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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I

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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Artigos

Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE

I

AS BORBOLETAS DA POESIA BRASILEIRA DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO

Profª do PDE: Verenice Maria Gutierrez Neuman

Prof. do PDE: Rogério Caetano Almeida RESUMO

O Projeto ―As borboletas da Poesia Brasileira‖ dando asas à imaginação consistiu no estudo de como a interação com a poesia se tornou uma das principais responsáveis pelo entendimento e desenvolvimento pleno da capacidade do estudante. O objetivo foi trabalhar com o aluno, desenvolvendo a leitura, de uma forma espontânea. Tal metodologia levou o aluno a ler repetidas vezes os poemas de diversas formas, levando-os à reflexão, à memorização, à musicalidade, à declamação e ainda fazendo a interdisciplinaridade com a disciplina de ciência e arte. Desta forma, o propósito foi primeiramente fazer um estudo do que entenderam por poema/ poesia. Posteriormente, possibilitou-se a leitura e a produção de seus próprios textos poéticos, através de unidade temática, tendo como eixo condutor obras de grandes poetas e escritores como Roseana Murray, Vinícius de Moraes e Cecília Meireles. Nesse contexto, o aluno descobriu que a poesia leva ao trabalho e à manipulação da linguagem. Com as palavras contidas nos poemas, realizou-se a análise lingüística possibilitando ao educando perceber as diferentes formas de uso dos mesmos, assim compreendendo os recursos que o texto oferece. Tendo como público-alvo desta intervenção os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual General Carneiro, Município de Lapa.

Palavras-chave: poesia; leitura; alunos.

1. INTRODUÇÃO

Na educação atual, é evidente a importância da formação de leitores e

escritores, assim sendo, a prática de leitura e escrita são ações significativas , e a

falta de leitura é apresentada como o maior entrave na compreensão do texto,

consequentemente, na atuação crítica do indivíduo na sociedade.

A leitura foi vista de várias formas na escola. Primeiro, a leitura era usada

apenas para ensinar a ler, depois para ler e reconhecer estruturas e atualmente, o

leitor tem o papel de interagir com a leitura, criando formas de conhecer e vivenciar

tudo dentro de seu contexto social.

Neste pensar, temos Cecília Meireles, uma grande escritora/poeta que já em

sua época exibira vários livros comentando sobre como deveria ser o leitor ideal,

não um decodificador, decifrador de letras, que lê com utilidade e prazer.

Lajolo (2000) também contribui com esse pensar. O aluno já traz para a

escola o seu mundo de leitura, sua preferência. Portanto, o professor, como seu

mediador, deve observar a sua preferência textual individual e ofertar, de início,

textos de seu conhecimento. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a

concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem

fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode encerrar-se nela.

A mesma autora enfatiza que a leitura inicia-se na escola e não é constituído

somente por livros, revistas, mas de tudo que está ao nosso redor, ao nosso alcance

e que se refere à nossa vida cotidiana, neste contexto, que se facilitará a

alfabetização.

Bordini e Aguiar (1993) defendem a utilização de diferentes gêneros textuais

para o desenvolvimento do leitor. Numa sociedade desigual, os problemas de leitura

se diversificam conforme as características de classe. As soluções passíveis se

orientam para o pluralismo cultural, ou seja, a oferta de textos diversos, que deem

conta das diferentes representações sociais

Cosson (2009) também faz referência à leitura, explicando as quatro etapas

da sequência básica: ―a motivação‖, que consiste na preparação do aluno para que

ele ―entre‖ no texto. ―A introdução‖ é a apresentação do autor e da obra. A terceira

etapa é a leitura do texto em si, que deve ter um acompanhamento do professor. A

última etapa é a interpretação e, para o autor, ela se dá em dois momentos, um

interior e outro exterior. O momento interior compreende a decifração, é chamado de

―encontro do leitor com a obra‖ e não pode ser de forma alguma substituído por

algum tipo de intermediação como resumo do livro, filmes, minisséries. Já o

momento exterior é a ―materialização da interpretação como ato de construção de

sentido em uma determinada comunidade‖ (p. 65).

Desta forma, escolhemos a poesia como gênero textual que possibilita,

quando bem trabalhada, a formação de um proficiente, de decifrar o código e

interpretar o texto.

De acordo com Nelly Coelho (2000), ―a literatura infantil é, antes de tudo,

literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o Mundo, o

Homem, a Vida, através da palavra‖ (2000, pg. 27).

Com a leitura de Lajolo (2000) e Coelho (2000), nota – se que ambas colocam

a poesia não só como texto para mero trabalho de estrutura, mas sim como texto de

leitura de mundo, mostrando que através do poema podemos ir além, colocando

nossos sentimentos e observando que no contexto sempre existe algo a mais, que

deve ser trabalhado com os alunos.

Além de todos os benefícios oferecidos pela leitura de diferentes gêneros

textuais, pode-se dizer que o estudo da poesia é uma atividade pedagógica que

pode também ensinar a análise linguística, mostrando por meio desse gênero novas

realidades e formas de aplicar esses cognitivos.

Toda pesquisa surge da necessidade de se resolver um problema existente

na realidade e pesquisas apontam que, de fato, a poesia não está muito presente na

vida dos alunos. Assim, a pesquisa teve como perguntas: seria a poesia um veículo

de revelação da língua? De que forma isso seria possível? E a língua interferiria na

compreensão do mundo? Quais as melhores maneiras de facilitar a leitura da

poesia?

A pesquisa é de relevância na área da educação, porque auxiliará no

aprofundamento da importância da poesia nas salas de aula para o desenvolvimento

crítico e trabalho com a análise linguística. Para a sociedade, o trabalho é relevante,

tendo em vista que se intensificado o trabalho de interpretação, teremos mais

cidadãos ativos, capazes de modificar a sociedade positivamente.

Neste contexto, o objetivo do trabalho é orientar para o hábito de leitura

sistematizada e poetizada com significância, ofertando para os alunos a

possibilidade de desafio da descoberta da poesia como uma importante fonte de

desenvolvimento linguístico e crítico.

Como metodologia, utilizou-se da pesquisa bibliográfica com consultas em

obras dos autores citados dos escritores: Hans Robert Jauss com a teoria conhecida

como Estética da Recepção. Nela o autor apresenta sete teses com a finalidade de

propor uma metodologia para (re) escrever a história da literatura.

Compartilhando da teoria de Jauss, Wolfgang Iser apresenta a Teoria do

Efeito, a qual reflete sobre o resultado estético da obra literária no leitor durante a

recepção. Ao desenvolver esse estudo, Iser trabalha com os conceitos de ―leitor

implícito‖; ―estruturas de apelo‖ e ―vazios do texto‖.

Paralelos à reflexão, foram trabalhados textos dos poetas Vinícius de Moraes

com o poema ―As Borboletas‖; Roseana Murray com o poema ―Quero asas de

Borboleta azul‖; e Cecília Meireles com o poema ―O Leilão de Jardim‖.

As atividades referem-se ao ensino e aprendizagem da leitura, tendo como

público objeto desta intervenção, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do

Colégio Estadual General Carneiro/Lapa.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo Lajolo (2010), a história de leitura de cada um de nós é, ao mesmo

tempo, coletiva e individual, às vezes começa nas ruas, outras vezes na escola,

outras em casa. É a partir dessa história e com essas experiências que o professor

deve trabalhar a leitura com seus alunos, ensinando-os a gostar de ler, fazendo

nascer neles o gosto pela leitura.

Neste contexto é importante a clareza de que cabe à escola mostrar que a

leitura não precisa ser mecânica e se resumir a codificação e decodificação, mas ser

instrumento para melhorar o saber que vai além da própria escrita, o saber de

mundo.

Para que a leitura cumpra o papel que precisa cumprir na vida dos alunos, a escola não pode ter como padrão uma leitura mecânica e desestimulante. Ao contrário, a escola pode e precisa tornar seus alunos capazes de uma leitura abrangente, crítica, inventiva. Só assim os livros farão sentido na vida deles. E só assim a escola estará ensinando seus alunos a usarem leitura e livros para viverem melhor. (Lajolo, 2005, op.cit., p.13)

Esta leitura mais abrangente recebe o nome de letramento que significa a

capacidade e os conhecimentos, os processos de interação e as relações sociais.

Cosson (2006) expande o termo letramento, enfatizando que há diferentes

tipos de letramentos. Entre eles, o letramento literário ocupa um lugar único em

relação à linguagem. Ou seja, cabe à literatura ―[...] tornar o mundo compreensível

transformando a sua materialidade em palavras de cores, odores, sabores e formas

intensamente humanas.‖ (COSSON, 2006b, p. 17)

Ainda enfatiza que:

―[...] devemos compreender que o letramento literário é uma prática social e, como tal responsabilidade da escola. A questão a ser enfrentada não é se a escola deve ou não escolarizar a literatura, como bem nos alerta Magda Soares, , mas sim como fazer essa escolarização sem descaracterizá-la, sem transformá-la em um simulacro de si mesma que mais nega do que mais nega do que confirma seu poder de humanização. (COSSON, 2009, p. 23)

Partindo do ponto de que o ato de ler está em nós desde quando nascemos,

pois já encontramos a sociedade criada pelas gerações anteriores, observamos que

a poesia desde tempos remotos é produzida, porém nem todos podiam ter acesso,

por ser considerado um gênero textual muito complexo e para classes mais

favorecidas. É a partir daí que tomaremos conhecimento de como a poesia faz parte

de nossa cultura.

Assim, para fundamentar optou-se por escritores infanto-juvenis, com o intuito

de que os alunos apreciem mais esses poetas, tendo em vista que os poemas

escolhidos estão de acordo com a faixa - etária a ser trabalhada e vem ao encontro

das necessidades da sala de aula.

Cecília Meireles em relação a esse assunto pensava o seguinte:

[...] Costuma-se classificar como Literatura Infantil o que para elas (crianças) se escreve. Seria mais acertado, talvez, assim classificar o que elas leem com utilidade e prazer. Não haveria, pois, uma Literatura Infantil ―a priori‖, mas ―a posteriori‖. (MEIRELES, 1979, p. 19) [...] em lugar de se classificar e julgar o livro infantil como habitualmente se faz, pelo critério comum da opinião dos adultos, mais acertado parece submetê-lo ao uso – não estou dizendo a crítica – da criança, que, afinal, sendo a pessoa diretamente interessada por essa leitura, manifestará pela sua preferência, se ela satisfaz ou não. Pode até acontecer que a criança, entre um livro escrito especialmente para ela e outro que o não foi, venha a preferir o segundo. (MEIRELES, 1979, p. 27)

Também Lajolo, numa perspectiva mais atual, porém na mesma linha de

raciocínio de Cecília diz: ―A leitura só se torna livre quando se respeita, ao menos

em momentos iniciais do aprendizado, o prazer ou a aversão de cada leitor em

relação a cada livro. Ou seja, quando não se obriga toda uma classe à leitura de um

mesmo livro.‖ (LAJOLO, 2000:10).

Quando oferecemos ao estudante esta possibilidade de escolhas,

contribuímos para a aquisição do gosto pela leitura, não uma leitura mecânica como

foi citada acima, mas uma leitura prazerosa.

Este prazer em ler faz com que fique perceptível que a leitura faz parte do

mundo e aperfeiçoe nossa capacidade de interpretá-lo. Porém, para que esta leitura

de mundo se amplie é preciso ler diferentes tipos de textos. Lajolo (2000) explica tal

necessidade com muita precisão:

E a gravidade aumenta quando se sabe ‖E a gravidade aumenta quando se sabe que, para muito além do conhecimento mecânico de metodologias e técnicas de desenvolvimento da leitura, a formação de um leitor exige familiaridade com grande número de textos.‖ (p.108)

Assim, trabalhar com poesia na escola é fazer com que o aluno signifique o

mundo através de símbolos poético para melhorar o domínio da linguagem, ampliar

o vocabulário e a capacidade de contextualização do aluno.

Em vista disso, a falta de leitura apresenta-se como o maior entrave na

compreensão do texto. Com todas estas observações, tentamos mostrar que a

leitura de diversos gêneros textuais, inserindo aqui a leitura em diferentes mídias,

faz parte da leitura mundo e essa leitura vai nos auxiliar no nosso dia a dia. Assim,

segundo as diretrizes ―ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus

conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias

vozes que o constituem‖ (PARANÁ, 2008, p.56).

As diretrizes mostram que devemos observar que para haver uma leitura

efetiva precisamos ter conhecimento de quem é o leitor em questão.

Também Lajolo enfatiza que ―Ler não é decodificar, como num jogo de

adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe

significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada

um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria

vontade, entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não

prevista‖. (1993, p.15)

A leitura não é só passar de olhos, é saber o que significa, porque foi escrito,

para qual público e principalmente saber se relacionar com o que está escrito,

posicionando-se criticamente.

Com todas essas reflexões a respeito de leitura/leitor, chegamos ao ponto

referente à literatura que nada mais é que a cultura, o lúdico e a realidade de nossos

textos. Então, Cosson nos diz: ―A literatura serve tanto para ensinar a ler e escrever

quanto para formar culturalmente o indivíduo‖ (Cosson, 2006, p. 20).

Quando Cosson nos diz que literatura pode ser o agrupamento de cultura,

lúdico e realidade e no processo de ensino e aprendizagem que, com o pensar na

análise linguística remete ao ensinar a ler e escrever culturalmente.

E também que ―O segredo maior da literatura é justamente o envolvimento

único que ela nos proporciona em um mundo feito de palavras.‖ (COSSON, 2006,

p.29)

Hans Robert Jauss defende a teoria conhecida como Estética da Recepção.

Nela, o autor apresenta sete teses com a finalidade de propor uma metodologia para

(re) escrever a história da literatura.

A primeira tese aborda a relação entre leitor e texto; a segunda destaca o

saber prévio do leitor, o qual reage de forma individual diante da leitura; a terceira

enfatiza o horizonte de expectativas; a quarta tese aponta a relação dialógica do

texto; na quinta, Jauss discute o enfoque diacrônico, que reflete sobre o contexto em

que a obra foi produzida e a maneira como ela foi recebida e (re) produzida em

diferentes momentos históricos; a sexta tese refere-se ao corte sincrônico, no qual o

caráter histórico da obra literária é visto no viés atual. Jauss defende que a

historicidade literária é compreendida quando há um trabalho conjunto do enfoque

diacrônico com o corte sincrônico; na última tese, o caráter emancipatório da obra

literária relaciona a experiência estética com a atuação do homem em sociedade.

A partir da teoria de Jauss, Wolfgang Iser apresenta a Teoria do Efeito, a qual

reflete sobre o resultado estético da obra literária no leitor durante a recepção. Ao

desenvolver esse estudo, Iser trabalha com os conceitos de ―leitor implícito‖;

―estruturas de apelo‖ e ―vazios do texto‖.

Para o desenvolvimento do projeto, utilizamos como suporte o Método

Recepcional de Bordini & Aguiar (1988, p.83), que citam ―A atitude de interação tem

como pré-condição o fato de que texto e leitor estão mergulhados em horizontes

históricos, muitas vezes distintos e defasados, que precisam fundir-se para que a

comunicação ocorra.‖

Esta comunicação que as autoras mostram deve ser trabalhada com o aluno

de forma que a linguagem do texto aplicado tenha valor crítico e seja carregada de

descrição e valor simbólico.

Tal método propõe que sejam desenvolvidas algumas etapas no trabalho

docente divididas em cinco: determinação que mostra o interesse do aluno;

atendimento as expectativas que vai levar em conta a satisfação; ruptura seria a

mudança de leitura que abale o conhecimento; questionamento de Horizonte de

expectativa, momento em que irá comparar os dois momentos anteriores e assim

chegando à ampliação de expectativa onde o aluno conscientiza-se das alterações

com uma postura em relação à literatura e a vida.

Por isso, informar a eles o essencial para que possam buscar seu nível de

entendimento, dentro de uma poesia que deverá descontrair cada um, levar a

experimentar lúdica e verdadeiramente sua vivencia.

Na estética da Recepção, centrada na atuação do leitor, o texto é parte do

processo de conhecimento e não uma entidade autônoma, separada individualizada.

Com estas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética da

Recepção, a Teoria do Efeito podem servir como eixo teórico para construir uma

reflexão no que refere à literatura, levando em conta o papel do leitor e a sua

formação. Conforme escreveu (RICARDO,1966, p.15) ―Toda arte fala; mas a poesia

é a única que fala a linguagem das palavras‖. Com esta frase percebemos que o

poema não é um texto só para ser lido e emocionar, mas também é razão, sentido,

sensibilidade e linguagem.

3. IMPLEMENTAÇÃO

As atividades aplicadas referem-se ao ensino e aprendizagem da leitura,

tendo como público alvo desta intervenção os alunos do 6º ano do Ensino

Fundamental do Colégio Estadual General Carneiro/Lapa. As etapas de aplicação

seguem abaixo:

Primeiramente realizou-se uma conversa com os alunos sobre a proposta

didática que seria desenvolvida, seus objetivos, a justificativa da escolha do tema, as

atividades propostas, a forma de avaliação e os resultados a se alcançar junto aos

alunos.

Para dinamizar a introdução foram apresentados vídeos de domínio público,

com imagens e músicas: - As mais lindas e fascinantes Borboletas com a música

The most beautiful butterfly! (parte 1)

https://www.youtube.com/watch?v=h_YuAs9Dzw8 data de acesso ao site

05/10/2014 e Borboletas/Vitor & Leo http://youtu.be/GY1XoCZxXN4 em 05/10/2014.

Após a exibição dos vídeos e músicas foram preparadas perguntas para os

estudantes, como objetivo de ampliar o grau de compreensão, entre elas: qual o

tema, se observaram a diferença entre os vídeos, o primeiro tinha o som da música

e as imagens enquanto que no segundo também apareceu a letra da música.

Na sequência, foram ministradas aulas aos alunos com o objetivo de trabalhar

a leitura de forma espontânea, apresentando os poemas de diferentes formas,

permitindo a reflexão, a musicalidade, a declamação e interdisciplinaridade.

Na primeira aula, foi apresentado aos estudantes o poema de Cecília Meireles

―O Leilão de Jardim‖ e solicitado diferentes tipos de leitura: em silêncio, em voz alta,

repetir em voz alta todos juntos para perceberem a musicalidade da poesia, estes

procedimentos foram feitos de forma expositiva pelo professor, para o contato do

aluno com o gênero textual em estudo.

Durante a exposição, estabeleceu-se um diálogo com a turma sobre a riqueza

e importância da poesia, provocando os alunos para apresentarem suas opiniões a

respeito do assunto, suas experiências com leitura e produção do gênero textual em

discussão. O trabalho foi intensificado com perguntas dirigidas: Vocês conhecem

borboletas? Alguma vez conseguiram apanhar alguma? Sabem que as borboletas

vêm da metamorfose da lagarta? Qual o gênero textual usado? Vocês já haviam lido

poema antes? Qual o assunto? Sabem o que é leilão? Já participaram de algum?

Os alunos, por meio de diálogo com a professora, e demais colegas, tiveram

a oportunidade de expor o que sabiam e ampliar o conhecimento.

Para fixação da aula e incentivo, como tarefa para casa, uma pesquisa sobre

leilão o com o objetivo de desencadear o tema para a próxima aula.

Percebeu-se que os alunos gostaram muito da aula, ficaram motivados para

prosseguirem com o trabalho.

Na segunda aula, como planejado, foi retomado o assunto sobre leilão, e

pedido para que os estudantes comentassem sobre as novas descobertas que

fizeram por meio da pesquisa. Foram convidados a imaginar um leilão e criar um

acróstico usando a palavra LEILÃO, reescrever e trocar com seus colegas para que

observem se está pronto ou precisa ser reescrito novamente, após colocar em

exposição.

Na sequência, após leitura em voz alta da poesia de Vinícius de Moraes ―As

Borboletas‖, depois silenciosa e repetir em voz alta todos juntos para perceber a

musicalidade, de forma expositiva pelo professor, para o contato do aluno com o

gênero textual em estudo, comentando sobre a riqueza e importância da poesia,

provocando os alunos a darem suas opiniões sobre o assunto, suas experiências

com leitura e produção do gênero textual em discussão.

Em seguida expor na TV multimídia do site www.youtube.com.br

http://www.youtube.com/watch?v=K0h4aEXW_RM&feature=youtu.be o áudio

extraído do álbum: Partimpim Dois. Artista & intérprete: Adriana Calcanhotto.

Canção: As borboletas. Poema: Vinicius de Moraes. Música: Cid Campos.

Gravadora: Sony-BMG, para comparar com a escrita, observar a melodia. Enfim

pedir que observem se há alguma relação com o primeiro poema se os significados

são os mesmos.

Apresentou-se um texto que foi trabalhado na disciplina de ciência explicando

o que é uma borboleta e o que acontece com ela no decorrer de sua vivência

(atividade propostas nas aulas de ciência).

Após a aula de ciência, o professor entregou aos alunos o poema de José

Paulo Paes com o tema ―Metamorfose‖ e pediu que realizassem a leitura. No

próximo momento cada um anotou, respondendo o que significava metamorfose e

as diferentes cores das borboletas? Dialogou sobre o assunto, após a reflexão

escreveu uma palavra que chamou atenção em um pequeno pedaço de papel e uma

qualidade (positiva) que achava importante em um colega de sala. Em seguida,

pediu que escrevessem uma frase com as palavras destacadas por eles.

Ao final, o professor escreveu as frases no quadro, tentando produzir um

poema para evidenciar a especificidade de cada ser, mas cada um tem seu lugar no

mundo.

Na aula seguinte, foi comentado o poema de Roseana Murray, ―Asas‖, e qual

o significado de poema. Observaram algumas semelhança e diferenças entre os três

poemas e os vídeos. Exemplo: Se eles conhecem borboletas, nas suas casas existe

jardim, também foram instigados a ir além, notar que um poema pode estar falando

de diferenças raciais.

Permitiu-se a exposição das ideias, em seguida solicitou aos meninos que

realizassem a leitura da primeira estrofe, as meninas a segunda, todos juntos a

terceira com entonação de voz dos alunos durante a leitura.

Depois que em silêncio, escutassem os sons ao seu redor para que

percebessem que quando o poeta utiliza o ritmo não é por acaso, e sim já pensado

para indicar o contexto.

Os estudantes foram convidados a copiarem o poema e mudarem as rimas

por outras que tivessem o mesmo significado. Socializaram fazendo a leitura do

poema que criaram para os colegas.

Considerando as atividades propostas nas etapas anteriores dos três

poemas, o professor explicou aos estudantes o que é figura de linguagem e em

especial o que é metáfora, em seguida assistiram ao vídeo sobre esta figura de

linguagem. Metáforas: para aprender melhor e memorizar mais rápido:

https://www.youtube.com/watch?v=LRirc1j5JhI

Dando continuidade sugeriu-se a relação das metáforas aos sons observados

cotidianamente. Ex: sons dos pássaros, do subir escadas, do caminhar...

Em seguida solicitou-se aos alunos que retirassem metáforas dos poemas e

consequentemente criassem novas metáforas para os elementos que seguiam.

Exemplo: uma pessoa brincalhona muito querida ―é um lindo palhaço‖. ―Crianças

brincando, o mar bravo, o medo‖. Comparar esses elementos com pessoas, formas,

animais, plantas, outros elementos da natureza.

Com as metáforas os estudantes criaram haikais. Para que entendessem

esse tipo de poesia foi entregue a eles vários haikaiss, para que lessem. O professor

explica o que é, sua estrutura e depois cada aluno produz o seu. Observaram a

escrita e depois fizeram a exposição na sala dos professores.

Em grupos, no máximo 04 alunos, os estudantes foram convidados a reler os

três primeiros poemas e identificar as imagens que mais gostaram.

Individualmente produziram seu texto, baseando-se na atividade anterior,

socializaram lendo para os outros três do grupo e vice-versa, escolheram um dos

quatro para ler para a turma.

Foi feita a reescrita dos poemas para competição, explicado que eles seriam

conhecidos por muitas pessoas, portanto deveria ser revisto.

Adiante, com o poema ganhador, todos elaboraram um desenho com seu

próprio estilo, utilizaram diferentes materiais, o significado do desenho foi explicado

por eles. Foi selecionado Selecionar o desenho que explicou melhor o poema

ganhador.

Produziram um mural com os poemas e ilustrações, destacaram o poema

ganhador.

Para ampliação do assunto foi conversado com todos, em círculo, sobre como

gostariam que fosse o mundo quando fossem adultos? Descreveram o mundo em

que desejariam viver, as casas, cidades, meios de transportes, relacionando a

natureza, descreveram se gostariam que existissem borboletas, pássaros rios...

Elaboraram um mural no anfiteatro da escola com os acrósticos e as

descrições do futuro.

Com o objetivo de proporcionar outros momentos de leitura foi indicado: ―A

menina que colecionava Borboletas‖, de Bruna Vieira, ―A Metamorfose‖, de Franz

Kafka, ―Sangue de Lobo‖, de Helena Gomes e Rosana Rios. E alguns poetas como

Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Helena Kolody e Mario Quintana.

Também, durante o período de implementação do projeto na escola, ocorreu

a sua sociabilização, por meio do Grupo de Trabalho em Rede – GTR, no Ambiente

Virtual de Ensino e Aprendizagem ―e-escola”, da Secretaria de Estado de Educação

do Paraná. Vale ressaltar que ambos – projeto e GTR – fazem parte das ações

desenvolvidas pelos professores inscritos no Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, do Estado do Paraná.

No GTR, são apresentados: o projeto, a unidade didática e a implementação,

divididos em três módulos, sendo que: o módulo I possibilitou o debate em grupo,

sobre leitura de várias formas, buscando desenvolver o gosto pela poesia, bem

como ampliar a capacidade de compreensão e criação. O objetivo era instigar a

curiosidade dos colegas de Língua Portuguesa, e também estudar sobre como a

interação com a poesia torna-se uma das principais responsáveis pelo entendimento

e desenvolvimento das habilidades de leitura, da interpretação e fluência da escrita

pelo estudante de 6° ano. O autor/leitor deve estar presente no dia a dia, não

apenas de forma verbal ou escrita, mas também no espaço que o cerca, dentro e

fora da escola, conseguindo um melhor efeito com atividades que permitem o brincar

com as palavras.

Os objetivos deste segundo módulo foi refletir, opinar e socializar os

conteúdos apresentados no Projeto de Intervenção Pedagógica, na Produção

Didático-Pedagógica e no material estudado no Módulo l, relacionando-os entre si,

com vistas a trazer contribuições para o debate, em que o referencial teórico-

metodológico é sociocognitivo.

O terceiro módulo foi para a análise desta proposta de implementação,

contribuindo com estratégias possíveis para contornar obstáculos e superar

fragilidades a serem socializadas com professores da rede pública de ensino do

estado, formando uma rede de formação continuada. Para cada uma das temáticas,

foram criados fóruns e diários, onde se discute com os professores participantes do

GTR um aspecto considerado relevante para a temática.

Pode-se observar que as participações foram proveitosas, havendo uma

grande interação entre os participantes, que destacaram muito bem a importância da

leitura e como despertá-la. Além disso, ressaltou-se o uso da poesia para atingir

esse objetivo.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Integrando as atividades do PDE, o projeto apresentado permitiu a ampliação

teórica e prática contribuindo para o ensino e aprendizagem da leitura.

Tomando o gênero poesia como ponto de partida, integrando com outros

gêneros textuais, ele possibilitou aos alunos diferentes olhares sobre uma mesma

temática permitindo visões diferenciadas de mundo e cultura presente nos

acrósticos, ilustrações, haicais. Essa dinâmica de apresentar uma temática

utilizando-se de diferentes textos, suscitou uma nova forma de ver o mundo que os

cerca, de ler esse mundo, da mesma forma que incentivou a leitura.

As produções feitas pelos próprios estudantes valoriza a produção dos alunos

e proporciona uma socialização do material escrito. Segundo Larossa, ( 2003, p.

139) ―a leitura em público é um convite ao ato do ensinar e do aprender que propõe

aos leitores a experiência da mesma em comum‖.

Bem sabemos que para aproximar o aluno de textos escolares é preciso

trabalhar em sala de aula com a diversidade textual. Essa aproximação

proporcionou condições para que os estudantes compreendessem o funcionamento

dos gêneros textuais, apropriando-se, a partir disso, de suas peculiaridades, o que

facilitou o domínio que deverá ter sobre eles. Além disso, o trabalho com gêneros

contribui para o aprendizado de prática de leitura, de produção textual e de

compreensão. É necessário ter a consciência de que a escola é um ―autêntico lugar

de comunicação‖ e as situações escolares ―são ocasiões de produção e recepção de

textos‖ (Schneuwly e Dolz, 2004, p. 78).·

Ao término desse projeto, pode-se refletir sobre a importância de se usar

metodologias diferenciadas que promovam a leitura na sala de aula de várias

maneiras e sua abordagem, devendo-se buscar a interação dos alunos com os

textos propostos, fazendo-os interagir com esse contexto e nele interferir, a partir de

leituras agradáveis, motivadoras e críticas.

Para a introdução de leitura, os vídeos com imagem, com música e outro com

imagem, música e letra da música, referente ao tema ―Borboleta‖, permitiram a

observação de que existem várias formas de leituras, não só as já conhecidas e

principalmente a observação de que não fazemos a mesma leitura, existem pontos

diferentes que são observados.

Cosson (2009, p. 65) explica que:

Na escola é preciso compartilhar a interpretação e ampliar os sentidos construídos individualmente. A razão disso é que, por meio do compartilhamento de suas interpretações, os leitores ganham consciência de que são membros de uma coletividade e de que essa coletividade fortalece e amplia seus horizontes de leitura.

Foi possível observar que os poemas trabalhados no projeto foram bem

receptíveis e que os alunos não tinham o hábito de ler em grupo, somente leitura

silenciosa e em voz alta. Notou-se que no início tiveram alguma relutância em ler e

principalmente em grupo, mas com reflexões em torno de que devemos trabalhar em

grupo e que existe o "jogral" que é um trabalho de leitura em coro, então

conseguimos que as fizessem.

A abordagem sobre a riqueza e a importância da poesia, provocando os

alunos a darem suas opiniões sobre o assunto, suas experiências com leitura e

produção do gênero textual em discussão foi muito enriquecedora, além de

favorecer o trabalho em grupo e incentivar a leitura, possibilitou o trabalho com a

oralidade. (Lajolo 2010, p.28) ―Quando lemos em voz alta para um grupo de pessoas

— uma classe, por exemplo — somos (literalmente) porta-vozes do texto que

estamos lendo‖.

Tendo em vista o exposto, considera-se, que o projeto atingiu aos objetivos

propostos, promovendo, além de atividades visando à sensibilização e gosto pela

leitura, a reflexão e trocas de experiências sobre sua abordagem. As ações de

incentivo à leitura da literatura dão maior qualidade à ação do professor, além de

ampliar os horizontes do mundo escolar, auxiliando na formação de alunos leitores.

Além disso, trabalham também o desenvolvimento da oralidade, da escrita, a

percepção dos sentidos presentes no texto, a criticidade e a identidade,

promovendo, assim a leitura compreensiva de mundo bem como a expansão do

horizonte de expectativas dos alunos.

REFERÊNCIAS AGUIAR, V.T. de; B., M. da G. Literatura: a formação do leitor – alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. COELHO, Nely Novaes. Literatura infantil: teoria, ANÁLISE DIDÁTICA. São Paulo: Moderna, 2000, pg. 27.

COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.de N Goldstein - Citado por 236 - Artigos relacionados Versos, Sons E Ritmos. Norma Goldstein. Capítulo 1. Data de acesso: 06-14/08/2014 COSSON, Rildo. Letramento literário: educação para vida. Vida e Educação, Fortaleza, v. 10, 2006a. JAUSS, H. R.A história da literatura como provocação a teoria literária. São Paulo: Ática, 1994. KLEIN,L. R .Fundamentos do Ensino da Língua Portuguesa. Curitiba: IESDE,2004.______e SHAFASCHEK, R. Alfabetização. In Currículo Básico para a Escola Pública. Secretária de Educação do Paraná. 1990. LAJOLO, M. O texto não é pretexto. In: ZILBERMAN, R. (Org.). Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 3. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1984. p 51-62. LAJOLO, Marisa. Meus alunos não gostam de ler... O que eu faço? MEC/CEFIEL, 2005.) LAJOLO. Marisa. Meus alunos não gostam de ler? O que eu faço? Centro de Formação de Professores do Instituto de Estudos da Linguagem, 2010. LARROSA, Jorge. Literatura, experiência e formação. In: COSTA, Marisa Vorraber (org). Caminhos Investigativos: Novos olhares na pesquisa em educação 2ª. ed. Rio de Janeiro: editora DP&A, 2002 PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica – língua portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. SCHENEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Gláis Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004. SILVA, Ezequiel Theodoro da, Leitura na escola e na biblioteca. São Paulo: Papirus, 1986 ZILBERMAN, R.; SILVA, E. T. da. Literatura e pedagogia: ponto contraponto. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990.

ANEXOS

Poemas que serão utilizados:

I) LEILÃO DE JARDIM

Quem me compra um jardim com flores?

Borboletas de muitas cores,

lavadeiras e passarinhos,

ovos verdes e azuis nos ninhos?

Quem me compra este caracol?

Quem me compra um raio de sol?

Um lagarto entre o muro e a hera,

uma estátua da Primavera?

Quem me compra este formigueiro?

E este sapo, que é jardineiro?

E a cigarra e a sua canção?

E o grilinho dentro do chão?

(Este é o meu leilão.)

Cecília Meireles

II) AS BORBOLETAS

Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas

Brincam

Na luz

As belas

Borboletas.

Borboletas brancas

São alegres e francas.

Borboletas azuis

Gostam muito de luz.

As amarelinhas

São tão bonitinhas!

E as pretas, então

Oh, que escuridão.

(Vinicius de Moraes)

III) ASAS

―Quero asas de borboleta azul

Para que eu encontre

O caminho do vento

O caminho da noite

A janela do tempo

O caminho de mim ‖

(Murray Roseana, 1992, p. 13)

Do site: www.youtube.com.br áudio extraído do álbum: Partimpim Dois. Artista&

intérprete: Adriana Calcanhotto. Canção: As borboletas. Poema: Vinicius de Moraes.

Música: Cid Campos. Gravadora: Sony-BMG.

―A alma é uma borboleta‖... há um instante em que uma voz nos diz

que chegou o momento de uma grande metamorfose..." Rubem Alves

Gosto da noite imensa, triste, preta, como esta estranha borboleta

Que eu sinto sempre a voltejar em mim! Florbela Espanca

Hai-Kai de Outono

Uma borboleta amarela?

Ou uma folha seca

Que se desprendeu e não quis pousar?

Mario Quintana

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.

Rubem Alves

Deveríamos ser como borboletas, e ter a coragem de enfrentar

a metamorfose da vida, para sermos livres.

Sopra vento

Segura-te borboleta

Na pétala da flor.

Rodrigo de Almeida Siqueira

Janela fechada:

borboleta na vidraça

dá cor ao meu dia.

Anibal Beça

Folha seca

sobre o travesseiro

acorda borboleta

Alice Ruiz

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas

venham até você.

Mario Quintana

Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar

Fernando Anitelli

Canal De Natalia Silva

http://www.youtube.com/watch?v=v7qzNnlpMSg&feature=youtu.be site visitado em

05/10/2014

Metamorfose

Me responda você

que parece sabichão:

se lagarta vira borboleta

por que trem não vira avião?

José Paulo Paes.

POEMAS REALIZADOS PELOS ALUNOS DO 6º ANO F