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JORNAL SEMANÁRIO REGIONAL EDITADO EM BEJA E DISTRIBUÍDO NO BAIXO ALENTEJO Quartel de Beja recebe hoje 150 alunos Câmara de Beja pretende cobrar menos impostos P.24 EDUCAÇÃO P. 16 AUTARQUIAS DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 24 // 0,70 [IVA INCLUÍDO] P.05 FREGUESIAS Somincor foi preciosa para Santa Bárbara semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.09.15 Sinistralidade. Entre 1 de Janeiro e 10 de Setembro morreram 30 pessoas em acidentes Concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Ferreira do Alentejo, Odemira e Ourique apresentam os valo- res mais dramáticos da sinistralidade rodoviária no Baixo Alentejo pub. Poder Local Orelha prevê futuro negro nas autarquias “O sistema autárquico não tem futuro porque está esgotado. E arrasta as associações de muni- cípios para o abismo. O mais tar- dar dentro de cinco ou seis anos há associações que entrarão em ruptura técnica e financeira”. Curto e directo. Francisco Orelha, presidente da Câmara Municipal de Cuba, não deixa margem para quaisquer dúvidas: as câmaras municipais vão sentir graves di- ficuldades e vivem hoje de modo absolutamente irrealista. Em declarações ao “Correio Alentejo”, o autarca do PS, líder do município cubense desde 1997, afir- ma-se “muito pre- ocupado” com o sistema autár- quico vigente P. 03 | BAIXO ALENTEJO Mortos na estrada aumentam 58% no distrito de Beja O distrito de Beja regista nos primeiros oito me- ses deste ano um aumento de 58% no número de mortos em acidentes rodoviários. Neste pe- ríodo, segundo dados recolhidos pelo “Correio Alentejo”, 30 pessoas perderam a vida nas es- tradas da região, enquanto em igual período do ano passado foram registadas 19 mortes. Também o número de feridos graves aumen- tou significativamente no mesmo período. Em 2005 foram 57 mas, este ano, o número che- gou aos 85, o que representa um crescimento de 49%. Assinale-se, contudo, que os números baixaram no caso dos feridos ligeiros e até na quantidade de acidentes ocorridos. P. 02 | BAIXO ALENTEJO Entrevista “É absurdo que o BAAL 21 não conte com o PS” Em entrevista ao “Correio Alen- tejo” e Rádio Pax, José Soeiro, deputado do PCP eleito pelo cír- culo de Beja, promete continuar a questionar o Governo sobre as mais diversas matérias e apresen- tar propostas necessárias para a região. Confiante que o projecto do aeroporto vai avançar e crítico com o aproveitamento da água de Alqueva, o deputado comunis- ta não poupa o Partido Socialista pela sua falta de envolvimento no Movimento BAAL 21 – “é um absurdo que o BAAL 21 não conte com uma participação mais forte dos deputados e dos autarcas do PS”, crítica o antigo homem-forte da Direcção Regional do Alentejo dos comunistas.. P. 15 | CONTRA_FACTOS

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Page 1: Cópia de P01 - correioalentejo.comcorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N024_20060915.pdf · Quartel de Beja recebe hoje 150 alunos Câmara de Beja pretende cobrar menos impostos P.24

JORNAL SEMANÁRIO REGIONAL EDITADO EM BEJA E DISTRIBUÍDO NO BAIXO ALENTEJO

Quartel de Bejarecebe hoje150 alunos

Câmara de Bejapretende cobrarmenos impostos

P.24 EDUCAÇÃO P.16 AUTARQUIAS

DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 1 // N 24 // € 0,70 [IVA INCLUÍDO]

P.05 FREGUESIAS

Somincorfoi preciosa paraSanta Bárbara

semanário regional // ÀS SEXTAS // 2006.09.15

Sinistralidade. Entre 1 de Janeiro e 10 de Setembro morreram 30 pessoas em acidentes

Concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Ferreira do Alentejo, Odemira e Ourique apresentam os valo-res mais dramáticos da sinistralidade rodoviária no Baixo Alentejo

pub.

Poder Local

Orelha prevêfuturo negronas autarquias“O sistema autárquico não tem futuro porque está esgotado. E arrasta as associações de muni-cípios para o abismo. O mais tar-dar dentro de cinco ou seis anos há associações que entrarão em ruptura técnica e fi nanceira”.Curto e directo. Francisco Orelha, presidente da Câmara Municipal de Cuba, não deixa margem para quaisquer dúvidas: as câmaras municipais vão sentir graves di-fi culdades e vivem hoje de modo

absolutamente irrealista. Em declarações ao “Correio Alentejo”, o autarca do PS, líder do

município cubense desde 1997, afi r-ma-se “muito pre-ocupado” com o sistema autár-quico vigenteP. 03 | BAIXO ALENTEJO

Mortos na estradaaumentam 58% no distrito de BejaO distrito de Beja regista nos primeiros oito me-ses deste ano um aumento de 58% no número de mortos em acidentes rodoviários. Neste pe-ríodo, segundo dados recolhidos pelo “Correio Alentejo”, 30 pessoas perderam a vida nas es-

tradas da região, enquanto em igual período do ano passado foram registadas 19 mortes. Também o número de feridos graves aumen-tou signifi cativamente no mesmo período. Em 2005 foram 57 mas, este ano, o número che-

gou aos 85, o que representa um crescimento de 49%. Assinale-se, contudo, que os números baixaram no caso dos feridos ligeiros e até na quantidade de acidentes ocorridos.P. 02 | BAIXO ALENTEJO

Entrevista

“É absurdo queo BAAL 21 nãoconte com o PS”Em entrevista ao “Correio Alen-tejo” e Rádio Pax, José Soeiro, deputado do PCP eleito pelo cír-culo de Beja, promete continuar a questionar o Governo sobre as mais diversas matérias e apresen-tar propostas necessárias para a região. Confi ante que o projecto do aeroporto vai avançar e crítico com o aproveitamento da água de Alqueva, o deputado comunis-ta não poupa o Partido Socialista pela sua falta de envolvimento no Movimento BAAL 21 – “é um absurdo que o BAAL 21 não conte com uma participação mais forte dos deputados e dos autarcas do PS”, crítica o antigo homem-forte da Direcção Regional do Alentejo dos comunistas..P. 15 | CONTRA_FACTOS

Page 2: Cópia de P01 - correioalentejo.comcorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N024_20060915.pdf · Quartel de Beja recebe hoje 150 alunos Câmara de Beja pretende cobrar menos impostos P.24

02 REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.09.15

CGTP DEBATE EM BEJA A CGTP promoveu quarta-feira, 13, em

Beja, um plenário regional de dirigen-tes. O encontro, para discutir a política reivindicativa para 2007, contou com a presença de Carvalho da Silva.

“As pessoas andam muito depressa e quando batem morrem.”

Manuel Monge

Governador civil de Beja

SOEIRO PERGUNTA AO GOVERNO O deputado do PCP, José Soeiro,

questionou esta semana o Governo sobre a alegada suspensão do Inter-cidades entre Beja e Lisboa. Soeiro quer saber se a notícia é verdadeira.

ALJUSTREL • ALMODÔVAR • ALVITO • BARRANCOS • BEJA • CASTRO VERDE • CUBA • FERREIRA DO ALENTEJO • MÉRTOLA • MOURA • ODEMIRA • OURIQUE • SERPA • VIDIGUEIRA

Acidentes. Número de mortos aumenta 58% nas estradas do Baixo Alentejo

Estradas fataisno distrito de Beja

Até ao passado dia 10 de Setembro morreram 30 pessoas em acidentes rodoviários registados no distrito de Beja. Mais 58% do que em igual período do ano passado.

O distrito de Beja regista nos primeiros oito meses deste ano um aumento de 58%

no número de mortos em aciden-tes rodoviários. Neste período, se-gundo dados recolhidos pelo “CA”, 30 pessoas perderam a vida nas estradas da região, enquanto em igual período do ano passado fo-ram registadas 19 mortes.

Também o número de feridos graves aumentou signifi cativa-mente no mesmo período. Em 2005 foram 57 mas, este ano, o número chegou aos 85, o que representa um crescimento de 49%. Assinale--se, contudo, que os números dimi-nuiram no caso dos feridos ligeiros e até na quantidade de acidentes ocorridos.

No contexto do país, Beja destoa em absoluto dos restantes distritos. Só na região da Guarda há igual-

mente um aumento, mas bastante mais ligeiro. Nos restantes 16 dis-tritos há uma redução generaliza-da no número de mortos e feridos graves. Como exemplo assinale-se os casos dos distritos alentejanos de Évora e Portalegre: no primeiro o número de mortos desceu 48% (de 29 para 14) e no segundo bai-xou 25% (de 20 para 15).

Dados divulgados pela Rádio Voz da Planície mostram que os concelhos de Ferreira do Alente-jo e Almodôvar são aqueles que apresentam, neste período de oito meses, um maior número de casos trágicos. Em Ferreira ocorreram seis mortes e seis ferimentos gra-ves. Em Almodôvar também fale-ceram seis pessoas e três fi caram feridas com gravidade.

Odemira e Ourique apresentam também um quadro muito desa-

nimador, com o registo de quatro mortos em cada um dos conce-lhos. Odemira contabiliza ainda 11 feridos com gravidade e Ourique assinalou oito. Também em Aljus-trel há a lamentar três mortes nas estradas, enquanto cinco pessoas saíram gravemente feridas.

Neste contexto, há a assinalar o facto de os concelhos de Barrancos e Castro Verde não terem registado neste período de oito meses qual-quer morto ou ferido grave em de-sastres nas estradas.

Fonte da GNR assinala que no total de 30 mortes ocorridas no dis-trito de Beja, somente três foram registadas no troço da auto-estra-da do Sul, o que quer dizer que a expressiva maioria teve lugar em vias secundárias.

Para o governador civil de Beja, Manuel Monge, estamos peran-te “um quadro dramático e muito preocupante”. “Se for ver, o número de acidentes são menos, o número de feridos ligeiros são menos, o número de feridos graves são mais e o número de mortos são muitos mais. Isto signifi ca que as pessoas andam muito depressa e quando

batem morrem”, afi rma.Manuel Monge elege a luta con-

tra este quadro como o seu “grande cavalo de batalha” e adverte que há cuidados a ter que precisam de ser mil vezes repetidos. Segundo diz, é preciso que “as pessoas tenham cuidado com as ultrapassagens, quando conduzem em situações de cansaço e sono, porque, nor-malmente, os acidentes são cau-sados por excesso de velocidade, manobras perigosas ou por sono”.

Por outro lado, o general não esconde que é preciso agir e insiste na necessidade de uma repressão mais severa, no sentido de procu-rar prevenir este grave problema.

“Estive em Espanha há alguns dias e ninguém anda nas auto-estradas a mais de 120 km/hora. Mas esses mesmos carros chegam a Portugal e andam a 200. Porquê? Porque têm medo da Guardia Civil e não têm medo da GNR? Porque as multas da Guardia Civil são de tal maneira dissuasoras, que as pesso-as ou pagam ou o carro fi ca lá. São sistemas muito duros, é triste, mas tem de ser. Não vamos lá de outra maneira…”

Alvito

O ministro da Saúde vai mar-car presença no Fórum Saúde – – Alentejo, a realizar nos próximos dias 18 e 19. Além de Correia de Campos, também o Alto-Comis-sário da Saúde, juntamente com outros responsáveis e especialis-tas nacionais e estrangeiros, vão estar presentes na iniciativa or-ganizada pelos Estudos Gerais de Alvito – Associação para o Estudo dos Fenómenos de Globalização e Localização no Centro Cultural daquela vila com o apoio da Câ-mara Municipal local.

Destinada a todos os que “es-tão preocupados com futuro da região do Alentejo e, em particu-lar, aos profi ssionais da área da Saúde”, o Fórum Alentejo – Saú-de pretende “contribuir para a identifi cação de problemas e respectivas soluções que afectam esta região do país, no âmbito da Saúde”.

No primeiro dia do fórum, 18, serão discutidas as temáticas “Demografi a e Saúde no Alente-jo” e “Saúde e Desenvolvimento Regional”. Depois, na terça-feira, 19, realizar-se-ão duas mesas re-dondas, que debaterão o sistema de Saúde para 2020 no Alentejo e também as oportunidades para a região no âmbito das novas for-mas de prestação de cuidados de saúde.

Ministro da Saúde debate sector

Aljustrel

A delegação de Beja do Inatel co-memora 60 anos no próximo dia 16, em Aljustrel. Os festejos serão promovidos em parceria com a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia da vila e ainda com o Centro Republicano de Instrução e Recreio Aljustrelense (Crira). O desporto e a cultura marcam as festividades que têm início às 14h00 com um jogo de damas, que terá lugar na sede do Crira. Segue-se o ténis de mesa no Pa-vilhão Desportivo. Às 16h00, um torneio de pataco anima o bairro de Vale de Oca. Em simultâneo decorre na Piscina Municipal um jogo de Kayak Pólo. Às 17h00, o Messejanense defronta o Jungei-ros no Estádio Municipal. A tarde desportiva termina com um lan-che para todos os participantes. Ao cair da noite, o Anfi teatro da Biblioteca Municipal recebe as restantes comemorações, com a actuação do Grupo de Metais da Banda Filarmónica da Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense e do Grupo Coral dos Mineiros, que será ainda ho-menageado.

Inatel de Bejafesteja 60 anos

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REGIÃO BAIXO ALENTEJO sexta-feira2006.09.1503

“O sistema autárquico não tem fu-turo porque está esgotado. E arrasta as associações de municípios para o abismo. O mais tardar dentro de cin-co ou seis anos há associações que entrarão em ruptura técnica e fi nan-ceira”.

Curto e directo. Francisco Orelha, presidente da Câmara Municipal de Cuba, não deixa margem para quais-quer dúvidas: as câmaras munici-pais vão sentir graves difi culdades e vivem hoje de modo absolutamente irrealista. Em declarações ao “Cor-reio Alentejo”, o autarca do Partido Socialista, líder do município cuben-se desde 1997, afi rma-se “muito pre-ocupado” com o sistema autárquico vigente e aponta para os concelhos do interior um cenário de muitas difi culdades a curto prazo. Como exemplo concreto dá a Câmara que ele próprio preside. Em Cuba as re-ceitas são “as mesmas de há uma quantidade de anos atrás” e, apesar disso, há grandes investimentos que continuam a ser necessários.

“Estou preocupado com o nosso sistema autárquico. Acho que este sistema está esgotado. Não sei se no futuro os concelhos considerados pobres do interior conseguirão so-breviver – sem receitas próprias ou do turismo, e sem derramas”, frisa.

Francisco Orelha defende uma profunda reforma e aponta alterna-tivas para dar a volta ao problema. Segundo refere, muitos dos serviços das autarquias, como a distribuição de água ou recolha de lixo, “têm de passar para empresas privadas”. “No

Presidente da Câmara Municipal de Cuba defende reforma urgente de um sistema autár-quico “esgotado”.

Francisco Orelha prevê “ruptura técnica e fi nanceira” nas associações de municípios dentro de “cinco ou seis anos”.

Municípios. Presidente da Câmara de Cuba, Francisco Orelha, está pessimista com o futuro das câmaras municipais

Autarquias à beira do abismo

futuro, as câmaras têm de fi car com o sistema administrativo e pouco mais”, prossegue Orelha em tom algo pessimista e dando como exemplo os preenchidos quadros de pesso-al que certas autarquias têm ao seu serviço.

“Se todas as autarquias têm a ca-pacidade de endividamento quase esgotada, têm encargos por resolver e não há receitas, eu pergunto de onde é que vem o dinheiro. Não vejo um futuro muito risonho”, desabafa.

Associações de municípios em risco. Por causa deste quadro, Francisco Orelha propõe “uma reforma muito profunda” no sistema autárqui-co, “que não pode ser de um dia para o outro, mas deve ser gradual”. Se não houver uma inversão no actual quadro, ainda na óptica do eleito socialista, as autarquias “irão pres-tar um mau serviço às populações”.

“Depois de um crescimento muito signifi cativo, as câ-mara têm de recu-ar. Têm de deixar de ser a Santa Casa da Misericórdia cá do sítio. A Câmara dá tudo e é tudo grátis. Isso é im-possível”, vinca.

Numa análise ao quotidiano da intervenção muni-cipal, Orelha repete vários exemplos que causam problemas à gestão municipal:

“Constrói-se um pavilhão que custa meio milhão de contos. Toda a gen-te utiliza, estraga e parte. Ninguém quer saber e ninguém paga nada. O mesmo acontece nas piscinas e nas bibliotecas. Como é que isto é possí-vel?”

Segundo Francisco Orelha, que admite poder ter “uma visão mais empresarial” da gestão dos municí-pios, o sistema “está esgotado, bateu no fundo e precisa de uma reforma profunda”.

Por outro lado, prossegue o eleito socialista, “o quadro actual vai refl ectir-se nas associações de municípios”. Isto porque, na sua opi-nião, “a maior par-te estão condena-das ao fracasso” e, “o mais tardar den-tro de cinco ou seis anos, há associações

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

que entrarão em ruptura técnica e fi nanceira”.

“Não está a ser criado um fundo para enfrentar problemas que vão surgir no futuro. Quando terminar o prazo de vida de um aterro sanitário, quanto custa fazer um novo e quem é que paga? Se não houver fundos comunitários, onde iremos buscar o dinheiro? Está criada uma bola de neve que as câmaras não têm condi-

ções de aguentar mais tem-po”, afi ança.

Sem meias pa-lavras Orelha dá

exemplos concre-tos e objectivos: “A recolha do lixo é cobrado a valores baixos e as águas são pagas a meta-de do custo. Isto tem uma vertente

social que é impor-tante, mas a factura

vai surgir no futuro”.

Estadodá presentes“envenenados”O presidente da Câmara Mu-nicipal de Cuba analisa com muita preocupação as linhas em que assenta a nova Lei das Finanças Locais porque, segundo diz, as alterações introduzidas “não favorecem nada” os municípios. “O con-celho de Cuba sai mais uma vez prejudicado. E as refor-mas que têm sido feitas não têm benefi ciado as autar-quias”, resume.Orelha enumera um alarga-do número de exemplos em que o Estado transfere servi-ços e não faz acompanhar a mudança com meios fi nan-ceiros. “É muito trabalho bu-rocrático sem transferência de meios”, reforça o autarca, que entre os exemplos apon-ta as escolas do 1º ciclo do ensino básico, a rede social e os projectos de luta contra a pobreza. “O Estado retira-se

e fi cam as autarquias com a batata quente nas mãos”, acrescenta.Um dos exemplos mais elucidativos apresentado por Francisco Orelha é a desclassifi cação de vá-

rias estradas no Plano Rodoviário Nacional.

Estradas que passa-ram para a esfera das

câmaras e que, daqui a uns anos, precisarão de

obras profundas de manutenção. “É um presente envenena-

do que passa para as autarquias. Se a saú-de é débil, com pre-sentes envenenados

fi ca muito pior”, de-sabafa.

Ferreira do Alentejo

A Câmara Municipal de Fer-reira do Alentejo e a Socie-dade Filarmónica Recreativa local promovem esta sex-ta-feira, 15, a partir das 20h, uma caminhada nocturna. A iniciativa, intitulada “Rota do Cardim”, insere-se no progra-ma da tradicional Feira Anual de Ferreira do Alentejo e com-preende um percurso de 8,2 quilómetros.

A partida é na Praça Co-mendador Infante Passanha, com os participantes da ini-ciativa a passarem depois pe-los lugares de Azinhais, Mata Mulheres, Vale de Judeu e Coi-tos Cardim, até ao regresso a Ferreira do Alentejo.

Caminhadadebaixo do luar

Serpa

À imagem dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Serpa voltou a as-sociar-se à Semana Europeia da Mobilidade e ao Dia Europeu Sem Car-ros, que vão decorrer de 16 a 22 deste mês com uma série de iniciativas subordinadas ao tema “Alterações Climáticas”.

No âmbito da iniciativa, a Câmara de Serpa vai disponibilizar durante os seis dias de duração da iniciativa um mini-autocarro, que gratuitamen-te fará o circuito pela cidade entre as 8h e as 20h, além de um quiosque informativo em permanência na Praça da República, actividades despor-tivas variadas, animação de rua ou palestras informativas.

No dia 22, e de forma a assi-nalar o Dia Europeu Sem Car-ros, vão estar encerradas ao trânsito automóvel a Rua das Portas de Beja, a Rua dos Fi-dalgos e a Rua da Capelinha, o que condicionará a circulação em toda a zona intra-mura-lhas de Serpa, à excepção do Largo de São Paulo, onde está localizado o hospital.

Cidade sem carros nas ruasa partir deste sábado dia 16

Moura

A Junta de Freguesia de Santo Agostinho (Moura) e a delega-ção regional de Beja do Instituto Português da Juventude (IPJ) ce-lebram na quarta-feira, 20, um protocolo de cooperação entre as instituições, “consolidando o primeiro passo do ‘Espaço Gen-te Jovem’”. A iniciativa vai reali-zar-se às 15h na Sala de Sessões da Junta de Freguesia. No âm-bito deste protocolo, estará dis-ponível no sítio da Internet da freguesia a informação do IPJ, enquanto que nas instalações da sala de informática da Junta os jovens de Moura vão poder aceder a um vasto leque de in-formação a eles destinada, as-sim como obter o Cartão Jovem.

Santo Agostinhocoopera com IPJ

Serpa

Eugénio Tava-res d’Almeida é, desde Maio último, o novo gestor e con-servador do Museu do Re-lógio, em Ser-pa. Licenciado em Gestão Turística e Hotelei-ra, Eugénio Tavares d’Almeida esteve durante cinco anos liga-do à indústria da hotelaria de luxo e é desde muito novo um apaixonado pela relojoaria me-cânica. A grande meta do novo gestor e conservador do Mu-seu do Relógio é desenvolver a imagem cultural e comercial do mesmo.

Novo director no Museu do Relógio

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REGIÃO BAIXO ALENTEJOsexta-feira2006.09.15 04

O Governo português, através da Secretaria de Estado da Adminis-tração Local, assinou na tarde da passada terça-feira, 12, no âmbito do Programa de Modernização Ad-ministrativa, contratos de coope-ração fi nanceira com sete Juntas de Freguesia do distrito, além de mais três instituições, no valor de 179.532 euros.

A cerimónia decorreu no Salão Nobre do Governo Civil de Beja e foi apadrinhada pelo próprio se-cretário de Estado adjunto e da Ad-ministração Local, que aproveitou a ocasião para saudar a “capaci-dade de iniciativa e de realização” das entidades apoiadas pelo pro-grama.

“Trata-se de um apoio à concre-tização de projectos já muito sedi-mentados nas vossas comunidades e que cabe ao Estado reconhecer e apoiar”, sublinhou Eduardo Ca-brita, revelando de seguida que os acordos celebrados este ano apre-sentam “duas novidades”.

Secretário de Estado adjunto e da Admi-nistração Local apa-drinhou assinatura de contratos de coopera-ção fi nanceira.

Fazer das Juntas de Freguesia “centros de prestação de serviços” é o objectivo do Gover-no, revelou Eduardo Cabrita.

Protocolo. Acordos assinados entre Governo e diversas entidades do distrito ascendem a 179 mil euros

Governo apoia projectosde sete juntas de freguesia

Por um lado, precisou o secre-tário de Estado, deixou de haver uma “atribuição casuística”, “sem critério” e destituída de “uma vi-são global da dimensão deste pro-grama”, e o momento de selecção das candidaturas foi concentrado num único período para todo o ano, tendo a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) tido “uma participação activa na identifi ca-ção dos critérios de selecção e no acompanhamento das freguesias seleccionadas” [N.d.r.: 377 num total de mais de 800 candidaturas apresentadas em todo o país]. Por outro lado, verifi cou-se igualmen-te uma alteração na priorização da “natureza” dos projectos apoiados.

No distrito de Beja, foram fi nan-ciados os projectos de valorização e modernização dos serviços da Jun-ta de Freguesia de Senhora da Gra-ça dos Padrões, de novos caminhos em Santo Aleixo da Restauração, de modernização do equipamento e mobiliário da Junta de Freguesia do Sobral da Adiça, de moderni-zação na Junta de Vidigueira, de implementação do programa “Fre-guesia Interactiva” em Barrancos, de reabilitação e equipamento das instalações da Junta de São Miguel do Pinheiro e de remodelação dos serviços na Junta de Freguesia de Santana de Cambas.

Foram igualmente apoiados os projectos de ampliação da Casa Mortuária de Baleizão e do sa-lão paroquial da Igreja Matriz de Cuba, e da ampliação e alteração do edifício-sede do Centro Popular dos Trabalhadores dos Penedos, no concelho de Mértola.

Juntas a prestar serviços. O secre-tário de Estado adjunto e da Admi-nistração Local aproveitou a ceri-mónia de assinatura dos contratos de cooperação fi nanceira entre Es-tado e instituições locais para reve-

lar aquela que é a visão do Governo sobre o futuro papel das Juntas de Freguesia.

“As freguesias têm de ser, cada vez mais, centros de prestação de serviços à comunidade. E dentro das freguesias, a nova Lei das Fi-nanças Locais começa a fazer aqui-lo que era solicitado pelo congresso da Anafre, ou seja, uma distinção em função da natureza das fregue-sias”, explicou Eduardo Cabrita, lembrando que a realidade duma Junta de Freguesia em Lisboa ou no Porto é “diferente” duma Junta de Freguesia em sede concelho ou numa localidade fora da sede de concelho.

Nesse sentido, concluiu o gover-nante, as Juntas de Freguesias têm de ser cada vez mais encaradas “como entidades prestadoras de serviços”, como aconteceu já este ano, em que um milhar de Juntas de Freguesia apoiou, através dos seus serviços, a entrega de declara-ções de IRS por via digital.

Comício. Secretário-geral do PCP esteve no Baixo Alentejo “em defesa da Segurança Social”

Jerónimo ataca Sócrates em BejaO secretário-geral do PCP conside-rou “cínico” o apelo de José Sócrates à adesão de outros partidos ao pacto entre PS e PSD para a reforma da Jus-tiça, acusando o Governo de ter dado uma “machadada” no Parlamento.

“É cínico e, no mínimo, contra-ditório, o PS apelar agora à adesão de todos, quando apenas negociou com o PSD”, disse Jerónimo de Sou-sa, lembrando os encontros entre os vários partidos e o Ministério da Jus-tiça durante a primeira fase de nego-ciações, em que “o PCP apresentou propostas positivas”.

O líder dos comunistas falava aos jornalistas, em Beja, no sábado, nove, no fi nal de um encontro com a população, inserido na campanha

do PCP em defesa da Segurança So-cial.

O primeiro-ministro e líder do PS apelou sexta-feira, oito, à adesão de outros partidos com assento parla-mentar ao acordo assinado entre PS e PSD para a reforma da Justiça.

Considerando que se trata de “um acordo muito importante, porque as propostas de lei que vão ser apre-sentadas pelo Governo na Assem-bleia da República dizem respeito às questões basilares do Estado de Di-reito”, o primeiro-ministro defendeu a necessidade de um “apoio muito alargado”.

“Gostaria de ver outros grupos parlamentares associados a esta re-forma. Quanto maior o consenso na

Assembleia da República tanto me-lhor para a Justiça e para Portugal”, defendeu Sócrates.

“Depois do diálogo, o Governo faz um negócio com o PSD e depois vem pedir consensos? Em torno de quê?”, questionou um dia depois Jerónimo de Sousa, deixando uma sugestão: “Porque não se tentou esse consenso na fase de negociações?”.

Jerónimo de Sousa considerou haver “muita hipocrisia” no pacto PS-PSD, realçando que o acordo “vai conduzir, inevitavelmente, à expro-priação do papel da Assembleia da República (AR), que seria discutir e aprovar as propostas de lei” para a reforma da Justiça.

“Imaginem como será os deputa-

dos a discutir questões previamente acordadas e seladas por dois parti-dos que têm mais de dois terços na AR”, disse, acusando o Governo de ter dado “mais uma machadada” no Parlamento.

Jerónimo de Sousa garantiu que o PCP, “no plano estruturante, irá rejeitar qualquer proposta” para a reforma da Justiça apresentada no âmbito deste pacto, que – referiu – “está obrigado ao acordo entre o PS e o PSD”.

De acordo com o dirigente comu-nista, o pacto é “apenas uma assina-tura de notário, que confi rma a ideia de que o PS está a fazer aquilo que a direita faria se estivesse no poder”.

“É exemplo de que a direita dos

interesses encontra neste Governo um parceiro ideal para realizar uma política que tem levantado grandes difi culdades de oposição ao PSD e ao CDS-PP”, continuou, conside-rando que, na assinatura do pacto, o líder do PSD “esteve bem”.

“Marques Mendes vem procurar capitalizar uma política que ele pró-prio gostaria de realizar”, rematou.

PS e PSD assinaram sexta-feira, oito, no Parlamento, um acordo po-lítico-parlamentar com incidência em muitas matérias na área da Jus-tiça, entre as quais as revisões dos códigos Penal e de Processo Penal, e um conjunto de propostas que o Go-verno se comprometeu a apresentar no prazo limite de 180 dias.

Autarquias têmde ser solidáriasÀ margem da cerimónia de terça-feira, 12, o secretário de Estado adjunto e da Administração Local lamentou, em declarações à comunicação social, a “falta de solidariedade” de algumas autar-quias para com o esforço empreendido pelo Governo de contenção nas contas públicas.Eduardo Cabrita referia-se assim à polémica criada por alguns au-tarcas em torno da nova Lei das Finanças Locais, reprovando os municípios que enveredaram por operações de venda de créditos futuros à banca, proibidas pela actual e futura legislação no caso das autarquias que tenham excedido a sua capacidade de endivi-damento.“Independentemente dos subterfúgios de designação, o Tribunal de Contas já se pronunciou, classifi cando-as como empréstimos não admitidos”, disse, acrescentando: “[Estas atitudes] Revelam uma falta de solidariedade com o esforço de contenção do défi ce orçamental e uma postura surpreendente de alguns autarcas, de-pois de meses de trabalho em conjunto”.A ocasião foi ainda aproveitada pelo governante para reiterar que a dívida global dos municípios, está, de facto, “perto dos oito mil milhões de euros”.

Eduardo Cabrita apadrinhou assinatura de protocolos em Beja

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sexta-feira2006.09.1505

Situada a pouco mais de uma dezena de quilómetros da sede de concelho, Santa Bárbara de Padrões é a segunda maior freguesia em termos popula-cionais do município de Castro Verde e vive, de momento, com os mesmos problemas que outras freguesias do distrito: o despovoamento é cada vez maior e falta o emprego que fi xe os mais jovens.

Este é, pelo menos, o retrato feito pelo presidente da Junta de Fregue-sia, que em declarações ao “Correio Alentejo” não evita o desabafo típico de quem não perspectiva uma outra realidade para Santa Bárbara de Pa-drões sem a Somincor, empresa que explora o jazigo mineiro localizado no subsolo da freguesia e emprega grande parte dos seus cerca de 1100 habitantes.

“Sem a Somincor nem sei como seria ou o que fariam as pessoas aqui nesta zona”, exclama Manuel dos Santos, que ainda assim diz acreditar na possibilidade de que a “confi rmar-se” o empreendimento turístico pre-visto para a Herdade da Cavandela, em Castro Verde, sejam criados mais e novos postos de trabalho no con-celho, o que benefi ciará, por arrasta-mento, Santa Bárbara de Padrões.

Por enquanto, é a empresa minei-ra quem vai assegurando grande par-te dos empregos na freguesia, junta-mente com a Câmara Municipal de Castro Verde, mas tal não é sufi ciente para segurar os mais jovens nos nove lugares da freguesia.

“É sempre muito difícil segurar a juventude… Para já, acabam os es-tudos e não há empregos. Depois, o

Mina de Neves-Corvo continua a ser a gran-de empregadora na freguesia de Santa Bárbara onde a falta de terrenos para construção de casas é uma das maiores preocupações.

Freguesias. Economia de Santa Bárbara de Padrões ainda depende muito da mina de Neves-Corvo

“Sem a Somincor não sei como seria”

outro grande problema que temos é a habitação. Não há terrenos para novas construções em Santa Bárba-ra de Padrões há uns 10 anos”, vinca Manuel dos Santos.

De momento, está previsto um pequeno loteamento para novas habitações num terreno em frente à escola básica local, mas segundo o autarca eleito pela CDU foram já muitos os jovens casais a optarem por viver em Castro Verde pelo facto de em Santa Bárbara de Padrões se terem passados muitos anos “sem um único metro quadrado para se construir”.

“E nem sequer é o problema do PDM. São mesmo os proprietários dos terrenos, que não estão nada interessados em vender. A Câmara [de Castro Verde] tem tentado com-prar, mas sem sucesso, porque os proprietários não querem vender ou então pedem preços enormíssimos”,

esclarece Manuel dos Santos.

Acessibilidades e saneamento. Apesar de preocupado com o futuro da freguesia, Manuel dos Santos não deixa de ser um presidente relativa-mente satisfeito com o que a sua ter-ra tem no presente.

“Estamos servidos há vários anos pelas infra-estruturas básicas mais importantes, como água, saneamen-to ou lixo. Isso tudo já está feito há muitos anos. Agora, a nossa priorida-de são os espaços verdes. Porque se queremos que as pessoas se fi xem, também temos de lhes embelezar as suas terras”, revela.

As acessibilidades são, contudo, um aspecto que Manuel dos Santos pretende ver melhorado na fregue-sia de Santa Bárbara de Padrões. “Foi feito um esforço muito grande pela Câmara Municipal [de Castro Verde] nos últimos dois anos, ao re-parar todas as estradas. Foram feitos uns remendos e nós gostávamos que fosse feita uma via de Neves da Gra-ça a Castro Verde. Mas uma estrada a sério, mais larga e com bom piso. Isso é fundamental para a freguesia”, sublinha.

Além desta via, Manuel dos San-

CARLOS PINTOJOSÉ TOMÉ MÁXIMO

REGIÃO REPORTAGEM

tos anseia também por ver “melho-radas” as ligações entre os Viseus e a Galeguinha e entre A-do-Corvo e A-dos-Mestres. “Comparadas com outras estradas que a gente conhece, elas até não estão muito ruins. Mas gostávamos de as ver ainda melho-res”.

Relativamente ao abastecimento público de água e saneamento, Ma-nuel dos Santos revela que a rede ac-tual abrange a totalidade da fregue-sia, mas não esconde que gostaria de ver aprovado pela União Europeia o projecto de abastecimento de água em alta da Associação de Municí-pios Alentejanos para a Gestão do Ambiente, no âmbito do qual Santa Bárbara de Padrões passaria a ser abastecida a partir da Barragem de Santa Clara.

“Isso resolveria todos os nossos problemas. É que hoje temos água, mas amanhã não sabemos… Este Verão, por exemplo, correu tudo bem e não houve problema nenhum, mas no ano passado tivemos muita falta de água. Tiveram mesmo de ser os bombeiros a dar-nos uma ajuda”, conclui o autarca.

ASSOCIATIVISMO

INVESTIMENTO

LUCERNAS

O “prazer” de ser presidenteO papel de um presidente de Junta de Freguesia não se confi na às paredes de um gabinete. Numa freguesia rural como a de Santa Bárbara de Padrões, o presidente tem de emprestar a sua mão ao mais variado serviço, o que não provoca qualquer tipo de cons-trangimento ou embaraço a Manuel dos Santos.“Dentro do Poder Local, ser presidente de Junta de Freguesia é das coisas mais interessantes. Há o contacto directo com as pessoas no dia-a-dia e isso dá-nos gozo e prazer”, revela o autarca, eleito em 2001 e reeleito em 2005, depois de já ter sido presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Padrões entre 1985 e 1989.Garantindo não ser “homem de fi car no gabinete”, Manuel dos Santos percorre os lugares da freguesia “todos os dias”, no senti-do de “contactar com as pessoas” e detectar os problemas que vão surgindo. “São os fregueses que nos vão alertando das falhas que há. Se não fosse assim, a gente não conseguia chegar a uma aldeia e saber todos os seus problemas”, esclarece.

Manuel dos Santos

NOME: Manuel dos Santos Marques

IDADE: 47 anos

NATURALIDADE: Viseus (Santa Bár-bara de Padrões)

CARGO: Presidente da Junta de Fre-guesia de Santa Bárbara de Padrões eleito pela CDU e funcionário da Câmara de Castro Verde

PERCURSO: Eleito autárquico desde 1981; presidente da Junta de Fre-guesia de Santa Bárbara de Padrões entre 1985 e 1989 e, agora, desde 2001

PERFIL

Santa Bárbara de Padrões possui associações em todos os lugares da freguesia. Contudo, apenas duas ou três colectivida-des revelam algum dinamismo. As restantes, diz Manuel dos Santos, pouco podem fazer pois “não há gente”. “Por muito boa vontade que tenhamos, somos tão poucos que é complicado fazer alguma coisa”, desabafa.

Sem grande disponibilidade fi nanceira, a Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Padrões depende bastante da Câmara de Castro Verde para qualquer tipo de investimento. Neste momento, a aposta passa pelos espaços verdes, estando a ser construído um novo jardim na Sete. Quanto a investimentos privados, nada está previsto para a freguesia nos próximos tempos.

As lucernas romanas descober-tas em 1994 junto ao cemitério de Santa Bárbara de Padrões constituem uma das principais riquezas patrimoniais da fre-guesia. Neste momento, o espó-lio de lucernas está exposto em Castro Verde, mas a breve prazo será criado um pólo do Museu da Lucerna na sede da Junta de Freguesia.

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RETRATO 7 DIASRESUMO DA SEMANA • AS ESCOLHAS DO CORREIO ALENTEJO • OPINIÕES • INQUÉRITOS • IMPRENSA • EFEMÉRIDES • HOJE É SEXTA

1438. O rei D. Duarte (1391-1438) morre em Tomar. O seu fi lho sobe ao trono com o nome de Afonso V.

1973. Criação do Movimento das Forças Armadas

2005. Faleceu Tarzan Taborda, lutador de luta livre português.

1765. A liberdade do comércio com todos os domínios é estabelec-ida em Portugal.

1911. Reconhecimento conjunto da República portuguesa pelas grandes potências europeias, todas com um sistema político monárquico: Grã-Bretanha, Espanha, Alemanha, Itália e Áustria-Hungria.

1923. Miguel Primo de Rivera toma o poder em Espanha, estabe-lecendo um regime ditatorial.

1960. Foi criada a OPEP - Organiza-ção dos Países Exportadores de Petróleo no Iraque.

2003. Suecos rejeitam aderir ao Euro.

1276. Pedro Julião, bispo português mas também médico e matemático, é eleito Papa com o nome de João XXI.

1438. Faleceu o Rei Duarte de Portugal.

1500. Expedição de Pedro Álvares Cabral chega a Calecute, após descobrir o Brasil.

1297. O Tratado de Alcanises defi ne a fronteira entre Portugal e Castela.

1871. O romancista Júlio Diniz, pseudónimo de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, morre no Porto. Escreveu Uma Família Inglesa, AMorgadinha dos Canaviaise Os Fidalgos da Casa Mourisca.

1891. O poeta Antero de Quental suicida-se num banco de jardim em Ponta Delgada.

1997. Chega a Marte a sonda Mars Global Surveyor.

2001. Ataque terrorista às Torres Gêmeas de Nova Iorque e ao Pentágono em Washington.

q_13 OFERTA DE LIVROS NA VIDI-

GUEIRA. A Câmara Munici-pal da Vidigueira termina nesta quarta-feira a entrega gratuita de livros escolares aos 400 alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico do concelho. O objec-tivo, segundo o município, é “aligeirar” as despesas das famílias na educação.

O sistema autárquico não tem futuro porque está esgotado. E arrasta as associações de muni-cípios para o abismo.

Francisco Orelha | Presidente da Câmara Municipal de Cuba“

CORREIO AZUL

ANTÓNIO JOSÉ BRITO*

director do CORREIO ALENTEJO*

Participar

ACâmara Municipal de Beja iniciou esta se-mana um conjunto de sessões com as po-pulações e respectivas juntas de freguesia.

O objectivo é conhecer as propostas e os desejos de cada terra e, depois, dentro da razoabilidade e das possibilidades fi nanceiras, inscrever os pro-jectos no Orçamento Municipal de 2007. Com esta iniciativa de participação popular, a autar-quia pretende obter uma maior participação das pessoas e, na intervenção que vai desenvolver ao longo do próximo ano, espelhar as ambições de cada freguesia. Sendo uma prática tão grata à esquerda, este tipo de intervenção não tem sido adoptado pela generalidade das autarquias do distrito de Beja. Curiosamente, nos últimos anos, só três câmaras adoptaram este procedimento: Aljustrel, Serpa e Almodôvar – as primeiras são comunistas e a terceira do PSD, embora com um presidente ex-comunista. Considerando que se trata de uma intervenção justa, que põe as pesso-as no centro da governação, é importante subli-nhar como muito positivo este passo agora dado pelo município bejense.

JERÓNIMO EM BEJA. O secre-tário-geral do PCP considerou “cínico” o apelo de José Sócra-tes à adesão de outros partidos ao pacto entre PS e PSD para a reforma da Justiça, acusando o Governo de ter dado uma “machadada” no Parlamento. O líder dos comunistas falava em Beja, no fi nal de um encontro com a população.

d_10 DOMINGO s_11 SEGUNDA

MUNDIAL DE PESCA AO ACHIGÃ EM ALQUEVA. Cerca de 50 pescadores de oito países participam no segundo Campeonato do Mundo de Pesca Desportiva Embarcada ao Achigã, que decorre de segunda a quinta--feira em Alqueva. A prova é disputada por um total de 24 equipas.

QUIOSQUE DIA-A-DIA

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

Os professo-res portugue-ses mantêm-se como os terceiros mais bem pagos no rankingdos 30 países da Organi-

zação de Cooperação e de Desenvolvimento Económi-cos (OCDE). A revelação foi feita por Ben Jensen, res-ponsável do departamento de estatísticas da educação deste organismo.

“PÚBLICO”

Os dirigentes da Associa-ção Sindical dos Juízes Portugue-ses (ASJP) manifesta-ram “sérias reservas”

quanto a alguns pontos do acordo sobre Justiça assina-do entre o PS e o PSD, sobre os quais dizem não ter sido consultados e já pediram “audiências” ao Governo e aos grupos parlamentares.

“DIÁRIO DE NOTÍCIAS”

A crise dos números vai ser comba-tida com milhões. O Ministérioda Educação vai fi nanciar, com nove

milhões de euros, reparti-dos em três anos, a maioria dos projectos apresentados pelas escolas no âmbito do Plano de Acção para a Matemática para os 2.º e 3.º ciclos.

NO MESMO DIA...

s_09 SÁBADO t_12 TERÇA

“JORNAL DE NEGÓCIOS”

O Governa-dor do Banco de Portugal admitiu que a autoridade mo-netária poderá voltar a rever em alta as suas previsões para

o crescimento da economia portuguesa. Constâncio afi rmou ser “possível que a dinâmica do segundo trimes-tre venha a justifi car uma revisão em alta das nossas previsões”.

“JORNAL DE NOTÍCIAS”

O Sindicato dos Traba-lhadores da Indústria Mi-neira (STIM) acusou a concessioná-ria das minas de Aljustrel,

a empresa Eurozinc, de “fugir” à compensação sa-larial e às novas admissões prometidas aos mineiros para o início dos trabalhos preparatórios da retoma da laboração.

FRASE DA SEMANA

q_14MAIS DORMIDAS NO ALEN-TEJO. O número de dormidas nos estabelecimentos hotelei-ros da região Alentejo cresceu 4,6% em Julho passado, com-parativamente com o mesmo mês de 2005. Os dados são do Instituto Nacional de Estatís-tica e referem-se aos distritos de Beja, Évora, Portalegre e ao Litoral Alentejano.

QUARTA

“VISÃO”

No 5º ani-versário dos atentadosde 11 de Setembro, o Presidentedos EUA pediu aos americanos

que “ponham de lado di-ferenças” para vencerem o terrorismo. As palavras de Bush surgem numa altura em que várias sondagens sugerem profundas divi-sões entre os americanos.

QUINTA

OLHÓ BONECO!... ONOFRE VARELA

SERPA E BEJA ARRANCAM COM DERROTAS. Duasequipas do distrito de Beja entram em competição no Campeonato da 3ª divisão nacional. O FC Serpa estreia--se em casa a perder, com o Amora (0-1). Em Setúbal, contra a formação “B” do Vitória, o Desportivo de Beja saiu derrotado (0-1).

MUNICÍPES ESCUTADOS EM BEJA. A Câmara de Beja dá, em Baleizão, o “pontapé de saída” do projecto “Mu-nicípio Participado”, uma iniciativa que vai percorrer todas as freguesias do conce-lho e que pretende envolver a população nas decisões autárquicas. O projecto pro-longa-se até 19 de Outubro.

06sexta-feira2006.09.15

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RETRATO 7 DIAS

NÚMEROAI AA FIGURAV

NEGATIVO TEMPO...

CELEBRA-SEVAI A TEMPO...

AINDA VAI A TEMPO...

“CA” SELECCIONA

a empresa//Construções Cláudino GonçalvesRua José Moedas, 16 - cave7800-187 Bejawww.construcoesclaudino.com

A empresa Construções Claudino Gonçalves, Lda, foi constituída em fi nais de 1998, data em que ini-ciou a sua actividade. Tem como objectivo fulcral “a total satisfa-ção” dos seus clientes. “Para o efeito procuramos cumpri-lo nas obras que apresentamos, já que estas refl ectem o nosso esforço e vontade de fazer sempre me-lhor”, explicam.

blog//Falar da GenteEndereço: http://falardagente.blogspot.com

“Falar da Gente” assume-se como “um ponto de refl exão sobre políticas regionais”. Ao leme tem António Nascimento, conhecido militante socialista da cidade de Beja, que dá a cara por um conjun-to regular de opiniões. Umas vezes certeiras, outras nem por isso. É a vida!

o sítio//Azeites do AlentejoEndereço: www.azeitesdoalentejo.com

“O azeite tem um lugar bem específi co e, por vezes, insubsti-tuível no plano gastronómico. Ele preserva e respeita, ao mesmo tempo que ajuda a revelar o ver-dadeiro sabor dos ingredientes de cada prato”. Parta à descoberta do Azeite do Alentejo neste sítio alentejano.

Agostinho Paiva da CunhaComandante do Regimento de Infantaria de Beja

O comandante do Regimento de Infantaria 3, de Beja, concluiu a sua missão em Agosto e terá um substituto no próximo dia 20. Para trás fi ca um trabalho correcto e per-sistente para tentar aproximar a cidade do seu histórico Regimento. O ponto alto foi, sem dúvida, a celebração dos 200 anos da unidade, no passado mês de Maio.

30

Sinistralidade rodoviária

O aumento brutal do número de mortos nas estradas do distrito de Beja é uma péssima notícia. Infelizmente, nos primeiros 10 me-ses deste ano, houve mais 58% de vítimas do que em igual período de 2005. Um valor lamentável que merece muita refl exão.

Francisco Orelha

Numa região habituada a meias-palavaras e “paninhos quentes”, o presidente da Câmara de Cuba estabelece a diferença. A sua análise fria e dura do contexto em que vivem actualmente as autarquias locais é uma pedrada no charco a registar.

As estradas do distrito de Beja estão a matar mais do que nunca. Em oito meses morreram 30 pessoas ao volante, o que signifi ca um aumento de 59% relativamente ao mesmo período de 2005. É um número muito preocupante que carece de refl exão profunda.

FOTO DA SEMANA

O processo de retoma da explo-ração da mina de Aljustrel pros-segue em bom ritmo. Na passada quinta-feira, sete, mereceu mesmo uma cerimónia formal para assinalar o início desta nova fase. Presentes estiveram o CEO da Eurozinc, João Carrêlo, e o presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, José Godinho. Com este acto simbólico foi dado mais um passo rumo a uma das ambições maiores da população do concelho de Aljustrel.Encerrada há mais de 15 anos, a histórica mina foi sempre um su-porte muito importante da eco-nomia local. O seu encerramento causou muitas difi culdades que, ao longo dos anos, foram mi-noradas mas nunca totalmente resolvidas. Este novo ciclo que se aproxima é há muito ansiado pelos aljustrelenses. Depois de tanto esperar, a população pode preparar-se para um novo ciclo de dinâmica económica e social.

HOJE SEXTA.JULHO.2006

15Dia de Nossa Senhora das Dores

ALJUSTRELQuatro dias de festa jovem

Arrancam esta sexta-feira, 15, em Aljustrel, a nona edição das Jornadas da Juventude. Música, desportos radicais e uma LAN partysão alguns dos destaques da iniciativa pro-movida até segunda-feira, 18, pela Câmara Municipal. Esta sexta-feira, a partir das 18h, há um encontro de bandas de garagem, com a presença dos Rock At, Abandalhados e Payasos Dopados. À actuação destas três bandas segue-se mais à noite a música reg-gae dos One Sun Tribe e Sativa. No sábado, 16, há a destacar uma LAN party a partir das 10h. Às 22h actuam no Parque Desportivo os Tóca A Rufar, Ez Special e os DJ’s Miko e Vaz. Para domingo, 17, estão previstas actividades radicais e desportivas no Jardim Público e Pra-ça da Resistência a partir das 10h, enquanto à tarde, às 16h, será exibido o fi lme animado “Cars”. As IX jornadas da Juventude de Aljustrel terminam na segunda-feira, com um jogo ambiental e a iniciativa “Ser Adulto Também não é Fácil” na Escola Secundária.

POSITIVO

258º dia do ano no calendário gregoriano (259º em anos bissextos).

Faltam 107 para acabar o ano.

alentejanos da história

Júlio Marques de VilhenaMinistro e governador do Banco de Portugal

Júlio Marques de Vilhena foi um dos mais importantes e infl uentes políticos portugue-ses no virar do século XIX para o século XX. Nascido a 28 de Julho de 1845 em Ferreira do Alentejo na antiga Rua da Liberdade – que hoje tem o nome de Conselheiro Júlio de Vilhena em sua homenagem –, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra.Começou então a cultivar um importante papel nos meandros da política nacional. Juiz do Tribunal Constitucional e Par do Reino, foi durante a monarquia constitucional mi-nistro da Justiça, dos Negócios Eclesiásticos e da Marinha e Ultramar sob a presidência do histórico Fontes Pereira de Melo, na altura chefe do Partido Regenerador (PR).Assumiu, entre 1893 e 1895, a direcção política do jornal “O Universal”, o órgão ofi cial do PR. Daí rumou ao Banco de Portugal, tornando-se o seu terceiro governador até 1907. Paralelamente, foi ainda Presidente da Academia Real das Ciências, director do “Jornal Económico” e do “Diário Popular”, fundador e presidente da Liga Naval.Com a implantação da República em 1910, afastou-se da política activa e dedicou-se à sua outra grande paixão, a investigação histórica, tendo publicado obras como Antes da República – Notas Autobiográfi cas (1874-1910), D. Pedro V e o seu Reinado ou Ferreira do Alentejo – Documentos para a sua História.Júlio Marques de Vilhena faleceu a 27 de Dezembro de 1928, vítima de arteriosclerose.

PROVÉRBIOS TEMPO...

POPULAR“Em Setembro, vai andando e vai comendo."

AGRÍCOLA/TEMPO“Setembro molhado, fi go estragado.“

Retomaavança na minade Aljustrel

JOSÉ TOMÉ MÁXIMO

07 sexta-feira2006.09.15

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EDITORIAL • COMENTÁRIOS • DEBATES • BLOGS • RECORTES DA IMPRENSA

ANÁLISES & OPINIÃO

RECORTES FRASES FEITAS

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José BritoEditor: Carlos PintoRedacção: Luís Lourenço, Paulo Nobre, José Tomé Máximo (fotografi a)Paginação: Pedro MoreiraInfografi a: I+G - www.imaisg.com Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Cláudia Gonçalves e Napoleão MiraColunistas: António Revez, Carlos Monteverde, João Espinho, Jorge Serafi m, Miguel Rêgo, Paulo Barriga, Rodeia Machado, Rui Sousa Santos, Sandra Serra e Vítor EncarnaçãoProjecto Gráfi co: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: Fernando Cotovio [967 818 953]

Redacção, administração e publicidadeRua Dr. Diogo Castro e Brito, 6 – 7800-498 BejaTel. 284 329 400 | 284 329 401 Fax 284 329 402 | e-mail: [email protected]

Propriedade: JOTA CBS – Comunicação e Imagem Lda. - NIF 503 039 640Depósito Legal nº 240930/06Registo ICS: 124.893Tiragem semanal: 3.000 exemplaresImpressão: Gráfi ca Funchalense

Num país onde a justiça funciona mal, e muitas vezes não funciona, é di-fícil que outros sectores

consigam ter uma evolução nor-mal. Portugal é um desses países, onde há demora na conclusão dos processos, impunidade reiterada da fuga fi scal, hesitações no ata-que aos crimes de colarinho bran-co, difi culdades de notifi cação dos arguidos, excessiva burocracia e canais pouco oleados entre tribu-nais, que protelam e tornam mui-tos casos irresolúveis. Ou seja, são arquivados ou prescrevem.

Estamos, pois, perante um qua-dro negro que põe em risco o Es-tado de Direito e complica muito o normal funcionamento das ins-tituições e da vida dos cidadãos. Daí que o acordo agora alcançado, entre PS e PSD, para operar uma profunda reforma na justiça portu-guesa, seja uma excelente notícia sob dois prismas.

Em primeiro lugar, porque são criadas condições para uma verda-deira reforma que consiga alterar a situação actual. É preciso mais efi cácia, celeridade e transparên-cia. Esperemos que os políticos tenham habilidade e saber para criar condições de alcançar esses resultados.

Em segundo lugar, a notícia é boa porque mostra o entendimen-to dos dois maiores partidos numa área vital para a sociedade portu-guesa. Colocando o bom senso e os interesses do país acima de tudo o resto, socialistas e social-de-mocratas dão um exemplo de seriedade. E demonstram que ainda é possível reabilitar a credibilidade dos partidos em Portugal.

Na verdade, devem ser poucos os cidadãos que não estão fartos de lutas fúteis e sem resultados práticos, apenas em nome de um partidarismo bacoco. Tenhamos esperança que este acordo faça escola e que, tanto quanto possível, haja espaço para o envolvi-mento de mais forças partidárias, reforçando com isso a legitimi-dade e a solidez de outras reformas que tanta falta fazem.

Devem ser poucos os cidadãos que não estão fartos de lutas fúteis e sem resultados práticos, apenas em nome de um partida-rismo bacoco.

ANTÓNIO JOSÉ BRITO

ponto cardealmédico*

Velhos do Restelo

I.Em última análise todos somos conserva-dores. Todos. A resistência à mudança é um fenómeno por demais estudado, em espe-cial dentro das organizações empresariais.

O fenómeno é compreensível e tanto mais eviden-te quanto as mudanças em questão nos tocam de perto, têm infl uência no nosso dia-a-dia pessoal ou interferem directamente connosco no plano laboral. A mudança é vista como ameaça, gera desconforto, entra no terreno do imaterial, do que se tem medo. Em maior ou menor grau todos passamos por isto, quando confrontados com a mudança.

A estratégia de mudança (seja a mudança em cau-sa de que tipo for) tem regras, que convém cumprir. Há vantagens evidentes em fazer interiorizar, em to-dos os potenciais agentes da mudança, as razões da necessidade da dita, há que envolver esses agentes no próprio processo de mudança. Convém ter algu-ma noção do ritmo possível, resistindo à possibili-dade de se ir depressa demais. Cada etapa deve ser sentida e interiorizada, absorvida pelas pessoas que fazem a organização, e só depois esta estará prepara-da para novo salto qualitativo.

Porque a qualidade é parte integrante da mu-dança. Imprimir mudanças em qualquer organiza-ção sem garantir a qualidade do que se faz e fará é aumentar a entropia, sem se conseguir garantir a qualidade da mudança. Quando se pretende mudar quer-se mudar para melhor, é algo assumido desde a partida do processo. Torna-se, então, fundamental avaliar-se o que se faz, perceber-se os comos e por-quês de actos e procedimentos, desconstruindo o conjunto das actividades e reconstruindo-as segun-do a nova lógica, com mecanismos de redundância que garantam a sua efectividade. Esta actividade de modelamento, de desconstrução e reconstrução, é forçoso que seja conduzida com o total envolvimen-to dos actores envolvidos nos processos em análise. Se não o for, tudo falha.

II. Entre muitas outras áreas, a política vai, hoje em dia, beber muito às teorias da gestão das organiza-ções e à psicologia organizacional. Conta-se que du-rante a campanha eleitoral que o levou, pela primei-ra vez, à Casa Branca, Bill Clinton tinha, na parede oposta à sua secretária no gabinete de trabalho, um grande cartaz que dizia “It´s the economics, stupid!”(É a economia, estúpido!). Hoje, muito por via da globalização e do neo-liberalismo, mas, também, por valores que serão, eventualmente, muito mais europeus que norte-americanos, convém que quem decide tenha bem presente algo de semelhante. Algo que, percebendo a importância fundamental da eco-nomia na vida de todos nós, não dê o primado ab-soluto aos números em detrimento daquilo que os

“Como a descentralização administrativa do actual califado de Lisboa está a colocar a taifa de Beja sob a dependência da taifa de Évora, é tempo do pessoal fazer um regresso ao pas-sado, a única forma de nos libertarmos do califa de S. Bento.”

José Raul Santosin “Diário do Alentejo” 08.09.2006

“O actual quadro parla-mentar é talvez o mais enquistado, mais medíocre e menos livre das últimas três décadas, o que coloca uma questão fundamental à crise de representação política em Portugal. Não parece ser isso, todavia, o que preocupa o actual chefe do Governo.”

Vicente Jorge Silvain “Diário de Notícias” 13.09.2006

“As Fundações com no-mes sonantes: Luís Figo, Joe Berardo, Stanley Ho, etc. Investiguem quanto é que elas gastam real-mente em fi lantropia e quanto é que recebem de volta em isenções fi scais e outros benefícios concedi-dos pelo Estado.”

Miguel Sousa Tavaresin “Expresso” 09.09.2006

EDITORIAL

Bom sinal

sexta-feira2006.09.15 08

deve justifi car – as pessoas, todos nós. São as pessoas, estúpido(s)!

Em Portugal reinou o laissez-faire. Durante muitos anos, tempo demais. Adiaram-se, até ao limite, mu-danças que todos sabemos necessárias. Mudanças que nem sempre serão, pelo menos numa primeira etapa, do agrado de muita gente. Mudanças que são geradoras de alguma sensação de insegurança. Para além da inevitabilidade da mudança gera-se o senti-mento incómodo do nevoeiro no ponto de chegada. Tudo isto deveria facilitar a convergência no ponto de partida. E facilitar o dissipar do nevoeiro no ponto de chegada.

III. Assistimos, em diferentes áreas, a uma absurda defesa da resistência à mudança. A defesa cega do que está, a qualquer preço. Mesmo que o preço seja uma caminhada na direcção clara do abismo. De-fender os interesses das pessoas não é consentâneo, por vezes, com a defesa dos interesses de grupo, seja qual for a natureza do grupo. E convém não esque-cer que o grupo é, ele também, constituído por pes-soas. O grande perigo é que, nestas circunstâncias, aumenta incomensuravelmente a probabilidade da impredictabilidade do ponto de chegada. Não há teorias políticas científi cas que nos valham. E num contexto destes, o conservadorismo, como reacção compreensível ao temor da mudança, transforma-se no mais absoluto reaccionarismo. E para reaccioná-rio já nos chegou o Velho do Restelo.

PS 1- Totalmente de acordo com o que o Rodeia Ma-chado escreveu, nesta mesma coluna, na passada se-mana. Para que conste.

PS 2- Veja-se o que aqui se escreveu sobre a questão das Maternidades. As enormidades ditas pelo dr. Men-des e pelo sr. Sousa. E a resposta que lhes foi dada pelas mães de Elvas.

RUI SOUSA SANTOS*

Assistimos, em diferentes áreas, a uma absurda defesa da resistência à mudança. A defesa cega do que está, a qualquer preço. Mesmo que o preço seja uma caminhada na direcção clara do abismo.

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ANÁLISES & OPINIÃO

Eu sou dos que vejo com tristeza que os jornais desportivos vendem mais no nosso país que quaisquer outros.

Em qualquer lugar público é vulgar ver um português de qualquer condição social com a “A Bola” ou o “ Record” debaixo do braço. Para ler os comentários ao jogo do seu clube, como correram os treinos da semana, ver se o joelho do Mantorras ainda existe, se o Carlos Martins está outra vez lesionado ou se algum clube comprou mais um brasileiro, bom de bola e que chuta com os dois pés.

Por uns momentos esquece-se o dia-a-dia que os chamados jornais de informação iriam agravar e enchemos o peito de ar na convicção que o nosso clube vai ganhar o próximo jogo. E porque se diz que o futebol é um jogo de acasos e incertezas, até se criou o Totobola aqui há uns anos para se tentar acertar nos resultados e per-der mais um dinheirito semanal.

Afi nal, nas últimas semanas vieram-nos confi rmar aquilo que já se dizia nos corredo-res da má-língua. Há gravações de Presidentes de Clubes a combinar a escolha de árbitros e outras arbitrariedades, que o mesmo é dizer, a combinar o resultado dos jogos. Oferecem--se meninas aos árbitros nos fi ns dos jogos, pagam-se viagens ao Brasil a um árbitro, que afi nal a agência de viagens mandou indevida-mente para a tesouraria do FCP (enganos clas-sifi cados como patuscos, já se vê) e chega-se mais facilmente a árbitro internacional con-forme o grau de colaboração com os cavalhei-ros que não precisam do Totobola para acertar no resultado dos jogos.

Como sabem isto passa-se em Portugal que é um país divertido. Tivemos pergaminhos no Humor. Desde Bordalo Pinheiro a Vasco Santa-na, de António Silva a Raul Solnado, sorrimos na “Sátira Política”, no “Leão da Estrela” e na “Canção de Lisboa”. Depois, passámos ao hu-mor tipo ordinário que vai de Herman José ao Sr. Fernando Rocha, que consegue pôr plateias a repetir palavrões e lá fi cam todos contentes. Depois apareceu o Alberto João da Madeira e agora temos o Sr. Fiúza do Gil Vicente, a orga-nizar excursões ao Estádio da Luz e a aproveitar uma ribalta temporária.

Assim se chega e sai do “Apito Dourado”, que os jornais desportivos nunca trataram de for-ma aprofundada. É que o futebol é um negócio para muitos, em que como de costume alguns enchem os bolsos, e a maioria, os mesmos de sempre, pagam e alimentam, para além dos im-postos obrigatórios.

Estou convencido e julgo que muitos por-tugueses também, que por iguais critérios da-queles que a justiça italiana usou, em Portugal e no nosso futebol, os efeitos seriam mais devas-tadores. E penso que não devemos desistir. E que cada um de nós deve fazer ouvir a sua voz,

crónica da cidade

CARLOS MONTEVERDE*

médico*

Uma OPA aos futebóis de Portugal

É que o futebol é um negócio para muitos, em que como de costume alguns enchem os bolsos, e a maioria, os mes-mos de sempre, pagam e alimentam, para além dos impostos obrigatórios.“

OPINIÃO

Os “11 de Setembro”Todos os órgãos de comunicação social têm vindo a recordar o “11 de Setembro”, data em que em 2001 aviões comandados por activistas da Al-Qaeda destruíram as Torres Gémeas de Nova Iorque, e parte do Pentágono em Washington, e provocaram milhares de vítimas inocentes no centro da universal Nova Iorque.

Foi um acto bárbaro dos radicais isla-mitas, que trouxe para ponto um da agen-da mundial a questão do terrorismo, como um confl ito que obrigava a que novas políticas e acções contra as organizações terroristas que punham em causa a gover-nação mundial dos chamados Estados de Direito e Estados Ditatoriais que alinham com o Xerife mundial em que se tornou os Estados Unidos da América, particu-larmente debaixo da batuta de George W. Bush e seus correligionários.

Tudo isto, com esta leitura ou com ou-tras radicalmente diferentes, aconteceu e constitui um marco na história contempo-rânea, que tem provocado diversas novas iniciativas armadas, quer da parte das for-ças radicais dos islamitas por várias partes do mundo, em que actos terroristas foram perpetuando contra civis totalmente inde-fesos. Mas, também, houve intervenções militares de “TERRORISMO DE ESTADO” por parte dos Estados Unidos da América no Iraque, quer por parte do Estado de IS-RAEL na PALESTINA e, mais recentemen-te, num Estado de Direito que é o LÍBANO, que foi devastadoramente destruído.

No título, se ainda se lembram, falo DOS “11 de Setembro”. Porquê? Porque a comu-nicação social e a “Ordem Internacional Mundial” decidiram que o 11 de Setembro de Nova Iorque apagou completamente da história contemporânea o 11 de Setem-bro de SANTIAGO DO CHILE, em 1973! Será que os acontecimentos de há pouco mais de 30 anos, em que na América La-tina, propriamente no Chile, se verifi cou, pela primeira vez na história, a vitória de um Governo Socialista pela via do voto di-recto e livre dos cidadãos, em que foi elei-to como Presidente SALVADOR ALLENDE, que foi derrubado brutalmente anos após, a 11 de Setembro de 1973, por um Golpe Militar comandado por um General Pino-chet apoiado militar, logística e “cientifi ca-mente” pelos Estados Unidos da América, que causou dezenas de milhares de mor-tes de homens, mulheres e crianças, e fez TERROR mais de 10 anos entre os chilenos que queriam liberdade e democracia, não são um acontecimento TERRORISTA que deve fi car na memória e na História deste contraditório século XX?

Para mim nunca o esquecerei. Tinha 19 anos e vinha assistindo, pelas informações captáveis, a essa experiência que tinha como líder um Homem – ALLENDE – que sentia ser um Socialista Democrático con-victo e inquebrável. Às tantas da noite de 11 de Setembro de 1973, soube pela rádio (penso que Rádio Renascença) do golpe e que o Presidente Allende, resistindo na sede do Governo – Moncloa – iria ser aba-tido conjuntamente com os seus camara-das, por terem dado a vida para que a lega-lidade democrática fosse respeitada.

Muito sobre estas questões fi ca por abordar. Mas, para terminar, deixo-vos com uma pergunta: será que o sistema democrático, baseado em eleições livres e universais, só é defensável quando os “ga-nhadores” estão do lado dos mandantes do mundo?

09 sexta-feira2006.09.15

JOSÉ CARLOS ALBINO*

*consultor

para que o nosso direito à indignação não deixe morrer mais uma situação que, a par de outras ,entristecem o nosso quotidiano e são mais um estímulo à teoria de que neste país os mafi osos se pavoneiam impunemente.

O Futebol é um desporto popular, agradável de ver quando bem jogado e que os portugue-ses gostam. É naturalmente bonito e patriótico no bom sentido o apoio que o povo dá à nossa Selecção na altura dos diversos campeonatos.

O Futebol devia, por isso, ter outro tipo de pessoas a comandar os seus destinos. É preocu-pante que o Sr. Valentim Loureiro continue a ter tempo de antena neste país até serem apuradas as suas responsabilidades no que de pior tem o desporto deste país. É preocupante que o Sr. Gilberto Madaíl, com as limitações que lhe são conhecidas, se mantenha como Presidente da Federação. E que tudo permitem.

Que o Sr. Pinto da Costa e alguns industriais do Norte telefonem impunemente aos árbitros e ao Presidente da Comissão de Arbitragem. Quantos campeonatos se resolveram assim? E os telefonemas do sr. L. F. Vieira que agora pa-rece estar numa de moralista e afi nal também utiliza os mesmos processos? Já se terá esque-cido este senhor da maneira como o Benfi ca ganhou o campeonato de há 2 anos? Foi jogo limpo? Nós não esquecemos que o Benfi ca já

teve Presidentes como os Srs Fezas Vital e Bor-ges Coutinho, esses sim à altura da grandeza do Clube. Certamente incapazes de organizar jogos contra o Estoril, no Algarve…etc, etc.

Afi nal o mais importante é ganhar e o me-nos importante é os meios de como lá se chega, pois o que fi ca para a história são os títulos e não o resto. E o dinheiro que se vai buscar à Liga dos Campeões, que permite perpetuar todo este clima dúbio onde afi nal tudo se compra.

Era bom que não se pudesse dourar o Api-to Dourado. Continuamos a denunciar fortes suspeições, mas continuamos a arquivar mais do que a investigar ou esclarecer. Parece que basta ter dinheiro para pagar aos advogados e perpetuar o não esclarecimento das coisas até que tudo seja esquecido.

Preocupante é a entrevista dada ao “Record” de 10 de Setembro por um árbitro chamado Carlos Duarte que é ao mesmo tempo advoga-do. Em relação ao processo do Apito Dourado, diz que a investigação da PJ é vergonhosa e que o processo está parado porque há falta de en-tendimento entre magistrados e procuradores.

Como diz o poeta “ vemos, ouvimos e le-mos”. Eu não quero acreditar.

Da minha parte e sempre que me aparece o sr. major Valentim na televisão, tenho a felicida-de de poder fazer “zapping”.

pub.

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POSITIVO A Câmara de Beja vai baixar o

valor da derrama a aplicar sobre o rendimento das empresas. Uma medida positiva num período de grande debilidade.

NEGATIVO O preço do petróleo tem vindo a

descer. Nada que faça as gasoli-neiras portuguesas acompanhar o ritmo e descer o preço dos combustíveis. Uma vergonha!

NÚMERO

110. Milhões de euros de dívidas em atraso de contribuições foram recuperados pela Segurança Social no primeiro semestre deste ano.

sexta-feira2006.09.15 DINHEIRO & NEGÓCIOS10

ECONOMIA • BOLSAS • COTAÇÕES • EMPRESAS • SECTORES COMERCIAIS • DÚVIDAS FISCAIS • MARCAS • OPORTUNIDADES • AGENDA • OPINIÕES

SEGURANÇA SOCIAL A Segurança Social recuperou 110 milhões

de euros de dívidas em atraso de contri-buições no primeiro semestre deste ano, o dobro da verba recuperada nos primeiros seis meses de 2005.

Trabalho. Mineiros dizem que a empresa foge “à compensação salarial e às novas admissões” de pessoal

Sindicato critica accãoda Eurozinc em Aljustrel

Sindicato da In-dústria Mineira critica opções da empresa ca-nadina na mina de Al-justrel, nomeadamente nas áreas dos salários e admissão de pessoal.

OSindicato dos Trabalhado-res da Indústria Mineira (STIM) acusou a conces-

sionária das minas de Aljustrel de “fugir” à compensação salarial e às novas admissões prometidas aos mineiros para o início dos traba-lhos preparatórios da retoma da laboração.

“A administração da Pirites Alentejanas (PA) está claramente a fugir ao prometido com os mi-neiros”, disse Carlos Formoso, do STIM, em declarações à Agência Lusa, lembrando que “a concreti-zação das promessas estava pre-vista para o arranque dos traba-lhos preparatórios da retoma da laboração, que começaram no iní-cio de Agosto”.

Apesar do “optimismo” quanto à prometida retoma da laboração, de acordo com o sindicalista, os trabalhadores estão “descontentes

Sindicato dos Mineiros quer que Eurozinc cumpra promessas

com a atitude da administração, que, passado um mês do início dos trabalhos preparatórios, ainda não cumpriu as promessas e quer dar o dito por não dito”.

Carlos Formoso precisou que em causa está a admissão de no-vos trabalhadores e o prometido

aumento de 100 euros aos que, du-rante estes anos, se têm mantido na empresa, como compensação pelos 10 anos em que os salários não foram aumentados.

Depois do anúncio formal, em Maio, da reactivação das minas de Aljustrel por parte da empresa

canadiana Eurozinc, detentora da PA, os trabalhos preparatórios para a retoma da laboração - pre-vista concretizar-se entre meados de 2007 e inícios de 2008 - come-çaram no início de Agosto.

Segundo Carlos Formoso, des-de aquela altura estão no terreno

os 47 mineiros ainda ligados ao quadro da PA, ajudados por fun-cionários de uma outra empresa contratada para o efeito.

A abertura das galerias de aces-so aos fi lões para a extracção de minério é um dos passos que deve-rá estar terminado durante o pró-ximo ano, seguindo-se as interven-ções nas instalações da lavaria.

A reabertura das minas, que implica um investimento de 76 milhões de euros até Junho de 2008, prevê criar uma centena de novos postos de trabalho e a sub-contratação de 200 trabalhadores, além da manutenção dos 47 fun-cionários da PA, num total de 347 empregos.

A extracção mineira em Aljus-trel foi suspensa no início da dé-cada de 90 por alegada falta de viabilidade económica provocada pela descida acentuada do preço do zinco, tendo a empresa entrado em lay-off e mantido apenas tra-balhadores para os serviços míni-mos ambientais e de manutenção do complexo.

Em 1999, o Governo encomen-dou estudos para aferir a viabili-dade do complexo mineiro, desen-volvidos pela Eurozinc, que acabou por comprar a Pirites Alentejanas em Dezembro de 2001, prome-tendo implementar a retoma da extracção.

Estado

A Segurança Social realizou 42 acordos prestacionais com grandes de-vedores no primeiro semestre do ano, a que corresponde um valor em dívida de 45 milhões de euros, o triplo do verifi cado no mesmo período do ano passado.

O balanço do combate à fraude e evasão contributivas e prestacio-nais, apresentado pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, revela que os acordos fi rmados, no âmbito de processos de insolvência e de recuperação, asseguraram a manutenção de 2.695 postos de traba-lho directo, mais 83% que no primeiro semestre de 2005.

Este resultado “contribui positivamente para o objectivo de 2006 de garantir a manutenção de 5.000 postos de trabalho directos”, refere a documentação relativa à dívida à Segurança Social.

O ministro José Vieira da Silva anunciou que a Segurança Social re-cuperou 110 milhões de euros em dívida no primeiro semestre do ano, o dobro do verifi cado no mesmo período de 2005.

No primeiro semestre do ano registaram-se cerca de 600 novos pro-cessos judiciais e extrajudiciais para a regularização extraordinária de dívida, representando um aumento de 33% face ao verifi cado no perí-odo homólogo. No que se refere a acordos de regularização de dívidas, a Segurança Social possuía 5.000 acordos para pagamento prestacional de dívida no valor de 197 milhões de euros, mais 25% que nos primeiros seis meses do ano passado.

Segurança Social faz 42 acordoscom devedores de 45 milhões de euros

Projecto

O coordenador do Plano Tecno-lógico (PT), Carlos Zorrinho, disse que as negociações com as uni-versidades norte-americanas do Texas e Carnegie Mellon (CMU) estão “bastante avançadas” e que em breve “serão anunciadas”. Questionado sobre como estão a decorrer as negociações com as universidades do Texas, em Aus-tin, e Carnegie Mellon, o coorde-nador do Plano Tecnológico disse que “estão bastante avançadas e em breve serão anunciadas”. O Governo português e o instituto norte-americano MIT assinam a 11 de Outubro um acordo que en-volve 7 universidades portuguesas e empresas e tem enfoque em duas áreas “importantes para o futuro do país”, segundo Zorrinho, que são a gestão e a engenharia.

Plano Tecnológicoavança nos EUA

Finanças

O ministro de Estado e das Fi-nanças admitiu rever em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa para 2006 quando apresentar a proposta de Orçamento do Estado para 2007.

Fernando Teixeira dos Santos considerou “prematuro” avan-çar com uma previsão precisa para o PIB, mas realçou a im-portância de sinalizar agora esta revisão em alta.

O ministro justifi cou a apre-sentação de uma nova revisão para quando apresentar o Or-çamento do Estado para 2007, uma vez que, disse, “é prudente aguardar a publicação de indi-cadores de actividade económi-ca nas próximas semanas para poder ter mais segurança”.

Governo admitecontas em alta

Turismo

A taxa de ocupação média de quartos na hotelaria do Al-garve em Agosto foi de 93,3%, mais 5,8% do que Agosto de 2005, anunciou a Associação dos Hotéis e Empreendimen-tos Turísticos do Algarve (AHE-TA). Por zonas geográficas, as principais subidas registaram-se nas zonas de Portimão/Praia da Rocha (mais 17,5%), Lagos/Sagres (9,5%) e Vila-moura/Quarteira /Quinta do Lago (6%), não se tendo regis-tado diminuições em qualquer das zonas. A zona de Albufeira foi a que apresentou a taxa de ocupação mais elevada, com 97,2%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Vilamou-ra/Quarteira/Quinta do Lago, com 90,8%.

Algarve lotadono mês de Agosto

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MUNICÍPIO DE CUBACÂMARA MUNICIPAL DE CUBA

AVISO

Correio Alentejo nº 24 de 15/09/2006 Única Publicação

Cuba, 01 de Setembro de 2006

O Presidente da Câmara,(Assinatura Ilegível)

(Francisco António Orelha)

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A vergonha na águaO deputado do PCP mantém um tom crítico muito duro relativamente à falta de aprovação de fi nanciamento para a criação dos sistemas de abastecimento de água em alta. “Esse processo deve envergonhar os sucessivos governos que temos tido e, em particular, o Governo actual, que assumiu o compromisso na Assembleia da República que ia despachar o processo para Bruxelas”, afi rma. “A estratégia está clara como está em relação à Segurança Social. A linha de privatização de sectores estratégicos revela uma estratégia deste Governo que infelizmente não é diferente da dos anteriores”, acusa José Soeiro, convencido que os sucessivos governos “têm feito as regras à sua medida”.Soeiro defende que há quem não queira “admitir que as autarquias possam gerir sistemas que são da sua vocação e estão nas suas atribuições e com-petências”. “Claramente o Governo tem uma estratégia para privatizar e fazer da água um grande negócio. Haver sistemas intermunicipais é um entrave a esse objectivo”, afi rma ainda o deputado comunista eleito por Beja, convencido que o poder central vai “conseguir entregar para negócio sectores e áreas que deviam ser públicos, como é o caso da água”.

Se fôssemos pessimistas não lutávamos 18 anos pelo aeroporto e não lutávamos 40 anos por Al-queva. O projecto impôs-se por ser justo. Nes-te momento há atrasos e não há máquinas no terreno. Espero que isto não seja uma estratégia para não gastar dinheiro. Era importante que as obras arrancassem.

A estratégia aeroportuária nacional, recentemen-te divulgada, não o deixa desconfi ado?Se temos potencialidades nesta infra-estrutura extraordinária que é o aeroporto de Beja, e de-pois não vemos uma estratégia clara, é evidente que é inquietante.

O estudo é desmobilizador?Quero acreditar e é nesse sentido que vamos in-tervir: o aeroporto de Beja tem de ser uma rea-lidade. Vamos confrontar o ministro com o que nos disse e o que está a passar-se.

O anticomunismo primário do PS

O Movimento Baal 21 é o instrumento

certo para fazer pressão sobre o poder cen-tral?Se lutando e reivindican-do como te-mos feito, te-

JOSÉ SOEIRO

Deputado do PCP eleito pelo distrito de Beja, José Soeiro não poupa críticas duras ao Partido Socialista, está confi ante que o projecto do aeroporto vai avançar e céptico com o aproveitamento da água da albufeira de Alqueva

“É absurdo que o BAAL 21 não conte com o PS”

FORMAÇÃO: Ciclo Preparatório

CURRÍCULO: Deputado na III e VII Legislatura; funda-

dor e presidente do Sindicato dos Traba-lhadores Agrícolas de Beja; membro do Comité Central da Comissão Política e do secretariado do Comité Central do PCP

NOME COMPLETO: José Baptista Mestre Soeiro

IDADE: 58 anos

NATURALIDADE: Cabeça Gorda

José Soeiro, deputado do PCP eleito pelo cír-culo de Beja, promete continuar a questionar o Governo sobre as mais diversas matérias e apresentar propostas necessárias para a região. Confi ante que o projecto do aeroporto vai avan-çar e crítico com o aproveitamento da água de Alqueva, o deputado comunista não poupa o PS pela sua falta de envolvimento no Movimen-to BAAL 21 – “é um absurdo que o BAAL 21 não conte com uma participação mais forte dos de-putados e dos autarcas do PS”, critica.

Como é que encara o início de uma nova sessão legislativa?As preocupações são agora mais profundas do que eram no início do mandato deste Gover-no. Uma maioria absoluta do PS abriu legíti-mas expectativas quanto a uma mudança real de política, para terminar com um ciclo que conduziu o país a uma situação gravíssima de crise económica e social. Infelizmente, o PS, no fundamental, persistiu nessa política e, no caso dos trabalhadores da administração pública, há uma ofensiva sem paralelo desde o 25 de Abril de 74. É uma coisa sem fundamento porque não são esses trabalhadores os responsáveis pela crise que o país atravessa.

Que grandes assuntos da nossa região estão agendados pelo PCP para a nova sessão legisla-tiva?Alqueva será um desses temas. Desde logo o modelo agrícola que vamos ter e o que vamos fazer destes 110 mil hectares de regadio. O pro-

• CONTRA FACTOS É UM ESPAÇO DE ENTREVISTA COM EDIÇÃO NO “CORREIO ALENTEJO” E EMISSÃO NA RÁDIO PAX À QUINTA-FEIRA DAS 18 ÀS 19H00

[a entrevista é retransmitida nas rádios Castrense, Singa e Vidigueira]

CONTRA FACTOS

blema é defi nir o modelo cultural.

O ministro da Agricultura elogiou recentemente algumas explorações exemplares na região.Nós temos algumas explorações agrícolas exemplares em diferentes dimensões. O minis-tro tem vindo a focalizar quatro aspectos: vinha, olival, fl oresta e horto-fruticultura – eu pergunto se o senhor ministro vai abandonar tudo o res-to que não está vocacionado para estas quatro vertentes. O que é se vai fazer ao resto? Há aqui lacunas graves. O regadio do Alentejo, maximi-zado, não atinge 25% da área da região. E o res-to, é para fi car ao abandono e continuar a dar dinheiro para não se produzir? São perguntas que precisam de respostas do senhor ministro da Agricultura.

Vai propor no parlamento alguma solução alter-nativa?Já propusemos uma solução, que a maioria re-cusou. E é nossa intenção retomar esse projec-to. Vamos reequacionar a realidade que temos e ouvir as pessoas. É preciso pôr cobro ao tabu de mexer na terra. Não podemos aceitar que o Es-tado invista 500 milhões de contos e esse bene-fício reverta exclusivamente para um número muito restrito de proprietários.

Impõe-se uma Reforma Agrária?Os estudos do Estado feitos nos últimos anos mostraram como vertente negativa, em termos de desenvolvimento da região, a estrutura da posse e uso da terra que existe hoje.

Mudando de tema: está optimista com o projecto do aeroporto?

ANTÓNIO JOSÉ BRITO FRANCISCO PALMA CARVALHO (RÁDIO PAX)

mos tido difi culdades em fazer vencer as ideias, se estivéssemos calados hoje éramos um deser-to. As lógicas desenvolvimentistas que animam este Governo não são diferentes das que outros apresentaram. Há um discurso para contrariar os problemas do interior, mas, na prática, con-tinuamos a ver os privilégios dados aos grandes grupos económicos e grandes difi culdades no apoio aos agentes económicos do interior. Não tem havido para o distrito de Beja qualquer po-lítica que vise favorecer a implantação de uni-dades industriais. Pelo contrário, difi culta-se.

Isso tem a ver com alguma ascendência comunis-ta existente na região?De maneira nenhuma. Isso acontece em Bra-gança, em Vila Real e na Guarda. Todo o interior está a ser abandonado.

Mas voltando ao Baal 21, como comenta a ausên-cia do PS no movimento?Em minha opinião é um absurdo que o Baal 21 não conte com uma participação mais forte dos deputados e dos autarcas do PS. Porquê? Por que é que não participam? Porque o Governo é socialista? Isso é confundir as coisas. Assim não estão a exercer o seu mandato como porta-vo-zes do distrito.

Até que ponto não há uma instrumentalização política deste movimento feita pelo PCP?Eu pergunto, qual é a proposta que o PCP, como tal, tenha feito neste movimento? Fui convida-do e estive presente. Os deputados do PS opta-ram por se pôr de fora e dizer que aquilo é dos comunistas. Se o Nerbe, a EDAB ou o Instituto Politécnico são comunistas… não sei. Eu não conheço membros do meu partido nas direc-ções destas estruturas. O PS está convencido que é persistindo no anticomunismo primário

sexta-feira2006.09.1515

que vai conseguir alterar a correlação de forças na região. É um pensamento legítimo, mas fazer disso a intervenção política ao longo dos anos só tem prejudi-cado a região.

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PCP CRITICA FIM DO INTERCIDADES O PCP protesta contra o fi m do Intercidades

em Beja. A Direcção de Beja considera que “a concretizar-se, esta decisão só vai permitir um maior esvaziamento e perda de importância da capital do Baixo Alentejo”.

NOVO COMANDANTE NO RI3 DE BEJA O coronel Miranda Soares, novo comandante

do Regimento de Infantaria de Beja, assume o cargo no dia 20 de Setembro, substituindo o coronel Paiva da Cunha, que cessou fun-ções em 18 de Agosto.

CÂMARA DE MOURA CONSULTA A iniciativa “Primeiro, o local”, da

Câmara de Moura, esteve esta semana em Santo Amador. Com esta acção, a autarquia quer fazer uma aproximação entre munícipes e agentes locais.

ACâmara de Beja anunciou que vai baixar as taxas do Imposto Municipal sobre

Imóveis (IMI) e do lançamento da Derrama em 2007, com o objectivo de fi xar população no concelho e

As taxas do Imposto Municipal sobre Imó-veis (IMI) e do lança-mento da Derrama em 2007 vão descer.

Câmara Municipal tem como primeiro ob-jectivo fi xar população e atrair investimentos para o concelho.

Empresas. Câmara Municipal decidiu diminuir as taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)

Beja baixa impostos

Câmara de Beja quer atrair investimentos

VIDA ACTUAL SOCIEDADE

Vidigueira

A Câmara Municipal de Vidiguei-ra promove a partir de sábado, 16, a quinta edição do Salão das Artes, iniciativa bienal que tem por objectivo “promover e in-crementar a actividade artística, no campo das artes plásticas”. A inauguração da iniciativa é no próprio dia, a partir das 17h, no Museu Municipal local.

Até 15 de Outubro, o Museu Municipal, o Salão da Junta de Freguesia e a galeria do Posto de Turismo vão ter em exposição um total de 120 obras de pintura e es-cultura, da autoria de 75 artistas. Este ano, a bienal de artes da Vidi-gueira apresenta como novidades o alargamento da participação a artistas residentes em todo o ter-ritório nacional e a realização de um concurso para além da habi-tual exposição.

Bienal de Artesarranca este sábadono museu local

POLÍTICA > Estado | parlamento | câmaras municipais | juntas de freguesia • SOCIEDADE • SAÚDE • URBANISMO • EMPREGO • TECNOLOGIA

atrair investimentos.“Com as reduções dos impos-

tos, só possível porque a situação fi nanceira da autarquia está esta-bilizada, queremos fi xar as pessoas e atrair novos investimentos para o concelho”, explicou à Agência Lusa o presidente da Câmara, Francisco Santos.

Na sequência da decisão do mu-nicípio, aprovada no dia seis em reunião de Câmara, em 2007 o IMI cai dos 0,5% para os 0,45% e a Der-rama passa dos 0,1 para os 0,09%.

“Trata-se de reduções que, ape-sar de tímidas, representam uma quebra de 100 mil euros nas recei-tas anuais do município”, precisou Francisco Santos.

Segundo o autarca, a Câmara “pretende continuar a baixar os impostos nos próximos anos, se as receitas o permitirem e sempre com o cuidado de não afectar o or-çamento camarário”.

A Câmara Municipal de Beja

espera arrecadar este ano em im-postos 4.334 milhões de euros, dos quais 1.204 milhões correspondem ao IMI e 826 mil euros ao lança-mento da Derrama.

O IMI, que entrou em vigor em 2003 para substituir a antiga Con-tribuição Autárquica, incide sobre a propriedade dos imóveis e a re-ceita destina-se aos municípios.

A Derrama é um imposto local, autárquico, que pode ser lançado anualmente pelos municípios, até ao limite máximo de 10% sobre a colecta do Imposto sobre o Ren-dimento das Pessoas Colectivas (IRC).

Mediante proposta do executi-vo camarário, a decisão de lançar derramas e a respectiva taxa é da competência da Assembleia Mu-nicipal, que deverá fazê-lo até 15 de Outubro de cada ano para que a autarquia comunique a sua deci-são à Direcção Geral dos Impostos até ao dia 31 do mesmo mês.

16sexta-feira2006.08.15

Omunicípio da Vidigueira en-tregou esta semana, gratui-tamente, os livros escolares

aos 400 alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico do

Câmara da Vidi-gueira fez distribuição gratuita de manuais escolares a 400 alunos do ensino básico.

Presidente da au-tarquia anuncia que, ainda durante o actual mandato, oferta será alrgada até ao 9º ano.

Educação. Câmara Municipal fez distribuição de livros escolares nas escolas básicas

Vidigueira oferece livros escolaresconcelho, para “aligeirar” as despe-sas das famílias na educação.

Os materiais e livros escolares foram entregues aos alunos das es-colas da Vidigueira, Vila de Frades, Selmes e Pedrógão.

Segundo Manuel Narra, esta me-dida da autarquia justifi ca-se dado o “peso” que representam as despesas com a educação nos orçamentos familiares, ainda para mais “com a crise que o país atravessa”.

“Foi uma das nossas promessas eleitorais. Tivemos logo a percepção de que a crise se ia agravar e que o orçamento das famílias ia fi car cada vez mais reduzido, para o que con-tribui também as despesas com a educação”, disse.

Por isso, acrescentou, a Câmara Municipal decidiu investir “cerca de 15 mil euros” na aquisição dos ma-teriais e livros escolares “para todos os alunos do pré-escolar e ensino

básico” do concelho.“Desta forma, contribuímos para

aligeirar os orçamentos familiares num sector importante como é o da educação e garantimos que as crian-ças tenham acesso ao material ne-cessário para prosseguirem os seus estudos”, argumentou o autarca.

Ainda durante o actual mandato, se a autarquia “tiver capacidade fi -nanceira sufi ciente”, Manuel Narra, eleito pela CDU, pretende alargar a entrega gratuita de livros e material escolar a todos os alunos até ao 9º ano.

No concelho da Vidigueira encer-ra, este ano, a escola de Alcaria da Serra, no âmbito da reorganização nacional dos estabelecimentos es-colares do Ensino Básico com pou-cos alunos, mas Selmes, Pedrógão e Vila de Frades iniciam o novo perío-do lectivo com espaços totalmente remodelados.

O presidente da Câmara Munici-pal explicou tratar-se de um projec-to, com um investimento global de cerca de 1,1 milhões de euros, dos quais 750 mil euros suportados pelo município e a restante “fatia” por fundos comunitários, que foi candi-datado “antes da actual reorganiza-ção escolar”.

“Os edifícios são praticamente novos, porque só se mantêm as es-truturas e o resto foi tudo mudado, dos telhados aos soalhos, além das escolas terem sido equipadas com aquecimento e com ar condiciona-do”, frisou.

Um investimento que o autarca espera, agora, não ter sido em vão: “Quando o projecto foi aprovado, pressupunha-se que as escolas iam continuar abertas. Agora, estamos apreensivos porque não sabemos o que vai acontecer nos próximos anos”.

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VIDA ACTUAL SOCIEDADE 17 sexta-feira2006.09.15

Espanha

lá foracá dentroSantarém

Porto

PortalegreTimor-Leste

Irão

Padre quer Igrejaa ensinar o povo

Protecção Civil. Investimento de 106 mil euros do Governo Civil de Beja

Bombeiros do distrito receberam equipamentos

A Igreja Católica tem a obrigação de “ensinar e doutrinar” o povo timorense a envolver-se activa-mente na política, defendeu o pa-dre Domingos Soares “Maubere”, fi gura histórica da resistência à ocupação indonésia de 24 anos de Timor-Leste. Aquele sacerdote celebrou em Gleno, 50 quilóme-tros a Sul de Díli, uma missa “pe-las almas dos que já tombaram e também por aqueles que estão agora a lutar pela verdade e pela justiça”, de entre os quais desta-cou o major Alfredo Reinado, que abandonou em Maio a cadeia de comando das forças armadas de Timor- Leste e fugiu da cadeia de Díli a 30 de Agosto.

EUA admitem aceitaroferta de Teerão

A secretária de Estado norte- -americana, Condoleezza Rice, admitiu segunda-feira que o seu país aceite uma eventual oferta iraniana de suspensão de enriquecimento de urânio para evitar as sanções da ONU. Mas, acrescentou a chefe da di-plomacia dos Estados Unidos, a suspensão deve ser iniciada e verifi cada antes de começarem as negociações com Teerão. Rice declarou aos jornalistas que a acompanhavam, no avião que a levava a Halifax para assinalar os atentados do 11 de Setembro, que falara com o representante da União Europeia para a Políti-ca Externa, Javier Solana, sobre as discussões que ele teve este fi m-de-semana com o chefe dos negociadores iranianos.

Museu encontra“Cartas do Avô”

Postais ilustrados, cartas, tinteiros e selos do início do século XX são alguns dos objectos que vão estar expostos a partir de sexta-feira, nove, na Biblioteca Municipal de Portalegre. O material exposto faz parte de uma mostra intitula-da “As Cartas do Avô”, promovida pelo Museu Municipal de Por-talegre, que pretende mostrar às crianças e aos jovens como é que os seus avós escreviam no princí-pio do século XX. Augusta Resen-de, do Museu Municipal de Porta-legre, explicou à Agência Lusa que a mostra está integrada num ciclo de exposições temporárias intitu-lado “O tempo dos nossos avós”, destinado a dar uma imagem do início do século XX.

Cidade perde20 habitantes por diaO Porto perdeu 20 habitantes por dia nos últimos cinco anos, num crescente despovoamen-to que a câmara da cidade vai analisar na sessão pública do fi nal do mês. A última conta-gem do Instituto Nacional de Estatística entre os census re-vela que a perda de habitantes do período 2001-2005 é qua-se o dobro da registada entre 1991 e 2001 (19,7 habitantes/dia) e mais do triplo da veri-fi cada entre 1981 e 1991 (6,8 habitantes/dia). “Uma perda de população tão grande, per-sistente e crescente indicia ob-jectivamente uma inadequa-ção das políticas urbanísticas e habitacionais”, refere uma moção apresentada pelo único vereador da CDU, Rui Sá.

Governo querum Pacto Nacional

O Governo espanhol fez um apelo ao maior partido da opo-sição, o Partido Popular (PP), para que subscreva um Pacto Nacional pela Imigração, que o executivo socialista conside-ra essencial para combater a imigração ilegal.

O apelo foi feito numa reu-nião com o grupo parlamentar do Partido Socialista Obrero Espanhol (PSOE) e em respos-ta a um conjunto de medidas propostas pelo líder do PP, Ma-riano Rajoy.

Para combater a imigração ilegal, Rajoy propôs altera-ções à Lei de Estrangeiros para proibir a legalização em massa de estrangeiros, a nomeação de um responsável único com competências nesta matéria e o reforço dos controlos fron-teiriços.

Governadorversus PSD

O governador civil de Santa-rém, Paulo Fonseca, criticou a falta de acções dos deputados do PSD no distrito, reagindo às acusações destes eleitos feitas às actividades do representante do Governo. Na segunda-feira, 11, o deputado Miguel Relvas (PSD) anunciou que os parla-mentares do seu partido eleitos pelo distrito não iriam estar pre-sentes numa visita do governa-dor civil a Abrantes, acusando-o de estar a realizar cerimónias políticas e não a cumprir o seu papel de representante do Go-verno. Agora, em resposta a es-tas críticas, Paulo Fonseca disse que recebeu “sem surpresa” a informação que os deputados não iriam estar presentes, até porque “os deputados do PSD nunca estão em acções deste ou doutro tipo”.

O Governo Civil de Beja entregou às 14 corporações de bombeiros voluntários do distrito equipamen-to pessoal de protecção no com-bate a incêndios, nomeadamente capacetes, botas e cógulas – tipo de capuzes de protecção –, num in-vestimento que se aproximou dos 106 mil euros e que vai permitir a melhoria da “prontidão operacio-nal e comodidade” dos soldados da paz.

A cerimónia de entrega do equi-pamento decorreu na passada se-mana, dia 8, no Centro de Meios Aéreos, sedeado no Aeródromo Civil de Beja, e contou com a pre-sença dos comandantes das 14 corporações de bombeiros, além do comandante distrital de Opera-ções de Socorro, Canudo Sena, e do governador civil.

Na ocasião, Manuel Monge não escondeu a satisfação por poder entregar aos bombeiros o equipa-mento, que resulta de um esforço fi nanceiro do Governo Civil de Beja. “Foi decidido pelo ministro da Administração Interna que os go-vernos civis do país reservassem o dinheiro que normalmente davam de subsídio às diversas associações para comprar este equipamento para as associações humanitários de bombeiros. Julgo que foi uma óptima medida, porque os nossos bombeiros realmente precisavam desta melhoria do seu equipamen-to”, disse ao “Correio Alentejo”.

Apesar de satisfeito, o governa-dor civil de Beja não deixou de re-conhecer que gostaria de ter entre-gue o equipamento aos bombeiros mais cedo. A demora é justifi cada por Manuel Monge com as difi cul-dades sentidas por algumas das empresas fornecedoras em cum-prirem o acordado.

“Gostaria que o equipamento

Governador civil entregou novos capacetes, botas e cógulas às 14 corporações de bombeiros do distrito de Beja.

tivesse vindo mais cedo, mas com-preendemos a demora. Afi nal, isto não foi fazer botas só para Beja, foi para o país todo. Além do mais, há regras e temos de fazer concursos públicos, que têm procedimentos que obrigam a atrasos. De qual-quer maneira, [os novos equipa-mentos] são sempre bem-vindos e vêm sempre a tempo. Por isso mes-mo, hoje é um dia feliz para nós”, sublinhou.

Além dos 106 mil euros dispen-didos na aquisição do equipamen-to individual, o Governo Civil de Beja gastou mais 25 mil euros no apoio à construção do heliporto de Ourique e 19 mil para a aquisi-ção de novo equipamento de rádio para as viaturas de comando, num total de 150 mil euros.

Equipamento fazia falta. O equi-pamento de protecção individual entregue pelo Governo Civil de Beja às 14 corporações de bombeiros do distrito dá resposta a algumas das carências sentidas pelos soldados da paz no combate a incêndios.

“O equipamento faz sempre fal-

ta, principalmente este, que é de protecção individual para o pes-soal”, explicou ao “Correio Alente-jo” o comandante dos Bombeiros Voluntários de Beja, referindo de imediato que a iniciativa do Gover-no Civil foi “uma ideia muito boa”.

“Desde que nos dessem equi-pamento, a gente não precisava de dinheiro. Agora, pode ser que para o ano que vem haja outra iniciativa deste tipo e que ela possa vir, como agora, matar muitas das necessi-dades que as corporações de bom-beiros sentem”, sublinhou Manuel Baganha.

Pela mesma bitola alinhou o seu homólogo nos Bombeiros Voluntá-rios de Moura. Garante Francisco Santos que o equipamento fazia “falta”, sem esconder que “era pre-ciso mais”.

“Recebemos equipamento para 10 bombeiros, o que nos vai criar problemas nos quartéis. É que fi ca-rão 10 bombeiros equipados com fatos em nomex [N.d.r.: material resistente ao fogo] e os outros não têm. Para termos o grupo de inter-venção, que são sete elementos, fardado precisávamos de ter o do-bro dos equipamentos ou pelo me-nos 14, para eles mudarem quando vêem das intervenções. Mas isto já é uma ajuda”, concluiu o coman-dante dos Bombeiros de Moura.

Bombeiros receberam das mãos de Manuel Monge os novos equipamentos

CARLOS PINTO

O “masoquismo” de BejaO governador civil de Beja não acredita que o helicóptero para combate a incêndios instalado em Ourique seja mudado para o norte do país, assim como confi a que a CP – Caminhos-de-Ferro Portugueses vai manter a ligação Beja-Lisboa em comboios Inter-cidades.Manuel Monge contraria assim os dois rumores que nos últimos dias têm levantado alguma celeuma na região e diz mesmo que “um dos males de Beja é ser masoquista” e viver constantemente com este tipo de “fantasmas”.“Andamos sempre com o rumor de que nos tiram o comboio, o rumor de que nos tiram o helicóptero, o rumor de que não cons-truímos o IP 8, o rumor de que Alqueva não rega, o rumor de que o aeroporto não avança… Vivemos com isto, massacramo-nos, damos cabo da nossa saúde com estas difi culdades que nós pró-prios criamos. Não estou minimamente preocupado, pois estou convencido que nem o helicóptero nem o comboio são tirados [da região]”, concluiu.

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18sexta-feira2006.09.15 284 329 400 PUBLICIDADE

Para os devidos efeitos se torna público que esta Câmara Municipal pretende admitir, em regime de contrato de trabalho a termo certo, ao abrigo da alínea h) do nº 1 do artº 9º da Lei nº 23/2004, de 22 de Junho, 1 Auxiliar de Serviços Gerais, como se indica:

1. Serviço objecto de contratação: Desempenho de funções inerentes ao Canil e Gatil Municipal de Mértola, defi nidas no respectivo Regulamento Municipal, nomeadamente limpeza e manutenção das instalações, equipamentos e áreas adjacentes; tratamento e vigilância dos animais; recolha de animais abandonados, vadios ou errantes.

2. Local de prestação do trabalho: Área do concelho de Mértola, com afectação ao Canil e Gatil Municipal de Mértola.

3. Duração do contrato: um ano, eventualmente renovável, nos termos da lei.4. Remuneração mensal: Correspondente ao escalão 1, índice 128, da tabela remunerató-

ria da função pública, actualmente no valor de € 412,06, acrescida do abono dos subsí-dios de refeição, férias e Natal, nos termos da legislação em vigor.

5. Requisitos de admissão: 18 anos completos; e escolaridade obrigatória.6. Métodos de selecção: Entrevista profi ssional de selecção.7. Candidaturas: As candidaturas deverão ser formuladas por escrito, em requerimento

dirigido ao Presidente da Câmara Municipal de Mértola, Praça Luis de Camões, 7750- -329 Mértola, enviadas pelo correio, sob registo e com aviso de recepção, ou entregues pessoalmente na Divisão de Recursos Humanos, na mesma morada, e deverão conter identifi cação completa, número de identifi cação fi scal e lugar a que se candidata.

8. Documentos a apresentar: a) Fotocópias do bilhete de identidade e do cartão de contribuinte fi scal; b) Fotocópia do certifi cado de habilitações literárias.

9. Candidatos com defi ciência: O candidato com defi ciência tem preferência em igualdade de classifi cação, devendo declarar, sob compromisso de honra, o grau de incapacidade e o tipo de defi ciência, bem como indicar os elementos necessários à adequação do pro-cesso de selecção às suas capacidades de comunicação/expressão.

10. Prazo para apresentação das candidaturas: Até às 17H30 do dia 22 de Setembro de 2006.

Câmara Municipal de Mértola, 12 de Setembro de 2006

O Presidente da Câmara,(Assinatura Ilegível)

/ Jorge Pulido Valente /

AVISO Nº 153/2006

CONTRATAÇÃO DE PESSOAL A TERMO CERTO(M/F)

Correio Alentejo nº 24 de 15/09/2006 Única Publicação

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sexta-feira2006.03.3119

QUATRO BAIXAS COM O NACIONAL Os castigados Nuno Gomes, Manú e Petit,

além do lesionado Marco Ferreira, são baixas certas na recepção do Benfi ca ao Na-cional. Também Rui Costa está em dúvida para a partida de domingo, às 19h15.

SPORTING RECEBE PAÇOS DE FERREIRADepois de entrar de pé direito na Liga dos Campeões, o Sporting quer manter--se na senda dos bons resultados diante do Paços de Ferreira. O jogo é em Alvalade, no sábado, às 21h15.

DRAGÕES VISITAM FIGUEIRA DA FOZ O FC Porto quer manter-se 100% vito-rioso na liga portuguesa, mas a partida com a Naval 1º de Maio promete difi -culdades. O jogo é na Figueira da Foz, no domingo, às 21h15.

FUTEBOL • MODALIDADES • CLUBES • ASSOCIAÇÕES • DESPORTO ESCOLAR

Desportivo de Beja estreia-se em casa diante dos algarvios do Lagoa

“Em busca da primeira vitóriaS omar os três pontos em

jogo é o único e grande ob-jectivo do Desportivo de

Beja, que recebe no domingo, no Complexo Desportivo Fernando Mamede, a formação algarvia do Lagoa, em partida a contar para a segunda jornada da Série F da 3ª Divisão Nacional.

Depois das derrotas nos ter-renos do Oriental – em jogo de Taça de Portugal – e da equipa B do Vitória de Setúbal – na pri-meira jornada do campeonato –, os bejenses querem estrear-se da melhor forma perante os seus associados, conquistando simultaneamente a primeira vi-

O grupo está muito confi ante e espero que no domingo possamos ganhar, pois o campeonato faz-se de pontos e não há tempo a perder. Jorge Vicente | treinador do Desportivo de Beja

suplentes: Marco, Joy, Vítor Rolim, João Nabor, Jorginho, Miguel e Pedro Lança

treinador: Jorge Vicente

Botelho

Nilton

DivaldoJanita

Júlio

Sadjó

Dário

Marín

JonasNelsinho

JoséManuel

Estebaínha

PauloPardal

HugoGuerreiro

Telmo

Ricardo Oliveira

Márcio Candeias

CarlosNeves

BrunoMacarrão

Rodriguez

19

Complexo DesportivoBeja2ª jornada 3ª Divisão Nacional | Série F

jogo do fi m-de-semana.DESPORTIVO DE BEJA - LAGOA

Domingo, 17 horas

suplentes: Ricardo, André, Hélio, Boiças, Vandi, Bruno Figueiras e Roberto

treinador: Joaquim MendesPaulo

Maurício

Gualter

AGENDA

FUTEBOL | 5

Sábado, 16Juniores | 2ª Div. Nacional > jornada 2

Despertar - Olhanense [16h]

Domingo, 173ª Divisão | Série F > jornada 2

Desportivo de Beja - Lagoa [17h] Silves - FC Serpa [17h]

Juvenis | Camp. Nacional > jornada 1 Odemirense - Ginásio Corroios [11h]

Iniciados | Camp. Nacional > jornada 1 Sp. Cuba - Portimonense [11h]

Torneio de Ferreira do Alentejo Ferreirense - Alcacerense [15h] Oriolenses - Armacenenses [16h] 3º e 4º Lugar [17h] Final [18h]

sexta-feira2006.04.21

série F III DIVISAO

JORNADA | 1

Vit. de Setúbal B - Desportivo de Beja ............1-0 Cova da Piedade - Juventude de Évora ...........1-2 At. Reguengos - FC Ferreiras ..........................1-3 Lagoa - Campinense ......................................2-1 FC Serpa - Amora ..........................................0-1 Almansilense - Silves ......................................2-1 Beira Mar MG - Lusitano VRSA .......................3-0

Descansou: Lusitano de Évora

J V E D M-S P 1 Beira Mar MG 1 1 0 0 3-0 3 2 FC Ferreiras 1 1 0 0 3-1 3 3 Juventude 1 1 0 0 2-1 3 4 Lagoa 1 1 0 0 2-1 3 5 Almansilense 1 1 0 0 2-1 3 6 Amora 1 1 0 0 1-0 3 7 Vit. Setúbal B 1 1 0 0 1-0 3 8 Silves 1 0 0 1 1-2 0 9 Campinense 1 0 0 1 1-2 0 10 Cova da Piedade 1 0 0 1 1-2 0 11 Desportivo Beja 1 0 0 1 0-1 0 12 FC Serpa 1 0 0 1 0-1 0 13 At. Reguengos 1 0 0 1 1-3 0 14 Lusitano VRSA 1 0 0 1 0-3 0 15 Lusitano Évora 0 0 0 0 0-0 0 16 Vasco da Gama 0 0 0 0 0-0 0

Próxima Jornada | 17.09.2006Desportivo de Beja-Lagoa; Juventude de Évora-Vit- Setúbal B; FC Ferreiras-Lusitano de Évora; Campinense-Beira Mar MG; Amora-At. Reguengos; Silves-FC Serpa; Lusitano VRSA-AlmansilenseDescansa: Cova da Piedade

Futebol

A Rádio Castrense promove nos próximos dias 23 e 24, no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, a sexta edi-ção do seu torneio de futebol, que assinala o início de mais uma época desportiva. FC Castrense, FC São Marcos, En-tradense e Almodôvar são os quatro emblemas que vão lu-tar pelo título, tentando assim suceder ao Mineiro Aljustre-lense, que venceu a competi-ção em 2005.

No sábado, 23, realizam-se as meias-finais, enquanto que para o dia seguinte estão agen-dados o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar, assim como a grande final. As parti-das do torneio terão a duração de uma hora (30 minutos cada parte) e serão dirigidas por árbitros do Conselho de Arbi-tragem da Associação de Fute-bol de Beja. A Rádio Castrense vai transmitir em directo e na íntegra os quatro desafios do torneio.

Rádio Castrense promove torneio

Futebol nacional

Iniciam-se no domingo, 17, os campeonatos nacionais de iniciados e juvenis, onde vão marcar presença as equipas do Despertar, Sporting de Cuba e Odemirense. Os dois primeiros vão competir na Série F do Na-cional de Iniciados e ambos par-tem com o objectivo de garantir rapidamente a manutenção. Na ronda inaugural, os bejenses vão descansar – deveriam defrontar o Campomaiorense, que entre-tanto desistiu da competição –, enquanto a turma leonina recebe no Campo Dr. Augusto Amado de Aguilar os algarvios do Portimo-nense.

Quem também joga em casa no domingo é o Odemirense, que depois do título distrital de juve-nis alcançado em 2005-2006 se vai estrear em provas nacionais nesta categoria diante do Ginásio de Corroios. Sérgio Conceição é o novo técnico da formação do Li-toral Alentejano, que vai lutar ex-clusivamente pela manutenção na Série D deste escalão.

Iniciados e juvenis arrancam domingo

Taça de Portugal

A sorte não bafejou os emble-mas do distrito de Beja presen-tes no sorteio da segunda eli-minatória da Taça de Portugal, realizado na passada segunda-feira, 11, na sede da Federação Portuguesa de Futebol.

Depois de eliminar O Elvas, o FC Serpa volta a jogar longe de casa, desta feita na Tapa-dinha, terreno do histórico Atlético, actualmente a militar na Série D da 2ª Divisão B. No mesmo escalão do Atlético ali-nha o Barreirense, outro em-blema mítico do futebol portu-guês que irá ser o anfitrião do Vasco da Gama da Vidigueira. Depois de terem eliminado o Lusitano VRSA, da 3ª Divisão Nacional, os vidigueirenses querem continuar a surpreen-der e o técnico Arlindo Morais já disse que os do Barreiro te-rão de comprovar o seu favori-tismo “em campo”.

Os jogos da segunda elimi-natória da Taça de Portugal vão realizar-se no próximo dia 24.

Sorteio desfavorável a Serpa e Vasco

Despertar

Arrancaram na passada segun-da-feira, 11, no relvado sinté-tico do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, os treinos da Escolinha de Futebol do Despertar. Coordenada tec-nicamente por António Franco e João Canilhas, a iniciativa tem por objectivo ensinar a prática do futebol a crianças com idade compreendida entre os cinco e o oito anos. Os treinos terão dois horários distintos, um da parte da manhã (entre as 10h30 e as 12h) e outro de tarde (das 17h30 às 19h).

“A escolinha proporciona a todas estas crianças a prática do futebol em espaços adequa-dos e sob orientação de técni-cos qualifi cados. Os objectivos da escolinha não se resumem apenas ao ensino da modalida-de em si, mas também a aspec-tos de âmbito comportamental e social, entre os quais o ensino de valores, atitudes e regras”, explica o clube em nota de im-prensa.

Escolinhasde futebol

Futebol

Realizam-se este sábado, 16, as habituais provas físicas e teóri-cas para árbitros e observado-res do quadro do Conselho de Arbitragem (CA) da Associação de Futebol de Beja (AFB). A partir das 9h, vão decorrer na pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede as provas físicas para os árbitros, que irão depois, a partir das 11h30, res-ponder às questões teóricas na Escola Superior de Educação (ESE). Para as 13h está agenda-do o almoço, seguindo-se uma reunião com os membros do CA no auditório da ESE.

Por sua vez, os observadores vão reunir-se a partir das 9h na sede da AFB, onde irão discutir e receber informações sobre a elaboração de relatórios técni-cos (9h30 e 14h30), alterações às leis do jogo e recomenda-ções várias (12h e 16h). Para as 17h está agendado o visio-namento do vídeo de um jogo, terminando a acção de avalia-ção às 18h.

Árbitros realizam provas no sábado

tória oficial da época.“A partida não se afigura nada

fácil, mas vamos procurar con-quistar a primeira vitória e os primeiros pontos desta época”, disse ao “Correio Alentejo” o téc-nico Jorge Vicente, revelando es-perar “um jogo interessante”.

Pela frente, a formação do Desportivo vai ter uma das equi-pas que mais e melhor se refor-çou nesta nova temporada.

Jonas (ex-FC São Serpa), Sad-jó e Dário (ambos ex-Desportivo de Beja) são três das caras novas deste Lagoa, que depois de ter garantido a manutenção in ex-tremis na última temporada sur-

ge neste campeonato com ambi-ções renovadas e sem excluir a possibilidade de vir a lutar pela subida de divisão.

Estes são dados na posse do técnico bejense, Jorge Vicente, que ainda assim se tem mostra-do confiante num bom resultado da sua equipa.

“O grupo está muito confiante e espero que no domingo possa-mos ganhar, pois o campeonato faz-se de pontos e não há tempo a perder”, garantiu o jovem téc-nico, não poupando elogios ao “empenho” dos seus jogadores e sublinhando o “optimismo e confiança” que reina no conjun-

to bejense.Na lista dos convocados por

Jorge Vicente para a partida de domingo já deverá constar o nome do médio João Nabor, depois do capitão do Desporti-vo ter falhado os dois primeiros jogos da época devido a proble-mas físicos.

Ainda assim, o jovem técnico do emblema bejense faz questão de vincar que o “grupo não de-pende deste ou daquele jogador”, revelando que a recuperação de Nabor “complica, pela positiva, o trabalho do treinador”. “Agora tenho mais opções”, concluiu Jorge Vicente.

CORREIO DESPORTIVO

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20 GUI’ ARTEsexta-feira2006.09.15

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FESTA DO “PATRIMÓNIO” A festa do programa “Património”,

da Rádio Castrense, realiza-se no dia 23 de Setembro no Cine-Teatro de Castro Verde. Em palco estarão artistas e poetas populares.

FOTOGRAFIAS EM ALMODÔVARO fotógrafo Luís Reis apresenta em Almodôvar, até ao dia 7 de Outu-bro, a exposição “A Céu Aberto”. A mostra pode ver-se na Galeria de Exposições da Praça.

PROVAR O VINHO DOS GROUS A Herdade dos Grous, situada nos arredores de

Albernoa, promove este fi m-de-semana uma viagem pelas suas vinhas onde será possível assistir às vindimas. A viagem prevê ainda uma visita às caves e uma prova de vinhos.

GUIA CULTURAL

Oescultor italiano Lanciotto Pulidori terminou a tempo e horas o novo monumento

de arte pública de Castro Verde, uma escultura em mármore de nove tone-ladas criada para homenagear a pla-nície alentejana.

Intitulado “Planície”, o monumen-to, que começou a ganhar forma a 16 de Agosto, na rotunda da Rua da Es-teva, foi inaugurado sábado, nove, às 19h00, no âmbito do Festival Planície Mediterrânica, que decorreu naquela vila alentejana.

Em declarações ao “Correio Alen-tejo”, Lanciotto Pulidori explicou que a escultura “representa uma oferta de um homem à sua amada”.

“A oferta é Castro Verde, a terra do homem”, precisou, acrescentando que se inspirou na planície, na cultu-ra e nos cantares da região para criar a obra.

Durante a edição de 2005 do Festi-val Planície Mediterrânica, Lanciotto Pulidori participou numa residência artística, que resultou na criação de

Escultor italiano criou obra de evoca-ção da solidariedade e fraternidade.

Monumento foi inaugurado durante o Festival Planície Medi-terrânica.

Monumento. Obra criada por Lanciotto Pulidori foi colocada na nova rotunda da expansão noroeste da vila

Arte Pública em Castro Verde

Obra de Lanciotto Pulidori celebra a amizade, fraternidade e cooperação entre os povos

Formação. Cursos entre Outubro e Julho

Beja promove ensinodas técnicas do teatro

uma escultura de interior, também em mármore, que está no Fórum Municipal de Castro Verde. De acor-do com o escultor, o contacto com a cultura e as gentes de Castro Verde “foi uma experiência única”.

“O fascínio, as cores, a energia e as sensações diferentes desta terra impulsionaram-me a continuar o in-tercâmbio”, salientou, acrescentando que aceitou “de imediato” o convite da autarquia local para criar uma escultura pública de homenagem à planície.

Durante 24 dias, o escultor, acom-panhado pelo seu assistente Gionata Carbonari, esculpiu o monumento,

EXPOSIÇÕES | 9

ALVITOCentro Cultural de AlvitoAté 21 de Setembro“Paisagem Alentejana” de Maria Paula

BEJAMuseu Regional de BejaAté 30 de Setembro“Imaginário Medieval dos Monumentos de Beja”

FERREIRA DO ALENTEJOMuseu Municipal

Até 30 de Novembro “Meninos de Ontem e de Hoje - Sonhos e Brincadeiras”

Posto de Turismo Até 15 de Novembro Exposição de Aguarelas de Ana Pereira

MÉRTOLAConvento de S. FranciscoAté 31 de Dezembro“Arte Cinética de Christaan Zwannikken”

Casa das Artes Mário EliasAté 15 de Setembro“Outro olhar sobre o Vascão”

MOURAMuseu Municipal de MouraAté 31 de Dezembro“Artes e Ofícios Tradicionais”

VIDIGUEIRAPosto de TurismoAté 15 de SetembroColectiva de Serigrafi as

VILA DE FRADESCasa do ArcoAté 15 de Setembro“Vida e Obra de Fialho de Almeida”

CINEMA | 8

ALJUSTRELCine-Teatro Municipal

Piratas das Caraíbas 2 Sexta e domingo | dia 15 e 17 | 21h30

ALMODÔVARCine-Teatro Municipal

Super Homem - O Regresso Sexta | dia 15 | 21h30

Separados de Fresco Sábado | dia 16 | 21h30

CASTRO VERDECine-Teatro Municipal

Super Homem - O Regresso Sábado | dia 16 | 21h30

BEJATeatro Pax Julia

O Novo Mundo Sexta | dia 15| 21h45

FERREIRA DO ALENTEJOCine-Teatro Municipal

Piratas das Caraíbas 2 Sexta e domingo | dia 15 e 17 | 21h30

Rainman - Encontro de Irmãos Terça | dia 19 | 21h30

SERPACine-Teatro MunicipalSeparados de Fresco

Sexta e Domingo | dias 15 e 17 | 21h45

ESPECTÁCULOS | 4

ALJUSTRELParque DesportivoToca a Rufar e EZ Special

Sábado | dia 16 | 22h

FERREIRA DO ALENTEJORestaurante CasarãoGrande Noite de Fados

Sexta | dia 15 | 21h30

Feira de SetembroBanda Reggae “Arsha”

Sábado | dia 16 | 22h

Tucha Domingo | dia 17 | 22h

GUI’ ARTECULTURA • ESPECTÁCULOS > teatro | cinema | música | tv | tv | rádio | vídeo] • GENTES • MODAS • SAÍDAS > festas | discotecas] • PRAZERES > viagens | restaurantes | livros] • SERVIÇOS > farmácias | telefones úteis] • TEMPO

Todas as crianças e jovens do dis-trito de Beja podem agora aprender os segredos do teatro e da televisão, através de um diversifi cado conjun-to de acções de formação que a em-presa Cocas Produções tem progra-madas para o presente ano lectivo.

Já a partir de Outubro, e até Julho de 2007, nas instalações do Instituto da Juventude, em Beja, os pequenos candidatos a actor podem frequen-tar breves cursos de iniciação que visam “despertar o interesse e gos-to pelo teatro, o aprofundamento de conhecimentos no domínio da

expressão dramática e a aquisição de diferentes valências técnicas, permitindo aos participantes uma interessante alternativa na fruição dos seus tempos livres e de lazer”.

No decurso das ofi cinas teatrais, no fi nal de cada ano, será concebi-do e produzido um espectáculo de teatro onde os participantes pode-rão pôr em prática todos os conhe-cimentos adquiridos. As inscrições e outras informações podem ser obtidas no Instituto Português da Juventude ou em www.cocas-pro-ducoes.com/teatro.

sexta-feira2006.09.1521

em plena via pública, a partir de um bloco de mármore com 17 toneladas, do qual retirou oito toneladas de pe-dra. “Tenho adorado a oportunidade de me relacionar diariamente com as gentes de Castro Verde, que são mui-to simpáticas e têm acompanhado, com paixão a evolução do monu-mento”, salientou.

“Esta relação tem sido muito im-portante e ajudou-me bastante”, acrescentou, lembrando que “tem sido difícil esculpir, através de técni-cas artesanais, uma pedra de 17 tone-ladas, mais dura do que aquelas que normalmente encontro na Toscana, em dias escaldantes, com mais de 40

graus”.Lanciotto Pulidori, pintor e escul-

tor, nasceu em Pontedera, na região italiana de Toscana, onde a tradição de trabalhar o mármore perdura de geração em geração, e especializou- -se em escultura na Academia de Be-las Artes de Florença.

O Festival Planície Mediterrânica, integrado na rede cultural do Fes-tival Sete Sóis Sete Luas, ofereceu, durante quatro dias, espectáculos de música, workshops de danças, cante e instrumentos e gastronomia de tradição mediterrânica, uma feira do disco e uma feira da terra e ani-mação de rua.

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22

Polícia de Segurança Pública

112Emergência Social

114Protecção à fl oresta

117Emergência Social

144

céu limpo

céu nubladoabertasaguaceiroscéu muitonubladomuito nubladocom abertas

chuva

trovoadas

neve

nevoeiro

vento fracomoderado

vento forte

mar calmo

ondulação

geada

Moura

BEJA Serpa

Mértola

Faro

Almôdovar

Sines

CastroVerde

Odemira

Aljustrel

Ferreirado Alentejo

Cuba

Ourique

BarrancosVidigueira

Alvito

Alcácerdo Sal

Grândola

Santiagodo Cacém

TEMPO FARMÁCIAS

HOJE/SEXTA | 15

Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Rodrigues. T. 285 252 266Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Oliveira Carrasco. T. 284 543 485Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

SÁBADO | 16Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > Fonseca. T. 284 324 413Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Faria. T. 285 252 412Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Luis A. da Costa. T. 284 434 129

DOMINGO | 17Aljustrel > Pereira. T. 284 602 181Almodôvar > Ramos. T. 286 665 254Beja > Oliveira Suc. T. 284 323 819Ferreira do Alentejo > Fialho. T. 284 739 369Mértola > Pancada. T. 286 612 176Moura > Faria. T. 285 252 412Odemira > Confi ança. T. 283 300 010Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

SEGUNDA | 18

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > Palma. T. 284 322 498Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Ferreira da Costa. T. 285 525 156Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

TERÇA | 19

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > Central. T. 284 322 899Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Nataniel Pedro. T. 285 252 338Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

QUARTA | 20

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > Santos. T. 284 389 331Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Rodrigues. T. 285 252 266Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

QUINTA | 21

Aljustrel > Dias. T. 284 600 020Almodôvar > Áurea. T. 286 622 251Beja > J.A. Pacheco. T. 284 322 501Ferreira do Alentejo > Salgado. T. 284 732 242Mértola > Maktub. T. 286 612 820Moura > Faria. T. 285 252 412Odemira > Central. T. 283 322 183Serpa > Central. T. 284 549 107Vidigueira > Pulido Suc. T. 284 434 274

fonte: http//weather.msn.com

PREVISÃO NA REGIÃO DO ALENTEJO

Céu nublado

Céu muito nublado

Céu nublado

27

13

tem

pera

tura

méd

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para

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e

OUTROSCentro de Saúde de Beja > Rua António Sardinha // tel: 284 329 706Centro Regional de Segurança Social> Serviço Sub-regional de Beja | Rua Prof. Bento de Jesus Caraça. 25 Beja. //

tel 284 312 700Táxis > tel: 284 322474Instituto Politécnico de Beja > Rua de Santo António, n.º 1 - A //

tel: 284 314 400Posto de Turismo >Rua Cap. João Fran-cisco de Sousa, n.º 25 //

Tel:284 320 281Polícia de Segurança Pública (PSP) > Largo D. Nuno Álvares Pereira. //

tel: 284 322022Protecção Civil > Rua D. Nuno Álvares Pereira. // tel. 284 320 340

SEX

TA

RTP1

SÁB

AD

OD

OM

ING

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2: SIC TVI CABO/SATÉLITE

07:00 SIC Kids 08:00 Snobs

08:30 Floribella 10:00 Fátima 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Laços de Família 15:30 Contacto 17:50 Floribella 19:00 Sinhá Moça 20:00 Jornal da Noite 21:15 Tcharan 22:00 Floribella 23:00 Cobras e Lagartos 00:40 Socorro

01:35 Cinema “Avaria no Asfalto”

03:35 Os Maias

07:00 Diário da Manhã 10:00 Separar vai Colar 10:05 Você na TV! 13:00 Jornal da Uma 14:00 Inspector Max 15:00 Anjo Selvagem 16:00 Quem Quer Ganha

18:00 Morangos com Açúcar 20:00 Jornal Nacional

21:15 Euromilhões 21:30 Morangos com Açúcar

22:15 Tempo de Viver 23:30 Fala-me de Amor

00:45 Fiel ou Infi el? 03:15 Monk 04:15 TVI Negócios 04:30 Investigação Criminal II

URGÊNCIAS

TELEVISAO

SOL LUAnascente06h14ocaso18h40

nascente23h09ocaso15h11

nova22 Set.

crescente30 Set.

cheia7 Out.

minguante14 Out.

18º

PROVÉRBIO POPULAR SOBRE O TEMPO“Em Setembro, palha ao palheiro e meninas ao candeeiro.”

SEGURANÇA

Bombeiros t. 284 311 660

GNR - BT t. 284 324 428

2-3m

22º1m

06:30 Bom Dia Portugal 10:00 Praça da Alegria 13:00 Jornal da Tarde 14:15 Essas Mulheres 15:15 Portugal no Coração 17:00 Lingo

18:00 Portugal em Directo 19:15 O Preço Certo 19:50 Direito de Antena 20:00 Telejornal 21:15 Cuidado com a Língua 21:30 Câmara Café 22:00 Um Contra Todos 23:00 Contra-informação 23:15 A Dama das Camélias 01:15 E-Ring Centro

de Comando 01:30 Sessão da Meia Noite

“Star 80, a Tragédia” 03:15 Só Visto!

04:15 Televendas

07:00 Brinca Comigo 09:30 Ecoman 10:00 Em Busca dos Grandes Tubarões 11:15 Descobrir Portugal 12:00 A Minha Sogra é uma Bruxa 12:30 Contra-Informação13:00 Jornal da Tarde 14:15 Top + 15:30 Na Terra dos Ricos 16:15 Sessão Da Tarde

“Fama” 18:45 Dança Comigo 20:00 Telejornal 21:00 A Voz do Cidadão 21:15 Dança Comigo 23:15 Lotação Esgotada

“O Paciente Inglês” 01:45 Última Sessão

“24 Horas para Sobreviver”

03:15 A Hora da Sorte 04:00 Televendas

07:00 Euronews 07:25 Zig Zag 14:00 Sociedade Civil 15:30 Viajar É Preciso 16:00 Entre Nós 16:30 Euronews 17:00 National Geographic 17:30 Hora Discovery (R/) 18:30 A Fé Dos Homens 19:00 A Alma E A Gente 19:30 Zig Zag 20:45 Todos Contra O Chris 21:15 Hora Discovery 22:00 Jornal 2: 22:30 Câmara Clara 23:30 Vidas 00:30 Noites Da 2: 01:30 Bastidores (R/) 02:00 Euronews 03:30 Câmara Clara (R/) 04:30 Sociedade Civil (R/)

06:00 Euronews

07:00 Euronews 07:30 África 7 Dias 08:00 Notícias de Portugal 09:00 Universidade Aberta 11:00 Iniciativa 12:00 A Alma e a Gente 12:30 Vida por Vida 13:00 National Geographic (R/) 13:30 Bombordo 14:00 Câmara Clara (R/) 15:00 Desporto 2: 19:00 Arte & Emoção 19:30 Viajar é Preciso 20:00 Vida de João 20:30 Gato Fedorento 21:00 Vidas (R/) 21:45 A Hora da Sorte 22:00 Jornal 2: 22:30 National Geographic (R/) 23:00 Sala 2: 00:30 Músicas 02:15 Euronews 03:00 Desporto 2: (R/)

07:00 SIC Kids 08:35 Disney Kids 10:15 Pokemon

10:45 Power Rangers 11:05 Uma Aventura 11:55 O Nosso Mundo 13:00 Primeiro Jornal 14:00 Êxtase 14:55 Cinema - A defi nir

18:05 A Defi nir 20:00 Jornal da Noite 21:15 Floribella 22:00 Exclusivo

23:15 Cobras e Lagartos 00:15 Cinema

“A Profecia das Sombras” 02:30 Cinema “Guinevere”

07:00 SIC Kids 09:00 Disney Kids

11:00 Uma Aventura 12:00 BBC Vida Selvagem 13:00 Primeiro Jornal

14:00 O Pior Condutor de Sempre 15:00 Cinema - A Defi nir 17:45 Cinema - A Defi nir 20:00 Jornal da Noite 21:15 Os Malucos do Riso

22:00 Camilo em Sarilhos 22:45 Aqui Não Há Quem Viva 23:30 Herman SIC 01:15 Cinema “Antes e Depois”

07:00 Casper 07:30 Duel Masters 08:00 Powerpuff Girls 08:30 Mummy 09:00 Dan Dare

09:30 Spiderman 10:00 O Clube das Chaves 11:00 O Bando dos Quatro 11:45 deLUXe 12:30 BwinLiga - Antevisão

13:00 Jornal da Uma 14:00 Ajude-nos a Apagar

este Fogo 18:00 Filme a Designar

20:00 Jornal Nacional 21:15 Inspector Max II

23:15 Fala-me de Amor 00:30 Natureza Humana 02:30 No Limite do Mal 03:30 Monk 04:30 Investigação Criminal II

07:00 Batatoon 08:00 Casper 08:30 Duel Masters 09:00 Dan Dare 09:30 Powerpuff Girls 10:00 O Clube das Chaves 11:00 Missa 12:30 Oitavo Dia 13:00 Jornal da Uma 14:00 Filme a Designar 16:00 Filme a Designar 19:15 Superliga

Benfi ca X Nacional 21:00 Jornal Nacional 22:00 Inspector Max II 23:00 Fala-me de Amor 23:45 BwinLiga - a jornada, os casos, o fórum 02:00 O Papá Fantasma

03:45 Will & Grace V 04:30 Investigação Criminal II

SPORT TV: 12:40 Futebol - Premier League

Charlton X Portsmouth15:00 Futebol - Premier League

Everton X Wigan 19:10 Basquetebol - Camp.Eur.

Portugal X Israel 21:15 Futebol - Liga Portuguesa Sporting X Paços de Ferreira

LUSOMUNDO PREMIUM 21:35 35mm

LUSOMUNDO ACTION 13:05 Família de Mafi osos

LUSOMUNDO HAPPY 17:25 K-9 O Agente Canino

LUSOMUNDO GALLERY 08:45 O Imperador e o Assassino

AXN 14:50 A Flecha e a Rosa 22:25 Tubarão

00:33 Regresso ao Futuro

SPORT TV:11:00 Motocrosse - Camp.M.

MX2 - GP França13:30 Futebol - Premier League

Chelsea X Liverpool 16:00 Futesal - Super Taça Benfi ca X Sporting 21:15 Futebol - Liga Portuguesa Naval X FC Porto

LUSOMUNDO PREMIUM 17:50 Catwoman

LUSOMUNDO ACTION 23:40 O Corvo

LUSOMUNDO HAPPY 15:40 Um Diabo de Miúda

LUSOMUNDO GALLERY 12:15 O Pesadelo de Darwin

AXN 14:50 Fuga de Absolom 18:30 Linha Mortal

22:25 O Último Grande Herói00:38 O Mensageiro

SPORT TV: 21:00 Andebol - Liga ABC X S. Bernardo

LUSOMUNDO PREMIUM 18:35 Ligação de Alto Risco

LUSOMUNDO ACTION 16:30 Frankenstein

LUSOMUNDO HAPPY 15:25 Os Preguiçosos

LUSOMUNDO GALLERY 16:35 Gangs of New York

AXN 14:50 Bang, Bang, Estás Morto 23:15 A Flecha e a Rosa

93.0Rádio Castrense Castro Verde

92.6TLA - Telefonia Local de Aljustrel

102.9Maré AltaV.N. Milfontes

90.0RádioVidigueira

92.8Rádio PlanícieMoura

104.0Rádio SingaFerr. Alentejo

101.4Rádio Pax Beja

104.5Voz da Planície - Beja

RÁDIO

FM

sexta-feira2006.09.15

HOJECéu geralmente pouco nublado.Pequena descida da temperatura.

SÁBADOCéu geralmente pouco nublado. Vento em geral fraco de noroeste, soprando moderado no litoral oeste a sul do Cabo Espichel.

DOMINGOCéu pouco nublado, passando a muito nublado na parte da tarde.Pequena subida da temperatura.

GUI’ ARTE

07:00 Brincar a Brincar 08:00 Brinca Comigo 09:30 O Homem dos Leões 10:00 Eucaristia Dominical 11:00 Crescer Gorila 12:00 A Minha Sogra é uma Bruxa

12:30 Camilo, O Pendura 13:00 Jornal da Tarde 14:45 Só Visto! 15:00 Invasão17:00 Dança Comigo

19:00 Prehistoric Park 20:00 Telejornal 21:15 As Escolhas de Marcelo

Rebelo de Sousa21:45 Filme do Mês

“Tróia” 00:45 Última Sessão

“O Desafi o das Águias”04:00 Televendas 06:05 Nós 06:25 Boletim Agrário

07:00 Euronews 07:30 Músicas de África 08:30 Áfric@global 09:00 Caminhos 09:30 70x7 10:00 Nós 11:00 Da Terra ao Mar 11:30 Consigo 12:00 Arte & Emoção (R/) 12:30 Olhar o Mundo 13:00 Portugal: Retratos de Sucesso 13:30 National Geographic (R/) 14:00 Mundos (R/) 14:45 A Voz do Cidadão 15:00 Desporto 2: 19:00 A Ponte de Todos 20:00 A Cidade dos Porcos 20:30 Os Simpsons 21:00 Bombordo 21:30 A Alma e a Gente 22:00 Jornal 2: 22:30 Britcom 23:30 Onda-curta 00:30 Palco

Page 23: Cópia de P01 - correioalentejo.comcorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N024_20060915.pdf · Quartel de Beja recebe hoje 150 alunos Câmara de Beja pretende cobrar menos impostos P.24

prazeres //Livro // bebida// CD

9 anos após o lançamento do seu último disco, Jhelisa

edita agora o seu muito aguardado novo trabalho.

Prestando tributo à cidade de Nova Orleães, a música de Jhe-

lisa refl ete a riqueza musical da cidade e os acontecimentos do pré e pós passagem do furacão Katrina. Um disco onde a emoção impera.

Autor: Jhelisa Título: A Primitive Guide To Being There

Com o realismo mágico de A Casa dos Espíritos e a sensualidade de Filha da Fortuna e Retrato a Sépia, Isabel Allende apresenta-nos Inés Suarez, uma mulher cheia de força e paixão que conquistou o Chile no século XVI e pro-mete, agora, conquistar o coração dos leitores de

todo o mundo.

Autor: Isabel Allende Título: Inês da Minha AlmaEditora: Difel

Vinho com profunda e intensa cor vermelha-arroxeada com um aroma intenso a frutos silvestres. O paladar demonstra um bom equilíbrio, com notas de carvalho discretas, boa acidez e taninos complexos. É um vinho com boa estrutura, um paladar delicioso a ameixas e cerejas e um fi nal de boca longo. Pronto a consumir de imediato ou nos próximos 3 a 4 anos.

Vinho produzido na Vidigueira na região do Alentejo exclusivamente através da casta 100% Syrah. A sua colheita, produção e engarrafa-

mento é toda ela feita na propriedade familiar de uma família dina-marquesa. Desta família juntaram-se 3 pessoas para criar este vinho em homenagem ao centenário do escritor de contos infantis, também ele dinamarquês. Este escritor viveu durante três meses em Portugal durante o ano de 1866.

CORTES DE CIMA – HANS

CHRISTIAN ANDERSEN

Produtor: Cortes de Cima

Nota: 17,5/20

23 sexta-feira2006.09.15GUI’ ARTE

Consulte a Agência de Viagens Olé Tours onde saberá todos os pormenores. Em Beja a loja Olé fi ca situada na Avenida Miguel Fernandes, mesmo em frente ao Parque de Estacionamento subter-râneo.

escapadelasrotas do “CA” [viagem a Berlim]

Os segredosda grande cidade

O PARLAMENTO

Reichstag é o parlamento da Alema-nha unifi cada. O arquitecto inglês Norman Foster transformou este antigo palácio renascentista numa obra de arte modernista. A enorme cúpula de vidro, com 137 metros de altura e 97 metros de largura, tornou o terraço do Reichstag um dos locais de peregrinação obriga-tória. Esta extraordinária obra de design e engenharia foi idealizada de maneira a que as correntes de ar ascendentes impeçam a chuva de entrar no interior da cúpula.

público & notório

COMO IR

É o símbolo da reunifi cação alemã. Inspirada nos propileus de Atenas, foi edifi cada por Carl Langhans em 1791. Sobre o arco central está assente a escultura quadriga, uma carruagem puxada por quatro cavalos transportando o deus da vitória. Após a con-quista de Berlim por Napoleão, a monumental escultura foi transportada para Paris, sendo resgatada oito anos mais tarde por um general prussiano. Com a divisão da cidade pelo muro a Porta de Brandeburgo fi cou do lado da antiga RDA.

Dezassete anos depois da queda do muro, Berlim é de novo a capital de uma Alemanha reunifi cada. Uma cidade encantadora, cheia de se-gredos por descobrir e com muita arte para oferecer. Propomos-lhe a descoberta da cidade numa via-gem no fi nal deste Verão, para per-ceber a beleza austera e deliciar-se com lugares inesquecíveis.

PORTAS DE BRANDEBURGO

G r u p o A n í b a lAv. Miguel Fernandes, 45 | 7800 BEJAT. 284 323 272 | Fax 284 323 [email protected]

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TEX

TOS:

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POLE

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Manuel Monge

O governador bombeiroAo olhar para a fotografi a do lado, é caso para dizer

que o governador civil de Beja estava pronto para entrar em acção e dar uma mãozinha aos soldados da paz da

região num qualquer incêndio.Durante a cerimónia de entrega de equipa-mentos de protecção individual às 14 cor-porações de bombeiros voluntários do distrito de Beja, realizada na passada semana, Manuel Monge fez questão de experimentar, sob o olhar atento de Canudo Sena, as nóvas cógulas e capacetes que agora protegem os bombeiros alentejanos. Um

momento para a poste-ridade que comprova

o bom humor do nosso governa-

dor civil.

Page 24: Cópia de P01 - correioalentejo.comcorreioalentejo.com/jornal_em_pdf/N024_20060915.pdf · Quartel de Beja recebe hoje 150 alunos Câmara de Beja pretende cobrar menos impostos P.24

SUGERE...

SEXTA 15.09.2006 MÁ

XIM

A

MÍN

IMA TEMPO PARA HOJE. Céu geralmente pouco nublado.

Pequena descida da temperatura. pág. 22

p.02 REGIÃO > Baixo Alentejo • p.06 RETRATO 7 DIAS • p.08 ANÁLISES & OPINIÃO • p.10 DINHEIRO & NEGÒCIOS • p.15 CONTRA FACTOS • p.16 VIDA ACTUAL > Sociedade • p.19 CORREIO DESPORTIVO • p.21 GUI’ARTE

27 13

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SÁBADO. [10H30] ENCONTRO EM FERREIRA Antigos professores e alunos

do Externato Nun’Álvares têm um encontro de confraterni-zação este sábado.

DOMINGO [16H00] FUTEBOL EM FERREIRA Ferreirense, Alcacerense, Orio-

lenses e Armacenenses disputam o tradicional torneio inter-regio-nal de Ferreira do Alentejo.

José Soeiro DEPUTADO DO PCP NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA [pág.15]

Cento e cinquenta crianças de uma escola do ensino básico de Beja co-meçam as aulas nesta sexta-feira, oito, no quartel do Regimento de Infantaria 3 (RI3), na periferia da ci-dade, devido a obras de remodelação no edifício escolar.Os alunos da Escola Básica número 1 (EB1) são os primeiros de um total de 500 alunos de três estabelecimentos do ensino básico da cidade que vão ter aulas no RI3 durante as obras de remodelação dos edifícios escolares no ano lectivo 2006/07.

O Governo tem uma estratégia para privatizar e fazer da água um grande negócio. Haver sistemas intermunicipais é um entrave a esse objec-tivo.“

Educação. Ano lectivo arranca em Beja com uma novidade

RI 3 de Beja acolhe150 jovens estudantes

Feira Anual de Setembro

Ferreira do Alentejo inaugura parque de feiras e exposições

Regimento de Infantaria recebe hoje 150 alunas da Escola Básica 1 da cidade de Beja

A vila de Ferreira do Alentejo acolhe neste fi m-de-semana, a partir de hoje e até domin-go, a tradicional Feira Anual de Setembro, este ano marcada pela abertura do novo espaço de feiras e exposições, situado nos terrenos contíguos à antiga Ermida de S. Sebastião. Trata-se de um recinto com uma área de 4,6 hectares que, segundo a Câmara Municipal de Ferrei-ra do Alentejo, constitui “uma importante valia na promoção das actividades económicas e cultu-rais do concelho”. A inauguração do espaço está agendada pra esta sexta-feira, às 18 horas.A feira, que vai ter espectáculos musicais com a banda reggae “Ar-

sha” (sábado, 22 horas) e a canço-netista Tucha (domingo, 22 horas), destaca-se ainda pela realização da tradicional caminhada noctur-na, onde habitualmente se regista numerosa participação popular . O local de concentração dos cami-nheiros é na Praça Comendador Infante Passanha, junto à Câmara Municipal e Sociedade Filarmóni-ca Recreativa, entidades organiza-doras. Para participar na Rota do Cardim basta apenas comparecer no local de partida pelas 20 horas e levar uma lanterna. O percurso, na distância de 8,2 km, é bastante fácil e tem o seguinte itinerário: Ferreira, Azinhais, Mata Mulheres, Vale de Judeu, Coitos Cardim e Ferreira do Alentejo.

Durante as últimas semanas foram criados percursos civis no interior da unidade militar e vedado todo o perímetro do RI3 que vai ser utiliza-do pela comunidade escolar. As 150 crianças matriculadas na EB 1 de Beja são as primeiras a ter aulas no RI3, o que, segundo o presidente da Câma-ra Municipal de Beja, “deverá aconte-cer durante todo o primeiro período escolar, já que as obras só terminam em Dezembro”.De acordo com Francisco Santos, de-pois das obras na EB1, seguem-se as

remodelações na EB 2, durante o se-gundo período escolar, e na EB 5, no terceiro período.“As remodelações das últimas duas escolas básicas da cidade, a EB 3 e 4, deverão decorrer no fi nal do ano lec-tivo, durante o Verão do próximo ano, pelo que as actividades e as crianças destas escolas não serão transferidas para o RI3”, adiantou o autarca.Além das intervenções nas cinco escolas da cidade, a autarquia vai também remodelar outras 11 escolas básicas de freguesias rurais. Nestes casos, adiantou Francisco Santos, os alunos e actividades escolares serão transferidos para os edifícios das res-pectivas juntas de freguesia.

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