reformas pombalinas urbanismo1

40

Upload: maria-gomes

Post on 11-Jul-2015

1.743 views

Category:

Education


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 2: Reformas pombalinas urbanismo1

“...quero que prefira...ao interesse particular... a utilidade pública da regularidade e formosura da capital destes Reinos, em todas as Ruas cujos edifícios foram arruinados pelo terramoto e abrasados com incêndios que a ele se seguiram, e naquelas que se reduzirem a uma regular simetria.”

Sebastião José de Carvalho e Mello, 1758

Page 3: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 4: Reformas pombalinas urbanismo1

COMO SE CARACTERIZAVA

O TECIDO URBANO DE LISBOA

NAS VÉSPERAS DO

TERRAMOTO?

Page 5: Reformas pombalinas urbanismo1

“Lisboa era bela, era suja, uma formosa estrebaria. Resplandecia de ouro nas suas igrejas, mas nas ruas estreitas imperava o mau cheiro, o desarranjo, e mendigos insistentes e barulhentos. Um destino exótico, uma quase cidade de África...”

Testemunhos de viajantes sobre a Lisboa da primeira metade do séc. XVIII

Planta da cidade de Lisboa de João Nunes Tinoco (1650)

Page 6: Reformas pombalinas urbanismo1

“De dia para dia Lisboa ganha em beleza e possui habitações de

agradável aspeto. Não obstante, Lisboa nunca será uma bela

cidade enquanto não estiver limpa de imundícies e dotada de

lanternas para iluminação das ruas durante a noite. As casas não

possuem latrinas e são mulheres pretas que transportam os potes

dos despejos. Porém, quando o tempo ameaça aguaceiros,

despejam-se os dejetos da janela à rua, o que torna as ruas pouco

transitáveis durante a noite, porque, além do nojo de receber um

tal batismo, ainda por cima se corre o perigo de ser morto pelos

potes que muitas vezes caem à rua com o seu conteúdo.”

Ch.-F. De Merveilleux, Memórias instrutivas sobre Portugal (1738)

Page 7: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 8: Reformas pombalinas urbanismo1

SÁBADO, 1 DE NOVEMBRO9H:30MIN

O TERRAMOTO

Page 9: Reformas pombalinas urbanismo1

A CATÁSTROFE! “Naquele dia de Todos-os-Santos, [...] entre as 9:30 e as 10 horas, começou o território de Lisboa a tremer de sorte que dentro de pouco tempo se sentiu abalar a terra por vários modos. [...] alguns sete minutos durou o tremor de terra [...] . A este se seguiram outros quatro, mais pequenos na duração, mas iguais na força. [...] Ao primeiro tremor de terra se seguiu imediatamente no mar uma extraordinária alteração e crescimento das águas [...] e em Lisboa saindo dos seus limites, e entrando pela terra, romperam as ondas algumas pontes, desfizeram muros, e arrojaram à praia madeiras de demarcada grandeza [...] mais ainda se não dava por satisfeita com estes castigos a ira de Deus que no mesmo dia afligiu com outro novo. [...] Foi esse um grandísimo incêndio, que de repente se ateou em vários sítios da cidade [...] puderam as chamas discorrer livremente por várias partes, e consumir em quatro dias as riquezas de uma cidade, que era Empório de toda a Europa”

António Pereira de Figueiredo, Commentario Latino e Portuguez sobre o Terremoto, 1756

Page 10: Reformas pombalinas urbanismo1

O TERRAMOTO: QUE CONSEQUÊNCIAS?

LISBOA STª. CATARINA - ALEGORIA AO TERRAMOTO DE 1755JOÃO GLAMA STROBERLE

Page 11: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

ÓPERA DO TEJO inaugurada em Março de 1755

CONVENTO DO CARMO

Page 12: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

IGREJA DE STA MARIA MAIOR (SÉ) EM 1755

CONVENTO DO CARMO

Page 13: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

CONVENTO DE SÃO DOMINGOS E HOSPITAL REAL DE TODOS OS SANTOS

Page 14: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

PALÁCIO CORTE REAL

Page 15: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

RUA NOVA DOS FERROS

Page 16: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

CASARIO DA PRAÇA DO ROSSIO

Page 17: Reformas pombalinas urbanismo1

PATRIMÓNIO EM RUÍNAS...

TERREIRO DO PAÇO

Page 18: Reformas pombalinas urbanismo1

DE QUE FORMA A RECONSTRUÇÃO

URBANÍSTICA SE ENQUADRA NA

MANIFESTAÇÃO DE UMA NOVA

CONCEÇÃO DE ESPAÇO URBANO E

DE AFIRMAÇÃO DE PODER DO

ESTADO ABSOLUTO?

Page 19: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 20: Reformas pombalinas urbanismo1

“Morreu a cidade medieval”

para dar lugar a uma Lisboa

iluminada.”

Page 21: Reformas pombalinas urbanismo1

A CIDADE COMO IMAGEM DO PODER

Planta da cidade de Lisboa de Eugénio dos Santos Carvalho e Carlos Mardel (1758)

Page 22: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 23: Reformas pombalinas urbanismo1

FABRICO EM SÉRIE

Page 24: Reformas pombalinas urbanismo1

PRAÇA DO ROSSIO

Page 25: Reformas pombalinas urbanismo1

CONTROLO SOCIAL PELO

PODER POLÍTICO

Page 26: Reformas pombalinas urbanismo1

CONSTRUÇÃO ANTISSÍSMICA

Page 27: Reformas pombalinas urbanismo1

Observa a planta da cidade de Lisboa após o terramoto de 1755?Indica a característica da planta.

Planta de ruas tortuosas e perpendiculares

Planta de ruas estreitas e perpendiculares

Planta em quadrícula com ruas estreitasPlanta em quadrícula bastante aberta com ruas perpendiculares unindo três praças.

a)

b)

c)

d)

Page 28: Reformas pombalinas urbanismo1

Como se explica que os edifícios fossem da mesma altura, até mesmo as igrejas ?

Para facilitar o trabalho de reconstrução.Porque só havia um grupo social.

Porque era uma sociedade de ordens e o rei pretendia fazer o nivelamento de toda a sociedade face ao seu poder político.

a)

b)

c)

Page 29: Reformas pombalinas urbanismo1

CONSTRUÇÃO DE PRAÇAS

PRAÇA DO ROSSIO

Page 30: Reformas pombalinas urbanismo1

PRAÇA DO COMÉRCIO

PRAÇA DO COMÉRCIO

Page 31: Reformas pombalinas urbanismo1

HIERARQUIZAÇÃO DAS RUAS

RUA AUGUSTA RUA DE SANTA JUSTA

Page 32: Reformas pombalinas urbanismo1

DISTRIBUIÇÃO DOS OFÍCIOS POR RUAS

RUA DOS CORREEIROS RUA DOS SAPATEIROS

Page 33: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 34: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 35: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 36: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 37: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 38: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 39: Reformas pombalinas urbanismo1
Page 40: Reformas pombalinas urbanismo1

Formatação:

• Carla Carvalho