pódio - 28 de junho de 2015

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Pódio E7 Palmeiras e São Paulo fazem ‘Choque-Rei’ na Arena Palestra PÓDIO avalia elenco do Naça para Série D do Brasileiro Pódio E4 MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 [email protected] Clássico dos Vasco e Flamen go se enfrentam na Arena Pan tanal, em Cui abá (MT) figur ando na zona de rebaixamento d o Camp eo nato Brasileir o . Por isso, o d uelo está sendo tratado como c lássi co dos desesperados. Pódio E 7 desesperados

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Pódio E7

Palmeiras e São Paulo fazem ‘Choque-Rei’ na Arena Palestra

PÓDIO avalia elenco do Naça para Série D do Brasileiro

Pódio E4

MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015 [email protected]

Clássico dos

Vasco e Flamengo se enfrentam na Arena Pantanal, em Cuiabá

(MT) fi gurando na zona de rebaixamento do

Campeonato Brasileiro. Por isso, o duelo está sendo

tratado como clássico dos desesperados. Pódio E7

desesperados

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E2

PÓDIO – Como seu começo no futebol?

Rodrigo Ramos – Meu pri-meiro contado foi no interior de Goiás numa cidade chamada Minasul. Era lateral-direito de um time de uma escolinha de futebol amador. Tinha meus 12 anos. Como lateral, nunca fui um grande jogador. Era até banco. Um dia, o nosso trei-nador marcou um jogo contra outra escolinha e nosso goleiro faltou. Não tendo ninguém para colocar no gol, ele me colocou pedindo para quebrar um galho. No primeiro lance do jogo, fi z uma grande defesa. A partir desse momento, ele falou que eu seria goleiro e encarei o desafi o. Com 13 anos defi ni que seria goleiro. Aos 14 anos, fui fazer um teste no Atlético Goianiense e passei. Minha família deu todo o apoio para que eu saísse de Minasul e fosse para Goiânia. Me apoiaram bastante. Passei por todas as categorias de base pelo Atlético e me profi ssio-nalizei por lá. A partir dali, fui ganhando o mundo.

PÓDIO – Você passou qua-se 12 anos no Maranhão jogando no Imperatriz e Sampaio Correa, como é ser ídolo desses dois clubes?

RR – No Imperatriz foi uma sensação bem bacana, porque cheguei no clube e ele nunca havia sido campeão. No Mara-nhão, só um clube do interior tinha sido campeão estadual. Imperatriz é a segunda maior cidade do estado e nunca tinha conquistado uma competição. Em 2005, formamos um grupo muito bom que contava com jogadores de qualidade como o Ralf, que está no Corinthians, e conseguimos quebrar essa tabu. Quebramos a hegemonia do futebol da capital. O Imperatriz fez um grande ano. A partir daí, os times da capital começaram a me procurar. Em 2008, apa-receu a oportunidade de ir para o Sampaio e acabei aceitando. Lá, tive que mostrar muito tra-balho, até porque era um clube que exigia muitas coisas e vivia um ostracismo muito grande. Um esquecimento mesmo. A partir de 2008 fomos formando um grupo que acabou sendo

vitorioso quatro anos depois em 2012, 2013 e 2014. Foi importante ter a condição de ídolo lá. Mas isso foi conquis-tado com muito trabalho, dedi-cação e profi ssionalismo acima de tudo. Fico muito feliz quando o pessoal do Maranhão recorda da minha passagem e me tem como ídolo.

PÓDIO – Como aconteceu a troca do Sampaio pelo Nacional?

RR – O Sampaio, no fi nal de 2014, vinha passando por uma crise fi nanceira muito grande e alguns jogadores foram cha-mados para uma redução de salários. Não achei interessan-te para mim naquele momen-

to. O futebol maranhense vive uma ascensão muito grande graças a esses jogadores que estavam há muito tempo no Sampaio. Eu, Eloir, que está no Ceará, e o Jonas, atualmente no Flamengo, mais uns dois ou três jogadores. No meio disso, tinha aparecido um convite do então treinador do Nacional, o Sinomar Naves. Tive conver-sando com ele e fi quei sabendo do projeto que o clube tem de crescimento e ressurgimento a nível nacional. Foi uma propos-ta bacana e fui colher informa-ções de colegas que jogaram aqui. Todos falaram muito bem do clube e dos profi ssionais. Então decidi mudar. Dei uma arriscada e deu certo. Quando

cheguei, fi quei muito surpreso com tudo que vi. Uma boa es-trutura para trabalhar. Muitos clubes que estão na Série B no Brasileiro não têm essa estrutura e o poder fi nanceiro do Nacional. O clube paga os jogadores e funcionários em dia, e isso no futebol brasileiro é muito importante. Apostei nesse projeto e arrisquei. Gra-ças a Deus estou sendo muito feliz aqui.

PÓDIO – Qual foi o se-gredo do Nacional para se recuperar da eliminação na Copa Verde e embalar no Estadual?

RR – Acho que foram seis meses de bastante intensidade. O grupo teve alguns momentos de desconfi ança como aquela derrota para o Paysandu por 4 a 1 e nos primeiros jogos que não conseguíamos encai-xar. Era o mesmo plantel de hoje, mas não conseguíamos encaixar. Com a mudança e entrada do Lana, mudou a fi lo-sofi a e acabou sendo positivo. O comprometimento de todos foi fundamental para que a gente pudesse sair desse momento de desconfi ança e as vitórias começaram a acontecer. Veio o confronto contra o Bahia. O zero a zero aqui e depois aquele 3 a 2 lá que nos deixou muito chateados. Fomos eliminados com um gol impedido. A equipe foi se moldando a uma forma de jogar proposta pelo professor Lana e foi dando certo. O grupo abraçou essa causa. Abrimos uma vantagem gigantesca e o grupo foi ganhando confi ança. Uma equipe que tem confi ança tende a crescer na competição e foi o que aconteceu até sermos campeões.

PÓDIO – Se surpreen-deu com o baixo número de torcedores nos estádios locais?

RR – Sim. Isso me surpre-endeu bastante, porque antes de vim para cá, ouvia dizer que o Nacional era um time de torcida que comparecia no estádio e fazia a festa. Vi al-gumas fotos de jogos. Não era só a do Nacional, mas do São Raimundo que já conhecia, por-

No Maranhão, ele literalmente man-da. Tanto torcedores do Imperatriz, quanto do Sampaio Correa guar-dam o goleiro Rodrigo Ramos no

coração. Em 12 anos, o arqueiro conseguiu conquistar cinco campeonatos estaduais e dois acessos com a Bolívia Querida. No começo da temporada, Rodrigo foi apresen-tado como principal goleiro do novo projeto

do Nacional. Em seis meses, o atleta provou que sua contratação foi acertada e logo caiu nas graças da torcida leonina. Para conhecer um pouco mais do dono da camisa 1 do leão da Vila Municipal, o Pódio conversou com Rodrigo e lembrou seu começo no futebol, sua história no Maranhão e a conquista do 43ª título estadual do Nacional.

Rodrigo Ramos

Fico feliz por estar contribuindo para

mudar isso e espe-ro que o torcedor

possa abraçar essa causa. Existiu uma

diferença muito grande de público do inicio para as

fi nais. Isso nos deixa feliz, porque mostra que o futebol ama-zonense está que-

rendo acordar

THIAGO FERNANDO

que participou vários anos da Serie B. As torcidas do interior mostraram ser diferentes. A do Penarol sempre vai. A do Prin-cesa fi cou sem estádio, mas sempre estava presente. Isso me comoveu bastante. Sem-pre tinham muitos torcedores. Mas fi quei surpreso com esse baixo número. Nas fi nais, foi muito bonito, principalmente ver a Arena com quase oito mil pessoas. Foi uma alegria muito grande. O legal é que vemos no rosto dos torcedores uma motivação para mudar isso. Fico feliz por estar contribuindo para mudar isso e espero que o torcedor possa abraçar essa causa. Existiu uma diferença muito grande de público do inicio para as fi nais. Isso nos deixa feliz, porque mostra que o futebol amazonense está que-rendo acordar.

PÓDIO – Qual a importân-cia do torcedor nacionalino nessa Série D?

RR – Eles terão um papel fundamental. Primeiro, eles indo aos estádios nos passam confi ança para exercer nos-so trabalho da melhor forma possível. Segundo, ajudam o clube fi nanceiramente e nessa Série D, fazem à diferença. Os time que tiverem torcida, vão chegar longe na compe-tição. Já joguei a Série D três vezes pelo Sampaio e quan-to a torcida abraçou o time, em 2012 na reabertura do Castelão, fi zemos jogos para 40 mil pessoas. O torcedor tem papel fundamental para essa campanha e espero que eles estejam motivados como estamos, principalmente, com a conquista do estadual. É

importante que eles estejam presentes logo no começo da Série D para empurrar o nosso time e o futebol amazonense a grandes conquistas.

PÓDIO – Qual vai ser o maior desafi o do Nacional na competição?

RR – A Série D é uma com-petição complicadíssima. São equipes desconhecidas como o de Roraima e o de Rio Branco. A falta de informação é um de-safi o muito grande. Vamos ter que se moldar a cada jogo. Co-nhecer o adversário na hora da partida. Vamos ter que ter mui-to cuidado com a arbitragem. Nessa primeira fase, parte da arbitragem será local, apenas o árbitro vem de fora. É uma adversidade muito grande. Não encaro a questão da dis-tancia como difi culdade. Se é distante para um, acaba sendo também para o outro. Temos que manter o nível da nossa apresentação no Estadual. O nível de comprometimento e de motivação. A grande ques-tão é essa. Temos que buscar motivação como fi zemos no estadual para entrar bem na competição.

PÓDIO – O seu projeto

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Rodrigo Ramos

é encerar a carreira pelo Nacional?

RR – Fico muito feliz por ter conquistado a confiança do torcedor em tão pouco tempo de trabalho. Confesso que fiquei muito emocionado com o que vi, com a manifestação do torce-dor nesses últimos meses que abraçaram o Rodrigo Ramos e sua família. Fiquei muito feliz. Estou preste há completar 35 anos e penso jogar mais alguns anos pela frente, mas pretendo permanecer no Nacional, prin-cipalmente conquistando esse acesso. Tenho certeza que no-vas portas se abriram, não só para jogadores do nosso elenco, mas para o futebol amazonense em geral. Temos um grande estádio que é a Arena que para mim é o mais bonito do Brasil, e dois mini-estádios padrão Fifa. No interior, temos outros

estádios bons. O futebol ama-zonense tem tudo para crescer e quero fazer parte disso. A meta agora é o acesso para que o nosso futebol volte a ser grande. Tenho sim a pretensão de permanecer por um bom tempo, porque é um clube que te dá condições e quando isso acontece, não tem porque ficar indo para fora em busca de novos desafios para quebrar a cara depois. Respeito o Nacional por isso e quero construir uma história bonita no clube.

PÓDIO – Para muitos joga-dores do elenco leonino você é um líder. Como é carregar essa responsabilidade?

RR – Acho que essa palavra líder é muito forte, mas encaro com naturalidade, até porque por onde passei sempre tive um bom relacionamento com

todos os companheiros e isso facilita bastante. Sempre tive espaço para conversar com cada atleta, tanto os novos, quanto com os mais velhos. Me espelhei em jogadores com bom comportamento. Acho que é isso que faz a grande diferen-ça. Tento passar para todos. Até brinco falando que o atleta é o primeiro a entrar em campo, tem que ser compro-metido e sair de campo só quan-do viu que o seu trabalho foi bem executado. Sem-pre passo coisas positivas. Sem-pre gosto de mo-tivar. Liderança é conquistada e se isso conquis-tei, sei que fiz algum positivo para o grupo e espero continuar fazendo.

PÓDIO – Valeu a pena tudo que você fez na sua carreira ou faltou alguma coisa?

RR – Valeu a pena demais. Depois do jogo contra o Prin-cesa, eu muito emocionado, dei uma entrevista falando que dos 13 títulos que conquistei

esse era o mais importante. Muita gente se surpreendeu, porque sou quatro vezes cam-peão estadual pelo Sampaio, campeão pelo Imperatriz, bi-campeão pelo Palmas e cam-peão invicto da Série D. Mas o que quis dizer é que acho o mais

importante pela circunstância. Es-tava disputando uma Série B, era ídolo de um clube onde já estava há sete anos, pode-ria ter me acomo-dado, ficar mais um, dois ou três anos e encerrado a carreira, mas não. Decidi acei-tar novos desa-fios e no primeiro ano já consigo ser campeão, contri-buir de forma positiva para a equipe, ser eleito o melhor goleiro da competição, a defesa menos vazada e cativar o torcedor, não só o

nacionalino, mas o amazonen-se. Trouxe minha família para esse novo desafio, então, sem dúvida nenhuma, foi impor-tante. Esse foi um recomeço aos 35 anos. Por isso foi tão importante e me emociono sempre que lembro.

Experiente goleiro tem sido o principal nome do Nacional neste início de temporada

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Tenho sim a preten-são de permanecer por um bom tempo, porque é um clube que te dá condi-

ções e quando isso acontece, não tem porque ficar indo

para fora em busca de novos desafios

para quebrar a cara depois. Respeito o Nacional por isso

quero construir uma história bonita no

clube

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E4 MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015

ElencofechadoMontado no fi nal de 2014 pela diretoria em conjunto com o técnico Sinomar Naves, o elen-co do Nacional – apesar de

pouco numeroso – mostrou força durantes o primeiro semestre desta temporada. Em 28 partidas ofi ciais disputadas em 2015, o Leão da Vila Municipal realizou campanha para torcedor nenhum botar defeito: foram 20 vitórias, três empates e cinco derrotas, além de 61 gols marcados e apenas 24 sofridos.

Soberano durante todo Campeonato Amazonense, os comandados de Ader-bal Lana chegaram a incrível marca de 15 triunfos consecutivos na competição. Apesar do bom desempenho, reforços são necessários para a disputa do Cam-peonato Brasileiro da Série D, que co-meça no dia 12 de julho. O PÓDIO faz uma avaliação do elenco leonino para a sequência da temporada e aponta quais setores podem ser fortalecidos.

“Paredões”Se tem uma posição que o elenco na-

cionalino não necessita de reforços é a de goleiro. Experiente e vitorioso, Rodrigo Ramos é sinônimo de segurança debaixo da meta leonina. Aos 35 anos, o arqueiro possui dois acessos na carreira com o Sampaio Corrêa-MA e é um dos líderes do time da Vila Municipal.

Seu reserva imediato, Wagner, também não deixa a desejar. Titular nas fi nais de 2014, está no mesmo nível de Rodrigo Ramos. As outras opções para a meta são Thiago e Victor. Este último, aos 18 anos, foi titular durante campanha do Operário-AM nesta temporada.

LateraisNas laterais, apenas um jogador parece

ter lugar garantido para a Série D: Peter. Melhor no apoio do que na marcação, o jogador que atua pela direita, caiu nas graças da torcida e foi titular absoluto durante todo primeiro semestre. Sempre resguardado pelos volantes, o carioca foi uma das armas mais efetivas em termos ofensivos do Leão durante o Estadual.

Também lateral-direito, João Ro-drigo é o oposto de Peter. Melhor na marcação do que no apoio, o jogador não conseguiu ser a “sombra” do cami-sa 2, mas atuou de forma improvisada no lado esquerdo um grande número de partidas. Pelezinho, que disputou o Barezão pelo Iranduba, também está treinando no CT Barbosa Filho e apa-rece como boa opção para o setor.

A lateral esquerda recebeu reforço. Me-lhor da posição no Barezão 2015, Rafael Vieira chegou após bom desempenho no Penarol. Ele chega para brigar pela titu-laridade com Andrezinho, que apesar de ter disputado as fi nais do Estadual, perdeu lugar para o improvisado João Rodrigo durante o semestre.

Melhores do EstadualApesar do bom desempenho de Maurício

Leal e Robinho – dupla de beques consi-derada titular -, o elenco ainda conta com outros dois defensores: Kelvin e Luan. O primeiro atuou no time principal em várias partidas, e mostrou que pode ser útil para o restante do ano. Já o segundo, recebeu poucas chances de Aderbal Lana e não deve ser utilizado durante a 4ª divisão.

Em contrapartida, o Leão da Vila Mu-nicipal fechou com o zagueiro Gilson, que disputou o Barezão pelo Princesa do Solimões, e, ao lado de Maurício Leal, foi considerado o melhor zagueiro do certame.

Leque de opçõesRecheado de boas opções, volantes não

é problema no Nacional, que tem nesta função os jogadores mais fortes – em termos físicos – e mais altos, no que diz respeito à estatura.

Titular indiscutível e principal prote-tor da defesa, o capitão Dênis é peça chave no esquema tático de Aderbal Lana. Bem fisicamente, Lídio é outro que tem qualidade para ser titular no meio-de-campo leonino.

Reserva durante o começo da tem-porada, Felipe Manoel evoluiu, entrou

ANDRÉ TOBIAS

A uma semana do início da Série D do Campeonato Brasileiro, PÓDIO faz uma breve avaliação do elenco do Nacional para a competição mais importante do ano para o Leão da Vila

bem no decorrer de algumas parti-das e ganhou a confi ança de Lana, assim como Bruno Potiguar, que fez boa dobradinha com Peter pelo setor direito azulino.

Além desses quatro, Júnior Paraíba, apesar de atuar como “falso nove” na maior parte das partidas por necessidade, pode fi gurar na meiu-ca, sua função de origem. Destaque do Operário na competição, Velinho, 18, está treinando com o elenco e também é opção.

O único contratado para o setor foi o volante canhoto Lusmar, que chega por empréstimo do Brasiliense. Com passagens por Goiás e Guara-ni, o jogador chega com o aval de Aderbal Lana.

IncógnitasUm ponto de interrogação paira

sobre as opções para o setor de ar-mação do Nacional. Com passagens por grandes clubes do futebol brasi-leiro, Thiago Marin teve participação tímida durante o Estadual. Titular em apenas cinco partidas e acionado

em outras 10 das 28 realizadas pelo clube na temporada, o meia ainda não balançou as redes com a camisa do Leão da Vila Municipal.

“Filhos da terra”, Raílson e We-verton foram contratados para compor elenco. Na Série D, talvez ele percam espaço com a chegada de novos jogadores. Assim como Hayllan, que fez bom Barezão pelo Operário e está treinando com o elenco principal do Nacional.

De desconhecido à melhor jogador da equipe. Assim foi a trajetória meteórica de Charles com a camisa leonina. O meia se destacou rapida-mente com atuações convincentes, sempre com gols e assistências. Logo despertou interesse de outras equipes. Valorizado, a diretoria não poupou esforços para mantê-lo.

Após a renovação, porém, o ren-dimento do atleta caiu. Os tentos fi caram escassos e a marcação ad-versária apertou. A pergunta que fi ca é a seguinte: qual Charles o Nacional terá na Série D? O garoto ousado das primeiras atuações ou o

jogador discreto dos últimos jogos do primeiro semestre?

Velho conhecido do futebol ama-zonense e ídolo da torcida naciona-lina, Danilo Rios está de volta. Após a marcante passagem de 2013 pelo clube, DR10 foi contratado com pompa de craque e chegou com o aval de Aderbal Lana. Ele pode ser a solução para os problemas e incertezas na criação das jogadas leoninas. Caso não seja atrapalhado por lesões, ele pode contribuir e muito para a equipe conseguir o acesso a tão sonhada Série C.

Com passagens pelo futebol para-ense, o meia Thiago Floriano é mais uma opção ofensiva para o setor de criação da equipe. Seu último clube foi o Anapolina-GO.

Falta o “matador”O começo foi animador. Sete gols

em 11 jogos. Mas, uma grave lesão no joelho tirou Wanderley dos gra-mados por seis meses. Com volta prevista para setembro, o Nacional correu atrás de um camisa 9 para

a disputa da Série D e acertou com Nando. Sem maiores referências, o jogador chega pelo histórico recente com a camisa do Campinense-PB. Lá, o atleta marcou cinco gols em cinco partidas com a camisa rubro-negra.

Contratado no começo da tempo-rada com fama de goleador, Hyan-tony não convenceu e poucas vezes atuou como titular. Apesar da boa estatura, falta técnica ao centroa-vante, que é tido na Vila Municipal como um “cara de grupo”.

Com menos pompa que os ata-cantes já citados, Tiago Verçosa não decepcionou. Prata da casa, ele aproveitou bem as poucas opor-tunidades que teve – quatro vezes titular e outras cinco entrando no decorrer da partida – e balançou as redes adversárias seis vezes.

Homem de confi ança de Aderbal Lana, o atacante Felipe foi o primei-ro nome anunciado como reforço para o setor de ataque. Longe de ser centroavante, ele deve atuar pelo lado direito do campo, como já fez em 2013.

Elenco do Nacional comemorando vitória no Campeonato Ama-

zonense

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Meia Danilo Rios foi contratado para ser o

principal jogador do Nacional na Série D

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Após muito ouvir, a Fe-deração Amazonense de Futebol (FAF) deci-diu ampliar o Campe-

onato Amazonense 2015. O motivo da mudança foi o tempo que o futebol do Estado fi ca-va parado após o termino do estadual. Em anos anteriores, o Barezão durou três meses. Nesta temporada, a competi-ção teve cinco meses, fora o tempo de pré-temporada. Com o término da competição que sagrou o Nacional bicampeão, o saldo da mudança foi positi-vo? Para responder a questão, o Pódio ouviu pessoas ligadas ao esporte local.

Para o técnico Aderbal Lana o calendário maior teve seus pontos altos e baixos, porém, pessoalmente achou infrutífero pelo excesso de partidas que a equipe leonina fez na competição.

“O campeonato teve uma fi nal emocionante com duas partidas de qualidade, com padrão téc-nico muito bom, mas acho que foi um campeonato infrutífero no aspecto tempo. Tivemos muitos jogos que não valeram nada. Duas equipes muito fra-cas como Rio Negro e Operário fi zeram a diferença na artilharia do campeonato. Acho que o campeonato se alongou muito

em um período muito quente”, disse o treinador que entende o esvaziamento dos estádios locais. Para o comandante na-cionalino, o torcedor abandonou a competição porque os campos locais não têm cobertura.

“Nossos campos não têm cobertura. O torcedor abando-nou, mas não é que eles não queiram ver futebol, mas eles não vão sentar no sol e nem na chuva. Os campos não dão visibilidade de jogo. Quem sen-ta nas arquibancadas só vê o meio do jogo”, citou Lana.

Um ponto que o experien-te treinador comemorou foi a confi rmação da força do fute-bol local, que quase eliminou o Bahia da Copa do Brasil.

“No fundo, foi uma conquista boa para o Nacional. Fomos bicampeões e conquistamos va-gas na Série D, Copa do Brasil e Copa Verde. Temos que dizer que o campeonato mostrou, pelo menos as fi nais, que te-mos equipes a altura do futebol brasileiro. Já tínhamos mostra-do isso quando enfrentamos o Bahia pela Copa do Brasil. Tudo mundo viu o que teve que acontecer para eles ganharem da gente. O Princesa também difi cultou para uma equipe de Série A em Santa Catarina. Mui-ta gente não acredita e não sabe qual o nível do nosso futebol”, ressaltou o comandante.

Nem bom nem ruimNeste ano, o Campeonato Amazonense teve, pela primeira vez, duração de seis meses. Para treinadores e dirigentes, a nova fórmula do Barezão tem os seus pontos positivos e negativos. O planejamento deve ser maior em 2016

Ajustando durante a competição Planejar para melhorar em 2016

Final do amazonense

foi disputada na Arena da

Amazônia

Lana gostou do campeonato mais longo

FOTO

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Para conquistar o campe-onato estadual, o Nacional teve que disputar 22 parti-das. Segundo Aderbal Lana, essa grande quantidade de jogos serviu para ajustar o time. Durante a competi-ção, o treinador fez varias experiências e testou algu-mas formações até achar a ideal para entrar em campo nas partidas fi nais.

“A preparação para o es-tadual se torna boa, porque você trabalha a equipe du-rante a competição. Acredi-to que tivemos um tempo maior de preparação. Foi muito parecida com o de Série A. Quando assumi, foi muito difícil. Tivemos que fazer um trabalho físico, tático e de posicionamen-to. Mas no fundo, acho que a longevidade foi boa para ir ajustando no campeona-to. Mesmo que você não tenha um início de prepa-ração física adequada, no decorrer do campeonato, como tive, quem tem uma condição melhor consegue ir testando os jogadores. Fui fazendo isso. Fiz o

rodízio no plantel para ir conhecendo melhor cada jogador e suas caracterís-ticas”, afi rmou Lana que ainda confi rmou que o au-mento do Barezão ajudou a atrair mais jogadores de qualidade. Para o treinador, esse ajuste também deve ser feito nos campeonatos de base.

“Era o grande problema do nosso futebol. Tínha-mos campeonatos com três meses. Terminava a competição, o atleta fi -cava nove meses para-dos. Isso acontece na base também. Tem uma competição e os garo-tos fi cam oito ou nove meses parados. Eles não têm uma sequ-ência. Nenhum time teve nos últimos anos, espero que o Nacional apro-veite isso, por-que tem até o fi nal do ano que vem ca-lendário” , concluiu.

O campeonato acabou, mas as dívidas não. Dos 10 clubes que disputaram o Campeonato Amazonense, apenas três estão com os salários em dia. A explica-ção desse fato é simples: Os clubes locais ainda es-tão esperando pela cota prometida pelo governo do Estado no valor de R$ 2,5 mi para ser rateada entre as agremiações. Para o di-retor de futebol do São Rai-mundo, Cícero Custódio, conhecido como Sasá,

a competição pro-longada é pos i t i va para os

trei-

na-dores,

p o r é m , difi culta as

fi nanças dos clu-bes que não têm pa-trocínios fortes.

“Realmente, a com-petição é boa porque prepara melhor a base da equipe, mas alguns

times não têm condições para manter o elenco por tanto tempo. A renda é pouca. O campeonato fi ca desnivelado. O patamar de investimento é diferente. Teve jogador que tirou do próprio bolso para ir trei-nar”, revelou o dirigente que comemorou o fato do São Raimundo ter conseguido patrocinadores para man-ter uma parte da compe-tição, porém, afi rmou que

o clube da Colina ainda está de-vendo atletas.

“Estamos tra-balhando para

não acontecer em 2016 o que aconteceu

nesse ano. A verba do go-verno ainda não saiu, o dinheiro ainda não caiu. Os jogadores que foram em-bora não receberam. Isso é ruim para o Amazonas, porque queima a imagem do futebol local. Eles vão pensar duas vezes antes de aceitar convite dos ti-mes locais, porque fi caram com mede de não receber”, disse Sasá.

THIAGO FERNANDO

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E6 MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015

R io de Janei-ro (RJ) - Uma goleada de 4 a 1 sofrida para

o Atlético-MG e uma derrota de 2 a 1 para

o Palmeiras. Esse é o desem-penho do Fluminense

em jogos lon-ge do Rio de Janeiro neste C a m p e o n a t o Brasileiro. O time apresenta um bom desem-penho como mandante e, com 14 pontos conquistados, está próximo do G-4. Porém, na visão dos j o g a d o r e s t r i co lo res , para o time conseguir p e n s a r g r a n d e na tem-

porada, é importan-te começar a ganhar longe do

Maracanã. O primeiro desafi o é o jogo contra o Goiás neste domingo (28), às 15h (de Ma-naus), no Estádio Ser-ra Dourada, em Goiânia (GO), pela nona rodada do Brasileirão.

“O Campeonato Bra-sileiro é marcado pela regularidade. Um time precisa ter uma gran-de campanha dentro de casa para ir bem na tabe-la de classifi cação, e isso é o mínimo que se exige de quem não pretende passar por problemas. Mas se você pretende buscar algo mais na tem-porada, é muito impor-tante conseguir somar pontos longe de sua casa ,e é isso que tem faltado para o Fluminense. Preci-samos começar a mudar essa realidade a partir deste confronto com o Goiás. Vamos em busca de uma vitória que pode nos dar um salto impor-tante na tabela”, afi rmou o volante Jean.

O meia Wagner pen-sa de maneira pareci-da. “Sabemos que, no

Campeonato Brasilei-ro, é muito importante buscarmos pontos longe do Rio de Janeiro, pois somente assim vamos conseguir nossos ob-jetivos na competição. Respeitamos demais o Goiás, mas o Fluminense tem metas nesta tempo-rada, e isso passa por uma melhora do nosso desempenho longe do Rio de Janeiro. Portanto, vamos em busca de um resultado positivo neste domingo”.

Em termos de escala-ção, o técnico Enderson Moreira tratou de dar fi m às dúvidas sobre a dupla de zaga titular. O comandante confi rmou os retornos de Antônio Carlos e Gum.

Com isso, o Tricolor deverá ir a campo com: Diego Cavalieri, Welling-ton Silva, Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Ed-son, Jean, Gerson, Vi-nicius e Wagner; Fred. Neste sábado, o time treina pela manhã nas Laranjeiras e depois em-barca para Goiânia.

CIA ATHLETICA

Ainda sem vencer longe do Rio de Janeiro, Tricolor visita Goiás querendo encostar no G-4

Flu busca primeira vitória fora de casa

Coritiba e Cruzeiro se enfrentam pelo Brasileirão

Curitiba (PR) - Lutando para sair da zona de re-baixamento do Campeonato Brasileiro, o que não acon-tecerá nesta rodada mesmo com vitória, o Coritiba recebe neste domingo (28), às 15h (de Manaus), o Cruzeiro, no Estádio Couto Pereira. A Raposa faz uma campanha de recuperação e precisa mostrar força fora de casa para tentar se aproximar do pelotão de cima.

O empate no clássico dian-te do Atlético-PR, na casa do adversário, animou um pou-co o clima dentro do Alto da Glória. Apesar de a vitória ter escapado nos últimos minu-tos, a apresentação do time deu alguma esperança de reação, especialmente após

cinco derrotas consecutivas. Porém, o técnico Ney Franco tem cinco desfalques para a partida: Cáceres, Norber-to, Wellington Paulista, João Paulo e Ruy.

Já o Cruzeiro não terá Gabriel Xavier e Alisson, machucados, além de Bru-no Rodrigo, suspenso. Para compensar os problemas, o treinador celeste conta com a volta do volante Willians, que cumpriu suspensão contra a Chapecoense. Lu-xemburgo ainda conta com o retorno do armador De Arrascaeta, que estava ser-vido o Uruguai na disputa da Copa América, mas como a seleção foi eliminada, o atle-ta retorna ao Cruzeiro para enfrentar o Coritiba.

PARA EMBALAR

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Cruzeiro quer se recuperar de derrota em casa contra Coxa

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o Atlético-MG e uma o Atlético-MG e uma derrota de 2 a 1 para derrota de 2 a 1 para

o Palmeiras. Esse o Palmeiras. Esse é o desem-é o desem-penho do penho do Fluminense Fluminense

em jogos lon-em jogos lon-ge do Rio de ge do Rio de Janeiro neste Janeiro neste C a m p e o n a t o C a m p e o n a t o Brasileiro. O Brasileiro. O time apresenta time apresenta um bom desem-um bom desem-penho como penho como mandante e, mandante e, com 14 pontos com 14 pontos conquistados, conquistados, está próximo está próximo do G-4. Porém, do G-4. Porém, na visão dos na visão dos j o g a d o r e s j o g a d o r e s t r i co lo res , t r i co lo res , para o time para o time conseguir conseguir p e n s a r p e n s a r g r a n d e g r a n d e na tem-na tem-

porada, é porada, é importan-importan-te começar te começar a ganhar a ganhar longe do longe do

Ainda sem vencer longe do Rio de Janeiro, Ainda sem vencer longe do Rio de Janeiro, Tricolor visita Goiás querendo encostar no G-4Tricolor visita Goiás querendo encostar no G-4

Flu busca primeira Flu busca primeira Flu busca primeira vitória fora de casavitória fora de casa

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E7 MANAUS, DOMINGO, 28 DE JUNHO DE 2015

‘Choque-Rei’ movimenta BrasileirãoSão Paulo (SP) – Em situações

opostas na tabela de classifi ca-ção do Campeonato Brasileiro, Palmeiras e São Paulo se en-frentam neste domingo (28), no Allianz Parque, às 15h (de Manaus), pela nona rodada da competição nacional, naquele que será um dos clássicos deste fi nal de semana no Brasil.

O técnico do Palmeiras, Mar-celo Oliveira, adotou mistério no quesito escalação da equi-pe. Durante os treinamentos da semana, na cidade de Ati-baia, o comandante testou três opções. Na primeira, Zé Roberto entrou na meia, avançando Rafael Marques. Na segunda, Leandro Pereira foi o centroavante. E na última, Gabriel Jesus e Andrei Girotto foram escalados, em uma for-

mação mais ofensiva.No único jogo no comando

do time, contra o Grêmio, Marcelo escalou a equipe com centroavante. Segundo ele, será preciso adaptação caso mude para o clássico deste domingo.

“Muda muito quando tira o Leandro Pereira. Aí precisa trabalhar bem isso para ter gente na área sem ele. E na recomposição, que pode ser feita sem a referência. É pre-ciso ter uma sintonia boa. E o Gabriel Jesus eu pretendo dar chance, é diferente do Dudu, que tem mais velocidade. Ele tem presença, pode ser ata-cante. Qualquer jogador que esteja no elenco pode jogar a qualquer momento. Gosto de manter uma base para o

entrosamento”, disse.O Verdão deve ir a campo

no domingo com Fernando Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Arouca; Dudu, Robinho e Zé Roberto (Leandro Perei-ra); Rafael Marques. A opção treinada com Gabriel Jesus foi com ele entrando no lugar de Dudu, mas as chances são menores de isso acontecer.

São PauloEm busca da liderança do

Campeonato Brasileiro, o Tri-color, que tem 17 pontos, um a menos que o Sport, entra em campo com a expectativa de que, mesmo fora de casa, pode fazer frente ao Palmeiras no Choque-Rei. O duelo marcará o primeiro clássico do técnico

NO ALLIANZ

Carlos Osório no Brasil.Ciente da necessidade de

vencer, o técnico Tricolor deu pistas de que pode utilizar uma formação com dois atacantes fi xos, que seriam Alexandre Pato e Luis Fabiano. No meio de campo a tendência é que atuem Hudson e Souza na contenção com Ganso pelo meio e Michel Bastos e Thiago

Mendes pelas pontas. A dúvida no ataque, no en-

tanto, será levada até a hora da partida. A tendência é que o São Paulo entre em campo com: Rogério Ceni; Bruno, Ra-fael Toloi, Dória e Carlinhos; Hudson, Souza, Thiago Men-des (Alexandre Pato), Paulo Henrique Ganso e Michel Bas-tos; Luis Fabiano.

Lateral-direito Lucas está pronto para o duelo em casa

Meia Wesley, ex-Palmeiras, reencontrará seu time no clássico

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Cai levanta?

de vez ou

Cuiabá (MT) - Um clás-sico disputado em clima de desespero. Esse é o cenário do

duelo entre Vasco e Flamen-go, que se enfrentam neste domingo (28), às 17h30 (de Manaus), na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), pela nona rodada do Campeonato Brasi-leiro. Ambos ocupam a zona de rebaixamento. O Rubro-Negro voltou ao Z-4 com a derrota de 2 a 0 para o Atlético-MG, que o manteve estacionado com sete pontos. O Cruz-Maltino vive um drama maior. Após perder de 2 a 1 para o Sport despencou para a lanterna com apenas três pontos.

O time perdeu os últimos

cinco jogos e não sabe o que vencer neste Brasileirão. O técnico Doriva não resistiu aos tropeços e deixou o clube para a chegada de Celso Roth, que faz sua estreia. Ciente da necessidade de começar com vitória sua caminhada no Vasco, Roth procura olhar o lado positivo de estrear logo em um clássico.

“Trata-se de um clássico, de um jogo muito importante para o Vasco e da possibi-lidade de iniciarmos a nos-sa reação no Campeonato Brasileiro. Estamos todos mobilizados. Todos estão encarando as próximas par-tidas como uma bela oportu-nidade para reagir”, avisou

o treinador vascaíno.Cristóvão Borges, coman-

dante do Flamengo, tem dis-curso parecido, reconhecendo inclusive o clima de deses-pero do encontro. “São duas equipes de grande tradição e que não podem pensar na possibilidade de perderem no-vamente. Portanto, tem todo um clima de nervosismo, que acrescenta ainda mais rivali-dade ao jogo. Mas são duas grandes equipes, com poten-cial de reação e espero que o Flamengo esteja em um me-lhor dia”, explicou Cristóvão.

O mistério tomou conta da semana nos dois clubes e por isso descobrir a escalação de ambos para o clássico é tarefa

complicada. No Vasco, Charles continua no gol, pois Mar-tín Silva retornou da seleção uruguai com uma lesão no tornozelo. Já o zagueiro Luan, suspenso por ter sido adver-tido com o terceiro cartão

amarelo diante do Sport, cede o posto a Anderson Salles.

Pelo lado do Flamengo, hos-tilizado pelos torcedores há muitos jogos, o lateral-direito Pará, que vinha atuando im-provisado na esquerda, pare-ce ter tirado a paciência de Cristóvão, que o barrou para a entrada de Anderson Pico. O curioso é que mesmo tendo dois laterais de origem pelo lado direito, Pará e Ayrton, Cristóvão prefere manter o volante Luiz Antonio impro-visado no setor.

O volante Jonas retorna ao time titular após cum-prir suspensão contra o Galo. Assim, Gabriel ficará como opção no banco de reservas.

Outro barrado é Eduardo da Silva, que deixa o time para a entrada de Alan Patrick.

As duas equipes se enfren-taram quatro vezes nesta tempoarada. O Flamengo ganhou um amistoso de pré-temporada por 1 a 0, em Manaus (AM), e por 2 a 1 na fase de classifi cação do Cam-peonato Carioca. Porém, na fase semifi nal do Estadual, após empate sem gols no primeiro encontro, o Cruz-Maltino ganhou a partida de-cisiva por 1 a 0 e avançou para a decisão, conquistando depois o caneco na fi nal com o Botafogo e quebrando um jejum de 12 anos sem vencer aquela competição.

FORA DO JOGOO goleiro uruguaio Martín Silva voltou da Copa América com dores no tornozelo direito e foi vetado pelo departamento médico vascaíno para o clássico contra o Flamengo em Cuiabá

Clássico dos Mi-lhões não terá o mesmo charme de antigamente. Os times estão mal na tabela e o jogo não será no Maracanã

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Na Arena Pantanal, em Cuiabá, Vasco e Flamengo fazem clássico dos desesperados neste domingo. Ambos estão na zona de rebaixamento e precisam desesperadamente vencer na rodada para respirarem na competição nacional

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