pódio - 18 de junho de 2014

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THIAGOCALIL/GAZETAPRESS Ele parou o Brasil MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014 [email protected] Escolhido como melhor jogador da partida, o goleiro do México fez quatro defesas espetaculares e garantiu o empate do México contra o Brasil. Os comandados de Felipão não jogaram bem. Neymar e Oscar não tiveram a atuação brilhante da estreia e, nas poucas jogadas perigosas, a equipe parou na muralha chamada Guillermo Ochoa. Pódio E4 e E5 Pódio E7 Espanha em busca de recuperação Pódio E15 Idosos assistem à segunda Copa no Brasil

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 18 de junho de 2014

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Ele parouo Brasil

MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014 [email protected]

Escolhido como melhor jogador da partida, o goleiro do México fez quatro defesas espetaculares e garantiu o empate do México contra o Brasil. Os comandados de Felipão não jogaram bem. Neymar e Oscar não tiveram a atuação brilhante da estreia e, nas poucas jogadas perigosas, a equipe parou na muralha chamada Guillermo Ochoa. Pódio E4 e E5

Pódio E7

Espanha em busca de recuperação

Pódio E15

Idosos assistemà segunda Copa no Brasil

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Page 2: Pódio - 18 de junho de 2014

E2 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

CHARGE

Brasil Camarões

Croácia México

Brasil Croácia

12/6/2014 - 16h Arena Corinthians

México Camarões

13/6/2014 - 12h Arena das Dunas

Brasil México

17/6/2014 - 15h Arena Castelão

Camarões Croácia

18/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Camarões Brasil

23/6/2014 - 17h Estádio Mané Garrincha

Croácia

23/6/2014 - 17h Arena Pernanbuco

Austrália Chile

Espanha Holanda

Espanha Holanda

13/6/2014 - 15h Fonte Nova

Chile Austrália

13/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Colômbia Costa do Marfi m

Grécia Japão

Colômbia Grécia

14/6/2014 - 12h Mineirão

C. Marfi m Japão

14/6/2014 - 21h Arena Pernambuco

Costa Rica Inglaterra

Itália Uruguai

Uruguai C. Rica

14/6/2014 - 15h Castelão

Inglaterra Itália

14/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Equador França

Honduras Suíça

Suíça Equador

15/6/2014 - 12h Estádio Mané Garrincha

França Honduras

15/6/2014 - 15h Arena Beira Rio

Argentina Bósnia-Herzegovina

Irã Nigéria

Argentina Bósnia

15/6/2014 - 18h Maracanã

Irã Nigéria

16/6/2014 - 15h Arena da Baixada

Alemanha Estados Unidos

Gana Portugal

Alemanha Portugal

16/6/2014 - 12h Fonte Nova

Gana EUA

16/6/2014 - 18h Arena das Dunas

Argélia Bélgica

Coreia do Sul Rússia

Bélgica Argélia

17/6/2014 - 12h Mineirão

Rússia C. do Sul

17/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Austrália Holanda

Espanha Chile

Austrália Espanha

Holanda Chile

C. Marfi m Japão

Colômbia

16/6/2014 - 12h Estádio Mané Garrincha

C. Marfi m

Japão

19/6/2014 - 18h Arena das Dunas

Grécia

Japão

26/6/2014 - 15h Arena Pantanal

Colômbia

Grécia

24/6/2014 - 17h Arena Castelão

C. Marfi m

18/6/2014 - 12h Arena Beira Rio

18/6/2014 - 15h Maracanã

23/6/2014 - 12h Arena da Baixada

23/6/2014 - 12h Arena Corinthians

Uruguai

19/6/2014 - 15h Arena Corinthians

Inglaterra

Itália

20/6/2014 - 12h Arena Pernambuco

C. Rica

Itália

24/6/2014 - 12h Arenas das Dunas

Uruguai

C. Rica

24/6/2014 - 12h Mineirão

Inglaterra

Bélgica

22/6/2014 - 12h Maracanã

C. do Sul

22/6/2014 - 15h Arena Beira Rio

C. do Sul

26/6/2014 - 17h Arena Corinthians

Bélgica

Argélia

26/6/2014 - 17h Arena da Baixada

Rússia

Alemanha

21/6/2014 - 15h Arena Castelão

Gana

EUA

22/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Portugal

EUA

26/6/2014 - 12h Arena Pernambuco

Alemanha

Portugal

26/6/2014 - 12h Estádio Mané Garrincha

Gana

Argentina

21/6/2014 - 12h Mineirão

Irã

Nigéria

21/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Bósnia

Nigéria

25/6/2014 - 12h Arena Beira Rio

Argentina

Bósnia

25/6/2014 - 12h Arena Fonte Nova

Irã

Suíça

20/6/2014 - 15h Arena Fonte Nova

França

Honduras

20/6/2014 - 18h Arena da Baixada

Equador

Honduras

25/6/2014 - 15h Arena da Amazônia

Suíça

Equador

25/6/2014 - 17h Maracanã

França

México

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

O alemão Gerhard “Gerd” Müller foi um dos mais completos craques que já passaram pela Copa do Mundo. O jogador surgiu na época dourada da seleção e dos clubes da Alemanha Ocidental nos primeiros anos da década de 1970.

O alemão manteve o posto de recordista de gols em Mundiais por 32 anos, com 14 gols marcados nas Copas de 1970 e 1974. Na Copa de 2006, foi ultrapassado pelo brasileiro Ronaldo, que completou 15 gols no jogo contra Gana, pelas oitavas de fi nal.

Conhecido na infância como “Der Dick”, o “Gordinho”, Müller não tinha o tipo físico de um atacante alemão. Com apenas 1,74m, possuía um grande poder de explosão e de velocidade de mo-vimentos em pequenos espaços.

Era uma máquina poderosa de fazer gols e passou a ser chama-do de “Der Bomber”. Especialista em chutes rasteiros, Müller entrou para a história do futebol alemão ao marcar gols decisivos, como na fi nal da Eurocopa de 1972. A Alemanha venceu a União Sovié-

tica por 3 a 0. Os três gols foram do atacante.

Cinco vezes artilheiro da Bun-desliga (Campeonato Alemão) pelo Bayern de Munique, Müller tem uma média impressionante de gols. Marcou 447 gols em 490 jogos, cravando 0,91 gol por partida. Pela seleção da Alemanha, os números são ainda mais sur-preendentes: 68 gols em 62 jogos (média de 1,1 gol por jogo).

Pendurou as chuteiras aos 36 anos, depois de jogar por dois anos no futebol norte-americano.

Müller,a máquina de fazer gols

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

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Tostão

Faltou mais talento O México foi melhor coletiva-

mente, trocou mais passes, mas as melhores chances foram do Brasil. O goleiro mexicano foi um dos destaques da partida. Júlio César não precisou fazer uma grande defesa. Mais uma vez, o Brasil não teve meio-campo. É defesa e ataque. Luiz Gustavo protege os defensores (fez mais uma ótima partida) e Paulinho não aparece para receber a bola. No intervalo, deveria ter entrado um armador (Willian, Hernanes ou Fernandinho),

e não um atacante (Bernard). O time depende demais de jogadas aéreas e, principalmente, de lan-ces individuais, estocadas, quase sempre com Neymar.

Paulinho, Oscar, Fred, Ramires e Bernard atuaram muito mal. Jô se movimentou mais que Fred. Daniel Alves foi discreto. Já Thiago Silva, David Luiz, Luiz Gustavo, Marcelo e Neymar, mesmo longe de seus me-lhores momentos, atuaram muito bem. Hulk fez falta.

O time mexicano foi superior à

Croácia. Marcou melhor do que eu esperava. O México chegou com fa-cilidade na intermediária e fi nalizou muitas vezes de fora da área, com perigo. Já os dois atacantes foram anulados pela zaga brasileira.

A atuação do Brasil foi regular, como contra a Croácia. Continu-amos fortes candidatos ao título. Mas o time não pode depender tanto de Neymar nem achar que basta ser guerreiro e cantar, com força, o Hino nos jogos mata-mata. É necessário mais talento e fantasia.

Foi mais um bom jogo, apesar do 0 a 0. Está, na média, excelente o nível técnico da Copa. Não é sur-presa. É o futebol que vemos nos principais campeonatos europeus, onde se concentram os melhores jogadores do mundo. É um jogo rápido, coletivo, com vários excep-cionais jogadores, com muita troca de passes e também com muitos gols de jogadas aéreas. O torcedor que só acompanha os times brasi-leiros está adorando ainda mais. Descobriu um novo futebol.

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

Mais uma vez, o Brasil não teve meio-campo. É defesa e ataque. Luiz Gustavo protege os defensores (fez mais uma ótima partida) e Paulinho não aparece para receber a bola. No intervalo, deveria ter entrado um armador (Willian, Hernanes ou Fernandinho), e não um atacante (Bernard)

THOMAS MULLER ALEMANHA3

GOLS

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Page 3: Pódio - 18 de junho de 2014

E3MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Croácia e Camarões fazem duelo da ‘sobrevivência’ No jogo de logo mais na Arena da Amazônia, só a vitória interessa para as seleções que perderam em suas estreias

Derrotados na estreia na Copa do Mundo, Camarões e Croácia se enfrentam para

tentar a reabilitação hoje, às 18h, na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, pela segunda ro-dada do Grupo A. Os camaro-neses foram derrotados por 1 a 0 pelos mexicanos, enquanto que os croatas reclamam até hoje da arbitragem na derrota de 3 a 1 para a seleção brasi-leira, no jogo de abertura do Mundial. O perdedor dá adeus à competição e jogará a última partida da fase de grupos só para cumprir tabela.

Os dois times chegam em crise para o duelo. A Croácia entrou em guerra com a im-prensa após serem divulgadas fotos de uma festa promovi-da pelos jogadores na piscina após a derrota para o Brasil. Além disso, um dos principais jornais do país teceu críticas fi rmes sobre a realização do jogo em Manaus. Com a frase: “Primeiro, o juíz japonês, e agora jogo na selva”, o infor-mativo afi rma que Manaus só foi escolhida como sede por questões políticas e garante que Camarões levará vanta-gem por jogar sob alta tem-peratura. Já os camaroneses estão enfrentando as críticas por conta do mau desempe-nho diante do México, sendo ironizados por terem discutido sobre a premiação antes de o Mundial ter iniciado.

Tentando se limitar a ana-lisar os fatores dentro de campo, os dois treinadores temem o calor de Manaus. “Vamos precisar ditar o ritmo e jogar com intensidade ape-nas quando for possível, sem comprometer os noventa mi-nutos. O calor em Manaus será infernal e não podemos perder no aspecto físico”, disse Niko Kovac, técnico da Croácia.

O alemão Volker Finke,

comandante de Camarões, espera um jogo tenso. Na visão dele, as duas equipes estarão em campo muito pressionadas pela responsa-bilidade de somarem pontos. “Vai ser uma partida muito complicada, tensa, pois nin-guém pode perder. São dois grandes times, os fatores cli-máticos não ajudam a prática do futebol e estaremos todos pressionados. Estamos nos preparando para uma guerra, no bom sentido da palavra”,

afi rmou Volker Finke.Em termos de escalação, Ca-

marões sofreu um duro golpe, pois não poderá contar com a sua principal estrela, o atacan-te Samuel Eto’o, vetado com uma lesão no joelho direito. Sem ele, Vincent Aboubakar fi ca com a vaga no ataque.

Pelo lado da Croácia, a grande preocupação é o vo-lante Luka Modric, que rece-beu um pisão no pé direito na estreia e é dúvida. Se ele não puder jogar, Marcelo Brozovic será o substituto. A boa notícia está na presença do lateral esquerdo Daniel Pranjic, que se recuperou de uma entorse no tornozelo es-querdo que o impediu de en-frentar a seleção brasileira. Com ele, o lateral direito Sime Vrsaljko, que foi improvisado no setor, fi ca como opção no banco de reservas.

CRÍTICANão bastasse a im-prensa inglesa, foi a vez de um dos princi-pais informativos da Croácia criticar a rea-lização do Mundial em Manaus. Segundo o jor-nal, a alta temperatura favorece Camarões

Por volta das 13h30 de ontem, a seleção croata desembarcou em solo manauense e pôde sentir um pouco do calor que irá enfrentar logo mais. Com cerca de 30 torcedores a frente do hotel Quality, localizado na avenida Mário Ypiranga, bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus, os jogadores não deram bola para a torcida e, de cara fechada, subiram rapidamente para seus respectivos quartos.

A falta de simpatia dos jogadores junto aos torcedores que os esperavam na recepção não decepcionou o alagoano David Fonseca, 30. O vendedor, que já acompanhou o primeiro jogo dos croatas diante do Brasil, em São Paulo, é considerado o fã mais apaixonado da seleção na América do Sul.

“Essa paixão começou em 1998. Croácia pela primeira vez numa Copa do Mundo, foi terceira colocada e teve o artilheiro. Um país pequeno, que vinha de uma guerra recente, e eu comecei a estudar um pouco sobre a história do país. Começou como brincadeira e hoje se tornou um amor, que eu não tenho nem palavras para o descrever”, contou Fonseca.

Croácia desembarca na surdina

Com atraso de aproxi-madamente uma hora, a seleção de Samuel Eto’o só desembarcou no aeroporto internacional Eduardo Go-mes às 12h10. O ônibus dos Leões virou atração por onde passou. Na en-trada do hotel Blue Tree Premium, localizado na avenida Umberto Calderaro Filho, bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul da capital, cerca de 30 apaixonados por futebol foram ver de perto os jogadores da se-leção camaronesa.

Mesmo com jogadores conhecidos no futebol eu-ropeu, como o lateral es-

querdo Assou-Ekotto, do Queens Park Rangers–ING, o volante Alex Song, do Bar-celona–ESP e o atacante Webó, do Fenerbahce–TUR, o mais assediado pelos tor-cedores foi o astro Samuel Eto’o, do Chelsea-ING. O ata-cante que formou o ataque histórico do Barcelona em 2006 com Ronaldinho Gaú-cho, chamou a atenção pelo carinho com os torcedores.

Mesmo machucado, o cami-sa 9 e capitão de Camarões, quando ouviu seu nome grita-do pelos fãs, voltou e acenou para eles. Essa atitude encan-tou o garoto Arminio Filho, 13, que chegou cedo para

arrumar um bom local para ver de perto o craque. “Eto’o está de parabéns e espero que sirva de exemplo para todos os outros jogadores. Não custa parar e dar uma atenção aos torcedores”, dis-se o menino, que acredita em um belo duelo pela segunda rodada da primeira fase.

Na segunda-feira, às 16h de ontem, a seleção comandada pelo alemão Volker Finke, fez o reconhecimento do campo de jogo na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Samuel Eto’o afi rmou na segunda-feira que só um milagre para fazê-lo jogar diante dos croatas e ele deve desfalcar os Leões.

Eto’o conquista fãs em Manaus

Simpático, atacante do Chelsea acenou para os torcedores que o tietaram em frente ao hotel

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Seleção camaronesa deve ter o desfalque do seu grande astro, o atacante Samuel Eto’o. Já a Croácia conta com o retorno do atacante do Bayern de Munique, Mario Mandzukic, que cumpriu suspensão

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FICHA TÉCNICACAMARÕESCROÁCIA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Amazônia, em Manaus (AM)

18h

Pedro Proença (Portugal)

Camarões: Charles Itand-je, Cedric Djeugoue, Nicolas N’Koulou, Aurelien Chedjou e Assou Ekotto; Alexandre Song, Eyong Enoh, Benjamin Moukandjo, Stephane M’Bia e Choupo Moting; Vincent Abou-bakar. Técnico: Volker Finke

Croácia: Stipe Pletikosa, Dari-jo Srna, Vedran Corluka, Dejan Lovren e Daniel Pranjic; Ivan Perisic, Luka Modric (Marcelo Brozovic), Mateo Kovacic, Ivan Rakitic, Ivica Olic; Nikica Jelavic. Técnico: Niko Kovac

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Page 4: Pódio - 18 de junho de 2014

E4 E5MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

PAREDÃO MEXICANO

Vindo de uma vitória por 3 a 1 sobre a Croácia, o Brasil encontrou difi cul-dades para se posicio-

nar com o meia Ramires na vaga do atacante Hulk, e levou alguns sustos do México. No fi nal, já com Bernard, Jô e Willian, tentou de todas as formas chegar ao gol. E não conseguiu.

Ainda invicto, o Brasil jogará pela classifi cação às oitavas de fi nal contra Camarões às 16h (de Manaus) de segunda-feira, no Mané Garrincha, enquanto Cro-ácia e México irão se enfrentar na Arena Pernambuco.

Andamento do jogoLuiz Felipe Scolari teve nova-

mente o ambiente que queria para uma partida da seleção brasileira em Copa do Mundo. O já tradicional hino nacional cantado à capela se repetiu no Castelão. A ideia para o jogo contra o México, no entanto, era não repetir também o ner-vosismo dos primeiros minutos da vitória sobre a Croácia.

Não foi possível eliminar qual-quer sinal de ansiedade. A sele-ção deu a saída antes mesmo da autorização do árbitro Cuneyt

Cakir. Er-rou alguns passes no princípio do jogo e não se mostrou ambientada à entra-da de Ramires no lugar de Hulk, contundido. Era tudo o que o México queria para sedimentar a sua fortaleza no Ceará.

Sob os gritos de “sí, se puede” de seus torcedores, em grande número nas arquibancadas, os mexicanos justifi caram o dis-curso do técnico Miguel Herrera e foram ao ataque.

Aos poucos, o Brasil ganhou terreno. O primeiro susto que deu nos mexicanos foi aos 10 minutos, em um cruzamento da esquerda de Oscar. Fred arrematou fi rme, acertando o lado externo da rede

Como o Brasil não se impôs, o México retornou ao campo ofensivo. Peralta, o carrasco bra-sileiro nas últimas Olimpíadas, quase fez fi la dentro da área de Júlio César. Mais tarde, Herrera testou o goleiro com uma fi nali-zação forte, de longe. A seleção só foi responder aos 25 minutos, quando Neymar apareceu bem pela esquerda e permaneceu na área. No cruzamento de Daniel

Alves, a sua cabeçada parou na grande defesa de Ochoa.Felipão tentou contentar os

brasileiros com a “alegria nas pernas” de Bernard, no lugar de Ramires no segundo tempo. Parecia que daria certo. Logo em sua primeira participação, o jogador arrancou em velo-cidade pela direita e fez um bom cruzamento para Neymar, interceptado pela zaga. O que se seguiu, contudo, foi uma série de fi nalizações mexicanas. Com direito a gritos de “olé’ para a troca de passes visitante.

O técnico do Brasil, então, sacou Fred para a entrada de Jô. Aos 23 minutos, estufou o peito para dominar a bola dentro da área e bateu forte, mas em cima de Ochoa. Houve quem berrasse “gol” antes da hora.

Nos minutos fi nais, a seleção brasileira passou a abusar dos lançamentos longos e das jo-gadas aéreas. A última grande oportunidade de gol foi justa-mente pelo alto. Aos 40 minutos, Neymar levantou a bola na área em cobrança de falta da esquer-da, e Thiago Silva não marcou o gol de cabeça porque Ochoa fez outro milagre.

Depois de passar em branco pelo segundo jogo consecutivo, o atacante Fred prometeu balançar as redes contra Camarões na próxima segunda-feira (23), em Brasília, pela últi-ma rodada do Grupo A da Copa do Mundo.

“Vamos fazer os gols novamente. Hoje não deu e na estreia também não. Contra Camarões vai sair”, disse o camisa nove da seleção brasileira, que atuou durante toda a par-tida contra a Croácia e foi substituído por Jô aos 23 minutos da etapa com-plementar contra o México nesta terça-feira (17).

Na Copa das Confedera-ções-2013, Fred também não marcou contra Japão e México. Ele só balançou a rede na terceira rodada, quando o Brasil venceu a seleção italiana.

O atacante do Fluminen-se fez questão também de elogiar o goleiro Ochoa, que fez quatro excelentes defesas no empate contra o México por 0 a 0.

“A gente esperava esse nível de difi culdade. Na Copa das Confederações ganha-mos do México, mas fi zemos o gol (o segundo) no fi nal. Temos que dar parabéns ao goleiro, que fez quatro grandes defesas”, afi rmou.

Fred promete gol contra Camarões

COINCIDÊNCIAAssim como nesta Copa do Mundo, o atacante Fred passou em branco nos dois primeiros jogos da Copa das Confederações do ano passado, mas depois desencantou

Atacante da seleção brasileira, Fred em uma das tentativas de jogada contra o zagueiro mexicano

O lateral esquerdo Mar-celo deixou o jogo contra o México com uma reclama-ção contra a arbitragem. O jogador alegou ter sofri-do um pênalti em disputa no fi m do jogo.

“Eu tinha a posse de bola, e ele me puxou. Se não ti-vesse puxado, eu não falaria que foi pênalti. Estava com a bola na área e, se ele não me puxa, conseguiria seguir e cruzar”, afi rmou.

No momento da jogada, Marcelo reclamou bastante com o árbitro que conside-rou tudo normal. Apesar de irritado com a jogada, Mar-celo não acha que o árbitro tenha se sentido pressiona-do por conta da polêmica que gerou o pênalti sofrido por Fred na estreia.

Marcelo reclama de pênalti

Guillermo Ochoa, que fez pelo menos quatro defesas muito difíceis que impediram gols do Brasil, não sabe o que fará após a Copa do Mundo. Seu contrato com o Ajaccio-FRA se encerrou no fi nal da última temporada europeia e ele não foi contratado por nenhum ou-tro time. Graças a sua atuação pelo México nesta terça, o jogo terminou 0 a 0.

Considerado o melhor jo-gador da partida pela Fifa, Ochoa disse que essa foi a melhor atuação da sua vida. “Acredito que sim. Fazer as defesas na Copa, contra o an-fi trião. Manter esse empate não foi fácil. Estou contente e vou continuar trabalhando. Vou festejar com os colegas”, disse o arqueiro.

O goleiro de 28 anos de-fendia o time francês desde 2011, mas prefere procurar um clube maior e, quem sabe, disputar a Liga dos Campe-ões. O Ajaccio foi rebaixado para a segunda divisão neste ano. Rumores no mercado de transferência dão conta de que o Milan estaria inte-ressado no atleta.

Antes da Copa do Mundo

começar, Ochoa havia co-mentado sobre seu futuro após o Mundial.

“Minha prioridade é perma-necer na França, mas estou aberto a outras propostas. Melhorei bastante nos últi-mos três anos. Mas eu estava acostumado a competições de alto nível quando jogava no México. Eu agora preciso jogar a Liga dos Campeões para ter certeza sobre o meu nível”, disse o goleiro, que foi revelado pelo América-MEX

Ontem (17), em Fortaleza, ele teve uma atuação bri-lhante e mostrou agilidade e um ótimo posicionamento ao defendeu chutes e cabeçadas à queima-roupa dos brasilei-ros. É provável que seu passe tenha se valorizado bastante depois desse jogo.

Ochoa recebeu também muito elogios do técnico Mi-guel Herrera, que admitiu que, antes da Copa, tinha dúvida sobre se daria ou não a vaga de titular ao goleiro. “Eu tinha quatro goleiros em mente, eu decidi os três e depois um para ser titular. Acho que ele apre-sentou a resposta que esperá-vamos”, afi rmou Herrera.

Ochoa está sem clube para jogar

Goleiro mexicano parando o ataque da seleção brasileira durante o jogo no Castelão, em Fortaleza

Lateral esquerdo Marcelo parte para cima dos mar-cadores mexicanos

E4

PAREDÃO MEXICANO

Vindo de uma vitória por Vindo de uma vitória por V3 a 1 sobre a Croácia, o V3 a 1 sobre a Croácia, o VBrasil encontrou difi cul-VBrasil encontrou difi cul-Vdades para se posicio-Vdades para se posicio-Vnar com o meia Ramires na vaga do atacante Hulk, e levou alguns sustos do México. No fi nal, já com Bernard, Jô e Willian, tentou de todas as formas chegar ao gol. E não conseguiu.

Ainda invicto, o Brasil jogará pela classifi cação às oitavas de fi nal contra Camarões às 16h (de Manaus) de segunda-feira, no Mané Garrincha, enquanto Cro-ácia e México irão se enfrentar na Arena Pernambuco.

Andamento do jogoLuiz Felipe Scolari teve nova-

mente o ambiente que queria para uma partida da seleção brasileira em Copa do Mundo. O já tradicional hino nacional cantado à capela se repetiu no Castelão. A ideia para o jogo contra o México, no entanto, era não repetir também o ner-vosismo dos primeiros minutos da vitória sobre a Croácia.

Não foi possível eliminar qual-quer sinal de ansiedade. A sele-ção deu a saída antes mesmo da autorização do árbitro Cuneyt

Cakir. Er-rou alguns passes no princípio do jogo se mostrou ambientada à entra-da de Ramires no lugar de Hulk, contundido. Era tudo o que o México queria para sedimentar a sua fortaleza no Ceará.

Sob os gritos de “sí, se puede” de seus torcedores, em grande número nas arquibancadas, os mexicanos justifi caram o dis-curso do técnico Miguel Herrera e foram ao ataque.

Aos poucos, o Brasil ganhou terreno. O primeiro susto que deu nos mexicanos foi aos 10 minutos, em um cruzamento da esquerda de Oscar. Fred arrematou fi rme, acertando o lado externo da rede

Como o Brasil não se impôs, o México retornou ao campo ofensivo. Peralta, o carrasco bra-sileiro nas últimas Olimpíadas, quase fez fi la dentro da área de Júlio César. Mais tarde, Herrera testou o goleiro com uma fi nali-zação forte, de longe. A seleção só foi responder aos 25 minutos, quando Neymar apareceu bem pela esquerda e permaneceu na área. No cruzamento de Daniel

pernas” de Bernard, no lugar de Ramires no segundo tempo. Parecia que daria certo. Logo em sua primeira participação, o jogador arrancou em velo-cidade pela direita e fez um bom cruzamento para Neymar, interceptado pela zaga. O que se seguiu, contudo, foi uma série de fi nalizações mexicanas. Com direito a gritos de “olé’ para a troca de passes visitante.

O técnico do Brasil, então, sacou Fred para a entrada de Jô. Aos 23 minutos, estufou o peito para dominar a bola dentro da área e bateu forte, mas em cima de Ochoa. Houve quem berrasse “gol” antes da hora.

Nos minutos fi nais, a seleção brasileira passou a abusar dos lançamentos longos e das jo-gadas aéreas. A última grande oportunidade de gol foi justa-mente pelo alto. Aos 40 minutos, Neymar levantou a bola na área em cobrança de falta da esquer-da, e Thiago Silva não marcou o gol de cabeça porque Ochoa fez outro milagre.

FICHA TÉCNICABRASILMÉXICO

Local:

Árbitro:

Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)

Cuneyt Cakir (Turquia)

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Pauli-nho, Ramires (Bernard) e Oscar (Willian); Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari

México: Ochoa; Rodríguez, Héctor Moreno e Rafa Már-quez; Aguilar, Herrera (Fabián), Vásquez, Guardado e Layún; Giovani dos Santos (Jiménez) e Peralta (Chicharito Hernández). Técnico: Miguel Herrera

Cartões: Ramires e Thiago Silva (Brasil); Aguilar e Vázquez (México) (A)

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Cakir. Er-rou alguns passes no princípio do jogo e não se mostrou ambientada à entra-

Alves, a sua cabeçada parou na grande defesa de Ochoa.Felipão tentou contentar os

brasileiros com a “alegria nas pernas” de Bernard, no lugar

Paulo Vinícius Coelho

Show de horrores

Oscar de um lado, Ramires do outro e Paulinho perdendo bolas: distância demais.

O time ia mal no primeiro tempo contra o México e Felipão piorou as coisas no intervalo. Trocar Ramires por Bernard e não por William espalhou ainda mais a equipe. A necessidade era de ganhar o meio de campo e o treinador quis atacar num 4-3-3. A seleção perdeu o meio de vez.

Só melhorou um pouco quando voltou ao 4-2-3-1, com Oscar pela direita, Neymar pelo meio, Bernard à esquerda. A partir dos 20 minutos da segunda etapa, o futebol seguiu fraco, mas pelo menos a posse de bola voltou a ser brasileira.

Os problemas são mais graves do que pareciam contra a Croá-cia. Os mais talentosos não se aproximam, não se procuram e faltam opções de passe. Oscar

deu sinal na estreia de que poderia jogar na mesma altura de Neymar.

Quem sabe, ter uma dupla como houve em 1994, com Be-beto e Romário, ou em 2002, com Rivaldo e Ronaldo. Con-tra o México nem Oscar nem Neymar. A única dupla à altura da expectativa é Thiago Silva e David Luiz. O capitão foi o melhor em campo. Luiz Gustavo acompanhou o nível.

É fundamental trabalhar mais do que se tem trabalhado em Teresópolis para reorganizar a equipe taticamente. Para agrupar os principais jogado-res, tê-los próximos uns dos outros para oferecer opções de passe. Mesmo isso pode representar problemas, porque quem pode trocar passes anda perdendo a bola demais. Os-car, Paulinho... Até Neymar e Felipão erraram.

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

O excesso de juventude dá medo de cair nas semifi nais. O mau futebol dá susto e receio de fi car nas oitavas O time ia mal no pri-meiro tempo contra o México e Felipão pio-rou as coisas no in-tervalo. Trocar Rami-res por Bernard e não por William espalhou ainda mais a equipe

JUCA KFOURI

O jogo do contente

O 0 A 0 no Castelão frustrou.Frustrou tanto que à medida que o

jogo correu a torcida mexicana, talvez 1/4 do estádio cearense, fez-se muito mais presente que a brasileira, embate que começou também em empate já nos hinos a capela.

Os mexicanos jogaram como pro-meteram, sem medo, com momentos de absoluta iniciativa no jogo dispu-tado palmo a palmo, mais coração que técnica.

O melhor jogador em campo não

foi nem Neymar, nem Peralta, nem David Luiz, nem Rafa Marquez, embora, desses quatro, só o artilheiro mexicano tenha ido mal, como seu parceiro de profi ssão, Fred.

O melhor jogador em campo foi mesmo o goleiro mexicano Guillermo Ochoa, 28 anos, que defende o pequeno Ajaccio francês e defendeu quatro bolas com o endereço da vitória brasileira.

Que efeito terá o empate? O efeito dos pés no chão, enquanto voam os alemães, os holandeses e os italianos,

para não falar dos argentinos que venceram modestamente a Bósnia.

Causará desalento na torcida bala-deira do Brasil? Pode ser, mas o próximo jogo, contra Camarões, será em Brasí-lia, com outro clima, outra expectativa. Fosse de novo em Fortaleza, aí sim, poderia haver problema.

A seleção tem um jogo bem menos complicado contra Camarões que o México, rival da Croácia. O primeiro lugar do grupo segue bem encaminha-do, mesmo que agora seja necessário

administrar a frustração do Castelão.Em 1958, o segundo jogo, contra a

Inglaterra, terminou também sem gols. Em 1962, no bi, repetiu-se a história contra a Tchecoslováquia, 0 a 0 no segundo jogo.

Não foi bom, fi camos todos com gosto de cabo de guarda-chuva, mas também não foi o fi m do mundo.

O pior é que alguma coisa estava no ar indicando que o jogo seria o que foi para esta seleção brasileira que é muito mais transpiração que inspiração

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

O México teve mais iniciativa que o Brasil que, apesar disso, criou quatro ótimas chances de gol O melhor jogador em

campo foi mesmo o go-leiro mexicano Guillermo Ochoa, 28 anos, que de-fende o pequeno Ajaccio francês e defendeu quatro bolas com o endereço da vitória brasileira

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Guillermo Ochoa foi escolhido o melhor jogador da partida e fez, pelo menos, quatro ótimas defesas, ajudando o México a segurar o 0 a 0 contra os brasileiros

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E4 E5MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

PAREDÃO MEXICANO

Vindo de uma vitória por 3 a 1 sobre a Croácia, o Brasil encontrou difi cul-dades para se posicio-

nar com o meia Ramires na vaga do atacante Hulk, e levou alguns sustos do México. No fi nal, já com Bernard, Jô e Willian, tentou de todas as formas chegar ao gol. E não conseguiu.

Ainda invicto, o Brasil jogará pela classifi cação às oitavas de fi nal contra Camarões às 16h (de Manaus) de segunda-feira, no Mané Garrincha, enquanto Cro-ácia e México irão se enfrentar na Arena Pernambuco.

Andamento do jogoLuiz Felipe Scolari teve nova-

mente o ambiente que queria para uma partida da seleção brasileira em Copa do Mundo. O já tradicional hino nacional cantado à capela se repetiu no Castelão. A ideia para o jogo contra o México, no entanto, era não repetir também o ner-vosismo dos primeiros minutos da vitória sobre a Croácia.

Não foi possível eliminar qual-quer sinal de ansiedade. A sele-ção deu a saída antes mesmo da autorização do árbitro Cuneyt

Cakir. Er-rou alguns passes no princípio do jogo e não se mostrou ambientada à entra-da de Ramires no lugar de Hulk, contundido. Era tudo o que o México queria para sedimentar a sua fortaleza no Ceará.

Sob os gritos de “sí, se puede” de seus torcedores, em grande número nas arquibancadas, os mexicanos justifi caram o dis-curso do técnico Miguel Herrera e foram ao ataque.

Aos poucos, o Brasil ganhou terreno. O primeiro susto que deu nos mexicanos foi aos 10 minutos, em um cruzamento da esquerda de Oscar. Fred arrematou fi rme, acertando o lado externo da rede

Como o Brasil não se impôs, o México retornou ao campo ofensivo. Peralta, o carrasco bra-sileiro nas últimas Olimpíadas, quase fez fi la dentro da área de Júlio César. Mais tarde, Herrera testou o goleiro com uma fi nali-zação forte, de longe. A seleção só foi responder aos 25 minutos, quando Neymar apareceu bem pela esquerda e permaneceu na área. No cruzamento de Daniel

Alves, a sua cabeçada parou na grande defesa de Ochoa.Felipão tentou contentar os

brasileiros com a “alegria nas pernas” de Bernard, no lugar de Ramires no segundo tempo. Parecia que daria certo. Logo em sua primeira participação, o jogador arrancou em velo-cidade pela direita e fez um bom cruzamento para Neymar, interceptado pela zaga. O que se seguiu, contudo, foi uma série de fi nalizações mexicanas. Com direito a gritos de “olé’ para a troca de passes visitante.

O técnico do Brasil, então, sacou Fred para a entrada de Jô. Aos 23 minutos, estufou o peito para dominar a bola dentro da área e bateu forte, mas em cima de Ochoa. Houve quem berrasse “gol” antes da hora.

Nos minutos fi nais, a seleção brasileira passou a abusar dos lançamentos longos e das jo-gadas aéreas. A última grande oportunidade de gol foi justa-mente pelo alto. Aos 40 minutos, Neymar levantou a bola na área em cobrança de falta da esquer-da, e Thiago Silva não marcou o gol de cabeça porque Ochoa fez outro milagre.

Depois de passar em branco pelo segundo jogo consecutivo, o atacante Fred prometeu balançar as redes contra Camarões na próxima segunda-feira (23), em Brasília, pela últi-ma rodada do Grupo A da Copa do Mundo.

“Vamos fazer os gols novamente. Hoje não deu e na estreia também não. Contra Camarões vai sair”, disse o camisa nove da seleção brasileira, que atuou durante toda a par-tida contra a Croácia e foi substituído por Jô aos 23 minutos da etapa com-plementar contra o México nesta terça-feira (17).

Na Copa das Confedera-ções-2013, Fred também não marcou contra Japão e México. Ele só balançou a rede na terceira rodada, quando o Brasil venceu a seleção italiana.

O atacante do Fluminen-se fez questão também de elogiar o goleiro Ochoa, que fez quatro excelentes defesas no empate contra o México por 0 a 0.

“A gente esperava esse nível de difi culdade. Na Copa das Confederações ganha-mos do México, mas fi zemos o gol (o segundo) no fi nal. Temos que dar parabéns ao goleiro, que fez quatro grandes defesas”, afi rmou.

Fred promete gol contra Camarões

COINCIDÊNCIAAssim como nesta Copa do Mundo, o atacante Fred passou em branco nos dois primeiros jogos da Copa das Confederações do ano passado, mas depois desencantou

Atacante da seleção brasileira, Fred em uma das tentativas de jogada contra o zagueiro mexicano

O lateral esquerdo Mar-celo deixou o jogo contra o México com uma reclama-ção contra a arbitragem. O jogador alegou ter sofri-do um pênalti em disputa no fi m do jogo.

“Eu tinha a posse de bola, e ele me puxou. Se não ti-vesse puxado, eu não falaria que foi pênalti. Estava com a bola na área e, se ele não me puxa, conseguiria seguir e cruzar”, afi rmou.

No momento da jogada, Marcelo reclamou bastante com o árbitro que conside-rou tudo normal. Apesar de irritado com a jogada, Mar-celo não acha que o árbitro tenha se sentido pressiona-do por conta da polêmica que gerou o pênalti sofrido por Fred na estreia.

Marcelo reclama de pênalti

Guillermo Ochoa, que fez pelo menos quatro defesas muito difíceis que impediram gols do Brasil, não sabe o que fará após a Copa do Mundo. Seu contrato com o Ajaccio-FRA se encerrou no fi nal da última temporada europeia e ele não foi contratado por nenhum ou-tro time. Graças a sua atuação pelo México nesta terça, o jogo terminou 0 a 0.

Considerado o melhor jo-gador da partida pela Fifa, Ochoa disse que essa foi a melhor atuação da sua vida. “Acredito que sim. Fazer as defesas na Copa, contra o an-fi trião. Manter esse empate não foi fácil. Estou contente e vou continuar trabalhando. Vou festejar com os colegas”, disse o arqueiro.

O goleiro de 28 anos de-fendia o time francês desde 2011, mas prefere procurar um clube maior e, quem sabe, disputar a Liga dos Campe-ões. O Ajaccio foi rebaixado para a segunda divisão neste ano. Rumores no mercado de transferência dão conta de que o Milan estaria inte-ressado no atleta.

Antes da Copa do Mundo

começar, Ochoa havia co-mentado sobre seu futuro após o Mundial.

“Minha prioridade é perma-necer na França, mas estou aberto a outras propostas. Melhorei bastante nos últi-mos três anos. Mas eu estava acostumado a competições de alto nível quando jogava no México. Eu agora preciso jogar a Liga dos Campeões para ter certeza sobre o meu nível”, disse o goleiro, que foi revelado pelo América-MEX

Ontem (17), em Fortaleza, ele teve uma atuação bri-lhante e mostrou agilidade e um ótimo posicionamento ao defendeu chutes e cabeçadas à queima-roupa dos brasilei-ros. É provável que seu passe tenha se valorizado bastante depois desse jogo.

Ochoa recebeu também muito elogios do técnico Mi-guel Herrera, que admitiu que, antes da Copa, tinha dúvida sobre se daria ou não a vaga de titular ao goleiro. “Eu tinha quatro goleiros em mente, eu decidi os três e depois um para ser titular. Acho que ele apre-sentou a resposta que esperá-vamos”, afi rmou Herrera.

Ochoa está sem clube para jogar

Goleiro mexicano parando o ataque da seleção brasileira durante o jogo no Castelão, em Fortaleza

Lateral esquerdo Marcelo parte para cima dos mar-cadores mexicanos

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PAREDÃO MEXICANO

Vindo de uma vitória por Vindo de uma vitória por V3 a 1 sobre a Croácia, o V3 a 1 sobre a Croácia, o VBrasil encontrou difi cul-VBrasil encontrou difi cul-Vdades para se posicio-Vdades para se posicio-Vnar com o meia Ramires na vaga do atacante Hulk, e levou alguns sustos do México. No fi nal, já com Bernard, Jô e Willian, tentou de todas as formas chegar ao gol. E não conseguiu.

Ainda invicto, o Brasil jogará pela classifi cação às oitavas de fi nal contra Camarões às 16h (de Manaus) de segunda-feira, no Mané Garrincha, enquanto Cro-ácia e México irão se enfrentar na Arena Pernambuco.

Andamento do jogoLuiz Felipe Scolari teve nova-

mente o ambiente que queria para uma partida da seleção brasileira em Copa do Mundo. O já tradicional hino nacional cantado à capela se repetiu no Castelão. A ideia para o jogo contra o México, no entanto, era não repetir também o ner-vosismo dos primeiros minutos da vitória sobre a Croácia.

Não foi possível eliminar qual-quer sinal de ansiedade. A sele-ção deu a saída antes mesmo da autorização do árbitro Cuneyt

Cakir. Er-rou alguns passes no princípio do jogo se mostrou ambientada à entra-da de Ramires no lugar de Hulk, contundido. Era tudo o que o México queria para sedimentar a sua fortaleza no Ceará.

Sob os gritos de “sí, se puede” de seus torcedores, em grande número nas arquibancadas, os mexicanos justifi caram o dis-curso do técnico Miguel Herrera e foram ao ataque.

Aos poucos, o Brasil ganhou terreno. O primeiro susto que deu nos mexicanos foi aos 10 minutos, em um cruzamento da esquerda de Oscar. Fred arrematou fi rme, acertando o lado externo da rede

Como o Brasil não se impôs, o México retornou ao campo ofensivo. Peralta, o carrasco bra-sileiro nas últimas Olimpíadas, quase fez fi la dentro da área de Júlio César. Mais tarde, Herrera testou o goleiro com uma fi nali-zação forte, de longe. A seleção só foi responder aos 25 minutos, quando Neymar apareceu bem pela esquerda e permaneceu na área. No cruzamento de Daniel

pernas” de Bernard, no lugar de Ramires no segundo tempo. Parecia que daria certo. Logo em sua primeira participação, o jogador arrancou em velo-cidade pela direita e fez um bom cruzamento para Neymar, interceptado pela zaga. O que se seguiu, contudo, foi uma série de fi nalizações mexicanas. Com direito a gritos de “olé’ para a troca de passes visitante.

O técnico do Brasil, então, sacou Fred para a entrada de Jô. Aos 23 minutos, estufou o peito para dominar a bola dentro da área e bateu forte, mas em cima de Ochoa. Houve quem berrasse “gol” antes da hora.

Nos minutos fi nais, a seleção brasileira passou a abusar dos lançamentos longos e das jo-gadas aéreas. A última grande oportunidade de gol foi justa-mente pelo alto. Aos 40 minutos, Neymar levantou a bola na área em cobrança de falta da esquer-da, e Thiago Silva não marcou o gol de cabeça porque Ochoa fez outro milagre.

FICHA TÉCNICABRASILMÉXICO

Local:

Árbitro:

Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)

Cuneyt Cakir (Turquia)

Brasil: Júlio César; Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva e Marcelo; Luiz Gustavo, Pauli-nho, Ramires (Bernard) e Oscar (Willian); Neymar e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari

México: Ochoa; Rodríguez, Héctor Moreno e Rafa Már-quez; Aguilar, Herrera (Fabián), Vásquez, Guardado e Layún; Giovani dos Santos (Jiménez) e Peralta (Chicharito Hernández). Técnico: Miguel Herrera

Cartões: Ramires e Thiago Silva (Brasil); Aguilar e Vázquez (México) (A)

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Cakir. Er-rou alguns passes no princípio do jogo e não se mostrou ambientada à entra-

Alves, a sua cabeçada parou na grande defesa de Ochoa.Felipão tentou contentar os

brasileiros com a “alegria nas pernas” de Bernard, no lugar

Paulo Vinícius Coelho

Show de horrores

Oscar de um lado, Ramires do outro e Paulinho perdendo bolas: distância demais.

O time ia mal no primeiro tempo contra o México e Felipão piorou as coisas no intervalo. Trocar Ramires por Bernard e não por William espalhou ainda mais a equipe. A necessidade era de ganhar o meio de campo e o treinador quis atacar num 4-3-3. A seleção perdeu o meio de vez.

Só melhorou um pouco quando voltou ao 4-2-3-1, com Oscar pela direita, Neymar pelo meio, Bernard à esquerda. A partir dos 20 minutos da segunda etapa, o futebol seguiu fraco, mas pelo menos a posse de bola voltou a ser brasileira.

Os problemas são mais graves do que pareciam contra a Croá-cia. Os mais talentosos não se aproximam, não se procuram e faltam opções de passe. Oscar

deu sinal na estreia de que poderia jogar na mesma altura de Neymar.

Quem sabe, ter uma dupla como houve em 1994, com Be-beto e Romário, ou em 2002, com Rivaldo e Ronaldo. Con-tra o México nem Oscar nem Neymar. A única dupla à altura da expectativa é Thiago Silva e David Luiz. O capitão foi o melhor em campo. Luiz Gustavo acompanhou o nível.

É fundamental trabalhar mais do que se tem trabalhado em Teresópolis para reorganizar a equipe taticamente. Para agrupar os principais jogado-res, tê-los próximos uns dos outros para oferecer opções de passe. Mesmo isso pode representar problemas, porque quem pode trocar passes anda perdendo a bola demais. Os-car, Paulinho... Até Neymar e Felipão erraram.

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

O excesso de juventude dá medo de cair nas semifi nais. O mau futebol dá susto e receio de fi car nas oitavas O time ia mal no pri-meiro tempo contra o México e Felipão pio-rou as coisas no in-tervalo. Trocar Rami-res por Bernard e não por William espalhou ainda mais a equipe

JUCA KFOURI

O jogo do contente

O 0 A 0 no Castelão frustrou.Frustrou tanto que à medida que o

jogo correu a torcida mexicana, talvez 1/4 do estádio cearense, fez-se muito mais presente que a brasileira, embate que começou também em empate já nos hinos a capela.

Os mexicanos jogaram como pro-meteram, sem medo, com momentos de absoluta iniciativa no jogo dispu-tado palmo a palmo, mais coração que técnica.

O melhor jogador em campo não

foi nem Neymar, nem Peralta, nem David Luiz, nem Rafa Marquez, embora, desses quatro, só o artilheiro mexicano tenha ido mal, como seu parceiro de profi ssão, Fred.

O melhor jogador em campo foi mesmo o goleiro mexicano Guillermo Ochoa, 28 anos, que defende o pequeno Ajaccio francês e defendeu quatro bolas com o endereço da vitória brasileira.

Que efeito terá o empate? O efeito dos pés no chão, enquanto voam os alemães, os holandeses e os italianos,

para não falar dos argentinos que venceram modestamente a Bósnia.

Causará desalento na torcida bala-deira do Brasil? Pode ser, mas o próximo jogo, contra Camarões, será em Brasí-lia, com outro clima, outra expectativa. Fosse de novo em Fortaleza, aí sim, poderia haver problema.

A seleção tem um jogo bem menos complicado contra Camarões que o México, rival da Croácia. O primeiro lugar do grupo segue bem encaminha-do, mesmo que agora seja necessário

administrar a frustração do Castelão.Em 1958, o segundo jogo, contra a

Inglaterra, terminou também sem gols. Em 1962, no bi, repetiu-se a história contra a Tchecoslováquia, 0 a 0 no segundo jogo.

Não foi bom, fi camos todos com gosto de cabo de guarda-chuva, mas também não foi o fi m do mundo.

O pior é que alguma coisa estava no ar indicando que o jogo seria o que foi para esta seleção brasileira que é muito mais transpiração que inspiração

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

O México teve mais iniciativa que o Brasil que, apesar disso, criou quatro ótimas chances de gol O melhor jogador em

campo foi mesmo o go-leiro mexicano Guillermo Ochoa, 28 anos, que de-fende o pequeno Ajaccio francês e defendeu quatro bolas com o endereço da vitória brasileira

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Guillermo Ochoa foi escolhido o melhor jogador da partida e fez, pelo menos, quatro ótimas defesas, ajudando o México a segurar o 0 a 0 contra os brasileiros

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Page 6: Pódio - 18 de junho de 2014

E6 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Com ‘frango’, Rússia só empataCom um “frangaço” de Akin-

feev, a seleção russa decep-cionou em sua estreia na Copa do Mundo e encontrou bastante difi culdade para ar-rancar um empate da Coreia do Sul, em Cuiabá (MT). O time dirigido por Fabio Ca-pello saiu atrás e defi niu o 1 a 1 com um gol marcado por Kerzhakov em posição, no mínimo, duvidosa.

Após um mau primeiro tem-po, o jogo cresceu na volta do intervalo. Os asiáticos bus-caram o ataque e saíram na frente com Lee Keun-Ho, em um frango de Akinfeev. Cinco minutos depois, aos 28, Ker-zakhov aproveitou bola que pipocava na pequena área para evitar uma zebra maior na Arena Pantanal.

O resultado deixou a Bélgica isolada na liderança do Grupo H. Ela é a próxima adversária da Rússia, em confronto mar-cado para o próximo domingo, no estádio do Maracanã. A Co-reia do Sul tentará alimentar o seu sonho de classifi cação às oitavas de fi nal enfrentando a Argélia, também no domingo, no Beira-Rio.

Pouco futebol As defesas se sobrepuse-

ram aos ataques durante os 45 minutos iniciais em Cuiabá. A Rússia tinha mais posse de bola, mas encon-trava enorme dificuldade para superar as duas linhas de marcação sul-coreanas. Os asiáticos preferiam con-tra-atacar, apostando espe-

cialmente na velocidade de Son Heung-Min.

Frango e gol polêmicoApós decepcionante atu-

ação no primeiro tempo, a Rússia começou a etapa fi nal atacando, levando perigo em chute de fora de Fayzulin e em cabeceio de Berezutskiy. Mas não demorou para que os sul-coreanos passassem a frequentar com assiduidade o campo de ataque.

Koo e Ki Sung-Yueng fi ze-ram Akinfeev mostrar inse-gurança em chutes de fora da área. Kombarov fez o mesmo com Jung do outro lado. A essa altura, cada técnico já havia feito uma substitui-ção. Capello botou Dzagoev, e Hong teve mais resultado

imediato com Lee Keun-Ho.Aos 23 minutos, o atacante

partiu em velocidade, marca-do por Ignashevich e resolveu bater de fora da área. Não era uma defesa difícil para Akinfeev, que cumpriu o que vinha prometendo e viu a bola passar entre seus dedos. Aí, Capello buscou o ataque com Kerzhakov e Denisov.

O empate chegou cinco minutos depois, em jogada confusa na área sul-core-ana. Após uma vantagem bem concedida pelo árbitro, Dzagoev fi nalizou dentro da área, para boa defesa de Jung. A zaga cortou e a bola bateu em Eshchenko antes de sobrar para Kerzhakov, que dominou em posição duvidosa e bateu rasteiro.Kerzhakov, atacante da Rússia, comemora seu gol na partida

MARCELLO ZAMBRANA/GAZETAPRESS

FALHA

Sensação nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo, a seleção belga não teve boa atuação contra os argelinos

Bélgica sofre, mas bate Argélia de viradaSensação nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo, a seleção belga não teve boa atuação contra os argelinos

Bélgica sofre, mas bate Argélia de virada

A Bélgica passou fácil pelas eliminatórias européias e chegou ao Brasil como a sele-

ção que poderia surpreender na Copa do Mundo, mas logo na estreia a equipe encontrou muitas difi culdades. Toma-ram um susto da Argélia e só conseguiram a virada no segundo tempo, vencendo por 2 a 1, em jogo realizado ontem (17), no Mineirão.

O gol da Argélia foi marca-do por Feghouli em cobrança de pênalti. Fellaini e Mertens fi zeram os gols da virada belga. Hazard apareceu bem no lance do segundo gol, mas fi cou pre-so no lado esquerdo do campo, produzindo muito pouco.

Na sequência da Copa, a Bélgica terá pela frente os russos, duelo marcado para o próximo domingo, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. Já a Argélia vai medir forças contra a Coreia do Sul, con-fronto também no domingo, só que no estádio Beira Rio, em Porto Alegre.

O jogoTocando a bola com quali-

dade, a Argélia dominou as ações no meio-campo, obri-gando os Red Devills a recuar as linhas de marcação. O técnico Marc Wilmots pare-cia não acreditar no que via e passou a gesticular com

os comandados, pedindo o avanço para o campo ofen-sivo. A partir dos 15 minu-tos, os belgas conseguiram equilibrar as ações, mas com pouca objetividade.

Aos 17, Mahrez teve uma boa chance, porém, com a pontaria descalibrada errou o alvo na primeira chance do jogo em favor da Argélia.

A Bélgica conseguiu dar a resposta em um bom chute de fora da área de Witsel, obrigando o goleiro Mbolhi a fazer boa defesa. Aos 23, o Mineirão explodiu em alegria quando Vertonghen derrubou o atacante argelino dentro da área, o árbitro mexicano Mar-co Rodríguez não titubeou e marcou pênalti. Na cobrança, Feghouli descolou Courtois, para abrir o placar.

Com Hazard apagado, Wit-sel foi quem mais tentou algu-ma coisa em jogadas individu-ais, mas com pouco brilho.

Depois de 45 minutos apá-ticos, a seleção europeia pa-rece ter acordado no jogo e começou melhor o segundo tempo, mas ainda com difi -culdades para furar o blo-queio armado pelo técnico Vahid Halilhodzic.

As jogadas de bola parada e chutes de fora da área foram a principal arma dos belgas. Discreto, Hazard tentou al-guns lances, mas fi cou muito

distante do jogador que costuma dese-quilibrar as partidas do Chelsea-ING.

Aos 21, os belgas ainda tiveram uma boa chance com Origi, que saiu na cara do goleiro Mbolhi, que fez a defesa com os pés. No mo-mento mais crítico para a Bélgica, De B r u y n e c r u z o u da es-quer-da e Fellai-ni, que tinha acabado de entrar desviou de cabeça, em-patando o jogo no Mineirão e renovando as esperança do time europeu.Com o empate a Bélgi-ca se lançou toda à frente para buscar a vi-rada, que aconteceu aos 34, quando Hazard arrancou em velocidade pela esquerda e deu assistência perfeita para Mertens encher o pé na saída do goleiro argelino virando o placar e estreando com vitó-ria na Copa do Mundo.

WASHIGTONALVES/GAZETA

Meia Axel Wit-sel em disputa

de bola na vitó-ria da Bélgica

sobre a Argélia

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E7MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

FERN

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FICHA TÉCNICAESPANHACHILE

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h (de Manaus)

Mark Geiger (Esta-dos Unidos)

ESPANHA: Iker Casillas, Cesar Azpilicueta, Sergio Ramos, Gerard Piqué (Javi Martínez) e Jordi Alba; Xabi Alonso (Koke), Sergio Bus-quets, Xavi (Pedro), Andrés Iniesta e David Silva; Diego Costa Técnico: Vicente Del BosqueCHILE: Claudio Bravo, Mauricio Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara e Eugenio Mena; Charles Aránguiz, Marcelo Díaz, Arturo Vidal (Francisco Silva) e Jorge Valdívia; Alexis Sánchez e Eduardo Vargas Técnico: Jorge Sampaol

Espanha mede forças com o ChileHumilhada na derrota por

5 a 1 para a Holanda em na estreia, a atual campeã Es-panha tenta evitar uma ver-gonha ainda maior hoje (18), quando encara o Chile às 15h (de Manaus), no Maracanã, pela segunda rodada do Gru-po B. Os espanhóis buscam os primeiros pontos, mas em caso de uma nova derrota amargarão uma queda an-tecipada, a exemplo do que aconteceu com a Itália há 4 anos. A Azzurra, campeã em 2006, foi eliminada na etapa de grupos na África do Sul. Já os chilenos, empolgados após triunfo por 3 a 1 sobre a Austrália, poderão garan-tir a vaga nas oitavas em caso de vitória e um tropeço da Austrália.

Vicente Del Bosque, técnico da Espanha, trabalhou nos últimos dias o psicológico dos atletas, tentando mostrar aos jogadores que o ocorrido diante da Holanda foi apenas um acidente.

“Conto com jogadores expe-rientes, capazes de conseguir transformar aquilo que acon-teceu diante da Holanda em motivação para somarmos três pontos e seguirmos na briga pela classifi cação. Não quere-mos uma eliminação precoce e não trabalhamos com essa pos-sibilidade, mesmo respeitando os nossos adversários”, disse.

Confi ança realmente é a pa-

lavra de ordem que os espa-nhóis pretendem utilizar para superar os chilenos.

“Acredito que podemos nos classifi car e os espanhóis sa-bem que temos condições para isso. Por conta de um jogo não se pode apagar tudo aquilo que este time vem conseguin-do fazer há mais de 4 anos. Foram duas Eurocopas, uma Copa do Mundo e jogos mar-cantes. Temos um estilo de jogo

defi nido, qualidade técnica e não desaprendemos de uma hora para outra”, disse o meia Sérgio Busquets.

Apesar do excesso de con-fi ança, Del Bosque já avisou que pretende promover mu-danças na equipe. A estratégia é tornar o time mais veloz e com mais pegada de marca-ção. O volante Xabi Alonso e o meia Xavi deverão perder espaço para Koke e Pedro,

respectivamente. Na zaga, o experiente Gerard Piqué, em má fase, pode ser barrado para a entrada de Javi Martínez.

Pelo lado do Chile, existe a clara intenção de se tirar proveito de um pos-sível desespero espanhol. “Acredito que a Espanha vai partir com tudo em busca de gols, pois sabe que apenas a vitória in-teressa. A nossa equipe precisa ser inteligente e saber lidar com esta situação. Até por-que nós temos também um estilo que pre-vê o ataque e se tiver-mos espa-ços para desen-volver nosso t r a -ba lho a par-t i d a p o d e se tor-nar ain-da mais interes-sante” , disse o técnico J o r g e Sampa-oli.

CABISBAIXA

INVASÃOA seleção chilena jogará praticamen-te em casa contra a Espanha no Maracanã. Asssim como aconte-ceu com a Agentina, os chilenos invadiram o Rio de Janeiro para incentivar sua seleção

O goleiro Casillas foi um dos piores em campo contra a Holanda

Holanda quer fazer da Austrália sua nova vítimaApós golear a atual campeão Espanha por 5 a 1 na estreia da Copa do Mundo, os comandados de Louis Van Gaal buscam novo triunfo diante dos cangurus

Grande sensação da Copa do Mundo de 2014 até o momen-to, após ter goleado a

campeã Espanha por 5 a 1, a Holanda quer fazer uma nova vítima hoje (18), às 12h (de Ma-naus), quando mede forças com a Austrália no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre-RS. Os austra-lianos surgem como azarões neste confronto, ainda mais de-pois de terem sido derrotados

por 3 a 1 pelo Chile na estreia. Caso somem mais três pontos, os holandeses podem garantir a classifi cação para as oitavas de fi nal de maneira antecipada, desde que os espanhóis não superem os chilenos, em duelo também nesta quarta-feira.

Apesar do excelente começo de caminhada, o técnico da Holanda, Louis Van Gaal, prefere ser cauteloso ao analisar o duelo contra a Austrália e não fala em uma nova goleada.

“Não podemos esperar que todos os jogos as coisas aconteçam conforme aconte-ceu diante da Espanha. Nem sempre tudo vai dar certo e o importante é estar preparado, com a ciência de que tem do outro lado do campo um time capaz de nos criar difi culdades e problemas”, disse.

Os jogadores holandeses fazem coro com o coman-dante e pregam respeito aos australianos.

“A Austrália tem condições de engrossar o jogo, pois é um time que corre muito e nunca desiste do resultado, mesmo quando está per-dendo e o quadro parece defi nitivo. Isso sem falar que tem uma jogada aé-rea muito difícil de ser neutralizada”, analisou o goleiro Jasper Cillessen.

Pelo lado da Austrália, o técnico Ange Postecoglou adota um discurso otimista, le-

vantando a bola de seus comandados.

“Dentro de campo são onze contra onze e só consideraria um time inven-cível se ele entrasse em campo com um número muito superior de jogadores. A Austrália não chegou a esta Copa do Mun-do por acaso e não estamos aqui para fazer turismo e sim para lutarmos por algo a mais. Confi o que podemos fazer um grande jogo e surpreendermos a Holanda”, falou.

O único desfalque para a par-tida é o lateral direito da Austrá-lia Ivan Franjic, fora por lesão na coxa esquerda. Ryan McGowan será o seu substituto.

FICHA TÉCNICAAUSTRÁLIAHOLANDA

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)12h (de Manaus)

Djamel Haimoudi (Argélia)

AUSTRÁLIA: Matthew Ryan, Ryan McGowan, Alex Wilkinson, Matthew Spiranovic e Jason Davidson; Mile Jedinak, Mark Milligan, Mathew Leckie, Mark Bresciano e Tommy Oar; Tim CahillTécnico: Ange PostecoglouHOLANDA: Jasper Cillessen, Daryl Janmaat, De Vrij, Ron Vlaar e Bruno Martins Indi; De Jong, Daley Blind, De Guzmán e Wesley Sneijder; Arjen Robben e Van PersieTécnico: Louis Van Gaal

Escolhido melhor jogador na goleada em cima da Espe-

nha, Robben quer repitir o

feito contra os australianos

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E8 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

O imponderável vol-tou a deixar suas marcas numa Copa do Mundo. Quatro

anos depois de o Brasil ver o título escapar diante do Uruguai,foi a vez de uma das supremacias mais incontes-táveis da história do futebol ruir diante da força física e da obstinação dos alemães. A poderosa Hungria, campeã olímpica em 1952 e dona de um futebol extremamente ofensivo e efi ciente, chegou à fi nal do torneio com uma marca invejável: 31 jogos de invencibilidade e o retros-pecto de uma goleada por 8 a 3 diante dos mesmos alemães na primeira fase.

A maior estrela húngara era Ferenc Puskas, o “Major Galopante”. A seleção coman-dada por Gusztav Sebes tinha outros jogadores de extremo talento. Além de Puskás, des-tacavam-se os atacantes San-dor Kocsis e Nandor Hidegkuti e o meia Jozsef Bozsik.

Na fase inicial, em cada gru-po de quatro países, os dois cabeças de chave enfrenta-vam somente as duas outras seleções e não jogavam entre si. Assim, o técnico da Ale-manha, Sepp Herberger, foi para o jogo contra a Hungria sabendo que poderia perder e ainda assim se classifi car em segundo lugar se derrotasse em um jogo extra a outra

cabeça de chave, a Turquia, que os alemães já tinham vencido por 4 a 1. Herberger fez sete mudanças, assistiu a uma sonora goleada diante da Hungria, mas levou uma equipe muito mais forte a vencer por 7 a 2 o jogo extra diante da Turquia para chegar às quartas de fi nal.

Chuva de golsCom 41 gols somente no

grupo da Hungria, a com-petição em solo suíço foi a edição da Copa do Mundo com o maior número de gols mar-cados. Em 26 jogos, as redes balançaram 140 vezes, com uma média superior a cinco por partida. Outro recorde foi o de 12 gols em apenas um jogo, no confronto entre Suíça e Áustria nas quartas de fi nal. Os donos da casa fi zeram 3 a 0 em 19 minutos, tomaram cinco gols em um período de apenas dez minutos antes do intervalo e acabaram perden-do por incríveis 7 a 5.

O “Milagre de Berna”A fi nal foi disputada em

um encharcado estádio Wankdorf no dia 4 de julho de 1954. As condições do tempo eram um bom presságio para a Alemanha Ocidental, pois o capitão e meio-campista artilheiro Fritz Walter tinha notórios problemas com o calor após ter sofrido com

a malária durante a guerra. Os torcedores alemães come-moraram o que chamaram de “clima Fritz Walter”.

Por sua vez, a Hungria tinha dúvidas sobre as condições físicas de Puskas, que não participara das duas partidas anteriores após ter o torno-zelo acertado por Werner Lie-brich justamente no primeiro encontro com a Alemanha Ocidental. Mesmo sem to-tais condições, Puskas abriu o placar aos seis minutos. Aos oito, os favoritos já faziam 2 x 0 após o goleiro alemão Toni Turek largar a bola nos pés de Zoltán Czibor. No en-tanto, só foram necessários mais dez minutos para os ale-mães empatarem. O primeiro gol veio com uma fi nalização de Morlock. Depois foi Rahn quem concluiu um escanteio cobrado por Fritz Walter.

A chuva seguiu torrencial, a tensão aumentou e somente a trave impediu o gol de Hide-gkuti. Mas, faltando somente seis minutos, Rahn pegou a bola na entrada da área e chutou de perna esquer-da no ângulo. Ainda houve tempo para Puskas ter um gol anulado pelo bandeirinha antes do apito final confir-mar a derrota da Hungria e o nascimento de uma nova potência do futebol mundial. A partida ficou conhecida como o “Milagre de Berna”.

‘Maracanazo’ húngaroApesar de não estar jogando em casa, a poderosa Hungria chegou à final com marcas incríveis, mas ruiu diante da Alemanha, que sem o favoritismo, derrotou os rivais na final do torneio num gramado castigado pela chuva

Alemães festejam primeiro título mundial da sua história, conquistado na Suíça, diante da Hungria

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E9MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Incentivo teve, mas não foi sufi ciente

O clima de sol e chuva da capital duranteo evento parecia sinalizar o placar “morno”

Vinte e cinco mil pes-soas passaram pela Fifa Fan Fest na tarde de ontem para torcer

pelo Brasil em jogo contra a seleção do México pela Copa do Mundo e para prestigiar a atração nacional, o cantor Zeca Baleiro que se apresen-tou antes e após a partida válida pelo grupo A. Debaixo de sol escaldante, a torcida fazia apostas quanto ao placar do jogo, sendo que o principal palpite era de que a seleção brasileira venceria o jogo pelo menos por 1x0, porém o que os torcedores viram foi o placar permanecer em zero a zero.

O público formado nas ar-quibancadas em sua grande maioria usava as cores verde e amarelo, mas a torcida adver-sária, mesmo em menor núme-ro, também marcou presença. Além de torcedores brasileiros e mexicanos, a Fifa Fan Fest também recebeu a presença de turistas de outras partes do mundo, que em sua maioria não disfarçavam a torcida por uma vitória da seleção do país sede do Mundial.

‘‘Camufl ado’’com a blusa ca-narinho, o francês Antoni Car-valli, 28, foi à Fifa Fan Feste especialmente para torcer pela seleção brasileira. ‘‘Neste duelo meu favorito é o Brasil. Escolhi assistir a todos os jogos pelo telão da Fifa Fan Fest, porque gostei da energia do ambiente. Exceção ao que irei assistir amanhã na Arena da Amazônia. Quando decidi vir para o Brasil, já tinha destino certo, queria vir para Manaus. Tenho um amigo brasileiro que mora há 7 anos na França e vim com ele para cá. Já conheci o encontro das águas e as cachoeiras de Presidente Figueiredo, amanhã iremos ao Teatro Amazonas’’, acrescenta entusiasmado.

Atrasado e chamando aten-ção por estar usando o típi-co acessório do seu país, o sombreiro, Augusto Guto, 36, dividia a preferência entre as duas seleções. ‘‘ Um empate de 1x1 não seria sofrido para

mim. Gosto do Brasil, há 3 anos moro na Bahia, mesmo assim quero comemorar o gol do México’’, falou.

Todos técnicosO fi nal do primeiro tem-

po com o placar zerado fez com que as expressões, antes festivas, fi cassem apreensi-vas quanto ao desempenho do Brasil. Balanços de cabeça, pessoas roendo unhas, sus-piros e rostos assustados se tornaram a “cara” da torcida. Como todo brasileiro amante de futebol, o autônomo Sávio Oliveira fazia análises quanto ao desempenho da seleção em campo. ‘‘O Brasil tem que jo-gar com garra, fazer marcação e ir para o ataque. O México joga direitinho e o goleiro agarrou muito’’, opinou.

O duelo complicado seguiu com o placar inalterado até o fi nal do jogo, mesmo assim al-guns torcedores pareciam con-fi antes em um bom desempe-nho no próximo jogo. “O Brasil é um bom time e poderia ter vencido, mas o México também tem seus méritos”, observou o estudante Júlio Amaral, 21, que acredita que o Brasil irá ganhar contra Camarões.

Sem confusão Na área externa da Ponta

Negra, o ônibus da Delegacia Móvel da Policia Civil estava estacionado para atender às ocorrências na área da Fan Fest. A estrutura contou com seis policiais, dois investigadores e um escrivão e dois alunos voluntários da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para auxiliar na conversação com os turistas. “Até o mo-mento está sendo um evento tranquilo, houve cinco peque-nas ocorrências, relacionadas a pequenos furtos de celulares e carteira. Alguns estrangeiros foram vítimas de roubos, mas eles tiveram a documentação restituída”, disse o delegado Rafael Montenegro.

O delegado salientou que artefatos e apreendimento de armas brancas não foram registrados na unidade móvel até fi nal do jogo.

DENY CÂNCIOEspecial EM TEMPO

O show do cantor ma-ranhense Zeca Baleiro foi a grande atração musical de ontem da Fifa Fan Fest. O cantor subiu ao palco pontualmente às 17h05, cantando ‘Mamãe Oxum’. A primeira etapa do show contou com apenas três músicas, dando interva-lo para a disputa entre Rússia e Coreia, momento em que o cantor concedeu entrevista a veículos de comunicação locais.

Zeca Baleiro elogiou a presença do público. “A at-mosfera é diferente quando o show é aberto, é uma atmosfera mais livre por

natureza, quando reúne o público da cidade, que tem sua característica na forma de receber o artista. As pessoas fi cam mais partici-pativas, diferente de casas de show ou teatro, quando o público fi ca mais tími-do”, avaliou o cantor, que lembrou as outras ocasiões em que tocou em Manaus, agradecendo o carinho do público amazonense.

Ao todo, o cantor faz duas horas de show, em uma das últimas atuações antes de uma temporada de férias para, em seguida, fazer apresentações no eixo Rio - São Paulo.

Animou e agradou ao público

Mais uma vez o espaço destinado à torcida fi cou tomado de pessoas vestidas de verde e amarelo para incentivar a seleção

Torcedores se mantiveram apreeensivos do início ao fi m do jogo

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Cantor maranhense foi a atração nacional de

ontem na Fifa Fan Fest, na Ponta Negra

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E10 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 201410

prestigiar a seleção Por vários cantos da cidade foi possível ver festas, pessoas reunidas e até mesmo sozinhas assistindo ao jogo do Brasil

Manaus em festa para

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Longe da Fan Fast na Ponta Negra, Zona Oeste, o manauense que saiu de casa para

assistir a partida da seleção brasileira contra a mexicana, na tarde de ontem, válida pelo grupo A, que terminou empa-tada em zero a zero, encontrou nos bares e praças ambientes perfeitos para interagir com amigos e familiares.

No bar do Caldeira, rua José Clemente, Centro, o estudante Mário Vinícius Farias, 26, disse que saiu de casa para encon-trar com os amigos num lugar marcante da cidade. Numa tarde tranqüila, no espaço só havia brasileiros. “Vim para o Caldeira com os amigos por-que por aqui passou o poeta Vinicius de Moraes. E nada melhor que um ambiente sau-doso como este para o dia de jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo realizada no Brasil”, comentou.

O professor e historiador da Universidade Federal do Ama-zonas (Ufam) Almir Diniz, 50, escolheu o bar do Armando, rua 10 de Julho, Centro para prestigiar o jogo. Tomado de pessoas por dentro e por fora, ainda com ingleses fantasia-dos de guerreiros medievais, o historiador observou que escolhe o local por ser um bar tradicionalmente eclético.

“Aqui (bar do Armando) en-contramos pessoas de todas as classes sociais, de muitas

localidades. É um lugar que se confunde com a iden-tidade boêmia manauense. Moro perto daqui e por isso não iria à Ponta Negra para enfrentar engarrafamento”, avaliou Diniz.

PraçaO advogado James de Paula

Braz, 30, também não queria enfrentar o trânsito para che-gar a Ponta Negra. Ele levou a família para o largo São

Sebastião, onde foi instalada uma tela gigante para trans-mitir a partida. Com a esposa e a fi lha, Braz disse que a praça representava a manifestação mais universal em Manaus de torcidas durante uma partida de Copa do Mundo.

Ao redor dele e de sua família o advogado apontou torcedo-res da Croácia e de Camarões que jogam hoje, na Arena da Amazônia, às 18h (horário lo-cal), em partida válida pelo grupo do Brasil. “Nos bares

de Manaus o ambiente é ge-ralmente mais fechado para brasileiros. Aqui (no Largo) está mais cara de Copa do Mundo”, sustentou.

O artesão venezuelano Erik Perdono, 22, natural do Esta-do de Lara está em Manaus há duas semanas. Apaixonado por futebol, o artista ele es-colheu o largo São Sebastião por entender que é na praça que sente a energia positi-va num momento de muitas vibrações. “Aqui o coração bate mais forte”, disse. “A minha Venezuela não está na Copa, por isso a torcida fi ca para as seleções da AmericaLatina”, completou.

SolitárioA sobra dos oitizeiros e das

paredes da casa de arquite-tura típica do centro histórico de Manaus, na rua Monsenhor Coutinho, o vigilante Raimun-do de Sá Elias, 53, juntou à função a paixão pelo futebol, num clima mais tranquilo que o de bares e praças.

Com sua tevê 14 polegadas que trouxe de casa exclusiva-mente para assistir o jogo da seleção brasileira, o vigilante era um camisa 10 solitário no pátio da casa onde fun-cionava um posto do Ronda no Bairro e que hoje está em reforma. Consciente da fun-ção que cumpria, Raimundo disse que, apesar da partida, dia de cerveja é somente na folga. “Só no fi nal de semana, o que não impede de torcer num lugar tranquilo”, comentou.

EMERSON QUARESMAEspecial EM TEMPO

No bar encontramos pessoas de todas as classes sociais, de muitas localida-des. É um lugar que se confunde com a identidade boêmia

Almir Diniz, professor e historiador

Os pequenos torcedores ainda não entendem, mas já entraram no “clima” de festa pela seleção

Que padrão Fifa que nada, na casa de um dos irmãos Lima, localizada na Cidade Nova 3, Zona Norte, ontem pelo menos 60 membros da família vestiram verde e amarelo, beberam cerveja, refrige-rante e comeram churrasco ao padrão Lima mesmo.

Apaixonados por esportes, especialmente por futebol, o gerente administrativo Dio-sney Lima, 36, explicou que os irmãos organizaram, por meio de sorteio, uma série de encontros familiares du-rante todas as partidas da seleção brasileira, até a fi nal da Copa do Mundo, no dia 13 de julho.

Na primeira partida da seleção brasileira contra a

seleção croata, o encontro foi na casa da irmã Maria Cintia Liam, Parque 10, Zona Centro-Sul. Na próxima par-tida, quando o Brasil busca-rá uma recuperação sobre Camarões, após o empate contra o México, o encontro da torcida será na casa de Edilene Pereira, sogra de Diosney, no bairro São José dos Campos, Zona Leste.

Durante a fase elimina-tória, os encontros seguem nas oitavas de fi nal na casa do irmão Orley, no Jardim Petrópolis, Zona Sul. Os familiares passarão pelas residências de vários pa-rentes até a fi nal, que será realizada na casa da irmã de Diosney, Maria Ninfa.

“Mesmo com o empate

não há desânimo. Nós conti-nuaremos nos encontrando até a fi nal da Copa porque o nosso objetivo é fortalecer a união da família num evento tão importante como esse realizado no nosso país”, disse Diosney.

A primeira vez que reali-zam esses encontros, Orle-ans Lima, 39, disse que o maior homenageado foi o seu pai, Ofi r Pereira Lima, descende de português, que deixou a família em 2010. “Ele sempre nos in-centivou a gostar do espor-te e a prestigiar a seleção brasileira. Naquele ano ele partiu sem poder assistir a Copa conosco. Agora nos reunimos para essa cele-bração”, salientou.

Família assistirá unida aos jogos

Mais uma vez o bar do Armando reuniu dezenas de pessoas para prestigiar a um jogo da Copa

Sorteio defi niu a ordem dos locais onde a família Lima irá assistir à campanha do hexa

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E11MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Manauenses redescobrem points do centro da cidade Com o início da Copa, o Centro se tornou ponto de encontro de turistas brasileiros, estrangeiros e, principalmente manauenses

O grande número de turistas que defi niram o Centro da cidade como local de encontro para a Copa do Mundo motivou os manauenses a voltarem suas atenções para áreas até então esquecidas

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

Bastou o “The Guardian” – jornal britânico – in-cluir o bar do Armando e o Tacacá da Gisela

em um roteiro gastronômico indispensável para turistas, que o Centro de Manaus pa-rece ter ganhado uma nova vida. Durante todo o dia e, principalmente, pela parte da noite, é possível conferir um vai e vem de brasileiros e es-trangeiros como se estivessem em sua própria cidade. Porém, o que mais chama atenção é a quantidade de amazonenses que decidiram frequentar o lo-cal, até então pouco explorado pelos próprios anfi triões. Assim sendo, parecem ter redesco-berto o famoso centro da cida-de, comumente utilizado como ponto turístico em diversascapitais brasileiras.

Segundo Luis Claro, gerente do tradicional bar do Armando, essa procura se deve a busca do amazonense em ter um maior entrosamento com os turistas. “Sabemos que não é normal esse fl uxo de manauenses nessa parte da cidade. Acredito que eles estão procurando saber mais da cultura dos outros pa-íses, conhecer outros povos”, afi rma. Ele destaca, também, que a quantidade de pessoas que estão frequentando a área aumenta nos dias de jogos do Brasil. “Fica um mar de gente. Repito: não é comum”.

O gerente acredita que du-rante muito tempo, os governos quiseram tirar a atenção do Centro – enquanto ponto turís-tico – e mudá-lo para a Ponta Negra. “E aconteceu que deu er-rado. Foi algo ‘furado’. Os turis-tas sempre procuram o Centro e aqui em Manaus não foi di-ferente. E, consequentemente, a curiosidade do amazonense foi aguçada e todos acabaram vindo para essa área”, explica.

Revitalização Outro comerciante que está

sentindo uma maior procura por amazonenses é Joaquim Melo, proprietário do quios-que Tacacá da Gisela. “Des-de que Manaus foi escolhida como uma das sedes do Mun-dial, o largo passou por uma revitalização que incluiu edi-tais para selecionar artistas que estão se apresentando nesta época. Com relação ao tráfego de manauenses, é um fenômeno bastante interes-

sante. Principalmente porque sabemos de pessoas que mo-ram na cidade e nunca visita-ram o Teatro Amazonas e o próprio largo São Sebastião, por exemplo”, conta.

Assim como Claro, Melo co-menta que o Centro sempre foi “muito mal visto” pelas pesso-as e que, com a chegada da Copa, as coisas parecem estar mudando. “Sem falar que essa zona da cidade fi cou bastante tempo abandonada. Agora não, os manauenses parecem ter redescoberto o centro e seus encantos”. Sobre um possível legado, o empresário diz que essa movimentação pode con-tinuar, mas depende do poder público. “Agora vai das Secre-tarias continuarem com uma programação que atraia o povo local com bastante entreteni-mento”, sugere.

Já para o gerente do bar do Armando, o futuro pode ser bem diferente. “Acredito que tudo voltará a ser como era antes. Não consigo visualizar essa quantidade de manauen-ses voltando para o Centro e se divertindo como está sendo agora. Isso é somente neste período”, opina.

Caldeira também é ‘point’Apesar de não ter entrado no

roteiro do The Guardian, o bar Caldeira, um dos mais tradicio-nais da cidade, está no páreo quando o assunto é atrair os ma-nauenses. Com seu tradicional samba de roda aos domingos, o local também tem recebido um alto fl uxo de pessoas durante a semana. Frequentador assí-duo do lugar, o administrador Isaias Lima, 26, se diz surpreso com a quantidade de pessoas e acredita que isso se deve aos turistas estrangeiros. “O manauense tem um problema muito sério: não dá valor ao que, de fato, é seu. Como eles viram que quem vem de fora estava se divertindo nesses lugares, acabaram tendo que ir também”, diz.

Assim como Claro, o adminis-trador acredita que com o fi m do mundial, a frequência deverá voltar ao normal. “O povo preci-sa ter uma mentalidade melhor. É perceptível que muitos gos-tam de samba, cantam e dan-çam, mas aquele lugar não vai ser ‘moda’ para sempre. Então, o que vai acontecer é uma queda de público, sem dúvida. O que, na verdade, é uma pena, porque o Centro pode ser sim, um lugar para se divertir”, fi naliza. Um dos locais que mais agradam ao turista e ao manauense são os que disponibilizam de comidas e iguarias regionais

BRUNO MAZIERI ESPECIAL EM TEMPO

Turistas de vários lugares do mundo se renderam à beleza do Teatro Amazonas e a tranquilidade que o largo proporciona

Embora o movimento tenha aumentado, os comerciantes estão descrentes com essa repentina redescoberta do Centro

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E12 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Segurança reforçada paraCamarões x CroáciaPlano Integrado de Segurança do governo do Amazonas assegura tranquilidade nos eventos da Copa do Mundo em Manaus

Toda a estratégia e o aparato de segurança utilizados pelo governo do Amazonas no jogo

entre Itália e Inglaterra, no dia 14 de junho, em Manaus, voltarão a ser empregados, hoje, durante o segundo jogo da Copa do Mundo na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, entre as seleções da Croácia e Camarões. O Plano Integrado de Segurança, sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública do Ama-zonas (SSP-AM), reúne cerca de 30 órgãos do governo do Estado e das esferas federal e municipal e também vem sendo empregado nos demais eventos da Copa realizados em Manaus, assegurando a tranquilidade da população e de turistas.

O coordenador-geral da ope-ração no Estado, o secretário de Segurança Pública, Paulo Roberto Vital, disse que toda a operação estará sendo acom-panhada pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regio-nal (CICC-R), onde tem assento todos os órgãos envolvidos com a segurança da Copa do Mun-do, como as Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodovi-ária, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Instituto Municipal de Engenharia e Fis-calização do Trânsito (Manaus-trans), entre outros.

Vital disse que diariamente o CICC-R, por intermédio de seu coordenador, coronel Dan Câmara, faz reunião com o co-mando nacional da operação de segurança nas subsedes, em Brasília, para avaliar as ações anteriores e corrigir rumos e es-tratégias para o próximo evento. “Todos fi camos muito satisfei-tos com o resultado alcançado pelos órgãos em operação no primeiro jogo na arena. Afi nal, em vista do que se tem visto país afora, em Manaus tivemos ape-nas dois TCO (termos circuns-tanciados de ocorrência) para dois torcedores que portavam rojões no perímetro de seguran-ça da arena”, disse Vital.

Até mesmo na Fan Fest da praia da Ponta Negra, na Zona Oeste, que recebeu mais de 48 mil pessoas, segundo dados fornecidos pela Prefeitura de Manaus, foram registrados oito casos de perda e furto de celular

e de documentos pessoais na Delegacia Móvel que é montada pela Polícia Civil no balneário público. Em toda a cidade, no dia 14, foram registrados dois homicídios na Zona Sul, à noite, após o jogo.

PartidaA operação do sistema de

segurança pública na cidade e na Arena da Amazônia vai en-volver cerca de 5 mil servidores

do Estado e de órgãos estadu-ais, federais e municipais inte-grantes do Plano Operacional Integrado, sob a coordenação do CICC-R. Só da Polícia Mili-tar, responsável pela triagem de todo o público que entra no perímetro de segurança da are-na, serão empregados cerca de 1,2 mil policiais, em acréscimo ao efetivo que já é emprega-do no policiamento ordinário do programa Ronda no Bairro. “Apenas os profi ssionais e ve-ículos credenciados e os que possuem ingressos passam por esses locais”, afi rmou Vital.

O plantão nas delegacias da Polícia Civil nos distritos integra-dos (DIP) próximos ao estádio, como o 10º, o 12º e as delegacias de grandes eventos e móvel, serão reforçados, afi rmou o de-legado-geral, Josué Rocha. O secretário Vital disse que todo o esforço dos operadores do plano de segurança é assegurar que torcedores e turistas vão e dei-xem a arena com tranquilidade, e possam repetir a bonita festa do primeiro jogo. “Todos puderam acompanhar a ampla repercus-são positiva da hospitalidade e do espírito pacífi co e ordeiro do amazonense. A segurança está pronta para cooperar de novo para Manaus aparecer bem para o mundo”, afi rmou.

EFETIVOA operação do sistema de segurança pública na cidade e na are-na vai envolver 5 mil servidores do Estado e de órgãos estaduais, federais e municipais integrantes do Plano Operacional Integrado

Segundo jogo da Copa do Mundo na Arena da Amazônia terá mesmo aparato de segurança do primeiro

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O coordenador de ope-rações e diretor do Ma-naustrans, Antônio Costa Neto, disse que o entorno da arena terá interdições a partir das 9h de hoje para dar mais comodidade na circulação do público nas vias fechadas, como Pedro Teixeira, Constantino Nery, Lóris Cordovil e Djalma Ba-tista. No jogo anterior, essa interdição começou às 6h.

Costa Neto disse que a avenida Constantino Nery, no sentido Centro-bairro, será interditado só às 13h. Para o tráfego no sentido inverso, a interdição é a partir das 12h. A interdição da avenida Djalma Batista é a partir das 14h. “Nesse perímetro de segurança só embarque e desembarque de passageiros do trans-porte coletivo, que têm li-nhas diretas para a arena”, disse o diretor.

O coordenador das ope-rações a partir do CICC-R, coronel Dan Câmara, disse que o aparato de

segurança conta com o va-lioso apoio de câmeras de monitoramento na área da Arena da Amazônia, na Fan Fest e em 18 pontos de interesse do plano de segurança. “Nesses lo-cais, teremos quase 300 câmeras acompanhando toda a movimentação, auxiliando bastante a atuação das forças de segurança”, afirmou.

Além disso, o CICC-R vai empregar plataformas móveis de monitoramento e a supercâmera do ima-geador aéreo acoplada em helicóptero, que gera imagens em tempo real e em alta resolução para os coordenadores dos órgãos no comando e controle da operação. “O nosso ví-deo wall de 11 metros de comprimento permite que tenhamos perfeito acom-panhamento também pelas câmeras do que está sendo executado no terreno. Daí, a solução de qualquer proble-ma é facilitada”, afi rmou.

Interdições começam às 9hDisque-Turista – A

SSP-AM disponibiliza ao turista o atendimento per-sonalizado pelo 190. Em situação de emergência, basta discar o número de emergência de seu país de origem que a tecnologia do Ciops direciona o atendi-mento para o 190, onde um operador falará em inglês, italiano, espanhol ou francês.

Delegacia Móvel – Em-barcada em um ônibus bem-equipado, a unidade da Polícia Civil funciona na Fan Fest Ponta Negra, diariamente. A ideia é fa-cilitar o socorro imediato a quem precisa registrar uma ocorrência.

Polícia Turística – O turista encontra no porto de Manaus, no aeroporto inter-nacional Eduardo Gomes e nos pontos turísticos do Centro Histórico um posto da Polícia Civil pronto para acolher qualquer situação

que lhe afete. A Polícia Mi-litar distribui cartilha com informações multilíngues e mantém policiais habilita-dos em vários idiomas para atender o turista.

Socorro aéreo – O Corpo de Bombeiros vai empregar a partir de hoje um helicóp-tero exclusivo para resgate e socorro a feridos.

Policiamento fl uvial e ambiental – O Batalhão Ambiental da Polícia Mili-tar usará 12 lanchas rápi-das para o patrulhamento fl uvial da orla do rio Negro, principalmente nas áreas dos hotéis de selva.

Auxílio de saúde – O sol forte, a alta temperatura e a consequente desidrata-ção têm levando muita gen-te a passar mal, sobretudo na área da Fifa Fan Fest na Ponta Negra. O Corpo de Bombeiros mantém postos no local para dar o primeiro atendimento.

Serviços disponíveis ao turista

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E13MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Transporte coletivo direto para arena também no jogo de hojeAs linhas de ônibus começam a funcionar às 14h, dão uma pausa às 18h e retomam as atividades a partir de 19h30

A frota de ônibus para o jogo de hoje entre Camarões e Croácia na Arena da Amazônia

será reforçada. Para os ajus-tes, a Superintendência Muni-cipal de Transportes Urbanos (SMTU) considerou a demanda de passageiros registrada no dia 14 - quando foi realizado o jogo entre Inglaterra e Itália - nos pontos de embarque das linhas especiais criadas pela prefeitura, visando reforçar os locais onde houve maior procura e remanejando os de baixa demanda.

As linhas começam a fun-cionar às 14h e fazem uma pausa às 18h. A partir das 19h30 os ônibus fi carão po-sicionados nos pontos onde foi feito o desembarque nas proximidades da arena para

aguardar os torcedores que irão retornar para os pontos iniciais, após o jogo. Para o segundo jogo na arena os coletivos que saíam da praça da Saudade e do terminal da Matriz, serão unifi cadas em apenas uma linha com pon-to de embarque na avenida Eduardo Ribeiro, a partir do largo São Sebastião.

Já a rota que saía do ter-minal Jorge Teixeira (T4), sai-rá do Terminal Cidade Nova (T3). Nas demais rotas não haverá alterações.

O valor da tarifa será o mesmo praticado nas demais linhas: R$ 2,75. Cada linha especial possui um ponto de embarque/ desembarque fi xo. Por isso, ao término de cada jogo, para retornarem ao ponto inicial do itinerário os

torcedores deverão se dirigir ao mesmo local onde desem-barcaram quando chegaram à Arena da Amazônia. O ponto de embarque no retorno ao Centro e para o aeroporto Eduardo Gomes será feito no mesmo local, na avenida Djal-ma Batista, sentido Centro/ Bairro, em frente a UEA.

AeroportoQuem estiver no aeroporto

terá duas opções de linhas de ônibus para chegar à arena hoje. A linha 332, criada para operar apenas nos dias de jogo da Copa em Manaus, e a linha normal 306. As duas linhas passarão pela avenida Djalma Batista. A linha 306 seguirá ao Centro e a linha 332 retornará ao aeroporto a partir da Djalma Batista.

O embarque/ desembarque das linhas especiais, no jogo entre Croácia e Camarões será feito em:

Rota 01 - Povos da Amazô-nia/ Distrito/arena

Embarque: Centro Cultural Povos da Amazônia (Bola da Suframa)

Desembarque: av. Constan-tino Nery (oposto ao Edifício Empire Center)

Rota 02 – Sefaz/ Aleixo/ arena

Embarque: Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) – av. André Araújo-Aleixo

Desembarque: av. Constan-

tino Nery (oposto ao Edifício Empire Center)

Rota 03 – Eduardo Ribeiro/ Arena

Embarque: Largo São Se-bastião – av. Eduardo Ribeiro, Centro

Desembarque: av. Constan-tino Nery (oposto ao Edifício Empire Center)

Rota 04 – Ponta Negra/ Aeroporto/ arena

Embarque: Calçadão do Complexo Turístico Ponta Negra (oposto ao Condomí-nio Residencial Aruba) com parada no aeroporto

Desembarque: av. Djalma

Batista (oposto a Universida-de Estadual do Amazonas)

Rota 7 – T3/ Cidade Nova/ arena

Embarque: Terminal de Inte-gração Cidade Nova(T3) – av. Noel Nutels, Cidade Nova 1

Desembarque: av. Djalma Batista (oposto a Universi-dade Estadual do Amazonas-UEA)

Rota 8 – T5/ V8/ arenaEmbarque: Terminal de In-

tegração São José (T5) – av. Autaz Mirim, São José

Desembarque: av. Darcy Vargas (oposto ao Amazonas Shopping Center).

Pontos de embarque e desembarque

As interdições no entorno da Arena da Amazônia come-çam a partir de 9h de hoje. A prefeitura retardou o horário de bloqueio da Fase 1 do pla-nejamento anterior para dar mais comodidade ao público que precisa circular nas vias que serão fechadas. No jogo entre Inglaterra e Itália, as interdições foram iniciadas às 6h da manhã, no entanto, após avaliação do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Ma-naustrans), a montagem dos serviços de interdição neste segundo jogo da Copa em Ma-naus será iniciada seis horas antes da partida.

A Fase 2 de interdições também sofre alteração. A

avenida Constantino Nery, no trecho entre o complexo viário de Flores e a avenida Darcy Vargas, sentido Centro/bairro, será fechada às 13h. O sen-tido bairro/Centro permanece com interdição de 12h, como planejado anteriormente. A interdição da avenida Djal-ma Batista, no trecho entre a Darcy Vargas e o complexo viário de Flores, permanece interditado a partir das 14h. Nesse perímetro, a circulação fi ca restrita para o embarque e desembarque de passageiros do transporte coletivo.

AcessibilidadeComo os pontos de parada

das linhas normais fi carão fora do perímetro de restri-

ção da Arena da Amazônia, a prefeitura irá disponibili-zar micro-ônibus adaptados para levar torcedores com mobilidade reduzida até a Arena Amadeu Teixeira. Poderão utilizar o serviço: idosos, obesos e pessoas com defi ciência, sendo per-mitido um acompanhante para cada pessoa.

Os micro-ônibus terão dois pontos de embarque: um na esquina das avenidas Djalma Batista e Pedro Teixeira e outro no estacionamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), na Avenida Mário Ypiranga Monteiro. No jogo entre In-glaterra e Itália, esse serviço atendeu 282 pessoas.

Interdições terão horários alterados

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Para evitar congestionamentos, o ideal é ir ao estádio de ônibus e observar as vias interditadas

Serviço de coletivos foi aprovado pelos torcedores que foram à Arena da Amazônia no primeiro jogo em Manaus; a medida será adotada em todos os jogos que serão realizados em Manaus

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E14 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

País vira vitrine com a

Realizar o evento nas 12 sedes tem o potencial de fazer com que novos roteiros turísticos ganhem projeção no exterior

Copa do MundoPara especialistas

em história e rela-ções internacionais, organizar a Copa traz

aspectos bastante positivos para o Brasil em relação a sua inserção no mundo. “Se não tivéssemos a Copa e quisés-semos dar essa visibilidade ao Brasil, íamos gastar uma fortuna biliardária para mos-trar o país ao mundo”, afi rma Maria Aparecida de Aqui-no, professora da pós-gra-duação de história da USP (Universidade de São Pau-lo) e de relações internacio-nais na Uniso (Universidadede Sorocaba).

Aquino afi rma que os inves-timentos em 12 sedes podem trazer aspectos positivos por uma maior interiorização do turismo no país. “Muita gente faz críticas às 12 sedes, falam que poderiam ter sido menos cidades. O fato é que, se o projeto for pensado a longo prazo, esses investimentos podem ser revertidos para o público local”, aponta.

Ela dá como exemplo o Teatro Amazonas, uma das principais atrações turísticas de Manaus, inaugurado em 1896, uma das expressões culturais mais signifi cati-vas do ciclo da borracha no Estado. “O teatro está lá há tempos, tem seus even-tos e não morreu. Por que os estádios vão morrer?”, questiona Aquino, referin-do-se a investimentos em novas arenas como as deManaus e Cuiabá.

Longo prazoOutro aspecto positivo

para a professora é a atra-ção do turismo a longo prazo. Cuiabá foi invadida por cerca de quatro mil chilenos que vieram em caravana rodo-

viária para acompanhar a estreia de sua seleção contra a Austrália na Copa. Esse grupo, se tiver uma experi-ência positiva no país, pode querer voltar ou indicar o local para amigos.

“Em quanto tempo Cuiabá atrairia tantos turistas do Chile? E os europeus que forem para a Amazônia? Agora a quantidade vai tri-plicar, quadruplicar”, afi rma ela. “O turismo no Brasil se resumia a São Paulo e Rio,

além de alguns locais do Nordeste. Agora, ele pode se espalhar para outras re-giões”, emenda.

Para Francisco Alambert Jr., professor de história da USP, a Copa obriga os países a fazer investimentos altos, mas necessariamente agre-ga imagem positiva. “Em todos os lugares do mundo, a Copa e a Olimpíada são uma cilada econômica, mas sempre vai dar um ganho de visibilidade política. Não tem como dar errado. A África do Sul é o mesmo país pro-blemático do passado, mas lá a Copa foi boa. Ela é boa porque tem que ser e já está decidido que será. Está for-çada a dar certo”, diz.

O Teatro Ama-zonas está lá há tempos, tem seus

eventos e não morreu. Por que os

estádios vão morrer?”

Maria Aparecida de Aquino, professora da USP

Professora de história da USP dá o Teatro

Amazonas como exem-plo de expressão cultu-ral que tem visibilidade

há mais de cem anos

DIVULGAÇÃO

ADALBERTO LEISTER FILHO/PORTAL DA COPA

Invasão chilena em Cuiabá: difi cilmente a cidade conseguiria atrair tantos estrangeiros de um mesmo país em outras condições

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E15MANAUS, QUINTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

Triste lembrança do

Eles viveram, a seu modo, a Copa de 1950 e esperam que neste ano a seleção brasileira dê a volta por cima

‘Maracanazo’

Em 1950, o Brasil sofreu uma dura e amarga derrota para o Uruguai dentro de casa

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A Copa do Mundo de 2014 está movimentando os torcedores da seleção brasileira. A festa é

grande em todos os cantos do país. Todos juntos torcendo pelo sucesso da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari. Em Ma-naus, não poderia ser diferen-te. Os manauenses enfeitaram suas ruas, praças e carros para receber os torcedores que de-sembarcaram na cidade para prestigiar o Mundial.

Tentando apagar as lem-branças da derrota que acon-teceu na fi nal da Copa de 1950 para o Uruguai, a primeira organizada em solo canarinho, Neymar e companhia contam com o apoio de um seleto grupo de torcedores, os sobre-viventes do “Maracanazo”.

O aposentado Luiz Monte-negro, 78, faz parte desse gru-po. Lembrando que, em 50, a televisão era um item de luxo que poucas pessoas tinham à disposição em casa, o botafo-guense acompanhou o torneio pelo rádio. “Ouvi os jogos pelo rádio, inclusive a derrota por 2 a 1 para o Uruguai, na fi nal. Lembro que Flamengo e Vasco eram os times bases da seleção brasileira e que Barbosa, len-dário goleiro cruzmaltino, fi cou marcado porque levou o gol de Ghiggia”, disse Luiz.

Ainda relembrando histórias daquela Copa, o aposentado afi rmou que o clima de “já ga-nhou” foi um dos culpados para

que o “Maracanazo” aconte-cesse. “Todos já falavam que o Brasil era campeão. Os jornais amanheceram dando a notícia na capa. Isso estimulou os uru-guaios que já eram campeões mundiais. A Celeste Olímpica entrou sem pressão para o jogo. O mais interessante foi que ao fi nal da partida, Zezinho, craque do Brasil na época, admitiu que eles mereceram vencer porque jogaram mais”, concluiu Luiz

que fez questão de ressaltar que para ser campeão, a sele-ção brasileira precisava apenas empatar o jogo.

Sabendo que dessa vez o maior adversário não é o Uru-guai, mas sim a seleção da Alemanha, seu Luiz acredita que o Brasil pode chegar ao título, porém terá de evoluir muito para os próximos jogos. ”Acho que podemos vencer. Temos um time bom. Dependemos muito de Neymar. Se ele estiver ins-pirado, podemos conquistar o hexa”, afi rmou.

Todos já falavam que o Brasil era campeão. Os jornais amanhece-

ram dando a notícia na capa. Isso estimulou os uruguaios que já eram campeões mundiais”

Luiz Montenegro, aposentado

Advanir Alves só foi saber do “Maracanazo” 4 anos depois

Aos 77 anos, Advanir Alves, mais conhecido como “Seu Chacrinha”, é outro remanes-cente da Copa do Mundo de 1950. O potiguar, que está no Amazonas desde 1955, con-tou um lado pouco conhecido desse Mundial: o das pessoas que não tinham acesso rápi-do às informações.

“Na época em que foi re-alizada a primeira Copa no Brasil, eu morava no sertão do Rio Grande do Norte e lá não pegava rádio. Nem sabia que estava acontecendo o torneio no Brasil. Só fui sa-ber do acontecido, 4 anos depois, quando me mudei para Natal”, explicou.

Vivendo seu segundo Mun-dial em terras brasileiras, o aposentado Francisco Xavier, 78, afi rmou que a Copa do Mundo de 2014 está sendo muito mais em-

polgante que a primeira que aconteceu em 50. Sabendo que o mundo evoluiu e com isso o futebol também, o apaixonado pela seleção brasileira se diz preocupado com o sucesso da equipe co-mandada pelo treinador Luiz Felipe Scolari no torneiro. “Estou preocupado com o Brasil porque os dois laterais atacam sempre e deixam a defesa exposta. Em 50, o esquema tático era dife-rente, jogavam com cinco atacantes. O futebol mudou muito”, disse.

Tendo a tecnologia ao lado dos torcedores, Fran-cisco acredita que a torcida vai empurrar a seleção do Brasil em todos os jogos. “Muitos em 50 nem sabiam a letra do hino, mas hoje cantamos até o fi nal. Isso motiva a todos”. (TF)

O outro lado do Mundial

Luiz Montenegro, de amarelo, ouviu os jogos de 1950 pelo rádio

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THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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E16 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2014

ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS DE HOJEBruno MazieriDeny CâncioEmerson Quaresma

Thiago Fernando

REVISÃO - Gracycleide Drumond e Lorena Lima

DIAGRAMAÇÃOKlinger Santiago, Marcelo Robert,Mario Henrique Silva, Pablo Filard

TRATAMENTO DE FOTOSAdriano Lima

7 milhões de fotos enviadas por celular, nos 12 estádiosO tráfego de dados foi equivalente a 3,9 milhões de comunicações de dados pela tecnologia 3G e 1,1 milhão pela tecnologia 4G

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Na primeira partida em cada uma das 12 arenas que sediam a Copa do Mundo, fo-

ram feitas cerca de 1 milhão de ligações de telefonia celular e 7,6 milhões de comunicações de dados, incluindo envio de e-mails, imagens e mensagens multimídia. Esse tráfego de da-dos equivale ao envio de mais de 7 milhões de fotos, com tamanho médio de 0,55 megabytes (MB), segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil).

Na rede de telefonia móvel, o maior volume de dados tra-fegados fi cou concentrado na tecnologia 3G. O tráfego de dados teve seu pico um pouco antes do início dos jogos e se manteve em níveis elevados até o início do segundo tempo. Em um período de sete horas (três horas antes da partida e duas horas depois dos jogos), o trá-fego de dados foi equivalente a 3,9 milhões de comunicações de dados pela tecnologia 3G e 1,1 milhão pela tecnologia 4G em todos os jogos da Copa realiza-dos até agora. O tráfego pelas redes de internet sem fi o (wi-fi ) foi equivalente a 2,6 milhões de comunicações de dados.

A rede para chamadas telefô-nicas apresentou bom desem-penho nos primeiros jogos. O maior volume de ligações se deu antes das partidas, demostran-do um comportamento típico dos usuários em grandes eventos, enquanto o uso de dados é mais elevado no início da partida, informou a entidade.

Capacidade de transmissão reforçada Nos estádios que conta-

ram com wi-fi gratuito, foi verifi cada uma migração de parte do tráfego de voz para aplicativos de mensagens ins-tantâneas, ou seja, em vez de ligar o cliente preferiu trocar mensagens. A rede do wi-fi , nas arenas onde foi instalada

(Mané Garrincha, em Brasília, Maracanã, no Rio de Janeiro, Arena Fonte Nova, em Salva-dor, Arena Pantanal, em Cuia-bá, Arena da Amazônia, em Manaus e Beira-Rio, em Porto Alegre), também reforçou a capacidade de transmissão de dados, que trafegavam

inicialmente apenas pelas redes de 3G e 4G.

Desde 2010, quando foi realizada a última Copa, o número acessos em banda larga móvel subiu mais de três vezes em todo o mun-do, passando de 800 milhões para 2,5 bilhões em 2013,

segundo dados da Groupe Speciale Mobile Association (GSMA), entidade que reúne operadoras de telefonia mó-vel de diversos países.

Ao todo, 4,7 mil antenas fazem parte da infraestru-tura interna instalada pelas prestadoras nas arenas que

recebem jogos da Copa. Para a instalação da infraestru-tura de telefonia móvel e banda larga, as prestadoras fi zeram uma parceria para a implantação de um projeto único, com investimentos de R$ 226 milhões e infraestru-tura compartilhada.

O tráfego de dados nos está-dios da Copa do Mundo equivale ao envio de mais de 7 mi-lhões de fotos

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