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Reformas Religiosas

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Reformas Religiosas

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Foi o movimento que rompeu a unidade do Cristianismo centrado pela Igreja de Roma. Esse movimento é parte das grandes transformações econômicas, sociais, culturais e políticas ocorridas na Europa nos séculos XV e XVI, que enfraqueceram a Igreja permitindo o surgimento de novas doutrinas religiosas.

Os principais reformadores são Martinho Lutero e João Calvino, no século XVI. A partir do século XVII, as igrejas Batista, Metodista e Adventista. As igrejas nascidas da Reforma reúnem cerca de 450 milhões de fiéis em todo o mundo.

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- Movimentos Reformadores – John Wiclif(1328 -1384) e Jonh Huss (1369-1415).

Os primeiros questionamentos são referentes à questão das Indulgências (documentos assinados pelo papa, que absolviam o comprador de alguns pecados cometidos, diminuindo o tempo de sua pena no purgatório, era um comércio em vista da salvação), Simonia {comercialização de coisas sagradas (Cargos eclesiásticos, cobrança por sacramentos, objetos...)}, Celibato, culto às imagens, excesso de sacramentos, atitude mundana do Alto Clero, dentre outras.

Havia um abismo muito grande entre o que a Igreja pregava e o que fazia.

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Reforma Luterana

No século XVI a Igreja Católica teve seu poder político e espiritual contestado. Num momento em que várias mudanças sociais, econômicas e culturais ocorriam na Europa, o poder da Igreja já não representava os anseios, principalmente, da nobreza e da emergente burguesia. Membros da própria Igreja, como o frade e professor Martinho Lutero, propuseram uma ampla reforma religiosa, que deu origem às religiões protestantes.

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O que foi e as principais características:

A Reforma Luterana foi um movimento de caráter religioso, surgido na Alemanha na segunda década do século XVI, liderado por Martinho Lutero. Este movimento criticava várias ações da Igreja Católica, propôs novos caminhos para o cristianismo e resultou na criação da Igreja Luterana. Este movimento teve forte apoio da nobreza da Alemanha, desaprovou o capitalismo e a utilização do dinheiro.

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Suas principais causas:

- Lutero era contrário à venda de indulgência praticada pela Igreja Católica. De acordo com esta prática, bastava pagar à Igreja para se livrar dos pecados. A venda de indulgências foi um recurso usado para angariar fundos para a construção da Basílica de São Pedro.

- Centralização do poder nas mãos do papa, assim como a concentração de terras.

- Descontentamento da nobreza alemã com o poder político da Igreja Católica.

- Crise institucional e moral pela qual passava a Igreja Católica naquele momento.

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As 95 teses de Lutero

Em 1517, Lutero fixou as 95 teses na porta da igreja de Wittenberg. Estas teses criticavam a venda de indulgências, questionava o poder papal e algumas práticas católicas, além de propor uma ampla reforma religiosa. Estas teses circularam pela Alemanha conquistando, principalmente, a simpatia de nobres (principes e senhores feudais).

Em 1520, o papa Leão X exigiu a retratação de Lutero. Este, não só se retratou como queimou em praça pública o documento papal. Foi excomungado e considerado herege. Protegido pelo príncipe da Saxônia se refugiou no castelo de Wartburg. Neste local, passou a traduzir a Bíblia para a língua alemã.

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Princípios religiosos da Doutrina Luterana

Em 1530, Lutero divulgou os principais princípios da doutrina Luterana:

- Salvação pela fé;

- Presença da verdade somente na Bíblia;

- Extinção do clero regular (ordens religiosas);

- Livre interpretação da Bíblia, sem a necessidade de pregadores, padres ou outros intermediários;

- Eliminação de tradições e rituais nos cultos religiosos;

- Fim do celibato (proibição do casamento de padres, por exemplo);

- Proibição do uso de imagens nas igrejas;

- Uso do alemão nos cultos religiosos (não mais o latim como única língua);

- Eucaristia e batismo como únicos sacramentos válidos.

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Reforma Calvinista

A reforma calvinista surge da tentativa fracassada de Zuínglio de implantar a reforma luterana na Suíça. Ela é retomada por Bullinger e pela união dos Zuínglianos com a igreja de Calvino, em 1549. Pela dogmática do francês João Calvino, refugiado em Genebra, o homem está predestinado à salvação ou à condenação. Pode salvar-se quem santificar a vida cumprindo seus deveres. A Igreja e o Estado devem estar separados, com predomínio da primeira.

Calvino diz que nós viemos ao mundo predestinados por Deus a sermos salvos ou condenados. A salvação não dependia só da fé e nem das boas obras, mas sim da escolha divina

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Os sinais da escolha divina se manifestariam na vida dos indivíduos. O trabalho, a pureza de costumes, o cumprimento dos deveres para com a sociedade e a família seriam alguns desses sinais. Esse cidadão teria também a sua vida abençoada por Deus, resultando no progresso econômico.

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A reforma foi aprofundada por alguns de seus seguidores, com particular ênfase a João Calvino que dinamizou o movimento protestante através de novos princípios, como o da predestinação absoluta, que enfatizava o quanto uma pessoa estava “sendo abençoada por Deus” uma vez enriquecesse e o quanto estava predestinada à danação eterna uma vez pobre, doente e miserável... Quem nisso acredita trabalha como louco para “provar” a seus vizinhos, pelos aspectos exteriores de suas posses e bem-estar físico e material que é um “vaso reservado para a salvação”.

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Reforma Anglicana

Promulgada no ano de 1534 por Henrique VIII, rei da Inglaterra, a Reforma Anglicana rompia os laços com a Igreja Católica, criando o anglicanismo e tornando-o a religião oficial do país. O pretexto usado pelo rei foi a recusa do papa em aceitar sua separação matrimonial com a rainha espanhola Catarina de Aragão.

O rei estava muito insatisfeito com seu casamento pois sua mulher não tinha lhe dado um filho homem e decidiu casar-se com Ana Bolena, a qual prometeu lhe dar um filho homem.

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Além do divorcio do rei, houveram outros motivos que provocaram a reforma:

- O fortalecimento da monarquia, pois a igreja católica influenciava inclusive na política da Inglaterra, era dona de grande parte das terras, além de monopolizar o comércio de relíquias sagradas. Com todo esse contexto, o rei precisava diminuir a influência do papa no país, além de seu poder.

- Terras da igreja eram desejadas pela nobreza capitalista inglesa. Com isso, apoiaram o rei, enfraquecendo os poderes da Igreja Católica, tornando possível a posse dos terrenos e dos bens da igreja.

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Consequências e transformações

As regras e ritos da igreja eram semelhantes ao do catolicismo, mas ao invés de ter o papa como chefe, seria o monarca inglês; Mediante disso, os ingleses deviam submeter-se ao rei e não ao papa, para evitarem perseguições da justiça ou serem mesmo excomungados. A resistência a tais mudanças foi mínima, com destaque para Tomas More, que recusou a conversão e foi executado.

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Os sucessores do rei, no entanto, tiveram que lidar com diversas lutas religiosas internas, como a tentativa de implantação do calvinismo, durante o governo de Eduardo VI (1547-1553), além da reação católica que aconteceu durante o reinado de Maria Tudor (1553-1558), filha de Catarina de Aragão. Esta casou-se com Felipe II, católico espanhol, que fez da reforma religiosa uma questão nacional. O Anglicanismo se consolida no reinado de Elizabeth I, filha de Henrique VIII, que renova seu direito de soberania real sobre a Igreja, além de fixar os fundamentos da doutrina e do culto anglicano na Lei dos 39 Artigos, em 1563.

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Observação: O Calvinismo também criou raízes na Inglaterra. Seus adeptos, os puritanos, iriam entrar em choque com os anglicanos, gerando inúmeros conflitos no século XVII, que levaram às imigrações maciças para a região da Nova Inglaterra, na América do Norte.

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Thomas Müntzer

Liderou uma revolta em 1524 com camponeses da região do Reno. Além de atacar a Igreja pela cobrança de dízimos, passam a reivindicar a reforma agrária e a abolição dos privilégios feudais. Ele afirmava ser Luterano. O movimento se espalhou por várias regiões alemãs com assaltos a castelos, queima dos mosteiros e roubo de colheitas. A essas manifestações, seguiu-se uma repressão violenta, apoiada por Lutero em prol da Nobreza alemã.

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Muntzer foi preso e decapitado e houve o massacre de milhares de camponeses. Ele foi um dos grandes pregadores do ANABATISMO (os convertidos são batizados na idade adulta, mesmo já sendo batizados quando criança).

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Tinham a necessidade de rebatizar os indivíduos, de separar a Igreja e o Estado, de abolir as imagens e o culto dos santos, queriam uma igualdade absoluta entre os homens, viver com simplicidade, pois todos eram inspirados pelo Espírito Santo. Foram fortemente reprimidos seja nos Estados Católicos, Luteranos ou Calvinistas.

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Contra Reforma

O avanço do Protestantismo, não só neste momento, levou a Igreja Romana a se reorganizar. Foi um movimento de reação ao protestantismo. A Igreja precisava auto reformar-se ou não sobreviveria, pois precisava, ainda, evitar que outras regiões virassem protestantes. Esse movimento de reforma interna já existia, mas é nesse momento que ele é aprofundado. Entre 1545 e 1563, foi convocado o CONCÍLIO DE TRENTO, onde houve reafirmações e mudanças.

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Dentre elas:

- Esclarece a Doutrina;- Conserva os sete Sacramentos e confirma os Dogmas;- Afirma a presença real de Cristo na Eucaristia;- Inicia a redação de um Catecismo;- Criação de Seminários para a formação de sacerdotes;- Reafirma o Celibato, a veneração aos Santos e a Virgem;- Mantém o Latim como língua do Culto e tradução oficial das Sagradas Escrituras;- Confirma como texto autêntico, a tradução de São Jerônimo, no século IV;- Fortalece a Hierarquia e, portanto a unidade da Igreja Católica, ao afirmar a supremacia do Papa como “Pastor Universal de toda a Igreja”- Reorganizou o tribunal da Inquisição ou Santo Ofício, que fica encarregado de combater a Reforma;- Criação do “Índex” (índice), encarregada da censura de obras impressas, lista de livros cuja leitura era proibida aos fiéis;

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As orientações do Concílio de Trento guiaram os católicos de todo o mundo durante 400 anos. Houve o Concílio Vaticano I (08/12/1869 - 20/10/1870), convocado pelo Papa PIO IX (1846-1878), mas que foi interrompido devido à Guerra Franco-Alemã que havia iniciado. As maiores mudanças começariam a acontecer apenas em 1962, quando o papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II (11/10/1962 a 07/12/1965), para redefinir as posições da Igreja e adequá-la às necessidades e desafios do mundo contemporâneo.

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Trabalho feito por: Jordana Pereira, Natália Couto, Andriele Fernandes e Thaline Jaques

Turma: 203

Escola Estadual de Ensino Médio Coronel Pedro Osório

Agosto/2014

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