões equivalentes da

segunda lei do movimento de Newton para uma partícula de massa constante.

( ).res

dp d mv dvF m m a

dt dt dt

Quantidade de movimento linear de um sistema de partículas

A quantidade de movimento linear de um sistema de n partículas é igual á soma vetorial das

quantidades de movimento individuais de cada partícula. A quantidade de movimento linear de um

sistema de partículas também pode ser escrito como o produto da massa total M do sistema pela

velocidade do centro de massa deste sistema.

1

.n

i cm

i

P p M v

Podemos escrever a segunda lei de Newton para um sistema de partículas como

ext

dPF

dt

Onde: extF é a força externa resultante que age sobre o sistema.

Da equação acima, a quantidade de movimento linear de um sistema de partículas só tem

variação se a força externa resultante que atua no sistema não for nula, ou seja, a força externa

resultante é responsável pela mudança na quantidade de movimento linear do sistema.

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Conservação da Quantidade de Movimento Linear

Se a força externa resultante que atua sobre um sistema de partículas for nula, a quantidade

de movimento linear total do sistema permanece constante.

0 constanteext i fF P P P

A lei da conservação da quantidade de movimento é representada por uma equação vetorial,

portanto, ela pode ser representada para cada direção em separado. Portanto, a quantidade de

movimento linear pode se conservar em uma direção e em outra não, ou seja, se a componente (em

determinada direção) da força externa resultante que age sobre um sistema fechado for nula, a

componente da quantidade de movimento linear do sistema nesta direção permanece constante.

Observe que somente forças externas são responsáveis por mudanças na quantidade de

movimento de um sistema de partículas. As forças internas podem mudar apenas a quantidade de

movimento linear de partes do sistema, não podem mudar a quantidade de movimento linear total

do sistema.

Exercícios:

9. Com que velocidade um fusca de 816 kg tem que estar viajando (a) para ter a mesma quantidade

de movimento linear de um Cadillac de 2650 kg que está se movendo a 16 km/h e (b) para ter a

mesma energia cinética?

10. Suponha que a sua massa seja de 80 kg. A que velocidade você teria que correr para ter a

mesma quantidade de movimento linear de um carro de 1600 kg se movendo a 1,2 km/h?

11. Uma bola de 0,7 kg está se movendo horizontalmente para a direita com uma velocidade de 5,0

m/s ao atingir uma parede vertical. A bola é rebatida pela parede com uma velocidade de 2,0

m/s. Qual a intensidade da variação da quantidade de movimento linear da bola?

12. Um objeto é rastreado por uma estação de radar e descobre-se que ele possui um vetor posição

dado por ˆˆr = (3500 -160t)i +2700j+300k , com r em metros e t em segundos. O eixo x da estação

de radar aponta para o leste, seu eixo y para o norte e seu eixo z aponta para cima na vertical. Se

o objeto for um foguete meteorológico de 250 kg, quais são (a) a sua quantidade de movimento

linear, (b) a sua direção de movimento e (c) a força resultante que atua sobre ele?

13. Um homem de 91 kg que está em uma superfície horizontal com atrito desprezível joga uma

pedra de 68 g para longe dele, fornecendo a ela uma velocidade horizontal de 4,0 m/s. Que

velocidade o homem adquire em conseqüência deste empurrão?

14. Dois blocos de massas 1,0 kg e 3,0 kg estão interligados por uma mola e repousam sobre uma

superfície horizontal sem atrito. Eles são postos em movimento de forma a se aproximarem,

com o bloco de 1,0 kg se deslocando inicialmente a 1,7 m/s em direção ao centro de massa, que

permanece em repouso. Determine a velocidade inicial do outro bloco.

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15. Um brinquedo mecânico desliza ao longo de um eixo x sobre uma superfície sem atrito com

uma velocidade de ˆ(-0,40 m/s)i quando duas molas internas separam o brinquedo em três partes,

como apresentado na tabela. Qual a velocidade da parte A?

Parte Massa

(kg)

Velocidade

(m/s)

A 0,50 ?

B 0,60 0,20 i

C 0,20 0,30 i

16. Um certo núcleo radioativo pode se transformar em um outro núcleo pela emissão de um elétron

e um neutrino. (O neutrino é uma das partículas fundamentais da física.) Suponha que nesta

transformação, o núcleo original esteja em repouso, o elétron e o neutrino sejam emitidos ao

longo de trajetórias perpendiculares e que as intensidades das quantidades de movimento linear

sejam 1,2 x 10-22

kg.m/s para o elétron e 6,4 x 10-23

kg.m/s para o neutrino. Como resultado das

emissões, o novo núcleo se move (recua). (a) Qual a intensidade da sua quantidade de

movimento linear? Qual o ângulo entre a sua trajetória e a trajetória (b) do elétron e (c) do

neutrino? (d) Qual a sua energia cinética se a sua massa é igual a 5,8 x 10-26

kg?

17. Um corpo de 20,0 kg está se movendo no sentido positivo do eixo x com uma velocidade de 200

m/s quando, devido a uma explosão interna, ele se reparte em três. Uma parte, com uma massa

de 10,0 kg se afasta do ponto da explosão com uma velocidade de 100 m/s no sentido positivo

do eixo y. Um segundo fragmento, com uma massa de 4,00 kg se move no sentido negativo do

eixo x com uma velocidade de 500 m/s. (a) Qual o módulo, a direção e o sentido da velocidade

do terceiro fragmento (de 6,00 kg)? (b) Quanta energia é liberada na explosão? Ignore os efeitos

devidos à força gravitacional.

18. Uma embarcação em repouso explode, se dividindo em três pedaços. Dois pedaços, de mesma

massa, saem voando em direções perpendiculares entre si com a mesma velocidade de 30 m/s.

O terceiro pedaço possui o triplo da massa de cada um dos dois pedaços. Qual a intensidade e a

direção do seu vetor velocidade imediatamente após a explosão?

Sistemas com massa variável

Até o momento estudamos apenas sistemas com massa constante, no entanto temos casos

em que a massa não permanece constante. Num foguete, sua massa é composta em grande parte

pelo combustível que deve ser queimado e ejetado pelo sistema de propulsão. Se um sistema possui

massa variável, podemos redefinir o sistema ampliando suas fronteiras até que elas envolvam um

sistema maior cuja massa permanece constante. Após ampliar as fronteiras, aplicamos a lei de

conservação da quantidade de movimento linear. Para um foguete, isto significa que o sistema

inclui tanto o foguete quanto os seus gases de exaustão. A análise de um sistema deste tipo mostra

que na ausência de forças externas um foguete é acelerado com uma taxa instantânea dada por

relR v Ma (primeira equação do foguete)

onde M é a massa instantânea do foguete (incluindo o combustível não consumido), R é a

taxa de consumo de combustível , e relv é a velocidade de escapamento dos produtos de combustão

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em relação ao foguete. O termo relR v é chamado de empuxo do motor do foguete. Para um foguete

com R e relv constantes, cuja velocidade muda de vi para vf quando a sua massa varia de Mi para

Mf, temos

f i relV V V ln i

f

M

M (segunda equação do foguete)

Exercícios:

19. Uma sonda espacial de 6090 kg, movendo-se com seu nariz na dianteira em direção a Júpiter a

105 m/s em relação ao Sol, liga o motor do seu foguete, ejetando 80,0 kg de gases de exaustão a

uma velocidade de 253 m/s em relação à sonda. Qual a velocidade final da sonda?

20. Um foguete está se afastando do sistema solar a uma velocidade de 6,0 x 103 m/s. Ele liga o seu

motor, que ejeta gases de exaustão com uma velocidade de 3,0 x 103 m/s em relação ao foguete.

A massa do foguete neste tempo é igual a 4,0 x 104 kg e sua aceleração é igual a 2,0 m/s

2. (a)

Qual o empuxo do motor? (b) A que taxa, em quilogramas por segundo, os gases de exaustão

são ejetados durando o funcionamento do motor?

21. Um foguete, situado no espaço longínquo e inicialmente em repouso em relação a um sistema

de referência inercial, tem uma massa de 2,55 x 105 kg, da qual 1,81 x 10

5 kg é de combustível.

O motor do foguete fica então ligado por 250 s, durante os quais se consome combustível a uma

taxa de 480 kg/s. A velocidade dos produtos de exaustão em relação ao foguete é de 3,27 km/s.

(a) Qual o empuxo do foguete? Após estar ligado por 250 s, qual a (b) massa e (c) a velocidade

escalar do foguete?

– COLISÕES

Uma colisão é um evento isolado no qual dois ou mais corpos (os corpos que colidem)

exercem uns sobre os outros, forças relativamente elevadas por um tempo relativamente curto. Estas

forças são internas ao sistema e são significativamente maiores do que qualquer força externa

durante a colisão, portanto, durante a colisão as únicas forças que realmente importam são as forças

de interação entre eles. Como exemplo de colisão, podemos citar um taco de bilhar ou um bastão de

beisebol atingindo uma bola.

Já estudamos que somente a força externa resultante é responsável pela mudança na

quantidade de movimento linear do sistema. Portanto, em uma colisão, se o sistema for fechado e

isolado, a quantidade de movimento linear total do sistema se conserva.

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IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR

O impulso de uma força em uma colisão é uma grandeza que está relacionada à intensidade

da força e ao tempo de aplicação desta força. Podemos determinar a relação entre o impulso e a

quantidade de movimento de uma partícula aplicando a 2ª Lei de Newton

( )dp

F dp F t dtdt

( )

f

i

t

f i

t

p p F t dt

o termo 2

1

( )

t

t

F t dt , que é uma medida tanto da intensidade quanto da duração da força de colisão, é

chamada de impulso j devido a força F na colisão. Assim,

2

1

( )

t

f i

t

j F t dt p p

a equação acima é chamada de Teorema do Impulso – quantidade de movimento linear. (a

variação da quantidade de movimento linear de cada corpo em uma colisão é igual ao impulso que

age sobre este corpo).

Se Fmed for a intensidade média da força ( )F t durante a colisão e t o tempo de duração da

colisão, então, para um movimento unidimensional temos que:

.medj F t

A intensidade do impulso pode ser determinada no gráfico da força em função do tempo.

Neste gráfico, o módulo do impulso é igual a área sob a curva F(t) como está representado na figura

abaixo.

(a) A curva mostra a intensidade da força variável com o tempo F (t) que age sobre um corpo

durante uma colisão. A área debaixo da curva é igual à intensidade da impulsão J que age sobre o

corpo na colisão. (b) A altura do retângulo representa a força média Fmed agindo sobre o corpo no

intervalo de tempo t. A área dentro do retângulo é igual à área debaixo da curva em (a) e, desta

forma, é também igual à intensidade da impulsão J na colisão.

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011

Colisões Elásticas

Uma colisão elástica é um tipo especial de colisão na qual a energia cinética do sistema de

corpos que colidem se conserva. Se o sistema for fechado e isolado, sua quantidade de movimento

linear também se conserva.

Colisões Inelásticas

Em uma colisão inelástica, a energia cinética do sistema não se conserva. Se o sistema for

fechado e isolado, a quantidade de movimento linear total do sistema se conserva.

Se os corpos ficam presos um ao outro após a colisão está colisão é uma colisão

perfeitamente inelástica e os corpos possuem a mesma velocidade após a colisão. Neste tipo de

colisão temos a maior perda de energia cinética do sistema.

Exercícios:

22. Em uma partida de bilhar americano, um taco acerta uma bola em repouso e exerce uma força

média de 50 N durante 10 ms. Se a bola tiver uma massa de 0,20 kg, que velocidade ela terá

imediatamente após o impacto?

23. Uma bola de beisebol de 150 g, lançada com uma velocidade de 40 m/s é rebatida para o

arremessador na mesma direção em que chegou com uma velocidade de 60m/s. Qual a

intensidade da força média que o bastão exerce sobre a bola se o bastão estiver em contato com

a bola por 5,0 ms?

24. Uma força que em média vale 1200 N é aplicada a uma bola de aço de 0,40 kg que se move a 14

m/s em uma colisão que dura 27 ms. Se a força estiver no sentido contrário à velocidade inicial

da bola, ache a intensidade e o sentido da velocidade final da bola.

25. Uma bola de 1,2 kg cai na vertical sobre um piso, acertando-o com uma velocidade de 25 m/s.

Ela ressalta com uma velocidade inicial de 10 m/s. (a) Que impulsão atua sobre a bola durante o

contato? (b) Se a bola estiver em contato com o piso por 0,020 s, qual a intensidade da força

média que a bola exerce sobre o piso?

26. Um carro de 1400 kg que se move a 5,3 m/s está se deslocando inicialmente para o norte no

sentido positivo da direção y. Após completar uma curva de 90º para a direita (mantendo o

mesmo valor para a velocidade) passando para o sentido positivo da direção x em 4,6 s, o

motorista desatento bate em uma árvore, que pára o carro em 350 ms. Usando a notação de

vetores unitários, qual é a impulsão sobre o carro (a) devida à curva e (b) devida à colisão? Qual

a intensidade da força média que atua sobre o carro (c) durante a curva e (d) durante a colisão?

(e) Qual o ângulo entre a força média no item (c) e o sentido positivo da direção x?

27. A intensidade de uma força não-equilibrada sobre um objeto de 10 kg aumenta a uma taxa

constante de zero até 50 N em 4,0 s, fazendo com que o objeto inicialmente em repouso se

mova. Qual é a velocidade escalar do objeto ao final dos 4,0 s?

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012

28. Uma bala de 5,20g se movendo, horizontalmente, a 672 m/s colide com um bloco de madeira de

700 g em repouso sobre uma superfície horizontal sem atrito. A bala emerge, viajando na

mesma direção e mesmo sentido com sua velocidade escalar reduzida para 428 m/s. (a) Qual a

velocidade escalar resultante do bloco? (b) Qual a velocidade escalar do centro de massa do

sistema bala-bloco?

29. Um trenó em forma de caixa de 6,0 kg está se movendo horizontalmente sobre uma pista de

gelo sem atrito a uma velocidade de 9,0 m/s quando um pacote de 12 kg é solto de cima para

dentro dele. Qual a nova velocidade do trenó?

30. Uma bala de massa igual a 4,5 g é disparada horizontalmente para dentro de um bloco de

madeira de 2,4 kg em repouso sobre uma superfície horizontal. O coeficiente de atrito cinético

entre o bloco e a superfície é de 0,20. A bala pára no bloco, que desliza exatamente para frente

por 1,8 m (sem rotação). (a) qual a velocidade do bloco imediatamente após a bala parar em

relação a ele? (b) Com que velocidade a bala foi disparada?

31. Dois carros A e B derrapam sobre uma estrada com gelo ao tentarem parar em um sinal de

trânsito. A massa de A é de 1100 kg e a massa de B é igual a 1400 kg. O coeficiente de atrito

cinético entre as rodas travadas e a estrada para os dois carros é de 0,13. O carro A consegue

parar no sinal, mas o carro B não consegue parar e bate na traseira do carro A. Após a batida, A

pára 8,2 m à frente da sua posição no impacto e B, 6,1 m à frente (veja a figura). Os dois

motoristas tiveram seus freios travados durante o incidente. Partindo da distância que cada carro

se moveu após a batida, ache a velocidade (a) do carro A e (b) do carro B imediatamente após o

impacto. (c) Use a conservação da quantidade de movimento linear para achar a velocidade com

que o carro B bateu no carro A.

32. Um bloco de massa m1 = 2,0 kg desliza em uma mesa sem atrito com uma velocidade de 10 m/s.

Bem na frente dele, e se movendo na mesma direção, existe um bloco de massa m2 = 5,0 kg se

movendo a 3,0 m/s. Uma mola sem massa com constante de mola k = 1120 N/m está presa ao

lado de m2 mais próximo a m1, como mostrado na figura. Qual a compressão máxima da mola

quando os blocos colidem? (Dica: No momento de compressão máxima da mola, os dois blocos

se movem como um. Ache a velocidade observando que a colisão é completamente inelástica

neste ponto.)

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013

33. Um carrinho com 340 g de massa se movendo sobre um colchão de ar linear sem atrito a uma

velocidade inicial de 1,2 m/s sofre uma colisão elástica com um carrinho inicialmente em

repouso de massa desconhecida. Após a colisão, o primeiro carrinho continua na sua direção

original a 0,66 m/s. (a) Qual a massa do segundo carrinho? (b) Qual a sua velocidade após o

impacto? (c) Qual a velocidade do centro de massa do sistema formado pelos dois carrinhos?

34. Uma bola de aço de massa igual a 0,500 kg é presa a um fio com 70,0 cm de comprimento que

está fixo na outra extremidade. A bola então é solta quando o fio está na horizontal (ver figura).

Na parte mais baixa da sua trajetória, a bola bate em um bloco de aço de 2,50 kg inicialmente

em repouso sobre uma superfície sem atrito. A colisão é elástica. Ache (a) a velocidade escalar

da bola e (b) a velocidade escalar do bloco, ambas imediatamente após a colisão.

35. Dois corpos de 2,0 kg, A e B, colidem. As velocidades antes da colisão são ˆ ˆV = 15i + 30jA ˆ ˆ

BV = -10i +5,0j . Após a colisão, ˆ ˆAV = -5,0i +20j . Todas as velocidades são dadas em metros por

segundo. (a) Qual o vetor velocidade final de B? (b) Quanta energia cinética é ganha ou perdida

na colisão?

36. Uma partícula alfa colide com um núcleo de oxigênio que está inicialmente em repouso. A

partícula alfa sofre uma deflexão de um ângulo de 64,0º medida a partir da direção em que ela

se movia inicialmente, e o núcleo do oxigênio sofre um recuo com um ângulo de 51,0º no lado

oposto dessa direção inicial. A velocidade final do núcleo é de 1,20 x 105 m/s. Ache (a) a

velocidade final e (b) a velocidade inicial da partícula alfa. (Em unidades de massa atômica, a

massa de uma partícula alfa é 4,0 u , e a massa de um núcleo de oxigênio é 16 u .)

37. Em uma partida de bilhar americano, a bola branca acerta outra bola de mesma massa e

inicialmente em repouso. Após a colisão, a bola branca se move a 3,50 m/s ao longo de uma

linha reta que faz um ângulo de 22,0º com a sua direção de movimento original, e a segunda

bola possui uma velocidade de 2,00 m/s. Determine (a) o ângulo entre a direção de movimento

da segunda bola e direção original de movimento da bola branca e (b) a velocidade original da

bola branca. (c) A energia cinética (dos centros de massa, sem considerar a rotação) se

conserva?

38. Após uma colisão totalmente inelástica, observa-se que dois objetos de mesma massa e mesma

velocidade escalar inicial se afastam juntos do ponto onde se chocaram com metade da

velocidade escalar inicial que cada um possuía. Ache o ângulo entre as velocidades iniciais dos

objetos.

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014

Movimento de Rotação

Inicialmente estudamos o movimento de translação, agora vamos estudar o movimento de

rotação. Vamos considerar inicialmente o movimento de rotação de um corpo rígido (corpo que

pode girar com todas as partes ligadas rigidamente e sem mudar de forma) em torno de um eixo de

rotação fixo (eixo que não muda de posição).

Quando um corpo rígido executa um movimento de rotação pura, todos os pontos do corpo se

movem ao longo de circunferências cujo centro está sobre o eixo de rotação, e todos os pontos

descrevem um mesmo ângulo num mesmo intervalo de tempo.

No movimento de translação temos as grandezas lineares: posição, deslocamento, velocidade e

aceleração. No movimento de rotação temos as seguintes grandezas angulares equivalentes.

Posição angular (θ) e deslocamento angular (Δ θ)

A posição angular e o deslocamento angular de um ponto qualquer do corpo em rotação pode

ser determinado pela posição angular e deslocamento angular de uma reta que liga o ponto

considerado ao eixo de rotação. O deslocamento angular pode ser positivo ou negativo de acordo

com a seguinte regra: Um deslocamento angular no sentido anti-horário é positivo e um

deslocamento angular no sentido horário é negativo.

Velocidade angular (ω)

A velocidade angular média (ωmed ) é dada pela divisão do deslocamento angular pelo tempo,

enquanto que a velocidade angular instantânea (ω) é dada pela derivada da posição angular em

relação ao tempo.

ωmed = Δ𝜃

Δ𝑡 e ω =

𝑑𝜃

𝑑𝑡

As unidades mais usadas para a velocidade angular são o radiano por segundo (rad/s) e a

revolução por segundo (rev/s). A velocidade angular de um corpo rígido em rotação pode ser

positiva (rotação no sentido anti-horário) ou negativa (rotação no sentido horário).

Aceleração angular (α)

A aceleração angular média (αmed ) é dada pela divisão da variação da velocidade angular pelo

tempo, enquanto que a aceleração angular instantânea (α) é dada pela derivada da posição angular

em relação ao tempo.

αmed = Δ𝜔

Δ𝑡 e α =

𝑑𝜔

𝑑𝑡

As unidades mais usadas para a aceleração angular são o radiano por segundo ao quadrado

(rad/s2) e a revolução por segundo ao quadrado (rev/s

2).

As grandezas angulares são vetores?

A velocidade angular e a aceleração angular podem ser representadas por vetores e

obedecem as regras das operações vetoriais. O deslocamento angular não obedece á regra da soma

vetorial, portanto, não pode ser tratado como uma grandeza vetorial. A velocidade angular de um

corpo em rotação pode ser representada por um vetor na direção do eixo de rotação e com sentido

dado pela regra da mão direita: Envolva o corpo em rotação com a mão direita, o polegar deve estar

paralelo ao eixo de rotação e os outros dedos no sentido da rotação. O polegar mostra o sentido do

vetor velocidade angular.

A representação e visualização das grandezas angulares por vetores é mais complicada do que

a representação das grandezas lineares. No estudo das grandezas vetoriais lineares, por vária vezes

consideramos equações escalares quando o movimento era em uma determinada direção, nestes

casos o sinal indicava o sentido da grandeza. De maneira equivalente, quando tratamos de rotação

em torno de um eixo fixo não temos necessidade da representação vetorial (a direção dos vetores é a

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015

mesma do eixo de rotação), usamos apenas o sinal para indicar se a rotação é no sentido anti-horário

(positivo) ou horário (negativo).

Rotação com aceleração angular constante

No movimento de translação estudamos o caso especial de movimento com aceleração linear

constante. Nas rotações puras temos também o caso de movimento com aceleração angular

constante, o qual pode ser descrito por equações similares a do movimento de translação. Sendo θ a

posição angular, ω a velocidade angular e α a aceleração angular temos que:

ω = ω0 + α t

θ = θ0 + ω0 t + 1

2 α t

2

ω2 = ω

20 + 2 α Δθ

Exercícios:

39. Para um relógio analógico determine a velocidade angular: (a) do ponteiro dos segundos (b)

do ponteiro dos minutos (c) do ponteiro das horas. Dê as respostas em radianos por segundo.

40. A posição angular de um ponto em uma roda é dada por θ = 2 + 4t2 + 2t

3, onde θ está em

radianos e t em segundos. Para este ponto determine:

a) A posição angular para t = 0.

b) A velocidade angular para t = 0.

c) A velocidade angular para t = 4s.

d) A aceleração angular para t = 2s.

41. Um disco, inicialmente girando com uma velocidade angular de 120 rad/s, é freado com

uma aceleração angular constante de módulo igual a 4 rad/s2. (a) Quanto tempo este disco

leva para parar? (b) Qual o deslocamento angular deste disco durante este tempo?

Resposta: a) 30s, b) 1,8 × 103

rad

42. Um tambor gira em tordo do seu eixo central com uma velocidade angular de 12,6 rad/s. Se

o tambor é freado com uma desaceleração angular constante de 4,2 rad/s2, (a) quanto tempo

o tambor leva para parar? (b) Qual é o deslocamento angular do tambor até parar?

Respostas: a ) 3s, b) 18,9 rad.

43. Uma roda executa 40 revoluções (voltas) enquanto desacelera a partir de uma velocidade

angular de 1,5 rad/s até parar. (a) Supondo que a aceleração angular é constante, determine

esta aceleração. (b) Qual o intervalo de tempo em que isso ocorre? (c) Quanto tempo é

necessário para a roda completar as 20 primeiras revoluções com a mesma desaceleração?

Respostas: a) - 4,5 × 10- 3

rad/s2,

b ) 333,33 s, c) 97,78 s.

Relação entre as grandezas lineares e angulares

Na rotação de um corpo rígido em torno de um eixo fixo, podemos considerar o corpo rígido

composto por várias partículas, as quais descrevem movimento circular em tordo deste eixo de

rotação. No caso do corpo rígido, todas as partículas completam uma volta no mesmo intervalo de

tempo, ou seja, todas têm a mesma velocidade angular. Por outro lado, quanto mais a partícula está

afastada do eixo de rotação maior será a circunferência que ela percorre para completar uma volta

completa. Portanto, quanto mais afastada do eixo de rotação maior será o valor de sua velocidade

linear.

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016

Podemos relacionar as grandezas lineares s, v e a, de um determinado ponto do corpo em

rotação, ás grandezas angulares θ, ω e α, por meio do raio (r) da circunferência descrita pela

trajetória do ponto em torno do eixo de rotação.

Relação da posição

Quando um ponto do corpo, a uma distância r do eixo de rotação, descreve um arco de

circunferência de comprimento s o mesmo ponto descreve um ângulo de rotação θ. A relação entre

estas grandezas é

s = θ r (nesta relação o ângulo θ deve ser medido em radianos)

Relação da velocidade

Para a velocidade temos que

v = ω r (Nesta relação a velocidade angular ω deve expressa em radianos por unidade de tempo)

Nesta relação podemos verificar que como todos os pontos têm a mesma velocidade angular, os

pontos mais afastados do eixo de rotação têm um valor maior para a velocidade linear.

Relação da aceleração

Para o caso da aceleração devemos considerar duas componentes: a componente tangencial at

(responsável por variações no módulo da velocidade linear) e a componente radial ar (responsável

por variações na direção da velocidade linear).

at = α r (Nesta relação a aceleração angular α deve expressa em radianos por unidade de tempo ao

quadrado)

ar = 𝑣2

r = ω

2 r (para ângulos em radianos)

Exercícios:

44. Uma roda com um diâmetro de 1,2 m está girando com uma velocidade angular de 200

rev/min. (a) Qual é a velocidade angular da roda em rad/s? (b) Qual é a velocidade linear de

um ponto da borda da roda? (c) Que aceleração tangencial constante (em revoluções por

minuto ao quadrado) aumenta a velocidade angular da roda para 1000 rev/min em 60 s? (d)

Quantas revoluções a roda executa nestes 60 s? Respostas: a) 20,9 rad/s, b) 12,5 m/s, c) 800

rev/min2, d) 600 rev.

45. Uma nave espacial faz uma curva circular de 3220 km de raio a uma velocidade com valor

constante de 29000 km/h. Para esta nave determine o módulo (a) da velocidade angular, (b)

da aceleração radial, (c) da aceleração tangencial. Respostas: a) 2,5 × 10 - 3

rad/s; b) 20,3

m/s2 ; c) 0

Energia Cinética de Rotação

No cálculo da energia cinética de um corpo rígido em rotação, podemos considerar o corpo

formado por um conjunto de partículas com diferentes velocidades lineares e somar a energia

cinética destas partículas para obter a energia cinética total do corpo. Este cálculo é mais simples se

usarmos a velocidade angular (a velocidade angular é a mesma para todas as partículas do corpo).

k = ∑1

2 𝑚𝑖 𝑣𝑖

2 = 1

2(∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖

2) 𝜔2

A grandeza I = ∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 , dependa da forma como a massa está distribuída em relação ao eixo

de rotação e é chamado de momento de inércia do corpo em relação ao eixo de rotação. Em termos

do momento de inércia, a energia cinética é

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017

k = 1

2 I ω

2 (a velocidade angular ω deve expressa em radianos por unidade de tempo)

Portanto, a energia cinética de rotação envolve não apenas a massa do corpo, mas também a

forma como esta massa está distribuída em relação ao eixo de rotação. Quanto maior for o momento

de inércia de um corpo, mais difícil se torna fazer ele girar a partir do repouso e mais difícil se torna

fazer ele parar quando estiver girando.

Cálculo do Momento de Inércia Foi colocado anteriormente que o momento de inércia de um corpo em rotação envolve não

apenas sua massa, mas também a forma como esta massa está distribuída em relação ao eixo de

rotação. Para um número pequeno de partículas podemos calcular o momento de inércia usando a

equação I = ∑ 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 , mas quando tivermos uma distribuição contínua de massa devemos realizar

o cálculo por meio de um integral

I = ∫ 𝑟2 𝑑𝑚

Onde r é a distância radial do eixo de rotação até o elemento de massa dm.

Teorema dos Eixos Paralelos

Não se deve falar em momento de inércia de um corpo sem especificar o eixo de rotação, para

cada eixo de rotação temos um momento de inércia. Podemos simplificar o cálculo do momento de

inércia usando o teorema dos eixos paralelos, o qual relaciona o momento de inércia em torno de

um eixo que passa pelo centro de massa do corpo com o momento de inércia em relação a um

segundo eixo paralelo ao primeiro. Sendo: ICM o momento de inércia em relação a um eixo que

passa pelo centro de massa de um corpo de massa M, I o momento de inércia em relação a um eixo

paralelo ao eixo que passa pelo centro de massa, h a distância entre os dois eixos paralelos, temos

que

I = ICM + M h2

O uso do teorema dos eixos paralelos se justifica pelo fato de termos tabelados alguns momentos de

inércia.

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018

Exercícios:

46. Determine o momento de inércia de uma roda que tem uma energia cinética de rotação

de 24400J quando gira a 602 rev/min. Resposta: 12,3 kg . m2.

47. Dois cilindros uniformes, ambos girando em torno do eixo central (longitudinal) com

uma velocidade angular de 235 rad/s, têm a mesma massa de 1,25 kg e raios diferentes.

Determine a energia cinética de rotação (a) do cilindro menor, de raio 0,25 m, e (b) do

cilindro maior, de raio 075 m. Respostas: a) 1078,71 J; b) 9664,37 J.

Segunda lei de Newton para rotações

Uma força resultante gera uma aceleração num corpo de massa m (Fres = ma). Por analogia

podemos afirmar que um torque resultante gera uma aceleração angular num corpo rígido.

Substituindo a força resultante Fres pelo torque resultante τres, a massa m pelo momento de inércia I

e a aceleração a pela aceleração angular α teremos a segunda lei de Newton para rotações

τres = I α

Exercícios:

48. Em um salto de trampolim, a velocidade angular de uma mergulhadora em relação a um

eixo de rotação que passa pelo seu centro de massa varia de zero a 6,2 rad/s em 0,22s.

Seu momento de inércia em relação ao mesmo eixo é de 12 kg. m2. Durante o salto,

quais são os módulos (a) da aceleração angular média da mergulhadora e (b) do torque

externo médio exercido pelo trampolim sobre a mergulhadora? Respostas: a) 28,2 rad/s2;

b) 338 N.m.

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019

49. Um torque resultante de 32 N.m exercido sobre uma roda produz uma aceleração

angular de 25 rad/s2. Determine o momento de inércia da roda. Resposta: 1,28 kg.m

2

Trabalho e energia cinética de rotação

Por analogia com o movimento de rotação podemos encontrar a equação usada para determinar

o trabalho realizado por um torque em torno de um eixo fixo

W = ∫ 𝜏𝜃𝑓

𝜃𝑖 dθ

Onde τ é o torque responsável pelo trabalho W ao girar o corpo da posição angular θi até θf.

O teorema do trabalho e energia cinética usado para corpos em rotação é

W = 1

2 I 𝜔𝑓

2 - 1

2 I 𝜔𝑖

2

Exercícios:

50. Uma roda de 32 kg, considerada como um aro fino de 1,2 m de raio, está girando em

torno do seu eixo central a 280 rev/min. Ela precisa ser parada em 15 s. (a) Qual é o

trabalho necessário para fazê-la parar? (b) Qual é o valor da potência media necessária?

Respostas: a) - 19,8 kJ; b) 1,32 kW.

51. O virabrequim de um automóvel transfere energia do motor para o eixo a uma potência

de 100 hp ( 74,6 kW) quando gira a 1800 rev/min. Determine o torque exercido pelo

virabrequim. Resposta: 396 N.m.

52. Uma barra fina de um metro de comprimento é mantida verticalmente com uma das

extremidades apoiadas no solo e depois liberada. Desprezando a resistência do ar

determine a velocidade da outra extremidade pouco antes de tocar o solo, suponha que a

extremidade de apoio não escorrega. (sugestão: use a lei de conservação de energia).

Resposta: 5,42 m/s.

O estudo do rolamento como uma combinação de translação e rotação

Quando um carro está em movimento, cada ponto de suas rodas executa movimentos bem

complicados. Porém o estudo do movimento de rolamento de uma roda, ou de um objeto que se

comporta como uma roda, será simplificado tratando-o como uma combinação de translação do

centro de massa e rotação do resto do objeto em torno do centro de massa. Estamos considerando

objetos que rolam suavemente (sem escorregar e sem quicar) em uma superfície.

No caso de uma roda de raio R rolando suavemente temos que

vCM = ω R

Onde vCM é a velocidade do centro de massa da roda e ω é a velocidade angular da roda em torno de

seu centro.

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020

A energia cinética de um corpo em rolamento é composta por duas partes: uma parte (1

2 I ω

2 ) é

associada à rotação em torno do centro de massa e a outra (1

2 M 𝑣𝐶𝑀

2 ) é associada à translação do

centro de massa, portanto a energia cinética de um corpo em rolamento é

K = 1

2 I ω

2 +

1

2 M 𝑣𝐶𝑀

2

Exercícios:

53. Um carro se move a 80 km/h em uma estrada plana no sentido positivo de um eixo x.

Cada pneu possui um diâmetro de 66 cm. Em relação a uma pessoa que viaja no carro e

em termos dos vetores unitários, qual é a velocidade de um ponto (a) no centro, (b) no

alto e (c) na base de cada pneu e o módulo da aceleração de um pondo (d) no centro, (e)

no alto e (f) na base de cada pneu? Em relação a uma pessoa sentada no acostamento da

estrada e em termos dos vetores unitários, qual é a velocidade de um ponto (g) no centro,

(h) no alto e (i) na base de cada pneu e o módulo da aceleração de um pondo (j) no

centro, (k) no alto e (l) na base de cada pneu? Respostas: a) 0; b) (22 m/s) 𝑖; c) (-22 m/s)

𝑖; d) 0 ; e) 1,5 × 10 3

m/s2; f) 1,5 × 10

3 m/s

2; g) (22 m/s) 𝑖; h) (44 m/s) 𝑖; i) 0; j) 0; k) 1,5

× 10 3

m/s2; l) 1,5 × 10

3 m/s

2.

54. Um aro de 140 kg rola em um piso horizontal de tal forma que seu centro de massa tem

uma velocidade de 0,15 m/s. Determine o trabalho necessário para fazê-lo parar.

Resposta: - 3,15 J.

Momento Angular

No estudo do movimento de translação vimos o conceito de momento linear (ou quantidade de

movimento linear) �� = m �� e a lei de conservação desta grandeza. No movimento de rotação temos

uma grandeza equivalente, o momento angular (ou quantidade de movimento angular) 𝑙. O

momento angular de uma partícula em relação a uma origem O é uma grandeza vetorial 𝑙 definida

por

𝑙 = 𝑟 × �� = m (𝑟 × ��)

Onde 𝑟 é o vetor posição da partícula em relação à origem O.

Segunda lei de Newton para rotações

Vimos que a segunda lei de Newton para uma partícula pode ser escrita na forma

��res = d��

𝑑𝑡

Por analogia, podemos escrever esta lei para o movimento de rotação como: O torque

resultante que age sobre uma partícula é igual à taxa de variação, em relação ao tempo, do momento

angular desta partícula.

𝜏res = d𝑙

𝑑𝑡

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021

Para um sistema de partículas temos que: O torque externo resultante 𝜏res que age sobre um sistema

de partículas é igual à taxa de variação, em relação ao tempo, do momento angular total �� do

sistema.

𝜏res = d��

𝑑𝑡

O momento angular total �� do sistema em relação a uma origem é dado pela soma vetorial

dos momentos angulares 𝑙 de cada partícula do sistema.

Conservação do Momento Angular

Se o torque resultante que age sobre um sistema for nulo, o momento angular deste sistema se

conserva independente das mudanças que ocorrem dentro deste sistema. Devemos observar que a

lei da conservação do Momento linear pode ser tratada em cada eixo separadamente, ou seja, se o

torque externo resultante for nulo em uma determinada direção, o Momento Angular se conserva

naquela direção.

Para um corpo rígido girando com uma velocidade angular ω em torno de um eixo fixo, o

momento angular em relação a este eixo pode ser dado por

L = I ω

Onde I é o momento de inércia em relação a este eixo fixo.

Para este corpo rígido, a lei da conservação da quantidade de movimento pode ser escrita como

Ii ωi = If ωf

Observe que se houver uma redistribuição da massa do corpo de tal maneira que ocorra

mudança no momento de inércia em relação ao eixo de rotação, teremos alteração na velocidade

angular para que o momento angular permaneça constante. Este recurso pode ser usado nos saltos

de trampolim e no movimento de rotação dos patinadores e bailarinos.

Exercícios:

55. Em um certo instante, a força �� = (4 N ) 𝑗 age sobre um objeto de 0,25 kg de massa cujo

vetor posição é 𝑟 = (2 m ) 𝑖 - (2 m ) �� e cujo vetor velocidade é �� = - (5 m/s ) 𝑖 + (5 m/s

) ��. Em relação à origem e em termos dos vetores unitários, determine: (a) O momento

angular do objeto. (b) O torque que age sobre o objeto. Respostas: a) 0; b) (8 N.m ) 𝑖 +

(8 N.m) ��

56. Uma partícula de 3 kg com uma velocidade �� = (5 m/s ) 𝑖 - (6 m/s ) 𝑗 está em x = 3m e y

= 8m. Ela é puxada por uma força de 7 N no sentido negativo do eixo x. Em relação à

origem determine: (a) O momento angular da partícula. (b) o torque que age sobre a

partícula. (c) A taxa com a qual o momento angular está variando. Respostas: a) (- 174

kg.m2/s ) ��; b) (56 N.m ) ��; c) ) (56 kg.m

2/s

2 ) ��.

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022

57. O momento angular de um volante com um momento de inércia de 0,14 kg.m2 em

relação ao eixo central diminui de 3 kg.m2/s para 0,8 kg.m

2/s em 1,5s. (a) Qual é o

módulo do torque médio em relação ao eixo central que age sobre o volante durante esse

período? (b) Supondo uma aceleração angular constante, de que ângulo o volante gira?

(c) Qual é o trabalho realizado sobre o volante? (d) Qual é a potência média do volante?

Respostas: a) 1,47 N.m; b) 20,4 rad; c) -29,4 J; d) 19,9 W.

58. Uma pessoa está em pé sobre uma plataforma que gira (sem atrito) com uma velocidade

angular de 1,2 rev/s, seus braços estão abertos e ela segura um tijolo em cada mão. O

momento de inércia do sistema formado pela pessoa, os tijolos e a plataforma em relação

ao eixo vertical central da plataforma é de 60 kg. m2. Se ao mover os braços, a pessoa

reduz o momento de inércia do sistema para 2 kg. m2, determine: (a) A nova velocidade

angular da plataforma. (b) A razão entre a nova energia cinética do sistema e a energia

cinética inicial. (c) De onde vem a energia cinética adicional. Respostas: a) 3,6 rev/s; b)

3; c) a força que a pessoa exerce sobre os tijolos converte energia interna da pessoa em

energia cinética.

59. Uma roda está girando livremente com uma velocidade angular de 800 rev/min em torno

de um eixo cujo momento de inércia é desprezível. Uma segunda roda, inicialmente em

repouso e com um momento de inércia duas vezes maior que a primeira, é acoplada à

mesma haste. (a) Qual é a velocidade angular da combinação resultante do eixo e das

duas rodas? (b) Que fração da energia cinética de rotação inicial é perdida? Respostas: a)

267 rev/min; b) 0,667.

60. Um disco de vinil horizontal de massa 0,1 kg e raio 0,1m gira livremente em torno de

um eixo vertical que passa pelo centro com uma velocidade angular de 4,7 rad/s. O

momento de inércia do disco em relação ao eixo de rotação é 5 × 10 - 4

kg.m2. Um

pedaço de massa de modelar de massa 0,02 kg cai verticalmente e gruda na borda do

disco. Determine a velocidade angular do disco imediatamente após a massa cair.

Resposta: 3,4 rad/s.

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023

RESOLUÇÃO DA LISTA IV

1.

a) 1 1 2 2 3 3

1 2 3

0.3 1.8 2.41,1

3 8 4cm cm

x m x m x mx x m

m m m

b) 1 1 2 2 3 3

1 2 3

0.3 2.8 1.41,3

3 8 4cm

y m y m y my m

m m m

c) ele se desloca em direção a essa partícula

2.

Podemos considerar as hastes como partícula colocadas no centro de massa de cada uma delas

a) 1 1 2 2 3 3

1 2 3

0. .3 .2

3 2cm

LM M L M

x m x m x m Lx

m m m M M M

b) 1 1 2 2 3 3

1 2 3

. .342 2 0,8

5 5cm

L LM L M M

y m y m y m LMy L

m m m M M

3.

Dividindo a placa em 3 partes, podemos considerar cada parte como partícula colocada em seu centro de

massa

1 1 2 2 3 3 1 2 3

1 2 3 1 2 3

0. 1. 0.cm

x m x m x m m m mx

m m m m m m

temos que: 1 3m m m e 2

2

3

mm

2 21.

2 3 23 3 . 0,252 8 3 8 8

3 3

cm

m mm

x mm m m

m m

y

x

3M

L

M M L

6 m

6 m

1 m

2 m

2 m

2 m

2 m

Cm1

Cm3 3

1 m

Cm2

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024

1 1 2 2 3 3 1 2 3

1 2 3 1 2 3

2. 0. 2. 2 2

2

3

0

cm

cm

y m y m y m m m m m my

mm m m m m mm m

y

4.

1 265 , 40m kg m kg

0ex mF c está em repouso

'

1 1 2 2 1 2

1 2 1 2

' '

( ) 0.65 10.603,81

65 40

10 3,81 6,19

cm cmx x

x m x m d m md m

m m m m

d d m

5.

2400 , 80 / , 1600 , 60 / , ?c c F F cmm kg v km h m kg v km h v

. . .cm c c f fM V m v m v , como as velocidades estão na mesma direção, temos que:

(2400 1600). 2400.80 1600.60 72 /cm cmv v km h

6.

01 02 01 02 1 20, 0, 300 0,3 200 0,2v v y y t ms s e t ms s

as pedras estão em queda livre

a)

2 2 2

0 0

2

1

2

2

1 1 2 2

1 2

1 9,84,9.

2 2

4,9.(0,3) 0,441

4,9.(0,2) 0,196

. . 0,441. 0,196.20,28

2

28

cm

y y v t gt y t t

y m

y m

y m y m m my m

m m m m

d cm

b)

1 1 2 2. . .cmM v m v m v como o movimento é na vertical

m1 m2

10 m

d d

cm

m2= 2 m

Cm

m1= m

d

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025

1 1 2 2

0 1 2

. . .

9,8.0,3 2,94 / 9,8.0,2 1,96 /

( 2 ) 2.94 1,96.2 2,29 /

cm

cm cm

M V m v m v

v v gt v gt v m s e v m s

m m v m m v m s

7.

0ext mF c Permanece em repouso

'

' ' '. .

0,4.80 3,4 1,9.30 3.80 0. 1,5.30

57,65

cm cm

r r c c b b r r c c b b

r c b r c b

c c

c

x x

x m x m x m x m x m x m

m m m m m m

m m

m kg

8.

4,5 , 18c bm kg m kg

0ext cmF x permanece em repouso

'

' '

.6,1 . (6,1 2,4 ) ( )

.6,1 . .6,1 .2,4 . . .

0 .2,4 ( ). 0 4,5.2,4 (4,5 18). 0,48

6,1 2,4 0,48 4,18

cm cm

c b c b b b

c b c b

c b c c c b b b b

c c b b b b

c c

x x

m m d m d m d d

m m m m

m m d m m m d m d m d

m m m d d d m

x x m

9.

816 , 2650 , 16 /f c cm kg m kg v km h

a) . . 816. 2650.16 51,96 /f c f f c c f fP P m v m v v v km h

b) 2 2 2 21 1

. . 816. 2650.16 28,83 /2 2

kf kc f f c c f fE E m v m v v v km h

10.

6,1 m

db

bP

bPdb

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026

80 , 1600 , 1,2 /

. . 80. 1600.1,2 24 /

c c

c c c

m kg m kg v km h

P P m v m v v v km h

11.

Considerando:

ˆ ˆ0,70 , 5 / , 2 /

ˆ ˆ ˆ0,7.2 0,7.5 (4,9 / )

4,9 . /

f

f i

m kg v m si v m s i

P P P i i kg m s i

P kg m s

12.

ˆˆ ˆ(3500 160 ) 2700 300 , 250r t i j k m kg

a)

4ˆ ˆ(160 / ) 250.( 160 ) 4.10 . /

P mv

drv m s i P i P kg m s

dt

b) na direção x oeste

c)

.

0 0

R

R

F m a

dva F

dt

13.

391 , 68 68.10 , 4 / , 0h p FP ih iPm kg m g kg v m s V V

com o movimento é um uma dimensão,

3. . 0 91. 68.10 .4 0i F h Fh p Fp hFP P m v m v V

iV

fV

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027

33.10 /FhV m s (sentido contrário ao da pedra)

14.

1 2 1

1 2

1 1 2 2 2 2

1 3 , 1,7 /

0

0 1.1,7 3. 0 0,57 /

i i

i F

m kg e m kg V m s

v v

P P m v m v v v m s

15.

ˆ ˆ( 0,4 / ) , 0,5 , ?, 0,6 , (0,2 / )

ˆ0,2 , (0,3 / ) , 1,3

. . .

ˆ ˆ ˆ ˆ1,3.(0,4 ) 0,5. 0,6.0,2 0,2.0,3 (1,4 / )

i A FA B FB

c FC A B C

i F i A FA B FB c FC

FA FA

v m s i m kg v m kg v m s i

m kg v m s i m m m m kg

P P m v m v m v m v

i v i i v m s i

16.

a) Supondo:

22 23

22 23

22 23

22 2

ˆ ˆ(1,2.10 . / ) (6,4.10 . / ) , ?

ˆ ˆ0 (1,2.10 / ) (6,4.10 . / ) 0

ˆ ˆ(1,2.10 . / ) (6,4.10 . / )

(1,2.10 ) (6,4.10

FC FN FN

i F FN Fn Fe iN

FN

fN

P kg m s i e P kg m s j P

P P P P P P kg m s i kg m s j

P kg m s i kg m s j

P

23 2 22) 1,36.10 . /kg m s

b)

33

22

1

6,4.1028º

1,2.10

180º 180º 28 152º

tg

c) 2 90º 90º 28º 118 º

d)

26 22 26

2 26 2 19

5,8.10 . 1,36.10 5,8.10 2345 /

1 1.5,8.10 (2345) 1,6.10

2 2

FN N FN FN FN

k N N k

m kg P m v v v m s

E m v E J

17.

fNP

feP

fnP

1

2

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028

1 1

2 2

ˆ ˆ20 , (200 / ) , 10 , (100 / )

ˆ4 , (500 / )

i fm kg v m s i m kg v m s j

m kg v m s i

a)

3 3

1 1 2 2 3 3

3 3

3

6 ?

0

ˆ ˆ(20.200 4.500) 1000ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ20.200 10.100 4.500 6. 1000 166,676

1013,79 /

F

ext i F i F F F

F F

F

m kg v

F P P Mv m v m v m v

i ji j i v v i j

v m s

166,67

9,46º1000

tg

b)

2 2 5

2 2 2 2 2 2

1 1 2 2 3 3

6

6 5 6

1 120.200 4.10

2 2

1 1 1 1(10.100 4.500 6.1013,79 )

2 2 2 2

3,63.10

3,63.10 4.10 3,23.10

ki i

kf

kf

k kf ki

E Mv J

E m v m v m v

E J

E E E J

18.

0iv

1 2 3, 3 ,m m m m m supondo:

1 2

1 1 2 2 3 3

3 3

2 2

3

ˆ ˆ(30 / ) , (30 / )

0 0

ˆ ˆ ˆ ˆ.30 .30 3 0 ( 10 10 ) /

1010 10 14,14 / 45º

10

f f

ext i f f f f

f f

f

v m s i v m s j

F P P m v m v m v

m i m j m v v i j m s

v m s tg

19.

x

y

y

x

1fv

3fv

2fv

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029

6090 , 105 / , 6090 80 6010

253 /

6090ln 105 253 ln 108,34 /

6010

i i f

rel

if i rel f f

f

M kg v m s M kg

v m s

Mv v v v v m s

M

20.

3 3 4 26.10 / , 3.10 / , 4.10 , 2 /i relv m s v m s M kg a m s

a) 4 4. 4.10 .2 8.10E M a N

b) 3 4? . . 3.10 4.10 .2 26,67 /relR v R M a R R kg s

21.

5 52,55.10 , 1,81.10 , 250 , 0

480 / , 3,27 /

i c i

rel

M kg M kg t s v

dmkg s v km s

dt

a) 3 6. . 3,27.10 .480 1,57.10rel rel

dmE v R V N

dt

b) ' 5480.250 1,2.10cm kg (combustível consumido)

5 5 52,55.10 1,2.10 1,35.10fM kg

c)

5

5

2,55.10ln 3,27 ln 2,08 /

1,35.10

if i rel f

f

Mv v v v km s

M

22.

50 0,2mF N m kg movimento em uma dimensão.

2

2

10 10

. .

50.10 0,2. 2,5 /

m f i

f f

t ms s

j P F t m v mv

v v m s

23.

3150 0 ,15 , 40 / , 60 / , 5.10 ,i fm g kg v m s v m s t s

como o movimento é em uma dimensão

3. .5.10 0,15( 60 40) 3000

3000

m f i m m

m

j p F t mv mv F F M

F N

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030

25.

Movimento em uma dimensão

1,2 , 25 / , 10 / , 0,02i fm kg v m s v m s t s

a) 1,2.10 1,2.( 25) 42 .f ij p mv mv N s

b) . 42 .0,02 2100m m mj F t F F N

26.

1 2

ˆ1400 , 5,3 / , 4,6 , 35 0,35im kg v m s j t s t ms s

a)

2

1

1

ˆ5,3 /

ˆ ˆ1400.(5,3 5,3 )

ˆ ˆ ˆ(7420 7420 ) .

f i f i

v m si

j p P P mv mv i j

j i j N s

b) 2 2 2

ˆ ˆ1400.5,3 (7420 ) .f ij p p P mv i j i N s

c) 1 1 1

2 2 3

1 1. 7420 7420 .4,6 2,28.10m m mj F t F F N

d) 2 2 2

4

2 2. 7420 .0,35 2,12.10m m mj F t F F N

e) A direção de 1mF é a mesma de 1j

27.

Movimento em uma dimensão

4 4

0 0

42

0

2

10 , 0, 50 , 4 , 0

. , / 4 50 50 .4 12,5 / 12,5

12,5

12,52

412,5. 10. 10 /

2

i f i

f i f

f

f f

m kg F F N t s v

F At p t F A A N s F t

j p Fdt mv mv t dt mv

tmv

v v m s

28.

y

x

45°

1mF

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031

O movimento é em uma dimensão

35,2 5,2.10 , 672 / , 700 0,7

0, 428 /

p ip b

ib Fp

m g kg v m s m g kg

v v m s

a) ?Fbv

0 0

3 3

0 . .

5,2.10 .672 5,2.10 .428 0,7. 1,81 /

ex i f p p b b p Fp b Fb

Fb Fb

F P P m v m v m v m v

v v m s

b)

3 3

. .

(5,2.10 0,7) 5,2.10 .672 4,9 /

cm p ip b ib

cm cm

M V m v m v

V V m s

29.

6 , 9 / , 12 , 0

0 . . ( )

6.9 (6 12). 3 /

t it p ip

ex i f t it p ip t p f

f f

m kg v m s m kg v

F P P m v m v m m v

v v m s

30.

O movimento é em uma dimensão

34,5 4,5.10 , 2,4 , 0, 0,2, 1,8p b ibm g kg m kg v d m

a)

22

( ) . .

1( ) .( ). . 0,2.9,8.1,8

2 2

fat f kf i ki c

ip b i c p b

E w u E E n d

vm m v m m g d

2,7 /iv m s

b)

' '

3 ' 3

'

. . ( )

4,5.10 . (4,5.10 2,4).2,7

1442,7 /

i f p ip b ib p b i

ip

ip

P P m v m v m m v

v

v m s

31.

0 pv0 0bv

fPv

fbv

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032

1100 , 1400 , 0,13, 8,2 , 6,1A g k A Bm kg m kg d m d m

a)

2

?

1( ) . .

2

2. . 2.0,13.9,8.8,2 4,6 /

iA

fat f kf i ki c i c

i c iA iA

v

E w u E u E mgd mv mgd

v gd v v m s

b) 2. . . 2.0,13.9,8.6,1 3,9 /iB c B iBv g d v m s

c)

imediatamente antes e após a colisão, temos que:

' '

' '

. .

1400. 1100.4,6 1400.3,9 7,5 /

i f A iA B iB A iA B iB

iB iB

P P m v m v m v m v

v v m s

32.

1 1 2 2

1 1 2 2 1 2

2 , 10 / , 5 , 3 / , 1120 /

. ( )

2.10 5.3 (2 5) 5 /

i i

i f i i f

f f

m kg v m s m kg v m s k N m

P P m v m v m m v

v v m s

a energia mecânica do sistema se conserva

2 2 2 2

1 1 2 2 1 2

2 2 2 2

1 1 1 1( )

2 2 2 2

2.10 5,3 (2 5).5 1120. 0,25

i f ki i kf f

i i f

E E E u E u

m v m v m m v kx

x x m

33.

1 1 2 1340 0,34 , 1,2 / , 0, 0,66 /i i fm g kg v m s v v m s

a) e b)

1 1 2 2 2 2 1 1

2 2

2 2

.

0,34.1,2 0,34.0,66 .

0,184

i f i i f f

f

f

P P m v m v m v m v

m v

m v

na colisão elástica a energia cinética do sistema se conserva

1 2 1 2

2 2 2

1 1 1 1 2 2

2 2 2 2

2 2 2 2

2 2 2 2 2

2

1 1 1

2 2 2

0,34.(1,2) 0,34.(0,66) 0,341

0,341 . . 0,341 0,184. 1,86 /

0,1840,099

1,86

i i f fk k k k i f f

f f

f f f f

E E E E m v m v m v

m v m v

m v v v v m s

m kg

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033

c) 1 1 2 2

1 2

0,34.1,20,93 /

0,34 0,099

i icm

v m v mv m s

m m

34.

1 1 2 20,5 , 70 0,7 , 2,5 , 0im kg L cm m m kg v

Cálculo da velocidade da bola imediatamente antes da colisão. Considerando apenas a bola, temos que:

2 2 21 1 1

2 2 2

2 2.9,8.0,7 3,7 /

i f i i F F F

F

E E u mv u mv mgh mv

v gL m s

Considerando a bola e o bloco, imediatamente antes e depois da colisão, temos que:

' ' ' '

1 1 2 2 1 1 2 2

' ' ' ' ' '

1 2 1 2 1 20,5.3,7 0,5. 2,5. 3,7 5 3,7 5

i F i i f f

f f f f f f

P P m v m v m v m v

v v v v v v

Na colisão elástica a energia cinética se conserva

' 2 ' 2 ' 2 ' 2

1 1 2 2 1 1 2 2

2 ' 2 ' 2 ' 2 ' 2

1 2 1 2

' 2 ' 2 ' ' '

2 2 2 1 2

1 1 1 1

2 2 2 2

0,5.(3,7) 0,5. 2,5 13,69 5

13,69 (3,7 5 ) 5 1,23 / 3,7 5 2,45 /

i i f f

f f f f

f f f f f

m v m v m v m v

v v v v

v v v m s e v v m s

35.

ˆ ˆ ˆ ˆ2 , 15 30 , 10 5

ˆ ˆ5 20

A B iA iB

FA

m m kg v i j v i j

v i j

a)

ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ15 30 10 5 5 20 .

ˆ ˆ(10 15 ) /

i f A iA B iB A fA B fB

fB

fB

P P m v m v m v m v

i j i j i j v

v i j m s

b)

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034

2 2

2 2 2 2 2 2

2 2

2 2

2 2

1 1

2 2

15 30 33,54 / , 10 5 11,18 / , 5 20 20,61 /

10 15 18,03 /

1 1.2(33,54) .2.(11,18) 1249,92

2 2

1 1.2.(20,61) .2.(18,03) 749,85

2 2

749,85 1

ki A Ai B Bi

Ai Bi Af

Bf

ki

kf

k kf ki

E m v m v

v m s v m s v m s

v m s

E J

E J

E E E

249,92 500,07J

36.

54 , 16 , 0, 1,2.10 /N iN fNm u m u v v m s

a)

5 5

5 5

5 5

ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ4. 4( cos64º sen 64º ) 16(1,2.10 cos51º 1,2.10 51º )

ˆ ˆ ˆ( cos64º 3,02.10 ) ( sen 64º-3,73.10 )

sen 64º 3,73.10 0 4,15.10 /

i f i N Ni F N FN

i F F

i F F

F F

P P m v m v m v m v

v i v i v j i sen j

v i v i V j

V v m s

b)

5 5 5 5cos 64º 3,02.10 4,15.10 .cos64º 3,02.10 4,84.10 /i F iv v v m s

37.

1 2 2 1 2, 0, 3,5 / , 2 /i f fm m m v v m s v m s

a)

1 1 2 2 1 1 2 2

1

1

ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ3,5 cos 22º 3,5sen 22º 2cos 2sen

ˆ ˆ ˆ(3,5cos22º 2cos ) (3,5sen 22º 2sen )

3,5sen 22º 2sen 0 40,96º

i f i i f f

i

i

P P m v m v m v m v

v i i j i j

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x

y

iv

fv

f Nv

51º

64º

N

x

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1iv

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220º

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b) 1 13,5cosº22 2cos(40,96º ) 4,75 /i iv v m s

c)

2 2 2

1 1 2 2

2 2 2 2

1 1 2 2

1 1 1. (4,75) 11,28

2 2 2

1 1 1 1(3,5) .2 8,125

2 2 2 2

ki i i

kf f f

E m v m v m m

E m v m v m m m

ki kfE E não

38.

1 2 1 2

1 1 2 2

1 2 2

1 2 1 2

1 2 1 2

, ,2

ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ( cos sen ) ( cos .sen ) 2

ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ(cos sen ) (cos sen ) 22

ˆ ˆ ˆ(cos cos ) ( sen sen ) 1

0 sen sen

ii i i f

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i i i i f

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vm m m v v v v

P P

m v i v j m v i v j mv i

vv i j v i j i

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sen sen

1 2

1 2 1 1 1 1

1

cos cos 1 cos cos 1 2cos 1 60º

2 2.60 120º

x

y

fv

2iv

1iv

1

2