nt novembro 2014

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«2014 foi um bom ano» EDIÇÃO ONLINE NOVEMBRO 2014 Notícias do ténis MOSELLE-OPEN/ARNAUD BRIAND

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Page 1: NT Novembro 2014

«2014 foi um bom ano»

EDIÇÃO ONLINE NOVEMBRO 2014

Notícias do ténis

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Page 2: NT Novembro 2014

Não enjeitare-mos qualquer esforço para contribuir e ajudar ao

crescimento, desviando os escolhos que podem surgir

no trajeto

2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Federação Portuguesa de Ténis

Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | [email protected]

EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa

E ste ano foi o melhor da carreira de João Sousa. Em 2013, a terceira

ronda no quadro principal de singulares do Open dos Estados Unidos e o triunfo em Kuala Lumpur, na Malásia – o primeiro de um tenista português em singulares no ATP World Tour – abriram expetativas para 2014. Expetativas que, na verdade, se confirmaram, com o jovem vimaranense, treinado por Fre-derico Marques, a assinar uma época excelente a todos os títu-los. Os cometimentos do tenista vimaranense são aludidos na entrevista que João Sousa concedeu a Notícias do Ténis, dos quais destaco apenas um, quiçá o que ressalta mais: a 35.ª posição na hierarquia mun-dial, nunca antes alcançada por um representante do ténis portu-guês. João Sousa é indubitavelmen-te o expoente máximo do ténis português, mas é justo que se fale também noutros tenis-tas, masculinos e femininos, alguns rostos da nova geração e outros consagrados.

Um ano excelente

Editorial

VASCO COSTA

Presidente da Federação Portuguesa de Ténis

Os êxitos conseguidos por estes tenistas refletem que o ténis português está no bom caminho, recomenda-se plena-mente e tem capacidade para crescer mais. Essa é a minha convicção. Por isso, não enjeitaremos qualquer esforço para contribuir e aju-dar ao crescimento, desviando os escolhos que podem surgir no trajeto, procurando soluções para viabilizar essas situa-ções. Esse é o nosso objetivo.

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Este ano foi o melhor de João Sousa. Não só alcançou o melhor registo pessoal no «ranking» ATP e de um tenista

português— 35.º lugar, a 14 de julho — como disputou mais duas

finais do ATP World Tour (Bastad, na Suécia, e Metz, em França), foi semifinalista num torneio de relva natural (s-Hertogenbosch,

na Holanda) e atingiu os quartos de final de uma prova de catego-ria 500 (Rio de Janeiro). «Acho que 2014 foi um bom ano e espero melhorá-lo já para o ano que vem», afirmou o vimaranense, em

entrevista a Notícias do Ténis, recordando ainda os confrontos com Rafael Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray e… Roger Federer, que

venceu no «tie break» da primeira partida. «Foi especialmente memorável para mim ter defrontado Federer, já

que sempre foi um ídolo de infância!», admitiu.

«Foi memorável defrontar Federer»

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Em 2014, João Sousa assinou a melhor época de sempre

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4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

«Sinceramen-te, não gosto

muito de pensar em

números e no ‘ranking’. Luto

em cada dia

para ser melhor jogador e

alcançar os meus objeti-

vos pessoais. Penso no tra-balho do dia a dia e as coisas têm-me corri-

do bem até

agora»

económica dos meus pais foi fun-damental para o meu sucesso.

— Este ano, alcançou a 35.ª posição no «ranking» ATP, o melhor registo pessoal e de um tenista português. Esperava

chegar tão longe? — Sinceramente, não gosto mui-to de pensar em números e no «ranking». Luto em cada dia para

Q uando tinha 15 anos, o sonho de ser tenista profis-sional povoava a mente de

João Sousa. Era tudo o que o jovem natural de Guimarães que-ria e convenceu o pai a mudar-se sozinho para Barcelona. O recurso a empréstimo foi a solução encon-trada. Presentemente com 22 anos, João Sousa alcançou a 35.ª posi-ção na hierarquia mundial e soma já um triunfo em torneios do ATP World Tour (Kuala Lumpur, em 2013). Este ano, que admite ter sido “bom”, esteve perto de mais um título em duas ocasiões, em Bastad, em julho, e Metz, em setembro.

Notícias do Ténis — O sonho acabou por ser tornar realidade. Como se sente por ter concreti-zado o objetivo a que se pro-

pôs? João Sousa — Foi, sem dúvida, uma aposta enorme por minha parte e com um enorme apoio dos meus pais e irmão. Certamente sem eles nunca teria chegado onde estou! Hoje em dia, colho os frutos da aposta, do trabalho e da dedicação realizada durante anos. — Para concretizar o sonho foi necessário trabalho. Experi-mentou também outras dificul-dades, como as saudades de casa, o facto de viver sozinho e ter de cuidar da roupa e da ali-

mentação… — Sim, foram, sem dúvida, mui-tos factores contra o sucesso, mas nenhum deles me tirou a vontade de singrar e lutar pelos meus sonhos e objetivos. — Valeu a pena a aposta de seu pai, com o pedido de empréstimo para financiar a sua

estada em Barcelona? — Penso que os meus resulta-dos e a minha carreira até ao momento falam por si! A aposta

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ser melhor jogador e alcançar os meus objetivos pessoais. Penso no trabalho do dia a dia e as coi-sas têm-me corrido bem até ago-ra. Sem dúvida, é uma grande marca para o ténis português e para mim!

— Está no seu pensamento ir mais além do que a 35.ª posi-

ção?

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— Isso só o trabalho e os resul-tados o dirão. Espero continuar a dar alegrias àquelas pessoas que me apoiam.

— Este ano, foi o seu melhor ano, não só por causa de ter jogador duas finais no ATP World Tour. Depois do triunfo em Kuala Lumpur, esperava que

2014 fosse melhor?

«Os meus resultados e a minha carreira

falam por si! A aposta

Económica dos meus pais foi fundamen-tal para o meu sucesso. Hoje em dia, colho os frutos da

aposta, do trabalho e da dedica-ção realizada

durante anos»

João Sousa alcançou a 35.ª posição na classificação mundial a 14 de julho deste ano

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6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Há três anos que João Sousa trabalha com Fre-derico Marques, que con-sidera ser um treinador «muito metódico» e «um

verdadeiro amigo». João Sousa, que com-pletou 25 anos em março, acrescentou que Frederi-co Marques é «um profis-

sional exemplar». «Acredito que a palavra fracasso não esteja no dicionário de Frederico Marques», declarou o tenista vimaranense, representado pela Polaris Sports, empresa de ges-tão de direitos de ima-

gem, de Jorge Mendes. Já com testes médicos realizados no Porto, João Sousa tem o regresso à competição programado para a China. À seme-lhança do ano passado, o vimaranense jogará o ATP World Tour Chennai,

torneio de categoria

250. Após o torneio chinês, no qual não foi além da primeira eliminatória do quadro principal de sin-gulares no último dia de 2012, João Sousa e Fre-derico Marques viajam para a Nova Zelândia, para a prova de Auck-

land. No início da temporada de 2014, João Sousa optou pelo torneio de Sydney, de categoria 250 (também não passou da ronda um do quadro prin-

cipal). A prova de Auckland, igualmente da série 250 do ATP World Tour, servi-rá de preparação para o Open da Austrália, em Melbourne. Será a primei-ra participação de João Sousa nas provas do

«Grand Slam» do ano.

«Frederico Marques é muito metódico»

— Obviamente que gostaria de ter vencido outro torneio ATP este ano, não o vou negar, mas as coisas não correram da melhor forma nas duas finais joga-das. Independentemente disso, acho que 2014 foi um bom ano e espe-ro poder melhorá-lo já para o ano que vem! — Sentiu alguma pressão nas finais de Bastad (Suécia) e Metz

(França)? — Como digo sempre, pressão é não ter dinheiro para alimentar os próprios filhos. Certamente que existiu algum nervosismo extra, mas é algo com que os profissionais lidam diariamente e que faz parte dos encontros. — Este ano, teve bons resulta-dos na superfície de relva natu-ral. Acha que está um jogador

mais versátil? — Penso que sempre fui um jogador que se adapta bem a todas as superfícies e, sem dúvi-da, a temporada de relva correu melhor este ano do que em anos anteriores. — Quais foram as melhores

recordações deste ano? — As duas finais de este ano [Bastad, na Suécia, e Metz, em França] e ter defrontado por várias vezes os melhores do mundo, como Rafael Nadal [nos quartos de final do ATP World Tour Rio de Janeiro, de categoria 500], Novak Djokovic [primeira ronda de Roland Garros], Andy Murray [segunda ronda do ATP World Tour Acapulco, de catego-ria 500] e… Roger Federer [segunda ronda do ATP World Tour Halle, categoria 250, relva natural], já que foi sempre um ído-lo de criança.

— E as piores?

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— A aposta vai continuar pela mesma linha de trabalho que se tem vindo a realizar até agora. Espero poder aumentar a minha equipa, para ter um acompanha-mento mais específico na área da recuperação. — Até agora, jogou já uma ter-ceira ronda em torneios Masters 1.000 (Miami, este ano) e em provas do «Grand Slam» (Open dos Estados Unidos, no ano passado). Atuou também nos quartos de final de um torneio de categoria 500, este ano, no Rio de Janeiro. Acredita que pode pode chegar mais longe

em cada uma dategorias? — Vou trabalhar para que assim seja. Foram bons resultados, sem

— Sem dúvida, a temporada de terra batida na Europa, em que perdi várias vezes consecutivas.

— Este ano, realizou mais tor-neio em pares. Aliás atingiu as meias-finais no Portugal Open, ao lado de Gastão Elias, ceden-do para a dupla que acabou por conquistar o título. Como justifi-

ca esta opção? — Acho que os pares é uma variante muito bonita e uma boa oportunidade de melhorar muitos aspetos do jogo de cada jogador. Acabei o ano no «top» 100 em pares e, sem dúvida, isso é um bom feito para mim.

— Qual a aposta para a tem-

porada de 2015?

«Sempre fui um

jogador que

se adapta bem a

todas as superfícies e,

sem dúvida,

a temporada

de relva correu melhor

este ano do que em

anos anteriores»

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dúvida, mas considero-me ambi-cioso e vou lutar para poder melhorar esses registos.

— Teve também presença nas presenças de Portugal na Taça Davis, nas eliminatórias com Eslovénia e Rússia, ambas dis-putadas fora. A equipa portu-guesa foi relegada para o Grupo II da Zona Europa/África. É o possível o regresso ao Grupo I

em 2015? — Penso que o objetivo principal de 2015 passa por aí. Acredito que temos uma equipa que per-tence sem dúvida ao Grupo I. E, porque não, Grupo Mundial! — Nos últimos anos, Portugal teve uma equipa na Taça Davis com um conjunto de jogadores bem cotados no «ranking» ATP. Qual o lugar de Portugal na Taça Davis? No Grupo I ou pode-se aspirar em chegar ao Grupo

Mundial? — O nosso objetivo era disputar o «play-off» do Grupo Mundial. Infelizmente, isso não foi possível, mas acredito plenamente que Por-tugal o possa fazer nos próximos anos!

— Para atingir o Grupo Mun-dial na Taça Davis, o que será

necessário? — Muito trabalho, acreditar e,

por vezes, uma pontinha de sorte também ajuda. — Como vê a seleção com

Nuno Marques como «capitão»? — Penso que Nuno e os restan-tes elementos da equipa técnica têm vindo a fazer um óptimo tra-balho. Como digo, as coisas não correram bem este ano para Port-tugal, mas acredito que, nos próxi-mos anos, vão correr melhor.

«Acredito que temos uma equipa que

pertence sem dúvida ao Gru-po I [da Taça

Davis]. E, por-que não, Gru-po Mundial! O nosso objetivo [em 2014] era

disputar o ‘play-off’ do Grupo Mun-dial. Infeliz-mente, isso

não foi possí-vel, mas acre-

dito plena-mente que Portugal o

possa fazer nos próximos

anos»

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— Embora resida no estran-geiro, como vê o ténis portu-

guês? — Penso que o ténis português tem vindo a evoluir muitíssimo nos últimos anos. Temos vários jovens jogadores a quererem vir a ser profissionais e vários integrados no «ranking» ATP. É, sem dúvida, um sucesso para o nosso ténis. — A nova geração de tenistas

— Frederico Silva, Nuno Bor-ges, Romain Barbosa, Inês Mur-ta, etc… — dá garantias de uma

evolução continuada? — Acredito que sim. Temos vários jovens com muito talento e espero que possam continuar a evoluir como até agora.

— É possível mais portugue-

ses no «top» 100? — Sem dúvida.

«O ténis por-tuguês tem

vindo a evoluir muitíssimo nos últimos anos. Temos vários jovens

jogadores a quererem vir a ser pro-fissionais e

vários integrados no ‘ranking’

ATP»

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Os números da época

35 Registo máximo

no «ranking» ATP em singulares

82 Registo máximo

no «ranking» ATP em pares

36/21 Torneios

disputados em singulares/pares *

62/36 Encontros disputados

em singulares/pares *

2 Finais

em singulares

26 Vitórias

em singulares *

36 Desaires

em singulares *

Page 11: NT Novembro 2014

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21 Desaires

em pares *

* Inclui as eliminatórias da Taça

Davis Eslovénia-Portugal e Rússia-Portugal

36 Desaires

em singulares *

Em Wimbledon, João Sousa foi afastado na prova individual

pelo suíço Stan Wawrinka, na altura o número três mundial

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15 Vitórias

em pares *

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O prémio

de uma vida

O sobrinho-neto de Guilherme

Pinto Basto foi distinguido com o galardão «Personalidade

do Ano» em ténis da

Confederação

do Desporto de Portugal

J osé Basílio Pinto Basto foi distinguido com o prémio «Personalidade do Ano» em

ténis, galardão instituído pela Con-federação do Desporto de Portu-gal (CDP), em reconhecimento da dedicação à modalidade. O prémio «Personalidade do Ano» foi entregue a José Basílio Pinto Basto na Gala do Desporto, no Casino Estoril. O vice-presidente da Federação Portu-guesa de Ténis admitiu que foi uma surpresa ter sido distinguido. «Não esperava de todo receber este prémio. Nunca trabalhei no ténis para receber prémio algum. O prémio é a minha alegria de ver que o ténis anda para a frente», disse José Basílio Pinto Basto. O dirigente federativo reiterou que tudo o que fez no ténis não foi ser agraciado com prémios. «Sempre fiz porque gosto muito da modalidade», afirmou.

No entanto, considerou que «é bom» ser agraciado. «É sempre agradável», disse, depois de ter recebido o galardão das mãos de Sofia Silva e Sousa, presidente do Conselho Jurídico da CDP, na XIX Gala do Desporto, subordinada ao lema «O Desporto depois de Abril», por ocasião do 40.º aniver-sário do 25 de abril de 1974. José Pinto Basto referiu que o prémio com que foi distinguido «significa, principalmente, uma grande alegria». E justificou: «A alegria é por saber que as pessoas do ténis reconhecem as pessoas que gos-tam de ténis e que fazem alguma coisa pelo ténis». Pinto Basto lembrou a sua forte ligação ao ténis, modalidade que começou a praticar «desde os sete anos». «Para o ano, faço 67 anos e já jogo há quase 60 anos», frisou.

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José Basílio Pinto Basto

completa 67 anos em 2015 e joga

ténis desde os seis

O vice-presidente da Federação Portuguesa de Ténis lembrou ain-da a paixão que nutre pelo ténis. A mesma que tinha Guilherme Pinto Basto, seu tio-avô, «o homem que trouxe para Portugal o ténis e que também introduziu no país o fute-bol». José Basílio Pinto Basto recor-

dou igualmente que Guilherme Pinto Basto foi o primeiro presi-dente da Federação Portuguesa de Ténis, fundada em março de 1925. Guilherme Pinto Basto mante-ve-se na presidência da estrutu-ra federativa desde 1925 a 1933.

José Pinto Basto recebeu o prémio da CDP das mãos

de Sofia Silva e Sousa

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Mais de sete dezenas de jovens res-

ponderam afir-mativamente à convocatória,

que visou, essencialmen-te, a observa-ção de atletas para os futu-ros compro-

missos

A s seleções nacionais de sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18, em masculinos e

femininos, juntaram-se no Jamor, para a realização de um estágio intermédio, que, como refere Nuno Mota, coordenador dos seleciona-dos juvenis, permitiu «a observa-ção de atletas do primeiro ano, em cada escalão, para garantir a con-tinuidade do projeto». Mais de sete dezenas de jovens participaram no estágio, para o qual foram convocados «atletas de primeiro e segundo ano» em cada escalão, possibilitando aos selecionadores nacionais Joana Roda (sub-12 femininos), Paulo Santiago (sub-12 masculinos), Manuel Costa Matos (sub-14 femi-ninos), Gonçalo Neves (sub-14 masculinos), Joana Pangaio (sub-16 femininos), Vítor Ferreira (sub-16 masculinos), Miguel Sousa (sub-18 femininos) e Emanuel Couto (sub-18 masculinos)

«definir os atletas que estarão mais próximos das convocatórias para as provas de preparação aos Campeonatos da Europa de verão». Nuno Mota salientou ainda que outra preocupação foi «preparar a convocatória para as Winter Cup, de sub-12, sub-14 e sub-16». O coordenador das seleções nacionais juvenis referiu ainda que ficou delineado para a próxima temporada «manter a programa-ção competitiva» nos seleciona-dos «de sub-12 e sub-14». Também constitui objetivo «reforçar o apoio às seleções nacionais de sub-16 e sub-18, com acompanhamento técnico nos nove torneios ITF Futures pre-vistos para 2015», além de «apoiar os melhores atletas de sub-18 masculinos, no sentido de os colocar em posição elegível para aceder aos torneios do ‘Grand Slam’ júnior em 2015».

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14 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Reunião no Jamor Sub-12 femininos

Sub-16 femininos

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Sub-12 femininos

Sub-12 masculinos

Sub-14 femininos

Sub-14 masculinos

Sub-16 masculinos Sub-16 femininos

Sub-18 femininos Sub-18 masculinos

FOTOS: D.R.

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PUBLICIDADE ………….……………………………………….………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..…ÇÃO ONLINE JANEIRO 2014

16 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

A Academia dos Champs está a desenvolver o pro-cesso de filiação na Fede-

ração Portuguesa de Ténis de mais nove jovens. É o resultado do trabalho desenvolvido desde 2009 pelo projeto de integração social através do ténis. Miguel Plantier, diretor técnico da Academia dos Champs, refere que «só agora se começa a obter resultados a nível técnico e a ter alunos preparados para dar este salto da realidade do ténis nos bairros para a vertente profissional do ténis». Com cinco núcleos em todo o país, a Academia dos Champs «federou apenas um aluno» no ano passado, porque era preciso «perceber que apoios seriam necessários, quanto demorava todo o processo, com quem se teria de estabelecer contacto na área da saúde, para que se pudessem cobrir todas as necessi-dades em termos de exames diag-nósticos e de saúde, entre outros». «É preciso perceber que os nos-so alunos não podem suportar este tipo de despesas e que não surgem de um habitual clube de

Admirável mundo novo

ténis», explica Miguel Plantier, acrescentando que «foi necessá-rio envolver a Federação Portu-guesa de Ténis e criar, mais uma vez, um formato piloto, para agora se poder federar alunos em maior número». Contudo, Plantier reforça que é necessário a avaliação do jovem, para aferir se está preparado «não

A Academia dos Champs,

projeto de integração

social através do ténis, com cinco núcleos

em todo o país,

está a preparar

a federação de mais nove

jovens

O CIF (Manuel de Sousa no centro da foto) tem parceria com Academia dos Champs

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PUBLICIDADE ………….……………………………………….………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….…………..…ÇÃO ONLINE JANEIRO 2014

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 17

Admirável mundo novo

só em termos técnicos como emo-cionais, para gerirem as emoções e lidarem com eventuais frustra-ções perante um cenário mais competitivo». Para que os jovens transpo-nham as fronteiras dos seus bair-ros e possam vivenciar outras experiências em realidades distin-tas, a Academia dos Champs

e o CIF deram as mãos. A parce-ria, que possibilitou a integração de cinco alunos nos grupos de Manuel de Sousa, completou três meses em finais de outubro. Embora assinale que é cedo para realizar um balanço, Miguel Plantier sublinha que «estes pri-meiros passos têm sido importan-tes, não só para os alunos envol-

Em finais de julho,

a Academia dos Champs estabeleceu uma parceria

com o CIF

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O CIF (Manuel de Sousa no centro da foto) tem parceria com Academia dos Champs

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18 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

vidos como para toda a dinâmica do projeto». «O CIF abre-nos as portas para a integração dos nossos jovens e a possibilidade de evoluírem no patamar desportivo, sendo que nós, enquanto projeto de respon-sabilidade social, levamos tam-bém ensinamentos importantes a todos os responsáveis e alunos do CIF. É uma troca de experiências muito produtiva, que tem tudo para dar certo. Foi fundamental percebermos que podemos criar valor juntos e aprender não só

enquanto desportistas, mas tam-bém como pessoas», declara o responsável da Academia dos Champs. Carlos Manuel Santos, secretá-rio-geral do CIF, refere que «faz todo o sentido a abertura [do clu-be] à Academia dos Champs», just i f icando que se pode «proporcionar a crianças e jovens o acesso a instrumentos que os podem ajudar a evitar certos cami-nhos e a criar uma vida melhor, com ambições que podem acabar por se tornar uma realidade».

A parceria

com o CIF é a primeira

e foi estabelecida

pela proximidade geográfica

com o núcleo piloto de

Outurela

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 19

A Academia dos Champs tem cinco núcleos no país, quatro na Grande Lisboa e um a norte do

Porto. Ao núcleo piloto de Outurela somam-se a Aldeia SOS de Bicesse, no Estoril, e os centros de Trajouce e Alcabide-che, ambos na área geo-gráfica do concelho de

Cascais. O único núcleo no norte do país está na Maia, fun-cionando no Complexo Municipal de Ténis da Maia. Este centro foi

inaugurado em 2013. O próximo núcleo a ser

inaugurado em breve será no Algarve, mas, como refere Plantier, «há uma grande necessidade de projetos como a Aca-demia dos Champs nou-

tras zonas do país». Em 2013, o ATP World Tour distinguiu o Portu-gal Open e a Academia dos Champs, no âmbito de um programa que visa destacar anualmente pro-jetos de solidariedade nos locais ondem decor-

rem os eventos. A Academia dos Champs foi um dos 14 projetos destacados em

2012 em todo o mundo.

Em breve no Algarve

O que presidiu à escolha do CIF foi a proximidade geográfica com Outurela, onde se desenvolve «o núcleo piloto» da Academia dos Champs. «Não temos ainda apoio ao nível do transporte dos jovens. Assim, e como é bastante perto, os alunos deslocam-se facilmente até ao CIF», frisa o diretor técnico da Academia dos Champs. Esta parceria é a primeira da Academia dos Champs neste pro-jetoque cria rotinas desportivas diferentes. O objetivo «é poder alargar os horizontes dos jovens envolvidos, dotando-os de ferra-mentas que lhes permitam vencer na vida». A preocupação é a de que os alunos da Academia dos Champs possam «melhorar e evoluir». Esta é mais uma das parcerias da Academia dos Champs, projeto «sustentado numa rede bastante forte» de parceiros, «desde os parceiros fundadores aos que, gradualmente, se têm juntado e coberto as necessidades que vão surgindo em diferentes áreas». Alargar o leque de clubes par-ceiros «é sempre uma hipótese, até porque o crescimento orgânico do projeto e a necessidade de consolidação dos núcleos existen-tes assim o exigem». No entanto, Plantier assinala que seria necessário que poten-ciais clubes estejam identificados com «a missão e visão» da Aca-demia dos Champs.

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20 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

J oana Valle Costa, na Univer-sidade de Louisiana desde janeiro deste ano, estreou-se

a vencer um título em singulares no circuito universitário norte-americano, com a conquista do torneio Jack Kramer Invitational. Na final do torneio, Joana Valle Costa superou a júnior norte-americana Giuliana Olmos, com os parciais de 2-6, 7-6 (6) e 6-0, depois de ter salvo um «match point» na segunda partida. «Este prémio significou imenso para mim, porque foi o primeiro título que ganhei na Universidade de Louisiana (LSU). Estou muito orgulhosa de mim mesmo, tenho trabalhado muito e esse trabalho está a ser recompensado. Todos os sacrifícios que tenho feito valem toda a pena neste momen-to. Todo o dia é para melhorar», disse Joana Valle Costa, a fre-quentar o curso Sports Administra-tion, com uma bolsa de estudo a cem por cento. A vitória foi tão mais saborosa quanto a entrada no «top» 40 do «ranking» universitário norte-americano. «Estes torneios no outono contam para o ‘ranking’ individual e não para equipa. São torneios para ganhar rodagem e para melhorar o ‘ranking’. Com esta vitória, vou entrar no ‘top’ 40, de certeza absoluta. São torneios que nos preparam para a tempo-rada, que nos dão relevo. Os melhores jogadores de cada equi-pa [universitária] estavam lá», afir-mou. Com o triunfo no Jack Kramer Invitational, Valle Costa encerrou a primeira temporada nos Estados Unidos e vai agora entrar na pré-temporada, «fase em que os trei-nos são mais específicos».

O primeiro sorriso

«Centramo-nos na condição físi-ca. Serão cerca de seis/oito horas de trabalho físico por semana e treinos individuais no campo», explicou Valle Costa, que vai igualmente entrar na fase dos exa-mes finais do ano letivo na LSU. Também ao fim está quase a chegar o primeiro ano de Joana-Valle Costa na LSU, uma expe-riência que tem sido enriquecedo-ra no ténis, sem lugar a arrependi-mentos.

Joana Valle

Costa, a frequentar a Universidade

de Louisiana, terminou a primeira temporada

nos Estados

Unidos com a conquista de um título

individual. Um triunfo

que vai permitir a entrada no

«top» 40 do circuito

universitário norte-ame-

ricano

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 11 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 11

Na terra das oportunidades

A Federação Portuguesa de Ténis e a America International, empre-sa norte-americana com sede em Espanha, presidida por Ramón Romero, uniram esforços para ofecerer aos tenistas portugue-ses novas alternativas de desen-volvimento, através de um pro-grama de bolsas de estudo em universidades dos Estados Uni-dos. O principal objetivo do acordo é proporcionar aos tenistas portu-gueses que pretendam compatibi-lizar a formação académica com a prática do ténis a possibilidade de acederem a educação de excelência. Desta forma, os tenistas portu-gueses reforçam as competên-cias, que lhes permitirão aceder ao mundo laboral, e mantêm a opção de, no futuro, acederem ao circuito profissional de ténis. O caso de Arnau Brugues é paradigmático. O espanhol gra-duou-se numa universidade dos Estados Unidos e optou pela car-reira profissional no ténis, atin-gindo a 135.ª posição mundial.

No presente, mais de 23 jogado-res entre os 200 mais bem cota-dos no «ranking» ATP estudaram em universidades estado-unidenses. Desde 1999, a America Interna-tional foi responsável pelo envio de 150 estudantes e desportistas portugueses para universidades e liceus dos Estados Unidos, com bolsas de estudo. Joana Laranjinha (Universidade de São Francisco), Mariana Sal-vador (Rollings College), Ricardo Jorge (Ole Miss), Mafalda Ramos (Universidade da Virgínia), André Paulino (Universidade de Radford), Daniel Mician (Berry College) e Peter Rodrigues (Duke University) são alguns exemplos de jovens portugue-ses que viajaram para os Esta-dos Unidos, para frequentarem estabelecimentos de ensino norte-americanos. A America Internacional foi fundada em 1992 e a parceria com a Federação Portuguesa de Ténis foi estabelecida em finais de maio do presente ano.

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 21

O primeiro sorriso

«Tenho crescido mais do que possam imaginar, fora e dentro do campo. A minha equipa técnica [Julia Sell, «head coach», e Michael Sell, treinador de John Isner] é fabulosa e todo o trabalho que tenho feito vai-me ajudar a ir para o circuito profissional. Não é fácil, mas vale toda a pena e títu-los como este dão-me mais força para continuar a lutar pelo meu sonho de ser profissional», decla-rou Joana Valle Costa.

Joana Valle Costa e Julia Sell, que veio a Cantanhede observar a portuguesa, em 2013

Ramón Romero e Vasco Costa

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C ristina Rolo, co-autora do livro «Treino Mental no Ténis: Estratégias Práticas

para o Sucesso» e consultora de tenistas profissionais, foi distingui-da com o «2014 UNCG Young Alummi Award», na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O «2014 UNCG Young Alummi Award» constitui o reconhecimen-to do contributo de Cristina Rolo para o desenvolvimento da psico-logia do desporto. «Este prémio distingue excelên-cia profissional, serviço e equilí-brio entre vida profissional e pes-soal», afirma Cristina Rolo, que, conjuntamente com Dave de Haan, o também autor do livro subordinado ao tema do treino mental, são pioneiros «no «desenvolvimento, implementação e divulgação junto da comunidade tenística e nos media da psicolo-gia do desporto aplicada à melho-ria do desempenho de tenistas de alta competição». Cristina Rolo e Dave de Haan são igualmente pioneiros «na metodologia inovadora utilizada na consultoria com tenistas profissio-nais de ‘top’ ATP». A metodologia, esclarece Cristi-na Rolo, «inclui a melhoria do desempenho dentro e fora do ‘court’, trabalho com toda a equipa envolvente, bem como o acompa-nhamento presencial de tenistas

nas competições do ATP World Tour». Em 2003, a Universidade da Carolina do Norte atribuiu a Cristi-na Rolo o prémio «Kate R. Bar-rett», destinado a distinguir estu-

Cristina Rolo,

co-autora do livro

«Treino Mental no Ténis:

Estratégias Práticas para o Sucesso» e consultora de

tenistas profissionais,

foi de novo premiada

nos Estados

Unidos

Uma outra distinção

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dantes que se sobressaiam no meio académico, pelas notas ou pelo trabalho que desenvolvem. Cristina Rolo é licenciada em Ciências do Desporto pela Facul-dade de Motricidade Humana de

Uma outra distinção

Lisboa e fez depois o primeiro mestrado em Portugal em psicolo-gia do desporto. Nos Estados Unidos, Cristina Rolo fez o doutoramento em psi-cologia do desporto.

Cristina Rolo e Dave de

Haan são pioneiros da

psicologia do desporto

aplicada à

melhoria do desempenho dos tenistas

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 23

Cristina Rolo recebe distinção

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24 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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De volta ao Qatar

U ma vez mais, Luís de Sou-sa fez as malas, para abra-çar um novo projeto no

ténis. Depois de quase uma déca-da a trabalhar no Médio Oriente, o treinador regressou ao Qatar, onde esteve a trabalhar de 2005 a 2010. Luís de Sousa — foi treinador de Nuno Marques, quando o atual selecionador nacional na Taça Davis entrou no «top» 100 — volta a trabalhar com a federação qata-ri, como conselheiro técnico. O treinador português assumiu outra função: diretor da Smash Academy, pertencente ao emir do Qatar, Sheik Tammim, ao presi-dente da federação de ténis e pro-prietário da cadeia televisiva Bein Sports e do Paris Saint-Germain , Nasser Al Kholaifi, e do irmão, Klaid Al Kholaifi. O convite foi endereçado em julho deste ano e Luís de Sousa não hesitou em responder afirma-

tivamente ao desafio de, “pela pri-meira vez”, regressar a um país onde já tinha estado a trabalhar anteriormente. Um dos objetivos a que Luís de Sousa se propôs na Smash Aca-demy, que opera em cinco locais chave de Doha, a capital do Qatar, é o de «apoiar jovens com poten-cial internacional», com a acade-mia a desempenhar o papel de «agência de jogadores». Outro dos propósitos do trabalho é a internacionalização da Smash Academy, com a abertura de aca-demias em outros países «ou comprando clubes e fazendo con-tratos de concessão de escolas e centros de treino». Inevitavelmente, «Portugal está nos planos», embora Luís de Sou-sa vá começar a desenvolver o projeto «no Golfo Pérsico». Outras das ideias que Luís de Sousa apresentou é a do apoio financeiro «a alguns atletas do

Depois de um período

de cinco anos

no Qatar, de 2005 a 2010,

Luís de Sousa voltou ao emi-

rado, onde colabora com a federação

qatari, além de estar

na Smash Academy

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 25

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Luís de Sousa

é o diretor da Smash

Academy, em Doha, capital

do Qatar

Qatar que estão nos Estados Uni-dos, um em Saddlebrook e dois na Evert Acadermy». Também a realização de está-gios com seleções e a organiza-ção de torneios nacionais e inter-nacionais constitui uma meta a concretizar por Luís de Sousa na direção da Smash Academy.

Anteriormente, Luís de Sousa exerceu funções de selecionador iraquiano na Taça Davis e traba-lhou igualmente na Arábia Saudi-ta, Jordânia, Egito e Moçambique, este último país em resultado de uma parceria que envolveu as federações de ténis portuguesa e moçambicana.

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Luís de Sousa (ao centro, na foto)

voltou ao Médio Oriente

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26 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

O sonho de chegar mais longe

J oão Sanona é vice-campeão nacional. Na edição de 2014 do Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/

Taça Angelini, no CIF, o tenista do Clube de Ténis de Setúbal, de 35 anos voltou a discutir o título com Carlos Leitão, que, pelo segundo ano consecutivo, levou-lhe a melhor. Atleta da seleção nacional de ténis em cadeira de rodas, João Sanona não esperava atingir este patamar quando se iniciou na práti-ca da modalidade, que escolheu «para colmatar a falta de uma ativi-dade desportiva». Antes, Sanona jogava basquete-bol em cadeira de rodas e, após pesquisa das modalidades que podia praticar, encontrou «o ténis à porta de casa», no Clube de Ténis de Setúbal. «Fui praticar sem qualquer objeti-vo de competir. Era apenas des-porto, diversão e gosto pelo ténis», rememorou João Sanona, acres-centando que «a competição veio com a evolução da prática». Sanona lembrou que «foi o per-correr das várias etapas» e notou que começou a sentir «a necessi-dade de colocar em prática no jogo» o que fazia nos treinos. Com os treinos «a correr bem», a competição acabou por ser a etapa seguinte para João Sanona. «Após o primeiro torneio em Setúbal, o ‘bichinho’ da competi-ção, que estava adormecido desde os tempos do basquetebol, desper-tou e não mais consegui parar, pois a competição transmite-nos sensações únicas e desafia-nos a ultrapassar os nossos limites. Isso faz-me gostar bastante da competi-ção», afirmou.

Porém, nem tudo são rosas na modalidade, pois há dificuldades a superar, entre as quais «a aquisi-ção da cadeira de rodas», que é «bastante cara». Outra das dificuldades, «a maior» para João Sanona, é «arranjar ’budget’ para poder com-petir nos torneios ITF». Por isso, juntamente com o treinador, Joa-quim Nunes, o vice-campeão nacional em 2014 e 2103 está «à procura de parcerias, para conse-guir esse objetivo, com o fim de subir no ’ranking’ ITF». «Em conjunto com o meu treina-dor, estou a tentar programar um conjunto de provas para 2015 . O orçamento para fazer entre oito a dez torneios internacionais ronda quatro mil euros, um plano impos-sível de cumprir sozinho», disse Sanona. O objetivo fulcral é a subida no «ranking» ITF e poder «sonhar com os Jogos Paralímpicos de Rio de Janeiro, em 2016». «É um dos meus desejos. Penso que todos os atletas sonham representar um dia o seu país no maior evento desportivo do mun-do. A tarefa é árdua e complicada de alcançar, mas a vontade de tornar esse sonho realidade é ain-da maior. Há que, pelo menos, tentar cumprir os objetivos e, no fim, dizer que fiz tudo o que esta-va ao alcance», sustentou. Sanona assinalou que «o ténis em cadeira de rodas tem tido uma evolução brutal à escala mundial» e disse acreditar que a modalida-de tutelada pela Federação Portu-guesa de Ténis «pode crescer mais». A nível mundial, «a qualidade de jogo tem evoluído bastante e,

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 27

O sonho de chegar mais longe

cada vez mais, assiste-se à profis-sionalização dos jogadores de ‘top’». «Em Portugal, estamos muito longe disso, mas temos dado pas-sinhos pequenos no crescimento da modalidade», para que contri-buiu o «aparecimento de novos jogadores e de mais gente interes-sada no ténis em cadeira de rodas», observou Sanona, acen-tuando que, no país, é necessário «um trabalho na base, nos clu-bes». «Na minha opinião, tem de haver uma sensibilidade maior por parte dos clubes, para acolher e

desenvolver a modalidade, não só a nível de barreiras arquitectóni-cas, mas no nível socioeconómi-co. Já ouvi algumas pessoas que gostavam de praticar, mas que, depois, esbarram muitas vezes nos preços praticados pelos clu-bes ou treinadores», salientou, elogiando a Federação Portugue-sa de Ténis pelo «trabalho bastan-te positivo, com a criação do Clu-be Inclusivo, com a atribuição de ’prize money’ no Nacional e a sua inclusão na Semana do Ténis & Padel, que tem sido um bom mei de divulgação, assim como a parti-cipação de Portugal no Mundial».

João Sanona, de 35 anos, treinado por

Joaquim Nunes, é vice-

campeão nacional de

ténis em cadei-ra de rodas

pelo segundo ano

FE

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João Sanona tem o sonho da presença nos Jogos Paralímpi-cos do Rio de Janeiro, em 2016

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28 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

J oão Roque sagrou-se cam-peão nacional de padel nes-te ano. Foi o sexto campeo-nato conquistado — este ao

lado de Gonçalo Nicau — num per-curso que começou em 2005, na Quinta da Marinha e no Lisboa Racket Centre, sem que o pensa-mento fosse o de somar títulos. «A ideia, se é que existia na altu-ra em que comecei a jogar padel, era mesmo divertir-me e, ao mes-mo tempo, praticar um desporto que achei interessante. Era um desporto de raquetas novo e que, em certa medida, quem vem do ténis consegue jogar logo de início com algum nível. Na altura, éramos poucos, ma um grupo divertido», admitiu João Roque. Com o passar do tempo, os tor-neios apareceram e «o sentimento da competição foi ganhando mais peso». Em 2006, João Roque foi cam-peão nacional pela primeira vez, formando par com Pedro Plantier. A parceria voltou a produzir resul-tados em mais três campeonatos nacionais, em 2007, 2008/2009 e 2010. Em 2012, João Roque voltou a festejar o título nacional, desta feita conjuntamente com Diogo Rocha. «Felizmente, são já seis títulos de campeão nacional e cada um com a sua história», frisou João Roque, acrescentando que foi ten-do «sorte nos parceiros», além de ter sublinhado que o padel «é um desporto em que os dois jogadores têm um papel muito importante». Vencedor em seis campeonatos nacionais, João Roque admitiu que não pensou em títulos quando se iniciou na modalidade. «Não contava com títulos ou mesmo representar o país nos

campeonatos do Mundo ou da Europa», disse, lembrando «a sor-te» de ter feito parte da primeira seleção de Portugal no Campeo-nato do Mundo, em 2006, em Múr-cia, em Espanha. João Roque acabou por estar nos Mundiais seguintes: 2008, 2010, 2012 e 2014. Em 2007 e 2009, o jogador representou Portugal no Europeu.

O campeão nacional acidental

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 29

«Tive alguma boas vitórias nos campeonatos do Mundo e da Europa. Em 2009, no Campeonato da Europa realizado em Cascais, cheguei aos quartos de final na categoria Open e Portugal ganhou o terceiro lugar. Em 2012, no Campeonato do Mundo, no Méxi-co, venci todos os jogos disputa-dos na categoria de países. São já

desenvolveu e, ao mesmo tempo, podíamos tentar rodear os proble-mas que existiram no país vizinho, na altura», disse. João Roque preconizou também que, «usando os meios das esco-las e das câmaras municipais», o padel deve chegar «ao maior número de pessoas, onde já exis-tem campos de padel».

Em 2006, João Roque foi campeão

nacional pela primeira

vez, ao lado de Pedro

Plantier. O par averbou

mais três títulos

nacionais. Em 2012,

João Roque e Diogo Rocha

vencem o Campeonato

Nacional. O título deste ano do Cam-

peonato Nacional de Padel/Taça

Banco BIC, no

CIF, foi alcançado ao lado de

Gonçalo Nicau

O campeão nacional acidental

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algumas vitórias importantes para o meu nível e que f ico bastante satisfeito quando as recordo», salientou João Roque. O hexacampeão nacional afirmou acreditar que «o padel vai conti-nuar a crescer» em Portugal, mas, sublinhou, para a m o d a l i d a d e «evoluir e cimen-tar de vez precisa de muita coisa». «O padel tem tudo para dar cer-to e, ainda por cima, estamos ao lado do país com mais jogadores, com mais cam-pos, com mais clubes no mundo. Aprender com eles não cria pro-blemas de qual-quer espécie. Aproveitávamos para ver o que fizeram quando o padel se iniciou em Espanha,

João Roque começou a jogar padel em 2005. Desde então, contabilizou já seis títulos nacionais

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O ténis é... o meu dia a dia.

Jogo ténis… porque é o melhor desporto que existe.

O que mais gosto no ténis… jogar o 7-6 no terceiro «set».

O que mais detesto no ténis… perder 7-6 no terceiro «set».

Treinar é… a melhor parte do dia.

Sucesso significa… atingir objetivos pessoais.

No ténis, quero atingir… o topo.

Depois de vencer um encon-tro… ligo ao meu treinador [Nuno Marques]..

Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… jogar o Portugal Open. E a maior tristeza no ténis

foi… lesionar-me.

Se eu mandasse no ténis... tor-nava os torneios nacionais mais competitivos.

Em Portugal, o ténis precisa

de… mais «top» 100

Um ou uma tenista de Portugal no "top" 10 seria... incrível, aliás já tivemos vários e muitos outros para lá caminham.

Um bom treinador é… um trei-nador exigente.

O meu ídolo no ténis é atualmente... não tenho ídolo no ténis.

O meu torneio preferido é… Portugal Open.

A minha superfície preferida

é… terra batida.

No meu saco, não dispenso… o cachecol do Futebol Clube do Porto.

«Quero atingir o topo» «Kiko» foi cam-

peão nacional de sub-14 (2007) e sub-18 (2009) e vice-campeão

nacional de sub-12 (2005) e

sub-14 (2006). Foi vice-campeão nacional em

pares em 2011 (com Diogo

Rocha) e em 2012 (com Ricardo Jor-

ge). No ITF Junior, soma um título em pares (Andorra, em

2010, com Diogo

Rocha) e foi vice-campeão

em singulares em Leiria, Cartago e

Riade (todos em 2009)

30 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Francisco Ramos

21 anos

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Associações Regionais

AÇORES ALGARVE ALENTEJO

AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA

LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO

SETÚBAL VILA REAL VISEU