pódio - 28 de setembro de 2014

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Visão Na busca do t ão sonhado acesso à Série A do Campeonato Brasileiro , o Nacional lançou na última semana um proje to que busca alcançar tal objetivo em uma década. Será que vai dar c erto? Pódio D 3 MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected] do Futuro

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO http://www.emtempo.com.br

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Visão

Na busca do tão sonhado acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, o Nacional lançou na última semana um projeto que busca alcançar tal objetivo em uma década. Será que vai dar certo? Pódio D3

MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014 [email protected]

Pódio E2 e E3DIEGO JANATÃ

doFuturo

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D2 MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014

Pratiquei vários espor-tes: futebol, futebol de salão, na-tação, vôlei, triatlon, basquete e jiu-jítsu. Em todos, aprendi al-guma coisa e retirei os ensinamen-tos. Todo de maneira lúdica, nunca tive a am-bição de ser profi ssional

Bicampeão Pan-Ame-ricano em 2007 no Rio de Janeiro e 2011 em Guadalaraja (Mé-

xico), o velocista amazonense Sandro Viana, 37, especialista nos 200m, continua compe-tindo e levando o nome do Estado para o mundo. Em entrevista concedida à equipe do PÓDIO, o atleta relembrou o seu começo no esporte, suas conquistas e revelou quais os seus planos para o futuro.

Pódio - Como foi o seu começo no esporte?

Pratico atletismo há 13 anos. Iniciei em 2001, quando tinha 24 anos. Comecei principalmente porque tinha um sentimento quando não via um atleta do Estado se destacando. Sempre fui muito ativo e tive incentivo da família para praticar espor-tes. Pratiquei vários: futebol, futebol de salão, natação, vôlei, triatlon, basquete e jiu-jítsu. Em todos, aprendi alguma coisa e retirei os ensinamentos. Todos de maneira lúdica, nunca tive a ambição de ser profi ssional. Po-rém, sempre tive um sentimento do amazonense, do caboclo que ver a necessidade extrema de defender a terra. Assistia mui-to aos programas locais e via sempre a imagem do esporte amazonense, que não era o que estava sendo esperado. Era sempre abaixo da média. Ficava tentando entender isso e via que sempre era a mesma reclama-ção. Que, às vezes, faltava fazer a coisa certa. Já adulto, recebi um convite de fazer o teste na Vila Olímpica. Já era casado e tinha fi lho. Cheguei a desde-nhar, mas o meu amigo Bruno insistiu e fi z o teste. Acabei batendo o recorde do teste. A partir daí, tudo foi meio meteó-rico porque já entrei emendado uma coisa com a outra, uma competição e vitórias com a outra. Nunca tive a ambição de começar no esporte hoje e amanhã ser campeão mundial. Mas, sempre tive a visão de que a cada dia coloca-se um tijolo, daqui a pouco teria uma parede ou uma muralha. Então, tive que aprender. Todos os ou-tros esportes me deram muita base. Um respeito ao treinador e disciplina, outro a vontade de sempre querer aprender mais e mais. Juntei tudo e estava men-talmente preparado para saber

que se, realmente quisesse che-gar a algum lugar, teria que me preparar. Comecei a conquistar títulos regionais e estaduais e logo em seguida o bronze nacional. Isso nunca subiu a minha cabeça, porque sabia que o Amazonas não precisava de medalhas, mas sim de alguém que fi zesse a diferença.

Pódio - Quando viu que poderia chegar tão longe na modalidade?

Isso foi em 2005, quando conquistei um titulo impor-tante na Turquia. Foi à meda-lha de bronze no Campeonato Mundial Universitário. Essa é a medalha mais querida que tenho e a grande importância dela foi porque fi z tudo isso sozinho. Com o mesmo sis-tema que eu tinha disponível no meu Estado, mas falhava nas mãos dos outros. Mostrei que faltava ver com o jeito amazonense o processo e não tentar engessar trazendo um processo de fora para cá. Já tinham ‘n exemplos’ que não davam certos aqui. Então, conquistei essa medalha pela Nilton Lins e me deu grande orgulho levantar a bandeira do Amazonas para o mundo. Voltei para casa mais anima-do, achando que as coisas iam mudar na questão da estru-tura, porque a desculpa que ouvia era que não tem resul-tado, por isso não tem porque ter estrutura. Foi frustrante minha volta, porque poucos abnegados foram os que re-almente reconheceram. Não abaixei a cabeça e continuei. Fui para 2006 e batemos de frente com a federação. Tive o apoio da imprensa, que já tinha entendido que eu não queria só ser campeão, queria mostrar que o ama-zonense era capaz de ser campeão. Diante da pressão, a prefeitura começou um pro-cesso que hoje, podemos ver que foi benfeito. No mesmo ano, fui pré-convocado para o Pan. Em 2007, fui campeão brasileiro. Ninguém sabia, só eu, mas precisava fazer aquilo. Peguei a bandeira do Amazonas e levei para que o Padre Sergio Lucio benzesse. Assisti a um mês de novena, pedindo que Deus me ilumi-nasse e abençoasse a minha raia. Acabei sendo campeão brasileiro e depois levantei a bandeira do meu Estado. Quando faço isso é que me

sinto realizado. Após isso, veio o título do Pan-America-no. Na volta, fui recebido pelo presidente Lula. Em Manaus, fui fi nalmente reconhecido. Acabei sendo investigado porque falavam que eu era maranhense, baiano, nigeria-no, tudo, menos manauense. Acabaram descobrindo que não tinha para a onde fugir, eu sou realmente amazonense.

Pódio - Após a conquista, algo melhorou?

Melhorou até as Olimpía-das. Ficamos em quarto. O pós-olimpíadas tudo voltou a ser como era antes. Por-que antes das olimpíadas, todos querem ajudar, depois ninguém se importa. Então, 2009 e 2010 foram bem complicados, mas aguentei as pontas. Tudo voltou a melhorar em 2011 quando, novamente, nos classifi ca-mos para o Pan-Americano. Com isso tudo, percebi que as conquistas dos atletas amazonenses são muito es-porádicas. O problema todo não é o que o esporte ama-zonense conquista, mas o que fazem com a conquista. Essa conquista é uma semente que deve ser plantada, mas não é, apenas de ser um exemplo maravilhoso. No Amazonas não tem continuidade.

Pódio - Falta para os envolvidos em comandar o esporte amazonense co-nhecimento técnico?

Acho que falta gestão. No Amazonas não tem aquela pessoa que olhe o atleta e veja o valor que ele tem. As pessoas não vêm o ser huma-no. Eu já tenho outra visão. Vejo uma personalidade, uma identidade, um espelho para outras pessoas, e vejo pesso-as que estão dispostas a se alinhar com esse espelho e transformar isso até em um negócio. Não consigo me con-formar que sairei do esporte e não deixarei nada. 95% das pessoas que conheço que trabalham no esporte hoje, o utilizam como uma via de mão única. Só querem receber e não deixam nada. É por isso que o esporte está anêmico. Eu não vou aceitar uma situa-ção dessa na minha vida.

Pódio - Qual a maior lou-cura que fez no esporte?

Quando saí para ir treinar

em São Paulo porque não tinha estrutura em Manaus, vendi todos os objetos que tinha na minha casa. Até as alianças de casamento, isso foi uma loucura. Quando fui daqui para Turquia, fi z ou-tra. No dia da apresentação, não tinha mais dinheiro. Ele acabou quando cheguei em São Paulo. Tinha que chegar ao hotel porque ai já estava automaticamente na seleção e tudo seria pago por ela. Porém, estava com a minha mala em uma zona da cida-de e o hotel era em outra. Como estava sem dinheiro, fui andando. Eram uns 15 km. Nem tinha comido. A minha sorte é que Deus é muito bom. Um amigo que também estava indo para o hotel e me viu, falou assim: “Está indo para o hotel? Vai pegar um táxi?”. Nessa hora dei uma disfarçada, ele percebeu e falou que era para eu ir com ele de ônibus, ia pagar minha passagem. Aquilo me salvou. Chegamos ao hotel às 16h, cansados. Almoçamos com os funcionários, porque o horá-rio de almoço já tinha aca-bado. Apesar disso, a maior loucura fi z agora, em 2012. Eu recusei renovar com o EC Pi-nheiros, maior clube do Brasil. Escrevi uma carta, com lágri-mas nos olhos, agradecendo tudo, porque estava saindo da Disney do esporte, sem saber do futuro da minha família, para montar uma equipe em Manaus. Isso era um sonho. Voltar para Manaus, iniciar um processo para que o espor-te do Estado tenha represen-tatividade em 2016. Vim para cá com a cara e a coragem. Peguei algumas ferramentas que vi em todas as minhas viagens que mostram como é possível fazer o esporte dar certo, não custoso, para que conseguisse ajudar o esporte amazonense. Isso começou em 2012. Estamos em 2014. Nesse período, conquistamos algumas medalhas. Catei atletas em todos os lugares. Descobri atletas brincando nas ruas. Uma menina prati-cando tecido na Ponta Negra. Um metalúrgico no Distrito que hoje é campeão mun-dial dos 100 metros rasos. Resgatei alguns que estavam praticamente parados. Con-tinuo pesquisando atletas. O nome do projeto é Clube de Atletismo Eldin.

Sandro VIANA

Falta amor AOS ATLETAS amazonenses

Mostrei que faltava ver com o jeito amazonense o processo e não tentar engessar trazendo um de fora para cá. Já tinham ‘n exemplos’ que não da-vam certos aqui. Então, conquistei essa medalha e deu grande orgulho levantar a bandeira do Amazonas para o mundo

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

FOTOS: DIEGO JANATÃ

Com isso tudo, percebi que as conquistas dos atletas ama-zonenses são muito esporá-dicas. O proble-ma todo não é o que o esporte amazonense conquista, mas o que fazem com a conquis-ta. Essa con-quista é uma semente que deve ser plan-tada, mas não é, apesar de ser um exemplo maravilhoso. No Amazonas não tem conti-nuidade

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Nacional traça metas para alcançar Série A em 10 anosTime lançou na última semana o projeto Série A 2024, que tem o objetivo de levar o Leão à elite do Brasileiro

“Foi casual”. Assim defi niu o publicitá-rio e novo diretor de marketing do

Nacional, Roberto Peggy, sobre sua proximidade com o clube da Vila Municipal. Torcedor do clube desde criança, ele lembra que a primeira vez em que en-trou num estádio para assistir a uma partida de futebol foi justamente do seu time do coração contra o Rio Negro, juntamente com o seu pai.

“Eu tinha essa paixão pelo Nacional guardada, enterrada em algum lugar, e a gente sempre acompanhou um time de fora, sem muita crença no futebol local. Aí um amigo lembrou o meu nome no dia em que o Nacional precisou fazer a reestruturação da sua marca, em 2012. Foram lá com a gente, começamos a conversar, tivemos uma boa experiência e o Nacional foi campeão”, recorda Peggy.

Depois disso, no ano seguin-te, o publicitário acabou se afastando do clube por não ter chegado a um acordo com a diretoria. Neste ano, por meio do diretor de planejamento do Nacional, Haroldo Falcão, ele voltou a trabalhar para o clube, mas em um projeto maior do que aquele em que trabalhou em 2012.

“Começou o trabalho no iní-cio do ano, nos envolvemos a ponto de assistir todos os jogos do Nacional possíveis, inclusive no interior nós fo-mos. A paixão redobrou. Eu fui à fi nal do campeonato estadual e foi o jogo mais emocionante da minha vida. Eu nunca estive numa partida de futebol tão emocionante, fi sicamente falando. A partir desse momento, com o projeto já implantado, sabíamos que a questão era dar continuidade”, aponta o publicitário.

Na última semana, Peggy foi o responsável por elaborar e apresentar o projeto Série A 2024, em que o Nacional

estabelece metas a serem atingidas com o foco de dis-putar a elite do Brasileirão daqui a uma década. Os dois primeiros objetivos já foram conquistados: o título estadual desta temporada e o direito de disputar a última divisão do Brasileirão em 2015.

Mas, e se as metas não fo-rem alcançadas, o que acon-tece com todo o planejamen-to já elaborado e apresentado pelo Nacional? Para o diretor de marketing do Nacional, será necessário fazer um ajuste. Deixar o projeto de lado está descartado.

“Realinhamento. Principal-mente se a gente tiver saído da estaca zero. O grande desafi o do projeto é a gente sair do ponto comum onde estamos há décadas. No momento em que o Nacional conseguir, den-tro dos próximos três anos, e torço que já seja em 2015, subir da D para a C, fatal-mente o clube vai ser mais olhado pelos patrocinadores e os torcedores vão confi ar mais no direcionamento do projeto. O difícil é você não conseguir sair dessa estaca, os prazos não serem cumpridos e você querer realinhar o projeto, aí não vai ter possibilidade”, des-taca Peggy.

O investimento a ser feito para que as metas do projeto se concretizem ainda não foi disponibilizado. Peggy acredi-ta que em outubro o valor disponível para a montagem do plantel seja divulgado pela diretoria nacionalina.

“Isso aí ainda está sendo avaliado. Estamos fazendo contato com o plantel do próximo ano, já estamos reu-nindo, mas esse valor ainda não está fechado. O Nacional tem uma reserva para come-çar esse projeto, mas ainda estamos trabalhando e em breve divulgaremos os valo-res necessários para isso. Por enquanto, só alguma especu-lação”, conclui o dirigente.

Principal responsável pela conquista do título estadual do Nacional neste ano, o técnico Sinomar Naves está com a moral em alta no Leão da Vila Municipal. De acordo com o presidente do clu-be, Mário Cortez, o primeiro nome na lista de reforços do clube para a próxima tempo-rada é o do comandante.

“O Sinomar Naves foi uma jóia rara que surgiu no Na-cional. Ele agregou o grupo, não que estivesse desunido, mas trabalhou a parte psico-lógica dos atletas. Quando ele saiu daqui eu já conversei com ele dizendo que con-tava com os seus serviços para o próximo ano. O que falta agora é nós fazermos o planejamento fi nanceiro e

conversar com o Sinomar para acertar as bases e di-zer que ele será o treinador do Nacional. Mas o desejo de tê-lo conosco é 100%. A prioridade número 1 é o Sinomar”, avisa Cortez.

Sobre o projeto Série A 2024, o presidente disse que o desejo de planejar o clube vem desde o ano passado, mas que somente neste ano conseguiu montar a estrutura necessária para lançar o projeto. Otimista, ele prefere nem pensar num futuro fracasso. “Olha, nes-se momento eu não posso nem falar, porque a gente tem tanta confi ança que o projeto vai dar certo, que na nossa cabeça só consta sucesso”, conta.

‘Prioridade imediata é Sinomar’

O presidente da Federa-ção Amazonense de Futebol (FAF), Dissica Tomaz Valé-rio, acredita que o ressurgi-mento do futebol local pode começar a partir do projeto apresentado pelo Nacional na última semana. Segundo ele, o Leão da Vila Municipal pode servir de inspiração aos seus rivais estaduais.

“Eu achei excelente. Era disso que o futebol do Ama-zonas estava precisando, que um clube desse esse passo. Eu sempre tenho falado que é preciso ter referência em tudo que se faz na vida. Se não tiver referência não se chega a lugar algum. Eu estou acreditando muito que esse projeto vai ajudar o futebol

do Amazonas adquirir a cre-dibilidade de anos anterio-res”, afi rma Dissica.

Conforme o dirigente, o projeto Série A 2014 vai fa-zer com que outras equipes amazonenses invistam em planejamentos similares. “Quem não tentar acom-panhar, vai fi car para trás e amargar derrotas cons-tantemente. A torcida vai para cima da diretoria e eles vão ter que se orga-nizar. É aí que está o valor extremamente importante dessa iniciativa do Nacio-nal, desse projeto, que eu estarei sempre próximo, acompanhando, e fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para fazê-lo acon-tecer de verdade”, fi naliza.

Presidente da FAF faz elogios

Diretoria reunida para apresentar o projeto Série A 2024

Roberto Peggy traçará as estratégias de marketing do projeto

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Presidente Mário Cortez acredita que o Leão da Vila Municipal pode se tornar um time grande do Brasil em breve

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Mirandoal

vos maioresPraticando o tiro com arco há apenas um ano, o garoto Inha já é destaque no cenário nacional do esporte

Indígena da etnia Kam-beba, originários do Alto Solimões, o ado-lescente Inha Quira,14,

chamado de Nelson Silva de Morais em português, vem se destacando em um esporte pouco popular no Amazonas: o tiro com arco. Descoberto em se-letiva que aconteceu em outubro de 2013, o jovem atleta já conquistou o título de campeão brasileiro es-tudantil nessa temporada e viajará no começo de outu-bro para defender o Estado no Campeonato Brasileiro na categoria infantil.

“Descobri o esporte em uma seletiva que ocorreu na minha aldeia. Isso foi organizado por uma caça talentos. Eu acabei me destacando e vim para Ma-naus com ela e o professor Roberval. Virou uma pai-xão. Vou disputar o Cam-peonato Brasileiro no Rio de Janeiro no próximo dia 8. Estou me preparando bem para não desapontar. Espero fazer o meu melhor. Vou disputar a prova de 30 metros”, explicou o atleta que treina todos os dias cerca de quatro horas na

Vila Olímpica, localizada no Dom Pedro, Zona Cen-tro-Oeste de Manaus.

Apesar de seguir uma rotina no esporte, Inha não deixou de estudar. Atualmente, o jovem está na 8ª série e pensa em fazer faculdade e se for-mar no futuro.

“Treino de manhã e vou à tarde para a escola. Pratico um esporte pouco conheci-do no Brasil, então, os meus amigos fi cam impressiona-dos quando falo que sou um atleta do tiro com arco. Quando avisei que vou via-jar agora para o Brasileiro, após passar pela seletiva que o professor fez, eles fi caram felizes pelo meu resultado”, revelou.

Tendo o sonho de ser campeão brasileiro na categoria adulta e re-presentar o Brasil nas Olimpíadas de 2020, o atleta agradece todo o apoio que recebeu de seu treinador e afi rma que leva consigo o diferencial de ter crescido utilizando o arco no seu povo.

“Melhorei a técnica. Pra-ticamente era zero. Ele (Roberval) me explicou tudo. Também cresci fi si-camente. O arco é muito forte. Aqui ele é mais pe-

sado. O nosso arco nativo tem cerca de 800 gramas e esse tem três kilos e meio. Querendo ou não, essa minha prática na mi-nha aldeia é um diferencial que tenho”, disse o atleta, que afi rma que o segredo do esporte é focar no trei-namento, pois o tiro com arco requer muita pratica e concentração.

FamíliaPara Inha, o começo no

esporte foi difícil porque teve que sair de casa com apenas 13 anos. Segundo o atleta, no começo, não contou com o apoio de sua mãe, porém, vendo que esse era o seu sonho, ela começou a apoiá-lo mes-mo de longe.

“No começo, minha mãe não queria que eu viesse. Mas, como era o meu desejo, me apoiou depois. Meus familiares ficaram com saudade. Quando tenho um tempo, acabo indo visitá-los. Fa-zemos campeonatos na região do meu povo al-gumas vezes e isso ajuda a encontrá-los. Quando cheguei a Manaus, foi um pouco difícil, mas acabei me acostumando”, con-cluiu o garoto.

THIAGO FERNANDOEquipe EM TEMPO

“No ano passado, eles (os atletas que passaram pe-las seletivas no interior do Estado) estiveram aqui em três oportunidades diferen-tes. Junho, agosto e outubro. O Inha chegou na última vez e ali já foi se adaptando muito rapidamente. Uma vez que já estava iniciado, tive que fazer um processo mais rápido para colocá-lo no mesmo nível dos outros. Pouco tempo depois de sua chegado, ele disputou o bra-sileiro estudantil e foi cam-peão na categoria infantil. Percebemos que ele tem um grande potencial para o esporte, vem se saindo muito bem nos treinamen-

tos e agora vai disputar o Campeonato Brasileiro de categoria de base. Tenho grande esperança que ele consiga uma medalha, nem que seja uma de bronze, mas podemos até esperar um ouro”, afi rmou Roberval.

Outros destaquesO treinador fez questão de

lembrar que outros atletas indígenas também estão se destacando na modalidade e vão representar o Amazonas no Brasileiro de base.

“Temos outros grandes valores na modalidade aqui. Estamos levando sete garo-tos indígenas. Acredito que podemos fazer bonito na

categoria juvenil e no arco composto. Então, temos um futuro brilhante para o esporte no Estado”, disse o treinador que ainda revelou que esse trabalho não po-deria ser feito sem o apoio da bolsa municipal ao atleta que para muitos, é o único sustento. “Sou contemplado por essa bolsa, uma vez que sou competidor. É a maior bolsa de que temos notícia no território nacional para um atleta. Então, fi co feliz com esse reconheci-mento da prefeitura. Isso ajuda muito porque o atleta tem despesas com viagens, equipamentos e treino”, fi -nalizou o treinador.

Ele tem um grande potencial

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Amazonense Inha tem o sonho de disputar as Olimpíadas de 2020

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E5MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014

Após dois empates contra os Tricolores carioca e paulista, o Rubro-Negro quer a vitória fora de casa

Flamengo visita Bahia para voltar a vencer

O Flamengo visita o Bahia, hoje, às 15h (de Ma-naus), na arena

Fonte Nova, em Salvador (BA), em confronto válido pela 25ª rodada do Campe-onato Brasileiro. O Rubro-Negro vem de empate por 2 a 2 com o São Paulo, fora de casa, e aparece com 31 pontos, ainda tendo como principal meta afastar-se ainda mais da zona de rebaixamento. O Tricolor baiano, por sua vez, está fl ertando perigosamente com a área de queda, com cinco pontos a menos. Po-rém, os baianos ganharam novo fôlego com o triunfo por 1 a 0 sobre o Sport no meio de semana.

Vanderlei Luxembur-go, técnico do Flamen-go, acredita que valori-zar a posse de bola vai ser fundamental para o Rubro-Negro conseguir deixar Salvador com três pontos na bagagem.

“O Bahia precisa do resultado e vai tentar impor um ritmo muito forte desde o começo da partida. Portanto, preci-samos ser inteligentes para encontrarmos a me-lhor maneira de ganhar. Não podemos deixar que eles consigam impor o

seu estilo. Temos que ter inteligência, valorizar a posse de bola e construir o triunfo”, falou.

Os jogadores flamen-guistas admitem ainda que o poder de concen-tração do time será fun-damental para evitar os erros cometidos contra o São Paulo, quando os cariocas sofreram o gol de empate aos 45 minu-tos do segundo tempo.

“Infelizmente, deixamos a vitória escapar no fi m do jogo e isso foi muito ruim para todos nós. O Flamengo precisava muito daqueles dois pontos que fi caram, pois hoje estaría-mos bem melhor na tabela. O importante agora é ven-cer o Bahia para conseguir-mos uma boa margem de pontuação fora de casa”, disse o zagueiro Wallace.

Para o compromisso, o Flamengo não poderá con-tar com o volante Víctor Cáceres e nem com o ata-cante Alecsandro, suspen-sos. Assim, Luiz Antonio ganha nova oportunidade no meio. Já no ataque, Edu-ardo da Silva, livre de dores na coxa esquerda, volta ao time. Após receber uma pancada no tornozelo di-reito, o meia Everton é dúvida e será reavaliado.

Se for vetado, o argentino Lucas Mugni deve atuar no seu lugar.

Pelo lado do Bahia, o téc-nico Gilson Kleina deseja ver evolução do time, pois espera problemas.

“O Flamengo tem um time perigoso, que sabe se fechar bem no meio e se abrir na hora de ir para o ataque, jogan-do pelas pontas. É um jogo problemático, pois vamos precisar buscar o resultado, tomando a iniciativa, porém, ao mesmo tempo teremos que correr riscos”, ana-lisou Kleina.

Em termos de escala-ção, Kleina não poderá contar com os atacantes Rafinha, que pertence ao Flamengo e não pode atuar por questões con-tratuais, e Kieza, suspen-so por acúmulo de car-tões amarelos. Assim, Emanuel Biancucchi e Maxi Biancucchi ga-nham uma chance entreos titulares.

No primeiro turno do Campeonato Brasileiro, as duas equipes se enfrenta-ram no Rio de Janeiro e empataram por 1 a 1. Pau-linho abriu o placar para os cariocas, mas Talisca garantiu a igualdade.

FICHA TÉCNICABAHIAFLAMENGO

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)

15h (de Manaus)

Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)

BAHIA: Marcelo Lomba, Rai-lan, Demerson, Lucas Fonseca e Guilherme Santos; Uelliton, Rafael Miranda, Diego Macedo e Emanuel Biancucchi; Marcos Aurélio e Maxi Biancucchi Técnico: Gilson Kleina

FLAMENGO: Paulo Victor, Le-onardo Moura, Samir, Wallace e João Paulo; Márcio Araújo, Héctor Canteros, Luiz Antonio, Gabriel e Everton (Lucas Mug-ni); Eduardo da Silva Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Eduardo da Sil-va volta ao time após lesão

PEDROMARTINS/GAZETAPRESS

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D6 MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014

Galo mede forças com Vitória Embalado pela sequência de

três vitórias seguidas e pela entrada no G-4 do Brasileiro, o Atlético-MG recebe o Vitória hoje (28), às 15h (de Manaus), no Independência. O objetivo dos mineiros e usar o fator casa para somar mais três pontos na briga por um lugar na Libertadores do ano que vem e se aproximar um pouco mais do rival Cruzeiro, que lidera a competição com folga.

O Atlético-MG ocupa a quarta posição com 40 pon-tos, e pretende não sair mais da parte de cima da tabe-la. Para manter-se entre os primeiros colocados, o téc-nico Levir Culpi conta com o apoio da torcida, que tem apoiado o time nos últimos jogos, e que segundo o trei-nador terá papel importante contra os baianos.

O Galo segue sofrendo

com os jogadores lesiona-dos. O argentino Dátolo, que vinha se tornando uma espécie de referência no meio-campo da equipe, dei-xou o jogo contra o Santos com entorse no pé direito, e não possui 100% das con-dições físicas para atuar. O lateral Emerson Conceição e o avante Jô, que entraram para o DM recentemente, continuam como baixas.

NO HORTO

Lateral direito Marcos Rocha aprimorando parte técnica em treino na Cidade do Galo

LUCA

S PR

ATES

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ETAP

RESS

Por reabilitação, Santos pega GoiásJá que o time ainda não

se encontrou fora de casa, o Santos mais uma vez conta com o apoio de seu torcedor para reagir no Campeonato Brasileiro. O Peixe recebe o Goiás no Pacaembu, às 17h30 (de Manaus) de hoje (28), em duelo válido pela 25ª rodada. O Esmeraldino vem de derrota para o Botafogo e, assim como seu adversário, é um visitante que pouco incomoda os rivais.

E para superar a derrota por 3 a 2 para o Atlético-MG, Enderson Moreira não con-tará com Robinho. Geuvânio deve ter uma nova oportuni-dade no time titular.

David Bráz, que volta de suspensão, assume a vaga do capitão Edu Dracena, fora por suspensão.

A transferência da par-tida faz parte da intenção de agradar os torcedores que não moram na Baixada

Santista e também funcio-na como uma tentativa de ter uma renda superior aos jogos na Vila Belmiro.

O Goiás, quem tem 30 pon-tos, três a menos que o Peixe, tenta acabar de vez com o estigma de não vencer fora de casa. O time comandado pelo técnico Ricardo Drubscky ba-teu o Figueirense na 7ª rodada do Brasileirão e da lá para cá não comemorou mais três pon-tos atuando como visitante.

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Inter recebe o Coritiba na caça ao líderColorado assumiu a vice-liderança do Brasileirão e agora mira diminuir a vantagem do Cruzeiro na ponta

O Internacional ain-da não desistiu de lutar pelo título brasileiro. Depois

de uma série de maus re-sultados, o Colorado con-quistou 10 dos últimos 12 pontos que disputou e re-assumiu a vice-liderança do Brasileirão. Hoje (28), às 17h30 (de Manaus), o Colo-rado recebe o desesperado Coritiba no Beira-Rio, para tentar diminuir a diferença até o líder Cruzeiro, que ter-minou a última quarta-feira oito pontos à frente.

“Ainda tem muito jogo pela frente. Não dá para dizer que o Cruzeiro já é o campeão, nem que os qua-tro últimos já estão rebaixa-dos”, analisou o técnico Abel Braga. Depois de encarar o Coxa, o Inter terá justamen-te um confronto direto com a Raposa, no Mineirão. Hoje o Colorado tem 44 pontos, enquanto a equipe mineira

finalizou a última rodada com 52.

Para o jogo, o técnico Abel Braga terá dois desfalques, suspensos pelo terceiro amarelo. Welington e Rafael Moura. Willians e Welling-ton Paulista jogam.

A euforia do Coritiba por sair da zona de rebaixamen-to durou apenas uma ro-dada. Na vice-lanterna, o Alviverde vive uma situação complicada, com uma sequência difícil de jogos.

“A partir de agora, principalmente fora de casa, nós temos que ga-nhar e recuperar os pontos perdidos em casa. Temos que pensar positivo, lem-brar que estamos a três pontos de sair da zona de rebaixamento. Nosso cam-peonato é esse, contra oito ou nove equipes. A minha missão é deixar o Coritiba fora da zona no dia 7 de

dezembro”, afirmou.O comandante coxa-

branca, que ainda tenta implantar um padrão de jogo no Coxa, tem sofri-do com desfalques e não será diferente em Porto Alegre. Desta vez não po-derá contar com Carli-nhos e Germano, que

estão suspen-sos pelo

t e r c e i r o cartão ama-relo, e com o volante Rosi-nei vetado pelo

departamento médico por conta

de uma pancada na cabeça na derrota para o Cruzeiro. Com isso, o téc-nico alviverde deve promo-ver as entradas do lateral Dener na esquerda e do volante Gil pelo meio, além das voltas de Robinho e Él-ber, o segundo como opção no banco.

FICHA TÉCNICAINTERNACIONAL

CORITIBA-PR

Local:

Horário:

Árbitro:

Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)17h30 (de Ma-naus)Luiz Flávio de Oli-veira (Asp. Fifa-SP)

INTERNACIONAL: Dida; Gilberto, Paulão, Juan e Fabrício; Willians, Aránguiz, D’Alessandro, Eduardo Sasha e Alex; Wellington Paulista Técnico: Abel Braga

CORITIBA: Vanderlei; Norberto, Luccas Claro, Leandro, Al-

meida e Carlinhos; Helder, Gil, Robinho e Alex; Joel e

Zé LoveTécnico: Marquinhos Santos

t e r c e i r o

CORITIBA-PR

estão suspen-

Meio-campista Alex está con-fi rmado no time titular do Inter para o jogo diante do Coritiba

ITAM

AR A

GU

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Jovem Geuvânio (direita) deve ser titular no Santos na vaga do atacante Robinho

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D7 MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014

Empolgados com a vitória sobre o São Paulo, os atle-tas do Corinthians

chegaram a falar no título do Campeonato Brasileiro. Três dias depois, viram a distância para o líder subir para 12 pontos e deixaram a zona de classificação à Copa Libertadores. O Atlé-tico-PR, com sua terceira derrota seguida, viu a zona de rebaixamento de perto.

Para conter suas quedas na tabela, Atlético-PR e Co-rinthians medem forças a partir das 15h (de Manaus) de hoje (28), na arena da Baixada. A formação paulis-tana, que já exibiu o melhor desempenho como visitante na competição, vem de duas derrotas fora de casa e não vence longe de Itaquera des-de 10 de agosto, quando superou o Santos.

“No começo do campeona-to, a gente fez bons resul-tados fora de casa. Preci-samos voltar a jogar aquele

futebol e a conquistar os pontos”, afirmou o volante Bruno Henrique, substituto do suspenso Ralf. Ele atuará ao lado de Fábio Santos, Elias e Petros, que retornam de suspensão.

Se a sexta colocação no início da 25ª rodada é a pior do Corinthians desde o início da disputa, o mesmo pode ser dito a respeito do 13º lugar do Atlético-PR. A equipe chegou a figurar no grupo dos quatro primei-ros colocados, logo após a

pausa no calendário para a Copa do Mundo, e começou a rodada a três pontos da zona da degola.

Com pouco tempo no clube, o técnico Claudinei Oliveira tem convivido com lesões, suspensões e convocações. Ele ainda não conseguiu re-petir a escalação em seis partidas no time e segue com problemas. O lateral direi-to Mário Sérgio, o zagueiro Dráusio e o atacante Cléo dificilmente terão condições de jogo. O atacante Dellator-re é baixa certa.

Claudinei ao menos terá a volta do atacante Douglas Coutinho de suspensão na tentativa de apagar da me-mória a derrota por 3 a 0 para a Chapecoense, no meio de semana.

“Temos que reagir, passar confiança para os jogadores. Pela estrutura que o Atléti-co tem, pela grandeza do clube, não podemos perder três jogos seguidos”, disse o técnico.

FICHA TÉCNICAATLÉTICO-PR

CORINTHIANS-SP

Local:

Horário:

Árbitro:

Arena da Baixada, em Curitiba (PR)

15h (de Manaus)

Marcelo de Lima Henrique (RJ)

ATLÉTICO-PR: Weverton; Sueli-ton, Gustavo, Cleberson e Willian Rocha; Deivid, Hernani, Bady (Sidcley) e Marcos Guilherme; Douglas Coutinho e Marcelo Técnico: Claudinei Oliveira

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Gil, Anderson Martins e Fábio Santos; Bruno Henrique, Elias, Petros e Renato Augusto; Mal-com e Guerrero Técnico: Mano Menezes

Só a vitória interessa aos times que vêm de derrota no meio da semana. O Alvinegro quer o G-4 e o Rubro-Negro se distanciar da zona da degola

Em queda, Furacão e Corinthians duelam no Sul

VENCER FORAApós perder do Fi-gueirense em Santa Catarina no meio de semana, o técnico Mano Menezes afi rmou que já está passando da hora do Corinthians voltar a vencer fora de seus do-minios neste Brasileirão

Lateral es-querdo Fábio Santos em treinamento pelo Timão

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Palmeiras visita o FigueirenseO triunfo por 2 a 0 diante

do Vitória serviu como alívio e tirou o Palmeiras da lanter-na do Campeonato Brasileiro. No entanto, os três pontos não foram sufi cientes para livrar a equipe da zona de rebaixamento. Para tentar terminar a 25ª rodada fora do Z-4, o Verdão precisará de pelo menos um empate hoje (28), quando enfrenta o Figueirense, às 17h30 (de Manaus), no Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Com 25 pontos, o Verdão buscará pela primeira vez conquistar duas vitórias consecutivas sob o coman-do de Dorival.

“Sabemos que jogar lá no Orlando Scarpelli é muito di-fícil, a equipe do Figueirense mantém uma regularidade sob o comando do Argel. Já faz algum tempo que não perdem lá, se não me engano (são sete partidas de inven-cibilidade). Nós estamos nos

empenhando para poder fazer um bom jogo lá”, afi rmou o atacante Henrique.

A partida será a segunda de uma série decisiva inicia-da diante do Vitória, contra adversários diretos na briga contra o rebaixamento – nas rodadas seguintes, o Palmei-ras enfrentará Chapecoense, em casa, e Botafogo, fora.

Para o confronto, o Palmei-ras terá dois desfalques em relação ao time que derrotou o Vitória: Juninho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e Mazinho, que deixou o grama-do do Pacaembu lesionado, desfalcam o time e aumentam a lista de problemas de Do-rival Júnior, que já não conta com os machucados Fernando Prass, Victorino, Tobio, Thiago Martins, Wellington, Marcelo Oliveira, Mateus Muller, Egu-ren, Wesley e Leandro.

Outro dos jogadores entre-gues ao departamento mé-dico, o lateral direito Wendel

pode ser a novidade do time contra o Figueirense. De volta após cumprirem suspensão, Allione e Diogo brigam pela vaga de Mazinho.

Imbatível em casa desde a contratação de Argel Fucks, o Figueirense também reen-controu a vitória no último meio de semana, ao vencer o Corinthians em casa e colocar fi m a uma sequência de quatro partidas sem vencer.

O técnico Argel diz estu-dar três esquemas táticos diferentes para enfrentar o Palmeiras: manter o 4-4-2 e promover a entrada de Jeff erson ou Nem na vaga de França; escalar um time mais ofensivo, no 4-3-3, com Paulo Roberto, Marco Antônio e Giovanni Augusto no meio de campo, e Pablo, Everaldo e Clayton ou Marcão no ata-que; ou atuar no 4-4-2 com Felipe no lugar de França e Marco Antônio recuado, ao lado de Paulo Roberto.

PARA EMBALAR

Atacante Argentino Cristaldo volta ao time titular para ajudar na reação do Verdão

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D8 MANAUS, DOMINGO, 28 DE SETEMBRO DE 2014

Após sair da zona de re-baixamento do Campe-onato Brasileiro, o Bo-tafogo terá a chance de

se afastar da degola. Hoje (28), os alvinegros terão pela frente o Grêmio, no Maracanã. Se os donos da casa brigam na parte de baixo da tabela, os gaúchos vivem bom momento e estão em busca do G-4. A equipe coman-dada por Luiz Felipe Scolari só está fora do grupo de classifi -cação para a Libertadores nos critérios de desempate.

Pelo lado do Botafogo, a vitó-ria sobre o Goiás deu um pouco de alívio e tranquilidade para o elenco. Mesmo assim, o técnico Vagner Mancini não terá muito tempo para trabalhar com a equipe visando esta partida. A tendência é a de que a escalação seja a mesma do último jogo. A única dúvida está no ataque. Ro-gério cumpriu suspensão e pode voltar na vaga de Wallyson.

A diretoria ainda busca com a CBF a liberação do atacante Jobson, que foi retirado do banco de reservas na quinta-feira pouco tempo antes da partida, pois o Botafogo foi notifi cado de uma suspensão do atleta por ter se recusado a fazer o exame antidoping em três oportunidades.

A partida contra o Botafo-go será a segunda seguida

do Grêmio no Rio de Janeiro. Após o empate em 0 a 0 com o Fluminense, o Tricolor Gaúcho chegou a três marcas importantes: está há oito jogos invicto no Brasileirão, há sete sem sofrer gols e há 21 sem perder para equipes cariocas. A última derrota para um time do Rio foi em maio de 2012, para o Vasco – são 15 vitórias e seis empates no período, sendo que nove destes confrontos foram em solo carioca.

O técnico Luiz Felipe Sco-lari contará com o retorno do zagueiro Geromel, Outro jogador que poderá voltar ao time é o volante Matheus Biteco, que a exemplo de Ge-romel cumpriu suspensão na rodada de quarta.

Empate agradou “Acabou sendo um bom

resultado pela qualidade do Fluminense. Nós criamos, mas eles também criaram chances, e o resultado não diz o que foi o jogo. Fizemos novamente uma boa partida”, apontou o treinador.

“O que me convence são as atuações da equipe. O posicio-namento, a qualidade tática, o comprometimento. Isso me faz acreditar que podemos chegar à Libertadores. Estamos pontu-ando”, completou.

FICHA TÉCNICABOTAFOGO-RJGRÊMIO-RS

Local:

Horário:

Árbitro:

Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

15h (de Manaus)

Elmo Alves Resen-de Cunha (GO)

Botafogo: Jéff erson, Dankler, Bolívar, André Bahia e Julio Cesar; Aírton, Gabriel, Cachito Ramírez e Pablo Zeballos; Wallyson (Rogério) e Emerson Sheik Técnico: Vagner Mancini

Grêmio: Marcelo Grohe; Pará, Geromel, Rhodolfo e Zé Ro-berto; Ramiro, Matheus Biteco (Riveros) e Fellipe Bastos; Luan, Barcos e Dudu Técnico: Luiz Felipe Scolari

Opostos, Botafogo e Grêmiose enfrentam no MaracanãEnquanto o Tricolor Gaúcho conseguiu se encontar no G-4, o Glorioso ainda luta para se afastar da zona de rebaixamento

Capitão do Botafogo, goleiro Jefférson, durante treino em General Severiano antes da partida decisiva contra o Grêmio

PAULO

CAMPO

S/GAZETAPRE

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