panorama audiovisual 20 - outubro 2012

IBC 2012

Amsterdam recebe os broadcasters 77

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Editorial

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A convergência das telecomunicações com a internet e o broadcast criou opções para o consumidor, desvinculando-o da neces-sidade de um lugar, horário ou meio espe-cífico para assistir um programa. Como re-sultado, houve uma mudança de hábitos, acompanhada de uma crescente estratifi-cação da audiência que se divide entre os novos dispositivos e suas facilidades.Mais que lamentar a fim de um paradigma consolidado por décadas, os envolvidos na cadeia de produção e distribuição de mídia devem entender o que mudou e de-senvolver novas estratégias para chegar aos clientes, sem perder a lucratividade.No IBC 2012, a Avid apresentou uma pes-quisa de mercado indicando que emissoras e produtores audiovisuais de vários países estão buscando novas oportunidades para rentabilizar o material que têm ou estão produzindo, para fornecer conteúdo perso-nalizado através de várias plataformas.O estudo realizado em conjunto com a Ovum Research, revelou que dois terços das empresas envolvidas com produ-ção audiovisual seguem confiantes no futuro e acreditam que as novas plata-formas de distribuição oferecem uma oportunidade sem precedentes para ex-pandir suas operações.O próprio conteúdo, e não apenas os serviços de conteúdo, será, na opinião dos entrevistados, mais personalizado, com base no perfil do telespectador in-dividual e do contexto da tela – celular, tablet, televisor, etc.Além disso, os profissionais estimam que os novos modelos de negócios e a necessidade de eficiência operacional au-mentarão as exigências impostas sobre a gestão de conteúdos audiovisuais e infra-estrutura de produção.Este estudo de mercado foi realizado entre julho e agosto 2012, e foram en-trevistados mais de 200 executivos e

colaboradores com poder de decisões em emissoras e pós-produtoras da Eu-ropa e América do Norte. As perguntas trataram dos negócios das suas empre-sas, do futuro da indústria, das suas de-cisões tecnológicas e opções de inves-timento, dos orçamentos disponíveis e da experiência profissional. Os princi-pais resultados foram:Dois terços dos executivos acreditam que o setor vai crescer ao longo dos pró-ximos cinco anos. As três principais cau-sas seriam as maiores audiências, dis-tribuição multiplataforma e crescimento nas receitas publicitárias;78% dos entrevistados disseram que nos próximos 10 anos a maior parte do con-teúdo será personalizado de acordo com os perfis individuais de telespectadores;Mais de três quartos dos executivos acre-ditam que a Internet vai levar o público a ver mais TV aberta, a cabo ou por satélite;Dois terços dos entrevistados expres-saram que os fluxos de trabalho ba-seados em arquivo permitirão novos modelos de negócios, e mais de 70% dizem que isso vai resultar em redução de custos operacionais;85% acham que a plataforma de distribui-ção é essencial para captar novas oportu-nidades de crescimento;Em média, os produtores audiovisuais relatam que mais de um terço dos con-teúdos arquivados pode ser rentabilizado se forem adaptados, mas permanecem inacessíveis e indisponíveis para isso;Embora apenas 23% dos entrevistados usem atualmente uma infraestrutura ba-seada na “nuvem”, mais de 75% está in-vestigando implementá-la no futuro;A nuvem é vista como um mecanismo que permite novos modelos de negócios e de distribuição, como forma de reduzir os custos de infraestrutura e permitir flu-xos de trabalho colaborativos.

Plataformas e oportunidades

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

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Gerência GeralMarcela Petty


Departamento FinanceiroRodrigo Oliveira


MarketingIronete Soares


Designers GráficosDébora Becker


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Web DesignerRobson Moulin


SistemasWander Martins


Diretor de RedaçãoFernando Gaio (MTb: 32.960)


EditorEduardo Boni


Editora Assistente Renata Primavera


Editor InternacionalAntonio Castillo


ColaboradoresFelipe Goulart . Mauro Justto

Publicidade – Gerente de ContasAlexandre Oliveira


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Publicidade – Gerente de Contas InternacionalRoberta Petty


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Edição: Ano 2 • N° 20 • Outubro de 2012


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20 IBC 2012 No mais importante congresso europeu do setor, o encontro promovido pela SET

enfatizou a importância de cooperação entre broadcasters e a criação de um padrão universal. Os profissionais também conheceram os planos da HBS para a cobertura da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

08 Conferência Panorama AudiovisualEvento destaca os Jogos Olímpicos de Londres 2012 e a Copa do Mundo 2014, com a participação de José Mar-celo do Amaral, diretor de engenharia e operações da Rede Record, além das presenças de Simon Pegg, senior engineer da Radiant Grid/Wohler Technologies, e Ed Filomia, do Miami Heat.

74 Rádio: os desafios de uma mídia com 90 anos

Encontro promovido pelo SET apresenta os caminhos trilhados pelo rádio para cativar a audiência nas novas mídias. Setor aguarda posição do Governo para migração do AM para os canais 5 e 6, que devem ser liberados pelas emissoras de TV analógicas.

98 Vender histórias, não filmes Uma nova forma de contar histórias, onde a vida real se mescla

com a fictícia e a TV se junta à internet para engajar mais espectadores. A expansão dos universos narrativos, também chamada de narrativa multiplataforma, ou simplesmente, transmídia storytelling, está avançando a passos largos.

110 Novas ferramentas para medição e correção

O crescimento de canais e conteúdos tem exigido otimização na operação de áudio e vídeo, controle de loudness e controle de qualidade, que dependem cada vez mais da automação para serem viabilizados.

64 Captação e pós-produção O uso do 4K e 8K deu maior liberdade de criação aos produtores e

tem a facilitado a restauração de filmes.

68 HEVC, Super Hi-Vision e o futuro do broadcast

Algumas sessões da SET 2012 foram dedicadas ao

futuro da radiofusão, com mais resolução e interação,

com novas formas de codificar e transmitir.

SUMÁRIO

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Maior compatibilidade SDI

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News > Evento

4a Conferência Panorama Audiovisual tem casa cheiaEvento sobre os Jogos Olímpicos de Londres-2012 e a Copa do Mundo 2014 teve participação de José Marcelo do Amaral, diretor de engenharia e operações da Rede Record, Simon Pegg, senior engineer da Radiant Grid/Wohler Technologies, e Ed Filomia, do Miami Heat.

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A 4a Conferência Panorama Audiovisual teve casa cheia para as seis palestras no tema “Soluções para espor-tes: Jogos Olímpicos-2012 e Copa do Mundo-2014”, que contou com apresentações nacionais e interna-

cionais. No período da manhã, Cristina Delboni, diretora da Vitec Brasil, mostrou os mais recentes produtos da empresa para cobertura de eventos esportivos e que foram utilizados durante os Jogos Olímpicos de Londres, como a Q-Ball, uma linha de câmeras que possui no interior um bloco óptico com sensor CMOS de 2 Megapixels, e é totalmente integrada para oferecer um dos mais versáteis sistemas de pan e tilt por con-trole remoto disponíveis. Durante os Jogos, elas foram espe-cialmente usadas durante lutas de boxe e provas de natação.Em seguida, Erick Soares, gerente de produtos da Sony, fez uma extensa apresentação com os produtos da empresa para soluções de esporte, focando principalmente nas novidades

Eldad Eitelberg, diretor da Ucan, falou sobre o LiveU, que permite a transmissão ao vivo, para TV e Inter-net, de conteúdo de áudio e vídeo via rede 3G/4G

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News > Evento

transmissão ao vivo, para TV e Internet, de conteúdo de áudio e vídeo via rede 3G/4G de celular em uma solução compacta, dentro de uma mochila que pode ser carregada pela próprio repórter durante a cobertura de notícias. A empresa é a repre-sentante exclusiva no Brasil da empresa israelense LiveU.O primeiro a se apresentar no período da tarde foi Simon Pegg, senior engineer da Radiant Grid/Wohler Technologies. Apontando os principais diferenciais das soluções Radiant-Grid, focados nos princípios “simplificar, acelerar, adaptar e economizar”, Pegg mostrou como os produtos para conver-são de mídias melhoraram o fluxo de trabalho da ESPN du-

apresentadas na IBC 2012, iniciando pelas câmeras externas da linha XDCAM, entre elas a PMW-100, 160 e 200, compactas e com alta sensibilidade, e as câmeras para estúdio. Erick tam-bém apresentou a linha de switchers MVS, com destaque para o MVS-6530, com 48 entradas e 32 saídas, a unidade móvel Flexible – apresentada na Broadcast & Cable deste ano – e a solução Telestrator, que trabalha em conjunto com a tecnolo-gia Stitch para fazer marcações na tela para apresentação de dados e estatísticas de forma dinâmica em partidas esportivas.Encerrando o ciclo de palestras da manhã, Eldad Eitelberg, di-retor da Ucan, falou sobre o LiveU, tecnologia que permite a

Simon Pegg, da Radiant Grid/Wohler Technologies, mostrou como a empresa acelerou o fluxo de traba-lho da ESPN durante a cobertura da Euro 2012

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News > Evento

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rante a cobertura da Euro-2012, que utilizou 6 CPUs NVIDIA tesla C2075 e dual hex core CPUs com 24 logical cores.José Marcelo do Amaral, diretor de engenharia e operações da Rede Record, falou em seguida, trazendo um panorama completo da preparação da emissora para a cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Determinada em consertar falhas du-rante a transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e em trazer diferen-ciais tecnológicos, a Record fez extenso planejamento anterior, chegando inclusive a construir toda a estrutura que teriam em Londres no Brasil, para que a equipe pudesse antever qualquer problema durante a cobertura. No fim, 24 modalidades foram cobertas, com 165 horas de transmissão e 128 milhões de telespectadores.Encerrando a 4a Conferência Panorama Audiovisual, Ed Filomia, senior director de Broadcast Services do time de basquete norte-americano Miami Heat, começou apresentando dados do time, atual campeão da NBA e que está em alta nos Es-tados Unidos, com ingressos vendidos para todas as partidas nos próximos três anos. Utilizando produtos Avid e Glookast, entre eles o Avid Media Composer e Interplay, a equipe de broadcast montada no estádio AmericanAirlines Arena, do Miami Heat, faz uma cobertura completa de tudo relacionado ao time antes, durante e depois das partidas, para exibição nos telões LED ao redor do ginásio, outdoors na parte externa do local e também é responsável por toda a parte visual nas indi-cações e sinalizações digitais.

5ª Conferência No dia 27 de novembro, a Revista Panorama Audiovisual – publicação mensal da empresa VP Group Comunicação Integrada – organiza a 5ª Conferência Panorama Audiovisual 2012 no Hotel Mercure Jardins, na cidade de São Paulo. O evento reuni-rá diretores de engenharia e donos de produtoras de publicidade e cinema em uma conferência que traz como tema “Convergência em Broadcast e IT”.Segundo Victor Hugo Piiroja, Presidente e CEO da VP Group Comunicação Integra-da, organizadora do evento, “É impossível pensar em Broadcast sem pensar em IT. Qualquer produtora ou emissora de TV precisa se equipar neste mundo digital. Este encontro tem o propósito de apresentar e debater as últimas soluções em tecnolo-gia de IT para o mercado audiovisual”.Faça sua inscrição na 5ª Conferência Panorama Audiovisual em http://conferencia.panoramaaudiovisual.com.br/

Ed Filomia, diretor do time de basquete norte-americano Miami Heat, mostrou como os produtos Avid e Glookast auxiliam a equipe de broadcast montada no estádio AmericanAirlines Arena

José Marcelo do Amaral, diretor de engenharia e operações da Rede Record, explicou como foi o planejamento de dois anos para cobrir 24 modalidades, com 165 horas de transmissão e 128 milhões de telespectadores atingidos

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News > Broadcast & Cable

Presença alemãPavilhão bávaro contou com a participação de quatorze empresas com sede na região de Munique e arredores, incluindo a Kathrein e Arri. Já Rohde & Schwarz manteve um estande próprio.

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A Bayern International, em conjunto com a Câmara de Comércio e Indústria de Munique e Alta Baviera, trouxe pela primeira vez à SET Broadcast & Cable 2012 um pavilhão com diversas empresas do ramo

de broadcast com sede na região de Munique e arredores.A iniciativa não é inédita na América Latina, porém nos últimos quatro anos, o Pavilhão fazia parte da feira Caper, em Buenos Aires. Segundo Salomé Pivato, gerente da Bayern Internatio-nal, “o setor de broadcast não é muito forte na Argentina, e o país não está passando por um bom momento atualmente. Tínhamos ouvido falar sobre a Broadcast & Cable e decidimos fazer um experimento este ano, trazendo as empresas do esta-do da Baviera para cá”.A estratégia deu certo, a começar pelo número de participantes no pavilhão. “Normalmente, estes estandes coletivos que fazemos em parceria com a Secretaria de Economia, Infraestrutura, Transporte e Tecnologia do Estado da Baviera- são em torno de 50 feiras em solo estrangeiro, dos mais diversos segmentos – necessitam da partici-pação de sete empresas, no mínimo, para valer a pena. Esta é a pri-meira vez que temos catorze empresas participando, o que é genial”. Catorze empresas bávaras dos setores de cabos, satélites, an-tenas, tecnologias para estúdios, tecnologias de áudio e vídeo, acessórios para câmeras e filmes vieram ao país, entre elas AVT, Band Pro, bebob, Draka, GSS Grundig SAT Systems, Plazamedia e Skyline Television, Denz-Deniz, EasyDCP, Sprayoff, sono Stu-diotechnik e Talk-IP, sendo que algumas estão presentes em solo brasileiro há anos, caso da Kathrein, Spinner e Arri. O Pavilhão Bávaro já tem participação confirmada na feira do ano que vem. “Decidimos nosso calendário de feiras com muita

antecedência, e posso dizer que em 2013 iremos retornar à Bro-adcast & Cable. O balanço das empresas foi positivo e presen-ciamos uma movimentação maior do que na Caper, com uma qualidade de visitantes muito boa”, afirmou Salomé Pivato.

KathreinPresente no Brasil desde 98, a Kathrein acredita que o merca-do brasileiro passou por muitas transformações neste tempo em que esteve no país. “O mercado amadureceu bastante, e a decisão de trazer o pavilhão bávaro para cá é uma prova dis-so. O Brasil é de fato um interesse das empresas, e, motivado agora pela Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olim-píadas, e pelo entrave que se gerou entre a Anatel e as opera-doras de celular, temos a impressão de que este mercado vai ter um avanço bem significativo em direção à digitalização da rede de televisão”, disse Raul Ivo Faller, diretor administrativo da Kathrein no Brasil. Durante a Broadcast & Cable, o principal destaque da empre-sa era o painel 75010329 series/470-806 MHz, que possui uma entrada única de 7/8” EIA com divisor interno, permitindo um cabeamento externo simples, e divisão interna predefinida para polarização elíptica com razão de70%H e 30%V. O painel foi de-senvolvido a pedido da Rede Globo e foi apresentado pela pri-meira vez durante a feira.Além disso, a Kathrein também apresentou o 75010322 se-ries/470-654 MHz com entradas separadas para H/ V, permitin-do flexibilidade na escolha da polarização, e todos os tipos de polarização EP/CP/Slant podem ser definidas por divisores ex-ternos e cabeamento.

© 2012 Avid Technology, Inc. Todos os direitos reservados. Característica, especifi cações, requisitos de sistema e disponibilidade dos produtos estão sujeitos a alteração sem prévio aviso. Avid, o logo Avid e Interplay são marcas comerciais ou marcas registradas de Avid Technology, Inc. nos Estados Unidos e outros países. O nome Interplay é utilizado com a permissão de Interplay Entertainment Corp, que não tem nenhuma responsabilidade sobre os produtos Avid. Todas as outras marcas comerciais pertencem aos seus respectivos proprietários.

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leiro e nos preparar para a demanda que está surgindo e irá aumen-tar nos próximos anos com estes grandes eventos esportivos que o Brasil irá sediar”, afirmou Wolfgang Reeh, CEO da Skyline Television.Um dos produtos trazidos à Broadcast & Cable era a Goal:Cam 2 HD,

Band ProA Band Pro apresentou a lente Leica Summilux-C para o mer-cado brasileiro. A lente de montagem PL é mais leve e com abertura de T1.4-22-closed, e o vidro da lente emprega um novo design multiesférico patenteado e um mecanismo de alta precisão para fornecer iluminação plana em todo o quadro de 35mm, mesmo quando ele suprime a dispersão de cor nos cantos mais distantes do quadro. “Esta é a lente perfeita para captação em 4K, em câmeras como a F65, da Sony, e a Epic, da RED”, afirmou Kai Daniels, consultor técnico da Band Pro presente à Broadcast & Cable. “Ela tem uma ótima resolução e mesma abertura para todos os modelos”.A Leica Summilux-C possui dez tipos de comprimento focal – os mais recentes, de 29mm e 65mm foram apresentados este ano na NAB – e será comercializada no Brasil pela Fábrica Brasileira de Imagens, com sede em São Paulo. “Há uma grande espera por esse produto no mundo todo, e aproximadamente cinco jogos já foram vendidos para clientes nacionais, e estamos abertos a mais pedidos no futuro”, disse Marco Tulio Guglielmoni, da Fábrica Bra-sileira de Imagens.

Plazamedia e Skyline TelevisionUma das maiores produtoras de eventos esportivos na Alemanha, a Plazamedia e a empresa Skyline Television, especializada em câ-meras especiais, se uniram em um só estande para apresentar seus produtos para a cobertura de esportes. “O Brasil é um mercado crescente, e, já há alguns anos, comercializamos algumas câmeras aqui para a TV Globo. Viemos à feira para estudar o mercado brasi-

Spinner e Zeiss estavam entre as quatorze empre-sas que compuseram o pavilhão Bávaro

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Rohde & SchwarzCom sede em Munique, a Rohde & Schwarz está presente no Brasil há mais de 20 anos, e teve seu próprio estande na SET Broadcast & Cable deste ano. A principal novidade para o mer-cado brasileiro é a abertura da nova fábrica de transmissores, em São Paulo, sendo a primeira da empresa fora da Europa. Segundo o CEO e presidente da Rohde & Schwarz no Brasil, Hei-tor Vita, a decisão foi feita para trazer preços mais competitivos ao mercado nacional, e a fábrica vai produzir toda a cadeia de transmissores ISDB-Tb de média e baixa potência para toda a América Latina –com exceção do México e Colômbia que ado-taram os padrões ATSC e DVB-T2, respectivamente – e alguns países da África. Inicialmente, é planejada uma produção de 150 até 450 transmissores por ano.

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Reportagem > IBC 2012

Futuro da radiodifusão e eventos esportivos reúnem

No mais importante congresso europeu do setor, o encontro promovido pela SET enfatizou a importância da cooperação entre broadcasters e a criação de um padrão universal. Os profissionais também conheceram os planos da HBS para a cobertura da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.

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por Renata Primavera

ça, por exemplo, e foi enfático em apontar que a fragmentação regional dos padrões de TV digital é uma barreira significativa na produção de dispositivos mais baratos. “Os envolvidos nisto deveriam se sentir envergonhados, pois isso custou bilhões de dólares aos consumidores. É importante que a próxima geração de TV digital terrestre não mantenha essa fragmentação regional de padrões, já que um único padrão traria inúmeros benefícios aos broadcasters e aos usuários, que muitas vezes são deixados de lado”, afirmou Laven. A FoBTV é uma iniciativa para se tentar alcançar este padrão universal no futuro.Em formato Q&A, Michael McEwen, da NABA (North American Broadcasters Association), mediou a apresentação de John Ho-neycutt, vice-presidente executivo e chefe de operações de ne-gócios internacionais para a Discovery Networks International (DNI). Ele enfatizou a oportunidade dos broadcasters com os OTTs, que, mesmo não sendo financeiramente relevantes para os negócios, é importante para melhorar o branding dos canais. “A marca é um das coisas mais relevantes que uma empresa

A Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) promoveu mais uma vez uma conferência para brasi-leiros na IBC. Após breve apresentação do presidente Olímpio José Franco, Lieven Vermaele, diretor de tec-

nologias e inovações na EBU – entidade que congrega os bro-adcasters europeus -, apresentou conceitos do cenário atual da indústria: “a mídia é guiada pelo comportamento dos usuários, e precisamos fazer conteúdo pensando nesse cenário. A ideia é criar uma plataforma de produção similar a um smartphone, com ingest, pós-produção, qualidade, gráficos, transcodificação e reprodução em um só aparelho”. Vermaele apresentou algumas das prioridades da EBU hoje, como a transformação para o HD na Europa, que ainda está sendo finalizada, e a questão dos sis-temas de armazenamento de mídia, e depois falou sobre como a EBU está se preparando para o futuro.Em seguida, Phil Laven, do FoBTV (Futuro da Televisão Digital) mostrou dados relevantes sobre a TV terrestre, que está em declí-nio em muitos países europeus, mas ainda é importante na Fran-

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tem”, disse Honeycutt. Para atingir de maneira eficiente uma maior quantidade de dispositivos, Honeycutt apontou que a em-presa começou já algum tempo a fazer um “franchise explotation plan”. “A Sony faz isso com “Homem-Aranha”, por exemplo. Eles pensam no lançamento para cinema, depois home entertain-ment e no licenciamento para outras empresas.

Copa do Mundo no Brasil TV Globo, FIFA, HBS e Sony sobiram ao palco para falar sobre a transmissão da Copa em solo brasileiro, e apontaram a exten-são territorial como um dos principais desafios, aumentando em 40% os custos totais em relação à Copa na África do Sul.Desde 1994, nos Estados Unidos, o mundo não via uma Copa do Mundo em um país de dimensões tão grandes. Após passar por França, Coréia do Sul, Japão, Alemanha e África do Sul, ela chega ao Brasil e seus 8 milhões de quilômetros quadrados e 12 cidades-sedes. Essa é a principal preocupação que os broad-

Lieven Vermaele, diretor de tecnologias e inovações na EBU, apresentou conceitos do cenário atual da indústria: “a mídia é guiada pelo comportamento dos usuários, e precisamos fazer conteúdo pensando nesse cenário.

casters irão enfrentar na hora de transmitir o aguardado evento esportivo para o mundo inteiro, segundo a palestra “Brazil 2014: The Road to the Next FIFA World Cup”, que aconteceu com desta-que na programação da IBC 2012.A apresentação começou com Niclas Ericson, diretor da divisão de TV da FIFA, que acabara de voltar de uma visita ao Brasil e se disse satisfeito com o que encontrou aqui no país. “As pessoas nos per-guntam muito se os estádios estão prontos, se vão ficar prontos a tempo, e posso dizer que tudo está indo de acordo com o planejado”.Depois foi a vez de Francis Tellier, CEO da HBS, broadcaster ofi-cial das transmissões internacionais, apresentar um pouco da cobertura que será feita durante a Copa do Mundo, focada em quatro telas: TV, computador/notebooks/tabletes, dispositivos móveis, e telas gigantes/public viewing. “A Copa do Mundo 2014 será totalmente multiplataforma e multimídia”, afirmou Tellier. Quanto à questão da extensão territorial e maior quantidade de cidades-sedes, o CEO disse que não haverá produção com uni-dades móveis, e sim um kit fixo de produção em cada local. A HBS estima que haverá um gasto de 40% a mais do que na Copa do Mundo da África do Sul em 2010.Após o anúncio feito durante a IBC, de que a Sony fornecerá o equipamento para a HBS, David Bush, diretor de marketing da Sony Professional Solutions na Europa, foi incluído no progra-ma da palestra, e apresentou o que a empresa pretende levar ao país. São mais de 340 câmeras da família HDC (destas 72 são câmeras super slow motion), 48 switchers e 816 monitores.Por fim, Jose Manuel Fernandez Marino, diretor de engenharia de notícias e esportes da TV Globo, apresentou dados da emissora, en-fatizando sua eterna busca por novas tecnologias em transmissão, e afirmou que a seleção brasileira terá uma unidade móvel inteira-mente dedicada a ela, trazendo notícias 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, a TV Globo pretende mostrar o país du-rante a cobertura para o mundo, saindo um pouco do eixo Rio-São Paulo. “Vamos explorar as diferenças culturais do Brasil enquanto as partidas não estiverem acontecendo, e também informar o esta-do dos serviços, como situação do trânsito e aeroportos”.

A apresentação começou com Niclas Ericson, dire-tor da divisão de TV da FIFA, que acabara de voltar de uma visita ao Brasil e se disse satisfeito com o que encontrou aqui no país

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Confirmando sua crescente importância no merca-do internacional de broadcast, o Brasil teve um pavilhão próprio na IBC 2012, com a participação de seis empresas. Elas puderam entrar em contato

com visitantes que, normalmente, passariam despercebi-dos a um estande comum. “A feira foi fantástica e fizemos muito contatos, inclusive com clientes norte-americanos, o que não é o foco da IBC”, afirmou Carlos Alberto Fructuo-so, diretor de relações institucionais da Hitachi Kokusai Li-near, uma das principais empresas presentes no estande.Além da Hitachi, também estavam no Pavilhão Brasil a Tecsys, TQTVD, EITV, SP Telefilm e Playlist.

Confirmando sua crescente importância no mer-cado internacional de broadcast, o Brasil teve um pavilhão próprio na IBC 2012, com a participação

de seis empresas

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“Believe Beyond HD” impulsiona avanços para


Com o slogan “Believe Beyond HD”, a Sony mostrou soluções que permitem aos clientes assumir a liderança na criação de conteúdo e mercados de distribuição através do primeiro fluxo de trabalho completo em 4K, o sistema de produção

ao vivo HD IP ou o sistema de arquivo de disco óptico ou 3D.A câmera 4K F65, da Sony, lançada em janeiro passado, já está sendo usada em todo o mundo. Até o fechamento, essas câmeras filma-ram mais de 30 filmes, comerciais e séries de televisão. Num futuro muito próximo, a empresa pretende trazer a qualidade de imagem espetacular do 4K a outros tipos de produções, tais como esportes, documentários e programas ao vivo. Um número crescente de parceiros já suportam o fluxo de trabalho F65RAW, incluindo a Autodesk, que acaba de incorporar o formato de gravação RAW F65 a sua linha de produtos. A próxima atualização da câmera, Versão 2.0, agrega a capacidade de gravar até 120 frames/segundo. A Sony também demonstrou como o 4K pode ser transmitidas em tempo real, através de sua colaboração com a SES Astra, um opera-dor global por satélite com sede em Luxemburgo.

Produção ao vivo HD IPOutra novidade foi a unidade de produção ao vivo NXL-IP55, que estará disponível no próximo ano. A NXL-IP55 facilita o trabalho em ambientes de produção ao vivo e simplifica a integração com infra-estruturas IP, permitindo que as emissoras incorporem uma rede IP em sua infraestrutura padrão HD-SDI, obtendo uma alta qualidade de imagem com latência baixa e um modo de transmissão flexível. Para destacar a NXL-IP55, a empresa também adicionou a funcionali-dade de controle IP a suas câmeras remotas BRC-H900, BRC-Z700 e BRC-Z330. Estas câmeras podem ser usadas em conjunto com a NXL--IP55 para desenvolver uma ampla gama de configurações, criando novas oportunidades para transmissões ao vivo em HD a partir de teatros, estádios e eventos ao ar livre.

Trabalhando com a XDCAM HD422A IBC 2012 foi a plataforma de lançamento para uma série de inova-ções tecnológicas XDCAM, especificamente para fluxos de trabalho de notícias e produções televisivas.O fluxo de trabalho XDCAM HD422 de 50Mbps, adotado por emis-soras em todo o mundo, está sendo ampliado para incluir a nova plataforma de campo SxS PMW-50, ideal para operações de campo em que a velocidade, peso e confiabilidade são essenciais. Sua ca-pacidade de bateria permite flexibilidade operacional, pois remove a dependência da fonte de energia principal, e a tela LCD de 3,5 polega-das serve para a revisão de clipes e gerenciamento de mídia. A PMW-50 poderá ser utilizado em conjunto com a camcorder PMW-500.Também foi lançado em Amsterdam o novo gravador de estúdio XD-CAM, que está atualmente em desenvolvimento. Ele trabalha com cartões SxS, permitindo aos usuários de XDCAM gerenciar seus

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fluxos de trabalho SxS com uma ampla gama de aplicações, desde estúdios a DSNGs.

Produtos 3D e soluções para esportes No estande também estava a câmera PMW-TD300 de grande mobilidade, e um sistema de configuração de câmera 3D com-posto de duas câmeras HDC-P1 HD multiusos e um adaptador de fibra óptica HDFA-200. Esses e outros dispositivos e sistemas expostos na IBC ajudam a fornecer suporte para a filmagem, edi-ção e visualização em 3D.Na área de unidades móveis, a Sony fez uma demonstração de um sistema de câmera lenta 3D que é capaz de filmar o dobro de ima-gens (reprodução a 50%), com dois conjuntos da câmera portátil multiformato HD HDC-2500, e a unidade de armazenamento SR-R1000 SRMASTER, que permite a gravação e reprodução em tempo real, sincronizando dois sinais de vídeo.

Sony apresentou diversas aplicações para o fluxo de trabalho em 4K

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Panasonic consolida codecs AVC-Ultra


Na IBC deste ano a Panasonic apresentou uma nova gama de produtos baseados na tecnologia AVC Ultra, com destaque para a introdução da marca em merca-dos vitais, como na captação em estúdio ou em am-

bientes com câmeras remotas integradas com conectividade IP.Na IBC 2011, a empresa surpreendeu o mercado com o lança-mento da família de codecs AVC Ultra, desde o AVC Proxy ao AVC Intra 444 (4:4:4 12 bits 4K). Um ano depois, este codec flexível tem sido capaz de se adaptar a cada necessidade e respondeu a padrões de workflow com alta qualidade, como em webcasting e contribuição ao vivo via IP (streaming instantâneo de conteúdo a partir da câmera com alta resolução e proxy e metadados com AVCProxy). Outros usos incluem o cinema digital com o AVC In-tra 444 e a produção de notícias e documentários com AVC Long 25 e 50 (4:2:2) e AVC Intra 100 e 200 (1080/50i 4:2:2).Quanto ao suporte de mídia, as novas Micro P2 estão permitin-do que os profissionais possam acessar o conteúdo de manei-ra mais rápida com uma alta transferência de dados, a mesma confiabilidade que os cartões P2 (com integração com sistemas RAID), e da possibilidade de usar um adaptador PCMCIA.

EstúdioNa área de estúdio, a Panasonic pretende ganhar mercado com modelos como a nova câmera AK-HC3800. Esta câmera comple-menta a oferta de produtos no estúdio com a excelente aceitação no mercado da AK-HC3500.Outra novidade é a AK-HC3800 PFE, que garante uma qualidade melhor de imagem, graças à alta sensibilidade dos 3CCD de 2/3 de 2.2 megapixels e o circuito interno de processamento de ví-deo a 38 bit DSP com conversão a 16 bits. A câmera incorpora funções de ajuste significativos, incluindo funções de compen-sação de qualidade como aberração cromática e identificação de memórias de cena sobre alcance dinâmico DRS.A unidade de controle de câmera AK-HCU200 combinada a um

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painel operacional remoto AK-HRP200G permite um grau de fle-xibilidade na transmissão de fibra óptica a um preço acessível. Sua conectividade IP via cabo LAN permite fluxos de trabalho de maior integração no estúdio de arte. A câmera também possui um pequeno e leve LCD de 7 polegadas (AK-HVF70).

AG-HPX600Uma das estrelas do estande da Panasonic foi a AG-HPX600, que combina alto desempenho, facilidade de uso e um projeto pronto para atualizações futuras, com o objetivo de abranger uma ampla gama de usos, como produção de imagens e aplicações para bro-adcast. Por se tratar de uma câmera de ombro 2/3”, ela acomoda uma grande variedade de lentes intercambiáveis. Além disso, seu corpo compacto oferece muita mobilidade, tendo o menor peso do mercado, cerca de 2,8 kg (corpo da câmera). Seu recém desenvol-vido sensor MOS atinge alta sensibilidade de F13 a 50Hz, e baixo ruído graças a sua relação S/N de 59dB, e ela inclui vários codec HD/SD, como AVC-Intra100/50, DVCPROHD, DVCPRO50, DVCPRO e DV.

AG-AC90A Panasonic ainda anunciou uma nova camcorder AVCCAM. A nova AG-AC90, com gravação em cartão de memória, tem uma lente zoom que se estende a partir de um grande ângulo de 29,8 mm (equivalente a 35mm) até um zoom óptico de 12x, mantendo uma alta luminosidade de F1.5. Ela também incorpora três sensores de imagem MOS tipo BSI (backlit), que oferecem alta sensibilidade, resolução full HD e uma relação S/N elevada. A gravação AVCHD em cartão de memória SD suporta tanto o modo PS, para produzir imagens em full HD progressivo, como no modo profissional PH.Outras características operacionais profissionais desta câmera são o triplo anel (foco, zoom e íris), que trazem a versatilidade das lentes intercambiáveis; entradas para microfone e áudio XLR, e terminais remotos que fornecem a capacidade de expan-são necessária para aplicações profissionais.

Uma das estrelas do estande da Panasonic é a nova AG-HPX600, que combina alto desempenho, facilidade de uso e um projeto pronto para atualizações futuras, com o objetivo de abranger uma ampla gama de usos, como produção de imagens e aplicações para broadcast


Sony fecha acordo Copa de 2014


A HBS assinou seu maior contrato relacionado a equipamentos na IBC 2012, fechando com a Sony o fornecimento de sistemas de produção na Copa do Mundo 2014 no Brasil. Devido ao número de está-

dios envolvidos no torneio (12), a quantidade de feeds múl-tiplos e do tamanho do plano de produção em HD da HBS, a quantidade de equipamento utilizado será maior do que em qualquer outra Copa do Mundo. O contrato também inclui o fornecimento de equipamentos de produção para a Copa das Confederações da FIFA 2013, servindo como um teste para o evento de 2014.A Sony é patrocinadora oficial da FIFA e, em 2010, na África do Sul, forneceu as instalações e um financiamento substan-cial para a produção de 25 jogos em 3D. As instalações no Brasil estão sendo concentrados em 2D HD e incluem pelo menos 408 câmeras, 34 em cada estádio.“A Sony tem o prazer de mais uma vez trabalhar ao lado da

FIFA e HBS, com a responsabilidade global para a produção de rádio e TV na Copa do Mundo 2014”, disse David Bush, diretora de Marketing, Desenvolvimento de Negócios e Solu-ções Profissionais da Sony Europa.Niclas Ericson, diretor da Divisão da FIFA TV, acrescentou que “após o grande sucesso da experiência em 3D na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, estamos animados em am-pliar nosso relacionamento com a Sony”.Quanto a HBS, o CEO Francis Tellier afirmou: “A experiência da Sony e seu profundo conhecimento das exigências de uma produção em grande escala nos convenceu de que eles eram os parceiros ideais. Estamos ansiosos por trabalhar em conjunto para transmitir a Copa das Confederações 2013 e a Copa do Mundo 2014 com os mais altos requisitos de alta definição”.A parceria da HBS e Sony com a FIFA para a produção 3D da Copa do Mundo 2010 recebeu o “Prêmio do Júri” na IBC 2010.

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produção na Copa do Mundo 2014 no Brasil

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EVS anuncia nova integração do fluxo de trabalho aberto


A EVS anunciou na IBC 2012 uma colaboração de fluxo de trabalho aberto com a Adobe. A iniciativa inclui a ferramenta de edição de vídeo da Adobe, o Adobe Pre-miere Pro Creative Suite 6, integrado com os servido-

res de produção de alta velocidade XT/XS da EVS.A integração entre os servidores de produção EVS e Adobe Premie-re Pro CS6 vai permitir aos usuários compartilhar mídias gravadas nos servidores EVS e pegar produtos editados no Adobe Premiere Pro CS6 para exibição instantânea. Usando o formato de conversão de formato padrão OP1 a MXF ou QuickTime Movies, os usuários do Adobe Premiere Pro podem editar o conteúdo durante a trans-ferência como uma tarefa de fundo através dos servidores XT/XS.O fluxo de trabalho simplificado elimina gargalos na produção e fornece aos editores com o Adobe Premiere Pro mais tempo para se concentrar na edição criativa, em vez de perder tempo à espera da transferência de arquivo. Como os servidores EVS suportam de forma nativa os codecs utilizados pelo Adobe Premiere Pro, agora é possível transferir arquivos diretamente, sem codificação ou decodi-ficação, o que economiza tempo e preserva a qualidade da imagem.

A empresa belga confirmou uma parceria com a fabricante de software Adobe que vai permitir a completa integração de seus servidores de produção de alta velocidade com as suites de edição de vídeo do software Adobe Premiere Pro Creative Suite 6.

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Acordo com MosartA Mosart, fornecedora de sistemas de automação de notícias, fez uma parceria com a EVS para ajudar os produtores e comentaris-tas a melhorar a produtividade da redação. As duas empresas se uniram para fornecer às redações fluxos de produção melhores, usando a linha de servidores XT/XS da EVS controlados pela in-terface automatizada da Mosart.Complementando os produtos de produção de notícias da EVS, a Mosart codesenvolveu uma solução que utiliza a Application Progamming Interface (API) LinX da EVS para permitir o contro-le e configuração dos servidores XT/XS - reduzindo o tempo de produção de estúdio e as operações de notícias. Aproveitando o poder dessa aplicação, a interface Mosart pode oferecer às reda-ções uma ampla gama de processos automatizados, como o ge-renciamento avançado de clipes e as configurações de exibição para adicionar automaticamente metadados aos clipes.Pacôme Palfroy, gerente de produto da EVS, disse que “fabri-camos nossos servidores XT/XS com a API LinX para fornecer escalabilidade e flexibilidade completas, permitindo que desen-

A EVS anunciou na IBC 2012 uma colaboração de flu-xo de trabalho aberto com a Adobe. A iniciativa inclui a ferramenta de edição de vídeo da Adobe, o Adobe Premiere Pro Creative Suite 6, integrado com os ser-vidores de produção de alta velocidade XT/XS da EVS.

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volvedores terceiros possam criar novas aplicações e soluções para nossos clientes”.

Novo presidente e CEOJoop Jannssen esteve presente na IBC 2012 apenas sete dias após tomar posse como o novo presidente e CEO da EVS. Com mais de 25 anos de experiência no setor de transmissão, áudio profissional e de telecomunicações, e, depois de passar pela di-reção geral da Vitec Videocom, Janssen enfrenta o desafio de li-derar uma das empresas que mais crescem no setor.O novo CEO destacou em coletiva de imprensa na IBC a alta per-cepção que a marca tem no mercado e “o talento e criatividade da equipe”, mas não quis adiantar nenhuma estratégia específica que a empresa irá seguir sob sua direção. “A EVS precisa pen-sar no futuro. E, claro, muito do futuro no mundo de esportes estará no Brasil. Então, eu comecei a analisar, juntamente com a minha equipe, nas estratégias para saber onde a EVS estará em 2016. Até fevereiro esperamos apresentar estas novas estra-tégias, e esperamos que o Brasil veja, em 2014 e em 2016, com estes eventos esportivos, os resultados”, afirmou Jannssen em entrevista exclusiva à Panorama Audiovisual. O que é muito claro, como afirmou Jannssen, é que o objetivo da empresa não é de forma alguma adquirir a divisão de transmis-são de Harris como havia sido especulado ao longo dos últimos meses na indústria.

Jannssen também falou à Panorama Audiovisual sobre o fu-turo da indústria quanto ao 4K e 8K, dois assuntos muito dis-cutidos na feira. “Estive presente em um debate aqui na feira com alguns dos broadcasters e fabricantes, e minha conclu-são é que os displays de 4K serão utilizados nas casas, mas para fazer um PIP na tela e, para isso, você precisa de muita resolução. Mas a resolução do conteúdo principal não será ne-cessariamente em 4K, porque acredito que não haverá uma demanda do telespectador para isso. Talvez ele nem perceba a diferença em resolução em relação ao que temos hoje. Seria ótimo para a EVS se isso acontecesse, mas creio que não irá acontecer, não como o HD é hoje”.

Joop Jannssen esteve presente na IBC 2012 apenas sete dias após tomar posse como o novo presidente e CEO da EVS.

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The power of simplicity A ShowCase PRO estabelece suas atividades a partir de um posicionamento arrojado na América Latina, sendo a única empresa brasileira a produzir soluções totalmente compatíveis com as necessidades e pa-drões desse mercado. Com uma interface de operação simples, segura e completa para o gerenciamento de todas as funcionalidades, a empresa oferece 1 ano de

garantia com suporte e atualização de software gratui-tos durante esse período. Sua proposta é de preencher a lacuna no novo mercado de TV digital interativa e convergente, produzindo um conjun-to de soluções integradas de hardware e software que terão como características principais alta tecnologia, simplicidade de uso e manutenção e confiabilidade a um preço justo.

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apresenta nova câmera e três versões Stratus


A empresa veio com força para a IBC 2012, pro-metendo uma série de novidades nos próxi-mos anos. “Temos um plano de três anos para sermos líderes do mercado e, até 2015,

todos os produtos da Grass Valley serão novos e terão integração com tudo que apresentamos aqui hoje”, afir-mou o CEO e presidente da Grass Valley, Alain Andreo-li, em sua apresentação no estande da empresa.Visando atingir essa agressiva meta, como o próprio Andreoli a definiu, a empresa vai trazer soluções com preços mais acessíveis (“não podemos ser sempre as Ferraris e os Rolls-Royces do mercado”, disse o CEO), e vai estar focada em três mercados: broadcast de no-tícias, ao vivo e, principalmente, playout. “O playout é o mais importante, pois nele os clientes precisam de mais ajuda, e é onde está acontecendo a maior revo-lução”.

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Matrox é uma marca registrada. Matrox MicroQuad, Matrox MC-100 e Matrox Convert DVI são marcas registradas da Matrox Electronic Systems Ltd. Todas as outras marcas são propriedade dos seus respectivos proprietários.

ENGRENAGENS SDI PARA PROFISSIONAIS

VERSÁTEIS • ACESSÍVEIS • CONFIÁVEIS

Mini Conversor SDI Duplo à HDMI para 3G/3D/HD/SDO Matrox MC-100 permite aos engenheiros de transmissão e profissionais A/V satisfazer suas diversas necessidades quando se trata de gestão de sinais SDI. Esta única unidade portátil pode ser utilizada como um switcher HD-SDI, um amplificador de distribuição, um multiplexador, e uma unidade de processamento 3D. Você não precisa mais adquirir diferentes dispositivos para executar essas tarefas. O Matrox MC-100 permite que você faça tudo isso com um mini conversor barato e fácil de usar. Ele deve estar presente em todo kit de ferramentas de um profissional de vídeo.

Multiviewer SDI à HDMI quádruplo para 3G/HD/SDO Matrox MicroQuad permite que você use um monitor HDMI de custo acessível para exibir até quatro sinais de vídeo SDI e mostrar ou ocultar rótulos e medidores de VU. Seu poderoso motor de escala de 10-bit e avançados algoritmos de filtragem sempre garantem uma experiência de monitoramento cristalina e livre de artefatos. O pequeno dispositivo fácil de usar é ideal para vans UM, produções no set e eventos ao vivo. Todos os controles estão na própria unidade; um computador não é necessário. Alternativamente, use a aplicação baseada em Windows Matrox MicroQuad para controlar a unidade à distância.

Scanner Conversor de HD-SDI com GenlockO scanner conversor Matrox Convert DVI permite que os broadcasters possam incorporar conteúdo de computadores, iPads e iPhone facilmente e economicamente em seus programas de notícias. Eles também são os aparelhos perfeitos para conduzir projetores e telas grandes em eventos ao vivo e em casas de culto. Esses produtos são ideais para a criação de transmissão de vídeo a partir de aplicativos de computador como Skype, YouTube, Google Earth, FaceTime, players de mídia, software de apresentação, e navegadores de web.

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Depois foi a vez de Graham Sharp, vice-presidente sênior e diretor de marketing da Grass Valley, subir ao palco. Sharp foi enfático ao dizer que, enquanto outras empresas buscam por respostas para saber quais tecnologias estarão vigentes nos próximos anos, a próxima geração de produtos da Grass Valley será completamente agnóstica, pois será baseada em IT. “Vamos trabalhar com soluções para produção não linear. Essa é a maneira de tornar todo o processo de produção mais eficiente, incluindo a entrega para multiplataformas. E mais novidades relacionadas a isso chegarão ano que vem”.Em seguida, Sharp apresentou a maior novidade da empre-sa este ano, a linha de câmeras LDX, inicialmente com três produtos: LDX Première, LDX Elite e LDX WorldCam. Com desempenho em 1080p50/60, total compatibilidade com a li-nha de soluções de transmissão 3G da Grass Valley e imagens também em 1080p/1080i/720p, a série LDX é baseada em três novos geradores de imagens de terceira geração de CMOS, o Xensium-FT da Grass Valley. A linha também oferece um er-gonômico shoulder-pad, chamado ComfortPad, que foi desen-volvido pela empresa em cooperação com fisioterapeutas e operadores de câmera de todo o mundo. Outra característica relevante é a ArtTouch, que oferece aos usuários da série LDX um novo nível de processamento de imagem automatizado, para alcançar o desempenho ideal da câmera.

Graham Sharp apresentou a maior novidade da em-presa este ano, a linha de câmeras LDX, inicialmente com três produtos: LDX Première, LDX Elite e LDX WorldCam.

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Switcher de vídeo HD/SD 1 M/E – 2 M/E

Ainda Mais Inovações em Switchers de Vídeo

Evolução Contínua

O 1M/E HVS-300HS revolucionou o mundo dos switchers de vídeo compactos em 2008.

Em 2010, o switcher 1.5 M/E HVS-350HS continuou essa tendência, com sua

funcionalidades aprimoradas e um desempenho melhor. O avanço na série

HANABI permanece até hoje. E, em 2012, uma nova geração de switchers

de vídeo será introduzida, trazendo mais uma inovação. O novo

switcher de vídeo HVS-390HS estará disponível em tamanhos de

1 M/E a 2 M/E. Ainda mais fácil de ser utilizado, ele evoluiu

para se tornar mais potente, mantendo todas s

funcionalidades aclamadas da série HVS-300. A

evolução da série HANABI continua.

for-a_panorama-outubro2012.pdf 1 22/10/12 18:41

StratusA Grass Valley apresentou novos recursos para a plataforma STRATUS, adicionando gerenciamento de arquivo para os tra-balhos que podem ser combinados em um único espaço de tra-balho através de integração com sistemas de gerenciamento de arquivos. A interface de pesquisa do STRATUS é usada para uma busca unificada de ativos on-line ou já arquivados. Os usuários podem visualizar os resultados da pesquisa ao navegar em uma resolução proxy dos itens arquivados, e podem usar o novo ar-quivo parcialmente restauradao para recuperar apenas a parte necessária de grandes arquivos de mídia com resolução total.O STRATUS também terá uma versão para produção de es-portes ao vivo, com replay instantâneo e capacidade de editar e segmentar highlights, e uma versão exclusiva para playout.

Karrera e KayenneGraham Sharp apresentou a nova série de switchers de produção da empresa, oferecendo suporte comutável para qualquer um dos formatos de TV atuais incluindo 3G 1080p50/60. Esta nova aborda-gem modular baseada em software efacilita a atualização, opera-ções mais eficientes, e oferece fluxos de trabalho simplificados de produção, bem como de fácil configuração e instalação usando as configurações armazenadas e automação macro. A arquitetura switcher permite aos clientes comprar apenas o que eles preci-sam, e depois adicionar recursos conforme necessário.

Controlador de Replay K2 DynoOutra novidade da empresa é o controlador de replay K2 Dyno. O aparelho vem com uma tela multitouchscreen maior, design ergonômico e 8 canais de áudio em cada canal de ví-deo. Suas pequenas dimensões - aliadas a um servidor de mí-dia K2 Summit 2RU -, permitem uma solução mais leve em unidades móveis.

A série LDX é baseada em três novos sensores de imagens CMOS de terceira geração, o Xensium-FT, e também oferece um ergonômico shoulder-pad, cha-mado ComfortPad, que foi desenvolvido pela empresa em cooperação com fisioterapeutas e operadores de câmera de todo o mundo

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Harris apresnta o “channel-in-a-box”


E m coletiva de imprensa, o presidente Harris Morris apresentou o Versio e enfatizou a presença da empresa na cobertura dos Jogos Olímpicos e no upgrade das instalações do Pinewood Studios, ambos em Londres.

A Harris mostrou na abertura da IBC 2012 uma série de novidades em sua variada linha de produtos para broadcast. O presidente abriu sua apresentação comentando sobre as mudanças no cená-rio atual da indústria, que deve levar em consideração o número cada vez maior de usuários que utilizam dispositivos móveis para assistir a vídeos (no caso de smarthphones, por exemplo, 40% dos usuários assistem a vídeos diariamente; já para tablets, 56 mi-lhões de aparelhos são usados para a mesma finalidade).

VersioPensando mais uma vez em trazer inovações para o mercado, a Harris teve como destaque nesta edição da IBC o Versio, uma so-lução “channel-in-a-box” para ajudar os clientes a rapidamente

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Harris Morris abriu a sua apresentação comentando as mudanças no cenário atual da indústria, que deve levar em consideração o número cada vez maior de usuários que utilizam dispositivos móveis para assistir a vídeos


Página 44

A Maxicom utiliza os melhores componentes disponíveis no mercado• Caixa em plástico de engenharia - policarbonato

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• As melhores células disponíveis no mercado mundial• Circuito eletrônico de proteção contra sobre tensão, sub

tensão, sobre corrente, curto circuito e temperatura

CONFIABILIDADE E AUTONOMIADurante 26 anos, a MAXICOM sempre esteve à frente em tecnologia e desempenho. Fornece ao

mercado as melhores baterias. Fabricadas no Brasil, equiparadas hoje às melhores do mundo.Estabelece parceria com os mais qualificados fabricantes de componentes e células

recarregáveis, para garantir que suas baterias possuam a melhor performance e autonomia.Dessa forma atende aos setores mais exigentes em função da responsabilidade

envolvida pelos segmentos, em que a confiabilidade dos produtos se torna primordial, tais como: vídeo profissional, instrumentação hospitalar, rádio comunicação, aviação, indústria automobilística, segurança pública, telefonia, ferrovias, entre outros.

Bateria com circuito de carga remanescente tipo gas gauge digital. Possui interface para conexão a computador tipo PC oferecendo recursos para o acompanhamento de desempenho e vida útil da bateria.

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[HR] Maxicom-OUT12.pdf 1 18/10/12 15:37

lançar, expandir e manter seus canais e serviços. O Versio combi-na vídeo baseband, branding de canal, e recursos de fluxo de tra-balho automatizados em uma solução fácil de implementar, ba-seada em software, e com um único rack (RU). O Versio pretende reduzir o custo e o tempo de se lançar canais a cabo, broadcast e outros serviços de TV, ao oferecer uma integração simples com o tráfego de produção e faturamento, programação, gestão de ativos, playout de conteúdo e funções de controle mestre, tudo utilizando o fluxo de trabalho já existente no local.“Soluções ‘channel-in-a-box’ dependem de uma ótima automa-tização, ótimos servidores de vídeo e um branding e gráficos efi-cientes, e nenhum de nossos concorrentes entrega tudo em um só produto. O Versio traz isso e, se o canal se tornar bem-sucedido e for necessário um upgrade para algo maior, isso é feito de maneira fácil, utilizando outros produtos de nossa empresa”, afirmou Morris.

TransmissãoNa área de transmissão, o presidente da Harris falou sobre o Fle-vixa, um transmissor de FM que oferece aos broadcasters uma plataforma de transmissores com capacidade de operação ana-lógica e digital. A Harris apresentou quatro novos modelos de baixo consumo de energia dessa linha (50, 150, 300 e 500 W) durante a IBC.Morris aproveitou a ocasião para falar sobre a escolha da empresa como a fornecedora de tecnologia o projeto de transição para TV digital no Togo. A Harris vai renovar completamente a infraestrutu-ra de transmissão de TV do país através da concepção, instalação e comissionamento de uma cadeia de vídeo digital, para transmi-tir todo o país - usando uma rede nacional de transmissores DVB--T2 e serviços de satélite. O Togo irá se tornar um dos primeiros estados do oeste africano a adotar e implementar o DVB-T2.

Jogos Olímpicos e Pinewood StudiosEm seguira, Harris Morris mostrou números relevantes da co-bertura da emissora britânica BBC nos Jogos Olímpicos de Lon-dres, feita em parceria entre a Harris e a empresa Dega Broadcast Systems. “Com 2500 horas de conteúdo, 24 feeds interativos e cobertura online contínua, estes Jogos foram os primeiros a efe-tivamente atingir uma cobertura multiplataforma ininterrupta”.Já no Pinewood Studios - tradicional estúdio de cinema britâ-nico, onde grande parte dos filmes da franquia James Bond foi filmada -, a parceria perdura há mais tempo, e agora foi a vez da Harris ajudar no upgrade das instalações HD, que contam com uma gama de equipamentos de infraestrutura, incluindo rotea-dores Platinum, multiviewers HView SX Pro, sincronizadores de quadro/conversores X50 e plataformas modulares centrais de processamento 6800+, tudo controlado por painéis de controle de rede Nucleus.

O Versio combina vídeo baseband, branding de canal, e recursos de fluxo de trabalho automatizados em uma solução fácil de implementar, baseada em software, e com um único rack (RU)

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Media Composer 6.5 fluxo de trabalho


A Avid anunciou na IBC 2012 o lançamento das ferramen-tas para edição Media Composer 6.5, Symphony 6.5 e NewsCutter 10.5, que proporcionam fluxos de trabalho rápidos e abertos, para melhorar o desempenho na edi-

ção. As novas versões do Media Composer e NewsCutter também são as primeiras a trabalhar em conjunto com o Interplay Sphere da empresa, para dar suporte à conectividade universal e produ-ção em colaboração. Com isso, os usuários tem a liberdade de trabalhar em ambientes distribuídos, que se estendem por vários locais e fusos horários. Com suporte para novos padrões que aju-dam a agilizar o mastering e arquivamento de mídia, além de no-vos recursos de áudio e capacidades de religação, estas últimas versões permitem que os clientes possam aumentar a criatividade e produtividade de suas equipes.

Soluções de fluxo de trabalho baseados em ativos A Avid lançou uma série de novos avanços fundamentais em solu-

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ções integradas para fluxos de trabalho avançados baseados em ativos. Ao abranger a produção distribuída, gestão de mídia e ar-mazenamento, a empresa está demonstrando como os clientes que trabalham em TV, notícias, esportes e pós-produção podem produ-zir e distribuir conteúdo de alta qualidade de forma mais eficaz.Entre essas soluções se encontra o Interplay MAM Active Archive, um pacote de soluções que proporciona a tecnologia Interplay MAM para suportar fluxos de trabalho em torno de capacidades básicas de arquivamento. O Interplay MAM Active Archive, que consiste em um software, automação de fluxo de trabalho, integração de parceiros e serviços profissionais, permite aos produtores de mídia personalizar o sistema para atender às suas necessidades, aumentar o fluxo de trabalho e acrescentar novidades ao sistema de forma fácil.

Soluções para redaçõesEntre as novidades para as redações de notícias está o Interplay Sphere, uma solução que ajuda os jornalistas a escrever, editar e produzir reportagens em qualquer lugar. Com a conectividade do Interplay Sphere, o software NewsCutter ou Media Composer e um notebook, as operações podem ser realizadas por um custo muito menor do que o de uma unidade móvel tradicional. Alguns dos principais benefícios do Interplay Sphere incluem aces-so/conexão bidirecional simples que permite que editores e repór-teres de campo possam editar histórias completas e com segurança a partir de qualquer local; e fluxos de trabalho simplificados, que automaticamente administram a transcodificação, carga e registro de entrada em qualquer sistema Avid Interplay que está conectado.

Pro Tools HD Na parte de áudio, foi apresentado o novo Pro Tools HD Native Thun-derbolt, que oferece a menor latência e alta qualidade de som a partir de qualquer estação de áudio sobre host para CPUs com a tecnologia Thunderbolt. A interface Pro Tools HD Native Thunderbolt fornece as ferramentas padrões de Pro Tools HD e as interfaces de qualidade da série Pro Tools HD a um grupo maior de clientes: aqueles que usam um laptop ou outro equipamento com conexão Thunderbolt.Com essa conectividade por Thunderbolt, essa interface dá aos produtores e engenheiros de som uma qualidade de som melhor, baixa latência e potência do premiado Pro Tools HD Native em um sistema de hardware para dispositivos portáteis, que se conecta às interfaces da série Pro Tools HD (como HD OMNI e HD I/o) para capturar e monitorar o áudio com clareza. Além disso, os clientes podem facilmente monitorar mixagens usando a saída de fone de ouvido de qualidade profissional integrada à interface.

A interface Pro Tools HD Native Thunderbolt fornece as ferramentas padrões de Pro Tools HD e as interfa-ces de qualidade da série Pro Tools HD a um grupo maior de clientes: aqueles que usam um laptop ou ou-tro equipamento com conexão Thunderbolt.

Distribuidor

vsn_panorama_outubro_2012.pdf 1 22/10/12 14:35


Blackmagic continua apostando na Blackmagic


A pequena Blackmagic Cinema Camera foi um estrondoso anúncio na NAB deste ano, e na IBC2012 ela continuou chamando a atenção do público. Após ouvir pedidos do mercado, a Blackmagic Design anunciou a segunda ver-

são da câmera em menos de um ano, a Blackmagic Cinema Camera MFT. “Quando lançamos a versão EF da câmera, nossos objetivos eram simples”, afirmou o presidente da emrpesa Dan May durante o evento. “Nós queríamos ter a sensação e qualidade de cinema em DSLR. E a câmera foi bem recebida. Agora, os clientes querem a montagem de lentes Micro Four Thirds (MFT), assim eles terão uma seleção ainda maior de lentes quando estiverem filmando”. A Blackmagic Cinema Camera MFT é idêntica ao modelo EF, mas não inclui a comunicação da lente, exigindo lentes manuais. Outras características incluem um sensor de 2.5K, 13 opções de alcance dinâmico, SSD integrado para gravação de alta largura de banda de vídeo RAW, formatos de arquivos abertos compatíveis com Ci-nemaDNG 12-bit RAW, ProRes, da Apple, e DNxHD, da Avid. Além disso,ela tem suporte para captura de resolução 1080HD em 23.98, 24, 25, 29,97 e 30 fps, e uma conexão Thunderbolt, que permite captura da câmera via software Media Express e monitoramento de forma de onda ao vivo através do software incluído UltraScope, também da Blackmagic. Uma cópia completa do software DaVinci Resolve 9.0 está inclusa na compra de um modelo, que estará dis-ponível em dezembro por US$ 2995.O lançamento era um dos destaques do estande da Blackmagic, e criou uma situação inusitada, com a câmera sendo acoplada a lentes de diferentes marcas e tamanhos, muitas vezes três vezes maiores que a Blackmagic Cinema Camera MFT.Outro importante anúncio da Blackmagic Design na IBC foi relacio-nado a tecnologia 4K. A empresa lançou o UltraStudio 4K, um dis-positivo para captura e reprodução baseado em Thunderbolt com suporte completo para 4K, duplo fluxo 3D para captura e reprodu-ção, arquitetura de hardware de 10 bits, dual link de 3 Gb/s SDI, entre outros, e que estará disponível em novembro. O UltraStudio 4K é uma unidade de rack única com uma vasta gama de conecto-res traseiros. O painel frontal é um design de alumínio usinado que possui um LCD a cores, entrada de vídeo e áudio. A fonte de alimen-tação é integrada, eliminando a necessidade de um plug externo, e o painel traseiro inclui praticamente todos os tipos de conexão de vídeo e áudio que existem usando conectores padrão. Também relacionado ao 4K é o DeckLink 4K Extreme, mais novo cartão de reprodução PCI Express, com monitoramento 4K que es-tende a qualidade de vídeo da família DeckLink, graças ao dual link de 3 Gb/s SDI que permite quatro vezes mais resolução de um vídeo HD, usando apenas dois cabos BNC SDI. A conexão dual link de 3 Gb/s SDI para 4K é um novo padrão de vídeo que está sendo lança-da pela Blackmagic Design, pegando as antigas conexões quad Link HD-SDI para reduzir o número de cabos e pontos de cruzamento de roteador necessários para encaminhar os sinais 4K.Por fim, a empresa lançou o Mini Converter SDI para HDMI 4K, um conversor quad link HD-SDI para HDMI 4K, que também trabalha

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com conexões Dual Link 3 Gb/s SDI 4K e permite o monitoramento usando os novos dispositivos HDMI 4K. Já o Mini Converter SDI Multiplex oferece quatro entradas e quatro saídas SDI, para a con-versão de e para os sinais Quad Link HD-SDI e Dual Link 3 Gb/s SDI 4K. Ambos estarão disponíveis em novembro.Com a introdução de um número tão grande de produtos na IBC, May afirmou que os produtos estavam prontos, então não havia necessidade de adiar sua estreia para a NAB do ano que vem. “Nos-sa empresa está em uma missão para fazer ótimos produtos e con-tinuar a empurrar as fronteiras da tecnologia”, disse.

A empresa lançou o UltraStudio 4K, um dispositivo para captura e reprodução baseado em Thunderbolt com suporte completo para 4K, duplo fluxo 3D para captura e reprodução, arquitetura de hardware de 10 bits, dual link de 3 Gb/s SDI, entre outros

O lançamento da Blackmagic Cinema Camera MFT era um dos destaques do estande da Blackmagic, e criou uma situação inusitada, com a câmera sendo acoplada a lentes de diferentes marcas e tamanhos, muitas vezes três vezes maiores que o dela.

20 anos

Este é um grande ano para a Autodesk, que usou a IBC para lançar o sof-tware Autodesk Flame 2013, edição do vigésimo aniversário. O novo software é parte do Autodesk Flame Premium 2013, um conjunto de ferramentas de software que integra efeitos visuais, editoriais e gradu-

ação de cor em tempo real. A nova edição simplifica tarefas complexas e me-lhora a velocidade com um novo espaço de trabalho, integração com timeline editorial e modelo de GPU.Os visitantes da feira puderam assistir a demonstrações do Flame completa-mente redesenhado. Maurice Patel, gerente de indústria e entretenimento da empresa, revelou que o Flame 2013 integra vários trabalhos que a Autodesk vem fazendo nos últimos anos. “Alguns anos atrás, nós introduzimos o Flame Premium porque vimos essa tendência em alta nos negócios, onde as coisas eram mais baseada em projetos”, disse Patel.” Artistas de efeitos especiais ti-nham de lidar com mais partes do projeto, e exigiam um conjunto de ferra-mentas que lhes permitisse integrar todos os serviços high-end. Ficou claro que eles precisavam de uma maneira diferente de contar histórias visuais, e o Flame foi desenhado por conta disso”. Também na IBC, a Autodesk mostrou o novo Smoke para Mac. Segundo a empresa, milhares de pessoas já baixaram a versão teste, e a Autodesk emitiu uma nova versão durante a IBC, adicionando novas funcionalidades baseadas nas sugestões dos clientes. “Um mercado mais amplo editorial é algo novo para nós, e não estávamos acostumados a tratar com ele”, disse Patel. “Que-ríamos mostrar que somos sérios e queríamos uma maneira de interagir com a comunidade e os líderes dessa comunidade”. A versão completa do Smoke para Mac está prevista para ser lançada até o final deste ano.


A Autodesk também mostrou o novo Smoke para Mac e milhares de pessoas já baixaram a versão teste

O novo software é parte do Autodesk

Flame Premium 2013, um conjun-to de ferramentas

de software que integra efeitos

visuais, editoriais e gradação de cor

em tempo real


Miranda incorpora produtos Telecast Fiber Systems


A grande novidade da Miranda este ano foi a sua aquisição pela Belden ainda no primeiro semestre. Segundo Denis Suggs, vice-presidente executivo da Belden América, ela está finalizada e o nome e marca da Miranda serão man-

tidos. Durante a coletiva de imprensa da empresa no IBC, Suggs destacou o crescimento significativo da Belden nas áreas de cabo, redes e conectividade em negócios vitais relacionados com trans-porte, energias alternativas e broadcast.Após a sua entrada para o grupo Belden, a Miranda ganhou uma nova linha de produtos. A Telecast Fiber Systems, que também foi recentemente adquirida pela Belden, foi incorporada à Miranda e vira uma linha de produtos da empresa. “Pudemos expandir nos-sa linha de produtos, já que a Telecast tinha produtos na área de unidades móveis e produções externas que irão complementar a linha de multiviewers e switchers da Miranda. Teremos recursos ex-clusivos quando integrados aos produtos Telecast”, afirmou Strath Goodship, agora presidente da Miranda.Um dos resultados dessa incorporação foi lançado durante a fei-ra. O Thunder é uma solução de fibra óptica que busca um ótimo custo-benefício, e é compacta e versátil para transporte de áudio, intercom e dados em produções móveis, infraestruturas de broad-cast e aplicações para som ao vivo. Usando apenas um ou dois fios de fibra e 1 RU de espaço, o sistema de transporte escalável Thunder transporta até 80 canais bidirecionais de áudio, dados e/ou sinais de intercomunicação, configurável em até dez blocos de oito canais. A estrutura de 1 RU em cada extremidade da ligação fornece todo o áudio I/O em conectores DB25, com dados sobre conectores DB26HD.

NVISION 920 e 8140A Miranda também trouxe para a IBC 2012 novidades na linha NVI-SION. O NV920 1RU é projetado especificamente para controlar ro-teadores da Miranda e de terceiros em aplicações de broadcast com restrições de espaço, e inclui fontes de alimentação redundantes e opções de configuração flexíveis, servindo para produções em vans e estúdios de pequeno porte. O NV920 funciona como um único controlador que pode ser facilmente atualizado em externas para controle redundante, com a adição de um segundo módulo de controle. Os módulos do aparelho podem ser substituídos pela sua parte da frente, eliminando a necessidade de acessar a parte traseira da unidade para retirar cabos, fios ou parafusos. Isto per-mite mudanças rápidas de módulos adicionais ou de reposição em tempo real, sem interrupção do serviço.Já o NVISION 8140 é a mais recente adição à série de roteadores NV8500 Enterprise Class, trazendo um novo suporte para rotea-mento híbrido de áudio/vídeo com padrão coaxial ou conectividade de fibra através de uma matriz retangular 144x288, todos alojados em apenas 8RU. Assim como o NVISION 920, este roteador é uma opção ideal para veículos de produção móveis e estúdios menores. Ele inclui redundância crosspoint que protege todos os caminhos do sinal, incluindo saídas multiviewer. O dispositivo suporta 3Gbps, HD, SD, DVB-ASI e processamento de áudio integrado, e, graças a sua conectividade de fibra, também suporta CWDM. Protocolos de controle de terceiros também estão disponíveis para uma fácil integração em infraestruturas existentes.

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O nome e marca da Miranda irão ser mantidos e a empresa passará a contar com a linha de produtos da Telecast

Após sua entrada para o grupo Belden, a Miranda recebe uma nova linha de produtos. A Telecast Fiber Systems, que também foi recentemente adquirida pela Belden, foi incorporada à Miranda e vira uma li-nha de produtos da empresa

O NV920 1RU é projetado especificamente para con-trolar roteadores da Miranda e de terceiros em aplica-ções de broadcast com restrições de espaço, e inclui fontes de alimentação redundantes e opções de confi-guração flexíveis, servindo para produções em vans e estúdios de pequeno porte


Chyron aposta no uso de mídias sociais com SHOUT


Fazendo a sua estreia europeia na IBC 2012, o SHOUT é um aplicativo de software independente que permi-te que as emissoras adicionem comentários de mídia social a suas transmissões ao vivo de forma rápida e

fácil. Ele dá a um ou mais usuários a capacidade de monito-rar, selecionar, ajustar e encaminhar conversas de mídia social para sistemas gráficos no ar ou para armazenamento para uso posterior. O usuário pode adicionar, remover e autenticar múl-tiplas contas de mídia social a partir de fontes como Twitter,

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Facebook e RSS, cada qual com seu próprio controle de repro-dução, configurações de reprodução e filtros.Também foi apresentada plataforma para segunda tela e TV social Engage. Ela dá às emissoras a capacidade de adicionar interatividade com os telespectadores, como enquetes, vota-ções e batalhas de tweets em seus noticiários ao vivo e pro-gramação esportiva, junto com infográficos. O Engage pode ser integrado com parceiros de segunda tela popular e de da-dos sociais, eliminando a necessidade de integração persona-lizada, mantendo os fluxos de trabalho de rotina. Por fim, a Chyron apresentou novos recursos de mapeamento e gestão para o Axis World Graphics. O sistema de mapeamen-to recentemente aprimorado proporciona uma experiência mais interativa para os produtores, com processamento mais rápido e recursos novos. Várias outras novas funcionalidades foram recentemente introduzidas, incluindo gestão de pedi-dos eletrônico totalmente integrado, gerenciamento de ativos e integração com Final Cut Pro e Adobe Premiere Pro.

O SHOUT dá a um ou mais usuários a capacidade de monitorar, selecionar, ajustar e encaminhar conversas de mídia social para sistemas gráficos no ar ou para arma-zenamento para uso posterior

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201210 Panorama Outubro 2012 - Xpect.pdf 1 22/10/12 10:54

Reportagem > Codificação

Captação e pós-produçãoO uso do 4K e 8K deu maior liberdade de criação aos produtores e tem facilitado a restauração de filmes.

Página 62

por Fouad Matuck

exigências de alto padrão de qualidade. Esse último tema, tratado com mais cui-dado por Hugo Gurgel, da Quanta Post.A diretora de fotografia Vica Nabuco, da Lux Rio, apresentou de-talhes técnicos do filme “O tempo e o vento”, dirigido por Jayme Monjardim e Affonso Beato. A grande revolução da filmagem foi o uso da câmera Sony F65 que garantiu uma gravação a 16 bits linear, 4K (4096 x 2160) a 60 fps. Durante a gravação foram utili-zados cartões de memória com um Terabyte, já compatíveis com o modelo F65. Uma das novidades e diferencias do equipamento apontada por Vica é o sensor CMOS com uma estrutura de amostragem de co-res bem mais rica do que os modelos anteriores. Vica exibiu um gráfico com as respostas da iluminação e das cores, indicando que a F65 faz uma grande cobertura do espectro de cores, supe-rando inclusive o tradicional “print film”.

Pós-produçãoHugo Gurgel também apresentou algumas aplicações das tecno-logias 4K e 8K na pós-produção do cinema. Segundo Gurgel, o 8K é muito útil para a restauração, por exemplo, já o 4K possibilita a criação de DCP (2K ou 4K), masters HDCAM SR e HDCAM. Ele apresentou o caso do filme “Lisbela e o prisioneiro”, em SD, de 2003, que foi re-masterizado para 4K. Outra aplicação do recurso foi a melhora do resultado do recorte, com o 4K, em “Somos tão jovens”. Nesse filme, pode-se alterar o enquadramento (zoom) a pedido pelo diretor e gerar efeitos com muita segurança.

Celso Araújo, TV Globo-SET, mediou a mesa Produções e Produtoras na SET 2012. Dentre os principais assuntos discutidos foram o workflow de captação e pós-produ-ção do primeiro filme em 4K feito no Brasil: “O tempo e

o vento”; a apresentação sobre produção de conteúdos publici-tários interativos em Smart TV e web, por Ricardo Godoy e Rafael Bueno da ITBN; e os desafios dos efeitos visuais na publicidade e cinema brasileiros, em um contexto de restrição de orçamentos e

A câmera F65 vem sendo usada com sucesso nas gravações do filme “O tempo e o vento”, dirigido por Jayme Monjardim e Affonso Beato

Para Hugo Gurgel, da Quanta Post, a tecnologia 8K é muito útil para a restauração de filmes

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Massa TX: 1,9 Kg / RX: 2,5 Kg

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energia_outubro_2012 (2).pdf 1 22/10/12 14:44


Na mesma sessão deste seminário, Ricardo Godoy e Rafael Bueno da ITBN foram responsáveis por uma longa apresentação sobre a produ-

ção de conteúdos publicitários interativos em Smart TV e web. Godoy começou comentan-do o iPod como modelo de negócio. Segun-do ele, o sucesso do dispositivo serve como referência para se pensar o futuro da TV Digi-tal. Em 2001, o formato MP3 já existia há seis anos, com diversos players (hardware) no mercado, além de HDs menores com maior capacidade que o dispositivo. Então por que o iPod deu certo em termos de modelo de negó-cio? Para ele, uma combinação de sucesso é a resposta: o iPod condensava software, usabi-lidade e design. Segundo Godoy, daí surgiram os parâmetros para se pensar as ferramentas e soluções para a TV Digital. Para ele, antes do iPod, as pessoas não conseguiam encontrar facilmente uma música dentre as milhares que possu-íam. Um disco clicável resolveu o problema. Tal iniciativa uniu grande capacidade e usabilidade amigável. Ou seja, uma combi-nação muito acertada entre software e hardware.

Integração e publicidadeRicardo Godoy trouxe vários exemplos de modelos de ne-gócios para a publicidade na TV interativa. No caso de um programa de receitas, por exemplo, ele sugere a inserção de uma tela overlay à direita da principal, com cada ingrediente destacado individualmente e com detalhes de uso na receita e possibilidade de aquisição em uma loja “parceira” do pro-grama. Outro exemplo seriam as “Dicas culinárias Brastemp” para impulsionar a venda de produtos.Godoy comentou a aplicação da publicidade na TV Digital du-rante a exibição de shows. Citou um exemplo: “Ivete Sangalo no Maracanã”. Além do DVD da artista, uma parceria com a Magazine Luiza permitiria comercializar itens relacionados à programação, como aparelhos de som e laptops.Outra aplicação é o futebol. A empresa sugeriu a interação do jogo com a rede social Twitter. Em barra lateral à direita, os teles-pectadores/ internautas poderiam comentar a partida e também as “ofertas relâmpagos” de empresas parceiras, como a Netsho-es.com, que ofereceria camisas dos times em campo. A publi-cidade seria exibida em forma de pop-up com o botão fechar, opcional. Quem comprar também pode interagir com a exibição da partida, formando a “Torcida Netshoes”. A empresa também sugere a criação de páginas interativas para os clubes. Nelas, entrariam ferramentas de publicidade interati-va envolvendo os patrocinadores do time ou anunciantes espe-cíficos em divulgar produtos no site da empresa. Trata-se de uma ampliação de modelo de negócio e captação de recursos para os clubes e mídias.

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Outra aplicação possível destina-se ao segmento de moda e beleza. Um site, intitulado “Camarim, M de mulher” traria vídeos de conteúdo interativo com dicas de maquilagem e estilo. Também em uma barra lateral à direita estariam todos os produtos usados no vídeo, que poderiam ser adquiridos pelos usuários.

Nova experiência Godoy e Bueno apresentaram ainda exemplos de como evo-luir a experiência de se assistir à televisão. Entretanto, Godoy faz um importante alerta: “Não basta ser uma TV com browser. É a evolução do conceito de assistir à TV”. Nesse sentido, ele defende a união da tecnologia e da emoção, acrescentando “a inteligência da internet ao entretenimento da TV”. Num país em que o consumo de conteúdo é voltado à televisão, com o advento da internet na TV, essa mídia será, para Godoy, “o cen-tro total de convergência e comunicação, integrando diversos aparelhos, como tablets, celulares e computadores”. Para ele, isso é apenas o início de um modelo de negócio que abrirá uma série de oportunidade de marketing estratégico e de ne-gócios, ligando marcas a pessoas.Assim, surgem, conforme o executivo, novas demandas de ge-renciamento de publicidade. A primeira se refere à audiência. Para Roberto, será possível, por exemplo, auditar os canais que os consumidores estarão assistindo em tempo real e analisar hábitos de consumo. Também será possível estabelecer uma “presença digital” e estar em muitos canais ao mesmo tempo, a chamada “estratégia de navegação anti-canal”.O retorno de investimento também é outro ponto a ser avalia-do. Nesse modelo, a TV passa a ter recursos da internet. Usando identificações de IP ou tecnologia similar, é possível quantificar

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Reportagem > CodificaçãoReportagem > Codificação

os resultados de promoções, interações, volume de compras e a relação consumidor/ fidelidade.Desse modo, surge o conceito de social TV, com a criação de vários serviços em tempo real dentro dessa nova comunidade

para gerar negócios e movimentos culturais. A ideia é que a TV na internet seja Smart. Por exemplo, como a plataforma de geração de receitas foi criada ao redor de Apps para smartpho-nes, novos tipos de negócios podem surgir dessa onde de opor-tunidades a partir do conceito de FingerON: Apps inteligentes criados para a experiências de TV, patrocinados por marcas ou apenas como novas experiências em produtos, games, servi-ços, informação etc.Em termos de gerência de negócio, Godoy alerta que os investi-mentos de publicidade sempre estiveram e estarão na caixa (har-dware): rádio, TV, computador, game (console) celulares, tablets etc. E a TV conectada é a nova caixa do momento. Chegou ao Brasil em 2010 e hoje já representa 17% dos televisores produ-zidos no país. Segundo projeções da empresa, em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, a TV conectada no Brasil atingirá o patamar de 14 milhões de aparelhos, gerando os maiores índices de audiência que qualquer outra mídia. Em termos de comparação isso representaria: 11,6 edições da revisa Veja, a mais vendida nacionalmente; 26 pontos de audi-ência (a média do Jornal Nacional, programa mais assistido da TV brasileira) e 170 Maracanãs lotados (capacidade para 82.236 pessoas). Nesse mesmo período, os gastos com publicidade na internet devem triplicar. Hoje estão na casa dos 2,39 bilhões de reais. Até 2014 devem atingir 7,18 bilhões, conforme estudos da rede Bloomberg.

Sobre a TV conectada: “Não basta ser uma TV com browser. É a evolução do conceito de assistir à TV”, defende Ricardo Godoy


HEVC, Super Hi-Vision e o futuro do broadcastAlgumas sessões da SET 2012 foram dedicadas ao futuro da radiofusão, com mais resolução e interação, e novas formas de codificar e transmitir

Página 68

por Fouad Matuck

Para Pagliari, o novo padrão de codificação pode trazer o fim do vídeo entrelaçado. Ela afirma que já há pouco conteúdo desse tipo sendo produzido, os displays são progressivos e o HEVC não apresenta ferramentas até o momento para vídeo entrelaçado, disponibilizando apenas sinalização de suporte a este tipo de ví-deo. O HEVC deverá ser em 4K e 8K, em 3DTV (com extensões do HEVC) e com displays maiores, gerando, consequentemente, re-soluções mais altas, taxas de bits mais altas e compressão mais eficiente. Especula-se que produtos implementando o HEVC de-vam estar disponíveis em 2014 ou 2015.

VariaçõesEm relação à sua complexidade computacional, o padrão HEVC apresenta três modelos: LC (low complexity), HE (high efficiency) e LD (low delay). No sistema LC, os decodificadores HEVC ten-dem a serem menos complexos do que os do AVC para este modo. No sistema HE há alto custo de processamento para os codificadores e decodificadores devido às ferramentas. E no sis-tema LD espera-se um bom desempenho tanto dos codificadores quanto dos decodificadores devido à ausência do reordenamen-to e da menor complexidade das ferramentas. Pagliari ainda relatou o documento JCTVC-JO466, que aponta o de-

A nova geração de padrão de codificação de vídeo, HEVC (High Efficiency Video Coding), um projeto colaborati-vo entre o ITU-T Video Coding Experts Group (VCEG) e a ISO / IECE Moving Picture Experts Group (MPEG), foi

o tema apresentado pela engenheira Carla Pagliari, do Instituto Militar de Engenharia – IME, na SET 2012. A engenheira começou citando a organização “Future of Broadcast Television”- FoBTV, cujo objetivo é unificar a nova geração de sistemas de broadcast, especificamente de TV. Isso porque os integrantes do FoBTV en-tendem que a radiodifusão terrestre é a maneira mais eficiente de utilização do espectro para difundir conteúdo em tempo real. A especialista destacou os requisitos básicos para que esse novo padrão de radiodifusão terrestre possa se consolidar: aplicabili-dade para dispositivos móveis, conexão à internet, uso de ultra HDTV e emprego de novos codificadores.A engenheira assinalou ainda tendências e demandas relativas ao HEVC para os próximos anos. Para ela, se em 2012 temos alta definição e imagens estéreo, distribuição por satélite, cabo, wi-reless (broadcast), espectadores e dispositivos móveis (tablets, smartphones etc), nos próximos anos teremos ainda mais pro-dutos em 1080p, 4K ou 8K, 3DTV, opção de múltiplas visualiza-ções, maior profundidade de bits (10-bit, 12-bit) e 4:4:4.

O sistema SHV foi testado durante as Olimpíadas de Londres e também será testado no Brasil nos próximos anos


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Demodulador ISDB-TbDemodulador ISDB-Tb

DMB-2-ISDBTRF IN LAN DVB-ASI OUT DVB-SPI OUT

DMB-2-ISDBT pode produzir BTS (Broadcast Transport Stream)DMB-2-ISDBT pode ser utilizado para link de backup de TTL

Quando o sistema de transferência de microwave quebra, o backup com DMB-2-ISDBT pode ser muito útil. O DMB-2-ISDBT recebe RF de broadcast que era transmitido por transmissor prévio. E o modulador do transmissor usa o BTS que é emitido pelo DMB-2-ISDBT no lugar do BTS do sistema de transferênciado microwave.

Tipo DC (12V)

Tipo AC (100-240V)

Backup de TTL (Transmitter Transmitter Link)

TV station

STL(Studio Transmitter Link)

TTL

TTL

TTL

Error(Transmitter Transmitter Link)

TTL

MicroWave Rx BTS

BTS

MOD TxDMB-2-ISDBT

TransmitterA

TransmitterB

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Transmitter D

Transmitter E

Traffic_Panorama-Out2012.pdf 1 22/10/12 19:00

sempenho do HEVC para vídeos entrelaçados como inferior ao do AVC e suas ferramentas MBAFF/PAFF. No HEVC, tanto para displays como para câmeras, há uma tendência para a varredura progressiva, pois para aplicações high-end o vídeo progressivo é muito superior.

Experiência na NHKO executivo da TV japonesa NHK Kenichi Murayama apresentou a tecnologia de transmissão para a próxima geração do ISDB-T. A NHK está pesquisando e desenvolvendo o chamado Super Hi--Vision, que é voltado para as transmissão de alta capacidade no âmbito da radiodifusão digital terrestre. Conforme relatou Murayama, a NHK já realizou testes de campo bem sucedidos, transmitindo dados broadcast com 91 Mbps em um único canal de 6 MHz. Este sistema faz uso de modulação mul-tinível OFDM e antenas com dupla polarização. A ideia da empresa agora é transmitir o sinal Super Hi-Vision, aplicando o esquema de transmissão “bulk”, usando dois canais de televisão na banda UHF.Para o representante da NKH, o Super Hi Vision traz ganhos sig-nificativos para o futuro da TV, sobretudo com relação à sensa-ção de realidade. Os efeitos disso seriam: sensação mais “forte” de realidade, como se “você estivesse lá” e mais animação para programas ao vivo. Nesse contexto, a NHK procurou fazer uma análise física e psicológica desses efeitos.

Tecnicamente, se comparados os sistemas HD e Super Hi-Vision apresentam as seguintes distinções: HD 1080 x 1920 pixels, 16:9 de proporção de tela, 3H de distância de visualização padrão, 30 graus de ângulo padrão de visão e sistema de som de 5.1 canais de áudio. Enquanto que o sistema Super Hi-Vision apresentaria 4320 x 7680 pixels, 16:9 de proporção de tela, 0.75H de distância de visualização padrão, 100 graus de ângulo padrão de visão e 22.2 canais de áudio.

Inovações e tendênciasA japonesa NHK também trouxe o engenheiro Takayuki Ito para fa-lar sobre a tecnologia Super Hi-Vision. Ito confirmou que o plano da NHK é combinar a televisão com novos serviços em 2013, no cha-mado Hybridcast, e em 10 anos ter o Super Hi-Vision em atividade. Ele também afirma que logo depois surgirá a chamada imagem es-pacial, com reprodução natural e confortável de imagens 3DTV em altíssima resolução. É o que emissora define como sistema 3DTV “google-free” e “fatigue-free” (sem cansaço para os olhos).A reprodução da imagem 3DTV espacial se formará entre o visu-alizador e a tela por meio de um grupo de raios que criarão uma imagem “real”, que não precisa de óculos para ser vista. Estas imagens 3D serão exibidas de acordo com os pontos de visão.

Channel 4Outra colaboração para a discussão sobre o futuro da TV Digital veio com Anna Cronin, do Canal 4 de Londres. O Channel 4 come-çou a funcionar em 2 de novembro de 1982. É um canal público, mas que não recebe qualquer fundo público. O canal atua na área de televisão, filme e mídia digital e se consolidou na como uma quarta via, além dos canais públicos da BBC e o canal privado ITV.Segundo Cronin, o sucesso do canal está centrado em três eixos:

Para a engenheira Carla Pagliari, do Instituto Militar de Engenharia, os requisitos básicos para que o novo padrão de radiodifusão terrestre proposto pelo con-sórcio FoBTV possa se consolidar são: aplicabilidade em dispositivos móveis, conexão à internet, uso de ultra HDTV e emprego de novos codificadores

Pagliari prevê para os próximos anos uma pro-dução intensa em 1080p, 4K ou 8K, 3DTV, com maior profundidade de bits (10-bit, 12-bit) e amostragem 4:4:4.Para ela, vídeo entrelaçado está com os dias contados

Nos EUA, a ESPN tem mais de 6.500 fãs que assistem jogos ao vivo por IP

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DMB-2-ISDBT pode produzir BTS (Broadcast Transport Stream)DMB-2-ISDBT pode ser utilizado para link de backup de TTL

Quando o sistema de transferência de microwave quebra, o backup com DMB-2-ISDBT pode ser muito útil. O DMB-2-ISDBT recebe RF de broadcast que era transmitido por transmissor prévio. E o modulador do transmissor usa o BTS que é emitido pelo DMB-2-ISDBT no lugar do BTS do sistema de transferênciado microwave.

Tipo DC (12V)

Tipo AC (100-240V)

Backup de TTL (Transmitter Transmitter Link)

TV station

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inovação, experimentação e distinção. O canal produz conteúdo independente com o apoio de agências digitais e em parceria com 300 companhias que a apoiam.Para a editora, o contexto de convergência exigiu algumas mu-danças na emissora, tais como: reestruturação dos negócios para integração das divisões digitais; criação de um fundo para Novos Formatos de Convergência (2 milhões de libras) e apro-fundar a relação com seus espectadores, investindo em ideias, aplicativos e conceitos criativos para a nova geração de TV e ou-tros dispositivos conectados.As aplicações realizadas pelo canal 4 e demonstradas na SET 2012 se referem a telejornalismo, “Tailored TV News Curator”, en-tretenimento (programa de decoração) “3D Exploration” e espor-tes “The Paralympics – London 2012”. Conforme explicou Cron-nin, o sucesso desses experimentos se deu por saber bem quem são seus usuários, conhecer seus contextos – onde eles estarão, o que eles querem de conteúdo e como eles querem acessar o serviço (a partir de qual dispositivo, fixo ou móvel).

ESPNRob Hunter, diretor de tecnologia e inovação da ESPN, apresen-tou algumas características do conceito de inovação para produ-ção e distribuição de mídia. Segundo ele, o foco do time da ESPN é identificar oportunidades para tecnologia de inovação, work-flow e modelo de negócio. Para Hunter, inovação não significa aquilo que é novo, melhor, nem criativo, tampouco uma inven-ção. Para a equipe da ESPN, a inovação deve aplicar tecnologia e

criar processos e produtos que otimizem os negócios; produtos e ou processos que impactem positivamente no modelo de negó-cios e desenvolver linhas de novos negócios que complementem os que já existem e mudar o status quo. Hunter estabelece seis peças para tornar isso uma prática em seu workflow, automatizando ferramentas: programas, ingest, proteção, edição, exibição e arquivo. Para o executivo, a pa-dronização de software para cada uma dessas funções elimina enormes quantidades de operações técnicas, otimizando muito o workflow. Hunter disse que esses avanços de produção deverão ser trazidos para o Brasil nos próximos dois anos. O modelo de negócios da ESPN gerou um impacto muito posi-tivo nos EUA, onde o streaming por IP aumentou, com mais de 6.500 fãs que assistem jogos ao vivo.

Aqui podem ser vistas as antenas de transmissão e recepção com dupla polarização utilizadas pela NHK nos testes com o Super Hi-Vision

Kenichi Murayama, da TV japonesa NHK, rela-tou que a emissora já realizou testes de campo bem sucedidos, transmitindo dados a 91 Mbps em um único canal de 6 MHz. O sistema faz uso de modulação multinível OFDM e antenas com dupla polarização

Takayuki Ito, da NHK, aguarda para o ano que vem a consolidação do conceito HybridCast, que combina a TV com broadband. Segundo Ito, na próxima década já estarão disponíveis telas que praticamente materializam as imagens na sala de estar, sem exigir óculos ou cansar a visão

Reportagem > Caminhos do rádio

O desafio das multiplataformasEncontro promovido pelo SET apresenta os caminhos trilhados pelo rádio para cativar a audiência nas novas mídias. Setor aguarda posição do Governo para migração do AM para os canais 5 e 6, que devem ser liberados pelas emissoras de TV analógicas.

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por Cíntia Furtado Gaio

Na edição de 2012 da Broadcast & Cable, o Seminário “Multiplataformas para o rádio” reuniu profissionais do rádio, que discutiram as ações e caminhos possíveis para enfrentar os desafios das vária plataformas dispo-

níveis para o consumo de mídia. Rodrigo Neves, presidente da AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Esta-do de São Paulo) e da Rede Bandeirantes, presidiu a mesa que contou com a participação de Lígia de Araújo, gerente de marke-ting da Transamérica, José Barbedo, assessor da Apoio Técnico, e José Vandoros, da Rede Band.A AESP aproveitou o seminário para oficializar o acordo com o Ministério das Comunicações para a realização dos testes efeti-vos para a ocupação dos canais 5 e 6 pelas rádios AM. Foram re-alizadas duas reuniões com o Ministério, que também contaram com a participação do CPQD (Centro de Pesquisas e Desenvolvi-mento em Telecomunicações) e da ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), que resultaram no acordo. A AESP pretende formar um grupo de trabalho com represen-tantes destas entidades e iniciar os testes em laboratório e no ar.

Os novos receptores lançados no mercado internacional mantém o visual, mas já incluem Wi-Fi para sintonizar as web rádios e integração com outros dispositivos

O painel contrastou com o seminário promovido pela B&C na manhã daquele mesmo dia, em que foram discutidos os padrões a serem adotados para a digitalização do rádio. Enquanto a dis-cussão sobre a digitalização se arrasta, os profissionais de ra-diodifusão mostraram ações desenvolvidas para captar e manter sua audiência no ambiente multimídia e de convergência digital.Lígia Araújo iniciou as discussões, apresentando as ações da Transamérica para trabalhar as multiplataformas. A profissional trabalha na Transamérica há 30 anos e acompanhou a história da empresa desde quando era composta por seis emissoras próprias, tendo vivenciando a expansão da Rede, que atingiu 65 emissoras de rádio, tornando-se a maior rede de rádio FM do país, assim como acompanhou a evolução tecnológica que per-mitiu a expansão do conteúdo da emissora para outras platafor-mas e a evolução para produtos correlatos (veja box).

O exemplo PandoraJosé Barbedo, o “Formiga”, tratou basicamente das web rádios e a maneira para se ganhar dinheiro no exterior com elas. En-


res dos anos 40, pois ela tem um catálogo mundial. Segundo José Barbedo, a Pandora cria uma rádio de acordo com o gosto musical do ouvinte, de forma a mantê-lo ligado nela. Se o ouvinte não quiser pagar para ouvir, pode receber a rádio de gra-ça, mas com os anúncios. A plataforma verifica frequentemente se o computador está sendo usado, e, se não há resposta, corta o

Durante o evento, a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo oficializou o acordo com o Ministério das Comunicações para a realização dos testes nos canais 5 e 6 (VHF), que poderão ser ocupados pelas rádios AM. A decisão está nas mãos do governo

tretanto, ele já questionou de início a possibilidade de fazer web rádio no Brasil, dada a capacidade de banda disponível: “Nós es-tamos pensando em oferecer a internet 30 Mega, enquanto nos EUA estão falando em oferecer a 1 Giga.” Diante deste cenário nos EUA, tornou-se viável a Pandora, que é o maior temor das rádios americanas. “Lá, eles mandam programação rádio via sa-télite para carros e residências, tem uma internet maravilhosa, por isto, a Pandora é a terceira rede de rádio mais ouvida, sem ter estação de rádio, pois é toda baseada na Web”, explicou. Nes-ta plataforma, o ouvinte pode criar a rádio do seu interesse, seja uma rádio de compositores de cinema, seja uma rádio de canto-

Com a excelente taxa de banda larga disponível nos EUA, “tornou-se viável a Pandora, o maior temor das rádios americanas. Ela é a terceira rede de rádio mais ouvida, sem ter estação de rádio, pois é toda baseada na Web”, explicou José Barbedo, da Apoio Técnico


streamming para economizar banda. Quando o ouvinte clica para responder que está online e manter o streamming, vê o anúncio.A Pandora veicula inclusive anúncios pornôs, mas permite que o ouvinte configure o tipo de anúncio que quer receber. A rádio também disponibiliza dados sobre o artista e a música que está sendo tocada, direcionando o ouvinte para a compra da música ou do CD no iTunes e obtendo um percentual da receita das ven-das. É uma forma de ganhar dinheiro com web radio.O ouvinte da Pandora permite que os seus amigos sigam o que um usuário está ouvindo. Esta interação faz com que a audiência cresça, ou o artista se popularize. A interação permite que cresça a divulgação dos artistas e das músicas nas redes sociais que, por consequência, aumenta os ouvintes da Pandora e faz com que os anúncios nela aumentem. As gravadoras mostram grande interesse pelas informações cap-tadas e estão pagando para obter feedback sobre o desempenho de seus artistas. Para mudar de “estação”, o ouvinte também é

No Brasil ainda não estão autorizados os receptores com acesso a web rádios como Rhapsody e Pan-dora. A variedade de modelos impressiona

Há modelos para todos os gostos...

obrigado a ouvir 30 segundos de comerciais. É uma estrutura bem feita para ganhar audiência e faturar dinheiro. A Pandora tem cerca de 278 milhões de ouvintes cadastrados, e isto sem estar no ar. Ela tem sessões de 600 mil ouvintes fazendo strea-ming simultaneamente. “São 600 mil pontos de venda”, diz Barbedo.

Rhapsody e perspectivas Todo este crescimento levou o Clear Channel – a maior rede de rádios abertas dos EUA – a criar uma concorrência, que é a Rhap-sody. Assim como a Pandora, ela só tem programações musi-cais, não informa nada, é uma rádio no sentido mais genérico. A Rhapsody pode ser ouvida em qualquer mídia, mas ela é paga e não tem anúncios. Em seu próprio site é possível fazer o down-load das músicas, pagando uma mensalidade. Os downloads da Rhapsody são os mais baratos disponíveis, e este é um produto que não é oferecido pela Pandora.Um fato importante é a possibilidade de ouvir a Rhapsody e a


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Pandora em receptores semelhantes ao rádio, só que são apa-relhos Wi-Fi. “Existe uma grande variedade destes receptores, inclusive para os carros. É uma grande ameaça para as rádios comuns, a qual o Brasil ainda está a salvo, pois não existe licença para elas”, completou Barbedo.Outra forma apontada para ganhar dinheiro com o rádio é o Ra-dio On Demand, da DAR, que permite gravar a programação do rádio para ouvir depois. É possível gravar vários programas para ouvir depois, mas este serviço é pago. “O interessante é que as rádios mais gravadas da DAR são as talk rádios, ou seja, as rá-dios faladas, que são rádios feitas aqui no Brasil”, disse.Barbedo aproveitou para criticar as emissoras de rádios que mostram os estúdios ao vivo, mas não tem cuidado com o que é transmitido, citando vários exemplos em que aparecem desde redações vazias a locutores bocejando. E concluiu, alfinetando a morosidade e a incerteza do processo de digitalização do rádio que, segundo ele, tem data para começar, mas não tem data para acabar: “Enquanto isto, vou ouvindo minha web rádio favorita”.No final do debate, entretanto, ao ser questionado se recomen-dava o investimento no rádio e em web rádio, Barbedo disse que aconselhava que se investisse em tudo, mas em primeiro lugar na rádio aberta. Justificou que o público atingido pela rádio aber-ta é enorme e o funcionamento da rádio é contínuo. No caso de uma tempestade, por exemplo, a rádio web sairá do ar, mas a rádio aberta, não. Para ele, embora a web rádio permita atingir comunidades distantes, é através da rádio aberta que será atingi-da a comunidade local. Por isto, ele recomendou que se investis-se na rádio aberta e também na web rádio, além de usar melhor os recursos disponíveis, como o RDS, e procurar saber como é possível oferecer novos produtos na internet. Finalmente, ele recomendou explorar novas estratégias e não fi-car esperando pela rádio digital, observando que pesquisas nos EUA mostraram que a internet também ajudou a rádio aberta em locais onde a recepção está comprometida e o ouvinte só tem acesso a rádio pela internet.

Com mais de 270 milhões de ouvintes cadastrados, o Pandora traz dados sobre o artista e a música, direciona o ouvinte para a compra da música no iTunes e pode ser ouvido em receptores com Wi-Fi.

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Interação com o ouvinteSobre o mesmo tema, João Vandoros, que trabalha no Grupo Ban-deirantes desenvolvendo a distribuição de vídeos em multiplatafor-mas, comentou: “Temos enfrentado muitas dificuldades tanto pela banda como pelas questões de acesso condicional a estes serviços”. Com a experiência que adquiriu neste processo, disse também ter chegado a muitas das conclusões já apresentadas e afirmou “com re-lação ao processo de digitalização, perdemos a grande oportunidade de ter a rádio digital antes da TV digital. Agora, teremos que ter sorte para criar um mercado novo e atingir a população”. O executivo afirma que o objetivo agora é entender como é possível manter a rádio com um produto atraente. “Atualmen-te, muitas rádios são criadas na web. É acessível a qualquer um criar sua rádio e colocar conteúdo, mas a cada dia rádios são en-cerradas. Talvez isto ocorra porque estas rádios não mantenham a sua marca, e não tenham sido criadas dentro de uma estrutura forte, capaz de alavancar toda a cadeia. Como observamos hoje, a Transamérica (box) oferece serviços distintos, mas mantém a marca como produto principal dos serviços prestados.”Para Vandoros, são importantes a distribuição e o encapsulamento por meios diferentes, para atingir todos os produtos existentes no mercado, assim como manter o foco no conteúdo e na sua quali-dade. Também julga importante entender o rádio como um serviço de utilidade publica, de emergência, e continuar prestando estes serviços, não os abandonando para fazer coisas mais baratas e mais simples. Ressaltou também a importância da interação com o usuário, nas redes sociais, por exemplo, para envolver o usuário neste processo e manter o produto relevante para a sociedade.

Sobre o uso de câmeras nos estúdios de rádio, Barbedo aproveitou para criticar as emissoras que não tem cuidado com o que é transmitido, exibindo redações vazias ou locutores bocejando


“Multiplataforma é levar o conteúdo a qualquer dispositivo e a qualquer plataforma, de todas as formas. Uma coisa extrema-mente importante para viabilizar a multiplataforma é que as fer-ramentas de busca sejam acessíveis e traduzam o que o ouvinte está interessado em alcançar. É realmente crítico. Vimos várias plataformas de rádio web, e o mais complexo disto tudo é a as-sociação do usuário ao conteúdo que ele busca. Estão sendo desenvolvidos algoritmos para facilitar a busca, que deduzem o que interessa para aquele tipo de usuário. A multiplataforma deve ser vista como uma plataforma única, complementar uma a outra. Temos broadcast, narrowcast, on demand e precisamos utilizar isto de forma complementar. Por exemplo, eu tenho uma rádio broadcast, eu tenho nichos de conteúdo que vou usar a web e outros meios para atingir aquele publico que ouviu o con-teúdo de massa. E o conteúdo on demand, que é para o usuário mais avançado, que quer buscar o conteúdo que lhe agrade.”O especialista ainda deu a sua opinião sobre o rádio digital. “So-bre a discussão que permanece entre DAB, HD Radio e DMB, é importante que se tenha uma definição adequada, mas o mais importante é sabermos quanto vai custar para o usuário ter um dispositivo digital e como beneficiar as emissoras. A proposta de teste do DAB e a abertura dos canais 5 e 6 (VHF) é o melhor cami-

Na Grã-Bretanha, com o padrão de rádio digital DAB, os ouvintes têm

informações sobre o conteúdo ao vivo e a letra da música que está tocando

nho, pela condição de propagação, pela facilidade em implantar e pelo aumento do número de serviços que serão viabilizados”. Vandoros listou as ferramentas interessantes que estão disponí-veis para o rádio, como as redes sociais e os novos codecs de áudio. Lembrou ainda que hoje a interatividade permite serviços de rádio interativo, acionados por rede social e SMS. Neles o usu-ário “controla” o sistema de automação da emissora e coloca o seu conteúdo em fila para exibição numa rádio web, por exemplo. “Através de cadastro dos usuários, você pode enviar alertas para os usuários sobre a programação. Isto vem sendo bastante discu-tido na Europa. Alguns fóruns internacionais de rádio estão vendo isso como um grande produto. Todos estes produtos se baseiam na comercialização, no marketing, para monetização”, explica.

Grã-BretanhaVandoros ainda fez um breve resumo sobre experiência britâ-nica usando a radio digital. “Usando o padrão DAB, hoje eles têm informações sobre o conteúdo ao vivo e a letra da música

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se a pessoa estiver ouvindo o rádio digital no carro, em 5.1, e passar para outra codificação, não haverá muita diferença por causa do ruído do veículo. Além disto, a falta de robustez do AM nos EUA faz com que a programação fique comutando entre ana-lógico e digital, o que inviabiliza algumas transmissões ao vivo, por conta do delay que existe na transmissão digital. Por isto que nós estamos acreditando – e eu estou vendo um consenso por


que está tocando. A possibilidade de comprar a música tocada depende do dispositivo. Há também a rádio-TV disponível em alguns dispositivos, bem interessante para algumas aplicações. Há também a possibilidade de escutar uma música novamente depois que ela foi tocada, colocando-a em um buffer. Há também a possibilidade de inserção de textos e imagens”.Vandoros concluiu, dizendo que “não importa em qual plataforma se distribua, o objetivo é cativar o ouvinte e fazer com que ele compre, e que a gente consiga rentabilizar este canal em função disto. As discussões sobre broadcast x IP, analógico x digital, aber-to x pago x custo de internet, não fazem sentido quando estamos discutindo um ambiente multiplataforma. O que importa é a rele-vância do conteúdo, a relevância da nossa rede e de como vamos trabalhar com o que temos disponível. O grande desafio da multi-plataforma é o gerenciamento e o dimensionamento desta cadeia, e como vamos gerar novas receitas através do rádio”.

Digitalização e desafio comercialNa última apresentação do evento, Rodrigo Neves, presidente da AESP, lembrou que, em 2005, as principais emissoras do Bra-sil se reuniram para uma experiência com o padrão IBOC. Todas as empresas envolvidas fizeram investimentos e até foi feito um lançamento da rádio digital naquele ano, mas ele não deu certo e tudo voltou à estaca zero. Neves comenta que, mesmo nos Es-tados Unidos, há muito desânimo em relação à adoção do rádio digital, como se o processo estivesse estagnado. “Há também a questão da falta de percepção para as pessoas. Enquanto a dife-rença é gritante quando se passa do SD para o HD na televisão,

Sobre a digitalização do rádio, João Vandoros, do Grupo Bandeirantes, cravou: “Perdemos a grande oportunidade de ter a rádio digital antes da TV digital. Agora, precisamos ter sorte para criar um mercado novo e atingir a população”. Para o execu-tivo, o desafio é manter o rádio atraente

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der um pacote de internet juntamente com o rádio”, diz. Lígia disse que para os clientes que não sabem o que é mídia digital, é possí-vel oferecer uma degustação para incentivar o investimento. João Barbedo também destacou a necessidade de treinamento das equipes de vendas, dando exemplos de grandes emissoras no Rio de Janeiro que não tem anúncios de marcas populares consagradas ou dos bancos. Na visão dele, as áreas comerciais do rádio estão despreparadas para explorar o mercado da nova classe média. João Vardolos completou dizendo que a monetiza-ção vem de se conhecer melhor a audiência, para desenvolver formas de gerenciamento e bilhetagem. Também foi destacado que o site das emissoras atinge um público segmentado, por esta razão o anúncio é mais eficiente e tem valor maior.


parte da ABERT, da ABRA, da SET, Anatel e por parte da AESP – de ocupar a extensão da faixa do FM, na vacância dos canais 5 e 6 (VHF), estendendo as faixas para que as emissoras de AM mi-grem para o FM. Neste caso, se houver a digitalização, como pro-fissional do rádio e gestor, eu vejo maior possibilidade de baixar os custos, mas não acho que isto fará uma grande alavancagem comercial do rádio. Acho que se o rádio se organizar, se o rádio tiver uma linguagem comercial única, vai ser muito simples. A TV tem cinco redes e a linguagem é única, uma linguagem padrão que a Globo implantou há muito tempo e todos seguiram mais ou menos. A mesma coisa acontece com os portais e os jornais.”O debate abriu espaço para questionamentos do público e foi questionada a medição da audiência no ambiente multiplatafor-ma. “Como é possível estabelecer os preço?”. Lígia de Araújo disse que é preciso treinar as equipes para esta realidade tecnológica e agregar as novas mídias ao rádio. “Por exemplo, é possível ven-

No caso do DAB, alguns disposi-tivos mesclam

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Rodrigo Neves, presidente


Panorama Audiovisual: Quais foram as dificuldades de implantação do rádio digital nos EUA e como seria uso dos canais 5 e 6 no Brasil?Rodrigo Neves: O sistema é viável, mas o processo de conversão está parado, porque não se tem dinheiro. Os EUA tem cerca de 36 mil condados, ou seja, 6 vezes mais cidades que o Brasil. Eles têm 15 mil emissoras, sendo 10,5 mil FM e 4,5 mil AM, enquanto o Brasil tem 4 mil rádios comerciais, 1,8 mil emissoras AM e 2,2 mil emissoras FM. Se a gente analisar a localização dos maiores mercados publicitários, as maiores densidades de ouvintes, veremos que nestes locais foi realizada a conversão nos EUA. Os grandes grupos operadores de rádio, como a Clear Channel, CBS, Fox Radio, fizeram uma aliança chamada HD Radio para realizar isto. O que o presidente da CBS me disse é que não havia o conhecimento (entre os ouvintes) do que era a rádio digital, e que o rádio digital não tinha um grande apelo, como a TV digital tem. A vantagem do rádio digital está muito relacionada com o fato de os transmissores de baixa potência terem uma cober-tura maior, gastando menos energia. Mas eu, prioritariamente, prefi-ro que ocorra a migração das AMs para os canais 5 e 6, e que depois seja definida a digitalização. A extensão do FM começaria por volta dos 76 MHz ao invés dos 88 MHz atuais. Será necessário que os dois

“Eu prefiro a migração das AMs para os ca-nais 5 e 6 (VHF) e que depois seja definida a digitalização. A extensão do FM começa-

ria por volta dos 76 MHz ao invés dos 88 MHz atuais”, defendeu Rodrigo Neves

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sistemas convivam por algum tempo, até que as pessoas troquem seus receptores por aparelhos que contemplem a nova banda.

Panorama Audiovisual: As possibilidades de interação do rádio digital são interessantes para os radiodifusores?Rodrigo Neves: Qualquer sistema digital abre uma série de possibi-lidades, mas nem tudo o que é possível é comercialmente viável. Te-mos que verificar qual o modelo comercial que irá se manter, assim como o interesse do público e saber o impacto que isto causará no mercado.

Panorama Audiovisual: A digitalização trará vantagens concretas para o rádio?Rodrigo Neves: Os dois modelos que estão em discussão propõem um som mais claro, mais limpo, e ambos permitem a passagem de dados. Eu acho que o modelo americano está comercialmente à frente do europeu, que é ainda uma coisa mais modesta. Mas isto não será a salvação do rádio. A salvação do rádio será o profissio-nalismo, será o conteúdo. A forma de transporte é importante, mas está em segundo plano.

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Rede Transamérica: multiplataforma


Com distribuição por satélite, a Rede Transamérica atua em quatro segmentos de programação: Pop (no qual ex-plora também a programação de esportes), Hits, Ligth e Internacional (expansão para o Japão). Além disto, tem

ações importantes em outras plataformas, como o portal Tran-sanet, o Transhopping, o Mercado da Música e o Transmobile. A Transamérica Pop tem conteúdo pop rock e está presente nas grandes capitais, onde estão localizadas as principais emissoras próprias, atingindo 33,9% do potencial de consumo total do país. São 302 cidades cobertas, além da programação para o Japão. A Transamérica Hits tem o maior número de emissoras, estando presente em várias regiões, atingindo mais de 1000 cidades (21% do potencial de consumo) e “está tendo um crescimento mui-to forte devido à ascensão do segmento popular”, explica Lígia Araújo, gerente de marketing da rádio Transamérica. “Este canal explora a música sertaneja, que é de grande aceitação no país.”Já a Transamérica Light está presente apenas em Curitiba, e atin-ge um segmento adulto, qualificado e de alto poder de consu-mo. O destaque deste segmento é o resultado na internet, pois a emissora está em 4º lugar entre as mais ouvidas, perdendo apenas para Alpha, Antena 1 e a Saudade, de Santos. A progra-mação mistura sucessos e flashbacks, “o que segura bastante a audiência” conforme Lígia Araújo. Por fim, a Transamérica Internacional chega a mais de 14 cidades no Japão, “onde transmitimos o nosso sinal via web para mais de 500 mil brasileiros residentes naquele país”. Lígia conta que o terremoto de 2011 chegou a afetar os servidores da emissora, mas a rádio conseguiu continuar sendo transmitida, tornando-se um elo entre a comunidade brasileira.Outro segmento de programação da Transamérica, no qual houve um grande investimento nos últimos 10 anos foi o esporte. A Transa-mérica transmitiu as últimas Copas do Mundo e irá transmitir os pró-ximos grandes eventos, que são a Copa da Confederações, a Copa América e a Copa do Mundo no Brasil. A emissora já tem um pacote comercial que envolve estes três grandes eventos e também estará presente também no Mundial Interclubes. “O esporte é realmente um diferencial em nossa programação. O marketing esportivo tem captado grande audiência e também muitos anunciantes, que desco-briram o grande filão para atingir seu público consumidor.”

PortalO Transanet é o portal da Transamérica, que existe há mais de 15 anos. O portal atende os canais Pop, Hits e Light e as pessoas es-colhem o canal que querem acessar. Um destaque é a interface com as mídias sociais, como o Facebook e o Twitter. “Outro desta-que é a possibilidade de conhecer mais a rádio, que é um desejo dos ouvintes, por isto apresentamos o nosso player que permite ouvir a rádio e também assistir.” “Nós temos transmissões dos estúdios ao vivo com artistas que despertam grande interesse”.Outro ponto alto são as informações sobre a programação, equi-pe, promoções, além de notícias sobre música e esportes. Com os eventos internacionais, a Transamérica tem investido muito em notícias sobre esportes para atender melhor ao público in-teressado.

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Além da programação musical, a Transamérica investe há muitos anos em esportes e fará as trans-missões da Copa da Confederações, Copa América e Copa do Mundo no Brasil

A Transamérica tem quatro programações: Pop (no qual explora também a programação de esportes), Hits, Ligth e Internacional (expansão para o Japão)

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“Nós temos um contato muito estreito com o nosso público, e por isto sabemos o que ele quer. Nós acompanhamos o que está acontecendo, os hábi-tos dos ouvintes, quantas horas ele ouve e se está migrando para a internet”, afirma Lígia Araújo

Comércio e mobilidadeA Transamérica também opera o Transhopping, um guia de com-pras online desenvolvido em parceria com o site Buscapé. O portal, que faz comparações de preços, tem o mesmo conteúdo do site Buscapé, mas tem o formato da Rede Transamérica. Já o Mercado da Música é um portal para downloads de músicas, que tem um dos maiores acervos de músicas da América Latina.O Transmobile, por sua vez, é uma plataforma para celulares na qual a Transamérica tem muito êxito, segundo Lígia. “Consegui-mos fazer contato com nossos ouvintes em promoções. Numa única ação, por exemplo, conseguimos 50 mil SMS.”, disse. A rádio também usa este meio em seus planos comerciais, ofertado aos seus anunciantes como instrumento para interação com o público potencial, através do desenvolvimento de um novo canal de co-municação. Esta plataforma é usada para promoções, votação de enquetes, anagramas (uma espécie de disputa), quiz e chat. Lígia frisa que “É uma plataforma muito recomendável, pois permite que o ouvinte fique próximo da rádio, onde quer que ele esteja”.

ConectadaAs redes sociais tem sido um alvo importante da Rede Transamé-rica, servindo como um meio de comunicação com os ouvintes e também de inserção dos anunciantes. Os clientes não querem usar a rede social para apresentar seus produtos de uma forma tão objetiva, tão comercial, e conseguem fazer de forma muito inte-ressante, trabalhando com situações do cotidiano, que tem grande aceitação do público. “Realizamos muitas ações de interação, em que os apresentadores interagem com o público, como o dia dos namorados, e ações de identificação, como o dia da greve do metro.”, contou Lígia. “Temos um banco próprio de ouvintes, com o perfil destas pessoas, e fazemos com eles ações de e--mail marketing. Duas vezes por dia, lançamos uma newsletter, com ofertas exclusivas do Transhopping ou com divulgações dos estúdios ao vivo”.

Em 1985, a Rádio Transamérica de São Paulo construiu uma torre de transmissão com 180 metros de altura, a maior da América Latina. Já em 1990, a emissora tornou-se a primeira FM brasileira com sinal transmitido via satélite

A Transamérica Hits tem o maior número de emissoras, atingindo mais de 1000 cidades, e a empresa também opera o guia de compras online Transhopping e o portal para downloads de músicas Mercado da Música


No Congresso SET 2012, Lígia Araújo afirmou que é preciso treinar as equipes para a realidade tecno-lógica da multiplataforma e agregar novas mídias ao rádio. “É possível vender um pacote de internet juntamente com o rádio”

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Panorama Audiovisual: Como ocorreu a expansão do conteúdo da Transamérica para as outras plataformas?Lígia Araújo: “Nós temos um contato muito estreito com o nosso público, e por isto sabemos o que ele quer. Nós acompanhamos o que está acontecendo, os hábitos dos ouvintes, quantas horas ele ouve e se está migrando para a internet. Por isto, a nossa resposta é muito rápida. E como a rádio sempre está atenta, pois lida com o público jovem, investimos rapidamente, como fizemos com o Fa-cebook e com o Twitter. O site Transanet tem mais de quinze anos e estamos no Twitter e no Facebook há dois anos e meio.

Panorama Audiovisual: As programações da Transamérica aten-dem ouvintes de qual faixa etária?Lígia Araújo: Temos vários segmentos de programação. No caso da Transamérica Pop, ele é mais jovem, mas envelheceu um pou-quinho, por causa dos esportes, sendo então de 15 a 34 anos. Só a Transamérica Light que tem uma audiência um pouco mais adulta, acima de 30 anos.

Panorama Audiovisual: A transição para rádio digital e as novas mídias é imprescindível? Lígia Araújo: Já estamos preparados, pois já temos conteúdo seg-mentado. É uma posição visionária, pois é só entrar a rádio digital, que poderemos colocar vários conteúdos na mesma banda. Nós geramos vários formatos para atender as necessidades do públi-co consumidor. Com base nesta estratégia, ampliamos a nossa programação e diversificamos o conteúdo.

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Reportagem > Transmídia

Vender histórias, não filmesUma nova forma de contar histórias, em que a vida real se mescla com a fictícia e a TV se junta à internet para engajar mais espectadores. A expansão dos universos narrativos, também chamada de narrativa multiplataforma, ou simplesmente, transmídia storytelling, está avançando a passos largos.

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por Valdecir Becker

Durante o II Fórum Transmídia, que aconteceu em São Paulo no mês de setembro, Jeff Gomez, um dos maiores especialistas de Hollywood sobre o tema, explicou o pro-cesso de criação dos universos narrativos transmidiáti-

cos e como eles cativam a audiência, aumentando o faturamento. “Vendam histórias, não filmes”, afirmou inúmeras vezes durante os dois dias do evento. “As pessoas gostam, se envolvem e se engajam com histórias boas, bem contadas. O filme é uma parte da história”.Transmídia é o processo narrativo onde a história é contada usan-do pelo menos três mídias, ou como prefere Jeff Gomez, três pla-taformas diferentes. Pode ser cinema, TV e videogame, por exem-plo. “Geralmente usamos mais do que três plataformas, porque os universos narrativos que criamos vão muito além e tem apelo em muitos os lugares”, explicou em entrevista exclusiva para a Re-vista Panorama Audiovisual.A história não pode ser redundante entre as plataformas. “Cada uma deve ter um perfil, um DNA próprio. Ou seja, a história que eu conto no filme não deve ser repetida na revista em quadrinhos

Transmídia é um processo narrativo em que a história é contada usando pelo menos três mídias ou “plataformas” diferentes

ou no videogame. Pelo contrário. A revista e o videogame devem contar partes diferentes da mesma história. Ao juntar todas as pe-ças, temos uma história maior, que pode começar no game, pas-sar pelo filme e terminar na revista”, explica Jeff Gomez.Para explicar melhor esse processo, Jeff Gomez usa a metáfora da música. Para ele, cada mídia pode ser comparada com um instru-mento musical. “A TV é o piano. Você faz ótimas músicas apenas com um piano, como conta excelente histórias apenas na TV. O smartphone é o violino; o cinema pode ser a flauta, e assim por diante. Quando juntamos todos os instrumentos, temos uma or-questra, que faz músicas mais agradáveis do que os instrumentos separadamente. Com transmídia é igual. Ao juntar todas as plata-formas você conta super histórias, que empolgam e emocionam”.Jeff Gomez sabe do que fala. Ele criou a empresa Starlight Runner Entertainment, maior produtora de conteúdos transmídia dos EUA. A empresa trabalhou em blockbusters e franquias como “Avatar”, “Piratas do Caribe”, “Homens de Preto”, “Homem-Aranha”, “Trans-formes”, “Tron: O Legado”, entre outros. Além disso, tem clientes como Microsoft, Coca Cola, Mattel, e os estúdios Walt Disney e Fox.


parte da história em cada mídia e para públicos diferentes. “O espectador precisa querer mais e buscar mais”. Para tanto, um bom conteúdo transmídia gera apelo, mostrando o crescimento do universo narrativo para as pessoas. Quando surgem novos elementos, novas pessoas se interessam e se envolvem.E o retorno financeiro? Para Jeff Gomez, a equação é simples: “a transmídia aumenta o engajamento da audiência, o que esten-de a longevidade da marca. Isso faz crescer o valor do produto como um todo. Quando isso acontece, o produtor aumenta o fa-turamento através de todas as plataformas”. Ele acrescenta que nos EUA o investimento total de um estúdio em transmídia gira em torna de 10% do valor total do orçamento. “Esse investimen-

Hoje a Starlight Runner Entertainment tem uma equipe fixa pe-quena, de 10 profissionais. São escritores, roteiristas, designers gráficos e editores, que ganham o reforço de freelancers conforme os projetos são contratados. Jeff Gomez explica que cada projeto transmídia envolve em média 12 pessoas. O tempo de desenvolvi-mento varia de oito a 16 meses, dependendo do alcance da histó-ria e da quantidade de plataformas envolvidas. “Nós construímos mundos, onde as histórias que vem dos roteiristas se expandem e ganham volume. Nosso forte é a criatividade”, afirmou Jeff Gomez ao ser questionado sobre qual o ponto forte da empresa.

Universo narrativoO mundo real tem presente, passado e futuro. Um bom universo narrativo também precisa desses elementos. Porém, em um filme não é possível contar todas essas histórias. Por isso, um game, uma revista em quadrinhos, um portal de internet ou um livro, ajudam a narrativa, gerando uma boa prática transmídia. “Significa que o universo da história vai muito além da tela”, afirma Jeff Gomez.Quanto maior o número de mídias que ajudam a contar a história, mais portas se abrem para que os espectadores conheçam a histó-ria. “Você pode entrar no universo narrativo por diferentes pontos: TV, cinema, videogames. Os pontos de entrada são diferentes, mas a essência da história contada é a mesma”, diz o executivo.Para isso acontecer, a história precisa ser universal. Ou seja, o centro da história deve ser compreensível por qualquer pessoa, em qualquer lugar e qualquer cultura. Neste ponto, Jeff Gomez faz uma crítica forte às telenovelas e ao cinema brasileiro. “Eu gosto muito do Brasil, mas as histórias contadas aqui são fracas, demoram para se resolver. Além disso, nos EUA não consegui-mos entender a maioria dos filmes brasileiros, que têm foco res-trito apenas na cultura do país”.

VantagensSegundo Jeff Gomez, a transmídia cria conexões emocionais entre as marcas do filme, a história e a audiência. Ela aprofun-da a narrativa. Como são mídias diferentes, dá para contar uma

“Ao juntar as plataformas você conta super his-tórias, que empolgam e emocionam”, afirma Jeff Gomez, da Starlight Runner Entertainment, maior produtora de conteúdos transmídia dos EUA

Maior projeto transmídia em desenvolvimento no Brasil – já ultrapassou a casa dos US$ 150 mi-

lhões -, o MoonFlower é resultado de uma parce-ria inédita entre a produtora brasileira Umana e a norte-americana Starlight Runner Entertainment.

“Contaremos toda história da Margaret Mee”, afir-ma Ricardo Mucci, CEO da Umana.


CriaçãoNos EUA, o processo de desenvolvimento das histórias para ou-tras plataformas começa quando o estúdio aprova o roteiro. O produtor transmídia é então contratado e começa a trabalhar na expansão da história, que deve completar o filme. No entanto, Jeff Gomez afirma que este não é o processo ideal. “Seria muito me-lhor se pudéssemos pensar a história como sendo transmídia des-de a concepção. Antes de começar a produção precisamos pensar o que e quais partes da história vão para as diferentes mídias”.Esse processo é importante para evitar contradições na histó-ria. “Se eu explorar um personagem no videogame, que é um herói, ele não pode ser simplesmente um vilão no filme. Ou, o que pode ser pior: eu crio um personagem forte no game, que atrai e engaja o público, e ele morre na primeira cena do filme. O público iria se frustrar”, explica o executivo da Starlight Runner Entertainment.

A Flor da LuaMaior projeto transmídia em desenvolvimento no Brasil, o Moon-Flower é resultado de uma parceria inédita entre a produtora bra-sileira Umana e a norte-americana Starlight Runner Entertainment. O projeto conta a história de Margaret Mee, artista e naturalista inglesa que viveu no Brasil, mais especificamente na Amazônia, por 30 anos. Neste período foram mais de 15 expedições para o interior da floresta. Na última, com 79 anos, ela descobriu a Flor da Lua, uma flor de cacto selvagem, que floresce uma vez por ano na noite de lua cheia no mês de maio. Durante as expedições, Mar-garet morou em tribos indígenas, enfrentou doenças tropicais e garimpeiros ilegais. Deixou mais de 400 obras e 15 diários de suas viagens.Para o projeto estão previstos: um longa-metragem de animação 3D, que será o produto principal da franquia, livros e biografias infantis da naturalista, um documentário sobre sua vida e obra, séries de TV, desenhos animados, livros para colorir, jogos on line, em consoles e em smartphones, uma exposição 3D das obras da artista, além de licenciamentos de produtos. “Com isso contare-mos toda história da Margaret Mee”, afirma Ricardo Mucci, CEO da Umana. O orçamento do projeto já ultrapassou a casa dos US$ 150 milhões, e será executado em co-produção com o Canadá.Todo universo narrativo, tanto ficcional quanto documental, tem como pano de fundo a preservação da floresta amazônica. “É um tema universal. Em qualquer lugar do mundo há interesse pela Amazônia. Este projeto vai aproximar a preservação das crianças, que serão incentivadas a criar histórias próprias sobre temas do dia a dia”, explica Ricardo Mucci. Para ele, o MoonFlower irá contri-buir “de forma criativa, para a conscientização e o engajamento de

A transmídia ajuda a aumentar o engajamento da audiência, o que estende a longevidade da marca e faz crescer o valor do produto como um todo. Nos EUA, o investimento total de um estúdio em trans-mídia gira em torna de 10% do orçamento

“Você pode entrar no universo narrativo por diferen-tes pontos: TV, cinema, videogames. Os pontos de entrada são diferentes, mas a essência da história contada é a mesma”, diz Gomez

to é facilmente recuperado fora da tela de cinema. Sem contar com o aumento do público nos cinemas, que vai ver o filme por-que se engajou na história em outras plataformas”, completa.

SeriedadeAlém disso, Jeff acredita que a transmídia dá credibilidade e serie-dade para um produto. Ele cita como exemplo uma série de TV, que, mesmo depois do último episódio ser transmitido, pode continu-ar sua história. “Depois de algumas temporadas, os espectadores criam uma empatia emocional com a série, viram fãs. Por que deixar eles na mão só porque a série não está mais na TV?”, questiona.Para evitar essa frustração, o executivo sugere o lançamento de pro-dutos e continuações das histórias. Podem ser livros, revistas, his-tórias em quadrinhos, filmes ou mesmo episódios esporádicos com parte da equipe que fez a série. Segundo ele, isso mostra que os produtores se preocupam com a audiência, com os fãs. E aumentam o faturamento, claro!

Pensar transmídia

Segundo Jeff Gomez, os passos para a criação de boas his-tórias transmídia são:Imersão: conhecer bem a história, seus potenciais e até onde é possível chegar.

Inovação: identificar a essência da história e os pontos de engaja-mento emocional com a audiência.Expansão: expandir e enriquecer a narrativa, construindo as bases para a criação de histórias interessantes, que aumentem a reper-cussão da história como um todo.Planejamento: trabalho com os idealizadores da história para de-senvolver estratégias entre as múltiplas plataformas, buscando re-torno financeiro ao longo dos anos.Lançamento: um plano estratégico para o lançamento dos conteú-dos entre as diferentes plataformas. Esse plano deve ser coordenado

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e integrado, visando despertar e conectar a audiência com a história.Avaliação: análise do retorno e do engajamento obtido com a audi-ência. Os resultados dessa análise servem de input para o desen-volvimento dos próximos arcos narrativos.Manutenção: desenvolvimento de processos para implementação dos resultados da análise nos próximos conteúdos.Próximo arco narrativo: formulação de estratégias para a continui-dade da expansão do universo narrativo e dos novos lançamentos.Além disso, Jeff cita ainda um paradigma para o desenvolvimento de histórias transmídia: “É preciso conhecer bem o público e relacionar ele com a essência da história, com o ponto central e chave do que a história vai passar para esse público. Para isso, é preciso conhecer a essência da mensagem que o filme ou a história irá transmitir. Como o filme irá focar o coração da audiência é um elemento central”.

crianças e jovens nesta causa planetária”.“É um projeto inédito no mundo, com um potencial gigantesco”, afirma Jeff Gomez, que na parceria com a Umana é responsável pela criação das estratégias de transmídia. Em outras palavras, pela bíblia transmídia. Segundo Ricardo Mucci, a bíblia transmídia é o ponto de partida para a criação de qualquer narrativa multipla-taforma. “É um projeto que contém a descrição de todo universo narrativo, de todas as possibilidades da história, dos personagens, do lugar onde vivem, de onde vem, para onde vão, dos mitos que

os cercam, no que acreditam. Enfim, tudo o que pode estar na his-tória tem que estar na bíblia transmídia”, explica o produtor.Em resumo, a bíblia concentra todas as estratégias transmídia, e funciona como um guia de produtos e plataformas da franquia Mo-onFlower. “O trabalho é composto de diversas etapas, até chegar à versão final, com histórias, personagens, tecnologias, subprodu-tos e suas respectivas plataformas”, diz Ricardo Mucci. A criação de uma bíblia transmídia exige um planejamento abrangente e dese-nha a trajetória da franquia para, pelo menos, 10 anos.


Reportagem > Media digital out of home

Mídia fora de casa Combinando comunicação massiva com mensagens segmentadas, a chamada 5ª tela é vista como uma oportunidade para reconquistar a atenção do consumidor.

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por Fouad Matuck

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A SET 2012 contou com um seminário sobre mídia di-gital “out of home”, mais conhecida pela sigla DOOH. A mesa intitulada “Visões complementares para um novo negócio” foi apresentada e mediada por Walter

Longo, da TV Mulher & Mãe. Ele começou falando do universo DOOH, considerando os requisitos tecnológicos básicos para a realização da mesma (como modelo técnico e de negócio) bem como da pertinência do conteúdo e usos corporativos dessa TV, chamada de quinta tela. Conforme Longo, os requisitos para produção em DOOH são: “a existência de uma plataforma de gestão de conteúdo; topologia do sistema de produção; agendamento de programação, por pe-ríodos e horários; gerenciamento de mídias, templates, elabo-ração de playlist, níveis de permissões e criação de regras de playlits; elaboração de relatórios, checking online e associação com mídias sociais e sistemas RSS”.Com relação à transmissão, Longo destacou: escalabilidade; seg-mentação; parceria com provedores de serviços, internet, 3G, LTE, ATSC (NRT), ISDB-T (interatividade), satélite (banda Ku) e ajuste de frequência de atualização para o playlist, ao vivo, onli-ne ou NRT. Ainda com relação à transmissão, o executivo da TV Mulher aponta alguns requisitos básicos para o Servidor de Mí-dia Embarcada, SME, a fim de evitar falhas comuns, a saber: boa capacidade de armazenamento; performance, conectividade; for-mato, padronização de conteúdo, segurança e gerenciamento.Longo apresentou ainda um workflow a partir do qual se gerencia conteúdo de áudio, vídeo e dados, desde um Head End até um SME, transmitindo a 1 Mbps, utilizando o ATSC 2.0, que, segun-

A mídia digital externa pode ser usada em Pontos de Espera (Clínicas Médicas, Academias e Eleva-dores), Pontos de Venda (Shoppings, Prateleira de Marca e Gôndolas), e Pontos de Transição (Pontos de Transição, Aeroporto e Parada de Ônibus)

do ele, permitirá “a exploração de serviços interativos, incluindo serviços de vídeo sob demanda, publicidade direcionada, me-lhores guias de programação e capacidade de armazenar infor-mações nos receptores, incluindo conteúdo de tempo “não-real” (NRT)”. Dessa forma, seria criada uma “2ª tela”, ou aplicação OOH, ponto de transição, para cada ambiente, que funcionaria a partir do toque e de sensores, baseada no conceito “Pick n´Play!”.Para a exibição, Longo determinou alguns requisitos básicos como o QRCode & NFC, o reconhecimento facial, o RFID e o Georeferen-ciamento. Esses requisitos seriam úteis, segundo o especialista, para garantir controle de acesso, validação e exibição de conteúdo.

Custo por engajamentoLongo finalizou sua explanação destacando os principais desa-fios tecnológicos para o segmento. O primeiro deles, segundo ele, é desenvolver uma plataforma única para a gestão de conte-údo e NOC para atender as redes OOH. O segundo seria pensar formas mais eficientes de se integrar às redes sociais, que se atu-alizam e ampliam seus recursos de maneira vertiginosa. E o ter-ceiro seria mensurar o processo de verificação COM, CPA e CPE. O executivo comparou e explicou os três modelos. No custo por mil, o custo é por milhar de impressão. Logo, o pagamento é feito de acordo com a quantidade de impressão x tamanho x po-sicionamento. Já no CPA, o custo é por aquisição. Nesse caso, o pagamento se dá de acordo com as transações desejadas, como por meio de promoções e cupons de descontos, por exemplo. No caso do CPE, há o chamado custo por engajamento. Nessa situ-ação, há pagamento de acordo com a interação com o usuário.

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Reportagem > Media digital out of home

americanos, 4 vivem mais “out of home”, ou seja, são potencial audiência para esse modelo de negócio. Essa mesma pesquisa aponta que a TV corporativa (em elevadores) tem 91% de apro-vação pelos transeuntes e que 94% disseram prestar atenção no conteúdo que ali foi veiculado. Ou seja, é um modelo de negócio que amplia o conceito de negócio de primetime para “multiprime-time”, possui audiência cativa e varia de acordo com a sincronia e relevância do conteúdo (segmentação, microdetalhe). Por exem-plo, Rodrigues comenta que a simples segmentação de gênero já proporciona prioridade de conteúdos. Os temas preferidos por homens para DOOH são, respectivamente: esportes, trânsito, eco-nomia e tecnologia. Para mulheres: saúde, local e clima.

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TV CorporativaCarlos Eduardo Rodrigues, da YMidia, tratou mais especifica-mente da TV corporativa dentre as mídias DOOH. Ele chama a TV corporativa de narrowcasting, em oposição a TV, broadcasting. Para Rodrigues, as vantagens da TV corporativa em relação à TV convencional como um novo modelo de negócio é que, no nar-rowcasting, se produz conteúdo segmentado e mais adequado a sua audiência, e trata-se de uma TV que vai até às pessoas e pos-sui segmentação ilimitada (pode estar em lojas de conveniência, aeroportos, bares, no trânsito, em universidades, consultórios, elevadores etc) em horários diversos, 24h.Rodrigues apontou pesquisas dos EUA que mostram que, de 5

A tecnologia ATSC 2.0 permitirá a exploração de serviços interativos, incluindo serviços de vídeo sob demanda, publicidade direcionada, melhores guias de programação, e a capacida-de de armazenar informações nos receptores, como conteúdo não-tempo real (NRT)

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Reportagem > Controle de Qualidade

Novas ferramentas para medição e correçãoO crescimento de canais e conteúdos tem exigido otimização na operação de áudio e vídeo, controle de loudness e controle de qualidade, que dependem cada vez mais da automação para serem viabilizados.

Amesa “TVD: Medidas em ambiente Digital” do Con-gresso SET 2012, mediada por José Antonio Garcia (TV Brasil), discutiu o controle de loudness, a otimização de operações de áudio e vídeo e o gerenciamento e con-

trole de qualidade como fatores decisivos para liderar o mercado, cada vez mais rico em dispositivos e soluções de mídia.A primeira palestra da mesa, “Registros de Loudness”, foi reali-zada por Thomas Lund, da TC Electronic. Segundo o especialista em áudio, novos padrões de loudness estão sendo utilizados em todo o mundo para reduzir o número de variações abruptas e des-confortáveis do áudio entre os programas transmitidos, particular-mente entre a programação regular e os comerciais e chamadas promocionais.Lund demonstrou algumas opções da sua empresa para o ajuste de loudness, que são feitas diretamente na produção e permitem a adequação a diferentes plataformas e formatos. Elas são orien-tadas a uma plataforma, geralmente HD, e um formato, estéreo ou 5.1, e compartilham o padrão adotado pelo Brasil de loudness, o ITU BS.1770-2. Este padrão também é usado no Japão, China, Austrália e Canadá. Já na Europa predomina o padrão EBU R128 (Reino Unido, França, Itália, Bélgica, Áustria, Suíça, Polônia e Ho-landa), enquanto nos Estados Unidos, o padrão é o ATSC A/85. O especialista lembrou que, embora a recomendação ITU BS.1770-2 seja útil quando aplicada a um programa, certas métricas e to-lerâncias precisam ser consideradas quando se implementa um registro do sistema visando a melhorias na produção ou para ser

Página 110

por Fouad Matuck e Fernando Gaio

Na chamada guerra do loudness, a TC Electronic tem investido em soluções para reduzir ou eliminar os proble-mas já nas primeiras fases do processo de produção. Como exemplo, o TC Electronic System 6000 MKII usa o Radar Loudness Display para exibir informações coerentes sobre loudness, incluindo o histórico de um sinal. Ele ainda dispõe de parâmetros de ajuste para atender às recomendações técnicas

Thomas Lund, da TC Electronic, lembrou que novos padrões de loudness estão sendo utilizados em todo o mundo para reduzir as variações abruptas e des-confortáveis do áudio entre os programas, particular-mente entre a programação regular e os comerciais e chamadas promocionais


A solução Tektronix Cerify para controle de qualidade auto-matizado já incor-porou a checagem e correção de loudness aos seus processos, incluindo diversos formatos de arquivos e normatizações

Caminho certoA segunda apresentação do dia foi a “Faça certo da primeira vez: eficácia da operação de vídeo e áudio como fator de economia”, apresentada por Eliésio Silva Júnior, da Tektronix. Para ele, a operação de vídeo e áudio define a qualidade máxima que será obtida pela emissora ou produtora. Logo, o aumento da deman-da e a pressão pela redução no tempo de produção tem exigido ainda mais habilidade dos operadores de áudio e vídeo. Nesse sentido, Eliésio apresentou monitores de sinal que, alia-dos a um treinamento adequado têm a função de minimizar o tempo de ajuste no ambiente de gravação, não importando o tipo de câmera utilizada. Estes equipamentos ajudam a garantir que uma a gravação seja viável e econômica, mantendo-se den-tro dos padrões técnicos e artísticos.O recurso “loudness control” presente no sistema Cerify foi a grande novidade da empresa para a SET 2012, que inova ao verificar e cor-rigir o áudio simultaneamente, conforme o padrão seguido. Agora o Cerify possui o recurso correção de nível de áudio que atua em toda a duração do arquivo, é compatível com todos os tipos de containers e roda com os sistemas Dolby, Dolby Digital, Dolby-E e PCM.Esta solução, aplicada à produção e distribuição de conteúdo con-templa a ingestão, edição, agendamento e exibição, seguindo o contexto das mudanças vividas pelo mercado broadcast, como a necessidade de armazenamento confiável, maior distribuição e agregação de conteúdo em mais formatos. Ela é útil para arquivos em workflows HD, H.264, JPEG-2000, VC-1, VOD e vídeos em IP. Segundo Eliésio, estas soluções de software ganharam espaço, pois o controle de qualidade humano não têm se mostrado sufi-

utilizado como documentação legal.Nesse sentido, Lund apresentou também uma proposta para apri-moramento de áudio, o headroom, que “pode ser definido como o raio entre o nível do “pico (de áudio) verdadeiro e o loudness”. Segundo Lund, os canais de áudio podem ter o mesmo loudness, mas diferentes headroom, e com o objetivo de notificar a diferen-ça de som, o headroom é uma importante ferramenta de controle de qualidade de áudio. O BS 1770-2 disponibiliza de 3 a 5 dB acima do headroom do padrão antecessor, o BS-1770-1.


cientes para dar conta da explosão de conteúdo e formatos, de múltiplas fontes e dispositivos.Para ele, no futuro o “ecossistema do vídeo” dependerá muito deste tipo de ferramenta, uma vez que as pessoas irão consumir uma variedade de conteúdo cada vez mais ampla. “As empresas irão criar e modificar conteúdos e os broadcasters e operadores de rede que distribuem conteúdo irão desenhar e produzir o que eles mesmos disponibilizarem”.

Exemplos a seguirNa última sessão da mesa, “O que a Toyota pode nos ensinar sobre controle de qualidade”, David Abel (Amberfin/ AD Digital) explicou que as organizações de todo o mundo estão procuran-do explorar as oportunidades apresentadas pelos novos canais de distribuição e novos padrões de consumo de mídia, o que está tornando o controle de qualidade uma missão crítica. O di-retor apresentou o conceito de Controle de Qualidade Unificado criado pela AmberFin, comentando as maneiras práticas com as quais se pode aprimorar o fluxo de trabalho baseado em arquivo. Depois de rever os métodos tradicionais de controle de qualidade aplicados na maioria das vezes no setor de broadcast, Abel tratou das práticas atuais e analisou como outras indústrias, especifica-mente a indústria automotiva, têm implementado com sucesso a automação de processos como parte do CQ. Para ele, muito pode ser aprendido a partir de empresas como a Totoya e seus concei-tos revolucionários de Controle de Qualidade que podem ser apli-cados a um fluxo de trabalho de mídia baseado em arquivo. Seguindo o modelo da montadora, segundo Abel podemos atin-gir novos níveis de confiança e segurança na criação de arquivos e processos de distribuição, “o que irá conduzir uma maior pro-dutividade e uma redução significativa no tempo e custos asso-ciados com retrabalhos”, defendeu o CEO.O objetivo básico do fluxo de trabalho da Toyota apresentado pelo executivo consistia na “eliminação total de desperdício”, e se baseia em dois métodos: a redução de desperdício e no jidoka, ou automação com um “toque humano”. A redução de desperdí-cio é sintetizada em fazer o que é necessário, quando necessário e na quantidade necessária. Outro ponto é a comunicação: des-

tacar e tornar visíveis os problemas. Segundo o especialista, a qualidade deve ser construída durante o processo de produção. “O toque humano na automação é fundamental em processos de empresa de comunicação”, segundo o CEO, “pois um indiví-duo pode julgar: o evento é um erro ou um evento criativo? Ar-bitrar: as ferramentas não funcionam, algo ou tudo está errado? Conhecer: os eventos podem ser convertidos em conhecimento, como algo padrão por decisão humana”.Por fim, Abel defende que o controle de qualidade é um negócio que tem um custo financeiro, mas traz benefícios. “Adicionar o con-trole de qualidade um processo de mídia automatizada pode garan-tir às empresas a medição de suas falhas; detectar mais falhas que em um processo de controle de qualidade isolado; pode reduzir a necessidade de um controle de qualidade para toda a mídia em to-das as etapas; pode reduzir o custo do controle de qualidade como um processo e é melhor feito com um toque humano”.

Para David Abel (Amberfin/ AD Digital), muito pode ser aprendido a partir de empresas como a Totoya, com os seus conceitos revolucionários so-bre Controle de Qualidade aplicados a um fluxo de trabalho com mídia baseada em arquivo

A maioria dos fabrican-tes do setor já se adap-tou os seus produtos ao controle de loudness, buscando trazer sem-pre as correções para as primeiras etapas do processo de produção

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