pódio - 13 de setembro de 2015

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015 BRASILEIRÃO Fla vai ao Sul encarar a Chape Pódio E7 FRAME Também chamado de arte suave, o jiu-jítsu se tornou uma ação solidária por meio de um projeto social que usa o esporte como ferramenta de inclusão de pessoas com deficiência. Pódio E5 SOLIDÁRIA ARTE DIEGO JANATÃ

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015

BRASILEIRÃO

Fla vai ao Sul encarar a Chape

Pódio E7

FRAM

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Também chamado de arte suave, o jiu-jítsu se tornou uma ação solidária por meio de um projeto social que usa o esporte como ferramenta de inclusão de pessoas com defi ciência. Pódio E5

SOLIDÁRIASOLIDÁRIASOLIDÁRIASOLIDÁRIAARTE

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MANAUS, DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015E2 PódioPódio

Um dos esportes mais praticados nas es-colas, mas que não tem continuidade

fora das unidades de ensino. Essa é a realidade do hande-bol, onde os jogadores estão constantemente lutando por uma melhor exposição da mo-dalidade. Quem acompanha os campeonatos e torneios consegue notar o esforço de cada atleta que se empenha para o crescimento do es-porte. No Amazonas não é diferente. Vários times fazem o possível para tornar o hande-bol algo profi ssional. Uma das pessoas engajadas com esta causa é o vice-presidente da Liga de Handebol Amazonen-se, Auricélio Pessoa. Ele, que também é professor, conver-sou com PÓDIO e contou como está o cenário do esporte no Amazonas, os projetos da fe-deração em âmbito estadual, para este esporte em que o Brasil é campeão do mundo no feminino.

PÓDIO – O que te fez escolher o handebol como esporte?

Auricélio Pessoa – O handebol é um esporte que as crianças se identifi cam muito devido sua dinâmica. Sou formado em educação física e sempre formei equi-pes para participar do Jeas (Jogos Escolares do Amazo-nas). Já conquistamos oito títulos nos jogos escolares, e um terceiro lugar no JEB (Jogos Escolares Brasileiro).

PÓDIO – O que você acre-dita que pode contribuir para o crescimento desse esporte no Amazonas?

AP – Uma série de fatores que vão desde o conheci-mento da modalidade, como oferecimento de cursos para os técnicos e professores, como condições de traba-lho que vão desde o espaço

até os materiais necessários para o desenvolvimento da modalidade.

PÓDIO – Recentemente, a seleção brasileira feminina de handebol foi campeã do mundo. Esse feito tem con-tribuído para a modalidade no Amazonas?

AP – Contribui na visualiza-ção da modalidade na mídia, com crianças se interessan-do mais pelo o esporte. Mas, em relação à estrutura, não. É preciso um maior apoio da confederação. Ela pre-cisa se importar mais com os campeonatos nacionais e estaduais.

PÓDIO – Como funcionam os torneios de handebol no Amazonas?

AP – A liga de handebol promove os campeonatos em todas as categorias, tem os prazos de inscrições, assim como qualquer outra modali-dade, e são competições in-terclubes, todos jogam contra todos para ter um campeão.

PÓDIO – O handebol é um esporte bastante pratica-do nas escolas de Manaus, mas por que não há uma continuidade?

AP – Até tem uma con-tinuidade, mas não é como queríamos. É uma modalida-de, em Manaus, onde as gran-des equipes escolares estão em escolas públicas, que é o grande celeiro de atletas; em escola particular é uma ou outra. A continuidade depen-de do apoio que as equipes tem. Alguns conseguem man-ter, como é o caso da escola Adalberto Valle, e a faculdade Nilton Lins, o Zezão da Zona Leste e outros.

PÓDIO – Quais são as principais difi culdades que a modalidade enfrenta?

AP – As difi culdades são iguais a outras modalidades amadoras. Sofremos com a

falta de patrocínio, os clubes têm difi culdade de ter um local de treinamento. Mas, a principal difi culdade é a falta de patrocínio, que são poucos, são raros.

EM TEMPO – Há uma boa perspectiva para a modali-dade no Amazonas?

AP – O Amazonas é um celeiro de bons atletas do handebol, tanto é que daqui saem ótimos jogadores para outros lugares. Temos uma boa perspectiva a curto prazo, pois já contamos com equipes consideradas tradicionais que fazem um bom trabalho.

PÓDIO – Então, o hande-bol no Amazonas está em ascensão?

AP – Estamos caminhando aos poucos. Um exemplo foi a Taça Amazônica, disputada no último fi nal de semana na Vila Olímpica. Uma equipe do Pará foi campeã (o Paysandu levou o título), mas o Amazonas colocou duas equipes no pó-dio, com o segundo e terceiro lugar. Em outubro, na catego-ria masculina, esperamos ver novamente o Amazonas no pódio. Ainda é um trabalho amador aqui no Amazonas. Enquanto no Sul e Sudeste eles já são profi ssionais, aqui em Manaus continuamos no amadorismo.

PÓDIO – O que acontece para que o handebol do Amazonas não seja reco-nhecido como potência?

AP – No passado, o Amazo-nas foi uma grande potência no handebol. Foi bicampeão brasileiro no feminino e tem várias exposições boas no masculino, e no handebol de praia também, mas com o passar do tempo houve a profissionalização no Sul e Sudeste, e nós fomos fican-do mais abaixo deles. Mas, aos poucos, estamos tra-balhando para chegar maisperto deles.

PÓDIO – Há chances de um atleta local chegar à seleção?

AP – O que acontece no handebol nacional é o se-guinte. Para o Brasil ter um nível internacional, a maio-ria dos atletas convocados está jogando no exterior. Um exemplo é que 80% da sele-ção feminina que foi campeã do mundo não jogavam em território nacional, mas es-tavam na Europa, pois lá o handebol é mais forte.

PÓDIO – Esse método é bom?

AP – A confederação adotou essa política de colocar essas atletas para jogar por lá (fora do Brasil) para assim estar sempre jogando ao lado das melhores do mundo, para que alcançassem o nível que estão. E no masculino estão seguindo o mesmo caminho.

PÓDIO – Existe outro ca-minho para o atleta que quer chegar à seleção, ou esse é o único?

AP – Para um atleta chegar à seleção brasileira adulta precisa de um trabalho mui-to forte, tanto da federação estadual quanto da confede-ração brasileira, para enviar esse atleta para o exterior – principalmente na Euro-pa – para eles chegarem nonível internacional.

PÓDIO – Há torneios lo-cais em vista?

AP – Agora teremos a Taça Amazônica em outubro, onde clubes de toda a Região Norte vão participar. Serão equipes do Amazonas, Acre, Rondônia, Pará e Roraima brigando pelo titulo. E estamos com o Cam-peonato Amazonense adulto em pleno andamento. Temos as competições de base com a categoria cadete, e o festi-val do mini-handebol – crian-ças até 10 anos -, o infantile o juvenil.

Auricélio PESSOA

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‘O Amazonas É UM CELEIRO de bons atletas DO HANDEBOL’

No passado, o Amazonas foi uma grande potência no handebol. Foi bicampeão brasileiro no feminino e tem várias ex-posições boas no masculino, e no handebol de praia tam-bém, mas com o passar do tempo houve a profi ssionali-zação no Sul e Sudeste e nós fomos fi cando mais abaixo deles. Mas, aos poucos, estamos tra-balhando para chegar mais perto deles”

POR ASAFE AUGUSTO

É uma modalidade, em Manaus, onde as grandes equipes es-colares estão em es-colas públicas, que é o grande celeiro de atletas; em escola particular é uma ou outra. A continuida-de depende do apoio que as equipes têm. Alguns conseguem manter, como é o caso da escola Adal-berto Valle e a fa-culdade Nilton Lins, o Zezão da Zona Leste e outros”

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Rio Negro, campeão amazonense de 1975Willian D’Ângelo

Colunista do pódio

[email protected]

Túnel do Tempo

Em 1975, o Galo da praça da Saudade completava 10 anos sem conquistar o

Campeonato Amazonense de Futebol. Manaus tinha como prefeito o militar Jor-ge Teixeira de Oliveira, que, durante a ditadura militar no Brasil (1964 a 1988), o então coronel da reserva foi nome-ado, em 1973, para assumir a Prefeitura de Manaus, onde fi cou até março de 1979.

O time chegava para a com-petição com nomes como o goleiro Iane, o meia Jorge Cuíca e os atacantes Orange, Amaro e Reis. Enquanto o Nacional de Amauri, Ante-nor, Bibi e Rolinha estreava com uma goleada sobre o Sul América por 4 a 0, o Rio Negro vencia o América por 3 a 0, com gols de Almir, Orange e César.

No segundo compromisso, o time do técnico Emilson Pessanha venceu o Fast Clube por 1 a 0, com gol de Orange aos sete minutos da primeira etapa. Na ocasião, o time barriga preta jogou e venceu com Iane, Almir, Joaquim, Po-gito e Gilberto; Jorge Cuíca, Paulo Roberto e Zé Cláudio; Walmir, Nilson e Orange.

O time ainda venceu o São Raimundo (3 a 0) e o Sul América (3 a 1) pelo primei-

ro turno da competição. Na segunda fase, o Rio Negro passou pelo o Sul América (3 a 0), América (1 a 0) e Nacional (2 a 1), além dos empates sem gols com São Raimundo e Fast Clube. Em uma época que o certame re-

gional era disputado em três turnos, o time ainda venceu o Sul América (3 a 1), o São Raimundo (4 a 0), o América (1 a 0) e os empates de 1 a 1 com o Fast Clube e o Leão da Vila Municipal.

Na primeira partida deci-

siva contra o Nacional, jogo disputado no dia 10 de agos-to no estádio Vivaldo Lima, o Rio Negro levou a melhor e venceu o rival por 4 a 1, com gols de Jorge Nobre (2), Davi e Zé Cláudio, com Serginho descontando para

o time azulino. O Rio Negro jogou e venceu com Iane, Lauro, Pogito, Paulo Roberto, Vanderlei, Lopes, Zé Cláudio,

Sidnei, Davi (Jorge Cuíca), Jorge Nobre (Nilson) e Reis. A vitória do Galo tornou ne-cessária a realização de uma nova partida.

No dia 13 de agosto, Rio Negro e Nacional fi caram no 1 a 1, com gols de Jorge Luís e Jorge Nobre. Na pror-rogação, o empate persistiu e o título foi decidido nos pênaltis. O Galo venceu por 3 a 2 (gols de Lauro, Nilson e Paulo Roberto, contra os de Teo e Renato) e se sa-grou campeão amazonense de 1975 jogando com Iane, Lauro, Pogito, Paulo Rober-to, Vanderlei, Lopes, Cláudio (Orange, depois Nilson), Jor-ge Nobre, Davi e Reis.

No dia 27 de junho, em amistoso interestadual reali-zado no estádio Vivaldo Lima, o Rio Negro ainda venceu o Flamengo-RJ pelo o placar de 3 a 2. O time amazonense foi formado com Iane, Lau-ro (Almir), Pojito, Joaquim e Vanderlei, Paulo Roberto, Lopes e Reis, Sidnei, Davi e Jorge Nobre. O time rubro-negro perdeu com Cantareli (Ubirajara Mota), Vanderlei, Jaime, Dequinha, Luís Florên-cio, Paulo Roberto, Júnior, Julinho, Luisinho, Paulinho e Luís Paulo. Jorge Nobre (2) e Davi marcaram para o Rio Negro, com Luisinho e Pauli-nho para o Flamengo.

Rio Negro, campeão amazonense de 1975 em foto tirada na fi nal

contra o Nacional no extinto estádio Vivaldo Lima

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mas sem fidelidade

Amor,

Dirigentes de clubes locais falam em amor ao futebol, mas alguns foram “infi éis” e trocaram de clubes em sua trajetória

Apostar em uma barca fu-rada? Nem morto! Esse é o pensamento de muitas pessoas quando recebem

convites para trabalhar com o futebol amazonense. Apesar disso, alguns poucos malucos aceitaram esse desafi o árduo.

Carinhosamente cha-mados de cartolas, os dirigentes locais lutam para levantar o esporte bretão do Estado que viveu seu último momento de glória na década pas-sada quando o São Raimundo conquistou títulos regionais como

a Copa Norte e repre-sentou o Amazonas na Série

B do campeonato brasileiro até 2006.Mesmo com poucos recursos,

estádios vazios e inúmeras críticas, eles seguem fi rmes e fortes. Alguns, estão há mais tempo nos mesmos clubes. Exemplo disso é visto no Nacional, onde o vice-presidente Manoel do Carmo Chaves, o Ma-neca, já escreveu seu nome na história do clube da Vila Municipal. Outro é Thales Verçosa, no Rio Negro. À frente do Galo da Praça da Saudade, o dirigente passou por bons e maus momentos, porém, nunca desistiu do sonho de ver o

tradicional clube amazonense novamente brigando por tí-

tulos estaduais e fazendo bonito no cenário na-cional.

Seguindo um curso di-ferente, alguns cartolas se

mantêm no futebol amazo-nense, porém, mudaram de

equipes durante suas traje-tórias. Podemos citar o atual

presidente do Operário, Beto Ferreira. Conhecido em Ma-

nacapuru por seu envolvimento com o esporte local, o dirigente

passou primeiro pelo Tarumã antes de tomar o comandante máster do no Sapão da Terra Preta. Para Beto, isso aconteceu devido a sua paixão pelo futebol e por sentir que pode ajudar a melhorar a realidade do esporte no Amazonas.

“O futebol faz parte da minha história. Sou apaixonado desde

criança e quero sempre ajudar. Acaba virando paixão e amor. Nosso município respira futebol. Acaba viciando. Como não temos um grande time como no Rio e São Paulo, acabamos criando o nosso. Acredito que quando tiver um ou dois grandes aqui, muitos times acabarão. Tentamos conser-tar alguns erros que outros clubes cometem. Acabamos entrando nos clubes por isso”, explicou o diri-gente, salientando que o caminho normal do Operário era entrar no Campeonato Amazonense devido não ter mais como crescer no futebol amador.

“O Operário é antigo, mas antes era amador. Foi duas vezes cam-peão da Copa dos Rios. Ganhá-vamos todos os campeonatos. O nosso caminho era o profi ssional. As difi culdades são grandes. Isso é só para quem gosta e quer tra-

balhar. Acaba sendo um hobbie. Esperamos que o futebol do Ama-zonas se sustente sozinho, mas infelizmente, ainda estamos longe disso e acabamos dependendo do poder público. Ficamos correndo atrás do complemento”, disse Beto, que concluiu afi rmando acreditar que a criação da Associação dos Clubes Profi ssionais do Estado do Amazonas (Acpea) vai ser impor-tante para elevar o patamar do futebol baré.

“Agora com a Acpea, as coisas estão tomando um rumo melhor. As pessoas que estão lá são car-tolas. Ela foi criada na hora certa. Sempre pensamos no melhor para o futebol. Estamos mudando o ca-lendário para que possamos fazer um bom trabalho. Buscamos uma época que chove menos. Todos os estádios são abertos, fi ca compli-cado fazer na hora de chuva. Vamos

organizar mais. Temos muito para melhorar. Isso vai ser bom para o futebol do Amazonas”, fi nalizou.

Impregnada no dirigenteA mudança mais recente

que aconteceu no futebol amazonense foi a saída de Patrícia Serudo da presidência do Penarol para aceitar o desafi o de comandar do novato Manaus FC.

Para a única di-rigente mulher do Estado, sua saída do Leão da Velha Serpa foi normal levando em conta que foi após o tér-mino de seu mandato no clube. Além disso, o novo posto é visto como desafi o profi ssional.

“É preciso avaliar as mu-danças de clubes de manei-ra isolada. No meu especí-fi co, não houve desavenças. Saí cumprindo uma missão e um mandato inteiro com a tranquili-dade de que meu sucessor é uma pessoa qualifi cada para o cargo, inclusive trabalhou na minha dire-toria. Deixei o clube em boas mãos. Encaro minha ida para o Manaus FC como um desafi o profi ssional”, disse Serudo, que ainda sente que sua missão está incompleta no futebol amazonense.

“Acho que não fi z tudo que po-deria fazer pelo futebol. Tenho alguma coisa ainda para con-tribuir e é esse o meu papel, fazer algo signifi cativo para que o erguimento do futebol amazonense. Acredito que a paixão pelo futebol amazonense tem que estar impregnada em todo dirigente, presidente de clube. Caso contrário, o trabalho não será bem feito, pois há muita entrega envolvida”, frisou Patrícia.

Para Luis Mitoso, ser dirigente de futebol não é uma profi ssão, mas sim uma paixão que envolve muita dedicação. O ex-presidente do Nacional e Manaus FC, afi rma que a principal motivação de todos é gostar de esportes.

“O que mais nos motiva é o fato de gostar de esportes. Essa é a motivação. Você só faz o que gosta. Se não fosse assim, não daria certo”, concluiu.

TUDO AZUL

Atual vice-presidente do Nacional, Maneca, já esteve contra seu clube de coração quan-do no fi nal da década de 1990 foi dirigente do São Raimundo. No Tufão, conquistou títu-los importantes como a Copa Norte

POR THIAGO FERNANDO

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Projeto desenvolvido em escola municipal utiliza a “arte suave” como ferramenta de inclusão social de crianças com defi ciência

Jiu-jitsuinclusivo

Dedicação e supera-ção são marcas do projeto ‘Aprender, Conviver e Lutar’ que,

desde 2013, utiliza o jiu-jítsu como ferramenta de inclusão social de crianças com múlti-plas defi ciências. Para os pais dos alunos que participam das aulas ministradas no complexo municipal de educação especial André Vidal de Araújo, a entra-da no universo esportivo é a forma mais efi caz de resgatar

a alegria escondida atrás das difi culdades do dia a dia.

Segundo o coordenador do projeto, o educador físico Ron-nie Melo, atualmente cerca de mil crianças e adolescentes especiais já foram incluídas no esporte. Para o professor - que já foi campeão mundial no es-porte -, essa é a única maneira de democratizar a luta.

“O mundo da luta foi cons-truído para a educação, in-dependentemente da forma física e mental de cada ser humano. A nossa ideia era jus-

tamente incluir essas crianças no mundo do esporte, já que eles não praticavam nenhuma atividade física”, disse.

Melo ressalta que a maior gratifi cação recebida desde o início do projeto são os de-poimentos positivos dos pais, que apostam no esporte como ferramenta para inclusão social dos fi lhos. Para ele, a satisfação do coletivo é a maior prova que valeu insistir no projeto que para muito parecia impossível.

“Temos depoimento de mães relatando que depois que os fi lhos começaram a praticar o esporte, a autoestima fi cou lá em cima, a condição física melhorou signifi cativamente. Elas sempre nos contam que os fi lhos fi cam ansiosos para que chegue a sexta-feira, dia dos treinos. Isso é um incentivo a mais, tanto para eles como para nós profi ssionais. Esta-mos oferecendo uma nova vida para essas crianças, e esse é o nosso papel como educador. Precisamos dar essa oportuni-dade a eles”, conclui.

Já o professor de Educação Física e psicólogo Alexandre Romano, um dos responsáveis pelos treinos, destaca que o

jiu-jítsu educacional realizado no André Vidal de Araújo tem um diferencial. A intenção do projeto é justamente trabalhar as habilidades sociais e afetivas de cada aluno. Além dessas questões, Romano explica que o esporte vem agregando outros benefícios na maioria dos casos, como terapia.

“Como a criança paralisada não tem movimento, nós pro-curamos usar o nosso corpo, como se fosse o corpo deles, uma espécie de avatar. Há um dialogo tônico com eles, pois os alunos entendem o que está acontecendo, só não con-seguem reproduzir fi sicamente. Mas cognitivamente eles conse-guem entender, eles fazem uma imagem cerebral, e a gente usa esse diálogo justamente para desenvolver a parte afetiva e social deles, e isso dá uma resposta fi siológica. Sabemos que eles, ao chegarem em casa, relaxam, fi cam mais tranquilos. O esporte vem ajudando até na alimentação”, explica.

Alexandre destaca ainda que a metodologia e o desenvolvi-mento dessa modalidade apli-cado aos alunos com defi ci-ência passaram por um longo

processo de pesquisas. “Não dá para chegar no improviso, temos que saber lidar com eles, como introduzir o esporte no dia a dia deles, qual a necessidade e qual a defi ciência de cada um. Tem que ter um conhecimento básico para ministrar os treinos. Além da nossa experiência, rea-lizamos diversos estudos sobre o caso, antes de dar o pontapé inicial no projeto”, fi nalizou.

Alegria dos paisPara Nilza Bentes, mãe de um

aluno, o projeto vai muito além da prática de um esporte, e vem sendo o combustível da nova jornada dos diversos alunos

que tiraram dessa oportunidade uma nova chance de sorrir.

“No pouco tempo em que meu fi lho vem praticando o esporte já pude notar que houve um avanço no comportamento, no desenvolvimento físico motor, entre outras questões. A au-toestima dele está elevada, o interesse pela escola já é outro. Podemos ver no olhar dele a fe-licidade em estar praticando um esporte. Ele fi ca muito ansioso pelos treinos, é realmente uma novidade, um novo mundo, uma nova vida que trouxe apenas alegrias. Está sendo maravi-lhoso, tanto para a gente, como para ele”, disse.

Aluno defi ciente físico foi integrado às aulas de jiu-jítsu de sua

Professor tem papel fundamental na aplicação dos golpes durante o treino

As aulas têm ajudado na boa frequência dos alunos na escola

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ATÃ

POR GERSON FREITAS

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MANAUS, DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015E6 PódioPódio

‘Sem gordura’, Corinthiansrecebe o JECCom apenas três pontos de vantagem sobre o Atlético-MG, Alvinegro só pensa na vitória em casa sobre o Joinville

São Paulo (SP) – Há dois jogos sem vencer, o Corinthians viu a van-tagem de sete pontos

que tinha sobre o vice-líder Atlé-tico-MG cair para três e o sinal amarelo começou a piscas pelo Zona Leste de São Paulo . Como o Galo faz o clássico mineiro contra o Cruzeiro, o objetivo do time do Parque São Jorge é vencer o Joinville às 10h (de Manaus), deste domingo (13), na Arena de Itaquera, torcer por um tropeço dos atleticanos para voltar a respi-rar mais folga-do na liderança do Campeonato Brasileiro.

Para o duelo, o Corin-thians terá que superar desfalques e o calor do jogo matutino. O ho-rário da partida, por sinal, foi motivo de reclamação de alguns jogado-res, entre eles o meio-campista Jadson.

“Não tem par-te legal (no jogo às 10h), na minha opinião. Para o tor-

cedor, pode ser melhor. Ele vai lá assistir ao jogo e tem a tarde toda livre para fi car com a família. Esse pode ser o ponto positivo. Mas, na minha opinião, o jogo às 15h é melhor. Neste horário de domingo, é compli-cado, é uma rotina diferente. Mas temos que nos adaptar”, opina Jadson.

Será preciso, de fato, se adaptar. Uma semana depois

de receber o Joinville às 11 ho-ras, o Corinthians jogará nova-mente pela manhã em Itaquera, diante do Santos.

“Todas as equipes jogaram duas vezes nesse horário. Nada mais justo do que tam-bém termos dois jogos. O segundo vai ser no clássico, jogo difícil, mas já estaremos acostumados, já teremos jo-gado contra o Joinville”, mini-miza o meia, mesmo avesso à

novidade da atual edi-ção do Campeonato

Brasileiro.Para o duelo,

o Timão terá os retornos do

meia Elias, que es-tava com a seleção

brasileira, do lateral-di-reito Fagner e do zaguei-ro Gil que cumpriram

suspensão na partida diante do Grêmio no meio de semana.

O Corinthians deve entrar em campo com: Cássio, Fagner, Gil, Felipe, Uen-del, Ralf, Elias,

Renato Augusto, Jadson, Malcom e Vagner Love.

São Paulo e Grêmio fazem clássico tricolor na Arena

Porto Alegre (RS) – O técnico do São Paulo, Juan Carlos Osorio, já jogou a to-alha com relação ao título do Campeonato Brasileiro, mas segue trabalhando fi rme para terminar a competição entre os quatro primeiros na tabela de classifi cação. Para isso, terá um importante de-safi o neste domingo (13), às 15h (de Manaus) quando enfrenta o Grêmio em Porto Alegre. O duelo de Tricolores será um dos mais impor-tantes desta 25ª rodada do Brasileirão, já que mexerá diretamente na briga pelo G-4. O São Paulo tem 38 pontos e está na quinta colocação, já o Grêmio com 45 é o ter-ceiro colocado. Os gaúchos querem vencer e torcem por um tropeço do Atlético-MG no clássico contra o Cruzeiro para encostarem na vice-liderança.

O São Paulo terá, mais uma vez, a ausência do capitão Rogério Ceni. No Brasileiro, já são seis jogos sem a presença do capitão. Antes do embate contra o Interna-cional, no último sábado, o arqueiro chegou a treinar al-guns minutos e foi a campo. Após apenas uma jogada, no entanto, quando deu um car-

rinho em Daniel, o ídolo são-paulino saiu discretamente, aparentando ter sentido de novo a região contundida.

Além de Rogério, Osorio também já sabe que não poderá contar com Alan Kardec, em recuperação de uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho direito, e Luis Fabiano, sus-penso pelo STJD na última quinta-feira.

GrêmioNo lado do Tricolor gaúcho

as notícias são boas. O téc-nico Roger Machado contará com os retornos do goleiro Marcelo Grohe, que estava com seleção brasileira, do zagueiro Erazo, que estava com a seleção equatoriano e o atacante Luan, que es-teve com a seleção olímpica. Fernandinho também já esta treinando. O lamento trico-lor é por conta do zagueiro Geromel, que fi cará parada três semanas por conta de lesão.

Assim, uma provável esca-lação, já sem Geromel terá Marcelo Grohe, Galhardo, Rafael Thyere, Erazo e Mar-celo Oliveira, Edinho, Walace, Giuliano, Douglas, Fernandi-nho e Luan.

Vasco encara Atlético-PR para manter ‘boa’ fase

Rio de Janeiro (RJ) – Com o pior ataque, pior defesa e na lanterna da competição com apenas 16 pontos, o Vasco teve um motivo para sorrir na última rodada. Após 52 dias, voltou a vencer no Campeonato Brasileiro e reascendeu a esperança na manutenção na elite do fu-tebol brasileiro. A situação não é quase impossível, mas o discurso em São Januário é de que enquanto houver esperança, os jogadores es-tarão lutando.

Neste domingo, o Cruz-Maltino enfrenta o Atlético-PR no Maracanã e quer en-gatar duas vitórias seguidas pela primeira vez no Brasilei-rão. O adversário, que briga na parte de cima da tabela,

quer aproveitar as emoções fragilizadas do adversário para triunfar fora de casa.

Para o confronto, o técni-co Jorginho, do Vasco, terá o retorno do volante Sergi-nho, que volta de lesão, e do goleiro Martín Silva, fora nas últimas três rodadas por estar servindo a sele-ção do Uruguai. Além deles, retornam Jorge Henrique, Lucas e Rafael Silva. A baixa será o volante Guiñazu.

O Vasco deve ir a campo com Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Julio César; Serginho, Bruno Gallo, Julio dos Santos e Nenê; Jorge Henrique e Leandrão. A única dúvida de Jorginho parece ser no meio, em relação ao substituto de Diguinho.

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Atacante Fernandinho reforça o time

Goleiro uruguaio Martín Silva volta ao time titular do Vasco

Jovem Lyanco será mantido na zaga do Tricolor

Meia Elias volta ao time titular do Timão após servir a seleção

BRASILEIRÃOREAÇÃO

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MANAUS, DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015E7PódioPódio

Obsessão Fla vai ao Sul enfrentar a Chape querendo vencer para se manter entre os quatro primeiros colocados

Chapecó (SC) – De-morou, mas o Fla-mengo voltou a fi gurar no G-4 do

Campeonato Brasileiro. Após a vitória sobre o Cru-zeiro por 2 a 0 no meio de semana, o time rubro-negro ingressou no grupo dos qua-tro primeiros colocados da competição nacional quase quatro anos depois (137 rodadas). Agora, o desafi o é preservar a conquista. Com 38 pontos somados – assim como São Paulo e Atlético-PR – os comanda-dos de Oswaldo de Oliveira enfrentam, neste domingo (13), às 15h (de Manaus) a Chapecoense na Arena Condá, em Chapecó (SC), pela 24ª rodada do torneio e colocam em jogo a inven-cibilidade no segundo turno do Brasileirão. São cinco jo-gos, cinco vitórias e 100% de aproveitamento desde a chegada do novo técnico.

A autoestima elevada é a arma para o elenco superar os desfalques. Mais uma vez, o atacante Paolo Guerrero fi cará de fora do time. O jogador está com lesão liga-mentar no tornozelo direito. O também atacante Emerson Sheik e o zagueiro Wallace estão fora ambos por proble-mas na coxa. César Martins substitui Wallace e Everton entra no lugar de Sheik.

O meia Ederson já está recuperado, mas ainda não é certeza que irá jogar.

A boa notícia são os re-tornos de Márcio Araújo e Canteros que suspensos pelo terceiro cartão amarelo, não atuaram contra a Raposa na última quinta-feira (10).

O Flamengo deve entrar em campo contra a Chape com: Paulo Victor, Pará, Sa-mir, César Martins, Jorge, Canteros, Márcio Araújo, Alan Patrick, Paulinho, Mar-celo Cirino e Kayke.

Sem pressãoA torcida está eufórica

com a grande campanha do time e o retorno ao G-4, porém, os jogadores e o técnico Oswaldo de Oliveira procuram tratar do tema com tranquilida-de. A ideia é evitar que a pressão se torne maior pelo simples fato de o time estar no grupo dos primeiros colocados.

“O Flamengo tem que pen-sar sempre no próximo jogo e não se está ou não no G-4. O importante é estar neste grupo após a última rodada e para que isso aconteça não podemos tratar a situação como um bicho de sete cabe-ças. Não podemos nos levar por essa magia da posição na tabela de classifi cação. O nosso foco precisa ser sempre o próximo obstácu-lo, pois se ele for superado um horizonte vai se abrir”,disse Oswaldo.

pelo G-4

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Talismã Kayke terá mais uma chance no time titular do Fla

TEMBRO DE 2015

Obsessão Obsessão

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Page 8: Pódio - 13 de setembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015E8 PódioPódio

Belo Horizonte (MG) – Em clássi-co, quando a bola rola, não importa o

quão distante na tabela os adversários estejam, a par-tida certamente será equili-brada, bastante disputada e com resultado imprevisível. O confronto entre Cruzeiro e Atlético-MG às 15h (de Manaus), no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, deve seguir esse roteiro. Pelo menos em nú-

meros, o Galo, que é vice-líder, leva vantagem.

Com 24 rodadas disputadas no Brasileirão, o Atlético-MG está 20 pontos à frente do Cruzeiro. O ataque alvinegro fez 19 gols a mais que o azul, e a defesa levou três a menos, o que signifi ca que a diferença no saldo de gols é de 22. O Galo também leva vantagem no número de vitórias (15 a 8), além de ter apenas a metade das derrotas da Raposa (6 contra 12).

Tudo isso, porém, vai fi car para trás quando o clássi-co começar. O Cruzeiro terá 90% da torcida no Mineirão e a previsão é de público superior a 50 mil pessoas. Mesmo que tenha tido um dia a menos de descanso que o Atlético-MG, porque jogou na quinta e o rival na quarta, a energia da torcida pode dar um gás a mais à Raposa e fazer com que o jogo fi que equilibrado e imprevisível.

Com todos os jogadores

tidos como titulares a dispo-sição, o técnico Levir Culpi, provavelmente mandará a campo para o derbi mineiro o Galo com: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Je-merson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Dátolo e Giovanni Augusto; Luan e Pratto.

Já o Cruzeiro, o zagueiro Bruno Rodrigo e o atacante Leandro Damião são dúvi-das para o clássico. Certeza mesmo, é o retorno do meia

Alisson, que esteve com a se-leção olímpica em amistosos na França. A expectativa é que o jovem forme o sistema ofensivo ao lado de Willian. A posição de centroavante deve fi car com Vinícius Araújo.

O Cruzeiro deve entrar em campo com a seguin-te formação: Fábio, Ceará, Manoel, Paulo André (Bru-no Rodrigo), Pará, Henrique, Willians, Ariel Cabral, Alisson; Willian e Vinícius Araújo (ouLeandro Damião).

Cruzeiro briga para se afastar da zona da degola enquanto que o Atlético-MG sonha com o título nacional

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Nacional só cumpre tabela

O Nacional se despede da Série D do Campeonato Brasileiro contra o Náutico-RR neste domingo, às 15h (de Manaus), na Arena da Amazônia, às 17h. Sem con-seguir alcançar o objetivo de passar para a segunda fase da competição, o Leão da Vila apenas cumpre tabela, uma vez que, com apenas cinco pontos em sete jogos, já está eliminado do grupo A1 da última divisão do fu-tebol brasileiro.

Com apenas 15 jogadores no elenco, o técnico Paulo Morgado não tem muitas opções para armar a equipe. Se a situação já não era boa, piorou com a notícia que o meia Charles foi empresta-do ao Sampaio Correa-MA, e será mais uma baixa para o último compromisso da equipe em 2015.

O Nacional deve entrar em campo com Rodrigo Ramos, Peter, Maurício Leal, Robi-nho, Andrezinho, Denis, Bru-no Potiguar, Lídio, Raílson, Weverton e Tiago Verçosa.

Pelo lado do time rorai-mense, o clima também é de velório. A equipe é a última colocada do gru-po e também dá adeus ao torneio sem alcançarseus objetivos.

A única certeza nesta par-tida é que o público na Arena será pequeno e quem for ao estádio verá um jogo bem abaixo do esperado.

Raposa quer voltar às vitórias contra o rival

Galo em treino no CT de Vespasiano antes do clássico

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