mÚsica. p14 feira. milfontes capital do turismo activo...

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> CADERNO | 8 PÁGINAS Aljustrel aposta na agricultura e na mina A 13ª edição da Feira do Campo Alenteja- no arranca esta sexta-feira, dia 7 de Junho, no Parque de Feiras e Exposições de Aljustrel e durante quatro dias promete mostrar o que de melhor se faz no seu território. Nesta edi- ção do “CA” damos-lhe a conhecer as poten- cialidades do concelho, num caderno onde o presidente da Câmara Municipal, Nelson Brito, elogia o empreendedorismo dos em- presários locais. 2013.06.07 • edição mensal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 8 // N: 332 0,70 IVA INCLUÍDO PUB LUÍS AURÉLIO > FUTEBOLISTA DE BEJA A CAMINHO DA LIGA SAGRES MILFONTES CAPITAL DO TURISMO ACTIVO E DESPORTIVO FEIRA. >p12 DÁRIO MIRA ROMÂNTICO E SONHADOR MÚSICA. >p14 PORTAS DE MÉRTOLA CENTRO DE BEJA RENASCE REPORTAGEM > Depois de ano e meio com ruas esventradas e muitos condicionalismos, a zona das Portas de Mértola está de “cara lavada”. A obra é elogiada por todos, mas os comerciantes esperam por “ver para crer” no regresso dos clientes. FEIRA DO REGADIO VALORIZA FERREIRA A vila de Ferreira do Alentejo recebe a Feira Nacional da Água e do Regadio no final deste mês, entre os dias 28 e 30 de Ju- nho. Para o presidente da Câmara Muni- cipal, a feira é a altura em que Ferreira do Alentejo se afirma como “uma ‘marca’ associada ao desenvolvimento econó- mico”, seja na agricultura ou nas agro- indústrias”. >p15 Sair de Odemira rumo a Beja, Santiago do Cacém, Lisboa ou Algarve “é um dra- ma”! O desabafo é do próprio presidente da Câmara Municipal, para quem as aces- sibilidades rodoviárias continuam a ser um dos maiores (senão o principal) “calca- nhares de Aquiles” do concelho do Litoral Alentejano. A construção do IC4 é uma das reivindicações do autarca. >p11 ODEMIRA QUER TER MELHORES ESTRADAS ENTREVISTA | Capoulas Santos Nova PAC deverá ser um pouco mais justa

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Page 1: MÚsiCA. p14 FEiRA. MILFONTES CAPITAL DO TURISMO ACTIVO …correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N332_20130607.pdf · 2013.06.07 abertura 3 reGIÃO Depois de Ourique, o VIII Congresso

> CADERNO | 8 págiNAs

Aljustrel aposta na agricultura e na mina A 13ª edição da Feira do Campo Alenteja-no arranca esta sexta-feira, dia 7 de Junho, no Parque de Feiras e Exposições de Aljustrel e durante quatro dias promete mostrar o que de melhor se faz no seu território. Nesta edi-ção do “CA” damos-lhe a conhecer as poten-cialidades do concelho, num caderno onde o presidente da Câmara Municipal, Nelson Brito, elogia o empreendedorismo dos em-presários locais.

2013.06.07 • edição mensalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 8 // N: 332

€0,70IVA Incluído

PUB

LUís aUréLio > futebolista de beja a caminho da liga sagres

MILFONTES CAPITALDO TURISMO ACTIVOE DESPORTIVO

FEiRA. >p12

DÁRIO MIRAROMÂNTICO E SONHADOR

MÚsiCA. >p14

PORTAS DE MÉRTOLACENTRO DE BEjA RENASCEREPORTAgEM > depois de ano e meio com ruas esventradas e muitos condicionalismos, a zona das Portas de mértola está de “cara lavada”. a obra é elogiada por todos, mas os comerciantes esperam por “ver para crer” no regresso dos clientes.

feira do regadio ValoriZa ferreira A vila de Ferreira do Alentejo recebe a Feira Nacional da Água e do Regadio no final deste mês, entre os dias 28 e 30 de Ju-nho. Para o presidente da Câmara Muni-cipal, a feira é a altura em que Ferreira do Alentejo se afirma como “uma ‘marca’ associada ao desenvolvimento econó-mico”, seja na agricultura ou nas agro-indústrias”. >p15

Sair de Odemira rumo a Beja, Santiago do Cacém, Lisboa ou Algarve “é um dra-ma”! O desabafo é do próprio presidente da Câmara Municipal, para quem as aces-sibilidades rodoviárias continuam a ser um dos maiores (senão o principal) “calca-nhares de Aquiles” do concelho do Litoral Alentejano. A construção do IC4 é uma das reivindicações do autarca. >p11

odemiraQuer ter melhores estradasENTREVISTA | Capoulas Santos

Nova PAC deverá ser um pouco mais justa

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regiÃO > fundos comunitários

Entre 1989 e 2011 o Alentejo recebeu 8,9 mil milhões de euros da União Europeia através dos quatro quadro comunitários, revela um

estudo de Augusto Mateus. O terceiro quadro comunitário foi o que enviou mais dinheiro para a região: 3,59 mil milhões de euros.

ALENTEJO RECEBEU 8,9 MIL MILHÕES DE EUROS DA EUROPA ENTRE 1989 e 2011

2 2013.06.07

ABerTUrA

CARLOS PINTO texto

Há quem diga que a nova Política Agrí-cola Comum (PAC) pode prejudicar a agri-cultura baixo-alentejana. É verdade? Pri-meiro é preciso saber qual é o resultado final da negociação e depois poderemos fazer uma avaliação. Dir-lhe-ei que, em termos globais, o resultado poderá ser positivo. Já em ter-mos individuais, isto é, quando falamos dos agricultores, ela poderá ser positiva para uns e menos positiva para outros em termos de apoios ao rendimento.

Como assim? A nova PAC pretende que haja uma harmonização dos pagamentos por hectare. Neste momento existem grandes dis-crepâncias e o objectivo é que até 2020 haja uma maior convergência. Isto quer dizer que os agricultores que recebem acima da média nacional tenderão a receber menos, para que aqueles que estão abaixo da média nacional possam receber mais. De qualquer modo, no Alentejo, de um modo geral, os pagamentos por hectare estão abaixo da média nacional e com essa convergência tenderão a subir. Mas o Governo vai ter a possibilidade de decidir, de acordo com as novas regras, se aplica estes pagamentos ao nível nacional ou se os aplica ao nível regional. E se houver “regionaliza-ção” [desses pagamentos], esta convergência para o Alentejo poderá ser mais baixa e essa aproximação para a média nacional ficará mais afastada. Mas essa será uma decisão do Governo… Voltando à sua pergunta, em ter-mos globais penso que o país ficará com um pouco de menos de dinheiro que tinha ago-ra – fruto dos apertos financeiros ao nível do

lUís mAnUel cApOUlAs sAnTOsEURODEPUTADO DO PS / RELATOR DO PARLAMENTO EUROPEU PARA A NOVA PAC

IDADE: 61 ANOSNATuRALIDADE: MONTEMOR-O-NOvO

> enTreVisTA Capoulas santosEx-ministro da Agricultura, Capoulas Santos é o relator do Parlamento Europeu para a nova Política Agrícola Co-mum. Com as negociações quase terminadas, o eurodeputado alentejano explica ao “CA” o que vai mudar na PAC.

“Nova PAC deverá ser mais justa”

Eurodeputado Capoulas Santos crê que a nova PAC, a vigorar entre 2014 e 2020, vai em termos globais beneficiar a agricultura portuguesa. DR

orçamento da União Europeia –, mas a forma de distribuição deste dinheiro poderá ser um pouco mais justa do que aquela que acontece actualmente.

Com a nova PAC desaparece Regime de Pagamento Único (RPU), surge o Regime de Pagamento Básico (RPB). O que vai mu-dar? Passará a haver um novo pagamento por hectare, um pagamento que é constituído pelo chamado “pagamento-base”, que corresponde a 70% do valor, e por um pagamento greening, que vale 30%. Esse pagamento greening pre-tende reflectir as exigências que vão ser feitas aos agricultores em termos ambientais. Ou seja, no futuro as ajudas já não terão uma rela-ção histórica com aquilo que o agricultor pro-duzia, pretendendo-se que sejam uma com-pensação pelo contributo que os agricultores dão para a preservação do ambiente.

Daí dizer-se que esta é uma PAC “mais verde”? Exactamente!

E que exigências ambientais serão fei-tas aos agricultores? Serão sobretudo exi-gências para ajudar a defender a biodiversi-dade, que em algumas regiões da Europa está muito ameaçada, e proteger solos e águas. Os agricultores serão obrigados a uma prática de diversificação e, explorações com mais de 10 hectares, terão de ter pelo menos três cultu-ras, além de serem obrigados a manter uma chamada zona de interesse ecológico, onde não haverá actividade agrícola e que visa de-fender os insectos, os mamíferos e os répteis. E ainda serão consideradas como medidas greening as pastagens e prados permanentes.

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Depois de Ourique, o VIII Congresso Mundial do Presunto, agendado para 2015, vai realizar-se na cidade francesa de Toulouse. Em 2017, o certame volta a Espanha, realizando-se em Toledo.

PRÓXIMO CONGRESSO EM FRANÇA

> INICIatIVa realIzOu-se em OurIque NO fINal de maIO

Um enorme sucesso! É assim que o pre-sidente da Câmara de Ourique descreve a sétima edição do Congresso Mundial do Pre-sunto, que no final do passado mês de Maio levou até àquela vila cerca de meio milhar de especialistas mundiais para debater o pre-sente e o futuro deste produto.

“Este congresso foi um enorme sucesso e provámos que é possível realizar eventos desta natureza no interior do país”, sublinha ao “CA” Pedro do Carmo, sem esconder o seu orgulho por Ourique ter estado à altura da responsabilidade. “Ousámos, fomos aven-tureiros, tivemos coragem e quem ganhou com isso foi o concelho, o distrito e, porque não, o país”, vinca o edil.

Satisfeito, Pedro do Carmo sustenta ainda que Ourique ficará conhecido no sector por ter sido palco de “um conjunto de decisões, deliberações e acordos” relacionados com a fileira do presunto e o sector do porco alente-jano. “Isso irá para sempre marcar os futuros congressos e as gerações vindouras”, acres-centa.

“Estamos todos de parabéns, pois foram dias grandiosos para o sector, para Portugal, para o Alentejo e, sobretudo, para Ourique”, nota por seu lado Nuno Faustino, presidente da Associação de Criadores de Porco Alen-tejano (ACPA), entidade que organizou o VII Congresso Mundial do Presunto em conjun-to com a autarquia ouriquense.

> OuRIquE. Certame juntou especialistas de todo o mundo e autarca Pedro do Carmo desta-ca facto de terem sido tomadas decisões históricas em Ourique.

Congresso do Presunto foi um grande sucesso

ACPA INAuGuROu NOVA SEDEA Associação de Criadores do Porco Alentejano aprovietou o último dia do VII Congresso Mundial do Presunto para inaugurar a sua nova sede social, localizada num edifício cedido pela Câmara Municipal. Fruto de um investimento de 173 mil euros, em parte apoiado pelo Proder, o novo espaço vai permitir à associação consolidar a sua intervenção e prestar melhor (e mais) apoio aos seus associados.

“Alqueva é prioridade nacional” Com a nova PAC “à porta”, que desa-fios se colocam à agricultura no Baixo Alentejo? Sabendo os agricultores com o que contam e se houver uma administração que funcione eficazmente, isto é, um Minis-tério da Agricultura que aprove programas a tempo e que proceda aos pagamentos na altura prevista, penso que os nossos agri-cultores já demonstraram nestes 25 anos de adesão à União Europeia que sabem fazer e sabem fazer bem! A nossa agricul-tura, contrariamente ao que se diz, deu um salto qualitativamente enorme neste perío-do e num contexto de concorrência muito agressiva com uma maioria de países muito mais avançados e muito mais organizados. Portanto, se os nossos agricultores já deram este exemplo no passado, o futuro, por mais difícil que seja, não será pior.

O Alqueva é essencial para esse futu-ro? Seguramente! Como todos nos aperce-bemos a cada dia que passa, Alqueva está a mudar o perfil da nossa agricultura e até o perfil da agricultura do país. Sectores que eram deficitários até há pouco tempo, são neste momento sectores que garante o au-to-abastecimento e que a curto-prazo serão superavitários.

Acredita na conclusão do projecto em 2015, conforme o compromisso en-tretanto assumido pelo Governo? Foi la-mentável que este Governo tivesse suspen-dido este projecto! Ter parado este processo implicou um atraso de vários anos, contra uma situação anterior que tinha antecipado esse calendário. Foi uma pena esse retro-cesso e creio que os actuais governantes, pelas declarações que têm vindo a proferir, já reconheceram o erro que cometeram. Agora é necessário que rapidamente outro Governo, com capacidade para dar outra esperança aos portugueses, volte a repôr o Alqueva como prioridade nacional e não apenas como um sonho dos alentejanos.

Nova PAC pretende que haja uma harmonização dos pagamentos por hectare. [...] No Alentejo, de modo geral, os pagamentos por hectare estão abaixo da média nacional e com a convergência tenderão a subir.

É necessário que rapidamente outro Governo, com capacidade para dar outra esperança aos portugueses, volte a repôr o Alqueva como prio-ridade nacional e não apenas como um sonho dos alentejanos.

Estes serão os compromissos ambientais mí-nimos que os agricultores vão ter de cumprir para ter direito à sua ajuda por hectare a partir de 2014. Mas a PAC contém um conjunto de outras medidas e no segundo pilar, por exem-plo, continua a haver medidas ambientais ou ajudas para investimento nas explorações agrícolas, nas agro-indústrias, em electrifica-ções, caminhos e no regadio. E esta questão é muito importante, porque a proposta inicial da Comissão Europeia pretendia que apenas fossem elegíveis para apoio aos novos rega-dios os Estados-membros que aderiram à União Europeia depois de 2004…

O que prejudicaria Portugal e, conse-quentemente, o Baixo Alentejo. Esse pro-blema está resolvido? Neste momento o Parlamento Europeu tem uma grande maio-ria a favor sobre isso, o conselho de ministros da Agricultura também se colocou deste lado e a Comissão Europeia já manifestou abertu-ra para acolher este entendimento.

Com a nova PAC haverá mais apoios para os pequenos e para os jovens agri-cultores? São questões que estão a ser ne-gociadas neste momento... Mas haverá um regime discriminatório positivo para os pe-quenos agricultores, em que eles receberão uma ajuda mínima que será arredondada para 500 euros para aqueles que recebem menos que isso. E quem recebe acima de 500 euros verá esse valor arredondado automati-camente para 1.500 euros. Ao mesmo tempo, estes agricultores ficarão dispensados dos controlos burocráticos que muitas vezes são

penosos e que nas pequenas explorações fa-zem com que seja fácil que pequenos erros sejam depois considerados como fraude. Isto simplifica a PAC! Haverá ainda um regime para os jovens agricultores, pretendendo-se que estes – e esta foi a minha proposta como relator da nova PAC – possam ter uma majo-ração a este pagamento por hectare de 25% até um determinado número de hectares. Propus que fossem 100 hectares, o conselho de ministros da Agricultura acha muito e quer reduzir esta área. Penso que um compromis-so em volta dos 50 hectares pode ser possível. Já no segundo pilar da PAC, os jovens agri-cultores continuarão a ter ajudas à primeira instalação, que poderão ser até 70 mil euros, cabendo a cada Estado-membro fixar o nível desse montante.

PORCO IBéRICO EM RISCOO porco ibérico pode correr “riscos de pre-servação” e o eventual desaparecimento da raça poderá provocar “perdas ambientais difíceis de calcular”, alertam as conclusões do VII Congresso Mundial do Presunto. No documento compilado pelo presidente do comité científico do certame, José Tirapicos Nunes, “a descida nos censos de porco ibéri-co puro é preocupante”, tendo esta raça caí-do “mais de 44%”.

Ao nível da produção, os congressistas concluíram que, “cada vez mais, os presun-tos de qualidade são feitos a partir de raças autóctones” de porco, enquanto que na área da comercialização foi concluído que o pre-sunto é um produto com “potencial” para ser exportado, nomeadamente para países como EUA, França, Alemanha, Brasil e An-gola.

Ourique passou o “testemunho” à cidade francesa de Toulouse. DR

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> beja. As Portas de Mér-tola estão de “cara lavada”. A intervenção é elogiada por todos, mas os comerciantes esperam “ver para crer” no regresso dos clientes.

Agora que o sol já brilha (ainda que timidamente), as Portas de Mér-tola ganharam um novo conforto. Tudo por “culpa” das coloridas telas de ensombramento, principal “ima-gem de marca” das obras que duran-te um ano e meio transformaram o centro de Beja num verdadeiro estaleiro a céu aberto, com ruas es-ventradas e infindáveis condiciona-lismos. Com o pó a assentar, a zona parece estar a renascer e são cada vez mais pessoas a caminhar calma-mente pela nova calçada.

“Isto está muito engraçado, até parece que andamos em Madrid”,

> a xxxxxxxxxx> Obras nO “cOraçãO” da cidade de beja estãO praticamente cOncluídas

Portas de Mértola renascemTelas de ensombramento dão novo colorido às renovadas Portas de Mértola e são agora o principal “cartão de visita” do centro da cidade de Beja DR

diz ao “CA” a leiriense Ana Gomes, de 48 anos, que aproveitou a semana de férias para tirar “uns dias de relax” no Alentejo.

“O resultado final é muito positi-vo e a reacção que temos tido, quer por parte dos habitantes quer da-queles que nos visitam, também”, nota ao “CA” o presidente da Câmara de Beja, garantindo que agora até já há sábados com “fila de espera” para as esplanadas locais. “Isso é sinal que aquela zona tem agora uma re-vitalização decorrente da interven-ção” acrescenta Jorge Pulido Valente.

Promovido pela autarquia e ava-liado em cerca de 900 mil euros, o Projecto Integrado de Beneficiação da Baixa de Beja virou toda a zona do avesso, através da renovação das infra-estruturas de água e sa-neamento, a instalação de obras de arte pública [ver caixa], a colocação de novo mobiliário urbano e a mo-dificação do arranjo urbanístico do

regiãO >protecção civil

A Força Aérea Portuguesa disponibilizou a Base Aérea 11, em Beja, para a Protecção Civil reabaste-cer e estacionar aeronaves durante o combate

aos incêndios. Além da Base Aérea 11, a Protecção Civil irá também utilizar as bases aéreas do Monti-jo e de Monte Real e o Aeródromo de Ovar.

baSe aÉRea De beja aPOIa NO COMbaTe aOS INCÊNDIOS DURaNTe O VeRÃO

4 2013.06.07

baixOALENTEJO

jORge PUlIDO ValeNTePresidente da Câmara de Beja

Houve uma reconci-liação da população com as Portas de

Mértola, que estavam muito de-crépitas.

”Terreiro dos Valentes. A “cereja sobre o bolo” foram os toldos de ensom-bramento, que dão um ar mais ale-gre ao triângulo formado pela “Meia Laranja”, rua Capitão João Francisco de Sousa e Terreiro dos Valentes.

“Quem for agora às Portas de Mértola já nota que o ambiente é di-ferente e que a atitude das pessoas e da própria cidade em relação àquele espaço é completamente diferente. Houve uma reconciliação da popu-lação com aquela zona, que estava muito decrépita”, afiança Pulido Va-lente.

VeR PaRa CReRO optimismo do autarca bejense encontra paralelo no presidente da Associação de Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja (Acstdb), para quem a revitalização das Portas de Mértola passa por “três compo-nentes essenciais”: a renovação da zona (já concretizada), o apoio do

Estado para os comerciantes reali-zarem investimento e a criação no local de equipamentos culturais ou de lazer que atraiam pessoas.

“Com estas três componentes e devidamente alicerçadas, penso que vamos ter uma baixa de Beja florescente em termos de comércio e serviços, com espaços culturais aprazíveis e uma envolvente arran-jada”, argumenta Francisco Carriço.

Contudo, no “terreno” ainda é muito o cepticismo por parte dos co-merciantes que mantém porta aber-ta nas Portas de Mértola. Todos são unânimes em reconhecer que as obras beneficiaram (e muito) a zona, mas garan-tem que só a intervenção não será suficiente para fazer com que os clien-tes voltem a entrar (e a gastar) nas suas lojas.

“Só o passar mais pessoas não chega! Por-

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Portas de Mértola renascem

> desafio da autarquia

Câmara defende gestão partilhada> ProjeCto. Pulido Valente pretende envolver mais entidades na gestão do espaço das Portas de Mértola.

Concretizadas as obras de requa-lificação, qual o futuro das Portas de Mértola? É esta a questão que Jorge Pulido Valente não quer ver respondida apenas pela autarquia, defendendo que a gestão do local no futuro seja partilhada entre a Câ-mara Municipal e várias entidades.

“A gestão de todo aquele espaço não deve caber apenas à Câmara de Beja, mas sim a todos os parceiros daquela área da cidade, criando uma unidade de gestão partilhada em que participe a autarquia – mas não em maioria –, a Associação de Comércio Serviços e Turismo do Distrito de Beja (ACDB), os bancos e a Junta de Freguesia de São João Baptista”, argumenta o presidente da edilidade bejense.

“Era muito importante que a Câmara de Beja falasse connosco de uma maneira bem sólida, que as ideias não ficassem no ar e fossem trabalhadas”, contrapõe o presi-dente da associação comercial, vol-tando a reiterar a necessidade das Portas de Mértola terem “espaços culturais e museológicos” que des-sem “vida à zona, nomeadamente aos sábados e domingos”.

Ao mesmo tempo, Francisco Carriço espera também que sejam criados apoios do Estado para aju-dar à revitalização do comércio lo-cal. “Só através de apoios estatais se conseguirá fazer uma uniformida-

que o poder de compra está compli-cado e as pessoas praticamente não têm dinheiro para se governarem, quanto mais para gastarem”, afir-ma Mário Baião, de 44 anos, 28 dos quais passados atrás do balcão do “histórico” Café Luiz da Rocha.

“Estas obras não dão mais poder de compra às pessoas”, acrescenta Francisco Páscoa, de 67 anos, outro dos “veteranos” das Portas de Mérto-la. Para este proprietário de uma sa-pataria, depois das obras continua a fazer falta à zona mais bares , “como há em Espanha”. “Assim a cidade sempre tinha muito mais movimen-to durante a semana”, justifica.

Mas nem só de animação têm falta as Portas de Mértola. Para Sara Inácio, de 31 anos, “a zona ficou me-lhor apresentada, mas ainda falta estacionamento”. “Isso acaba por desmotivar as pessoas a virem para aqui”, nota a assistente numa clínica de aparelhos auditivos, que depois

52013.06.07 BaiXo ALENTEJOreGiÃo

A requalificação das Portas de Mértola levou a Câmara de Beja a instalar no local algumas obras de arte pública. O destaque vai para a Fonte da Meia Laranja, em granito escuro e que recorda o topóni-mo popular da zona. Já na rua Capitão João Francisco de Sousa foi instalado o “Puxador de Som-bras”, peça de chapa de ferro que desenha uma figura humana a segurar algo “não imediatamente perceptível” [em cima]. Bem perto está a peça “Aquífero dos Gabros” [em baixo], uma pedra mármore no pavimento que homenageia a importante fonte de água.

Esculturas EmbElEzam

de alguns “maus momentos” causa-dos pelas obras reconhece que “já se nota mais movimento” no renovado centro da cidade.

Uma opinião partilhada por Mar-lene Modesto, de 32 anos, enquanto mira pelo canto do olho o movimen-to na rua. “O trabalho está giro e bem feito. As Portas de Mértola ficaram mais bonitas e já se vai notando mais gente a passar”, diz a funcionária de uma loja de acessórios de moda.

“As obras valorizaram a zona e gosto muito dos panos. Dá um ar totalmente diferente ao que esta-va aqui. Mas agora as pessoas têm de meter na cabeça que devem vir para aqui, sobretudo para as espla-nadas ao Verão. Se assim for, não há dúvidas nenhumas que as Portas de Mértola podem voltar a ser o que eram antigamente”, remata com es-perança Carlos Rocha, de 71 anos, proprietário de uma loja de malas, carteiras e bolsas.”

comerciantes cépticos

Carlos roCha71 anos, loja de malas e bolsas

“as obras valori-zaram a zona e gosto muito dos panos. Dá um ar totalmente diferente ao que estava aqui.

Mas agora as pessoas têm de meter na cabeça que devem vir para aqui.”

franCisCo PásCoa67 anos, sapataria

“as obras melhoraram a zona em termos estéticos, mas em termos do negócio ainda não há sinais

disso. [...] fazem falta mais bares, como há em Espanha.”

MarlEnE MoDEsto32 anos, loja de acessórios

“o trabalho está giro e bem feito. as Portas de Mértola ficaram mais bonitas e já se vai notando mais movimen-

to. não assisti às obras, mas as pessoas diziam que pouca gente passava aqui.”

sara ináCio31 anos, clínica auditiva

“isto ficou melhor apre-sentado depois das obras, mas pensávamos o estacionamento iria ter melho-

ras. [...] isso acaba por desmotivar as pessoas a virem para aqui.”

de entre a envolvente [das Portas de Mértola] e os espaços comerciais. Porque se se gastou tanto dinheiro na envolvente e não se gastar nos espaços comerciais, então o projec-to perde-se completamente”, diz.

Mais aniMaçãoGestão à parte, Jorge Pulido Valente garante que a autarquia tem pre-parado, em conjunto com a ACDB e a Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja, “um programa de animação permanen-te, que se estenderá ao longo do ano e dos anos, com eventos a mar-car o calendário da cidade e que permitirão atrair mais gente para as Portas de Mértola”.

“Ter um programa de anima-ção é fundamental, assim como ter atractivos do género de con-cursos, promoções, espectáculos e sorteios. Ou seja, ter um conjunto grande actividades que compense às pessoas lá ir”, justifica, lançando, ao mesmo tempo, um apelo aos co-merciantes das Portas de Mértola.

“Os próprios comerciantes têm de perceber que têm de adaptar os seus negócios à nova era e ao novo espaço. Gostávamos que fossem criadas novas esplanadas, sobretu-do na rua Capitão João Francisco de Sousa, como se vê noutras cidades do país e do estrangeiro. Isso per-mitiria criar uma dinâmica diferen-te daquela que tem sido até aqui. E em termos de oferta de negócio, tem de haver ali uma diversidade e uma actualização relativamente àquilo que é a procura. Não po-demos continuar a ter estabeleci-mentos do século passado”, conclui Pulido Valente.

franCisCo Carriço53 anos, presidente da aCDB

“Penso que vamos ter uma baixa de Beja florescente em termos de comércio e serviços, com

espaços culturais aprazí-veis e com uma envolvente arranjada.”

As obras de requalificação de espaços públicos em Beja não se ficarão pelas Portas de Mértola. “Vamos continuar com este pro-cesso de requalificação do espaço público e dos edifícios públicos, de maneira a que, por um lado, a cidade se torne mais bonita e atractiva e, por outro lado, ofereça melhores condições para quem cá vive e quem nos visite”, justifica Jorge Pulido Valente. Entre as obras já concretizadas ou em curso, o autarca destaca a inter-venção na Mouraria, na Avenida Vasco da Gama e na ciclovia, estan-do agendadas empreitadas na Pra-ça da República (com a construção do novo Centro de Arqueologia e Artes), no Largo do Carmo ou no Estádio Flávio dos Santos. “Este é um trabalho que demora anos a fazer, mas que vai continu-ar ao longo dos próximos anos, enquanto tivermos disponibilida-des de financiamentos comunitá-rios. A cidade esteve muito tempo parada em termos de interven-ções, ao contrário do que sucedeu em todo o país, onde as cidades sofreram intervenções importan-tes de requalificação. Beja depois do Polis não teve mais nada e ago-ra é altura de fazer intervenções que dêem qualidade de vida e uma nova cara à cidade”, conclui Jorge Pulido Valente.

mais obras a avançar na cidadE

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BAIXO ALENTEJO6 2013.06.07

REGIÃO

> CANAL EMAS EMPRESA MUNICIPAL DE ÁGUA E SANEAMENTO DE BEJA

EMAS APOIA E INCENTIvA PRÁTICA DESPORTIvA

Um fim-de-semana desportivo que teve início com o XVII Torneio “Cidade de Beja” em hóquei em patins no pavilhão mu-nicipal, promovido pelo Clube de Patinagem da Beja e terminou com o IX Raid BTT “Por Terras de Mato”/ V Troféu João Bento, na Cabeça Gorda, organizado pela Secção de BTT do “Ferrobico”.

Empresa cria fundo parainstituições de solidariedade

Atento à realidade social do concelho de Beja e ao presen-te contexto que afecta também a sustentabilidade de diversas instituições de cariz social, cujo serviço que prestam à comu-nidade é essencial, o conselho de administração da Empresa Municipal de Água e Saneamen-to (EMAS) de Beja deliberou a

> INICIATIvA. Empresa municipal criou fundo de reserva que será utilizado para fins sociais através das instituições de solidar-iedade do concelho.

DESPORT0

EMAS reabilita reservatório da Estação Elevatória da Mata

> PARCERIA DA BIBLIOTECA COM A CáRITAS

Leituras solidárias em Beja

“Acho que do chão se levanta tudo, até nós nos levantamos. […] No fundo, levantam-se os homens do chão, levantam-se as searas, é no chão que semeamos, é no chão que nascem as árvores e até do chão se pode levantar um livro.”

As palavras de José Saramago são a “inspiração” de “Levantados do Chão”, o novo projecto da Câmara de Beja, através da Biblioteca Mu-nicipal, em parceria com a Cáritas Diocesana local e que visa a capta-ção de voluntariado para a media-ção leitora junto das comunidades das diversas freguesias rurais do concelho.

“Queremos dar um salto quan-titativo e qualitativo na nossa inter-venção e deixar de fazer apenas as coisas para as pessoas, começando a fazer as coisas com as pessoas. Chamar a comunidade a participar na vida activa é para nós um pro-jecto muito importante e espera-mos que seja mais um projecto de excelência e referência por parte da Biblioteca Municipal”, sublinha ao “CA” o vereador Miguel Góis.

O programa de captação de vo-luntariado arrancou no passado mês de Maio e vai ser desenvolvido no âmbito do projecto “Dos livros sem página às páginas dos livros”, promovido pela biblioteca bejense e financiado pela Fundação Ca-louste Gulbenkian até 2014.

A ideia é trabalhar a identidade e memória junto das populações mais jovens e mais idosas, através de um “compromisso” com a leitu-ra e com a literatura.

Na prática, com o “Levantados do Chão” a Biblioteca Municipal de Beja pretende aumentar a sua “capacidade de resposta” e a “efi-cácia” do seu trabalho através da criação de uma rede de mediado-res de leitura qualificados e volun-

> PROJECTO. “Levan-tados do Chão” pretende criar rede de mediadores de leitura voluntários para as freguesias rurais do concelho de Beja.

MIGUEL GóISVereador da CM Beja

Queremos deixar de fazer apenas as coisas para as pes-soas, começando a fazer as coisas com as pessoas

constituição de um fundo de re-serva para fins sociais.

Este fundo vai, durante o ano de 2013, contribuir objectiva-

mente para suprir algumas das necessidades manifestadas pe-las várias instituições do conce-lho de Beja.

O reservatório da Mata, na se-quência do plano de reabilitação de infra-estruturas da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja, vai ser alvo de in-tervenções que visam requalificar esta importante infra-estrutura integrante do sistema de distri-

buição de água de Beja. Esta infra-estrutura, que é constituída por duas células com capacidade de 1.000 metros cúbicos cada, cons-titui uma reserva de água estraté-gica e fundamental na gestão do abastecimento de água à cidade de Beja. Tertúlia no Lar

do Salvador A sensibilização ambiental não escolhe idades e neste sen-tido realizámos no dia 17 de Maio uma sessão direccionada para os seniores do Lar do Sal-vador. Uma tertúlia designada “A Água que Bebo”, onde a par-tilha de experiências e opiniões foi uma constante, tornando a sessão bastante participativa e animada.

tários, que depois de um período de formação pela “mão” da Cáritas deverão dedicar duas horas sema-nais ao projecto, ao longo de 10 meses.

“Pretendemos ter uma bolsa de voluntários qualificados, com duas linhas de voluntariado. Uma que tem a ver com o trabalho de dinâmica de grupos em torno da leitura, da memória e da iden-tidade. E uma segunda linha de voluntariado que pressupõe um trabalho da manufactura de ob-jectos de estimulação sensorial para crianças muito pequeninas”, explica Cristina Taquelim, da Bi-blioteca Municipal de Beja, vin-cando a ideia de que o trabalho do voluntariado será, acima de tudo, “dar voz a estas histórias e a estas memórias”.

“Queremos que através das his-tórias de vida dessas pessoas pos-samos chegar à criação de outras histórias. Pretendemos dar voz às pessoas que muitas vezes não têm voz, através das palavras que elas possam exprimir. Por isso, este é um projecto para começar e não ter fim. É um projecto sem prazo de validade [risos]”, complementa Ana Soeiro, assistente social na Cá-ritas Diocesana e coordenadora do Banco de Voluntariado de Beja.

”Reservatório da Mata é importante para o abasteci-mento de água a Beja. Dr

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BAIXO ALENTEJO8 2013.06.07

REGIÃO

> Cdu já InICIOu CAmpAnhA ElEItORAl

João Rocha, Vítor Picado, Sónia Calvário e Manuel Oliveira – são estes os primeiros quatro nomes da lista da CDU à Câmara de Beja nas eleições autárquicas deste ano. Os principais nomes da lista da coligação foram apresentados no últmo sábado, 1 de Junho, num jantar que juntou cerca de 500 pessoas e que contou com as presenças do líder do PCP, Jerónimo de Sousa, e da deputada de “Os Ver-des”, Heloísa Apolónia.

O antigo autarca de Serpa João Rocha será o cabeça-de-lista da CDU à Câmara de Beja,

> autárquicas. CDU apre-sentou primeiros quatro nomes da lista à Câmara de Beja, assim como candidatos à Assembleia Municipal e às juntas de freguesia da cidade.

rocha apresentou equipa para Beja

CDU quer reconquistar Câmara de Beja, perdida para o PS em 2009. Dr

pub.

> E AIndA

CAStro verDePs revela candidato à assemBleia e mandatário

o professor Filipe Mestre é de novo o candidato do Partido Socialista à presidência da Assembleia Municipal de Castro verde nas autárquicas agenda-das para este ano. em comunicado, Filipe Mestre assume a sua candidatura “motivado pelo exercício de uma cidadania activa e empenhada no reforço do poder local”, defendendo “uma intervenção política fundada na proximidade e numa forte sensibilidade social e comunitária”. A candidatura liderada por António José Brito revelou ainda que o advogado José Francisco Colaço Guerreiro, de 59 anos, é o seu mandatário político. Para Colaço Guerreiro, a candidatura do PS pode “construir uma mudança sólida, responsável e capaz de gerir muito melhor” o município.

CAStro verDecdu aPresenta candidatos à câmara e juntas de freguesia

Francisco Duarte, que lidera a Câmara de Castro verde desde 2008, vai voltar a ser o candidato da

CDU à presidência desta autarquia nas eleições agendadas para este ano. Já Maria Fernanda espí-rito Santo é novamente a candidata da CDU à pre-sidência da Assembleia Municipal de Castro verde, ao passo que a mandatária da candidatura é Maria de Fátima Fialho. Para as freguesias do concelho, a CDU aposta em Fernanda Felício (Casével), José de Brito (Castro verde), António Jerónimo (entradas), Ana Luísa Fatana (Santa Bárbara de Padrões) e Alexandra tomé (São Marcos da Atabueira).

viDiGUeirAmanuel narra candidato a terceiro mandato Pela cdu

o presidente da Câmara de vidigueira, Manuel Narra, vai recandidatar-se ao cargo nas autárquicas deste ano, pela CDU, para tentar um terceiro e último mandato. “A minha recandidatura tem a ver com o momento de crise e a necessidade que senti de prosseguir com um projeto social”, disse Manuel Narra, referindo que, “devido às dificuldades que as populações estão viver, é preciso o poder local dar respostas e medidas muito fortes terão que ser tomadas para que não haja uma ruptura social nas pequenas comunidades”, como a de vidigueira.

seguido de Vítor Picado, de 36 anos, licencia-do em Psicologia e actual vereador. Na tercei-ra posição da lista surge a independente Sónia Calvário, de 39 anos, advogada e membro da delegação de Beja da Ordem dos Advogados, enquanto que Manuel Oliveira, de 49 anos e empresário na área da Segurança e Higiene no Trabalho, ocupa a quarta posição.

O médico Bernardo Loff volta a ser can-didato da CDU à presidência da Assembleia Municipal (órgão que lidera desde 1997), en-quanto que o antigo autarca bejense Carreira Marques é o mandatário da candidatura.

Durante o jantar foram igualmente apre-sentados os candidatos da CDU às duas novas uniões de freguesias urbanas de Beja: Miguel Ramalho lidera a lista para a União de Fregue-sias de Santiago Maior e São João Baptista, enquanto que Maria José Ramires é candida-ta à União de Freguesias de Salvador e Santa Maria da Feira.

João Sardica e Vítor Paixão vão ser os can-didatos do Partido Socialista às duas juntas de freguesia urbanas de Bejas nas eleições autár-quicas agendadas para este ano. Fonte do PS adianta ao “CA” que João Sardica, de 56 anos, técnico superior da Administração regional de Saúde do Alentejo, será o cabeça-de-lista à União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista, enquanto que Vítor Paixão, de 42 anos e actual presidente da Junta de Fre-guesia de Santa Maria da Feira, será o candidato socialista à União de Fregue-sia de Santa da Feira e Salvador. Sardica e Paixão foram escolhidos como candi-datos do PS às duas juntas de freguesia urbanas de Beja depois de uma votação interna em que participaram 61% dos mi-litantes com capacidade eleitoral.

sardica e Paixão nas freguesias da cidade de Beja

> pARtIdO sOCIAlIstA

o secretário-geral do PS, António José Seguro, vai estar no próximo dia 21 de Junho em Almodôvar, no jantar de apresentação do candidato à socialista à presidência da autarquia local, António Bota.

> Seguro na apresentação de Bota

O deputado do PS por Beja apresentou dois projectos-lei para alterar a delimitação territorial entre freguesias de Beja e Ferreira do Alentejo. Os projectos-lei apresentados por Luís Pita Ameixa são referentes às si-tuações das freguesias de Beringel e Mom-beja e de Mombeja e Ferreira do Alentejo,

sendo que neste caso a proposta implica igualmente a alteração dos limites dos concelhos de Beja e Ferreira do Alentejo.

“Existem partes dos núcleos urbanos daquelas freguesias já situados den-tro do território das freguesias vizi-nhas, o que constitui um absurdo e dificulta a vida aos cidadãos ali mo-radores bem como a acção admi-

nistrativa dos órgãos autárquicos”, justifica Ameixa [na foto].

novos limites em freguesias de Beja e ferreira

> pARtIdO sOCIAlIstA

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BAIXO ALENTEJO10 2013.06.07

REGIÃO

Trabalhos dos alunos de Artes Plás-ticas e Multimédia do Politécnico de Beja em exposição no instituto. João domingos – iPbeJa

> InstItuIçÃO ApOstA fORtE nO “clustER” dAs IndústRIAs cRIAtIVAs

IPBeja mais criativo

O mundo globalizou-se e tudo fi-cou mais perto, ainda que por vezes sejam milhares os quilómetros de distância. Uma nova realidade que não tem passado ao lado do Institu-to Politécnico de Beja (IPBeja), que aposta cada vez mais na comuni-cação multimédia e na utilização das redes sociais para se promover e afirmar uma dinâmica de cresci-mento.

A parceria com o “CA” (através das reportagens “Sinal Aberto” e “Primeiro Plano”), a página no Fa-cebook (com o maior número de seguidores entre os politécnicos do país), o lipdub produzido em 2012 ou os vídeos produzidos e emitidos através do seu sítio na Internet são a “face visível” desta aposta do IPBeja. Um “investimento” que assenta nas licenciaturas em Artes Plásticas e Multimédia e em Educação e Comu-nicação Multimédia (ECM), criadas há menos de uma década no seio da

> Educação. Politécnico de Beja dá “cartas” na área da comunicação multimédia e das artes plásticas, tendo sido a origem de diversos projectos inovadores.

Escola Superior de Educação.“O objectivo era dar formação

nestes domínios e achamos que a preparação que fazemos tem tidos bons resultados. Continuamos a aperfeiçoar-nos e esta é uma apos-ta que já foi ganha. Mas temos de melhorar de ano para ano”, vinca o director da escola e coordenador do curso de ECM, Jorge Raposo.

artE E comunIcaçãoNo seio do IPBeja, o curso de Artes Plásticas e Multimédia (APM) desta-ca-se pela conjugação das vertentes artísticas com as novas ferramentas tecnológicas de design e criação. “É um curso que prepara os alunos para estes produzirem objectos de artes plásticas e objectos que se en-quadram naquilo a que agora de-signamos de indústrias criativas”, sublinha o coordenador da licencia-tura, Aldo Passarinho.

De acordo com este docente, a estrutura curricular do curso assenta em três “blocos”, o último dos quais o estágio, que muitas vezes tem per-mitido o desenvolvimento de pro-jectos inovadores em áreas como a ilustração, o vídeo documental ou o cinema de animação, como é caso do filme que os alunos Manuel Ribeiro e Tiago Brito estão a conce-

ber em torno do conto “Pássaros de Deus”, de Mia Couto.

Concluída a formação, são múlti-plas as valências dos alunos de APM para poderem entrar no mercado de trabalho. “Basicamente preparamos os nossos alunos para operaciona-lizarem aquilo que é o pensamento criativo em produtos que eles pró-prios criam. E também incentiva-mos muito o empreendedorismo e a criação dos seus próprios negócios”, sublinha Aldo Passarinho.

crIar Em laBoratórIoAssociado ao curso de Artes Plásti-cas e Multimédia está o Laboratório de Arte e Comunicação Multimédia (Lab.Acm), espaço onde professores e alunos se envolvem em diversos projectos nas áreas das artes plásti-cas, do multimédia e das indústrias criativas.

“Tentamos posicionarmo-nos ao nível da produção de produtos que interessem à região”, nota Aldo Pas-sarinho, que também coordena o Lab.Acm, onde “nasceu” a nova ima-gem institucional do IPBeja.

“Partimos de uma matriz que já tinha uma identidade cromática bastante forte a nível de cores as-sociadas quer ao instituto, quer às suas unidades orgânicas, e a partir

“artshots” promove formação Um dos “trunfos” do IPBeja para cativar mais alunos de fora da região para o seu curso de Ar-tes Plásticas e Multimédia é a ini-ciativa “Artshots”, criada em 2005 e que visa proporcionar a alunos e professores do secundário um con-tacto com a formação no ensino superior na área da Arte e Comu-nicação Multimédia. “O ‘Artshots’ é um evento que tem vindo a ganhar notoriedade e que já extravasa por completa aquilo que é uma influ-ência regional ao nível do distrito”, sublinha o coordenador da licen-ciatura em APM, Aldo Passarinho.

daí tentámos enaltecer alguns dos valores e conceitos essenciais que a instituição queria nesta fase activar, nomeadamente uma vontade de afirmação internacional”, explica Ana Velhinho, docente e investiga-dora no Lab.Acm.

O resultado final foi uma imagem renovada, cuja utilização tem regras. “Existe um manual de normas e sempre que o nosso logotipo é co-locado em cartazes de eventos e ou-tros materiais promocionais gráficos há regras que têm de ser cumpridas. Dentro da instituição, também es-tamos a tentar fazer com que, aos poucos, as pessoas se habituem as estas novas regras e que respeitem a marca IPBeja”, revela a designer de comunicação Paula Monteiro.

Ligada ao Lab.Acm está ainda a web TV do IPBeja, que valoriza o esforço feito pela instituição na área da formação em comunicação mul-timédia. “Aquilo que se faz no curso, mesmo até a integração dos alunos em locais de estágio, está muito vol-tado para a produção e gestão de conteúdos. É uma mais-valia para o curso, uma mais-valia para os nos-sos alunos e uma mais-valia para a sua integração no mercado de traba-lho”, conclui Tiago Nunes, docente e investigador do Lab.Acm.

Veja o vídeo da reportagem “Artes Plásticas e Comunicação Multimédia no desenvolvimento de um ‘cluster’ no IPBeja orientado para as indústrias criati-vas” a partir desta sexta-feira, 7 de Junho, em www.correioalentejo.com.

VÍdEo Em corrEIoalEntEJo.com

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2013.06.07

ODEMIRA

LITORAL

>investimento

A Câmara de Odemira lançou os concursos públicos para a construção de jardins públicos em Vila Nova de Milfontes e São Teotónio. O novo Jardim Pú-

blico de Vila Nova de Milfontes custará quase 984 mil euros e estará concluído em 2014, enquanto que em São Teotónio a obra está avaliada em 198 mil euros.

NOVOS JARDINS PÚBLICOS EM VILA NOVA DE MILFONTES E SÃO TEOTÓNIO

> AuTARquIA cOnTInuA A REcLAMAR pOR MELhOREs AcEssIbILIDADEs nO cOncELhO

Sair de Odemira rumo a Beja, Santiago do Cacém, Lisboa ou Algarve “é um drama”! O desabafo é do próprio presidente da Câmara Municipal, para quem as acessibilidades rodo-viárias continuam a ser um dos maiores (senão o principal) “calcanhares de Aquiles” do con-celho do Litoral Alentejano.

“Uma região como o Alentejo tem distân-cias muito grandes e algumas dificuldades que todos conhecemos na rede viária nacional. Mas o concelho de Odemira, em particular, é muito afectado”, tendo “uma rede viária que não está ao nível daquilo que conhecemos nas principais regiões deste país”, sublinha ao “CA” José Alberto Guerreiro.

Garantindo que “chegar de Odemira a qual-quer dos centros administrativos é um drama”, o autarca dá o exemplo de uma simples ida ao hospital para uma consulta de rotina: “Basta pensar que o hospital de Beja – onde vão as nossas grávidas – está a 100 quilómetros e que o Hospital do Litoral Alentejano, que nos serve directamente, está a 65 quilómetros”.

“O concelho de Odemira, por estar no Su-doeste Alentejano, está de facto um pouco segregado. Diria que um destes dias será mais fácil chegar a Marrocos do que chegar a outro lugar deste país… A verdade é que a rede viária que temos tarda em ser actualizada”, acrescen-ta o edil socialista.

Na mira de José Alberto Guerreiro está, em primeira instância, o IC4, que deveria existir para ligar Sines a Faro, passando por Odemi-ra, mas ainda não saiu do papel. “Gostaríamos que um dia tivéssemos o IC4 com um traçado ajustado, que nos ligasse ao IC1 [no nó de Ou-rique] e com isso podermos ter uma ligação mais fácil à capital de distrito. Isso consta do Plano Nacional Rodoviário há muitos anos e continua a ser um dos nossos objectivos, mas os desenvolvimentos têm sido muito poucos”, lamenta.

Ao mesmo tempo, o edil odemirense apon-ta o dedo às “péssimas condições” da EN 120, nomeadamente na zona de São Luís. “Neste momento, a via nem tem sequer condições para o cruzamento de dois pesados. Está numa situação deplorável e obviamente que se tivés-semos o IC4 esta estrada poderia funcionar

> ODEMIRA. Autarca José Alber-to Guerreiro reconhece que acessi-bilidades rodoviárias são o grande “calcanhar de Aquiles” de Odemira e pede mais atenção ao Governo.

JOSé ALBERTO guERREIROPresidente da CM Odemira

Um destes dias será mais fácil chegar a Marrocos do que chegar a outro lugar do país… A verdade é que a rede viária que temos tar-da em ser actualizada.

A Câmara de Odemira está a construir uma nova estrada municipal entre Bicos e Colos, um troço de 8,5 quilómetros que custará cerca de 1,4 milhões de euros e tem comparticipação comunitária. Esta estrada “vai aproximar populações que estavam muito distantes. E no caso de Bicos, encurta em cerca de 10 quilómetros a distância aos principais pontos do conce-lho. Estamos em crer que será uma estrada bastante utilizada na circulação norte-sul

a partir de toda esta região do concelho”, vinca José Alberto Guerreiro, lembrando que nas últimas duas décadas a autarquia tem feito “um investimento muito grande” nesta área e a fazer os itinerários munici-pais “que têm características totalmente nacionais”. No caso das estradas municipais, “estamos a um nível em que quem nos dera que es-tivessem as estradas nacionais”, acrescenta José Alberto Guerreiro.

Nova LIGaÇÃo DE bIcos a coLos

Estado das estradas nacionais no concelho de Odemira preocupa bastante o presidente da Câmara Municipal, que pede obras. DR

11

Façam as estradas!

como complementar”, argumenta.O presidente da Câmara de Odemira la-

menta ainda o mau estado da EN 266, “que trespassa todo o interior” do concelho e “está numa situação deplorável, especialmente en-tre Luzianes-Gare e a ligação a Monchique”. Em breve, o troço entre Luzianes-Gare e Sabóia vai ser requalificado pela Estradas de Portugal, num investimento de dois milhões de euros, mas para José Alberto Guerreiro “ainda fica metade por fazer”.

O estado da ligação de Odemira a Beja, através da EN 263, da EN 2 e da EN 18, também está longe de agradar a José Alberto Guerreiro. “Embora haja uma melhoria significativa até ao entroncamento do Montenegro, daí para Beja é um calvário, com troços em bom esta-do e troços em mau estado. Ora não é possível transportar grávidas em situação de urgência num itinerário de 100 quilómetros nestas con-dições”, vinca.

MELhORES ESTRADAS, MAIS DESENVOLVIMENTOCiente de que o actual estado das finanças do país não permitirá a concretização de todas as obras nas estradas reclamadas pela Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro afiança que a melhoria da rede rodoviária nacional que serve o concelho poderia passar por um ajustamen-to das estradas nacionais para a tipologia IC, o que teria “custos comportáveis”, “colocaria Odemira no mapa” e potenciaria o desenvolvi-mento económico.

“É preciso não esquecer que temos um pe-rímetro de rega com uma infra-estrutura por explorar e com interesses e projectos de inten-ções para desenvolvimento de novos projectos agrícolas, para além de toda a apetência turís-tica que a região tem. Por isso, como alguém dizia, façam-nos as estradas que nós fazemos o desenvolvimento”, remata o autarca odemi-rense.

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12 2013.06.07LITORALODEMIRA

Adrenalina e animação

Se é amante da adrenalina das bicicletas e do BTT, se prefere as emoções fortes da escalada, se gosta de longas caminhadas pela natureza ou se adora as actividades náuticas (com o surf e o mergulho à cabeça), então aponte na agenda: este fim-de-semana alargado, en-tre os dias 8 e 10 de Junho, dê um “pulinho” a Vila Nova de Milfontes e à Fei~Tur!

Fruto de uma parceria entre a Câmara de Odemira e a Junta de Freguesia de Vila Nova de Milfon-tes, a Feira de Turismo Activo e Desportivo é promovida em con-junto com os empresários do sec-tor e visa, sobretudo, valorizar as potencialidades do concelho do Litoral Alentejano para o turismo activo e desportivo, promovendo a oferta turística, o alojamento, a res-tauração e a cultura local.

“O turismo é uma das nossas vertentes mais fortes. A par da agri-

> MILfontes. Activida-des turísticas, desporto, gastronomia ou animação musical são alguns desta-ques da Fei~Tur, que dá a conhecer as potencialidades turísticas do concelho de Odemira.

> FEIRA DE TuRIsMO AcTIvO E DEspORTIvO EM vILA NOvA DE MILFONTEs

Fei~Tur vai animar Milfontes de 8 a 10 de Junho e pretende valorizar as potencia-lidades do concelho de Odemira para o turismo activo e desportivo. jtm

8 DE JUNHO (SÁBADO)teAtRo De RUA:“sÃo JoRGe e o DIABo” 21H30

nU soUL fAMILYno DJ’s AntenA 3 a partir das 22H30

9 DE JUNHO (DOMINGO)RItMóBIDons 21H30

BAnDAs LocAIs 22H30

10 DE JUNHO (SEGUNDA)AnIMAÇÃo De RUA: “A PAstoRícIA” 18H00

> A NÃO pERDER...

cultura, é um dos pilares do nosso desenvolvimento […] e quem visita esta feira fica, de facto, a conhecer não apenas Vila Nova de Milfontes, mas também as boas praias que temos e a oferta turística diversifi-cada que existe no concelho, com um turismo de natureza qualifica-do, com ofertas na área da gastro-nomia muito importantes. Julgo que a Fei-Tur vai ser, no futuro, um dos marcos da região em termos daquilo que é a nossa estratégia de desenvolvimento”, sublinha ao “CA” o presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro.

Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Milfontes, José Gabriel Lourenço, reconhece que o certame marca o “pontapé de saída” da época bal-near na localidade, onde este Verão são novamente esperados milha-res de turistas.

PARA veR… e DesfRUtAR!A Fei~Tur – Feira de Turismo Activo e Desportivo de Vila Nova de Mil-fontes arranca este sábado, 8 de Junho, e até segunda-feira, dia 10, são muitos os pontos de interesse num programa diversificado e para todos os públicos, onde há muito para ver… e desfrutar!

O certame arranca às nove da manhã de sábado, 8, com futebol de praia, mas a inauguração oficial

só está agendada para as cinco da tarde. Durante o dia, destaque para as oficinas de trabalhos manuais e de tango, para as actuações do Grupo de Cantares da Associação de Reformados e Idosos de Mil-fontes (17h00), do Grupo de Dança “Viz-a-Viz” (18h00) e de Fil Costa (19h00) e para o espectáculo de teatro de rua “São Jorge e o Diabo” (21h30). A fechar a noite, a ani-

> pROvA DIA 10

Brisasdesportivas e solidárias Uma prova desportiva com um cariz… solidário! Será assim a edi-ção de 2013 das “Brisas do Atlânti-co”, que se realiza no próximo dia 10 de Junho (segunda-feira) entre Almograve e Zambujeira do Mar, numa organização da Câmara de Odemira.

A iniciativa contará com cerca de 1.500 participantes nas mo-dalidades de cicloturismo, BTT, patinagem, pedestrianismo, atle-tismo, run & bike, desporto adap-tado, kayak mar e pesca desportiva (novidade em 2013), sendo que este ano a causa social “abraçada” pelas “Brisas do Atlântico” será o apoio às famílias carenciadas do concelho de Odemira devidamen-te sinalizadas através das várias instituições locais de solidarieda-de social.

Fonte municipal adianta ao “CA” que as provas de atletismo, patinagem e run & bike terão per-cursos de 20 quilómetros, enquan-to que a competição de kayak mar decorrerá junto à costa, entre Vila Nova de Milfontes e Zambujei-ra do Mar (23 quilómetros). Já o I Open de Surf Casting Brisas do Atlântico em pesca desportiva terá como ponto de encontro a praia das Furnas-Rio, em Vila de Nova de Milfontes.

Na vertente lazer, haverá os per-cursos Almograve-Cabo Sardão (oito quilómetros) e Almograve-Longueira (três quilómetros) para o pedestrianismo, e Almograve-Zambujeira do Mar (35 e 45 quiló-metros) para BTT e cicloturismo.

As inscrições na “Brisas do Atlêntico” custam cinco euros por participante e haverá prémios monetários para os vários escalões nas modalidades de competição. No final do evento, a organização da prova oferece um almoço-con-vívio a todos os participantes.

mação é garantida pelos Nu Soul Family (22h30) e pelos No DJ’s An-tena 3 (24h00).

No domingo, 9, o dia arranca novamente com futebol de praia (9h00) e para a tarde estão agen-dados workshops (de construções de madeiras, tecelagem, pastela-ria e zumba), o passeio de BTT “À Descoberta da Longueira/ Almo-grave” (16h30) e uma corrida com sacos de serapilheira (19h30). Já a animação musical estará a cargo do Rancho Folclórico de Vila Nova de Milfontes (18h00), Fil Costa (19h00), Ritmóbidons (21h00) e das bandas locais Faxrock, Sentola, Contra-mão, Step to Infinity e Dirt to Death (22h00).

A Fei~Tur 2013 termina na se-gunda-feira, 10 (feriado nacional), com oficinas de violas campaniças, joalharia e cortiça para crianças, a actuação dos grupos Canta São Te-otónio e Coral de São Luís (16h00), um peddy paper (16h00), a entrega de prémios do concurso “Espanta Corsários” e animação de rua com o espectáculo “A pastorícia” (am-bos às 18h00).

Paralelamente, durante os três dias de feira haverá animação in-fantil, aulas de surf e paddle board, passeios de segway, de comboio, de bicicleta e de burro, slide, es-calada, canoagem e baptismos de mergulho.

“Brisas do Atlântico” junta mais de 1.500 participantes. DR

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ALJUSTRELESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 332 DO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2013.06.07

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Festa forte naFeira do Campo

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ALJUSTRELCADERNO

2 2013.06.07

O futuro de Aljustrel está no campo e na agricultura? Essa é, pelo menos, uma das visões para o futuro do concelho de Aljustrel e da região. Vamos passar de 4.000 hectares para cerca de 25 mil hec-tares [regados] e é legítimo que os aljustrelenses – e os alentejanos – te-nham no espaço de uma década o que várias gerações ambicionaram: ter uma agricultura competitiva. É bom lembrar que a agricultura está a assumir uma importância maior de-vido à crise alimentar e hoje tem ou-tra janela de oportunidade. É nesse sentido que acho que iremos crescer e temos projectos que já estão a an-corar-se em Aljustrel. Além disso, as associações e os próprios responsá-veis do sector estão constantemente a trabalhar no sentido de saber que tipo de culturas poderemos ter e para que tipo de mercados produzir. Esse é um trabalho que terá de ser contínuo, pois tenho a sensação que os agricultores, muitas vezes, não têm ninguém que lhes diga que tipo de produção devem fazer.

Quem o deve fazer? Não vou discutir se o papel da Câmara Mu-nicipal deve ser esse. O que é certo é que temo-lo feito com parceiros como a Associação de Beneficiários do Roxo (ABR), quer através da pro-moção da infra-estrutura quer com aquilo que entendemos ser impor-tante…

Que é? Precisamente tentar mos-trar bons exemplos aos nossos agri-cultores, para que eles possam ver e entusiasmar-se. Já temos no territó-rio de Aljustrel o maior amendoal da Europa, existe o percurso que temos estado a fazer com a ABR e a Agilepe (Espanha) no sector da romã, há a plantação de figueiras, marmeleiros e até de cebola. Mas ainda estamos no princípio e a falar de produção. Deveremos conduzir este trabalho

NELSON DOmiNgOS bRiTOPRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALJUSTREL

IDADE: 36 AnosnAturAlIDADE: AljustrEl

> ENTREViSTA NelsoN britoCom a vila de Aljustrel engalanada para receber mais uma Feira do Campo Alentejano, o presidente da Câmara Municipal, Nelson Brito, sublinha em entrevista ao “CA” a importância do sector para o desenvolvimento económico do concelho.

“Aljustrel tem marca de empreendedorismo”

nelsOn britO | Presidente da Câmara de Aljustrel

A agricultura está a fazer um percurso muito forte e constitui-se assumidamente como um dos pilares que queremos que o concelho tenha.

nisso e tem o mérito de ter gente no seu território que tem sabido fazer um percurso forte com as suas em-presas. Aljustrel tem uma marca de empreendedorismo própria quando comparado com o resto da região que nos envolve.

Voltando à questão, à agricul-tura junta-se a actividade minei-ra? O sector mineiro é um pilar que tem trazido alguma paz social ao concelho nos últimos anos e voltado a potenciar algumas actividades que gravitam à sua volta. Mas também aqui temos uma “visão múltipla”, para encontrar no próprio sector alternativas a uma eventual quebra nas cotações [dos metais].

Por exemplo? A mina tem poten-cialidades no ambiente, na investi-gação e tecnologia, no turismo e na recuperação do seu património, e na formação e qualificação. São estes os vectores que devem ser tratados no âmbito do território, mas também no âmbito da potencialidade de criar emprego e economia. Daí o Centro de Estudos Geológicos Mineiros de Aljustrel, sendo que será uma mais-valia Aljustrel poder ficar ligada às novas tecnologias. Por outro lado, há a visão do ambiente, um imperativo legal e moral para gerações futuras e que permite a criação de novas zo-nas de visitação. E porque temos este património, o âmbito da formação e da qualificação também entronca aqui. Há exemplos em várias minas fechadas do que foram formações e qualificações para tratar o próprio património e torná-lo visitável. Isso constituiu empregabilidade, forma-ção e ocupação para as pessoas. Fi-nalmente, o projecto de reabilitação ambiental apresentado pela EDM permitirá tornar um fundo de mina visitável. Com isso podemos ambi-cionar captar visitas e turismo para Aljustrel.

para um segundo sector, que trará valor acrescentado, que é ter produ-ção que permita instalar cá a trans-formação.

Há empresas transformado-ras interessadas? Através da ABR temos sabido que existem algumas possibilidades, entre as quais o re-gresso a uma cultura que tão de-primida está mas que tanta história tem neste concelho, que é a cultura do tomate. Segundo sei, há interesse nesta região por parte de empresá-rios da Ásia e o que o Município tem de continuar a fazer – e isso está no âmbito da revisão do PDM – é o seu ‘trabalho de casa’.

Que “trabalho de casa”? No âmbito da revisão do PDM – que es-peramos concluir até final deste ano civil e irá em breve para consulta pública – vamos ter em vários pon-tos do território do concelho a possi-bilidade de novas zonas industriais. Desde logo em São João de Negri-lhos, com mais três ou quatro hec-tares na zona da antiga fábrica do Roxo. Em Ervidel também estamos a trabalhar para colocar aí uma zona empresarial. A zona do nó da auto-estrada irá finalmente englobar uma zona empresarial. E temos em ex-pansão a zona empresarial existente em Aljustrel. Ou seja, ficaremos com o território preparado para aquilo que são as necessidades e as vonta-des de quem quiser aqui investir.

O desenvolvimento económi-co de Aljustrel reside apenas na agricultura? Claro que não! A agricultura está a fazer um percurso muito forte e constitui-se assumi-damente como um dos pilares que queremos que o concelho tenha. Mas temos afirmado sempre que é necessário fazer uma aposta di-versificada na questão económica do concelho. Aliás, Aljustrel é forte

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> CERTAmE ENTRE OS DiAS 7 E 10 DE JUNhO

Orgulho dosaljustrelenses

São 80 horas de puro “orgulho aljustrelense”! A 13ª edição da Fei-ra do Campo Alentejano arranca esta sexta-feira, 7 de Junho, no Parque de Feiras e Exposições de Aljustrel e durante quatro dias pro-mete mostrar o que de melhor se faz no concelho, num ambiente de grande festa e confraternização.

“A Feira do Campo constitui o nosso grande momento anual, o momento em que mostramos o que somos capazes de fazer e onde mostramos outra coisa em que somos muito fortes: a amizade, o convívio e o orgulho que temos em sermos deste concelho”, nota ao “CA” Nelson Brito, presidente da autarquia local, que organiza o certame.

A feira arranca logo às 10h00 desta sexta-feira, 7 de Junho, e de tarde realiza-se a terceira edição do Encontro Ibérico “Regadio e Sustentabilidade” [ver página 5]. A inauguração oficial do certame está agendada para as 18h00, com a presença da banda filarmónica da SMIRA e do Grupo Coral “Os Mineiros de Aljustrel”, seguindo-se a actuação dos Maravilha do Alen-tejo no palco secundário, junto à zona das tasquinhas (19h00).

Após a projecção do jogo Por-tugal-Rússia, de apuramento para o Mundial (20h45), o picadeiro recebe um espectáculo equestre (21h30) e há música pela noite fora, com destaque para os Cais do Sodré Funk Connection a partir da

> feira. Organizada pela Câmara de Aljustrel, XIII Feira do Campo Alentejano promete quatro dias de muita animação no Parque de Feiras e Exposições.

Ao longo dos quatro dias de Feira do Campo Alentejano realizam-se também actividades para os mais novos e diver-sos workshops sobre os sabores da terra e de confecção de pão, assim como acções de promoção da saúde.

> Crianças, workshops e saúde na feira

“Concelho muito mais ambicioso” em 2009, na campanha autár-quica, prometeu um concelho com mais ambição. esse objec-tivo foi, na sua opinião, alcan-çado? Tentando ser o mais isento possível, acho que Aljustrel é hoje um concelho muito mais ambicio-so. Compare Aljustrel com a região e veja que temos hoje potencialidade e competitividade próprias.

em que baseia a sua opinião? Naquilo que tem sido o percurso nestes três anos, em que temos de-crescido a dívida que encontrámos com menos receitas, em que somos dos concelhos desta NUTT que mais candidaturas ao QREN tem e que mais execução está a realizar no conjunto da antiga contratualização directa. E podemos ver o que somos em termos culturais, desportivos e associativos, em termos de traba-lhos descentralizados com as nossas juntas de freguesia e em termos da solidariedade com os nossos parcei-ros. O Município está a dar o maior apoio de sempre para a construção do novo lar da Misericórdia de Al-justrel. São cerca de 17.500 euros por mês! E não baixámos verbas ne-nhumas para o associativismo! É de elementar justiça dizer que temos feito mais com menos.

Que principal marca destaca? Aljustrel é hoje um concelho com trabalho social feito com os que menos têm. É uma marca muito importante que estamos a deixar, apesar de saber que há alguns que não gostam. Se há coisa que me dá orgulho dizer a todos os aljustrelen-ses é que temos um concelho mais solidário e mais próximo de quem menos tem. Temos feito um traba-lho social muita das vezes mal ape-lidado pelo adversário político, que devia ter vergonha de falar nesse aspecto...

Porquê? Porque partidos de es-querda têm sempre de ter um traba-lho solidário muito forte. E isso não aconteceu [nos anteriores execu-tivos]! Sem deixar de o fazer, trocá-mos a política social da Câmara de fazer apenas uma viagem anual de idosos à praia e um almoço no Na-tal, que era uma visão mesquinha e de ‘caridadezinha’ da visão social, por projectos como a Universidade Sénior, em que se motiva as pesso-as e dá importância ao envelhecer em Aljustrel. E temos cerca de 350 idosos que fazem o ‘jantarinho’ de Natal e que fazem à mesma a via-gem à praia, mas 70 estão em alfa-betização. Isto é que é o reforço da condição humana! Ou seja, a Uni-versidade Sénior, a Unidade Móvel de Saúde, a CPCJ, a Loja Social, o Banco de Ajudas Técnicas, o Anima-Sénior ou a Unidade de Pequenas Reparações são instrumentos que nos dão uma matriz de esquerda e ideológica de que não prescindo.

Diz que “fizeram mais com menos”. Considera a redução da dívida da autarquia de 10,8 para 9,2 milhões de euros uma das vossas maiores “vitórias”? É, até por sentirmos que havia uma ideia mítica – se calhar errada – que as governações anteriores tinham isto bem consolidado em termos finan-ceiros. Temos tido rigor financeiro, sem hipotecar as nossas actividades e as nossas obras. Estamos fazendo um centro escolar, estamos recons-truindo um cinema e a piscina co-berta, fizemos regenerações urba-nas em freguesias no valor de cerca de um milhão de euros, pagámos obras iniciadas no anterior manda-to… E quando nos querem colocar uma visão festiva sobre o mandato, estamos à vontade para dizer que te-mos feito mais eventos e assinalado mais datas com menos verbas.

A obra de requalificação do Cine Oriental, avaliada em 1,1 milhões de euros e comparti-cipada pelo QREN, está quase pronta. “Estamos a trabalhar próximo do empreiteiro, para que consigamos em Agosto ou Setembro ter a obra concluída”, diz Nelson Brito. A nova sala terá cerca de 250 lugares sentados e será vocacionada para as artes de palco. “Será cada vez mais um espaço multiusos”, argumenta o autarca mineiro, que contesta as críticas da oposição. “Aos que afirmam que se devia ter cons-truído um cinema de raiz noutro local, pergunto: o que fariam ao edifício actual? Se era melhor construir um cinema novo, se não era para requalificar e am-pliar, porque comprou o anterior executivo da Câmara um imóvel abaixo do actual cinema, que pertencia aos Bombeiros? Será que iam construir o cinema novo no local onde existe actualmente um novo loteamento, destinado a jovens casais, com 11 dos 13 lotes já vendidos?”, questiona.

cinema está quase pronto

O ano lectivo de 2013-2014 já deverá arrancar no novo Centro Escolar Vispasca, investimento da autarquia avaliado em 1,5 mi-lhões de euros e que contou com comparticipação comunitária. “É um espaço que vai ter conforto e melhores condições para as futuras gerações de Aljustrel. Isso é marcante e quem não o quiser assumir está no lado errado da história”, vinca o presidente da edilidade, notando que a edu-cação é um dos pilares “mais importantes” da acção do seu executivo. “Temos a certeza que com esta infra-estrutura a histó-ria não será igual nos primeiros passos da formação dos aljustre-lenses”, conclui Nelson Brito.

nova escola em setembro

22h30 no palco principal.No sábado, 8 de Junho, o dia

começa com um passeio equestre com concurso de traje à portugue-sa (9h00), enquanto que de tarde, no Palco 2, haverá música com os grupos de Cantares Feminino de Aljustrel (15h30), “Os Cigarras” (17h30) e Coral “Rosas de Abril” (18h00) e fado com Luís Saturni-no (19h00). Pelo meio, às 18h00, a Praça de Toiros Manuel António Lampreia recebe uma corrida à portuguesa. Para a noite de sábado está agendado o concerto de Paulo Gonzo (22h30 no palco principal) e muita múisca no palco secundário e no Espaço Jovem.

Uma prova de caça a pares, a partir das sete manhã, marca o arranque do programa da Feira do Campo no domingo, 9 de Junho. De tarde, além da mostra e pro-va de doçaria à base de pão com a presença de Filipa Vacondeus (14h30), actuam os acordeonistas “Os Desenrascados” (15h30), o grupo “Margens do Roxo” (18h00) e Arlindo Costa (19h00). E no pi-cadeiro tem lugar um colóquio sobre cavalo lusitano (16h30) e uma demonstração de dressa-ge (18h30). A actuação dos GNR, de Rui Reininho, às 22h30 será o grande momento da noite de do-mingo.

A XIII Feira do Campo Alenteja-no termina segunda-feira, 10 de Ju-nho (feriado nacional), dia em que será servido às 12h00 um gaspacho colectivo. De tarde, além da prova de saltos no picadeiro (17h00), a animação musical será garantida pelos grupos Coral de São João de Negrilhos (16h00), Coral “Flores da Primavera” (16h30), Etnográfi-co de Danças e Cantares “Planície Alentejana” (17h00) e “Moda Mãe” (18h00).

Paulo Gonzo actual em Aljus-trel na noite de sábado, 8 de Junho, a partir das 22h30. Dr

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Amêndoas do Alentejo

Se numa destas tardes de Verão der por si a refrescar-se com um Magnum ou a sa-borear um bombom da marca Raffaello, pode bem estar a comer amêndoas… alen-tejanas! Tudo da Herdade do Xacafre, na freguesia de São João de Negrilhos, de onde saíram no último ano perto de 194 tonela-das de amêndoa para o mercado espanhol, quase tudo para ser utilizado na indústria alimentar.

“Fornecemos a Nestlé, a Unilever e a Fer-rero Rocher. Aliás, a amêndoa de 100 dos nossos hectares vai exclusivamente para a Ferrero Rocher fazer os bombons Raffaello”, revela ao “CA” a engenheira agrícola Joana Pires, de 36 anos, responsável técnica por aquele que é o maior amendoal da Europa e onde trabalham em permanência quatro pessoas (a que se juntam mais três dezenas de trabalhadores na altura da colheita, entre Agosto e Outubro).

O projecto da Herdade do Xacafre arran-cou em 2007, quando os 323 hectares foram adquiridos pelo espanhol Vicente Llópis, empresário da zona de Múrcia, onde tem uma fábrica de transformação de amêndoa, utilizada sobretudo na produção do famoso “torrão de Alicante”.

“Os donos da herdade tinham alguma dificuldade em encontrar terrenos e solos que se adaptassem a estas variedades e vie-ram para Portugal à procura de água e solo”, lembra Joana Pires.

> AgriculturA. Propriedade de um empresário espanhol, a Herdade do Xacafre produziu no último ano 194 toneladas de amêndoas, tudo para expoortação.

A opção acabou por recair em São João de Negrilhos devido à existência de água em abundância assim que a ligação de Alqueva ao Roxo estivesse concluída (o que aconte-ceu em 2009). “O regadio é essencial, vital mesmo! Porque estas variedades não sobre-vivem em sequeiro e o nosso clima é o mais adaptado que há para elas”, argumenta a engenheira agrícola.

Um ano depois da aquisição da pro-priedade, começaram a ser plantadas as primeiras amendoeiras. “É um amendoal intensivo, com 416 árvores por hectares num compasso de seis por quatro”, explica Joana Pires, adiantando que as variedades utilizadas são todas americanas e de casca mole, “dado poderem descascar-se à mão e serem mais fáceis de transformar na indús-tria alimentar”. Contudo, a herdade conta também com oito hectares onde foram plantadas variedades espanholas de amên-doa de casca dura.

Um amendoal demora cerca de oito anos a entrar em “velocidade cruzeiro”, altura em que produz uma média de 3.500 quilos de amêndoas por hectare. “No nosso caso só deverá chegar aos 2.500 quilos, porque os solos são bons mas não os ideais”, nota Jo-ana Pires, adiantando que em 2012 a Her-dade do Xacafre teve uma produção média de 600 quilos de amêndoa por hectare, num total de quase 194 toneladas.

“Foi um ano muito bom”, reconhece a engenheira agrícola, que espera uma que-bra na produção em 2013. “Este ano não será perfeito, pois houve falta de frio e cho-veu muito. Por isso, as produções não são as esperadas. É provável que a produção des-te ano diminua um pouco… Temos zonas que estão muito bem, mas temos zonas que nem por isso”, justifica.

> MAiOR AMENDOAL DA EUROpA ESTá EM SãO JOãO DE NEgRiLhOS> iNiCiATivA

colóquio vai debater o regadio “De culturas tradicionais a novas cultu-ras de regadio – Nogueira/ Romã/ Figueira” – é este o grande mote da terceira edição do Encontro Ibérico “Regadio e Sustentabili-dade”, que decorre esta sexta-feira, dia 7 de Junho, nas instalações da Zona Agrária da vila mineira.

Integrada no programa da 13ª Feira do Campo Alentejano, a iniciativa arranca às 14h30, com a sessão de abertura a ser pre-sidida pelo autarca local, Nelson Brito. Se-guem-se as intervenções de Mariana Regato (do Instituto Politécnico de Beja), Rui Sousa (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária) e Julián Bartual Martos (Es-tacíon Experimental Agraria de Alicante – Espanha) sobre as culturas da nogueira, figeira e romã, respectivamente.

O debate dura toda a tarde e será mode-rado pelo presidente da Associação de Be-neficiários do Roxo, António Parreira.

Depois de colhida, a amêndoa da Herdade do Xacafre tem três utilizações. A casca verde é vendida para a produção de rações animais, a casca interior, de madeira, é transformada em pellets e o grão utilizado na indústria alimentar.

> Amêndoa com “tripla-utilização”

Novo bloco de Ervidel inaugurado O Aproveitamento Hidroagrícola de Er-videl, incluído no projecto do Alqueva, foi inaugurado esta quarta-feira, 5, após um investimento de 40,9 milhões de euros, para servir 8.228 hectares e 444 agricultores dos concelhos de Aljustrel e Ferreira do Alentejo.

A apadrinhar a inauguração da obra es-tiveram o secretário de Estado da Agricultu-ra, José Diogo Albuquerque, e o ministro da Agricultura de Marrocos, Aziz Akhannouch.

Dividida em três blocos de rega, a nova área de regadio, com 466 bocas de rega e cerca de 86 quilómetros de condutas, foi co-financiada em 39,67 milhões de euros pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Pro-der), refere a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA).

Na actual campanha de rega, o projec-to Alqueva já tem infra-estruturados 68 mil hectares de regadio, mais de metade dos 120 mil hectares previstos no projecto global.

> REgADiO

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Joana Pires é a responsável técnica pelo amendoal instalado na Herdade do Xacafre. JTM

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> PROJECTO DA JUNTA DE FREgUESiA ESTá AvALiADO Em 75 miL EUROS

Obras na Senhora do Castelo

Até ao final do ano a área envol-vente à igreja de Nossa Senhora do Castelo, uma das “imagens de mar-ca” da vila de Aljustrel, vai ficar de “cara lavada”. As obras, avaliadas em 75 mil euros, são promovidas pela Junta de Freguesia local e preten-dem, acima de tudo, valorizar o es-paço e torná-lo mais visitável.

“A valorização e promoção deste espaço era prioritário, pois conside-ramos este lugar dos mais bonitos do país e o mais emblemático de Aljustrel, com enormes potenciali-dades turísticas”, explica ao “CA” o presidente da Junta de Freguesia, Manuel Ruas.

Nesse sentido, o projecto, que deverá estar concluído até final de 2013, prevê a construção de um passadiço panorâmico em madeira (que também permitirá o acesso de

> AljuStrel. Requali-ficação da envolvente da igreja estará concluída até final do ano. Acção social tem sido outra prioridade da Junta de Freguesia.

Igreja de Nossa Senhora do Castelo é um dos “sím-bolos” de Aljustrel. Dr

pessoas com mobilidade reduzida), a instalação de uma vedação em madeira, a criação de um parque de merendas e um quiosque, e a colo-cação de bancos.

“Estão também em construção muretes em pedra, de forma a criar contenções, assim como a criação de zonas e caminhos pedonais”, nota Manuel Ruas, sublinhando que a obra custa 75 mil euros, verba comparticipada a 60% pelo Proder. Os restantes 40% são assegurados pelo orçamento da Junta, que conta com o apoio da Câmara “em alguns materiais e equipamentos”.

IntervençãO trAnSverSAlEleito pelo PS desde 2009, Manuel Ruas garante que o seu executivo tem tentado ter “uma intervenção transversal, global e envolvente”, apoiando “os mais desfavorecidos, os idosos e as crianças com neces-sidades especiais”, e denunciando “sempre o que achamos errado, em prol das nossas gentes e da nossa terra”. “Foi isto que prometemos, foi isso que fizemos”, diz.

Ainda assim, a acção social tem sido uma das maiores prioridades

> LOJA DA viLA miNEiRA SOFREU gRANDES ObRAS DE RENOvAçãO

Intermarché aposta em Aljustrel

Está diferente o Intermarché de Aljustrel! Tudo porque a loja da vila mineira sofreu diversas obras de re-qualificação e renovação exterior e interior, desde a imagem aos equi-pamentos, que a tornaram mais fun-cional e permitem aos seus clientes uma experiência de consumo “mais agradável”.

“Esta renovação dá-nos a possibi-lidade de oferecer aos nossos clientes uma gama muito mais alargada de produtos, nomeadamente ao nível das frutas e legumes mas também nas áreas do take-away e congela-dos. O nosso forte neste momento é especialmente o take-away, com uma variedade de pratos saborosos”, explica ao “CA” a gerente da loja.

De acordo com Paula Montei-ro, um dos “motivos” mais fortes para os aljustrelenses procurarem

> COmérCIO. Inovação, confiança e cumplicidade com clientes e fornecedo-res marcam a diferença no Intermarché de Aljustrel.

a loja do Intermarché é a “relação qualidade-preço” dos seus produ-tos e serviços. “Nas nossas lojas, e integrado na nossa campanha na-cional do ‘Movimento Nacional de Poupança’, temos a preocupação de disponibilizar um vasto e diversifi-cado conjunto de produtos que si-multaneamente tenham qualidade e frescura, mas que estejam também aliados a um preço acessível e com-petitivo”, diz a responsável.

A freguesia de Aljustrel vai em breve aumentar, com a agregação da vizinha freguesia de Rio de Moinhos. Uma mudança que é contestada por Manuel Ruas, considerando que tal pode colocar em causa o actual “ser-viço de proximidade” que é prestado pela Junta de Freguesia aljustrelense.

> Contra agregação de Rio de Moínhos

“Em Aljustrel teremos esses fac-tores de forma muito marcada, sus-tentados pela simpatia natural dos nossos colaboradores”, acrescenta Paula Monteiro.

Ciente da competitividade que existe no mercado de Aljustrel, a ge-rente explica que isso apenas “obri-ga” a loja a Intermarché a ser melhor, “sempre no sentido de disponibi-lizar a melhor experiência possível aos nossos clientes”.

“É com esse objectivo que temos vindo a apostar numa estratégia que tem como pilares a constante ino-vação e uma seleção de produtos típicos da nossa região. Tudo isto ali-cerçado numa relação de confiança e cumplicidade com os nossos for-necedores directos regionais. Só esta conjunção de factores nos permite assegurar consistentemente a quali-dade, frescura e preço baixo dos nos-sos produtos”, argumenta.

Sobre o futuro, Paula Monteiro adianta que são muitos os projectos da agenda da loja Intermarché em Aljustrel, a começar pela possível instalação de um posto de combus-tível junto do estabelecimento, “pos-sibilitando assim a incrementação de mais postos de trabalho e um ser-viço adicional aos seus clientes.

A possível colocação de uma pa-ragem de camionetas próxima da loja, “de forma a que os clientes das aldeias vizinhas possa ter um meio de transporte que lhes facilite as suas compras”, também está nos planos do Intermarché de Aljustrel, que vai igualmente dedicar particular aten-ção aos mais novos.

“Estamos a iniciar um projecto com menus económicos para as crianças das escolas que se encon-tram inseridas muito próximas de nós. Uma vez mais tendo por base o ‘Movimento Nacional de Poupança’ a nível nacional, procuramos com esta opção possibilitar aos pais e en-carregados de educação a hipótese de dar uma refeição digna aos seus filhos a um preço acessível”, revela Paula Monteiro.

da Junta de Aljustrel, tendo sido criados o serviço “Vamos até Si” e o Gabinete de Apoio ao Munícipe. Ao mesmo tempo, a edilidade reforçou de forma significa a inserção de tra-balhadores de fracos recursos em programas ocupacionais.

Com um orçamento anual de cerca de 250 mil euros, a Junta de Aljustrel tem optado por “criar con-dições para, de uma forma simples e sem burocracias, poder intervir em diversas áreas de acção”. Nes-se âmbito, Manuel Ruas destaca a aquisição de viaturas e equipamen-tos para as necessidades de limpeza urbana, principalmente nos bairros mineiros, Corte Vicente Anes e Car-regueiro, ou a requalificação dos po-lidesportivos da Corte Vicente Anes e do bairro de São João, ambos em protocolo com a Câmara.

Ao mesmo tempo, a Junta cola-borou na requalificação da zona da ribeira do Carregueiro, demolindo as casas degradadas pelas cheias de 1997, executou pluviais no bairro de Val D’Oca, desenvolveu projectos para crianças e jovens, e moderni-zou os seus serviços administrativos, de informação e comunicação.

Loja do Intermaché em Al-justrel ficou mais apelativa depois das obras. Dr

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> pROJECTO DO LNEg

Mais do que um “arquivo inerte” de amostras e sondagens mineiras, é um es-paço de investigação e tecnologia. É esta a visão que os responsáveis do Labora-tório Nacional de Engenharia e Geologia (LNEG) têm para o futuro Centro de Es-tudos Mineiros e Geológicos de Aljustrel (CEGMA), obra que deve arrancar ainda este ano e está avaliada em pouco mais de 900 mil euros.

“O objectivo deste projecto é apoiar a indústria extractiva no sul do país, quer na sua vertente mineira – através das minas de Neves-Corvo e de Aljustrel, da explo-ração de rochas ornamentais e pedreiras –, quer na sua vertente de prospecção”, adianta ao “CA” João Matos, do LNEG.

“O CEGMA vem constituir uma opor-tunidade e uma marca neste território à volta daquilo que é mais marcante numa comunidade, que é precisamente a com-ponente de inovação e de tecnologia”, acrescenta Nelson Brito, presidente da Câmara de Aljustrel, entidade que apoia o projecto juntamente com a empresa Almi-na, concessionária das minas de Aljustrel.

O futuro CEGMA ficará instalado nas antigas instalações da lavaria-piloto de Aljustrel, junto ao bairro mineiro de Val D’Oca, e pretende assumir-se como “cen-tro de investigação” do LNEG relativa-mente aos recursos geológicos e mineiros da região sul do país.

Os trabalhos de construção do CEGMA arrancam ainda este ano, sendo que para já avança apenas a primeira fase do pro-jecto, que decorrerá até 2014. O projecto prevê a criação da litoteca (onde serão armazenadas as centenas de sondagens de prospecção propriedade do LNEG) e de um edifício de apoio. A segunda fase do centro está agendada para 2015 e pre-vê a criação de um centro investigação e de uma biblioteca nos antigos escritórios centrais da Pirites Alentejanos.

O novo centro é co-financiado pelo QREN, através do InAlentejo – Programa Operacional Regional do Alentejo 20107-2013, e insere-se no Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, rede que en-volve, entre outros, o IPBeja.

Aljustrel recebe litoteca

INAUGURAÇÃOMoviMento AssociAtivogAnhou novo MonuMento

A Câmara de Aljustrel inaugurou no final do pas-sado mês de Maio um mural dedicado ao movimento associativo do concelho na praça Manuel de Arriaga. A iniciativa foi antecidade pela assinatura de protoco-los entre a autarquia e as colectividades.

> E AINDA...ACÇÃO sOCIAlgAbinete verA contrAcAsos de violênciA doMésticA

Já está a funcionar em Aljustrel, nas instala-ções da autarquia, um gabinete do projecto VERA – Vítimas Em Rede de Apoio, dinamizado desde Novembro de 2012 pela Esdime e que visa combater os casos de violência doméstica.

DEspORtOPiscinA MuniciPAl cobertA voltA A receber ActividAdes

A piscina municipal coberta de Aljustrel reabriu no início deste mês de Junho, o que permite à popu-lação da vila-mineira voltar a frequentar as classes municipais de natação e hidroginástica, entre outras actividades.

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2013.06.07 litoralSines

13

> iniciativa organizada pela câmara de odemira e aSSociação pédeXumbo

Festival do Solstício na barragem

Cinco minutos depois das seis da manhã – é neste “madrugador” horário que arranca a 21 de Junho (sexta-feira) a primeira edição do Festival do Solstício, iniciativa que vai decor-rer ao longo de todo o fim-de-semana junta à barragem de Santa Clara-a-Velha, numa orga-nização da Câmara de Odemira em conjunto com a Associação PédeXumbo.

“A primeira edição deste festival começa às 6h05 da manhã para que todos possam dar as boas-vindas ao solstício e iniciar este ciclo li-gado à fertilidade e à abundância”, justifica ao “CA” fonte oficial da organização do certame, que promete três dias de muita animação em torno da dança e da música tradicional junto à barragem do interior do concelho.

> Santa clara-a-velha. Festival do Solstício vai decorrer entre 21 e 23 de Junho na barragem e é dedicado à dança e à música tradicionais.

“Esta é uma ideia que cruza a inovação com a tradição” e “procurámos, com a escolha do local, atingir três objectivos. Em primeiro, criar oportunidades, divulgando e tornando notá-vel a nossa zona interior. Ao mesmo tempo, queremos potenciar o transporte de comboio como um modelo sustentável e confortável de acesso ao concelho. E procuramos criar um conceito de festival ambientalmente susten-tável, muito numa lógica de ‘quilómetro zero’, com todas as necessidades de fornecimento para o festival serem do local”, explica o verea-dor Hélder Guerreiro.

O novo festival é um dos vértices de uma iniciativa mais alargada a desenvolver entre a PédeXumbo e a Câmara de Odemira. O pro-jecto Solstício tem a duração prevista de cinco anos e engloba igualmente o desenvolvimento de um trabalho artístico com a comunidade local e a realização de campos de férias.

No caso do trabalho artístico, este será de-senvolvido com a comunidade local e permi-tirá fazer uma recolha das tradições locais. Os trabalhos de artistas e artesãos serão depois

Festival do Solstício promete três dias de muita anima-ção em torno da dança e da música tradicional junto à barragem de Santa Clara.

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promovidos no festival e no campo de férias, outra das vertentes do projecto.

Destinados a jovens entre os seis e os 12 anos e com um custo de 200 euros, os campos de férias vão realizar-se na barragem de Santa Clara-a-Velha logo após o festival (este ano se-rão de 23 a 29 de Junho e de 30 de Junho a 6 de Julho) e assentam em dois “eixos”: a arte e a sustentabilidade ambiental.

Acima de tudo, queremos que este festival seja “sustentável financeiramente”, “que per-dure” no tempo e que seja “significativo como actor de mudança e de promoção do bem es-tar junto das comunidades”, conclui Hélder Guerreiro.

Festival arranca às seis da manhã de 21 de Junho e vai animar barra-gem durante três dias. DR

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> Entradas

As tradicionais Noites em Santiago, na vila de Entradas, vão realizar-se entre os dias 23 e 28 de Julho, com destaque para os espectáculos

musicais dos regressados Anonimato (dia 26 – sexta-feira), do popular Quim Barreiros (dia 27 – sábado) e do Grupo Banza (dia 28 – domingo).

ANONIMATO, QUIM BARREIROS E GRUPO BANZA NAS NOITES EM SANTIAGO

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

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DE

> JOVEM DE CasTRO VERDE aCaba DE EDITaR “sE nãO ME quEREs MaIs”, O sEu TERCEIRO áLbuM

> DáRIO MIRA. Combateu a timi-dez, encantou na televisão e conquis-tou o coração de muitas fãs. Dário Mira é um romântico inveterado e quer singrar nos palcos do mundo!

Foi de órgão a tiracolo que Dário Mira se apresentou pela primeira vez em público. Nessa noite o programa “Património”, da Rá-dio Castrense, era transmitido a partir de São Marcos da Atabueira e o jovem cantor, “em-purrado” pelo padrasto, lá acedeu a revelar o seu talento. “Ele tanto insistiu que dei o braço a torcer e ganhei coragem. E foi uma noite muito boa! Cantei, toquei e assim que a música acabou e ouvi toda a gente a aplaudir fiquei imóvel, preso. Não conseguia levantar a cabeça. Mas foi uma sensação muito boa”, recorda.

Dário Mira tinha na altura apenas 16 anos e desde então muita coisa mudou na sua vida. Editou três álbuns (o último dos quais será breve-mente apresentado em Cas-tro Verde – ver texto ao lado), passou pela televisão e é pre-sença constante nos discos pedidos das rádios locais. Nada mau para quem co-meçou por querer ser “po-lícia ou jogador de futebol, como qualquer criança”. Mas aos 23 anos o seu sonho é fazer da paixão pela música a sua forma de viver.

“Viver da música é o so-nho de qualquer cantor, mas é preciso sonhar com os pés bem assentes na terra. Como se costuma dizer, primeiro temos de semear para depois colher. Não sei se vou colher aquilo que ando a se-mear, mas tenho aprendido muitas coisas, vivido momentos fantásticos e conhecido grandes profissionais e ami-gos”, conta ao “CA”.

ROMâNTIcO ASSUMIDODário Mira assume-se como cantor ro-mântico. De peito aberto e sem preconcei-tos. “É aquilo que gosto de cantar. Sempre ouvi muita música romântica lá em casa, daí ter apanhado este ‘vício’”, admite o jovem can-tor, que nasceu no Algarve mas aos 12 anos se mudou com a mãe e o padrasto para a peque-na aldeia de São Marcos da Atabueira.

Sonhos de menino

Foi aos seis anos que percebi que aquilo que realmente queria era o caminho da música.

Depois de “Preciso de ti” (2009) e “Quero amar-te” (2010), Dário Mira tem um novo disco nas bancas. “Se não me queres mais” foi editado já este ano e é, segundo o jovem cantor, o seu preferido. “É o melhor trabalho de todos, pois está diferente, sou mais eu! Aliás, o objectivo era esse mesmo – permitir que eu me ‘afastasse’ do Tony Carreira. Estou a conseguir ser eu e a descolar de qualquer cantor. E isso vê-se neste trabalho”, justifica Dário, sem esconder a satisfação pelos elo-gios que tem recebido dos fãs. “A reacção está a ser muito boa e isso deixa-me feliz. Dá-me força para continuar a acreditar e continuar a trabalhar”, sublinha o artista. O novo disco será apresentado pela primeira vez em pú-blico em meados de Junho em Castro Verde, onde Dário também actuará nas Festas da Vila na noite de 30 de Junho. “Depois tenho espectáculos de norte a sul do país, assim como no estrangeiro: Suíça, Luxemburgo e EUA. Para os tempos que vivemos, não me posso queixar”, conclui.

disco “estreia”em castro verde

Dário Mira não o esconde: “Tony Carreira é sem dúvida o meu grande ídolo. Mas tenho mais referências, entre os quais o mexicano Luís Miguel”, admite o jovem cantor, que sonha ver as suas canções mexerem com quem as ouve. “Se o meu ídolo me faz sonhar com as suas canções, talvez um dia eu possa também fazer sonhar alguém com as minhas canções. Aliás, através das redes sociais já me têm dito que há canções que mexem com as suas vidas. E isso é muito bom”, adianta.

Fã assumido de tony carreira

Já então a música o fascinava. “Quando tinha cinco, a minha mãe e o meu padrasto apareceram-me em casa com um teclado e achei aquilo fantástico. Não percebia patavi-na daquilo, mas gostava imenso”, conta Dário Mira, não escondendo que foi nessa altura que sentiu o tal “clique”. “Foi aos seis anos que percebi que aquilo que realmente queria era o caminho da música”.

Começou então a ter aulas de piano e voz no Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Mas o seu verdadeiro palco era o quarto, onde se “refugiava” para cantar os temas preferidos. “Tinha vergonha de tudo e de todos! Por isso chegava da escola, ia para o meu quarto e co-meçava a cantar. Mas assim que ouvia alguém entrar em casa parava logo [risos]. Até que o meu padrasto descobriu e insistiu comigo, deu-me força para continuar”, lembra.

Após a “estreia” na Rádio Castrense, as festas e bailaricos podiam ter sido o pas-so seguinte. Mas Dário Mira ambicionava algo diferente. “O que eu queria era mes-mo fazer um espectáculo, assim como o Tony Carreira. Foi isso que me fez gravar um pequeno disco em Aljustrel”, explica.

Pouco depois era contactado pela pro-dutora País Real – com quem ainda tra-balha – e em 2009 chega ao grande ecrã, num concurso de imitações na TVI onde

fazia de ... Tony Carreira. “Esse programa ajudou-me imenso, não só a trazer vi-sibilidade mas porque aprendi imenso no pouco tempo que estive lá”, conta.

Mas não foi na TV que Dário teve o momento mais marcante da sua (ain-da) curta carreira. “Isso foi a primeira vez que saí de Portugal, para ir cantar

para portugueses em Toronto. Es-tava habituado a Castro Verde e só

tinha ido duas ou três vezes a Lis-boa, que para mim já era uma ci-

dade do outro mundo! E de um momento para o outro apa-nhei-me em Toronto. Assim

que vi aqueles autocarros da escola, os grandes prédios…

parecia mesmo que estava a ver um filme!”

Aos 23 anos, Dário Mira acaba de editar o seu terceiro disco. E já tem muitos espectáculos para o Verão! DR

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152013.06.07 FIMSEMANADE

TEMPO LIVRE

> CERTaME ORganIzaDO PELa CâMaRa MunICIaL DECORRE EnTRE 28 E 30 DE junhO

Feira do Regadio “valoriza” Ferreira

“Demonstrar que Ferreira do Alentejo é um exemplo de desen-volvimento para muitos outros concelhos” – este podia ser o pi-lar decisivo da Feira Nacional da Água e do Regadio (FNAR), mas há outros argumentos verdadei-ramente importantes que serão apresentadas nos dias 28, 29 e 30 de Junho.

Segundo o presidente da Câ-mara Municipal, a feira é a altura em que Ferreira do Alentejo se afirma como “uma ‘marca’ asso-ciada ao desenvolvimento eco-nómico”, seja na agricultura ou nas agro-indústrias. E, nesse en-quadramento, destaca todas as características que fazem daque-le território alentejano “um dos mais apetecíveis e procurados por investidores”.

Posto isto, Aníbal Reis Costa não nega que, “dado o volume de inscrições e manifestações de vontade em participar”, está des-de já garantido que a edição deste ano “será superior à realizada em 2011”, quando teve lugar a última edição.

“As nossas expectativas são, naturalmente, sempre elevadas porque apostamos num evento que se realiza durante três dias, que absorve recursos, meios e atenções da Câmara Municipal”, adianta o autarca, confiante que a FNAR também “é uma forma de as empresas e diversas entida-des mostrarem o que de melhor têm feito durante este tempo e o impacto que poderão vir a ter no futuro”.

“É uma oportunidade que muitos têm para se orgulharem da nossa terra e do que foi conse-guido até agora”, acrescenta Aní-bal Reis Costa.

PRomoveR o desenvolvimento“Ferreira do Alentejo - Capital do Azeite” será um dos destaques

> iniciativa. A forte di-nâmica da agricultura e das agro-indústrias em Ferreira do Alentejo é o destaque maior de uma feira renovada e com programa intenso.

> CORREIO TauRInO

por VÍTOR BESugOpraçascavaleirosforcaDosaGeNDa

A Praça de Toiros “Ma-nuel António Lam-preia”, em Aljustrel, recebe este sábado,

8 de Junho, pelas 18 horas, uma corrida de toiros integrada da Feira do Campo Alentejano. A empresa “Troféu Ganho”, de José Luís Zam-bujeira, que explora esta praça, aposta no confronto de gerações e num cartel diferente: Tito Semedo, Marco José, Tiago Carreiras, Joana Andrade, Mateus Prieto e Alexan-dre Gomes, que lidam um curro de Pégoras. As pegas estarão a cargo dos amadores do Ribatejo, Cascais e da Tertúlia Tauromáquica Tercei-rense, grupo de viaja desde a ilha Terceira, nos Açores. A corrida será de beneficência com a delegação local da Cruz Vermelha.

Corrida em aljustrel

deste evento. A Câmara Munici-pal quer aproveitar a presença de muito público para promover o desenvolvimento e, em concreto, os sectores-chave nas novas pro-duções agrícolas, onde a fruticul-tura tem importante destaque. Por outro lado, a grande proxi-midade com o Aeroporto de Beja também é “um trunfo” que não será desperdiçado!

“São várias as formas que pro-curaremos para afirmar, mais uma vez, as enormes potenciali-dades do nosso território, já com-provadas por muitos”, assinala Aníbal Reis Costa.

Refira-se que, para fortalecer esta estratégia, a FNAR vai

apostar nalgumas novi-dades e manter apostas consolidadas. Este ano, segundo o autarca do PS, continuará a exis-tir uma gratuitidade para expositores que se enquadrem no tema da feira (agri-cultura e azeite),

mas também para aqueles que te-nham aderido à “Marca Ferreira”.

Em termos de programa, não faltam propostas! Uma delas é o IV Encontro sobre Emprego, Empreendedorismo, Formação e Sustentabilidade Ambiental, no âmbito do projecto “Ferreira Sus-tentável”. Mas há mais! É o caso da Feira Sénior, uma mostra de artesanato do concelho, o pro-jecto “Ferreira Solidária” e a apre-sentação de livros, espectáculos, provas de azeite, um espaço in-fantil e outro tecnológico. Quan-to aos concertos, vão passar pelo palco da FNAR o alentejano Paulo Ribeiro (28 de Junho), Os Azeito-nas (29) e o popular Toy (30)

Finalmente refira-se, a títu-lo de curiosidade, que este ano o Parque de Exposições e Feiras apresenta a Ermida de S. Sebas-tião devidamente restaurada e pronta a ser utilizada para expo-sições, o que também confere à feira “um acréscimo de interesse e de diferença” comparativamen-te com a última edição.

aníbal Reis costaPresidente da CM Ferreira do Alentejo

Feira é uma oportu-nidade que muitos têm para se orgulha-rem da nossa terra e do que foi consegui-do até agora.

Portuenses Os Azeitonas são os “cabeça-de-cartaz” da Feira Nacional da Água e do Regadio, actuando em Ferreira a 29 de Junho. Dr

A 14ª Corrida de Toiros de En-tradas, organizada pela Rádio Cas-trense, vai realizar-se no dia 26 de Julho (sexta-feira), às 22h00, inte-grada nas Noites em Santiago 2013.Este ano a corrida aposta forte-mente nas novas gerações e nas figuras mais destacadas da últi-ma temporada, com importantes triunfos em Portugal e Espanha. Assim, farão as cortesias nesta corrida os cavaleiros João Moura Caetano, Marcos Bastinhas e Ana Rita, além dos forcados amadores de Évora e Cascais. Lidam-se toiros da ganadaria Pégoras.

entradas já tem Cartel

A tradicional corrida de São Pe-dro (29 de Junho) em Évora come-mora este ano o 50º aniversário da fundação do Grupo de Forcados Amadores local. O histórico grupo eborense terá pela frente o desafio de pegar sete toiros da ganadaria Pinto Barreiros, que serão lidados pelos cavaleiros Rui Fernandes, Ví-tor Ribeiro, João Telles Jr. e Jacobo Botero. Corrida a partir das 21h30 na Arena D’Évora.

aniversário em évora

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16 2013.06.07FIMSEMANADE

TEMPO LIVRE

Depois de ter editado O amor infinito que te tenho e outras histórias em 2011, Paulo Monteiro está a preparar um novo livro de BD. O autor revela ao “CA” que o seu novo trabalho chama-se Estrela, terá 130 páginas e contará a história de um homem solitário que se apaixona.

NOVO LIVRO DE BD DE PAULO MONTEIRO EM 2015

CARLOS PINTO tExto

Como surgiu a Bedeteca de Beja? A Bede-teca foi inaugurada em 2005, mas na realidade o projecto começou em 1996, quando se criou o atelier de banda desenhada (BD) na Casa da Cultura. Apareceram vários autores em Beja e surgiu a ideia de criar um equipamento que permitisse enquadrar estes autores. A me-lhor maneira foi através de um equipamento como a Bedeteca. Porque a ideia da Bedeteca é promover exposições e publicações, levar as pessoas a conhecer os autores da terra, trazer autores a Beja ou ir às escolas promover a BD.

Como tem sido a sua evolução? Muito boa. Por um lado, traz a BD para o quotidiano das escolas e das pessoas. Depois é um equi-pamento rico e uma oportunidade para os alu-nos – e não só – terem acesso aos materiais que a Bedeteca dispõe. Qualquer pessoa que quei-ra fazer um trabalho de banda desenhada ou ilustração, tem na Bedeteca uma série de equi-pamentos de que dificilmente dispõe noutro local. Também por isso é uma mais valia.

Uma das “imagens de marca” da Bede-teca de Beja é o Festival Internacional de BD, que este ano arrancou no passado dia 1 de Junho e conta com 21 exposições. É o maior festival de sempre? É o segundo que fizemos com 21 exposições, mas temos tam-bém algumas mostras. Pode dizer-se que, de facto, é o maior de sempre.

Que destaca na edição deste ano? O fes-tival é muito eclético e há muito para ver. Há festivais mais comerciais, outros mais alterna-tivos… O nosso tenta ter de tudo e a nossa ideia é dar uma panorâmica o mais completa pos-sível da generalidade de estilos e tendências que existem na própria BD, que é um mundo muitíssimo diversificado. O festival tem ainda a interessante faceta de trazer autores adultos para um público adulto. Não descuramos as crianças, mas é principalmente um festival fei-to a pensar nos adultos.

É o ecletismo que faz do Festival Inter-nacional de BD de Beja o mais conceitua-do do país, a par da mostra Amadora BD? Sim, acho que é isso. Mas também o facto do festival ser muito informal e algo que é poten-

PauLO RIcaRDO FERREIRa MOnTEIRORESPONSÁVEL PELA BEDETECA DE BEJA

IDADE: 45 ANOSNATURALIDADE: VILA NOVA DE gAIA

> EnTREVISTa PAulo MoNtEiroResponsável (e principal mentor) da Bedeteca de Beja, Paulo Monteiro reconhece que o Festival Internacio-nal de Banda Desenhada tem ajudado a dar “boa visibilidade” à cidade.

“Festival de BD de Bejadeve ter escala europeia”

pois no seu primeiro fim-de-semana esgota todos os hotéis e pensões da cidade (e até há pessoas que ficam alojadas nos concelhos li-mítrofes)! Além disso, permite às pessoas de Beja e dos concelhos à volta terem contacto com uma arte e um conjunto de artistas que de outra forma dificilmente teriam.

Qual o maior desafio do festival para o futuro? A nossa ideia é fazer do festival um evento à escala europeia. Para isso falta-nos al-guma dimensão e alguma capacidade…

Como será possível concretizar esse objectivo? Não sei, não faço ideia… Talvez isso passe pela criação de um gabinete que tratasse só do festival dentro da própria Câma-ra. Ou então uma equipa que trabalhe o ano todo para o festival! Precisamos também de um projecto de divulgação e marketing a nível europeu, pelo menos para Espanha e França, onde teremos uma boa parte do público que no futuro nos poderá visitar. Existe este cami-nho todo por percorrer, mas é preciso dotar o festival e a sua organização de meios que per-mitam dar esse passo.

As indústrias criativas podem ser uma solução para o desenvolvimento econó-mico de Beja? Acho que sim. Claro que é di-fícil trazer gente para trabalhar cá, mas alguma dessa gente já cá está. É preciso é não deixá-la ir para fora.

O IPBeja pode desempenhar um “papel” importante nessa área? Claro que sim! Ali-ás, nos últimos anos já tem tido um papel im-portante na formação. O problema não reside na mão-de-obra artística – que é muita e boa –, não reside no esforço que é feito na forma-ção… Os artistas daqui estão a par daquilo que se passa em todo o lado. E isso tem a ver com o esforço que uma série de instituições faz.

Que ligação existe entre a Bedeteca de Beja e o IPBeja? Não há uma relação institu-cional, mas muitos professores do IPBeja visi-tam-nos com os alunos. Também já tivemos alunos do IPBeja a estagiar na Bedeteca, já fi-zemos exposições no Politécnico, os alunos do IPBeja já fizeram muitas vezes exposições cá. Portanto, essa relação existe e tem muito cami-nho para andar.

ciado pela própria cidade, que é relativamente pequena e bonita. Como o festival tem nove núcleos, é muito fácil percorrer estes nove nú-cleos e, ao mesmo tempo, passear pela cidade. Isso ajuda bastante o festival.

Que mais-valias traz o festival para Beja? Traz mais-valias a níveis muito diferen-tes. Por um lado, dá à cidade uma visibilidade positiva, pois aparece nas televisões e em todos os jornais e rádios nacionais. Isso dá uma visi-bilidade muito grande – e uma boa visibilida-de – à cidade. Por outro lado, do ponto de vista económico o festival também é importante,

Não há uma relação institucional [entre a Bedeteca de Beja e o IPBeja]. Mas essa rela-ção existe e tem muito caminho para andar.

Paulo Monteiro está em Beja há mais de duas décadas e tem sido o principal dinamizador da Bedeteca da cidade. Dr

VEJA o VÍDEo EM correioalentejo.com

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Maria Vitória Amaro

Notária de Ourique

“Correio Alentejo” nº 332 : Única publicação :: 07.JUN.2013

CERTIFICADOCertifico, para fins de publicação, que no dia dezasseis de Maio do ano dois mil e treze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas noventa e duas e seguintes, do Livro de Notas Para Es-crituras Diversas número Cinquenta e Dois – D, se encontra exarada uma escritura de Justifica-ção, na qual José Amália da Costa e mulher Maria Cristina Beja Guerra da Costa, casados segundo o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de São João de Negrilhos, concelho de Aljustrel, residentes em Listrigstrasse 16, 6020 Emmenbrucke, Suiça, N.I.F.s 141 312 750 e 131 657 836, se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano, sito na Rua 1, em Jungeiros, freguesia de São João de Negrilhos, concelho de Aljustrel, constituído por uma mora-da de casas com seis compartimentos e quintal, com a superfície coberta de cento e catorze me-tros quadrados e descoberta de cento e setenta e cinco vírgula cinco metros quadrados, inscrito na respetiva matriz, em nome de Manuel An-tónio Gertrudes, sob o artigo 403, com o valor patrimonial de € 1.782,20, igual ao atribuído, omisso na Conservatória do Registo Predial de Aljustrel.Que o identificado prédio veio à sua posse por o terem adquirido por ato não titulado, por com-pra, meramente verbal, feita a Manuel António Gertrudes, viúvo, residente que foi na Praceta de Damião, n.º6, 1º direito, Mem Martins, Sintra, atualmente já falecido, sem que se saiba quem são os seus herdeiros e nem o paradeiro dos mesmos, em dia e mês que não podem precisar,

mas no ano de mil novecentos e setenta e nove, não tendo outorgado a respetiva escritura, não possuindo, portanto, qualquer título para efetuar o registo a seu favor, deste prédio, na Conserva-tória, embora sempre tenham estado na posse, detenção e fruição do mesmo, ininterruptamen-te, desde mil novecentos e setenta e nove, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de trinta e quatro anos, sem interrupção ou ocul-tação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la.Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sem-pre em seu próprio nome e interesse, e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio designadamente, utilizando-o, fazendo as ne-cessárias obras de conservação, e pagando os respetivos impostos.É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial.Nestes termos, e não tendo qualquer outra pos-sibilidade de levar o seu direito a registo, vêm justificá-lo nos termos legais.Está conforme o originalCartório Notarial em Ourique, da Notária, Maria Vitória Amaro, aos dezasseis de Maio de 2013.

A Notária,(assinatura ilegível)

Joana Prior | Notária

Cartório Notarial de Serpa

“Correio Alentejo” nº 332 : Única publicação :: 07.JUL.2013

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que no dia 24 de Maio de 2013, iniciada a folhas 111 do livro de notas número 35 – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação, pela qual AMÂNDIO CANDEIAS GALEGO, NIF 133.113.671, e mulher MARIA ROSA SOA-RES GODINHO GALEGO, NIF 124.792.855, casados no regime da comunhão de adquiri-dos, naturais da freguesia de Vale do Vargo, concelho de Serpa, onde residem na Rua da Boa Esperança, número 1 – A, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis deno-minados “Almojafas”, sitos na freguesia de Vale de Vargo, concelho de Serpa: – UM – O direito a metade indivisa do prédio rústico de figueiras e olival, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número mil duzentos e sessenta e sete, daquela fregue-sia, inscrito na matriz sob o artigo 30, da sec-ção G, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT correspondendo à fracção de € 3.590,07, direito a que atribuem igual valor; e DOIS – Prédio rústico de olival, denominado, descrito na citada Conservatória do Registo predial sob o número mil cento e trinta e dois, daquela freguesia, inscrito na matriz sob o ar-tigo 197, da secção H, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 2.332,96, a que atribuem igual valor. Que estes bens in-móveis somam o valor total e atribuído de € 5.923,03.Que o referido direito a metade indivisa do imóvel identificado em UM encontra-se re-gistado na aludida Conservatória a favor dos titulares inscritos Raphael Francisco Dias, casado com Maria dos Santos, no regime da comunhão geral, Pias, Serpa, pela apresenta-ção três, de vinte e três de Agosto de mil no-vecentos e um, e o imóvel indicado em DOIS encontra-se registado na dita Conservatória a favor de Manuel Guerreiro Paulino, casado com Leonor Justino da Palma, na comunhão geral, Estrada das Montureiras, Taberna Nova, Setúbal, de Domingos Guerreiro, casado com Maria do Carmo Seita Alves, na comunhão geral, Vale de Vargo, Serpa, de Romão Dias Guerreiro, casado com Catarina da Cruz Men-des, na comunhão geral, Laranjeiro UMS, La-ranjeiro de Fora, Cova da Piedade, de José Godinho Barradas, viúvo, de Mariana Alves Barradas Ramalho, casada com Manuel Mário Ramalho Fanqueiro, na comunhão geral, e de

Maria Alves Barradas, casada com Amadeu Al-ves, na comunhão geral, todos na Rua Manuel Múrias, 9, 1º, direito, Lisboa, sem determina-ção de parte ou direito, pela apresentação um, de vinte e três de Fevereiro de mil novecentos e oitenta e um, tendo os mesmos sido previa-mente notificados pessoal e editalmente, bem como os respetivos herdeiros incertos, através das notificações avulsas, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já ar-quivadas neste Cartório como documentos nú-meros cinquenta e sete, sessenta, sessenta e um, sessenta e dois, sessenta e três e sessen-ta e quatro, do maço referente às notificações avulsas do ano corrente. Que o direito predial indicado em UM e o imóvel referido em DOIS, são pertença dos justificantes por os haverem adquirido por compras verbais, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e oiten-ta e dois, portanto há mais de vinte anos, aos indicados titulares inscritos, não tendo sido ce-lebradas as respetivas escrituras públicas, mo-tivo pelo qual não são detentores de qualquer documento formal que legitime o seu domí-nio sobre os mesmos imóveis. Porém, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e dois e sem interrupção, os justificantes entraram na posse dos identificados prédios rústicos, quan-to ao indicado em UM com os demais compro-prietários, o referido Rafael Francisco Dias e Manuel Figueira Carrasco Caeiro, cultivando-os e usufruindo todas as suas utilidades e su-portando os respetivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justificam a aquisição do aludido direito predial indicado em UM e o imó-vel indicado em DOIS, por usucapião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notá-ria Joana Raquel Prior Neto, vinte e quatro de Maio de dois mil e treze.A Notária,(assinatura ilegível)

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192013.06.07

futebol e modalidades

desPoRto

carlos viegasPresidente do Clube Náutico de Mértola

Estamos convenci-dos que dentro de um mês estaremos prontos para lançar o concurso público para a parte funda-mental da obra [da nova pista] e que até final deste ano esta estará concluída.

” O projecto da pista de cano-agem e remo da Mina de São Domingos permitiu a chegada a Mértola (e ao Clube Náutico) do polaco Marek Glomski. O novo técnico principal do clube irá acompanhar os trabalhos de exe-cução técnica do projecto, além de poder ser um “facilitador” no contacto com seleções e clubes internacionais. Quem também entrou para o clube foi Ana Bran-co, que assumiu funções na área da gestão e é a nova responsável pelas questões burocráticas e gestão da futura infra-estrutura.

estrutura reforçada

> infRa-estRutuRa avaliada em 300 mil euRos deve ficaR concluído até final do ano

Pista de canoagem avança na Mina de são Domingos> Projecto. Construção da pista é a grande priorida-de do Náutico de Mértola, que já aprovou a constituição de uma empresa turística para tirar partido do futuro equipamento desportivo.

Depois de alguns avanços e re-cuos, a pista de canoagem e remo da Mina de São Domingos está em vias de ser uma realidade. O projec-to desenvolvido pelo Clube Náutico de Mértola (CNM) em parceria com a autarquia local está de momento “em fase de aprovação”, mas a obra poderá ficar concluída até ao final de 2013.

“Estamos convencidos que den-tro de um mês estaremos prontos para lançar o concurso público para a parte fundamental da obra e que até final deste ano esta estará con-cluída”, admite ao “CA” o presidente do CNM, Carlos Viegas, explicando que em causa está apenas “a bali-zagem de uma pista de canoagem” com “condições básicas para treino e competição, utilizando ou reabili-tando os equipamentos já existen-tes na praia fluvial como apoio”.

O projecto, avaliado em 300 mil euros e candidatado em 2011 ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), “pretende dotar a Tapada Grande de uma infra-es-trutura desportiva que permita, por um lado, melhorar e diversificar as condições de treino da canoagem, em particular para a prática da ve-locidade – em 200, 500 e 1.000 me-tros) e, por outro lado, a realização de competições desta especialida-de”, acrescenta o dirigente.

De momento, já decorrem obras de requalificação do anfiteatro exis-tente na praia fluvial, que quando tiver disponível a nova pista de ca-noagem e remo poderá ser palco de estágios de equipas nacionais e es-trangeiras, além de ficar com todas

Nova pista permitirá a realização de estágios de equipas nacionais e estran-geiras de canoagem em Mértola. Dr

>náutico de mértola

Bruno afonso no MunDial universitário O jovem canoísta Bruno Afonso, do Clube Náutico de Mértola, foi convocado para o Campeonato Mun-dial Universitário, que se realiza na Rússia.

>fc castrense

carlos aBerto Pereira recanDiDato O actual presidente do FC Castrense, Carlos Alberto Pereira, vai manter-se na liderança do clube de Castro Verde por mais um mandato, até 2015.

as condições para acolher diversas provas desportivas.

“Para já a nossa limitação é a concretização da pista, pois sabe-mos que há um conjunto de inten-ções que esperamos que depois se concretizem a posteriori. Por isso, a partir de 2014 contamos ter um ca-lendário de actividades, não só na canoagem como noutras activida-des, que possam trazer retorno para a economia local, nomeadamente ao nível do alojamento e da restau-ração”, sublinha Carlos Viegas.

nova eMPresa avançaO potencial económico da futura pista de canoagem e remo da Mina de São Domingos levou mesmo o Náutico de Mértola a aprovar no passado dia 23 de Maio, em As-sembleia Geral, a criação de uma

empresa turística no seio do clube. A nova empresa é detida a 100% pelo CNM, tem um capital social de apenas um euro e o processo de formalização deverá estar concluí-do durante este mês de Junho.

“Houve dois factores que nos obrigaram a avançar com esta so-lução. Primeiro, o facto das associa-ções não terem possibilidade de ter alvará de actividade turística – sendo que a nossa actividade na área já ex-travasa o âmbito do associativismo. Por outro lado, o facto de estarmos numa fase adiantada do projecto da Mina de São Domingos, que vai obrigar-nos a desenvolver estágios de equipas, o que é também uma ac-tividade turística e nos obriga a ter a uma estrutura formal e empresarial”, justifica Carlos Viegas.

De acordo com o presidente do

CNM, a nova empresa, ainda sem nome definido, vai permitir a cria-ção de um novo posto de trabalho e além das actividades relacionadas com a futura pista de canoagem e remo irá, igualmente, gerir as res-tantes iniciativas do Náutico de Mértola no âmbito do turismo, caso do aluguer de canoas e a organiza-ção de descidas de rio, provas de rappel e slide ou passeios pedestres.

“O que procurámos foi uma so-lução legal que permitisse ao clube continua a operar [turisticamente], controlando em termos financeiros uma parte significativa dos meios financeiros que possam ser gera-dos e sejam o sustentáculo da nossa instituição. […] Esta empresa pode vir a ser, por si, um potencial patro-cinador do próprio clube”, conclui Carlos Viegas.

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20 DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

2013.06.07

João, o irmão gémeo de Luís Aurélio, vai continuar na Madeira, depois de ter renovado por mais três temporadas com o Nacional. Apesar de ser extremo, o jogador baixo-alentejano foi dos mais utilizados na última temporada... como lateral-direito!

> Irmão João renovou com Nacional

> MéDIO nAScIDO EM nOSSA SEnhORA DAS nEvES A UM PASSO DA I LIgA

Outro Auréliona “alta roda”

Depois de João… Luís! O outro gé-meo Aurélio está bem perto de cum-prir o sonho de jogar nos relvados da Liga Zon Sagres, após ter sido uma das principais figuras do surpreendente Tondela durante a presente temporada na II Liga, onde a equipa do distrito de Viseu alcançou a 10ª posição.

“Já me chegaram contactos da I Liga e acho que é a hora de dar o salto. Acho que este ano esta oportunidade não vai fugir! Desde que jogo que o sonho que pretendo alcançar é a I Liga e acho que este ano essa hipótese vai surgir, cer-tamente”, vinca ao “CA” Luís Aurélio, que tem sido insistentemente associa-do aos algarvios do Olhanense. “Mais uns dias e vejo qual é o meu destino”, acrescenta apenas o jovem médio nas-cido em Nossa Senhora das Neves há 24 anos.

Apesar de ainda não saber qual será o seu destino, Luís Aurélio tem uma certeza para 2013-2014: a vontade de se afirmar no futebol português. “Sei da dificuldade que vai ser impor-me numa equipa da I Liga, onde há muita qualidade. Mas estou preparado e sin-to-me bastante confiante para a época que aí vem”, afirma.

Uma época que poderá, igualmen-te, marcar o “reencontro futebolístico” dos gémeos Aurélio, depois de muitos anos como colegas de equipa no Des-pertar e nas “peladinhas” da escola. “Uma das coisas que sempre desejá-mos era encontrar-nos na I Liga. É um sonho que tínhamos e as coisas estão bem encaminhadas para que isso seja

> futebOl. Depois de ter sido uma das figuras do Tondela na II Liga, Luís Aurélio está a caminho da Liga Zon Sagres, onde “reencontrará” o seu irmão gémeo João.

FuTSALDespOrtivO DA bArOniAgArAnte “DObrADinhA”

O Desportivo da Baronia garantiu a “dobradinha” na época 2012-2013, juntando o título de campeão distrital de futsal à vitória na Taça do Distrital. Na final, a equipa de Vila Nova da Baronia derrotou o Almodovarense por oito bolas a uma.

> TEMPO EXTRA

título para AlmodôvarO ciclista Humberto Silva, da Casa do Benfica de Almodôvar/ PeçA-modôvar, sagrou-se no passado dia 26 de Maio, em Setúbal, campeão nacional de contra-relógio em “Masters” B. O atleta, que recentemente regressou à equipa almodovarense, não deu hipóteses à concorrência e venceu a prova realizada à beira Sado com mais de 10 segundos de diferença para o segundo classificado.

> ATLETISMO

JD neves participa no nacional da 3ª divisão A equipa sénior feminina de atletismo da Juventude Desporti-va das Neves (JDN) participa este fim-de-semana, dias 8 e 9 de Ju-nho, no campeonato nacional da 3ª divisão de clubes em pista, que se realiza em Abrantes. “Partimos com algumas aspirações, pois nos campeonatos nacionais tudo pode acontecer”, admite ao “CA” o presi-dente Amílcar Pereira, lembrando o título alcançado pelo clube em 2007-2008, quando a prova decor-reu na pista do Complexo Despor-tivo Fernando Mamede, em Beja. O apuramento da equipa feminina da JDN, orientada pelos técnicos

José Silveira, Jorge Aniceto e Bráulio Silva, para os nacionais foi garanti-do no final do mês de Maio, depois de ter alcançado a 21ª posição, com 167 pontos, na fase de apuramento realizada em Vila Real de Santo An-tónio.

AlmodôvAr surpreendeu Apesar dos mais de 400 quilómetros que separam Tondela de Beja, Luís Aurélio acompanhou de perto o “Distritalão” de 2012-2013. “Gosto do campeonato e tenho muitos amigos a jogar na 1ª divisão distrital. Por isso procuro sempre saber como é que as coisas es-tão a correr”, justifica, garantindo ter ficado surpreendido com o título alcançado pelo Almodôvar. “Acreditava mais no Milfontes, pois conheço bastante bem alguns dos jogadores do seu plantel e pensava que eles conseguissem o título”, admite.

FuTeBOL FeMININOOurique cOnquistA supertAçA DistritAl

A equipa feminina do Ourique Des-portos Clube conquistou a Supertaça Distrital, batendo a formação da Casa do Benfica de Castro Verde, campeã invicta e vencedora da Taça, por duas bolas a uma no passado dia 18 de Maio.

possível”, confidencia Luís Aurélio, deixando a promessa que dentro de campo a amizade que o une ao irmão será colocada de lado. “Am-bos vamos querer ganhar e cada um fará o seu melhor. A amizade ficará de parte durante 90 minutos [risos]”, afiança o futebolista.

ÉpOcA gOleADOrAO previsível “salto” de Luís Aurélio para a Liga Zona Sagres surge de-pois da brilhante época do jogador baixo-alentejano em Tondela, onde disputou em 2012-2013 um total de 42 jogos (39 no campeonato e três da Taça da Liga) e marcou nove golos (oito na II Liga, três dos quais ao Sp. Braga B e um ao Benfica B). Ao todo, foram 3.231 os minu-tos passados dentro das quatro linhas na última época, que o jovem mé-dio aproveitou para dar prova de toda a sua classe ape-sar de ser um “estreante” em campeonatos na-cionais.

“Foi o meu ano de estreia nos campeona-tos profissionais e penso que correspondi às expectativas. A época aca-bou por correr bem, até por-que a equipa também aca-bou por fa-zer um bom c a m p e o n a -to”, sublinha Luís Aurélio.

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22 2013.06.07opinião>palavras

“>palavras

António pires de limA> Antena 1 05.06.2013

“A únicA AlternAtivA que eu vejo [pArA A resolução dos problemAs económicos de portugAl] é, de fActo, A sAídA do euro. pArA Além do cAminho que estAmos A pAssAr essA é umA AlternAtivA que vAle A penA estudAr e AprofundAr.”

António josé seguro> “i” 05.06.2013

“este governo tem AndAdo A semeAr ventos e AgorA o pAís está A colher tempestAdes. nos primeiros três meses, A políticA do governo destruiu mAis de cem mil postos de trAbAlho com As consequênciAs que isso tem dos pontos de vistA económico e sociAl.”

josé mourinho> “público” 05.06.2013

“só tive um problemA com ele [cristiAno ronAldo]: critiquei-o do ponto de vistA táctico, tentAndo melhorAr o que nA minhA opinião podiA ser melhorAdo, e ele não o Aceitou muito bem, porque pensA que sAbe tudo e que nenhum treinAdor o pode AjudAr A crescer mAis.”

> Editorial

Dar viDa ao centro De bejahá entre os urbanistas uma teoria apelidada na gíria de “efeito donut”.

Foi esta a denominação encontrada por especialistas em arquitectura e geografia para se referirem ao fenómeno de “esvaziamento” dos núcleos das cidades em favor das suas zonas mais periféricas. Uma situação cada vez mais frequente de norte a sul e que tem bastantes explicações, a começar pela possibilidade que os “arrabaldes” das localidades ofereciam de novas (e mais amplas) áreas para construção.

Este processo permitiu que muitas famílias mudassem para habitações mais recentes e mo-dernas, enquanto que bastantes empresários aproveitaram a oportunidade para ampliar insta-lações e expandir o negócio. Mas como em tudo na vida, este “efeito donut” teve um terrível im-pacto nos núcleos das cidades, que aos poucos começaram a ser esvaziados de funcionalidades e a perder serviços. Com os anos, tornaram-se centros sem vida.

O caso das Portas de Mértola, “coração” de Beja, é um claro exemplo do efeito pernicioso deste fenómeno. Com o alargamento da sua malha urbana, a principal zona comercial da cidade começou a perder influência e, ano após ano, a ver cada vez mais lojas encerradas e menos pessoas a circular pelas suas ruas.

A requalificação daquela zona, promovida pela Câmara Municipal, cons-titui agora uma espécie de “segunda vida” para as Portas de Mértola. Mas é com a empreitada quase concluída que começa o verdeiro desafio! Para os comerciantes, que têm de saber renovar as suas lojas e torná-las mais apete-cíveis aos clientes. Para as associações do sector, que devem encontrar formas de garantir aos lojistas novas ferramentas de apoio financeiro para os inves-timentos necessários. E para a Câmara Municipal, que precisa de dinamizar actividades e iniciativas que criem a movida de que precisam as Portas de Mértola. Só assim a “Meia Laranja” poderá voltar a ser o centro da cidade!

A requalificação pro-movida pela Câmara municipal constitui agora uma espécie de “segunda vida” para as portas de mértola.

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoRedacção: Manuela Pina, José Tomé Máximo (fotografia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+G - www.imaisg.com . Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]ão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 Castro VerdeTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 e-mail: [email protected]

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longe vai o tempo em que o cante acon-tecia a cada esquina, era o bate certo nas

tabernas e a companhia das gentes ao lon-go de cada jornada. Fluía tão naturalmente como se respirava e era um modo de expres-são dos sentimentos, tão verdadeiro, como o próprio olhar. Tanto cantavam os ranchos labutando nas herdades, como se arma-va o terno nas lavouras atrás do arado ou se assobiava a moda tocando um rebanho. Em conjunto, cantavam muitos, na solidão, cantava um só.

Mas a realidade sócio-cultural específica, onde nasceu e ganhou raízes a nossa tradi-ção vocal, transformou-se, profundamente, com a mecanização da agricultura e deixou de existir, por completo, com o abandono dos campos e o gradual apagamento do ru-ralismo.

A partir do início da década de 70, a práti-ca do cante reduziu-se, quase em exclusivo, às actuações dos grupos corais e pratica-mente, só dentro deles, tem sobrevivido o costume de se cantar à alentejana.

Com excepção destes nichos de culto pela moda, onde ainda se repetem as letras, se veneram as sonoridades e se perpetua o cancioneiro, hoje subsiste apenas uma von-tade morna de se ouvir cantar, ocasional-mente e por pouco tempo, pese embora o facto de estarmos perante uma riqueza nos-sa em vias de ser considerada património imaterial da humanidade.

A ligação profunda do cante às agruras da vida dos camponeses, provocou, desde a sua origem, uma clivagem nítida, entre quem cantava a moda e os demais que dela mantinham (e mantêm) um determinado distanciamento de resguardo.

E foi este estigma, esta marca do ferrete social que ao longo dos anos tem desviado da prática do cante as classes mais favore-

> opinião

cante alentejano:a evolução do conceito

cidas e aqueles que por via da sua ascensão individual cuidam de apagar, ou ao menos disfarçar, as marcas da sua génese campo-nesa.

Só isto justifica que ora os nossos grupos corais padeçam tanto da falta de vozes e que numa semana, numa qualquer vila do Alen-tejo, seja possível constituir um coro polifó-nico com dezenas de elementos. Trata-se, nitidamente, de uma questão de estatuto.

Infelizmente, não conseguimos ainda fazer a destrinça entre a prática da tradição coral, daquilo que foi e representava a reali-dade degradante dos seus protagonistas no passado.

O cante hoje deve ser tido como um pro-duto cultural, um património de inestimá-vel valor, pertença colectiva de um povo e de uma região e não mais uma manifestação etnográfica específica do proletariado rural.

Mas para que futuramente se abrace com alma e sem preconceitos essa nossa prática cultural, é necessária uma evolução no con-ceito e do significado do cante alentejano, exorcizando o pendor negativo que o assom-bra. É, assim, premente que nas escolas seja demonstrada às crianças a riqueza desta nos-sa pertença e se promova uma aproximação descomplexada e global dos alentejanos à sua expressão vocal mais autêntica.

É por isso urgente a sua assunção como um bem cultural de todos, uma marca de cariz regional e de identidade que só pode valorizar quem o canta, libertando-o quan-to antes da sua ligação à fome, à penúria, à exploração e à vida inditosa do nosso povo, o que tem, ao longo dos anos, sido uma in-confessada, mas óbvia, razão para o definha-mento continuado dos nossos grupos corais.

é necessária uma evolução no conceito e do significado do cante alentejano, exorci-zando o pendor negativo que o assombra.

JoSé FraNCISCoColaço GuerreIroAdvogado,dirigente da modA

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2013.06.07 opinião>análise

Que desenvolvimento Queremos nós?

O Alentejo tem futuro, esta região tem tudo, porque não nos ajudam a desenvolver, porque não somos devida-mente apoiados?

> opinião

Esta é uma questão que coloca-mos há imenso tempo aos nossos governantes nacionais e que até hoje ainda não vimos respon-dida. Que desenvolvimento

queremos, que caminho devemos seguir, em suma, como podemos trabalhar?

O país parou, a economia perdeu boa parte da sua vitalidade, o desempre-go aumenta, os impostos também, as prestações sociais sobem, e à medida que o desemprego sobe mais se agrava este ce-nário. Cada vez mais portugueses a preci-sar de ajuda, as autarquias nos limites das suas capacidades de prestar esses auxílios e ninguém parece importar-se. Obras importantes param, estancando-se me-lhores possibilidades de desenvolvimento, atrasam-se outras, como é exemplo o TGV, mas com que propósito? A nível regional demos um bom impulso nos últimos anos, com Sines, mas sobretudo com Alqueva, apesar também das ditas dúvidas sobre a sua conclusão, mas podendo ir mais além com aproveitamento adequado do aero-porto, criando acessibilidades adequadas e não parando as que estavam em obra. O Alentejo tem futuro, esta região tem tudo, porque não nos ajudam a desenvolver, porque não somos devidamente apoia-dos?

Em Mértola tem-se feito um trabalho muito bom, a nível municipal, nomeada-mente na infra-estruturação do concelho, na área social e também no turismo, que potencia a actividade comercial e melhora as condições de vida para todos. Mértola tem dinâmica, temos grandes potencia-lidades, porque não se apoiam mais e melhor estes núcleos dinâmicos, até numa lógica intermunicipal, ou inter-regional, se quisermos? Nós temos o rio Guadiana, que sendo desassoreado desde Vila Real de Santo António até Mértola traria uma dinâmica turística e comercial muito boas a todo o baixo Guadiana. Temos o parque mineiro de São Domingos, que esteve abandonado anos a fio e que tem um potencial turístico e do conhecimento enorme, numa localidade que é mui-

Jorge rosaPresidente da Câmarade Mértola

to importante e que necessitava desta atenção. Temos projectados investimentos importantes, como por exemplo o Lar das Cinco Freguesias, obra em lançamento, para onde conseguimos financiamentos e que aguardamos uma resposta do Gover-no para a viabilizar. Temos um projecto muito bom, cujo promotor seria a própria autarquia, com o Instituto do Desporto, e que não foi financiado, mas que traria um incremento muito forte à prática despor-tiva náutica, aposta forte neste municí-pio. Queremos ou não desenvolver-nos, queremos ou não empregar pessoas, atrair pessoas para o interior, repovoar o interior do país? Posso garantir que a minha von-tade como presidente de Câmara é imensa e vamos continuar a trabalhar nesse sentido, pois temos a clara convicção que inverteríamos a tendência depressiva e de decréscimo da população. Nós sabemos ser este o desenvolvimento que queremos!

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Mascote dos “Heróis da Água” fez a delícia dos mais novos. Dr

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sexta. 2013.06.07

ÚLTIMAS24

Um dia em cheio para os mais novos… e para a EMAS! A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja promoveu no último sábado, dia 1 de Junho, a “Festa dos Heróis da Água”, iniciativa que serviu para assinalar o final do primeiro ciclo do projecto desenvolvido junto da comunidade educativa do concelho.

“Foi um dia extraordinário”, reco-nhece ao “CA” o director-delegado da EMAS de Beja, Rui Marreiros, que acrescenta: “Durante o dia do festival foram muitas as pessoas que nos foram dizendo que estava a ser a melhor festa para crianças realizada em Beja, o que só por si é suficiente para compensar o esforço de uma grande equipa que esteve envolvida neste dia”.

Tendo por meta sensibilizar os mais novos sobre o uso eficiente da água, o projecto “Heróis da Água” surgiu em 2012 e um ano depois o balanço é positivo. “Aquilo que sentimos na EMAS é um grande sentimento de satisfação e de de-ver cumprido”, nota Rui Marreiros,

“Heróis da Água” termina em festa

> PrIMeIrA fAse do ProjecTo chegou Ao fIM

> Beja. Educação e sensibilização ambiental é um dos grandes objectivos do projecto lançado pela Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja.

garantindo tratar-se “de um projec-to único” na área, tanto pela sua di-mensão como pela sua duração no tempo ou por ter sido implementa-da com recurso a meios próprios e a parcerias com agentes locais.

“Também ao nível da relação cus-to-benefício” este projecto “apresen-ta um saldo extremamente positivo, já que os custos foram reduzidos se ponderados em função dos benefí-cios conseguidos”, continua o direc-tor-delegado da EMAS.

Importante na iniciativa “tem sido também a oportunidade de desmistificar o papel destas empre-sas, muitas vezes fechadas sobre si próprias, dedicadas apenas a activi-dades de rotina”, continua Rui Mar-reiros, que conclui: “Esta tipologia de empresas devia ter assumido desde há muito esta responsabili-dade ambiental. É esse atraso que se verificou na EMAS durante anos que temos tentado recuperar desde 2010, com um assumido sucesso que agora parece incomodar algu-mas pessoas”.

Depois da festa realizada no pas-sado dia 1 de Junho, a EMAS vai as-sinalar o final do primeiro ciclo do projecto com a entrega a todas as escolas visitadas de um diploma de participação e de uma bandeira. Os “Heróis da Água” regressam depois em Setembro, com o arranque de novo ano lectivo.

O novo Centro Escolar de Ouri-que é inaugurado esta sexta-feira, 7 de Junho, numa cerimónia agen-dada para as 17h30. O novo espaço integrará as valências de pré-esco-lar e primeiro ciclo do ensino bási-co e a obra inclui a requalificação dos dois edifícios, da cantina e do refeitório da escola básica e a cons-trução de mais duas salas para ac-tividades curriculares.

Centro escolar inaugurado

> ourIque

A Câmara de Mértola inaugura esta terça-feira, 11 de Junho, jun-to ao cine-teatro Marques Duque, um monumento de homenagem aos combatentes naturais do con-celho na guerra colonial. A inaugu-ração do monumento, agendada para as 18h00, “é o culminar de um antigo desejo da autarquia em homenagear os antigos comba-tentes”, explica ao “CA” fonte mu-nicipal.

Monumento homenageia combatentes

> MérToLA

A candidatura do PS no con-celho de Castro Verde, liderada por António José Brito, promove no dia 15 de Junho (sábado), a partir das 21h30, o segundo fó-rum “Construir a Mudança”, des-ta feita sobre o tema “Agricultura e Desenvolvimento”. A iniciativa decorre no Fórum Municipal de Castro Verde e tem entre os oradores o deputado europeu e antigo ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos.

Capoulas em fórum de agricultura

> cAsTro verde

É no cais, à beira das águas cal-mas do Guadiana, que Mértola vai celebrar o seu feriado municipal (24 de Junho, dia de São João). Pro-movidas pela autarquia local em parceria com outras instituições e colectividades do concelho, as Festas da Vila arrancam no dia 15 e prolongam-se até ao final do mês.

Jogos infantis e a final do 31º Torneio Serrão Martins em futsal no novo Parque Desportivo e de La-zer marcam o arranque dos festejos a 15 de Junho, sendo que entre os dias 17 e 19 estará patente na Casa das Artes Mário Elias uma exposi-ção de fotografia de António Matos.

Os momentos altos dos festejos estão agendados para o fim-de-semana prolongado (em Mértola) que vai de 21 a 24 de Junho. Na pri-meira noite (21 de Junho, sexta-fei-ra) sobe ao palco montado no Cais do Guadiana o fadista Camané.

Para o dia 22 de Junho (sábado) está agendado um torneio de fu-tebol de sete, uma prova de pesca desportiva e uma descida de barco

Mértola festeja feriado municipal

> fesTejos ArrAncAM A 15 de junho

pelo Guadiana, enquanto que de tarde é apresentada a peça de teatro “Karingana Blues”, pelo Grupo Bica Teatro. À noite actuam os Clã e há baile com os “Século XXI”.

No dia seguinte (23 de Junho, domingo) volta a realizar-se uma prova de pesca desportiva e actua a popular Ana Malhoa, seguida dos “Século XXI”, enquanto que a 24 de Junho (feriado municipal) há febras e sardinhada a partir das 19h00.

As Festas da Vila de Mértola ter-minam a 28 de Junho (sexta-feira), com um baile de São Pedro anima-do por Hélder Reis no largo do Café Campaniço.

O final do mês de Junho vai ser de grande animação em Castro Ver-de, com a realização de mais uma edição das Festas da Vila. Os feste-jos do feriado municipal, que se as-sinala no dia de São Pedro (29 de Junho), são promovidos pela Câmara Municipal e pela Junta de Freguesia, em parceria com as asso-ciações e colectividades locais, e vão decorrer no Largo da Feira ao longo de três dias.

As Festas da Vila ar-rancam no dia 28 de Junho (sexta-feira) às 18h00, com a abertu-ra do recinto da festa,

Castro em festa com Áurea e Richie

> fesTejos enTre 28 e 30 de junho

onde haverá insufláveis para os mais novos, restaurantes e bares. Às 21h30 começa a música pela voz do Duo Kontraste e às 23h30 sobe ao palco principal o português Richie Campbell.

O concerto de Áurea [na foto]será o grande destaque no pro-

grama de dia 29 de Junho (sá-bado). Antes, a animação musical é garantida por Fá-bio Lagarto e Ruben Baião.

As Festas da Vila ter-minam a 30 de Junho (do-mingo), dia em que actuam

Emanuel Martins (21h30) e Dário Mira (22h30), jovem

cantor de São Marcos da Ata-bueira [ver texto na página 14].

Camané