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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 3 // N 104 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.04.11 pub. “Big Brother” nas Portas de Mértola Segurança. Comerciantes querem prevenir aumento de assaltos Novo presidente da Associação Comercial de Beja, Francisco Carriço, quer instalação de um sistema de videovigilância nas principais zonas comerciais de Beja e Vila Nova de Milfontes. 284 602 175 ALJUSTREL pub. Beja Faltam médicos na VMER A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) afecta ao hospital de Beja esteve inopera- cional em alguns períodos das últimas duas semanas, devido à falta de médicos, reconheceu a administração da unidade hospi- talar. P. 03 | BAIXO ALENTEJO O novo fôlego de Aljustrel P. 06 E 07 | GRANDE REPORTAGEM Novo ciclo na Cercibeja Construída e inaugurada a residência mista “Vidas Coloridas”, a Cer- cibeja – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadap- tados entra num “novo ciclo” da sua existência. A opinião pertence ao presidente da cooperativa, José Hilário Mendes, que em entrevista ao “Correio Alentejo” faz o retrato de uma instituição que em 2008 comemora três décadas de vida. P. 17 | ENTREVISTA PSP reforça policiamento em Beja e Moura P. 05 | BAIXO ALENTEJO 7 JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

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DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 3 // N 104 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.04.11

pub.

“Big Brother” nasPortas de Mértola

Segurança. Comerciantes querem prevenir aumento de assaltos

Novo presidente da Associação Comercial de Beja, Francisco Carriço, quer instalação de um sistema de videovigilância nas principais zonas comerciais de Beja e Vila Nova de Milfontes.

2 8 4 6 0 2 1 7 5A L J U S T R E L

pub.

Beja

Faltammédicosna VMERA Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) afecta ao hospital de Beja esteve inopera-cional em alguns períodos das últimas duas semanas, devido à falta de médicos, reconheceu a administração da unidade hospi-talar. P. 03 | BAIXO ALENTEJO

O novo fôlegode Aljustrel

P. 06 E 07 | GRANDE REPORTAGEM

Novo ciclo na CercibejaConstruída e inaugurada a residência mista “Vidas Coloridas”, a Cer-cibeja – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadap-tados entra num “novo ciclo” da sua existência. A opinião pertence ao presidente da cooperativa, José Hilário Mendes, que em entrevista ao “Correio Alentejo” faz o retrato de uma instituição que em 2008 comemora três décadas de vida. P. 17 | ENTREVISTA

PSP reforçapoliciamentoem Beja e MouraP. 05 | BAIXO ALENTEJO

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02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.04.11

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

“Em Beja não noto discriminação em relação às pessoas com defi ciência. Acho que há mais desconhecimento que discriminação.”

José Hilário MendesPresidente da Cercibeja

CASIMIRO SANTOS COORDENA USDB O secretariado da direcção da União de Sindicatos

do Distrito de Beja continua a ser coordenado por Casimiro Santos. Edgar Santos (SEP), Henrique

Vilallonga (STAL) e António Patola (SNTCT) também integram o órgão.

FERIADO DE BEJA SEM MEDALHAS A Câmara de Beja não vai atribuir medalhas da

cidade este ano. A decisão foi tomada esta se-mana em reunião de Câmara extraordinária. No próximo feriado municipal só serão distinguidos os bombeiros e os funcionários da autarquia.

Ilha de areiaafecta Guadiana

Navegação. Acumulação de inertes no leito do rio preocupa autarquia mertolense

Câmara de Mértola pediu ao Instituto Por-tuário e dos Transportes Marítimos para “de-sassorear, de imediato, o troço do Guadiana junto à vila”.

ACâmara Municipal de Mér-tola reivindicou o “urgen-te” desassoreamento do rio

Guadiana, no troço junto à vila, para remover uma ilha de areia “perigosa” para a navegação, que se formou no leito do rio. “É urgen-te avançar com o desassoreamento do rio junto a Mértola para remo-ver de imediato uma acumulação de inertes que formou uma ilha a jusante da embocadura da ribeira de Oeiras”, disse o presidente da autarquia, Jorge Pulido Valente.

A ilha, que “tem vindo a expan-dir-se” e “até já tem vegetação”, é o resultado de um “assoreamento artifi cial e anormal” naquela zona do Guadiana “causado pela alter-ação do regime de caudais do rio, devido à construção da Barragem do Alqueva”, explicou o autarca.

O Município já pediu ao Institu-to Portuário e dos Transportes Ma-

“Ilha” é fruto da alteração do regime de caudais do Guadiana

Ambiente. Iniciativa “Castro Verde + Verde” foi promovida pela Câmara Municipal

Dez mil novas árvores em Castro Verde

É uma iniciativa pouco vulgar no Alentejo e no país. Durante todo o mês de Março, a Câmara Municipal de Castro Verde distribuiu quase 10 mil árvores de fruto pelos moradores do concelho. Cerca de 2.800 laranjei-ras, mais de 2.400 ameixeiras, 1.452 amendoeiras e 1.390 oliveiras foram entregues durante a iniciativa “Castro

Verde + Verde”. Além destas árvores, foram ainda entregues cerca de 900 diospereiros, 450 groselheiras, deze-nas de amoreiras e framboezeiras, 10 castanheiras e duas alfarrobeiras.

Segundo Fernando Caeiros, pre-sidente da Câmara Municipal, a ini-ciativa foi criada com o objectivo de “procurar alargar ainda mais a man-cha arborizada” do concelho e “con-tribuir para um desenvolvimento sustentável” porque, segundo disse o autarca, Castro Verde “é um muni-cípio onde as preocupações ambien-tais estão na primeira fi la das priori-dades da gestão autárquica”.

Esta iniciativa envolveu também as escolas do Ensino Pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico, através de uma acção de sensibilização ambien-

tal que incluiu a oferta de materiais promocionais. As crianças puderam ainda solicitar árvores para semear em casa ou no recinto escolar.

“Plantar o equivalente a pelo me-nos uma árvore por cada casa foi o grande desafi o da iniciativa”, desta-cou o autarca de Castro Verde, que destacou ainda o facto de o concelho ter uma proporção entre áreas verdes e zonas edifi cadas “muito acima da média nacional”.

“Nas últimas duas décadas criou-se um concelho mais verde, com mais jardins e com mais zonas arboriza-das”, acrescentou Caeiros, sublinhan-do que se trata de uma realidade “que não se resume, exclusivamente, ao trabalho efectuado pelas autarquias locais do concelho”. “É também fru-

uma das acções previstas no estu-do de navegabilidade do rio, que foi elaborado em 2004 pelo IPTM.

“O estudo tem estado na gaveta e, devido à inércia do IPTM, ainda

to de um investimento muito grande dos munícipes deste concelho”, re-matou.

Refi ra-se que, neste en-quadramento, a Câmara de Castro Verde defi niu que os novos lotea-mentos de construção unifamiliar prevejam a existência de lo-gradouros, de acor-do com a tradição herdada do legado mediterrâneo, o que permitiu que os habitantes des-sas moradias con-tribuam para o alargamento da mancha verde.

Câmara Municipal distribuiu10.000 novas árvores aos munícipes durante o mês de Mar-ço. Só laranjeiras foram 2.770!

rítimos (IPTM) para “desassorear, de imediato, o troço do Guadiana junto à vila de Mértola” para remo-ver a ilha “prejudicial e perigosa para a navegação”.

A formação da ilha, referiu o au-tarca, “é uma das consequências dos atrasos no desassoreamento do Guadiana”, entre a foz, em Vila Real de Santo António, e Mértola,

nada foi feito”, lamentou o autar-ca, acrescentando que o instituto “prevê avançar com algumas in-tervenções de desassoreamento do Guadiana durante este ano, mas até agora nada”.

“Não existem razões para não se avançar o mais rápido possível com as operações de desassorea-mento no Guadiana, que deveriam ser periódicas para assegurar a constante navegabilidade do rio”, defendeu o autarca.

As condições de navegabilidade do Guadiana começaram a degra-dar-se nos anos 60 do século XX, após o fi m da exploração das Mi-nas de São Domingos, no concelho de Mértola, a cerca de 90 quilóme-tros da foz.

Actualmente, segundo Jorge Pu-lido Valente, o Guadiana é navegá-vel “com algumas condições” entre a foz e o Pomarão, estando a nave-gação “extremamente condiciona-da” a montante deste antigo porto mineiro até Mértola.

De acordo com o autarca, “é indispensável avançar com o pro-jecto de navegabilidade do rio, que considerou “estratégico para o de-senvolvimento local e turístico do território do Baixo Guadiana”.

“Só através da navegação não condicionada entre a foz e Mértola é possível desenvolver as poten-cialidades turísticas do Guadiana, sobretudo as náuticas de recreio e marítimo-turísticas”, defendeu.

O autarca frisou ainda que o projecto de navegabilidade do Guadiana, que irá permitir a che-gada de embarcações de grande porte até Mértola, “é uma condi-ção necessária para a viabilização de empreendimentos turísticos”, como o projecto previsto para o Pomarão, que inclui a construção de um hotel, uma marina, um cais e uma doca seca.

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2008.04.1103

Saúde. Equipamento não pôde dar resposta em alguns períodos das últimas duas semanas

VMER sem médicosfi cou inoperacional

VMER de Beja para-da por falta de médicos durante vários períodos dos últimos dias.

A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) afecta ao hos-pital de Beja esteve inoperacional em alguns períodos das últimas duas semanas, devido à falta de médicos, reconheceu a administração da uni-dade hospitalar.

“Na semana passada e na última terça-feira, 8, em alguns períodos do dia, o hospital de Beja teve difi culda-des em garantir médicos para com-pletar a tripulação da VMER, que fi -cou inoperacional”, disse Rui Sousa Santos, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo (CHBA), que gere a unidade hospitalar.

Fonte dos Bombeiros Voluntá-rios de Beja disse à Lusa que, entre terça-feira e sábado da semana pas-sada e na última terça-feira, a cor-poração “tentou, por várias vezes, accionar a VMER” junto do Centro de Orientação de Doentes Urgen-tes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o qual informou que a viatura afecta ao hospital de Beja “estava inopera-cional”.

Apesar de o CODU

Beja

Capoulas Santos nomeadorelator do Parlamento EuropeuO eurodeputado alentejano e coor-denador do Grupo do PSE para as questões agrícolas, Luís Capoulas Santos, foi formalmente designado, na passada se-mana, relator do Parlamento Eu-ropeu para o que será o mais im-portante dossier agrícola da actual legislatura, o de-signado health check da Política Agrícola Comum (PAC). A propos-

ta legislativa, que será apresentada em Maio pela Comissão Europeia, consiste em três propostas de regu-lamento que deverão fi xar as novas

regras da PAC a aplicar ainda no actual período de vigência da reforma de 2003 e que defi nirão as linhas orienta-doras gerais para o modelo da PAC a aplicar no pe-ríodo posterior a 2013.

Beja

Socialistas promovemFórum Novas Fronteiras“Desenvolver o Baixo Alentejo – As potencialidades das Energias Re-nováveis” é o tema central de uma sessão de refl exão e debate que irá ser promovida pelo PS do Baixo Alentejo este sábado, 12, no âmbito do Fórum Novas Fronteiras. O encontro terá lugar no auditório da Expobeja, a partir das 15h00, e contará com a presença de Humberto Rosa, actual secretário de Estado do Ambiente, que irá tecer conside-rações sobre “Energia e clima, fontes alternativas e sustentabilidade ambiental”.

Presentes no encontro irão estar também o deputado socialista Jor-ge Almeida, que abordará a questão “Culturas agrícolas energéticas, novo fôlego para o Mundo Rural?”, e o administrador da empresa Ca-tavento, Piero Dalmaso, que falará sobre “Energia solar, o Baixo Alen-tejo à frente!”. Refi ra-se que a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista está a promover estes debates com o objectivo de “defi nir as bases programáticas para os actos eleitorais de 2009”, procurando, deste modo, “valorizar a estratégia do partido para a região”.

“não referir as razões para a viatu-ra estar inoperacional”, a fonte dos bombeiros disse à Lusa que a situa-ção se deveu à falta de médicos para completar a equipa da VMER, cons-tituída por um médico e um enfer-meiro.

A inoperacionalidade da VMER, contou a fonte, verifi cou-se também durante a operação de socorro ao ca-sal de idosos vítimas de um incêndio ocorrido terça-feira de manhã, em Beja, e que foi transportado em duas ambulâncias, uma dos bombeiros e outra do INEM, para o hospital da ci-dade, onde acabaram por morrer.

No entanto, a VMER de Beja este-ve operacional, foi accionada e, jun-tamente com a VMER de Albufeira, prestou socorro aos três feridos no despiste de um ligeiro, domingo de manhã, no Itinerário Complemen-tar 1 (IC1), entre Ourique e Aldeia de Palheiros.

Confrontado pela Lusa com estas informações, Rui Sousa Santos, além de confi rmar a situação, garantiu que “a escala e as equipas para tripular a VMER de Beja já estão garantidas até ao fi nal deste mês”.

“O hospital está a fazer todos os possíveis para assegurar a operacio-nalidade da VMER, mas con-fronta-se com uma falta de médicos aguda e não

há clínicos debaixo das pedras”, dis-se Rui Sousa Santos.

A falta de médicos no hospital de Beja, “à semelhança de outras regi-ões do interior do país”, e os critérios do INEM, que, “entre outras exigên-cias, obriga a que os médicos para tripular as VMER tenham menos de 45 anos”, “torna muito difícil con-seguir médicos disponíveis para a VMER”, justifi cou Rui Sousa Santos.

“Devido às difi culdades em re-crutar médicos e devido aos critérios defi nidos pelo INEM, o hospital de Beja não consegue encontrar médi-cos para assegurar a operacionali-dade da VMER 24 horas por dia, 365 dias por ano e sem falhas”, lamentou o responsável.

Nos momentos em que não há médicos disponíveis para a equipa da VMER, explicou Rui Sousa Santos, “o hospital de Beja comunica a situ-ação ao INEM, que terá que arranjar alternativas para assegurar o serviço de urgência pré-hospitalar”.

“O que não faz sentido é o hospi-tal de Beja desviar os seus

Carolina Teixeira, de 71 anos, fe-rida com gravidade num incên-dio ocorrido numa residência em Beja morreu terça-feira, 8, à noi-te, elevando para dois o número de vítimas mortais do sinistro.

A idosa morreu às 21h40, qua-se 11 horas após ter entrado no Hospital de Beja, onde esteve em coma no serviço de observação das urgências, precisou Graça Fortunas, porta-voz da unidade hospitalar.

O incêndio, que defl agrou terça-feira às 10h18 e foi extinto por volta das 11h00, no número 04 do Largo 09 de Abril, provocou também a morte do marido, de 70 anos.

As duas vítimas, intoxicadas devido à inalação de fumo, foram transportadas para o Hospital de Beja, onde entraram pouco depois das 10h50 e em paragem cárdio-respiratória.

Depois de terem sido feitas reanimações ao casal, o homem, Diogo Teixeira, não resistiu e morreu às 11h30 e a mulher so-breviveu, mas fi cou em “estado grave”, acabando por falecer à noite.

O incêndio foi provocado por uma braseira eléctrica,

que estava no interior de uma mesa e terá incen-

diado a toalha, “pro-vocando uma ignição que destruiu a sala da casa”, explicou o segundo comandan-te dos Bombeiros Voluntários de Beja,

Pedro Barahona.De acordo com o

responsável, o fumo e o calor provocaram tam-

bém estragos noutras divi-sões da casa.

As operações de comba-te ao incêndio e de socorro às

vítimas envolveram duas am-bulâncias, quatro viaturas e 13 homens da corporação de Bom-beiros de Beja.

Sociedade

Incêndiocausa mortede dois idososem Beja

poucos médicos do trabalho normal dentro do hospital para irem para a VMER”, disse Rui Sousa Santos, re-ferindo que “os médicos da casa só poderão integrar a equipa da VMER fora dos seus horários normais de serviço no hospital”.

A falta de médicos para assegurar as equipas da VMER “é um proble-ma que tem de ser resolvido em con-junto com o INEM”, disse Rui Sousa Santos, defendendo a alteração de algumas exigências, como a idade máxima dos médicos.

Contactado pela Lusa, o porta-voz do INEM, Pedro Coelho, limi-tou-se a explicar as responsabilida-des do instituto e do hospital de Beja para assegurar o serviço da VMER e que “estão claramente defi nidas” no protocolo assinado entre as duas en-tidades.

“Ao INEM compete disponibili-zar a viatura com equipamentos de emergência e de reanimação e ao hospital cabe a responsabilidade de assegurar as equipas necessárias para garantir o funcionamento da VMER, que é mais um serviço do hospital”, explicou Pedro Coelho.

O porta-voz disse ainda que “o INEM está sempre disponível para, juntamente com os seus parceiros, encontrar soluções para resolver problemas específi cos, mas sem co-locar em causa a qualidade do servi-

ço prestado”.

Mértola

Apoios parahabitaçõesA Câmara de Mértola vai dar apoios à habitação através dos programas de Melhoramentos Habitacio-nais e de Conforto Habitacional para Idosos. Os melhoramentos habitacionais irão benefi ciar três idosos com carências fi nanceiras, num investimento superior a seis mil euros. No que toca ao Progra-ma de Conforto Habitacional para Idosos, da responsabilidade da au-tarquia e da Segurança Social, são abrangidos quatro benefi ciários, contribuindo o Município com a mão-de-obra e a Segurança Social com 3.500 euros.

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REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2008.04.11 04

Sinistralidade. Dois graves acidentes causaram quatro mortos no distrito de Beja

Madrugada fatídicaenluta Baixo Alentejo

Quatro jovens mor-reram vítimas de aci-dentes de viação em Messejana e na Aldeia de Palheiros.

Quatro pessoas morreram em dois acidentes registados no último do-mingo, 5, em estradas do distrito de Beja. Os dois despistes ocorreram perto de Aldeia de Palheiros, Ouri-que, e na zona de Messejana, con-celho de Aljustrel.

Em Aldeia de Palheiros, uma via-tura transportando cinco jovens de nacionalidade ucraniana e moldava

“logo no momento do embate” e, segundo enfatizou, “tratou-se de um despiste numa zona onde as noites são longas e o dia amanhece muito cedo”.

Segundo apurou o “CA”, o jovem casal terá jantado sábado à noite no restaurante “Bangula”, em Mes-sejana, deslocando-se depois para um baile que se realizou naquela vila, onde o jovem, José Júlio San-tana, residia e trabalhava com o pai num serralharia da família. A namorada, Carla Rodrigues, tinha 30 anos e residia em Santiago do Cacém.

As operações de socorro deste acidente mobilizaram 14 bombei-ros e seis viaturas dos Bombeiros Voluntários de Aljustrel.

Viatura que se despistou perto de Messejana fi cou completamente destruída – os dois ocupantes morreram

Ourique

Apoio precoceganha viaturaA Equipa de Intervenção Preco-ce de Ourique (EIPO) já possui uma carrinha, o que lhe permi-tirá “melhorar substancialmen-te” a sua intervenção juntos das crianças dos zero aos seis anos “com defi ciência ou risco de atraso grave no seu desenvol-vimento e respectivas famílias”. A funcionar em conjunto com a sua homóloga de Almodôvar, a EIPO tem por objectivos “a cria-ção de condições facilitadoras de desenvolvimento global das crianças”.

Mértola

Idosos vãotratar dos pés“Cuidar dos pés é mais do que um tratamento de estética” é a mensa-gem que a Unidade Móvel Médi-co-social de Mértola quer passar à população do concelho, em espe-cial os mais idosos, na campanha que iniciou a 1 de Abril. Desta vez, em vez de enfermeiros, a carrinha percorre as localidades do conce-lho com duas esteticistas. A cam-panha pretende, ao mesmo tem-po que trata dos pés, alertar para os problemas mais comuns, como as unhas encravadas, as micoses, as dores na planta dos pés.

Ourique

Concelho ganha equipade sapadores fl orestaisO concelho de Ourique será o pri-meiro do distrito de Beja a dispor de uma equipa de sapadores fl o-restais, depois da autarquia local ter visto aprovada a sua candidatu-ra a um programa para o efeito. No âmbito deste pro-grama, a Câmara de Ourique rece-berá um subsídio anual de 35 mil euros, além de ser prestada formação aos elementos da futura equipa de

sapadores assim como cedida uma viatura e equipamentos pessoais.

Fonte da Câmara de Ourique revela ao “CA” que a nova equipa de sapadores fl orestais é “mais um instrumento fundamental

na prevenção e no apoio à protecção civil” do concelho, dando continui-dade aos esforços que a autarquia “tem desenvol-vido nos últimos dois anos”.

Protecção Civil

Prevençãonas escolasde OdemiraA Câmara de Odemira promo-veu esta quinta-feira, 10, a en-trega de Planos de Prevenção e material de primeiros a diversas escolas do primeiro ciclo e jar-dins-de-infância do concelho, numa cerimónia integrada nas Jornadas da Juventude do con-celho.

Elaborados pelo Serviço Municipal de Protecção Civil de Odemira, os Planos de Pre-venção pretendem, segundo fonte da autarquia, “defi nir um conjunto de conceitos e proce-dimentos que visam contribuir para a segurança das comuni-dades escolares, identifi cando e minimizando tanto quanto pos-sível os riscos existentes, e apre-endendo comportamentos cor-rectos de como actuar perante uma situação de catástrofe ou acidente grave”.

despistou-se no IC1 “com aparato e de uma forma incaracterística”, segundo descreveu o responsável do Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Beja, Canudo Sena.

“Foi um despiste que se dá por motivo da velocidade que, naquele local, não era a adequada”, explicou o responsável, especifi cando que o rail de protecção na berma da estra-da foi “cortado ao meio”.

Katerine Sokolovka, 19 anos, e Ecaterina Pnepelita, 20 anos, morreram imediatamente após o despiste. Outra rapariga, Lukash Daryna, 20 anos, fi cou gravemente ferida com uma fractura exposta no joelho, tendo sido transferida para o hospital de Faro. Os restantes dois

ocupantes da viatura, Marija Serve-tnyk, 20 anos, e o condutor, Volo-dymyr Murava, 31 anos e único ho-mem na viatura, tiveram alta logo no domingo no hospital de Beja.

As operações de socorro mobili-zaram 13 bombeiros e seis viaturas das corporações de Ourique, Castro Verde e Almodôvar, além das viatu-ras médicas de emergência e reani-mação (VMER) de Albufeira e Beja e a viatura de suporte imediato de vida (SIV) de Odemira.

Na zona de Messejana, conce-lho de Aljustrel, um casal de 24 e 30 anos de idade também foi vítima de um despiste na Estrada Munici-pal 1.082, num troço em direcção a Alvalade-Sado. Segundo Canudo Sena, as duas pessoas morreram

Beja

Encontrode Gerações“Encontro de Gerações” é a denominação do projecto que durante os próximos meses vai sentar à mesma mesa idosos e crianças do concelho de Beja. A promoção dos laços afectivos entre as gerações, o combate aos estereótipos e represen-tações sociais sobre a velhice, a recuperação de memórias e tradições antigas ou a valoriza-ção do património cultural da região estão na origem do pro-jecto que agora é desenvolvido pela autarquia.

Comemorações

Aljustrelfesteja Abrilaté 5 de MaioÀ imagem dos anos anteriores, a Câmara de Aljustrel vai assinalar o 34º aniversário do 25 de Abril em todo o concelho mineiro com uma série de iniciativas lúdicas e culturais. Os festejos arrancaram no início do mês e vão prolongar-se até ao dia 5 de Maio. A tertúlia “Conversas de Abril”, no próximo dia 18, com a participação do jor-nalista Adelino Gomes, do almi-rante Martins Guerreiro, do coro-nel Costa Martins e do professor Sérgio Ribeiro, é um dos princi-pais destaques do programa, que irá também prestar homenagem a Adriano Correia de Oliveira através de uma exposição alusiva ao “homem e à sua obra”. Na noi-te de 24 de Abril, haverá música com o grupo Quadrilha e a banda fi larmónica da SMIRA, além do já tradicional fogo-de-artifício.

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Quatro empresas assinaram, na passada semana, a escritura de compra de terrenos no Parque de Empresas e Serviços de Ferreira do Alentejo, estando previsto um investimento total de 1,4 milhões de euros e a criação de 25 postos de trabalho, revelou uma fonte da Câmara Municipal. Segundo dados divulgados pela autarquia, os investimentos programados são liderados por empresas da zona de Lisboa, que se preparam para investir em sectores como a moa-gem e comercialização de farinha (Farinhas Firmos, Lda), montagem de maquinaria hidráulica e óleos (Artur Pombo Valente, Lda), es-tudos e projectos de engenharia, construção civil e obras públicas (Hélder & Martins, Lda) e, ainda, na área da maquinaria agrícola (Soprenco) e no comércio de veí-culos e equipamentos (Rupelcar).

sexta-feira2008.04.1105REGIÃO BAIXO ALENTEJO

Um homemcom três paixões

António dos Anjos é uma fi gura incontornável na vila de Castro Verde, terra onde nasceu no dia 10 de Abril de 1939 – fez ontem 69 anos! Depois da

escola, foi trabalhar para a fábrica Prazeres & Irmão e manteve sempre uma ligação muito forte ao desporto. Por isso, em 1953, com apenas 14 anos, participou como pôde na fundação do FC Castrense.

Com uma idade tão tenra, seria normal que o jovem António dedicasse o seu tempo a jogar à bola. Mas ele próprio confessa que sempre teve “muita falta de jeito”. Por isso, esperou pacientemente pela maioridade e logo foi eleito para os corpos sociais do seu emblema de sem-pre.

Esse era o período áureo dos “cinco violinos” e das jornadas gloriosas do hóquei em patins, com Correia dos Santos, Jesus Correia e Emídio Pinto. António dos Anjos ouvia os relatos na rádio, vivia apaixonado pelo Sporting e dedicava-se ao FC Castrense.

Foi assim que contribuiu para organizar equipas e abrir sedes. O clube crescia aos poucos e, em meados dos anos 60, ganhou o primeiro título distrital. Após essa fase, António é mobilizado para Angola e a organização esmorece!

Só depois do 25 de Abril o FC Castrense volta a ter no-vas dinâmicas. Com o início da construção do primeiro ringue de Castro Verde, o então presidente da assem-bleia-geral imaginou que seria possível criar a sonha-da secção de hóquei em patins. Assim foi! “Angariámos fundos e formámos uma célebre equipa que fez bons campeonatos nos diversos escalões, competindo com Benfi ca e Sporting em meados dos anos 80. Até tivemos um internacional júnior”, conta com orgulho.

A par do hóquei, António dos Anjos não esconde uma paixão “talvez maior” pelo futebol. Tanta que, sem hesi-tações, reconhece que o ano de 1993 foi muito especial

para si, devido à primeira subida do Castrense à 3ª divisão na-

cional. “Foi um ano histórico para a vida dos castrenses. Especialmente para nós, que estávamos integrados nesse grupo. Foi a maior

alegria que tivemos”, con-fessa.

Homem popular, afável, sempre com bons modos, An-

tónio dos Anjos habituou-se a lidar com as pessoas quando,

ainda muito jovem, trabalhou nalguns cafés históricos

de Castro Verde, como o Nicola ou o Campo d’Ourique. Seguiu-se o ingresso nos serviços da Segurança Social, onde esteve até à re-

forma, em 1995.Hoje, continua

a liderar a secção de hóquei em patins, a festejar as vitórias do futebol sénior e a acompanhar o neto na equi-pa de “escoli-nhas”. E, natu-ralmente, não perde pitada do “seu” Spor-ting. Uma pai-

xão antiga, que todas as tempo-

radas o leva ao estrangeiro para

ver um jogo das competições eu-

ropeias. Esta época foi em Manchester! ANTÓNIO JOSÉ BRITO

ângulo inverso

PSP de Beja reforça vigilância na cidade até ao fi nal de Abril.

Segurança. Reforço especial do policiamento para aumentar o sentimento de segurança das pessoas

Mértola

Autarquia apoiaCorte do PintoA Junta de Freguesia de Corte do Pin-to vai receber um apoio fi nanceiro da Câmara de Mértola para fazer face às despesas com a gestão e conservação do Mercado da Mina de S. Domingos. Segundo divulgou a autarquia merto-lense, o funcionamento do mercado da Mina de S. Domingos é assegura-do pela Junta de Corte do Pinto desde 2005, data em que foi assinado o proto-colo de delegação de competências. O fi nanciamento para o funcionamento deste espaço público é de 5.200 euros.

Castro Verde

Câmara constróiduas novas ETAA Câmara de Castro Verde vai construir duas estações de tratamento de águas (ETA) em Beringelinho e Sorraias, num investimento superior a 785 mil euros. O presidente da autarquia, Fernando Caeiros, justifi cou a necessidade dos investimentos com “os problemas verifi cados na quantidade de água disponível na ETA da Sete durante o período estival”, sendo que esta abas-tece as localidades do Monte da Sete, Santa Bárbara de Padrões, Lombador e Beringelinho.

PSP “aperta” vigilânciaem Beja até 24 de Abril

A PSP vai reforçar este mês o policia-mento nas áreas comerciais dos centros históricos e nas imediações das escolas de Beja e Moura para aumentar o senti-mento de segurança das pessoas, anun-ciou esta semana a força policial.

O reforço do po-liciamento, desde quarta-feira e

até dia 24 deste mês, vai envolver agen-tes das quatro esquadras do Comando Distrital de Beja da PSP.

Trata-se de “mais um reforço espe-cial do policiamento para aumentar o sentimento de segurança das pessoas nas cidades de Beja e de Moura”, as áre-as de actuação do Comando de Beja da PSP, explicou à agência Lusa o comissá-rio Nuno Poiares.

Os assaltos a dois estabelecimentos comerciais do centro histórico

de Beja, alegadamente perpe-trados, dia 25 de Março, por um

indivíduo armado com uma pistola, e vários “pe-

quenos assaltos” a alunos

nas ime-diações de a l g u m a s

e s c o l a s j u s t i f i -

caram o r e f o r ç o

do poli-

ciamento e a escolha das zonas de in-tervenção.

Apesar de frisar que o Comando Dis-trital de Beja da PSP “em 2007 manteve os índices de criminalidade registados em 2006”, Nuno Poiares defendeu que “é preciso fazer mais para diminuir a criminalidade”.

Nesse sentido, o reforço especial do policiamento este mês vem juntar-se à operação “Cidade Segura”, através da qual, desde 2006, durante um mês, a PSP reforça as acções de policiamen-to em Beja, com acções de agentes das quatro esquadras do Comando Distrital e do corpo de intervenção.

À semelhança de 2006 e 2007, este ano a PSP também vai promover uma nova operação “Cidade Segura”, que ainda não está agendada.

Além das áreas comerciais dos cen-tros históricos e das imediações das es-colas, a PSP “pretende também intensi-fi car as acções normais de policiamento junto dos estabelecimentos de diversão nocturna”, acrescentou Nuno Poiares.

Odemira

Jornadas paraa juventudeTerminam esta sexta-feira, 11, em Ode-mira, as Jornadas da Juventude, uma iniciativa que está a mobilizar os ha-bitantes mais novos e a divulgar o tra-balho desenvolvimento pelas escolas e associações no âmbito dos jovens. Uma Assembleia Municipal Jovem, subordi-nada ao tema “Diálogo Intercultural”, é uma das acções que preencheu o pro-grama, que pretende ainda dar voz aos jovens e envolver a comunidade escolar do terceiro ciclo do ensino básico das escolas do concelho.

Novas empresas investem 1,4 milhões em Ferreira do Alentejo

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sexta-feira2008.04.11 06

Aljustrel. Sexta-feira. Dez ho-ras. Transeuntes desocupa-dos, domésticas atarefadas e

comerciantes atentos transformam aquela manhã numa manhã igual a tantas outras. Mas é notório que o bulício da Avenida da Liberdade já ultrapassa a rotina do costume. Até pela passagem constante de cami-ões naquela via que corta Aljustrel ao meio e onde é possível tomar o pul-so a uma vila que parece despertar, depois de anos de sonambulismo. Tudo porque nas suas entranhas há de novo esperança.

Encerrada nos primórdios da dé-cada de 90, a mina de Aljustrel dá agora os seus primeiros passos rumo à ansiada retoma da laboração. Em Maio de 2005, o primeiro-ministro José Sócrates formalizou com pom-pa e circunstância o regresso da ac-tividade mineira a Aljustrel e desde então que os responsáveis pela Piri-tes Alentejanas – empresa proprietá-ria das minas locais, por sua vez deti-da pelo consórcio sueco/ canadiano Lundin Mining – intensifi caram os trabalhos indispensáveis a esse fi m. A produção em Aljustrel arrancou, fi nalmente, em Dezembro de 2007 e agora o optimismo é muito, o que leva presidente da Câmara de Aljus-trel, José Godinho, a garantir que “já é nítido o efeito positivo do início da retoma da actividade mineira na co-munidade local”.

E nas ruas como nas pessoas sen-te-se que, de facto, qualquer coisa está a mexer em Aljustrel. Um novo fôlego que justifi ca a espera dos últi-mos anos. Mesmo que as expectati-vas estejam ainda longe de ser total-mente cumpridas.

Comércio parado. É no centro de Aljustrel que se encontra o grosso

Depois de mais de uma década de espera, Aljustrel vê renascer o seu lado mineiro. Quase dois anos após a cerimónia de anúncio da retoma da laboração e quatro meses após o início da produção, o “CA” foi tentar perceber o que já mudou na “vila das minas”

Expectativa nos bairros mineirosTerra de fortes ligações à mina, Aljustrel tem nos seus vários bairros mineiros verdadeiros “bastiões” da memória. Vagueando por São João, Val d’Oca, Plano e Algares, sente-se ainda o pulsar dos mineiros que re-gressavam das vísceras da terra guiados pelo gasómetro. A suspensão da actividade da mina em 1993 criou grandes difi culdades às popula-ções destes quatro bairros, mas agora existe alguma expectativa num regresso ao passado, com melhores condições e mais emprego.“Agora há uma grande expectativa. Podemos acreditar e valeu a pena lutar”, sublinha em Val d’Oca Mário Godinho. Este antigo sindicalista, de 65 anos, defende mesmo uma “política de emprego” para a mina que privilegie os fi lhos dos antigos mineiros. “Vêm muitas pessoas de fora e as pessoas da terra estão a fi car esquecidas. Deviam dar-lhe essa oportunidade”.

Se...

do comércio local. De boutiques de roupa a pastelarias. De dependên-cias bancárias a supermercados. E claro, o Mercado Municipal, cujos comerciantes garantem estar, para já, “à margem” das mudanças pro-vocadas pelo regresso da actividade mineira à vila.

“No meu ramo, por exemplo, são mesmo muito poucas as diferenças. Ao nível da restauração até se pode notar uma pequena melhoria, mas ao balcão, nas vendas, muito pou-cas”, revela Nelson Rufi no, que aos 27 anos trabalha no talho criado pelo seu avô há 85 anos.

A mesma opinião tem o “vizinho” Francisco Severino, de 58 anos, ven-dedor de hortaliças, frutas e afi ns. “O comércio está completamente mor-to”, afi rma “Xico dos Perus” – como é popularmente conhecido pelas gen-tes do concelho – acrescentando: “Esperava que isto mudasse muito mais, mas não mudou quase nada. É bom [a mina ter reaberto], pois dá mais trabalho ao pessoal. Agora o comércio continua muito fraco”.

Mais emprego. Numa primeira aná-lise, e exceptuando sectores específi -cos – como a restauração ou a hote-laria [ver texto na página ao lado] –, os resultados práticos da retoma da laboração mineira em Aljustrel apa-rentam estar ainda aquém das ex-pectativas (e das necessidades) dos aljustrelenses. Ainda assim, dentro como fora do Mercado Municipal, ninguém enjeita que muita coisa está para mudar na vila.

“É provável que quando a mina estiver a funcionar em pleno, que haja mais empregos para os de cá. Ou então, os de fora têm de vir para cá morar”, afi rma Hermenegildo No-bre, taxista de 63 anos, corroborado pelo colega da profi ssão José Torres, de 52.

Para a população, a criação de novos postos de trabalho é, quase unanimemente, o principal aspec-to positivo da retoma da actividade mineira em Aljustrel. Mas mesmo esse ponto merece algumas limita-ções, uma vez que a maior parte dos trabalhadores são provenientes de

fora de concelho. “Há muito mais pessoas. Mas são trabalhadores de sub-empreiteiros e não empregados da mina”, adverte Hélder Conceição, empresário do ramo automóvel.

Uma situação que deixa também preocupado Luís Sequeira, do Sindi-cato dos Trabalhadores da Indústria Mineira. “Há, de facto, muita gente a trabalhar [na mina], mas uma gran-de parte delas são pessoas de fora, integradas em fi rmas sub-contrata-das pela PA”, afi rma o sindicalista, lembrando a promessa da adminis-tração de “dar primazia às pessoas da região” em matéria de emprego não tem sido cumprida

Consumo aumenta. No “coração” de Aljustrel, o Café Aliança é ponto de paragem obrigatório. Estabele-cimento com mais de meio século de existência, o Aliança tem assisti-do a várias das etapas da evolução de Aljustrel. O papel da mina neste processo está, aliás, bem patente nas suas paredes, com fotografi as de outros tempos e de “outra mina”. Agora, às suas mesas, o optimismo é muito.

“É provável que daqui a algum tempo, quando as coisas estiverem mais orientadas [na mina], que apareça ainda mais gente”, refere o empregado de balcão e mesa Luís Gama, 51 anos, que, ainda assim, já vai notando algumas diferenças – para melhor – no consumo dos clientes.

É hora de almoço e o ritmo na Avenida da Liberdade diminui. Até os camiões começam a passar com menor frequência. Mas de tarde tudo regressa à normalidade. Assim se passam os dias em Aljustrel, lo-calidade na expectativa de ter uma segunda oportunidade. Pode estar aquém do que muitos estimavam (e desejavam), mas o novo fôlego já se nota na “vila das minas”.

tema quinzenal Mina de Aljustrel

ECONOMIA REGIONAL

O novo fôlego de Aljustrel

CARLOS PINTO JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

É provável que daqui a algum tempo, quando as coisas es-tiverem mais orientadas [na mina], apareça mais gente.

“Luís Gama51 anos, empregado de mesa

Se [a mina] fosse um mercado, mudava-se de sítio. Mas como o minério está aqui, é aqui que tem de ser explo-rado.

“Mário Godinho65 anos, reformado

É provável que quando a mina estiver a funcionar em pleno, que haja mais empregos para os de cá.

“Hermenegildo Nobre63 anos, taxista

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ECONOMIA REGIONAL

Foi na manhã quente de 15 de Maio de 2006 que tudo reco-meçou. Foi nesse dia que o presente colocou o futuro no

lugar do passado. Um dia que ins-talou em cada aljustrelense o fre-nesim da esperança a renascer. Ao longo de décadas, Aljustrel viveu de, para e com a mina. Foi nas gale-rias escavadas no seu subsolo que o concelho alicerçou grande parte do seu desenvolvimento socio-económico, extraindo do minério o sustento de muitas famílias. Por isso, quem conhece Aljustrel sabe bem a crise com que o concelho se debateu no início da década de 90. A suspensão da laboração minei-ra na Pirites Alentejanas em 1993 signifi cou a amputação de muitos

sexta-feira2008.04.0407

AS ORIGENS ROMANAS > Situada na denomi-nada Faixa Piritosa Ibérica – que vai de Grândola a Sevilha –, a mina de Aljustrel remonta aos tempos da ocupação romana. Os fi lões de São João e de Algares foram reconhecidamente explorados desde a antiguidade, como se comprova pelos inúmeros poços e galerias ainda existentes e resultantes da exploração durante o período de ocupação romana, embora os achados arqueológicos recolhidos na área de Aljustrel possam apontar para uma exploração pré-histórica dos “potentes chapéus de ferro daqueles fi lões”, que continham altos teores de cobre e prata e algum ouro. Os depósitos de escórias do período romano foram calculadas em cerca de 450.000 toneladas.

Fonte: www.mun-aljustrel.pt

Comércio. Restauração e hotelaria são os sectores mais benefi ciados pela retoma da actividade mineira em Aljustrel

Sorte grande… sem jogar

Se a maioria do comércio em Al-justrel afi rma estar ainda longe de sentir na prática o regresso da ac-tividade mineira ao concelho, do mesmo não se podem queixar os empresários ligados à restauração e à hotelaria. Estes dois sectores são, para já, os mais benefi ciados com a retoma da laboração na Pi-rites Alentejanos, com ganhos visí-veis no número de refeições servi-ços ou no aumento de dormidas ao longo da semana. A justifi cação, na óptica dos comerciantes de outros sectores, é simples e clara: “toda a gente tem de ter um sítio para co-mer e para dormir”.

Quem anda extremamente sa-tisfeito com a reabertura da mina de Aljustrel é Inácio Brito. Inter-valando a sua partida de dominó, este empresário de 53 anos garante ao “Correio Alentejo” que lhe saiu “a sorte grande sem jogar”.

“Nota-se diferença e uma dife-rença muito grande. Há mais mo-vimento. No meu ramo estou 100% lotado. E mesmo nos restaurantes

comentário

Carlos Pinto*

*editor do “Correio Alentejo”

Regresso à mina

O concelho [de Aljustrel] tem pela frente uma espé-cie de “segunda oportunidade”, que todos merecem mas poucos alcançam

“O facto de grande

parte das pessoas que trabalham na mina de Aljustrel serem de fora do concelho (e até da região) está a benefi -ciar quem tem restau-rantes ou residenciais como negócio.

Inácio Brito não esconde que a reabertura da mina de Aljustrel melhorou (e muito) o seu negócio

HISTÓRIA

tema quinzenal Mina de Aljustrel

e cafés, vê-se que há mais pessoal de fora. E isso traz movimento”, re-vela o proprietário das duas únicas residenciais de Aljustrel, num total de 37 quartos.

Satisfeito com o negócio, Inácio Brito é também um homem extre-mamente esperançado em relação ao futuro. Isto porque confi a na capacidade de gestão da Pirites Alentejanas – “Porque a empresa [proprietária da mina] é a mesma da Somincor”, justifi ca – e porque

acredita que o pessoal de fora a trabalhar em Aljustrel está “para se manter”. “Há boa disposição porque há movimento. E há mais dinheiro e mais alegria. Esta é uma nova oportunidade para a vila”, re-mata, de regresso à partida de do-minó.

Carlos Cabeça, 53 anos, está no ramo da restauração há quase três décadas e é proprietário do “Cabe-cinha”, o mais conhecido restau-rante de Aljustrel. O encerramento

da mina na década de 90 não foi um entrave à sua evolução, mas agora não esconde que, actual-mente, “há mais pessoas”, logo “há mais dinheiro, há mais gastos”.

Apesar de optimista, Carlos Cabeça é cauteloso. Garante “não acreditar muito” no actual projec-to, mas admite que se as suas pre-visões saírem erradas, é Aljustrel que fi cará a ganhar. “Se a mina for para a frente, a terra terá uma vida diferente”, advoga.

A EXPLORAÇÃO BELGA > A exploração “moder-na” da mina de Aljustrel inicia-se em meados do século XIX, sendo a primeira concessão da mina de São João atribuída a Sebastião de Garga-mala, em 1845. Contudo, em 1898 a concessão mineira foi adquirida por um consórcio de capitais belgas, que formou na altura a Sociétè Anonyme Belge des Mines d’Aljustrel. A partir de então foram intensivamente explorados os fi lões de São João e Algares, assim como descobertos e explorados os fi lões do Moinho, Feitais e Gavião. A sociedade belga manteve a concessão da mina até 1973, altura em que foi adquirida por um consórcio que juntava o Estado português, a portuguesa CUF e a luxem-burguesa Sogemindus. Nascia assim a Pirites Alentejanas, empresa nacionalizada em 1975.

Fonte: www.mun-aljustrel.pt

ENCERRAMENTO E PRIVATIZAÇÃO > As décadas de 70 e 80 foram particularmente complicadas para a Pirites Alentejanas, que viu a procura de pirite pelo mercado diminuir drasticamente. A situação agudizou-se nos anos 90, até que em 1993 a tutela suspendeu a sua laboração. Pouco depois, a Pirites Alentejanas foi privatizada pelo Estado português e adquirida pela empresa canadiana Eurozinc – entretanto fundida no consórcio sueco-canadiana Lundin Mining –, que desde então realizou uma série de estudos sobre a viabilidade económica dos fi lões mineiros de Aljustrel. Em 2005 foi anunciada a retoma da la-boração mineira em Aljustrel, concretizada a 13 de Dezembro de 2007. A Lundin Mining espera que a mina atinja a “velocidade de cruzeiro” no primeiro trimestre do ano de 2009, produzindo anualmente 80 mil toneladas de concentrado de zinco, 17 mil toneladas de concentrado de chumbo e 1,25 milhões de onças de prata.

Expectativas. Autarquia optimista, STIM preocupado

A mina e os seus efeitosDepois de anos a defender a retoma da laboração mineira no concelho, o presidente da Câmara de Aljustrel não regateia o seu optimismo rela-tivamente ao sucesso e ao impacto socio-económico do projecto da Pi-rites Alentejanas (PA) no concelho.

“Esperamos que, quando a ac-tividade mineira entrar em velo-cidade de cruzeiro, estabilizando num determinado número de tra-balhadores, o nível de actividade económica e social [de Aljustrel] se

desenvolva”, declara José Godinho, garantindo que, actualmente, o concelho está “melhor preparado” para “poder potenciar os efeitos económicos induzidos pela activi-dade mineira”.

Ao contrário de José Godinho, o discurso de Luís Sequeira é bem me-nos optimista. Para este membro do STIM – Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, as expectati-vas criadas pela reabertura da mina de Aljustrel têm sido “defraudas”,

nomeadamente ao nível da criação de postos de trabalho.

“Uma das promessas da admi-nistração era que iriam dar prima-zia às pessoas da região. E isso não tem sido feito”, garante o sindicalis-ta, alertando para a “precariedade” da situação laboral da maior parte das cerca de 700 pessoas que tra-balham na mina, entre elementos do quadro, contratados a termo e funcionários das diversas empresas sub-contratadas pela PA.

projectos de vida e tanto sofreram os que na mina trabalhavam como os que com ela contavam para os seus negócios.

A dependência secular de um concelho face a um único sector é sempre uma faca de dois gumes. Tanto as coisas correm a todos os níveis como, num ápice, se entra num processo de depressão cuja te-rapêutica é difícil de concretizar. Os tempos actuais, mais que nunca, comprovam este facto com invulgar frieza. E em Aljustrel o encerramen-to da mina acabou por ser um trau-ma mal resolvido, ainda para mais quando a esperança na retoma da laboração nunca morreu.

Mais de uma década depois, Aljustrel está mesmo de regresso à mina. A expectativa da população é muita e os primeiros impactos já começam a verifi car-se nos mais pequenos actos do dia-a-dia. O concelho tem pela frente uma es-pécie de “segunda oportunidade”, que todos merecem mas poucos alcançam.

Daí ser necessário a Aljustrel, mais que desfrutar os lucros do momento, capitalizar a mina e transformá-la na mola impulsio-nadora de um concelho capaz de, no futuro, sobreviver sem ter de descer às catacumbas de Algares ou Feitais. Como? Criando con-dições para a constituição de um tecido económico homogéneo e auto-sustentado, moderno e aber-to ao futuro, capaz de aproveitar recursos endógenos como a na-tureza ou tirar partido das poten-cialidades turísticas e agrícolas da região. Porque mina há só uma e o minério vai um dia acabar.

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08sexta-feira2008.04.11

dos são vítimas de maus-tratos e tortura. Perante esta realidade histórica e os acontecimentos recentes, o mundo nada faz. Espera para ver o que acontece, porque a diplomacia é hipócrita e tem mais interes-ses nos negócios com a China do que no humanitário fi m da ocupação do Tibete e da justa pretensão que os tibetanos têm de serem donos dos seus destinos.

Hoje há vozes que sugerem o boicote às Olimpía-das de 2008 como forma de mostrar o desagrado do mundo perante o desrespeito que a China demonstra pelos seres humanos, o qual se espelha no Tibete. A par dos interesses diplomáticos contra o boicote (os quais são sempre muito mais capitalistas do que hu-manistas), contam-se os interesses desportivos dos vários comités olímpicos que intervêm nos jogos. E entre estes instala-se a defesa de que as Olimpíadas devem ser realizadas por respeito aos atletas que se preparam desde há quatro anos e que, por isso, não podem ver goradas as suas expectativas. Mas esses defensores esquecem os interesses dos tibetanos, que se preparam há muitos mais anos para conquistarem a independência que lhes foi roubada, que são em maior número do que os jogadores olímpicos, e que continuam a vêr goradas as suas justas pretensões no sentido de lhes ser restituída a nação usurpada pelo vizinho invasor.

Isto coloca-nos perante a velha questão: o que são os Jogos Olímpicos se não um pacote de interesses políticos e económicos mascarados com o rótulo do desporto? Os Jogos Olímpicos misturam símbolos pátrios — como bandeiras e hinos nacionais heróicos —, com a prática desportiva, transformando o espec-táculo das competições “numa espécie de Disneylan-dia da política internacional”, como disse a jornalista espanhola Rosa Montero (“El País”, 19/9/2000).

Os justos interesses dos tibetanos, a sua paz, a sua independência, valem mais do que a farsa dos Jogos Olímpicos, e não se pode separar a política dos poli-tizados jogos que Pierre de Coubertin pretendeu res-suscitar das cinzas da velha e mítica Atenas, em 1896, e que enfermam de todos os defeitos (embora tam-bém tenham virtudes) que fazem a espécie humana.

Por isso proclamo: entre as Olimpíadas na China e a independência do Tibete... Viva o Tibete!

opiniãojornalista*

Olimpíadas e Humanismo

Os Jogos Olímpicos de 2008 estão à porta. Fal-tam cerca de cinco meses para o seu início que está marcado para 8 de Agosto. O pro-blema está em que a sua organização tenha

sido entregue à China. Um país que não respeita os Direitos Humanos e que quer, obviamente, aproveitar o evento para dar, de si, uma imagem mais positiva ao mundo — isto é: pretensamente positiva, porque ar-dilosa.

A astúcia amarela já é conhecida do mundo des-de os tempos de Mao Tsé Tung, mas tem agora maior evidência noticiosa nos acontecimentos do Tibete. O Tibete constituiu-se Estado unifi cado no século VII, e assim se manteve durante 600 anos, até ser subjuga-do pelos mongóis em 1207. Mais tarde os imperado-res Qing estenderam o domínio chinês sobre aquela região, o que, como é natural, nunca foi aceite pelos tibetanos que jamais deixaram de ser hostis à pre-sença chinesa. Em 1912, com a ajuda dos ingleses, os tibetanos libertaram-se do domínio da China. Mas já estava em marcha, no maior e mais populoso país do mundo, uma rebelião iniciada em 1911 com um mo-tim das tropas chinesas que, após várias vicissitudes, culminou, em 1949, com a proclamação da República Popular da China por Mao Tsé Tung. No ano seguinte, o exército de Mao ocupou a região do Tibete, e o Da-lai Lama (líder espiritual dos tibetanos desde o século XVII) acabou por se exilar na Índia em 1959 escapan-do às ameaças e perseguições chinesas. O Governo de Mao enviou colonos para o Tibete em número tão ele-vado que a região acabou por ter uma população com mais colonos do que tibetanos, reduzindo-os a uma minoria na sua própria terra (o mesmo fez Suharto em Timor após a invasão). O Tibete acabou por receber o estatuto de região autónoma em 1965, mas os tibeta-nos, inconformados com tal estatuto, nunca deixaram de lutar pela conquista do Estado que já foram, consi-derando os chineses uma força invasora estrangeira.

Neste momento preside aos destinos da China um homem (Hu Jintao) que há 20 anos esteve à frente da repressão aos tibetanos e que fomentou condições materiais para radicar mais colonos chineses na re-gião. Os jornalistas estrangeiros estão proibidos de entrar no Tibete e há provas de que os revoltosos deti-

ONOFRE VARELA*

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves, Napoleão Mira e Vítor BesugoColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, David Marques, Hugo Lança Silva, Inês Fer-nandes, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

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EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

Esta semana fi cámos a saber que os médicos vão voltar a dar consultas domiciliárias, embora essa medida, para

já, seja aplicada apenas numa pe-quena parte do país. A decisão foi saudada pela Ordem dos Médicos e, apesar de tardia, vai certamente ser aplaudida pela população.

Com este passo, que irá favo-recer sobretudo os mais idosos, o Ministério da Saúde cria condições para fortalecer e humanizar os cui-dados de saúde. E vai aliviar em grande medida os serviços de ur-gência, onde aquele escalão etário tão fragilizado recorre com muita assiduidade, inibindo muitas vezes uma fl uidez mais adequada para casos verdadeiramente urgentes.

Esperemos agora que esta deci-são se consolide e que, nos próxi-mos meses, sem pôr a contabilida-de à frente das necessidades mais prementes, o Ministério da Saúde trabalhe para ampliar esta medida, consolidando aquilo que está na sua génese: mais humanização dos cuidados de saúde junto de quem mais precisa deles e maior desem-baraço nos serviços de urgência, para que as respostas tenham efi -cácia em tempo útil.

VMER. Alguns Veículos Médicos de Emergência e Reani-mação (VMER) do INEM não funcionam durante um determinado período do dia porque, como acontece em Beja, não há médicos em número sufi ciente para assegurar o serviço. O problema é antigo e, tal como nos VMER, faltam médicos especialistas em muitas áreas. Nos últimos anos, só a chegada de profi ssionais espanhóis, brasi-leiros e até uruguaios tem aliviado um problema grave. A responsa-bilidade deste quadro é antiga e a solução só surgirá daqui a meia-dúzia de anos. Por isso, valia a pena o Ministério da Saúde olhar para o assunto com seriedade e abrir os cordões à bolsa. Porque se não houver médicos e outros profi ssionais, de nada nos serve ter boas viaturas e serviços de urgência bem apetrechados para responder aos casos afl itivos.

Se não houver médi-cos e outros profi s-sionais, de nada nos serve ter boas viaturas e serviços de urgência bem apetrechados para responder aos casos afl itivos.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

EDITORIAL

Médicos em casa

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09 sexta-feira2008.04.11

As notícias recentes sobre a ida de Jorge Coelho para a presidência de uma grande empresa construtora nacional e, em particular, as insinu-

ações levantadas a propósito dessa situação, colocam novamente num plano de destaque a suspeita generalizada sobre o desempenho da actividade política por parte dos cidadãos portugueses. Infelizmente, esta é uma cons-tante da sociedade em que vivemos e protago-nizada pelos grandes meios de comunicação social. É comum ouvir expressões como: “não percebo nada de política” ou “não me interes-sa política”, como se tratasse de outro assunto qualquer como futebol ou fi latelia, em vez de algo que nos afecta, implica e liga a todos. São expressões típicas de pudor e de algum distan-ciamento relativamente a algo que não valori-zamos, a algo a que não queremos estar asso-ciados. Esta é uma herança cultural própria de um país com uma história recente de vivência democrática. Antigamente não queríamos sa-ber de política porque esta estava reservada apenas àqueles que o regime determinava. Hoje não queremos saber de política porque essa está reservada a más consciências com as quais não queremos ser confundidos, em pú-blico. Este é também um refl exo da educação que proporcionamos aos nossos cidadãos, que apresenta a política como um jogo de infl uên-cias e não como uma actividade nobre que promove o interesse geral, despertando nojo e invejas.

Já tive oportunidade de partilhar neste jor-nal, em artigos passados, que não faço parte daqueles que consideram os titulares de car-gos políticos uns corruptos, que respondem apenas à satisfação de interesses pessoais ou “tachistas”. Não costumo alinhar na crítica fá-cil e generalista que assume como ponto de partida que alguém, só porque é ou foi um político, é automaticamente suspeito de qual-quer acto menos próprio, ilegal ou pouco ético só porque as circunstâncias o possam sugerir. Acredito que a actividade política é uma res-ponsabilidade e uma oportunidade para que se promova o bem público e quem a assume deve ser objecto de reconhecimento colectivo.

crónica da cidade

DAVID MARQUES*

Quem quer ser político?

sul suave

Acordo ortográfi co

MIGUEL RÊGO*

O acordo ortográfi co (AO) que den-tro em breve regulamentará o novo falar português entrou, defi nitiva-mente, na velocidade de cruzeiro. Desta vez é de vez. Os Palop’s, Por-tugal e o Brasil, pouco a pouco, vão normalizar o falar e o escrever para que dentro de seis anos estejamos todos a grafi tar da mesma forma. A escrever, que fi que bem claro. Por-que o acordo ortográfi co não altera a pronúncia das palavras. Assinado em 1990(!) parece fi nalmente que é desta. Não será difícil a nossa adap-tação (ou será adatação?) ao AO. O pessoal adapta-se (ou adata-se a tudo?). E também não me interes-sa discutir se é mais ou menos im-portante escrever heroico em lugar de heróico, quando lembramos o Camões a salvar os “Lusíadas”. Ou fato em lugar de facto, quando que-remos transpor para a escrita aquilo que o olhar regista. De facto. Tam-bém não me preocupa muito que o ba”p”tismo assista à perda do “p”, até porque nem me lembro do último a que fui. Ser diretor ou director é-me profundamente indiferente, já que não são lugares que almeje. Mais sem gosto me parece alguns serem olhados como exceção. Mas é a vida. Contudo, o que me parece mais gra-ve é que esta pressa que deu a toda a gente, de repente, para pôr em práti-ca o AO, não advenha de um período de esclarecimento dos vários gover-nantes e poderes, esquerda e direita, que passaram por S. Bento; ou pela função cívica que alguns dos nossos agentes culturais têm em promover a difusão, o estudo, a discussão e dignifi cação da língua de Eça e Aqui-lino; ou que este AO não tenha sido precedido pelo debate provocado pelas universidades e pelas escolas em torno de uma questão que nos parece, deveras, importante. Não! Este forçar da barra aparece, coinci-dência ou não, depois da aquisição da grande maioria das editoras por-tuguesas, de tendência esquerda ou direita, por um único grupo edito-rial. Pura coincidência? Talvez. Mas é um verdadeiro “negócio da China”, e sem opositores tibetanos. Dicio-nários, prontuários, gramáticas… tudo novo nos próximos seis anos. Isto sim, é negócio. Com letras. Mas antes que se feche mais uma janela sobre a especifi cidade cultural des-tes sete países, não estamos apenas a falar de Portugal, importa que le-vantemos mais amiúde a nossa cul-tura e saibamos passar à ação, sem objeção alguma, na defesa da nossa realidade linguística. Antes de ado-tar as novas regras da ortografi a, te-mos que perceber que este AO, é a verdadeira assunção da cultura por-tuguesa levada ao extremo. Em cada esquina uma ASAE para a língua. Coitado do Berardo. Ainda bem que guardaste a tua colecção no CCB antes do AO. Já viste se tivesses de acordar com o GOV à luz das noves regras dü AO. Tinhas vendide a cole-ção. Só nã seêi a quêin.

Por esta razão, não posso concordar com a onda de insinuações levantadas que só ali-mentam este maior afastamento das pessoas da política. A lei de incompatibilidades defi ne desde logo um quadro de impedimentos algo restritivo. Contudo, assistimos a uma cruzada mediática que vai além da lei, que coloca em campo constantemente a dúvida, sobretudo, sobre o plano ético. Neste quadro de suspeita generalizada importa perguntar: quem de bom senso está disponível para se envolver nesta actividade? Quem responde positivamente aos sinais emitidos? Os recursos qualifi cados? As pessoas com um curriculum pessoal e profi s-sional estável e reconhecido ou os outros?

Os poucos defensores da classe política sustentam soluções como a valorização da re-tribuição fi nanceira associada às funções, que

sustenha tentações e atraía os melhores. Não discordo. Contudo, importa, no meu entender, intervir a outro nível. Educar os jovens para uma nova perspectiva do exercício da activi-dade política, inserida na promoção da cida-dania, é uma prioridade. Assumir uma nova abordagem no plano mediático será também um passo útil, nesta caminhada de credibiliza-ção, que a todos serviria. Sem este tipo de in-tervenções é complicado gerar mudanças.

A continuar este estado de coisas, um políti-co confunde-se cada vez mais com um árbitro de futebol – assobiado por todos antes de en-trar em campo, insultado por alguém em todas as suas decisões, assobiado ao sair de campo e constantemente vigiado, nas suas saídas, nos seus jantares, escutado e espiado. Não admira que existam cada vez menos.

arqueólogo*

ANÁLISES & OPINIÃO

amigos para sempre

Trata-se de uma doença muito dissemina-da em todos os países da bacia mediterrânica, incluindo Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Marrocos, e ainda muitos países da América Latina.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), estimam-se em 500.000 os novos casos de Leishmaniose Humana em todo o mundo, principalmente em crianças e adultos imuno-deprimidos.

Os sintomas mais comuns são cutâneos: a perda de pêlo em redor dos olhos, focinho e orelhas, crescimento rápido das unhas, feri-das que demoram a cicatrizar. Encontramos também quadros clínicos em que os únicos sintomas são o sangramento do nariz ou o emagrecimento e a perda de apetite, muitas vezes derivados de insufi ciência renal e/ou he-pática.

É uma doença que não tem cura, embora possa ser tratada com sucesso, podendo a qualidade de vida do animal manter-se du-rante muito tempo e, até ao momento não

veterinário*

O inimigo que vem do ar

Chegou a Primavera e vem aí o Verão. É nesta época que temos um clima mais propício aos passeios e brin-cadeiras ao ar livre com os nossos

animais. No entanto, é imprescindível que tenhamos cuidados extra para protegê-los de algumas doenças causadas por parasitas, que ocorrem com frequência no Alentejo. Mais cuidados devemos ter quando muitas destas doenças são transmissíveis dos animais ao Homem, tornando-se assim um risco para a Saúde Pública.

Hoje falaremos em particular sobre uma delas: a Leishmaniose.

A Leishmaniose é uma doença grave dos cães, que pode ser fatal, causada por um pa-rasita protozoário microscópico que se chama Leishmania Infantum. É transmitida pela pica-da de um mosquito (fl ebótomo), semelhante ao mosquito comum. Um destes mosquitos não infectado, ao picar um cão infectado, adquire a infecção, transmitindo-a posteriormente ao picar e alimentar-se num cão saudável.

ANDRÉ CLÁUDIO*

existe vacina efi caz.Assim o que podemos fazer para prevenir? Em primeiro lugar se suspeitar que o seu

animal pode ter esta doença deve procurar o seu médico-veterinário, que procederá a exa-mes de diagnóstico e iniciará, se necessário, o tratamento, segundo o seu critério.

Sabendo nós que na nossa região, a estação destes insectos vai de Março a Outubro e que a sua actividade predomina desde o anoitecer ao amanhecer, devemos evitar ter os nossos animais ao ar livre neste período e, se possí-vel, colocar redes mosquiteiras nos seus aloja-mentos.

Durante estes meses os animais devem ser protegidos da picada dos mosquitos por produtos de aplicação tópica (“spot-on”) ou coleiras com efi cácia provada a repelir estes insectos.

É pois muito importante o esclarecimento e informação de todos os proprietários de cães, para que possamos começar a controlar esta doença tão desconhecida como perigosa.

[email protected]

A actividade política é uma responsabilidade e uma oportunidade para que se promova o bem público e quem a assume deve ser objecto de reconhecimento colectivo.“

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sexta-feira2008.04.111 10 DINHEIRO & NEGÓCIOS

POSITIVO A PSP vai acentuar a vigilância

nas áreas comercias de Beja. Uma medida que se aplaude, so-bretudo depois de vários assaltos registados nas últimas semanas.

NEGATIVO O Fundo Monetário Internacio-

nal (FMI) reviu fortemente em baixa a sua previsão de cresci-mento para Portugal este ano. Vêm aí mais dias complicados!

NÚMERO

785. mil euros vão ser investidos pela Câmara de Castro Verde na constru-ção de duas estações de tratamento de águas em Beringelinho e Sorraias.

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

PORTUGAL ACIMA DA ZONE EURO Apesar da crise do crédito e do aumento dos pre-

ços do petróleo e das matérias-primas, o governa-dor do Banco de Portugal admitiu esta semana ao “Público” que Portugal pode vir a crescer este ano ligeiramente acima da média da Zona Euro.

Beja cede terreno para fábrica chinesa

Investimento. Projecto terá de ser implantado num período máximo de oito anos

O terreno, que terá até seis hectares, vai ser cedido em direito de superfície e por um período de 50 anos.

Após celebração do contrato de cedência do terreno, HPGB tem oito anos para construir a fábrica.

ACâmara de Beja vai ceder um terreno a uma empresa chi-nesa que quer instalar uma

fábrica de produção de pilhas na cidade, num investimento de 221 milhões de euros, que poderá criar 580 postos de trabalho.

A fábrica, um projecto da High Power Green Batteries (HPGB), po-derá nascer na zona de expansão norte de Beja para produzir 100 mi-lhões de pilhas por ano, destinadas à exportação. O protocolo de cedên-cia do terreno para a instalação da fábrica foi assinado na passada se-mana entre o Município e a HPGB, revelou o vereador Miguel Ramalho.

O terreno, até seis hectares, vai ser cedido em direito de superfície e por um período de 50 anos, preci-sou o autarca, acrescentando que a empresa chinesa irá pagar “um pre-

ço simbólico de 2,5 euros por metro quadrado”.

“A cedência do terreno e a res-pectiva escritura pública estão con-dicionadas ao licenciamento do projecto e à devida autorização para a instalação e laboração da fábrica pelas entidades competentes”, fri-sou Miguel Ramalho.

A partir da celebração do contra-to de cedência do terreno, a HPGB dispõe de oito anos para construir a fábrica, que deverá ser instalada em três fases.

Durante o primeiro ano, a HPGB terá que apresentar o projecto de construção da fábrica e, depois des-

Futura fábrica de produção de pilhas vai ser instalada no Parque Industrial de Beja

te aprovado, terá outro ano para avançar com as obras. Na primei-ra fase de instalação da unidade, a HPGB prevê investir seis milhões de euros e criar 80 postos de trabalho. Na segunda fase, num investimento de 15 milhões de euros, serão cria-dos 200 postos de trabalho, e, na ter-ceira fase, a HPGB prevê investir 200 milhões de euros e criar os últimos 300 postos de trabalho, disse Miguel Ramalho.

Além dos 580 novos postos de trabalho, que “serão preenchidos com mão-de-obra nacional”, frisou o autarca, a HPGB vai deslocar para Beja “cerca de 40 técnicos” da em-

Beja

AssociaçãoComercialquer maiorvigilânciaO novo presidente da Associa-ção Comercial do Distrito de Beja (ACDB), Francisco Carriço, defen-deu a instalação de um sistema de videovigilância nas principais zonas comerciais do Baixo Alente-jo, como Beja e Vila Nova de Mil-fontes.

Francisco Carriço elege como uma das prioridades para os pró-ximos três anos a “promoção da segurança” nas zonas comercias do distrito. “Vamos fazer um le-vantamento dos sítios com maior concentração comercial no dis-trito de Beja para ser instalado um sistema de videovigilância”, explicou o dirigente associativo, que pretende desenvolver a inicia-tiva em colaboração com a PSP e GNR.

Além da zona baixa de Beja, co-nhecida como Portas de Mértola, Francisco Carriço defende ainda a instalação da videovigilância nas principais áreas comerciais das cidades de Serpa e Moura, assim como na zona balnear de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemi-ra. O responsável justifi cou o pro-jecto com o “número de assaltos e roubos nas zonas comerciais, um pouco por todo o país”. “Quanto mais aumenta o desemprego, maior é o nú-mero de assal-tos e roubos, sobretudo no comércio”, ale-gou.

presa.Por seu lado, o Município com-

promete-se a assegurar as infra-es-truturas de acesso, de esgotos e de abastecimento de energia e de água à fábrica. Segundo o presidente do Município, Francisco Santos, a HPGB quer “aproveitar as potencialidades” do futuro aeroporto de Beja como “suporte de distribuição das pilhas produzidas”. Além da “mais-valia de criar postos de trabalho”, Francisco Santos destacou a “importância” da fábrica chinesa para “atrair outros projectos” e “viabilizar o aeroporto de Beja”, que deverá estar operacio-nal até fi nal deste ano.

“O pequeno e médio comerciante [do distrito de Beja] está a pagar a crise, enjaulado pelos impostos, os juros altos da banca e a desertifi ca-ção”, afi rmou o novo presidente da Associação Comercial do Distrito de Beja, Francisco Carriço, no discurso da sua tomada de posse, realizada na última segunda-feira, 7.O novo responsável máximo da associação propõe-se “fazer um tra-balho de defesa e dignifi cação” dos comerciantes, apelando à “colabo-ração e ao sentido crítico de todos”

para “fortalecer” o trabalho que vai desenvolver nos próximos três anos.Francisco Carriço sucede a António Saleiro que, na hora de assumir a liderança da assembleia-geral da ACDB, lamentou que as economias locais “estejam todas a acabar”. Por isso, segundo Saleiro, “nisto e noutras coisas é preciso um novo 25 de Abril”.A sessão fi cou ainda marcada pela despedida de Manuel Figueira, que durante 34 anos exerceu cargos di-rectivos na associação comercial.

Franscisco Carriço lideraAssociação Comercial de Beja

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Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA FRANCISCA VARGAS ROSA VICEN-

TE, de 58 anos, natural de Alcaria Ruiva – Mértola, casada com o Exmo. Sr. Henrique António Rosa Vicente. O

funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 4, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o

cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA DOS SANTOS DA SILVA, de 78 anos, natural

de Baleizão – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 3, da Casa Mortuária de

Baleizão, para o cemitério local.

BALEIZÃO

†. Faleceu o Exmo. Sr. CÂNDIDO ANTÓNIO DOS SANTOS, de 79 anos, natural de São João dos Caldeireiros – Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Clarisse Mariana Rosa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 7, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de São João dos

Caldeireiros - Mértola.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DAS DORES CARDOSO RAMOS, de 85 anos, natural de Beringel – Beja,

viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 5, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério

de Ferreira do Alentejo.

BERINGEL

†. Faleceu o Exmo. Sr. DIOGO ANTÓ-NIO LAMEIRA TEIXEIRA, de 70 anos, natural de Beja, casado com a Exma. Sra. D. Carolina Honório Marçalo Tei-xeira. O funeral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 9, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério

desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CAROLINA HONÓRIO MARÇALO TEIXEIRA, de

71 anos, natural de Santana de Cambas – Mértola, casada com o Exmo. Sr. Dio-go António Lameira Teixeira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 9, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ MANUEL CARAPINHA LUÍZ, de 68 anos, natural de Quintos – Beja, casado com a Exma.

Sra. D. Virgínia Francisca Cascalhei-ra. O funeral a cargo desta Agência

realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério

local.

QUINTOS

†. Faleceu o Exmo. Sr. FAUSTINO GUERREIRO MESTRE, de 78 anos,

natural de Mombeja – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Cesaltina da Concei-ção do Ó Guerreiro Mestre. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no

passado dia 10, das Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

BERINGEL

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de Mesa (m/f)A pessoa a contratar terá as seguin-tes funções: efectuar o serviço de

mesa (por as mesas; apresentar as ementas aos clientes; registar os

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Pedreiros que façam não só a par-te que compete aos pedreiros, mas

que sejam polivalentes e saibam efectuar trabalho de ladrilhadores,

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disponível de Segunda a Sexta-feira, das 10 às 23 horas.

SERPATratador

de Animais (m/f)Saber tratar e ordenhar ovelhas.

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de Limpeza (m/f)Pretende admitir um empregado para as limpezas no restaurante com ho-

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16sexta-feira2008.04.11

Segurança. Posição do CCA surge na sequência de um possível despacho do ministro Jaime Silva

Donos de cães“devem assumirresponsabilidades”

Clube Cinófi lo do Alentejo reclama que o Estado responsabilize os donos de cães de raças consideradas perigosas por qualquer desres-peito à lei ou ataque a pessoas.

VIDA ACTUAL SOCIEDADE

OClube Cinófi lo do Alentejo (CCA) defendeu que o Estado deve responsabilizar os donos

de cães de raças consideradas perigo-sas por qualquer desrespeito à lei ou ataque a pessoas, em vez de proibir os animais.

“O legislador deve procurar pro-teger as raças e responsabilizar os donos e tratadores por qualquer des-respeito ao Código Penal ou aciden-te que possa pôr em causa pessoas, bens e animais”, defende o presiden-te do CCA Ezequiel Sousa, em comu-nicado enviado à agência Lusa.

De acordo com o responsável, “não é eliminando toda uma raça ca-nina que o problema será resolvido, mas sim promovendo a educação e controlando os prevaricadores”.

A posição do CCA surge na se-quência do despacho inicial do mi-nistro da Agricultura, Jaime Silva, que prevê a proibição da importação, re-produção e criação de cães de sete ra-ças consideradas perigosas e de todos aqueles que resultem do cruzamento de animais destas raças.

Jaime Silva já disse que o despa-cho, que vem no seguimento de uma série de acidentes “graves” envolven-do ataques de cães e que provocou reacções por parte das associações dos animais, só será assinado quan-do todas as associações forem ouvi-das e mostrou-se disponível a aceitar sugestões.

“Não é a raça, nem o animal em si que devem ser condenados e co-locados à margem ou mesmo ex-cluídos da vida das pessoas ou deste país, como propõe o anteprojecto” do Governo, defende Ezequiel Sou-sa, acrescentando que “cada cão tem

“ENCONTRO DE GERAÇÕES” EM BEJA “Encontro de Gerações” é o título do

projecto que durante os próximos meses vai sentar à mesma mesa idosos e crianças do concelho de Beja, anunciou esta semana a Câmara Municipal.

DESAFIO DO CANTE ALENTEJANO Joaquim Soares é o novo presidente da

MODA – Associação de Cante Alentejano. Os novos responsáveis querem tornar o cante alentejano Património Imaterial Concelhio em todas os concelhos do Alentejo.

POLÍTICA > estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesias • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

um dono que é seu responsável e que deve ser responsabilizado pelas atitu-des e comportamentos que o animal venha a ter”.

Para fazer cumprir a lei, o Mu-nicípio e as forças de segurança de

Beja intensifi caram, desde o início de Março, a fi scalização junto de do-nos de cães considerados perigosos, após dois casos recentes de ataques a pessoas e vários incumprimentos de normas legais.

Trata-se de “acções de fi scalização e repressão” com “tolerância zero” para “acabar com as situações irre-gulares” e “deter, em tempo útil, no Canil Municipal, todos os cães cujos proprietários não cumpram a lei em vigor”, explicou à Lusa o vereador da autarquia Miguel Ramalho.

Ao salientar que “os acidentes acontecem não pela raça dos cães, mas pela incúria e desleixo dos do-nos”, que “não procuram ter um animal sociável”, Ezequiel Sousa de-fende que o Estado “deve também promover o ensino da obediência básica canina”.

Um ensino que poderá ser minis-trado em “escolas ou clubes prepa-rados com treinadores certifi cados”, que “podem ajudar e aconselhar no treino dos animais, antes de os pro-blemas começarem a agudizar-se”.

“Compete aos donos cuidarem do bem-estar físico, psicológico e emo-cional dos cães, preparando-os para fazer frente às mais variadas situa-ções com reacções já condicionadas de modo a evitar qualquer tipo de acidente”, frisou ainda o responsável.

Ministro da Agricultura pretende proibir importação de cães de raças perigosas

JOVENS CUBENSES EM BRUXELAS Doze alunos das escolas de Cuba visitaram

Bruxelas e o Parlamento Europeu esta se-mana. A viagem surgiu a convite da euro-deputada do PS, Jamila Madeira, e mostrou aos estudantes a sede da União Europeia.

Aljustrel

Assaltosafectamregantes do RoxoOs agricultores do perímetro de rega da albufeira do Roxo, que “alimenta” terras nos concelhos de Aljustrel e Beja, estão preocu-pados com os vários assaltos a explorações da zona, alertou a as-sociação de benefi ciários. “Várias explorações de agricultores asso-ciados têm sido alvo de assaltos para roubar os cabos eléctricos de ligação aos pivôs de rega e gasóleo das máquinas agrícolas”, disse o presidente da Associação de Be-nefi ciários do Roxo (ABR) Silvino Espada.

O roubo de cabos eléctricos dos pivôs de rega é o “mais frequente”, frisou o responsável, explicando que “os assaltantes roubam os ca-bos para queimá-los e extrair-lhes o cobre, que depois é vendido”. “Antes, os assaltos eram esporádi-cos, mas, nos últimos meses, têm sido mais frequentes”, afi rmou o dirigente da ABR, frisando que “os agricultores estão preocupados com a situação e com os prejuízos causados”.

“Há agricultores que têm de-nunciado os assaltos e apresenta-do queixas na GNR, que levanta os autos e pouco mais faz, porque os assaltos continuam”, lamentou o responsável.

Confrontado pela Lusa com a preocupação da ABR, o coman-dante do Destacamento de Aljus-trel da GNR, capitão Nuno Gon-çalves, desdramatizou a situação, referindo que, “desde o início do ano, a GNR registou apenas três furtos em explorações agrícolas”: dois em Fevereiro e um terceiro em Março. Acrescentou o ofi cial que neste último assalto, a uma exploração da freguesia de São João de Negrilhos (Aljustrel), fo-ram roubados “60 metros de frio de cobre de um pivô de rega”. “Das duas uma: ou os assaltos não acontecem ou não chegam ao conhecimento da GNR”, rematou Nuno Gonçalves.

“Para as autoridades está sem-pre tudo bem”, ironizou Silvino Espada, acrescentando que “é normal que não hajam denúncias e queixas formalizadas na GNR”.

“A maior parte dos agricultores já nem sequer participam os assal-tos, porque acham que não vale a pena. É uma perda de tempo que dá em nada”, afi rmou Silvino Es-pada, reiterando a ocorrência de “vários assaltos, nos últimos me-ses”, a explorações no perímetro de rega do Roxo.

Confusão de raçasEm Portugal, estão registados perto de 5.500 cães de raças perigo-sas e existem ainda cerca de mil cães referenciados como perigosos por terem atacado pessoas ou mostrado sinais de agressividade não controlada. As raças ou cruzamentos considerados potencialmente perigosos são o Cão de Fila Brasileiro, o Dogue Argentino, o Pit Bull Terrier, o Rottweiler, o Staffordshire Terrier Americano, o Stafford-shire Bull Terrier e o Tosa Inu. “Não são só estas raças que possuem no seu historial acidentes graves e menos graves”, salienta Ezequiel Sousa, referindo que “muitas outras raças, pelo seu porte e/ou agres-sividade poderiam também fi gurar nesta lista, incluindo os cães sem raça defi nida”.De acordo com o responsável, “não se conhece” o que levou os leg-isladores portugueses a incluir aquelas sete raças, “algumas sem expressão em Portugal”, na lista das potencialmente perigosas. “Da mesma forma que não se percebe porque os legisladores italianos in-cluíram o Cão da Serra da Estrela e o Rafeiro do Alentejo na sua lista de cães potencialmente perigosos”, rematou.

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ENTREVISTA DIRECTA

JOSÉ HILÁRIO MENDES

No ano em que celebra o 30º aniversário, a cooperativa Cercibeja inaugurou a sua primeira residência mista. Um investimento que, na perspectiva do presidente da direcção, José Hilário Mendes, abre novas portas à instituição

FORMAÇÃO: Técnico agrário

CARGO: Membro da Cercibeja – Cooperati-

va de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados desde 1991, vai no terceiro mandato enquanto presidente da direcção

NOME COMPLETO: José Hilário Tareco Pereira Mendes

NATURALIDADE: Beja

IDADE: 39 anos

sexta-feira2008.04.1117

Construída e inaugurada a residência mista “Vidas Coloridas”, com capacidade para 18 utentes, a Cercibeja – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados entra num “novo ciclo” da sua existência. A opinião pertence ao presidente da cooperativa, José Hilário Mendes, que em entrevista ao “Correio Alentejo” faz o retrato de uma instituição que em 2008 comemora três décadas de vida.

A inauguração da residência “Vidas Coloridas” representa o fi m ou o início de um ciclo para a Cercibeja?Marca claramente o início de outro ciclo. É uma resposta que a Cercibeja não tinha. Ainda nos estamos a adaptar ao funcionamento da re-sidência e não estamos a trabalhar em pleno. Mas este é o princípio de outras respostas.

Que falta fazer para a residência estar a funcio-nar em pleno?Falta o nosso conhecimento e experiência nes-ta área. Temos tido alguma formação. Mas a formação é uma coisa e a prática é outra. É tudo uma questão de hábito.

Este projecto demorou mais que o previsto a concretizar-se. Porquê?Nesta altura, não gostaria de falar muito disso. Teve que ver com o próprio PIDDAC, como re-feriu [no sábado, 5] a secretária de Estado, Idália Moniz. Havia falta de verbas e houve saídas e entradas de ministros. Houve muitas contrarie-dades.

Esta residência serve 18 utentes, mas fi ca aquém das vossas necessidades…Penso que sim. Além da instituição, temos ou-tras inscrições de fora [de outros pontos do país]. Ainda há pouco tempo, até de Lisboa nos ligaram. Mas damos prioridade ao distrito e à instituição, em primeiro lugar. Outra residência [como esta] não era demais, era o ideal.

Ainda existem muitas carências a este nível na região e no país?Umas coisas são os números que o Governo apresenta e outra coisa são as necessidades. A nível do distrito, há pouco tempo, haviam 32 camas para a defi ciência. Para o Governo, [mais] 18% dessas 32 camas eram sufi cientes.

CARLOS PINTO

Cercibeja Cercibeja inicia inicia novo ciclonovo ciclo

A Cercibeja aumentou 50% dessas camas. E há muita, muita necessidade [desta valência].

Sonho incompleto

Pretendem avançar com uma segunda residência. Em que ponto está esse projecto? É apenas uma ambição ou já foi dado algum passo concreto nesse sentido?Para já, há uma ambição. Houve uma conversa, meio informal e meio formal, com o presidente da Câmara [de Beja, Francisco Santos]. E foi dito pelo vereador Miguel Ramalho, na inauguração da “Vidas Coloridas”, que havia sido cedido um terreno [para o efeito] caso apresentássemos algum projecto ou candidatura a algum progra-ma. Neste momento, a Cercibeja não encontra um programa a que valha a pena concorrer para fazer outra residência. Falta-nos também o projecto de arquitectura…

E vão avançar com o projecto de arquitectura?Sim. Até porque para nós faz todo o sentido [construir uma segunda residência]. O terreno [cedido] é ao lado da nova residência. Temos re-cursos físicos que dá para juntar. E temos recur-sos humanos, pois já temos equipa técnica.

Esperam ainda encontrar uma “âncora” nos vários programas de apoio comunitário disponí-veis?Ouve-se falar que o FEDER vai ter qualquer coisa [do género]. Estamos à espera de um pro-grama que nos interesse e aí vamos concorrer imediatamente. Porque faz todo o sentido ter esta resposta. E achamos [que a actual] não está completa. Quando acabámos [a nova residên-cia] era como um sonho concretizado. E agora já acho que o sonho está incompleto. Falta-nos o resto do sonho. E não podemos parar.

Um sonho que depende dos apoios que conse-guirem reunir. Existe alguma meta temporal para a concretização do projecto da segunda residên-cia?Estamos em 2008… Gostava que, no máximo, a nova residência estivesse a funcionar em 2012.

Difi culdades económicas

A Cercibeja foi criada há três décadas, em 1978. É uma instituição que tem cumprido os seus objectivos iniciais?

Conheço a Cercibeja há 17 anos e penso que es-tamos no bom caminho.

Nos últimos tempos têm-se destacado com a organização de várias iniciativas. É importante essa “pró-actividade”?Tudo o que é trabalhar com os nossos jovens, já o fazemos. Com qualidade, carinho e respeito. Mas achamos que tem de ser muito trabalhada a parte cá fora. As pessoas têm de acreditar e sa-ber o que fazemos.

Ainda existe muita discriminação em relação às pessoas com defi ci-ência mental?Em Beja não noto isso. Acho que há mais desconheci-mento que discriminação.

Quais as principais difi culda-des da Cercibeja?Os jovens que temos na instituição vão envelhecen-do, os problemas vão sendo maiores e os técnicos são os mesmos. Já temos um défi ce mensal e vamos ter de au-mentar o número de técnicos. E há as di-fi culdades de

qualquer casa. É o gasóleo a aumentar, a luz a aumentar.

Existindo esse défi ce mensal, como é que conse-guem sobreviver?É tudo estratégias feitas na hora e nada pensado num gabinete. Tem de ser na prática. Um mês pagamos a fornecedores, outro mês fi camos com alguns dias de ordenados em atraso…

Mas um dia essa será uma situação incomportá-vel…

Vamos chegar a um dia que ou isto se altera ou… não sei. Há sete/ oito

anos, quando entrámos para a di-recção, existiam dois meses de

ordenados em atraso. Conse-guimos um Fundo de Socorro Social – e por isso não pode-

mos dizer que não somos ajudados, porque sem o Governo e sem as entidades

que nos subsidiam, de forma alguma isto se conseguia – e

conseguimos colmatar as des-pesas. Se calhar está na altura

de, mais dia menos dia, pedirmos outro [Fun-

do de Socorro So-cial].

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CORREIO DESPORTIVO

Ciclismo

Odemira recebe raid de BTTOdemira recebe no próximo fi m-de-semana, dias 19 e 20, a passa-gem da terceira edição do raid BTT “Setúbal – Odemira – Querença”. A primeira etapa da iniciativa orga-nizada pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta termina no Litoral Alen-tejano, seguindo no dia seguinte para a histórica aldeia algarvia.

BENFICA RECEBE VISITA DOS ESTUDANTES Motivada pela exibição no Bessa – apesar do

polémico empate –, o Benfi ca recebe esta sex-ta-feira, 11, a Académica, equipa que milita na zona perigosa da tabela classifi cativa. O jogo está agendado para as 20h30 (SportTv).

LEIXÕES JOGA NO ESTÁDIO DE ALVALADE Mais motivado que nunca na corrida pelo

segundo lugar, o Sporting vai tentar a quarta vitória consecutiva no campeona-to diante do “afl ito” Leixões. Partida no domingo, 13, a partir das 19h15 (TVI).

FC PORTO VIAJA ATÉ SETÚBAL Feita a festa do “tri”, o FC Porto joga este

sábado, 12, em Setúbal, com o Vitória, partida que antecipa o duelo entre os dois emblemas nas meias-fi nais da Taça de Portugal. Jogo às 21h15 (SportTv).

Campos Verdespara novas estrelas

Portugal, EUA, Cabo Verde e Irlanda do Nor-te são as quatro selec-ções em competição.

Algumas das potenciais fu-turas “estrelas” do futebol internacional vão pisar os

palcos relvados do distrito de Beja durante a próxima semana, no âm-bito da segunda edição do torneio para selecções nacionais sub-20 “Campos Verdes”. Portugal, EUA, Cabo Verde e Irlanda do Norte são as quatro equipas participantes na competição organizada em con-junto pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pela Associação de Futebol de Beja (AFB), e que este ano vai voltar a passar por Moura (terça-feira, 15), Castro Verde (quar-ta-feira, 16) e Beja (sexta-feira, 18).

“A máquina está montada e o nosso objectivo será ter um torneio mais competitivo. As equipas este ano, à partida, dão-nos garantias de um torneio com mais qualida-de. Esperamos, efectivamente, que seja um bom torneio e sirva para a divulgação da modalidade e da região Alentejo”, sublinha ao “Cor-reio Alentejo” o presidente da AFB, Fernando Dionísio.

“Este torneio tem potencial para se tornar um êxito não só des-portivo, como também turístico. A simpatia das pessoas e paisagens do Alentejo vão cativar todos os que por cá passam e que, por certo, divulgarão o nome da região nos

Futebol. Competição internacional para equipas nacionais sub-20 vai decorrer ao longo da semana no distrito de Beja

sexta-feira2008.04.11 18

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

Complexo Desportivo de Beja é um dos palcos do Torneio Campos Verdes

bém durante a apresentação da competição, o seleccionador na-cional António Violante.

“Vamos jogar contra boas equi-pas. Estamos contentes com o tra-balho que tem sido feito por esta Selecção e vamos aproveitar todos os momentos para continuar a preparar o futuro, que representa a próxima Selecção sub-21. Não conheço o potencial que os nossos adversários vão apresentar, apesar de ter uma ideia do que podem va-ler, mas não espero jogos fáceis”, acrescentou Violante, que deve chamar para a competição o bai-xo-alentejano João Aurélio, a jogar actualmente no Penalva do Caste-lo, da 2ª Divisão.

TEMPO EXTRA

CAMINHADA EM BEJA NO DO-MINGO. A Zona Azul promove este domingo, 13, pelas 9h00, a caminhada “Campos Verdes 2008”. A iniciatica conta com o apoio da Cooperativa Proletário Alentejano.

RUGBY DO DESPORTIVO EM PORTALEGRE. A equipa de rugby do Desportivo de Beja joga este sábado, 12, no Alto Alentejo, diante da União de Portalegre.

TORNEIO DE TIRO DESPORTIVO EM BEJA. O Bairro da Conceição pro-move este sábado, 12, no Clube de Sargentos da Base Aérea de Beja a 13ª edição do seu torneio de tiro. A prova integra o Troféu Regularidade do INATEL.

Portugal*GR – Ventura (FC Porto); Trigueira

(Ribeirão)

D – João Gonçalves (Ol. Moscavide);

Bura (Ribeirão); Daniel Carriço (AEL

Limassol); Tiago Pinto (Ol. Moscavide);

Carlos Alves (Atlético) e Portela (Pinhal-

novense)

M – João Martins (Ol. Moscavide); João

Aurélio (Penalva do Castelo); Castro (FC

Porto); Ivan Santos (Boavista); Ruben

Saldanha (Padroense);

A – Rui Pedro (Estrela da Amadora); Fá-

bio Paim (Paços de Ferreira); Candeias

(Varzim); Licá (Tourizense); Orlando

Sá (Maria da Fonte); Yazalde (Varzim);

Jorge Monteiro (Ribeirão)

* lista não ofi cial

seus países de origem”, acrescenta o vice-presidente da FPF, Amândio de Carvalho, que durante a apre-sentação do torneio, em Beja, a 28 de Fevereiro, disse esperar que o “Campos Verdes” possa este ano “revelar o carisma e o interesse” que possibilitem a sua terceira edi-ção em 2009.

Bons espectáculos. Depois de ter conquistado a primeira edição da prova em 2007, a selecção portu-guesa encara o “Campos Verdes 2008” com a ambição de repetir o triunfo e, se possível, aliar resulta-dos positivos a boas exibições.

“Este torneio vai contar com boas equipas e a nossa selecção

EUA*GR – Hamid (DC United); Zac MacMath

(St. Petersburg)

D – Agbossoumonde (IMG Academy);

Victor Cortez (Un. San Francisco); Meyer

(St. Louis); Morales (Hertha de Berlim);

Brek Shea (FC Dallas); Wallace (FC

Dallas); Wenzel (Wake Forest);

M – Arguez (Hertha de Berlim); Diske-

rud (Stabak); Jorge Flores (Chivas USA);

Ibrahim (FC Dallas); Jared Jeffrey (Club

Brugge); Brendan King (Notre Dame);

Mayen (Chivas USA); Wegner (Lititz);

A – Vincenzo Bernardo (Nápoles); Peri

Marosevic (Un. Michigan); McLoughlin

(Hertha de Berlim); Alex Nimo (Real

Salt Lake)

* lista ofi cial

C. Verde*GR – Salif (Travadores); Djack (Sal Rei da

Boavista)

D – Cégé (Boavista Praia); Devon (Santa

Maria do Sal); Karr (Infesta ); Kay (Hyde

United ); Dany I (Freamunde);

M – Fredson (Varzim); Dany II (Geltic

Praia); Nhuck (Caniçal); Stopira

(Sporting da Praia); Hélio (Batuque);

Valter (Batuque); Aramis (Académica

da Praia); Tony (Boavista Praia); Stenio

(Batuque de São Vicente);

A – Tax (Caniçal); Leleco (Vitória da

Praia); José Luís (Académica do Fogo) e

Josi (Ribeirão)

* lista ofi cial

Ir. Norte*Ryan Berry (Glentoran); Donnelly

(Sheffi eld United); Johnny Flynn

(Ballymena United); Mark Gallagher

(St. Johnstone); Scott Gibb (Falkirk);

Jamie Green (Frickley Athletic); Ryan

Harpur (Portadown); Niall Henderson

(Gretna); Andrew Little (Ballinamallard

United); Geoff McGaw (Stoke City); Ryan

Mullan (Omagh Town); Robbie Weir

(Larne); Craig Cathcart (Manchester

United); Jonathan Taylor (Hearts); Mark

McCallister (Dungannon Swifts); Robert

Garrett (Stoke City); Michael O’Connor

(Crewe Alexandra); Michael Carvill

(Wrexham)

* lista não ofi cial

O CALENDÁRIO

JORNADA 1 [15/O4/08] MOURA Cabo Verde – EUA [15h00] Portugal – Ir. Norte [18h00]

JORNADA 2 [16/O4/08] CASTRO EUA – Ir. Norte [14h00] Portugal – Cabo Verde [17h30]

JORNADA 3 [18/O4/08] BEJA Ir. Norte – Cabo Verde [10h30] Portugal – EUA [15h30]

vai tentar repetir as boas exibições feitas esta época, proporcionando bons espectáculos a todos os que se deslocarem a Beja, Castro Verde e Moura”, afi rmou em Beja, tam-

Basquetebol

Associação do Alentejo reúne em AGA Associação de Basquetebol do Alentejo reúne esta sexta-feira, 11, em assembleia geral. A ses-são magna está agendada para as 20h00 na sede da associação, em Évora, e servirá, sobretudo, para os emblemas associados discutirem e aprovarem o re-latório de actividade e contas referente a 2007.

Futebol

Aljustrelense campeão em iniciadosO Mineiro Aljsutrelense é o novo campeão distrital de ini-ciados. A equipa orientada por Paulo Capela carimbou o títu-lo a duas jornadas do fi nal do campeonato, depois de bater em Aljustrel o Piense (3-0), su-vcedendo no historial da prova ao Moura AC.

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J V E D M-S P 1 FC Castrense 20 17 2 1 47-12 53 2 Moura AC 20 14 3 3 49-15 45 3 Desp. Beja 20 13 5 2 36-13 44 4 CD Almodôvar 20 11 3 6 42-35 36 5 Odemirense 20 9 5 6 34-22 32 6 FC Serpa 20 9 4 7 29-20 31 7 Vasco da Gama 20 7 4 9 23-25 25 8 FC São Marcos 20 7 2 11 27-40 23 9 Entradense 20 5 6 9 20-31 21 10 Ferreirense 20 5 6 9 26-32 21 11 Aldenovense 20 5 4 11 26-42 19 12 Cabeça Gorda 20 3 5 12 15-44 14 13 Milfontes 20 3 5 12 26-41 14 14 Piense 20 3 4 13 18-46 13

Próxima Jornada | 13.04.2008 Aldenovense-Vasco da Gama, FC Serpa-FC São

Marcos, Ferreirense-Piense, CD Almodôvar-Milfontes, Odemirense-Cabeça Gorda, FC Castrense-Entradense e Moura AC-Desportivo de Beja

Eduardo

Luís Ferreira

Rafael

Nelson Teixeira

Nuno Martins

Hugo Santana

Daniel

Bayló

Estádio MunicipalMoura21ª Jornada1ª Divisão AF Beja

série F III DIVISAO – PROMOÇÃO

J V E D M-S P 1 Barreirense 1 1 0 0 02-00 25 2 Fabril Barreiro 1 1 0 0 02-00 23 3 Aljustrelense 1 0 1 0 01-01 23 4 Quarteirense 1 0 1 0 01-01 21 5 Beira Mar MG 1 0 0 1 00-02 21 6 Campinense 1 0 0 1 00-02 19

Próxima Jornada | 13.04.2008 Aljustrelense-Fabril do Barreiro, Barreirense-Quar-

teirense e Beira Mar MG-Campinense

JORNADA | 1

Quarteirense – Mineiro Aljustrelense ..............1-1 Campinense – Barreirense ..............................0-2 Fabril do Barreiro – Beira Mar MG ..................2-0

sexta-feira2008.04.11CORREIO DESPORTIVO 19

Futebol

Aljustrelense empata emQuarteira

O Mineiro Aljustrelense marcou passo na sua estreia na segunda fase da Série F do campeonato nacional da 3ª divisão, ao em-patar a uma bola no terreno do Quarteirense. Com este resulta-do, e em virtude de as equipas terem transportado para este “mini-campeonato” metade dos pontos conquistados nas primeiras 26 jornadas, a turma orientada por Francisco Fer-nandes caiu para a terceira po-sição, atrás das duas equipas do Barreiro. No próximo domingo, o Mineiro vai receber em Aljus-trel a equipa do Fabril.

Ciclismo. Capital de distrito recebe esta sexta-feira, 11, etapa decisiva na 26ª Volta ao Alentejo

“Alentejana” chega a Beja

O pelotão da 26ª edição da Volta ao Alentejo em bicicleta chega esta sex-ta-feira, 11, à cidade de Beja, com a realização de um contra-relógio in-dividual (CRI) que pode defi nir mui-ta coisa antes da etapa-rainha da “Alentejana”, agendada para sábado, 12, entre o Fluviário de Mora e o Alto dos Emissores, em plena Serra de São Mamede (Portalegre).

Esta sexta-feira, os ciclistas vão percorrer 31 quilómetros entre Nos-sa Senhora das Neves e Beja, com a meta do CRI a estar instalada na rua Conde da Boavista. O primeiro

ciclista a sair (que, na prática será o último da classifi cação geral) terá ordem de partida às 13h30, sendo que a chegada do último ciclista a Beja (o camisola amarela) está pre-vista para as 16h18.

Na primeira etapa, que quarta-feira, 9, ligou Ferreira do Alentejo – uma estreia na “Alentejana” – a Odemira, num total de 195,6 quiló-

Volta ao Alentejo saiu para a estrada em Ferreira do Alentejo, no dia 9, e termina no domingo, 13, em Évora.

Ciclistas vão reali-zar esta sexta-feira um contra-relógio individu-al entre Nossa Senhora das Neves e Beja.

AF BEJA 2ª DIVISAO – Fase Final JORNADA | 3

Sanluizense – Beira Serra ................................2-1 Barrancos – Despertar ....................................1-1

J V E D M-S P 1 Barrancos 3 2 1 0 07-02 7 2 Sanluizense 3 2 0 1 05-07 6 3 Despertar 3 1 1 1 05-03 4 4 Beira Serra 3 0 0 3 01-06 0

Próxima Jornada | 12.04.08 Beira Serra-Despertar e Sanluizense-Barrancos

1º Ricardo (Moura AC) .................................. 16 2º Rui Pepe (FC Castrense) ............................ 14 3º José Manuel Rações (Moura AC) .............. 13 4º Facaia (FC Castrense) ................................ 12 José Manuel Soares (Aldenovense) ........... 12

Bruno Fernandes (CD Almodôvar)............. 12 João Vasco (Milfontes) .............................. 12 8º José Manuel Ramos (FC Serpa) ................. 11 9º Filipe Costa (FC Serpa) .............................. 10 10º Dário (Ferreirense) ...................................... 9 José Manuel (Vasco da Gama) .................... 9

MELHORES MARCADORES

AF BEJA 1ª DIVISAO

JORNADA | 20

Vasco da Gama – FC Serpa ............................1-0 FC São Marcos – Ferreirense ...........................1-0 Piense – CD Almodôvar ..................................2-3 Milfontes – Odemirense .................................1-4 Cabeça Gorda – FC Castrense ........................0-3 Entradense – Moura AC .................................0-2 Desportivo de Beja – Aldenovense ..................2-1

jogo do fi m-de-semana. MOURA AC – DESPORTIVO DE BEJA

Domingo, 16 horas

Luís Rodrigues

Janito

Telmo

Macarrão

Rui Santos

Carlos Neves

Lino

Ricardo

Filipe InfanteJosé António

Carlos

Rações

Kata

Vítor Teixeira

Moura AC e Desportivo de Beja vão jogar este domingo, 13, uma das mais impor-tantes “cartadas” da actual temporada. Tudo porque à passagem da 20ª jornada, e numa altura em que o líder FC Castrense desfruta de uma vantagem pontual tran-quila no “Distritalão”, qualquer deslize de um destes emblemas perante um adver-sário directo pode, na prática, ditar o fi m do “sonho da subida”. Mas numa partida que se antevê de “nervos à fl or da pele”, acaba por ser o Desportivo de Beja que irá entrar em campo mais pressionado, uma vez que qualquer resultado que não a vi-tória poderá fazer ruir a expectativa que a equipa ainda alimenta no título. Até por-qie esta partida assinala o início do “ciclo” em que os três da frente se vão defrontar, fi ndo o qual tudo fi cará defi nido...

correiodabola.blogspot.com

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metros, venceu o venezuelano Jack-son Rodriguez, da Serramenti PVC Diquigiovanni-Androni Giocattoli, arrebatando a camisola amarela. A segunda tirada, na quinta-feira, 10, ligou a Zambujeira do Mar a Ouri-que [já depois do fecho desta edi-ção]. A Volta ao Alentejo termina no domingo, 13, junto ao Templo Ro-mano de Évora.

Integrada no calendário da União Ciclista Internacional, com a categoria 2.1, a prova está a car-go da Associação de Municípios do Distrito de Évora (AMDE) e conta este ano com a participação de 13 equipas, oito portuguesas (Benfi ca, Barbot-Siper, Centro de Ciclismo de Loulé, Fercase-Rota dos Móveis, LA MSS, Liberty Seguros, Madeinox-Boavista e Palmeiras Resort-Tavira) e cinco estrangeiras (as espanho-las Andalucia CajaSur, Contenpolis Murcia e Karpin Galicia, a britânica Barloworld e a venezuelana Serra-menti PVC Diquigiovanni-Androni Giocattoli).

Orçada em 250 mil euros, a “Alen-tejana” continua a ser, na opinião do seu director, o autarca de Arraiolos Jerónimo Lóios, “um dos principais veículos de promoção da região e uma das principais provas de ciclis-mo em Portugal, que passa pelos lu-gares mais isolados do Alentejo pro-fundo”, além de constituir-se como o único acontecimento desportivo internacional anual na região.

Em 2007, a Volta ao Alentejo con-sagrou o espanhol Manuel Vazquez, mantendo a “tradição” de nunca um ciclista conquistar mais que uma edição da prova nos seus 25 anos de existência. Um hábito que, a manter-se este ano, poderá mesmo motivar a AMDE a apresentar uma candidatura ao Guinness Book of Records.

Atletismo. Grande prémio da JDN realizou-se no domingo, 6

Luís Pinto vence “Corrida do Alentejo”

Luís Pinto, atleta natural de Moura a correr actualmente com a camisola do Sporting, foi o grande vencedor da 19ª edição do Grande Prémio de Atletismo da Juventude Desportiva das Neves (JDN). A prova organizada pelo emblema local realizou-se no passado domingo, 6, juntando nas ruas de Nossa Senhora das Neves mais de centena de meia de atletas, em representação de 18 equipas.

Na principal prova da denomina-da “Corrida do Alentejo”, Luís Pinto

superiorizou-se à concorrência e cortou a meta em primeiro lugar, seguido pelo colega de equipa – e também baixo-alentejano – Ricardo Paixão e pelo russo Igor Timbalari, do Areias de São João. Por sua vez, na prova feminina para atletas absolutos venceu a algarvia Maria João Chinita (Alturense).

Além de Maria João Chinita e Luís Pinto, triunfaram ainda em Nossa Senhora das Neves os benja-mins “A” Fernanda Cândido (JDN) e Ângelo Guerreiro (BAC); os ben-jamins “B” Adriana Lopes (CDUL) e Cláudio Maia (Clube da Natu-reza de Alvito); os infantis Ângela Oliveira (Moura AC) e Diogo Luz (JDN); os iniciados Ana Rita Cor-reia (AC Algarve) e António Vilhena (Entradense); os juvenis Rita Guer-

Atleta natural de Moura superiorizou-se ao também alentejano Ricardo Paixão.

reiro (NDC Odemira) e Paulo Mo-reira (CR Juromenha); e o veterano Carlos Calado (Olímpico).

Colectivamente, a vitória no Grande Prémio da JDN sorriu à equipa da casa, com 106 pontos. Seguiram-se na classifi cação o BAC (77 pontos) e o NDC Odemira (39 pontos).

Paralelamente à competição, decorreu igualmente a 10ª Corrida Aberta Contra a Droga, enquanto que a direcção da JDN aproveitou ainda a 19ª edição do seu grande prémio de atletismo para home-nagear os jovens Ricardo Amaro (atleta do clube e actual campeão nacional de provas combinadas) e João Aurélio (futebolista natural de Nossa Senhora das Neves, interna-cional sub-20 pela Selecção Nacio-

nal e antigo atleta do clube).

Provas em Barrancos e Beja. Bar-rancos recebe este sábado, 12, pelas 10h30, a quarta edição do Circuito Urbano daquela vila. A corrida de estrada, organizada pela autarquia local, terá lugar na zona do Parque de Feiras e Exposições e conta com provas para todos os escalões.

Também no sábado, mas de tar-de (15h00), e depois no domingo, 13, de manhã (9h00), é a vez da As-sociação de Atletismo de Beja pro-mover a fase distrital do Torneio Atleta Completo e o campeonato distrital de provas combinadas.

Ambas as provas vão ter lugar na pista de atletismo do Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja.

Pelotão da “Alentejana” chega hoje a Beja

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Page 20: DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 3 // N 104 // [IVA ...correioalentejo.com/jornal_em_pdf/N104_20080411.pdf · semanário regional // ÀS SEXTAS // 2008.04.11 DIRECTOR: ANTÓNIO

GUI’ ARTE

GUIA CULTURAL

CULTURA • EXPOSIÇOES • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | radio | video] • GENTES • MODA • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS> farmácias | telefones úteis ] • TEMPO

sexta-feira2008.04.11 20

AZULEJARIA EM FERREIRA “As Diferentes Artes da Azulejaria”

é o título da exposição de cerâmica de Ana Lima que pode ser vista des-de esta quinta-feira, 10, no Posto de Turismo de Ferreira do Alentejo.

MOSTRA FOTOGRÁFICA EM ODEMIRA O bar da Biblioteca Municipal José

Saramago, em Odemira, tem patente até ao fi nal deste mês de Abril a exposição co-lectiva de fotografi a “Arribas – Paisagens, Geologia, Fauna & Flora”.

SMIRA REALIZA DOIS CONCERTOS A banda fi larmónica da SMIRA, de

Aljustrel, continua este domingo, 13, a sua sexta edição da “Primavera Musical”, com concertos em Jungeiros (11h00) e em Montes Velhos (16h30).

Iniciativa. Quinzena cultural promovida pela autarquia local arrancou na passada semana

Almodôvar em festadurante o mês de Abril

Feira Medieval, entre 25 e 27 de Abril, é um dos momentos altos da tradicional iniciativa que também celebra a Revo-lução dos Cravos.

Almodôvar está em festa du-rante todo o mês de Abril. Como é tradição nos últimos

anos, a Câmara Municipal promove uma quinzena cultural com inicia-tivas de vária ordem, destacando-se as celebrações do aniversário do 25 de Abril, o Dia do Foral e a já tradi-cional Feira Medieval, que este ano decorre no fi m-de-semana de 25 a 27. A par destes eventos, não faltam espectáculos de teatro e de dança, exposições e ateliers de pintura para crianças, numa diversidade que cos-tuma atrair centenas de visitantes ao concelho.

O fi m-de-semana que está à porta apresenta um cartaz muito apelativo com a realização, na tarde desta sex-ta-feira (18h00) da iniciativa “Modas na Praça”, com a actuação dos grupos Andorinhas do Rosário e As Ceifeiras da Semblana. No sábado, 12, a tarde está reservada para o V Concurso de Rafeiros do Alentejo, que vai decorrer no Jardim dos Bombeiros. E à noite

realiza-se um concerto com o agru-pamento “4uatro ao Sul”, no cine-te-atro da vila (21h30).

O espectáculo de teatro “Vou a Marte para sempre”, pela companhia Pim Teatro (dia 17) é outro ponto de interesse de uma iniciativa que, no dia 19, terá uma jornada cheia de actividades: o XIII Torneio de Hóquei em Patins “Vila de Almodôvar”, o I Convívio de Natação e o espectáculo

Almodôvar volta a estar em festa durante todo o mês de Abril

“Danças do Mundo”, pelo Centro de Dança do Porto.

Contudo, o programa desta quin-zena almodovarense terá o seu pon-to alto no fi m-de-semana de 25 a 27 de Abril. Na noite da Revolução, antes do tradicional fogo de artifício, está programado um espectáculo com José Barros, Amélia Muge e os Navegante. E no próprio dia 25 de Abril há jogos tradicionais, uma ses-

EXPOSIÇÕES | 9

ALMODÔVAR Galeria da Praça

Até 31 de Maio “A Oriemte – O Outro Lado da Esfera”,

pintura de Rui Paiva

BEJA Museu Botânico do IPB

“O Passado está Presente ou Uma Longa História de Fósseis Vivos”

Galeria dos Escudeiros Até 17 de Maio “A Presença Anexada a Algo Nem Sempre

Presente”, pintura de João Moreno

Museu Regional Rainha D. Leonor Até 30 de Abril “Fé”, fotografi a de Eduardo Gageiro

Museu Jorge Vieira Até 4 de Maio “O Imaginário das Nossas Histórias”,

pintura de Teresa Cortez

CASTRO VERDE Fórum Municipal

Até 16 de Abril “Condição Humana”, artes plásticas de

Fábio Bravo e Eduardo de Brito

CUBA Biblioteca Municipal

Até 18 de Abril “O Que é o Teatro?”

SERPA Museu do Relógio

Até 31 de Julho “Relógios dos Nossos Antepassados:

1750–1950”

VIDIGUEIRA Posto de Turismo

Até 1 de Maio Colectiva de artes plásticas de Mateus Be-

leza, teresa Joaquina, Corceiro Pais Garcia e Teresa Corceiro

CINEMA | 12

ALJUSTREL Cine-teatro Oriental

Acordado Domingo | dia 13 | 21h30

ALMODÔVAR Cine-teatro Municipal

Expiação Sexta | dia 11 | 21h30

BEJA Pax Julia Teatro Municipal

Caramel Sexta | dia 11 | 21h30

The Darjeeling Limited Terça | dia 15 | 15h00

CASTRO VERDE Cine-teatro Municipal

Garage Sexta | dia 11 | 21h30

Expiação Sábado e domingo | dias 12 e 13 | 21h30

FERREIRA DO ALENTEJO Centro Cultural Manuel da Fonseca

Jumper Sexta a domingo | dias 11 a 13 | 21h00

MÉRTOLA Cine-teatro Marques Duque

Jumper Sexta | dia 11 | 21h30

MOURA Cine-teatro Caridade

Haverá Sangue Sexta a domingo | dias 11 a 13 | 21h15

ODEMIRA Cine-teatro Camacho Costa

Alien Vs Predator 2 Sexta | dia11 | 21h30

Alvin e os Esquilos Sábado | dia 12 | 15h00 e 21h30

SERPA Cine-teatro Municipal

Haverá Sangue Sexta e domingo | dia 11 e 13 | 21h30

são solene da Assembleia Municipal e o já tradicional concerto com Os Malteses.

Estes últimos três dias da iniciati-va são também marcados pelo Mer-cado Medieval que, como é costume, “invadirá” a Praça da República com os costumes e as actividades da Idade Média, evocando desse modo a atri-buição do Foral a Almodôvar, conce-dido por D. Dinis no século XIII.

Comemorações

Cabeça Gorda organiza festada Freguesia e da RevoluçãoA aldeia de Cabeça Gorda, no concelho de Beja, inicia esta sexta-feira, 11, um conjunto alargado de actividades para celebrar mais um ani-versário da Revolução de Abril e, ao mesmo tempo, para assinalar os 107 anos de criação da freguesia (11 de Abril de 1901). Segundo fonte da autarquia, a iniciativa pretende ser “uma mostra cultural ampla e abrangente de diversas manifestações”, estando previstas várias ini-ciativas. Nesta sexta-feira, durante o dia, está programada animação de rua e balões, enquanto a noite fi ca reservada para um baile com concerto do agrupa-mento Rebimbo’malho. Domingo, 13, está previsto um espectáculo musical com o Grupo de Cavaquinhos da Sociedade Filarmónica 1º Dezembro.

Na quinta-feira, 17, um espec-táculo de vídeo, poesia e música evocativo da revolução inicia os festejos da Revolução. Torneios populares e um espectáculo de músi-ca revolucionária com Fernando Par-dal preenchem o programa no dia 25 de Abril.

Moura

Festival do Solarranca hojeArranca esta sexta-feira, 11, a pri-meira edição do Festival do Sol, iniciativa promovida pela Câmara de Moura com o objectivo de, “em defi nitivo, fazer do Sol a imagem de marca do concelho”. Música, actividades desportivas e exposi-ções são alguns dos destaques da iniciativa, que vai decorrer até do-mingo, 13, entre Moura e Amare-leja. O festival arranca às 15h00 na Amareleja, sendo que à noite terá lugar um concerto de tributo aos

Xutos & Pontapés (21h00). No sábado, o festival “muda-se” para Moura, com uma mara-tona fotográfi ca e a actuação

dos Rádio Macau. No domin-go, 13, também em Moura, há

desporto na Praça Sacadura Cabral e uma mega-açorda no Parque de Feiras e Exposições (13h00).

Ferreira do Alentejo

Juventudeem festaA 2ª edição do festival “Ferreira Jovem”, uma iniciativa da Câ-mara Municipal, decorre no próximo fi m-de-semana naque-le concelho baixo-alentejano, dias 18 e 19 de Abril. Este ano, a iniciativa decorre “excepcional-mente” no Parque de Desportos da localidade e inclui activida-des como paintball – tiro ao alvo (arco, besta e zarabatana), de-monstração de aeromodelismo e de radiomodelismo em circuito insufl ável, um circuito em Moto 4 e um workshop de graffi ti. Em termos musicais, estão previstos dois grandes concertos: na sex-ta-feira, 11, com Vollant, X-Code e Time e no sábado, 12, com os Ez Special, seguindo-se a actua-ção dos DJ’s Vertigo, Splint_48 e Bruno.

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Livro Forcado lançado no próximo dia 12 de AbrilNo próximo sábado, 12, será lança-do no Campo Pequeno o livro For-cado, da autoria de Joaquim Grave e Francisco Romeiras.

Com um total de 240 páginas, esta obra trata a fi gura do forcado de uma forma diferente, levando o leitor às origens dos jogos taurinos protagonizados pelos nossos ante-passados, analisando a simbologia, a ética e a motivação dos homens que, em pleno século XXI, ousam bater as palmas a um toiro bravo sem qualquer outra defesa que a

força dos braços e a generosidade do seu coração.

Ao longo desta magnífi ca obra, de atraente grafi smo, no formato 29x25 cm, em edição de capa dura, Forcado descreve, no texto e em mais de 200 fotografi as, os momen-tos que tornam mágico e arrebata-dor esse personagem tão especial, o forcado.

Forcado, é uma obra indispen-sável para quem gosta de toiros. E a não perder para quem tem paixão pela fotografi a.

sexta-feira2008.04.1121GUI’ ARTE

A Tertúlia do Grupo de Forcados Amadores de Cuba está de para-béns pela organização da corrida de toiros que se realizou no sába-do, 5, em Cuba, pois os afi cionados aderiram em massa e preencheram cerca de três quartos das bancadas da praça.

Os toiros lidados nesta tarde pertenciam à ganadaria de Vare-la Crujo e proporcionaram o êxito aos cavaleiros Tito Semedo e Ana Batista. O primeiro conseguiu no primeiro toiro do seu lote os me-lhores momentos da tarde, através de sortes cambiadas, que chegam com muita facilidade ao público, e terminou com um ferro de palmo com o público de pé a aplaudir o ginete de Santana da Serra. Ana Ba-tista no seu primeiro toiro teve uma actuação muito positiva, mas foi no segundo que chegou ao triunfo, com a cravagem de ferros curtos ao estribo, com cites bem desenhados e vistosos.

O Grupo de Forcados de Cuba, a actuar perante o seu público, mos-trou muita vontade, mas alguma inexperiência, o que não deixa de ser normal visto que está no inicio da sua segunda época de activida-de. Pegaram de caras os forcados José Maria Rocha à primeira ten-

Procuna sai em ombros

O concessionário Cameirinha, Be-lchior e Machado Lda. apresenta este sábado, dia 5, na cidade de Beja, uma das grandes novidades desta Primavera: o novíssimo Mit-subishi Lancer.

No seguimento das tradições da marca, que sempre esteve no mer-cado com uma presença sóbria, capaz de aliar robustez, fi abilidade e equilíbrio nas cotações, este novo modelo não desilude. Muito pelo contrário!

Na óptica dos especialistas, “além de uma aparência mais aguerrida”, o novo modelo, sobretu-do na versão desportiva, é um fami-liar que sobressai, essencialmente, “pela habitabilidade e pelo preço simpático”.

“Para muitos, o novo Mitsubishi Lancer Sports Sedan é o primeiro passo de um processo evolutivo que terá o seu apogeu no anteci-pado desportivo Evolution. Ideia que, nesta nova geração, poderá ser alimentada pelas linhas exteriores mais vincadas e agressivas”, defen-de o jornalista Nelson Oliveira, do “Auto Motor”.

Segundo este especialista, o novo modelo apresenta uma “aparência” muito interessante e, por isso mes-mo, apelativa. “O apelo visual deve

Carros. Tests drive do novo modelo no sábado, 12

Mitsubishi apresentanovo Lancer em Beja

Novo modelo da marca nipónica sobressai pela habitabilidade e pelo “preço simpático”.

tauromaquiacrítico tauromáquico*

VÍTOR BESUGO*

muito à sua frente imponente, onde sobressai de imediato a grelha de formas vincadas, que passou a ser uma assinatura visual da gama Mit-subishi”, frisa, destacando também que a traseira exibe formas “mais contidas e clássicas”, embora apre-sentem “elegantes farolins e pára-choques robusto e proeminente”.

Do exterior para o interior do carro, a análise dos especialistas destaca a boa liberdade de movi-mentos no interior do automóvel, sobretudo atrás, onde o espaço para as pernas “é deveras generoso, dando tranquilidade aos ocupantes deste banco em viagens de longa duração”.

A mala é outro aspecto deste mo-delo Mitsubishi que merece aplau-sos. Com 400 litros de capacidade e um bom acesso, a bagageira “peca apenas por não ser mais funcio-nal”.

“Apesar da ausência de algumas regulações, como o ajuste em pro-fundidade do volante, este Lancer não coloca grandes entraves ao condutor para se sentir confortável a guiar”, destaca ainda o especialis-ta do “Auto Motor”.

Este sábado, 12, poderá experi-mentar todas as vantagens deste modelo Mitsubishi no concessio-nário baixo-alentejano, situado em Beja, na Rua Zeca Afonso. Ao longo do dia, a fi rma Cameirinha, Belchior & Machado disponibiliza a possibi-lidade de fazer um test drive e, ao mesmo tempo, confraternizar com a sua família e outros amigos que irão desfrutar deste novo modelo.

Um modelo que tem um preço abaixo da barreira dos 20.000 euros e apresenta um equipamento de segurança bastante completo, des-tacando-se a adição airbag de joe-lhos para o condutor à lista de itens habituais nesta classe.

prazeres //DVD

PES 2008Editora: Konami

Consola: Sony PS3

Na altura das grandes de-cisões futebolísticas da corrente

época, eis uma forma peculiar de ajudar a sua equipa a conquistar

os títulos mais ambicionados. Emoção e muito futebol num dos mais conhecidos vídeo-jogos do momento.

OS 10 MANDAMENTOS (EDIÇÃO ESPECIAL) De: Cecil B. DeMille, com Charlton Heston e Yul Brynner Ano: 1956

Numa semana marcada pela morte de Charlton Heston, reveja o actor numa

das obras-prima do cinema épico-religioso da década de 50 de Hollywood assinado pelo “mes-tre” Cecil B. DeMille.

// TELEVISÃO// JOGOS

ERVA De: Jenji Kohan, com Mary Louise ParkerTransmissão: Às segundas-feiras à noite, na 2:

Nancy Botwin vive num subúrbio anónimo. É trintona e viúva. Tem dois fi lhos adolescentes problemáticos e um cunhado tresloucado. E lidera um esquema de tráfi co de marijuana – que envolve também um apaixonado pelo tunnig, o presidente da Câmara, um advogado desempregado e um estudante indiano apaixonado –, apesar de ter como namorado-amante um agente da brigada anti-drogas norte-americana. Confuso? Então não perca um episódio desta brilhante série transmitida na 2:.

tativa, Valter Guerreiro à terceira tentativa, Álvaro Machado à quarta tentativa e o experiente e efi ciente cabo José Horta à primeira.

Mas o triunfador máximo da tar-de foi o matador de toiros Luís Vital “Procuna”, que proporcionou aos presentes duas grandes lides. Mui-to bem com o capote, exímio nas bandarilhas e muito “toureiro” na muleta, Procuna soube aproveitar a nobreza das investidas dos seus oponentes para chegar ao triunfo e sair em ombros da praça de toiros instalada na vila de Cuba.

AGENDA

BARRANCOS. Sábado, 12 de Abril. Corrida de toiros mista. Toiros de Santa Bárbara para Joaquim Bastinhas, António Telles, Manuel Telles Bastos, Marcos Tenório, Luis Vital Procuna e João Diogo Fera. For-cados Amadores do Aposento da Moita.

BARRANCOS. Domingo, 13 de Abril. Novilhada – Concurso de Novilheiros. Novilhos de Couto Fornilhos para Emilio Martín (Badajoz), António Romero (Mé-xico), Nuno Casquinha (Portugal), João Diogo Fera (Portugal), João Augusto Moura (Portugal) e Jaime Martínez (Badajoz).

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22sexta-feira2008.04.11 GUI’ ARTE

Polícia de Segurança Pública 112 Emergência Social

114 Protecção à fl oresta

117 Emergência Social

144

céu limpo

céu nubladoabertasaguaceiroscéu muitonubladomuito nubladocom abertas

chuva

trovoadas

neve

nevoeiro

vento fracomoderado

vento forte

mar calmo

ondulação

geada

Moura

BEJA Serpa

Mértola

Faro

Almodôvar

Sines

CastroVerde

Odemira

Aljustrel

Ferreira do Alentejo

Cuba

Ourique

BarrancosVidigueira

Alvito

Alcácer do Sal

Grândola

Santiagodo Cacém

TEMPO FARMÁCIAS

fonte: http//weather.msn.com

PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO

Céu nublado

Chuva

17

05

tem

pera

tura

méd

ia p

r evi

sta

para

hoj

e

OUTROS Centro de Saúde de Beja > Rua António

Sardinha // tel: 284 329 706 Centro Regional de Segurança Social

> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. //

tel 284 312 700 Táxis > tel: 284 322474 Instituto Politécnico de Beja > Rua de

Santo António, n.º 1 - A // tel: 284 314 400 Posto de Turismo >Rua Cap. João Fran-

cisco de Sousa, n.º 25 // Tel:284 320 281 Polícia de Segurança Pública (PSP) >

Largo D. Nuno Álvares Pereira. // tel: 284 322022 Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares

Pereira. // tel. 284 320 340

SEX

TA

RTP1

SÁB

AD

OD

OM

ING

O

2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

06:00 SIC Notícias 09:00 Querido Mudei a Casa 10:00 Fátima 13:00 Primeiro Jornal 14:15 Terra Nostra 15:45 Contacto 18:15 Sete Pecados 20:00 Jornal da Noite 21:30 Especial Globos de Ouro 22:00 Os Malucos na Selva 22:30 Desejo Proibido 23:30 Duas Caras 00:30 CSI Miami 01:30 Socorro 02:30 Quando o Telefone Toca 03:45 Cinema: “Pela Vitória”

07:00 Diário da Manhã 13:00 Jornal da Uma 14:00 As Tardes da Júlia 17:00 Quem Quer Ganha 18:15 Morangos com Açúcar V 20:00 Jornal Nacional 21:30 Euromilhões 10:15 Você na TV! 21:45 A Outra 22:45 Fascínios 00:00 Deixa-me Amar 00:30 Cinema: “King Ralph” 02:30 Sempre a Somar 03:45 O Escritório 04:30 Águas Profundas 05:30 TV Shop

URGÊNCIAS

TELEVISAO

SOL LUAnascente06h00ocaso19h05

nascente09h59ocaso00h52

nova5 Mai.

crescente12 Abr.

cheia20 Abr.

minguante 28 Abr.

16º

PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO“Abril chuvoso, Maio ventoso, fazem um ano formoso.”

SEGURANÇA

Bombeiros t. 284 311 660 GNR - BT

t. 284 324 428

5-6 m

17º6-7 m

06:30 Bom Dia Portugal 10:00 Praça da Alegria 13:00 Jornal da Tarde 14:10 Prova de Amor 15:45 Portugal no Coração 18:00 Portugal em Directo 19:05 O Preço Certo 20:00 Telejornal 21:00 Liga dos Últimos 21:45 Quem Quer Ser Milionário 22:45 Sexta à Noite 01:15 E-Ring: Centro de Comando

03:00 A Verdade Sobre os Alimentos 04:00 Euronews 04:30 Portugal no Coração

06:30 Brinca Comigo 08:00 Bom Dia Portugal 11:00 Mudar de Vida 11:30 Liga dos Últimos 12:30 Contra 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Top + 16:00 Sexta à Noite 18:30 Vila Faia 20:00 Telejornal 21:00 A Voz do Cidadão 21:15 Dança Comigo 23:15 A Verdade Sobre os Alimentos 00:15 Democracia?: Campanha! O Candidato de Kawasaki 01:15 E-Ring: Centro de Comando 02:15 A Hora da Sorte 02:30 Top + 03:30 Depois do Adeus 05:00 Audax – Negócios à Prova 06:00 EURONEWS

07:00 Euronews 07:15 Zig Zag 10:00 Assembleia da República 11:30 Zig Zag 13:00 Dois Homens e Meio 14:00 Sociedade Civil 15:30 Consigo 16:00 Desporto 2 18:00 Zig Zag 18:30 A Fé dos Homens 19:00 Reclame 19:45 Zig Zag 20:45 Friends 21:15 National Geographic 22:00 Jornal 2 22:40 Irmãos e Irmãs 23:30 Claudia Cardinale 00:30 Noites da 2 01:30 Palco 03:15 Sociedade Civil 04:45 Euronews

07:00 Euronews 07:30 África 7 Dias 08:00 Notícias De Portugal 09:00 Universidade Aberta 10:00 A Alma e a Gente 10:30 Biosfera 11:15 Encontros Imediatos 11:45 Bastidores 12:15 Reclame 13:00 National Geographic 14:00 Parlamento 15:00 Desporto 2 20:00 Kaboom 21:00 Diga lá Excelência 21:45 A Hora da Sorte 22:00 Jornal 2 22:40 Audax – Negócios à Prova 23:15 Cinema: “Manderlay” 01:15 A Alma e a Gente 01:45 Desporto 2 05:45 Euronews

06:00 Etnias 06:40 SIC Kids 08:30 Disney Kids 10:00 Action Man: A.T.O.M II 10:30 Chiquititas 12:00 O Nosso Mundo:

13:00 Primeiro Jornal 14:15 Episódio Especial 15:15 Futsal Sporting x F. Jorge Antunes 17:30 Filme a defi nir 20:00 Jornal da Noite 21:25 Globos de Ouro

21:30 Malucos no Hospital 22:15 Desejo Proibido 23:30 Duas Caras 00:30 CSI Miami 01:30 Resistirei 02:30 Quando o Telefone Toca 04:15 Cinema: “Quem Matou Emmet Young?”

06:45 SIC Kids 08:30 Disney Kids 10:00 Action Man: A.T.O.M II 10:30 Chiquititas 12:00 BBC Vida Selvagem:

13:00 Primeiro Jornal 14:00 Fama Show 15:00 Entre Vidas 16:00 Filme a defi nir 18:00 Campeonato Nacional da Língua Portuguesa 2008 20:00 Jornal da Noite 20:55 Globos de Ouro

21:00 Grande Reportagem SIC 21:45 Camilo em Sarilhos 22:45 Sete Pecados 00:15 Aqui Não Há Quem Viva 01:15 A Vedeta 02:00 Amazónia 02:45 Quando o Telefone Toca 04:30 Amazónia

07:00 Animações 09:30 Smackdown - Wrestling 10:30 Detective Maravilhas 11:15 DELUXE V 12:15 BwinLiga - Especial Magazine do Euro 2008 13:00 Jornal da Uma 14:00 Cinema: “Basta” 16:00 Cinem: “Segurança Nacional” 18:00 Cinema: “Elektra” 20:00 Jornal Nacional 21:30 Morangos com Açúcar V 22:30 Fascínios 23:30 Deixa-me Amar 00:30 Cinema: “Nascido a 4 de Julho” 02:30 Sempre a Somar 03:45 Cinema: “O Leiteiro Campeão” 05:30 TV Shop

07:00 Animações 09:45 O Bando dos Quatro 10:30 Hannah Montana 11:15 Missa - Eucaristia Dominical 13:00 Jornal da Uma 14:00 Cinema: “A Armadilha” 16:30 Cinema: “A Intérprete” 19:00 BwinLiga - Os Golos 19:15 BwinLiga Sporting x Leixões 21:15 Jornal Nacional 21:45 Fascínios 22:45 Casos da Vida 00:30 BwinLiga - A jornada 01:15 BwinLiga - Os Casos 01:45 BwinLiga - O fórum 02:15 Sempre a Somar 03:30 O Escritório 04:00 Águas Profundas 05:00 TV Shop 06:30 Todos Iguais

SPORT TV: 15:00 Futebol - Premier League Tottenham X M’Brough

17:10 Futebol - Premier League Portsmouth X Newcastle 21:10 Futebol - Bwin Liga V. Setúbal X FC Porto 02:00 Basquetebol - NBA Jazz X Nuggets

TVCINE 1 09:45 O Sentinela TVCINE 2 19:35 Capote

TVCINE 3 20:05 O Boxeur

TVCINE 4 00:30 À Beira do Casamento

SPORT TV: 11:10 Futebol - Liga Vitalis Gondomar X Olhanense 13:30 Futebol - Premier League Liverpool X Blackburn Rovers 16:00 Andebol - Camp. Andebol ABC X Belenenses 19:30 Futebol - Liga Italiana Inter Milão X Fiorentina 20:20 Golfe - Masters Tournament Augusta TVCINE 1 23:10 O Crime do Padre Amaro

TVCINE 2 12:45 O Código da Vinci

TVCINE 3 14:15 Identidade Sob Suspeita

TVCINE 4 19:20 Amor e Sexo

SPORT TV: 20:30 Futebol - Bwin Liga Benfi ca X Académica 01:30 Basquetebol - NBA Houston X Phoenix

TVCINE 1 21:00 Os Fugitivos de Alcatraz

TVCINE 2 19:25 Quem Matou o Nosso Amante? TVCINE 3 22:00 Amigos do Alheio

TVCINE 4 00:00 Geração Fast Food

93.0Rádio Castrense Castro Verde

92.6 TLA - Telefonia Local de Aljustrel

102.9Maré AltaOdemira

90.0RádioVidigueira

92.8Rádio PlanícieMoura

104.0Rádio SingaFerr. Alentejo

101.4Rádio Pax Beja

104.5Voz da Planície - Beja

RÁDIO

FM

HOJE Céu muito nublado, tornando-se pouco nublado a partir do fi m da manhã. Pequena subida da tempera-tura máxima e descida da mínima.

SÁBADOCéu pouco nublado, aumentando a neblusidade para o fi m do dia.Pequena subida das temperaturas.

DOMINGOCéu muito nublado. Possibilidade de ocorrência de aguaceiros. Subida da temperatura máxima e pequena descida da mínima.

06:30 Brinca Comigo 08:00 Bom Dia Portugal

10:00 Eucaristia Dominical 11:00 O Homem dos Leões 11:30 Planeta Selvagem 12:00 AB Ciência Último 12:30 Mr. Bean 13:00 Jornal da Tarde 14:00 Só Visto! 15:15 Prison Break 16:00 Sombras em Palm Springs 17:00 Dança Comigo 18:30 Vila Faia 20:00 Telejornal 21:00 As Escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa 21:30 Gato Fedorento 22:00 Conta-me como Foi 23:00 Depois do Adeus 00:45 Cinema: “Klimt” 02:30 Só Visto! 03:30 Sexta à Noite 05:30 Euronews

07:00 Euronews 07:30 Áfric@global 08:00 Músicas de África 09:00 Caminhos 09:30 70x7 10:00 Nós 10:45 Da Terra ao Mar 11:15 Consigo 11:45 Vida por Vida 12:15 Olhar o Mundo 12:45 A Voz do Cidadão 12:55 Desporto 2 19:00 Encontros Imediatos 19:30 A Alma e a Gente 20:00 Bastidores 20:45 Os Simpsons 21:10 O Sol 22:00 Jornal 2 22:30 Câmara Clara 23:50 Britcom 00:50 Onda-curta 01:50 Desporto 2 05:15 Euronews

Céunublado

HOJE/SEXTA | 11

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Central. T. 284 322 899 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Faria. T. 285 252 412 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129

SÁBADO | 12 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > Santos. T. 284 389 331 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485 Vidigueira > Luís A. da Costa. T. 284 434 129

DOMINGO | 13 Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181 Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254 Beja > J. A. Pacheco. T. 284 322 501 Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242 Mértola > Pancada. T. 286 612 176 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Confi ança. T. 283 300 010 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

SEGUNDA | 14 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Rodrigues. T. 285 252 266 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

TERÇA | 15 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Silveira Suc. T. 284 311 620 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Faria. T. 285 252 412 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

QUARTA | 16 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Palma. T. 284 322 498 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Ferreira da Costa. T. 285 252 156 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

QUINTA | 17 Aljustrel > Dias. T. 284 600 020 Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251 Beja > Central. T. 284 322 899 Ferreira do Alentejo > Singa. T. 284 732 235 Mértola > Maktub. T. 286 612 820 Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338 Odemira > Central. T. 283 322 183 Serpa > Central. T. 284 549 107 Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

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E AINDA...

GRÂNDOLA COM SAP ATÉ À MEIA-NOITE. O presidente da Câmara de Grândola, Carlos Beato, reve-lou esta semana ter a garantia da ministra da Saúde, Ana Jor-ge, de que o Centro de Saúde da vila irá prestar cuidados de saúde à população local até á meia-noite.

TEATRO SENSIBILIZA CRIANÇAS DE OURIQUE. Um grupo de alunos da Escola Básica (EB) 1 de Ouri-que vai assistir esta terça-feira, 15, a uma peça de teatro sobre os bons hábitos de higiene oral e saúde dentária. A peça, pro-movida por uma clínica dentária e apoiada pela autarquia, já foi apresentada a um outro grupo de crianças da EB1 de Ourique.

11.04.2008 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA

TEMPO PARA HOJE. Céu muito nublado, tornando-se pouco nublado a partir do fi m da manhã. Pequena subida da temperatura máxima e descida da mínima. pág. 22

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 ECONOMIA REGIONAL • p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.10 DINHEIRO & NEGÓCIOS • p.16 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.17 ENTREVISTA DIRECTA • p.18 CORREIO DESPORTIVO • p.20 GUI’ARTE

17 05

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SEXTA. [20H00] FONZIE ACTUAM EM ODEMIRA As bandas Fonzie, Linda Marti-

no e Dapunksportif encerram mais uma edição das Jornadas da Juventude de Odemira.

SÁBADO. [16H00] TOIROS NA VILA DE BARRANCOS Com Joaquim Bastinhas, António

Ribeiro Telles, Manuel Telles Bastos, Marcos Tenório, Luís Vital Procuna e João Diuogo Fera.

RUI SOUSA SANTOS. PRESIDENTE DO CENTRO HOSPITALAR DO BAIXO ALENETJO [pág. 03]

O hospital [de Beja] está a fazer todos os possíveis para assegurar a operacio-nalidade da VMER, mas confronta-se com uma falta de médicos aguda e não há clínicos debaixo das pedras.“

SEXTA

SUGERE...

Promover o sector da olivicultura, com forte peso na economia local, dinamizar o intercâmbio entre pro-dutores, industriais e empresas, e contribuir para a criação de novas oportunidades de negócio são os principais objectivos da 10ª edição da Olivomoura – Feira Nacional de Olivicultura, certame organizado pela Câmara de Moura no Parque Municipal de Feiras e Exposições local no próximo mês de Maio, en-tre os dias 8 e 11.

“Queremos dar o nosso con-tributo [ao sector], porque enten-demos que a olivicultura tem de continuar a ser um dos elemen-tos fundamentais da nossa base económica”, sublinhou o autarca José Maria Pós-de-Mina durante a sessão de apresentação da fei-ra, na segunda-feira, 7, na sede da Associação de Municípios do Bai-xo Alentejo e Alentejo Litoral, em Beja.

A iniciativa, de cariz bienal, al-terna com a feira de olivicultura de Campo Maior e apresenta este ano uma série de novidades, entre as quais uma “Rota dos Azeites do Alentejo”, sessões de massagens

Iniciativa. X Olivomoura vai realizar-se entre os dias 8 e 11 de Maio

Moura celebra azeiteEconomia

QREN apoia 27 projectos no AlentejoO primeiro-ministro destacou esta quarta-feira, 9, a rapidez “recorde” de execução do Qua-dro de Referência Estratégica Nacional (QREN), que tem já sete mil milhões de euros a concurso, equivalentes a um terço do total do programa.

“Nunca houve um período tão curto entre a assinatura [do QREN, há menos de seis me-ses] e a execução”, afi rmou José Sócrates, destacando ainda o tempo “recorde” de 70 dias que tem mediado a apresentação das candidaturas e a assinatura dos contratos.

O primeiro-ministro falava no Porto durante a cerimónia de assinatura de contratos re-lativos a 268 projectos apro-vados no âmbito do QREN e correspondentes a incentivos de 23 milhões de euros FEDER e a um investimento de 105 mi-lhões de euros.

Cem dos 268 projectos as-sinados são relativos a médias empresas no âmbito do Plano Operacional Factores de Com-petitividade, enquanto 168 fo-ram aprovados no âmbito dos programas operacionais regio-nais (35 da região Norte, 101 do Centro, 27 do Alentejo e cinco do Algarve).

com azeite ou um concurso nacio-nal de azeites virgem. Tudo para afi rmar um sector em expansão e cada vez mais na ordem do dia.

“Por circunstâncias diversas, o sector da olivicultura ocupa hoje um plano importante do ponto de vista da discussão pública. É tam-bém por isto que esta X edição da Olivomoura se organiza na altura certa”, advogou o autarca mouren-se.

Em simultâneo com a Olivo-moura, decorre também a 14ª

Feira do Bovino Mertolengo, pro-movendo outro sector económico “importante” no concelho. Daí a ambição revelada por José Maria Pós-de-Mina, que pretende cap-tar apoios fi nanceiros, via QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, para concluir o Parque de Leilão de Gado.

A X Olivomoura – Feira Nacional de Olivicultura e a XIV Feira do Bo-vino Mertolengo são promovidas por uma comissão organizadora, onde além da Câmara de Moura se

Promovido pela autarquia local e ou-tras entidades, certame integra igualmente a 14ª edição da Feira do Bovino Mertolengo.

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Olivomoura e Feira do Bovino Mertolengo foram apresentadas pela Câmara de Moura em Beja

contam também o CEPAAL – Cen-tro de Estudos e Promoção do Azei-te do Alentejo, a ADEMO – Associa-ção para o Desenvolvimento dos Municípios Olivícolas Portugueses, a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, a Direcção Regional de Agricultura do Alentejo, e as asso-ciações de Criadores de Bovinos Mertolengos, Equestre de Moura, de Jovens Agricultores de Moura, e de Criadores do Rafeiro Alente-jano, de Micro, Pequenos e Médios Empresários do Alentejo Interior.