pódio - 6 de setembro de 2015

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Caderno E MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 Na edição do dia 2 de novembro de 2014, o jornal EM TEMPO publicou no caderno PÓ- DIO um especial sobre o futebol local, mostrando um raio-x do esporte no Amazonas e explicando por que os clubes não conseguem brilhar nas competições em nível nacional. O especial também relembrou os tempos áureos do esporte no Estado com entrevistas de ex-jogadores e dirigentes de clubes. Por que tanta decepção? Página E7 Domingo de clássicos no Rio e SP DIVULGAÇÃO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

Na edição do dia 2 de novembro de 2014, o jornal EM TEMPO publicou no caderno PÓ-DIO um especial sobre o futebol local, mostrando um raio-x do esporte no Amazonas e explicando por que os clubes não conseguem brilhar nas competições em nível nacional. O especial também relembrou os tempos áureos do esporte no Estado com entrevistas de ex-jogadores e dirigentes de clubes.

Por que tanta

decepção?

Página E7

Domingo de clássicos no Rio e SP

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AÇÃO

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E2 MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

O tênis está longe de ser um esporte popu-lar no Amazonas, mas uma jovem promessa

do Estado começa a ganhar espaço na modalidade. Pedro de Paula, de apenas 19 anos, foi o primeiro amazonense a somar pontos no ranking da Associação de Tenistas Pro-fi ssionais (ATP), em um torneio disputado no Pará, no último mês de agosto.

Pedro, que treina em Itajaí (SC) e que no ranking da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) aparece como o 65º melhor tenista do país, conversou com PÓDIO e fa-lou do início do esporte e os projetos para o futuro.

Pódio – Como você se in-teressou pelo esporte?

Pedro de Paula - Iniciei no esporte porque meu pai e meu irmão mais velho praticavam tênis no Cirmam (Círculo Militar de Manaus) e eu me interessei. Com quatro para cinco anos de idade comecei a brincar com eles. A partir daí passei a gos-tar ainda mais do esporte até perceber que levava jeito para jogar. Ficava ansioso para ir às aulas e jogar todos os dias.

Pódio – Você encontrou alguma difi culdade quando iniciou? Quais foram?

PP - Quando comecei não tinha muitas difi culdades, ain-da era muito pequeno. Elas começaram a aparecer quando cheguei aos 8 anos, quando comecei a viajar para treinar e jogar torneios fora de Manaus com garotos da minha idade, mas com um nível de tênis igual ou melhor que o meu. Aí, sim, tive que conciliar os estudos com as viagens, deslocamen-tos e os treinos cada vez mais puxados. Tive que me dividir e me organizar melhor para con-tinuar fazendo o que eu gosto e aliar com outras atividades como jogar futebol.

Pódio – Como você reagiu ao alcançar esse feito de ser o primeiro amazonense a somar pontos no ATP?

PP - Na verdade eu já vinha batendo na trave há algum tem-

po. Vinha perseguindo isso e por diversas vezes estive muito perto de conquistar esse ponto, mas sempre escapava e não conseguia. Foi uma emoção muito grande porque foi em Belém (PA) onde eu era o único representante das regiões Nor-te, Nordeste e Centro-Oeste jogando no meio dos profi s-sionais, num torneio que tinha tenistas da categoria do (Cris-tian) Lindell, que jogou contra o Tisonga (tenista francês) em Roland Garros este ano. Nesse torneio eu consegui o 16º lugar na classifi cação geral, entre os 90 participantes. Foi como se tivesse tirado um peso das costas. Tem um signifi cado muito grande até para me dar mais confi ança porque atingi um nível de tênis profi ssional. Também me consolidou como 63º do ranking brasileiro.

Pódio – Hoje qual sua maior inspiração no espor-te? Por quê?

PP - Tenistas consagrados como Rafael Nadal, Novak Djokovic e Roger Federer es-tão entre os meus ídolos. No entanto, o espanhol David Ferrer é o melhor para mim porque ele não é um cara de grande estatura, é lutador e muito guerreiro. Curto muito o Federer, o Guga, que eu só vi jogar em jogos-exibição. Se um dia eu chegar aonde chegaram essas lendas pode ter certeza que o Brasil terá grandes conquistas.

Pódio – O que você pre-tende no futuro, quais são os planos, onde pretende chegar?

PP - Eu pretendo viver do tênis, fazer disso a minha pro-fi ssão e poder em breve estar participando dos principais torneios do circuito mundial. Também quero continuar meus estudos, recentemente passei para o curso de engenharia da UEA (Universidade do Estado do Amazonas). Pretendo ser engenheiro porque a carreira de atleta não dura muito tempo.

Pódio – Sua família apoia?

PP - Sim. Toda a minha famí-lia sempre me apoiou, inclusive me ajudando a conciliar o trei-

namento tático, treinamento físico, meus estudos, meu lazer e me dando tranquilidade para fazer todas essas coisas jun-tas com amigos e com eles. A minha mãe, por exemplo, estava comigo em Belém. Meu pai sempre que pode também me acompanha.

Pódio – Você acredita que um dia o esporte será mais popular no Brasil, principal-mente em Manaus?

PP - Gostaria muito. Acre-dito que ainda tem muito pre-conceito contra o tênis por conta do desconhecimento de quem não pratica, mas como todo esporte é muito saudável. No tênis você faz muitos amigos e ajuda você nas outras atividades do seu dia a dia devido à concentra-ção e a determinação que é desenvolvida nas quadras. O tênis é um esporte que você pratica com muita facilida-de, de uma idade de cinco aos 80 anos, tanto masculino quanto feminino. Creio que será ainda um esporte muito útil para melhorar a qualida-de de vida do brasileiro e do manauense em geral.

Pódio – Você acredita que a falta de tenistas no Amazonas está atrelada a cultura do Estado?

PP - Sim, em minha opinião esse é o principal fator. O povo amazonense não tem muita cultura para praticar esportes. O Amazonas nunca vai deixar de ser fonte de ins-piração para o folclore, mas quando o assunto é para o esporte deixa muito a de-sejar não somente no tênis, mas também em todos os esportes,inclusive no futebol. Faltam clubes bons para re-presentar bem o Estado.

Pódio – O tênis está longe de ser um esporte popular no Amazonas?

PP – Sim, muito longe. Acho que seria importante ter quadras públicas para ajudar a incentivar o espor-te, nosso Estado precisa de mais profi ssionais capacita-dos para desenvolver melhor a modalidade, infelizmente não temos isso.

Pedro DE PAULA

‘Eu pretendo VIVER DO TÊNIS, FAZER disso a minha PROFISSÃO’

DIVULGAÇÃO

Pedro de Paula aprimo-ra a parte técnica na cidade de Itajaí (SC)

LINDIVAN VILAÇA

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E3MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

Uma parceria entre a Federação Ama-zonense de Futsal (Fafs) e o Grupo Ra-

man Neves de Comunicação vai investir no desenvolvimen-to do futsal amazonense. Na próxima semana será dado início aos jogos da primeira Copa EM TEMPO de Futsal nas categorias Sub-13 e Sub-15 masculino. A bola vai rolar na quadra da escola de samba Unidos do Alvorada, no bairro Alvorada. A competição terá início no próximo sábado (12), com seu encerramento pro-gramado para o dia 10 de outubro. A premiação inclui troféu e medalhas dos cam-peões e vices, além da foto da

equipe estampa no caderno PÓDIO do EM TEMPO.

A Copa EM TEMPO terá par-ticipação de equipes fi liadas e não fi liadas a Fafs. As inscri-ções estão sendo realizadas na sede da entidade - locali-zada na rua 31, número 1254, Parque 10 de Novembro- e custam R$ 100 por equipe. O regulamento da competição diz que cada time pode levar à quadra o máximo de oito jogadores. As partidas serão disputadas em um tempo de 20 minutos. Neste primeiro evento, o torneio é apenas no naipe masculino.

A expectativa é que 64 equipes participem da com-petição. Um dos esportes mais praticados nas escolas do Estado, o futebol de salão

revive as mobilizações para o aumento e participação de crianças na modalidade, seja para ocupação de tempo livre, como busca de uma vida saudável que tem para ambiente esportivo.

O presidente da Fafs, Tharcí-sio Anchieta, avalia com entu-siasmo a competição. “Quere-mos trabalhar de braços dados com os clubes. Vamos fazer o futsal melhorar, se desenvol-ver como merece, dando apoio e suporte que os atletas pre-cisam. As categorias de base precisam desenvolver um in-centivo, uma característica de boleiro, sendo uma iniciativa privada. A perspectiva é de se chegar a algum lugar, um bom lugar”, disse.

A Copa EM TEMPO é uma

competição extraofi cial com objetivo de descobrir novos atletas e que a cada ano se torne formador de novos jo-gadores para a seleção ama-zonense sub-15.

Postulante ao títuloUma das equipes que já

confi rmaram presença na Copa EM TEMPO de futsal é o time do colégio Martha Falcão. Com muita tradição na modalidade no Estado, a escola quer usar a competição para amadurecer os garotos. O técnico do time, Renato Arantes, é categórico ao afi r-mar que o Martha Falcão en-trará em quadra determinado a conquistar o título.

“A equipe da Martha (Falcão) é destaque em nível estadual.

Nossos atletas não podem fi -car de fora de uma competição como esta promovida pelo EM TEMPO. Será a primeira vez da realização de uma com-petição de destaque e com a expectativa de organização impecável. Estamos prepara-dos para essa disputa, nossa meta é conquistar esse tor-neio”, destacou Renato.

O atleta Joshua Lucas, 14, que irá representar a Martha Falcão no sub-15, confessa que a ansiedade já tomou conta dos jogadores. Para ele, disputar uma competição como esta é a oportunidade de colocar em prática tudo o que eles já fazem nos treina-mentos do dia a dia. “Tenho participado de várias competi-ções, mas essa será a primeira

vez no ano que vou disputar uma copa de qualidade. Eu espero uma competição bem profi ssional. Nós estamos nos motivando e melhorando cada vez mais”, disse.

Já o pequeno Pedro Henri-que, de apenas 11 anos, não leva muito jeito com as pala-vras, diferentemente da bola nos pés. Tímido, o principal jogador do time sub-13 do Martha apenas afi rmou que gosta de jogar futebol com os colegas. Perguntado se gosta de disputar torneios, ele con-fessou que fi ca nervoso, mas que quando o jogo começa, fi ca mais calmo.

“Gosto muito de futebol. Gosto de estar ao lado do meus colegas nos campeona-tos”, afi rmou o garoto.

Copa EM TEMPO de Futsal foca na formação de atletas

Torneio vai reunir cerca de 70 times nas categorias Sub-13 e Sub-15. O intuito é auxiliar na formação esportiva das crianças

LINDIVAN VILAÇA

DIVULGAÇÃO

Torneio vai ajudar a descobrir novos

talentos do esporte

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

O qPÓDIO avaliou e apresenta três erros cruciais que o Nacional teve em 2015 que culminaram com a eliminação precoce da equipe na Série D do Campeonato Brasileiro. Ao Leão da Vila ainda restam mais dois jogos de despedida da competição

Uma vitória em seis jogos. Essa é a cam-panha do Nacional na Série D do Campeo-

nato Brasileiro. Atualmente na lanterna do grupo A1 da compe-tição, o Leão da Vila Municipal acumulou mais um fracasso na busca do tão sonhado acesso à Série C que está prestes a culminar no pior desempenho de um clube amazonense na 4ª e última divisão.

Mas, o que deu errado? O PÓDIO listou alguns fatores que podem ter sido prepon-derantes para a eliminação precoce do Nacional na Série D. As mudanças de técni-cos durante a temporada, a falta de comando e gestão dos dirigentes e a queda de rendimento dos principais jogadores após a conquis-ta do Estadual justifi cam a fraca campanha.

Dança das cadeirasO planejamento foi traçado e

executado sem maiores proble-mas até o dia 7 de março. Bastou uma derrota de 4 a 1 para o Paysandu pela segunda fase da Copa Verde para tudo desmoro-nar. O resultado culminou com a demissão do técnico Sinomar Naves, campeão amazonense pelo Nacional em 2014 e res-ponsável por indicar jogadores e montar todo projeto para a temporada 2015.

Para o seu lugar, a solução foi caseira. Aderbal Lana se afastou das funções de coor-denador das categorias de base e assumiu o time profi ssional. Sobrando no Barezão, o Leão da Vila Municipal caiu nas copas Verde e do Brasil. Sem sustos, o comandante adicionou mais um troféu amazonense a sua galeria e mirou o acesso à Série C como principal objetivo para o segundo semestre.

Lana fracassou. Empatou

com um time semi-profi ssional na primeira rodada da Série D, ganhou o segundo jogo, mas perdeu outros dois, o que re-sultou em sua demissão e na efetivação do português Paulo Morgado como novo técnico leonino. O terceiro na tem-porada. Com o “portuga”, os resultados não vieram e em dois jogos sob seu comando o Nacional perdeu ambos.

Queda de rendimentoA campanha no Barezão foi

espetacular. Em 22 jogos dis-putados, foram 19 vitórias e três empates, 55 gols marca-dos contra 15 sofridos. O time parecia o Barcelona. Quando a bola rolou pela Série D, o time já não era mais o mesmo. Jo-gadores como Peter, Mauricio Leal, Dênis e, principalmente, Charles, não apresentaram o mesmo rendimento de outrora e isso acabou infl uenciando na eliminação no Brasileiro.

Falta de comando“Muito cacique para pouco ín-

dio”. O velho ditado popular cabe perfeitamente para refl etir o que acontece dentro do Nacional. Sempre cercado por torcedores fi éis, exigentes e pouco pacien-tes, o Leão da Vila Municipal possui um corpo diretivo pré-estabelecido, mas, no fi nal das contas, ninguém sabe quem manda de verdade. Com Gilson Mota e Cláudio Silva ocupando cargos semelhantes – o primeiro é diretor-técnico e o segundo diretor de futebol –, quem é o responsável por dar a última palavra dentro do clube?

Aos torcedores, resta espe-rar, mais uma vez, a tempo-rada seguinte. Atual campeão amazonense, o Nacional terá a oportunidade de tentar o tão sonhado acesso em 2016. Para isso, terá de aprender com os erros de sempre e, de fato, seguir à risca o planejamento montado antes da temporada.

Thiago Botelho

Nacional e a síndrome do time grande

Ser o maior campeão re-gional é uma honra e tan-to, mas quando os títulos são em grandes centros do futebol do país. Não me-nosprezando, mas, falando apenas a realidade, ser o maior campeão do Ama-zonas tem seu “glamour” apenas no âmbito esta-dual, nada além disso. O problema é que o Nacional, por ter esta alcunha, vive uma síndrome de Golias. Se vê forte, vocifera seu po-derio aos quatros ventos, mas sempre esbarra em um pequenino que com uma pedra o faz cair. Que o diga o Rio Branco “Davi”.

A diretoria do Leão da Vila precisa colocar os pés no chão. O Nacional não é o maior time do Norte, não põe medo nos adver-sários da região e precisa entender a atual realidade para buscar um caminho para voltar a ter sucesso. Acabou de ser eliminado da 4ª e última divisão do Campeonato Brasileiro, e está na última colocação em grupo que tem um clube que perdeu quatro pontos. Isso é ridículo. Mas, uma coisa é certa: o time em campo é o espelho do am-biente fora dele.

O Nacional paga em dia, tem boa estrutura, mas nem dirigentes nem a torcida têm psicológico para suportara adversida-des. Basta uma derrota,

algo comum para um time futebol de qualquer nível, e tudo vai por água abaixo. É inadmissível que o time com melhor folha salarial do Grupo A1 da Série D seja o último colocado. Tem algo de muito errado.

Sempre digo que se Si-nomar Naves – técnico que iniciou o ano – tivesse per-manecido no comando do time, o Nacional segura-mente estaria classifi cado para a próxima fase a essa altura. Mas a diretoria e a torcida não têm paciên-cia. A arquibancada chiou e os cartolas jogaram no ralo todo o planejamento do ano. Isso tudo porque o time foi goleado pelo Paysandu na Curuzu, pela Copa Verde. Uma derrota normal. Basta olhar para a tabela. O Papão briga para voltar para elite do futebol. Mas o Nacional não aceita ser menor do que o rival paraense. “Ser goleado pelo Paysandu é vergonhoso”, dizem. Me desculpem os nacionalinos – que diga-se de passagem, fi zeram sua parte e apoia-ram a equipe na compe-tição-, mas vergonhoso é ser eliminado na primeira fase da Série D. E tenham certeza, uma coisa tem ligação com a outra.

Ou a direção do Nacio-nal faz uma autoavalia-ção, aceita a realidade de que é um time pequeno e

EDITOR DO CADERNO PÓDIO

Diretoria precisa repensar a gestão do futebol no clube

O Nacional paga em dia, tem boa estrutura, mas nem dirigentes nem a torcida têm psicológico para suportar adversidades. Basta uma der-rota, algo co-mum para um time futebol de qualquer nível, e tudo vai por água abaixo”

Eliminado e na lanterna do grupo A1 da Série D do Campeonato Brasileiro, o Nacional tem a chance de evitar um fi asco ainda maior – ser o dono do pior desempenho de um clu-be amazonense na última divisão – neste domingo (7). Diante do Vilhena-RO, às 17h30, no estádio Portal da Amazônia, o Leão da Vila Municipal entra em campo para disputar sua penúltima partida no certame.

O técnico Paulo Mor-gado terá trabalho para mandar a equipe ao cam-po de jogo. Sem nove jogadores, que já foram demitidos após a derrota para o Rio Branco – Danilo Rios, Júnior Paraíba, Rafa-

el Vieira, Gilson, Lusmar, Thiago Marin, Romarinho, Thiago Floriano e Nando – o time deve iniciar a partida com: Rodrigo Ra-mos; Peter, Mauricio Leal, Robinho, André Luiz; Dê-nis, Bruno Potiguar, Felipe Manoel, Lídio, Charles e Tiago Verçosa.

Só resta cumprir tabela

VERGONHAO Nacional é o últi-mo colocado no gru-po A1 da Série D. O Leão conseguiu ser ultrapassado pelo Náutico-RR, que foi punido com a perda de quarto pontos na competição

muda de postura, ou terá que se contentar somente com os títulos estaduais. O Naça tem tudo para vol-tar às glórias, tem torcida para isso, um estádio de Copa do Mundo à dispo-sição, mas o padrão Fifa tem que chegar, também, à direção do clube.

ANDRÉ TOBIAS

Campanha do Na-cional na Série D foi vergonhosa

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ue deu errado?

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E4 E5MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

O qPÓDIO avaliou e apresenta três erros cruciais que o Nacional teve em 2015 que culminaram com a eliminação precoce da equipe na Série D do Campeonato Brasileiro. Ao Leão da Vila ainda restam mais dois jogos de despedida da competição

Uma vitória em seis jogos. Essa é a cam-panha do Nacional na Série D do Campeo-

nato Brasileiro. Atualmente na lanterna do grupo A1 da compe-tição, o Leão da Vila Municipal acumulou mais um fracasso na busca do tão sonhado acesso à Série C que está prestes a culminar no pior desempenho de um clube amazonense na 4ª e última divisão.

Mas, o que deu errado? O PÓDIO listou alguns fatores que podem ter sido prepon-derantes para a eliminação precoce do Nacional na Série D. As mudanças de técni-cos durante a temporada, a falta de comando e gestão dos dirigentes e a queda de rendimento dos principais jogadores após a conquis-ta do Estadual justifi cam a fraca campanha.

Dança das cadeirasO planejamento foi traçado e

executado sem maiores proble-mas até o dia 7 de março. Bastou uma derrota de 4 a 1 para o Paysandu pela segunda fase da Copa Verde para tudo desmoro-nar. O resultado culminou com a demissão do técnico Sinomar Naves, campeão amazonense pelo Nacional em 2014 e res-ponsável por indicar jogadores e montar todo projeto para a temporada 2015.

Para o seu lugar, a solução foi caseira. Aderbal Lana se afastou das funções de coor-denador das categorias de base e assumiu o time profi ssional. Sobrando no Barezão, o Leão da Vila Municipal caiu nas copas Verde e do Brasil. Sem sustos, o comandante adicionou mais um troféu amazonense a sua galeria e mirou o acesso à Série C como principal objetivo para o segundo semestre.

Lana fracassou. Empatou

com um time semi-profi ssional na primeira rodada da Série D, ganhou o segundo jogo, mas perdeu outros dois, o que re-sultou em sua demissão e na efetivação do português Paulo Morgado como novo técnico leonino. O terceiro na tem-porada. Com o “portuga”, os resultados não vieram e em dois jogos sob seu comando o Nacional perdeu ambos.

Queda de rendimentoA campanha no Barezão foi

espetacular. Em 22 jogos dis-putados, foram 19 vitórias e três empates, 55 gols marca-dos contra 15 sofridos. O time parecia o Barcelona. Quando a bola rolou pela Série D, o time já não era mais o mesmo. Jo-gadores como Peter, Mauricio Leal, Dênis e, principalmente, Charles, não apresentaram o mesmo rendimento de outrora e isso acabou infl uenciando na eliminação no Brasileiro.

Falta de comando“Muito cacique para pouco ín-

dio”. O velho ditado popular cabe perfeitamente para refl etir o que acontece dentro do Nacional. Sempre cercado por torcedores fi éis, exigentes e pouco pacien-tes, o Leão da Vila Municipal possui um corpo diretivo pré-estabelecido, mas, no fi nal das contas, ninguém sabe quem manda de verdade. Com Gilson Mota e Cláudio Silva ocupando cargos semelhantes – o primeiro é diretor-técnico e o segundo diretor de futebol –, quem é o responsável por dar a última palavra dentro do clube?

Aos torcedores, resta espe-rar, mais uma vez, a tempo-rada seguinte. Atual campeão amazonense, o Nacional terá a oportunidade de tentar o tão sonhado acesso em 2016. Para isso, terá de aprender com os erros de sempre e, de fato, seguir à risca o planejamento montado antes da temporada.

Thiago Botelho

Nacional e a síndrome do time grande

Ser o maior campeão re-gional é uma honra e tan-to, mas quando os títulos são em grandes centros do futebol do país. Não me-nosprezando, mas, falando apenas a realidade, ser o maior campeão do Ama-zonas tem seu “glamour” apenas no âmbito esta-dual, nada além disso. O problema é que o Nacional, por ter esta alcunha, vive uma síndrome de Golias. Se vê forte, vocifera seu po-derio aos quatros ventos, mas sempre esbarra em um pequenino que com uma pedra o faz cair. Que o diga o Rio Branco “Davi”.

A diretoria do Leão da Vila precisa colocar os pés no chão. O Nacional não é o maior time do Norte, não põe medo nos adver-sários da região e precisa entender a atual realidade para buscar um caminho para voltar a ter sucesso. Acabou de ser eliminado da 4ª e última divisão do Campeonato Brasileiro, e está na última colocação em grupo que tem um clube que perdeu quatro pontos. Isso é ridículo. Mas, uma coisa é certa: o time em campo é o espelho do am-biente fora dele.

O Nacional paga em dia, tem boa estrutura, mas nem dirigentes nem a torcida têm psicológico para suportara adversida-des. Basta uma derrota,

algo comum para um time futebol de qualquer nível, e tudo vai por água abaixo. É inadmissível que o time com melhor folha salarial do Grupo A1 da Série D seja o último colocado. Tem algo de muito errado.

Sempre digo que se Si-nomar Naves – técnico que iniciou o ano – tivesse per-manecido no comando do time, o Nacional segura-mente estaria classifi cado para a próxima fase a essa altura. Mas a diretoria e a torcida não têm paciên-cia. A arquibancada chiou e os cartolas jogaram no ralo todo o planejamento do ano. Isso tudo porque o time foi goleado pelo Paysandu na Curuzu, pela Copa Verde. Uma derrota normal. Basta olhar para a tabela. O Papão briga para voltar para elite do futebol. Mas o Nacional não aceita ser menor do que o rival paraense. “Ser goleado pelo Paysandu é vergonhoso”, dizem. Me desculpem os nacionalinos – que diga-se de passagem, fi zeram sua parte e apoia-ram a equipe na compe-tição-, mas vergonhoso é ser eliminado na primeira fase da Série D. E tenham certeza, uma coisa tem ligação com a outra.

Ou a direção do Nacio-nal faz uma autoavalia-ção, aceita a realidade de que é um time pequeno e

EDITOR DO CADERNO PÓDIO

Diretoria precisa repensar a gestão do futebol no clube

O Nacional paga em dia, tem boa estrutura, mas nem dirigentes nem a torcida têm psicológico para suportar adversidades. Basta uma der-rota, algo co-mum para um time futebol de qualquer nível, e tudo vai por água abaixo”

Eliminado e na lanterna do grupo A1 da Série D do Campeonato Brasileiro, o Nacional tem a chance de evitar um fi asco ainda maior – ser o dono do pior desempenho de um clu-be amazonense na última divisão – neste domingo (7). Diante do Vilhena-RO, às 17h30, no estádio Portal da Amazônia, o Leão da Vila Municipal entra em campo para disputar sua penúltima partida no certame.

O técnico Paulo Mor-gado terá trabalho para mandar a equipe ao cam-po de jogo. Sem nove jogadores, que já foram demitidos após a derrota para o Rio Branco – Danilo Rios, Júnior Paraíba, Rafa-

el Vieira, Gilson, Lusmar, Thiago Marin, Romarinho, Thiago Floriano e Nando – o time deve iniciar a partida com: Rodrigo Ra-mos; Peter, Mauricio Leal, Robinho, André Luiz; Dê-nis, Bruno Potiguar, Felipe Manoel, Lídio, Charles e Tiago Verçosa.

Só resta cumprir tabela

VERGONHAO Nacional é o últi-mo colocado no gru-po A1 da Série D. O Leão conseguiu ser ultrapassado pelo Náutico-RR, que foi punido com a perda de quarto pontos na competição

muda de postura, ou terá que se contentar somente com os títulos estaduais. O Naça tem tudo para vol-tar às glórias, tem torcida para isso, um estádio de Copa do Mundo à dispo-sição, mas o padrão Fifa tem que chegar, também, à direção do clube.

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Campanha do Na-cional na Série D foi vergonhosa

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E6 MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

Willian D’Ângelo

Auto Esporte, campeão de 1956 e 1959

O Auto Esporte Clube foi fundado no início da década de 1950 e era chamado de time dos mo-

torizados, tendo ingressado na elite do futebol em 1955, após participar de alguns certames da segunda divisão. O time conquistou seu pri-meiro título em 1956 com um grupo formado por jogadores campeões pelo América em 1954.

No ano do primeiro título do Auto Esporte, a seleção brasileira disputou a Copa América no Uru-guai estreando o excelente goleiro Gilmar e contou com outros futu-ros campeões mundiais, como o lateral-direito Nilton Santos e os zagueiros Mauro e De Sordi. Para o Campeonato Pan-Americano de 1956, disputado na Cidade do Mé-xico, a seleção gaúcha representou o Brasil na competição.

O time campeão amazonense de 1956 tinha como base Vicente, Guarda e Gatinho; Juarez Souza Cruz (Jaime Basílio), Gilberto e Gio-ia; Silvio (Gildo), Gordinho, Osmar, Sadoval e Nicolau. Jogaram ainda: Mário Matos, Anacleto, Moacir, Os-mar, Ruy e Clemente. O técnico foi Cláudio Coelho. Nacional, América, Santos, Fast, Sul América, São Rai-mundo, Princesa Isabel, Olímpico e Auto Esporte foram as equipes que disputaram o certame local. O ata-cante Osmar foi o terceiro goleador do campeonato com 15 gols.

No jogo fi nal do campeonato, uma vitória do Auto, por 3 a 1 sobre

o Nacional, muitos jo-gadores foram expul-sos de campo: Jaime Basílio do Nacional, Gatinho e Nicolau, do Auto Esporte e logo a seguir, expulsões de Dadá e Boanerges, do Naça. No outro jogo marcado, o Auto venceu por 1 a 0, já no mês de abril de 1957, com um gol de penalidade máxima cobrada pelo zagueiro Cle-mente Iberê.

No ano de 1959 a Confedera-ção Brasileira de Desportos (CBD) organizava a pri-meira edição da Taça Brasil, onde o campeão repre-sentaria o país na primeira compe-tição continental sul-americana Taça Libertado-res da América de 1960. No ano em que o Bahia sagrou-se campeão nacional, após vencer o terceiro jogo fi nal contra o Santos de Coutinho, Pelé e Pepe, o Auto Esporte conquistava o seu segundo título. O time campeão de 1959 era formado por Alfredo, Valdér e Gatinho; Nonato, Almério e Guilherme; Totinha, Osmar, Gor-

dinho, Caramuru e Manoel Conte. Jogaram ainda: Chagas, Sandoval, Guarda, Claudionor, Nonato e Ro-naldo. Técnico: Cláudio Coelho.

Além do Auto Esporte, participa-ram do Campeonato Amazonense

de 1959 as equipes do Santos, América, Nacional, São Raimun-do, Clipper, Educandos, Interna-cional, América, Princesa Isabel, Guanabara, Labor, Independência e Guarani. O clube teve nove par-

ticipações na primeira divisão do estadual: de 1955 a 1963 (último ano do amadorismo). Gordinho, Osmar, Torrado e Nonato foram um dos principais artilheiros do time dos motorizados.

COLUNISTA DO PÓDIO

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E7 MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

O Corinthians é líder do Campeonato Brasileiro com méritos. O time co-mandado por Tite apresen-ta o futebol mais consis-tente do país e consegue superar os desfalques com muita dedicação dentro das quatro linhas. Neste domingo (6), o time alvi-negro que ir além e vencer na casa do rival Palmeiras. O triunfo no Allianz Parque deixará o time mais próxi-mo do título e vai afastar o adversário do G-4.

Para que os planos se tor-nem realidade, mais uma vez, o Timão contará com a juventude para iniciar a partida. Sem Elias, com a seleção brasileira, e Felipe, Uendel e Bruno Henrique machucados, Tite aposta-rá em Guilherme Arana e Marciel entre os titulares. Malcom e Fagner, também formados na categoria de base, começam partida.

O Corinthians deve ini-ciar a partida com: Cássio, Fagner, Gil, Edu Dracena,

Guilherme Arana, Ralf, Marciel, Danilo, Malcom e Vagner Love.

No lado do Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira re-solveu adotar mistério na escalação da equipe. Após sair do G-4 com a derrota para o Goiás, o Alviverde precisa voltar a vencer para não deixar os concorrentes abrirem vantagem.

Em boa fase, o jovem atacante Gabriel Jesus foi o único titular garantido para o clássico. Mesmo sem confi rmar, Oliveira deixar o lateral-esquerdo Egídio de fora. Quem pode retornar à equipe é Arouca.

Sem ainda poder con-tar com Mouche e Cleiton Xavier, que se recuperam de lesões musculares, Mar-celo Oliveira deve escalar o Palmeiras com: Fernan-do Prass; Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos (Amaral), Arouca e Robi-nho; Dudu, Gabriel Jesus e Lucas Barrios.

Festa na casa do rival

Clássicos no Rio e SP AGITAM DOMINGOFla-Flu no Maracanã e Palmeiras e Corinthians no Allianz Parque são os principais atrativos da 23ª rodada do Brasileirão

Domingo é dia de fi car em casa com a fa-mília, almoçar junto com os parentes e,

claro, assistir futebol. Para os amantes do esporte, bretão especialmente neste domin-gão (6), o motivo para parar em frente à televisão ou ir ao estádio é dobrado. É que tanto no Rio de Janeiro quan-to em São Paulo – maiores centros do futebol nacional – tem clássico.

No Maracanã, o Fluminense, em má fase, mede forças com o rival Flamengo, que vem de três vitórias seguidas e sonha com vaga no G-4. O Fla-Flu será às 15h (de Manaus) e prometer lotar o estádio. Já na capital paulista, no mesmo ho-rário, Palmeiras e Corinthians duelam na casa do Alviverde. O Timão é líder do Brasileirão com 49 pontos e o Verdão, com 34, aparece em sexto na tabela de classifi cação, mas bem próximo do quarto co-locado, Atlético Paranaense, que soma 36.

OpostosCom 33 pontos, o Fluminen-

se está na sétima colocação do campeonato nacional. O Flamengo, com um ponto a menos, fi gura na oitava po-sição. Avaliando a tabela, o natural é que se imagine que o Tricolor viva melhor fase na competição, mas como no fu-tebol as coisas são estranhas, mesmo à frente do rival e na parte de cima da tabela, o Flu quem vive momento de tensão dentro e fora de campo. E exis-te, de fato, motivos para isso. Nas três rodadas iniciais do segundo turno, os comanda-dos de Enderson Moreira não somaram nenhum ponto. Nos últimos 27 disputados, apenas seis foram conquistados. A má fase ligou sinal de alerta na diretoria e foi especulado que o treinador poderia ser demitido. Até agora, ele per-manece, mas uma derrota no clássico poderá custar sua a

demissão.Para piorar a situação tri-

color, o atacante e capitão Fred não deve, mais uma vez, entrar em campo. Ele tem um problema muscular na coxa direita e ainda não está 100% recuperado. Por outro lado, o zagueiro Gum e o lateral-direito Wellington Silva retornam. Poupado do jogo contra o Corinthians no meio de semana para aprimo-rar a forma física, Ronaldinho Gaúcho é outro que provavel-mente retorna ao time.

Diante desse cenário, o Flu deve entrar em campo com: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Marlon, Antônio Car-los, Gustavo Scarpa, Pier-re, Jean, Cícero, Ronaldinho Gaúcho, Marcos Júnior e Wellington Paulista.

Pelo lado rubro-negro, o clima é de alegria. Após a eliminação na Copa do Brasil para o Vasco e a chegada do técnico Oswaldo de Oliveira, o Flamengo voltou a apresentar bom futebol em campo. Os nove pontos conquistados nas últimas três rodadas fezeram o Fla “colar” no G-4 e ago-ra, tanto jogadores quanto torcida, estão obcecados em adentrar no grupo dos quatro primeiros do Brasileirão.

A boa fase tem ajudado a superar os desfalques. O ata-cante Paolo Guerrero está com a seleção peruana, e o meia Ederson, machucado, não jo-gam desde a partida contra o Sport. Mesmo assim, os bons resultados vieram.

A preocupação agora é com a euforia. Por isso, o comandante rubro-negro vem batendo na tecla que o time precisa por os pés no chão e melhorar muito para se tornar postulante ao G-4.

Nessa mistura de alegria e cautela, o Flamengo vai a campo com: Paulo Victor, Pará, Wallace, César Martins, Arme-ro, Canteros, Márcio Araújo, Alan Patrick, Everton, Emer-son Sheik e Kayke.

Em momentos opostos, Flamengo e Fluminense fazem clássico carioca no Maracanã, que deve estar lotado nesta tarde

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Page 8: Pódio - 6 de setembro de 2015

E8 MANAUS, DOMINGO, 6 DE SETEMBRO DE 2015

Hamilton busca sétima vitória do ano em Monza Piloto britânico da Mercedes quer provar hegemonia e se distanciar ainda mais na liderança da Fórmula 1 com vitória no GP da Itália

Monza (Itália) – Em 11 corridas na atual temporada, Lewis Hamilton

esteve no lugar mais alto do pódio em cinco oportu-nidades. O rendimento do piloto da Mercedes o colocou na liderança da competição e de forma folgada. Já são 28 pontos de vantagem para o vice-líder e companheiro de equipe Nico Rosberg. A so-berania tanto da escuderia quanto do piloto britânico será colocado a prova mais uma vez neste domingo (6), quando o sinal verde brilhar na pista do circuito de Mon-za, na Itália, para mais uma corrida da temporada 2015 da Fórmula 1.

Se depender do que foi apresentado nos treinos classificatórios, a dispo-sição do pódio não será alterada, pelo menos no posto mais alto. Hamiton sobrou e chegou a ficar qua-se meio segundo à frente de Rosberg na sexta-feira. Em sua carreira, ele já ven-ceu em duas oportunidades o GP italiano e ficou em segundo em outra.

Ciente de que precisa ven-cer para voltar a brigar pelo título, Nico Rosberg disse

acreditar no poderio de seu carro para alcançar seu obje-tivo. “A corrida em Spa foi de-fi nitivamente decepcionante. Meu começo não foi bom, então eu preciso trabalhar nisso e também em resolver aqueles décimos de segundos extras para voltar ao topo na Itália. Eu sei que tenho o carro ideal para conseguir vencer com esta incrível máquina e equipe”, disse o alemão,

Em casaCom os tifosi (torcedores)

a favor, os pilotos da Fer-rari esperam se intrometer entre a briga das Mercedes e conquistar uma vitória em casa. Sebastian Vettel, que já venceu duas vezes neste ano, tem boas lembranças do circuito italiano. Foi em Monza que ele conquistou sua primeira vitória na F1, em 2008, quando pilotava a Toro Rosso. O germânico venceu na tradicional pista em 2011 e 2013, anos em que foi bi e tetracampeão.

“Naturalmente, tenho toda uma carga de grandes me-mórias e sentimentos liga-dos a Monza e sempre gosto de vir aqui. E estar aqui com a Ferrari torna tudo ainda mais especial”, disse o alemão.

Após defi nir sua per-manência da Williams em 2016, Felipe Massa quer celebrar o contra-to ampliado com uma boa atuação em Mon-za. No circuito, o motor Mercedes se vê favore-cido pelas longas retas e algumas curvas de alta, além de contar com um Felipe Massa em crescente na reta fi nal da temporada.

Apesar de ter que lutar diretamente com a Ferrari, principal-mente de Sebastian Vettel, o brasileiro irá dar trabalho e pode surpreender ao subir ao pódio, já que vencer a corrida é uma tarefa muito difícil tendo em vista que as Merce-des de Lewis Hamilton e Nico Rosberg, são muito superiores.

Massa quer pontuar no GP da Itália

Circuito com muitas retas e curvas em velocidade favorecem o potente motor da MercedesST

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