pódio - 26 de junho de 2014

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014 [email protected]

Pódio E6

Com show de Messi, Argentina vence Nigéria e encara Suíça

Pódio E15

Manauenses já estão com saudade da Copa do Mundo

O REI DA ARENA

RICA

RDO

OLI

VEIR

A

Meia-atacante suíço fez três gols na vitória de sua

seleção sobre Honduras, foi escolhido o melhor jogador

da partida e, de quebra, se tornou o artilheiro da

Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Para eternizar o

feito, levou a bola do jogo para casa. PÓDIO E5

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014 [email protected]

O O REI REI DA ARENADA ARENA

E01 - PÓDIO.indd 8 25/6/2014 23:15:25

E2 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

Nascido em Moçambique, antiga colônia portuguesa, em 1942, Eusébio da Silva Ferreira, o grande Eusébio, marcou época no Benfi ca e na seleção portu-guesa. Extremamente habilidoso, chocou a Europa no começo dos anos 60 com um talento jamais visto no continente.

Considerado o maior jogador português da história, Eusébio deu ao clube português quase todas as glórias possíveis, sendo a mais importante a Liga dos Campeões da Europa de 1961, além de 11 Campeonatos “Português”. Mas o maior feito de sua carreira foi em 1966, quando conduziu Portugal em

sua melhor campanha na história das Copas do Mundo, um terceiro lugar jamais imaginado.

Naquele Mundial, Eusébio mar-cou nove gols, ajudou a eliminar o Brasil e ainda foi artilheiro e eleito um dos melhores jogadores do campeonato. Depois do Mundial, Eusébio virou uma estrela de escala global, mas continuava a reinar absoluto nos campos portugueses, colecionando títulos e marca até hoje imbatíveis.

Depois de sair do Benfi ca como maior ídolo e artilheiro da história do clube, em 1975, perambulou por equipes do Canadá, México e Estados Unidos, mas já em fase

decadente. Encerrou a carreira em 1978 por conta de uma nova lesão no joelho ocorrida quando jogava no Beira Mar. Três décadas depois de se aposentar, Eusébio ainda é símbolo máximo do futebol Por-tuguês, e um exemplo de talento e humildade.

Em 2000, foi escolhido como o melhor esportista português de to-dos os tempos e também apontado pela Fifa como um dos dez maiores jogadores do século passado. An-tes de morrer ainda ganhou uma estatua no estádio da luz, casa do seu amado Benfi ca, entrando defi nitivamente para a galeria dos grandes imortais da bola.

Eusébio, o Pantera Negra

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

Brasil Camarões

Croácia México

Brasil Croácia

12/6/2014 - 16h Arena Corinthians

México Camarões

13/6/2014 - 12h Arena das Dunas

Brasil México

17/6/2014 - 15h Arena Castelão

Camarões Croácia

18/6/2014 - 18h Arena da Amazônia

Camarões Brasil

23/6/2014 - 17h Estádio Mané Garrincha

Croácia

23/6/2014 - 17h Arena Pernanbuco

Austrália Chile

Espanha Holanda

Espanha Holanda

13/6/2014 - 15h Fonte Nova

Chile Austrália

13/6/2014 - 18h Arena Pantanal

Colômbia Costa do Marfi m

Grécia Japão

Colômbia Grécia

14/6/2014 - 12h Mineirão

14/6/2014 - 21h Arena Pernambuco

Costa Rica Inglaterra

Itália Uruguai

Uruguai C. Rica

14/6/2014 - 15h Castelão

Inglaterra Itália


Equador França

Honduras Suíça

Suíça Equador


França Honduras

15/6/2014 - 15h Arena Beira Rio

Argentina Bósnia-Herzegovina

Irã Nigéria

Argentina Bósnia

15/6/2014 - 18h Maracanã

Irã Nigéria

16/6/2014 - 15h Arena da Baixada

Alemanha Estados Unidos

Gana Portugal

Alemanha Portugal

16/6/2014 - 12h Fonte Nova

Gana EUA


Argélia Bélgica

Coreia do Sul Rússia

Bélgica Argélia

17/6/2014 - 12h Mineirão

Rússia C. do Sul


Austrália Holanda

Espanha Chile

Austrália Espanha

Holanda Chile

C. Marfi m Japão

Colômbia


C. Marfi m

Japão


Grécia

Japão


Colômbia

Grécia


C. Marfi m


18/6/2014 - 15h Maracanã



Uruguai


Itália


Itália

24/6/2014 - 12h Arenas das Dunas

Inglaterra

C. Rica

24/6/2014 - 12h Mineirão

C. Rica

Bélgica

22/6/2014 - 12h Maracanã

C. do Sul


C. do Sul


Rússia

Argélia


Argélia

Alemanha


Gana

EUA


Portugal

EUA


Alemanha

Portugal


Gana

Argentina

21/6/2014 - 12h Mineirão

Irã

Nigéria


Bósnia

Nigéria


Argentina

Bósnia

25/6/2014 - 12h Arena Fonte Nova

Irã

Suíça

20/6/2014 - 15h Arena Fonte Nova

França

Honduras


Equador

Honduras


Suíça

Equador

25/6/2014 - 17h Maracanã

França

México

3 1

1 0

0 0

0 4

1 4

1 3

1 5

3 1

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0 3

2 0

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2 1

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1 4

2 1

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2 1

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0 1

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2 5

1 2

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2 2

2 1

1 1

1 0

2 4

Uruguai

Inglaterra

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

4GOLS

NEYMAR BRASIL

NEYMARBRASIL

Tostão

O Uruguai, em mais uma vi-tória heroica, eliminou a Itália. Tecnicamente, foi uma partida fraca e violenta. Suárez, mais uma vez, deu uma mordida no adversário. Absurdo. Deveria ser eliminado da Copa. Não po-demos contemporizar, porque o Uruguai é um país vizinho, querido e tem um presidente que admiramos.

A Colômbia, com muitos re-servas, ganhou facilmente do Japão. Eu esperava muito mais dos japoneses. O time corre mui-to, troca passes, cria chances

de gol, mas perde. São muito afobados nas finalizações. Os jogadores precisam muito mais de orientação técnica, indivi-dual, do que tática. Isso eles já fazem bem. Não me surpreen-deu a vitória da Grécia sobre a Costa do Marfim. Os africanos cometem erros graves.

Ontem, a Argentina confirmou o primeiro lugar, contra a Nigé-ria, com dois gols de Messi. O time argentino, como o brasilei-ro, tem virtudes e deficiências, individuais e coletivas. Depende demais de Messi, como o Brasil

de Neymar.Hoje, a Alemanha, pratica-

mente classificada, mesmo se perder, enfrenta o bom time dos Estados Unidos. Um empate classifica os dois. Não há pos-sibilidade de marmelada, pois é importante ser o primeiro do grupo. Com a provável escala-ção, desde o início, do excep-cional Schweinsteiger, Lahm deveria ir para a lateral, já que o time tem um zagueiro impro-visado nessa posição. O lateral esquerdo também é fraco. As chances de Gana são pequenas,

e as de Portugal, raríssimas.A Bélgica, mesmo classifica-

da, não correspondeu às expec-tativas. O time é bom, mas não tem nada de especial, a não ser o meia Hazard. A Rússia decepcionou nos dois primei-ros jogos, mas hoje pode ainda se classificar.

Colômbia e Uruguai fazem um dos jogos das oitavas de final. Quem vencer enfrenta Brasil ou Chile. É a Copa América dentro da Copa do Mundo. Está garantido um sul-americano nas semifinais.

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

Ontem, a Argenti-na confi rmou o pri-meiro lugar, contra a Nigéria, com dois gols de Messi. O time argentino, como o brasileiro, tem virtudes e de-fi ciências

Bélgica

Rússia

Feroz Suárez

MESSI ARGENTINA

E02 - PÓDIO.indd 2 25/6/2014 23:12:50

E3MANAUS, QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014MANAUS, QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014

Felipão mantémNo treino de ontem, só os reservas foram a campo na Granja Comary e entre eles estavam Paulinho e Fernandinho, que disputam vaga entre os 11 iniciais

mistério sobre escalação

Paulinho ou Fernandinho? Não foi no treino de on-

tem (25), que o técnico Luiz Felipe Scolari deu

pistas de quem será o titular contra o Chile, no próximo sábado (28), pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014.

O treinador e sua comissão técnica optaram por poupar os titulares de treinar no gra-mado e eles fi caram na aca-demia realizando trabalhos

físicos. Os jogadores que atuaram até 45 minutos na

vitória de 4 a 1 sobre Ca-marões, desceram ao campo e realizam um trabalho téc-nico. Paulinho e Fernandinho estavam entre eles.

O coletivo que definirá se o volante do Manches-ter City toma ou não o lu-gar de Paulinho acontecerá hoje (26), também no centro de treinamento da CBF, na Granja Comary. O mais pro-vável é que o comandante da seleção brasileira promova a mudança na equipe.

Os jogadores terão uma hora a mais para dormir, acordando 8h30 (de Ma-naus), não mais 7h30. E

farão também uma refei-

ção reforçada, praticamente um almoço, logo depois. Tam-bém há um segundo almoço por volta das 16h.

EncontroOs jogadores da seleção

brasileira receberam uma visita diferente na tarde de ontem (25) na Granja Coma-ry, em Teresópolis (RJ).

50 crianças de famílias vítimas das enchentes que deixaram centenas de desa-brigados em 2011 entraram no campo do CT da CBF para pegar autógrafos e tirar fo-tos com os jogadores.

Os titulares, que não trei-naram no campo, desceram da academia de ginástica ex-clusivamente para encontrar os fãs que os aguardavam.

HORÁRIOO treino de ontem teve início às 12h (de Ma-naus), mesmo horário que será realizada a par-tida no sábado, no está-dio do Mineirão, em Belo Horizonte. A intenção é acostumar os atletas à alta temperatura

O atacante Neymar marcou quatro gols pela seleção brasi-leira nesta Copa do Mundo e divide a artilharia da competi-ção com Lionel Messi. Porém, o meia Willian crê em atuações ainda melhores do camisa 10 na sequência do torneio.

“Acho que ele nem come-çou ainda. Pelo potencial do Ney, pode fazer muito mais pela seleção. Claro que ele não joga sozinho, depende de todos para ajudar também. Mas estamos aqui para que ele sempre possa dar ale-gria”, afi rmou o meia, que vem sendo reserva.

O volante Luiz Gustavo vai

além e prevê uma evolução da equipe toda a partir da próxima fase. Depois do treino desta quarta-feira, na Granja Comary, o meio-campista já projetou a difi culdade das oita-vas de fi nal, contra o Chile.

“Temos de evoluir de uma forma ou de outra. Tiramos coisas boas dos outros jogos e agora temos um novo adver-sário, com qualidade. Você tem que fazer 100% em uma par-tida de Copa, senão não tem chance. Sabemos a qualidade do adversário e o que tem de ser feito, e temos de nos pre-parar para o objetivo principal, que é a vitória”, afi rmou.

Meia prevê melhora de Neymar

Fernandinho participou de atividade vol-tada somente para os reser-vas da seleção

Willian em coletiva de imprensa após treino de ontem

MISTER SHADOW/GAZETAPRESS

MISTER SHADOW/GAZETAPRESS

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A Copa que revoluciunou o sistema tático do futebol O carrossel da Laranja Mecânica encanta o planeta capitaneado pelo lendário Johan Cruyff , mas vê a Alemanha ser campeã

O Brasil não conseguiu ao menos fazer lem-brar a mágica da sele-ção de 1970, a Ingla-

terra sequer se classifi cou para a Copa do Mundo de 1974 e a Argentina ainda era uma força menor do futebol, mas mesmo assim o Mundial disputado na Alemanha se tornou um marco para o esporte. Tudo por causa de um carrossel.

Comandados pelo lendário Johan Cruyff , os holandeses voltavam a disputar uma Copa depois de 36 anos. E o retorno foi em grande estilo: apelidada de ‘laranja mecânica’, a seleção europeia pôs em prática, como jamais havia sido visto, o concei-to de futebol total. A premissa tática parece ousada até hoje: os jogadores não tinham posição fi xa em campo. Todos deveriam ser capazes de marcar, atacar e armar jogadas, trocando de lugar em velocidade e envolvendo o adversário. É claro que isso exige jogadores acima da média, total entrega tática e muito esforço físico e técnico. E a Holanda contava não apenas com Cruyff , o maestro, mas também tinha nomes como Neeskens, Jansen e Resembrink.

O mentor de tudo isso era o técnico Rinus Michels, que antes havia criado o quase imbatível Ajax do começo dos anos 70. Na Copa, os resultados logo aparece-ram: 2 a 0 no Uruguai na primeira fase, 4 a 0 na Argentina e 2 a 0 no tricampeão Brasil na segunda fase. Mas havia uma pedra (ou melhor, uma rocha) chamada Be-ckenbauer no caminho.

Jogando em casa, os alemães ocidentais chegaram a ser vaia-dos pela própria torcida na primeira fase e demoraram a engrenar. Mas uma vitória so-bre a impressionante Polônia, do artilheiro Lato, selou a pas-sagem para a fi nal e mostrou de uma vez por todas a força germânica quatro dias antes da decisão do torneio.

Mas Beckenbauer e seus com-panheiros eram as zebras diante do carrossel holandês. A Holanda havia marcado 14 gols e sofri-do apenas um nos seis jogos anteriores e, assim que o jogo começou, partiu para o ataque sem que os alemães tivessem encostado na bola. Cruyff partiu do meio de campo e só foi parado na área, por Uli Hoeness: pênalti com um minuto de partida. Coube a Neeskens marcar o primeiro gol

de pênalti em uma fi nal de Copa do Mundo.

Os alemães, no entanto, não desistiram. Eles já tinham ex-periência em vencer seleções mágicas em decisões de Copa do Mundo depois de sair atrás no marcador. Vinte anos antes, a vítima fora a Hungria de Puskas. Em 1974, sobrou para a Holan-da de Cruyff . Aos 25 minutos, Bernd Hölzenbein foi derrubado por Wim Jansen na área e Paul Breitner converteu o segundo pênalti do jogo. Depois, coube a Gerd Müller a honra de marcar o gol que garantiu o triunfo. Assim, o capitão Franz Beckenbauer er-gueu a nova taça da Copa, já que a Jules Rimet fi cou defi nitivamente para o Brasil em 70.

Vítima do CarroselSem Pelé, Gérson, Carlos Alber-

to Torres, Tostão e Clodoaldo, o Brasil nem de longe se parecia com a seleção mágica de 1970, embora também tivesse Zagallo como técnico. Na primeira fase, o time canarinho se classifi cou em segundo lugar, com difi culda-de, depois de empatar sem gols com a Iugoslávia, que passou em primeiro do grupo, e a Escócia, além de vencer o Zaire por 3 x 0 na última rodada.

O Zaire, aliás, merece uma menção especial. Primeiro país da África Subsaariana a dis-putar uma Copa do Mundo, a nação, hoje chamada de Repú-blica Democrática do Congo en-trou para a história do Mundial graças a um dos lances mais bizarros do futebol em todos os tempos. Na partida contra o Brasil, o juiz anotou uma falta a favor do time canarinho na frente da área da equipe afri-cana. Os jogadores do Zaire se posicionaram na barreira, mas, assim que o árbitro apitou, o zagueiro Ilunga Mwepu saiu correndo e chutou a bola para longe antes que ela fosse posta em jogo pelos brasileiros. Car-tão amarelo para um surpreso Mwepu e lugar garantido na história das Copas.

Na segunda fase, o Brasil venceu a Alemanha Oriental e a Argentina, mas acabou como mais uma vítima da Laranja Mecânica e teve de se conten-tar em disputar o terceiro lugar contra a Polônia. Depois de ser atropelado pelo Carrossel, o time canarinho também não foi páreo para os poloneses e acabou em quarto lugar.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Um dos maiores jogadores da história do futebol, O holandês Johan Cryff driblando o goleiro da, à época, fraca Argentina

O lendário zagueiro Franz Beckenbauer levanta a taça do bicampeonato da seleção da Alemanha. O troféu sucedeu Jules Rimet

A seleção brasileira não repetiu a boa campanha da Copa do Mundo de 1970 e fi cou apenas na quarta colocação do Mundial de 1974, mas venceu a campeã Alemanha com o gol de falta de Rivelino

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E5MANAUS, QUINTA-FEIRA, 26 DE JUNHO DE 2014

Goleada para coroar despedida da arenaCom show do atacante Shaqiri, a Suíça faz 3 a 0 em Honduras e se classifi ca para enfrentar Messi e companhia

Na tarde de ontem (25) a bola rolou pela úl-tima vez na Arena da Amazônia Vivaldo

Lima pela Copa do Mundo. Su-íça e Honduras se enfrentaram em duelo válido pela tercei-ra rodada da fase de grupos. Com bela exibição do meia-atacante Shaqiri, jogador do Bayern de Munique - ALE, que marcou três vezes, os suíços venceram os hondurenhos por 3 a 0, somaram seis pontos e se classifi caram para a fase de mata-mata como segunda colocada do Grupo E.

Nas oitavas de fi nal, o adver-sário será a temida Argentina. O

duelo está marcado para a pró-xima terça-feira (01), na Arena Corinthians, em São Paulo (SP), às 12h (de Manaus). Assim como na Copa do Mundo da África do Sul, a seleção de Honduras volta para casa sem conseguir passar da primeira fase.

JogoA seleção da Suíça, que é

comandada pelo alemão Otm-mar Hitzfeld, começou o jogo já atacando. Entrando em campo com três atacantes, a cabeça de chave do Grupo E abriu o marcador logo aos 6 minutos com Shaqiri. O jogador acertou um belo chute de fora da área no ângulo direito do goleiro Valla-dares. O gol logo no começo da partida tranquilizou a seleção

europeia que começou a tocar a bola apenas administrando a partida. Quando tinha a bola, a seleção de Honduras tenta-va chegar ao gol de Benaglio através de cruzamentos feitos pelos laterais da equipe, todos tirados pela zaga suíça que teve como destaque o zagueiro Djourou e o lateral esquerdo Ricardo Rodriguez.

A Suíça, a partir dos 15 minutos da primeira etapa, começou a utilizar os contra-ataques para tentar aplicar o placar. Foi justamente assim que saiu o segundo gol da equipe. Novamente Shaquiri marcou após roubada de bola no campo defensivo feita pelo volante Inler. O jogador lançou a bola para o centroavante Dr-

mic que dominou e rolou para Shaqiri que estou na grande área adversária sem marcação e sem difi culdades, chutou forte para ampliar o marcador aos 32 minutos.

No começo da segunda eta-pa, ambas as equipes perma-

neceram utilizando as mesmas estratégias. Otmmar Hitzfeld pediu para seus comandados continuarem usando os contra-ataques, com isso, os hondure-nhos que precisavam da vitória para sonhar com a classifi cação foram para o ataque. Honduras quase diminuiu o placar aos 5 minutos quando o camisa 9 Bengston driblou o arqueiro Benaglio e chutou para o gol. A bola não entrou porque o lateral Ricardo Rodrigues salvou em cima da linha.

A pressão hondurenha cessou aos 26 minutos quando após novo contra-ataque suíço, Dr-mic deixou novamente Shaqiri livre na pequena área para mar-car seu terceiro gol na partida e decretar a vitória que deu a

classifi cação para a Suíça.

TorcidaMais uma vez, a torcida

fez um verdadeiro espetáculo dentro da Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Os torcedores brasileiros dividiram a torcida entre as duas seleções. Boa parte da torcida comemorou os gols de Shaqiri e empurrou a seleção de Honduras no fi nal da segunda etapa enquanto a equipe buscava o gol de honra. Com 40.322 mil pessoas no estádio, Manaus se despediu da Copa do Mundo. A cidade foi uma grata surpresa para a Fifa que comunicou no começo da semana que lamenta não ter marcado mais partidas para a Arena de Manaus.

NA HISTÓRIACom os três gols mar-cados na goleada de ontem (25) da Suiça sobre Honduras, o meia-atacante Xher-dan Shaqiri se tornou o maior artilheiro da Arena da Amazônia Vivaldo Lima

Mesmo vendo sua seleção sendo derrotada, torcedora hondurenha era só alegria no estádio

Shaqiri acerta um belo chute de fora da área abrindo o placar do jogo de ontem na Arena da Amazônia Vivaldo Lima

FOTO

S: R

ICAR

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VEIR

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Turista agredece receptividade da capital amazonense

Torcedor usa a criatividade para empurrar a Suíça

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

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Bósnia vence na despedida do Mundial

Eliminada da Copa do Mundo após a derrota para a Nigé-ria, no último sábado, a Bós-nia encerrou de forma digna sua primeira participação em Mundiais, vencendo o Irã por 3 a 1 – Dzeko, Pjanic e Vrsaje-vic marcaram, enquanto Reza Ghoochannejhad fez o gol do Irã - , em partida válida pela última rodada do Grupo F, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).A Bósnia terminou em terceiro lugar, com três pontos. Os ira-nianos, que entraram em campo com chances de classifi cação, permaneceram com um ponto e se despediram da Copa com a pior campanha da chave. Apesar de precisar da vitória para se classifi car, o Irã adotou uma pos-tura completamente defensiva na primeira metade do primeiro tempo. O preço pela retranca foi pago aos 23 minutos, quando Dzeko fez 1 a 0. Aos 14 minu-tos do segundo tempo, Pjanic tocou com categoria na saída do goleiro Haghighi e marcou o segundo gol bósnio. Aos 36, Reza Ghoochannejhad foi o autor do primeiro gol iraniano na Copa. Com o gol aberto, o jogador só teve o trabalho de completar cruzamento de Hosseini. No lance seguinte, a Bósnia deu a resposta e afastou qualquer possibilidade de ser surpreen-dida nos momentos fi nais do jogo. Em rápido contra-ataque, Vrsajevic recebeu livre, entrou na área e chutou cruzado. A bola bateu na trave direita de Haghighi antes de entrar.

GRUPO FFALTOU GOL

França e Equador fi cam no 0 a 0O Equador não repetiu o fei-

to dos outros sul-americanos e caiu na fase de grupos da Copa do Mundo. Precisando de uma vitória, a equipe não fez um bom jogo diante da França e empatou por 0 a 0. Não somente devido ao seu questionável esquema tático, mas também por ter passa-do grande parte do segundo tempo com um jogador a me-nos, após expulsão do volante Antonio Valencia.

O empate teria bastado para se garantir nas oita-vas de fi nal se a Suíça não tivesse vencido Honduras por 3 a 0, na outra partida do grupo E. Com esses resulta-dos, franceses (sete pontos) e suíços (seis) é que avançam, respectivamente na primeira

e na segunda colocações. A França jogará em Brasília contra a Nigéria, em 30 de ju-nho. No dia seguinte, a Suíça terá pela frente a Argentina (uma das quatro seleções sul-americanas classifi ca-das), em São Paulo.

Eliminado, o técnico Reinal-do Rueda talvez tenha se arre-pendido por armar o Equador em um sistema cauteloso, no qual sacou o atacante Felipe Caicedo para reforçar o meio-campo com Michael Arroyo. A intenção era atrair o ad-versário para o seu campo e apostar em contragolpes. Na etapa inicial, faltou apenas a segunda parte, já que, desde o início do jogo, os europeus partiram para cima.

Aos dez minutos, Antoine

Griezmann chutou fraco, à esquerda da meta do golei-ro. Quatro minutos depois, quem pegou mal na bola foi Sissoko, após cruzamento para o meio da área.

O primeiro tempo fi cou marcado por uma série de divididas e atendimentos médicos. O equatoriano Cris-thian Noboa precisou sair de campo para estancar sangra-mento na cabeça - jogou até o fi nal com uma toca vaza-da. Depois, Blaise Matuidi e Bacary Sagna, pela França, levaram a pior e reclamaram em vão com a arbitragem.

O Equador ainda teve um bom lance antes do inter-valo, em cabeceio de Va-lencia que obrigou Lloris a fazer uma difícil defesa

junto à trave esquerdo, jácaído em campo.

Segundo tempoAos quatro minutos, em

uma tentativa de partir para o ataque, Antonio Valencia adiantou demais a bola e pisou no joelho de Digne e foi expulso.

Aos oito minutos, em um excelente contra-ataque de três equatorianos contra dois franceses. Àquela al-tura, um gol recolocaria o Equador na segunda posição da chave. Mas, ao receber passe na entrada da área, pelo lado direito, Noboa fi -nalizou torto.

Jogando com um a menos, o Equador precisaria de dois gols para evitar a elimina-

ção precoce. E até tentou o improvável. Aos 35 minutos, Arroyo desceu em velocidade pela ponta esquerda, pegan-do a defesa francesa bagun-çada, mas chutou para fora. No minuto seguinte, lançado por Paredes, Ibarra bateu cru-zado e viu Lloris evitar o gol, com uma bela defesa. Foram os últimos suspiros da pri-meira equipe sul-americana eliminada do Mundial.

FICHA TÉCNICAEQUADORFRANÇA

Local:

Árbitro:

Estádio Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Noumandiez Doue (Costa do Marfi m)

EQUADOR: Dominguez, Ayovi, Erazo, Guagua e Paredes; Mon-tero (Ibarra), Noboa (Caicedo), Minda e Antonio Valencia; Ar-royo (Achilier) e Enner Valencia. Técnico: Reinaldo Rueda

FRANÇA: Lloris, Digne, Kos-cielny, Sakho (Varane) e Sagna; Schneiderlin, Pogba e Matuidi (Giroud); Greizmann (Remy), Sissoko e Benzema Técnico: Didier Deschamps

Cartões: Cartão Amarelo: Erazo (Equador)

Cartão Vermelho: Antonio Valencia (Equador)

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Goleiro Dominguez evitando a cabeçada do atacante francês Benzema, durante o primeiro tempo da partida de ontem no Maracanã

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Leo Messi marca dois e Argentina bate a NigériaCamisa 10 da seleção hermana marcou seu quarto gol no Mundial e divide a artilharia da competição com Neymar

Com mais uma grande atuação de Lionel Messi, agora artilheiro da Copa ao lado de Neymar com

quatro gols, a Argentina obteve ontem (25) sua terceira vitória na Copa do Mundo. Com dois gols do camisa 10, a seleção de Alejandro Sabella bateu a Nigéria por 3 a 2, no Beira-Rio, em uma partida emocionante e muito movimentada. Rojo fez o outro gol argentino e Musa fez os dois tentos da Nigéria, que carimbou classifi cação às oita-vas de fi nal, com a derrota do Irãpara a Bósnia.

O jogo começou eletrizante, com um gol para cada lado an-tes dos 5 minutos. A Argentina dominou a etapa inicial, criou várias oportunidades e conseguiu fi car à frente do placar antes do intervalo, num golaço de falta de Messi. A etapa fi nal, a exemplo da inicial, teve dois gols no início, um para cada lado. A Nigéria tentou partir para cima buscando um novo empate, mas não conseguiu e ainda sofreu com os perigosos contragolpes argentinos.

Líder do Grupo F, com 9 pon-tos, a Argentina jogará pelas oi-tavas de fi nal na próxima terça, na Arena Corinthians, contra a Suiça. A Nigéria, vice-líder da chave, com 4 pontos, enfrenta-rá a França, segunda-feira, no Mané Garrincha, em Brasília.

Análise do jogoA partida começou movimenta-

díssima. Logo aos dois minutos, Di María recebeu lançamento de Zabaleta, invadiu a área e chutou

na trave. No rebote, Messi fuzilou Enyeama e fez 1 a 0 para delí-rio dos milhares argentinos que invadiram Porto Alegre. Porém, na saída de bola, Musa recebeu pela esquerda, cortou a marcação e chutou colocado, com enorme categoria, fora do alcance de Romero: 1 a 1, em apenas quatro minutos de bola rolando.

A Argentina seguiu com a iniciativa e não se abateu com o empate. Aos oito minutos, Di María soltou a bomba da intermediária e Enyeama defen-

deu com difi culdade. Na jogada seguinte, Messi deixou Higuaín na cara do gol, mas o centroa-vante chutou na rede pelo lado de fora. Aos 14, Messi fez boa tabela com Higuaín e tocou para Agüero, que chutou para defesa do goleiro Enyeama.

Dominando, a Argentina quase fez o segundo aos 25, em um chute cruzado de Di María que Messi por pouco não alcançou de carrinho. A Nigéria respondeu com dois bons ataques. No pri-meiro, Emenike invadiu a área em

velocidade, mas Garay protegeu e evitou a conclusão. Aos 26, Odemwingie bateu de fora da área, perto do travessão.

O ritmo argentino diminuiu um pouco, mas o domínio seguia. Aos 29, Di María, com o pé cali-brado, chutou de longe e goleiro defendeu. Três minutos depois, Agüero apanhou rebote da zaga e chutou em cima da defesa. Aos 43, Messi bateu falta no ângulo, mas Enyeama fez grande defesa. Dois minutos mais tarde, não houve jeito para o arqueiro da Nigéria: o craque do Barcelona cobrou com perfeição e pôs a Argentina na frente antes do intervalo.

O segundo tempo começou como o primeiro: com um gol para cada lado. Logo a um mi-nuto, Musa aproveitou bobeira da zaga argentina, entrou livre e empatou, marcando seu se-gundo tento no jogo. Aos qua-tro, a resposta: Lavezzi bateu escanteio, Rojo desviou com o pé esquerdo e fez 3 a 2.

Em grande tarde no Beira-Rio, Messi fez jogada individual es-petacular e deixou Higuaín livre, mas o goleiro Enyeama abafou a conclusão. Aos 14, Rojo fez grande jogada pela esquerda e cruzou para o carrinho de Messi para fora. O craque argentino deixou o campo aos 17 da etapa fi nal, ovacionado pelos torcedo-res no Beira-Rio.

Após a saída de Messi, a Argentina diminuiu o ritmo, deixando a Nigéria crescer no jogo. Aos 29, Musa recebeu cru-zamento e pegou de primeira, quase empatando de novo. Messi cobrando falta com precisão para fazer o segundo dele na partida contra a Nigéria

100%A seleção argentina se classifi cou em primei-ro lugar no Grupo F e ao lado de Holanda e Colômbia venceu todos os três jogos do Mundial. Os hermanos enfrentam os suíços nas oitavas de fi nal

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FICHA TÉCNICAESTADOS UNIDOSALEMANHA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Pernambuco, em Recife (PE)

12h (de Manaus)

Ravshan Irmatov (Uzbequistão)

Estados Unidos: Tim Howard, Fabian Johnson, Geoff Cameron, Matt Besler e DaMarcus Beasley; Jermaine Jones, Kyle Beckerman, Alejandro Bedoya, Michael Bradley e Graham Zusi; Clint Dempsey. Técnico: Jürgen Klinsmann

Alemanha: Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Per Mertesacker, Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Philipp Lahm, Toni Kroos, Sami Khe-dira e Mesut Özil; Thomas Müller e Mario Götze Técnico: Joachim Löw

Portugal e Gana sonham com vagaO encontro entre Portugal

e Gana, que acontece hoje, às 12h (de Manaus), no estádio Nacional, em Brasília (DF), pela última rodada do Grupo G, se desenha como um duelo de desesperados. Ambos somam apenas um ponto e além de ganharem, dependem de uma vitória no encontro entre Ale-manha e Estados Unidos. Se os alemães forem os vencedores, as coisas fi cam menos compli-cadas, pois os norte-america-nos têm saldo de gols inferior, o que facilitaria ganeses e portugueses na hora de tirar a diferença neste quesito.

Um exemplo do drama dos portugueses é que, se os Es-tados Unidos perderem por 1 a 0, Portugal terá que golear por cinco gols de diferença.

Mesmo assim os lusitanos seguem esperançosos.

“Precisamos fazer a nossa parte dentro de campo. Inde-pendentemente do que acon-tecer na partida da Alemanha com os Estados Unidos, pre-cisamos ganhar”, disse Paulo Bento, técnico de Portugal.

Os ganeses precisam de um pouco menos que Portugal. Em caso de derrota dos Estados Unidos por 1 a 0, os africanos se garantem ganhando por ape-nas dois gols de vantagem.

“Infelizmente nós chega-mos na última rodada sem de-pender das nossas próprias forças. Deixamos escapar a vitória contra a Alemanha (2 a 2) e o empate contra os Es-tados Unidos (derrota por 2 a 1). Mas não adianta fi carmos

discutindo o que passou”, dis-se James Appiah.

Portugal vive um drama em termos de escalação e não tem um time defi nido, por conta de lesões. O lateral esquerdo Fabio Coentrão já foi corta-do, enquanto que o goleiro Rui Patrício e o atacante Hugo Al-meida não podem jogar nes-ta primeira fase também por contusões. O lateral esquerdo André Almeida e o atacante Hél-der Postiga, ambos com dores musculares na coxa direita, são dúvidas e podem dar espaço a William Carvalho e Éder.

Pelo lado de Gana, um dos principais destaques do time, o meia Sulley Muntari, suspenso por acúmulo de cartões ama-relos, fi ca de fora, cedendo seu posto a Mubarak Wakaso.

MILAGREWAGNER MEIER/AGIF/GAZETA PRESS

Cristiano Ronaldo terá mais uma oportunidade para brilhar

FICHA TÉCNICAPORTUGALGANA

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Nacional, em Brasília (DF)

12h (de Manaus)

Nawaf Shukralla (Bahrein)

Portugal: Beto, João Pereira, Ricardo Costa, Bruno Alves e André Almeida (William Carvalho); João Moutinho, Miguel Veloso e Raul Meireles; Nani, Hélder Pos-tiga (Éder) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Paulo Bento

Gana: Fatau Dauda, Harrison Aff ul, John Boye, Jonathan Mensah e Kwadwo Asamoah; Mohammed Rabiu, Christian Atsu, Mubarak Wakaso, Kevin-Prince Boateng e André Ayew; Asamoah Gyan. Técnico: James Appiah

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Paulo Vinícius Coelho

Gol contra!

Dois anos após Alemanha e Áustria protagonizarem a maior marmelada da história das Copas, o técnico Jupp Derwall foi demi-tido. A razão objetiva foi o fi asco na Eurocopa de 1984. Os alemães massacraram os espanhóis, mas um gol de Maceda causou a eli-minação na primeira fase.

Pela tradição de continuidade dos técnicos da seleção da Ale-manha, a derrota seria pouco para demiti-lo. O motivo oculto foi a marmelada contra os aus-tríacos: “Nem toda vitória é um

ganho”, escreveu Norbert Seitz, sobre a demissão de Derwall.

Na Copa-82, Alemanha e Áus-tria jogaram a última partida da primeira fase disputando a vaga com a Argélia. Uma vitória por 1 a 0 classificaria alemães e austríacos. Nos primeiros 11 minutos, massacre alemão e um gol. Nos 80 minutos seguintes, só toques para trás à espera do apito final.

Essa nuvem envolve o jogo Estados Unidos x Alemanha. Um empate classifi ca as duas equipes

e os técnicos Jürgen Klinsmann e Joachim Löw são amigos.

“Queríamos avançar, não jogar futebol”, justifi cou Jupp Derwall, em 1982. Um capricho Derwall ter evitado uma derrota na Copa da Espanha e ser demitido depois de um revés contra a Espanha.

O zagueiro Hummels descartou a marmelada hoje. A vergonha contra a Áustria está viva na memória do futebol alemão.

Na Copa de 54, Iugoslávia e Brasil precisavam de um empate para se classifi carem juntos para

a segunda fase e eliminarem França e México. No fi nal do jogo, Pinga chutou na trave e os iugoslavos fi zeram sinais de que o empate era bom para ambos.

A seleção se classifi cou e se surpreendeu: não conhecia o re-gulamento. Há décadas, o jogo Brasil 1 x 1 Iugoslávia é lembrado como exemplo de desorganiza-ção da seleção brasileira. Se a Alemanha tentar o gol mesmo precisando só do empate, a tarde de hoje no Recife será lembrada como símbolo de honradez.

COLUNISTA DO JORNAL “FOLHA DE SÃO PAULO”

A vergonha da marmelada contra a Áustria, em 1982, está viva na memória do futebol alemãoEssa nuvem envol-

ve o jogo Estados Unidos x Alemanha. Um empate classifi -ca as duas equipes e os técnicos Jürgen Klinsmann e Joachim Löw são amigos

Em caso de empate, as duas seleções garantem vaga nas oitavas de fi nal do torneio e acabam

com chances de Portugal e Gana

Sob a suspeita de um jogo de “compa-dres”, Estados Uni-dos e Alemanha se

enfrentam hoje, às 12h (de Manaus), na Arena Pernam-buco, em Recife (PE), pela última rodada do Grupo G da Copa do Mundo 2014. Os alemães lideram com qua-tro pontos, mesma pontua-ção dos norte-americanos, que levam desvantagem no saldo de gols. Um empate classifi ca os dois times e eli-mina Portugal e Gana, que somam um ponto e duelam no mesmo horário.

A possibilidade de um jogo de cartas marcadas aumentou ainda mais pelo fato de o técnico dos Es-tados Unidos, Jürgen Klins-mann, ter sido um dos maio-res jogadores da história da Alemanha. Ele chegou a afi rmar que vai cantar o hino das duas equipes antes de a bola rolar, mas descartou qualquer combi-nação de resultados.

“Sabemos que isso não existe. Esse é aquele tipo de jogo que não temos sempre a oportunidade de dispu-tar, apenas de quatro em quatro anos, e não vamos abrir mão de buscar uma vitória. Queremos muito conquistar os três pontos e terminar esse grupo na primeira colocação”, disse Jürgen Klinsmann.

A possibilidade de uma armação de resultado, in-clusive, chegou a irritar o técnico da Alemanha, Joa-chim Löw, que tratou o tema como uma brincadeira de mau gosto da mídia. O trei-nador se limitou a falar dos aspectos técnicos do con-fronto e disse esperar uma parada muito complicada para seus jogadores.

“Vamos atuar contra um time que tem a cultura de se defen-der muito bem, fe-char espa-

ços e isso é muito ruim para a Alemanha, acos-tumada a impor um ritmo forte e a jogar em veloci-dade. Mas não podemos mudar o estilo de jogo do rival, mesmo que ele não se encaixe com o nosso”, disse Joachim Löw.

A Alemanha vai conseguir repetir a formação que em-patou por 2 a 2 com Gana na rodada passada. Isso porque o zagueiro Jérôme Boateng e o volante Sami Khedira, que deixaram o duelo contra os africanos reclamando de dores mus-culares, confi rmaram pre-sença em campo.

Nos Estados Unidos nada de mudança, já que Klinsmann viu mais uma vez frustrados seus planos de contar com o atacante Jozy Altidore, vetado com

estiramento muscular na coxa esquerda. As-sim, a equipe será a mesma do empate por 2 a 2 com Portugal.

Em caso de empate, as duas seleções garantem nas oitavas de fi nal do torneio e

com chances de Portugal e Gana

Sob a suspeita de um jogo de “compa-dres”, Estados Uni-dos e Alemanha se

enfrentam hoje, às 12h (de Manaus), na Arena Pernam-buco, em Recife (PE), pela última rodada do Grupo G da Copa do Mundo 2014. Os alemães lideram com qua-tro pontos, mesma pontua-ção dos norte-americanos, que levam desvantagem no saldo de gols. Um empate classifi ca os dois times e eli-mina Portugal e Gana, que somam um ponto e duelam no mesmo horário.

A possibilidade de um jogo de cartas marcadas aumentou ainda mais pelo fato de o técnico dos Es-tados Unidos, Jürgen Klins-mann, ter sido um dos maio-res jogadores da história da Alemanha. Ele chegou a afi rmar que vai cantar o hino das duas equipes antes de a bola rolar, mas descartou qualquer combi-nação de resultados.

“Sabemos que isso não existe. Esse é aquele tipo de jogo que não temos sempre a oportunidade de dispu-tar, apenas de quatro em quatro anos, e não vamos abrir mão de buscar uma vitória. Queremos muito conquistar os três pontos e terminar esse grupo na primeira colocação”, disse Jürgen Klinsmann.

A possibilidade de uma armação de resultado, in-clusive, chegou a irritar o técnico da Alemanha, Joa-chim Löw, que tratou o tema como uma brincadeira de mau gosto da mídia. O trei-nador se limitou a falar dos aspectos técnicos do con-fronto e disse esperar uma parada muito complicada para seus jogadores.

“Vamos atuar contra um time que tem a cultura de se defen-der muito bem, fe-char espa-

ços e isso é muito ruim para a Alemanha, acos-tumada a impor um ritmo forte e a jogar em veloci-dade. Mas não podemos mudar o estilo de jogo do rival, mesmo que ele não se encaixe com o nosso”, disse Joachim Löw.

A Alemanha vai conseguir repetir a formação que em-patou por 2 a 2 com Gana na rodada passada. Isso porque o zagueiro Jérôme Boateng e o volante Sami Khedira, que deixaram o duelo contra os africanos reclamando de dores mus-culares, confi rmaram pre-sença em campo.

Nos Estados Unidos nada de mudança, já que Klinsmann viu mais uma vez frustrados seus planos de contar com o atacante Jozy Altidore, vetado com

estiramento muscular Autor do primeiro hat-trick

da competição, Muller viu Neymar e Messi ultrapassá-

lo na artilharia da Copa

Alemanha encara EUA em jogo polêmico

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TÍTULO: Bélgica e Coreia fazem duelo de opostosSUTIÃ: Enquanto europeus querem garantir a liderança do grupo,

asiáticos sonham com uma improvável classifi caçãoFOTO: LUCAS PRATES/Hoje em Dia/Gazeta Press

Líder do Grupo H com seis pontos e 100% de aproveitamento, a Bélgica encara a Coréia do Sul hoje, às 16h(de Manaus), na Arena Corinthians, em São Paulo (SP), pela última rodada da primeira fase. Os belgas jogam pelo empate para garantirem a primeira posição. Em caso de derrota e vitória dos argelinos, a seleção europeia perde a liderança da chave para os africanos.

Para a Coréia do Sul a situação é quase desesperadora. Isso porque o time segura a lanterna com um ponto, ao lado da Rússia. Para se classifi carem, os coreanos terão que ganhar da Bélgica por dois gols de diferença e torcer por um triunfo por diferença mínima de gols dos russos diante dos argelinos. O time deve ser o mesmo da última partida.

Pelo lado da Bélgica, mesmo com a vantagem do empate para garantir o primeiro lugar, o técnico Mark Wilmots descarta atuar de maneira defensiva. Ele anunciou que vai preservar alguns titulares na Bélgica. O lateral-direito Toby Alderweireld, o zagueiro Jan Verton-ghen, que vem atuando improvisado na lateral esquerda, e o volante Axel Witsel não vão jogar pois estão pendurados com dois cartões amarelos. Assim, Anthony Vanden Borre entrará na lateral direita, Thomas Vermaelen atuará na lateral esquerda e Mousa Dembélé jogará no meio-de-campo.

FICHA TÉCNICACORÉIA DO SUL X BÉLGICA

Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)Horário: 16h(de Manaus)Árbitro: Benjamin Williams (Austrália)

CORÉIA DO SUL: Jung Sung-Ryong, Lee Young, Hong Jeong-Ho, Kim Young-Gwon e Yun Suk-Young; Han Kook-Young, Ki Sung-Yeung, Lee Chung-Yong, Koo Já-Cheol e Son Heung-Min; Park Chu-YoungTécnico: Myungbo HongBÉLGICA: Thibaut Courtois, Anthony Vanden Borre, Toby Alderweireld, Daniel van Buyten e Thomas Vermaelen; Mousa Dembélé, Marouane Fellaini, Dries Mertens, Kevin De Bruyne e Eden Hazard; Romelu LukakuTécnico: Marc Wilmots

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TÍTULO: Quem vencer garante vaga nas oitavasSUTIÃ: O confronto entre Argélia e Rússia pode assegurar ao

vencedor a classifi cação para o mata-mata da competiçãoFOTO: Piervi Fonseca/Agif/Gazeta Press

Um verdadeiro confronto direto. Assim será o duelo entre Argélia e Rússia, que se enfrentam hoje, às 16h(de Manaus), na Arena da Baixada, em Curitiba (PR), pela última rodada do Grupo H da Copa do Mundo 2014. Os dois lutam para fi carem na segunda posição de uma chave que tem a Bélgica já classifi cada. Mais do que a vaga, os dois times lutam também por questões históricas.

Os russos somam um ponto e precisam de uma vitória superior em gols a um possível triunfo da Coréia do Sul sobre a Bélgica. Para a Rússia uma eliminação seria um desastre para um país que será a sede do próximo Mundial. Com três pontos conquistados, os arge-linos se garantem com o empate. A classifi cação seria a primeira do país na história das Copas e compensaria a perda da vaga em 1982, quando os africanos foram eliminados no saldo de gols em uma rodada marcada pela suspeita de combinação de resultados entre Alemanha e Áustria.

FICHA TÉCNICAARGÉLIA X RÚSSIA

Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)Horário: 16h(de Manaus)Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia)

Argélia: Rais M?Bolhi, Aissa Mandi, Madjid Bougherra, Rafi k Halliche e Djamel Mes-bah; Carl Medjani, Nabil Bentaleb, Sofi ane Feghouli, Yacine Brahimi e Abdelmoumene Djabou; Islam SlimaniTécnico: Valid HalilhodzicRússia: Igor Akinfeev, Aleksei Kozlov, Vassili Berezoutski, Sergei Ignashevitch e Dmitriy Kombarov; Denis Glushakov, Viktor Faizulin, Aleksandr Samedov, Oleg Shatov e Maksim Kanunnikov; Alexander KokorinTécnico: Fabio Capello

Mesmo sem jogar um grande futebol neste Mundial, Har-zard tem participado efetivamente dos lances de perigo da Bélgica no torneio

Líder do Grupo H com seis pontos e 100% de aproveitamento, a Bélgica encara a

Coreia do Sul hoje, às 16h (de Manaus), na Arena Co-rinthians, em São Paulo (SP), pela última rodada da primei-ra fase. Os belgas jogam pelo empate para garantirem a primeira posição. Em caso de derrota e vitória dos ar-gelinos, a seleção europeia perde a liderança da chave para os africanos.

Para a Coreia do Sul a situ-ação é quase desesperadora. Isso porque o time segura a lanterna com um ponto, ao lado da Rússia. Para se classificarem, os coreanos terão que ganhar da Bélgica por dois gols de diferença e torcer por um triunfo por diferença mínima de gols dos russos diante dos argelinos. O time deve ser o mesmo da última partida.

Time mistoPelo lado da Bélgica, mes-

mo com a vantagem do em-pate para garantir o primeiro lugar, o técnico Mark Wilmots descarta atuar de maneira defensiva. Ele anunciou que vai preservar alguns titulares na Bélgica. O lateral direito Toby Alderweireld, o zaguei-ro Jan Vertonghen, que vem

Quem vencer garante vaga nas oitavas de fi nal da Copa

Um verdadeiro confronto direto. Assim será o duelo entre Argélia e Rússia, que se enfrentam hoje, às 16h (de Manaus), na Arena da Baixada, em Curitiba (PR), pela última rodada do Gru-po H da Copa do Mundo 2014. Os dois lutam para ficarem na segunda posi-ção de uma chave que tem a Bélgica já classificada. Mais do que a vaga, os dois times lutam também por questões históricas.

Mais que os três pontosOs russos somam um pon-

to e precisam de uma vitória superior em gols a um pos-sível triunfo da Coreia do Sul sobre a Bélgica. Para a

Rússia uma eliminação seria um desastre para um país que será a sede do próximo Mundial. Com três pontos conquistados, os argelinos se garantem com o empate. A classifi cação seria a primeira do país na história das Copas e compensaria a perda da vaga em 1982, quando os africanos foram eliminados no saldo de gols em uma ro-dada marcada pela suspeita de combinação de resultados entre Alemanha e Áustria.

Fábio Capello espera coroar bom trabalho com classifi cação

Enquanto europeus querem garantir a ponta do grupo, asiáticos sonham com uma improvável classifi cação e torcem por várias combinações de resultados

Bélgica quer assegurar liderança contra Coreia

atuando improvisado na la-teral esquerda, e o volante Axel Witsel não vão jogar pois estão pendurados com dois cartões amarelos. Assim, Anthony Vanden Borre entra-rá na lateral direita, Thomas Vermaelen atuará na lateral esquerda e Mousa Dembélé jogará no meio de campo.

FICHA TÉCNICACOREIA DO SUL BÉLGICA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Corinthians, em São Paulo (SP)

16h (de Manaus)

Benjamin Williams (Austrália)

Coréia do Sul: Jung Sung-Ryong, Lee Young, Hong Jeong-Ho, Kim Young-Gwon e Yun Suk-Young; Han Kook-Young, Ki Sung-Yeung, Lee Chung-Yong, Koo Já-Cheol e Son Heung-Min; Park Chu-Young Técnico: Myungbo Hong

Bélgica: Thibaut Courtois, Anthony Vanden Borre, Toby Alderweireld, Daniel van Buyten e Thomas Ver-maelen; Mousa Dembélé, Marouane Fellaini, Dries Mertens, Kevin De Bruyne e Eden Hazard; Romelu Lukaku Técnico: Marc Wilmots

SONHO

FICHA TÉCNICAARGÉLIARÚSSIA

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena da Baixada, em Curitiba (PR)

16h (de Manaus)

Cuneyt Cakir (Turquia)

Argélia: Rais M?Bolhi, Aissa Mandi, Madjid Bougherra, Rafi k Halliche e Djamel Mesbah; Carl Medjani, Nabil Bentaleb, Sofi ane Feghouli, Yacine Brahimi e Abdelmoumene Djabou; Islam Slimani Técnico: Valid Halilhodzic

Rússia: Igor Akinfeev, Aleksei Kozlov, Vassili Berezoutski, Sergei Ignashevitch e Dmitriy Kombarov; Denis Glushakov, Viktor Faizulin, Aleksandr Samedov, Oleg Shatov e Maksim Kanunnikov; Alexander Kokorin Técnico: Fabio Capello

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Como em todos os jogos realizados na Arena da Amazônia, o de ontem também foi marcado por um bom esquema de trânsito no entorno do estádio e pela alegria da torcida

Alegria

As torcidas de Hondu-ras e Suíça mostra-vam muita confi ança na chegada à Arena da

Amazônia, palco do confronto decisivo do Grupo E. A seleção que saísse vitoriosa poderia se classifi car para a próxima fase da Copa do Mundo, isso acabou motivando ainda mais os torcedores que esgotaram os ingressos para o jogo. Sem enfrentar difi culdades para chegar ao estádio, a multidão que foi prestigiar o duelo aos poucos começou a colorir a Avenida Constantino Nery. A maior parte do público era de brasileiros que vestiam a tra-dicional camisa amarelinha da seleção brasileira. “Fiz questão de prestigiar o último jogo que vai acontecer na arena nesse

Mundial. É um jogo histórico para o Estado e quero fazer parte dessa festa. Infelizmente, só conse-

gui comprar ingressos para esse jogo. Gostaria de ter

vindo em todos”, disse o administrador Gus-

tavo Braga, 25.Os mais anima-

dos na chega a Arena da

Amazônia eram os torcedores suíços que chegavam com os rostos pintados e carregavam com orgulho a bandeira de seu país. Confi antes na clas-sifi cação, eles cantavam can-ções típicas suíça e acabaram atraindo a atenção dos torce-dores brasileiros que entraram no clima de festa dos suíços. “Esse clima de festa que tomou conta da cidade é muito legal. Os turistas mostram uma ale-gria que chega a ser conta-giante. Vim para o jogo sem torcida defi nida, mas entrei no clima dos suíços. Eles são animados e estão confi antes na classifi cação. Torcerei pela Suíça”, afi rmou o economista Alberto Noronha, 24.

Confi ante que o atacante Shaqiri seria o destaque do confronto, o suíço Andre Fitckv já planejava o confronto contra a Argentina nas oitavas de fi nal. “Hoje o Shaqiri vai decidir para a Suíça e vamos enfrentar a Ar-gentina na próxima fase. Moro no Brasil há cinco anos e sei da rivalidade que existe entre brasileiros e argentinos, então acredito que a Suíça terá a torcida de todos os brasileiros”, citou o estrangeiro que se im-pressionou com a organização que encontrou em Manaus.

Morando em São Paulo desde 2009, André está visitando a ca-

pital do Amazonas pela primeira vez e se encantou com o que encontrou na cidade. “Manaus é linda. Só conhecia a cidade pelas informações que vejo na televi-são. Não esperava uma cidade tão desenvolvida e organizada. Me encantei”, afi rmou.

Já os hondurenhos chegavam ao palco de jogo em grupos pequenos. Sabendo que a classi-fi cação mesmo que possível, era bem improvável, mantinham os pés no chão e prometiam co-memorar apenas ao término do jogo. “Temos que golear a Suíça e ainda torcer para que a França vença o Equador. Nos-sa situação é complicada, mas temos chances. Acredito que o time irá lutar até o fi nal. O nosso adversário é muito forte e chegou a Copa como cabeça de chave. Será uma partida di-fícil”, disse o hondurenho Cesar Castro que está em Manaus há três dias com sua família.

O turista admitiu que não esperava ser tão bem recebido pelos brasileiros e já programa outras viagens pelo país. “Ouvia falar que os brasileiros eram re-ceptivos aos estrangeiros, mas só comprovei nessa viagem. Já passei por Salvador e agora es-tou aqui. O carinho que recebo é sensacional. O Brasil está de parabéns e voltarei outras vezes para conhecer mais”, fi nalizou.

foi a tônica da festa na arena

Trânsito tranquilo

O quarto e último jogo da Copa do Mundo na Arena da Amazônia con-

fi rmou o resultado positivo do planejamento de trânsi-to executado no perímetro de segurança do estádio e em outras áreas da ci-dade. Nos dias das parti-das disputadas na capital amazonense, o Instituto

Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito

(Manaustrans) não registrou qualquer incidente nas inter-dições e desvios de trânsito programados. Na disputa entre Honduras e Suíça, rea-lizada ontem o Manaustrans trabalhou com um efetivo de cerca de 300 agentes para garantir a segurança na circu-lação de pedestres e conduto-res. As interdições no entorno da arena foram implantadas a partir de 10h, mais cedo que nos jogos anteriores, já que o jogo começou às 16h.

Após o fi m do jogo entre Honduras e Suíça, a dispersão dos espectadores da Arena transcorreu com a mesma tranquilidade registrada nas partidas anteriores. Os agen-tes monitoraram a circulação dos torcedores ao longo das avenidas Constantino Nery, Pedro Teixeira, Djalma Ba-tista e Lóris Cordovil. Menos de duas horas após o encer-ramento da partida, o trânsito foi liberado para a circulação de veículos.

FOTOS ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

Avenida Constantino Nery. A maior parte do público era de brasileiros que vestiam a tra-dicional camisa amarelinha da seleção brasileira. “Fiz questão de prestigiar o último jogo que vai acontecer na arena nesse

Mundial. É um jogo histórico para o Estado e quero fazer parte dessa festa. Infelizmente, só conse-

gui comprar ingressos para esse jogo. Gostaria de ter

vindo em todos”, disse o administrador Gus-

tavo Braga, 25.Os mais anima-

dos na chega a Arena da

Trânsito tranquilo

O quarto e último jogo da Copa do Mundo na Arena da Amazônia con-

fi rmou o resultado positivo do planejamento de trânsi-to executado no perímetro de segurança do estádio e em outras áreas da ci-dade. Nos dias das parti-das disputadas na capital amazonense, o Instituto

Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito

Irreverência marcou todos os dias de jogos na Arena da Amazônia

Suíços eram só entusiasmo e confi ança antes e depois do jogo contra Honduras


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Catadores de lixo têm feito um trabalho intenso durante a Copa do Mundo. A população agradece

Os jogos da Copa do Mundo estão acon-tecendo em todo o Brasil. As seleções

estão mostrando suas quali-dades dentro das quatro linhas e fazendo bonito neste mundial. Em Manaus não é diferente. Equipes consagradas como Inglaterra e Itália já passaram pela cidade e encantaram todos os fãs do esporte. Porém, uma equipe formada por 44 pesso-as está diariamente fazendo bonito e marcando muitos gols contra a poluição. São os cata-dores de lixo que trabalham no entorno da Arena da Amazônia Vivaldo Lima e na Fifa Fan Fest, na Ponta Negra.

O grupo é formado pelo Mo-vimento dos Catadores e pela Associação de Reciclagem e Preservação Ambiental (Arpa) e conta com o apoio da Comissão Especial de Divulgação e Orien-tação da Política de Limpeza Pública (Cedolp) e Secretaria Municipal de Limpeza e Servi-ços Públicos (Semulsp) nessa luta pela preservação do meio ambiente. “Os catadores estão deixando a Ponta Negra mais limpa. Podemos perceber isso ao fi nal de cada Fan Fest. Isso gera renda para eles e ajuda a proteger o meio ambiente. Eles também estão no entorno da arena”, disse o presidente da Cedolp, Adriano Rodrigues.

Alegria As catadoras Deia Miranda e

Edissandra Duarte, ambas da Arpa, mostravam alegria en-quanto coletavam as latinhas que estavam espalhadas pelo calçadão da Ponta Negra. Tra-balhando no local desde o co-meço da Copa do Mundo, as trabalhadoras fi caram felizes com a oportunidade de ajudar nessa limpeza.

“Fazendo essa coleta, ajuda-mos o meio ambiente e deixa-mos a área limpa para que os visitantes aproveitem a orla da cidade. Fora que ainda ajuda fi -nanceiramente os envolvidos”, disse Edissandra.

Começando a trabalhar a partir do momento em que a Fan Fest é aberta e só parando com o fechamento do evento, as catadoras informaram que o trabalho é redobrado nos dias dos jogos da seleção brasileira. “Trabalhamos em todos os jo-gos da Copa, porém o trabalho aumenta nos dias dos jogos do Brasil. Chegamos a dividir as equipes para não fi car tão pesado”, informou.

Edissandra informou que se surpreendeu com o carinho que os “smurfs”, apelido que os ca-tadores ganharam porque suas fardas são azuis, estão receben-do das pessoas que estão pres-tigiando o evento organizado pela Fifa. “Nós passamos e as pessoas chamam para ajudar na coleta. Alguns dobram o nariz porque mexemos com o lixo, po-rém a maioria é supercarinhosa e colabora para o nosso trabalho. Até nos deram um apelido cari-nhoso por nossas roupas serem azuis”, explicou a catadora.

O presidente da Asso-ciação de Reciclagem e Preservação Ambiental (Arpa), Raul Lima, ressal-ta a iniciativa da Prefeitu-ra de Manaus em convidar movimentos de recicla-gem para fazer parte da equipe de limpeza das áreas de festa da Fifa. “As equipes estão traba-lhando tanto no entorno

da Arena da Amazônia quanto na Fan Fest. Já recolhemos mais de 30 toneladas de matérias que podem ser recicla-das”, disse Raul.

Segundo Raul, os mo-radores de Manaus co-meçaram a criar consci-ência da importância da reciclagem para o meio ambiente e que essas

pequenas iniciativas aju-dam a preservar a natu-reza. “Temos de preservar o meio ambiente. Esses materiais que recolhem poderiam ir para os nos-sos rios e poluir mais ainda o planeta. É bom ver que as pessoas estão se preocupando mais com isso e fazendo a cole-ta seletiva até em suas

residências. Aos poucos, vamos deixando a cida-de mais limpa”, citou o presidente da Arpa, que ainda revelou que a orga-nização recolhe cerca de 150 toneladas de lixo das ruas de Manaus por mês. Entre todos os materiais, os mais achados são as latinhas, os papelões e as sacolas plásticas.

Mais de 30 toneladas são recicladas

Raul Lima informou que a reciclagem mudou sua vida e abriu várias portas que o ajudaram até no desenvolvimento pessoal. Trabalhando na associa-ção desde sua fundação, o presidente afi rma que faz esse trabalho por prazer.

“No começo, nosso principal ponto de coleta era o entorno da igreja dos Remédios, no Cen-tro. Chegamos a dormir em frente a ela porque perdemos os últimos ônibus, devido à grande quantidade de materiais que ficamos separando. Fazemos isso por prazer. Hoje é a principal fonte de renda de 34 famílias”, explicou o coletor, que já rodou todo o Brasil par-ticipando de eventos que envolvem a reciclagem.

O mais importante, em sua opinião, foi o Rio+20, em 2012, organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Raul lembra que, hoje, a Arpa realizará no Lar das Marias, localizado na rua Wenceslau Braz, Dom Pedro, Zona Centro-Oeste da cidade, uma feira para vender todo material que for produzido na ofi cina. Todo o dinheiro arreca-dado será doado para a instituição. “Faço um con-vite a todos os moradores do bairro que compareçam ao Lar das Marias dia 26. Essa ação social é impor-tante, porque ajudamos o meio ambiente reciclando matérias e ainda ensina-mos as senhoras uma nova forma de aumentar suas rendas”, fi nalizou. (TF)

Fonte de renda para 34 famílias

que deixalimpaa cidadeGente

As catadoras Deia Miranda e Edissandra Duarte trabalham pesado, mas com muito entusiasmo

Catadores têm o trabalho redobrado nos dias dos jogos da seleção brasileira

FOTOS: IONE MORENO


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Artistas locais ganharam visibilidade durante CopaTuristas que todos os dias lotam o largo São Sebastião, também se encantaram com a cultura e os artistas regionais

Complexo boêmio e palco de aquecidos festejos durante o mundial, a presença

massiva de estrangeiros e amazonenses no largo São Sebastião, em frente ao Te-atro Amazonas, Centro, tem movimentado centros cultu-rais e galerias nas redondezas, aumentando a exposição de artistas amazonenses para o mundo. Cinco importantes locais de exibição artística da região aumentaram o número de visitas em cerca de 70% desde o início dos jogos.

Ao lado do monumental Teatro Amazonas, a Casa das Artes tem recebido cerca de 300 turistas todos os dias, das 9h às 19h. Até o fim da Copa, a galeria irá exibir um compilado de obras de artis-tas amazonenses relaciona-dos ao futebol e a cultura local. São instalações, pintu-ras e fotografias alojadas no espaço construído em uma

casa histórica.“Nossa visitação aumentou

muito. Os turistas costumam perguntar o nome dos artistas e isso é bom porque ajuda a disseminar o trabalho dos artistas locais”, disse Yuri Moi-

nhos, responsável por recep-cionar os torcedores. Segundo ele, nem só estrangeiros têm dado mais atenção às obras locais. “Também temos mui-tos amazonenses e pessoas do Brasil inteiro interessados nas obras”, complementou.

Na Galeria do Largo, próxi-mo ao movimentado bar do Armando, ganham visibilidade os artistas Zeca Nazaré, que expõe a obra “Meu Univer-so Visual”, e Nelson Falcão, responsável pelo projeto co-laborativo “Onde nascem os mitos”, uma interpretação artística que exibe fragmen-tos de lendas amazonenses. “Eles costumam passar aqui antes de começar a se divertir nos bares e sempre querem levar informativos sobre os artistas”, disse Anne Littaiff , responsável pelo local.

No Teatro Amazonas, a visi-tação aumentou em cerca de 70%, segundo a administra-ção do monumento histórico. Desde que o mundial iniciou, a programação tem variado entre apresentações musicais e exibições teatrais. “Sempre somos muito visitados, mas nos últimos dias, é claro, es-tamos com muito mais tra-balho e isso é ótimo porque adoramos mostrar o teatro”, disse Fernanda Agnes, uma das guias do teatro.

RAPHAEL LOBATOEquipe EM TEMPO

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Para incentivar os turis-tas que passam pelo local a visitarem os espaços cul-turais, estagiários da pasta de Cultura (Semc) passeiam pelo largo oferecendo in-formações. Com plaquetas “passeio grátis”, eles indi-cam os espaços onde há exposições, eventos e inter-venções culturais no local. “Primeiramente os turistas

pensam que vamos levá-los para passeios no rio, mas depois fi cam encanta-dos com os espaços”, disse Gabriela Farias, uma das colaboradoras da ação.

A exposição da cidade du-rante o mundial também tem benefi ciado artistas in-dependentes. Sem espaços para exibir seus trabalhos, eles fazem intervenções ar-

tísticas no entorno do Te-atro Amazonas e atraem olhares e mídia. O saxo-fonista Mário Soares tem feito performances no local todas as tardes, desde que o mundial iniciou. Na tarde de ontem, foi entrevistado pela gigante BBC da Amé-rica Latina em documen-tários sobre a cultura das cidades-sede.

Exposições agradam público

Eles costumam passar aqui antes de começar a se divertir nos bares e sempre querem levar informativos sobre os artistas

Anne Litaiff , galeria do largo

CULTURAIS’.

Guias estão, diariamente, oferecendo aos turistas várias opções de entretenimento no largo

‘Vitrines Culturais’ em destaqueA prefeitura abre as portas

do Paço Municipal, rua Gabriel Salgado, Centro, para mos-trar a diversidade cultural brasileira por meio do projeto “Artesanato dos Jogos 2014 – Vitrines Culturais”, uma ex-posição que estará em sete cidades-sede do Mundial.

Mais de 90 associações e artesãos de todo o Brasil fo-ram escolhidos para expor e comercializar peças em Manaus, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janei-ro, São Paulo e Porto Ale-gre, cidades contempladas pela iniciativa.

São mais de 200 tipos de peças de alta qualidade e valor agregado que compõem a cultura nacional.

Até 13 de julho, os visi-tantes terão acesso às ces-tarias, bordados, cerâmica, renda, tecelagem, brinque-dos, peças em vidro e me-tal, artes indígenas, barro, cuias, dentre outras.

Coordenada Fundação Municipal de Cultura, Turis-mo e Eventos (Manauscult), a exposição é aberta ao público e tem por objetivo mostrar o trabalho de arte-sãos brasileiros.

Para inauguração do espa-ço, está em Manaus o coor-denador da exposição e chefe de representação Norte do Ministério da Cultura (MinC), Delson Cruz, que destaca a importância do intercâmbio cultural entre as cidades en-volvidas na atividade.

“E uma grande oportuni-dade para a população da cidade e para os visitantes, de conhecer um pouco mais da cultura brasileira em suas diversas formas e linguagens artesanais. Além disso, o Paço Municipal é um ícone arquite-tônico que recebe a exposição

agregando enorme valor ao evento”, declarou Cruz.

Além da exposição Vitrines Culturais, estão abertas tam-bém no Paço Municipal as exposições “A Coleção Thiago de Melo”, com 30 obras do acervo pessoal do poeta que foram doadas ao município e “A Pedra Fundamental da Pinacoteca Municipal”, com o trabalho de diversos artistas plásticos amazonenses.

A abertura oficial da ex-posição acontecerá hoje, a partir das 10h, no Paço Municipal. As exposições são gratuitas.Serão mais de 200 tipos de peças a disposição do visitante

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Seja americano, japonês ou português, turista foi seduzido pelos pratos típicos da região, como o tambaqui assado na brasa e o tacacá

Não é só o futebol e a hospitalidade do povo amazonense que vêm encantan-

do os turistas estrangeiros que estão em Manaus para acompanhar os jogos da Copa do Mundo. A culinária regional, especialmente os peixes, vem caindo nas graças dos gringos, que não têm economizado elogios à nossa gastronomia. Os americanos Robert Band e David Aurelius, que estiveram em Manaus para acompanhar o jogo entre Portugal e Esta-dos Unidos, declararam que fi caram fascinados com o sa-bor do tambaqui. Os turistas experimentaram o prato em um restaurante localizado no centro de Manaus e volta-ram outras duas vezes para repetir o cardápio.

“Em Salvador, chegamos a experimentar um peixe frito, mas esse aqui de Manaus

é muito melhor, e também achamos muito saborosos os acompanhamentos”, ex-

plicou Band, referindo-se ao baião de dois, vinagrete e farinha do Uarini.

Natural da Carolina do Nor-te, os americanos também experimentaram a sardinha assada na folha da bananeira, o espetinho de arraia na brasa e o tambaqui ao escabeche acompanhado de um regio-nal pirão. “Quando decidimos vir ao Brasil acompanhar os jogos, optamos em vivenciar de fato a cultura de cada cidade e provar os pratos da região. Por meio de pesquisa na internet, descobrimos que o peixe é o principal cardápio da cidade. Decidimos enca-rar sem arrependimentos”, explicou Aurelius.

TambaquiO japonês Tokiro Saito, que

veio a Manaus a trabalho durante o jogo Croácia e Ca-marões, conseguiu uma folga

na agenda para apreciar a culinária regional e optou por experimentar um tambaqui assado na brasa. Não foi pre-ciso dar muitas garfadas para perceber o encantamento do estrangeiro pelo cardápio.

Um grupo de portugueses que também escolheu Ma-naus para assistir à uma partida do seu time de-clarou que nos quatro dias que estiveram na cidade optaram por pratos sempre regionais, apesar de terem encontrado uma grande oferta do cardápio seme-lhante ao de seu país.

“Ali na praça do largo ha-via um bar que vendia boli-nho de bacalhau e também um outro restaurante que ofereciam comidas bem parecidas com as nossas, mas escolhemos cardápios diferentes. Comemos mui-to peixe e também experi-mentamos o suco de cupu-açu”, disse a portuguesa Daniele Fonteza.

ISABELLA SIQUEIRAEquipe EM TEMPO

A coordenadora da rede de restaurante Tambaqui de Banda, Catiane Vaz, disse que o local se preparou com antecedência para o período e decidiu abrir uma fi lial no largo São Sebastião de olho nessa nova fatia de clientes. Para tanto, contratou três atendentes bilíngues para auxiliar os turistas e provi-denciou um cardápio com tradução para o inglês. “Mon-tamos um estrutura com te-lão, ambiente climatizado e profi ssionais especializados. Estamos trabalhando de do-mingo a domingo, de 11h às 23h, sempre com mesas lota-das, graças a Deus. Fizemos um investimento para a Copa

e agora estamos colhendo o resultado”, comemorou.

Nas últimas semanas, o local tem sido um dos pon-tos de maior rotatividade de grupos de turistas. “Nossas vendam aumentaram bas-tante e também cresceram no número de profi ssionais para atender a demanda, além do cardápio especial voltado todo para a culinária regional”, comentou.

No restaurante, entre os pratos mais pedidos está à banda de tambaqui assada na brasa e o jaraqui frito, mas o local também oferece a costela de tambaqui frita, o tambaqui ao escabeche, pacu frito, bolinho de tamba-

qui, banana frita em tiras e o famoso espetinho de arraia. A dedicação do espaço com a Copa do Mundo foi tão in-tensa que foi criado um prato específi co para o período: o tambaqui de pé, que é o pei-xe empanado misturado com batata frita. Essa novidade está entre as mais pedidas dos clientes.

“Instalamos também uma fi lial nossa dentro da arena e estamos vendendo esse pra-to do tambaqui de pé, que foi criado especialmente para ocasião. Estamos encarando a concorrência de frente, pois disputamos com sanduíches e outras guloseimas”, disse a coordenadora. (IS)

Muito peixe e atendentes bilíngues

O encanto da culinária amazônica

O tambaqui assado, acompanhado de guarnições, é um dos pratos mais pedidos pelos gringos

Outra iguaria bastante pe-dida pelos turistas é o taca-cá. No quiosque do Tacacá da Gisela, instalado na área central do largo São Sebas-tião, reduto preferido dos tu-ristas, o alimento tem saído com frequência, segundo um dos funcionários.

No bar do Armando, o fa-moso sanduíche de pernil também tem muita saída. Segundo um dos gerentes

do local, Roberto Carvalho, o prato tem tido boa saída até mesmo no horário do almoço, e os estrangeiros têm aprovado o sabor. “Tem gringo que chega aqui, pede o sanduíche e já fi ca o dia inteiro!”, comenta.

Para aliviar o calor, uma das opções mais escolhidas pelos turistas é o sorve-te. Em uma casa do ramo localizada bem em frente

à praça o movimento é constante. Entre os sabores mais pedidos estão o cupu-açu, o açaí e o tucumã. “Aqui no largo oferecemos todas as opções de cardápio para o turista experimentar o que temos de mais regio-nal na cidade. Refeições que vão desde o café da manhã até o jantar com direito a sobremesa”, diz uma comerciante. (IS)

Tacacá e sanduíche de pernil

Culinária regional tem chamado a atenção dos turistas durante a Copa do Mundo, em Manaus

Turista saboreia o tambaqui de pé, que é o peixe empanado mistu-rado com batata frita

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O encanto da culinária amazônica

Culinária regional tem chamado a atenção dos turistas durante a Copa do Mundo, em Manaus

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Emoção no primeiro jogo visto na Arena da Amazônia

Os premiados pelo progra-ma “Incentivo Seleção de Cra-ques”, do Grupo Simões, es-tavam ansiosos e animados, na manhã de ontem, para o jogo da Copa do Mundo entre Suíça x Honduras, que seria o primeiro que eles iriam assistir na vida. As equipes são de Cru-zeiro do Sul, Porto Velho, Be-lém, Santarém e Marabá. Para Marcelo Araújo, do município de Cruzeiro do Sul, essa opor-tunidade é algo inesquecível. “Poder assistir a um jogo da Copa do Mundo é maravilhoso, ter o prazer de um dia dizer que estávamos assistindo à uma partida é uma sensação incrível”, afi rmou.

Para ele, a iniciativa foi gratificante, algo que nunca irão esquecer.

A unidade de Porto Velho premiou um total de oito funcionários. Quatro vieram a Manaus para assistir à par-tida entre Croácia x Camarões na semana passada, e os ou-tros quatro, da área comercial, ganharam ingressos para as-sistir Suíça x Honduras. Para Robert Wesley, Cleinaldo Bra-ga, Luiz Felipe e Célio Cibriano, a expectativa para entrar na

Arena da Amazônia e assistir ao jogo era grande.

Os vendedores juniores Jeferson Galvão e Flávio Brito, da unidade de Belém, trabalharam e se esforça-ram muito por mais de dois meses para serem contem-plados com esses ingressos. “Estivemos focando na meta

que o nosso supervisor nos passou e, graças a Deus, re-cebemos essa notícia. Fiquei muito feliz com essa oportu-nidade que a empresa está dando para os funcionários. Nunca tinha vindo a Manaus e nem nunca tive oportuni-dade de assistir a um jogo da Copa”, relata Flávio.

PROMOÇÃO

PRESENTEFuncionários dos Es-tados do Acre, Ron-dônia e Pará foram contemplados com promoção, que pre-miou com ingressos os profi ssionais que mais se destacaram em suas áreas de atuação

A copa mais conectada de todasNos dez primeiros dias da

Copa do Mundo no Brasil, a Oi registrou tráfego de 32 terabytes de dados nas redes de mídia e informática fornecidas pela companhia para a Fifa e utilizadas pelos cerca de 20 mil profi ssionais de mídia credenciados de 113 países para cobrir o evento no país. O volume de informações equivale a nove milhões de fotos em alta resolução ou 35 milhões de fotos em resolução nor-mal. Essa marca já supera o total de dados trafegados nas redes da Copa do Mundo Fifa em 2010 durante toda a competição, fazendo des-ta a Copa mais conectada da história com recorde de tráfego de dados e confi r-mando a participação estra-tégica e essencial da Oi.

A companhia foi selecio-nada pela Fifa para fornecer conexão de internet e servi-ços corporativos de teleco-municações nos 12 estádios e locais de transmissão para os profi ssionais de mídia cre-denciados que fazem a cober-tura de imprensa e noticiam

a competição para todo o mundo, além de atender a própria Fifa em suas deman-das de telecomunicações.

“Com este recorde de Copa mais conectada, a Oi consolida sua experiência mundial como fornecedo-ra de Telecom em grandes eventos, tanto esportivos, quanto de entretenimento ou conferências interna-cionais. Entre os grandes eventos em que a Oi foi a fornecedora de telecomu-nicações estão a Reunião Anual do Banco Interame-ricano de Desenvolvimento (BID) realizada este ano na Bahia, o Rock in Rio 2013, a Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013, os sorteios da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, a Con-ferência das Nações Uni-das sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em 2012, os Jogos Mundiais Militares em 2011 e o 16º Jogos Pan-americanos do Rio em 2007”, afi rma José Claudio Moreira Gonçalves, diretor de Operação Cen-tralizada da Oi.

TELEFONIA

Nove milhões de fotos foram compartilhadas em 10 dias

DIVULGAÇÃO

‘Guia de Bolso’ é aprovado por turistas estrangeirosGuia possui informações sobre parques urbanos, entretenimento, segurança e outros. Ele foi confeccionado em quatro idiomas

Um guia feito pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manaus-

cult) em parceria com a Em-presa Estadual de Turismo (Amazonastur) vem sendo um dos materiais turísticos mais procurados pelos visitantes que passam pela cidade. O material, disponível na versão em português, inglês e espa-nhol, é um informativo prático e completo, que contém um mapa sobre a capital amazo-nense, indicando os principais pontos culturais e históricos, além de dicas aos viajantes.

O “Guia de Bolso” está sendo disponibilizado gratuitamen-te nos Centros de Atendi-mento ao Turista (CATs) e no receptivo feito pela equipe da Manauscult no aeroporto internacional Eduardo Gomes. De acordo com dados da Ma-nauscult, há uma saída diária de 500 guias por dia.

“Preparar nossa cidade para os visitantes foi um trabalho intenso e que contou com mui-tas parcerias. Materiais assim são simples, mas muito úteis para aqueles que precisam de informações sobre a cidade. O guia reúne conteúdos de órgãos ofi ciais do turismo da região e está sendo um suces-

so”, afi rma o diretor-presiden-te da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula.

O que encontrarO “Guia de Bolso” é um im-

presso em duas faces. Na pri-meira, o mapa mostra a cidade de Manaus com destaque para os principais pontos turísticos. No total são 19 atrações. Além do Centro Histórico, há indi-cação dos parques urbanos, a exemplo do Mindu, Bilhares e reserva Adolpho Ducke, na Zona Norte.

Na parte de entretenimento, o Parque Cidade da Criança e o bairro Vieiralves, na Zona Centro-Sul, são pontos indi-cados, sendo o primeiro um espaço totalmente voltado para crianças e adolescentes e o outro por ser uma área boêmia da capital.

Há também indicações so-bre onde encontrar informa-ções turísticas a exemplo dos CATs e da Delegacia espe-cializada em Crimes Contra o Turista, localizada no ae-roporto internacional Eduar-do Gomes, aberta 24 horas. Todo o conteúdo do impresso contém um QR Code que dire-ciona para o Guiatur Manaus, primeiro site turístico lança-do pela Manauscult.

Bernardo cita, ainda, que o receptivo aos turistas é outro destaque da funda-ção. “Esse é nosso dife-rencial: recepcionar com carinho os que desembar-cam em nossa cidade nem que seja por pouco tempo.

Isso deixa aquela vonta-de de voltar mais vezes e descobrir cada vez mais os encantos que nossa região oferece”, declarou.

Os visitantes que chegam à capital amazonense são recepcionados com muita

hospitalidade pela equipe da Manauscult. Seja no ae-roporto, porto ou rodoviá-ria, os visitantes recebem informações sobre a cidade e brindes regionais.

Desde antes do início da Copa do Mundo, a Ma-

nauscult tem promovido a abordagem aos turistas que chegam a Manaus por via área, terrestre e fl u-vial. Equipes da Manauscult também prestam apoio na saída de voos, principal-mente internacionais.

Recepcionar com carinho foi diferencial

Manauscult informou que 500 guias são distribuídos ao dia

Um total de 19 atrações foram listadas no guia de bolso, que foi destribuído gratuitamente em pontos estratégicos da cidade

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Amazonenses se despedem com saudosismo de jogosPopulação afi rma que o saldo em Manaus é positivo e que mais jogos do Mundial deveriam vir para a Arena da Amazônia

Ainda faltam 18 dias para o fi nal da Copa do Mundo, porém, em Manaus, os jogos na

Arena da Amazônia encerra-ram na tarde de ontem com a partida entre Honduras e Suí-ça. Em outro ponto da cidade, no Fifa Fan Fest, Ponta Negra, os amazonenses estavam com sentimento de dever cumpri-do. “Acredito que boa parte desse sucesso todo, que vem ganhando destaque mundo afora, deve-se a população. Todos contribuíram para que tivesse uma boa re-percussão”, comenta Manuela Ramos, 34,

que estava acompanhada do marida e da fi lha.

Entre os destaques está a organização. “Observei que saiu tudo como o esperan-do, sem maiores transtornos. Aliás, não tivemos notícias de alguma coisa desagradável ou algo do tipo”, diz ressaltando, ainda, que Manaus estava es-condida e que, agora, ganhou projeção mundial. “Acredito, sem dúvida, de que o

turismo irá aumentar. Temos potencial para isso”.

Também acompanhado da família, Oliveiros Palma, 57, achou o evento “fantástico”. “Não tive acesso à internet, mas ouvi falar que fomos es-colhidos a melhor de todas as sedes do mundial. Os turistas falaram bem e conseguimos um grande destaque”, frisa. Porém, ele acredita que ou-tros jogos deveriam vir para

Manaus. “Sabemos que não existe essa possibilida-

de, mas antes deve-riam ter coloca-

do ao menos mais uma

partida”. O amazonense con-feriu de perto a disputa entre Itália e Inglaterra.

Na sua ida ao estádio o que mais chamou atenção foi a

segurança. “Não vi nenhum tipo de imprevisto ou acidente. Ocor-reu tudo na maior tranquilidade. E isso também está ocorrendo na Fifa Fan Fest. É minha pri-meira vez e estou gostando bastante”, afi rma.

PasseioAs amigas Érica Barbosa e

Simonete Matias foram até a Fan Fest para conferir o show da banda baiana Cheiro de Amor, na tarde de ontem. Ambas acreditam que o estereótipo do Amazonas (formado por fl o-restas e índios) chegou ao fi m. “Sem dúvida fomos a sede mais comentada e de forma positiva. A visão que os outros tinham da nossa região era muito de-turpada. Hoje, eles conseguem perceber que somos uma capital desenvolvida e que temos muito a oferecer”, diz Érica.

Simonete também concorda com a amiga. “Na verdade foi uma surpresa dupla. Tanto para quem é de fora, quanto para nós que moramos aqui. É claro que sabíamos do nosso poten-cial, mas não esperávamos ter essa projeção”, reiterando que o turismo, certamente, passará por uma considerável mudança. “Acredito que já está mudando. Prova disso são os comentários.

BRUNO MAZIERIEspecial EM TEMPO

O último dia do Fan Fest será dia 13 de ju-lho, juntamente com a fi nal da Copa do Mundo. Até lá, o espaço abrirá somente em dias de jo-gos. Entre as atrações que passarão pelo lugar estão a banda de rock do Rio de Janeiro Biquí-ni Cavadão e o cantor Nando Reis.

Último dia de festejos na Fifa Fan Fest

Banda Cheiro com nova vocalista A banda Cheiro de Amor,

uma das mais conhecidas quando o assunto é axé mu-sic, está com nova vocalis-ta, a cantora pernambucana Vina Calmon. De passagem por Manaus para participar da Fifa Fan Fest, a artista concedeu entrevista ao EM TEMPO momentos antes de subir no palco montado na Ponta Negra. “Estou bastante ansiosa para me apresentar no Amazonas. Acredito que será uma experiência tão in-crível e maravilhosa quanto foi em Minas Gerais”, diz.

Com uma carreira marca-da por uma banda de baile – quando ingressou no mundo da música aos 10 anos – e duas bandas de forró Vina, de fato, se encontrou no axé.

“Quando chegava o Carnaval, as bandas de forró criavam um repertório totalmente voltado para essa época e quem desempenhava esse papel era eu. Sempre tive uma ligação muito forte com o gênero musical”, conta.

A Cheiro de Amor foi res-ponsável por revelar grandes artistas como Aline Rosa, por exemplo. E é claro que o nervosismo e pressão seria algo normal, mas a cantora se viu bastante segura e tran-quila quando foi convidada a assumir os vocais da Cheiro de Amor. “Não senti nenhum tipo de pressão ou coisa do tipo. Claro que sei a impor-tância do grupo, mas foi tudo muito tranquilo. Sempre me senti bastante capaz de estar

fazendo o que estou e preten-do dar sempre o meu melhor. É claro que com o tempo vamos adquirindo mais ex-periência e nos dedicando naquilo que nos colocamos a fazer”, comenta.

Além disso, a transição do forró para o axé music também não foi problema. “Como disse anteriormente, já cantava algumas coisas do gênero. Então foi algo bastante tranquilo. Claro que ouve uma mudança de repertório, me entreguei bem mais ao trabalho já existente no grupo. Está sen-do bastante satisfatório o resultado”, analisa.

Fã declarada de importan-tes nomes como Mariah Ca-rey, Marisa Monte e Beyoncé,

a cantora diz que, nas horas vagas, sempre escuta mú-sicas aleatoriamente. “Sou muita apaixonada pela Ma-risa (Monte), mas não sou dessas que tira o dia para ouvir somente uma artista, não. Nos meus momentos de lazer ou quando estou viajan-do ouço tudo o que gosto e sem uma ordem. Na verdade, costumo ouvir uma seleção de músicas independente-mente do artista”, diz.

Atualmente, a banda está preparando a artista para fazer uma turnê pelos qua-tro cantos do Brasil em co-memoração aos 30 anos de criação. “Acredito que será uma experiência incrível e tem tudo para dar certo”, fi naliza. (BM)Vina Calmon estava ansiosa para animar o público manauense

ATRAÇÃODIEGO JANATÃ

TORCIDAO grande público que tem passado pela Fifa Fan Fest ainda tem 18 dias para ir ao local e desfrutar das atrações musicais e de entrete-nimento programadas para ocorrerem duran-te o Mundial no Brasil

Vamos aguardar o retorno”. Vale ressaltar que, ao todo, mais de seis mil pessoas conferiram as atrações na Ponta Negra ao longo de todo o dia.

Um público tímido compareceu ao anfi teatro da Ponta Negra para assistir às partidas

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ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENSBruno Mazieri Isabella SiqueiraRaphael LobatoThiago Fernando

REVISÃO Dernando MonteiroGracicleide DrummondLorena Lima

DIAGRAMAÇÃOKlinger Santiago, Marcelo Robert, Kleuton Silva e Pablo Filard

TRATAMENTOS DE IMAGENSAdriano Lima

‘Estou de alma lavada’Essa foi a afi rmação do prefeito Arthur Virgílio Neto sobre a participação de Manaus na Copa do Mundo, elogiada pela Fifa, pelo governo federal e pelos turistas brasileiros e estrangeiros que prestigiaram o Mundial na cidade

O prefeito Arthur Vir-gílio Neto fez um balanço otimista sobre a participa-

ção de Manaus na Copa do Mundo, ontem, minutos antes da cidade receber seu último jogo – Suíça x Honduras – na Arena da Amazônia. “Estou de alma lavada”, afi rmou o prefeito diante da aprovação maciça dos estrangeiros que estiveram em Manaus e que fi caram satisfeitos com a acolhida e os serviços (97%, segundo pesquisas dos órgãos ofi ciais de turismo), além dos elogios que vem recebendo pelo nível de organização, in-clusive da própria Fifa.

“Passamos no teste e fomos o elemento surpresa desta Copa”, afi rmou Arthur Virgí-lio, garantindo que o fl uxo de turistas para a cidade não vai parar e que a Prefeitura de Manaus e governo do Estado já têm planos para potencia-lizar essa vocação que está se consolidando com o voo

internacional da TAP, ligando Manaus a Lisboa, e com a promessa de implantação de um novo voo da Ibéria Li-nhas Aéreas, ligando Manaus a Madri (Espanha) e a Lima (Peru), além das rotas de voos fretados dos Estados Unidos para Manaus. Outro legado da Copa, de acordo com o prefeito, é a autoestima dos moradores da cidade. “A Copa deixou o nosso povo envaide-cido com a cidade que mudou e ainda mudará muito para melhor”, afi rmou.

Apesar das críticas e de certo preconceito das mí-dias nacional e internacio-nal, Manaus é a subsede de maior destaque nesta etapa da Copa do Mundo. Na sua opinião, por que isso aconteceu?

Arthur Virgílio Neto – Apresentamos o nosso cartão de visita e fomos muito bem vistos. A baixa expectativa que se criou quanto à cidade foi

até boa, porque nos tornamos uma grata surpresa. Para ter uma pequena noção disso, mais de 70 jatos executivos americanos passaram por Ma-naus nas vésperas do jogo entre EUA e Portugal. Esses americanos já descobriram o caminho e estão a quatro horas de nós. Isso nos dá a cer-teza que o mercado turístico vai continuar depois da Copa. Manaus surpreendeu pela or-ganização e pela capacidade de receber bem os turistas. A cidade teve um dos públicos mais expressivos, entre as de-mais sedes. A Fifa Fan Fest já atraiu quase 300 mil pesso-as ao Complexo Turístico da Ponta Negra, na Zona Oeste. Além das belezas naturais, os monumentos históricos, como o Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa e todo o Centro His-tórico de Manaus encantaram os visitantes que não veem a hora de retornar à capital. Isso se deve muito ao trabalho

conjunto entre prefeitura e governo. Nós investimentos em infraestrutura, melhorias no sistema viário e no trans-porte coletivo, modernizamos o atendimento em saúde e implantamos novas metodo-logias na educação, além de obras que resgataram o orgu-lho do povo manauense.

Qual é a estratégia de Ma-naus para manter em alta o fl uxo de turistas internos e estrangeiros?

AVN – Investiremos muito mais na infraestrutura porque, além de um povo acolhedor e que foi capaz de cativar, sem brigas e nenhum tipo de violência, turistas de várias nacionalidades, é preciso que a cidade também se torne atrativa. Quem mora em Ma-naus viu que a cidade mudou, quem veio de fora viu uma ci-dade bonita e vamos trabalhar ainda mais para que Manaus desenvolva sua vocação de cidade mundial. Isso também

passa pela qualifi cação das pessoas, pois uma cidade ver-dadeiramente turística tem de apresentar um povo que fale ao menos o inglês e se possível também o espanhol. Tivemos o Bolsa Idiomas, ao mesmo tempo em que os empresários investiram na preparação dos seus funcionários, o que aju-dou para que os estrangeiros fossem bem-recebidos e se comunicassem com facilida-de. Tivemos a participação magnífi ca dos voluntários da Copa, que também recebe-ram muitos elogios. Com a demanda, vão crescendo tam-bém os serviços, e não fi cará a sensação de que acabou a Copa e acabou o turismo, porque temos o voo da TAP e a perspectiva de um novo voo da Ibéria Linhas Aéreas Madri-Manaus-Lima. Isso nos mostra que o fl uxo de turistas vai continuar.

Qual o balanço geral da participação de Manaus

na Copa?AVN – Estou muito tranqui-

lo e até de alma lavada. Acho, inclusive, que alguns críticos teriam de dar a mão à pal-matória. Estamos colhendo o que ainda é o começo de uma das nossas três vocações. São elas: a eternização da Zona Franca de Manaus, investin-do em hidrovias, na abertura da BR-319, em infraestrutura aeroportuária e no capital intelectual; a biodiversidade, que é uma riqueza intacta e que representa a prosperi-dade do povo do Amazonas; e a nossa terceira vocação, sem dúvida, é o turismo. Ma-naus é a terceira capital com tendência de cidade mundial, depois de Rio de Janeiro e São Paulo. Considero um grande avanço o sucesso que foi a Copa em Manaus para o nos-so fortalecimento turístico. A Copa deixou o nosso povo envaidecido da cidade, que mudou e ainda mudará muito para melhor.

SEMCOM

Arthur disse que o fl uxo de turistas para a cida-de não vai parar e que a prefeitura e o governo já têm planos para potencializar essa vocação

Rebelo diz que Manaus é exemploO Centro Aberto de Mídia

(Cam) de Manaus, localizado no Centro Cultural Povos da Amazônia, na Zona Sul, recebeu na manhã de ontem a visita do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que estava acompa-nhado do coordenador da Uni-dade Gestora do Projeto Copa (UGP-Copa), Evandro Melo, e do diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Bernardo Monteiro de Paulo. Durante vi-sita ao Cam, que reuniu jorna-listas estrangeiros nos dias de jogos do Mundial em Manaus

e teve as atividades encerra-das ontem, quando aconteceu a última disputada na Arena da Amazônia, o ministro falou sobre o desempenho da cidade como uma das sedes da Copa do Mundo e não poupou elogios à capital do Amazonas.

“A cidade é um exemplo para o Brasil de esforço e per-severança. Sempre achei que Manaus nos daria uma Copa à altura das expectativas do mundo e do Brasil. O povo do Amazonas deu o exemplo de educação, civilidade e acolhi-mento a todos os estrangei-

ros”, declarou Rebelo.Evandro Melo lembrou a des-

confi ança de muitas pessoas sobre a capacidade de Manaus em ser uma cidade-sede e des-tacou todo o trabalho conjunto entre o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus para que tudo desse certo. “Muitos desconfi avam de que não en-tregaríamos as obras a tem-po. Estamos mostrando que a cidade se preparou e abraçou esta causa como uma grande festa. Manaus demonstra que está preparada para grandes eventos e todo o planejamento

realizado pela prefeitura e Go-verno do Estado é um sucesso”, disse o coordenador da UGP-Copa, Evandro Melo.

Bernardo Monteiro de Pau-la apresentou balanço parcial das atividades da Manauscult à frente da coordenação da Fifa Fan Fest, comprovando que o evento fi gura entre os mais organizados do Brasil e tem recordes de público. “Já recebe-mos 260 mil pessoas na nossa Fan Fest e, diariamente, temos 23 mil visitantes que passeiam pela Ponta Negra e são muito bem acolhidos”, argumentou.

ESPORTE

Rebelo: “Sempre achei que Manaus daria uma Copa à altura”

KARLA VIEIRA/SEMCOM

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pódio - 26 de junho de 2014

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