regulamentaÇÃo profissional organizaÇÃo e atribuiÇÕes do...
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REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL
ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO
SISTEMA
CONFEA/CREA/MÚTUA
Eng. Mayara Custódio, Msc.
Durante a Idade Antiga, todas as atividades produtivas e comerciais eram controladas pelo Estado.
Todas as profissões ligadas a essas atividades eram hereditárias.
Qualquer cidadão, por mais alto que fosse o seu cargo, somente tinha o domínio ou a posse de qualquer bem ou patrimônio enquanto o Estado o permitisse e enquanto permanecesse ligado a sua profissão.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
No período republicano do Império Romano, considerando-se a dificuldade de controle de todas as profissões pelo Estado, foi incentivada a criação de entidades chamadas collegium.
Todos os envolvidos com alguma atividade produtiva, comercial, burocrática ou social eram obrigados a pertencer a um collegium.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
A partir do século XII, surgiram as Corporações de Ofício, associações criadas para regulamentar processos produtivos artesanais nas cidades com mais de 10 mil habitantes.
Possuíam rígida hierarquia,
formada por aprendizes,
companheiros e mestres.
Os mestres de cada ofício eram
os que detinham as ferramentas e
forneciam a matéria-prima para
companheiros e aprendizes.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
As corporações de ofício passaram a ser combatidas durante a Revolução Francesa, até que foram extintas e proibidas.
No entanto, anos depois, surgiram movimentos reivindicatórios por uma nova forma de regulamentação profissional.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
Surgiram então duas correntes ideológicas distintas defendendo:
Regulamentação autônoma das atividades do trabalho.
Grupos socialistas.
Normas de direitos de defesa dos trabalhadores e controle total das atividades profissionais por entidades livres.
Controle estatal das atividades profissionais.
Filósofos sociais (Ex.: Émile Durkheim).
Adoção de uma ética de trabalho com controle das atividades profissionais sob a égide do Estado, através de organizações públicas.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
Conhecida como primeira conquista formal da engenharia civil no brasil, a “Lei da Engenharia em Obras Públicas” foi sancionada em 27 de agosto de 1828 por Dom Pedro I, e determinaria para as obras públicas:
“Art 3 º - Logo que alguma das sobreditas obras for projetada, as
autoridades a que competir promovê-las farão levantar a sua
planta e plano e orçar a sua despesa por engenheiros ou pessoas inteligentes, na falta
destes.”
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
Afim de regulamentar a profissão de Engenheiro, sancionou-se o decreto nº 3.001, em 09 de outubro de 1880:
“Art 1º - Os Engenheiros Civis, Geógrafos, Agrimensores e os
bacharéis formados em matemática, nacionais e estrangeiros, não
poderão tomar posse de empregos ou Comissões de nomeação do governo sem apresentar seus
títulos ou Cartas de habilitação científicas.”
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
Em 1932, o Sindicato Nacional dos Engenheiros entregou
ao Ministro do Trabalho um anteprojeto de lei
regulamentando o exercício da profissão do engenheiro,
do arquiteto e do agrimensor;
Após várias discussões, este projeto resultou no Decreto
Lei 23.569, de 11 de dezembro de 1933, promulgado
pelo Presidente Dr. Getúlio Vargas, com a emenda
“Regulamentação do exercício das profissões de
engenheiro, arquiteto e agrimensor.”,
Com base neste decreto, criou-se o sistema
CONFEA/CREAs.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
DEFINIÇÃO DO SISTEMA
CONFEA/CREAs:Autarquia Federal, dotada de personalidade
jurídica pública, constituindo serviço público
federal, responsável pela fiscalização do
exercício das profissões vinculadas.
Com o tempo, surgiram questões não regidas pela lei
23.569, e não havia entidade responsável por tomar
decisões sobre elas.
Em 1966, promulgou-se a Lei 5.194, com o objetivo de
ampliar as atribuições do Conselho Federal (CONFEA) e dos
Regionais (CREA), para melhor desempenho de suas
funções.
- Responsabilização dos conselhos pelas questões de
atribuições profissionais e outras.
Esta lei encontra-se em pleno vigor e rege atualmente as
atividades profissionais.
HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO
PROFISSIONAL
Conselho x Sindicato x
Associação
Criados para
regular, orientar e
fiscalizar a atividade
profissional.
Defesa da classe.
Missão principal: A luta
pela melhoria das
condições de trabalho,
da remuneração, das
relações de trabalho...
Sociedades de cunho científico, criadas com o
objetivo de auxiliar os profissionais e estudantes
com atividades que agreguem valor aos seus
currículos, como cursos, palestras, congressos
e jornadas, encontros, simpósios e demais
eventos científicos.
PROFISSÕES VINCULADAS AO SISTEMA
CONFEA/CREA
X
NÚ
ME
RO
S N
AC
ION
AIS
1.1 Milhões Profissionais
POR QUE AS PROFISSÕES VINCULADAS AO
SISTEMA CONFEA/CREA SÃO
REGULAMENTADAS ?
70% PIB
POR QUE AS PROFISSÕES VINCULADAS AO
SISTEMA CONFEA/CREA SÃO
REGULAMENTADAS ?
CONFEA
CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia.
SEPN 508 - Bloco A, Brasília – DF.
Zela pelos interesses sociais e humanos de toda a
sociedade e, com base nisso, regulamenta e fiscaliza o
exercício profissional dos que atuam nas áreas que
representa, tendo ainda como referência o respeito ao
cidadão e à natureza.
Instância máxima à qual um profissional pode recorrer
no que se refere ao regulamento do exercício
profissional.
Funções do CONFEA
Legislar na forma de Resoluções e Decisões Normativas;
Dirimir dúvidas dos CREAs;
Examinar e decidir em última instância;
Fixar e alterar anuidades e taxas a serem pagas por profissionais e empresas.
CREA-GO
Jurisdição: Estado de Goiás
Data de Instalação: 01/01/1968
Funções do CREA-GO
Registro profissional e empresarial;
Anotações de responsabilidade técnica;
Fiscalização;
Orientação;
Controle e normatização;
Aprimoramento profissional;
Apoio ao direito do consumidor.
Plenário
É o órgão supremo do Conselho, sendo
constituído pelo Presidente e pela totalidade
dos Conselheiros efetivos e suplentes, na
falta ou impedimento dos efetivos.
É a última instância administrativa no
âmbito do Estado, na decisão de assuntos
relativos à competência do Regional.
Composição do Plenário do Crea-GO
Nº de
conselheiros
Entidade de Classe ou
Instituição de EnsinoTotal
9 SENGE (Sindicato dos Engenheiros) 9
22
30
3 CENG (Clube de Engenharia) 3
5AEAGO (Associação dos Engenheiros
Agrônomos)5
1ABEE-GO (elétrica), AENGI (Itumbiara),
AEMGO (minas), AGECO (geólogos do centro-
oeste) e AGEST (segurança do trabalho)
5
2 UEG e UFG 4
081 UCG 1
1FESURV (Universidade de Rio Verde), ULBRA
(Luterana - Itumbiara) e UNIFIMES (Mineiros)3
Câmaras Especializadas
São órgãos incumbidos de julgar e decidir, em primeira
instância, sobre assuntos de fiscalização pertinentes às
respectivas profissões e infrações ao Código de Ética
Profissional, além de sugerir medidas para o
aperfeiçoamento das atividades do Conselho Regional.
Cada Câmara é composta por, no mínimo, quatro
conselheiros, sendo três da mesma modalidade
profissional e um representante do Plenário.
Competência x Atribuição
Competência: Capacidade decorrente
do conhecimento que alguém tem
sobre um assunto; aptidão,
habilidade.
Atribuição: Funções, obrigações,
poderes, prerrogativas de certas
autoridades.
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
Resolução
1.010/2005 - ConfeaResolução
218/73 - Confea
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
Resolução n° 218/73 – CONFEA
Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL:
O desempenho de atividades referentes a:
- Edificações;
- Estradas, pistas de rolamentos e aeroportos;
- Sistema de transportes, de abastecimento de água e de
saneamento;
- Portos, rios, canais, barragens e diques;
- Drenagem e irrigação;
- Pontes e grandes estruturas;
(além de seus serviços afins e correlatos).
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
RESOLUÇÃO 1.010/2005
Nova concepção para concessão de atribuições
profissionais em função do conhecimento adquirido ao
longo da formação acadêmica.
A extensão da
atribuição inicial fica
restrita ao âmbito da
mesma categoria
profissional.
A extensão da atribuição inicial decorre da análise dos
perfis da formação profissional adicional obtida
formalmente, mediante cursos comprovadamente
regulares, cursados após a diplomação.
A resolução reconhece os seguintes níveis de formação:
I – técnico;
II – graduação superior tecnológica;
III – graduação superior plena;
IV – pós-graduação senso lato (especialização);
V – pós-graduação strito lato (mestrado ou doutorado).
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
RESOLUÇÃO 1.010/2005
Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010:
- Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os
Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do
Distrito Federal – CAUs.
Adaptação do CONFEA e dos CREAs:- Art. 64: O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CONFEA passa a se denominar Conselho Federal
de Engenharia e Agronomia - CONFEA.
- Art. 65: Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREAs passam a se denominar Conselhos
Regionais de Engenharia e Agronomia - CREAs
ENQUADRAMENTO DA ARQUITETURA