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Diapositiva 1

Panorama do Novo Testamento

A Plenitude dos Tempos

Igreja Bblica Luz do Mundo

Introduo ao Novo Testamento

Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei,Glatas 4.4

Definio de John MacArthur sobre plenitude dos tempos: No tempo designado por Deus, quando as precisas condies religiosas, culturais e polticas exigidas pelo seu plano perfeito haviam atingido o auge, Jesus veio ao mundo.

Influncia Cultural / Religiosa / Poltica

BrasilEuropeu

Africano

ndio

Novo TestamentoGregos

Romanos

Judeus

Definio

Plenitude dos Tempospoca ou contexto histrico cuja realidade (acontecimentos) foi muito favorvel ao objetivo da vinda de Cristo ao mundo, que a anunciao e propagao universal do Evangelho. A natureza dessa realidade a uniformizao poltica propiciada pelo sistema administrativo do Imprio Romano, somada as contribuies religiosas, dos judeus, e culturais, dos gregos, que j faziam parte desse ambiente mundial.

Os Judeus

MonotesmoO monotesmo judaico preparou os povos pagos para o critianismo.Em parte alguma do mundo, quando do surgimento do cristianismo, havia uma vida religiosa to pura e to forte como a existente entre os representantes judaicos, as duas principais caractersticas eram: a mais alta concepo de Deus e o mais alto ideal de vida moral que se conhecia.

Nunca, depois da sua volta do cativeiro babilnico, os judeus caram em idolatria. A mensagem de Deus para eles atravs de Moiss ligava-os ao nico Deus verdadeiro de toda a terra. Os deuses dos pagos eram apenas dolos que os profetas judeus condenavam em termos muito claros. Este sublime monotesmo foi espalhado por numerosas sinagogas localizadas em volta da rea mediterrnea durante os trs ltimos sculos anteriores vinda de Cristo.

Os Judeus

Esperana messinicaOs judeus ofereceram ao mundo a esperana de um messias que estabeleceria a justia na terra.Essa propagao do sonho messinico pelo Imprio Romano contribuiu para o cristianismo, em razo de preparar aqueles que mais tarde iriam abraar a f crist no mundo gentlico.

A esperana de um Messias tinha sido popularizada no mundo romano a partir desta firme proclamao pelos judeus. At mesmo os discpulos depois da morte e ressurreio de Cristo ainda esperavam por um reino messinico sobre a terra (At 1:6). Certamente, os homens instrudos que viveram em Jerusalm na poca imediatamente anterior ao nascimento de Cristo tiveram contato com esta esperana. A expectativa de muitos cristos hoje em torno da vinda de Cristo ajuda-nos a compreender a atmosfera da expectao no mundo judeu acerca da vinda do Messias.

Os Judeus

Sistema ticoNa parte moral da lei judaica, o judasmo ofereceu ao mundo o mais puro sistema tico de ento.O elevado padro proposto nos Dez Mandamentos chocava-se com os sistemas ticos prevalecentes e com prticas por demais corruptas dos sistemas morais dos demais povos da poca.

Para os judeus, o pecado no era o fracasso externo, mecnico e contratual dos gregos e romanos, mas era uma violao da vontade de Deus, violao esta que se expressava num corao impuro e, mais ainda, em atos pecaminosos, externos e visveis. Esta perspectiva moral e espiritual do Velho Testamento favoreceu uma doutrina de pecado e redeno que realmente resolvesse o problema do pecado. A salvao vinha de Deus e no seria encontrada em sistemas racionalistas de tica ou nas subjetivas religies de mistrio.

Os Judeus

Antigo TestamentoA Escritura que Jesus lia e que servia de base para a teologia apostlica foi escrita e preservada pelos judeus.Jesus fez uso constante do AT para nutir sua prpria vida e basear os seus ensinos. As Escrituras judaicas eram lidas regularmente nas reunies de culto primitivos cristos.

Muitos gentios tambm o leram e se familiarizaram com os fundamentos da f judaica. Este fato indicado pelos relatos de vrios proslitos judeus. Muitos desses proslitos foram capazes de passar do judasmo ao cristianismo por causa do Velho Testamento.

Os Judeus

SinagogaA sinagoga foi a casa de pregao do cristianismo primitivo. No tempo de Jesus existia uma sinagoga em cada povoado de judeus. No se poderia compreender a disseminao do cristianismo sem as sinagogas. Nas cidades maiores, como Jerusalm, Roma, Alexandria ou Antioquia, havia vrias sinagogas para o culto, o estudo da lei e o ensino das crianas.

Nascida da necessidade decorrente da ausncia dos judeus do templo de Jerusalm durante o cativeiro babilnico, a sinagoga se tornou parte integrante da vida judaica.

Os Judeus

SinagogaAlm disso, a sinagoga sempre esteve no centro das estratgias evangelsticas de Jesus (Mt 4.23, 9.35; Mc 1.39; Lc 4.15,44, 13.10) e tambm do apstolo Paulo (At 9.20, 13.5, 15.21, 24.12) sendo terreno frtil para, a partir do Antigo Testamento, expor as Escrituras e chegar ao Evangelho de Cristo.

Foi tambm o lugar em que Paulo primeiro pregou em todas as cidades por onde passou no itinerrio de suas viagens missionrias. Foi ela a casa de pregao do cristianismo primitivo.

Os Gregos

O Imprio Grego nunca existiu politicamente, mas intelectualmente vivo at hoje. Alexandre, o Grande, no viu a concretizao de seu projeto helenista, mas foi graas ambio de levar a cultura grega ao mundo todo que o cristianismo encontrou ambiente frtil para seu surgimento e expanso.

Os Gregos

Lngua universalO Evangelho universal precisava de uma lngua universal para poder exercer um impacto real sobre o mundo. Os seres humanos tm procurado, desde a Torre de Babel, criar uma lngua universal para que possam se comunicar suas ideias uns aos outros sem problemas.

S recentemente se soube que o grego do Novo Testamento (Koin) era o grego do homem comum dos dias de Jesus Cristo, o que o diferencia do grego dos clssicos. Um telogo alemo chegou mesmo a dizer que o grego do Novo Testamento era um grego especial criado pelo Esprito Santo para a produo do Novo Testamento.

Os Gregos

FilosofiaPlato e Aristteles foram os filsofos que mais trouxeram influncias ao cristianismo. De certa forma, eles influenciaram a teologia antes e depois do seu tempo.

A filosofia grega preparou o caminho para a vinda do Cristianismo por ter levado destruio as antigas religies. Qualquer um que chegasse a conhecer seus princpios, fosse grego ou romano, logo perceberia que sua disciplina intelectual tornou a religio to ininteligvel que a acabava abandonando em favor da filosofia. A filosofia falhou, porm, na satisfao das necessidades espirituais do homem, que se via obrigado ento a tornar-se um ctico ou a procurar conforto nas religies de mistrio do Imprio Romano. poca do advento de Cristo, a filosofia descera do ponto elevado que alcanara com Plato para um sistema de pensamento individualista egosta, como no caso do Estoicismo ou do Epicurismo. Na maioria dos casos, a filosofia apenas aspirava por Deus, fazendo dEle uma abstrao; jamais revelava um Deus pessoal de amor. Este fracasso da filosofia do tempo da vinda de Cristo tornou as mentes humanas prontas para entender uma apresentao mais espiritual da vida. S o cristianismo pode preencher o vazio na vida espiritual de ento.

Os Gregos

FilosofiaO estoicismo afirmava o governo do universo por uma razo universal e a felicidade humana como resultado do exerccio de virtudes que acomodassem o homem razo soberana.

Os Gregos

FilosofiaJ o epicurismo afirmava que o homem vivia para buscar a felicidade e como a verdade s se conhecia pelos sentidos, ento o que o homem descobrisse por eles traria felicidade. Pregavam aproveitar a vida porque tudo acabava depois da morte.

Tanto Scrates quanto Plato ensinaram, cinco sculos antes de Cristo, que este presente mundo temporal dos sentidos apenas uma sombra do mundo real em que os ideais supremos so ao mesmo tempo abstraes intelectuais, o bem, a beleza e a verdade.Insistiam que a realidade no era temporal e material, mas espiritual e eterna. Sua busca da verdade jamais lhes conduziram a um Deus pessoal, mas evidenciou que o melhor que o homem deve fazer buscar a Deus atravs do intelecto. O cristianismo ofereceu a este povo que aceitava a filosofia de Scrates e Plato, a revelao histrica do Bem, da Beleza e da Verdade na pessoa do Deus-homem, Cristo. Os gregos aceitavam a imortalidade da alma, mas no tinham lugar para a ressurreio do corpo.

Os Gregos

FilosofiaO Novo Testamento a contracultura de todas essas escolas filosficas. O ideal se fez carne e habitou entre ns sem contaminar-se com a carne. A tica s possvel quando produzida pelo prprio Deus. A felicidade verdadeira se d pela obra de Deus em ns, ao nos redimir por meio da obra de Cristo na cruz.

poca da vinda de Cristo, os homens tinham compreendido finalmente a insuficincia da razo humana e do politesmo. As filosofias as religies de mistrio testemunham do desejo humano por um relacionamento mais pessoal com Deus.O cristianismo, com sua oferta de um relacionamento pessoal, forneceu aquilo para o que a cultura grega, em funo de sua prpria inadequao, tinha produzido muitos coraes famintos.

Os Romanos

Os romanos dominaram literalmente o mundo da antiguidade. Eles tiveram poder poltico e militar sem comparao at os dias de hoje. Tanta grandeza ajudou o cristianismo ainda que de maneira negativa, quando passou a perseguir os cristos entre 60 a 300 d.C., quando foi oficializado pelo imperador Constantino.

Os Romanos

A pax romanaA pax romana foi um longo perodo de ausncias de guerras civis no imprio romano e vigorou de 29 a.C. at aproximadamente 180 d.C. Ao mesmo tempo que desfrutava de paz interna, os cidados tinham a proteo do exrcito romano contra ataque dos brbaros. Os povos conquistados tinham de aceitar a pax romana, acordo controlado pelo exrcito na regio conquistada.

As conquistas romanas levaram muitos povos falta de f em seus deuses, uma vez que eles no foram capazes de proteg-los dos romanos. Tais povos foram deixados num vcuo espiritual que no estava sendo satisfeito pelas religies de ento.

Os Romanos

A pax romanaQuebrar ou agredir a pax romana era um problema srio. Por vezes, os acusadores de Jesus tentaram arranjar motivos para acus-Lo de perturbador da ordem (Lc 20.20-26), mas nunca conseguiram.

Os Romanos

A unidade do imprioOs romanos tinham uma grande malha viria, de estradas pavimentadas. A possibilidade de uma viagem segura, sem problemas, fomentou alguns hbitos e benefcios ao cristianismo.

Os Romanos

A unidade do imprio1) A segurana e a boa qualidade das estradas permitiram que vrios missionrios viajassem com segurana. O nico relato que encontramos de perigos no Novo Testamento em uma das viagens de Paulo foi o naufrgio. Violncia ou assaltos no so mencionados.

Os Romanos

A unidade do imprio2) O exrcito garantia o acordo de paz, medida que se deslocavam por todo o imprio com segurana.3) O correio pblico tambm beneficiou o cristianismo, j que cartas podiam ser enviadas com certa rapidez. Sabemos que as cartas de Paulo tinham remetentes certos e que depois circulavam entre outras igrejas.

Os Romanos

A unidade do imprio4) O comrcio tambm foi facilitado pelas estradas. Imagine quantos podiam evangelizar e ser evangelizados numa cidade com mercado e rota comercial como Corinto!

Concluso

A expresso plenitude do tempo (Gl 4.4) no significa o perodo de cumprimento de todas as demais eras. Mas, antes, o fato de que o Pai enviou Seu Filho no momento exato, no tempo certo. E esse tempo o tempo de Deus.