Panorama do Novo Testamento
2Corntios

1.
Introduo

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Introduo

Com tom bastante pessoal, 2Co apontada com uma autobiografia de Paulo, pois revela a mente e o corao do apstolo dos gentios. A epstola uma mistura de sentimentos: alegria pelo ministrio; sofrimento no desenvolver da obra evangelstica; e tristeza pela desconformidade da igreja em relao ao seu apostolado.

2Co contm menos ensino sistemtico e mais expresses pessoais, por isso a epstola no possui uma estrutura to clara como 1Co.

Mas nenhuma outra epstola permite uma viso to clara da carreira de Paulo quanto 2 Co

Provavelmente duas cartas combinadas em uma (cap. 1-9 e10-13) reparem a diferena de tom (7.16 e 13.5).

2.
Informaes Bsicas

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Informaes Bsicas

Grupo: Epstolas paulinas eclesisticas

Autor: Paulo

Data: 56-57d.C.

Local:Macednia

Alvo: Cristos em Corinto

Versculo-chave: 2Co 3.5-6

Expresso-chave:Defesa apostolar

Autor: segundo 1.1 acredita-se na participao de Timteo na autoria da carta.

Local: 2.13 e 7.5

Propsito

Em sua segunda carta aos Corntios, Paulo expressa seu alvio e alegria que a igreja tinha recebido a sua carta "severa" (hoje perdida) de uma maneira positiva. Essa carta dirigia-se a questes que estavam causando divises na igreja, principalmente a chegada dos (falsos) apstolos (2Co 11.13) que estavam atacando o carter de Paulo, semeando a discrdia entre os crentes e ensinando uma falsa doutrina. Eles parecem ter questionado a veracidade de Paulo (2Co 1.15-17), a sua capacidade de falar (2Co 10.10, 11.6) e sua relutncia em aceitar sustento da igreja em Corinto (2Co 11.7 - 9; 12.13). Havia tambm algumas pessoas que no haviam se arrependido de seu comportamento licencioso (2Co 12.20-21).

Essa carta severa ou carta de tristeza (2.3-4).

Propsito

Positivamente, Paulo achou que os Corntios tinham recebido bem sua carta "severa". Paulo ficou muito feliz ao ficar sabendo por parte de Tito que a maioria dos membros da igreja de Corntios tinha se arrependido de sua rebelio contra Paulo (2Co 2.12-13, 7.5-9). O apstolo os encoraja por isso atravs de uma expresso de amor genuno (2Co 7.3-16). Paulo tambm buscou reivindicar seu apostolado, j que alguns membros da igreja tinham provavelmente questionado sua autoridade (2Co 13.3).

Esboo

A nossa suficincia vem de Deus (2Co 3.5) 2Co 1-7: A defesa do ministrio de Paulo

2Co 8-9: A oferta para os cristos em Jerusalm

2Co 10-13: Defesa contra os falsos apstolos

3.
Principais Personagens

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Principais Personagens

Paulo: autor das cartas igreja de Corinto (1.1 13.14)

Timteo: missionrio enviado por Paulo para auxiliar a igreja de Corinto (1.1-19)

Principais Personagens

Tito: homem gentio que ajudou na coleta para a igreja em Jerusalm; confiado por Paulo para entregar suas cartas aos corntios (2.13; 7.6-8.24; 12.18)

Falsos apstolos: falsos mestres da igreja em Corinto que se faziam passar por cristos (11.13-15)

4.
O Carter de Deus

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O Carter de Deus

Deus consolador: 1.3; 7.6

Deus glorioso: 4.6

Deus amoroso: 9.7; 13.11

Deus misericordioso: 1.3

Deus poderoso: 6.7; 9.8; 13.4

Deus cumpre suas promessas: 1.20; 6.18; 7.1

Deus reconciliador: 5.18-19

Deus esprito: 3.17

Deus verdadeiro: 1.20

5.
Contexto

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Circunstncias da carta

2Co foi escrita da Macednia, pouco tempo depois de 1Co (2Co 2.12-13; 7.5-7). A data mais provvel 56d.C. Depois de escrever 1 Co, Paulo ficou em feso por algum tempo at que o grande distrbio popular acerca da deusa Diana tornou essencial a sua sada dali (At 19.22-41; 20.1). Possivelmente, antes de sair de feso, Paulo fez uma rpida viagem a Corinto, durante a qual foi pessoalmente injuriado (2Co 2.5-11; 7.12), fato que o levou a escrever 2Co.

Circunstncias da carta

Paulo estava preocupado quanto maneira que a igreja de Corinto havia recebido a epstola anterior. Querendo saber a respeito da repercusso de suas repreenses, ele enviou Tito a Corinto. Durante a terceira viagem missionria, em Filipos, Tito o informou que a maioria da igreja havia recebido as instrues com bom esprito.

Circunstncias da carta

Mas alguns duvidaram dos seus motivos e chegaram mesmo a negar o seu apostolado, dizendo que ele no tinha as credenciais necessria a um apstolo. Talvez pensassem assim porque ele no havia pertencido ao grupo original dos doze. Nessas circunstncias, Paulo escreveu 2Co. Ele tinha em mente a gratido pela resposta positiva da igreja sua liderana (2Co 7.11-16), o preparo da igreja para a terceira visita (2Co 10.1-11) e a refutao aos falsos mestres judeus itinerantes (2Co 10-12).

Os inimigos de Paulo em Corinto

Os nativos de Corinto foram os primeiros a causar grandes problemas para o apstolo Paulo, provavelmente, pela forte influncia de paganismo, imoralidade e filosofias gregas (2Co 2.1-11; 6.14-7.1). Depois apareceram os judeus mais religiosos (2Co 10-13). Fato que Paulo tinha grandes inimigos dentro da igreja. Nativos ou judeus, ambos geraram dificuldades a ele.

6.
Contedo da Epstola

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Contedo da Epstola

Embora essa no seja to sistemtica como as demais epstolas de Paulo, possvel organiz-la de maneira lgica. Basicamente, 2Corntios pode ser dividida em trs sees principais.

Ministrio Apostlico 2Co 1-7

Paulo desfaz o ressentimento da igreja narrando suas lutas ministeriais Defende suas aes (1.3-2.17)

Descreve seu ministrio (3.1-6.10)

Desenvolve seu apelo (6.11-7.16)

Contribuio na igreja 2Co 8-9

Paulo incentiva a mordomia voluntria da igreja Exemplo dos macednios (8.1-7)

Exemplo de Cristo (8.8-15)

Exemplo da colheita (8.16-9.15)

Defesa apostlica 2Co 10-13

Paulo confirma seu apostolado Recebeu poder de Deus (10.1-8)

Pregou o evangelho (11.1-33)

Recebeu revelao (12.1-13)

Pregou com interesse (12.14-13.10)

7.
Assuntos em Destaque

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Contribuio na igreja

O principal objetivo de Paulo, nessa seo (Cap.8-9), foi incentivar os crentes corntios a participarem com amor e alegria da contribuio para obra do Senhor. Ele escreveu: Cada um contribua segundo tiver proposto no corao, no com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem d com alegria (2Co 9.7)

Paulo descreve a natureza da contribuio dos crentes:

Generosidade: 8.2; 9.5Amor: 8.8Boa vontade: 8.12

Voluntariedade: 8.3Responsabilidade: 8.11Igualdade: 8.13-15

Participao: 8.4Prontido: 8.11Alegria: 9.7

Obedincia: 8.5Proporcionalidade: 8.10-12

O Ministrio do Apstolo Paulo

Paulo no mercadejava a Palavra, mas falava na presena de Deus por meio de Cristo (2Co 2.17)

A suficincia de Paulo vinha de Deus (2Co 3.5)

O ministrio de Paulo era segundo a misericrdia de Deus (2Co 4.1)

Paulo pregava Jesus Cristo como Senhor (2Co 4.5)

Paulo sofria por Jesus para viver a vida de Jesus (2Co 4.8-10)

Paulo reconhecia seus mritos apenas no servio a Deus (2Co 6.3-10)

A honestidade de Paulo com os outros era a que tinha com Deus (2Co 8.21)

O Ministrio do Apstolo Paulo

Seu proceder no era mundano (2Co 10.2)

Seu corao no era vaidoso (2Co 10.12)

Seu corao era vocacionado (2Co 11.5)

Sua vida era diferente da dos impostores (2Co 11.6-15)

Seu corpo sofria as lutas do ministrio (2Co 11.22-27)

8.
Cristo em

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Paulo qualifica a Cristo de vrias maneiras

2Co 1.5:Consolador

2Co 2.14:Triunfante

2Co 4.5:Senhor

2Co 4.6:Luz

2Co 5.10:Juiz

2Co 5.19:Reconciliador

2Co 5.21:Substituto

2Co 9.15:Doador de dons

2Co 10.7:Dono de ns

2Co 12.9:Poderoso

9.
Aceitao no Cnon

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Aceitao no Cnon

No existe nenhuma referncia segura a 2Co antes de 140 d.C. (cnon de Marcio). Somente a partir de meados do sculo II existem evidncias (inconsistentes) de que 2Co era considerado parte da obra paulina.

Aceitao no Cnon

A maioria dos estudiosos insistem que isso no deve por em dvida a autenticidade de 2Co. A questo que desperta curiosidade por que 2 Corntios aparentemente no circulou to ampla e to rapidamente quanto 1 Corntios.

10.
Aplicaes Prticas

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2Corntios na Prtica

Esta carta a mais biogrfica e a menos doutrinria das epstolas de Paulo. Ela nos diz mais sobre Paulo como pessoa e como ministro do que qualquer outra. Dito isso, h algumas coisas que podemos aprender desta carta e aplicar hoje em nossas vidas. A primeira coisa a boa administrao, no s de dinheiro, mas de tempo tambm. Os macednios no s deram generosamente, mas "tambm deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a ns, pela vontade de Deus" (2Co 8.5).

2Corntios na Prtica

Da mesma forma, no s devemos dedicar tudo o que temos para o Senhor, mas tudo o que somos. Ele realmente no precisa do nosso dinheiro. Ele onipotente! Ele quer um corao que anseia por servir, agradar e amar. Boa administrao e ofertar a Deus mais do que apenas dar dinheiro. Deus quer 100%. Ele quer que nos entreguemos por completo a Ele. Tudo o que somos. Devemos viver nossas vidas para servir o nosso Pai. Devemos no s dar a Deus de nosso salrio, mas as nossas prprias vidas devem ser um reflexo dEle. Devemos dar tudo de ns ao Senhor em primeiro lugar, e depois para a igreja e ao trabalho do ministrio de Jesus Cristo.

11.
Concluso

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Concluso

A saudao final (2Co 13.11-13) consiste numa exortao para o aperfeioamento da igreja em face a tantos problemas. Paulo finaliza a epstola apelando para que a igreja seja unida.