pódio - 30 de junho de 2014

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MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 [email protected] ADALBERTO MARQUES/AGIF/GAZETA PRESS Musas como Shakira e Jennifer Lopez fazem sucesso na Copa Pódio E9 Nos pênaltis, Costa Rica bate Grécia e entra para a história Pódio E6 Nem mesmo o calor de 30 º C e a umidade relativ a do ar em 70% foi capaz de parar a Laranja . Com Arjen Robben em mais uma tarde inspirada, a Holanda suou para derrotar os mexicanos por 2 a 1, e agora terá pela frente a zebra Costa Rica nas quartas de final da Copa . Pódio E 6

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 [email protected]

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Musas como Shakira e Jennifer Lopez fazem sucesso na Copa

Pódio E9

Nos pênaltis, Costa Rica bate Grécia e entra para a história

Pódio E6

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014 [email protected]

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NO SUFOCONem mesmo o calor de 30º C e a

umidade relativa do ar em 70% foi capaz de parar a Laranja. Com Arjen Robben em mais uma tarde inspirada,

a Holanda suou para derrotar os mexicanos por 2 a 1, e agora terá pela frente a zebra Costa Rica nas quartas de fi nal da Copa. Pódio E6

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D2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

JUCA KFOURI

Barrigas F. C.

O preconceito contra a im-prensa esportiva é coisa antiga e quase superada. Dizia-se que se o jovem aspirante a jornalista não sabia fazer nada deveria ir para as editorias de Polícia ou de Esporte.

“O jornalismo esportivo apura mal”, já disseram alguns auto-proclamados críticos de impren-sa, embora raramente leiam os cadernos de esporte. Se lessem, e checassem, seriam menos arro-gantes e evitariam o ridículo.

Dias desses ouvi do repórter aus-

tríaco Robert Florencio a sua boa impressão sobre como a imprensa brasileira apontou o erro no pênalti marcado para a seleção no jogo de abertura da Copa, contraposta à má impressão deixada pela uru-guaia no caso da mordida.

Quando se generaliza, a não ser em relação aos cartolas, sempre se corre o risco de injustiças.

Se é verdade que a TV aberta brasileira tem uma postura sub-serviente e ufanista, cúmplice do poder, é mentira que seja essa a postura geral até mesmo na TV,

embora na fechada, como nos canais ESPN.

Do mesmo modo em relação à boa parte dos portais na internet e em relação aos jornais, para fi car em São Paulo, como esta “Folha” e “O Estado de São Paulo”, além do diário especializado “Lance!”.

Claro, há os garotos-propagan-da e os que maltratam a língua, mas não só na mídia esportiva.

De 1993 até 2005, Melchiades Filho, o Melk, por exemplo, editou o “Esporte” deste jornal com um olhar severo e competente sobre

os bastidores, tradição mantida por quem o sucedeu em seguida, como José Mariante.

Melk depois foi brilhar como diretor da sucursal da “Folha” em Brasília e comandou reportagens nas mais diversas áreas, na es-portiva, inclusive, que ganharam os mais cobiçados prêmios de nosso jornalismo.

O que tem sido publicado de bobagem sobre o jornalismo es-portivo permite escrever um livro sob o sugestivo título “Barrigas F.C.”

COLUNISTA DO JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

Não existe “a” imprensa esportiva brasileira. Existem várias e algumas delas muito boas, por sinal O que tem sido

publicado de bo-bagem sobre o jor-nalismo esportivo permite escrever um livro sob o su-gestivo título “Bar-rigas F.C.”

CHARGE

HERÓIS DA COPA* MARCUS VINÍCIUS PESSOA

A carreira de Paolo Rossi iniciou nas categorias de base da Juventus, mas sem muito bri-lho foi emprestado ao modesto Vicenza, onde marcou 21 gols e ajudou o time a ser promovido à primeira divisão.

Na Copa da Argentina, Paolo Rossi conseguiu um lugar na equipe principal, levando seu país à quarta colocação. Na temporada 79/80 se transferiu para o Perugia, ano em que teve sua carreira manchada por

um dos maiores escândalos do futebol italiano. Ele e mais 26 atletas estavam envolvidos com a Loteria Esportiva do país e como punição, fi cou dois anos sem poder atuar.

Numa aposta arriscada, a Juventus repatriou o jogador. A sorte, para os italianos, é que sua pena terminou um mês antes da Copa. Na Copa da Es-panha, a Itália caiu na mesma chave de Argentina e Brasil, e foi justamente contra a seleção

brasileira que Rossi faria a me-lhor partida de sua vida.

O Bambino brilhou e marcou três vezes, acabando com o so-nho dos brasileiros, conduzindo a Azurra até o tricampeona-to mundial e consagrando-se como artilheiro do Mundial.

Também jogou pelo Milan e Verona. Rossi, que encerrou a carreira em 1987, nunca foi brilhante, mas será para sem-pre lembrado por ter levado o Brasil inteiro às lágrimas.

Paolo Rossi,O “Bambino de ouro”

* MARCUS VINÍCIUS PESSOA É REDATOR PUBLICITÁRIO

ARTILHARIA

Tabela da Copa do Mundo

5GOLS

OITAVAS DE FINAL OITAVAS DE FINAL

54

SEGUNDA30/0617h00Porto Alegre - Beira-Rio

ALEMANHA

ARGÉLIA

53

SEGUNDA 30/0613h00Brasília - Mané Garrincha

FRANÇA

NIGÉRIA49

SÁBADO 28/0613h00Belo Horizonte - Mineirão

BRASIL

CHILE

1

1

50

SÁBADO 28/0617h00Rio de Janeiro - Maracanã

COLÔMBIA

URUGUAI

2

0

52

DOMINGO 29/0617h00Recife - Arena Pernambuco

COSTA RICA

GRÉCIA

1

1

51

DOMINGO 29/0613h00Fortaleza - Castelão

HOLANDA

MÉXICO

2

155

TERÇA 01/0713h00São Paulo - Itaquerão

ARGENTINA

SUÍÇA

56

TERÇA 01/0717h00Salvador - Fonte Nova

BÉLGICA

ESTADOS UNIDOS

60

SÁBADO 05/0713h00Brasília - Mané Garrincha

________________

________________

58

SEXTA 04/07 13h00Rio de Janeiro - Maracanã

________________

________________

QUARTAS DE FINAL

57

SEXTA 04/07 17h00Fortaleza - Castelão

BRASIL

COLÔMBIA

59

SÁBADO 05/07 17h00Salvador - Fonte Nova

________________

________________

62

QUARTA 09/07 17h00São Paulo - Itaquerão

VENCEDOR JOGO 59

VENCEDOR JOGO 60

SEMIFINAL

61

TERÇA 08/07 17h00Belo Horizonte - Mineirão

VENCEDOR JOGO 57

VENCEDOR JOGO 58

3º LUGAR FINAL

64

DOMINGO 13/07 16h00Rio de Janeiro - Maracanã

VENCEDOR JOGO 61

VENCEDOR JOGO 62

63

SÁBADO 12/07 17h00Brasília - Mané Garrincha

PERDEDOR JOGO 61

PERDEDOR JOGO 62

PÊNALTIS: BRASIL 3 X 2 CHILE

JAMES RODRÍGUEZCOLÔMBIA

PÊNALTIS: COSTA RICA 5 X 3 GRÉCIA

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D3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

1990: poucos gols e muita emoção marcam MundialPela segunda vez na história das Copas, a Itália sediava o Mundial. Mas, nem o apoio da torcida foi capaz de evitar derrota

Quando a Copa do Mundo voltou a ser disputada na Itália, em 1990, 56 anos

depois do primeiro título da Azzurra, muito havia mudado no país, e também no mundo. Se, em 1934, ganhar o título sob os olhos do ditador Beni-to Mussolini era praticamente uma questão de vida ou morte, na 14ª edição do torneio os ita-lianos entraram como favoritos, organizaram o torneio em 12 sedes, reformaram dez está-dios, construíram duas arenas gigantescas em Turim e Bari e se prepararam, com a força da eufórica torcida, para se tornarem os primeiros tetra-campeões da história.

Mas a missão se revelaria complicada. Todas as seleções que já haviam sido campeãs mundiais até então se classi-fi caram para o torneio: Brasil, Uruguai, Argentina, Alemanha Ocidental e Inglaterra, além da própria Itália. O Uruguai era apenas uma sombra da Ce-leste Olímpica. Sobre o Brasil pairava a dúvida: como o time de Sebastião Lazaroni iria re-agir em sua primeira Copa do Mundo sem a brilhante gera-ção de Zico, Falcão e Sócrates? A Argentina contava com o gênio Maradona; a Inglaterra

tinha não apenas Gary Lineker, artilheiro em 1986, mas tam-bém o endiabrado Paul Gas-coigne; e a Alemanha vinha com Franz Beckenbauer como técnico e Lothar Matthäus, Jürgen Klinsmann e Andreas Brehme como destaques.

Mesmo com tantas atrações, a Copa de 1990 teve a menor média de gols da história: ape-nas 2,21 por partida. O torneio acabou consagrando um estilo de jogo mais sisudo, de muita marcação e pouca ousadia. O time que mais destoou dessa regra foi uma surpresa: Cama-rões. Liderados pelo carismáti-co Roger Milla, os contagiantes camaroneses começaram a fa-zer história com uma vitória so-bre a Argentina, logo na estreia, por 1 a 0. Depois, venceram a Romênia, se classifi caram em primeiro do grupo e ainda ba-teram a Colômbia nas oitavas de fi nal. Primeira seleção da África a chegar às quartas de fi nal, Camarões só deu adeus ao sonho diante da Inglaterra, na prorrogação.

Os ingleses chegaram pela primeira vez à semifi nal desde 1966 e, depois disso, nunca mais conseguiram ir tão longe. Mas em 1990 as chances de garantir o sonhado bicampeonato eram reais. O bom time britânico

contava com jogadores como Gary Lineker, David Platt, Ian Wright, e o veterano goleiro Pe-ter Shilton. Além, claro, de Paul Gascoigne. Polêmico e irascível, o atacante se transformou no ícone da decepção inglesa. Na semifi nal contra a Alemanha, Gascoigne tomou um cartão amarelo que, automaticamen-te, o deixava fora da fi nal, se a Inglaterra avançasse. Ciente

disso, Paul começou a chorar copiosamente em campo. Uma das imagens mais marcantes do torneio foi a do atacante Lineker avisando ao banco inglês que o companheiro estava visivel-mente abalado. Coincidência ou não, o time inglês acabou eliminado nos pênaltis.

Na outra semifi nal, mais emo-ção. A Itália, dona da casa,

enfrentaria a Argentina justa-mente em Nápoles, terra que idolatrava Diego Maradona. Dieguito levara o time do Napoli a patamares nunca sonhados por sua fanática torcida. Sem-pre controverso, o camisa 10 convocou os napolitanos a tor-cerem pela Argentina, alegando que o Sul da Itália era historica-mente desprezado pelo Norte. O apelo de Maradona chegou a dividir os italianos, que viram os argentinos vencerem nos pênal-tis e se garantirem na fi nal.

A grande decisão, em Roma, colocou frente a frente os mesmos times que, quatro anos antes, haviam disputa-do o troféu. O vencedor se igualaria a Brasil e Itália, com três conquistas mundiais. A Ar-gentina apostava em Marado-na, que, praticamente sozinho, garantira o bi em 1986. Mas a Alemanha queria vingança. E ela veio dos pés de Andre-as Brehme. De pênalti, ele marcou o único gol do jogo. O capitão Lothar Matthäus ergueu a taça e entrou para a história como o líder e prin-cipal pensador daquele time. De quebra, Franz Beckenbauer se igualou a Zagallo como os únicos homens a conquistar a Copa do Mundo como jogador e também como técnico.

Campeão da Copa Amé-rica em 1989, o Brasil ti-nha bons jogadores em seu elenco – para citar apenas alguns: Romário, Bebeto, Ca-reca, Renato Gaúcho, Mo-zer, Aldair, Ricardo Gomes, Mauro Galvão e Taff arel. Mesmo assim, o time do técnico Sebastião Lazaroni não inspirava confi ança na torcida. O treinador optou pelo esquema tático 3-5-2 e, pela primeira vez na história, a seleção brasileira jogava de maneira tão defensiva.

O resultado foi um futebol apático. O Brasil suou para se classifi car na primeira fase. Embora tenha conseguido três vitórias, foram todas no

sufoco: 2 a 1 na Suécia, 1 a 0 na Costa Rica e 1 a 0 na Escócia. Nas oitavas de fi nal, confronto com a Argentina, que tinha dado vexame na etapa de grupos, perdendo inclusive para Camarões, mas contava com Mara-dona. Quando faltavam 10 minutos para o fi m do tempo regulamentar, Claudio Cani-ggia aproveitou lançamento de Maradona para marcar e eliminar o Brasil.

Aqueles dias de futebol atípico, focado na marca-ção, fi cariam conhecidos como “Era Dunga”, em refe-rência ao aguerrido volante gaúcho, que, mais tarde, teria sua redenção.

Seleção de Lazaroni apática

MARADONAO craque argentino chegou à sua segunda fi nal de Mundial segui-da, mas, dessa vez, ele não foi capaz de levar a seleção argentina ao tricampeonato e viu os alemães comemorarem o título em solo italiano

Time contava com jogadores como Romário e Bebeto

Jogadores alemães come-moram título mundial con-quistado fora de casa ao comando de Beckenbauer

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AÇÃO

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D4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Arena contou com uma ‘seleção’ de ausentes

O Pódio montou uma seleção de grandes jogadores que não puderam pisar no gramado do templo do futebol amazonense por diversos motivos, a começar por Buff on

Uma “constelação” de craques apre-sentaram seu re-pertoria de joga-

das no gramado da Arena da Amazônia Vivaldo Lima durante a Copa do Mundo. Andréa Pirlo, Steven Gerrard e Cristiano Ronaldo foram um dos mais assediados pe-los torcedores. Mas a lista dos grandes craques que en-cantaram o público poderia ser maior. Variados motivos afastaram outros grandes jogadores do estádio amazo-nense. Dos ausentes, dá para formar um time inteiro.

Gianluigi Buffon – Ca-pitão histórico da seleção italiana, o goleiro sofreu uma entorse enquanto fazia o re-conhecimento do gramado da Arena um dia antes da estréia de sua seleção contra a Inglaterra. Buffon assistiu do banco de reserva à vitória por 2 x 1 da Azzurra no pri-meiro jogo da Copa que foi disputado na cidade.

Kyle Walker – O lateral direito inglês sofreu uma lesão no quadril antes da convo-cação fi nal do English Team para o Mundial. Titular de sua seleção em toda a eliminatória européia, o atleta que tem 24 anos e defende o Tottenham Hotspurs, faria parte do grupo que fracassou no Brasil.

Pepe – O luso-brasileiro foi outro jogador que não atuou em gramados manauenses. O zagueiro do Real Madrid

foi expulso no primeiro jogo de Portugal na Copa contra a Alemanha após dar uma cabeçada no atacante Tho-mas Müller.

Josip Simunic – O zagueiro croata recebeu uma dura puni-ção da Fifa após fazer gestões nazistas enquanto comemo-rava a vitória de sua seleção contra a Islândia em Zagreb, pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo.

Fábio Coentrão – Talen-toso lateral esquerdo por-tuguês, Fábio Coentrão foi

o desfalque que mais fez falta no jogo contra os Es-tados Unidos em Manaus. O jogador sofreu uma lesão no jogo de estreia contra a Alemanha, e alem de não poder atuar na Arena da Amazônia Vivaldo Lima, fi-cará longe dos gramados por dois meses.

Ricardo Montolivo – O volante italiano sofreu uma fratura na tíbia durante amistoso preparatório an-tes do começo da Copa do Mundo. Titular absoluto da

seleção comandada por Ce-sare Prandelli, Montolivo fez falta a equipe que novamen-te não conseguiu passar da primeira fase do Mundial.

Niko Kranjar – Habilidoso e dono de poderosos chutes de longa distância, o croata rompeu os ligamentos da coxa antes do começo da Copa e fez falta na campanha de sua seleção no Brasil.

Walcott – A eterna pro-messa inglesa rompeu os ligamentos do joelho direito ainda no começo do ano, porém, não conseguiu se recuperar a tempo de ser convocado pelo treinador Roy Rodgson.

Chamberlan – O jovem meia atacante do Arsenal e da seleção da Inglaterra não se recuperou de lesão antes do duelo contra a Itália vali-do pela primeira rodada da Copa do Mundo e não pôde ajudar seu time na derrota para a Azurra.

Hugo Almeida – O centro-avante português se machu-cou ainda no primeiro tempo da partida contra a Alema-nha na estreia de Portugal na Copa do Mundo.

Samuel Eto’o – O astro camaronês se machucou no primeiro jogo de sua seleção na Copa do Mundo. Mesmo fazendo tratamento intensi-vo para entrar em campo con-tra a Croácia, o atacante, que fez sucesso pelo Barcelona, viu Camarões ser goleada e eliminada do mundial. Prova-velmente, essa foi sua última participação em Copa.

‘Chuva de gols’ alegrou torcedoresA Copa do Mundo já deixa

saudade no coração dos ama-zonenses. Foram apenas qua-tro jogos na fase de grupos e uma enorme sensação de que poderia ter sido mais. Mas, de uma coisa os manauenses não podem se queixar. Os jogos aqui realizados foram de boa qualidade técnica e enquanto puderam viver a atmosfera de um Mundial de futebol, tiveram a oportuni-dade de gritar gol pelo menos três vezes por jogo.

No total, foram anotados 14 “estufadas na rede”, resultando numa média de 3,5 gols por partida, a terceira maior da pri-meira fase da Copa do Mundo. A Arena da Amazônia Vivaldo Lima fi cou atrás somente do estádio Beira-Rio, Porto Alegre (RS) que teve media de 4,75 por partida e da arena Fonte Nova, em Salvador (BA) com a impressionante marca de 5,25 gols, em dia por jogo.

Sendo considerada pela Fifa a grata surpresa entre as cidades-sede, Manaus deu show dentro e fora de campo. Sendo invadida por turistas de todos os cantos do plane-ta, a capital do Amazonas foi tomada pelo clima de festa durante esse período. O largo

São Sebastião, que fi ca no centro da cidade, se tornou o principal ponto de encon-tro dos torcedores. Com dois telões instalados no local, o ponto turístico da cida-de virou uma arquibancada

aberta para todos que foram empurrar suas equipes.

A Arena da Amazônia Vivaldo Lima também não deixou a desejar. Atraindo os holofotes antes mesmo da bola rolar por sua beleza, o estádio foi elogiado pelos visitantes que foram prestigiar as partidas no local. Organizado e muito bem sinalizado, reuniu mais de 160 mil pessoas nas quatro parti-das. Os torcedores manauen-ses tiveram a oportunidade de ver de perto craques como o

italiano Andrea Pirlo, o inglês Wayne Rooney e o português Cristiano Ronaldo, melhor jo-gador do mundo de 2013.

Os jogos O primeiro jogo da Copa do

Mundo realizado na cidade foi o clássico entre as campeãs mundiais Itália e Inglaterra. Os italianos venceram por 2 a1 e conquistaram a torcida da maioria que foi ao estádio.

A segunda partida envolveu duas equipes que estavam no mesmo grupo do Brasil na Copa, Croácia e Camarões. Os africanos perderam por 4 a 0. O destaque da partida foi o centroavante Mandzukic, autor de dois gols.

O duelo mais esperado pe-los torcedores manauense aconteceu dia 22. Portugal e Estados Unidos se enfrenta-ram pela segunda rodada do Grupo G. A partida terminou empatada por 2 a 2.

Em clima de despedida, Suiça e Honduras fi zeram a última partida na Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Com show do atacante Shaqiri, a seleção suíça bateu o adver-sário por 3 a 0 e saiu do jogo classifi cada para as oitavas de fi nal do torneio.

GOLS

GIANLUIGI BUFFON Goleiro (Itália)

PORTUGALNenhuma outra sele-ção perdeu tanto com desfalques na hora de jogar em Manaus como a portuguesa. Os lusos fi caram sem três titulares para a parti-da diante da seleção dos Estados Unidos

FÁBIO COENTRÃOLateral esquerdo (Portugal)

KYLE WALKERLateral direito (Inglaterra)

JOSIP SIMUNICZagueiro (Croácia)

PEPEZagueiro (Portugal)

RICARDO MONTOLIVOVolante (Itália)

WALCOTTPonta-direito (Inglaterra)

NIKO KRANJARArmador (Croácia)

CHAMBERLANMeia-atacante (Inglaterra)

HUGO ALMEIDACentroavante (Portugal)

SAMUEL ETO’OAtacante (Camarões)

CR7 NA ARENAPortugal e Estados Unidos se enfrenta-ram pela segunda rodada do Grupo G, em Manaus. A torcida foi prestigiar e ver o futebol do melhor mundo, Cristiano Ro-naldo, de perto

Atacante Balotelli foi um dos que marcaram gol na arena

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

Média de gols

1 - Fonte Nova - Salvador = 21 gols, 4 jogos. 5,25 gols2 - Beira-Rio - Porto Ale-gre = 19 gols, 4 jogos. 4,75 gols3 - Arena da Amazônia Vivaldo Lima - Manaus = 14 gols, 4 jogos. 3,50 gols3 - Estádio Mané Garrin-cha - Brasilia = 14 gols, 4 jogos. 3.50 gols5 - Arena Pantanal - Cuiabá = 12 gols, 4 jogos. 3 gols6 - Arena Castelão - For-taleza = 11 gols, 4 jogos. 2,75 gols7 - Arena Corinthians - São Paulo = 10 gols, 4 jogos. 2,50 gols8 - Arena Pernambuco - Recife = 9 gols, 4 jogos. 2,25 gols9 - Arena da Baixada - Curitiba = 8 gols, 4 jogos. 2 gols10 - Mineirão - Belo Ho-rizonte = 7 gols, 4 jogos. 1,75 gols11 - Maracanã - Rio de Janeiro = 6 gols, 4 jogos. 1,50 gols12 - Arena das Dunas - Natal = 5 gols, 4 jogos. 1,25 gols

DIVULGAÇÃO

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D5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Jornal alemão “Bild” publicou na edição de ontem (29) uma lista para com motivos para o torcedor não acreditar no hexacampeonato da seleção

Sete motivos

Após a má atuação diante do Chile, onde foi dominada em todo o segundo

tempo e conseguiu a clas-sifi cação graças ao goleiro Júlio César, uma discussão veio à tona. Até onde a seleção comandada por Felipão pode chegar nesta Copa do Mundo.

O jornal alemão “Bild” publicou na edição deste domingo (29), uma lista com sete motivos em para o Brasil não ser campeão da Copa do Mundo em seus territórios.

A MATÉRIA É UMA ESPÉCIE DE CORNETADA DOS RIVAIS

1 - Uma equipe não pode ser formada apenas por Neymar2 - O Brasil não vão dar sorte nos pênaltis duas vezes

3 - Alemanha será campeã do mundo e eliminará o Brasil nas semifi nais, caso o país sede chegue tão longe

4 - Nunca uma equipe foi campeã do mundo precisando de decisão por pênaltis para avançar às quartas de fi nal5 - Hulk joga como um personagem de desenho animado

6 - James Rodriguez e a Colômbia vêm ai, nas quartas de fi nal7 - A Alemanha será campeã mundial, como anteciparam os Simpsons

(trata-se de um episódio do famoso desenho americano em que a Alemanha conquista a Copa do Mundo).

para o Brasil não ganhar a Copa

O técnico Luiz Felipe Sco-lari não tentou esconder os problemas que a seleção brasileira tem enfrentado na Copa do Mundo, ape-sar da classifi cação para as quartas de fi nal com vitória sobre o Chile nos pênaltis. Na partida dispu-tada no Mineirão, os anfi -triões foram pressionados, sofreram um gol em um vacilo defensivo e mostra-ram falta de criatividade e oportunismo no ataque.

“É claro que tudo isso nos preocupa um pou-co”, admitiu Felipão, que tem lamentado o excesso de nervosismo na busca pelo hexacampeonato em casa. O próprio treinador

revelou que, quando está sozinho na concentração, sente-se inseguro com al-gumas de suas decisões.

“Mesmo os mais expe-rientes sentem uma Copa do Mundo. Todo o mundo sente. Quem disser que não, estará mentindo”, disse.

De qualquer forma, Fe-lipão acredita que as di-ficuldades têm calejado a equipe para sequência da Copa do Mundo.

“Temos muita gente nova, que vai acrescen-tando experiência com os jogos, cometendo menos erros. Quando ganhamos dessa forma, com emoção, podemos fazer disso uma coisa boa”, declarou.

Falhas preocupam Felipão

A fraca atuação do Brasil no jogo de oitavas de final contra o Chile sábado (28) deixou o argentino Jorge Sampaoli na dúvida se o anfitrião da Copa do Mun-do de 2014 é real candida-to ao título. Treinador da equipe chilena, ele quer ver outras atuações do time comandado por Luiz Felipe Scolari antes de apontá-lo em condições de brigar pelo hexa.

O Brasil teve muitas difi cul-dades diante do Chile e conse-guiu a classifi cação às quartas de fi nal apenas nos pênaltis. Depois de empate por 1 a 1 nos 90 minutos e persistência da igualdade na prorrogação, a seleção venceu na disputa de penalidades por 3 a 2.

“Se o Brasil é candidato ou não, veremos no futuro. Vamos ver se com o anda-mento do Mundial a equi-pe se fortalece com essa vitória para enfrentar os próximos jogos com mais segurança”, afirmou Sam-paoli, citando a compacta-ção do time brasileiro como um de seus trunfos.

A dúvida do treinador do Chile em relação à força do Brasil foi reforçada com uma

atuação apagada do time da casa nas oitavas de fi nal. Sem criatividade no meio, a equipe comanda por Luiz Felipe Scolari recorreu cons-tantemente a lançamentos longos, tentando se apro-veitar da velocidade de seus atacantes e da baixa estatu-ra da zaga adversária.

“Jogamos contra o can-

didato de todos ao títu-lo na sua casa e foi um jogo de igual para igual, com esforço dos dois la-dos. Anulamos um jogador importante como Neymar com nossa marcação. Ago-ra o Brasil está na Copa e nós voltamos para casa por causa dos pênaltis”, disse Sampaoli.

‘Brasil não é favorito’, diz técnico

O futebol apresentado pela seleção de Felipão não tem conven-cido a mídia internacional

Após ser derrotado pela seleção brasileira nos pênaltis, o técnico do Chile, Jorge Sampaoli, não vê Brasil como favorito da Copa

PONTO FRACODurante o jogo contra o Chile, os zagueiros brasileiros deram 63 chutões em direção ao ataque. A falta de um meia que organize o time é evidente, por isso Sampaoli vê o Brasil abaixo dos concorrentes

Capitão justifica isolamentoNo último sábado (28),

a seleção brasileira con-quistou uma vitória so-frida diante do Chile, nas oitavas de final da Copa do Mundo. Antes da co-brança de pênaltis, uma cena chamou a atenção de quem assistia à partida: o capitão Thiago Silva se afastou do grupo, sentou sobre a bola do jogo e fez uma prece. Pelas redes sociais, muitos torcedo-res criticaram o jogador,

dizendo que ele estava emocionalmente abalado e com ar de derrotado. O camisa 3 se justificou.

“As pessoas julgam sem saber o que está acon-tecendo! Para quem falou que eu estava derrotado nessa imagem aí senta-do na bola! Estava muito enganado, sou brasileiro e não desisto nunca... Apenas queria um momento meu para fazer minha oração”, escreveu o zagueiro.

Antes dos pênaltis, Thiago Silva evitou contato com companheiros

FOTOS: DIVULGAÇÃO

GAZETAPRESS

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D6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Holanda sofre e bate México no fi nal do jogoEm partida disputada sob o forte calor de Fortaleza (CE), mexicanos deixaram a classifi cação escapar nos acréscimos

O México, mais uma vez, jogou como nun-ca e perdeu como sempre. Na tarde

de ontem, o time de Miguel Herrera saiu na frente dos holandeses. Mas o gol parece ter feito mal aos mexicanos, que recuaram demais e su-cumbiram diante da pressão imposta pela Laranja Mecâ-nica nos minutos fi nais da partida. A virada chegou aos 48 minutos do segundo tempo, em cobrança de pênalti con-vertido por Huntelaar.

O México se dispôs a jo-

gar e levou perigo até abrir o placar com Giovani dos Santos, aos três minutos do segundo tempo. Mas recuou e provou que não basta en-cher sua área de jogadores para saber defender e que o goleiro Ochoa, sozinho, não pode ser salvador sempre. Aos 42, Huntelaar, que entrou no lugar de Van Persie, esco-rou para Sneijder empatar e, aos 48, o próprio Huntelaar converteu pênalti polêmico sofrido por Robben.

Chorando, os mexicanos sa-íram do Castelão aplaudidos

por sua torcida, que com-pareceu em bom número e tiveram o apoio de muitos brasileiros. A festa fi cou para os holandeses, que joga às 16h (de Manaus) de sábado, na Fonte Nova, em Salvador (BA), contra a Costa Rica, que bateu a Grécia, nos pênaltis, ontem, na Arena Pernambuco.

Gols no segundo tempoApós um primeiro tempo

bem disputado, mas sem gols, a rede do estádio Castelão só balançou no segundo tempo. Aos três minutos, Giovani dos

Santos escapou da persegui-ção de Blind e não se intimidou com a pressão de Wijnaldum para fi nalizar da intermedi-ária com precisão no canto esquerdo de Cillessen, abrindo o placar no Ceará.

O técnico holandês Louis Van Gaal viu a necessidade de mexer no time para re-verter o resultado. Sacou o discreto Van Persie e confi ou no posicionamento de Hunte-laar. Os europeus tentavam colocar a bola na área de qualquer jeito. A estratégia deu certo. Aos 42 minutos,

todos que vestiam verde não se mexeram na área, deixan-do Huntelaar completamente livre. Ele escorou de cabeça para Sneijder chegar de trás, sozinho, e soltar o foguete para empatar a partida.

Aos 47 minutos, Rafa Már-quez, como já tinha feito no primeiro tempo, cometeu falta para parar Robben na gran-de área. Desta vez, o árbitro marcou pênalti, que Huntelaar cobrou com perfeição para colocar o time de melhor cam-panha da primeira fase da Copa nas quartas de fi nal.

FICHA TÉCNICAHOLANDAMÉXICO

Local:

Árbitro:

Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)

Pedro Proença (Portugal)

Holanda: Cillessen; Vlaar, De Vrij e Blind; Verhaegh (Depay), De Jong (Indi), Wijnaldum, Sneijder e Kuyt; Robben e Van Persie (Huntellar). Técnico: Louis Van Gal

México: Ochoa; Rodríguez, Rafa Márquez e Moreno (Reyes); Aguilar, Salcido, Herrera, Guardado e Layún; Giovani dos Santos (Aquino) e Peralta (Chicharito Hernández). Técnico: Miguel Herrera

Gols: México: Giovani dos Santos, aos três minutos do segundo tempo; Holanda: Sneijder, aos 42, e Huntelaar (pênalti), aos 48 minutos do segundo tempo

Cartões: Aguilar, Rafa Már-quez e Guardado (México) (A)

21

Costa Rica vence e está nas quartasDepois de avançar em primeiro

lugar em uma chave que tinha Uruguai, Itália e Inglaterra, a Cos-ta Rica deu sequência à sua boa campanha na Copa do Mundo. Na Arena Pernambuco, a equi-pe centro-americana derrubou a Grécia nos pênaltis, depois de levar o empate por 1 a 1 aos 45 minutos do segundo tempo.

Conquistado com ótima atua-ção do goleiro Navas, o resultado credenciou a equipe dirigida por Jorge Luís Pinto a brigar com a Holanda por uma vaga entre os quatro melhores do Mundial do Brasil. O confronto está marcado para o próximo sábado, às 16h (de Manaus), em Salvador.

Após um fraco primeiro tempo, no qual só houve uma chance desperdiçada pela Grécia, os cos-ta-riquenhos saíram na frente no início da etapa fi nal, com Bryan Ruiz. A situação da equipe centro-americana se complicou com a expulsão do zagueiro Duarte, por falta cometida aos 20 minutos.

Com difi culdade para criar, a formação europeia avançou na base da força, colocou zaguei-ros na área e alcançou o empate já nos acréscimos, com Sokratis Papastathopoulos. A Costa Rica

se segurou na prorrogação com ao menos uma grande defesa de Navas e forçou a disputa por pênaltis.

Navas voltou a cumprir seu papel no desempate, pegando a cobrança de Gekas. Umaña foi o responsável pela última cobrança, que defi niu o triunfo por 5 a 3 dos costa-riquenhos e os colocaram pela primeira vez nas quartas de fi nal de uma Copa do Mundo.

No sufocoMuito pouco aconteceu nos 45

minutos iniciais na Arena Per-nambuco. A Costa Rica teve mais posse de bola do que o adversário, mas uma posse de bola estéril, que nada criou.

Após o intervalo. Os gregos sentiram que podiam atacar mais, chegando em cabeceio de Samaras logo na volta da partida. Já os costa-riquenhos, que não haviam acertado nenhuma bola no gol, acertaram.

Foi aos seis minutos, quando Bolaños recebeu na esquerda de Campbell, que entrou na área puxando a marcação. A bola foi passada pouco à frente da meia-lua, onde Ruiz bateu de primeira de pé esquerdo.

O chute fraco entrou no canto esquerdo de um Karnezis sem reação para fazer 1 a 0.

O português Fernando Santos teve de colocar a Grécia na fren-te, trocando o volante Samaris pelo atacante Mitroglou.

A formação europeia partiu com maior ímpeto ao ataque, apostando nas entradas de Gekas e Katsouranis.

As mexidas não resolveram os problemas de criação da Grécia, que foi para cima na força. A Costa Rica se safou de uma boa jogada de Christodoulopoulos pela direita, mas não resistiu a um lançamento de Samaras à área. Gekas conseguiu proteger e bater da entrada da pequena área. Navas defendeu, e Sokra-tis Papastathopoulos aprovei-tou o rebote de canela.

Com o técnico grego expulso antes das cobranças, quem co-meçou batendo foi a equipe da América Central. Borges, Ruiz, González e Campbell converte-ram. Mitroglou, Christodoulopou-los e Cholevas balançaram a rede, mas Gekas bateu à meia altura, no canto direito, parando em Navas. Umaña bateu no canto direito e defi niu a histórica classifi cação.

NOS PÊNALTIS

FICHA TÉCNICASXSXSXSSXSXSXS

Local:

Árbitro:

Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro

Ricardo Marques Ribeiro

Flamengo: Felipe; Welling-ton Silva, Frauches, González e Ramon; Cáceres, Muralha, Léo Moura e Ibson; Adryan e Vagner Love. Técnico: Dorival Júnior

Grêmio: Marcelo Grohe; Pará, Gilberto Silva, Werley e An-derson Pico; Leo Gago, Souza, Elano e Zé Roberto; Kleber e Marcelo Moreno. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Gols: Vagner Love, Vagner Love, Vagner Love,

Cartões: Vanderlei Luxembur-go (A)

30

Jogadores costa-riquenhos comemoram classifi cação inédita para as quartas de fi nal da Copa

DIVULGAÇÃO

Sneijder empata o jogo e corre para comemorar com o companheiro Arjen Robben

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D7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Com favoritismo, França encara Nigéria em BrasíliaSeleção europeia apresentou um excelente futebol na primeira fase da competição. Benzema é a esperança de gols

A França enfrenta a Ni-géria hoje (30), às 12h (de Manaus), no está-dio Mané Garrincha,

em Brasília (DF), em confronto válido pelas oitavas de fi nal da Copa do Mundo de 2014. Os franceses têm empolgado seus torcedores, que estavam pessimistas antes de o torneio começar por conta do corte do meia Franck Ribéry. Mesmo com o baque, o time se classifi cou em primeiro lugar no Grupo E e com direito a alguns momentos de genialidade, como na gole-ada de 5 a 2 imposta à Suíça. Os nigerianos não chegaram a empolgar, mas venceram a disputa com Bósnia e Irã pela segunda posição do Grupo F, vencido pela Argentina.

Apesar da boa campanha até aqui, o clima na França é de mistério. O técnico Didier Deschamps tem se negado a conversar com os jorna-listas, salvo nas situações exigidas pela Fifa. Os joga-dores, porém, têm procurado demonstrar um bom ambiente nos treinos e nas entrevistas. Principal destaque do time até o momento, o atacante Karim Benzema vê a Nigéria como um oponente muito forte.

“Vamos enfrentar a escola africana e ela sempre causa muitos problemas. Seus joga-dores são fortes fi sicamente e jogam em velocidade. Nor-malmente fazem a partida ser disputada em ritmo muito forte, portanto, vamos ser muito exigi-dos. Mas já demos uma amostra do que podemos fazer quando nos entregamos em campo em busca do resultado. A França tem um grupo qualifi cado, an-

tenado com as necessidades de uma Copa do Mundo e com as responsabilidades que temos. Podemos ganhar e avançar”, afi rmou Benzema.

Hora não incomoda“Ainda não jogamos neste

horário (12h) e isso realmente é uma preocupação, pois vamos nos deparar com a situação em um momento que é de mata-mata. Mas isso faz parte do jogo e sabemos que um time para ser campeão vai precisar superar todas as difi culdades que aparecerem pelo caminho.

Estamos dispostos a lutar por essa classifi cação”, explicou o goleiro Hugo Lloris.

Deschamps não divulgou a escalação. No empate sem gols com o Equador, inclusive, preservou alguns titulares, pois a vaga nas oitavas de fi nal es-tava praticamente garantida. Ele, porém, deverá usar a for-mação que brilhou na goleada sobre a Suíça. Isso se puder contar com o zagueiro Mama-dou Sahko, que luta contra um incômodo na coxa esquerda. Caso ele não jogue, Laurent Koscielny assume o posto.

Pelo lado da Nigéria existe a preocupação que os problemas extracampo atrapalhem o desempenho do time, já que os jogadores dão sinais de insatisfação com o atraso no pagamen-to de premiações. Apesar disso, o técnico nigeriano

Stephen Keshi garante foco total na França.

“Não existem problemas que possam atrapalhar a vontade de nós da sele-ção nigeriana em avançar para as quartas de final, que seria um feito histó-rico para o país e para a

carreira de cada um de nós. Jamais vamos deixar de nos empenhar, ainda mais em uma Copa do Mundo, que pode ser uma oportunidade única. O jogo contra a Fran-ça é nosso foco, estamos respirando este confronto e sabemos que podemos ir

mais longe”, afirmou.O treinador nigeriano não

quis antecipar a escalação de sua equipe para este confronto, mas como elo-giou a todos na derrota de 3 a 2 para a Argentina, sabe-se que a base sairá daquela formação.

Nigerianos insatisfeitos com premiação

CÉLIO MESSIAS/GAZETAPRESS

Benzema (à esq.) e Valbuena (à dir.) batem bola em treinamento antes da partida

FICHA TÉCNICAFRANÇANIGÉRIA

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Nacional, em Brasília (DF)

12h (de Manaus)

Mark Geiger (EUA)

França: Hugo Lloris, Matthieu Debuchy, Raphael Varane, Mama-dou Sakho (Laurent Koscielny) e Patrice Evra; Moussa Sissoko, Yohan Cabaye, Blaise Matuidi, Mathieu Valbuena e Olivier Giroud; Karim Benzema Técnico: Didier Deschamps

Nigéria: Vincent Enyeama, Efe Ambrose, Joseph Yobo, Kenneth Omeruo e Juwon Oshaniwa; Ogenyi Onazi, John Obi Mikel, Peter Odemwingie, Michel Baba-tunde e Ahmed Musa; Emmanuel Emenike Técnico: Stephen Keshi

ESCALAÇÃOO sumiço de Didier Deschamps em algu-mas entrevistas vem sendo visto como uma forma de esconder o time que vai a campo, até porque ele usou três formações dife-rentes no Mundial

Alemanha joga partida históricaVINGANÇA

Alemanha e Argélia fazem um jogo recheado de histó-ria nesta segunda-feira, às 16h (de Manaus), no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), pelas oitavas de fi nal da Copa do Mundo de 2014. Isso porque, apesar do am-plo favoritismo alemão, a rivalidade entre os times é muito grande, pelo menos há 32 anos. No Mundial de 1982, na Espanha, os arge-linos conseguiram a primeira vitória de um africano sobre um europeu no histórico das Copas. E foi justamente um 2 a 1 sobre os alemães. Porém, na última rodada da chave, a Alemanha venceu a Áustria por 1 a 0, um resultado que servia aos dois times e eli-minava a Argélia. A partida foi considerada vergonhosa pela falta de interesse das duas equipes após o gol, que saiu ainda no primeiro tempo. Apesar de investigações não comprovarem nada, o jogo carrega até hoje o selo da desonestidade.

Valid Halilhodzic, técnico da Argélia, fez questão de lem-brar a partida de 1982. Na visão dele os argelinos não carregam sede de vingança, mas ele sabe que aquele duelo é motivo de discussão até hoje no país africano.

“Todos estão falando do que aconteceu na Copa do

Mundo de 82 que isso é assun-to na Argélia até hoje. O país se orgulha daquela vitória sobre a Alemanha, mas sofre com o que aconteceu depois. Porém, trinta e dois anos é muito tempo e não devemos nos guiar por aquilo. Não pensamos em vingança e sim em tentar uma classifi cação

que seria ainda mais histórica para a Argélia. Podemos so-nhar por conta de tudo o que fi zemos até aqui nesta Copa do Mundo”, analisou.

Se os argelinos lembram a todo o momento de 1982, os alemães fogem do tema. Na visão dos jogadores eu-ropeus, o importante neste momento é focar na partida desta de hoje (30) já que esperam difi culdades.

“Vamos encontrar muitas difi culdades. A Argélia mos-trou sua força eliminando a

Rússia, que não é qualquer seleção. Sabemos que eles vão tentar nos surpreender e em um mata-mata tudo pode acontecer. Precisamos estar atentos para não sermos surpreendidos. A Alemanha tem plenas condições de se classifi car, mas vai precisar jogar tudo o que sabe” disse o atacante Thomas Müller.

O técnico Joachim Löw con-corda com o seu comandado. Vai até além, dizendo que a Alemanha, se pretende se classifi car, precisa jogar mais do que fez em algumas parti-das da primeira fase, como no empate por 2 a 2 com Gana e no triunfo por 1 a 0 diante dos Estados Unidos.

“Nesses jogos enfrenta-mos times que se fecharam e tentaram nos complicar. A Argélia também tem uma defesa forte e vai procurar tirar proveito desta situa-ção para segurar a partida e tentar ganhar nos contra-ataques. Vamos precisar ser mais agressivos na frente, atacarmos mais e melhor, com efi ciência e com movi-mentação, mas sem irrespon-sabilidades”, disse Löw.

Em termos de escalação, a Argélia, do técnico Valid Hali-lhodzic, não tem problemas de lesão ou de suspensão, e deve manter a base do empate por 1 a 1 com a Rússia.

DÚVIDAA Alemanha vai man-ter a base da primeira fase, mas tem uma dú-vida de ordem técnica no ataque, onde Mario Götze e Lukas Podolski duelam para ver quem será o companheiro de Thomas Müller

FICHA TÉCNICAALEMANHAARGÉLIA

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)

16h (de Manaus)

Sandro Meira Ricci (BRA)

Alemanha: Manuel Neuer, Jérôme Boateng, Per Mertesa-cker, Mats Hummels e Benedikt Höwedes; Bastian Schweinstei-ger, Philipp Lahm, Toni Kroos e Mesut Özil; Mario Götze (Lukas Podolski) e Thomas Müller Técnico: Joachim Löw

Argélia: Rais M’Bolhi, Aissa Mandi, Essaid Belkalem, Rafi k Halliche e Djamel Mesbah; Carl Medjani, Nabil Bentaleb, Sofi ane Feghouli, Tacine Brahimi e Abdel-moumene Djabou; Islam Slimani Técnico: Valid Halilhodzic

Lukas Podolski briga com Mario Götze por uma vaga no comando de ataque ao lado de Thomas Müller

EDSON RUIZ/GAZETAPRESS

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D8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Na noite do último sábado, o especialista em jiu-jítsu, Braga Neto, perdeu para o americano Clint Hester no UFC

Vindo de vitória na sua estreia no Ulti-mate Fighting Cham-pionship (UFC) contra

o americano Anthony Smith por fi nalização, Antônio Bra-ga Neto era apontado como favorito para o duelo contra o americano Clint Hester que aconteceu no último sábado (28) nos Estados Unidos. Po-rém, por decisão dividida dos juizes (29-28, 28-29 e 29-28), o amazonense perdeu sua pri-meira luta no maior evento de MMA do Mundo.

Nascido no Espírito Santo, mas radicado em Manaus, Braga Neto começou a luta melhor. Aceitando a trocação imposta por Hester, que é especialista em boxe e muay thai, o brasileiro esperou a hora certa para aplicar a primeira queda da luta. Sen-do superior na luta no chão, Braga Neto tentou algumas fi nalizações, porem, todas sem sucesso. Aproveitando a posição de superioridade, o especialista em jiu-jítsu co-meçou a desferir cotoveladas

violentas em seu adversário. Dominando o americano no ground and pound, Neto ven-ceu o primeiro round sem margem para dúvidas.

RecomeçoCiente da derrota no primei-

ro round, Hester voltou para o segundo determinado a mu-dar a situação da luta. Sendo mais agressivo, o americano foi superior na troção e aca-bou acertando alguns golpes em Braga. O seu auge no round veio quando conseguiu

derrubar o brasileiro. Porém, não administrou a posição e acabou sendo raspado pelo campeão mundial de jiu-jítsu. Sendo muito superior no chão, Braga Neto conseguiu montar no seu oponente e continuou a aplicar cotoveladas. No fi nal do round, o brasileiro estou acabar a luta encaixando uma kimura, porém, não teve tem-po sufi ciente para fi nalizar.

Indo para o tudo ou nada no terceiro round, o americano partiu para cima de Braga Neto aplicando combinações

de soco com violentos chutes na linha de cintura do seu ad-versário. O brasileiro foi para a chão, mas depois de todo sufoca que passou nos dois primeiros rounds, Hester fi -cou em pé e a luta recomeçou. Braga ainda conseguiu levar a luta para sua zona de con-forto, porém, como estava cansado, não aguentou e foi surpreendido pelo america-no que conseguiu montar e começou a aplicar seu forte ground and pound contra o brasileiro. Tentando neu-

tralizar os ferozes ataques que estava sofrendo, Braga Neto dominava os braços de Clint e arriscou fi nalizar por triângulo, mas seu ataque foi defendido. Nos segundos fi nais, Braga Neto conseguiu aplicar uma queda.

Apesar de ter sido superior na luta, dois juízes deram a vitória para Clint Hester. O resultado foi muito contes-tado pelo público que em sua maioria concordou que a vitória deveria ter sido dada ao brasileiro Braga Neto.

‘Amazonense’ Braga Neto perde por decisão dividida

Braga Neto (à dir.) não conseguiu encaixar

seu estilo de luta e acabou sendo der-rotado por Clint Hester (à esq.)

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

DIVULGAÇÃO

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D9MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

As musasda CopaO Mundial no Brasil já está repleto de musas, sejam elas atrizes, cantoras, jornalistas ou modelos

Quem disse que a Copa do Mundo era feita somente pelos gatos e bonitões se enga-

nou! As musas também fazem parte da seleção do mundial do “DMRevista”, que selecionou 10 belas que representam a Copa do Mundo 2014, no Brasil. São elas:

Bruna MarquezineNascida em Duque de Caxias,

a atriz é a atual namorada do jogador da seleção brasileira Neymar, camisa 10. Entre idas e vindas, o casal agora segue fi rme no relacionamento com declarações públicas de afeto e carinho nas redes sociais. Bruna começou a carreira aos 5 anos de idade fazendo comer-

ciais e hoje é protagonista da principal novela da Rede Globo interpretando Luiza.

Cláudia LeitteCantora, compositora, em-

presária, dançarina e produtora musical. Cláudia iniciou a car-reira em 2001 como vocalista da banda “Babado Novo” e no ano de 2008 começou carreira solo. Integra o júri do programa “The Voice Brasil” e foi escolhi-da para cantar o tema ofi cial da Copa do Mundo ao lado de Jennifer Lopes e Pitbull, na qual aparece sambando e rebolando até o chão, algo que foi muito criticado nas redes sociais.

Vanessa KuppenkothenRepórter mexicana da Te-

levisa, Vanessa veio ao Brasil fazer a cobertura da Copa do Mundo. Formada em rela-ções internacionais, acabou entrando no mundo da moda por causa da beleza e foi convidada para ser repórter do programa Televisa Depor-tes. Aos 29 anos, a musa fala espanhol, alemão, inglês e francês.

Irina ShaykModelo russa, é a atual na-

morada do jogador Cristiano Ronaldo, da seleção portugue-sa. Em 2013, foi eleita a mulher mais sexy do ano pela revista “Maxim”. Irina faz trabalhos para marcas de lingerie e ca-pas de revistas como “Elle”, “GQ” e “Vanity Fair”.

Jennifer LopezDe descendência porto-riquenha, Jennifer Lopez (foto

acima) nasceu e cresceu em um bairro no Bronx, em Nova York. É cantora, compositora, estilista e produtora de televisão. Participou com o cantor Pitbull e a cantora brasileira Cláudia Leitte da música ofi cial da Copa do Mundo no Brasil, é listada como uma das pessoas mais infl uentes nos Estados Unidos e uma das atrizes mais bem pagas da história de Hollywood.

Andressa UrachAndressa Urach (foto abaixo) foi musa do time Interna-

cional, assistente de palco do programa “Os Legendários” (Record), dançarina do cantor Latino, gata da Indy, Miss Bumbum Rio Grande do Sul e vice Miss Bumbum Brasil. Ganhou notoriedade nacional quando participou do reality show “A Fazenda” (Record), e declarou aff air com o craque da seleção de Portugal, Cristiano Ronaldo. O jogador nega. Andressa foi recepcionar a seleção portuguesa, em especial Cristiano Ronaldo, com pintura corporal da camiseta do time português e ganhou destaque da mídia internacional por fi car atrás do jogador.

Patrícia PoetaJornalista, Patrícia (foto

acima) divide com o comen-tarista Galvão Bueno as man-chetes e notícias sobre a Copa do Mundo, no Jornal Nacional apresentado por William Bon-ner. Ingressou na Globo no ano 2000 e em 2011 substituiu Fátima Bernardes na banca-da do Jornal Nacional e como editora executiva.

ShakiraCantora, compositora,

arranjadora, empresária e atriz (foto à esquerda), a co-lombiana é esposa de Gerard Piqué, zagueiro da Espanha, eliminada da Copa do Mun-do. Shakira revolucionou o mercado fonográfi co latino com o sucesso “Pies Descal-zoz”, em 1995. Possui traba-lho social na Colômbia, na qual atende cerca de cinco mil crianças carentes e é em-baixadora do Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância e Juventude.

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D10 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014D10 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 201410

Obras da Copa que fi caram inacabadas frustram governo federal, mas serão concluídas, garante o ministro-chefe Gilberto Carvalho

Mobilidade urbana deixou a desejar...

Segundo o ministro, apesar da Copa, o governo federal destinou R$ 800 bilhões à saúde e à educação

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto

Carvalho, lamentou que par-te das obras de melhoria da mobilidade urbana previstas para a Copa não tenha fi cado pronta a tempo do mundial. Segundo um levantamento da Organização Não Governa-mental (ONG) Contas Abertas, apenas 51,7% dos projetos de mobilidade urbana e das obras previstas para ampliar os principais aeroportos bra-sileiros já foram concluídas. Situação que, segundo o pró-prio ministro, frustra a equipe de governo.

De acordo com ele, os atra-sos se devem tanto ao fato de que o projeto inicial era “am-bicioso” demais – incluindo obras de melhorias de infraes-trutura para toda a população e não apenas para quem vai prestigiar o evento da Fifa,

como também a difi culdades legais e gerenciais.

“Nosso sonho era entre-garmos todas essas obras, mas isso não foi possível por muitas razões. Parte delas ligada a (demora na obten-ção de) licenças ambientais, processos de desapropriação e até mesmo difi culdades gerenciais, seja do gover-no federal ou dos governos estaduais e municipais”, declarou Carvalho.

Benefícios“Fomos ambiciosos e quise-

mos aproveitar esse ensejo (o evento esportivo) para trazer às cidades benefícios efeti-vos não tanto para a Copa, mas para mudar a cara des-sas localidades. Guardamos a frustração de não termos entregue todas as obras, mas o essencial nós conseguimos entregar. Melhor teria sido entregarmos tudo, mas não

houve nenhuma cidade-sede onde a questão da mobilidade não tenha sido bem resolvida”, acrescentou o ministro, garan-

tindo que as obras inacabadas serão concluídas após o térmi-no do evento. “Nosso cuidado é não deixarmos inacabada ou paralisada nenhuma das obras já iniciadas”.

O ministro também vol-

tou a rebater as críticas aos gastos públicos com o evento. De acordo com a planilha do governo federal, foram investidos cerca de R$ 25 bilhões nos prepa-rativos do evento, aí inclu-ídas a reforma de estádios e as obras de infraestrutura. Desse total, quase R$ 8 bi-lhões foram destinados aos estádios, sendo que, desse valor, R$ 4 bilhões foram investidos por governos es-taduais e municipais e R$ 3,9 bilhões foram fi nanciados pelo Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Quem tomou emprestado esse dinheiro vai ter que de-volvê-lo, mesmo que a juros melhores (que os cobrados por bancos privados)”, disse Carvalho, garantindo que a decisão de sediar a Copa não desviou dinheiro de outras áreas.

De acordo com o ministro, desde 2010, o governo fede-ral destinou R$ 800 bilhões à saúde e à educação. “Esta-mos tranquilos para afi rmar que os recursos destinados à Copa foram bem investidos. Não há nenhuma subsede que não tenha sido bene-fi ciada com a expansão de aeroportos, avenidas”.

Ainda segundo o ministro, o número de subsedes foi proposto como forma de não centralizar o evento apenas nas regiões Sul e Sudeste e, assim, alavancar o desenvol-vimento das demais regiões. Além disso, de acordo com o ministro, os estádios foram projetados como espaços multiusos para que, passada

a Copa, possam sediar não só jogos de campeonatos estaduais e nacional, mas também eventos culturais como grandes shows.

Carvalho disse que a ge-ração de cerca de 1 milhão de empregos em função da Copa do Mundo, bem como o número de turistas es-trangeiros surpreenderam positivamente até mesmo o governo federal. “Sabíamos que a Copa ia alavancar o turismo, mas ninguém ima-ginava essa invasão chilena, colombiana, argentina, que não para. Mas o que mais está nos surpreendendo é essa confraternização uni-versal que vemos nas ruas”, concluiu Carvalho.

Estádios projetos para multiuso

Fomos ambiciosos e quisemos aproveitar

para trazer às cidades benefícios não tanto para a Copa, mas para mudar a cara dessas localidades

Gilberto Carvalho, ministro

AGÊN

CIA

BRA

SIL

Torcedor brasileiro passa mal no Mineirão e morre

As fortes emoções das oi-tavas de fi nal entre Brasil e Chile custaram a vida de um torcedor no Mineirão. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, Jairo de Oliveira, 69 anos, chegou a ser removido para um hospital, mas morreu de infarto cerca de duas horas depois do fi m da partida.

Com histórico de hiperten-são e diabetes, Jairo, que tinha ido do Rio de Janeiro, primei-ramente foi atendido no am-bulatório do Mineirão. De lá, foi removido por uma empresa contratada pela Federação In-ternacional de Futebol (Fifa)

para o hospital particular Li-fecenter, onde deu entrada às 15h49 (hora de Brasília).

Segundo a Secretaria de Saúde de Minas, Jairo teve parada cardíaca às 17h. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas não tiveram sucesso. Ele teve a morte confi rmada às 17h45.

Na partida de sábado (28), Brasil e Chile empataram por 1 a 1 no tempo normal. Depois de dois tempos de prorro-gação sem gols, a decisão foi para os pênaltis, onde o Brasil venceu o Chile por 3 a 2 e conquistou a classifi cação para as quartas de fi nal.

JOGO DO BRASIL

Mais de 130 pessoas foram atendidas no Mineirão, sábado

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Roteiro para as 12 subsedesDicas de turismo susten-

tável e sugestões de rotei-ros mais responsáveis são os destaques do aplicativo “Passaporte Verde”. Gratuito e disponível nos sistemas operacionais iOS e Android, o aplicativo traz para o ce-lular parte do conteúdo dis-ponibilizado pelo portal da campanha do mesmo nome, com a vantagem de fornecer informações georeferencia-das de atrações próximas ao usuário.

Iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a campanha “Passaporte Ver-de” utiliza o apelo emocional de turismo e viagens, para incentivar consumidores e produtores a optarem por práticas mais sustentáveis. A ação, realizada em par-ceria com os ministérios do Meio Ambiente, Esporte, Turismo e Desenvolvimento Social, é uma das iniciati-vas de sustentabilidade do governo federal na Copa do Mundo da Fifa. Por meio do aplicativo, os usuários têm acesso a mais de 60 opções de roteiros nos arredores das

12 sedes da Copa. Subir no Corcovado, no Rio de Janeiro, por meio de uma trilha pela Mata Atlântica com saída do Parque Lage; visitar co-munidades ribeirinhas às margens do Rio Negro, em Manaus; ou ainda conhecer o Morro da Conceição, impor-tante ponto cultural de Reci-fe, são alguns dos roteiros do “Passaporte Verde”.

No geral, os itinerários convidam os viajantes a ex-plorarem as cidades de uma maneira mais autêntica, com sugestões que incentivam a maior proximidade da natu-reza, a degustação da culiná-ria local, o contato com cultu-ras tradicionais, entre outros. Com versões em português e inglês, o aplicativo também traz dicas para tornar via-gens de lazer ou negócio me-nos impactantes para o meio ambiente e para o destino escolhido. Do planejamento da viagem a como desli-gar corretamente aparelhos que serão deixados em casa, as dicas estimulam práti-cas mais responsáveis com ações simples que podem fa-zer uma grande diferença.

“PASSAPORTE VERDE”

“Passaporte Verde” incentiva a práticas mais sustentáveis

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D11MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

Ave CésarDilma Rousseff comemorou a vitória brasileira sobre o Chile e elogiou o goleiro pelo Twitter

A presidente Dilma Rousseff comemo-rou, pelo Twitter, a vitória sofrida da

seleção brasileira sobre o Chile. “Foi difícil. Foi com raça, garra, lágrimas e de-fesas de Júlio César. Ven-cemos!”, escreveu Dilma no perfi l @dilmabr.

Em uma sequência de cin-co postagens, a presidente voltou a dizer que foi uma vitória com a garra e a torcida do povo brasilei-ro e ressaltou a confi ança de que a seleção seguirá ainda mais longe na Copa do Mundo. “Confi o no time de Felipão e do Parreira. Confi o na #seleçãobrasilei-ra”, escreveu. E completou? “Confi o na torcida do povo brasileiro! #VaiBrasil #Co-padasCopas”. Dilma ainda postou uma foto da co-memoração de Júlio César e outros jogadores após o fi m da decisão por pênaltis com a frase “Valeu Seleção” e acrescentou: “Obrigada,

jogadores. O Brasil acre-dita em vocês”.

A seleção brasileira con-seguiu a vitória difícil sobre o Chile após empatar por 1 x 1 no tempo regulamentar e não conseguir novos gols

na prorrogação de 30 minu-tos. A vitória por 3 x 2 nos pênaltis só veio no último lance, quando o chileno Jara chutou na trave. Dilma irá entregar a Taça da Copa do Mundo para a seleção campeã após a fi nal, no dia 13 de julho.

ELOGIOSEm uma sequência de cinco postagens, Dilma voltou a dizer que foi uma vitória com a garra e a torcida do povo bra-sileiro e ressaltou a con-fi ança de que a seleção seguirá ainda mais longe na Copa do Mundo

Júlio César foi o assunto das redes sociais no fi m de semana. Até Dilma comentou a redenção do goleiro

RAFAEL RIBEIRO/CBF

Gisele não vai entregar a taçaA top brasileira Gisele

Bündchen comemorou com a família o jogo da seleção do Brasil contra o Chile, que aconteceu no sábado (28), em Minas Gerais, e termi-nou com decisão nos pênal-tis e vitória do Brasil.

Vestida com a camisa da seleção, a top compartilhou a imagem durante o jogo ao lado de familiares. A modelo, ao contrário do que tem sido veiculado, não entregará a taça à seleção campeã da Copa do Mundo 2014. De acordo com o regulamento da Fifa, somente chefes de Estado e ex-campeões do mundo

têm essa honra.Entretanto, a top estará

presente na fi nal, que acon-tece no dia 13 de julho no Maracanã, mas vai entrar

em campo para carregar o baú criado pela Louis Vuit-ton, especialmente para abrigar a taça nesse dia, ao que tudo indica.

Mesmo morando nos EUA, Gisele mostrou que é muito brasileira. No dia da abertura da Copa do Mundo no Brasil, e com jogo da seleção contra a Croácia, a loira reafi rmou em rede social sua torcida pela seleção canarinho.

Em seu perfi l no Insta-gram, Gisele divulgou uma imagem onde aparece com uma bola de futebol com as cores e o nome do país, sempre muito sorridente.

No sábado, a top model comemorou com a família a vitória do Brasil nos pênaltis

DIVULGAÇÃO

CERIMÔNIAA top Gisele Bundchen estará presente na final, que acontece no dia 13 de julho no Maraca-nã, mas vai entrar em campo para carre-gar o baú criado pela Louis Vuitton

FINAL DA COPA

Bruna rouba a cena no MineirãoA atriz Bruna Marquezine

foi assistir de perto à parti-da do Brasil contra o Chile na tarde de sábado (28), em Belo Horizonte, pela Copa do Mundo. A namorada de Neymar sofreu durante todo o jogo, lamentou al-guns lances e chegou até a roer as unhas de ten-são. A atriz estava acom-panhada pela cunhada, Rafaella Santos.

Antes do início da partida, Bruna foi tietada por alguns fãs. Simpática, ela posou para fotos, cantou com a torcida e falou ao celular. Bruna virou uma espécie de “talismã” para a torcida bra-

sileira, que levou mais uma vez ao estádio um totem da atriz. Por conta da rotina de gravações da novela “Em Família” (TV Globo), ela não conseguiu acompanhar no

estádio todas as partidas do Brasil, mas também es-teve presente na abertura da Copa em São Paulo.

Além disso, Bruna curtiu um dia de folga de Neymar comemorando atrasado o Dia dos Namorados em um hotel no Rio. Os pombi-nhos ficaram hospedados na suíte júnior do hotel, com diária no valor de R$ 3 mil. A reserva foi feita pela atriz. “Eles ficaram o tempo todo no hotel e fo-ram embora por volta de 16h30 do dia seguinte. Não saíram do quarto em ne-nhum momento e pediram café da manhã”.

MUSA DE NEYMAR

MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

SEM FOLGAPor conta da roti-na de gravações da novela “Em Família”, Bruna não conseguiu acompanhar no está-dio todas as partidas do Brasil, mas tam-bém esteve presente na abertura da Copa

Namorada de Neymar foi ao estádio do Mineirão acompanhar de perto o jogo do Brasil

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D12 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2014

ESPECIAL COPA 2014EDIÇÃO Michele GouvêaTricia Cabral

REPORTAGENS André Tobias, Deny Câncio, Emerson Qua-resma, Isabella Siqueira, Raphael Lobato e Thiago Fernando

REVISÃO Gracycleide Drumond

DIAGRAMAÇÃOMarcelo Robert, Mario Henrique Silvae Pablo Filard

TRATAMENTO DE IMAGENSAdriano Lima

Despedida da Copaterá outras atrações

Festa de encerramento do Mundial no Brasil terá Grande Rio, Alexandre Pires e, talvez, Ivete Sangalo

A festa de encerramen-to da Copa do Mundo 2014, marcada para o dia 13 de julho, no

Maracanã, contará com a par-ticipação da Escola de Samba Grande Rio. O convite foi fei-to na semana passada pelo Comitê Organizador Local da Fifa. No total, 200 integrantes da escola irão se apresentar, sendo cem da bateria e outros

cem fantasiados.Segundo a asses-soria de imprensa da Grande Rio, a escola não rece-berá pagamento de cachê pela participação, e ainda fi cará res-ponsável pela confecção das fantasias, que serão assina-das pelo car-navalesco da escola, Fábio Ricardo.

A agre-miação terá autonomia para esco-lher a mú-sica, mas a coreogra-fi a será idealiza-da pela b e l g a Daph-né Cor-nez, a mesma r e s -p o n -sável p e l a f e s -

ta de abertu-

ra. “Os ritmistas

da Invoca-da (apelido da

bateria da Grande

Rio) estão muito empolgados. Essa fi nal vai reunir duas gran-des paixões dos brasileiros num só espetáculo: o samba e o futebol. Pisar no gramado da fi nal será privilégio de poucos, e fi co muito feliz de saber que a Grande Rio estará lá”, disse Thiago Diogo, mestre da bate-ria, que entrou nesta temporada na agremiação.

Ocorrerão ensaios fechados no Maracanã, palco da fi nal, mas por enquanto a escola ensaia em um espaço fechado, cedido pela Escola Naval, na zona portuária do Rio. A Grande Rio já foi vice-campeã duas vezes no grupo especial, em 2006 e 2007, e tem sede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A escola tam-bém é conhecida pelo grande número de celebridades que participam de seu desfi le.

CelebridadesAinda na festa de encerra-

mento, está confi rmada a par-ticipação do cantor Alexandre Pires, que entrará no palco acompanhado pelo guitarrista mexicano Carlos Santana, o cantor haitiano Wyclef Jean e o DJ sueco Avicci para cantar uma das quatro músicas ofi -ciais da Copa, “Dar um Jeito”. A Fifa ainda negocia com outras atrações da música brasileira. A principal delas é a cantora baiana Ivete Sangalo.

Há rumores que, após a falta de empatia ocasionada pelo trio Jennifer Lopez, Cláu-dia Leitte e Pitbull na festa de abertura, a Fifa tenta trazer a cantora Shakira. A artista colombiana fez gran-de sucesso na Copa de 2010, na África do Sul, ao cantar o hit “Waka Waka” nas cerimônias de abertura e encerramento. Para 2014, a cantora lançou a música “La La La” que, assim como as músicas ofi ciais, ainda não caiu no gosto do público.

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Como Cláudia Leitte não em-placou, a Fifa negocia com outras atra-

ções, entre elas Ivete Sangalo

Alexandre Pires entrará no palco ao lado do guitarrista mexicano Carlos Santana, do cantor haitiano Wyclef Jean e do DJ sueco Avicci

A Grande Rio terá autonomia para escolher a música, mas a coreografi a será da belga Daphné Cornez

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