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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 3 // N 108 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.05.09 pub. Zambujeira e Milfontes ganham Bandeira Azul Época balnear. Praia do Carvalhal também distinguida com o galardão Odemira terá finalmente três praias com Bandeira Azul e a Costa Alentejana aumenta para 17 o números de galardões nas sua praias durante a próxima época balnear. P. 02 | BAIXO ALENTEJO 284 602 175 ALJUSTREL pub. “Queremos um parque de empresas em Garvão” Nesta edição publicamos um caderno especial sobre Garvão, a propósito da feira tradicioal que esta sexta-feira, 9, come- ça naquela vila do concelho de Ourique. Em entrevista ao “CA”, o presidente da Câmara Munici- pal, Pedro do Carmo, admite que a grave situação financeira da autarquia continua a ser “uma camisa-de-forças” que impede o lançamento de novos projec- tos. Com dois anos e meio de mandato, o autarca socialista valoriza o “forte esforço” para me- lhorar as contas e anuncia no- vos projec- tos para Garvão. O PS contestou esta semana a intenção do exe- cutivo comunista da Câmara de Serpa de querer comprar ao mesmo construtor uma parcela de terreno por um preço sete vez superior ao valor pelo qual a cedeu há 15 anos. Em declarações à agência Lusa, após o envio de um comunicado, o vereador do PS na autarquia, Patinho Pereira, explicou que o executivo CDU “quer comprar, por 450.000 euros, uma parcela de terreno ao mesmo construtor a quem a cedeu em 1993 e em troca da prestação de um serviço avaliado em cerca de 60.250 euros”. Além da prestação do serviço, a construção dos balneários do Patinódromo de Serpa, o con- trato de cedência do terreno previa o “compro- misso do construtor construir uma residencial na parcela de terreno”, acrescentou o vereador. P. 03 | BAIXO ALENTEJO Festival de BD realiza-se em Beja P. 14 | GUI’ARTE PS contesta negócio em Serpa

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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 3 // N 108 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.05.09

pub.

Zambujeira e Milfontesganham Bandeira Azul

Época balnear. Praia do Carvalhal também distinguida com o galardão

Odemira terá fi nalmente três praias com Bandeira Azul e a Costa Alentejana aumenta para 17 o números de galardões nas sua praias durante a próxima época balnear. P. 02 | BAIXO ALENTEJO

2 8 4 6 0 2 1 7 5A L J U S T R E L

pub.

“Queremosum parquede empresasem Garvão”Nesta edição publicamos um caderno especial sobre Garvão, a propósito da feira tradicioal que esta sexta-feira, 9, come-ça naquela vila do concelho de Ourique. Em entrevista ao “CA”, o presidente da Câmara Munici-pal, Pedro do Carmo, admite que a grave situação fi nanceira da autarquia continua a ser “uma camisa-de-forças” que impede o lançamento de novos projec-tos. Com dois anos e meio de mandato, o autarca socialista valoriza o “forte esforço” para me-lhorar as contas e anuncia no-vos projec-tos para Garvão.

O PS contestou esta semana a intenção do exe-cutivo comunista da Câmara de Serpa de querer comprar ao mesmo construtor uma parcela de terreno por um preço sete vez superior ao valor pelo qual a cedeu há 15 anos. Em declarações à agência Lusa, após o envio de um comunicado, o vereador do PS na autarquia, Patinho Pereira, explicou que o executivo CDU “quer comprar, por 450.000 euros, uma parcela de terreno ao

mesmo construtor a quem a cedeu em 1993 e em troca da prestação de um serviço avaliado em cerca de 60.250 euros”.

Além da prestação do serviço, a construção dos balneários do Patinódromo de Serpa, o con-trato de cedência do terreno previa o “compro-misso do construtor construir uma residencial na parcela de terreno”, acrescentou o vereador.P. 03 | BAIXO ALENTEJO

Festival deBD realiza-seem BejaP. 14 | GUI’ARTE

PS contesta negócio em Serpa

02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.05.09

CÂMARA DE BEJA APOIA CLUBES A Câmara Municipal de Beja assi-

nou esta semana protocolos com a Juventude das Neves e o Beja Atlético Clube para cedência de duas viaturas de nove lugares.

“O ‘mostro’ que foi encontrado ainda não está dominado. É preciso consolidar esta política [adoptada] senão, ao míni-mo espirro ou alteração, será gravíssimo para o concelho. ”

Pedro do Carmo | presidente da Câmara de Ourique

BT TEM NOVO COMANDANTE O capitão Pedro Rosa é o novo

comandante do Destacamento de Trânsito de Beja da Guarda Nacional Republicana (Brigada de Trânsito), substituindo o tenente Barrete.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Galardão. Há muitos anos que a bandeira não era atribuída a qualquer praia do concelho de Odemira

ACâmara de Odemira con-gratulou-se quarta-feira, 7, por três praias do concelho

terem recebido a Bandeira Azul, galardão ao qual a autarquia não apresentava candidaturas há vá-rios anos por discordar dos crité-rios subjacentes à atribuição.

“Decidimos candidatar três praias este ano porque, ao longo dos últimos anos, foram-se crian-do condições ao nível dos critérios necessários para receber a Ban-deira Azul, como a periodicidade da análise da qualidade da água”, disse à agência Lusa o vereador do Turismo, Hélder Guerreiro.

Há já vários anos que a Câmara Municipal de Odemira não apre-sentava candidaturas à Bandeira Azul, devido a discordâncias quan-to aos critérios de atribuição do ga-lardão, nomeadamente por a qua-lidade da água ser analisada com base em amostras do ano anterior.

Zambujeira e Milfontesganham Bandeira Azul

Costa Alentejana aumenta para 17 o números de bandeiras azuis nas sua praias durante a pró-xima época balnear.

O coordenador da Associação “Resgate” admitiu estar “pre-ocupado” com a afl uência de banhistas às praias do Litoral Alentejano em fi ns-de-sema-na e feriados de bom tempo fora da época balnear. António Mestre manifestou-se sobretu-do preocupado com a costa do concelho de Odemira, onde a época balnear foi reduzida este ano, decorrendo apenas de 1 de Julho a 15 de Setembro.

A Resgate – Associação de Nadadores Salvadores do Lito-ral Alentejano – defende que a época balnear seja alargada em todo o país, com a vigilância efectiva das praias a partir de “fi nais de Março”, aspiração de difícil concretização, já que a maior parte dos nadadores sal-vadores só está disponível em meados de Junho.

Marisa Santos, vereadora do Turismo na Câmara Municipal de Sines, considerou “louvável” o espírito de voluntariado da Resgate, explicando, todavia, que “não será fácil antecipar a época balnear na zona, por causa da falta de nadadores dis-poníveis”.

Em Santiago do Cacém, o cenário é semelhante e até já se adivinha que a época ‘comece’ só a 15 de Junho, lamentou José Rosado, vereador com o pelouro do Ambiente, que aspira “desde há longa data” pelo alargamen-to do período.

Um desejo partilhado pelo vereador do Turismo do Muni-cípio de Odemira, Hélder Guer-reiro, que reconheceu, contudo, que as “difi culdades em ter na-dadores salvadores disponíveis” para a vigilância motivou o en-curtamento da época balnear.

Quanto a Grândola, o vere-ador Paulo do Carmo explicou que a autarquia estaria dispo-nível para alargar a época bal-near, para que a vigilância pu-desse começar mais cedo, mas os concessionários das praias não o requereram, preferindo que se mantivesse o início de Junho.

Refi ra-se que a Resgate pres-ta usualmente assistência nas praias mais concorridas dos concelhos de Sines (S. Torpes, Porto Covo e Costa do Norte), Santiago do Cacém (Costa de Santo André e Fonte do Cor-tiço) e Odemira (Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar).

Época balnear

Vigilânciamais tardenas praiasalentejanas

Este ano, o Município decidiu voltar a aderir ao galardão e can-didatou as praias da Zambujeira, Carvalhal e Vila Nova de Milfontes – Furnas, as quais foram distingui-das com a Bandeira Azul.

“Chegámos a um patamar, re-lativamente a essas três praias, em que existem condições para ter a Bandeira Azul”, frisou Hélder Guerreiro, destacando as melho-rias efectuadas nas acessibilidades e estacionamentos junto das zonas balneares e a criação de apoios de praia, que possibilitaram a dispo-nibilização de casas de banho para os veraneantes.

Para o próximo ano, segundo o vereador, Odemira pretende candidatar mais praias à Bandei-ra Azul para garantir um “melhor controlo da qualidade da água e mais segurança” aos turistas, na expectativa de aumentar também a afl uência de veraneantes ao lito-

ral do concelho.O Alentejo, que no ano passado

recebeu 12 bandeiras azuis, au-mentou este ano para 17 o total de zonas balneares que vão poder içar o galardão a partir de 15 de Junho, no início da época balnear.

Grândola é o concelho alenteja-no com mais praias com Bandeira Azul, sete, sendo que o galardão é novo para três delas: Atlântica, Bico das Lulas e Tróia-Mar. Além destas, Grândola vai continuar a ter Bandeira Azul na Comporta, Aberta Nova, Carvalhal e Pego.

“Queremos que as nossas praias continuem a ter um critério de ex-celência e é esse caminho que es-tamos a percorrer, não apenas em termos do projectos turísticos, mas também ao nível ambiental e pai-sagístico”, salientou à Lusa o arqui-tecto Carlos Fernando, responsável pela Divisão dos Serviços Urbanos e Ambiente da Câmara.

Sines (Vasco da Gama, S. Torpes, Morgavel, Grande de Porto Covo e Ilha do Pessegueiro) e Santiago do Cacém (Costa de Santo André) são os outros dois concelhos do Litoral Alentejano que vão poder içar a bandeira, o mesmo acontecendo

com a praia fl uvial da Quinta do Alamal, concelho de Gavião, distri-to de Portalegre.

A única praia alentejana que, no ano passado, ostentava a Ban-deira Azul e não foi contemplada este ano é a da Vieirinha ou Vale de Figueiros, no concelho de Sines, devido a um “mero problema bu-rocrático”, garantiu à Lusa a verea-dora do Turismo, Marisa Santos. “A praia mantém todas as suas quali-dades ambientais e até foi melho-rada”, disse.

“Só que, quando se passou a exigir análises quinzenais à água, a Comissão de Coordenação e De-senvolvimento Regional do Alente-jo (CCDRA) fê-las em 2006, mas, no ano passado, começou a realizá-las mensalmente. Quando nos avisou, para podermos fazer as quinze-nais, já faltava uma e não pudemos candidatar a praia”, disse.

Para o próximo ano, já com a situação normalizada, a Câmara Municipal de Sines pretende voltar a candidatar ao galardão a praia da Vieirinha.

A juntar às praias, o Alentejo vai ainda possuir Bandeira Azul nas marinas de Tróia e de Sines.

Praia da Zambujeira do Mar, assim como as praias de Vila Nova de Milfontes e do Carvalhal, tem Bandeira Azul em 2008

O PS contestou esta semana a in-tenção do executivo comunista da Câmara de Serpa de querer com-prar ao mesmo construtor uma parcela de terreno por um preço sete vez superior ao valor pelo qual a cedeu há 15 anos. Em declarações à agência Lusa, após o envio de um comunicado, o vereador do PS na autarquia, Patinho Pereira, expli-cou que o executivo CDU “quer comprar, por 450.000 euros, uma parcela de terreno ao mesmo cons-trutor a quem a cedeu em 1993 e em troca da prestação de um ser-viço avaliado em cerca de 60.250 euros”.

Além da prestação do serviço, a construção dos balneários do Pati-

Há 15 anos, terreno valia 60.250 euros quando foi cedido a um constru-tor civil. Autarquia de Serpa quer agora comprá-lo ao mesmo construtor por 450 mil euros.

Política. Autarquia quer comprar parcela de terreno que cedeu a um construtor há 15 anos

PS contesta negócioda Câmara de Serpa

nódromo de Serpa, o contrato de cedência do terreno previa o “com-promisso do construtor construir uma residencial na parcela de ter-reno”, acrescentou o vereador.

“O construtor prestou o serviço, construindo os balneários do Pati-nódromo de Serpa, mas não cons-truiu a residencial, apesar de terem sido emitidos dois alvarás e duas prorrogações para o arranque das obras”, disse Patinho Pereira.

Apesar da “quebra do compro-misso por parte do construtor”, lamentou o vereador, o executivo CDU, “em vez de exigir o cumpri-mento do contrato, quer comprar a parcela de terreno ao construtor por um valor sete vezes superior

àquele pelo qual a cedeu”.“A Câmara de Serpa devia exi-

gir ao construtor, nomeadamente através de uma cláusula de retorno do terreno por incumprimento do contrato, a construção da residen-cial, que as partes acordaram de livre vontade e sem a qual, certa-mente, a transacção não se teria re-alizado”, defendeu Patinho Pereira.

A decisão de readquirir o terre-no, lembrou Patinho Pereira, cons-ta numa deliberação aprovada a 26 de Abril de 2007 em reunião de Câmara e com os votos favoráveis dos vereadores da CDU, a absten-ção do vereador do PSD e os votos contra dos eleitos do PS.

Patinho Pereira explicou que o Alentejo

O Banco Alimentar Contra a Fome (BA) de Évora e o seu pólo de Beja recolheram no passado fi m-de-semana, dias 3 e 4, cerca de 60 toneladas de alimentos, no âmbito da campanha de recolha realiza-da em todo o país. No Alente-jo, a iniciativa contou com a ajuda de 1.200 voluntários em 18 concelhos, entre os quais os baixo-alentejanos Beja, Al-modôvar, Castro Verde, Cuba e Serpa, tendo recolhido mais 41% de alimentos em relação à campanha de Maio de 2007. Os alimentos recolhidos irão constituir parte signifi cativa dos cabazes mensais a distri-buir a cerca de 80 instituições de solidariedade, que, por sua vez, os farão chegar a mais de 8.000 pessoas carenciadas.

Campanha bem sucedida

À imagem dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Mér-tola e as juntas de freguesia do concelho estão a promover mais uma edição da “Campa-nha da Cal”, iniciativa que tem como objectivo “ajudar os mu-nícipes a manterem as paredes exteriores das suas habitações brancas”. Fonte da autarquia revela que, sendo a caiação das paredes exteriores das habita-ções uma tradição do conce-lho, irá distribuir, gratuitamen-te, cal aos munícipes que se inscrevam na campanha até ao dia 21 de Maio.

Mértola

Autarquia oferece cal

O novo Quadro de Referência Es-tratégico Nacional (QREN) vai es-tar no centro do debate promovi-do este sábado, 10, em Beja, pela Federação Nacional das Coope-rativas de Consumidores (Fena-coop). Apoiada pela Cooperativa Proletário Alentejano, a iniciativa está agendada para as 15h00 e vai decorrer no Pax Julia Teatro Municipal. “Factores de Compe-titividade”, “Potencial Humano” e “Plano de Desenvolvimento Rural” (PRODER) são alguns dos temas que vão estar sobre a mesa, uma vez que, revela o secretário-geral da Fenacoop, José Luís Ca-brita, “as cooperativas deverão ter acesso ao QREN em conformida-de com a sua natureza, especifi ci-dade e objectivos”.

Fenacoop debate QREN

Beja

Vidigueira

Jornadas da JuventudeA Comissão Municipal de Juven-tude de Vidigueira promoveu na passada semana, no dia 1 de Maio – que é também o Dia do Município –, mais uma edição das “Jornadas da Juventude”.

A sessão decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho, tendo sido bastante participada pelos jovens do concelho, que aproveitaram a oportunidade para discutir “diversos assun-tos” relacionados com os mais jovens. Paralelamente, a Câ-mara da Vidigueira procedeu à entrega da primeira prestação relativa às bolsas de estudo do ensino superior atribuídas pela autarquia.

Aljustrel

Mineiro Aljustrelense promove torneio para “escolinhas”As principais esperanças do fu-tebol regional e até nacional vão passar este sábado, 10, pelo relva-do do Estádio Municipal de Aljus-trel, palco para a primeira edição do torneio “Município de Aljus-trel”, para o escalão de escolas.

A compe-tição é pro-movida pelo Mineiro Al-justrelense, com o apoia da autarquia local, e inse-re-se no pro-grama das comemora-ções do 75º

aniversário do emblema da vila das minas.

Com início agendado para as 10h00, o torneio vai contar com a presença das equipas do Mineiro Aljustrelense, Benfi ca, Belenenses, Vitória de Setúbal, Portimonense,

Louletano, Al-vito, Desper-tar, Palme-lense, Portel, Odemirense, A l v a l a d e n -se, Estrela de Santo André, G r â n d o l a Foot, Benfi -ca (de Beja) e Olhanense.

Beja

Conferência no PolitécnicoO Instituto Politécnico de Beja (IPB) recebe no fi nal deste mês de Maio, no dia 28, a primeira edição do “Encontro Regional da Ofi cina de Transferência de Tecnologia e Conhecimento do IPB – Brokerege Event”.

Fonte do Politécnico revela que na iniciativa estarão pre-sentes alguns dos empresários do distrito, “procurando-se criar uma atmosfera informal e po-tenciadora de contactos entre investigadores e empresários”. “Estabelecer ‘pontes’ entre ne-cessidades empresariais e a oferta tecnológica e de conheci-mento” do IPB é o grande objec-tivo do encontro.

PS só denunciou o caso esta sema-na e um ano após a decisão ter sido tomada, “porque, primeiro, foi ne-cessário reunir toda a informação sobre a transacção”.

“O objectivo dos eleitos do PS na Câmara e na Assembleia Municipal de Serpa é tentar evitar a concreti-zação do negócio, que não aceitam, porque se trata de um inexplicável favorecimento de um construtor e de um exemplo de péssima gestão autárquica”, afi rmou Patinho Pe-reira.

“É inaceitável que se premeie quem deveria ser obrigado a cum-prir aquilo a que se propôs”, lamen-tou o vereador, considerando que o negócio “vai lesar o Município nos seus interesses” e “não vislumbra nenhum benefício para o concelho de Serpa que seja minimamente equivalente àquele que é propor-cionado ao construtor”.

Neste sentido, frisou o vereador, “fi cou estabelecido que a Câmara vai pagar parte dos 450.000 euros com lotes de outros terrenos”.

“Desta forma, a transacção vai permitir ao construtor gerar ainda mais mais-valias com os terrenos, porque o retorno [os lotes de ter-reno] será bastante superior aos 450.000 euros”.

Contactado pela Lusa, o presi-dente do Município, João Rocha, escusou-se a comentar a denúncia do PS e a dizer quando a autarquia prevê concretizar o negócio, re-ferindo que “o único interesse da Câmara é readquirir o terreno para que se possa construir a residen-cial, para dar resposta às solicita-ções de turistas”.

Questionado sobre quando e por que empresa irá a residencial ser construída, João Rocha limitou-se a dizer que “há várias hipóteses, mas ainda nada está defi nido”. “A Câmara não será, mas há-de haver alguém que a faça”, rematou.

REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2008.05.0903

Mais de 200 pessoas manifestaram-se na passada segunda-feira, 5, em Beja, contra a “degradação” dos serviços de saúde no distrito, so-bretudo devido à falta de médicos, exigindo medidas “urgentes e efi ca-zes” para resolver a “grave” situação actual.

O protesto, promovido pela Di-recção da Organização Regional de Beja (DORBE) do PCP, começou às 18h30, com uma concentração no Largo de Santa Maria.

Os manifestantes, “mais de du-zentos”, segundo dados da PSP, seguiram depois numa marcha de protesto, desfi lando, durante 15 minutos, pela Rua Dr. Aresta Bran-co até ao Largo do Lidador, onde se concentraram, até às 19h45, frente aos serviços da Administração Re-gional de Saúde (ARS) do Alentejo.

Durante a marcha, os manifes-tantes, encabeçados por uma faixa onde se lia “Queremos mais e me-lhores condições de saúde” e entre cartazes e bandeiras negras e do PCP, entoaram “palavras de ordem”.

“Saúde é um direito, sem ela nada feito”, “É preciso que isto mude, mais e melhor saúde”, “Perdemos a paciência à espera na urgência” e “É preciso efi ciência nas viaturas de emergência” foram algumas das

Comunistas dizem não poder continuar a “assistir à degradação dos serviços” e manter-se calados.

Manifestação. Delegação do PCP entregou documento à Sub-região de Beja da ARS do Alentejo.

PCP protesta em Bejacontra falta de médicos

“palavras de ordem” ouvidas.“Não podemos continuar a as-

sistir à degradação dos serviços e fi car calados”, disse à agência Lusa José Baguinho, da Direcção Regio-nal do PCP, justifi cando o protesto com a “necessidade de exigir ao Mi-nistério da Saúde medidas urgentes e efi cazes para resolver a grave situ-ação actual dos serviços públicos de saúde no distrito de Beja”.

A “falta de médicos” no Hospital de Beja e nos centros de saúde do distrito, que “tem provocado falhas na prestação de cuidados de saúde”,

é um dos “problemas” apontados por José Baguinho.

Como exemplo, José Baguinho lembrou que a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) afecta ao Hospital de Beja esteve inoperacional, em alguns períodos, entre 31 de Março e 08 de Abril, devido à falta de médicos naquele Hospital.

Segundo José Baguinho, “faltam médicos especialistas em alguns serviços do Hospital de Beja”, como o de obstetrícia e de pediatria, e “o serviço de urgência é garantido por

Aljustrel

Moção saúdanovo centroOs eleitos da Assembleia Muni-cipal de Aljustrel aprovaram por maioria, no passado dia 30 de Abril, uma moção de congratu-lação pelo facto do novo centro de saúde da vila ter entrado em funcionamento “após uma longa espera de 20 anos”. Na moção é referido que a “melhoria substan-cial” das condições de trabalho vem confi rmar claramente que essa era a única forma de “asse-gurar os interesses do município e da sua população, ao contrário da solução redutora e miserabi-lista, defendida por alguns, que consistia no reaproveitamento das antigas instalações”. Con-tudo, os eleitos da Assembleia Municipal lamentam que os ser-viços de radiologia, “tal como se previa”, ainda não tenham sido localizados nas novas instalações, com equipamentos actualizados”, apelando ao Ministério da Saúde para seja suprida essa lacuna “o mais urgentemente possível”.

Beja

PS acusa autarcas CDUde “cegueira” partidáriaA Comissão Política da Federação do Baixo-Alentejo (FBA) do PS acusa alguns autarcas eleitos pela CDU de “cegueira” partidária no processo do abastecimento de água em alta. As críticas socialistas surgem na sequência da reunião mantida no início da semana, dia 5, em Ferreira do Alentejo, en-tre a Comissão Política da FBA e outros dirigentes políticos e autarcas dos concelhos alentejanos do distrito de Setúbal.

No fi nal do encontro, fonte da FBA revelou ao “CA” a sua satisfação por, “depois de um atraso de vários anos provocado pela cegueira partidarizada de alguns dirigentes da CDU”, estar fi nalmente conseguido um acordo de parceria entre o Estado e a empresa Águas de Portugal, “que garante con-dições de fi nanciamento e execução técnica do projecto que responderá às exigências das populações” e entretanto já aprovado pelos municípios de Mértola e Castro Verde.

Contudo, a mesma fonte não deixou passar em claro a sua “perplexi-dade” e interrogação pela “aparente contradição dentro da CDU”, que em Castro Verde aprovou o protocolo e em Mértola votou contra.

Na mesma reunião, adiantou ainda a fonte da FBA, os socialistas anali-saram a criação das novas áreas regionais de turismo e dos pólos turísticos do Litoral Alentejano e de Alqueva, considerando-as importantes “na me-dida em que a indústria turística deve ser um dos grandes instrumentos de desenvolvimento e emprego para o futuro” da região.

Os socialistas debateram igualmente a futura legislação sobre as asso-ciações de municípios, sublinhando a necessidade de ser defi nido “um quadro territorial coerente e capaz de contratualizar com o Estado o re-forço de competências descentralizadas e, em especial, apto a aproveitar decisivamente as verbas dos fundos comunitários com base em planos de desenvolvimento supramunicipais”.

Beja

PSD defi nemandatáriosO actual vereador na Câmara de Alvito e líder da Concelhia local do PSD, Mário Simões, é o man-datário distrital da candidatura de Pedro Passos Coelho à lide-rança do partido laranja. Antigo líder da JSD no distrito de Beja e actual membro dos Autarcas So-ciais Democratas, Mário Simões garante ao “CA” que “não po-dia deixar de aceitar” o convite que lhe foi endereçado, até por uma “questão de honestidade política”, já que sempre teve em Passos Coelho uma “referência” política.

Por sua vez, Manuela Ferreira Leite escolheu como manda-tário distrital o ex-governador civil de Beja e actual vereador na autarquia bejense, João Pau-lo Ramôa, enquanto que Pedro Santana Lopes tem como man-datário o actual presidente da distrital laranja, Amílcar Mou-rão, contando também com o apoio de José Raul Santos.

Aljustrel recebe ao longo do fi m-de-semana, de 9 a 11, a quarta edição do Encontro de Comu-nidades Mineiras. Promover a cultura e identidade mineiras, debater os problemas e poten-cialidades destas zonas, nome-adamente os seus aspectos his-tóricos, patrimoniais, geológicos e económicos, são os principais objectivos da iniciativa promovi-da pela autarquia local.

Nesse sentido, o encontro arranca esta sexta-feira, 9, pelas 18h00, com a inauguração, na sede do Sindicatos dos Trabalha-dores da Indústria Mineira, da exposição “Mina – Os Três Rele-vos” e da mostra de artesanato, enquanto que de noite, a partir das 21h30, o auditório da Biblio-teca Municipal recebe a projec-ção de três documentários.

No sábado, 10, vai decorrer entre as 9h30 e as 19h00, junto à Central de Compressores, a ExpoMin – Exposição Mineira. Pelo meio, têm lugar os debates “Investigação na Área das Ciên-cias Sociais e Humanas em Zo-nas Mineiras” (10h30) e “Ainda há Mineiros?” (17h00), enquanto que a fechar o dia é inaugurada na rotunda junto ao Parque de Feiras e Exposições de Aljustrel uma escultura de afi rmação da identidade mineira do concelho (18h00).

O encontro termina no do-mingo, 11, com uma visita ao património mineiro de Aljustrel (10h00) e a projecção do fi lme “Na Linha da Frente”, no audi-tório da Biblioteca Municipal (18h00).

Encontro

Aljustreldebateculturamineira

REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.05.09 04

O Centro de Documentação Eu-ropeia do Instituto Politécnico de Beja (IPB) promove esta sex-ta-feira, 9, um peddy paper para oito dezenas de alunos do 8º ano da Escola de São Mamede. A ini-ciativa vai ter lugar pelas 10h30 e tem por fi nalidade assinalar o Dia da Europa.

Em nota de imprensa, o IPB revela que, no decorrer da activi-dade, os participantes terão que passar por diversas etapas onde serão postos à prova os seus conhecimentos sobre a União Europeia. No fi nal, vencerá a equipa que obtiver mais pon-tos e for mais rápida a concluir o percurso, recebendo um pré-mio. Acrescenta a mesma nota que esta actividade se insere no plano de actividades do Centro de Documentação Europeia do IPB, que pretende “divulgar a União Europeia junto da comu-nidade em geral e em particular junto do público mais jovem”.

Beja

IPB festejaDia da Europa

tarefeiros, a maioria estrangeiros e sem qualquer ligação orgânica ao Hospital”.

Na maioria dos centros de saúde do distrito, que “funcionam apenas entre as 08h00 e as 20h00”, frisou José Baguinho, “sempre que um médico falta, adoece ou vai de fé-rias, as populações fi cam sem cui-dados de saúde, por períodos em geral prolongados”, porque “não existem clínicos sufi cientes para garantir substituições”.

Dos serviços de urgência básica (SUB) prometidos para quatro cen-tros de saúde do distrito de Beja, apenas o de Odemira está a funcio-nar, desde Julho de 2007, faltando a criação dos previstos para Castro Verde, Moura e Serpa, lamentou o responsável.

A criação dos serviços de urgên-cia básica de Castro Verde, Moura e Serpa, que chegou a estar prevista ao início deste ano, deverá acon-tecer “até ao primeiro trimestre de 2009”, segundo informações da Ad-ministração Regional de Saúde do Alentejo.

Entre os manifestantes presen-tes no protesto, destacavam-se os presidentes das câmaras de Beja e de Aljustrel, os comunistas Francis-co Santos e José Godinho, além do deputado do PCP eleito por Beja, José Soeiro.

Durante o protesto, uma de-legação da Direcção Regional do PCP entregou na Administração Regional de Saúde um documento enumerando “alguns problemas” dos serviços de saúde no distrito de Beja e as “necessárias soluções” propostas pelos comunistas.

Falta de médicos no Hospital de Beja preocupa comunistas

REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2008.05.0905

Uma unidade de tratamento de subprodutos de origem animal, equipada com o primeiro crema-tório em Portugal de cadáveres de animais domésticos e selvagens, começou a funcionar no Parque Ambiental da Amalga, no concelho de Beja, num investimento de um milhão de euros.

A unidade da empresa Ambi-med inclui o “primeiro crematório em Portugal criado especialmente para fazer incineração dedicada de cadáveres de animais domésticos e selvagens, de acordo com a nova legislação nacional e comunitária”, explicou José Manuel Palma, da Ambimed.

Com capacidade para cremar “entre 500 a 700 quilogramas” de resíduos por hora, o crematório vai incinerar cadáveres de animais provenientes de particulares, canis

Projecto da Ambimed começou a funcionar no Parque Ambiental da Amalga, no concelho de Beja, e representa um investimento de um mi-lhão de euros.

Ambiente. Nova unidade vem dar resposta a imposições da União Europeia

Amalga criacrematório de animais domésticos

municipais, clínicas veterinárias, zoológicos, circos, laboratórios de investigação veterinária e institui-ções ligadas à vida animal.

O crematório, frisou o responsá-vel, vem responder à “necessidade premente” de encontrar soluções para cumprir o regulamento euro-peu que entrou em vigor em Por-tugal e que estabelece regras sa-nitárias relativas aos subprodutos animais não destinados ao consu-mo humano.

Antes, lembrou, “os cadáveres de animais de companhia, como cães e gatos, eram classifi cados como resíduos sólidos urbanos e depositados nos contentores de lixo normais, com grandes riscos de contaminação biológica”.

“A maior parte das pessoas ain-da não sabe, mas, actualmente, há legislação que obriga à imediata

incineração do cadáver de um ani-mal doméstico, devido ao poten-cial risco de contaminação bioló-gica”, disse.

Além do crematório, a unidade inclui também um sistema de ges-tão integrada de outros subprodu-tos animais, como restos de carne e de pescado provenientes de talhos e peixarias, em estabelecimentos específi cos ou integrados em mer-cados ou super e hipermercados.

O sistema de gestão faz a reco-lha dos subprodutos animais no produtor e o armazenamento tem-porário em câmaras frigorífi cas até serem encaminhados para trans-formação em farinhas ou rações.

A unidade de tratamento de subprodutos de origem animal juntamente com a unidade de tra-tamento de resíduos hospitalares, também da Ambimed e a funcio-nar no parque ambiental da Amal-ga deste 2004, formam o primeiro centro integrado de tratamento e gestão de materiais de risco bioló-gico em Portugal.

O centro, num investimento to-tal de 1,6 milhões de euros, além de “dar resposta às exigências da nova legislação” comunitária e nacional, “integra, no mesmo local, dois ti-pos de tratamento para diferentes tipos de materiais de potencial contaminação biológica”, salientou José Manuel Palma.

A unidade de tratamento de re-síduos hospitalares do Grupo III inclui um sistema de autoclava-gem, que descontamina e esteriliza o material através da sua exposição a vapor de água sob pressão e a al-tas temperaturas.

Fundada em 1996, a Ambimed apresenta-se como líder em Portu-gal na área da gestão integrada de resíduos hospitalares, tendo sido pioneira na utilização da autocla-vagem como sistema alternativo à incineração daquele tipo de resí-duos.

Saúde

Os utentes dos centros de saúde do Alentejo com mobilidade condi-cionada viram as suas condições de acessibilidade aos centros me-lhoradas, com a conclusão, no passado mês de Março, dos trabalhos promovidos pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo ao abrigo do projecto de “Melhoria das Acessibilidades Interiores dos Centro de Saúde no âmbito das Amenidades”.

Fonte da ARS revela que a realização deste projecto “permitiu re-mover obstáculos e acabar com a discriminação funcional de alguns utentes”, nomeadamente os de “mobilidade condicionada”, naquilo que classifi ca como uma acção de “humanização das instalações da saúde no Alentejo”.

Acrescenta a mesma fonte que através deste projecto foi possível efectuar intervenções nos centros de saúde dos distritos de Portalegre, Évora e Beja que ainda possuíam obstáculos que impediam o acesso de utentes com mobilidade condicionada. No caso do Baixo Alentejo, foram intervencionados os centros de saúde de Vidigueira, Cuba, Fer-reira do Alentejo, Beja, Mértola [na foto], Ourique e Odemira.

ARS anuncia melhores acessos nos centros de saúde do Alentejo

A Câmara de Ferreira do Alentejo, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, o Banco Espírito Santo e a sociedade de garantia mútua Lisgarante ce-lebraram na passada semana o protocolo que permite a cria-ção do novo FAMEfa – Fundo de Apoio às Micro e Pequenas e Em-presas no concelho de Ferreira do Alentejo. Fonte da autarquia reve-la ao “CA” que o novo fundo tem por objectivo potenciar o “desen-volvimento económico” e o “au-mento do emprego” no concelho, sendo um “instrumento de apoio inovador e atractivo, vocacionado para o fi nanciamento de peque-nos projectos de investimento”, no qual a edilidade comparticipa com 20% a fundo perdido do total do investimento e a banca os res-tantes 80%, com juros a uma taxa “muito vantajosa”.

Economia

O concelho de Odemira dispõe desde o início da semana da Loja Ponto Já, um serviço do Instituto Português da Juventude inaugu-rado esta segunda-feira, 5, pela presidente do Instituto da Juven-tude, Maria Helena Alves. Loca-lizada na Travessa do Botequim, no edifício do Antigo Colégio de Odemira, no espaço CEDIA – Centro de Dinamização Asso-ciativa do Concelho de Odemira, a nova Loja Ponto Já pretende “promover e divulgar” os serviços do IPJ e outro tipo de informação, assim como permitir aos jovens do Litoral Alentejano um mais fácil acesso à Internet, ao Cartão Jovem e ao Cartão de Alber-g u i s t a , entre ou-tros.

Juventude

Loja Ponto Já em Odemira

Ferreira cria novo FAMEfa

A Câmara Municipal de Castro Verde promove este sábado, 10, pelas 15h00, uma sessão pública de apresentação da proposta fi nal do Plano de Pormenor do empreendimento turístico previsto para a Herdade da Cavandela. A iniciativa é organizada pela autarquia local e pelos promotores do investimento, a Cavandela – Sociedade Imobiliária Lda., e vai decorrer no Fórum Municipal local.

Fonte da Câmara de Castro Verde revela ao “Correio Alentejo” que a sessão contará com a presença dos membros do Conselho de Opinião – órgão recentemente criado que tem acompanhado o processo e é constituído por representantes de diferentes forças políticas e de enti-dades de diversas áreas –, da equipa técnica que elaborou o documen-to e dos eleitos locais do Município e da Junta de Freguesia de Castro Verde. No fi nal, haverá lugar à intervenção do público.

Castro Verde debate plano de pormenor da Cavandela

Ordenamento

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06sexta-feira2008.05.09

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves, Napoleão Mira e Vítor BesugoColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, David Marques, Hugo Lança Silva, Inês Fer-nandes, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

Pedro Santana Lopes, se ga-nhar as eleições para a li-derança do PSD, poderá re-presentar um perigo grande

para o futuro do partido. Por mais que ele próprio não queira enten-der isso, um largo número de por-tugueses não se revê no seu estilo populista e demasiado politiquei-ro, que tantos prejuízos causou ao país com a sua passagem peregrina pela chefi a do Governo.

Como é fácil de perceber, San-tana Lopes transporta hoje um sentimento revanchista que é mui-to perigoso. O que o move é uma obstinação pouco aceitável para tentar acertar contas com a sua própria história, mesmo que isso custe o desmoronamento do Par-tido Social Democrata, a partir de uma divisão com contornos ainda por calcular.

Apesar disso, curiosamente ou talvez não, dentro do PSD continua a haver muita gente que não con-segue discernir este cenário. E por isso, Santana consegue mobilizar um número valioso de apoiantes, que por certo lhe darão o voto e o colocam na corrida pela vitória.

Ora, como é bom de ver, este quadro já está a criar grande des-conforto em vários sectores do partido. Por um lado, o “baronato” que apoia Manuela Ferreira Leite sabe que, sendo ela derrotada, não lhe restará espaço para o próximo futuro, porque isso inclui uma revolução na bancada parlamentar e na defi nição dos próximos candidatos autárquicos. Noutro contexto, talvez mais remoto, o PSD tende a transformar-se num partido à imagem e ao serviço de San-tana Lopes, que não poupará aqueles que lhe fi zeram a vida negra.

É neste contexto de grande desafi o interno que o PSD se prepara para clarifi car o seu destino e ressurgir com um novo fôlego. Toda-via, pelas razões expostas, há riscos muito sérios que um acto elei-toral não será sufi ciente para esclarecer. Será bom que os militantes laranja saibam distinguir o que está em causa e, desse modo, pos-sam contribuir para dar o rumo mais acertado ao seu partido.

O “baronato” que apoia Manuela Fer-reira Leite sabe que, sendo ela derrotada, não lhe restará es-paço para o próximo futuro, porque isso inclui uma revolução na bancada parlamen-tar e na defi nição dos próximos candidatos autárquicos.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EDITORIAL

Futuro perigoso

tica e no que respeita à operacionalização, depara-mo-nos quase sempre com um retrocesso nos proce-dimentos, que contradizem os próprios objectivos, e com a repetição dos mesmos erros do passado. “Anti-gamente podia funcionar de duas maneiras. Será que uma era melhor que a outra? Não. Mas agora só pode ser desta maneira. Porquê? Porque sim.”

Será este o resultado de um impulso individual irresistível de deixar uma marca, por pequena que seja? Será este um traço da inevitável concorrência entre serviços? Sinceramente, não sei. Mas sei quais são os efeitos destas originalidades. Atrasam os pro-cessos, favorecem o surgimento de novos obstáculos, criam constrangimentos, desmotivam, desmobili-zam, inibem boa iniciativa.

Curiosamente, associa-se quase sempre a este tipo de situações, por parte de quem as protagoniza, uma atitude de autismo, de alguma arrogância que leva a que nunca estejam disponíveis para ouvir, escondi-dos por detrás de uma telefonista, ocupados por uma reunião que se prolonga por dias e dias e protegidos por um micro horário de atendimento que só permi-te que sejam prestados esclarecimentos na primeira terça-feira de cada mês entre as 16h35 e as 16h48. “Ponha por escrito. Eu vou pôr mas gostaria de poder falar com o director. Mas é melhor pôr por escrito. Sim, concerteza, mas gostaria de falar primeiro, pode ser? O director está em reunião. Só amanhã.”

crónica da cidade

A irresistível tentação de reinventar a roda

Dias há em que me questiono se alguns dos meus compatriotas não levam demasiado à letra a máxima “antes fazer mal, que nada fazer”. Contrariando a velha ideia que os

portugueses não têm iniciativa, alguns assumem, não raras vezes, o glorioso e inútil desafi o de reinventar a roda. É um fenómeno que se pode verifi car em todos os sectores. Contudo, posso afi rmar que os exemplos mais extraordinários que conheço foram e são pro-tagonizados por funcionários e quadros da adminis-tração pública central, com maior ou menor respon-sabilidade. Para quem lida diariamente com estas estruturas já é difícil fi car surpreendido. Sucedem-se os exemplos de novas regras, novos organismos, no-vos pareceres, novos circuitos que mais não são que originalidades sem sentido, sem razão de ser e que no fi m de contas só complicam e emperram quem tra-balha. Falo de originalidades porque não são funda-mentadas em nenhum estudo, em nenhum processo de avaliação. Falo de originalidades porque mexem precisamente com os aspectos onde não há proble-mas. Exemplos? Em cada diploma legal que sai e que regulamenta um qualquer processo de licenciamento inventa-se um novo parecer, uma nova obrigação ou um novo formulário. Dizem-nos, naturalmente, que é para simplifi car. Recordo a este propósito as palavras de Macário Correia num debate que decorreu Castro Verde por ocasião das comemorações dos 30 anos de Poder Local, que confi rmavam esta realidade. Segun-do ele, que passou por diferentes funções na adminis-tração central, é prática corrente observar que as di-ferentes estruturas da administração são pródigas em complexifi car a legislação, criando novas exigências de consulta e de parecer, como se disso dependesse o seu futuro.

Em cada período de programação comunitária de apoio fi nanceiro (e este é já o quarto!) surgem novas regras, novos fi gurinos, novos interlocutores, como se estivéssemos sempre a partir do zero. Mudanças sé-rias e para melhor? Nada disso. As boas ideias fi cam sempre pelo capítulo dos objectivos, porque na prá-

DAVID MARQUES

Em cada período de programação comunitária de apoio fi nanceiro (e este é já o quarto!) surgem novas regras, novos fi gu-rinos, novos interlocutores, como se estivéssemos sempre a partir do zero.

07 sexta-feira2008.05.09

OEstado de Kerala, na Índia, onde está a conhecida cidade de Calcutá, talvez seja o único sítio do planeta onde os comu-nistas tiveram um relativo sucesso de go-

vernação. À parte isso, o domínio comunista após a Revolução Russa foi um desastre, uma catástrofe para a democracia e um drama para a liberdade e a vida de milhões de pessoas.

É claro que aqueles que hoje se reclamam do comunismo não podem ter o mesmo tipo de es-trutura mental, por serem minoritários e também porque os valores da democracia e do progresso das sociedades liberais lhes roubam margem de manobra para imporem unilateralmente as suas ideias. Mas o tique autoritário está lá. Da mesma forma que está lá também aquela presunção de que só aquilo que defendem é que está certo. Têm uma tendência irritante para se considerarem donos da verdade e para verem o mundo a preto e branco: nós somos os bons e estamos certos; os outros são os maus e estão errados.

O PCP e os seus militantes procuram ganhar a todo o custo infl uência na sociedade, o que é legí-timo. Para isso não poupam esforços para tentar dominar todo o tipo de instituições, associações e organismos, o que já entra do domínio da per-versão, porque depois querem sempre arrastá-los para as suas lutas, usando-os como instrumento para os seus fi ns político-partidários, desvirtuando os objectivos originais de natureza administrativa, cívica, cultural ou desportiva que possam ter. E não hesitam, se for necessário, em deturpar e manipu-lar informação para atingirem os seus objectivos e em repetir até à exaustão as mesmas mentiras para que possam passar por verdades. Se no Alentejo é anunciada uma nova unidade de saúde ou qual-quer outra coisa importante para as populações, logo surge o Partido Comunista com um caso qual-quer para servir de cortina de fumo, acusando o Governo de, com a sua infi nita maldade, só querer prejudicar as populações com as suas políticas.

A História, a nossa e a de outras partes, está cheia de exemplos de verdadeiros “assaltos ao poder” por parte dos comunistas a associações e organismos que acabam por fi car monocolores e

opinião

PAULO PISCO*

Os comunistas, a democracia e o desenvolvimento

sul suave

Silêncio MIGUEL RÊGO*

Decorreu no concelho de Castro Verde, entre os dias 19 de Abril e 4 de Maio, a 18ª edição da Quin-zena Cultural “Primavera no Campo Branco”. A iniciativa re-pete uma fi losofi a de participa-ção da população cada vez mais rara, desenvolvendo iniciativas que atingem todos os públicos, mais ou menos exigentes, com maior ou menor apetência para esta ou aquela actividade, seja ela de âmbito desportivo ou cultural. Exposições de pintura, onde pontuavam Graça Morais, Júlio Pomar, Chichorro ou Ma-langatana, ao lado de artistas de menor nomeada; feira do li-vro, apresentação de livros com a participação de Águalusa ou Manuel Fialho, para não falar de Júlio Magalhães, para além da maratona de leituras; espectá-culos de música popular, regio-nal ou de cariz mais étnico em que pontuaram todos os grupos do concelho a par da participa-ção do Tim (Xutos e Pontapés) ou Ala dos Namorados; o bike paper familiar, o BTT, o radio-modelismo ou o Grande Prémio de carrinhos de rolamentos; o concerto da banda na noite de 24 ou o concerto da Primavera realizado pela 1º de Janeiro no campo, a par do cante e folclore no Corvo ou o fado na Estação de Ourique e… um nunca mais acabar de iniciativas. Milhares de pessoas participaram nesta iniciativa. Mas dela, pouco se ouviu falar. Um silêncio natu-ral da comunicação social de âmbito nacional, o que não dei-xa de ser natural, mas cima de tudo, um quase silêncio da re-gional. Outras prioridades, na-turalmente. Mas não deixa de ser preocupante que uma ini-ciativa desta dimensão passasse quase ao lado dos olhos sempre apurados do pessoal da infor-mação. Os poucos meios não justifi cam tudo. Mas são uma boa desculpa. No entanto, im-porta referir a importância que teria a existência de um emissor regional da Antena 1, para dar o mesmo tipo de tratamento que actualmente dá à informação do Algarve. Ouvindo o emissor regional, fi camos a saber tudo o que se vai passando naquela re-gião, onde não faltam minutos sufi cientes para a gastronomia, para as fi guras típicas, para o desporto regional, para as guer-ras intestinas de deputados ma-ravilha. Para este Alentejo, res-tam alguns minutos semanais, numa região situada na nebu-losa entre o regional de Lisboa e o de Faro.

PS: Assistimos na segunda-feira, 5, na SIC, a um excelente traba-lho sobre a actividade desenvol-vida pela TAIPA no concelho de Odemira. Parabéns à reporta-gem e a todos aqueles que acre-ditam nestas terras do interior.

arqueólogo*

ANÁLISES & OPINIÃO

O Partido Comunista alimenta-se das crises e dos problemas. Sem isto não sobreviveria. Quanto pior for a situação, mais justifi cada têm a sua existência.“

membro da Assembleia Municipal de Serpa*

reféns das suas direcções. O problema, por isso, é depois quando chegam ao poder… A qualquer for-ma de poder.

Os comunistas portugueses são herdeiros do pensamento e das práticas do comunismo que foi desenvolvido na extinta União Soviética, que se alastrou aos países de Leste e a outros continentes e criou situações dramáticas do ponto de vista do desenvolvimento económico e das liberdades. Por isso, falta aos comunistas autoridade moral e ho-nestidade intelectual quando fazem algum tipo de críticas ao sistema político e de governação, bem como às medidas que em todos os domínios são tomadas pelo(s) Governo(s) na tentativa de melho-rar a vida das pessoas e conseguir uma sociedade mais justa e equilibrada.

O Partido Comunista alimenta-se das crises e dos problemas. Sem isto não sobreviveria. Quan-to pior for a situação, mais justifi cada têm a sua existência. E quando existem alguns problemas, nunca resistem a amplifi cá-los para que eles pa-reçam muitos grandes aos olhos dos outros e em culpar sempre o Governo, mesmo que ele não tenha culpa nenhuma. Além disso, estão sempre a inventar novos problemas sob a capa da defesa dos interesses das pessoas. Só que, ao fazerem isto, muitas vezes não hesitam em pôr em causa tudo o que está a ser feito de boa fé e com empenho, ao ponto de, por vezes, esticarem tanto a corda que os problemas que eram mínimos se tornam mesmo sérios, como esteve quase a acontecer em tempos na AutoEuropa de Palmela, quando a empresa passou por momentos que necessitavam de rea-justamento e os comunistas insistiam em posições que provavelmente levariam ao encerramento da

fábrica. Depois, claro, a culpa dos problemas daí resultantes seria sempre dos outros, isto é, do Go-verno, principalmente se for do PS, tido como o seu principal inimigo e alvo a abater.

Faz parte da cartilha do PCP dizer de forma tremenda que o PS só quer é prejudicar os traba-lhadores e alimentar o grande capital, como se o propósito do Governo, deste ou de qualquer outro, fosse prejudicar as pessoas e não fazer o melhor por elas. E também faz parte da cartilha comunista dizer que o Governo nunca faz nada de bom para as pessoas e que tudo o que faz é errado.

Mas a verdade é que o país vai mudando, a esta-bilidade existe, as contas públicas estão em ordem e a economia, apesar das difi culdades provocadas pela crise fi nanceira internacional, lá vai evoluindo favoravelmente, agora até já em convergência com a União Europeia e com o Eurostat a confi rmar a descida do desemprego em Portugal.

É pena o Partido Comunista ter uma forma tão retorcida de ver o progresso, o desenvolvimento e a democracia, que utiliza todos os meios para atingir os seus fi ns, inclusivamente a expulsão dos seus melhores quadros que passaram a ter opini-ões diferentes das da linha ofi cial, muitos dos quais deram ao Partido Comunista uma vida inteira de dedicação e até com o risco da própria vida, como aconteceu com aqueles que lutaram contra a dita-dura em Portugal.

Mas também é por isso que o Partido Comunista não cresce e, aos poucos, vai defi nhando, fechado no seu conservadorismo, no seu anti-europeísmo serôdio e incongruente, e nos seus métodos com reminiscências dos tempos em que o Comunismo era um império global.

amigos para sempreveterinário*

Dez pontos sobre o treino de cachorros

1. Um cachorro está sempre a aprender todos os dias desde o seu nascimento. Mesmo quando se muda para casa às sete ou oito semanas, ele continuará a aprender sobre o seu novo am-biente.

2. Todos os cães são animais de matilha e respei-tam o “chefe da matilha”. Se este chefe não exis-tir, ele tentará assumir esse papel. Quando entra em casa, o seu cachorro está convencido que vai para uma nova matilha (você e a sua famí-lia). Se não houver uma hierarquia organizada ele próprio tomará o comando.

3. Desde o primeiro dia, ensine ao seu cachorro que você é o chefe e que ele é o último na es-cala de hierarquia da casa. Se a sua posição for bem defi nida, ele fi cará muito mais satisfeito. Ele sabe que você, como líder, o vai proteger e tomar decisões por ele.

4. Deixando a teoria de lado, o que pode fazer na prática? A voz de comando “senta” é a mais útil. Cada vez que o alimentar (o que deve aconte-cer quatro vezes por dia até às quatro semanas de vida), faça-o sentar, depois espere uns mo-mentos e permita-lhe então comer, dando-lhe palavras de encorajamento. Quando lhe disser senta, em voz alta e de forma clara, pressione-lhe a zona do lombo. Esta rotina a cada refeição

ANDRÉ CLÁUDIO*[email protected]

obriga-o a treinar quatro vezes por dia e dá ao seu cachorro a oportunidade de se sentir re-compensado após obedecer a uma ordem sua.

5. Faça-o compreender claramente as regras da casa. O seu cachorro veio viver para sua casa nas suas condições. Se algum dos aposentos lhe é proibido faça-lho entender. Obrigue-o a sen-tar à porta de entrada e ao fi m de 15 minutos dê-lhe um biscoito como recompensa. Se en-tender que as cadeiras lhe são proibidas nunca o deixe sentar-se numa.

6. Comece a ensinar a ordem “VEM” ou “AQUI” logo desde o início. Os cachorros jovens de oito a 12 semanas seguem-no quase por instinto. Para ensiná-lo comece a andar de costas e a chamá-lo. Ele segui-lo-á rapidamente e respon-derá apenas à voz como continuação desse se-guimento. Mais tarde, ofereça-lhe uma recom-pensa por cada tentativa bem sucedida, mesmo que seja apenas pura coincidência.

7. Provoque “mini-crises” para ele resolver com a sua ajuda. Por exemplo, tire-lhe a comida en-quanto ele está a comer e volte a dar-lha. Ele aprenderá duas coisas: primeiro, que você é o chefe e tem todo o direito de lhe tirar a comi-da e, segundo, que esta lhe será devolvida. Este treino precoce evita que um cão se torne tão

possessivo com a comida a ponto de morder qualquer pessoa que se aproxime.

8. O treino caseiro começa no primeiro dia. En-sine o seu cachorro onde pode fazer as neces-sidades. Um canto escondido do SEU jardim é o melhor sítio. Leve-o lá e espere. Felicite-o e recompense-o quando ele urinar ou defecar nesse sítio.

9. Ensine-lhe o comportamento em viagem desde os primeiros tempos. Dê-lhe um passeio à volta do quarteirão todos os dias para que se habitue ao carro e não o veja como uma grande excita-ção, nem coisa de grande importância. Ele rapi-damente aprenderá a dormir no banco de trás e o enjoo é praticamente desconhecido de ca-chorros que crescem com experiência de viajar de carro.

10. Nunca deve punir ou ralhar a um cachorro de-pois da falta: é demasiado tarde. Alguns exem-plos: se um cão não responde ao chamamento, não vale a pena ralhar-lhe assim que o tiver junto de si. Ele deve ser congratulado, porque fi nalmente fez o que devia. Não o repreenda se encontrar fezes ou urina fora do local apropria-do. Isso só o ensinará a esconder-se e, em casos extremos, a comer as suas próprias fezes para disfarçar o “crime”.

E AINDA...

ADEGA MAYOR ARRECADA PRÉ-MIOS. Os tintos regionais Adega Mayor Touriga Nacional 2006, Garrafeira do Comendador 2003 e Monte Maior 2006, produzidos na Adega Mayor e comercializados pelo Grupo Nabeiro/ Delta Cafés, de Campo Maior, foram distingui-dos na passada semana, durante o Concurso Mundial de Bruxelas. O Adega Mayor Touriga Nacional 2006 e o Monte Mayor 2006 fo-ram galardoados com a medalha de prata, enquanto o Garrafeira do Comendador 2003 recebeu a medalha de ouro.

Moura

Olivomouraaté ao próximodomingoPromover o sector da olivicultu-ra, com forte peso na economia local, dinamizar o intercâmbio entre produtores, industriais e empresas, e contribuir para a criação de novas oportunida-des de negócio são os princi-pais objectivos da 10ª edição da Olivomoura – Feira Nacional de Olivicultura, certame organiza-do pela Câmara de Moura inau-gurado esta quinta-feira, 8, pelo ministro da Agricultura Jaime Silva no Parque Municipal de Feiras e Exposições local. A fei-ra vai decorrer até ao próximo domingo, 11, incluindo igual-mente a 14ª Feira do Bovino Mertolengo, que promove outro sector económico “importante” no concelho.

No programa para esta sex-ta-feira, 9, destaque para o coló-quio “Da Olivicultura ao Azeite – Experiências e Perspectivas” (10h00), para a apresentação do concurso nacional de azeite vir-gem (19h00) e para a actuação do grupo Ardila (22h00).

Sábado, 10, o dia começa com um concurso de éguas puro sangue e com a Rota do Azeite (10h00), seguidos do concurso de bovinos de raça mertolenga (11h00), das jornadas técnicas sobre a raça e dos workshops “O Azeite na Perspectiva do Consu-midor” e “Características e Pro-priedades do Produto Azeite” (15h00), do concurso regional de rafeiros do Alentejo (17h00), de uma corrida de toiros à por-tuguesa (17h15), do jantar de entrega de prémios dos con-cursos realizados (20h30) e da actuação da banda Peste & Sida (22h00).

A X Olivomoura termina do-mingo, 11, com um passeio a cavalo (10h30), uma mostra e prova de pratos confeccionados com azeite e carne mertolen-ga (16h00), uma demonstração equestre (16h30) e a música dos Vá de Modas (18h00).

DINHEIRO & NEGÓCIOSsexta-feira2008.05.09 08

POSITIVO A Ovibeja foi uma grande mon-

tra da região e uma grande festa para a população. A edição deste ano estesteve à altura das “bodas de prata” que se festejavam!

NEGATIVO A banca está a limitar muito o

acesso ao crédito para habita-ção. Depois de “anos loucos”, adivinham-se dias complicados para quem queira casa nova.

NÚMERO

1.156. euros/m2 é o valor médio de avaliação bancária, realizada para concessão de crédito à habitação, no Alentejo, no 1º trimestre deste ano.

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

DELEGAÇÃO DE MACAU EM OURIQUE O concelho de Ourique recebeu a visita de uma

delegação empresarial de Macau. A comitiva foi recebido no edifício da autarquia e visitou a fábri-ca de transformação de carne de porco alentejano Montaraz, em Garvão.

Pedreiras do Alentejotêm quadro organizado

Indústria. Director Regional de Economia do Alentejo satisfeito com a evolução do sector

Sector das pedreiras está “razoavelmente controlado” no Alente-jo, não havendo a “de-sorganização existente noutras zonas do país”, garante do director re-gional de economia.

O director regional de Econo-mia do Alentejo, António Mendes Pinto, garantiu que

o sector das pedreiras está “razo-avelmente controlado” na região, não havendo a “desorganização existente noutras zonas do país” nessa área de actividade.

“Nos últimos tempos, em vários meios de comunicação, temos ou-vido falar em alguma desorgani-zação deste sector noutras zonas do país e seria injusto que tornás-semos essa situação extensiva ao Alentejo”, afi ançou o responsável da Direcção Regional de Economia do Alentejo (DREA).

A DREA recebeu, até 14 de Abril, 170 pedidos de pedreiras interes-sadas em adequar-se à legislação vigente para o sector, 43 deles de explorações não licenciadas e am-pliações ilegais de outras licencia-das.

Legislação publicada em 2001 determinou aos exploradores das pedreiras já licenciadas a obriga-ção de adaptarem as respectivas explorações às novas exigências le-gais, tendo o prazo concedido sido prorrogado já em 2003.

O plano de recuperação paisa-gística que existia foi substituído, no âmbito dessa legislação, por um plano mais abrangente do ponto de vista ambiental, o PARP (Plano Ambiental e de Recuperação Paisa-gística).

Além disso, passou a ser exigida a prestação de uma caução pelo explorador a favor da entidade com responsabilidades na aprova-ção do PARP.

Um novo decreto-lei sobre esta matéria foi publicado no ano pas-sado para simplifi car os processos de adequação das pedreiras e, ao mesmo tempo, proporcionar um maior acompanhamento das situ-ações no terreno.

Desta forma, os exploradores que não tivessem ainda fi naliza-do a adaptação das suas pedreiras tiveram uma nova oportunidade para regularizar a sua situação, cujo prazo terminou dia 14 do pas-sado mês.

Ao mesmo tempo, segundo explicou o responsável pela área de Geologia na DRE do Alentejo, Hermínio Serra, o prazo abrangeu ainda a regularização de explora-ções não licenciadas e ampliações

Cento e setenta pedreiras do Alentejo querem adequar-se às novas normas legislativas do sector

ilegais de pedreiras licenciadas.“No seguimento da legislação

de 2001, apenas cerca de um quar-to das 300 pedreiras licenciadas no Alentejo pela DRE se conseguiu adaptar. Com este novo período que terminou dia 14, recebemos outros 170 pedidos, alguns de-les de empresas que já se tinham adaptado, mas, por exemplo, ainda não tinham defi nido a caução, fa-zendo-o agora”, disse.

Dos 170 pedidos, segundo da-dos da DRE, 127 dizem respeito a requerimentos de explorações que solicitaram vistorias para concluir a adaptação e 43 são de pedreiras não licenciadas ou de outras licen-ciadas e interessadas em legalizar ampliações.

O director regional de Economia reconheceu que, apesar do sector das pedreiras estar controlado na região, até porque a “esmagadora maioria das pedreiras está concen-trada no triângulo dos mármores”, Borba/Vila Viçosa/Estremoz, o que “facilita a fi scalização”, as dispo-sições legais introduzidas desde 2001 imprimiram uma “outra dinâ-mica” nessa área de negócios.

“Antes, uma empresa explorava o tempo que queria e só depois é que tratava do projecto de recupe-ração paisagística. Com esta legis-lação não, porque, à medida que se explora, é logo contemplado o esquema de recuperação ambien-tal e, para termos a certeza de que

é feito, o explorador tem que en-tregar uma caução, que o Estado accionará se ele não cumprir”, sa-lientou Mendes Pinto.

Desta forma, sublinhou, “os por-tugueses estão muito mais seguros de que a recuperação ambiental é efectivamente feita”, sem cair em situações de “exploração selvagem que, atrás de si, deixavam passivos ambientais”.

No Alentejo, o maior passivo ambiental localiza-se nos três concelhos abrangidos pela zona dos mármores, alvo de um pla-no próprio de ordenamento e re-cuperação, estando também em curso a criação de Áreas de Depo-sição Comuns (ADC), para deposi-tar e valorizar subprodutos dessa indústria extractiva e transforma-dora.

Mendes Pinto destacou, neste âmbito, a colaboração “estreita” entre os serviços do Governo, das autarquias e os empresários para resolver esse passivo ambiental: “Há monstros criados por empre-sas que já nem estão em activida-de”.

O reaproveitamento desses resí-duos é um dos instrumentos para a requalifi cação ambiental, tendo Hermínio Serra recordado que es-combros da zona dos mármores foram “britados e utilizados” na construção da Auto-estrada 6 (A6), para as “camadas da base” da infra-estrutura.

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 108 DO JORNAL SEMANÁRIO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2008.05.09 DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO

GARVÃO ‘08Feira de Garvão. Fim-de-semana atrai milhares de visitantes à vila alentejana

Feira,Feira,tradiçãotradição

e festae festa

ENTREVISTA

“Queremos um parque deempresas navila de Garvão”O presidente da Câmara Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, admite que a grave situação fi nanceira da autarquia continua a ser “uma cami-sa-de-forças” que impede o lançamento de novos projectos. Com dois anos e meio de mandato, o autarca socialista valoriza o “forte esforço” para melhorar as contas, anun-cia novos projectos para Garvão e admite inaugu-rar a biblioteca dentro de pou-cos meses.

REPORTAGEM

MODCOM tentatravar crise nocomércio localO Projecto de Promoção Comercial de Centro Urbanos (MODCOM) que tem vindo a decorrer no concelho de Ourique merece um balanço positivo de alguns comerciantes mas, em determinados sec-tores, a vida parece continuar difícil.Desenvolvido desde o início deste ano, o MODCOM aponta para a animação co-mercial em datas festivas como o Carna-val, dias dos Namorados, do Pai, da Mãe ou da Mulher, e até nas Jornadas Gas-tronomias que recentemente decorreram naquela vila alentejana.

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COLECTIVIDADES

Centro Social de Garvão promovecultura e desportoFomentar a cultura e o desporto na fre-guesia de Garvão são os grandes objecti-vos do Centro Social de Cultura e Recreio (CSCR) desta pequena vila do concelho de Ourique. Fundado em 1992, na se-quência da extinção da Casa do Povo de Garvão, a associação conta cerca de 900 sócios e tem na equipa de futebol e no grupo coral “Alma Alentejana” as suas principais “pontas-de-lança”.“[O CSCR] É uma instituição sem fi ns lucrativos e as actividades que tem não são muitas, que a gente também não tem muitos recursos fi nanceiros”, sinteti-za Luís Miguel Alexandre, presidente da instituição desde 2006.

Certame. Tradicional feira de Garvão vai realizar-se entre esta sexta-feira, 9, e domingo

Fim-de-semana de festa em Garvão

Encontro secular das gentes da freguesia de Garvão e de todo o concelho de Ourique, a feira

anual de Garvão decorre a partir des-ta sexta-feira, 9 de Maio, e termina no próximo domingo. A par do certame tradicional, onde se pode comprar roupa, calçado, quinquilharias, brin-quedos, frutas, enchidos e queijos, também decorre a XIV Exposição Agro-Pecuária, organizada pela Câ-mara Municipal de Ourique e pela

CADERNO GARVÃO‘0802sexta-feira2008.05.09

Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA).

A edição deste ano da Feira de Garvão tem início esta sexta-feira, pelas 15h00, com a selecção e ca-racterização do melhor grupo de ovinos. Pelas 21h30 “brilham” as danças de salão no palco principal e, meia-hora depois, haverá um es-pectáculo de tunas académicas a animar a noite, seguindo-se um bai-le popular, onde todos poderão dar

Iniciativa secular volta este ano a associar-se à XIV Exposição Agro-Pecuária do concelho de Ourique.

um “pezinho de dança”.No sábado, pelas 10h30, irá haver

uma mostra de equitação e, pelas 11h00, terá lugar o leilão de reprodu-tores. Da parte da tarde, pelas 14h00, realiza-se a primeira Prova de Atrela-gem. Pelas 17h00, na Praça de Touros Dr. António Semedo, volta a realizar-se a tradicional corrida de touros à portuguesa com os cavaleiros Joa-quim Bastinhas, Pedro Salvador e o ouriquense Tito Semedo. Os seis touros da Ganadaria Santa Maria se-rão pegados pelos grupos de forcados amadores de Cascais e de Monsaraz.

A noite deste segundo dia da tra-dicional feira garvanense terá como grande destaque, pelas 21h00, um

espectáculo do tradicional cante ao baldão. Às 22h00, haverá mais um baile e um espectáculo com o cantor Carlos Granito.

No domingo, 11 de Maio, o dia começará com o colóquio “Defesa da Floresta Contra Incêndios”, pe-las 10h00. E às 11h00 terá lugar o Concurso Regional do Rafeiro do Alentejo. Depois do almoço-conví-vio (13h00), realiza-se uma prova de trabalhos equestres e uma garraiada à alentejana.

Como habitualmente, a feira de-verá atrair milhares de visitantes. Este ano, pelo facto de se realizar ao fi m-de-semana, esse número deverá ser bastante reforçado.

PROGRAMA DA FEIRA

9 DE MAIO | PECUÁRIA Selecção e caracterização

do melhor grupo de ovinos [15h00]

9 DE MAIO | ESPECTÁCULO Danças de salão e Tunas acadé-

micas [21h30]

10 DE MAIO | PICADEIRO Mostra de Equitação [10h30] Leilão de reprodutores [11h30]

10 DE MAIO | PRAÇA DE TOIROS Corrida à Portuguesa com os

cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo e Pedro Salvador

Forcados de Cascais e Mosaraz [17h00]

10 DE MAIO | ESPECTÀCULO

Concerto com Carlos Granito [22h30]

11 DE MAIO | COLÓQUIO “Defesa da Floresta contra

Incêndios” [10h00]

Comércio. Projecto de animação do comércio tradicional tem dinamizado o sector na vila de Ourique

CADERNO GARVÃO’08 sexta-feira2008.05.0903

MODCOM tenta travar crise do comércio local

MODCOM de Ou-rique prevê um inves-timento superior a 76 mil euros e, segundo o presidente da autar-quia, “as pessoas fi ca-ram satisfeitas com as iniciativas, depois de anos e anos de aban-dono”.

O Projecto de Promoção Comercial de Centro Urbanos (MODCOM) que tem vindo a decorrer no conce-lho de Ourique merece um balanço positivo de alguns comerciantes mas, em determinados sectores, a vida parece continuar difícil.

Desenvolvido desde o início des-te ano, o MODCOM aponta para a animação comercial em datas festivas como o Carnaval, dias dos Namorados, do Pai, da Mãe ou da Mulher, e até nas Jornadas Gas-tronomias que recentemente de-correram naquela vila alentejana. Animadores de rua, promoção das datas, ateliers de pintura ou peças de teatro são algumas das acções que durante aquelas épocas festivas são dinamizadas no centro da vila, tentando assim cativar as pessoas a frequentarem os estabelecimentos de comércio tradicional. No total, o MODCOM de Ourique prevê um in-vestimento superior a 76 mil euros e, segundo o presidente da autar-quia, “as pessoas fi caram satisfeitas com as iniciativas, depois de anos e anos de abandono”.

“O Município de Ourique estava de costas voltadas para o comér-cio. Em primeiro lugar porque não se pagava. Em segundo lugar, nós começámos por dar o exemplo e, sempre que é possível, compramos no comércio local”, declara o presi-dente da Câmara Municipal, Pedro do Carmo, para justifi car o envol-vimento da autarquia nesta parce-ria com a Associação Comercial do Distrito de Beja (ACDB).

Para alguns comerciantes ou-vidos pelo “CA”, a iniciativa está a ser “muito positiva” porque, de um modo geral, “tem gerado boa animação na vila”. Sérgio Lobo, 32 anos, que em conjunto com o pai gere o Restaurante “O Lobo”, adian-ta mesmo que os programas “têm sido bastante dinâmicos e as coisas têm estado engraçadas”.

“[Este projecto] É importante para dinamizar o comércio tradi-cional, porque as pessoas vão mui-to aos grandes centros comerciais, como o Algarve Shopping. Se for-mos lá, mesmo durante a semana, encontramos muita gente conheci-da com sacos cheios de compras”, destaca Sérgio Lobo, confi ante que projectos como o MODCOM de Ourique “acabam por ter algum re-

Tal como noutros concelhos, o comércio tradicional vive dias que exigem novas ideias e dinâmicas

Trata-se de uma ideia positiva que deveria ter mais publicidade.

IRENE MATOSFLORISTA MATOS

“ A Câmara tem feito o possível mas continua tudo na mesma.

JOSÉ DE JESUS BRITOPAPELARIA-FOTO BRITO

Autarquia dá o exemploPara contrariar a crise do comércio tradicional o presidente da Câmara Municipal de Ourique diz que tem “feito tudo” o que está ao alcance da autarquia. Segundo explica, “as cantinas escolares passaram a ser for-necidas por todos os comerciantes do concelho” e, por outro lado, a edi-lidade tem procurado “fazer sentir às pessoas que, quando se gasta no comércio local, todos estão a ganhar”. “Foi uma aposta e sentimos que começam a surgir resultados, porque Ourique é um concelho onde to-dos fazemos falta e onde todos temos de nos ajudar. Por isso, as pessoas fi caram satisfeitas com as iniciativas, depois de anos e anos de abando-no”, diz. Pedro do Carmo revela também que, ao contrário do PROCOM, o actual programa não prevê a melhoria de infra-estruturas, o que im-pediu uma maior aposta no reforço do comércio tradicional. “O actual programa aponta só para a promoção, porque os melhoramentos foram deixados passar pelos meus antecessores. Houve dois programas nes-se sentido e o concelho de Ourique deve ter sido dos poucos que não aproveitou essas verbas. Agora só previa a promoção e nós fi zemos essa aposta”, explica.

levo”.No caso do seu restaurante, o Dia

dos Namorados foi uma das datas com maior destaque, mas as Jorna-das do Porco Alentejano “suplanta-ram tudo o resto, porque as pesso-as aderiram à ideia do sorteio do carro”. “Para nós, achei importante o sorteio de um carro e isso mexeu muito com o comércio tradicional. As pessoas aderiram muito”, revela Sérgio Lobo.

No futuro, o empresário de res-tauração defende que “todas as da-tas festivas são muito importantes e devem ser assinaladas, porque

as pessoas estão mais disponíveis para comprar”. E destaca que “tudo o que foi feito é positivo porque cria uma dinâmica maior”.

Esta opinião é partilhada por Irene Matos, proprietária da Flo-rista Matos, localizada numa das principais ruas de Ourique. Comer-ciante neste sector há 11 anos, de-fende que a iniciativa “é uma ideia positiva” porque, na sua opinião, cria uma dinâmica nova que ajuda os comerciantes a venderem mais nesses períodos. “É a maneira de vender mais alguma coisa, porque o comércio atravessa uma grande

crise”, destaca Irene Matos.Até agora, nas campanhas que

foram desenvolvidas, a “fl orista” ouriquense admite que teve “mais clientela” mas, no futuro, lança um desafi o à Câmara Municipal: “Deve ser feita mais publicidade ao co-mércio tradicional!”

Menos satisfeitos com o estado a que chegou o comércio tradicional estão Isabel Colaço, proprietária de uma perfumaria na Rua Saca-dura Cabral, e José de Jesus Brito, fotógrafo e dono de uma papelaria. No caso de Isabel Colaço, o proble-ma parece ser a “fuga” das pessoas

para os grandes centros comer-ciais. “Quem tem poder de compra não compra cá, as pessoas fogem bastante para grandes centros”, desabafa a empresário, admitindo contudo que noutros sectores de negócio, o MODCOM de Ourique “tenha criado alguma dinâmica”.

Com a porta aberta há mais de 30 anos, José de Jesus Brito considera que o “comércio atravessa um pe-ríodo péssimo” e aponta as culpas à forte “desertifi cação” do Alentejo e ao “alto desemprego”. “A Câmara tem feito o possível mas continua tudo na mesma”, desabafa.

sexta-feira2008.05.09 04 CADERNO GARVÃO’08

PEDRO DO CARMO

Presidente da Câmara Municipal de Ourique apresenta projectos para a freguesia de Garvão e reconhece que, apesar de um esforço signifi cativo para equilibrar as contas, a autarquia ainda atravessa um momento muito delicado

NOME: Pedro Nuno Raposo Prazeres do Carmo

FORMAÇÃO: Jurista

IDADE: 36 anos

ANTÓNIO JOSÉ BRITO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

“Queremos um parquede empresas em Garvão”

[de Santos de Maimona] com o objectivo de enriquecer a feira e melhorar todas as condições do seu espaço. Trata-se de um projec-to transfronteiriço, com um con-celho semelhante a Ourique, cujo projecto transfronteiriço, que já foi entregue em Badajoz, aguarda fi -nanciamento para um investimen-to superior a um milhão de euros só em Garvão.

Estamos a falar de um projecto que vai operar grandes mudanças no espaço da feira?É uma mudança total, que aponta para cobertura da Praça de Touros Dr. Semedo, que fi cará como espa-ço multiusos, e para a criação de melhores condições para os ani-mais. Toda a infra-estrutura física seria melhorada, disciplinada e organizada.

A Feira de Garvão vai apostar nalguma complementaridade com as Jornadas Gastronómicas do Porco Alentejano?Claro que sim. Ao fazermos de Ourique a “capital do porco alen-tejano”, criámos aqui um grande chapéu para um conjunto de acti-vidades. Temos as jornadas, a Feira de Garvão, o primeiro Congresso

O presidente da Câmara Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, admi-te que a grave situação fi nanceira da autarquia continua a ser “uma camisa-de-forças” que impede o lançamento de novos projectos. Com dois anos e meio de mandato, o autarca socialista valoriza o “forte esforço” para melhorar as contas, anuncia novos projectos para Gar-vão e admite inaugurar a biblioteca dentro de poucos meses.

Vamos ter uma Feira de Garvão com algumas novidades?Eu tenho dito sempre que a Feira de Garvão tem uma forte compo-nente de ruralidade. E nós quere-mos manter isso! Trata-se de uma feira secular, com uma componen-te agrícola e pecuária, que este ano vai ter essa matriz mas, ao mesmo tempo, vai apresentar as linhas

para o futuro. Existe um projec-to conjunto com a Asso-

ciação de Criado-res do Porco

A l e n t e j a n o (ACPA) e um ayuntamen-to espanhol

“Não há alternativas” à solução Águas de PortugalSem dinheiro e com uma rede em alta inexistente, a Câmara de Ourique prepara-se para assinar um protoco-lo com a empresa Água de Portugal (AdP) para, nos próximos anos, re-

solver o problema de abastecimen-to de água no concelho. “A rede em alta é inexistente e a rede em baixa não sofreu investimentos [de re-modelação]. Temos cinco estações de tratamento de águas para fazer e a que existe não está em condi-ções de funcionar”, resumiu o au-tarca para apresentar o quadro que o concelho vive neste sector.O investimento em todo o con-celho de Ourique poderá chegar a cerca de cinco milhões de eu-ros. Uma verba que não está ao alcance da autarquia e que leva Pedro do Carmo a admitir que

o concelho “não tem condições e não tem alternativa”. “Se o último quadro comunitário de apoio [QREN] não for aproveitado, não sei para onde cami-nhamos. Não temos alternativa porque não podemos recorrer ao crédito. Por isso, ou entregamos isto à AdP e conse-guimos resolver o problema ou então não sei”, declara.

Sem se deter, o eleito socialista ad-verte que os restantes concelhos tam-bém “não têm alternativa” e não deixa de questionar a hesitação que persiste em muitas autarquias: “Eu não sei onde é que a ideologia se pode sobrepor ao interesse de servir as pessoas. É um conceito que para mim não encaixa. Haver colegas meus que, em funções de orientações partidárias, decidem ou não servir as pessoas faz-me muita con-fusão”, desabafa.

CARGO: Presidente da Câmara Municipal de Ourique

PERCURSO: Foi director do Centro de Emprego de

Ourique; director do Centro de Formação Profi ssional de Beja e chefe de gabinete do presidente da Câmara de Barrancos

Ibérico do Porco Alentejano, que se realizará em Outubro. E há outras ideias que fazem parte para conso-lidar ainda mais este projecto.

Este ano a feira realiza-se no fi m-de-semana. A ideia de mudança da data ainda está em cima da mesa?Este ano calhou bem e para o ano também calha. Temos dois anos seguidos com a feira ao fi m-de-semana. Eu tenho ouvido muita gente e, especialmente, os garva-nenses, que são a parte mais inte-ressada, e as opiniões dividem-se muito sobre a mudança ou não da data. Vamos ver como decidiremos isso no futuro.

Garvão é uma freguesia com muitas debilidades?Toda a actividade do executivo tem sido marcada por uma má gestão danosa que este município teve no passado. Mas evidentemente que não baixamos os braços e temos conseguido fazer um conjunto de pequenas coisas para melhorar o concelho e, naturalmente, a fre-guesia. Posso destacar-lhe o ar-ranjo das estradas, a melhoria do refeitório da escola e a construção de um campo polidesportivo. Mas gostava também de destacar o em-

CADERNO GARVÃO’08 sexta-feira2008.05.0905

“Continuamos a teruma camisa-de-forças”

Autarca admite que, apesar de uma redução signifi cativa, o va-lor da dívida impede a autarquia de avançar com novos projectos.

Projecto “Serra Acima” arranca durante o mês de MaioA partir do mês de Maio, com o projecto “Ser-ra Acima”, a Câmara Municipal de Ourique vai disponibilizar um transporte público gratuito às populações da zona serrana do concelho, sobretudo na freguesia de Santana da Serra. O objectivo é resolver as difi culdades de acessibilidade nos sítios mais distantes do concelho, onde as pessoas não po-dem deslocar-se. “Esperamos resol-ver o problema às pessoas porque é isso que nos move”, declara o presidente da Câ-mara.

Este novo circuito

de transportes vai começar com regularidade ainda este mês, devendo as carrinhas fazer cir-cuitos com horários defi nidos, tal e qual como uma “camioneta da carreira”.

A par disso, a autarquia vai criar também um novo serviço

que permi-tirá fazer

p e -

quenas reparações nas habitações de pessoas idosas. Através de um contacto telefónico, uma equipa da autarquia fará intervenções na electricidade, canalização ou esquentadores, pro-curando suprimir um problema que é crescente: “Vivemos num mundo em que se liga pouco a estas coisas. Só interessam os grandes negócios e os grandes investimentos”, adverte Pe-dro do Carmo, para explicar a natureza

desta ideia. E conclui: “Nós damos o exemplo em muitas áreas e

a saúde tem sido uma delas. Em vez de fi carmos a criticar quem devia ou não fazer, optá-mos por agir ao contrário, fazen-do as coisas. Exemplo disso é a

unidade móvel de saúde, que é uma aposta ganha no nosso concelho”.

penho que tivemos para permitir a abertura da fábrica Montaraz de Garvão, que criou mais de 15 pos-tos de trabalho, e a luta política que desenvolvemos em conjunto com a Junta de Freguesia para impedir o fecho do posto da GNR.

Acabou por não apontar o que falta fazer?O que Garvão necessita, clara e prioritariamente, é um espaço para o desenvolvimento da peque-na indústria local. O Plano Director Municipal (PDM) não o permitia mas, com a revisão que está a ser feita desse documento, vamos contemplar esse projecto. Por ou-tro lado, não podemos esquecer os mais idosos e fazer uma apos-ta nessa área, criando um espaço para apoio a idosos, com valências de apoio domiciliário e lar.

Falou na revisão do PDM. Em que ponto está esse processo?Não é possível fazer esse trabalho de um momento para o outro. Há um trabalho de campo que está a ser feito e julgo que até fi nal do ano poderemos entregar o proces-so para ratifi cação na Comissão de Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.

Que transtornos tem causado o actual PDM?Em vez de ser uma ferramenta ao serviço da autarquia tem sido o contrário. Ou seja, é o principal travão ao desenvolvimento do con-celho. Mas, como sabe, esta gestão está marcada pelas asneiras do passado e, também nesse caso, era necessário fazer contas para que a revisão avançasse.

O quadro fi nanceiro da Câmara conti-nua a ser muito complicado?A nova lei das Finanças Locais obri-ga a que todos os municípios redu-zam 10% da sua dívida, seja ao ban-co ou a fornecedores. E isso é uma camisa-de-forças total, muito mais num concelho onde tudo estava por fazer. Posso dar a garantia aos ouri-quenses que em 2007 conseguimos cumprir a lei, pagando 10% da dívi-da à banca e 10% aos fornecedores. Isto sem deixar de fazer muita obra.

Este ano de 2008 continuará a ser difícil?Naturalmente que sim. O “mons-tro” que foi encontrado ainda não está dominado. É preciso consoli-dar esta política [adoptada] senão, ao mínimo espirro ou alteração, será gravíssimo para o concelho.

Que realidade económica tem hoje a autarquia?Quando chegámos à Câmara, a capacidade de endividamento era, aplicando a forma existente na altura, 86% negativa. Hoje, há outros parâmetros para avaliar a capacidade endividamento, mas se utilizássemos a fórmula antiga a capacidade da Câmara de Ourique seria de 55% negativa. Houve aqui uma redução de 30%. É preciso dizer que, se não viesse este exe-cutivo para a Câmara, esta já teria fechado a porta ou já não pagaria os vencimentos aos funcionários. Acho que conseguimos fazer aqui um autêntico milagre: reduzir a despesa, aumentar a receita e o investimento. É este o balanço que fazemos.

Há duas obras que continuam por concluir: o cine-teatro e a biblioteca. Quando é que esses equipamentos estarão prontos?Uma desgraça nunca vem só! Para além de termos de concluir as obras neste Quadro Comunitário de Apoio, com um tempo muito reduzido, houve depois um pro-blema grave porque a empresa de construção [Valvaz] acabou por falir, criando aqui um problema

gravíssimo. A Câmara conseguiu muito cautelosamente obter a transferência dessas obras para outra empresa que se comprome-teu a concluir as obras dentro dos prazos previstos.

Mas há datas defi nidas para isso?Com a biblioteca a Câmara contra-tou e adquiriu todo o mobiliário e os livros. Falta muito pouco para a biblioteca [estar pronta], embora eu não queira adiantar datas. Mas como sabe, o quadro comunitário termina no Verão e as obras têm de estar concluídas.

E no caso do cine-teatro?É uma situação basicamente idên-tica, embora haja situações por re-solver.

O actual mandato fi ca marcado pela falta de lançamento de novas obras.Naturalmente que sim. Estamos numa constante camisa-de-forças e, neste mandato, quando devía-

mos estar a apresentar novas ideias e projectos, para aproveitar o novo quadro comunitário, ainda estamos a resolver problemas com a grave herança que tivemos.

Em vez de ser uma ferramenta ao serviço da autarquia tem sido o contrário. Ou seja, é o principal travão ao desenvolvi-mento.

CADERNO GARVÃO’08sexta-feira2008.05.09 06

Acção Social. Associação celebrou primeiro aniversário no passado mês de Abril

“Futuro de Garvão” reconhecida como IPSS

Instituição de soli-dariedade social quer construir Unidade de Cuidados Integrados e creche.

Durante o seu primeiro ano de exis-tência, associação promoveu mais de 40 actividades.

A “Futuro de Garvão” – Associação de Solidariedade Social vai entrar numa nova fase da sua ainda curta existência, depois de a Direcção Ge-ral da Segurança Social lhe ter atri-buído no início desta semana, dia 5, o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).

A declaração é encarada pelos responsáveis da associação funda-da em Abril de 2007 como um “pas-so importante” para o futuro, já que abre portas à concretização dos seus principais projectos: a cons-trução de uma Unidade de Cuida-dos Integrados e de uma creche, ambas em Garvão.

“A obtenção deste estatuto [de IPSS] representa a possibilidade de podermos realizar mais activida-des de carácter social e, ao mesmo tempo, promover o bem-estar de mais pessoas da freguesia e do con-celho”, sintetiza o presidente da as-sociação, Reinaldo Soares, que não esquece os obstáculos que foi pre-ciso ultrapassar ao longo de todo o processo.

“Houve alguns grãos na engre-nagem que, paulatinamente e de forma persistente, foram ultrapas-sados e culminaram com o regis-to defi nitivo da associação como IPSS”, reforça este responsável.

Actividades durante a feiraÀ imagem de outras colectividades do concelho e da freguesia, também a “Futuro de Garvão” – Associação de Solidariedade Social vai participar de forma activa na edição de 2008 da Feira de Garvão, que arranca esta sexta-feira, 9, e se prolonga até domingo, 11. Entre as várias actividades programadas pela associação, destaque para a corrida de toiros na tarde sábado, 10, pelas 17h00, que, garante Reinaldo Soares, tem “um sabor especial”.“Não pela corrida em si, pois é apenas mais uma corrida, mas pelo facto de ir decorrer num espaço que estava completamente danifi -cado e ao abandono, mas que uma série de entidades, entre as quais a associação, e alguns particulares ajudaram a estar, neste momen-to, de cara lavada e com segurança garantida”, justifi ca.Além da corrida de toiros, a “Futuro de Garvão” tem previsto para o fi m-de-semana sessões de danças de salão, um encontro de tunas académicas, a exposição de arqueologia “Garvão – Passado Arque-ológico” e o “Espaço Novas Tecnologias”.

Nesse sentido, a associação con-ta entregar, ainda este mês, na Ad-ministração Regional de Saúde do Alentejo o projecto de arquitectura – sem esperar ter de fazer grandes alterações –, passando depois para o projecto de especialidade.

“Se até ao fi nal deste ano tiver-mos o projecto, na sua totalidade, concluído, elaborado e candidata-do, penso que isso já será um passo muito grande e importante para a construção desta unidade”, escla-rece Reinaldo Soares.

Em relação à creche, o proces-so está um pouco mais atrasado, apesar da sua especifi cidade moti-var o optimismo do presidente da “Futuro de Garvão”. “Como se tra-ta de um projecto um pouco mais pequeno que a UCI, penso que a curto-prazo, talvez ainda este ano, teremos o terreno e, com alguma sorte, veremos as obras surgirem”, adianta Reinaldo Soares, explican-do que a nova creche servirá Gar-vão e as freguesias limítrofes, num total de 15 a 20 crianças.

Difi culdades. Os projectos da UCI e da creche poderão dar outra visi-bilidade à “Futuro de Garvão”, que conta já com cerca de 300 associa-dos e que ao longo do seu primeiro ano de existência, além do trabalho para o reconhecimento enquanto IPSS, dinamizou perto de quatro dezenas de actividades de carácter lúdico ou cultural no concelho de Ourique.

“Este ano teremos feito cerca de quatro dezenas de actividades. O que é muito para uma freguesia e para um concelho que não esta-vam habituados a tantas e tão di-versifi cadas [actividades]”, enfatiza Reinaldo Soares, que, mais do que as normais restrições fi nanceiras, aponta como principal difi culdade no caminho percorrido a partici-pação das pessoas.

“Nalgumas actividades, as pes-soas sentem-se um pouco retraí-das. Porque nunca participaram, porque nunca tiveram acesso e, às vezes, porque há um certo receio em participarem, pensando que a sua participação pode não ser muito bem entendida”, justifi ca, garantindo, contudo, que ao lon-go dos meses “as coisas têm me-lhorado”.

UCI e creche. Alcançada a sua primeira grande meta, os respon-sáveis pela “Futuro de Garvão” ambicionam agora dar os passos necessários à concretização dos projectos da Unidade de Cuidados Integrados (UCI) e da creche, para os quais espera poder contar com os apoios da entidades da região e de alguns particulares.

Em relação ao primeiro, trata-se de uma obra que pretende dar resposta às necessidades da popu-lação mais idosa ou aquela que se encontra acamada em hospitais, mas cujo estado de saúde não ins-pira grandes cuidados. Avaliada em mais de um milhão de euros, a nova UCI irá dispor de cerca de 30 camas e criar perto de duas deze-nas de postos de trabalho.

Associação “Futuro de Garvão” tem como fi nalidade promover o bem-estar da população

pub.

07 sexta-feira2008.05.09CADERNO GARVÃO’08

Organizar e promover romarias, bailes, actividades culturais e/ ou desportivas, espectáculos ou diverti-mentos públicos é a principal missão da Associação de Festas e Romarias de Garvão (AFRG), a mais nova colec-tividade desta freguesia do concelho de Ourique.

Fundada em 2004 por um grupo de jovens naturais da vila, a associa-ção conta hoje com cerca de meia centena de sócios e tem à sua “res-ponsabilidade” a organização e di-namização das tradicionais festas de

Colectividade foi criada por jovens da freguesia para orga-nizar as tradicionais festas de Verão.

A mais nova as-sociação de Garvão promove igualmente passeios equestres e “bailaricos”.

Colectividades. Associação sem fi ns lucrativos foi fundada em 2004

Associação de Festas e Romariasmantém vivas tradições garvanenses

Verão de Garvão, que têm como data reservada no calendário festivo o últi-mo fi m-de-semana de Agosto.

“A AFRG avançou porque temos a tradição das nossas festas [de Verão], muito importantes no concelho, e houve dois anos em que estas não se realizaram. Os jovens juntaram-se e foi criada esta associação para reali-zar as festas. Cabe-nos agora a nós a sua organização”, explica o tesoureiro

da colectividade, Jorge Alexandre.Este ano as festas vão decorrer en-

tre os dias 29 e 31 de Agosto e o res-ponsável pela AFRG garante que já está “tudo preparado e orientado”. “Já temos o cartaz preparado e agora é só chegar o Verão”, revela Jorge Alexan-dre, garantindo que um dos segredos para evitar surpresas desagradáveis é fazer todo o “planeamento [da inicia-tiva] vários meses antes”.

Instituições. Equipa de futebol e grupo coral são face visível da associação

Centro social promove cultura e desporto em Garvão

Fomentar a cultura e o desporto na freguesia de Garvão são os gran-des objectivos do Centro Social de Cultura e Recreio (CSCR) desta pe-quena vila do concelho de Ourique. Fundado em 1992, na sequência da extinção da Casa do Povo de Gar-vão, a associação conta cerca de 900 sócios e tem na equipa de futebol e no grupo coral “Alma Alentejana” as suas principais “pontas-de-lança”.

“[O CSCR] É uma instituição sem fi ns lucrativos e as actividades que tem não são muitas, que a gente também não tem muitos recursos fi nanceiros”, sintetiza Luís Miguel Alexandre, presidente da institui-ção desde 2006.

Satisfeito com o trabalho desen-volvido pela colectividade ao longo dos anos que leva de existência, o dirigente não esconde que as difi -culdades fi nanceiras são o principal óbice com que a sua direcção tem

Colectividade surgiu em 1992, na sequência da extinção da Casa do Povo de Garvão.

Difi culdades fi nanceiras são a principal dor de cabeça da direcção liderada por Luís Miguel.

de se debater.Nesse âmbito, e para fazer face às

despesas, o CSCR conta com os lu-cros do bar – onde trabalham duas funcionários da associação – e com o subsídio mensal de 500 euros atri-buído pela autarquia de Ourique, assim como com as receitas prove-nientes da organização esporádica de alguns bailes.

É nesse enquadramento que a associação vai também aproveitar a realização de mais uma Feira de Garvão para, ao longo do fi m-de-semana, dias 9 e 10, realizar recei-tas extra, com a exploração de uma barraca de comes e bebes no recin-to do certame. “Esta é uma forma de colaborar [na feira] e ir buscar mais algum dinheiro”, justifi ca Luís Mi-guel Alexandre.

Futebol e cante. Grande parte das receitas captadas pelo CSCR de

Garvão são canalizadas para a equi-pa de futebol de 11 e para o grupo coral “Alma Alentejana”, as verda-deiras “jóias da coroa” da colectivi-dade.

No caso do futebol, a equipa tem participado nos últimos anos no campeonato do INATEL, tendo mesmo conquistado o título distri-tal em 2006-2007. “O ano passado

fomos campeões, mas este ano não tivemos essa sorte. Também não podemos ganhar sempre”, refere com orgulho Luís Miguel Alexan-dre, que não esconde a “vontade” de voltar a ver a equipa de Garvão competir nas provas da Associação de Futebol de Beja (AFB).

“Essa é uma vontade que temos. Mas o problema é que é tudo mui-to dispendioso. As inscrições são muito caras e ainda temos de pagar à GNR e aos árbitros. Sem grandes apoios não temos hipóteses [de re-gressar aos campeonatos da AFB]”, esclarece.

Num momento menos positivo encontra-se, por seu lado, o grupo coral “Alma Alentejana”, actual-mente com cerca de duas dezenas de elementos. “O grupo está a atra-vessar agora uma fase um bocado difícil, porque recentemente fale-ceram dois elementos que tinham alguma infl uência”, reconhece Luís Miguel Alexandre, lembrando que “um grupo sem um alto bom fi ca um bocado limitado”.

Contudo, este responsável está optimista em relação ao futuro do grupo “Alma Alentejana”, até por-que neste momento estão a ser an-gariados novos elementos para o seu seio.

Luís Miguel Alexandre é o presidente do Centro Social

Jovens de Garvão uniram-se numa associação para preservar tradição da vila

O optimismo de Jorge Alexandre tem por base a experiência dos anos anteriores, em que a AFRG conseguiu devolver às festas da vila o sucesso do passado. “Tem corrido tudo bem. As festas sempre foram boas e têm continuado assim. Mesmo depois de dois anos sem se realizarem”, asseve-ra, justifi cando a sua satisfação com o facto de a população continuar a aderir em força aos festejos.

“Mesmo quem está fora, marca fé-rias nessa altura para vir à terra, ver a família e participar nas festas”, acres-centa.

Outras actividades. Além da orga-nização das tradicionais festas de Verão, a AFRG procura também, ao longo do ano, oferecer aos morado-res da freguesia outras actividades, como passeios equestres – o último teve lugar no passado mês de Abril – ou “bailaricos”. “Tentamos fazer ac-tividades para as pessoas se sentirem bem aqui na terra”, fundamenta Jorge Alexandre.

Nesse sentido, e à imagem dos anos anteriores, a associação vai vol-tar a participar activamente na Feira de Garvão de 2008, com a dinamiza-ção de um espaço de comes e bebes no recinto do certame que se realiza este fi m-de-semana, nos dias 9 e 10.

Para manter todo este dinamismo e consolidar a sua saúde fi nanceira, explica Jorge Alexandre, a associação garvonense conta com os apoios da Câmara de Ourique e da Junta de Fre-guesia de Garvão, além “ajuda” ines-timável dos comerciantes locais. “To-dos nos apoiam”, vinca com orgulho e regozijo o tesoureiro da AFRG.

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OVIBEJA REPORTAGEMsexta-feira2008.05.09 10

O SUCESSO DAS OVI-SHIRTS Frases de ordem como “Ê sô de Beja”,

“Vai dêta-la”, “Nã vales um escalho de erva” ou “Este ano vô pa Monte Gordo” tornaram as t-shirts da Cocas Produções um verdadeiro sucesso.

JOVEM BEJENSE VENCE CONCURSO DE DESENHO A aluna bejense Eva Tavares de Aguiar, da EB 2,3

de Santiago Maior, foi a grande vencedora do con-curso de desenho “Em Nome da Terra”, promovido pela organização da Ovibeja por ocasião do 25º aniversário da feira.

“A melhor Ovibeja” em 25 anos de feira

Balanço. Mais de 300 mil pessoas visitaram a edição de 2008 da grande feira do Sul

Castro e Brito sublinha que 25ª edição do cer-tame superou “as expectativas mais optimistas”.

Principais fi guras políticas de Portugal não per-deram oportunidade de visitar feira alentejana.

O presidente da Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS) e da comissão orga-

nizadora da Ovibeja considera que a 25ª edição do certame, que termi-nou no passado domingo, 4, foi “a melhor de sempre”.

“A Ovibeja deste ano foi a melhor de sempre”, sublinhou Manuel Cas-tro e Brito na hora do balanço fi nal, sublinhando que a edição das “bo-das de prata” da feira “superou as expectativas mais optimistas”, mos-trando ser, cada vez mais, um “pro-jecto construído e em ascensão”.

DA WEASEL FECHARAM “OVINOITES” Foi um verdadeiro “mar de gente”

que acompanhou o concerto dos Da Weasel na noite de sábado, 3. Canti-gas de “Escárnio, Amor e Maldizer” a fechar em grande as “Ovinoites”!

O maravilhoso mundo dos stands...

“De que estarão a falar?”, questiona-vam muitos dos que passavam na sexta-feira, 2, pelo recinto da Ovibe-ja. No centro das atenções dos tran-seuntes estava o animado diálogo que o inefável José Sequeira, o “ho-mem do Moscatel de Favaios”, en-costado ao balcão repleto de azeite do Douro e amostras de vinho lico-roso, mantinha com Júlio Costa, um dos membros dos “cinquentenários” Trio Odemira.

Indiscrição à parte, a conversa entre José Sequeira e Júlio Costa foi o retrato fi el de mais uma Ovibeja. Ao longo de nove dias, o certame não fu-giu à sua essência original, sendo lo-cal de encontros e conversas para as mais de 300 mil pessoas que não ab-dicaram de visitar o Parque de Feiras e Exposições de Beja. A receber os vi-sitantes nesse longo e demorado pas-seio estiveram mais de um milhar de expositores, que não quiseram fi car de fora da grande feira que mostra ao

país “todo o Alentejo deste mundo”.Na deambulação pelo “maravilho-

so mundo dos stands”, os visitantes da Ovibeja encontraram um pouco de tudo entre o pavilhão institucio-nal e os espaços dedicados ao “Sabor Alentejano”, à pecuária e às aves. Da gastronomia ao vinho, das rações animais às alfaias agrícolas, dos mó-veis aos automóveis, do artesanato às bijutarias, nada faltou na 25ª Ovibeja. E muitos foram os negócios feitos à conta da feira.

Expositores satisfeitos. No fi nal de edição das “bodas de prata” da Ovi-beja, a maior parte dos expositores estava satisfeita pelo negócio realiza-do. “Deve ser um dos melhores anos que tenho tido nesta feira. Há mais procura e fi z mais negócio”, revelou ao “Correio Alentejo” José Couto, ge-rente de uma casa de móveis de Pa-ços de Ferreira.

Pelo mesmo diapasão alinhou o

Da gastronomia às rações animais, dos auto-móveis à bijuteria, de tudo se podia encontrar na Ovibeja.

Mostra. Cerca de um milhar de expositores estiveram presentes na 25ª edição da Ovibeja

A satisfação de Castro e Brito ba-seia-se nos dados apurados pela or-ganização do certame, que estima mais de 300 mil visitantes em nove dias e a presença no Parque de Fei-ras e Exposições de Beja de cerca de um milhar de expositores [ver texto em baixo]. Números que, sublinhou o presidente da ACOS, se devem ao “trabalho” e “confi ança” de exposi-tores e visitantes na Ovibeja.

Políticos não faltaram. A grande feira do Sul voltou a ser a grande montra de “todo o Alentejo deste

mundo”, trazendo até à capital do distrito as principais fi guras polí-ticas do país, com o Presidente da República à cabeça.

Cavaco Silva inaugurou a 26 de Abril a 25ª edição da Ovibeja, que ao longo dos seus nove dias de du-ração foi também visitada pelo pri-meiro-ministro José Sócrates [ver texto ao lado] e pelos ministros da Agricultura (Jaime Silva), da Admi-nistração Interna (Rui Pereira) e do Trabalho (Vieira da Silva).

Os líderes do PCP (Jerónimo de Sousa), do CDS/ PP (Paulo Portas), do Bloco de Esquerda (Francisco Louçã) e do Partido Ecologista “Os Verdes” (Heloísa Apolónia), para além de diversos ex-ministros, de deputados à Assembleia da Repú-blica e ao Parlamento Europeu, do candidato à liderança do PSD, Pati-nha Antão, e do herdeiro da coroa portuguesa, D. Duarte Pio, passa-ram igualmente pela feira.

baixo-alentejano João Silva, que viu as mesas do restaurante “A Canga” quase sempre cheias ao longo da fei-ra. “Houve movimento para todos”, sublinhou, não escondendo que o bom tempo levou muito gente a vi-sitar a Ovibeja, sobretudo ao fi m-de-semana e no feriado.

Menos exuberante no balanço, mas igualmente satisfeita com o ne-gócio realizado durante a Ovibeja, estava Isabel Guerra, proprietária da “tasquinha” Sabores do Marquês Alentejano, de Estremoz. “Dentro da crise, o negócio está razoável. Está dentro daquilo que foi o ano anterior e das expectativas que trazíamos”, as-segurou.

O menos satisfeito acabava por ser Arlindo Monteiro, que trouxe a Beja, pelo terceiro ano consecutivo, a arte da fi ligrana portuguesa. Contudo, e apesar do negócio ter andado longe do ideal, este empresário da ourivesa-ria não fi cou desalentado com a via-gem de nove dias ao Baixo Alentejo, já que aproveitou a oportunidade para fazer um pouco mais de promoção. “A vertente do marketing é importan-te, porque nos promovemos e cha-mamos novos clientes”, justifi cou.

sexta-feira2008.05.0911OVIBEJA REPORTAGEM

Sócrates elogia “bom momento” da agricultura portuguesa

O primeiro-ministro, José Sócrates, vi-sitou na sexta-feira, 2, a 25ª edição da Ovibeja e aproveitou a oportunidade para elogiar a aposta dos agricultores portugueses na modernização e na competitividade do sector e defen-der que a agricultura portuguesa está num “bom momento” e “tem agora o dever” de ser mais competitiva.

“Julgo que a agricultura portu-guesa está num bom momento. Não um momento de grande optimismo estouvado, mas num momento de consciência realista de que há que modernizar e dar mais competiti-vidade à nossa agricultura”, disse o chefe do Governo, que em Beja se fez acompanhar pelo ministro da Agri-cultura, Jaime Silva.

José Sócrates justifi cou a visita à Ovibeja com o objectivo de apoiar e valorizar a “acção de todos os agricul-tores” e o “esforço que as suas asso-ciações têm feito para a promoção da

agricultura portuguesa”.O primeiro-ministro mostrou-se

igualmente satisfeito com o “reforço do investimento” no sector agrícola no Alentejo, considerando-o uma “consequência directa” do projecto Alqueva, que “deu um contributo para um maior dinamismo da activi-dade agrícola” no Alentejo.

O ritmo do projecto Alqueva, que

Chefe do Governo considera que Alqueva tem contribuído para o dinamismo agrícola do Alentejo.

“estará pronto muito mais rápido do que aquilo que se pensava”, salien-tou José Sócrates, “tem atraído muito investimento privado, em particu-lar olival, mas também noutros do-mínios da actividade agrícola”. “Há muito investimento porque fi zemos o Alqueva. Sem o Alqueva isto não aconteceria”, defendeu.

Além de Alqueva, o primeiro-mi-

nistro lembrou ainda os projectos do aeroporto de Beja, que “vai estar pronto no fi nal deste ano”, e da liga-ção entre Sines e Beja por auto-estra-da, através do Itinerário Principal 8 [IP-8], frisando tratar-se de projectos que “vão trazer ao Alentejo um muito maior dinamismo económico e es-truturar o seu desenvolvimento”.

Agricultura em debate. Incluído na comitiva que acompanhou José Só-crates na visita à Ovibeja estava o mi-nistro da Agricultura, que aproveitou a oportunidade para anunciar a rea-lização de um amplo debate sobre o sector e a revisão da Política Agrícola Comum (PAC), que apelidou de “Es-tados Gerais da Agricultura”.

“A partir do dia 21 deste mês [de Maio], estaremos na Assembleia da República (AR) a discutir, através dos deputados, com todos os portugue-ses e iremos fazer os ‘Estados Gerais da Agricultura’ com todas as associa-ções de agricultores de Portugal”, afi r-mou Jaime Silva.

O anúncio do debate foi a forma encontrada pelo ministro para res-ponder ao apelo lançado pelo Pre-sidente da República, Cavaco Silva, durante a cerimónia de inauguração da Ovibeja, a 26 de Abril.

Fórum. Primeiro-ministro e ministro da Agricultura não falharam presença na Ovibeja

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Da esquerda à direita, muitos foram os políticos e fi guras públicas que não falharam a “romaria” à Ovibeja.

284 329 400 PUBLICIDADEsexta-feira2008.05.09 12

CASA DO BENFICA DE BEJAASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIAConvocam-se os sócios da Casa do Benfi ca de Beja, nos termos do artigo 22º dos Estatutos, para a Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 31 de Maio de 2008, pelas 17,00 horas, nas instalações da Casa do Benfi ca, Rua de Mér-tola, 23-1º Dtº, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciar e votar as contas relativas ao exercício de 2007;2. Apreciar e votar o relatório de actividades para 2008.

Beja, 5 de Maio de 2008

O Presidente da Assembleia GeralJosé Manuel Pinela Coelho Fernandes

†. Faleceu o Exmo. Sr. LUÍS FILIPE CARAPINHA CARDOSO LAMPREIA, de 50 anos, natural

de Socorro – Lisboa, casado com a Exma. Sra. D. Maria Luísa Barrei-ros de Oliveira Cardoso Lampreia. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 2, da

Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ALI-CE DA CONCEIÇÃO CORREIA SERRA BRAGUEZ, de 80 anos, natural de Santa Isabel – Lisboa. O funeral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 30, da Capela da Mansão de São José,

para o cemitério de Beja.

BEJA

Às famílias enlutadas

apresentamos as nossas

mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO SEBASTIÃO, de 74 anos, natural de Albernoa – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Cristina Maria

Afonso. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado

dia 3, da Casa Mortuária de Santa Clara do Louredo, para o

cemitério local.

SANTA CLARA DE LOUREDO

†. Faleceu o Exmo. Sr. SILVINO LIMA GUERREIRO, de 85 anos, natural de Conceição – Tavira, casado com a Exma. Sra. D.

Maria Ivone Remédios Salvador. O funeral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 5, da Casa mortuária de Mina da

Juliana, para o cemitério de Santa Vitória.

MINA DA JULIANA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO COSTA SARAIVA, de 62 anos,

natural de Midões – Tábua, casado com a Exma. Sra. D. Margarida dos Santos Maria

Saraiva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 6, da Igreja de São João de

Brito em Lisboa, para o cemitério de Benfi ca-Lisboa.

LISBOA

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRAN-CISCO INÁCIO DO ROSÁRIO PARAÍBA, de 64 anos, natural

de Santa Maria – Serpa, casado com a Exma. Sra. D. Mariana

Teresa Alhinho Paraíba. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemi-

tério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO JOÃO ANDRADE, de 83 anos,

natural de Pedrógão – Vidigueira, casado com a Exma. Sra. D.

Rosária da Conceição Perú. O funeral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 8, da Casa Mortuária de Pedrógão do Alentejo, para o cemitério local.

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DIONÍSIO VENTURA NA RÚSSIA. O marchador Dionísio Ventura, natural de Ferreira do Alentejo, é um dos convocados pelo seleccio-nador nacional Carlos Carmino para a Taça do Mundo de Marcha Atlética, que se realiza este fi m-de-semana, dia 10 e 11, em Cheboksary (Rússia). Dionísio vai marcar presença na prova de 50 quilómetros, juntamente com An-tónio Pereira, Augusto Cardoso, Jorge Costa e Pedro Martins.

JDN E BEJA AC RECEBEM CARRI-NHAS. A Câmara de Beja celebrou esta quarta-feira, 7, dois contra-tos-programa com a Juventude Desportiva das Neves e o Beja Atlético Clube, tendo em vista a cedência de duas viaturas de nove lugares aos emblemas.

FC PORTO EM ALJUSTREL. FC Por-to, Óquei de Barcelos, Alenquer e HC Braga são as quatro equipas apuradas para o play off da Taça de Portugal em hóquei em patins. A competição vai ter lugar em Aljustrel, entre 28 e 29 de Junho.

J V E D M-S P 1 FC Castrense 24 20 2 2 57-14 62 2 Desp. Beja 24 15 6 3 39-17 51 3 Moura AC 24 15 5 4 55-18 50 4 CD Almodôvar 24 14 3 7 54-39 45 5 FC Serpa 24 12 5 7 40-24 41 6 Odemirense 24 11 7 6 42-23 40 7 Vasco da Gama 24 9 4 11 33-35 31 8 FC São Marcos 24 8 2 14 33-52 26 9 Entradense 24 6 7 11 23-43 25 10 Ferreirense 24 6 7 11 33-40 25 11 Aldenovense 24 7 4 13 33-53 25 12 Piense 24 4 5 15 25-55 17 13 Milfontes 24 4 5 15 31-48 17 14 Cabeça Gorda 24 3 6 15 20-57 15

Próxima Jornada | 11.05.2008 Piense-Aldenovense, FC São Marcos-Milfontes, Vasco

da Gama-Cabeça Gorda, FC Serpa-Entradense, Ferrei-rense-Desportivo de Beja, CD Almodôvar-Moura AC e Odemirense-FC Castrense

série F III DIVISAO – PROMOÇÃO

J V E D M-S P 1 Beira Mar MG 5 3 0 2 07-05 30 2 Barreirense 5 2 2 1 06-06 30 3 Aljustrelense 5 2 1 2 07-07 29 4 Quarteirense 5 2 2 1 08-06 28 5 Fabril Barreiro 5 2 1 2 07-07 27 6 Campinense 5 1 0 4 02-06 22

Próxima Jornada | 11.05.2008 Mineiro Aljustrelense-Quarteirense, Barreirense-

Campinense e Beira Mar MG-Fabril do Barreiro

JORNADA | 5

Beira Mar MG – Barreirense ...........................0-3 Aljustrelense – Campinense............................2-1 Quarteirense – Fabril do Barreiro ....................3-2

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 24

Piense – FC São Marcos..................................1-0 Milfontes – Vasco da Gama ............................1-3 Cabeça Gorda – FC Serpa ..............................2-2 Entradense – Ferreirense ................................1-0 Desportivo de Beja – CD Almodôvar ...............1-0 Moura AC – Odemirense................................0-0 FC Castrense – Aldenovense ..........................4-0

BENFICA JOGA TUDO POR TUDO NA LUZ É à espera de um pequeno “milagre” que o

Benfi ca recebe este domingo, 11, o já euro-peu Vitória de Setúbal. Ainda a pensar na Liga dos Campeões, só a vitória interessa à turma encarnada.

LEÕES QUEREM PONTO PARA FESTEJAR O Sporting recebe este domingo o Boavista na derradeira jornada do campeonato e basta a conquista de um ponto para os “leões” fazerem a festa do apuramento directo para a Liga dos Campeões.

NACIONAL DE VISITA AO DRAGÃO Depois da humilhante derrota na des-

pedida ao Estádio do Dragão diante do Nacional da Madeira, o tri-campeão FC Porto vai defrontar na última jornada do campeonato a tranquila Naval.

António Vilhena à beira do pódio

Jovem atleta do Entradense fi cou a 64 pontos da medalha de bronze no escalão de iniciados.

António Vilhena, atleta iniciado do Entradense, esteve à beira de garan-tir a medalha de bronze no escalão de iniciados na fi nal nacional do Tor-neio Atleta Completo, que se realizou no passado fi m-de-semana, dias 3 e 4, na pista do Estádio Universitário de Lisboa com a presença de 118 atletas de todo o país.

O jovem entradense competiu em sete provas no escalão de iniciados, fi cando em segundo no lançamento do peso e em terceiro nos 100 metros, somando um total de 3.506 pontos – novo recorde distrital na categoria, que já era seu –, menos 64 que o aço-riano Décio Ferreira, que acabou por conquistar a medalha de bronze.

Além de António Vilhena, a As-sociação de Atletismo de Beja fez-se representar por mais cinco atletas, com destaque para o juvenil Luís Landeiro, da Juventude Desportiva das Neves (JDN), 12º no octatlo mas-culino com 4.230 pontos.

No pentatlo para infantis, Susa-na Calhau (do Clube da Natureza de Alvito) foi 13ª, com 2.118 pontos,

Atletismo. Atleta do Entradense esteve em destaque na fi nal nacional do Torneio Atleta Completo, que decorreu este fi m-de-semana

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

sexta-feira2007.05.09CORREIO DESPORTIVO 13

Ana Inês, Beatriz Encarnação, Raquel Encarnação, Ana Moreira, Inês Braz, Adriana Banza, Carolina Costa e Ana Botelho. São estas as oito raparigas que dão “forma” à primeira equipa feminina de hó-quei em patins no seio do Mineiro Aljustrelense. Orientada tecnica-mente por João Paulo Guisado, a equipa realizou o seu primeiro jogo em Aljustrel, no passado dia 26 de Abril, durante o Torneio 25 de Abril – Armindo Peneque, vencendo o Roller de Lagos por 4-3. Um resultado positivo para uma equipa que, na próxima tempora-da, pretende competir no campe-onato regional da categoria.

Hóquei no feminino em Aljustrel

e Diogo Luz (JDN) 14º, com 1.651 pontos, enquanto que heptatlo para iniciados Patrícia Vaz (Entradense) obteve o 16º lugar, com 2.519 pontos. Finalmente, Ana Luís Santos (Bairro da Conceição) foi 13ª no heptatlo para juvenis femininos, com 3.338 pontos.

Colectivamente, a equipa da AAB somou um total de 17.362 pontos, bem atrás da Associação de Atletis-mo de Leiria, que se sagrou campeã nacional com 20.681 pontos, mas à frente das selecções de Portalegre (16ª, com 15.354 pontos) e de Évora (18ª, com 14.479 pontos).

Novos recordes da milha. Dois dias antes, foi a vez da jovem Tânia San-tiago, também atleta iniciada do Entradense, ser a principal fi gura da

Meeting Planície Dourada durante o fi m-de-semanaA pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, recebe este domingo, 11, mais uma edição do “Meeting Jovem Planície Doura-da”. A prova, com tiro de partida agendado para as 15h00, é promovido pela Associação de Atletismo de Beja, com o apoio da Câmara Municipal, da Região de Turismo Planície Dourada e das juntas de freguesia da ci-dade, destina-se a atletas federados e do desporto escolar dos escalões de iniciados, juvenis e juniores.

nona edição da Milha do 1º de Maio, ao estabelecer, com o tempo de cin-co minutos 49 segundos e 87 centé-simos, um novo máximo distrital na distância para os escalões de inicia-dos, juvenis e juniores.

A prova organizada pela União dos Sindicatos do Distrito de Beja, em colaboração com a Juventude Desportiva das Neves (JDN) e a As-sociação de Atletismo de Beja (AAB), teve lugar na passada semana, jun-tando na pista do Complexo Des-portivo Fernando Mamede, em Beja, mais de meia centena de atletas.

Além da jovem Tânia Santiago no escalão de iniciados femininos, venceram também na Milha do 1º de Maio de Beja os benjamins “A” Catarina Augusto (JDN) e João Caná-rio (Entradense); os benjamins “B” Cristina Reis e Cláudio Maia (ambos do CNA – Clube da Natureza de Al-vito); os infantis Sara Inácio e Diogo Luz (da JDN); o iniciado João Caeiro (CNA); os juvenis Elisa Contreiras (JDN) e Tiago Baião (BAC – Beja Atlé-tico Clube); os absolutos Ângela Sil-vério (JDN) e Celso Graciano (BAC); e os veteranos Luísa Pedro (JDN), João Gonçalves (BAC), Carlos Rocha (JDN), José Filhó (BAC) e Marcolino Batista (JDN).

Colectivamente, a vitória sorriu à equipa da JDN (com 129 pontos), se-guida do BAC (94 pontos) e do CNA (72 pontos).

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sexta-feira2008.05.09 14

VIOLA CAMPANIÇA EM MÉRTOLA No âmbito da iniciativa “Cultura Iti-

nerante”, Paulo Colaço vai apresen-tar no sábado, 10, os sons da viola campaniça no Centro Recreativo de S. Bartolomeu e Via Glória.

COMÉDIA EM PALCO EM SERPA Os Commedia A La Carte apresentam-se

este sábado, 10, em Serpa, com a peça “Volta a Portugal em Bicicleta, Comme-dia”. O espectáculo no cine-teatro munici-pal está agendado para as 21h45.

NOITE DE FADO NO TEATRO PAX JULIA O Teatro Pax Julia, em Beja, recebe este

sábado, 10, pelas 21h30, uma noite de fados de homenagem ao guitarrista Carlos Gonçalves com Manuel Bartolomeu, Antó-nio Cláudio e Sandra Formigo.

Iniciativa. Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja arranca este sábado, 10

Banda desenhada“invade” Beja

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Editora: Farol Música

O regresso da “diva” da pop music, que no seu 11º álbum

faz uma incursão pelo mundo do hip hop, contando para tal

com a colaboração de nomes como Timbaland, The Neptunes, Kanye West e Justin Timberlake, entre outros.

BONANZA – SÉRIE 1 Com: Lorne Green e Michael Landon, entre outros Ano: 1959

Para todos aqueles que ainda recordam com nostalgia a saga da família Cartwright e o genérico que terminava com o

mapa da Virgínia a arder, eis uma peça de colecção a não perder.

// VINHO// CD

UVAS CASTAS Produtor: Henrique Uva – Herdade da MingorraEnólogo: Pedro Hipólito

Fruto da união inédita entre o Douro e o Alentejo, o “Uvas Castas” apresenta-se como um vinho de cor intensa, aroma lembrando fruta

macerada com notas de chocolate e licor, casados com frutos pretos bem maduros, muito complexo, estruturado e fi nal de boca prolonga-

do. Ideal para as longas tardes de Verão, deve ser servido a 18ºC, como acompanhamento de pratos de carnes grelhadas ou assadas, assim como de queijos.

Cerca de 500 pranchas com “histórias aos quadradinhos”, de mais de 80 autores portu-

gueses e estrangeiros, vão “invadir” Beja durante o quarto Festival Inter-nacional de Banda Desenhada (BD), que vai decorrer entre este sábado, 10, e o próximo dia 25 de Maio.

Os “apaixonados” por BD vão poder apreciar os “traços” de auto-res consagrados e novos talentos da nona arte através de 16 exposições, 10 individuais e seis colectivas, es-palhadas por seis espaços no centro histórico de Beja.

Além da Casa da Cultura, o “nú-cleo” do festival, as pranchas vão estar em exposição na Biblioteca Municipal de Beja, Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Museu Jorge Vieira, Museu Regional de Beja e Pousada de São Francisco.

O festival, o maior evento de BD do Sul do país e um dos festivais in-ternacionais de BD mais signifi cati-vos da Península Ibérica, vai mostrar “novas tendências” da moderna BD, através de trabalhos, a “maioria ori-ginais e não cópias de publicações”, de mais de 80 autores, disse à agên-cia Lusa Paulo Monteiro, director da Bedeteca de Beja, organizadora do evento.

O “célebre” autor de BD, pintor, fotógrafo, designer gráfi co e realiza-dor de cinema inglês Dave McKean,

Trabalhos de Dave McKean são um dos destaques do festival que arranca sábado.

Seis autores portu-gueses vão expor indi-vidualmente no festival bejense de BD.

que, entre 1990 e 1996 escreveu e de-senhou 10 números da série “Cages”, considerada uma das obras-primas de BD do século XX, é a “fi gura de peso” entre os artistas estrangeiros escolhidos para as exposições indi-viduais.

O italiano Gian Pacinotti, mais conhecido por GIPI e um dos auto-res de BD mais premiados no mun-do, o francês Frantz Duchazeau, um dos autores mais interessantes da “nouvelle bande dessinée” francesa, e o alemão Martin tom Dieck, um dos mais excitantes e representati-vos autores independentes da banda desenhada europeia, são os outros artistas estrangeiros com mostras individuais.

Nuno Saraiva, Pedro Lemos, Di-niz Conefrey, Susa Monteiro, Teresa Câmara Pestana e Pedro Leitão são os autores portugueses que vão ex-por individualmente.

“Dez anos de BD galega”, com

EXPOSIÇÕES | 7

ALJUSTREL Espaço Ofi cinas

Até 10 de Maio Colectiva do NAVA

ALMODÔVAR Galeria da Praça

Até 31 de Maio “A Oriente – O Outro Lado da Esfera”,

pintura de Rui Paiva

BEJA Museu Botânico do IPB

“O Passado está Presente ou Uma Longa História de Fósseis Vivos”

Galeria dos Escudeiros Até 17 de Maio “A Presença Anexada a Algo Nem Sem-

pre Presente”, pintura de João Moreno

FERREIRA DO ALENTEJO Posto de Turismo

Até 30 de Maio “As Diferentes Artes da Azulejaria”,

cerâmica de Ana Lima

Galeria de Arte Até 25 de Maio “Olhares sobre Ferreira”, fotografi a de

Luís Calado

MÉRTOLA Casa das Artes Mário Elias

Até 19 de Maio “Diálogo Intercultural”

SERPA Museu do Relógio

Até 31 de Julho “Relógios dos Nossos Antepassados:

1750–1950”

CINEMA | 6

ALJUSTREL Cine-teatro Oriental

As Crónicas de Spiderwick Domingo | dia 11 | 21h30

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

Os Falsifi cadores Terça | dia 13 | 21h30

CUBA Centro Cultural

Para Sempre Talvez Sábado e segunda | dias 10 e 12 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Centro Cultural Manuel da Fonseca

As Crónicas de Spiderwick Sexta a domingo | dias 9 a 11 | 21h30

MOURA Cine-teatro Caridade

As Crónicas de Spiderwick Sexta a domingo | dias 2 a 4 | 21h15

SERPA Cine-teatro Municipal

Caramel Sexta e domingo | dias 9 e 11 | 21h15

trabalhos de 42 autores de várias gerações e reveladores da “riqueza e diversidade” da BD produzida na última década na região espanhola da Galiza, é uma das exposições co-lectivas.

Numa outra mostra colectiva e bi-bliográfi ca, o festival vai mostrar pro-vas, maquetas e os 10 números dos fanzines “Pax-Fanzine 3000”, “Lua de Prata” e “Venham + 5”, publicados nos 12 anos de vida do Toupeira – Atelier de Banda Desenhada de Beja.

Destaque ainda para a colectiva “Jovens Autores da América”, que re-úne trabalhos de 10 alunos da disci-plina de “Sequential Art” ministrada pelo autor francês de BD Alain Cor-bel no Departamento de Ilustração do Maryland Institute College of Art, em Baltimore, nos Estados Unidos da América.

BD na tela do cinema. Além das ex-posições, o festival inclui também a

exibição de fi lmes onde a sétima arte se cruza com a nona, como a longa-metragem “Mirror Mask” e as cur-tas-metragens “Whack!, The Week Before, Sonnet No. 138, N[eon]” e “Dawn” de Dave McKean.

“30 Dias de Escuridão”, do reali-zador David Slade e baseado na no-vela gráfi ca “30 Dias de Noite” escrita por Steve Niles e desenhada por Ben Templesmith, e “300”, do realizador Zack Snyder e baseado na banda de-senhada do desenhista norte-ame-ricano Frank Miller, são outros dos fi lmes a exibir.

O festival inclui também um mercado do livro, com raridades e lançamentos de novas edições de li-vros e fanzines, “jantares especiais” com pratos típicos dos países dos autores presentes na edição deste ano, torneios de jogos de compu-tador, sessões de autógrafos, confe-rências, workshops, teatro, poesia e concertos.

Arte do britânico Dave McKean pode ser vista no Festival Internaciona de BD de Beja

TEATRO | 1

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

“Macaco do Rabo Cortado”, por Lendias de Encantar

Terça a sexta | dias 13 a 16 | 15h00

Praça cheia para “apadrinhar” estreia dos Forcados de BejaO dia 1 de Maio de 2008 marcou o reapareci-mento do Grupo de Forcados Amadores de Beja, num festival a favor dos Bombeiros Vo-luntários locais. O público aderiu em massa e encheu a praça de toiros instalada no NERBE, para assistir logo de início ao acto mais sim-bólico da tarde, com todo o grupo a entrar em praça sem jaqueta e esta a ser entregue em mão, primeiro ao cabo dos Amadores de Beja, Manuel Almodôvar, e posteriormente a todo o grupo, pelos antigos cabos João Caixinha e Luís de Moura, e também pela madrinha dos amadores de Beja, D. Maria de Fátima Brito Paes.

Na lide a cavalo marcaram presença os ca-valeiros Francisco Cortes, Francisco Núncio, Filipe Gonçalves, Jason Palma, Alexandre Go-mes e Maria Mira. Foi o ginete algarvio Filipe Gonçalves que se destacou dos seus alternan-tes pela forma entusiasta como chega ao pú-blico, através de sortes cambiadas e no remate dos ferros com o cavalo a dar piruetas na cara do toiro.

A marcar o reaparecimento do Grupo de Forcados de Beja, foi para a cara do primeiro toiro o seu cabo, Manuel Almodôvar, que es-teve correcto a citar e fechou-se bem à primei-ra tentativa. Ricardo Soares pegou o segundo toiro da tarde à terceira tentativa, pois nas duas primeiras não se conseguiu fechar na cara do toiro. Olavo Baião e João Fialho pega-

ram respectivamente o terceiro e quarto toiro da ordem, ambos à primeira tentativa. João Ferreira pegou o quinto, com o toiro a fugir ao grupo e com o primeira ajuda Rui Saturnino, que se destacou como ajuda no Aposento da Moita, a compor o forcado da cara e a contri-buir efi cazmente para o sucesso da pega ao primeiro intento, no fi nal ambos os forcados deram volta à arena. A fechar a actuação dos Amadores de Beja esteve o jovem forcado Ri-cardo Castilho, à primeira tentativa, naquela que foi a melhor pega da tarde. No geral, o grupo esteve bem na cara dos toiros, coeso nas ajudas e deixou uma imagem promisso-ra para o futuro. Desejamos aos Forcados de Beja tardes de toiros cheias de sucesso.

Terminou o espectáculo o jovem bezerrista “El Juanito”, que mostrou raça e querer na for-ma como interpretou o toureio.

sexta-feira2008.05.0915GUI’ ARTE

tauromaquiacrítico tauromáquico*

VÍTOR BESUGO*

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Comissão Europeia avisa PortugalA Comissão Europeia vai notifi car Portugal por não ter tomado as medidas sufi cientes para proteger as reservas naturais dos conce-lhos de Grândola e Alcácer do Sal. Em causa está a autorização dada aos projectos dos complexos turísticos Costa Terra, Herdade do Pinheirinho e Herdade da Comporta que se-rão construídos no Sítio de Importância Comunitária (SIC) ‘Comporta/Galé’, na região de Grândola e Alcácer do Sal. Para a Comissão, as avaliações de impacto ambiental efectuadas não foram cor-rectas, uma vez que não tiveram em atenção os efeitos negativos daque-les projectos nos habitats e espécies prioritários do local. A não avaliação dos impactos cumulativos dos diversos projectos nem os

espaço europa

O que são Zonas de Protecção Especial e Sítios de Importância Comunitária?Na Europa, a natureza está protegida por dois actos legislativos fundamentais, a Di-rectiva Aves e a Directiva Habitats. Segun-do a Directiva Aves, os Estados membros têm a obrigação de designar todos os sítios mais adequados para a conservação das

Projectos. Complexos turísticos de Grândola e Alcácer do Sal

Ambiente. Obrigações dos Estados membros

espécies de aves selvagens como Zonas de Protecção Especial (ZPE). A designação das ZPE deve basear-se em critérios científi cos objectivos e verifi cáveis.

A Directiva Habitats exige que os Estados membros designem Sítios de Importância Comunitária (SIC) para a conservação de tipos de habitats naturais e para a protec-ção de várias espécies identifi cadas.

O conjunto de ZPE e SIC constitui a rede Natura 2000 de zonas protegidas, que é o instrumento comunitário mais importante para preservar os habitats naturais e as es-pécies animais e vegetais neles presentes.

impactos cumulativos com outros projectos previstos para o mesmo sítio e o facto de não terem sido analisadas devidamente soluções alternativas são outros dos aspectos criticados pela Comissão Europeia. “Portugal deve cum-prir a legislação comunitária de protecção da natureza e manter a integridade da rede Natu-

ra 2000. São medidas funda-mentais para que a União Europeia possa cumprir o seu objectivo de travar a perda da biodiversidade até 2010”, afi rmou o Co-missário responsável pelo Ambiente, Stavros Dimas (na foto) . Os complexos turísticos abrangem quase 1.200 hectares e incluem seis campos de golfe, 21 aldeamentos turísticos, 660 moradias e 21 hotéis, representando um total de mais de 16.000 camas.

09.05.2008 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA

TEMPO PARA HOJE. Céu limpo. Pequena descida das tempera-turas. Neblina ou nevoeiro matinal. Vento fraco ou moderado.

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 ANÁLISES & OPINIÃO • p.08 DINHEIRO & NEGÓCIOS • p.10 OVIBEJA > Reportagem • p.13 CORREIO DESPORTIVO • p.14 GUI’ARTE • SUPLEMENTO > Garvão’08

23 10

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SEXTA

Iniciativa

Fórum Social de Odemira decorre até domingoA zona ribeirinha de Odemira recebe este fi m-de-semana, de 9 a 11, a primeira edição do Fórum Social. A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal e pela Rede Social local com o objectivo de “dar visibilidade ao trabalho feito no âmbito da acção social e do desenvolvimento e bem-estar das comunidades locais”.

Uma mostra local de instituições e projectos, debates e con-ferências, workshops e actividades de animação são algumas das actividades previstas no programa do evento, que arranca esta sexta-feira, 9, peças 17h00, com a abertura da mostra local e a ac-tuação do Grupo Instrumental e Musical de Amoreiras-Gare. De noite terá lugar o “Luar de Maio”, onde serão apresentadas as Co-

missões Sociais Interfreguesia.No sábado, 10, o dia começa com um seminário dedicado ao

tema “Participar e Empreender – Um Desafi o”, onde marcará pre-sença o director do Centro Distrital de Beja da Segurança Social, José Guerra. Para a tarde estão previstas actividades culturais e desportivas, enquanto que de noite terá lugar o “encontro” entre a viola campaniça de Pedro Mestre e a viola caipira de Chico Lobo.

O Fórum Social de Odemira termina no domingo,11, com ini-ciativas dedicadas às Comissões Sociais Interfreguesia do conce-lho e a realização de um almoço-convívio, animado musicalmen-te por artistas locais.

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Termina no domingo, 11, em Mértola o Fórum Interna-cional do Diálogo Intercultural. A iniciativa arrancou na quinta-feira, 8, e insere-se nas comemorações do Ano Europeu do Diálogo Intercultural, tendo como temas principais a “Paisagem Cultural”, a “Água e Desenvol-vimento Sustentável”, a “Educação para o Desenvol-vimento/ Trabalho Manual/ Saber Fazer”, as “Novas Tecnologias/ Novas Fronteiras” e a “Solidariedade/ Voluntariado”. Organizado pela Câmara de Mértola e vários parceiros nacionais e estrangeiros, o fórum mo-tivou a viagem de especialistas de diversas áreas à “vila museu”.

Encontro

Fórum Internacional do Diálogo Intercultural anima vila de Mértola

Os concelhos de Almodôvar e Ourique recebem este sábado, 10, a segunda e última etapa do Vodafone Rally de Portugal, que arrancou na quinta-feira, 8, em Faro, e esta sexta-feira, 9, vai andar pelos trilhos da serra al-garvia. A caravana da prova organizada pelo Automóvel Clube de Portugal vai passar duas vezes pelos troços de Santana da Serra (uma nova variante da parte fi nal do troço Silves-Ourique de 2007), Ourique (troço já conhe-cido das últimas edições do rally) e Almodôvar, onde terminará (numa nova versão do troço que se distingue pela sua emocionante fase fi nal). O fi nlandês e ex-bi-campeão do mundo Marcus Gronholm vai conduzir, a convite da organização, o carro zero do rally, que este ano fi cou fora do calendário do Mundial da categoria mas integra o novo International Rally Championship, sendo a sua segunda etapa. O francês Didier Auriol é o principal candidato à vitória fi nal da prova, apesar da forte concorrência dos belgas François Durval e Freddy Loix, do espanhol Dani Solá, do italiano Luca Rosetti ou dos portugueses Adruzilo Lopes e Miguel Campos.

Automobilismo

Rally de Portugal em Almodôvar e Ourique no fi m-de-semana

O deputado do PCP eleito por Beja, José Soeiro, apre-sentou dois requerimentos na Assembleia da Repúbli-ca, onde questiona, respectivamente, os atrasos no Pla-no de Emergência Específi co da zona da Funcheira e a actual situação no Centro Operativo de Tecnologia do Regadio (COTR). No primeiro requerimento, o deputa-do comunista pretende saber, através do Ministério da Administração Interna, porque continua em análise o referido plano de emergência, até por se tratar de uma zona que, em caso de cheias, coloca em causa “a perda de bens e, sobretudo, de vidas humanas”. Em relação ao COTR, Soeiro quer que o Ministério da Agricultura lhe explique, entre outras questões, que “mecanismos fi nanceiros vai o Governo disponibilizar de forma a assegurar o fi nanciamento do COTR quando termi-nar o fi nanciamento do PEDIZA em Junho de 2008” e quando pensa o ministro Jaime Silva reunir com os responsáveis pelo centro, “de forma a tomar conheci-mento de viva voz dos desafi os e oportunidades” que o mesmo enfrenta para o “desenvolvimento do regadio na região”.

Política

José Soeiro entrega requerimentos sobre Funcheira e COTR