Parque Dom Carlos I – Caldas da Rainha Fase I: Análise

Instituto Superior de Agronomia - UC :Gestão e Recuperação de Paisagem Cultural Docentes: Cristina Castel-Branco, Sónia Talhé Azambuja Discentes: Gonçalo Pinheiro (19174), Joana Santos (1882), Mariana Dias (19427), Michal Gajkow (21616), Vanessa Passeiro (19444)

JELLICOE, Geoffrey; JELLICOE, Susan - The Landscape of man: shaping the environment from prehistory to the present day. London: Thames and Hudson, 1995 MANGORRINHA, Jorge; SOURE, Dulce Maria Santa Marta de - Rodrigo Berquó Cantagalo, 1839-1896: Arquitecto das Termas / Org. Centro Hospitalar das Caldas da Rainha . Caldas da Rainha : Centro Hospitalar, 1996 MANGORRINHA, Jorge; PINTO, Helena Gonçalves - O Desenho das Termas. História da Arquitectura Termal Portuguesa. Lisboa: Ministério da Economía e da Inovação, 2009 ORTIGÃO, Ramalho – As Farpas: chronica mensal de politica, das letras e dos costumes. Lisboa: Typographia Universal, 1871 ORTIGÃO, Ramalho – Banhos de Caldas e Aguas Mineraes. Porto: Livraria Universal, 1875 PINTO, Helena Gonçalves - Do Passeio da Copa ao Parque D. Carlos I, Caldas da Rainha : Centro Hospitalar, 1998 RODRIQUES, Luis Nuno; TAVARES, Mário; SERRA, João B. (Coord.) – Terra de Águas: Caldas da Rainha, História e Cultura . Caldas da Rainha, CMCR, 1993 SOURE, Dulce Maria Santa Marta de - Um parque para as Caldas: História do Parque D. Carlos I. Caldas da Rainha : PH - Património Histórico, Grupo de Estudos, 1993 TRANCOSO, Vasco – Caldas da Rainha: um contributo iconográfico através do Bilhete Postal Ilustrado editado até meados do século XX. Lisboa: Elo, 1999 TURNER, Tom - 24 Historic Styles of Garden Design . London: Gardenvisit.com, 2008 - Jornal das Caldas – Jornal das Caldas online [em linha] Caldas da Rainha, 2008. Disponível na www <URL: http://www.jornaldascaldas.com/> Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana - Sistema de Informação para o Património Arquitectónico – Monumentos.pt [em linha], Lisboa 2001-2013 . Disponível na www <URL: http://www.monumentos.pt/>

BIBLIOGRAFIA E OUTRAS FONTES:Livros, Artigos e Sites

ENVOLVENTE

Caldas de Óbidos - Zona extremenha Século XII: Monges de Cister Propriedades com vinha, olival, ceriais Ordem Beneditina Sta. Maria de Recomador Termas medievais romanas Ermida Espírito Santo e Ermida São Silvestre

Finais séc. XIV- 1ºmetade séc. XVIII: 1485: Hospital Termal Caldas de Óbidos Povoação com 30 moradores isentos de impostos 1495: Igreja Nossa Sra. Do Pópulo Melhorar Hospital com rendimentos das Aldeias vizinhas Mata Rainha D. Leonor 1511: carta régia e foral de Vila

Infraestruturas/ vias: D. João V: 3 chafarizes, Aqueduto, Reconstrução Hospital Estrada Lisboa - Coimbra

2ºmetade séc. XVIII: Rossio – Praça da Répública Mercado diário Paços do Conselho, Ermida S. Sebastião, Pelourinho Rua Direita: Rossio-Praça Velha

Planta Finais Séc. XVIII

Olaria de cerâmica: “Palassy das Caldas” – Maria dos Cacos (1820-1853) Louça Verde das Caldas SECLA: Sociedade de Exportação de Cerâmica Lda

1927: Cidade Hotel Lisbonense, Praça de Touros 1967: Hospital Distrital e Hospital Termal – Unidade Hospitalar Rua 16 de Março

Caminho-de-ferro Leiria-Torres Vedras-Lisboa R. Do Andrade: Passeio da Copa-Pinhal Alargar: R. Camões, R. Doctor Manuel F. Freire da Câmara

Planta finais séc. XIX

HISTÓRIA CRONOLOGIA 1799: construção do Passeio da Copa (António Gomes da Silva Pinheiro) associada à criação de uma Casa de Convalescença (finalizada em 1855) em terrenos da antiga Quinta do Hospital Jardim Barroco: composição axial e eixos de simetria 1836: criação do Clube de Recreio 1866: foram demolidos o tanque e as azenhas por questões de enquadramento e higiene 1889: fica estabelecido o plano de obras que visa a transformação do Passeio da Copa num Parque (Rodrigo Berquó) 1891: concretização e arborização do parque. Construção de campos de jogos e de um lago Parque romântico 1892, Junho: conclusão do assentamento do gradeamento de ferro que veda o parque

Lago Artificial

Aspecto Geral

1896: morre Rodrigo Berquó, ficando por concluir a obra do Novo Hospital D.Carlos I

Início do séc.XX: novos equipamentos de lazer introduzidos no parque - ringue de patinagem, campos de

ténis e carreira de tiro (1905);

(já existiam o coreto e a Casa dos Barcos)

1920: arrendamento dos terrenos da carreira de tiro para a edificação do Salão Ibéria; realiza-se a I Exposição

Agrícola, Pecuária e Industrial das Caldas;

1927, Agosto: realizou-se a V Exposição Agrícola, Pecuária e Industrial e de Automóveis.

1934: 1ª Exposição do Museu José Malhoa na Casa dos Barcos;

1940: inauguração do Museu Provincial de José Malhoa (Paulino Montez); Realização da

Exposição da Estremadura;

1948: Anteprojecto de Remodelação do Parque (Arquitecto Paisagista Francisco Caldeira Cabral);

1949: Projecto e posterior construção do Pavilhão-Restaurante com esplanada (José Pereira da Silva);

Início do anos 50 - realização parcial do Projecto de Francisco Caldeira Cabral; naturalização das margens do lago

1961: ante-projecto de arranjo paisagístico na mata do Parque (Horácio Eliseu), com vista à instalação de um

parque de campismo;

1982: proposta de reformulação do parque por Francisco Caldeira Cabral;

"No novo arranjo de conjunto verde que rodeia o Hospital Termal julgamos que, é manter a

diferenciação clara entre o parque, mais ajardinado e mais intensamente tratado e a zona da

mata com carácter mais próximo da paisagem rural envolvente. Assim se propõe que a mata

conserve o seu carácter actual... O tratamento do parque será mais complexo visará em 1º lugar uma

simplificação de trabalho de manutenção e por outro lado o aumento das superfícies cobertas de vegetação

- relva, plantas herbáceas vivazes e arbustos - a diminuição das superfícies pavimentadas... Os relvados

deverão poder ser utilizados para passear ou para banho de sol e não serão mais zonas proibidas...

serão plantadas nas zonas intermédias, entre o relvado e o caminho Calluna vulgaris bem como várias

espécies de ericas".

2002: revegetalização do lago e limpeza de espécies invasoras do parque (Plano de Reabilitação do Oeste,

Engenheiro João Caldeira Cabral, consultor técnico da Administração do Centro Hospitalar para os assuntos

do Parque e Mata).

18

PRIMEIRO ESTÁDIO- JARDIM BARROCO

Composição

19

SEGUNDO ESTÁDIO - JARDIM ROMANTICO

(Francisco Eduardo de Andrade Pimentel 1878 Rodrigo Berquó, Novembro 1888)

20

(Paulino Montez , 1940)

TERCEIRO ESTÁDIO - JARDIM FORMAL

(FRANCISCO CALDEIRA CABRAL, 1948)

QUARTO ESTÁDIO - JARDIM NATURALISTA

22

ZONEAMENTO HISTÓRICO

I II

II

III

IV

IV V

V

ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO

Subdominante:

Dominante de Volume:

Sotaque composicional:

Superficie de exposição:

Eixo de simetria

Elementos de percepção:

VISTAS PANORAMICAS

Os solos das Caldas da Rainha são alcalinos , derivados de margas e calcários.

São característicos da zona os Cercais (Quercus faginea) e os Sobreirais (Quercus suber).

Outras espécies autóctones : Phillyrea latifolia( Aderno), Arbutus unedo (Medronheiro), Olea europaea var.

Sylvestris (Zambujeiro), Viburnum tinus (Folhado), Pistacia lentiscus (Aroeira), Erica arborea (Urze-branca),

Myrtus communis (Murta), Ruscus aculeatus (Gilbardeira).

VEGETAÇÃO POTENCIAL

VEGETAÇÃO

Zona Norte

VEGETAÇÃO EXISTENTE

Zona Norte

Aucuba japonica, Phormium tenax,

Clorophytum comosum, Laurus

nobilis

Laurus nobilis, Rhododendron

japonicum

Platanus hispanica,

Hebe

salicifolia,Agapanthus

praecox

Laurus nobilis, Ophiopogon japonicus Platanus hispanica, Clivia

cyrtanthiflora

VEGETAÇÃO

Zona do lago

Cyperus alternifolius Phoenix canariensis, Iris pseudacorus Aloe arborescens, Pittosporum

undulatum, Hedera helix

Populus sp., Prunus cerasifera var. Pissardii, Typha latifolia, Viburnum tinus, Cortaderia selloana

Magnolia grandiflora

VEGETAÇÃO

Zona Este

Populus sp. Cortaderia selloana, Chaenomeles x superba,Araucaria

cunninghamii, Araucaria bidwilli

Cupressus lusitanica, Tilia cordata, Platanus

hispanica

Buxus sempervirens, Thujopsis dolabrata

Cephalotaxus harringtonii, Platycladus

orientalis, Acanthus mollis

Phoenix canariensis Bergenia crassifolia, Phormium tenax Cupressus lusitanica Grevillea robusta,

Eucalyptus globulus

VEGETAÇÃO

Zona Central-Oeste

Cupressus sempervirens, Buxus

sempervirens, Melaleuca ericifolia,

Ceratonia siliqua

Photinia serratifolia, Nerium

oleander, Senecio petasites

Cupressus funebris

Hedera helix , Wisteria sinensis Platanus hispanica, Buxus sempervirens

Platanus hispanica, Buxus

sempervirens

Syagrus romanzoffiana

Eucalyptus ficifolia

Magnolia grandiflora,

Ulmus minor

Ficus benjamina,

Prunus lusitanica

VEGETAÇÃO

Zona Sul

Phoenix canariensis, Trachycarpus

fortuneii

Platanus hispanica, Viburnum tinus

Cupressus lusitanica, Pittosporum undulatum

Platanus hispanica, Thujopsis dolabrata

VEGETAÇÃO

Problemas

Infestação por Acacia

melanoxylon na zona da entrada

Sudeste.

Relvado degradado na zona do parque de merendas e próximo da

entrada principal.

Quinta Visconde de Sacavém

Parque D. Carlos I

Mata D.Leonor

Traçado Medieval (a partir de planta de 1742)

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

39°24'6.38"N 9° 8'2.08"W

14 hectares

~340 m (Norte/Sul) por ~420m (Nascente /Poente)

SOBREPOSIÇÃO DO ANTEPROJECTO DE REMODELAÇÃO

(FRANCISCO CALDEIRA CABRAL, 1948)

SOBREPOSIÇÃO DO MAPA DE CAMINHOS

(FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ORIENTAÇÃO, 1998)

LAGO ARTIFICIAL

Projectado por Rodrigo Berquó em1889

Construido em 1891

Impermeabilizado em asfalto

300m de perímetro

6.000m2 de área

(já excluindo 2.0002 da “ilha” central”)

4.800m3 de volume de água

(assumindo altura média de 80cm)

“O que vamos vendo? Um parque formoseando

com um lago alimentado com mais água emprestada que da casa”

1892, “O Caldense”

LAGO

1902

1931

1908

1928

LAGO ARTIFICIAL

Aspecto Geral

1906

1921

1936

1908

LAGO ARTIFICIAL

Alterações dos gradeamentos

1936

1918

1921

1932

1936

LAGO ARTIFICIAL

Alterações das pontes

LAGO ARTIFICIAL

Situação actual

OUTRAS PEÇAS DE ÁGUA

Memórias perdidas

ENTRADAS

CAMINHOS

EDIFÍCIOS

ESTATUÁRIA

O PARQUE