panorama audiovisual ed.03 - maio de 2011

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A revista Panorama Audiovisual e o site - www.panoramaaudiovisual.com.br - são dedicados aos técnicos, engenheiros, gerentes e diretores de televisão, cinema, publicidade e novas mídias. Produção, jornalismo, áudio profissional, computação gráfica, infraestruturas, distribuição, transmissão, interatividade, estereoscopia, cinema e televisão digital estão sempre em suas reportagens, estudos de caso, entrevistas, análises e cobertura de eventos.

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Editorial

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Voltamos da NAB 2011, com centenas de documentos e informações para serem analisadas e publicadas nos próximos meses e, embora não haja nada de estrondoso, � cou claro que a indústria está muito preocupada em viabilizar as produções 3D. A missão é expandi-las para além dos domínios do cinema e atrair novos usuários com equipamentos mais acessíveis e � uxos de produção que não exijam um cami-nhão de hardwares, sempre esbarran-do em incompatibilidades. As grandes empresas do setor, antes de apresentarem casos de sucesso esdrúxulos em emissoras obscuras dos Estados Unidos, tinham muito para falar de casos de sucesso no Brasil, de equipamentos mais bara-tos e de sistemas e � uxos de produ-ção cada vez mais abertos, interope-ráveis e multiplaforma. Também foi abordada à exaustão a am-pliação da rentabilidade dos conteúdos, aproveitando os ativos de mídia ao má-ximo e distribuindo-os em plataformas alternativas e paralelas. O novo pen-samento sobre o uso dos conteúdos é que eles podem, sim, ser exibidos várias vezes, em momentos, versões e dispo-sitivos diferentes. É uma demanda dos espectadores. Há ainda a vertente do trabalho co-laborativo, onde pro� ssionais par-ticipam e intervém em projetos de produção e � nalização, sem esta-rem � sicamente próximos. Graças à cloud computing, ou computação nas nuvens, muito dinheiro pode ser economizado com deslocamentos de pro� ssionais e infraestrutura. Vimos ainda um substancial reforço nas tecnologias para grá� cos e cená-rios virtuais em transmissões ao vivo, expandindo o volume de informações que podem ser adicionadas a uma programação. O mesmo foi visto no segmento de criação de efeitos visuais e pós-produção, cada vez mais massi-� cados e com preços inacreditáveis há cinco ou dez anos. Nos dois casos, caiu muito o volume de investimentos em hardware e software necessários para garantir boas vinhetas, aberturas e � -

nalizações. Agora chegamos ao ponto em que os pro� ssionais do ramo tive-ram a sua criatividade desa� ada para usar todos os recursos disponíveis. A indústria brasileira teve uma das suas mais representativas partici-pações na NAB, tanto no “Encontro SET e 30”, quanto na exposição e nas reuniões para a expansão do padrão ISDB-Tb. Para o público internacional e norte-americano, era impossível ig-norar a presença do País nos corredo-res, estandes e salas de convenções, a� nal continuamos a ser uma das cin-co maiores delegações do mundo no evento. O volume de solicitações dos nossos pro� ssionais assustou alguns expositores, especialmente aqueles que não dispõem de representação por aqui. Eles estão repensando o assunto. Outros segmentos também avançaram e criaram novos marcos, mas o certo é que os desa� os daquele mercado que conhecemos como broadcast se reno-vam a cada ano quando o assunto é distribuição. A broadband TV agora ga-nhou uma irmã, a OTT, abreviação para “televisão over-the-top”, um acrônimo que resume um tipo de televisão distri-buída pela internet a cabo de banda lar-ga, tanto em streaming ao vivo, quanto sob demanda.Nesse formato, ainda em desenvolvi-mento, os usuários pagam pelos con-teúdos que querem ver, onde e quando desejarem. Esses programas podem ser reproduções de algo que já foi exi-bido pela TV aberta, podem ser uma transmissão simultânea e mesmo uma versão complementar e adaptada. Em qualquer dos casos, haverá publicida-de embutida e incontornável. Essa tecnologia depende da expan-são da banda larga e de acordos com quem cria novelas, minisséries, vide-oclipes, documentários e o que mais possa gerar interesse. O conteúdo, como sempre, seguirá sendo o rei. Se a OTT vingar, poderá se desprender da estrutura tradicional das emissoras de TV, passando de parceira a concorren-te. Vamos acompanhar!

Fernando Gaio

Quem está no topo?

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]

Gerência GeralMarcela Petty

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FinanceiroRodrigo Oliveira

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Atendimento GeralNatalia Piedade

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DesignChristian Visval

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Wesley Costae. [email protected]

Diretor de RedaçãoFernando Gaio (MTb: 32.960)

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EditorEduardo Boni

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Editor InternacionalAntonio Castillo

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ColaboradoresBruna Costa . Daniel Littwin . Leonel da Luz

Publicidade – Gerente de ContasAlexandre Oliveira

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Publicidade – Gerente de Contas InternacionalRoberta Petty

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Panorama Audiovisual Onlines. www.panoramaaudiovisual.com.br

Tiragem: 16.000 exemplaresImpressão - HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1Alphaville Industrial - 06454-070 - Barueri – SP

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Edição: Ano 1 � N° 3 � Maio de 2011

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42 NAB 2011 As primeiras impressões sobre o mais importante evento da indústriabroadcast e de criação de conteúdos.

2020 Pavilhão BrasilPaís multiplica negócios em Las Vegas com a exibição de produtos, serviços e tecnologias.

68 GingaPor que a interatividade não decolou? Incompatibilidades e falta de conteúdo podem colocar tudo a perder.

68686868 Ginga68GingaPor que a interatividade não decolou? 68Por que a interatividade não decolou?

78 Telecom e TVCom as fronteiras cada vez mais estreitas, as empresas de telecom se armam para disputar a audiência da televisão.

78787878 Telecom e TV78 Telecom e TVCom as fronteiras cada vez mais estreitas, as 78Com as fronteiras cada vez mais estreitas, as

88 ArmazenamentoOs servidores de vídeo evoluiram e hoje estão entre os componentes mais importantes de uma arquitetura de gestão de mídia.

88888888 Armazenamento88 ArmazenamentoOs servidores de vídeo evoluiram e hoje estão 88Os servidores de vídeo evoluiram e hoje estão

42424242 NAB 2011 42NAB 2011 As primeiras impressões sobre o 42As primeiras impressões sobre o

0808 SET e 30Encontro promovido pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão na NAB 2011 reúne centenas de pro� ssionais e promove o padrão ISDB-Tb.

SUMÁRIO

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Na tarde de terça-feira, dia 12 de abril, aconteceu o Seminário ISDB-T Internacional, evento organizado pela Sociedade Brasileira de Televisão (SET) e pelo Fórum Brasileiro de Televisão Digital, dentro da NAB. No encontro foram discutidos o estágio atu-al da implantação da TV Digital no Brasil e alguns pontos que merecem atenção por parte dos países da América Latina que adotaram o padrão ISDB-Tb.

por Eduardo Boni

Fórum de Tecnologia debate

O debate em torno do sistema ISDB-T reuniu representantes do Brasil e de países da América Latina. Pelo lado brasilei-ro, participaram do encontro como palestrantes o presiden-te do Fórum Brasileiro de TV Digital, Roberto Franco, Lilia-na Nakonechnyj, atual presidente da SET, e André Barbosa Filho, assessor especial da Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Entre os estrangeiros, estavam re-presentantes de outros países que adotaram o padrão nipo--brasileiro como Argentina, Peru, Chile, Guatemala e México.O encontro foi aberto por Roberto Franco, que falou sobre o status da TV Digital na América Latina e a atuação do Fó-rum de TV Digital. Segundo ele, o Fórum é composto por 83 membros plenos, que participam dos grupos de trabalho, das atividades e das decisões. ”Esses integrantes estão divididos nos setores de radiodifusão, recepção, academias, universi-dades e centros de pesquisa, indústria de transmissão e da indústria de software, cuja participação vem crescendo muito atualmente”, enumerou.Franco lembrou que o Fórum não tem � ns lucrativos e que tra-balha em intensa cooperação com o governo brasileiro, tendo na sua direção a participação de representantes de diversos ministérios. Há outros membros que não tem direito a voto, mas que participam de todos os trabalhos do Fórum. “Isso per-mite uma interação muito grande e velocidade nos trabalhos, porque eles trazem até nós as demandas públicas e levam as pautas que são discutidas aqui até o governo”, explicou.

Reportagem > SET E TRINTA

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10 milhões de aparelhos LCD, sendo que 90% deles com o receptor integrado”, ressaltou.Segundo Franco, a interatividade é hoje um assunto de ponta quando se fala em radiodifusão, porque aumenta as possibili-dades de negócios e, ao mesmo tempo, cumpre um papel de integrar as pessoas em todos os níveis – seja na forma de no-vos negócios para os radiodifusores ou como porta de entrada para que políticas governamentais cheguem a novos públicos. “A TV interativa permite que sejam disponibilizadas ferramen-tas de acesso à inclusão social para uma parcela mais carente da população, com os serviços como tele educação, saúde e outras ferramentas que são oferecidas pelo governo brasilei-ro. Essa força é algo que a televisão, enquanto meio de comu-nicação, deve usar a seu favor “, lembrou.Em relação ao modelo de televisão digital ISDB-T, Franco mostrou um estudo que relata o avanço das relações entre os países que adotaram esse sistema. Para ele, o maior de-safio que se impõe a essas nações é manter o clima de cor-dialidade e troca de informações. “Hoje nós temos um bloco econômico muito significativo que usa esse sistema e isso aconteceu graças à liberdade que tivemos de trocar ideias e abrir o debate sobre esse assunto. Esse clima deve se manter para que possamos aumentar a velocidade e o acerto nas im-plantações do ISDB-Tb nos países da América do Sul”.

Plataformas integradasAndré Barbosa Filho, assessor Especial da Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República, foi a próxima au-toridade a falar. Ele centrou seu discurso no ISDB-Tb e nos desafios de fazer dele um sistema internacional, o que vai muito além de som e imagem em alta definição. Segundo ele, é preciso ficar atento à integração da televisão aberta e gratuita ao mundo digital. “Esse não é um desafio qualquer, porque, apesar dos Estados Unidos terem cerca de 13% da população compartilhando a TV aberta com todas as outras

“Foram produzidos 6 milhões de televisores produzidos entre 2008 a 2010. Para este ano, a expectativa é que

sejam fabricados 10 milhões de aparelhos LCD, sendo que 90 por cento com o receptor integrado”, reforçou Roberto

Franco, presidente do Fórum

Em sua palestra, Franco mostrou o crescimento das cidades brasileiras com TV, de 2007 até 2010, quando todas as gran-des capitais já tem o sinal de TV Digital. “A TV digital já está presente em um grande número de cidades do Brasil, sobre-tudo nas grandes capitais, e também naquelas com potencial de consumo. Esse crescimento vem de encontro com o nos-so cronograma de disponibilidade do sinal digital. Queremos que até 2013 todas as geradoras estejam com o sinal digital, e que até 2016, todas as emissoras tenham o sinal digital”.Franco lembrou que o mercado de TV digital no Brasil está em aquecimento, com um número cada vez maior de modelos de aparelhos que já oferecem essa facilidade, desde televisores até laptops e dispositivos de GPS com TV digital. “Hoje, temos no mercado cerca de 130 modelos de televisores integrados, com o display e o receptor em um único conjunto. Além disso, há doze modelos com interatividade e seis modelos de recep-tores. Estes são alguns dos modelos de aparelhos de TV digital que estão disponíveis no mercado, sem falar nos modelos de receptores USB, na variedade de aparelhos de telefone celular integrados, inclusive dois deles com interatividade e laptops com TV digital embutida”, enumerou.Citando dados oficiais da IBT (Indústria Brasileira de Televiso-res), ele foi ainda mais otimista em relação ao futuro. “Foram produzidos 6 milhões de televisores produzidos entre 2008 a 2010. Para este ano, a expectativa é que sejam fabricados

Entre os presentes no evento, estavam pessoas ligadas a SET e aos países da América Latina em que o sistema ISDB-Tb está sendo levado adiante com grande sucesso.

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plataformas, a realidade em outros continentes é muito dife-rente disso”, lembrou.Outro ponto enfatizado por ele foi a maneira como o Bra-sil está se preparando para transmitir simultaneamente os grandes eventos esportivos que estão por vir, como Copa do Mundo e Olimpíadas. “Existe tecnologia de streaming para poder trabalhar com a transmissão simultânea dos eventos pela internet, porém não há infraestrutura para isso. Da mes-ma forma, não existe tecnologia segura para termos todas as plataformas no mesmo site. É preciso se pensar sobre isso, porque, cada vez mais, a internet faz parte da vida das pes-soas, que desejam um produto pronto, com imagem e som de qualidade na internet. A convergência vai determinar um espaço específico para cada plataforma e pensar sobre solu-ções isso é o papel da radiodifusão”.De acordo com Barbosa, a discussão mais importante do dia era perceber que todo o esforço que foi feito para disponibi-lizar tecnologia de ponta na programação de TV aberta. “Essa é uma maneira de manifestar que os governos devem en-tender as normas legais como principio de manutenção das plataformas que vamos integrar”, reforçou. Além disso, ele criticou a tendência de se acreditar que as no-vas tecnologias vão sepultar as antigas a cada vez que surge

Liliana Nakonechnyj reforçou o planejamento consciente em relação a transição digital. “Esse planejamento deve ser feito com muita atenção para saber quantos canais serão necessários nesse espectro. Se isso não for feito corretamente, corremos o risco de não termos canais de UHF limpos para serem utilizados pela televisão aberta”.

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algo novo. “Disseram isso do rádio e também da TV, quando surgiu a tecnologia por IP. O que se vê hoje são as redes sociais, que vem atender a um tipo de comportamento hu-mano no qual os jovens estão se conectando em quatro telas simultaneamente: internet, celulares, jogos, e televisão. Não há prova maior de integração de plataformas digitais e isso deve nos servir de incentivo para pensarmos no que vamos fazer com a TV aberta no Brasil”, ressaltou.

A TV Digital nos países latinos A presidente da SET, Liliana Nakonechnyj, falou sobre Dividen-do Digital, ou seja, como será usado o espectro que �cará livre depois do encerramento das transmissões analógicas. Segun-do ela, é importante discutir o assunto porque o uso futuro das frequências é que vai garantir que a TV digital tenha espaço no espectro para poder operar nos países que adotaram. “Se fala muito de dividendo digital nos Estados Unidos, porque é preciso planejar a forma como o espectro vai ser usado para banda larga móvel. Essa é uma questão importante e todos os governos devem pensar como vão introduzir e como será o uso da banda larga em seus países”, disse. Segundo ela, em termos internacionais, algo bastante em voga é usar os canais de TV, a banda de 700 MHz, além de outras bandas usadas para serviços de noticiário eletrônico, mas tudo depende do estágio em que os países se encontram em termos de digitalização de seus sistemas, que são muito diferentes uns dos outros. “Nos Estados Unidos não há mais TV analógica; na Europa, o ‘switch off’ da TV analógica come-çou em 2006 e muitos países devem encerrar suas transmis-sões nesse formato em 2012, sendo que o mesmo ocorre no Japão. Nos países latinos, no entanto, a situação é diferente, pois estamos iniciando as transmissões digitais”, ressaltou. Liliana falou a respeito dos sistemas de tecnologia que estão sendo deixados de lado nos Estados Unidos, como a banda de 600 MHz. “Apesar de não ser mais utilizado nos Estados Unidos, o MediaFlow pode servir muito bem em outros luga-

Para André Barbosa Filho, as redes sociais são um reflexo da juventude de hoje, que se conecta simultaneamente a quatro telas: internet, celulares, jogos, e televisão. “Não há prova maior da possibilidade de integração de plataformas digitais do que isso e serve de incentivo para se pensar o que vamos fazer com a TV aberta no Brasil”.

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Durante o encontro que debateu a implantação do ISDB-Tb nos países da América Latina, Yasuji Sakaguchi, assessor da televisão digital no Peru, falou a respeito do sistema EWBS (Emergency Warning Broadcasting System), que está em estudo em países como Chile e Peru, e que permite que os televisores do sistema com o sistema nipo-brasileiro emitam um alerta para avisar a população sobre a possibilidade de desastres naturais, como terremotos.

res. A Qualcomm gostaria muito de levar essa tecnologia para outros países, Há ainda o IMAX, que é uma tecnologia de ban-da larga que oferece boas velocidades e também o MPE, uma tecnologia mais avançada e que deve dominar a utilização em banda larga nos próximos anos em todo o mundo”, destacou. Outro tema muito discutido nos EUA, segundo ela, é o White Space, que são tecnologias criadas para ocupar os canais que se apagaram em analógico. “A ideia é que os dispositivos se-jam usados em cada cidade com a frequência que estiver livre nesses locais. No entanto, devemos atentar para problemas como o risco de interferências nos serviços de televisão des-sas cidades - e isso se aplica à América Latina, daí a importân-cia de � carmos atentos as discussões em nível internacional que acabam se re� etindo em nossos países”, alertou.A presidente da SET encerrou sua participação no evento falando sobre um planejamento consciente em relação a transição digital. “Esse planejamento deve ser feito com muita atenção para saber quantos canais serão necessários nesse espectro. Se isso não for feito corretamente, corremos o risco de não termos canais de UHF limpos para serem utilizados pela televisão aberta”, concluiu.Para � nalizar o encontro, os representantes dos países latinos que adotaram o ISDB-T relataram suas experiências com a implantação do sistemas e apresentaram os estudos que têm feito nesse setor. O destaque foi Yasuji Sakaguchi, assessor da televisão digital no Peru, que falou a respeito do sistema EWBS (Emergency Warning Broadcasting System), que está em estudo naquele país e também no Chile. De acordo com as informações do executivo, o sistema permite que os televisores equipados com o sistema nipo-brasilei-ro de TV Digital emitam um sinal de alerta para avisar a população sobre a possibilidade de desastres naturais, como terremotos.

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Reportagem > SET E TRINTA

Este ano, o encontro SET e Trinta aconteceu entre os dias 11 e 13 de abril na Sala SET Brasil. Durante os três dias de evento, os pro�ssionais inscritos na progra-mação assistiram a nove apresentações de tecnologia, dois Fóruns com palestrantes internacionais e concor-reram a prêmios em sorteios diários. No total, os deba-tes tiveram 14 palestrantes e cinco moderadores.No primeiro dia, o primeiro a falar foi Andreas Hil-debrand, da Lawo International. Em sua palestra ele abordou o futuro das redes de mídia em tempo real baseados em IP. Falou ainda sobre os campos de apli-cação dos equipamentos Ravenna, cujo principal foco é o broadcast.Em seguida, David Ross, da Ross Video, subiu ao palco para falar a respeito da evolução da produção ao vivo. Em pouco mais de vinte minutos, ele lembrou do au-mento substantivo no que diz respeito ao poder dos switchers de produção, falou sobre as inovações e as patentes e relembrou todo o caminho feito a partir do analógico até os switchers de produção em 3G e das primeiras inovações industriais. Ross falou também sobre a arquitetura dos sistemas citando o processamento 3G do ponto de vista dos T

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Como já é tradição durante a NAB, muitos brasileiros marcaram presença no evento SET e Trinta, promovido pela Sociedade de Engenharia de Televisão, que reúne especialistas do Brasil e de exterior para debater e apresentar cases ligados ao universo broadcasting.

conceitos de projetos e dos padrões SMPTE e do suporte a 3D, e a multi-paineis, multi-telas e ressaltou o alto nível de integração dos equipamentos – o chamado “Estúdio numa caixa”. Em sua apresentação, Ross citou também os processadores de vídeo, os roteadores e os DVE. “Em relação aos controles de produção automatizados, pode-se dizer que, atualmente, cerca de 1/3 das produções jornalísticas locais aqui nos Es-tados Unidos é automatizada”, comentou, falando em segui-da sobre a complexidade desse tipo de produção.A palestra seguinte �cou a cargo dos representantes da Evertz. O inicio da apresentação foi feito por Carlos Capel-lão, que apresentou a empresa e mostrou alguns dos lan-çamentos do grupo, antes de passar a palavra para Roger Health. Ele, por sua vez, fez uma palestra centrada em work-�ows baseados em arquivos digitais para multicasting. O executivo destacou que o advento da radiodifusão via cabo e via satélite provocou um enorme aumento no número de canais de programação expandindo muito a atividade te-levisiva, porém demandou um aumento de e�ciência das equipes de pós-produção e exibição. Roger falou sobre a ine�ciência e as desvantagens dos sistemas baseados em �tas em relação a um sistema de Gerenciamento de Conteú-do bem projetado. “Algo bem projetado pode gerar maiores receitas, reduzir custos operacionais e com isso proporcio-nar uma maior oferta de serviços. E isso pode ser consegui-do através da utilização de técnicas baseadas em arquivos digitais seguros, rápidos e e�cientes”, concluiu.Na palestra do brasileiro Dante Conti, da SPX-Trans-tel, ele tratou do assunto “Revisitando o tema sobre a caracteriza-

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Reportagem > SET E TRINTA

ção de antenas digitais”. Dante falou sobre os testes e levanta-mentos de diagramas de sistemas irradiantes usados em sis-temas digitais com polarização elíptica e horizontal e alertou sobre os parâmetros que precisam ser aferidos. Além disso, fez observações sobre os limites e as degradações que podem sur-gir com o tempo, atribuídas aos aspectos de construção. Em sua palestra, ressaltou alguns itens que fazem a diferença entre robustez, e�ciência e con�abilidade nos sistemas digitais e que in�uenciam diretamente na relação custo benefício. Encerrando as palestras do dia, Silvino Almeida, da Tektronix, dissertou sobre a e�ciência do novo equipamento da Tektronix para o controle de qualidade dos sinais de áudio e de vídeo na transmissão. “Esse equipamento pode monitorar não apenas a qualidade do sinal (QoS) como também sua qualidade de ex-periência (QoE) através de uma rede, possibilitando a rápida determinação da origem dos problemas”. Ainda, segundo ele, esse sistema permite veri�car a qualidade que está sendo visu-alizada pelo espectador em qualquer ponto do país, gerenciar diversos departamentos da emissora, checar trafego e qualida-de das áreas de contribuição e outras atividades em diversas plataformas como TV Terrestre, IPTV, Satélite e TV a cabo.

Atuação conjunta dos �uxos de trabalhoNo seu segundo dia, o encontro SET e Trinta teve a participação de Emerson Weirich, que foi o mediador dos painéis. A primeira palestra do dia foi de Mark Darlow, da Harris Corporation. Ele falou sobre como os �uxos de trabalho do tipo SOA (Service--Oriented-Architeture) e Cloud Computing (Computação em nu-vens) podem atuar juntos. O SOA é um tipo de arquitetura que permite que se crie, padronize e documente funções genéricas utilizadas em componentes reutilizáveis com total interopera-bilidade, de tal forma que essas funções possam ser compar-tilhadas e acessadas através de diferentes dispositivos como

serviço, sem precisarem ser reescritas. No Cloud Computing a ideia é utilizar várias aplicações via internet, em qualquer lugar e independente da plataforma, com a mesma facilidade que se teria se elas estivessem instaladas no nosso próprio computa-dor. “Com as duas arquiteturas trabalhando juntas, a tendência é �exibilizar e aperfeiçoar as operações”, explicou o executivo. A palestra seguinte foi de Charlie Dunn, da Grass Valley, que fez uma comparação entre as tecnologias de produção de Co-dec, alertando para a importância da decisão na escolha dos codecs de vídeo, já que cada um deles apresenta um conjunto especí�co de compensações. Em sua palestra, Dunn fez uma comparação entre as principais opções de codecs disponíveis, destacando as vantagens e desvantagens de cada um e ilustrou os impactos práticos provocados no seu negócio. No dia seguinte, a palestra de Paul Turner, da Omneon/Brasví-deo, falou sobre metadados, dando de�nições, conceitos re-lacionados ao tema e sua utilização. O executivo explicou de que forma o gerenciamento de metadados pode simpli�car as operações em plataformas com multi-entregas. “Os desa�os à implementação de um �uxo de trabalho de sucesso baseado em arquivos, incluem o gerenciamento do sistema de arquivos, oferecendo visibilidade dos conteúdos para toda a empresa e trabalhando com várias versões do mesmo conteúdo, lidando com as incompatibilidades de formatos de mídia, controle e monitoramento do �uxo do conteúdo através de várias etapas de processamento”, explicou.A segunda palestra foi de Hugo Caggioni, da Sony, que expli-cou o “K” e sua sutil diferença de valores quando usado em unidades de transmissão (1K=10000) e como bytes (1K=1024). Gagioni dissertou sobre as novas tecnologias voltadas para o 4K, enfatizando que o principal objetivo é abranger essas novas tecnologias com uma visão geral do work�ow, con-templando desde a aquisição do conteúdo até a exibição, tais como Cinema 3D Digital e outros. O executivo citou alguns produtos novos da Sony, entre câmeras, gravadores e moni-tores, destacando as tecnologias empregadas nesses equipa-mentos e seus benefícios.Na sequencia, Liliana Nakonechnyj e Ana Eliza Faria e Silva, da SET, fizeram uma palestra em que tratraram das ameaças ao espectro de radiodifusão. Além delas, participaram como conferencistas Mark Richer, representante da ATSC/EUA e Peter Siebert, do DVB/Europa. Ambas lembraram que o uso da faixa de 700 MHz é decisivo para a continuidade da tele-visão aberta brasileira, e tema fundamental para radiodifu-são ao redor do mundo. Os pontos altos do debate foram as questões levantadas em relação à forma como a TV digital vai conviver com as novas tecnologias e se haverá espaço para novas tecnologias na TV Terrestre.

Dante Conti, diretor executivo da Trans-Tel, abordou o tema “Revisitando o tema sobre a caracterização de antenas digitais”, no qual falou da importância dos testes para os sistemas de antenas. Em sua palestra destacou o tipo de abordagem que deve ser seguido nesses procedimentos. “O importante é conseguir criar uma caracterização de sistema de antenas que vá além daquilo que está nos catálogos”, comentou.

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r É fato que a presença de brasileiros na NAB cresce a cada ano, com novas empresas participando da feira e, sobretudo, o grande empenho da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão) em representar bem o país, através dos encontros do já tradicional SET e Trinta.Entre vários desbravadores do maior evento de bro-adcasting do mundo estão profissionais brasileiros de grande competência, que foram os primeiros a frequentar a NAB e atentar para a necessidade de se criar algo para os engenheiros que visitavam a NAB pudessem aproveitar de fato o encontro de broad-casters. Entre esses profissionais destacam-se Adil-son Malta, que foi o primeiro presidente da SET e sócio fundador da entidade, e Olímpio Franco, que também faz parte da direção da Sociedade Brasileira de Engenharia. Conversando com os dois, conhecemos um pouco mais do evento e de como nasceu o evento SET e Trinta, o maior ponto de encontro de brasileiros dentro do evento americano. Adilson Malta, primei-ro presidente da SET e frequentador da NAB des-de 1970, lembra bem de como era o evento naquela época, quando Las Vegas ainda não era o centro do mundo broadcasting. “A NAB acontecia em locais como Washington, Chicago e Atlanta. Para piorar,

O sucesso da participação do Brasil na NAB pode ser medida em números: no início, há vinte anos atrás, o evento SET e Trinta contou com cerca de trinta pessoas. Hoje, é um sucesso que se reflete na comitiva brasileira, que conta com mais de 1500 participantes, e no pavilhão que reúne as maiores empresas do setor.

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era totalmente segmentado e, às vezes, estava em sete lo-cais diferentes, antes de ser transferido para este centro de convenções. Cada grupo via uma parte do evento e, quando voltávamos ao Brasil, chegávamos a conclusão de que não tínhamos aproveitado a NAB”, lembra.Depois de muitos anos vivendo essa realidade, os diretores da SET realizaram, em 1991, a primeira edição do SET e Trinta, como um lo-cal onde brasileiros pudessem se encontrar. Esse evento aconteceu no extinto Junes, que �cava onde hoje está o hotel Bellagio. “Além dele, havia também o Sands e o Alladin, mas �cavam longe da NAB. Depois de algum tempo, nós conseguimos promover o encontro dentro do Hilton e, a partir daí, tivemos permissão da organização para ter um espaço dentro da feira”, recorda Malta.Com um espaço garantido dentro da NAB, a comitiva brasileira teve de se mobilizar para captar recursos para pagar os custos de um evento desse porte. “A primeira ideia foi promover o café da manhã e, depois, surgiu a ideia de que algumas das palestras fossem patro-cinadas, tudo com o objetivo de pagar os custos do evento. É esse o formato que se mantém até hoje”, contou Olimpio.De acordo com a organização da SET, a delegação brasileira é a se-gunda maior da NAB, depois dos norte-americanos. “Para se ter uma ideia, até uma semana antes de começar o evento, a SET já tinha vendido todos os espaços para quem desejasse participar das pales-tras. Nós devemos ter cerca de 400 participantes no evento da SET e Trinta. Pode-se dizer que estamos com overbooking aqui”, brincou.

Novidades em 2011Com a crescente participação do Brasil, a delegação passou a ter alguns benefícios, como mais espaços para as palestras. Este ano, por exemplo, a organização da NAB ofereceu ao grupo brasileiro a possibilidade de contar com a sala durante todo o dia, além de um espaço adjunto, onde foi servido o café da manhã. “Isso deu mais qualidade para as palestras, no que se refere ao áudio. Além disso, estamos usando as salas para ponto de encontro e para realizar al-gumas reuniões da nossa entidade”, comentou Olímpio.A motivação que leva a SET a ter uma das maiores delegações durante a NAB pode ser explicada pela vontade dos dirigentes em levar ao público as grandes novidades do mercado. Segundo Olimpio, os preparativos para a NAB têm início com três meses de antecedência, mas as coisas tomam forma, de verdade, na reta �-nal, conforme o evento se aproxima. “Existe a parte promocional em que nós abrimos cotas para o evento. Este ano nós tivemos nove cotas e, no �nal, tínhamos quatorze empresas interessadas. A escolha foi feita com base nos conteúdos apresentados por essas empresas e essa opção tem se mostrado acertada, uma vez que a audiência está sempre em alta nas palestras. Isso é um sintoma muito positivo do SET e Trinta”, esclareceu ele.O sucesso do evento pode ser explicado pela preocupação em levar ao associado palestras de conteúdo, uma vez que eles estão sempre em busca de novidades. “Nosso objetivo é oferecer informações de qualidade, com assuntos que tenham relevância no mercado do au-diovisual, sempre com os melhores pro�ssionais do mercado mun-dial. Este ano, por exemplo, temos algumas tendências que vamos explorar, como o OTT (Over The Top), que são boxes onde é possível fazer vídeo on demand e baixar para ver no televisor e também o di-videndo das telecomunicações, com a entrada das empresas desse setor no mercado de radiodifusão”, disse. Quanto a isso, ele foi incisivo ao falar da ameaça que esses grupos representam para a radiodifusão. “São empresas que têm muito di-nheiro e isso já caracteriza uma briga desigual, na medida em que todos os serviços são pagos. Podemos dizer que a radiodifusão de TV aberta está lutando para sobreviver e eu acho que esse equilíbrio depende muito da força de reação que as emissoras de TV aberta e as associações têm. Isso é um fenômeno mundial que tanto as em-presas nacionais como estrangeiras vão discutir aqui”.

O sucesso do evento pode ser explicado pela preocupação em levar ao associado palestras de conteúdo, já que eles estão sempre em busca de novidades. “Nosso objetivo é oferecer informações de qualidade, com assuntos que tenham relevância no mercado do audiovisual, sempre com os melhores profissionais do mercado mundial”, enfatizou Olímpio Franco.

Adilson Malta, primeiro presidente da SET, frequenta a NAB desde 1970: “ Na época, a NAB acontecia em cidades como como Washington, Chicago e Atlanta. Era totalmente segmentado e, às vezes, estava em sete locais diferentes. A ideia de criar a SET e Trinta foi justamente reunir os brasileiros, de maneira que eles pudessem aproveitar melhor o potencial do evento”, recorda.

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Brasil aumenta potencial de

O país, mais uma vez, marcou presença em Las Vegas. Além de ter-mos uma das maiores delegações do evento, tivemos um pavilhão em que dezesseis empresas do setor de broadcasting puderam apre-sentar ao público alguns de seus principais produtos e soluções.

por Eduardo Boni

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Organizado pelo Sindvel (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica), com o apoio da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o Pavilhão Brasileiro é uma iniciativa que acontece dentro da NAB pelo quinto ano. Mais uma vez, o país teve presença marcante no evento, com um espaço no qual participaram 16 empresas, que levaram ao evento seus princi-pais lançamentos, gerando vários negócios.Esse é um projeto que conta com o apoio do governo brasileiro e tem como objetivo inserir os grupos ligados ao broadcasting do país no mercado internacional. “O Sindvel prepara o campo para as empresas; quem bate na bola e faz os gols é o empresário bra-sileiro. Este ano, por exemplo, estamos trazendo 16 empresas para expor seus produtos dentro do evento”, explicou o vice-presidente da Sindvel, Carlos Henrique Ferreira.Conforme esclareceu o executivo, a participação brasileira na NAB tem início a partir de um edital aberto, no qual as empresas fazem a sua adesão e, a partir daí, seguem um crono-grama de eventos durante o ano. “O nosso objetivo é aumentar o número de participantes para o próximo ano. Estamos há três anos aqui neste local e o nosso pavilhão tem atraído

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Para o vice-presidente da Sindvel, Carlos Henrique Ferreira (a dir.), a participação do Brasil se destaca ano após ano e é um importante gerador de negócios para as empresas. “A participação do Brasil na NAB, com o apoio da APEX, tem gerado importantes negócios para os empresários brasileiros, não apenas no país, como também no mercado latino-americano. A expectativa é que nós superemos os números do ano passado, que bateram a casa dos US$ 12 milhões, chegando a 15 milhões”

companhias estrangeiras de equipamentos para radiodifusão”, diz.Ele lembra que a participação do Brasil se destaca ano após ano e se transforma em um importante gerador de negócios para as empresas. “A participação do Brasil na NAB, através do apoio da APEX, tem gerado importantes negócios para os

empresários brasileiros, não apenas no país, como também no mercado latino americano. A expectativa é que nós superemos os números do ano passado, que bateram a casa dos US$ 12 milhões, chegando a 15 milhões”, contabiliza. Para 2012, já estão sendo estudadas novas áreas de atuação, que serão decididas em conjunto pela SET e o Fórum Internacional de Televisão Digital. “A SET e o Fórum Internacional de Televisão Digital estão sinalizando um crescimento para o próximo ano, so-bretudo em áreas como treinamento de mercado. Isso aumentaria nosso espaço na NAB em cerca de 25%”, adiantou.

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o Com participação na NAB há quatro anos, a Ativa Soluções, de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, desenvolve toda a linha de produtos tendo com foco a personalização das peças, de acordo com as necessidades dos clientes. O grupo tem sua atuação voltada para a radiodifusão, mas não se fecha nesse setor. “Nossos outros mercados são voltados para os mercados de telecomunicações, energia e água, Aqui na NAB estamos expondo oito novos produtos voltados para telemetria e gerenciamento remoto”, expli-cou Edson Rennó, diretor de negócios da Ativa Soluções.Um dos equipamentos que a empresa levou à NAB foi a nova versão do software de monitoramento Sollus. Esse é um sistema que permite monitorar de oito a 64 portas diferentes tanto para leitura como para telecomando, rea-lizando um trabalho de manutenção corretiva. “Esse equi-pamento permite que o dono da emissora ou o radialista responsável gerencie seus equipamentos em campo, tudo numa única tela e tome ações imediatas para resolver os problemas”, conta.Essa plataforma é baseada em internet e é totalmente compatível com outros fabricantes segundo Rennó. “Esse equipamento tem plataforma aberta para diversos proto-

colos de equipamentos, como STB, Linear, Screen Service e também a linguagem SMNP, com a qual é possível ge-renciar equipamentos de fabricantes internacionais. Dessa forma, passamos atender clientes também em nível mun-dial”, comemora.Dentro do setor de telecomunicações, o grupo trouxe o Probe 3G, um equipamento usado para teste de estações rádio base de celular. Para o segmento de TV Digital, a Ativa levou à NAB uma proposta de canal de interatividade chamada Ceres, um projeto �nanciado pela Finep. Segundo Rennó, esse equi-pamento é um conjunto de hardware e software que vai permitir ao telespectador se comunicar por meio do apare-lho de TV, não apenas localmente, mas de maneira remota e interativa de qualquer lugar do mundo. “Nós já temos a solução técnica, com o seu conceito e alguns experimen-tos. Falta colocar no mercado. A proposta é que esse equi-pamento seja plugado no set-top box e, via as interfaces de SM, 3G, Wi-Fi e WIMAX disponíveis no nosso equipa-mento, faça o envio das mensagens. Ele vai trabalhar em conjunto com o Ginga”, explicou.Com relação à projeção de negócios da empresa, Rennó

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falou sobre a homologação de produtos da empresa para os países que adotaram o ISDB-T, como Chile, Peru, Argentina e Colômbia. “Estamos em negociação para colocar no mercado latino produ-tos para telemetria como o Marthe, o software para gerenciamento Sollus e o nosso canal de interatividade Ceres, que está em fase de demonstração. Na Colômbia e no Chile, já temos equipamentos em teste e no Peru estamos negociando”, comemora. www.ativasolucoes.com.br

Para o segmento de TV Digital, a Ativa levou à NAB uma proposta de canal de interatividade chamada Ceres, um projeto financiado pela Finep. Na linha de produtos da empresa estão aqueles voltados para telemetria como o Marthe, o software para gerenciamento Sollus, o Probe 3G, um gerador de testes para rede celular GSM e o canal de interatividade Ceres, que está em fase de demonstração.

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Com foco voltado para a fabricação de equipamentos de áudio para emissoras de rádio FM e AM, além de televisão, a Biquad participa da NAB pelo segundo ano. Desta vez, a empresa apresentou em Las Vegas o processador de áudio digital multibanda, DAP 4 FM – um equipamento voltado para rádios FM, com acesso via USB e Ethernet.Durante a NAB, a empresa fez uma demonstração do pro-

duto, que foi lançado um mês antes do evento, comparan-do-o com um produto similar da Omnia. “A ideia foi trazer o nosso produto e fazer uma comparação para mostrar que, atualmente, nós temos tecnologia digital que se igua-la àquela disponibilizada no exterior”, explicou Daniel Ma-zzer, engenheiro de desenvolvimento da empresa.Segundo ele, o sucesso do novo produto tem sido muito grande no Brasil. “Cerca de 40 emissoras no Brasil estão utilizando o DAP 4, inclusive, muitas delas estão substi-tuindo equipamentos importados pelo nosso, por conta da qualidade”, comentou, enquanto fazia a demonstração do produto, comparando-o com um processador analógico da própria Biquad e um digital norte-americano. Segundo Mazzer, há uma versão do aplicativo para IPad e o equipamento é todo con�gurado via PC. “Há um display touchscreen em que o usuário pode monitorar o que está acontecendo. No futuro, vamos expandir a con�guração para Mac e Android, entre outros sistemas. Com isso, o que queremos é divulgar este produto e mostrar que nossa empresa tem uma marca forte no mercado, já que muitos brasileiros vêm até a NAB. É interessante quando clientes nos procuram e dizem que nos viram neste even-to. Isso acaba sendo um diferencial em termos de negó-cios no decorrer do ano”, �nalizou. www.biquad.com.br

Daniel Mazzer, da Biquad, apresentou no evento o processador de áudio digital multibanda DAP 4 FM, um equipamento voltado para rádios FM, com acesso via USB ou Ethernet

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o Conhecida no Brasil como uma das maiores empresas de gerenciamento para transmissão, a Casablanca Online fez a sua estreia como expositor na NAB este ano. Segundo o dire-tor da empresa, Alex Pimentel, o propósito da participação é apresentar a marca no exterior. “A nossa presença aqui é estratégica, uma vez que o Brasil estará em evidência nos próximos anos por causa dos eventos esportivos. Esta é a melhor oportunidade para apresentar a nossa marca, pois estão presentes pessoas ligadas a radiodifusão do mundo todo. Para os próximos anos, a intenção é contar com uma estrutura muito maior”, adianta.Para a Casablanca, o volume de negócios vem crescendo bastante, já que eles trabalham tam-bém com satélite. Isso abre portas principal-mente na América do Sul, segundo Pimentel. “Na América do Sul temos atuado muito na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela. Além desses países, nossa atuação se estende aos Estados Unidos e aos países do Oriente Mé-dio, além das agências de notícias”, conta. Para o executivo, a iniciativa da APEX na organi-zação do Pavilhão Brasileiro foi excelente. “Ape-sar de ter sido uma decisão de última hora, a nossa participação, com o intermédio da APEX, está sendo excelente. Fiquei muito contente com as facilidades que nos ofereceram para es-tar aqui e ter uma base na NAB”, �nalizou. www.casablancaonline.com.br

Segundo o diretor da empresa, Alex Pimentel, o propósito da participação é apresentar a marca no exterior. “A nossa presença aqui é estratégica, uma vez que o Brasil estará em evidência nos próximos anos por causa dos eventos esportivos. Esta é a melhor oportunidade para apresentar a marca, uma vez que estão presentes pessoas ligadas a radiodifusão do mundo todo. Para os próximos anos, a intenção é contar com uma estrutura muito maior”

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iva A empresa EITV, de Campinas (SP), atua no segmento de

Televisão Digital e fornece soluções de interatividade para emissoras de TV. Além disso, o grupo dá apoio a desen-volvedores, como empresas de software e universidades, além de fabricantes de receptores para dar suporte de inte-ratividade ao usuário �nal.No estande, o público podia assistir a demonstrações de um sistema de interatividade, com equipamentos que geravam sinal e faziam a transmissão. Entre eles estava o EITV Playout Professional, um gerador de dados que é usado em emissoras do Brasil e da América Latina. “É ele quem gera a interatividade, o guia eletrônico de programa-ção e o close caption. Nós estamos usando esse equipa-mento para transmitir os aplicativos interativos”, explicou o diretor comercial da EITV, Rodrigo Araújo. Além desse, havia outros equipamentos de parceiros da empresa, como o modulador da UBS, que a EITV represen-ta no Brasil. “Com ele nós fazemos a modulação já em RF do sinal, que sai do playout e entra no modulador”, disse.Para a recepção dos sinais havia um set-top box com Gin-ga chamado EITV Developer Box, um equipamento para desenvolvedores de aplicação “Esse set-top box permite que o Ginga, tanto MCL como Java, teste as aplicações que ele desenvolveu carregando-as no set-top box tanto pelo ar ou pela internet”.

Segundo lembrou o executivo, o grupo participa da NAB como expositor há três anos e nesse tempo houve um no-tável crescimento da presença brasileira, sobretudo pela adoção do sistema ISDBT por outros países da América do Sul. “Eu vejo a NAB como uma grande oportunidade de marcar presença e mostrar ao mercado as novidades que estamos trazendo. A participação na feira, para nós, é um termômetro para medirmos o crescimento da EITV enquanto empresa. E isso tem acontecido ano após ano, já que o volume de negócios gerados tem crescido conti-nuamente nesse tempo em que participamos do evento”.www.eitv.com.br

Reportagem > BRASIL EM LAS VEGAS

No estande da EITV, os destaques foram o gerador de dados EITV Playout Professional, usado para gerar interatividade. Outro destaque era o modulador da UBS e o set-top box EITV Developer Box.

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a Com mais de 20 anos de experiência na fa-bricação de antenas para o setor de radiodifu-são, a empresa mineira Ideal Antenas partici-pou da NAB 2011 pelo quinto ano consecutivo ainda mais motivada por causa do recente destaque que obteve na mídia, por conta da parceria fechada com a empresa norte-ameri-cana Shively Labs. De acordo com o supervisor de vendas da empresa, Marcelo Zamot, um dos pontos po-sitivos que a Shively encontrou na empresa brasileira foi a capacidade técnica da equipe para fortalecer o pós-venda. “Um dos gran-des problemas de importação é você não conseguir fazer um pós-venda e�ciente. Eles encontraram na Ideal Antenas esse tipo de ini-ciativa que sempre quiseram oferecer como

Como não poderia deixar de ser, o destaque da Ideal Antenas na NAB foi o anúncio da parceria com a norte-americana Shively. Na foto, o momento em que foi selado o acordo entre Mario Evaristo, da Ideal, e Paul Wescott, presidente da Shively

Foto: Maria TerezaCorreia/EM

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apoio aos clientes”, comemorou.Outra novidade que o grupo veio apresentar em nível mundial foi o campo de testes da empresa, uma torre de 30 metros de altura, com capacidade para suportar até cinco toneladas. “Com ela, nós conseguimos elevar a antena e realizar vários testes a partir de softwares, mapeando todo o equipamento. Com um clique é possível obter todas as informações sobre possíveis al-terações mecânicas. Esses testes garantem um produto de alta qualidade para os nossos clientes”, explicou.Segundo Zamot, o retorno comercial da NAB é muito grande, tanto para clientes da America Latina como de outros países. “É realmente notável o potencial de uma feira como essa, porque aqui nós temos contato com todos os tomadores de decisão, tanto dos Estados Uni-dos como de outros países da América do Sul, onde também temos negócios. Então, mesmo que não se fechem acordos imediatamente, no decorrer do ano, as coisas acabam acontecendo, como foi o caso dessa parceria que nós �zemos com a Shively, e que teve seus pri-meiros contatos durante a NAB do ano passado”, lembrou.Para �nalizar, Zamot falou sobre os novos mercados que se abrem para a empresa mineira, em decorrência dessa parceria, sobretudo Europa e África. “Nós estamos orgulhosos de ser a única empresa da América Latina a oferecer produtos que antes só eram encontrados no exterior, como combinadores e �ltros para transmissores de tele-visão e FM com a mesma qualidade técnica dos americanos”. www.idealantenas.com.br

A equipe da Ideal Antenas é veterana na NAB e neste ano teve motivos de sobra para comemorar os resultados do evento

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cando equipamentos digitais que �caram antigos, então a procura é por novas versões e também pela televisão móvel, que é a novidade do momento nos Estados Unidos”, contou.Em relação ao Brasil, Caputo aponta a interiorização como um caminho que a Linear vem seguindo há algum tempo, inclusive com diversos equipamentos sendo vendidos e instalados para as prefeituras. “Além disso, nós já fecha-mos acordos com algumas emissoras para a interiorização do sinal digital, como o SBT e a TV Record. Temos instala-do cerca de dez equipamentos de baixa potência por mês. Para nós, esse um número muito interessante porque isso indica que estamos um ano adiantados em nosso crono-grama de interiorização”.Entre os equipamentos novos, Caputo citou o Encoder MPEG 4 de alta capacidade, um gap �ller que regenera MER (Modulation Error Ratio), além de equipamentos de 19 polegadas de alta potência. “No entanto, o destaque é um transmissor de padrão americano de 2 kW e um excitador digital para televisão móvel, que é novidade no mercado americano. Toda essa linha foi lançada aqui na NAB e co-meçamos a entregar ainda no mês de abril “, concluiu. www.linear.com.br

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A Linear tem uma longa tradição no mercado, com 34 anos de experiência no segmento de transmissores. Com todo esse know how, é normal a participação do grupo em toda a América do Sul, além de outros continentes, como África e Ásia, “Nós exportamos para 45 países, com destaque para as Filipinas, Nigéria e África do Sul. Para nós, outro bom mercado é o Oriente Médio, por isso, mantemos um escri-tório em Dubai, que atende essa região”, conta Robinson Ca-puto, diretor da Linear.Com forte presença também na América do Norte, a Linear mantém uma fábrica em Chicago há quatro anos. “Essa fábrica nos permitiu a instalação de mais de 400 transmis-sores nos Estados Unidos com potência de até 5 kW digital. Por causa disso, tivemos uma procura muito grande na fei-ra deste ano”, explicouSegundo ele, a presença da Linear é tão marcante, que a empresa participa de cinco feiras nos Estados Unidos anu-almente. “Além da NAB, nós estamos presentes em outros eventos ligados ao broadcasting. No entanto, o encontro da NAB é o maior e mais importante de todos eles”, enumerou.Além disso, a Linear tem uma forte penetração no mercado de LPTV. “Esse setor vem crescendo muito nos Estados Uni-dos. É o que chamamos de interiorização e a transmissão é feita pelo ar no país todo. Posso destacar ainda nossa atu-ação no Canadá e no México”, que é muito forte”, ressaltou.Em relação ao mercado norte-americano, Caputo falou so-bre algumas particularidades e revelou a expectativa de vendas da empresa para este ano, que atingirá cerca de 15 milhões de dólares. “Como não existe mais TV analógica por aqui, o que fazemos é instalar os transmissores digitais na ampliação de cobertura das redes e na renovação de equipamentos. Para se ter uma ideia, por aqui já estão tro-

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Com forte presença no mercado norte-americano, a Linear espera vender cerca de 15 milhões de dólares neste ano. “Nos Estados Unidos, o que estamos fazendo é instalar os transmissores digitais na ampliação de cobertura das redes e na renovação de equipamentos. No mercado americano, as emissoras estão trocando equipamentos digitais que ficaram antigos, então a procura é por novas versões e também pela televisão móvel, que por aqui é a novidade do momento”, explicou Robinson Caputo, diretor da empresa

Robinson Caputo, da Linear, com o encoder H.264 para ISDB-Tb. O novo modelo tem versões para SD, HD e Mobile (1080i, 720p, 480i/p, 240p e 180p); codificação em tempo real. Ao lado, o multiplexer ISMUX, que é compatível com Ginga, EPG e Closed Caption

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l Com forte atuação no mercado de transmisso-res, a empresa italiana Screen Service mantém há um ano uma bem sucedida fábrica em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais. A fábrica detém toda a parte de produção e mantém 60 funcioná-rios. “Nós estamos revertendo o processo inicial, já que boa parte dos pallets de potência que fabri-camos estão começando a ser exportados para a Itália”, explica Alberto Morello, diretor da empresa para a América LatinaDurante a NAB, a empresa �rmou sua posição em termos de regionalização do sinal digital. Em relação ao mercado brasileiro, a principal ação da empresa é a atuação no mercado regional, na qual a Screen Service aposta uma linha de produ-tos voltada especi�camente para esse segmento. “Entre os produtos está o receptor de satélite RX Pro, com o qual se economiza banda de satélite, já que é possível colocar apenas banda HD nesse sa-télite e, a partir dele, retirar o sinal em PAL-M para alimentar os transmissores analógicos que se tem hoje no mercado. Outra vantagem é colocar a lo-gomarca da empresa”, contou Morello.Outro equipamento disponível na feira era o

Durante a NAB, a Screen Service firmou sua posição em termos de interiorização do sinal digital. No Brasil, a principal ação da empresa é a atuação no mercado regional, com equipamentos como o receptor de satélite RX Pro. Outro equipamento disponível na feira foi o receptor de satélite IRD IRRM 2.

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receptor de satélite IRD IRRM 2. “Com ele é possível fazer toda a parte de remux do equipamento, já que entrega o BTS para coligar no transmissor digital. Dessa forma temos as soluções analógica e digital para oferecer ao cliente”.Para a NAB, a Screen levou também os novos transmissores, um com 600 Watts analógico e outro com 300 Watts digital. “A novida-de desses equipamentos é a sua portabilidade, já que são bem pe-quenos, com apenas quatro unidades de rack. Outro lançamento é o modulador Ark-6, que possui várias funções que permitem otimizar o que existe hoje no mercado. É uma evolução dos moduladores e funciona de 2,5 Watts até 30 kW.Em relação ao impacto da participação na NAB, o executivo diz que o evento é um grande concretizador de negócios. “Para nós é muito importante estar em uma feira como essa, já que estamos nego-ciando com vários clientes. Além disso, numa feira deste porte, aca-bamos abrindo nosso leque de atuação, já que somos procurados por vários tipos de empresa, como mecânica de RF e �ltros, não só do Brasil, mas também da América Latina, como Argentina, Peru e Bolívia”, exempli�cou. www.screenbrasil.com.br

Na linha de transmissores a Screen Service destacou os modelos analógicos e digitais, além do modulador Ark 6, que suporta de 2,5 Watts até 30 kW

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esDe acordo com os executivos da Trans-Tel, a estratégia da empresa de Campinas durante a NAB foi focar na interiori-zação do sinal digital. Dessa forma, o grupo vem apostando em antenas de médio e pequeno porte, usando polarização elíptica. “As pequenas localidades exigem antenas leves, que não sejam muito caras e que apresentem desempe-nho e�ciente de cobertura. Apesar de o foco principal ser esse, continuamos trabalhando com a linha de alta potên-cia e também de gap-�llers, para complementar a cober-tura em grandes cidades e otimizar o diagrama em locais com geogra�a com zonas de sombra muito espalhadas ”, explicou José Roberto Elias, gerente comercial da Trans-Tel.Segundo Elias, o grande trunfo da empresa é oferecer so-luções que sejam de qualidade e que, ao mesmo tempo, caibam no bolso do cliente. Para deixar as condições mais acessíveis para os clientes, a Trans-Tel está melhorando a produtividade através da otimização de processos inter-nos, que acabam se re�etindo no preço �nal dos produtos. “Estamos mudando um pouco o foco de nossa empresa em razão da interiorização. Esse novo mercado atinge prin-cipalmente pequenas cidades, cujo orçamento é limitado. Nós queremos facilitar a aquisição dos nossos produtos por essas prefeituras e, por isso, estamos nos adequando a essa realidade, ofertando antenas de pequeno e médio porte a custos cada vez mais atrativos”.

A Trans-Tel vem apostando na interiorização da TV Digital Terrestre, especialmente em locais onde o orçamento é limitado. “Nós queremos facilitar a aquisição dos nossos produtos por prefeituras e, por isso, estamos nos adequando a essa realidade ofertando antenas de pequeno e médio porte a custos cada vez mais atrativos”, explicou José Roberto Elias, gerente comercial da empresa (à dir.), ao lado de Dante Conti e Krystian Conti

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A Trans-Tel utiliza a NAB para manter contato com os clientes e iniciar novos negócios, já que, para muitos broadcasters brasileiros, este é o melhor período para discutir projetos mais elaborados

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Assim como outras empresas do setor, a Transtel vem negociando com empresas de países latino-americanos que adotaram o sistema ISDB-T. Para isso, além dos pro-dutos, a empresa estará presente em alguns dos princi-pais eventos de broadcasting da América Latina, como a Caper, na Argentina, e outro no Chile. “A princípio, nós queremos ajudar esse público a entender a problemática da digitalização, pois tudo é novo para eles. Nesse sen-tido, temos procurado mostrar a qualidade dos produ-tos de nossa empresa, sobretudo no que diz respeito a desempenho. Acreditamos que sistemas irradiantes são feitos para durar, serem e� cientes e não apresentar pro-blemas. Para atingir esse objetivo, utilizamos produtos de qualidade e procuramos nos destacar no atendimento ao cliente”, ressalta.Em relação a participação no evento, Elias destacou que é um ponto de encontro para broadcasters do mundo todo trocarem ideias e conhecerem novidades. “Procuramos oferecer para a delegação brasileira o que temos de melhor, inclusive com negociações efe-tivas dentro da NAB, já que, no decorrer do ano, esses pro� ssionais não dispõem de tempo para conversar sobre um planejamento mais cuidadoso. Aqui nós te-mos uma semana toda só para isso”, � nalizou. www.transtelconti.com.br

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esEm sua quinta participação como expositor na NAB, a empresa Tecsys, de São José dos Campos (SP), veio a Las Vegas com a intenção de fortalecer ainda mais o número de contatos de empresas da América do Sul, por conta da implantação do sistema ISDB-T. Para Marcos Freire, diretor geral da empresa, essa foi a grande mudança que aconteceu nos últimos anos da NAB, com a crescente participação de empresas brasileiras e sul--americanas. “Nesse sentido, a NAB tem se tornado essen-cial para nós, já que aqui encontramos representantes dos países em que o sistema foi adotado como padrão de TV Digital. Esses são os nossos mercados potenciais”.Apesar do ponto forte da empresa ser satélite, a participa-ção dos latinos é fundamental, conforme aponta o executi-vo. “Com o satélite e o ISDBT juntos nós � camos com uma força muito grande para gerar solução completa para eles no sentido de fazer a distribuição de conteúdo HD para as cidades menos populosas”.A estratégia foi focar maciçamente em produtos que te-nham utilização na distribuição do sistema ISDBT com baixo custo. Entre eles, Marcos destaca os decoders com remux incorporado, além das soluções de IRD com siste-mas de criptogra� a do acesso condicional. “A ideia, desde o inicio, foi tornar-los mais atraentes em termos de preço e necessidades do mercado”, conta.O diretor da Tecsys destacou uma particularidade inerente à NAB, que é a possibilidade de estar frente a frente com os principais executivos do mercado de televisão, além dos concorrentes dos mercados brasileiro e internacional. “Du-rante esses dias nos Estados Unnidos, conseguimos au-mentar muito o nosso network. Aqui é possível participar ativamente, conhecer os principais problemas que os bro-adcasters enfrentam, sugerir e gerar soluções para eles”.

A Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) levou à NAB a sua expertise para desenvolver produtos e o servi-ço de consultoria para empresas estrangeiras que queiram entender as tecnologias típicas do Brasil.Segundo Luciano Leonel, gerente técnico do laboratório de Desenvolvimento de Hardware, o principal foco da empre-sa é o desenvolvimento de soluções para transmissão e recepção de TV Digital. “Nosso objetivo na NAB é encon-trar parceiros que queiram trabalhar junto com a Inatel no desenvolvimento de novas soluções. Para isso, mapeamos algumas empresas do setor de codi� cação e decodi� cação de vídeo, transmissores, multiplexadores e receptores de TV digital com interesse no Brasil”, resumiu.Segundo ele, a participação na NAB é importante porque atrai empresas do mundo todo. “É interessante mostrar o nosso trabalho para brasileiros que não conhecem a Inatel. Em edições anteriores fechamos parcerias com os Estados Unidos e o Canadá. Este ano, fomos procurados por uma empresa da Espanha interessada em vender sistemas de TV Digital no Brasil, mas que está com di� culdades para interpretar as normas”, adiantou. www.inatel.br

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Luciano Leonel, da Inatel: a participação no evento em edições anteriores gerou parcerias com os Estados Unidos e Canadá. Este ano, o grupo foi procurado por espanhóis

Para o futuro, Freire aponta uma participação ainda maior dos países latino-americanos na NAB, por conta do sistema ISDB-T. “Eu tenho plena convicção de que vamos assistir a uma grande quantidade de empresas latinas participando da NAB nos próximos anos, por um motivo simples: em muitos países da América do Sul o sistema ainda não foi implantado, está ainda em fase de testes. Isso vai obrigá--los a se atualizar e conhecer os produtos e tecnologias em sistemas”, opinou.Como a aposta no mercado latino é muito alta, a Tecsys vem atuando já há algum tempo com repre-sentantes nessas localidades e, também, venda direta em alguns casos. “A chave para o sucesso nesse mer-cado é um network agressivo. Então, quando vamos escolher um representante para a nossa empresa, le-vamos em conta a experiência que essa pessoa tem no mercado, não necessariamente com TV Digital. O importante é que ela tenha um bom número de clien-tes para ter relacionamento. Nesse mercado, se rela-cionar bem é fundamental”, � naliza. www.tecsysbrasil.com.br

Os sócios Rodolfo Vidal, Marcos Freire e Jorge Ganuza (a partir da esquerda) apostam que a participação dos países latinos na NAB vai crescer pois o sistema ISDB-T ainda está em fase de testes, o que demanda conhecimento de produtos e tecnologias

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maior capacidade e é voltado para armários elétricos, com 32 entradas analógicas de 12 bits, 32 entradas digitais e 32 comandos. Tudo em uma unidade de rack apenas. É um mer-cado que demanda a monitoração de muito mais pontos do que o de rádio e TV”, concluiu.Segundo Garcia, para a TSDA, a NAB é um grande pon-to de encontro dos clientes do grupo no Brasil e na América Latina. “É uma oportunidade de mostrar a eles as novidades em termos de hardwares e softwares que a TSDA tem a oferecer”, avaliou. www.tsda.com.br

A TSDA atua em todo o Brasil e América Latina oferecendo soluções em telemetria e controle que permitem monitorar à distância o site de retransmissão de sinal de rádios e TVs. “É possível acessar todas as informações através de uma central técnica. Dessa forma é possível fazer manutenções preventivas e diagnosticar de forma e�caz os problemas. Isso garante aos nossos clientes redução de custos e maior qualidade de transmissão”, explica o diretor industrial da em-presa, Fábio Garcia.Durante a NAB, a empresa mostrou em seu estande dois tipos distintos de equipamentos. A UR Safe é uma linha de equipamentos que faz a monitoração de sites de retransmis-são por meio de de contatos elétricos. “Esses equipamentos têm capacidade para oito entradas analógicas, oito digitais e oito saídas em que podem ser conectados diversos tipos de sensores”, conta.Outro destaque da empresa na feira foi a linha Flex, que além de fazer a monitoração por pontos elétricos, também monitora outros equipamentos através de uma interface Ethernet. “Com essa linha de equipamentos é possível fazer a monitoração dos pontos padrões e também monitorar ou-tros equipamentos que sejam compatíveis com o protocolo de gerenciamento SNMP”, explicou.No setor de telecomunicação a empresa apresentou a nova linha de equipamentos, que é uma variação da linha Flex chamada UR Flex 16 X2. “Esse equipamento apresenta

A linha de monitoração TSDA Flex monitora equipamentos por pontos elétricos e por interface Ethernet

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deA Totvus participou da NAB honrando o compromisso que tem com a inovação, sobretudo na área de TV Digital, setor no qual o grupo possui grande experiência. Nesse sentido, a empresa levou ao evento toda a expertise no segmento de TV Interativa.A Totvs mostrou em seu estande equipamentos que possuem a plataforma StickCenter embarcada, como televisores com con-versores digitais, e set-top boxes, compatíveis com qualquer aparelho de TV. “O nosso objetivo é aproveitar a oportunidade que a NAB nos oferece, já que existem aqui um grande número de brasileiros. Queremos mostrar a eles todo o nosso poten-cial”, explicou o diretor de estratégia de Tecnologia, David Britto.De acordo com o executivo, outro objetivo da Totvs é captar fabricantes de receptores estrangeiros. “Estamos procurando por empresas do Japão e da China que estejam o interessados em vender os seus produtos no mercado brasileiro, mas que precisam se adequar às normas da TV Digital do país e neces-sitem de auxílio para fazer isso”, ressaltou Britto.www.totvs.com

No estande da Totvs o público pôde conferir como está o nível da TV Interativa no Brasil. Para isso, o grupo expôs equipamentos que têm a plataforma StickCenter embarcada, como televisores, conversores digitais e set-top boxes

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Reportagem > NAB 2011

A NAB 2011, que aconteceu em Las Vegas entre os dias 9 e 14 de abril, mostrou as maiores no-vidades do Broadcasting mundial e teve premia-ções entre as empresas participantes. Uma delas aconteceu no estande da NewTek, que reuniu todos os seus distribuidores para a premiação. O “mestre-de-cerimônias” foi Ralph Messana, diretor da empresa para a América Latina. O prêmio foi entregue para a Pinnacle Broadcast pelo seu desempenho comercial durante o ano de 2010, em todos os continentes. Além de Ralph Messana, estavam presentes Nydia Mendez e Jorge Dighero, da equipe da NewTek América Latina, e o proprietário da Pinnacle Bro-adcast, Ricardo Lopez, que recebeu o troféu. No início do ano, a NewTek mostrou a qua-lidade de seus produtos ao utilizar o TCXD 850 no programa especial “Melhores do Ano”, exibido pela Rede Globo.Pi

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Com algumas participações na NAB em seu currículo, a empresa mineira STB aproveitou o encontro em Las Vegas para levar ao público broadcasting dois de seus novos produtos: o remultiplexador MRX 101 e o modulador digital MDI 300, com upconverter integrado.Segundo o diretor geral da empresa, Silvio San-tos, os dois produtos têm como objetivo aten-der ao mercado de TV Digital. O remultiplexador MRX 101 tem entre suas funções o remapeamen-to de PID’s , um � ltro de PID`s para layers ABC e um editor de tabelas. O equipamento conta ain-da com duas interfaces ASI, operando no modo 1+1. “Este equipamento vem com duas funções opcionais: a interface para sinal de satélite DVB--S2 e um relógio de 10 MHz, sincronizado com GPS. Além disso, ele está preparado para operar em redes MFN e SFN”, explicou Santos.

Entre os equipamentos apresentados pela STB em Las Vegas, destacam-se o Remultiplexador MRX 101 e o Modulador digital MDI 300, ambos voltados para atender ao mercado de TV Digital no Brasil. No estande da STB, o diretor geral, Silvio Santos, o gerente de engenharia do Grupo RIT, Marcos Freitas, e o engenheiro Marcos Vinicius (da esq. para dir.)

O outro lançamento, o modulador digital MDI 300 com upconver-ter integrado. Ele possui duas entradas Transport Stream Packet de multiplexer e entrada automática de comutação para redundância. O MDI 300 é fabricado nos formatos de 204 e 188 bytes e possui gerenciamento de pacote IP para operação SFN.De acordo com o diretor da STB, a presença do grupo na feira de Las Vegas, que acontece desde 2004, serve como forma de aumen-tar o network da empresa. “Os nossos principais clientes estão reunidos aqui nesses dias, então é uma oportunidade excelente para trocar ideias e iniciar contatos. Muitos negócios que são fe-chados no decorrer do ano tiveram início neste encontro”, concluiu.

Edi Carlos, sócio da revenda autoriza Seegma, Ricardo Lopez, proprietário da Pinnacle Broadcast, e Ralph Messana, diretor da Newtek para a América Latina, durante a premiação

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A NAB 2011 abriu as suas portas propondo a explo-ração de novas possibilidades de criação e produ-ção, e os expositores responderam com um volume impressionante de novidades. Da gestão de mídia aos sistemas de edição, dos tripés às antenas, os profissionais que foram a Las Vegas, dificilmente voltaram para casa sem uma boa resposta para as suas necessidades.

por Eduardo Boni

Um mundo de

Nós reservamos quase toda essa edição para a presença brasileira na NAB 2011 e nas próximas páginas apresentamos uma pequena par-te - que seguirá na próxima edição - dos destaques, começando pela Sony, que levou ao evento a sua aposta mais ambiciosa no mundo da cinematogra�a digital: a nova geração CineAlta, personi�cada na câmera F65, a mais fotografada de todo o evento. Partindo de um look cinematográ�co de 65mm, ela usa um sensor único de 8K, com apro-ximadamente 20 megapixels e saída RAW para 16-bit.Quem teve a possibilidade de provar a F65 pode comprovar que esta câmera combina uma resolução 4K verdadeira com um intervalo dinâ-mico expansivo, que conserva até o mínimo detalhe de tom e oferece aos pro�ssionais algumas possibilidades criativas nunca vistas na ci-nematogra�a digital.O coração da câmera é um sensor 8K, que permite trabalhar em HD, 2K e 4K, podendo ir além e chegar aos 8K no futuro. Seu sensor CMOS 8K pode trabalhar a 120 fps e, graças a sua saída RAW 16 bit, se conver-te no primeiro sistema de captura projetado para suportar as especi�-cações IIF-ACES, Image Interchange Framework e codi�cação de cor, da Academia de Cinema de Hollywood.A câmera foi projetada pensando em múltiplas possibilidades de pro-dução, incluindo plataformas estereoscópicas e steadycam, devido ao seu design leve.

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O gravador de memória embutido (modelo SR-R4) permite gravar diretamente em cartões SR de 256 GB, 512 GB ou 1 TB. A gravação acontece em velocidades ultrarrápidas com dados RAW de 16-bit. O cartão de memória de 1 TB trabalhando a 24 Fps poderá armazenar até 50 minutos em 4K 16 bit RAW. Novos ambientes para o 3DA Sony pretende levar a estereoscopia a novos usuários de forma sim-ples. Para isso ela também apresentou a nova camcorder compacta HXR-NX3D1, que pertence à família NXCAM e foi projetada para ter um preço bastante acessível.A camcorder suporta codi�cação AVCHD e conta com um par de óp-ticas Sony G, sensores CMOS Exmor R e processadores de imagem que oferecem gravação estereoscópica para 1920×1080 Full HD em ambos os “olhos”.Seu work�ow permite gravar em Full HD duplo, codi�cando a ima-gem para H.264 MVC (Multi-Views Coding) em um arquivo simples. Quando o arquivo é importado para um software de edição compatí-vel, como o Sony Vegas Pro 10.0d, as imagens direita e esquerda são perfeitamente sincronizadas.Em gravação, a HXR-NX3D1 pode operar em 59.94i / 50i / 23.98p para 3D e 59.94p, 50p, 59,94i, 50i, 25p, 23.98p para 2D, além de 59,94i, 50i para SD.As lentes G garantem um zoom x10 em 3D. Já o monitor LCD de 3,5” de 2562×480 facilita o controle da gravação, sem a necessidade de uti-lizar óculos polarizados. Por último, a memória �ash interna de 96 GB suporta até 7,5 horas de gravação, podendo utilizar cartões de memória como alternativa.Numa versão mais pro�ssional, encontramos também a nova PMW--TD300, nova integrante da família XDCAM EX, com lente dupla e sensor de 1/2 polegada Exmor 3CMOS Full HD, com resolução de 1920×1080 pixels.

O lançamento mais ambicioso e esperado da Sony foi a Sony F65, que tem no seu núcleo um sensor 8K, que permite trabalhar em HD, 2K e 4K. No futuro, a resolução deverá subir ainda mais. Tudo é uma questão de mercado

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Melhorias para a PMW-F3A Sony anunciou também melhorias em sua câmera pro�ssional PMW-F3, como a opção 3D-Link (CBK-3DL01), que estará disponível através de uma atualização dea �rmware e conexão por cabo. Esta conexão está projetada para proporcionar sincronia remota entre duas câmeras F3, utilizando um único controle remoto, com Genlock, time code e controle de câmera. Graças a este sistema, que permite iniciar a gravação e interrompê-la simultaneamente através de controle remo-to, é possível utilizar esta câmera de forma simples sobre plataformas estereográ�cas, os rigs.Além disso, através do software CBK-RGB01, a câmera contará com saídas RGB 4:4:4 e S-LOG, além de ter função de comutação Dual--Link/3G-SDI. Ela será pré-carregada com 4 LUTs de fábrica para ser usado durante monitorações.Novas lentes também vão estar disponíveis para a PMW-F3: a grande angular SCL-P11X15 PL de 1.5x, 11-16mm e velocidade de T3.0; e a SCL--Z18X140 FZ com zoom de 14.0x, 18-252mm e T3.8.

SRMasterUm novo conceito na NAB 2011 foi a introdução da linha de produtos baseados na memória SR. Herdeira do conceito HDCAM SR, que a Sony popularizou como sendo o seu mais alto padrão de qualidade, a nova geração incorpora soluções 3D e 4K. Através das memórias SRMaster, a empresa oferece um ambiente de produção que combina �ta, memória e arquivos SR, o que proporciona aos pro�ssionais de edição e produção diversas ferramentas para agilizar o trabalho.

Monitores pro�ssionais A nova série BVM-E250/E170 foi concebida para monitoração master enquanto a PVM-2541/1741 oferece monitoração de alta qualidade para pós-produção, por exemplo. Ambas as séries estão disponíveis em 25 e 17 polegadas. A série PVM oferece alta qualidade de imagem e �exibilidade para a produção de vídeo e cada modelo tem resolução completa 1920×1080 HD, com processamento de sinal de 10 bits. Os dois monitores supor-

Em gravação, a delicada HXR-NX3D1 pode operar em 59.94i / 50i / 23.98p para 3D e 59.94p, 50p, 59,94i, 50i, 25p, 23.98p para 2D, além de 59,94i, 50i para SD

Os cartões de memória SRMaster de 1 TB de capacidade surgem para agilizar o vai e vem de arquivos entre as câmeras e os sistemas de arquivamento e edição

A família XDCAM EX ganhou a PMW-TD300, uma integrante com lente dupla e sensor de 1/2 polegada

tam múltiplos padrões de cores e tem um processo de instalação mui-to simples, assegurando igualdade de estabilidade, cor e tonalidade. Eles são ideais para condições de luz ambiente extrema, como as se encontram em um estúdio, e também incluem um novo sistema de controle, similar ao que está presente no monitor de campo Sony PVM-740 OLED. Outras funções importantes da série PVM incluem o controle de ilu-minação do painel, entradas 3G HD-SDI, controle remoto em série e paralelo, exibição de time code e de áudio embutido, monitor interno de forma de onda, equilíbrio automático de brancos e operação com DC (com o PVM-1741).O processamento OLED intensi�ca o rendimento completo do moni-tor, reproduzindo a cor negra com profundidade e com uma alta gama dinâmica e movimento livre de desfoques. No estande da Sony, durante a NAB, pudemos assistir ainda a uma im-pressionante demonstração da tecnologia com resultados realmente espetaculares. Ao apagar as luz do set onde estavam os visitantes, to-dos �cavam perplexos com o monitor PVM, que “desaparecia” quan-do uma imagem negra era gerada. www.sonypro.com.br

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Las Vegas foi a base de lançamento para ampliação da família P2HD com o lançamento da nova AG--HPX250 e da segunda geração de câmeras 3D da empresa, liderada pela AG-3DP1, que foram acom-panhadas pelas novas camcorders AVCCAM AG--AC160 e AG-AC130.Além das câmeras, certamente, um dos pontos mais fortes foi divulgar a plataforma de compressão AVC Ultra, que agora tem novas capacidades para tra-balhar em ambientes 4K 4:4:4 em pós-produção de alto nível, suportando ainda 720p, 1080i, 1080p 24 e 1080p em altas taxas de dados e com a possibilidade de trabalhar com AVC Proxy.A nova câmera de ombro 3D de lente dupla da linha P2 HD, a AG-3DP1, trabalha com amostragem 4:2:2 e grava em resolução 1920 x 1080 AVC-Intra em mídia P2. A sua captação em estilo EFP deve ajudar a expan-dir o universo de produções 3D em eventos ao vivo, esportes, documentários e � lmes independentes.A 3DP1 incorpora sensores 3-MOS Full HD e 2.2 me-gapixels com melhora da sensibilidade e um proces-sador digital de sinal (DSP) para captar imagens a 1920 x1080 com a mais alta qualidade de produção. Como a 3DA1, a 3DP1 incorpora controles de ajuste estereoscópico que facilitam a operação, enquanto o sistema de lente dupla adotado na seção óptica da câmera permite que o ponto de convergência seja ajustado continuamente. Também estão a mão as funções para a correção automática do desloca-mento horizontal e vertical, pois estes modelos se recalibram automaticamente, sem a necessidade de equipamentos externos, permitindo a captura ime-diata de imagens 3D.A nova 3DP1 grava em AVC-Intra 100/50, podendo co-mutar entre 50 e 60 Hz. Em AVC-Intra 100/50, ela gra-va em 1080 a 59.94i, 29.97 pN, 23.98 pN, 50i e 25pN, e em 720p a 59.94p, 50p, 29.97pN, 23.98pN e 25pN. Para garantir alguma flexibilidade criativa, o modelo da Panasonic tem uma taxa de gravação de frames variável, para criar efeitos com movimentos rápidos e lentos. No modo 720p, um usuário pode escolher entre 20 velocidades de frame, que variam entre 12 e 60 frames por segundo.Ela está equipada com uma óptica dupla, com len-tes zoom 17X e pode armazenar até 80 minutos de

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A nova 3DP1 grava em AVC-Intra 100/50, podendo comutar entre 50 e 60 Hz. Em AVC-Intra 100/50, ela grava em 1080 a 59.94i, 29.97 pN, 23.98 pN, 50i e 25pN, e em 720p a 59.94p, 50p, 29.97pN, 23.98pN e 25pN

A AG-AC160 tem características compatíveis com produções mais exigentes, como gravação em 1080p com taxa de frames variável, áudio PCM linear, saída HD-SDI e comutação entre 59.94Hz/50Hz

gravação em cartões P2 de 64GB no formato AVC-In-tra 100 1080/24pN. As câmeras oferecem interfaces profissionais incluindo saídas HD-SDI, saída HDMI (compatível com 3D) e dois conectores XLR. Elas também têm entrada de sincronia e de códigos de tempo para operação multicâmera, além de um ter-minal remoto para foco, controle de íris, zoom, REC start/stop e ponto de convergência.A sua tela LCD de 3.2 polegadas proporciona a op-ção de comutar entre esquerda e direita ou sobrepor imagens na tela, o que facilita a revisão de informa-ção de profundidade, sem a necessidade de ferra-mentas externas.A 3DP1 tem todos os benefícios de um fluxo de tra-balho P2 HD, baseado em arquivos, incluindo o iní-cio imediato de gravação, visão de miniaturas para acesso imediato ao conteúdo de vídeo em todos os cartões, e um conjunto de modos de gravação de economia de tempo que incluem modo contínuo e com intervalos. A 3DP1 estará disponível no merca-do no fim deste ano. AG-AC160 e AG-AC130Duas novas câmeras de mão AVCCAM HD da Panaso-nic, a AG-AC160 e a AG-AC130, incorporam sensores 3-MOS de alta sensibilidade, com 1/3”, resolução full-

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-HD de 2.2 megapixels para captura de imagens 1920×1080, uma nova lente zoom 21X. Os recursos incorporados incluem dois slots para cartões de memória SD, usados na gravação simultânea, compatibilidade com cartões SDXC de alta capacidade, tela oti-mizada e visor LCD, bem como modo de gravação DV. A AG-AC160 tem características compatíveis com produções mais exigentes, como gravação em 1080p com taxa de frames variável, áudio PCM linear, saída HD-SDI e comutação entre 59.94Hz/50Hz.De acordo com as informações fornecidas pela fabricante, o codec MPEG-4 AVC/H-264 utilizado é capaz de duplicar a eficiência em largura de banda e qualidade de vídeo quando comparado com os antigos formatos de compressão baseados em MPEG-2, por isso as gravações aparecem claras e nítidas, inclusive durante movimentos rápi-dos, sem degradação ou perda de informação. Utilizando uma lente de zoom 21X, com três anéis ajustáveis independentes para o zoom, foco e íris, estas novas unidades AVCCAM têm um ângulo de visão de 28mm, capaz de cobrir a maioria das situações. Os modelos AC-160 e130 gravam o vídeo em quatro modos, incluindo modo PH de má-xima qualidade (em média 21 Mbps / máximo 24 Mbps), modo HA (aproximadamente 17 Mbps), modo de gravação estendido HE (6 Mbps) e o modo PM (menos de 10 Mbps, apenas para 720p), indicado para vídeos para web.Os modelos estão entre os primeiros a desfrutar dos benefícios da compatibilidade dos cartões de memória SDXC, além do suporte a cartões SDHC. A tecnologia SDXC é a mais recente especi� cação de cartões de memória com capacidades entre 32 GB e 2 TB. Graças às duas entradas para cartões, as duas câmeras podem gravar até 12 horas em dois cartões SDXC de 64 GB no modo PH, com uma comutação automática entre os dois cartões. As duas entradas também podem ser utilizadas para uma gravação de back-up.

AG-HPD24Para complementar os lançamentos, também estava em demonstração o novo deck AG-HPD24 P2 para gravação/reprodução 3D sincronizada; gravação 24p com taxas de frames variáveis; interface USB 3.0; e gravação em 24-bits de quatro canais de áudio no modo AVC-Intra 100/50.O deck HPD24 trabalha com arquivos a 10-bit 4:2:2 e permite reproduzir e revisar as imagens dos cartões P2 em sua tela LCD 16:9 de 3.5 polegadas. Nele também é possí-vel gerenciar clipes de vídeo e metadados; gravar conteúdo a 10-bits a partir de uma grande variedade de câmeras Panasonic e de terceiros pela sua entrada HD-SDI; e transferir os dados para discos rígidos.Com dois slots para cartões P2, alimentação por baterias e ocupando meio rack, o HPD24 pode ser usado tranquilamente em produções de campo. Para trabalhos em 3D, duas unidades HPD24 podem ser sincronizadas para gravação, com resolução completa e isolada nos canais esquerdo e direito. Os deck também podem sincronizar a reprodução Full HD-SDI 3D ou 3D HDMI.

O Panasonic AG-HPD24 pode ser sincronizado para gravação e reprodução de produções 3D e a sua interface USB 3.0 “SuperSpeed” garante taxas de transferência de até 4.8 Gbps

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O volume de lançamentos da Grass Valley na NAB con�r-mou a estabilidade e a solidez da empresa após o proces-so de aquisição pelo grupo de investimentos em tecnolo-gia Francisco Partners ter sido �nalizado no início do ano. “Eles viram na Grass Valley um grande potencial e estão fazendo investimentos contínuos, de maneira a atender todas as necessidades do mercado de vídeo broadcast. Não são apenas produtos, são soluções, assim todas as linhas de produtos estão trabalhando em conjunto e não mais isoladas”, conta Rafael Castillo, vice-presidente de vendas da empresa para a América Latina.A Grass Valley também tem um novo presidente, Alain Andreoli, enquanto Jeff Rosica, veterano da empresa, é o novo vice-presidente de vendas e marketing. Nessa nova con�guração, Rafael Castillo destaca que 15% das recei-tas do grupo têm sido investidos no desenvolvimento de novos produtos e “há total enfoque em mercados emer-gentes, como os da América Latina, que hoje já responde por 9% do faturamento da empresa”.O novo presidente chegou à empresa em janeiro deste ano, para comandar o processo de compra pela Francis-co Partners. Sua principal missão agora é tornar a Grass Valley uma marca global forte e muito próxima de seus clientes. Antes de chegar à GV, Andreoli foi presidente da Sun Microsystems Europa, liderando 30 subsidiárias com operações em 100 países.Hoje, a Grass Valley registra os seus melhores resultados de crescimento em regiões como Ásia e América Latina, o que justi�ca o reforço nas equipes de vendas dessas áreas. No Brasil, especi�camente, o escritório da empresa está sendo estruturado para receber novos pro�ssionais que darão apoio para as áreas de vendas e suporte ao cliente. “Também estamos preocupados em treinar os revendedores para que eles possam trabalhar de forma

mais independente, ampliando os seus negócios em re-giões onde não chegamos atualmente”, completa.O executivo também destacou à Panorama Audiovisual o lançamento de produtos como o Stratus, uma plata-forma para o aprimoramento dos �uxos de trabalho que usam soluções da empresa, como a família K2 Summit; as atualizações dos switchers e do K2 Dyno (recupera-ção de imagens e câmera lenta) para produção ao vivo, que agora dispõe novas facilidades; e das matrizes Trinix, cada vez mais preocupadas em proteger o investimento dos clientes. “Somos também a primeira empresa com câmeras que fazem transmissões em 3G por triax, o que ajuda os donos de unidades móveis a padronizar os equi-pamentos usados em suas produções”. “Temos também o caso do MediaFuse, que hoje é uma aplicação independente, mas que será integrada ao sis-tema do Stratus, para maximizar (o uso) dos conteúdos criados por produtores, que poderão entregar a sua mí-dia não só para a tela de televisão, mas também para a internet, iPads e telefones celulares”, conta. “Nessa feira, os clientes estão procurando otimizar os seus �uxos de trabalho e os conteúdos que produzem. Para atendê-los, a Grass Valley tem ferramentas como Aurora e Stratus, além do MediaFuse”. Castillo também comentou a digitalização das emissoras brasileiras e o promissor mercado de unidades móveis. “São muitas oportunidades. Temos várias solicitações para equipar unidades de externa e, ao mesmo tempo, também há muitos pedidos de soluções tapeless. Nesse caso, até mais que controles mestres. Esse é uma etapa no meio do caminho que não está totalmente implemen-tada em todas as empresas. Muitas delas investiram em câmeras e sistemas de transmissão, mas ainda falta re-solver as etapas intermediárias.” Especialmente para a produção digital, a Grass Valley aposta nos sistemas Ignite para automação de estúdios. Uma tecnologia muito nova no Brasil e que começa a ganhar espaço em emissoras de pequeno e médio por-

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Rafael Castillo destaca que 15% das receitas da Grass Valley têm sido investidos no desenvolvimento de novos produtos e “há total enfoque em mercados emergentes, como os da América Latina, que hoje já responde por 9% do faturamento da empresa”

Construída com base nos 15 anos de experiencia da empresa com workflows baseados em arquivos, a plataforma Stratus coordena as funções de ingest, gerenciamento, edição e exibição de materiais armazenados em servidores K2 Summit e K2 Solo

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te, além das cabeças de rede. “Produtos como o Ignite estão sendo adaptados para as necessidades �nanceiras e de investimento das emissoras menores,” completa Castillo.

MediaFUSE leva mais conteúdo para Web e MobileA solução para reformatação de conteúdos Grass Valley MediaFUSE foi destacada pelos visitantes do evento, num momento em que a preocupação com as novas plataformas de distribuição cresce ver-tiginosamente. O MediaFUSE é uma plataforma que combina har-dware e software com a �nalidade de preparar os arquivos de áudio e vídeo produzidos regularmente por emissoras e produtoras para a distribuição em internet, celular e iPad, por exemplo. A versão 2.0 do sistema, que foi anunciada na NAB 2011, esteve na lista de compras de muitas empresas justamente porque, com a capa-cidade de reformatar conteúdos, amplia a lucratividade de um mesmo produto. Assim, uma minissérie pode ter versões para Web, celular e outras formas de visualização, ao mesmo tempo em que é exibi-da pela TV, e os telespectadores podem acompanhar o programa em qualquer uma dessas plataformas, de acordo com a conveniência. A conversão dos arquivos é linear e o stream dos dados pode ser fei-to para Flash, HLS-5 (para HTML-5) e formatos Windows Media. Para cada um dos formatos criados podem ser gerados múltiplos streams com publicidade exclusiva e substituída no momento da exibição. Essa é outra qualidade do sistema, pois o exibidor ou proprietário dos conteúdos não é obrigado a usar os mesmos anúncios em todas

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Um dos pontos de visitação obrigatória era o switcher Kayenne, que recebeu atualizações de software e está com novas funções para operação ao vivo

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única saída de vídeo pode apresentar 128 imagens, sem redimen-sioná-las. Esse sinal pode ser distribuído para vários monitores ou uma única grande tela. Seguindo na expansão da linha de produtos Trinix, a Grass Valley também anunciou em Las Vegas uma série de roteadores em ma-trizes de 128×256, 256×512 e 512×1024, ocupando um só rack e com suporte ao Trinix Multiviewer em SD, HD e 3 Gb/s, usando conectores BNC de alto desempenho ou a opção de � bra óptica. Todas as ver-sões estarão disponíveis até setembro.

A câmera de terceira geração Em Las Vegas, a Grass Valley expandiu as possibilidades de conexão das câmeras ao lançar uma nova solução para transmissão 3G. Com ela é possível usar triax ou � bra para transportar 1080p50/60, 720p ou 1080i e pares multiplexados de sinais HD 720p ou 1080i para apli-cações em estereoscópicas 3D. Como um bônus, a transmissão 3G

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as plataformas de distribuição. Ele também não precisa se preocupar em editar cada stream, para cada tipo de dispositivo, já que o Me-diaFUSE cuida das conversões e inserções. Aparelhos como Apple iPad e iPhone ou que rodem o Google Android também podem ter as suas versões customizadas. “Essa solução é o caminho mais fácil e rápido para dar vazão aos conteúdos de TV que precisam ser distribuídos em outras plata-formas de maneira linear. Com o MediaFUSE é possível encontrar novas formas de lucro e de ampliação da audiência,” a� rma Scott Murray, Vice Presidente Sênior da Grass Valley. “Os usuários desse sistema podem processar cinco vezes mais conteúdo para Web do que antes de comprarem a solução”, disse.O MediaFUSE pode ser um complemento do sistema de automação de produção Grass Valley Ignite ou um sistema autônomo.

Múltiplas telas com o Trinix NXT Multiviewer A Grass Valley adicionou a função de multiviewers à sua família de roteadores de vídeo digital Trinix NXT, com suporte para infraestru-turas de até 3 Gb/s e até oito saídas SDI por placa. A proposta da empresa é destinada à monitoração, produção ao vivo e centrais de distribuição de sinais, bem como unidades móveis.A vantagem deste multiviewer é que ele elimina a necessidade de componentes externos e conexões que consomem espaços no rack. Além disso, segundo Martin Fry, vice-presidente para soluções de roteamento da Grass Valley, “o multiviewer Trinix Multiviewer pode ser adaptado para qualquer versão do Trinix (lançado desde 2001), preservando o investimento de nossos clientes”.Com um consumo inferior a 75 Watts e oito saídas, essa nova versão oferece duas entradas MADI para monitoração de áudio AES, bem como monitoração de áudio embutido a partir de qualquer fonte ro-teada para o multiviewer. Há também suporte a grá� cos, tally (TSL e Imagem Vídeo), UMD e sistemas de controle da Grass Valley, além das funções de alarme comuns nesse tipo de solução. Cada placa do NXT Multiviewer pode receber imagens com re-soluções de 480i a 1080p e, graças às conexões em cascata, uma

A nova versão do MediaFUSE faz a conversão linear de arquivos para Flash, HLS-5 (HTML-5) e formatos Windows Media. Para cada um dos formatos podem ser gerados múltiplos streams com publicidade exclusiva, substituível no momento da exibição

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A solução transmissão 3G apresentada pela empresa oferece um canal de comunicação e dados para controle de câmera e

comunicação com a robótica

ampliou o alcance da cobertura em triax em 25%, para um mínimo conservador de 1500 metros. Além da saída de vídeo da câmera, a transmissão 3G transporta quatro canais de áudio digital para a estação de base em dois pares AES/EBU. Dois retornos de vídeo independentes podem ser envia-dos para a câmara para o monitoramento feito pelo operador e por segundo monitor, ao mesmo tempo. A solução de transmissão 3G apresentada pela empresa também oferece um canal de comunicação e dados para controle de câ-mera, comunicação com a robótica, processamento grá� co em tempo real e alinhamento remoto de um equipamento para gra-vação estereoscópica.A transmissão 3G já provou sua robustez em campo sob diversas condições meteorológicas e vem sendo usada pela emissora britâni-ca NEP Visions, que desde janeiro deste ano faz a cobertura de vários jogos da Liga Inglesa de Futebol. www.grassvalley.com

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Antes de falar sobre os projetos da empresa no Brasil, Cristina Delbo-ni, gerente geral da Vitec Group, ressaltou o compromisso da empresa em manter a autonomia de cada uma das empresas do grupo - Petrol Bags (cases e malas); Clear-Com (sistemas de intercomunicação); An-ton/Bauer,  Litepanels e Sachtler (iluminação); Microwave Service Com-pany, Nucomm e RF Central (sistemas de microondas); Anton/Bauer (baterias portáteis); Autoscript (teleprompoters); Manfrotto, OConnor, Sachtler, Vinten e Vinten Radamec (suportes para câmera), que vão con-tinuar com as suas fábricas e grupos de pesquisa especí�cos. “Quan-do esses grupos foram comprados e agregados à Vitec, as mudanças eram feitas apenas para melhorar o funcionamento das empresas. Não mexemos em pontos estratégicos como desenvolvimento e pesquisa. Cada empresa tem a sua independência, mas em termos comerciais e de processos estamos caminhando para uma convergência”, ressaltou.A Vitec tem várias empresas no mesmo segmento, como é o caso dos tripés e suportes de câmera, representados pela Sachtler, OConnor e Vinten. Mas isso não é um problema, como lembra Cristina, porque existe público para todos eles. “São equipamentos para segmentos di-ferentes e todas elas vão continuar, porque é essa variedade de empre-sas que nos credencia junto ao público. Eles gostam de saber que vão encontrar todas essas opções. Além disso, cada cliente tem a sua prefe-rência por marcas. Os mercados de cinema, fotogra�a e broadcast, em qualquer lugar do mundo, exigem variedade”.A executiva ressaltou que o escritório do Brasil não terá um segmento voltado para venda direta, já que a comercialização é feita exclusiva-mente pelos representantes autorizados. “Isso é uma questão de res-peito aos nossos representantes, que estão há anos trabalhando essas marcas com tanta dedicação. O papel do escritório é dar suporte em serviços e fazer a manutenção para todas as linhas que estão na divisão de Videocom”, ressaltou.Em relação à criação de um laboratório ou centro técnico que atenda aos clientes, ela diz que o assunto está em discussão, mas adiantou que peças menores, para manutenção, �carão à disposição no es-critório do grupo e serão fornecidas aos distribuidores. “Nós vamos fornecer peças que sejam fáceis de trocar e, se precisar, explicaremos como fazer o procedimento. Se o problema for mais especí�co, tere-

por Fernando Gaio

mos um técnico que vai analisar os problemas e fazer as manuten-ções. A ideia é fazer todo tipo de reparo no Brasil e, só em último caso, enviar o equipamento para os Estados Unidos ou Europa. Nos-so objetivo é solucionar o problema do cliente da forma mais rápida possível e dar a ele todas as garantias de pós-venda para os produtos que ele adquiriu”, adianta.Com relação à NAB, Cristina comentou que os visitantes brasileiros estavam em busca das novidades em todos os segmentos em que a empresa atua. “Às vezes, eles chegam ao estande procurando por uma marca de que gostam mais. No entanto, o per�l do público brasileiro é generalista. São pessoas que querem conhecer as novi-dades, ver de perto os equipamentos e, depois, analisar como eles poderão ser usados no dia-a-dia”.A executiva também falou sobre as palestras técnicas promovi-das pela empresa durante o evento em Las Vegas, onde cineastas e diretores de fotogra�a falaram sobre o funcionamento dos novos equipamentos e o seu desempenho em situações reais. Essa é uma ação muito especial e raramente realizada no Brasil. “Apesar de ter-mos um mercado muito bom, o nível de educação técnica é baixo e isso não se restringe ao mercado de broadcast. Um iluminador, por exemplo, aprende a pro�ssão na prática. É natural que ele �que com receio de usar um equipamento novo, já que não conhece o que é possível fazer com essas novidades”.Conforme lembra Cristina, a intenção da Vitec é justamente traba-lhar os conceitos técnicos que envolvem os equipamentos da em-presa com a realização de workshops e seminários. “O objetivo é usar o espaço de showroom para fazer palestras com pro�ssionais das áreas de cinema e broadcasting, além de discutir aspectos téc-nicos. Queremos que eles vejam como um equipamento pode ser usado e que possibilidades eles oferecem, a partir da experiência dos nossos convidados”, �nalizou.

Câmeras wirelessO novo modelo da Integrated Microwave Technologies (IMT) RF Cen-tral, uma das empresas que compõe o Grupo Vitec, chegou ao evento com uma solução sob medida para os proprietários de câmeras HD

Força no mercado Com um escritório recém-inaugurado no Brasil, a Vitec Group quer fortalecer o pool de empresas que lidera, apoiando o trabalho dos representantes e integradores das mar-cas que compõe o grupo.

Cristina Delboni, gerente geral da Vitec Group, ressaltou que o papel do escritório brasileiro é dar suporte aos distribuidores locais e fazer a manutenção para todas as linhas da empresa

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Em profundidade > HARMONIC SPECTRUMReportagem > NAB 2011

que precisam de transmissão sem �o de alta qualidade. Criado para auxiliar nas transmissões das mais recentes câme-ras do mercado, o modelo microLite HD é bastante compacto e tem total compatibilidade com as especi�cações HD-SDI (incluin-do áudio embutido), além de consumir pouca energia elétrica. “A nova versão de 5.8 GHz servirá os clientes que precisam captar e distribuir imagens em tempo real com total autonomia”, comen-tou o presidente da Integrated Microwave Technologies (IMT), Stephen Shpock. “Ela garante a transmissão de vídeo sem a in-terferência de outros sistemas sem �o, como as das redes 801.11, os dispositivos Bluetooth e os telefones sem �o”. O transmissor microLite HD tem potência de 250mW e trabalha no modo 2k DVB-T COFDM (2048 portadoras) para transmitir vídeo SD e HD em H.264. Essa codi�cação usa o per�l principal do H.264, o que faculta ao usuário escolher entre uma trans-missão com taxa de bits 30% menor ou melhorar a qualidade em relação aos codi�cadores que utilizam o per�l básico. Essa codi�cação também tem habilitada a encriptação Advanced En-cryption Standard (AES) para proteger transmissões com direi-tos reservados ou que correm o risco de serem interceptadas por pessoas não autorizadas.

Com uma pequena seleção de menus pode-se escolher a mo-dulação da largura de banda entre 6, 7 e 8 MHz, embora tam-bém possa ser usado um modo COFDM para banda estreita, que ocupa entre 1.25 e 2.5 MHz. Essa con�guração, entretanto, é indicada para transmissões com uma taxa de frames reduzida a distâncias elevadas. O novo modelo da IMT é menor que dois maços de cigarro e pode ser ligado à alimentação da câmera ou aos acessórios de iluminação da Litepanels.

Litepanels cheia de surpresasO Fresnel Sola 6 foi um das boas surpresas da Vitec em Las Vegas e é diferente da referência que temos da Litepanels, mais ligada a modelos montados diretamente nas câmeras. Essa iluminação Fresnel LED para produção é balanceada para apresentar a luz do

dia com controles comuns às versões Fresnel tradicionais, mas com um consumo de energia elétrica muito inferior – cerca de 1/6 do que é gasto por modelos de tungstênio de 650W. A econo-mia de energia re�ete no aquecimento mínimo do ambiente e na consequente redução nas exigências de ar condicionado. Assim como todos os modelos Litepanels, esse Fresnel LED tem ajuste de potência de 0% a 100%, sem alterar a temperatura de cor, e ajuste de abertura de 70° a 10°. Segundo a empresa, não há �icker mesmo quando a rede elétrica sofre oscilações. O con-trole do foco pode ser feito mecanicamente, enquanto a potência pode ser ajustada eletronicamente, inclusive por interface DMX. Da mesma família, o modelo Sola ENG LED Fresnel de 30 Watts leva as vantagens do Fresnel para cima da câmera. O controle de foco também varia de 10° a 70°, assim como o consumo é substancialmente reduzido. Usando lentes proprietárias de 7,62 cm, estes 30 Watts produzem resultados semelhantes a modelos de tungstênio de 250W.Finalmente, também chamou a nossa atenção o Litepanels Mi-croPro Hybrid, um modelo pro�ssional que combina iluminação

O transmissor wireless microLite HD, da Integrated Microwave Technologies, atende as necessidades de vídeo SD e HD em H.264 com uma potência de 250mW.

O Fresnel Sola 6 foi um das boas surpresas da Litepanels em Las Vegas. É uma iluminação LED com desempenho de Fresnel, consumindo cerca de 1/6 do que é gasto por modelos de tungstênio de 650W

O modelo Sola ENG LED Fresnel de 30 Watts leva as vantagens do LED para as câmeras de reportagem

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contínua com flash e cai como uma luva nas novíssimas câ-meras DSLR ou mesmo DVs. No modo contínuo, é fornecida a iluminação para uma filmagem com câmeras fotográficas da Canon, por exemplo. Já o modo “flash” provê 400% mais luminosidade para fotos.

A garantia Gold Mount da Anton/BauerNas gravações externas, a última coisa que passa pela cabeça dos usuários das baterias Anton/Bauer com tecnologia Gold Mount é que a energia irá falhar por conta de uma conexão de bateria mal feita. Foi por isso que a empresa se dedicou a promover essa linha em Las Vegas, instalando-o em câmeras Arri, Canon, Panasonic e Sony. Foram apresentadas no evento várias opções da linha, incluindo a QR-HotSwap-AR para a festejada Arri Alexa, o QR-Locaster para a ilu-minação Arri Locaster, o QRC-DUAL-PT para a câmera Sony PMW-F3, o QR-C80P para a Panasonic AG-HMC80 AVCCAM HD e o QRC-VBG para a Panasonic AG-AF100.Em todos os casos, a preocupação era sempre deixar claro que, para a empresa, o importante é oferecer uma conexão segura, especial-mente quando se está longe do estúdio. A base dessa garantia são três conexões mecânicas bastante robustas, que �xam a bateria, as-segurando a alimentação de energia contínua. A energia provida pelas baterias da empresa vai de 7,2 V a 28V para atender modelos de fabricantes como Grass Valley, Hitachi, Ikegami, JVC e Canon, além das novas câmeras digitais Digital SLR Canon EOS 5D Mark II, EOS 7D e EOS 60D. www.vitecgroup.comwww.imt-broadcast.comwww.litepanels.comwww.antonbauer.com

A Anton/Bauer reforçou a confiabilidade assegurada pelos seus engates Gold Mount

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LEComo já havia sido antecipado pela Panorama Audiovisu-al, a grande novidade da Ross Video na NAB foi o switcher de produção Carbonite. A primeira vista, chamou-nos a atenção o tamanho reduzido do conjunto, tanto do painel, quanto do que ocupa frame compacto no rack. Além dis-so, o modelo multi-de�nição tem no seu núcleo o proces-samento oferecido pela linha Vision Octane. A nova linha está disponível em duas versões. A Carboni-te 1 tem 16 botões para acesso direto às fontes de vídeo, com a tecnologia de retroiluminação PanelGlow e quali-dade RGB 30-Bit, o que facilita muito a identi�cação das fontes e a operação do painel em si. Essa superfície de controle dá acesso não apenas a um, mas a dois MLEs completos. Isso signi�ca que os produtores podem reali-zar uma produção com vários níveis de efeito, ocupando o mesmo espaço físico de um switcher de produção tradi-cional com um MLE. Já o Carbonite 2 tem um painel mais ergonômico e robus-to com 24 botões de acesso, funções de memorização, tecnologia PanelGlow, joystick de três eixos e os tradicio-nais faders de vídeo da Ross. A segunda versão ocupa duas unidades de rack capazes de gerenciar 2 multiviewers, quatro keyers por MLE, qua-tro canais de DVEs e quatro bancos de imagem e anima-ções. A própria unidade é capaz de gerar a sincronia e a

Toda a capacidade de processamento da linha Vision Octane agora está disponível no Ross Carbonite

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conversão de diversos formatos de vídeo em tempo real. Esses switchers ainda dispõe de uma interface grá�ca para con�gurações que pode ser acessada a partir de PCs e MACs, além do Apple iPad. A interface traz janelas e grá�cos para visualização e gerenciamento dos bancos de mídia, bem como das con�gurações do equipamento. www.rossvideo.com - www.brasvideo.com

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adcast, sendo compatível com conexões originadas nas entradas de RF (ISDB-Tb ou TSA-1000PQ para cabo) e DVB-ASI. Essa capacidade facilita o acesso aos dados em quase todas as ocasiões e locais onde seja necessário veri�car a integridade e qualidade de sinais de áudio e vídeo sob vários aspectos técnicos – nível de recepção, BER, MER C/N e constelação. Até 36 horas de TS �cam gravadas e disponíveis no Hacobe TSA-1000 para análise de vídeo 264/AVC e MPEG2, e áudio HE-AAC, AAC-LC e LPCM. Há também uma porta de rede 1 x 1000Base-T para monitoração remota, que, com a ajuda do software Alert Magic RF, noti�ca as ocorrências (e proble-mas...) aos operadores das emissoras de TV aberta ou cabo. www.traf�csim.co.jpwww2.tecnovideo.com.br

Escondida entre as empresas de menor porte, a japonesa Tra-f�cSim surpreendia os visitantes ao colocá-los frente a frente com a uma ferramenta extremamente so�sticada para análi-se do transport stream utilizado em transmissões digitais no padrão ISDB-Tb, uma necessidade que cresce a cada dia. A empresa desenvolve e fabrica produtos para monitora-mento e supervisão de transport stream MPEG-2 desde 2000 e, em 2006, lançou a versão para gravar e reproduzir TS MPEG-2, o Hacobe TSA-1000. Hoje esse equipamento portátil é o líder de vendas da empresa no mercado bro-

Usado de maneira autônoma, o Hacobe TSA-1000 demodula o RF para TS (transport stream), que é gravado e analisado

A empresa também levou para Las Vegas o demodulador DMB-2-ISDBT para monitoração de RF e TS

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A interatividade da TV digital brasileira deveria estar em festa, mas, um ano depois da aprovação e publicação das normas completas do Ginga, pouca coisa mudou. Muitos menus para navegação confundem o telespectador e há muita incompatibilida-de nos receptores.

por Valdecir Becker

Interatividade em

Uma das maiores promessas e inovações do SBTVD, o mi-ddleware Ginga não ganha mercado e passa por uma fase de incredulidade e pessimismo. Inicialmente, problemas com royalties e licenciamentos atrasaram a definição da lingua-gem Java. Resolvido esse problema, a discussão em torno da ausência de uma suíte de testes predominou. Como re-sultado, a interatividade enfrenta problemas. Receptores que funcionam apenas em alguns canais, conteúdo pobre e que acrescenta pouco à programação das emissoras e problemas de usabilidade das aplicações se sobrepõem ao desenvolvi-mento de novos e inovadores conteúdos. Esse cenário leva os especialistas a questionarem se valeu a pena o investimento no middleware e se ainda existe chance de reverter o processo. Por que isso aconteceu? Quem res-ponde é Marcelo Zuffo, professor titular da USP: “O principal problema do Ginga, como um todo, não foi tecnológico, mas de pobreza de conteúdo. As emissoras não conseguiram en-xergar uma forma de ganhar dinheiro e não desenvolveram bons conteúdos”. Luiz Fernando Gomes Soares, da PUC-Rio, concorda que ainda faltam modelos de negócio, mas acrescenta que as emissoras ainda desconhecem o potencial da interatividade. “A geração de conteúdo interativo ainda está nas mãos do pessoal das ‘engenharias’, que não são os verdadeiros pro-dutores de conteúdos. Para ter sucesso, o conteúdo tem de melhorar e muito, em quantidade e também em qualidade”.

Descontando emissoras que mantém uma interatividade no ar, esquecida e sem atualização, as aplicações se restringem ao que tecnicamente é chamado de TV expandida. Acessan-do a interatividade, o telespectador tem acesso a algumas (e poucas) informações complementares à programação, como textos e imagens. Até o momento, os maiores investimentos estão nas telenovelas, onde é possível buscar, usando o con-trole remoto, descrições e fotos de personagens, sinopses de capítulos anteriores, manchetes dos próximos capítulos, e eventualmente, se funcionar, participar de uma enquete. Nada muito diferente do que as TVs por assinatura digitais já fazem há anos. Também ocorreram investimentos em jornalismo, onde as últimas notícias podem ser acessadas também pelo controle remoto. Neste caso, a defasagem das notícias, no mínimo com um dia de atraso, atrapalha qualquer interesse do teles-pectador. Neste caso, a TV aberta deixa muito a desejar para a TV por assinatura, onde portais trazem notícias com minu-tos, máximo horas, de atraso.

Problemas com a compatibilidadeQuando uma pessoa compra uma TV, todos os canais devem funcionar da mesma forma. Ou seja, um único aparelho deve ser capaz de sintonizar todos os canais que chegarem na an-tena. Esse comportamento deveria se repetir com a intera-tividade, onde um receptor precisa ser capaz de mostrar as

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aplicações de todas as emissoras. Além disso, independente do receptor usado, a interatividade deve funcionar de forma semelhante. Buscando garantir essa compatibilidade, o Fó-rum do SBTVD publicou uma série de normas que deveriam ser seguidas por todos os fabricantes.No entanto, esse processo não foi completado. Salustiano Fagundes, da HXD, explica que hoje não existe conversor no mercado 100% compatível com as normas do Ginga. “Em ne-

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Não existe nenhum tipo de padronização para acessar a interati-vidade na TV digital aberta. Algumas emissoras utilizam o botão OK do controle remoto, enquanto outras usam os botões verme-lho ou azul. O mesmo é válido para sair da interatividade, onde os botões Sair (Exit) e vermelho são usados

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nhuma implementação do mercado você consegue o mesmo comportamento da aplicação”.Apesar disso, Salustiano explica que a empresa faz um esforço para garantir que as aplicações desenvolvidas sigam as nor-mas. A HXD solicita pareceres técnicos das universidades PUC--Rio e Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que validam o código da aplicação antes dela ser entregue para o cliente. Esse processo foi feito para a interatividade do Jornal da Band, que não executa em alguns receptores. “Temos certeza que a aplicação da Band segue a norma. Agora os middlewares preci-sam acompanhar. Temos resultados positivos da EITV e da Sa-msung, mas não dos demais”, completa Salustiano. Segundo Ricardo Minari, da Visiontec, e Rodrigo Cascão Araú-jo, da EITV, a solução desse problema passa pela disponibili-zação de uma suíte de testes, e uma obrigação para que todos os fabricantes sejam aprovados por ela antes de lançarem o middleware. “Enquanto não houver regulamentação, vai ficar complicado. Precisamos de uma suíte de testes para harmo-

Até o momento, os maiores investimentos em interatividade estão nas telenovelas, onde é possível buscar descrições e fotos de personagens, sinopses de capítulos anteriores, chamadas sobre os próximos capítulos

blema. Para ele, a compatibilidade é desculpa para o fracas-so. “Não precisou de suíte de testes para colocar a alta defini-ção no ar. Por que precisa para a interatividade?”, questiona. Ele explica que, no começo da alta definição, as emissoras fizeram um pacto onde todas obedeceram a norma. “Isso po-deria ser repetido com a interatividade, basta as emissoras quererem”.

AtualizaçõesA interatividade traz um elemento novo para a televisão, muito comum nos computadores: a necessidade de atualizações de software. Da mesma forma como o Windows e outros progra-mas precisam ser constantemente atualizados, os receptores com Ginga também precisam passar pelo processo. Assim que novas versões forem desenvolvidas, e que resolvam os proble-

Luiz Fernando Gomes Soares, da PUC-Rio, concorda que faltam modelos de negócio, mas acrescenta que as emissoras ainda desconhecem o potencial da interatividade

nizar todas as versões de middleware com as aplicações de todas as emissoras”, avalia Ricardo. Ricardo afirma ainda que ele tem recebido muitos retornos negativos do público, reclamando da interatividade que não funciona, do ícone que não saí e fica animado o tempo todo ou da aplicação que trava a caixinha. “Muitas vezes o problema não é nosso, é da aplicação e da implementação de middlewa-re”, diz. A Visiontec foi uma das primeiras parceiras da Totvs para embarcar o middleware. Ou seja, a Totvs desenvolve o middleware que é comercializado pela Visiontec.Além disso, Ricardo explica que a interatividade chegou a um ponto hoje onde é impossível identificar com certeza se o pro-blema está na aplicação, no receptor, na transmissão, ou em todos os lugares. O professor Marcelo Zuffo tem uma visão diferente do pro-

A interatividade usada no Jornal da Band recebeu pareceres técnicos e mesmo assim não funciona em alguns receptores. “Temos certeza que a aplicação da Band segue a norma, mas os middlewares precisam acompanhar”, conta Salustiano Fagundes, da HXD. Ele completa que hoje não existe conversor 100% compatível com as normas do Ginga

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mas de compatibilidade, as empresas pretendem disponibilizar as atualizações. “Sig-ni�ca que quem já comprou um receptor com Ginga, mais cedo ou mais tarde, terá que fazer a atualização”, a�rma Rodrigo, da EITV. A EITV e a Visiontec estão se preparando para o processo. Assim que os receptores forem conectados a internet, eles avisam se existirem atualizações. No caso da falta de acesso a internet, é possível baixar o software em um site e fazer a atualização por USB. Ambas as tarefas não são simples para quem não é familiarizado com computadores.

Futuro do mercadoApesar desses problemas, Rodrigo é otimista e acredita que o cenário irá mudar em bre-ve. “Hoje o conteúdo pode estar pobre e funcionando mal. Mas os receptores interativos estão preparados para a evolução e atualização”, a�rma. Para Marcelo Zuffo, a responsabilidade de desenvolver o mercado é das emissoras, que estão acomodadas. Ele acredita que as emissoras só irão investir de fato em novos mo-delos de interatividade, quando houver necessidade �nanceira. “A erosão do modelo de negócios baseado no Ibope, e a consequente queda da receita, vai gerar um movimento neste sentido, com um uso mais criativo da interatividade”, a�rma. Para ele, a TV expandida não atrai audiência. “As TVs com interatividade não tem se dife-renciado e o usuário não percebe valor. Hoje a interatividade não acrescenta nada, isso quando não atrapalha”, a�rma. Salustiano, da HXD, também é pessimista sobre o mercado: “O mundo está andando. Ninguém vai �car esperando o Brasil se decidir. Não tenho mais ilusões ou grandes ex-pectativas sobre o Ginga”, a�rma. Luiz Fernando, da PUC-Rio, concorda. “O Brasil não pode �car parado. Se o país não tomar as rédeas do desenvolvimento, pode sim matar o Ginga, ou então ele ser assumido por outro país, o que é mais provável”.

www.eitv.com.brwww.hxd.com.brwww.totvs.comwww.visiontec.com.br

Ricardo Minari, da Visiontec, comenta que a interatividade chegou a um ponto onde é impossível identificar com certeza se o problema está na aplicação, no receptor, na transmissão, ou em todos os lugares

Da mesma forma como o Windows e outros programas precisam ser

constantemente atualizado, os receptores com Ginga também precisam passar pelo processo.

“Significa que quem já comprou um receptor com Ginga, mais cedo ou mais

tarde, terá que fazer a atualização”, afirma Rodrigo Cascão, da EITV

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Neste um ano de mercado o�cial do Ginga, aumentou a quantidade de aplicações no ar, mas a qualidade ainda deixa a desejar. Desde julho de 2010, novas interativida-des foram lançadas e alguns modelos de interação foram melhorados. No entanto, outras emissoras abandonaram o assunto, mantendo as mesmas aplicações no ar, sem qualquer atualização.O conteúdo interativo também não colabora para desen-volver o mercado. Além de não seduzir o público, com informações pobres, não traz receita para as emissoras e tem sérios problemas técnicos. Os receptores só con-seguem executar aplicações de algumas emissoras, e tra-vam constantemente. Como a interatividade é uma novidade e poucas pessoas conhecem o recurso, é necessário informar a presença dela. Para isso, as emissoras utilizam um I, que aparece sozinho ou quando solicitado no menu do receptor. Para acessar a interatividade não existe nenhum tipo de padro-nização. Algumas emissoras utilizam o botão OK do con-trole remoto; outras os botões vermelho ou azul. O mes-mo é válido para sair da interatividade, onde os botões Sair (Exit) e vermelho são usados. A navegação das aplicações é feito pelas setas direcio-nais. Algumas aplicações usam os botões coloridos para ajuda e sair. Nenhuma aplicação usa um menu com todos os botões coloridos, recurso muito comum na TV por as-sinatura ou em interatividades na Europa. Durante uma semana a reportagem acompanhou as in-teratividades transmitidas na cidade de São Paulo. Como parte das aplicações só funciona em determinado recep-tor, foram utilizados dois modelos: o EITV Developer Box, voltado para desenvolvedores de aplicativos e que custa R$ 599,00, e o Visiontec VT7200e, primeiro receptor com Ginga completo lançado no mercado brasileiro, e que custa R$ 330,00. Além deles, também foi usado um tele-visor Sony Bravia com recepção de TV digital intergrada. Ambos os modelos de receptor usam os selos DVT e

A TV Bandeirantes apostou no jornalismo para alavancar a interatividade. O aplicativo do Jornal

da Band traz informações sobre os apresentadores e tem notícias dividas em quatro seções: nacional,

internacional, esporte e política

Na TV Gazeta de São Paulo, a interatividade é composta por uma enquete sobre “Qual o seu programa predileto”, é informada por um botão azul, com um I branco no interior. São 10 opções de resposta, que devem ser dadas apertando um botão numérico do controle remoto

DTVi. Os dois selos foram criados pelo Fórum do SBTVD para identi�car a compatibilidade dos equipamentos com as normas da ABNT. O selo DTV mostra que o receptor está de acordo com as normas de recepção e da alta de�-nição. Já o DTVi garante compatibilidade com as normas de interatividade. Ou seja, dois receptores autorizados a usar o selo DTVi não poderiam apresentar qualquer tipo de diferença na execução das aplicações.

BANDDepois de algumas aplicações esportivas durante o ano passado, a TV Bandeirantes apostou no jornalismo para alavancar a interatividade. O aplicativo do Jornal da Band traz informações sobre os apresentadores e tem notícias dividas em quatro seções: nacional, internacional, esporte e política. No período analisado, as notícias tinham pelo menos um dia de atraso, chegando, em alguns casos, a quase um mês. Por exemplo, no dia dois de abril, a notícia de política era sobre a deputada Jaqueline Roriz, datada do dia nove de março. A aplicação é transmitida nos telejor-nais da emissora, incluindo programação local da cidade de São Paulo. O acesso à aplicação é através do botão OK do controle re-moto. A disponibilidade da interatividade é sinalizada com um botão cinza, com um I vazado dentro. A aplicação re-dimensiona o vídeo para ¼ da tela, mantendo a proporção 16X9. Neste momento aparece o menu, com as opções Apresentadores, Notícias e Sair. A interatividade é patroci-nada por um anúncio da Caixa Econômica Federal. O maior problema da aplicação é a recepção. Ela só funcio-na no receptor EITV. No receptor Visiontec, a interatividade aparece na tela, porém sem os menus para navegação.

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Apertando as setas do controle remoto surgem algumas informações desconexas, tor-nando impossível usar a aplicação.

TV GazetaA TV Gazeta transmite desde julho do ano passado a mesma aplicação, que não funcio-na corretamente em nenhum dos dois receptores utilizados nos testes. A interatividade, composta por uma enquete sobre “Qual o seu programa predileto”, é informada por um botão azul, com um I branco no interior. São 10 opções de resposta, que devem ser dadas apertando um botão numérico do controle remoto. O problema em ambos os receptores e no televisor Sony é que, ao pressionar um dos botões para resposta, ocorre a troca do canal.

TV GloboA emissora tem mostrado uma evolução conceitual da interatividade. Desde o começo a emissora apostou no uso das laterais da tela para colocar as informações. Nos primeiros lançamentos, os menus não tinham texto, o que di�cultava muito a compreensão do que a interatividade tinha a oferecer de conteúdo. Com o passar do tempo, o lay-out evoluiu e

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A novela Cordel Encantado, que substituiu Araguaia, já estreou com interatividade. Segue a mesma estrutura de Insensato Coração, porém com uma inovação: a tela ganha um contorno, uma moldura. Esse recurso destaca mais a interatividade. Além disso, a aplicação tem um degrade de transparência, que começa opaco nas bordas laterais e fica totalmente transparente a ¼ da tela.

A interatividade usada no Jornal da Band recebeu pareceres técnicos e mesmo assim não funciona em alguns receptores. “Temos certeza que a aplicação da Band segue a norma, mas os middlewares precisam acompanhar”, conta Salustiano Fagundes, da HXD. Ele completa que hoje não existe conversor 100% compatível com as normas do Ginga

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botões vermelhos: sair e voltar. Ao ser apertado o botão vermelho, buscando voltar para uma tela anterior, a aplicação encerrava. Já a novela Insensato Coração não utiliza o botão vermelho para sair. Ao invés disso, usa o próprio botão sair do controle remoto, que pode vir escrito Exit, dependendo do fabricante. Para pessoas que não tem qualquer familiaridade com o idioma inglês, isso pode trazer problemas. Para voltar, a mesma coisa: a aplicação usa o botão voltar do controle, que é Back em alguns modelos. A novela Cordel Encantado, que substituiu Araguaia, já estreou com interatividade. Segue a mesma estrutura de Insensato Coração, po-rém com uma inovação: a tela ganha um contorno, uma moldura. Esse recurso destaca mais a interatividade. Além disso, a aplicação tem um degrade de transparência, que começa opaco nas bordas laterais e �ca totalmente transparente a ¼ da tela. A aplicação da novela Morde e Assopra, última a entrar no ar, segue a mesma estrutura de Cordel Encantando, destacando as laterais da tela. Todas as aplicações são acessadas através do botão OK. O botão azul abre a ajuda. A interatividade oferecida durante os jogos do Campeonato Paulis-

Usando um botão vermelho com I amarelo dentro, a interatividade da MTV traz os concorrentes ao VMB de 2010,

mas não é possível votar pela TV. Para isso, é necessário acessar um endereço eletrônico

ta de Futebol traz informações sobre as equipes, arbitragem, jogo, rodada, classi�cação, personalização, enquete e notícias. Para esco-lher as opções, o lado esquerdo da tela traz três menus animados. As informações aparecem do lado direito, mantendo o centro da tela, onde usualmente é feito o enquadramento dos lances do jogo, limpo.Além disso, é possível personalizar a tela da TV com o nome de um dos quatro grandes times de São Paulo. No menu “Você na Globo” aparece uma lista com os logos dos 20 times que disputam a primei-ra divisão do campeonato. No entanto, apenas Santos, Corinthians, São Paulo e Palmeiras funcionam. Quando se tenta selecionar qual-quer um dos outros 16 times aparece um erro de conexão. Ou seja, para quatro times a conexão funciona; para os demais, não. Outro recurso disponível são notícias do Globo Esporte, que precisa ser ativado. A aplicação abre uma barra na parte inferior da tela, onde �cam passando destaques das notícias. Finalmente, outro problema do aplicativo é o botão voltar, que não funciona, apesar da indicação na seção Ajuda. A volta precisa ser fei-ta pela seta direcional esquerda, o que não é explicado.

A interatividade oferecida durante os jogos do Campeonato Paulista de Futebol na TV Globo traz informações sobre as equipes, arbitragem, jogo, rodada, classificação, personalização, enquete e notícias

A aplicação de Rebelde, da TV Record, inovou no formato, ao colocar o menu na parte superior da tela. A interatividade traz informações adicionais e complementares à novela, com resumos da história, apresentação dos personagens, síntese dos capítulos, fotos, sugestão de participação por SMS e letras das músicas

os menus ganharam informações textuais. As aplicações da TV Globo têm um comportamento semelhante nos dois receptores e na TV. A única diferença está no tempo de carregamento e execução, onde o receptor EITV é um pouco mais rápido na média. As novelas da emissora têm uma interatividade padronizada, que fornece informações adicionais sobre personagens, capítulos, pro-dução, galeria de fotos e créditos. Além disso, todas possuem uma enquete, que não foi possível testar em função de um erro de cone-xão do canal de retorno dos receptores. A evolução conceitual do design pode ser percebida comparando as aplicações. A novela Araguaia, que já saiu do ar, gerava uma con-fusão de navegação nos telespectadores. A interface possuía dois

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MTVSemelhante à TV Gazeta, a MTV também transmite a mesma aplicação de julho do ano passado. Usando um botão vermelho com I amarelo dentro, a interatividade traz os concorrentes ao VMB de 2010. Categorias como Game, Clipe, Artista e Reve-lação do Ano são detalhadas. Não é possível votar pela TV. Para isso, é necessário acessar um endereço eletrônico informado na aplicação.

A aplicação sobre Ribeirão do Tempo (TV Record) segue uma abordagem mais tradicional, com uso das laterais da tela,

semelhante ao modelo usado pela TV Globo

TV RecordA Record possui interatividade em duas novelas e no programa Melhor do Brasil. A aplicação de Rebelde inovou no formato, ao colocar o menu na parte superior da tela. A interatividade traz informações adicionais e complementares à novela, com resumos da história, apresentação dos personagens, síntese dos capítulos, fotos, sugestão de participação por SMS, letras das músicas. A aplicação não usa canal de retorno em nenhum momento. A seção de ajuda já considera os controles remotos não traduzidos, ao informar que existem teclas Exit e Sair. No entanto, não informa o botão Back. A aplicação sobre Ribeirão do Tempo segue uma abordagem mais tradicional, com uso das laterais da tela, semelhante ao modelo usado pela TV Globo. Traz informa-ções sobre a história, os personagens, resumos dos capítulos e bastidores, com frases dos personagens. Como a novela não é transmitida em HD, a interatividade completa a tela com gra�smos que remetem aos cenários da trama. As aplicações da Record funcionam no receptor Visiontec e na TV com recepção integrada. No receptor da EITV a aplicação da novela Rebelde sequer abre e em Ribeirão do Tempo apenas um menu é aberto com informações sobre a história, sem possibilidade de navegação.

SBTO SBT adotou uma postura diferente em relação às demais emissoras, ao apostar em um portal de interatividade, concentrando todas as informações. Dessa forma, sempre que o telespectador apertar o botão OK da interatividade, o Portal abre, redimensionando o vídeo. O aplicativo possui notícias, informações sobre a progra-

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mação da emissora, duas enquetes e dois destaques de programas, ambos sobre o lançamento da novela Amor e Revolução. As notícias se restringem as manchetes, sem recurso de leitura. Além disso, as informações estavam pelo menos um dia defasadas. A primeira enquete do Portal queria saber se “Você já de� niu em quem votará para presidente do Brasil nestas eleições de 2010?”. O resultado estava em 38,5% para não e 61,5% para sim, de um total de 4719 votos. A segunda enquete não pôde ser carregada. A aplica-ção � cava travada no “Aguarde, carregando pergunta...”. O Portal executou de forma similar nos dois receptores.

TV BrasilA TV Brasil apostou em uma interatividade mais ampla, não fo-cada apenas na programação da emissora. Além de apresentar a Empresa Brasileira de Comunicação, há informações sobre a TV Brasil, últimas notícias, serviços e enquete. O primeiro menu, sobre a EBC, explica sucintamente a em-presa. Já os menus trazem informações sobre a emissora e as frequências de transmissão e sintonia. A seção EBC Serviços tem informações sobre Caixa Econômica Federal e Previdência Social. A seção Opine questiona sobre a opinião referente ao programa. No entanto, a aplicação não abre nenhuma conexão com banco de dados, mostrando sempre o mesmo resultado, independente da resposta. Esta aplicação teve sérios problemas nos dois receptores usados

para teste. No EITV, a aplicação abortava no botão azul, da Caixa Econômica Federal e não dava nenhum retorno no botão amarelo, da Previdência Social. Além disso, as informações sobre a sintonia da emissora não abriram, se restringindo a um botão amarelo na tela, que permite acessar as frequências. No receptor Visiontec a aplicação demorava mais de dois minutos para carregar, o que é um incentivo para desistir da interatividade ou mesmo trocar de canal. Além disso, a aplicação da Caixa abria, mas sem navegação e sem informações de como voltar ao menu anterior. É necessário sair da interatividade e entrar novamente para acessar o menu inicial.

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Nos testes com a interatividade da Caixa na EBC, feita em um televisor Sony Bravia, a imagem redimensionada desapareceu da tela, restando apenas o áudio. Quando o aplicativo foi desativado, a imagem da emissora ficou restrito ao canto superior esquerdo da tela

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O 25º Telesíntese, realizado no hotel Pullman, em São Paulo, reuniu representantes do governo, das empresas Telecom e de institutos de pesquisa especializados em internet para discutir tendências sobre vídeo, IPTV e banda larga. A posição da Ancine, enquanto órgão regulador dos serviços de comunicação audio-visual em redes de alta velocidade foi o tema da apresentação de Manoel Rangel, Diretor-Presidente da Agência Nacional de Cine-ma no evento deste ano. Rangel falou sobre a grande quantidade dos serviços de comunicação audiovisual em face da � exibilida-de do protocolo IP proporcionada aos provedores de serviços de comunicação audiovisual. Isso é possível tecnicamente em qualquer tipo de rede, desde que haja grande largura de ban-da e seja bidirecional. Também é necessário haver capilaridade para se chegar aos consumidores, de acordo com o alcance das redes de banda larga. Rangel dividiu os serviços de comunica-ção nesse novo contexto em dois grupos: “Os serviços lineares são conteúdos audiovisuais providos em grade horária previa-mente de� nida e com difusão simultânea para todo e qualquer consumidor, com múltiplos canais de programação em qualquer meio e com sinais de TV pela internet, enquanto que os serviços não-lineares são conteúdos audiovisuais providos em catálogos com maior grau de escolha para o consumidor, como o vídeo por demanda, “over the top” ou em redes gerenciais”.

PNBLO diretor-presidente da Ancine também comentou o Plano Na-cional de Banda Larga (PNBL), em tramitação no Congresso Na-cional, que por linhas gerais aponta para uma � exibilização da produção, empacotamento e distribuição de conteúdo e serviços audiovisuais no Brasil. Dentre as principais metas do documento destacam-se: ampliação da competição no provimento de aces-so à banda larga, ampliação no número de domicílios atendidos, aumentar a penetração de banda larga nos domicílios atendidos, desenvolver a estrutura de rede de altíssima velocidade (backbone

Mais competição à vista

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por Fouad Matuck

Expansão no acesso à internet de banda larga fixa e móvel alavanca novos serviços para distribuição de vídeo pela internet. Operadores já se posicionam na disputa pelo consumidor, enquanto a Ancine defende regulamentação e concorrência.

e backhaul) em abrangência territorial, atingindo assim 30 milhões de acessos à banda larga � xa, em áreas urbanas e rurais e 100% das unidades da Administração Federal, Estados e Municípios, até 2014. Outro documento que prevê a inserção das empresas Tele-com na produção e distribuição de conteúdo é o PLC n. 116/2010. Dentre outras medidas, o documento, também em tramitação no Congresso Nacional, poderá regularizar a entrada das teles no ne-gócio de televisão por assinatura, por meio de suas redes, permitir que investimentos em redes de banda larga, com ênfase para a � bra ótica, sejam amortizados mais rapidamente com a prestação de serviços ‘triple play’, ampliar o número de competidores, dimi-nuindo assim o preço ao consumidor � nal e expandir a produção independente no mercado para prover novos serviços.

Aumento no consumo de conteúdoUma tendência apontada por quase todos os palestrantes foi a consolidação do consumo da classe C, que se expande na bus-ca de informação e cultura por meio de bens e serviços. Segun-do Rangel, a classe C pode passar dos atuais 15% para 60% dos domicílios com TV por assinatura (serviços lineares). Ele também acredita que essa classe possa consumir serviços de vídeo por demanda (serviços não-lineares), o que seria uma medida e� caz de combate à pirataria. Do ponto de vista técnico, os serviços de comunicação audiovisual podem ser ofertados em redes ge-renciadas pelo operador, com ou sem o uso de protocolo IP ou

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ofertados por redes não-gerenciadas pelo operador, os chamados serviços “Over The Top” (OTT). No caso de redes gerenciadas sem o uso de IP estão os serviços de televisão por assinatura tradicio-nais e as primeiras experiências com Video on Demand. No caso de serviços sem redes gerenciadas mas com protocolo IP, estão os serviços “over-the-top”, VoD e WebTV pela rede da internet. “O OTT é um serviço oferecido sobre outro serviço (acesso banda lar-ga) que o consumidor já tem acesso e que não requer, por parte do consumidor ou do provedor do serviço, qualquer contratação ou a� liação tecnológica com o operador da rede”, detalha Rangel. No atual contexto de expansão da banda larga há uma explosão de novos serviços, sobretudo os Video on Demand Over The Top, oferecidos por agregadores de conteúdo. O presidente da Ancine apresentou dados de dezembro de 2008 do Observatório Europeu do Audiovisual, no qual constavam 696 provedores de serviços VoD. Rangel considera que o futuro da comunicação audiovisual é a banda larga, tendencialmente com uso do IP. Para ele, “todas as redes convergem e qualquer sinal, dado, voz ou conteúdo trafega e trafegará por elas”. Ele também avalia que as empresas de Tele-com terão que agregar valor às suas redes e ampliar os serviços prestados: “O mercado terá que funcionar de forma competitiva para produzir conteúdos de alto valor agregado, com redes de-simpedidas e com cadeia de valor aberta”. Rangel também apon-tou um modelo de funcionamento comum a todos os serviços de comunicação audiovisual, dividido em atividades de comuni-cação audiovisual e atividades de telecomunicações. A primeira caracteriza-se pela produção de conteúdos audiovisuais seguida

News > TV CONECTADA

da agregação do conteúdo produzido (programação, empacota-mento e organização de catálogos). A segunda prevê a distribui-ção do conteúdo agregado, subdividida em provimento e distri-buição propriamente. O representante da Anatel também apontou o unbundling - ou seja, a desagregação das redes de operadoras de telefonia, para permitir que outros prestadores possam alugar

O Terra TV conta com 12 milhões de usuários únicos na América Latina e disponibiliza mais de 100 milhões de streamings por mês. Até o final do ano a empresa quer ter 100 mil assinantes na região

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Jonio Foigel, presidente da Alcatel-Lucent,

relembrou o caso dos EUA, onde 12%

das TVs a cabo migraram para a internet,

gerando uma ruptura no mercado de

publicidade local

parte dessas redes para prover serviços a seus clientes - como fator de promoção de competição nos serviços de comunicação audiovisual. O que pode variar nesse caso é o número de canais envolvidos no mercado. Na França, por exemplo, o Canalsat, da TV por assinatura, possui mais quatro plataformas de distribui-ção de conteúdo. Manoel Rangel também apontou o conceito de neutralidade de rede e a não-discriminação de pacotes e dos provedores de serviços over the top. Ele destacou ser importante não se distinguir grandes e pequenos usuários e se repensar a oferta de serviços por empresas nacionais em relação às interna-cionais. Rangel falou ainda sobre a competição no ambiente das redes e no provimento de serviços de comunicação audiovisual, tanto para IPTV como para OTT. Em ambos os casos é necessário assegurar-se a acessibilidade dos serviços com preço e qualidade.

Princípios da comunicaçãoPara o representante do Governo no Telesíntese, há ainda alguns princípios que não podem desaparecer no “território da comuni-cação audiovisual”, tais como: a pluralidade e a democracia, a di-versidade de fontes de informação e a diversidade cultural. Além delas, citou a difusão da cultura e da identidade nacional, a capa-cidade de produzir e programar conteúdos de alto valor agregado e a proteção da infância como dever da sociedade e o fortaleci-mento do mercado interno como um ativo do país. Rangel apre-sentou ainda alguns conceitos que de alguma forma norteiam o PLC, que segundo ele, já apresenta 90% de consenso e deverá ser aprovado até junho desse ano. “Devemos abrir a cadeia de valor e regular por atividades, segregando as empresas que exercem as diversas atividades da comunicação. Dessa forma, quem produz e programa não pode distribuir, quem distribui não produz e nem programa”. opinou. Segundo ele, é preciso entender os desa�os especí�cos das camadas de audiovisual (e demais conteúdos) e

de telecomunicações (ajustando suas interfaces); observar que na evolução dos serviços audiovisuais eles se organizam segundo a forma pela qual se relacionam com o usuário, o modo pelo qual se �nanciam, e pela qualidade de tráfego que oferecem (redes com garantia de qualidade); regular a economia do audiovisual e a eco-nomia das redes, e não das livres trocas na internet.

A entrada da TelesPara falar sobre o potencial de desenvolvimento do mercado bra-sileiro tanto VoD como para OTT, o Telesíntese convidou o presi-dente da Alcatel-Lucent, Jonio Foigel. Para ele o impedimento do fornecimento de IPTV pelas operadoras resultou em aquisição de operadoras de cabo pelas operadoras Telecom, no aumento da penetração de DTH, no crescimento de consumo de aplica-tivos OTT não regulados, na cautela em relação à �bragem das principais cidades do país e num problema na qualidade de ser-viço da banda larga. Foigel cita dois exemplos internacionais a serem seguidos: Portugal, que possui praticamente 90% de seu território �brado e os EUA, onde as operadoras de cabo e ope-radoras de Telecom criam um mercado competitivo e fomentam a indústria de conteúdo. Por outro lado, o presidente da Alcatel--Lucent avalia com otimismo o mercado audiovisual brasileiro, com ênfase na classe C, que representa hoje 100 milhões de bra-sileiros, sendo 30 milhões com poder aquisitivo. Outros fatores também tornam o Brasil um local fértil para investimentos na área de comunicação como o fato de praticamente 100% da po-pulação possuir aparelho celular, contar com 80 milhões de usu-ários de serviços on-line (número maior que de qualquer país eu-ropeu isoladamente) e a tendência ao crescimento expressivo da produção e veiculação de vídeos no mundo. Sobre esse último item, Foigel citou o exemplo do Youtube, que com dois meses de produção ultrapassa toda a quantidade de conteúdo criado pela

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Com a expansão da banda larga, há uma explosão de novos serviços, sobretudo os VoD “over the top” oferecidos por agregadores de conteúdo, comentou Manoel Rangel, Diretor-Presidente da Agência Nacional de Cinema

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TV aberta desde sua criação em 1948. No âmbito internacional, Foigel relembrou o caso das TVs a cabo nos EUA, das quais 12% migraram para a internet, gerando uma ruptura no mercado de anúncios local. Outro exemplo vem da Apple, que vendeu um milhão de unidades da primeira versão do iPads em um mês e um milhão de iPads 2 em apenas um �nal de semana. O presidente da Alcatel citou ainda o caso da França, que apre-senta a melhor oferta de serviço triple play do mercado inter-nacional: internet de 100 MB, 200 canais de TV e canal de voz gratuito para chamadas dentro da França, por 30 Euros, aproxi-madamente R$ 70. Para Foigel, os principais desa�os do setor de comunicação au-diovisual brasileiro são a regulamentação do IPTV, o aumento da cobertura de �bra óptica, o desenvolvimento da qualidade no serviço de banda larga, a criação de uma banda larga popular e a produção de conteúdo.

Mais vídeo on-lineAlex Banks, diretor geral da ComScore, empresa especializada em pesquisas na internet, apresentou o cenário positivo do ví-deo on-line no Brasil. Segundo Banks, o Brasil é o oitavo país em audiência de acesso a vídeos on-line do mundo, considerando--se nas pesquisas os ambientes home & Of�ce, sem incluir lan houses. De dezembro de 2009 a dezembro de 2010 esse mercado cresceu 20%, apontam pesquisas da ComScore. Dados da em-presa ainda mostram que o brasileiro �ca em média 24, 3 horas/mês acessando vídeos na internet, marca superior a de qualquer outro país da América Latina. Dentro da população brasileira, es-timada em 200 milhões de habitantes, 77, 3 milhões são usuários de vídeo on-line, sendo que 37, 1 milhões assistem ao menos

um vídeo on-line ao mês, aproximadamente 23% da população (dados de dezembro de 2010). Em dezembro de 2010, o Brasil também é o 5º colocado no acesso a vídeos do Youtube, o que re-presenta um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. Pesquisas da ComScore também apontam que os mais jovens - aixa etária entre 15 e 34 anos - são os que mais acessam vídeos on-line. Homens também assistem mais vídeos on-line que mulheres. Outras projeções sobre a comunicação audiovisual foram apre-sentadas por Rodrigo Abreu, presidente da Cisco. Segundo Abreu, até 2014 haverá 12 bilhões de dispositivos IP no mundo. Além disso, o tráfego de vídeo irá representar mais de 91% de todo o tráfego IP e 66% do tráfego móvel. Além disso, o tráfego IP Global será de 64 EB/ mês e o móvel 6.3 EB/ mês. Só para se fazer uma estimativa, 64 EB/mês representa um volume de transmissão de dados equivalente a 32 milhões de pessoas fa-zendo streaming do Avatar 3D continuamente. Ainda segundo estimativas da Cisco, em 2014, em apenas um segundo, estarão disponíveis dois anos de vídeo nas redes globais IP. Serão ne-cessários 72 milhões de anos para se visualizar todos os vídeos disponíveis. O grande desa�o para o mercado, segundo Abreu, é garantir soluções personalizadas aos consumidores e produ-tividade às empresas nesse contexto de crescimento do vídeo na comunicação. “Nesse sentido, existem algumas tendências como a necessidade cada vez mairo de dispositivos capazes de transmitir vídeos, deverão ser ofertados mais serviços de inter-net, o tráfego de vídeos na internet precisará ser aprimorado, de-verá ser desenvolvido o conceito de n-telas: visualizar qualquer conteúdo em qualquer lugar a qualquer hora, seja em um tele-fone celular, desktop, carro etc. O uso de diferentes streamings também gera frustração no usuário”, explicou Abreu. Além dis-so, o representante da Cisco defendeu o “entitlement across”, ou seja, o acesso ao conteúdo comprado em diferentes dispositivos sem a necessidade de se pagar pelo conteúdo mais de uma vez.

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Para Ariel Dascal, diretor geral da Oi TV,

o modelo de distribuição over-the-top (OTT) desafia o modelo atual de entrega

de conteúdo: “Pela primeira vez, será possível entregar

serviços de conteúdos audiovisuais na sala de

estar sem a caixa de uma operadora de TV paga”

Dentre outras medidas, o Plano Nacional de Banda Larga poderá regularizar a entradas das teles no negócio de televi-são por assinatura, com a prestação de serviços triple play

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Dois meses de produção do Youtube ultrapassam toda a quantidade de conteúdo criado pela TV

aberta desde 1948. Para as emissoras o desafio é filtrar e absorver tanta informação disponível

Nessa direção, a Cisco desenvolveu o Videoscape, um modelo de arquitetura para gestão de vídeo, no qual a rede (network) se estabelece entre a Cloud (nuvem) e o Client (cliente). Na nuvem ocorre a gestão de dados e conteúdo, a categorização de vídeos e o entitle. Para o cliente oferta-se a gestão de dis-positivos para vídeos.

Oi e TerraPara Ariel Dascal, Diretor geral da Oi TV, o modelo de distribuição over-the-top OTT desa�a o modelo atual de entrega de conteúdo: “Pela primeira vez, será possível entregar serviços de conteúdos audiovisuais na sala de estar sem a caixa de uma operadora de TV paga”. Os consoles de jogos estão liderando o caminho para dispo-sitivos conectados na sala de estar. A estratégia de mercado da Oi, no contexto em que as Telecoms se aproximam do mercado de TV, é ofertar bundles mais atrativos com a inclusão de tecnologias móveis

mais robustas, implantando o QUAD-PLAY: �xo, móvel, banda lar-ga e TV, atendendo a seus clientes quanto às necessidades de Co-municação, Mobilidade e Entretenimento.Paulo Castro, diretor geral do portal Terra, apresentou dados sobre o Terra TV. O projeto conta com 12 milhões de usuários únicos na América Latina, disponibiliza mais de 100 milhões de streamings por mês e, em dezembro de 2010, passou a ser integrado pelo Ter-ra TV Video Store, serviço de aluguel/ assinatura de �lmes e séries na internet. Em apenas três meses o Terra TV Video Store registrou 60 mil usuários. São mais de 400 mil usuários e 50 mil vídeos as-sistidos por mês. A empresa oferta conteúdo através da internet e TVs conectadas LG, com conteúdo SD e HD. As metas para o pro-jeto são ambiciosas, mesmo considerando-se o boom de serviços desse mercado. O Terra TV Video Store pretende atingir um milhão de usuários até o �nal de 2011 em toda a América Latina, sendo ao menos 100 mil assinantes.

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Os shotguns da SennheiserParada obrigatória na NAB 2011, o estande da Sennheiser destacava dois novos modelos de shotgun para cinema e televisão. Eram o MKH 8060 e o MKH 8070. O MKH 8060 é um shotgun versátil, de tamanho compacto e pouco peso, para montagem em câmeras e varas de boom. Já o MKH 8070 é um modelo longo, ideal para transmissões esportivas e aplicações de gravação que exijam alta diretividade. Os novos microfones da Sennheiser são membros da renomada série MKH e são muito resistentes aos efeitos do frio e da umidade.

Ambos os modelos suprimem o som fora do eixo, garantindo um resultado agradável e natural. “Manter um som natural e realista foi a nossa maior prioridade no desenvolvimento destes novos microfones shotgun”, explicou Kai Lange, gerente de produtos pro�ssionais da Sennheiser. “Microfones shotgun tradicionais podem alterar o som, se não forem dirigidos extamente para a fonte, e isto pode ser particularmente problemático em entrevistas, onde a voz do personagem é alterada. Com o desenho dos novos microfones, podemos eliminar as interferências provocadas por sons que venham de fora do eixo, algo especialmente relevante em locais fechados, onde as re�exões provocadas pelas paredes são signi�cativas”.Ambos os microfones de condensador trabalham com os princípios aperfeiçoados pela Sennheiser por mais de 50 anos, resultando, por exemplo, na baixa produção de ruído pelo próprio equipamento, o que evita a distorção do som original. Os modelos da empresa também têm os seus circuitos protegidos de interferências externas. Essa característica é importante especialmente quando se usa microfones com transmissão por RF, conhecidos por produzir muito ruído. O MKH 8060 é realmente pequeno. Mede 19 mm de diâmetro e 175 mm de comprimento (145 mm excluindo o módulo XLR), e pesa 112 gramas. Ele responde a frequências de 50 a 25000 Hz e suporta 129 dB SPL. São características que o tornam ideal para o uso em uma câmera ou boom. A sua gama de aplicações inclui gravações ao ar livre, em estúdios de cinema e televisão, ou mesmo na captação das reações do público em um evento. O MKH 8070, por sua vez, é designado para captar fontes distantes. Por ser extremamente diretivo, ele é mais indicado para gravações onde o microfone e a origem dos sons estão muito afastados. Em emissoras de televisão, o modelo pode ser usado durante eventos esportivos, enquanto os documentaristas e cineastas podem usá-lo para captar sons da natureza e da vida selvagem. O MKH 8070 mede

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Áudio > Captação

Com 19 mm de diâmetro e 175 mm de comprimento, o

pequeno MKH 8060 é ideal para uso em câmera ou boom

19 mm de diâmetro, 465 mm de comprimento (432 mm excluindo o módulo XLR) e pesa 332 gramas.Os modelos MKH 8060 e MKH 8070 integram a família MKH 8000 e, por isso, podem se transformar em microfones AES42 com a adição do módulo digital MZD 8000. Essa possibilidade dá ainda mais mobilidade e os enquadra bem nas produções externas. Com o �ltro opcional MZF 8000 – um módulo acoplável – pode-se aumentar ainda mais a supressão de ruídos que eventualmente penetrem a capa de proteção do microfone. Para ser usado de maneira discreta em câmeras menores, o módulo XLR do MKH 8060 pode ser conectado remotamente ao corpo da capsula através de um cabo MZL 8003 ou MZL 8010. Eles também contam com um revestimento que elimina re�exões indejedas em estúdios ou externas. Mas a NAB 2011 não teve lugar apenas para shotguns. A empresa alemã também reservou um espaço para o microfone de diafragma largo MK 4, indicado para estúdio. Este cardioide fabricado na Alemanha produz em um som mais “quente”, com ótima resolução dos agudos. Ele tem acabamento em níquel-colorido e foi desenvolvido para usuários pro�ssionais que trabalham em estúdios de projeto, embora seja igualmente adequado para outros ambientes de gravação. “No desenvolvimento do MK 4, cada centavo foi investido na obtenção do melhor som possível”, contou o gerente de produto Sebastian Schmitz, no lançamento do modelo. “E nós nos concentramos nos elementos essenciais para um bom microfone de estúdio, que tivesse um preço atraente”. A carcaça de metal e a cápsula elástica tornam o MK 4 resistente em gravações exigentes, com elevada pressão sonora. Ele tem um diafragma de 1 polegada banhado com ouro 24 quilates, suporta 140 dB de pressão e produz um ruído de dB(A). Durante a operação, a eliminação dos ruídos de manuseio garantida pela montagem da cápsula, pode ser melhorada com a montagem em uma suspensão elástica. www.sennheiser.com

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A linha de servidores Spectrum da Harmonic ofe-rece confiabilidade, flexibilidade e eficiência para emissoras e produtoras de vídeo para execução de seus fluxos de trabalho. Construídos na for-ma de sistemas modulares, os servidores podem ser configurado desde poucos canais com pouca capacidade, até dezenas de canais com centenas de horas de conteúdo. Lidando com uma varie-dade de formatos e padrões de SDTV e HDTV, os servidores Spectrum podes ser rearranjados ao longo de sua utilização de acordo com as neces-sidades de crescimento, robustez e de mudança de seus usuários.

por Leonel da Luz

Servidores de vídeo significam uma importante parte dos in-vestimentos em broadcast e estes evoluíram de simples ele-mentos de reposição aos equipamentos de videotape para sistemas tão complexos, que hoje podemos considerá-los como um dos mais importantes componentes de uma arqui-tetura de gestão de mídia.Servidores de vídeo são responsáveis e importantes na inges-tão de conteúdo externo, na armazenagem de material online, no apoio a sistemas de conversão de formatos de compres-são e invólucros (wrappers), na armazenagem em sistemas de edição não linear, na comunicação e transferência de ar-quivos, na comunicação com sistemas de arquivo Near Line, na produção de programas, gravando ou reproduzindo clipes, na armazenagem de sistemas de slow motion e na exibição de conteúdo da programação. Eles se espalham em áreas de recepção, produção, edição, exibição, contribuição e arquivo.Vários aspectos são importantes na hora de se decidir por um servidor de vídeo.O número de canais de entrada e saída, capacidade de armaze-nagem e taxa de transferência do sistema de discos são os pon-tos mais evidentes para sua con�guração, porém, pela comple-xidade, muitos outros aspectos são também importantes.Inicialmente, os mais populares servidores possuíam arqui-

Servidores de mídia

tetura de Direct Access Storage (DAS), porém logo surgiram outras soluções, como as de armazenagem Network Attached Storage (NAS) e Storage Area Network (SAN). Hoje, boa parte dos servidores de propósitos múltiplos usam arquitetura SAN.A figura 1 mostra de forma genérica as camadas e conexões utilizadas mais comumente em diferentes arquiteturas de ar-mazenagem:

iSCSI - Internet Small Computer System Interface NFS – Network File System CIFS – Common Internet File System SATA - Serial Advanced Technology Attachment SAS - Serial Attached SCSI FC – Fibre Channel

Integração com terceirosJuntamente com a variedade de formatos de codi�cadores e de-codi�cadores de compressão (codecs) utilizados na gravação e reprodução pelos dispositivos de entrada e saída do servidor, um importante aspecto da escolha são os wrappers que ele suporta. Assim, além de o servidor ser capaz de comprimir e codi�car os sinais de entrada para seu uso próprio, ele pode, e muitas vezes deve, aceitar e facilitar a conexão com dispositivos e sistemas ex-

Com a proliferação de camcorders que gravam em mídia não linear (tapeless), o processo de ingestão se tornou mais prático e rápido, desde que os sistemas de leituras de arquivos das mídias gravadas (decks) e ENLs tenham um codec e wrapper compatível com o servidor que possui uma arquitetura SAN.

Em profundidade > ARMAZENAMENTO PLANEJADO

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ternos, especialmente sistemas de ingest e editores não lineares (ENL). Com a proliferação de camcorder que gravam em mídia não linear (tapeless), o processo de ingestão se tornou mais prático e rápido, desde que os sistemas de leituras de arqui-vos das mídias gravadas (decks) e ENLs tenham um codec e wrapper compatível com o servidor que possui uma arquitetura SAN. Os decks e ENLs poderão ser con�gurados para ter acesso direto ao sistemas de discos de uma SAN e, assim, tornar o processo de trabalho mais simples e seguro em vários sentidos.

Intercâmbio de materiaisOs processos de troca de informações entre os componentes internos e externos dos sis-temas de servidor e consequente armazenagem e recuperação de seus discos podem ser efetuados através de protocolos de transporte de arquivos FTP (File Transport Protocol) ou streaming. No caso especí�co de uma SAN, as interfaces SCSI ou iSCSI suportando protocolos CIFS (Common Internet File System) e AFP (Apple Filing Protocol) sobre redes ethernet em protocolo TCP/IP são amplamente utilizadas por permitir o stream de dados em tempo real, em grande número e em taxas apropriadas para sistemas pro�ssionais.Neste aspecto, e para poder atender às demandas de vários usuários em número e em volume de dados, a arquitetura da rede é um ponto muito importante quando estamos de�nindo um servidor. Atualmente, quando estamos necessitando de uma grande de-manda ou desenhar um sistema que atenda a grandes necessidades futuras de acesso em tempo real, a solução vem através de uma arquitetura de rede baseada em Fibre Channel, rodando interface iSCSI para acesso aos discos de uma SAN. Quando estamos conectando dispositivos a uma SAN, estes podem gerar pequenas quantidades de streams em taxas que podem ser suportadas por redes ethernet dedi-cadas com protocolos UDP ou proprietários. Nessas arquiteturas, alguns decks, assim como interfaces de digitalização de entrada e saída de vídeo e áudio possuem conexões �rewire ou USB-2, barateando os sistemas.

Software

DAS

NFSSIFS

SAN NAS

Sistema de Arquivos

Ethernet EthernetFibre

ChannelFibre

Channel

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SATA

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Sistema de Arquivos

Figura 1

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Velocidade de acessoTodo sistema que precise fornecer informação a partir de discos num stream estável de dados, ne-cessita de um buffer interno ou cache de memória de estado sólido que permita armazenar tempo-rariamente os dados que serão trocados com os discos em rajadas de dados (burst). Este processo de busca de informação nos discos (fetch) e arma-zenagem em um cache introduz uma latência, que pode ser crítica em sistemas de exibição ou edição dedicados a reproduzir uma sequência de clipes de curtíssima duração de poucos segundos.Quando estressamos um sistema com múltiplos streams para reprodução de fast motion ou rever-se motion, principalmente em edição ou busca de pontos de cue na catalogação da ingestão, o com-portamento do sistema foge da média.Um servidor deverá possuir capacidade de tráfego de dados (throughput) que permita lidar sem pro-blemas com essas eventualidades, que nem sem-pre são tão eventuais assim. Uma criteriosa análise de tráfego de dados demanda um grande esforço por parte dos projetistas e nem sempre o sistema desejado terá a possibilidade de atender as con�i-tantes demandas de disponibilidade, capacidade e preço. Nesses casos, a partição ou segmentação física da SAN por aplicação ou área poderá ser

A adoção de codecs apropriados pode reduzir algumas incompatibilidades entre as várias aplicações. Entretanto, mesmo ao adotar uma solução de

ingest que utilize o mesmo codec e wrapper de uma camcorder para simplifi-car e agilizar a operação de ingest, pode-se deparar com a inviabilidade dele

para a exibição, visualização (browsing) ou arquivamento.

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uma resposta, sendo que isso penalizará o tempo de trans-porte de dados de uma partição para outra ou de uma SAN para outra por FTP. A adoção de codecs apropriados pode reduzir algumas in-compatibilidades entre as várias aplicações. Entretanto, mes-mo ao adotar uma solução de ingest que utilize o mesmo co-dec e wrapper de uma camcorder para simplificar e agilizar a operação de ingest, pode-se deparar com a inviabilidade dele para a exibição, visualização (browsing) ou arquivamento. Como os requisitos de tempo de armazenagem e taxa de com-pressão e de streams ou transferências simultâneas sempre demandarão crescentes throughputs de dados e grande ca-pacidade de armazenagem, o custo total do sistema será um fato limitante nos projetos. Transcodificadores equacionam estas limitações e acabam se tornando viabilizadores de um sistema. Mas não devemos esquecer que, mesmo reduzindo o custo total, eles precisam de tempo para fazer a conversão e que também utilizam parte do throughput dos discos.

Possibilidades de ampliaçãoOs sistemas de armazenagem, pela simples natureza de reter a informação, precisam ser imunes a falhas e ser facilmente escaláveis em capacidade de armazenagem e throughput. Per-da de dados total ou parcial pode inviabilizar uma operação por completo, significando um grande prejuízo. Um sistema que não pode crescer também pode significar a descontinui-dade na operação e na preservação do investimento. Várias estratégias para proteção dos dados e do sistema podem ser adotadas, aliadas à flexibilidade de crescimento. Desde pro-teção de dados por RAID (Redundant Array of Independent Disks) até mesmo por replicação total de um sistema, o proje-tista pode ter a reposta para seus sistemas que exigem vários níveis de redundância, resiliência e escalabilidade.Ao longo do desenvolvimento da tecnologia de armazena-gem temos a clara visão de que cada vez mais rápido estes

O sistema servidor de mídia Spectrum tem uma arquitetura modular que permite a flexibilidade de configuração e adaptação às mudanças

A Lei de Kryder determina que a

capacidade dos discos é aumentada em dez

vezes a cada cinco anos

sistemas se tornam mais densos, mais rápidos, mais integra-dos e mais baratos. Assim como a Lei de Moore define que a capacidade de pro-cessamento dos computadores e CPUs cresce exponencial-mente com o tempo, a Lei de Kryder define que a capacidade de armazenagem por disco cresce também exponencialmen-te com o tempo. Mark Kryder era executivo da Seagate quando escreveu um artigo para a revista Scientific American e aí identificou este padrão. Através dos dados indicados no gráfico 2 podemos ver que a Lei de Kryder determina que a capacidade dos dis-cos é aumentada em dez vezes a cada cinco anos. Este dado é bastante interessante principalmente quando cruzamos com as informações sobre memórias não voláteis de estado sólido (NVM – Non Volatile Memory). Dentre uma dezena de tecnolo-gias de NVM, está previsto que em 2020 os discos terão custo por TB armazenado igual a uma ou algumas delas.Certamente iremos sentir este impacto em poucos anos em sistemas profissionais, dado que os sistemas de armazena-gem baseados em disco necessitam de componentes exter-nos imprescindíveis para possibilitar o uso dos seus próprios discos. Estes custos adicionais poderão ser reduzidos ou eli-minados com uso de NVM, fazendo com que a adoção destas tecnologias seja antecipada.Mas a demanda por mais armazenagem e throughput não para. A introdução do 3D vem dobrar a necessidade por armazena-gem, troughput e número de canais de entrada e saída. Fora isso ainda introduz a necessidade de sincronização precisa entre ca-nais para geração de uma perfeita percepção de 3D.

Servidor Spectrum de arquitetura modularO sistema servidor de mídia Spectrum tem uma arquitetura modular que permite a flexibilidade de configuração e adap-tabilidade às mudanças futuras. Todo sistema pode ser adap-tado às necessidades específicas de cada cliente, e novos ca-nais, largura de banda do sistema de armazenamento ou até mesmo pode ser incrementado a qualquer momento, como

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Raio-X da Unidade Móvel Broadcastng

21 Câmeras Sony HSC-300 e HXC-100Câmera HCX 300 HD (acoplada com um microlink de transmissão digital)Switcher MVS-80002 servidores de produção EVS XT2+ (dual power)Matriz Platinum 128X1288 Multiviewer Centrio1 mixer Studer Vista 5 (de 384 canais)ANALOGICASDIGITAIS AESSDI HD/SD DE-EMBEDDERMatriz de comunicação sem � o Digital Tempest Eclipse Medium de 114 X 114Microlink Nucomm Campac 2, de 200 Mw02 Cammate

Lentes: 1 HJ de 40x CANON2 lentes grande angular HJ11 de 4X, da Canon2 lentes grande angular HJ14 de 4X, da Canon4 No-break paraleláveis de 12 Kva 4 Sincronizadores de frame FA-9500 de 3G-3D com dual processamento da For-A

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uma necessidade de mudança nas necessidades do cliente. Como os elementos principais de um sistema Spectrum estão con-tidas dentro de componentes discretos, independentes entre si, a con� abilidade e a tolerância a falhas são maximizadas. No caso im-provável da falha de um componente, o resto do sistema pode con-tinuar a funcionar sem interrupções.

Escalabilidade SmartDevido à arquitetura original do servidor Spectrum, adicio-nar armazenagem ou canais é tão simples como conectar um novo componente ao sistema. Os servidores dessa família são projetados com escalabilidade Smart, garantindo que o investimento do proprietário seja sempre protegido. Pratica-mente todas as funções do sistema são independentemente escaláveis, significando que o sistema pode crescer em incre-mentos, conforme as necessidades. Os usuários podem adi-cionar a um sistema original um aumento da capacidade de armazenagem de dados, formatos de compressão e canais de áudio e vídeo. Em muitos casos, essas atualizações e adições podem ser executadas no sistema sem tirá-lo do ar.

Flexibilidade para se adaptar A plataforma Spectrum foi implantada em centenas de ins-talações pelo mundo, tirando partido da sua capacidade ine-rente de suportar praticamente qualquer fluxo de trabalho necessária no ambiente de broadcast.

Capa

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O sistema é projetado para simplificar fluxos de trabalho, fornecendo o mais amplo suporte para vários formatos de compressão de vídeo e wrappers de arquivo. Devido à arqui-

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te não interrompa a operação em todo o resto do sistema. Assim, por exemplo, a desconexão de um módulo de I/O faz com que apenas esta unidade deixe de funcionar, até que seja substituída ou restabelecida, sendo que nenhum outro com-ponente do sistema é afetado.Em um sistema construído com várias unidades de controle MediaDirector, a falha de uma unidade de controle também não interrompe o acesso do sistema de arquivos de outras as unidades de controle dos outros sistemas.Para isso acontecer, conexões redundantes de Fibre Channel para o conjunto de armazenamento em disco garantem opera-ções contínuas, mesmo no caso de rompimento ou descone-xão de uma fibra. A falha de um disco igualmente não resulta em perda de conteúdo ou mesmo um frame, e com sistema de paridade baseado em software, a exposição à falhas devi-do a uma segunda ocorrência é significativamente reduzida em comparação com sistemas RAID baseado em hardware.Assim, podemos dizer que o isolamento de falhas em compo-nentes, de forma a minimizar o impacto global no sistema, é uma das principais vantagens da arquitetura do sistema Spec-trum. Este isolamento diminui o risco de uma falha catastró-fica, uma vez que o impacto em um componente é limitado a apenas uma parte do sistema e os componentes podem ser rapidamente substituídos enquanto o sistema permanece em regime operacional.

A flexibilidade da plataforma se estende aos aplicativos usados para efetuar operações de transmissão, pois

o sistema utiliza wrappers padronizados da indústria (incluindo QuickTime e MXF), bem como protocolos de

rede aberta (incluindo FTP, AFP e CIFS) para permitir o acesso direto ao conteúdo por qualquer aplicativo de

mídia baseado em arquivo

tetura modular, os usuários podem escolher exatamente os componentes que correspondem às suas necessidades, ao invés de ter que se ajustar a uma seleção limitada de forma-tos de vídeo. O Spectrum também fornece uma ampla varie-dade de funções de processamento necessárias em muitos diferentes tipos de instalações como:

• Reprodução de clipes Back-to-back de diferentes formatos;• Reprodução de clipes SDTV e HDTV no mesmo timeline;• Conversão integrada para up conversion ou down conversion;• Criação simultânea de proxy durante a gravação;• Até 16 canais de áudio embutido (embedded) por vídeo, e API para acompanhamento de aplicações em tarefas de pro-dução e processamento de múltiplas línguas;• Suporte a dados inseridos em VBI (Vertical Blanking Inter-val) e a VANC (Vertical Ancillary Data Space);

A flexibilidade da plataforma também se estende aos apli-cativos usados para efetuar operações de transmissão. O sistema utiliza wrappers padronizados da indústria (incluin-do QuickTime e MXF), bem como protocolos de rede aberta (incluindo FTP, AFP e CIFS) para permitir o acesso direto ao conteúdo por qualquer aplicativo de mídia baseado em ar-quivo. Combinados, esses recursos dão aos profissionais a liberdade de escolher entre uma vasta gama de requisitos para oferecer uma solução otimizada ao usuário.

Estabilidade e solidezServidores de mídia são complexos e têm um número enor-me de peças móveis e fixas, tudo que não podem falhar. A medida de confiabilidade para um servidor de mídia não está diretamente relacionado como a probabilidade de um componente falhar, mas o que acontece com todo o sistema quando um componente falha. Os sistemas Spectrum são projetados especificamente para eliminar todos os pontos únicos de falha (single point of failure) e isolar os pontos de falha potenciais, de modo que uma falha de um componen-

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Componentes do sistema Omneon Spectrum

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