o programa de ajuste fiscal: reflexão para uma agenda de reformas

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O Programa de O Programa de Ajuste Fiscal: Ajuste Fiscal: Reflexão para uma Reflexão para uma Agenda de Reformas Agenda de Reformas Por: Por: Jurandir Gurgel Gondim Filho Jurandir Gurgel Gondim Filho Conselho de Política Fazendária-CONFAZ Conselho de Política Fazendária-CONFAZ 132º Reunião Ordinária- CONFAZ /Foz do Igu 132º Reunião Ordinária- CONFAZ /Foz do Igu Grupo de Gestores Financeiros Estaduais-GE Grupo de Gestores Financeiros Estaduais-GE

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O Programa de Ajuste Fiscal: Reflexão para uma Agenda de Reformas. Por: Jurandir Gurgel Gondim Filho. Conselho de Política Fazendária-CONFAZ 132º Reunião Ordinária- CONFAZ /Foz do Iguaçu Grupo de Gestores Financeiros Estaduais-GEFIN. Conteúdo da Apresentação. 1. Contextualização;. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

O Programa de O Programa de Ajuste Fiscal: Ajuste Fiscal:

Reflexão para uma Reflexão para uma Agenda de Agenda de ReformasReformas

Por:Por: Jurandir Gurgel Gondim FilhoJurandir Gurgel Gondim Filho

Conselho de Política Fazendária-CONFAZ Conselho de Política Fazendária-CONFAZ 132º Reunião Ordinária- CONFAZ /Foz do Iguaçu132º Reunião Ordinária- CONFAZ /Foz do IguaçuGrupo de Gestores Financeiros Estaduais-GEFINGrupo de Gestores Financeiros Estaduais-GEFIN

Page 2: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Conteúdo da ApresentaçãoConteúdo da Apresentação

1. Contextualização;1. Contextualização;

2. Fundamentos do 2. Fundamentos do Programa;Programa;

3. Resultados e 3. Resultados e Conseqüências;Conseqüências;

4. Perspectivas e 4. Perspectivas e ConsideraçõesConsiderações

Page 3: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Questões Fundamentais do Ambiente EconômicoQuestões Fundamentais do Ambiente Econômico

1. 1. ContextualizaçãoContextualização1.1.Abordagem Histórico-Institucional do Programa1.1.Abordagem Histórico-Institucional do Programa1.1.1.O Ambiente Econômico1.1.1.O Ambiente Econômico

Os constantes desequilíbrios financeiros, existentes em Os constantes desequilíbrios financeiros, existentes em boa parte dos governos subnacionais a partir dos anos 80 ( boa parte dos governos subnacionais a partir dos anos 80 ( Crise do EstadoCrise do Estado ): ):

•Incapacidade de geração de poupança pública-Crise Incapacidade de geração de poupança pública-Crise Fiscal; Fiscal;

•Configurações políticas (Configurações políticas (instabilidadesinstabilidades); ); •Instabilidades macroeconômicas; Instabilidades macroeconômicas; •Crise de desempenho: baixa qualidade na prestação Crise de desempenho: baixa qualidade na prestação

dos serviços públicos e as funções do Estado postas em dos serviços públicos e as funções do Estado postas em xeque;xeque;

•Baixa eficiência técnica, inclusive na administração Baixa eficiência técnica, inclusive na administração

das dívidas, ocasionando altos riscos nos das dívidas, ocasionando altos riscos nos refinanciamentos.refinanciamentos.

Page 4: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Compreensão do ProblemaCompreensão do Problema

1. 1. ContextualizaçãoContextualização1.1.Abordagem Histórico-Institucional do Programa1.1.Abordagem Histórico-Institucional do Programa1.1.2.Diagnose do Endividamento Público1.1.2.Diagnose do Endividamento Público

A crise fiscal se revelou mais forte, impondo aos Estados desses A crise fiscal se revelou mais forte, impondo aos Estados desses países, especificamente no Brasil, o dilema de assegurar um países, especificamente no Brasil, o dilema de assegurar um atendimento adequado das demandas da população a longo prazo atendimento adequado das demandas da população a longo prazo e contribuir para a manutenção do equilíbrio macroeconômico do e contribuir para a manutenção do equilíbrio macroeconômico do país no curto prazo, com o objetivo de assegurar o equilíbrio das país no curto prazo, com o objetivo de assegurar o equilíbrio das contas públicas por meio do atendimento às metas de superávit contas públicas por meio do atendimento às metas de superávit primário acordadas com a União.primário acordadas com a União.

Desde meados dos anos 80, logo após a eclosão da crise de Desde meados dos anos 80, logo após a eclosão da crise de endividamento internacional, os países altamente endividados se endividamento internacional, os países altamente endividados se dedicaram a promover o ajuste fiscal, a liberalizar o comércio, a dedicaram a promover o ajuste fiscal, a liberalizar o comércio, a privatizar estatizar, a desregulamentar a Economia. privatizar estatizar, a desregulamentar a Economia.

A partir dos anos 70, principalmente depois do primeiro choque A partir dos anos 70, principalmente depois do primeiro choque de petróleo, a política econômica do governo brasileiro passou a de petróleo, a política econômica do governo brasileiro passou a ser conduzida através da captação de recursos externos para ser conduzida através da captação de recursos externos para fechamento balanço de pagamentos. fechamento balanço de pagamentos.

Page 5: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Compreensão do ProblemaCompreensão do Problema

1. 1. ContextualizaçãoContextualização1.1.Abordagem Histórico Institucional do Programa1.1.Abordagem Histórico Institucional do Programa1.1.3.Diagnose do Endividamento Público1.1.3.Diagnose do Endividamento Público

Ao longo do período pós-estabilização, a situação fiscal dos governos central e estaduais, sofreram clara deterioração entre os anos de 1995 e 1998, os desequilíbrios fiscais persistiram e o aumento significativo das taxas de juros reais, a partir de meados de 1994, num contexto de elevado estoque de dívidas, especialmente a mobiliária, ampliou substancialmente as dificuldades para gestão financeira da dívida pública.

Até o advento do Plano Real em 1994, a correção monetária assimétrica dos orçamentos públicos das economias nacional e subnacionais, preservava parcialmente o valor real das receitas e depreciava os gastos, proporcionando um equilíbrio artificial nas contas públicas, encobrindo um grande deficit potencial.

Page 6: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Agenda de Reformas e Ajuste FiscalAgenda de Reformas e Ajuste Fiscal

1. 1. ContextualizaçãoContextualização1.1.Abordagem Histórico Institucional do Programa1.1.Abordagem Histórico Institucional do Programa1.1.4.Agenda para resolução do problema1.1.4.Agenda para resolução do problema

Em virtude desses desequilíbrios, em 1987 a União iniciou um Em virtude desses desequilíbrios, em 1987 a União iniciou um processo de auxílio aos estados, com o intuito de atender ao processo de auxílio aos estados, com o intuito de atender ao refinanciamento de dívidas vincendas até o final daquele ano e refinanciamento de dívidas vincendas até o final daquele ano e suprir recursos visando a financiar suprir recursos visando a financiar deficit deficit originados por originados por despesas correntes.despesas correntes.

A partir daí, ocorreram diversos socorros aos estados para A partir daí, ocorreram diversos socorros aos estados para refinanciamento de dívidas, mas, só em 1996, criou-se o refinanciamento de dívidas, mas, só em 1996, criou-se o Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal dos EstadosPrograma de Reestruturação e Ajuste Fiscal dos Estados, com , com regulamentação estabelecida pela Lei nº 9.496/97.regulamentação estabelecida pela Lei nº 9.496/97.

Page 7: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

2. 2. Fundamentos do Programa de Ajuste Fiscal-PAFFundamentos do Programa de Ajuste Fiscal-PAF2.1.Abordagem Institucional do Programa2.1.Abordagem Institucional do Programa2.1.1.Objetivo e Arcabouço conceitual2.1.1.Objetivo e Arcabouço conceitual

Visava não apenas à atenuação do problema de insuficiência de Visava não apenas à atenuação do problema de insuficiência de recursos dos Estados mas a promover metas acordadas recursos dos Estados mas a promover metas acordadas conjuntamente, a fim de erradicar as causas dos problemas, e conjuntamente, a fim de erradicar as causas dos problemas, e não somente os efeitos, para promover o ajustamento não somente os efeitos, para promover o ajustamento macroeconômico.macroeconômico.

Enfoque básicoEnfoque básico

A interrelação entre a União e os governos subnacionais e locais, A interrelação entre a União e os governos subnacionais e locais, em termos de gestão das finanças públicas, é um ponto de em termos de gestão das finanças públicas, é um ponto de grande significância para que a economia do país se estabilize a grande significância para que a economia do país se estabilize a longo prazo. longo prazo. Fatores:Fatores:

• Confiança na disciplina de mercado para determinar o limite do Confiança na disciplina de mercado para determinar o limite do endividamentoendividamento dos estados; dos estados; • Cooperação para os controles da dívida; Cooperação para os controles da dívida; • Limites resultantes da negociação entre os governos federal e Limites resultantes da negociação entre os governos federal e subnacionais;subnacionais;• Controle do endividamento subnacional; Controle do endividamento subnacional; • Regras específicas na Constituição ou em Lei; Regras específicas na Constituição ou em Lei; • Controles diretos do governo central sobre o endividamento Controles diretos do governo central sobre o endividamento subnacionalsubnacional..

Fundamentação Teórica do Arranjo InstitucionalFundamentação Teórica do Arranjo Institucional

Page 8: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

EstratégiasEstratégias

Por meio de uma pesquisa sistematizada, foram levantadas a Por meio de uma pesquisa sistematizada, foram levantadas a rentabilidade e a metodologia de cálculo de todos os títulos e rentabilidade e a metodologia de cálculo de todos os títulos e contratos das dívidas dos Estados que eram mantidos junto aos contratos das dívidas dos Estados que eram mantidos junto aos credores, bem como dos títulos e contratos de responsabilidade credores, bem como dos títulos e contratos de responsabilidade do Tesouro Nacional, emitidos em substituição a essas dívidas do Tesouro Nacional, emitidos em substituição a essas dívidas dos Estados.dos Estados.

A União assumiu e refinanciou as dívidas dos Estados, A União assumiu e refinanciou as dívidas dos Estados, possibilitando a recontratação das mesmas junto aos credores, possibilitando a recontratação das mesmas junto aos credores, que ocorreu com custos inferiores àqueles concedidos que ocorreu com custos inferiores àqueles concedidos anteriormente aos Estados.anteriormente aos Estados.

Direcionadores Estratégicos do ProgramaDirecionadores Estratégicos do Programa

• Metas e CompromissosMetas e Compromissos: Despesa de pessoal, arrecadação : Despesa de pessoal, arrecadação tributária, despesas de investimentos e tributária, despesas de investimentos e resultados primáriosresultados primários..

• A lei estabeleceu também medidas visando a restringir o alto A lei estabeleceu também medidas visando a restringir o alto grau de autonomia até então existente para a contratação de grau de autonomia até então existente para a contratação de empréstimos, via adequação da proporção de um montante de empréstimos, via adequação da proporção de um montante de dívida equivalente à receita líquida real anual de cada Estadodívida equivalente à receita líquida real anual de cada Estado. .

2. 2. Fundamentos do Programa de Ajuste Fiscal-PAFFundamentos do Programa de Ajuste Fiscal-PAF2.1.Abordagem Institucional do Programa 2.1.Abordagem Institucional do Programa 2.1.2. Marco Estratégico2.1.2. Marco Estratégico

Page 9: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Portfólio do endividamento com base Lei Nº 9.496Portfólio do endividamento com base Lei Nº 9.496

2. 2. Fundamentos do Programa de Ajuste Fiscal-PAFFundamentos do Programa de Ajuste Fiscal-PAF2.1.Abordagem Institucional do Programa 2.1.Abordagem Institucional do Programa 2.1.3. Consolidação do Arranjo Institucional2.1.3. Consolidação do Arranjo Institucional

• As dívidas mobiliárias; As dívidas mobiliárias; • As contraídas ao amparo do Voto CMN 162/95; As contraídas ao amparo do Voto CMN 162/95; • Outras que não tivessem sido alvo de refinanciamentos Outras que não tivessem sido alvo de refinanciamentos anteriores, segundo interesses de cada um dos Estados. anteriores, segundo interesses de cada um dos Estados.

• Os encargos financeiros foram Os encargos financeiros foram IGP-DIIGP-DI mais mais jurosjuros de no mínimo de no mínimo de de 6% a.a. com capitalização mensal6% a.a. com capitalização mensal;;

• Sistema de amortização com base na Sistema de amortização com base na Tabela Price;Tabela Price; • Para tornar factível o exercício das metas, no contrato de Para tornar factível o exercício das metas, no contrato de refinanciamento foram incluídas refinanciamento foram incluídas punições relacionadas ao punições relacionadas ao descumprimento das metas que levam ao aumento considerável descumprimento das metas que levam ao aumento considerável do custo dívida refinanciadado custo dívida refinanciada..

Principais termos financeiros e mecanismos de controlePrincipais termos financeiros e mecanismos de controle

Page 10: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

A economia obtida com o ProgramaA economia obtida com o Programa

A economia obtida pelo setor público com a assunção e A economia obtida pelo setor público com a assunção e refinanciamento da dívidas estaduais foi constatada pela refinanciamento da dívidas estaduais foi constatada pela diferença apurada entre o estoque dessas dívidas, corrigido pelo diferença apurada entre o estoque dessas dívidas, corrigido pelo custo dos contratos originais que os estados mantinham com os custo dos contratos originais que os estados mantinham com os credores, e o estoque dessas mesmas dívidas, atualizado pelo credores, e o estoque dessas mesmas dívidas, atualizado pelo custo dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional após o custo dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional após o refinanciamento e a assunção.refinanciamento e a assunção.

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.1.Resultados do Programa3.1.Resultados do Programa3.1.1. Aspectos Quantitativos-Redução do custo financeiro3.1.1. Aspectos Quantitativos-Redução do custo financeiro

Page 11: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Trajetória declinante do endividamento do setor públicoTrajetória declinante do endividamento do setor público

A relação dívida consolidada líquida/receita corrente líquida, na A relação dívida consolidada líquida/receita corrente líquida, na média ponderada de todos os estados do país, passou de 2,0, no média ponderada de todos os estados do país, passou de 2,0, no final do governo Fernando Henrique Cardoso, para 1,3 na última final do governo Fernando Henrique Cardoso, para 1,3 na última informação disponível, referente a agosto de 2007. informação disponível, referente a agosto de 2007.

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.1.Resultados do Programa3.1.Resultados do Programa3.1.2. Aspectos Quantitativos-Redução do Endividamento3.1.2. Aspectos Quantitativos-Redução do Endividamento

Page 12: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Contribuição para os fundamentos macroeconômicosContribuição para os fundamentos macroeconômicos

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.1.Resultados do Programa3.1.Resultados do Programa3.1.3. Aspectos Quantitativos-Crescimento do Resultado 3.1.3. Aspectos Quantitativos-Crescimento do Resultado PrimárioPrimário

Os estados e municípios, junto com as demais unidades do setor Os estados e municípios, junto com as demais unidades do setor público, geraram superávits primários que, nos últimos cinco anos, público, geraram superávits primários que, nos últimos cinco anos, foram em média de 0,9% do PIB. Isto foi um elemento-chave do foram em média de 0,9% do PIB. Isto foi um elemento-chave do processo de ajuste fiscal.processo de ajuste fiscal.

Page 13: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.2.Conseqüências do Programa3.2.Conseqüências do Programa3.2.1. Dicotomia dos Aspectos Quantitativos x Qualitativos3.2.1. Dicotomia dos Aspectos Quantitativos x Qualitativos

Regressão dos fundamentos macroeconômicosRegressão dos fundamentos macroeconômicos

O que se verificou no âmbito federal, também em nível O que se verificou no âmbito federal, também em nível estadual/municipal observou-se um ajuste de baixa qualidade, estadual/municipal observou-se um ajuste de baixa qualidade, caracterizado pela combinação de aumento da carga tributária e caracterizado pela combinação de aumento da carga tributária e crescimento de gasto primário.crescimento de gasto primário.

AnosGasto Primário Total

(% PIB)Carga Tributária

(% PIB)1991 13,70% 24,40%1994 17,60% 27,90%1998 19,50% 29,30%2002 21,60% 34,90%2005 22,60% 36,50%

Fonte: Giambiagi, F.(2006)

Governo Central

14%

24%

18%

28%

20%

29%

22%

35%

23%

37%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

1991 1994 1998 2002 2005

Gasto Primário Carga Tributária

Page 14: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.2.Conseqüências do Programa3.2.Conseqüências do Programa3.2.2. Aspectos Qualitativos-Investimento Público3.2.2. Aspectos Qualitativos-Investimento Público

Dada a rigidez das despesas de custeio e de transferências, as Dada a rigidez das despesas de custeio e de transferências, as iniciativas de controle das despesas redundam simplesmente em iniciativas de controle das despesas redundam simplesmente em cortes de investimento. cortes de investimento.

Regressão dos fundamentos do ajustamento de longo prazoRegressão dos fundamentos do ajustamento de longo prazo

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Apesar da eficácia do sistema de controles hierárquicos do endividamento dos níveis inferiores de governo, a rigidez das regras estabelecidas nos contratos, feitos ao amparo da Lei 9.496 e da LRF, gera certas ineficiências:

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.2.Conseqüências do Programa3.2.Conseqüências do Programa3.2.3. Aspectos Qualitativos-Geração de Ineficiências3.2.3. Aspectos Qualitativos-Geração de Ineficiências

Cristalização das Ineficiências Geradas pelo PAFCristalização das Ineficiências Geradas pelo PAF

• Impossibilidade de adoção de políticas de gestão de dívida por parte dos entes subnacionais, destinadas a melhorar o perfil e a composição dos seus respectivos endividamentos;

• Tais ineficiências não eram relevantes na fase do ajustamento fiscal imediatamente posterior a 1999, mas ganham relevância no contexto de uma economia estabilizada e de superação da crise fiscal;

• A ausência de uma gestão de endividamento público nos entes A ausência de uma gestão de endividamento público nos entes subnacionais pode estar levando a uma subnacionais pode estar levando a uma trajetória ineficiente da trajetória ineficiente da carga tributária estadual e municipalcarga tributária estadual e municipal, impedindo políticas de , impedindo políticas de suavização da mesma (suavização da mesma (tax smoothingtax smoothing) ou de ) ou de recuperação dos recuperação dos níveis de investimento níveis de investimento que possibilitem uma melhora da provisão que possibilitem uma melhora da provisão de serviços públicos nesses níveis de governo.de serviços públicos nesses níveis de governo.

Page 16: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

A Carga FinanceiraA Carga Financeira

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.3.Resistências a mudanças no Programa3.3.Resistências a mudanças no Programa3.3.1. Endividamento Estadual x União3.3.1. Endividamento Estadual x União

A redução da despesa com juros é, claramente, um dos itens que A redução da despesa com juros é, claramente, um dos itens que maior resistência enfrenta no debate sobre política econômica. O maior resistência enfrenta no debate sobre política econômica. O tamanho do tamanho do superavitsuperavit primário foi sendo adaptado à necessidade primário foi sendo adaptado à necessidade de promover ajustamento fiscal e de arcar com despesas de juros.de promover ajustamento fiscal e de arcar com despesas de juros.

Composição 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2007 2008-0utJuros Nominais 6,98 8,25 6,63 6,63 6,38 8,57 6,61 7,32 6,86 6,24 5,67 5,67Resultado Primário -0,01 2,97 3,27 3,41 3,28 3,91 4,21 4,35 3,89 4,03 4,52 4,52NFSP 6,99 5,28 3,36 3,22 3,10 4,66 2,40 2,97 2,98 2,21 1,15 1,15Fonte: Bacen

NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO-NFSP (% PIB)

NFSP-Conceito Nominal

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2007 2008-0ut

Anos

NF

SP

(%

PIB

)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

Juro

s N

om

inai

s(%

PIB

)

Juros Nominais NFSP

Page 17: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Dívida Consolidada Líquida x Haveres FinanceirosDívida Consolidada Líquida x Haveres Financeiros

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.3.Resistências mudanças no Programa3.3.Resistências mudanças no Programa3.3.2. Endividamento Estadual x União3.3.2. Endividamento Estadual x União

R$ bilhões

2007

SET AGO SET

Lei 9.496/97 276,5 315,0 313,7

MP 2.185/01 43,1 49,4 49,1

Lei 8.727/93 45,3 42,3 42,1

Antecipação de Royalties 13,7 13,1 13,0

Bônus Renegociados 8,2 6,6 7,8

Lei 7.976/89 2,2 1,2 1,3

Demais Haveres 16,0 16,7 16,7

Total 400,1 444,2 443,6

% PIB 15,60% 15,18% 15,09%

Haveres junto aos Governos Regionais (Brasil, 2007/2008)

DISCRIMINAÇÃO2008

É importante ressaltar o aspecto do fluxo do endividamento, que É importante ressaltar o aspecto do fluxo do endividamento, que se refere à capacidade de pagamento do Estado, é preocupante, se refere à capacidade de pagamento do Estado, é preocupante, uma vez que há uma transferência recorrente de parte da uma vez que há uma transferência recorrente de parte da arrecadação para pagamento de dívida em detrimento dos arrecadação para pagamento de dívida em detrimento dos investimentos tão necessários para os estados. investimentos tão necessários para os estados.

Page 18: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

Indicadores Diversos de Resistência

3. 3. Resultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAFResultados do Programa de Ajuste Fiscal-PAF3.3.Resistências à mudanças no Programa3.3.Resistências à mudanças no Programa3.3.3. Aspectos Estruturais do Sistema Econômico-3.3.3. Aspectos Estruturais do Sistema Econômico-FinanceiroFinanceiro

País Setor Privado Setor PúblicoBrasil 39% 61%EUA 81% 19%União Européia 78% 22%Japão 56% 44%

Distribuição da Poupança Financeira Composição da Carteira dos Investidores Institucionais

62%18%

15%1% 4%

Títulos Públicos Ações Dívida Privada Imóveis Outros

CARGA TRIBUTÁRIA (%PIB)

25

27

29

31

33

35

37

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Anos

Carg

a T

rib

utá

ria

(% P

IB)

GASTO PRIMÁRIO DO GOVERNO CENTRAL (%PIB)

16

17

18

19

20

21

22

23

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Anos

gasto

Pri

mári

o

(% P

IB)

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• A estratégia de ajuste adotada no Brasil desde de 1999, no contexto dos programas de ajustamento negociados com o FMI, consiste em fixar metas quantitativas para o resultado orçamentário do setor público;

• A meta de superávit primário limita o crescimento da dívida pública, reduzindo o risco de insolvência, que é o critério preferido pelos credores do governo;

• O ajuste fiscal implementado a partir de 1999 teve base na elevação da carga tributária e na redução dos investimentos, enquanto a despesa corrente continuou com sua trajetória ascendente;

• Temos gastos correntes e vinculações demais para nossas receitas e necessidades de investimento;

4. Perspectivas e Conclusões4. Perspectivas e Conclusões4.1.Considerações Finais sobre o Programa4.1.Considerações Finais sobre o Programa4.1.1. Considerações para uma Agenda de Reformas4.1.1. Considerações para uma Agenda de Reformas

Comentários FinaisComentários Finais

A questão no momento não é mais de um Programa de Ajuste Fiscal-PAF aliado a uma Lei de Responsabilidade Fiscal e sim um Programa de Gestão Fiscal-PROGEF aliado a uma Lei de Responsabilidade Social.

Page 20: O  Programa de Ajuste Fiscal:  Reflexão para uma Agenda de Reformas

GIAMBIAGI, F. “Proposta de Recriação de uma Dívida Estadual e Municipal com o Setor Privado”. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, V. 14, N. 29, P. 365-398, Junho 2008.

ROCCA,C,A. “Obstáculos ao desenvolvimento do mercado de capitais, agenda de reformas e ajuste fiscal de longo prazo”. Estudos IBMEC V.4, P. 3-31, Rio de Janeiro: Elsevier; São Paulo:IBMEC,2007-2ª Reimpressão.

MARTONE,C,L. “Juros e Ajuste fiscal;comentário”. Estudos IBMEC V.4, P. 61-66, Rio de Janeiro:Elsevier; São Paulo:IBMEC,2007-2ª Reimpressão.

VELLOSO,R. “Contenção e flexibilização da despesa pública”. Estudos IBMEC V.4, P. 121-137, Rio de Janeiro:Elsevier; São Paulo:IBMEC,2007-2ª Reimpressão.

GIAMBIAGI,F. TAFNER,P. “Reforma das instituições fiscais para a redução da despesa e da carga tributária e aumento da eficiência do Estado”. Estudos IBMEC V.4, P. 139-195, Rio de Janeiro:Elsevier; São Paulo:IBMEC,2007-2ª Reimpressão.

VALE, Elton.M.“A economia obtida pelo setor público com a assunção das dívidas dos estados pela União, na execução do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal dos Estados (Lei 9.496/97)”. Brasília: ESAF,2000.60 p. Monografia V Prêmio Tesouro Nacional.

BANCO Central do Brasil.Boletim do Banco Central do Brasil. Brasília, V-3,Relatório Anual 2007, P.1-248.

BRASIL.Secretaria do Tesouro Nacional. Resultado do Tesouro Nacional. Brasília: STN, v.14,n.9,setembro 2008.35 p.Mensal.

5. Palestra: 5. Palestra: Programa de Ajuste Fiscal Programa de Ajuste Fiscal 5.1. Material Didático 5.1. Material Didático 5.1.1. Referência Bibliográfica 5.1.1. Referência Bibliográfica