pódio - 15 de novembro de 2015

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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 15 DE NOVEMBRO DE 2015 Nos passos de David Luiz Guilherme Neves, 16, é zagueiro, habilidoso, raçudo e com ótimo senso de posicionamento. O amazonense se espelha em David Luiz para chegar ao profissionalismo. Atualmente, joga em um time de base de Minas Gerais. Pódio E3 DIVULGAÇÃO NO MARACANÃ Fla festeja 120 anos com jogo no Rio Pódio E7 DIVULGAÇÃO

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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[email protected]

E1

MANAUS, DOMINGO, 15 DE NOVEMBRO DE 2015

Nos passosNos passosNos passosde David Luiz

Guilherme Neves, 16, é zagueiro, habilidoso, raçudo e com ótimo senso de posicionamento. O amazonense se espelha em David Luiz para

chegar ao profi ssionalismo. Atualmente, joga em um time de base de Minas Gerais. Pódio E3

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NO MARACANÃ

Fla festeja 120 anos com jogo no RioPódio E7

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AÇÃO

Quem tem

tem

TRADIÇÃO

TUDO

A história dos 102 anos do Atlético Rio Negro Clube está exposta no salão de sua sede, um

prédio construído no início do século 19 que “abraça” a praça da Saudade, no centro de Ma-naus. Ali estão os troféus que são testemunha de uma era de ouro do futebol amazonense. Relíquias de um tempo de gló-rias e servem para relembrar conquistas inesquecíveis.

É o caso da taça do título es-tadual de 1965, considerado pelos torcedores rionegrinos o mais importante do clu-be. Foi obtida com a vitória sobre o arquirrival Nacional, por 4 a1, no antigo Parque Amazonense, estádio que foi desativado em 1973 com a construção do também antigo Vivaldo Lima, substituído pela Arena da Amazônia.

Além de conhecer os tro-féus e a trajetória do Galo, o torcedor pode consultar também o livro “Sete Dé-cadas de Barriga-Preta”, do professor Manoel Bastos Lira, uma espécie de ma-nual da história do clube. O

historiador Francisco Carlos Bittencourt também é uma fonte viva de informação.

Com 17 títulos estaduais, o Galo revelou ídolos do futebol amazonense como o golei-ro Clóvis, conhecido Aranha Negra, inigualável por suas defesas aéreas. Se o cenário atual não é dos mais favorá-veis, o dia 13 de novembro de 2015 pode representar o início de uma retomada da-quele que um dia foi chamado de “o clube líder da cidade”. Como disse o ex-goleiro Cló-vis, campeão pelo alvinegro em 89: “Quem tem tradição tem tudo na vida’’.

O pontapé inicial do Galo ocorreu em novembro de 1913, por meio da ousadia do jovem Schinda Uchôa, assim como de seus colegas – to-dos fi lhos de barões – na rua Henrique Martins. O gol de abertura do Barriga Preta veio oito anos depois. Depois de parar sucessivas vezes diante do rival Nacional, em 1921, o Rio Negro conquistou seu primeiro título estadual. Foi o início do fi rmamento do clube.

Em 1926, o segundo título iniciou a caminhada do clube

como uma das potências do futebol amazonense.

Tempos de OuroEm 1960, o Rio Negro voltou

à cena sob o comando de Jo-sué Cláudio de Souza. Foi dele que partiu a iniciativa para retomar o primeiro recomeço dentro do Barriga-Preta. Com um time formado por joga-dores amadores demorou a engrenar, mas o clube viria a se reencontrar com o título de 62. E a pitada fi nal de felici-dade para os rionegrinos foi o fato de superarem o Nacional na fi nalíssima. A equipe da época recebeu o apelido de time de heróis.

Três anos depois, em 63, também marcaria o início da trajetória de um dos prin-cipais ídolos do Rio Negro. Clóvis Amaral Machado, nas-cido em Parintins (a 369 qui-lômetros de Manaus), ganhou a alcunha de Aranha Negra. Apesar de começar como za-gueiro, ainda no começo da carreira, se consagrou como um dos maiores arqueiros do futebol baré. Foram dez anos à frente da meta al-vinegra, intercalados por

uma passagem de dois anospela Rodoviária.

Se as defesas milagrosas o colocavam com o status de um dos maiores goleiros da história, Lev Yashin, ex-golei-ro da União Soviética, uma outra história fez dele um dos maiores personagens do clás-sico Rio-Nal. Tudo começou com uma toalha vermelha.

“Tudo começou por acaso. Naquele tempo os goleiros não usavam luvas. Num clás-sico Rio-Nal, o gramado do campo do Parque Amazo-nense estava escorregadio e eu precisava enxugar as mãos. O técnico Osvaldinho (ex-jogador do América do Rio, e que atuou também em Portugal), deu-me uma toalha vermelha e eu só sei que nesse dia não tomei ne-nhum gol. Depois, em todos os jogos contra o Nacional, eu levava a minha toalhinha vermelha que sempre me deu muita sorte”, conta Clóvis, que disputou 120 jogos com a camisa do Rio Negro.

O Rio Negro elevou seu sta-tus nos campos locais, mas também rompeu a fronteira do bairrismo e se consolidou

entre os times da elite do futebol brasileiro. Em 1973, depois de conquistar o título de campeão do Norte, o Rio Negro ingressou na Série A do Campeonato Brasileiro. Na época, apenas o campeão estadual garantia a vaga na competição, mas o Barriga Preta, como vice, também abocanhou a condição.

Torcedor apaixonadoUm dos fundadores da tor-

cida organizada Batucada Acadêmicos do Rio Negro, Ruy Heliandro Sá Valente, 62, lembra bem da época em que seu time de coração chegou no auge do futebol amazonen-se. “Entrei no Rio Negro pela primeira vez quando criança, com 12 anos de idade, já par-ticipei da equipe de natação, basquete e handebol, mas me dediquei foi no futsal. Digo que minha vida iniciou no clube, onde sempre fui ligado a ele. Sou rionegrino de corpo e alma”, conta.

O Rio Negro foi o primeiro clube no Brasil a ensinar judô e jiu-jitsu; possui três hinos. Algo atípico no país. Um é ofi cial, outros dois são a mar-

chinha, gravada em 1970, e o Galo Carijó, do Anibal beça, 1979. O ofi cial só é executa-do no dia 13, onde acontece o famoso Porto de Honra, data que se comemora seu aniversário de fundação.

“Quem vivenciou parte da his-tória do clube, sabe realmen-te da verdadeira importância que tem para o Estado e para Manaus. Lamento muito essa situação em que se encontra, sem apoio. É triste de ver o time no qual me criei passar por uma crise dessa no esporte onde um dia fomos fonte de inspiração para a geração que passou ”, opina Valente.

“Nosso futebol tem pouca representatividade. Precisa-mos buscar soluções para o nosso futebol. Põe as equipes no campeonato, mas não buscam patrocínio, in-vestimentos e fi ca essa tris-teza para um time tradicional como o Rio Negro. Mas eu acredito na recuperação de-les, pois quem tem tradição tem tudo na vida. Pode não ganhar títulos, fazer boas administrações, mas uma pessoa sensata vai fazer tudo voltar a acontecer”, conclui.

LINDIVAN VILAÇA

Rio Negro fez 102 anos na última sexta-feira, 13. Um torcedor ilustre e um ex-jogador conversaram com o PÓDIO, onde relembram o passado vislumbrando um futuro mais vitorioso para o “clube líder da cidade”

Apaixonado pelo Galo, Ruy Valente visitou a sede do clube

e encontrou o goleiro Aranha

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AÇÃO

Menino amazonense segue os passos de David LuizGuilherme Neves, 16, já deu o primeiro passo: está se destacando no time de base Estrada Real Esporte Clube, de Minas Gerais

A maioria dos meninos brasileiros tem um sonho em comum: ser jogador de futebol. Gui-

lherme Neves,16, não foge à regra. A diferença é que ele deixou apenas sonhar e pôs em prática o desejo de se tornar profi ssional. Para isso, o adolescente mora sozinho na cidade de Congonhas, em Minas Gerais, e luta contra a saudade de casa para brilhar nos gramados Brasil a fora. Em solo mineiro, o zagueiro vem se destacando por sua fi rmeza e boa estatura (tem 1,85 metro) e despertando o interesse dos clubes grandes daquele estado.

Na temporada de 2015, Gui-lherme disputou quatro campe-onatos Sub-17 e foi campeão da Supercopa Venda Nova, pelo Estrada Real Esporte Clube, time que trabalha na formação de jovens atletas. Ele vestiu a

camisa alviverde do clube por oito meses.

De férias com a família em Manaus, Guilherme fi cará aqui por pouco tempo. Ele já for-malizou contrato de um ano e meio pelo time mineiro e espera conquistar mais títulos pela equipe, se aproximando, assim, do sonho de se profi ssionalizar e atuar por uma equipe de ponta do futebol brasileiro. “Sempre quis ser jogador de futebol e busco alcançar o meu objetivo com o apoio da minha família. Ter esse apoio é fundamental para motivar e realizar o seu sonho”, disse entusiasmado.

A chegada até Minas Gerais foi inusitada. Ele soube que o time estava recrutando jo-gadores nascidos entre 1998 e 1999 de todo o Brasil e a inscrição poderia ser feita na internet. Sem pensar muito, preencheu o formulário e teve a resposta positiva quanto à peneira. Em solo mineiro, o amazonense se destacou e

foi convidado a fi car.

Por que zagueiro?Se todo garoto brasileiro so-

nha em ser jogador de futebol, outra constatação verdadeira é que eles sonham, também, serem artilheiros. Com Gui-lherme a história é diferente. O prazer dele não é fazer gols, mas sim evitá-los.

“Alguns falam que o bom é ser atacante, até pela visi-bilidade, mas particularmente acho que não tem nada melhor que tirar uma bola e ajudar a defesa do meu time”, disse o zagueiro que afi rma ter uma forma moderna de jogar, pois sabe marcar, e sair para jogar, além de apoiar bastante os laterais quando eles atacam. O defensor tem como maior inspiração o cabeludo David Luiz, que é zagueiro do Paris Saint-Germain, da França, e também defende as cores da seleção brasileira.

Na busca incessante pelo

sonho, Guilherme relembra que a saudade da família foi um obstáculo que precisou superar. Morando no aloja-mento do clube, o atleta não escondia a difícil missão de deixar os familiares para trás. “No início foi difícil deixar a minha família, amigos, mas todos sabiam que era a minha vontade e tive muito incentivo. Para quem sonha em ser jo-gador de futebol é uma tarefa difícil, mas a perseverança misturada com garra faz a di-ferença”, explicou ao destacar que a família é a base de tudo, e mesmo estando longe ele afi rma que os pais fazem de tudo para sempre cuidar dele.

O pai de Guilherme, Sildes Júnior, conta que sente mui-ta saudade do fi lho enquanto ele está em Minas. “Eu e a mãe dele choramos muito de saudade, mas desde pequeno esse é o sonho da vida dele e estamos investindo nisso. Não medimos esforços para vê-lo

bem e realizado. Ele sempre foi fascinado por futebol, e todos os presentes desde criança foi bola ou algo relacionado com futebol. Ele passou por várias escolinhas, e como ele sempre foi responsável com os estudos nós decidimos investir”, diz o pai do garoto.

O jovem zagueiro retorna ao Estrada Real em fevereiro do ano que vem, e a expectativa é que 2016 seja ainda melhor, com a possibilidade de atuar em um grande clube do Estado mineiro, ou em outra agremia-ção da elite do futebol nacional.

Um dos desejos de Guilherme é jogar no Clube de Regatas Vasco da Gama, que de acor-do com o atleta, é o time de coração de toda a sua família. Ele também almeja atuar na Europa e cita Liverpool-ING e Real Madrid-ESP como desti-nos. “Quero tudo isso, mas o ápice, aquilo que todo jogador quer é a seleção brasileira. Que-ro disputar uma copa do mundo

pela seleção”, vislumbra.O zagueiro Guilherme ainda

atuou pelas equipes amazo-nense Nacional e Asa, além das escolinhas do Flamengo, do Zico e do Fluminense – esse último que rendeu uma viagem para o Rio de Janeiro ele foi avaliado pela base do clube carioca – antes de seguir jogando pelos gramados dos estádios de Minas Gerais.

Enquanto aproveita as fé-rias com a família, Guilherme treina toda semana com os jogadores da escolinha do Nacional, para que ele não fi que sem o condicionamento físico adequado na volta das férias. “O descanso é assim (risos). Eu me propus a isso, continuar treinando, mesmo de férias, para ter uma regu-laridade física e sempre me-lhorar, pois é com o trabalho forte que podemos crescer como atleta e com isso con-seguimos chegar onde alme-jamos”, completa o zagueiro.

JOSEMAR ANTUNES EASAFE AUGUSTO

Atleta vem mantendo a forma, treinando no

CT do Nacional

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Willian D’Ângelo

Colunista do PÓDIO

No próximo dia 18 o São Raimundo Es-porte Clube estará comemorando 97

anos de história no futebol amazonense. São quase cem anos de títulos no futebol local, Copa Norte e um vice-campeonato na Série C do Campeonato Brasileiro, as-sim como uma participação internacional na Copa Con-mebol no ano de 1999.

O time chegou a primeira divisão da antiga Fada em 1955, deixando de participar dos campeonatos amazonen-ses de 1980 a 1983 e 1994 e 1995. O seu escudo foi inspirado em um dos mais tradicionais e antigos clubes do Rio de Janeiro, o São Cris-tóvão, fundado em 1898.

Em jogo histórico realiza-do no dia 12 de dezembro de 1999 no estádio Vivaldo Lima, conhecido como Colos-so do Norte, São Raimundo e Fluminense-RJ lutavam para garantir o acesso no quadran-gular fi nal do Campeonato Brasileiro da Série C. O estádio recebeu um excelente público. No total de 55.185 torcedores estiveram presente.

O São Raimundo do técnico Aderbal Lana jogou com Iúna, Ademir (Alberto), Luís Cláudio, Frei, Marcos Luís, Isaac, Guará, Sidney (Zédivan), Neto, Mar-celo Araxá (Jeremias) e Delmo.

São Raimundo de história e tradiçã[email protected]

Túnel do tempo

O time ama-zonense parti-cipou ainda da Copa Conme-bol de 1999, competição organizada pela Confede-ração Sul-A-mericana de Futebol, sendo o Talleres (Argentina) a equipe cam-peã. Na maior goleada da competição, o São Rai-mundo bateu o Sport Boys (Peru) por 4 a 0, com gols de Marcelo Araxá, Alberto, Nilti-nho e Guará”

O Tricolor das Laranjeiras de Carlos Alberto Parreira empa-tou com Diogo, Flávio, Emer-son, Alexandre Lopes, Paulo César, Marcão, Válber, Yan, Arinelson (Jorge Luís), Robson (Roger) e Roni. A arbitragem fi cou por conta do cearense Marcos Antônio Colares Brasil.

A Série C do Brasileirão foi composta por 36 clubes, com os seis rebaixados da Série B em 1998 (Americano, Atlético-GO, Fluminense, Juventus-SP, Náu-tico e Volta Redonda), os três

times subsequentes aos dois melhores da competição em 1998 (Anapolina-GO, Brasil-RS e Itabaiana-SE – respectiva-mente terceiro, quarto e quinto colocados) e mais uma equipe das 27 federações estaduais. Cada federação indicou um re-presentante ou fez uma seletiva.

A competição começou no dia 28 de agosto e terminou em 23 de dezembro. As 36 equipes foram divididas em seis grupos de seis times cada – 16 estariam classifi -

cados para a segunda fase, os dois primeiros de cada grupo mais os quatro me-lhores terceiros colocados.

Pela Copa Norte, competi-ção organizada pela Confe-deração Brasileira de Futebol (CBF) com seis edições entre os anos de 1997 e 2002, o Tufão da Colina foi o maior vencedor do torneio com três títulos. Devido mudanças no calendário do futebol nacio-nal, foi criada a Copa Verde, sucessora da Copa Norte.

O time amazonense partici-pou ainda da Copa Conmebol de 1999, competição organi-zada pela Confederação Sul-A-mericana de Futebol, sendo o Talleres (Argentina) a equipe campeã. Na maior goleada da competição, o São Raimundo bateu o Sport Boys (Peru) por 4 a 0, com gols de Marcelo Araxá, Alberto, Niltinho e Guará. Pelo o Campeonato Amazonense, o time da Colina conquistou os campeonatos de 1961, 1966, 1997, 1998, 1999, 2004 e 2006.

O escudo do São Raimundo Esporte Clube é em alusão ao São Cristóvão, tradicional clube carioca que revelou o atacante Ronaldo Fenômeno

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Felipe Massa traçou como meta chegar em quarto lugar neste temporada, ficando à frente do companheiro de equipe, Valtteri Bottas

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Grande Prêmio do Brasil vale muito para MassaPiloto brasileiro quer somar pontos em Interlagos, para tentar ultrapassar o companheiro Valtteri Bottas na classifi cação da Fórmula 1

São Paulo (SP) - Nas duas últimas corridas da temporada da Fór-mula 1, Felipe Massa

mira a quarta colocação do campeonato. Otimista, o pi-loto brasileiro de 34 anos espera que a Williams evo-lua o suficiente para poder encerrar em 2016 seu jejum de sete anos sem vitórias na principal categoria do auto-mobilismo mundial.

Com o título conquistado de forma antecipada por Lewis Hamilton, brigam pela quarta colocação do campe-onato os finlandêses Valtteri Bottas (126 pontos) e Kimi Raikkonen (123), além de Felipe Massa (117). Para o brasileiro, também faz dife-rença o duelo particular com o companheiro de equipe.

“Não tira o sono (a disputa com Bottas), mas é claro que o ideal é acabar o campeona-to da melhor forma possível. Há uma disputa entre três pilotos pelo quarto lugar, o que é sempre interessantís-simo. O Bottas e o Kimi estão fazendo um ano muito bom. Não é fácil, mas vou fazer o máximo possível para chegar à frente dos dois”, diz Massa.

Para avançar na tabela de classificação, o repre-

sentante da Williams espera, pelo menos, subir ao pódio no Grande Prêmio do Bra-sil neste domingo (15), às 12h (de Manaus). Vencedor em Interlagos nos anos de 2006 e 2008, o piloto ainda terminou entre os três me-lhores nas edições de 2007 (segundo), 2012 (terceiro) e 2014 (terceiro).

“É uma pista boa para o carro da Williams e para mim, sempre consegui andar muito bem aqui. Espero que tenhamos um carro com-petitivo, como em 2014. A Ferrari foi superior a nós durante o campeonato, mas conseguimos andar na fren-te em algumas provas. Por que não mais uma?”, per-gunta Massa.

Superada por Mercedes (617) e Ferrari (374) no Mundial de construtores, a Williams (243) ocupa o ter-ceiro lugar da classificação. Para ser protagonista na pró-xima temporada, a tradicio-nal equipe britânica precisa evoluir significativamente, reconhece o brasileiro.

“Se você perguntar como estão as coisas para o ano que vem, todas as equipes vão falar algo positivo. Com a experiência que tenho, sei

que nada é realista até co-meçar o campeonato. Para contar com um carro com-petitivo, brigando pelo título ou por vitórias, é necessário melhorar três vezes mais do que os que estão na nossa

frente”, diz Massa.

Capacete de SennaFã confesso de Ayrton Sen-

na, Lewis Hamilton, campeão desta temporada da Fórmula 1, usará um capacete verde

e amarelo no GP do Brasil em homenagem ao ídolo. A legenda “tributo ao maior” no equipamento de segurança re-vela o quanto o piloto britânico é um admirado do brasileiro.

O atual campeão nunca

venceu uma corrida em In-terlagos, mas já teve motivos suficientes para comemorar no local, já que seu primei-ro Campeonato Mundial foi vencido nas pistas de São Paulo, em 2008.

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Rio de Janeiro (RJ) – A Superliga Feminina de vôlei teve início na última sexta-feira (13),

com a realização da primeira rodada. E o campeonato deste ano, no qual o Rexona/Ades defenderá o título, será de suma importância visando aos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Será a última chance de o técnico José Roberto Gui-marães fechar o grupo que defenderá o bicampeonato olímpico. Em tese, ainda são cinco vagas abertas no grupo de 12 que jogarão no Rio de Janeiro. Campeãs em Londres, Camila Brait, Dani Lins, Fabiana, Fernan-da Garay, Jaqueline, Natália, Thaísa e Sheilla são nomes praticamente certos.

As demais atletas serão avaliadas durante a Super-liga. Quem se destacar na competição tem boas chan-ces de participar do torneio olímpico em casa. Vamos conhecer as principais can-didatas em cada posição.

LevantadoraA boa temporada pelo Pinhei-

ros na última temporada fez com que Macris, de 26 anos, ganhasse oportunidade nos Jo-gos Pan-Americanos. Após um início inconstante, ela mostrou seu talento para brigar pela vaga de levantadora. Resta agora manter o desempenho pelo Brasília para chegar lá.

Já Ana Tiemi, 28, fez parte do time que disputou os Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN) e terminou com a segunda po-sição ao perder a fi nal para os Estados Unidos. Depois de dois anos na Turquia, retornou ao Brasil para defender o Bauru.

Outra que está na briga é Roberta, 25. Neste ano, ela fez parte da seleção na fase fi nal do Grand Prix como reserva de Dani Lins. Nesta temporada da Superliga terá ainda mais espaço no Rexona/Ades com a aposentadoria de Fofão.

Líbero“Invenção” de José Roberto

Guimarães, Sassá, 33, aban-

donou as funções ofensivas na seleção brasileira e começou a treinar como líbero. Com a pouca concorrência na posi-ção e seu talento para passar a bola, ela tem tudo para cres-

cer na posição. Atualmente defende o Brasília.

Presente no grupo há um bom tempo, Leia, 30, tem uma postura boa como reserva. Du-rante o Mundial de 2014, ela foi a única que não jogou e não reclamou por isso. Como a vaga titular pertence a Camila Brait, se Leia mantiver a qualidade de

seu jogo, tem grandes chances de estar nas Olimpíadas do Rio. A atleta defende o Minas.

CentralBem conhecida da torcida,

Adenízia, 29, do Vôlei Nestlé, não terá moleza para conseguir seu espaço. A concorrência não é fácil para ela, mesmo assim sempre esteve no grupo da se-leção brasileira e quase sempre correspondeu. O problema é o surgimento de novos nomes para sua posição. Um deles é o de Carol, 24. Ela foi uma das principais jogadoras da sele-ção quando o grupo foi dividido no meio deste ano. Mesmo as-sim, ela não conseguiu carregar o time ao título do Grand Prix. Essa experiência junto com o sempre bom desempenho do Rexona/Ades poderá fazer com que ela chegue em alta no meio do próximo ano.

PonteiraGabi, 21é nova e a esperan-

ça para o futuro do vôlei. Foi a principal atleta nos últimos

dois títulos do Rexona/Ades na Superliga. Quando precisou assumir a responsabilidade na seleção, correspondeu. Basta manter o desempenho que de-verá estar no grupo.

Quem corre por fora é Suelle, 28. Ela trocou o Sesi pelo Osas-co nesta temporada e estará ao lado de diversas jogadoras que estarão na Rio 2016. O entro-samento aliado a sua qualidade poderá fazer com que ela ganhe sua oportunidade.

Além delas, Mari Paraíba, 29, talvez seja o principal nome que ganhou espaço após a úl-tima Superliga. Sua temporada sólida ao lado de Jaqueline no Minas fez com que ela che-gasse na seleção e recebesse muitos elogios da comissão técnica. Seu aprendizado no vôlei de praia é tido como uma de suas principais qualidades.

OpostoTandara, 27, sempre foi uma

presença frequente na seleção brasileira até que fi cou grávida e de fora dos treinos e compe-

tições neste ano. Se mantiver o desempenho antes da gra-videz, a tendência é que ela retorne para o grupo rumo ao Rio-2016. Está de casa nova. Defenderá o Minas, após deixar o Praia Clube.

Monique Pavão, 29, também está no páreo. A atleta do Rexona/Ades tem sido presen-ça constante na seleção brasi-leira desde 2013 e esteve no grupo que fi cou com o terceiro lugar no Grand Prix deste ano e foi titular na fase fi nal.

Rosamaria, 21, também está na lista, no entanto, atuando pela seleção nos Jogos Pan-Americanos, não mostrou nada que a garan-tisse nos Jogos Olímpicos. Mas, ela também é tida como uma grande revelação do vôlei brasileiro e se desta-cou muito nas competições pela categoria de base neste ano, sendo campeã mundial sub-23. Ela trocou o Minas pelo Pinheiros e terá de se adaptar ao novo clube para buscar uma vaga.

Superliga será ‘peneira’ de José Roberto GuimarãesTécnico vai observar jogadoras durante a competição, para fechar o grupo de convocadas para Olimpíadas do Rio de Janeiro

OUTRA PRAIA

Das possíveis selecio-náveis, a que tem a história mais inte-ressante é a ponteira Mari Paraíba. A bela chegou a se aposentar do esporte após posar nua. Voltou jogando vôlei de praia e hoje é destaque do Minas

Adenízia é convocado para seleção com constância, mas hoje, sofre forte concorrência da jovem Carol, de 24 anos

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Fla comemora 120 anos com amistoso no ‘Maraca’Rubro-Negro vai comemorar mais um ano de vida com um duelo contra o Orlando City, time norte-americano onde joga Kaká

Rio de Janeiro (RJ) – Os 120 anos de história do maior clube do futebol brasileiro será come-

morado com uma partida no palco onde o Flamengo está acostumado a levantar títulos. Neste domingo (15), às 13h30 (de Manaus), no Maracanã, o Rubro-Negro enfrenta o Orlando City, dos Estados Unidos para comemorar mais um ano de vida.

Além da confraternização, o duelo servirá, também, para o téc-nico Oswaldo de Oliveira ajustar a equipe que enfrentará o Santos, na próxima quinta-feira (19), às 20h (de Manaus), pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Sem poder contar com o ata-cante Paolo Guerrero e o lateral-esquerdo Jorge, que estão com as seleções do Peru e Olímpica do Brasil, respectivamente, o comandante do time da Gávea, testou algumas opções durante os treinamentos da semana. Para o setor ofensivo, é prová-vel que Kayke comece jogando. Ele chegou a ser dúvida devido a dores na perna direita. Na parte defensiva, o colombiano Pablo Armero terá mais uma chance de mostrar que merece continuar no elenco para 2016.

Outro que não jogará é o za-gueiro Wallace, liberado para acompanhar sua esposa em

um procedimento cirúrgico. Samir assumirá a posição ao lado de César Martins.

O jovem Jajá deve perder a vaga no time titular para Jonas. O meia Ederson, re-cuperado de lesão no joelho direito, trabalhou entre os reservas e está à disposição.

O Rubro-Negro deve en-trar em campo para o jogo festivo escalado com: Paulo Victor, Pará, César Martins, Samir, Armero, Jonas, Márcio Araújo, Alan Patrick, Gabriel, Emerson Sheik e Kayke.

O começoUma Libertadores seguida de

Mundial, seis Brasileiros, três Copas do Brasil, uma Mercosul, um Rio-São Paulo e 33 Campe-onatos Cariocas. Essas são as principais conquistas do Clube de Regatas do Flamengo, que o coloca na lista dos maiores vencedores do Brasil. Toda essa história começou a ser constru-ída em 1902. Apesar de não ser o esporte que ajuda a compor o nome do clube, o futebol trans-formou-se na maior fonte de troféus do Rubro-Negro, assim como na maioria das grandes equipes nacionais.

O curioso é que uma das principais rivalidades brasilei-ras saiu de uma relação ami-

gável. Com o remo e o futebol dividindo a preferência popular, atletas do Flamengo tornaram-se sócios do Fluminense para ingressar na modalidade ter-restre. Na contramão, os trico-lores partiram com o objetivo de seguir as regatas.

Essa rotina durou até 1911, quando uma cisão do Flumi-nense, motivada por uma dis-córdia no clube das Laranjeiras,

desencadeou na fundação do departamento de esportes ter-restres no Rubro-Negro. Alberto Borgerth (Chefe de Segurança de Dom Pedro II e que fez carreira nas duas modalidades predomi-nantes da época) comandou a mudança. Ex-tricolor, ele chega-ria ao cargo de presidente do Flamengo em 1927, faturando nove títulos em desportos como futebol, basquete, pólo aquáti-

co, tênis e atletismo.Assim, no dia 3 de maio de

1912, Baena; Píndaro e Nery; Coriol, Gilberto e Galo; Bahiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo e Borgerth integraram a forma-ção que entrou em campo para a primeira partida da história do Rubro-Negro. Em duelo dis-putado no campo do América, os debutantes massacraram o Mangueira por 15 a 2.

A primeira taça veio em 1914. Seis anos depois, o Flamengo conseguiu a “dobradinha”, ao ser campeão no remo e no futebol. Entre títulos e uma apimentada na rivalidade com o Tricolor, o time da Gávea fechou o período 1920-1930 com saldo positivo e tendo o atacante Nonô como o jogador que mais balançou as redes pelo clube (123 gols em 143 jogos).

Torcida do Flamengo deve comparecer em bom no número no Maracanã, para comemorar mais um ano de vida do clube da Gávea

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