nt - março 2012

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EDIÇÃO MENSAL ONLINE MARÇO 2012 Notícias do ténis Cinco estrelas A seleção feminina de Portugal terminou em quinto o torneio do Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup, em Eilat, Israel. Uma participação de cinco estrelas. É a melhor classificação de sempre do selecionado luso na maior importante (e antiga) competição de ténis entre nações. Com Pedro Cordeiro como “capitão”, Michelle Larcher de Brito, Maria João Koehler, Bárbara Luz e Margarida Moura brilharam em Eilat e levaram Portugal a galgar 17 posições no “ranking” da Fed Cup. Portugal está agora na 29.ª posição. Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo Ortográfico.

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Notícias do Ténis - Março 2012

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EDIÇÃO MENSAL ONLINE MARÇO 2012

Notícias do ténis

Cinco estrelas

A seleção feminina de Portugal terminou em quinto o torneio do Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup, em Eilat, Israel. Uma participação de cinco estrelas. É a melhor

classificação de sempre do selecionado luso na maior importante (e antiga) competição de ténis entre nações. Com Pedro Cordeiro como “capitão”, Michelle Larcher de Brito,

Maria João Koehler, Bárbara Luz e Margarida Moura brilharam em Eilat e levaram Portugal a galgar 17 posições no “ranking”

da Fed Cup. Portugal está agora na 29.ª posição.

Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo O

rtográfico.

2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

A oitava edição dos Jogos Desporti-vos da CPLP disputa-se em Portugal, no magnífico Parque Desportivo de

Mafra, de 7 a 15 de Julho próximo. Portugal volta assim a acolher mais uma edição dos Jogos, depois de ter organizado a primeira em 1992, na

zona de Lisboa. Por celebrar 20 anos sobre a edição inaugural, os VIII Jogos Desportivos da CPLP revestem-se de especial simbolismo, pelo que as autoridades portuguesas têm demonstrado grande empenho na respetiva organização,

desde o início da sua preparação. Muitos portugueses estarão pouco, ou nada, identificados com esta manifes-tação desportiva que tem constituído uma das molas reais da cooperação

entre os países de língua portuguesa. Os Jogos da CPLP destinam-se a atletas Sub-16 (Sub-17 no Voleibol de Praia e Sub-20 no Atletismo Adapta-do) e reúnem atletas de Angola, Bra-sil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e

Príncipe e Timor-Leste. As modalidades em disputa – escolhi-das em conjunto pelos países partici-

pantes – são Andebol, Atletismo, Atle-tismo Adaptado, Basquetebol, Futebol,

Ténis e Voleibol de Praia. Recentemente teve lugar uma visita ao Parque Desportivo de Mafra, onde foi possível constatar o especial enquadra-mento de todas as modalidades – com exceção do voleibol de praia que se realiza na vizinha Praia do Lisandro – e a qualidade das infra estruturas bem como o cuidado posto pela Câmara Municipal de Mafra na conservação e

manutenção dos espaços. Pela concentração num único parque de (quase) todas as modalidades em disputa estes Jogos vão ser aqueles que irão proporcionar um maior convívio entre os atletas e oficiais de todas as modalidades e países. No fundo, o espírito presente desde a primeira edi-ção: intercâmbio desportivo e cultural

entre jovens dos países CPLP. O Governo português, através do Insti-tuto do Desporto de Portugal, delega na Confederação do Desporto de Portugal

a organização dos Jogos. As federações portuguesas das modali-dades participantes estão incumbidas da organização técnica do evento, ten-do a primeira reunião de trabalho decor-

rido durante a recente visita ao local.

Os VIII Jogos Desportivos da CPLP irão ser um sucesso, não tenho dúvi-da alguma, quer no aspeto organizati-vo quer sobretudo na confirmação do verdadeiro espírito da cooperação entre os países que têm em comum a língua portuguesa. Cuja cumplicidade de mais de cinco séculos deve ser mantida em permanência, a todos os

níveis. E os Jogos são, seguramente, um dos principais veículos desta vivência fraterna, que deve ser perseguida convictamente e melhorada a cada

ano. No que ao Ténis diz respeito será uma boa oportunidade para assinar o protocolo da “Confederação das Federações de Ténis da CPLP”, que foi criada há quatro anos nos Jogos do Brasil mas que, por uma ou outra razão, ainda não foi possível opera-cionalizar. E cujo objetivo é o de esta-belecer projetos no seio dos países envolvidos para o crescimento pro-gressivo e sustentado da organização e qualidade da modalidade junto da Comunidade dos Países de Língua

Portuguesa.

Santos Costa Secretário-Geral

VIII JOGOS DESPORTIVOS CPLP

EDITORIAL

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Federação Portuguesa de Ténis

Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha

Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 [email protected] www.tenis.pt

EDIÇÃO ONLINE Direção: José Corrêa de Sampaio. Coordenação: José Santos Costa

Esforço, dedicação e glória

Cordeiro acredita na seleção

Portugal no torneio do Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup. Em Eilat (Israel), a seleção alcançou a quinta posição entre quinze nações, a melhor classificação de sempre do coletivo luso na mais importante (e antiga) competição entre países. A equipa de Pedro Cordeiro, em que atuaram Margarida Moura e Bár-bara Luz pela primeira vez, galgou 17 posições no “ranking” da Fed Cup. Antes de partir para Eilat, no sul de Israel, Portugal ocupava o 46.º lugar e agora está em 29.º, numa tabela lide-rada pela Itália. Pela primeira vez na história do ténis português, Portugal entra no “top” 30 das nações na Fed Cup, ocu-pando a posição imediatamente seguinte à China, que tem uma tenis-ta entre as dez mais bem cotadas na hierarquia mundial — Na Li. No sorteio para o torneio do Grupo I de 2013 da Fed Cup, Portugal apre-senta-se com melhor “ranking”, o que significa outra condição. Em Eilat, a seleção de Pedro Cor-deiro apresentou-se sem conhecer o

Todos os super-lativos podiam aplicar-se no recordar da parti-cipação da equi-pa feminina de

MICHELLE, BÁRBARA, MARGARIDA E MARIA JOÃO em Eilat

3 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

...

Pedro Cordeiro acredita que, “dentro de alguns anos, será possível che-gar ao “play-off” de acesso ao Gru-po Mundial da Fed Cup, mas reco-nhece que “ainda há muito trabalho para fazer”.

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O selecionador disse que esta sele-ção “continua a fazer história por Portugal no ténis internacional” e salientou que, em Eilat, a equipa portuguesa demonstrou qualidade e valor.

travo amargo da derrota na Fed Cup desde 2010. Em Eilat, o sorteio colocou Portugal na “poule” C (a competição decorreu com quadro grupos), juntamente com Grã-Bretanha, Israel e Holanda. A Grã-Bretanha, primeira nação adversária das portuguesas em Israel, venceu (3-0) e quebrou a invencibili-dade de Portugal no primeiro dia da competição. Mas as tenistas portuguesas não esmoreceram e entregaram-se com dedicação nos embates seguintes da fase de grupos, disputada no sistema de “round-robin”. Depois de perder com as britânicas na estreia em Eilat, Portugal somou por triunfos os con-frontos com Israel, seleção anfitriã, e Holanda, ambos por 2-1, terminando a “poule” C em segundo classificado, atrás da Grã-Bretanha. Michelle Larcher de Brito, Maria João Koehler, Margarida Moura e Bárbara Luz (chamada pela primeira vez para a Fed Cup) igualaram a melhor posição até então registada por Portugal no Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup, que tinha sido obtida em 1998, em Múrcia, em Espanha. Sofia Prazeres, Cristina Correia e Ana-Catarina Nogueira a integravam a formação nacional. Com o segundo lugar após a con-clusão da “poule” C em Eilat, o coleti-vo de Pedro Cordeiro marcou presen-ça no encontro de apuramento do quinto lugar geral, frente à seleção da Bulgária. Portugal venceu categoricamente por 2-0 e as búlgaras, vergadas à maior valia das tenistas lusas, abdi-caram de jogar o compromisso em pares.

BÁRBARA LUZ (em primeiro plano) e MARGARIDA MOURA estrearam-se a jogar na Fed Cup

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4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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A última derrota do selecionado português antes de viajar para Israel tinha sido precisamente frente à Bul-gária, a 6 de fevereiro de 2010, no derradeiro encontro do torneio organi-zado pela Federação Portuguesa de Ténis, na Nave do Jamor, na Cruz Quebrada. Um desaire muito amargo, que pro-vocou a despromoção de Portugal ao Grupo II da Zona Europa/África da Fed Cup em 2011. Nesse ano, Portugal jogou o torneio do Grupo II, no Cairo, Egito, e, depois das vitórias sobre Finlândia e Marro-cos, ambas por 2-1, discutiu com a Geórgia o “play-off” de promoção ao

Grupo I em 2012. O triunfo das lusas frente às georgianas por 2-0 foi inquestionável. O encontro das portuguesas com a Geórgia marcou uma série de vitórias consecutivas de Portugal, até perder com a Grã-Bretanha, em Israel, no primeiro compromisso da “poule” C. Nos últimos sete confrontos de Portugal na Fed Cup desde a derrota com a Bulgária, em 2010, o saldo é positivo para a formação, com Pedro Cordeiro como “capitão”: seis vitórias e apenas um desaire, o registado em Eliat, frente à Grã-Bretanha, no tor-neio do Grupo I da zona euro-africana da competição.

5 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Michelle Larcher de Brito, Bár-bara Luz, Maria João Koehler e

Margarida Moura (na foto da direita, acompanhadas pelo

fisioterapeuta Rui Ferreira e pelo selecionador nacional,

Pedro Cordeiro) exibiram sempre uma boa disposição

contagiante fora dos “courts”.

No jantar do torneio, as portuguesas voltaram

a espalhar entusiamo. As portuguesas,

sempre sorridentes e solícitas, encheram de “glamour” a noite

de Eilat.

Elegância e boa

disposição

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6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

formar uma direção”, recordou Renata de Jesus Duarte. O propósito era cla-ro: tornar a associação “como uma entidade dos clubes e para os clubes e não mais um órgão da Federação

Portuguesa de Ténis”. Para levar a bom porto a ideia, “Carlos Neves conseguiu organizar toda a campanha eleitoral e acabou por se tornar tesoureiro”, como subli-nhou Renata de Jesus Duarte: “Estamos cá para arregaçar as man-

gas”. O mandato termina em 2013 e Renata de Jesus Duarte esclareceu que não é difícil gerir um executivo com quatro mulheres e três homens, numa modalidade em que o sexo

masculino é predominante no dirigismo. “O nosso grupo é bastante coeso. Claro que temos as nossas opiniões, mas trabalhamos em conjunto em prol da modalidade e dos clubes. Julgo que, no início, havia quem se surpreendesse com um grupo de senhoras que apare-ceu para dirigir a associação, mas, ago-ra, já é uma situação normal. O ténis é um desporto misto, logo existe lugar para ambos os sexos. Isto é como na política. Quando surgiram as primeiras ministros e deputadas foi surpreendente

também”, observou. Depois de eleita a direção, a presi-

Na Associação de Ténis de Leiria (ATLEI), o ténis é conjugado maiori-tariamente no feminino. Em sete ele-mentos da direção, quatro são mulheres. Renata de Jesus Duarte é a presidente e Paula Falcão desem-penha o cargo de vice-presidente. O secretariado está entregue a Joana Roda e Ana Paula Rosário é vogal do

elenco diretivo. “Esta direção surgiu de uma con-versa de ocasião, num torneio no CETL (Clube da Escola de Ténis de Leiria). Estava eu, Paula Falcão e Ana Paula Rosário. Discutimos algu-mas ideias que poderiam melhorar a situação da associação, nomeada-mente a sua relação com os clubes e a forma como a ATLEI os poderia ajudar. Todas tínhamos a ideia de que a associação deveria servir para ajudar os clubes e não só para rece-ber inscrições e valores”, explicou

Renata de Jesus Duarte. A ideia germinou e “alguns clubes da mostraram-se interessados”. Afas-tados os receios iniciais, avançou-se para constituir uma equipa “com mulheres que pudessem despender algum do seu tempo” à Associação

de Ténis de Leiria. “Todas nós dedicamos muito do nosso tempo ao ténis, seja a jogar, a arbitrar ou a dar aulas, e quisemos ver algumas coisas melhoradas na nossa associação”, declarou a presi-

dente da direção. “Pensámos, então, num grupo de amigas que nos poderiam ajudar a

Ténis no feminino

...

RENATA DE JESUS DUARTE preside à direção da Associa-ção de Ténis de Lei-ria, um elenco com quatro mulheres e três homens

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7 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

dente da Associação de Ténis de Leiria salientou que “a maior dificulda-de talvez fosse a falta de confiança por parte dos clubes” filiados na estru-tura associativa leiriense, mas o tem-po encarregou-se de desfazer as dúvidas. “Éramos uma equipa completamen-te nova, com pessoas que não ocu-pavam cargos de gestão nos clubes filiados na Associação de Ténis de Leiria e, por isso, havia algumas dúvidas relativamente à gestão que iríamos ter no nosso mandato. Mas essa dúvida não foi só por causa das mulheres da direção. Somos uma equipa e as dificuldades ou os méri-tos são tanto das mulheres como dos homens”, lembrou, acrescentando que também Maria Alice dos Santos integra os corpos sociais (ver elenco na caixa nesta página), com um total de catorze homens e cinco mulheres. Renata de Jesus Duarte considerou que a experiência tem sido agradável e gratificante, embora acentue que, no início do mandato dos atuais cor-pos gerentes da ATLEI, “foi um pou-co complicado”. “Tudo era novo para nós. Gerir o tempo entre a associação e a família tornou-se um pouco difícil, mas tudo se supera e, neste momento, é grati-ficante ouvir as pessoas que se encontram satisfeitas com o trabalho que temos vindo a realizar desde que tomámos posse. É agradável saber que os clubes filiados na associação se sentem bem connosco a gerir”, afirmou. A aprovação do novo modelos de

estatutos, sem alterações desde a fun-dação da Associação de Ténis de Lei-ria, a 26 de Novembro de 1990, e a consolidação financeira (dívidas inexis-tentes) foram duas das metas atingidas pelo executivo maioritariamente consti-tuída por mulheres, que está agora a estudar “alguns planos de apoio aos clubes e aos atletas” da região de Lei-ria. Essa ideia de dispensar apoio é para ser desenvolvida em breve e é uma das tarefas a que Renata de Jesus Duarte, Paula Falcão, Ana Paula Rosá-rio e Joana Roda, acompanhadas por Carlos Neves, Marco Aguiar e Élio Pei-xoto da Cunha, meteram uma vez mais “mãos à obra”, com a mesma determi-nação e o mesmo rigor que, desde a primeira hora, aplicam na gestão da Associação de Ténis de Leiria, eleita para o biénio 2011/12.

Órgãos sociais

Mesa da Assembleia Geral - Presi-dente: João Rosa Carreira; Vice-presidente: Nuno Alves Ferreira; Secretário: Pedro Miguel Simões

Silva

Direção - Presidente: Renata de Jesus Duarte; Vice-presidente: Ana Falcão; Secretário: Joana Roda; Tesoureiro: Carlos Neves; Vogais: Ana Paula Rosário, Marco Aguiar e

Élio da Cunha

Conselho Fiscal - Presidente: Car-los Cristo; Vogais: José Costa

Pinheiro e Maria Alice dos Santos

Conselho Jurisdicional - Presiden-te: José Pires e Borges; Vogais:

João Repolho e Vítor Prazeres

Conselho técnico - Presidente: Miguel Guerra Sousa; Vogais: Tiago

Carvalho e Pedro Monteiro

EM 2011, a ATLEI distinguiu tenistas que se destacaram ao longo da época

...

DIREÇÃO da Associação de Ténis de Leiria maioritariamente constituída por mulheres,

com mandato para o biénio 2011/2012: Renata de Jesus Duarte, Paula Falcão,

Joana Roda (na fila de cima); Élio da Cunha, Ana Paula Rosário e Marco Aguiar (na fila do

meio) e Carlos Neves (ao lado)

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8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Árbitro, campeã nacional e treinadora

É a paixão pelo ténis que norteia Renata de Jesus Duarte, Paula Falcão, Ana Paula Rosário e Joana Roda. “Só gostando muito de algo se dispensa vida familiar e profissional”, sus-tentou a presidente da Asso-

ciação de Ténis de Leiria. Três das quatro dirigentes têm ligação direta ao ténis: Renata de Jesus Duarte é árbitro, Paula Falcão tem o título de campeã nacional de veteranos + 35 anos e Joana Roda exerce as funções de treinadora/professora, tam-bém uma das responsáveis pelo PNDT (Programa Nacional de Deteção de Talentos) na Zona Centro, projeto da Federação Portu-guesa de Ténis. A vogal Ana Paula Rosário é a exceção.

É sub-gerente comercial. Joana Roda, de 23 anos, é a mais nova e a única sem filhos. Renata de Jesus Duarte, de 33 anos, é admi-nistrativa e tem dois filhos do casamento com o árbitro Marco Duarte, um com três e outro com nove anos. Paula Falcão, 45 anos, é técnica especialista na Portugal Telecom e tem uma filha, com 20 anos. Ana Paula Rosário tem uma filha de 18

anos e um filho de 21 anos.

Gil samba em São Paulo

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9 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Winners

Frederico Gil esteve muito ativo fora das “quadras” do ATP World Tour São Paulo, no Brasil, torneio de categoria 250. O tenista portu-guês não só participou numa clínica de ténis, em momentos de grande descontração, como ensaiou uns pezinhos de samba. Juntamente com David Nalbandian, Diego Jun-queira, Santiago Giraldo e Daniel Gimeno-Traver, Frederico Gil visi-tou a escola de samba Tom Maior, no bairro da Barra Funda, em São

esperar que nova tripulação entrasse ao serviço porque a anterior já tinha esgotado 15 horas de voo, o limite

determinado. Quase 24 horas depois de ter dei-xado o aeroporto paulista de Guaru-lhos, Gastão Elias e o técnico Jaime Oncins lá chegaram ao destino, na

Califórnia.

Paulo. Os tenistas tomaram contac-to com o enredo que a Tom Maior levou ao Sambódromo do Anhembi, com o tema “Paz na terra aos homens de bem”, e aprenderam

samba. Gil foi um dos mais anima-dos. “Estou a gostar muito. É muito bom estarmos todos juntos, comen-do e dançando”, disse, citado na

página oficial do torneio.

Gastão Elias e o seu treinador, o brasileiro Jaime Oncins, viveram autênticas peripécias na viagem do Brasil para a Califórnia, nos Esta-dos Unidos, para participar no “qualifying” do Masters 1.000

Indian Wells. O dia começou com um assalto a Jaime Oncins, antes do embarque

em São Paulo, furto que rendeu ao meliante dinheiro e cartões de crédi-to. Chegados aos Estados Unidos, numa ligação aérea, o voo sofreu atraso considerável. É que o apare-lho teve uma avaria, o que obrigou à

substituição da aeronave. Mas o dia aziago não ficou por aqui, uma vez que foi necessário

Roubo, azar e atraso

foi a Madrid visitar o Rei Juan Carlos e o Rajoy e acabou por não treinar. Fizemos uma sessão no campo, logo de manhã, mas, antes disso, ainda estivemos a assistir a uma sessão de

testes de raquetas e a algumas

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10 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Winners

Depois de Frederico Silva ter treinado com o suíço Roger Federer, antes das meias-finais no Open da Austrá-lia, Pedro Felner recebeu o convite de Rafael Nadal para que o tenista das Caldas da Rainha voltasse a Maiorca,

a casa do número dois mundial. O técnico e o tenista portugueses, que estiveram em finais do ano pas-sado na residência do espanhol Rafael Nadal, tinham acabado de chegar dos antípodas e o assentimen-to para mais uns dias de sonho nas Baleares foi de pronto. As malas foram refeitas e Frederico Silva e

Pedro Felner voltaram a viajar. “Chegámos no domingo pela tarde e, na segunda-feira, começámos os treinos. O Rafa está mais bem ‘afinado’ do que da última vez que cá estivemos! Está melhor física e animi-camente, mesmo depois daquela ‘trágica’ derrota na final do Open da Austrália. Treinámos na segunda-feira com o Rafa e, na terça-feira, acabá-mos por treinar com alguns jogadores que estão aqui, por Maiorca, a jogar torneios ‘Futures’. Nesse dia, o Rafa

Frederico Silva e Pedro Felner voltam a casa de Rafael Nadal

cenas de publicidade da Babolat com o Rafa. Tive a oportunidade de ver a tecnologia que a Babolat está a desenvolver e fiquei impressiona-do!” descreveu Pedro Felner na sua

página na internet.

PEDRO FELNER, RAFAEL NADAL E FREDERICO SILVA em Maiorca, nas Baleares

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11 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Winners

A Federação Portuguesa de Ténis organizou uma palestra em Gui-marães, com um convidado espe-cial: Hrvoje Zmajic, da ITF/Tennis

Europe Development. Entre outros técnicos, participa-ram na iniciativa o selecionador nacional em masculinos e femini-nos, Pedro Cordeiro, e o antigo capitão da Taça Davis José Vilela, além de todo o “staff” do Departa-mento de Desenvolvimento da FPT, liderada por Vítor Cabral, e por Hugo Solinho e Pedro Lobão,

técnicos do PNDT. "A ideia é trabalhar com estes treinadores influentes, para que

eles possam ensinar outros treina-dores. Também é muito importan-te para manter o fluxo de informa-ções com responsáveis como o capitão da Taça Davis. Quanto mais eles estiverem relacionados com a importância de eventos como Play + Stay e Tennis 10s os poderão apoiar. Agradecemos à ITF pelo apoio”, comentou Vítor

Cabral. A palestra realizou-se à margem da etapa do K-Open Smashtour de Guimarães, com a presença de Hrvoje Zmajic, Development Offi-cer da ITF para a Zona Europeia.

O responsável da Tennis Europe

À conversa na Cidade Berço com um convidado especial

observou atentamente a organi-zação e os jovens jogadores, acompanhado pelos técnicos do PNDT e do Departamento do

Desenvolvimento da FPT. O técnico croata da ITF conside-rou que foi “uma ótima oportunida-de observar, ao vivo, aquele que é considerado como um dos melhores circuitos sub-10 do Mun-

do”. “O conhecimento que temos do trabalho da FPT é grande e consti-tui-se como uma referência de excelência para outros países e para a própria ITF/Tennis Europe”,

sublinhou Zmajic.

HUGO SOLINHO, HRVOJE ZMAAJIC E PEDRO LOBÃO assistiram à etapa do K-Open Smashtour de Guimarães

12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

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Uma nova potência mundial?

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

«TIE-BREAK»

A atual número um do “ranking” mundial, a

bielorrussa Victoria Azarenka, foi “feita” por um treinador português,

aliás esse mesmo de ape-lido holandês – António

van Grinchen

Pode ser que a maior parte dos adep-tos do ténis nem sequer tenham repa-rado nesta fantástica constatação: apenas uma entre dez jogadoras do “top” 10 é latina – a francesa Marion Bartoli. Mas ainda mais sensacional do que isso é a existência de duas

tenistas polacas nessa elite. É claro que vão-nos dizer que, para além de Radwasnka, não há mais nenhuma dessa nacionalidade. Esquecem-se de que a bela Caroline Wozniacki, número um mundial até ao Open da Austrália, disputado na últi-ma quinzena de janeiro, é, realmente, de nacionalidade dinamarquesa, por naturalização, mas o sangue que lhe corre nas veias continua a ser do

mais puro polonês… Ela lá terá as suas razões por ter optado pela nacionalidade dinamar-quesa, porém, rigorosamente, diga-mos que sanguinamente, e, já agora,

tenisticamente, continua a ser polaca. Entretanto, ocorre-nos relembrar os cometimentos das jovens jogadoras portuguesas, que tiveram uma época muito assinalável, dentro da sua irre-

cusável modéstia. Mesmo em relação aos seus com-patriotas masculinos, as jogadoras lusas ocupam, digamos, uma posição bem modesta. Não nos deixamos embalar por êxitos ou semiêxitos de uma época excecional, que terá de

ser legitimada, embora reconheçamos

que se progrediu de algum modo. Entretanto, voltando às nacionalida-des, reparemos em aspetos tão curio-sos, para além dessa tal presença dupla no “ranking” feminino atual, três das tenistas portuguesas têm sangue estrangeiro indisfarçavelmente: repare-se que Michelle Larcher de Brito é filha de uma senhora sul-africana; Maria João Koehler é de nome e aspeto físico claramente alemão; e Magali de Lattre, há muito pouco tempo retirada da com-petição para se dedicar à função de professora de ténis, tem um progenitor

suíço. Mas, para não nos chamarem derro-tista, vamos tentar deitar um pouco de água na fervura. Por exemplo: não igno-ram que a atual número um do “ranking” mundial, a bielorrussa Victoria Azaren-ka, foi “feita” por um treinador portu-guês, aliás esse mesmo de apelido

holandês – António van Grinchen? E, para fechar com um sorriso que elas mereçam, citemos este episódio, em que participaram o autor destas linhas, mais um colega de França e a tenista Sofia Prazeres. Depois de a ter apresentado, o francês, sempre galan-

te, falou-lhe desta maneira: — A menina vai desculpar-me, mas nunca será uma grande campeã: é

demasiado bonita! Um abraço para todos!

Associações Regionais

AÇORES ALGARVE ALTO ALENTEJO

AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA

LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO

SETÚBAL VILA REAL VISEU