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1 O PAPEL DO PODER PÚBLICO NA PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO DE CASO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO ANAMARIA ALVAREZ XAVIER Orientadora: Prof. Maria Esther Entrega: 04/01/2012

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O PAPEL DO PODER PÚBLICO

NA PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE:

UM ESTUDO DE CASO

DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

DO RIO DE JANEIRO

ANAMARIA ALVAREZ XAVIER

Orientadora: Prof. Maria Esther

Entrega: 04/01/2012

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O PAPEL DO PODER PÚBLICO

NA PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE:

UM ESTUDO DE CASO

DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL

DO RIO DE JANEIRO

Trabalho apresentado ao Instituto A Voz do Mestre (AVM) como pré-requisito para a obtenção de Certificado de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Ambiental AUTORA: Anamaria Alvarez Xavier

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Dedico este trabalho à minha filha,

Raquel, razão e amor da minha vida.

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AGRADECIMENTO(S)

Agradeço à minha mãe, Annita, meu pai Jayro e a minha irmã, Maria

Rosa, o apoio incondicional ao longo deste último ano, a compreensão e o

incentivo nos momentos de insegurança e dificuldades.

Agradeço aos meus colegas de trabalho no Tribunal Regional Eleitoral

do Rio de Janeiro que me motivaram e me apoiaram ao longo deste curso e

durante a realização deste trabalho, em especial à Fernanda Nunes, José

Álvaro Manhães e Guilherme Werneck, grandes amigos e incentivadores.

Agradeço aos integrantes da “Equipe Ambiental” do TRE/RJ,

especialmente à sua Presidente, Flávia Vidal, que sempre me atendeu

gentilmente, sendo uma grande colaboradora para a realização deste estudo.

Agradeço, ainda, a todos os servidores do TRE/RJ que cederam

preciosos minutos de suas vidas respondendo ao questionário de pesquisa, o

que permitiu o enriquecimento do presente estudo.

A todos, o meu muito obrigada!

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“Não foi o homem quem teceu

a trama da vida:

ele é apenas um fio dela.

Tudo que ele faz à trama,

ele faz a si mesmo.”

CHEFE SEATTLE (1786-1866)

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RESUMO

O presente estudo de caso propôs-se a identificar as ações

implementadas no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro em favor da

sustentabilidade, bem como conhecer a percepção que o servidor tem em

relação à atuação do Órgão. A hipótese aventada relacionou o aumento do

nível de escolaridade e o grau de vínculo com a Administração do TRE/RJ,

aferidos por meio tempo de serviço junto ao Tribunal, como variáveis

influenciadoras do aumento da percepção dos servidores quanto à

sustentabilidade ser um valor para o Tribunal. Procedeu-se a uma pesquisa

bibliográfica e documental, seguida de realização de pesquisa quantitativa com

os servidores da Casa e realização de entrevista qualitativa aberta com a

responsável pela “Equipe Ambiental” do TRE/RJ. Observou-se que a atuação

do Órgão acontece em várias frentes ambientais, destacando-se a coleta

seletiva de resíduos, a reciclagem de cartuchos de impressora e importância

dada a educação ambiental. Quanto à percepção dos servidores, verificou-se

que há o reconhecimento da importância da sustentabilidade para o TRE/RJ e

que o nível de escolaridade influenciou nessa percepção ou na participação

junto às ações empreendidas. No entanto, o tempo de serviço junto ao TRE/RJ,

na maioria das vezes, revelou-se uma variável sem importância no

reconhecimento dos servidores em relação à atuação do TRE/RJ e em seu

comprometimento com as diretrizes ambientais do Tribunal Regional Eleitoral

do Rio de Janeiro.

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INTRODUÇÃO

A degradação do meio ambiente não perturba mais apenas aos

cientistas conscientes ou aos ambientalistas radicais. Atualmente tal tópico é

assunto discutido pela população de modo geral em quaisquer lugares e

situações.

A causa desse crescente interesse é a conscientização

globalizada através de um maior acesso às informações via mídia. A atual

geração tem, desta forma, conhecimento de catástrofes naturais e ambientais

em tempo real: enchentes, maremotos, furacões, vazamentos de óleo e

nucleares entre outras. Imagens chocantes de fome, doenças e morte.

Os ambientalistas vêm, há décadas, alertando acerca dos riscos

dos efeitos do desenvolvimento desenfreado e que, em sua frenética busca

pelo progresso, as nações vêm provocando mudanças climáticas significativas.

Uma séria mudança cultural se faz, portanto, necessária com

urgência. A consciência de que preservar é responsabilidade de todos,

pessoas, populações e nações, e de que o desenvolvimento tem um custo se

faz premente.

Dentro deste contexto, papel de crucial importância vem sendo

desempenhado pela ONU - Organização das Nações Unidas – ao implantar

ações que comprometem as nações-estado com um nível de desenvolvimento

sustentável equilibrado e responsável.

Desenvolvimento sustentável, no caso, é aquele capaz de

satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das

gerações futuras de suprir as suas próprias. Este é o conceito mais aceito e

difundido, tendo sido cunhado pelo Relatório de Brundtland, documento

denominado “Nosso Futuro Comum”, publicado em 1987 e elaborado pela

Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.

Tal conceito embute clara noção de responsabilidade do cidadão.

E, considerando o poder regulador das nações, maior ainda é a

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responsabilidade destas, que necessitam, sem descuidar da preservação

ambiental, garantir, também, seu desenvolvimento econômico.

A partir do evento da ECO 92, Conferência das Nações Unidas

para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – CNUMAD, no Rio de Janeiro em

1992, a ONU conseguiu enorme progresso em suas ações. No entanto, segue

monitorando as metas fixadas e ampliando o escopo e o número de nações

envolvidas através de novas conferências cuidadosamente.

Em atendimento aos compromissos firmados com a ONU neste

sentido o Brasil adotou a Agenda 21. Esta estabelece a importância do

comprometimento de cada nação em pensar, mundial ou localizadamente,

sobre como colaborar com o estudo de soluções sócio-ambientais, sendo,

portanto, um excelente instrumento de planejamento, visando um novo

paradigma econômico.

A Agenda 21 começa a apresentar efeitos relevantes no Brasil.

Podemos percebê-los através da adoção da causa sócio-ambiental como

critério ético por grandes empresas e alguns estados federativos, também, vêm

se destacando pela utilização deste mesmo critério em todas as áreas de seus

governos.

A A3P – Agenda Ambiental da Administração Pública – traz os

conceitos da Agenda 21 para a Administração Pública, gerando uma rede

capilar de ações sócio-ambientais públicas em apoio a idéia do

desenvolvimento sustentável.

Cabe ressaltar que o presente estudo versa somente sobre ações

que se relacionem diretamente com a vertente ambiental do desenvolvimento

sustentável, sem se deter em análises sobre as vertentes sociais e econômicas

atinentes ao mesmo conceito.

Assim sendo, neste contexto apresentado, a intenção deste

estudo de caso é esclarecer a seguinte problemática: o que o TRE/RJ –

Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro – está fazendo para promover a

sustentabilidade e como suas ações são percebidas por seus servidores?

Levanta-se, como hipótese, a possibilidade de uma maior

percepção da atuação do Órgão e um maior comprometimento por parte dos

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servidores com maior nível de escolaridade e grau de vinculação com a

Administração Pública, sendo este último avaliado pelo tempo de

serviço/admissão em concurso.

Pretende-se, então:

- identificar os projetos desenvolvidos pelo TRE/RJ visando à criação de

uma consciência ambiental nos seus servidores e a redução do impacto

ambiental que produz;

- verificar se os servidores percebem a sustentabilidade como um valor

para o Tribunal e se os níveis de escolaridade e de envolvimento com o Órgão

influenciam esta percepção;

- atestar se as iniciativas ambientais propostas influenciam o servidor

fora do ambiente laboral.

Espera-se demonstrar com este estudo de caso a relevância da

adoção de critérios ambientais em órgãos públicos e o poder que essas

instituições possuem de não apenas educar e conscientizar seus

colaboradores, mas também de promover uma redução nos impactos causados

no meio ambiente.

O presente trabalho foi estruturado em cinco capítulos.

No primeiro capítulo, abordam-se a origem e o desenvolvimento do

Poder Público até os dias atuais e a sua legitimidade em regular, fiscalizar e

promover o uso sustentável do meio ambiente. Ademais, discorre-se sobre a

criação da legislação ambiental brasileira.

No segundo capítulo, expõe-se o desenvolvimento do conceito de

sustentabilidade, com suas dimensões e sua aplicação no Brasil e, mais

especificamente, na Administração Pública.

No terceiro capítulo, apresenta-se o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de

Janeiro, órgão objeto do presente estudo de caso, com seu histórico, suas

atribuições, composição e funcionamento e como seu planejamento estratégico

relaciona-se com o tema da sustentabilidade. São ainda caracterizados os

pilares da atuação do TRE/RJ em favor da sustentabilidade, bem como as

principais ações em curso no Órgão.

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No quarto capítulo, descreve-se a metodologia empregada neste estudo,

detalhando-se os tipos de pesquisas realizadas, a população e a amostra

definida e as premissas para a elaboração do questionário.

No quinto capítulo, procede-se à descrição, apresentação e análise dos

dados obtidos.

Por fim, apresentam-se as conclusões obtidas com o presente estudo de

caso.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

I - O PAPEL NORMATIZANTE DO PODER PÚBLICO

II - A SUSTENTABILIDADE

III - O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

IV - METODOLOGIA EMPREGADA NO ESTUDO DE CASO DO

TRE/RJ

V - ANÁLISE DOS RESULTADOS

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

ANEXOS

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CAPÍTULO I

O PAPEL NORMATIZANTE DO PODER PÚBLICO

Desde o princípio, ao viver em coletividade, para sobreviver, a

humanidade organizou-se e estabeleceu as regras que lhe permitiu conviver

em harmonia.

1.1 Do Papel Normatizante

Para viver em sociedade, em tempos modernos, é necessário o

estabelecimento de normas jurídicas que regulem a liberdade humana em prol

da coletividade. As diretrizes do comportamento humano aceitáveis na vida

social são traçadas pelas normas de Direito, que delimitam a atividade humana

e preestabelecem o campo dentro do qual se pode agir. (MIRANDA, 2004)

Conforme ressalta Bastos (apud MIRANDA, 2004, p. 48) “um Estado não

é senão uma modalidade muito recente na forma de a humanidade organizar-

se politicamente”.

O Estado surge, então, da necessidade histórica de concentrar o “Poder”

como forma de enfrentar os problemas, tendo um responsável visível pela

solução dos mesmos. Apesar do surgimento do Poder de maneira centralizada,

na figura, por exemplo, do monarca, a sociedade nunca deixou de existir, como

força, ou mesmo de desempenhar seu papel na condução da vida humana. É

por esse motivo que, dependendo do momento que vive a humanidade, se

atribui maior ou menor poder ao Estado.

Como nos mostra a história, na Europa pós-guerra surgiu e desapareceu

o conhecido Estado do bem-estar social, cuja filosofia era a de propiciar ao

cidadão o maior número de serviços possíveis. Por outro lado, a sociedade

recobrou sua importância, o que acabou resultando na desconcentração dos

Poderes do Estado, tendência também verificada nos dias atuais. (MIRANDA,

2004)

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Dessa forma, como destaca o autor, para que o Estado possa cumprir

sua finalidade precípua, que é conduzir a sociedade para atingir o bem comum,

faz-se necessário que este se imponha sobre os interesses individuais

(Miranda, 2004).

O “poder” não se trata de faculdade do Estado, mas, na realidade, “a

função administrativa é poder-dever, logo, os poderes só existem por que há

deveres a serem cumpridos. Assim, os poderes são meros instrumentos...”

(Velloso, 2009, p 19).

Nesse sentido, Velloso (2009, p 19) além de ressaltar a

instrumentalidade dos poderes do Estado, que se justificam em razão do

desempenho da função administrativa, enfatiza que:

“... o poder é atributo do cargo ou da função, e não da

pessoa, é conferido para remoção de interesses particulares

opostos aos coletivos, e não pode ser invocado fora do exercício

das atribuições. É irrenunciável. A renúncia implicaria violação do

princípio da indisponibilidade do interesse público.”.

O uso das prerrogativas da Administração é legítimo se, quando e na

medida do atendimento dos interesses do povo, considerando que nos Estados

Democráticos o poder emana do povo e em seu proveito terá de ser exercido.

Ao extrapolar seus limites configura-se abuso de poder.

À manifestação soberana da suprema vontade política de um povo,

social e juridicamente organizado damos o nome de Poder Constituinte. O

titular do Poder Constituinte é, portanto, a nação, visto que a titularidade do

Poder está ligada a idéia de soberania do Estado. O poder constituinte

originário estabelece sua organização fundamental pela Constituição.

No entanto, em uma visão mais moderna, a titularidade do Poder

Constituinte pertence, na verdade, ao povo, pois o Estado decorre da

soberania popular, cujo conceito é mais abrangente do que o de nação.

Enfim, a vontade do constituinte é a vontade do povo, que a expressa

por meio de seus representantes. E é para assegurar a vontade deste mesmo

povo que surge a Constituição ou Carta Magna de um Estado.

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A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, apresenta

claramente, em seu preâmbulo, o espírito de que é imbuída, a saber:

“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em

Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado

Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos

sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o

desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos

de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,

fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e

internacional, com a solução pacífica das controvérsias,

promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”

(CF, 1988)

A organização do Estado é matéria constitucional à qual cabe a divisão

política do território nacional, a estruturação dos Poderes, a forma de Governo,

o modo de investidura dos governantes, os direitos e garantias dos

governados.

Portanto, o poder público é instituído, primeiramente, por meio da

Constituição Federal, e é regulado, no que couber, por legislação

infraconstitucional. Definidas as disposições constitucionais que moldam a

organização política do Estado soberano, resta para a legislação

infraconstitucional, estabelecer a organização administrativa das entidades

estatais, de suas autarquias e empresas estatais, ordenar sua estrutura e

pessoal e os atos que praticarão, sendo as mesmas criadas para a execução

desconcentrada e descentralizada de serviços públicos e outras atividades de

interesse coletivo, que são objetos do Direito Administrativo (Velloso, 2009).

Nesse aspecto, Velloso (2009) ressalta que Estado e Administração não

devem ser confundidos, já que expressam conceitos distintos em vários

aspectos. Observa-se que tanto o Estado quanto a Administração, instituídos e

regulados pela Constituição e pelas leis, atuam por meio de suas entidades, de

seus órgãos e de seus agentes.

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“O Estado se personifica como a República Federativa do

Brasil, unidade política soberana constituída como um Estado

Democrático de Direito, na forma do artigo 1º da Lei Maior, de

caráter externo como pessoa jurídica de direito público

internacional, enquanto que internamente se identifica pela

composição indissolúvel da União, Estados, distrito Federa e

Municípios, todos eles política e administrativamente autônomos,

em seus respectivos espaços geográficos e setores de

competência.” (Velloso, 2009, p 04).

Já a Administração pode ser conceituada sob dois aspectos: em sentido

formal (subjetivo ou orgânico), onde o conceito se verifica na seara estrutural

da prestação estatal, ou no aspecto objetivo (funcional), como a própria função

administrativa em si. (Velloso, 2009)

Com base no exposto, conclui-se que o Estado trabalha para atingir o

desenvolvimento e alcançar suas metas e objetivos, com base nos ditames e

limites constitucionais e sempre na persecução dos interesses coletivos.

A Administração Pública, por sua vez, pautada nos princípios da

legalidade, da impessoalidade, da moralidade administrativa, da publicidade e

da eficiência deve exercer a função administrativa, com o objetivo de atender

concretamente às necessidades coletivas.

Com relação à proteção ao meio ambiente, não se furta a Constituição

Federal de atuar defensivamente, sendo inclusive expressa, através do artigo

225 do Capítulo IV – Do Meio Ambiente, in verbis:

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público

e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.”(CF, 1988)

Note-se que a Constituição Federal, ao garantir a todos o direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, define a responsabilidade como

sendo não apenas do Poder Público, mas também da coletividade, tendo

ambos o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras

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gerações. Define, também, a proteção ao meio ambiente como “um bem

autônomo, que merece proteção por si só, independentemente do interesse

humano”. (Leite/Pitali, 2011, p. 12)

Ademais, dentre as incumbências do Poder Público, para a garantia

desse direito, destaca-se a prevista no inciso VI do § 1º do mencionado artigo:

Art. 225

“§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe

ao Poder Público:

[...]VI - promover a educação ambiental em todos

os níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente; “ (CF, 1988) (grifo nosso)

Dessa maneira, o Estado deve atuar de forma sistemática, seja na

instituição de normas legais que regulem a matéria em suas várias esferas,

seja na instituição de políticas públicas, por meio dos trabalhos executados

pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, para efetivamente promover a

proteção do meio ambiente e criar uma consciência coletiva desta necessidade

urgente.

1.2 Legislação Aplicada ao Meio Ambiente

A legislação ambiental brasileira formada por leis, decretos e resoluções.

Segundo especialistas, o Brasil está entre os países que possuem os melhores

conjuntos de leis ambientais do planeta.

“O Estado de direito ambiental é um conceito de cunho

teórico-abstrato que abarca elementos jurídicos, sociais e políticos

na busca de uma situação ambiental ecologicamente sustentável.

O Estado de direito ambiental pauta-se, fundamentalmente, nos

princípios da precaução e da prevenção, na democracia

participativa, na educação ambiental, na equidade intergeracional,

na transdiciplinaridade e na responsabilização ampla dos

poluidores, com adequação de técnicas jurídicas para

salvaguarda do bem ambiental” (Leite/Pilati, 2011, p. 10)

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Os instrumentos que tornaram este Estado de direito ambiental possível

e foram responsáveis pela sua estruturação foram, no Brasil, a Lei da Política

Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81), a lei da ação Civil Pública (Lei n.

7.347/85) e a Constituição Federativa do Brasil de 1988. Estas estabeleceram

princípios próprios e uma política definida de proteção ao meio ambiente.

(Leite/Pilati, 2011)

A Constituição Federal, promulgada em 1988, dedicou todo um capítulo

à proteção ao meio ambiente (Capítulo VI - Do Meio Ambiente) e, no seu todo,

possui 37 artigos relacionados ao Direito Ambiental.

O texto constitucional estabeleceu uma série de obrigações no que diz

respeito à preservação e recuperação dos ecossistemas, à preservação do

patrimônio genético, à educação ambiental, à definição de áreas a serem

protegidas e à exigência de estudos de impacto ambiental para instalação de

atividade econômica que possa causar significativa degradação ao meio

ambiente.

Para regulamentar parte do art. 225 da Constituição Federal foi

promulgada a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema

Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC. Esta foi o

primeiro instrumento legal a elencar e definir, com precisão, diferentes espécies

de espaços territoriais protegidos e a estabelecer normas distintas para a sua

proteção. Determinou, também, que a criação de novas unidades de

conservação somente pode ocorrer após a realização de estudos técnicos e

consultas públicas, numa tentativa de extirpar a prática dos “parques de papel”.

A Política Nacional do Meio Ambiente é a mais importante lei ambiental

do Brasil. Esta Lei, a n. 6.938/81, define, finalmente, que o poluidor é obrigado

a indenizar pelos danos que causar, independentemente de culpa. Permite ao

Ministério Público propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio

ambiente, impondo ao poluidor obrigação de recuperar e/ou indenizar por

prejuízos causados (princípio do poluidor/pagador). Criou ainda a

obrigatoriedade de realização de Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental

(EIA/RIMA), que devem ser feitos antes de implantação de quaisquer

atividades econômicas que afetem o meio ambiente, detalhando os impactos

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positivos e negativos desta implantação e, hoje, a aprovação deste relatório é

imprescindível para tal.

Merece ser mencionada em destaque, também, a Lei nº 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998, regulamentada pelo Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de

1999, o qual dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de

condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Dessa forma, substitui todas

as sanções criminais dispostas de forma esparsa em vários textos legais

referentes à proteção ambiental.

Todo um sistema de órgãos federais está destinado a atribuir eficácia à

legislação ambiental, e, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente,

protege, fiscaliza e implementa ações que visem à adequada utilização dos

recursos naturais e à promoção do desenvolvimento sustentável.

Outros instrumentos legais fazem parte da Legislação Ambiental

Brasileira ou dão grande enfoque ao desenvolvimento sustentável. São eles,

por ordem de publicação:

a. Decreto nº 99.658, de 30 de outubro de 1990 – Regulamenta, no

âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a

movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material

b. Decreto nº 563, de 5 de junho de 1992 – Institui o Programa para

Proteção das Florestas Tropicais do Brasil e cria a Comissão de Coordenação.

c. Decreto nº 2.783, de 17 de setembro de 1998 – Dispõe sobre a

proibição de aquisição de produtos ou equipamentos que contenham ou façam

uso das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio – SDO – pelos

órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e

fundacional.

d. Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001 – Dispõe sobre a Política

Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia.

e. Decreto nº 4.059, de 19 de dezembro de 2001 – Regulamenta a Lei nº

10.295/2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e

Uso Racional de Energia.

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f. Decreto nº 4.131, de 14 de fevereiro de 2002 – Dispõe sobre medidas

emergenciais de redução de consumo de energia elétrica no âmbito da

Administração Pública Federal.

g. Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006 – Institui a separação dos

resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da

Administração Pública Federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua

destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais

recicláveis, e dá outras providências.

h. Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009 – Institui a Política

Nacional sobre Mudança do Clima.

i. Instrução Normativa nº 01/SLTI, de 19 de janeiro de 2010 – Dispõe

sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens,

contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta,

autárquica e fundacional

j. Instrução Normativa nº 02/SLTI, de 16 de março de 2010 – Dispõe

sobre as especificações-padrão de bens de Tecnologia da Informação no

âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

k. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos..

Em que pesem os instrumentos legais apresentados, cabe ressaltar a

existência de diversos outros que instituem políticas, regulamentam leis e

tornam a legislação ambiental brasileira tão completa.

A despeito de tantos esforços, porém, o Brasil continua sofrendo com a

degradação ambiental. A problemática consiste no fato de que o Brasil não

possui a estrutura apropriada para aplicar essa legislação, ou seja, falta a

adequada fiscalização, falta vontade política, falta a correta divulgação das

normas envolvidas, e, principalmente, faltam investimentos para educação

ambiental e conscientização da população. Esta ausência do Estado traz

conseqüências funestas para o meio ambiente e para a qualidade de vida da

sociedade, que deveria exigir o correto cumprimento da legislação existente

para o seu próprio bem e o das futuras gerações.

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CAPÍTULO II

A SUSTENTABILIDADE

“Sustentável” é termo corrente e de fácil compreensão. É

sustentável tudo que se pode manter, é insustentável o que não se pode. Ao se

combinar, porém, com outra palavra corrente, desenvolvimento, a expressão

resultante – desenvolvimento sustentável – dificulta a compreensão para a

maioria. No entanto, o conceito é claro: é aquele desenvolvimento que se pode

manter no tempo, defender com argumentos e seguir por consciência e opção.

O termo “sustentabilidade” apresenta algumas vantagens, como o

de definir de qual das três vertentes do desenvolvimento sustentável, a

ambiental, a social ou a econômica, está em estudo. Propriamente, neste caso

concreto, a ambiental. (Rosa, Prefácio, Fernandes, 2002)

2.1 Origem e Desenvolvimento do Conceito

A partir da segunda metade do século XIX, podem ser percebidas as

raízes de um movimento popular voltado para o ambientalismo, tanto na

Europa quanto nos EUA. O crescente interesse pela história natural, o

Romantismo, as descrições dos então chamados “viajantes naturistas”, a

industrialização e urbanização crescentes e a correspondente degradação

ambiental, geraram o surgimento das primeiras iniciativas voltadas a proteção

ambiental. Na verdade, a preocupação ambiental mais política não nasceu na

Europa ou mesmo nos EUA, mas sim nas áreas coloniais, onde eram

implantadas práticas de exploração maciças e predatórias, e de onde os ideais

iniciais foram exportados. (Pelicioni, cap 12, Philippi Jr, Romero, Bruna, 2011)

Neste período, há um bipartidarismo ambiental nos EUA entre

preservacionistas e conservacionistas. Os preservacionistas se preocupavam

em proteger espécies e preservar áreas específicas. Os conservacionistas

defendiam a “exploração racional”, através de um manejo planejado e

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adequado dos recursos naturais. (Pelicioni, cap 12, Philippi Jr, Romero, Bruna,

2011)

A primeira grande questão ambiental, em termos globais, foi o perigo

nuclear, potencializada pelos testes nucleares no pós-guerra. Até então não

havia um trabalho conjunto entre ambientalistas e movimentos sociais pelos

direitos civis. Seus valores e seguidores eram distintos. Aos poucos, porém, um

número cada vez maior de pessoas se reúnem em torno de questões relativas

ao meio ambiente, à qualidade de vida e à cidadania como um todo. (Pelicioni,

cap 12, Philippi Jr, Romero, Bruna, 2011)

As manifestações populares atingem o auge em 1968. Na França; no

Brasil; na Tchecoslováquia, no mundo todo se protesta, e, então:

“Em setembro de 1968, com a finalidade de avaliar

os problemas do meio ambiente global e sugerir ações

corretivas, foi organizada a Conferência Intergovernamental

de Especialistas sobre as Bases Científicas para Uso e

Conservação Racionais da Biosfera, ou, simplesmente,

Conferência da Biosfera, pela Organização das Nações

Unidas (ONU), por meio do órgão responsável pela

Educação, Ciência e Cultura (Unesco); contou-se com a

colaboração da Organização pela Alimentação e

Agricultura das Nações Unidas (FAO), da Organização

Mundial da Saúde (OMS), da União Internacional para a

Conservação da Natureza e dos Recusros Naturais (UICN)

e do Conselho Internacional das Uniões Científicas.” .

(Pelicioni, cap 12, Philippi Jr, Romero, Bruna, 2011 – p 442)

Esta Conferência acaba se realizando em Estocolmo, em 1972, e ficou

marcada pelo confronto de idéias entre os países desenvolvidos e em

desenvolvimento. A ONU é reconhecida como o principal fórum de debates

entre as Nações.

Enquanto os países desenvolvidos estavam preocupados com os efeitos

da devastação ambiental da Terra e propunham um programa internacional

voltado para a conservação dos recursos naturais do Planeta, pregando que

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medidas preventivas deveriam ser urgentemente implantadas para evitar

grandes desastres ecológicos; os países em desenvolvimento argumentavam

que, assolados pela miséria, precisavam crescer e desenvolver-se

rapidamente, além de questionarem a legitimidade com que os países ricos

faziam tais recomendações, tendo em vista que eles já haviam crescido

fazendo uso predatório dos recursos naturais.

Apesar de restrito a temas voltados para os recursos biológicos, nesta

Conferência a noção de ecossistema mundial surge com força. A visão limitada

de conservação através de “santuários” é trocada por um conceito mais

complexo, que inclui o ser humano na natureza e o desenvolvimento da

civilização. O resultado mais importante, porém, foi a ênfase no caráter inter-

relacionado do meio ambiente e o reconhecimento de que os problemas

ambientais não respeitam fronteiras. (Pelicioni, cap 12, Philippi Jr, Romero,

Bruna, 2011)

Outros resultados importantes, foram:

- O surgimento do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente);

- a produção da “Declaração do Maio Ambiente Humano”;

- a recomendação para a realização de uma conferência específica para

a Educação Ambiental (Workshop de Belgrado, 1975);

- a formação da Comissão Mundial de Meio Ambiente e

Desenvolvimento e

- o “Relatório Nosso Futuro Comum” (Relatório Brundtland).

Vinte anos depois de Estocolmo, a ONU promoveu, no Rio de Janeiro,

uma nova Conferência, a da Organização das Nações Unidas sobre o Meio

Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92, Eco 92 ou Cúpula da Terra). A intenção

era a de avaliar a promoção da proteção ambiental pelos países envolvidos

desde a primeira conferência e, também, para discutir como encaminhar

algumas questões específicas (mudanças climáticas, a proteção da

biodiversidade, etc...). (Pelicioni, cap 12, Philippi Jr, Romero, Bruna, 2011)

Apesar da maior crítica feita a Rio 92, a de que não foram discutidas, de

maneira efetiva, as reais causas estruturais dos problemas ambientais (o

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desenvolvimento econômico, os valores sociais, as relações de poder e

outros), esta foi responsável pela assinatura de cinco importantes documentos,

a saber:

a- Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – carta

contendo 27 princípios, que visam estabelecer um novo estilo de vida

do homem na Terra, por meio da proteção dos recursos naturais e da

busca do desenvolvimento sustentável e de melhores condições de

vida para todos os povos.

b- Agenda 21 – plano de ação a ser implementado pelos governos,

agências de desenvolvimento, organizações das Nações Unidas e

grupos setoriais independentes em cada área onde a atividade

humana afeta o meio ambiente. A execução deste programa deverá

levar em conta as diferentes situações e condições dos países e

regiões e a plena observância de todos os princípios contidos na

Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Trata-

se de uma pauta de ações à longo prazo, estabelecendo os temas,

projetos, objetivos, metas, planos e mecanismos execução para

diferentes temas da Conferência.

c- Princípios para a Administração Sustentável das Florestas – primeiro

tratado a cuidar da questão florestal de maneira universal. Visa a

implantação da proteção ambiental de forma integral e integrada.

Todas as funções das florestas estão descritas no texto e são

sugeridas medidas para a manutenção de tais funções.

d- Convenção da Biodiversidade – cujos objetivos estão expressos em

seu art. 1º:

“Os objetivos dessa Convenção, a serem

observados de acordo com as disposições aqui expressas,

são a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de

seus componentes e a divisão equitativa e justa dos

benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos,

através do acesso apropriado a referidos recursos, e

através da transferência apropriada das tecnologias

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relevantes, levando-se em consideração todos os direitos

sobre tais recursos e sobre as tecnologias, e através de

financiamento adequado.”

e- Convenção sobre Mudança do Clima – destaca a preocupação

quanto às atividades humanas estarem causando uma concentração

na atmosfera de gases de efeito estufa, que resultará num

aquecimento da superfície da Terra e da atmosfera, o que poderá

afetar adversamente ecossistemas naturais e a humanidade. Seus

objetivos são:

- estabilizar a concentração de gases de efeito

estufa na atmosfera num nível que possa evitar uma

interferência perigosa com o sistema climático;

- assegurar que a produção alimentar não seja

ameaçada e

- possibilitar que o desenvolvimento econômico se

dê de forma sustentável.

Dez anos depois da Rio 92, a ONU promoveu um novo encontro,

a “Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável”, para analisar os

progressos alcançados pelos acordos firmados, fortalecer os compromissos e

identificar novas prioridades. (Pelicioni, cap 12, Philippi Jr, Romero, Bruna,

2011)

Este encontro ocorreu em Johannesburgo (África do Sul), em

2002, e foi responsável pela assinatura de mais dois importantes documentos:

o Plano de Implementação e a Declaração Política.

Entre as recomendações contidas no Plano de Implementação,

destaca-se, para este estudo, a seguinte:

“18. Incentivar as autoridades competentes de todos

os níveis para que levem em consideração as questões do

desenvolvimento sustentável na tomada de decisões,

inclusive no planejamento do desenvolvimento nacional e

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local, os investimos em infra-estrutura, desenvolvimento

empresarial e aquisições públicas.”

É possível perceber, assim, que a questão do desenvolvimento

sustentável é uma preocupação mundial e que os governos estão envolvidos e

comprometidos com uma mudança significativa, embora ainda existam

resistências.

O grande desafio é transferir a discussão do patamar externo para

o interno. Cada nação tem a obrigação, em razão dos compromissos

assumidos nas Conferências mencionadas, de fazer sua parte para a

diminuição dos padrões insustentáveis de desenvolvimento.

É nesse contexto que a atuação do governo merece destaque. O

desenvolvimento do conceito de sustentabilidade e a sua efetiva aplicação no

Brasil somente ocorrerão com a criação e, principalmente, com a

implementação de políticas públicas que promovam uma mudança de cultura

em todos os níveis da sociedade, em favor do crescimento sustentável.

2.2 As Dimensões da Sustentabilidade

Embora o presente estudo tenha foco apenas na sustentabilidade

ambiental, é importante ressaltar que o conceito de desenvolvimento

sustentável está amparado em três pilares: a sustentabilidade social, a

sustentabilidade econômica e a sustentabilidade ambiental, a saber:

“1. Sustentabilidade social – Alcançada apenas através de uma

participação sistemática da comunidade e por uma forte sociedade civil.

Coesão da comunidade, identidade cultural, diversidade, solidariedade,

empenhamento, tolerância, humildade, compaixão, paciência,

indulgência, camaradagem, fraternidade, instituições, amor, pluralismo,

conceitos normalmente aceites de honestidade, leis disciplina, etc.

constituem a parte do capital social menos sujeita a uma medição

rigorosa, excepto no que se refere à sustentabilidade social. Este

“Capital Moral” como alguns o denominam, requer manutenção e

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renovação através da partilha de valores e iguais direitos, e por

interacções ao nível comunitário, religioso e cultural. Sem este cuidado

ele irá depreciar-se, da mesma forma que certamente ocorrerá com o

capital físico. O capital humano – investimentos na educação, saúde, e

nutrição de cada indivíduo – é actualmente aceite como parte do

desenvolvimento econômico, mas a criação de capital social como uma

necessidade do desenvolvimento sustentável não é ainda

adequadamente reconhecida.

2. Sustentabilidade econômica – O capital econômico deve ser estável.

A definição largamente aceite de sustentabilidade econômica é

“manutenção do capital”, ou manter o capital intacto. Nesse contexto a

definição de Hicks de rendimento – “a quantidade que cada um pode

consumir durante um período e continuar a estar tão bem como no

início desse período” – pode definir sustentabilidade econômica, já que

o desenvolvimento se baseia no consumo dos rendimentos e não do

capital. A economia raramente se preocupou com o capital natural (por

ex. florestas preservadas, ar limpo). Para os critérios econômicos

tradicionais de distribuição e eficiência, tem de ser adicionado um

terceiro, o de escala. O critério de escala irá controlar, através do

processo de crescimento, o fluxo de materiais e energia (capital

natural) das fontes ambientais para os sumidouros. A economia avalia

as coisas em termos monetários e está, por esse motivo a ter as

maiores dificuldades em avaliar o capital natural – intangível,

intergeracional e especialmente, recursos de acesso comum, como o

ar. Porque as pessoas e as irreversibilidades estão em jogo, a

economia precisa de usar o princípio da antecipação e da precaução

rotineiramente e deveria passar a errar do lado da cautela em face da

incerteza e do risco.

3. Sustentabilidade ambiental – Embora a sustentabilidade ambiental

seja necessária ao homem e originada por preocupações sociais, ela

procura, essencialmente aumentar o bem-estar humano, ao proteger

as fontes de matérias-primas usadas para as suas necessidades e

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assegurar que os sumidouros dos seus resíduos não sejam utilizados

para além das suas capacidades, de modo a prevenir danos futuros

para a comunidade humana. A humanidade tem de aprender a viver

dentro das limitações do seu ambiente biofísico. Sustentabilidade

ambiental significa que o capital natural tem que ser preservado, que

como providenciador de recursos (“fontes”), quer como um sumidouro

para os resíduos. Isto significa manter a escala do subsistema

econômico humano dentro dos limites biofísicos do ecossistema global

de que depende. Sustentabilidade ambiental necessita de consumo

sustentável. Do lado dos sumidouros isso significa a manutenção das

emissões de resíduos dentro das capacidades assimilitivas do

ambiente sem o enfraquecer. Do lado das fontes, as taxas de recolha

de recursos renováveis têm de ser mantidas dentro do limiar da

renovabilidade. Os recursos não renováveis não podem ser tornados

completamente sustentáveis, mas, comportamentos quase

sustentáveis ambientalmente podem ser desenvolvidos para recursos

não renováveis, através da manutenção das suas taxas de depleção

em harmonia com a taxa de criação de substitutos renováveis.”

(FERNANDES, 2002, pgs.30/2).

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CAPÍTULO III

O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE

JANEIRO

A Justiça Eleitoral do Brasil foi criada pelo Decreto nº 21.076, de 24 de

fevereiro de 1932, uma inovação apresentada pela Revolução de 30. Neste

ano foi promulgado o primeiro Código Eleitoral brasileiro, inspirado na Justiça

Eleitoral checa e nas idéias do político Assis Brasil.

3.1 História, Criação e Competências

Na fase inicial de desenvolvimento (1932-1937) foram

organizados três pleitos:

- 1933 – eleitos constituintes nacionais;

- 1934 – eleitos constituintes estaduais;

- 1935 – eleitos prefeitos e vereadores.

Em 1938 deveria ocorrer, então, o pleito presidencial, porém, em

1937, Getúlio Vargas outorgou uma nova Constituição, que não recepcionou a

justiça Eleitoral, extinguindo-a temporariamente.

Com o fim do Estado Novo, o Decreto-Lei nº 7.586, de 28 de maio

de 1945, determinou, novamente, a criação da Justiça Eleitoral. O Tribunal

Superior Eleitoral – TSE – é criado em 02 de junho deste mesmo ano e, já em

02 de dezembro, são realizadas eleições presidenciais e para a formação da

nova Assembléia Nacional Constituinte.

A Carta Política de 1946 recepciona da Justiça Eleitoral

novamente, porém, a partir do Golpe Militar de 1964, esta passa a ter uma

função quase que decorativa. Organiza pleitos para prefeitos e vereadores,

mas apenas em municípios que não sejam considerados “estratégicos”

(capitais de estado, bases militares, etc.).

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Desde a primeira eleição pós-redemocratização (1986) até a

última realizada (2010), foram realizados 15 pleitos nacionais, entre regulares,

referendos (2005) e plebiscitos (1993). Em 1989 é realizada a primeira eleição

presidencial pós-ditadura militar.

A informática foi implantada de maneira progressiva na Justiça

Eleitoral. Primeiro, informatizaram os processos de totalização dos resultados,

depois, em 1986, recadastraram nacionalmente os eleitores e, finalmente,

instituíram o voto eletrônico.

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Justiça

Eleitoral tem sua existência e regulamentação determinada pelos artigos 118 a

121 da mesma, sendo que:

“Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e

competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.”

Tal Lei complementar não foi instituída até a presente data.

Temos, portanto, como principais leis a reger o Direito Eleitoral:

- Código Eleitoral de 1965;

- Lei dos Partidos Políticos de 1995;

- Lei 9.504 de 1997;

- Lei 12.304 de 2009 e

- Resoluções Normativas do TSE (regulam as eleições com

força de lei).

São funções da Justiça Eleitoral:

- Regulamentar o processo eleitoral por meio de Instruçôes, com

força de lei (art. 1º, $ único, Código Eleitoral de 1965);

- administrar corretamente este mesmo processo, conforme

suas próprias regulamentações;

- vigiar o correto cumprimento das normas jurídicas que

regem o período eleitoral;

- fiscalizar as contas das campanhas eleitorais;

- julgar todo contencioso eleitoral;

- punir os que desrespeitem a legislação eleitoral.

Porém, o que distingue a Justiça Eleitoral é o poder de:

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- expedir instruções para execução da lei eleitoral;

- responder consultas sobre matéria eleitoral e

- julgar ações judiciais contra os próprios atos.

A Justiça Eleitoral não possui quadro próprio de magistrados, e

vale-se, portanto, de juízes de outros Tribunais, de membros da advocacia e/ou

mesmo de cidadãos idôneos para a composição dos seus órgãos.

O Tribunal Superior Eleitoral coordena toda a Justiça Eleitoral e é

o órgão responsável pelas eleições presidenciais. Os Tribunais Regionais

Eleitorais coordenam as atividades da Justiça Eleitoral no Estado ou Distrito

Federal. Respondem pelas eleições que abranjam a circunscrição estadual ou

regional (caso do Distrito Federal). Haverá um TRE na capital de cada Estado e

um no Distrito Federal (art 120, CF 88).

Este mesmo artigo, em seu §1º, prevê a composição do TRE da

seguinte forma:

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de

Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal

de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital

do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal,

escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal

respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes

dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral,

indicados pelo Tribunal de Justiça.

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A História da Justiça Eleitoral brasileira, portanto, caminha, sendo

paralela e próxima, com a História da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro. Neste

Estado se instalou, em 20 de maio de 1932, o Tribunal Superior Eleitoral.

Quando foram criados os Tribunais Regionais Eleitorais, também se instalaram

as primeiras dessas Cortes no País: O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito

Federal e, simultaneamente em Niterói, o Tribunal Regional Eleitoral do Estado

Rio de Janeiro. Com a fusão dos Estados, estes se tornaram um só.

3.2 Missão, Visão e Valores Institucionais do TRE/RJ

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro adota uma gestão

estratégica baseada na idéia de modernização do sistema judicial. Desta forma

o Órgão estabelece uma visão estratégica de longo prazo e alinha suas

diretrizes organizacionais à execução de ações concretas. (Intranet do TRE/RJ)

“CAPÍTULO II

DA GESTÃO ESTRATÉGICA

Art. 2º - A Administração deverá atuar de modo estratégico

e empreendedor, de forma que a gestão se caracterize por ações

proativas e decisões tempestivas, com foco em resultados e na

satisfação de jurisdicionados e usuários, a par da correta

aplicação dos recursos públicos.

Art. 3º - As ações serão estruturantes e sinérgicas e

deverão ensejar a construção de novos paradigmas, a agregação

de valores e a fundamentação das atividades nos aspectos

relevantes da qualidade, na cultura da eficiência e na

disseminação de práticas bem sucedidas de

gestão”.(Regulamento Interno – Intranet – TRE/RJ)

Definir a missão, a visão e os valores da organização são ações

imprescindíveis para se definirem os caminhos que a Instituição deve seguir.

Nesse sentido, o Plano Estratégico do TRE/RJ ,aprovado através da Resolução

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720/09, apresenta o modelo de gestão a ser seguido pelo Tribunal pelos

próximos cinco anos e determina a missão, a visão e os valores da Casa da

seguinte maneira:

Missão - “Garantir a legitimidade do processo eleitoral e o

livre exercício do direito de votar e ser votado, a fim de fortalecer

a democracia.”

Visão - “Ser reconhecido pela prestação de serviços

eleitorais de qualidade por meio da gestão efetiva de seus

processos internos.”

Valores Institucionais -

- “Autodesenvolvimento: assumir a responsabilidade

de desenvolver-se continuamente, de forma a contribuir

para o seu crescimento pessoal e profissional, bem como

para o desempenho organizacional.

- Comprometimento: atuar com dedicação, empenho

e envolvimento em suas atividades.

- Cooperação: Trabalhar em equipe, compartilhando

responsabilidades e resultados.

- Ética: agir com honestidade e integridade em todas

as suas ações e relações.

- Inovação: propor e implementar soluções novas e

criativas para atividades, processos e/ou rotinas de

trabalho.

- Orgulho Institucional: sentir-se satisfeito em fazer parte da

instituição.

- Presteza: entregar resultados com rapidez e qualidade.

- Responsabilidade Socioambiental: adotar os critérios

sociais e ambientais nas ações do dia a dia.

- Transparência: praticar atos com visibilidade plena no

desempenho de suas atribuições.” (Intranet – TRE/RJ)

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3.3 O Planejamento Estratégico do TRE/RJ e a

Sustentabilidade

A crescente preocupação mundial com as questões ambientais tem sido

fator determinante para a implementação de políticas públicas e de ações por

parte de diversos segmentos da sociedade. No âmbito da administração

pública brasileira, a situação não se mostra diferente.

A par da importância de seu papel nesse contexto, o Tribunal Regional

Eleitoral do Rio de Janeiro, ao aprovar seu Plano Estratégico para o período de

2010 a 2014 (Resolução n° 720/2009), consignou a Responsabilidade Social e

Ambiental como Valor Institucional a ser oferecido à Sociedade.

A inclusão do tema “Responsabilidade Socioambiental” como Valor

Institucional no Planejamento Estratégico do TRE/RJ reflete uma resposta do

Poder Judiciário à crescente demanda da sociedade pela adoção de critérios

de sustentabilidade na Administração Pública. Nesse aspecto, o Conselho

Nacional de Justiça – CNJ, órgão do Poder Judiciário, criado em 2004 e

encarregado de controlar as atividades administrativas e financeiras dos

Tribunais, bem como o planejamento e a gestão estratégica daquele Poder,

expediu a Recomendação nº 11, de 22 de maio de 2007, em que recomenda

que sejam adotadas políticas públicas para a formação e recuperação de um

ambiente ecologicamente equilibrado, além da conscientização dos servidores

e jurisdicionados quanto à necessidade de efetiva proteção ao meio ambiente.

Recomenda, ainda, que sejam instituídas comissões ambientais

nos Tribunais para o planejamento, elaboração e acompanhamento de

medidas, com fixação de metas anuais.

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3.4 O Desenvolvimento Sustentável no Tribunal

Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

A preocupação com a sustentabilidade no TRE/RJ surgiu quando o

Órgão percebeu que, em virtude das novas diretrizes definidas pelo Conselho

Nacional de Justiça, deveria adotar uma posição ativa frente às questões

ambientais. Diante desse novo contexto que se apresentava, o TRE/RJ decidiu

constituir uma equipe multidisciplinar que tivesse como principais objetivos

promover a sensibilização dos servidores para a responsabilidade

socioambiental e implantar ações que traduzissem, na prática, esse conceito

para o Órgão.

3.5 A Criação do Programa de Responsabilidade

Socioambiental

Com base nos dispositivos constitucionais e em observância à

Resolução nº 11/07 do Conselho Nacional de Justiça, o Tribunal Regional

Eleitoral do Rio de Janeiro constituiu, por meio do Ato nº 317, publicado em 16

de julho de 2007, equipe de trabalho visando à implementação de um

programa socioambiental. A medida foi prontamente implantada e a equipe de

trabalho passou a ser conhecida por “Equipe Ambiental”. (Portal Ambiental –

TRE/RJ).

Composta por servidores de diversas áreas do Tribunal, a Equipe iniciou

seus trabalhos visitando órgãos públicos que já desenvolviam ações

ambientais, como o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, o Tribunal

de Contas do Município do Rio de Janeiro, o Tribunal Regional do Trabalho da

1ª Região e o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Também foram visitados os trabalhos desenvolvidos na Recicloteca, no Galpão

das Artes, na Associação de Catadores de Lixo Padre Navarro e no Instituto

Philippe Pinel (Projeto Papel Pinel), dentre outros. (Portal Ambiental – TRE/RJ)

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A partir das visitas, a Equipe propôs o início dos trabalhos através da

implementação do “Projeto Coleta Seletiva”, por acreditar que este agregaria

um conjunto de aspectos relevantes e seria capaz de despertar o interesse dos

servidores para a importância da questão ambiental. O baixo custo de

implementação, a visibilidade das ações e seus resultados e o impacto social

do projeto foram os principais aspectos considerados. (Portal Ambiental –

TRE/RJ).

No dia 21 de setembro de 2007, Dia da Árvore, foi lançada a primeira

campanha, a Campanha dos 3Rs, marco inicial do “Projeto Coleta Seletiva”. A

campanha teve por objetivo sensibilizar e conscientizar os servidores sobre a

relevância do combate ao desperdício e da redução do consumo de recursos

naturais para, então, apresentar os benefícios da coleta seletiva, quando

esgotados os esforços de redução e reutilização. (Portal Ambiental – TRE/RJ).

Em 2008, foi realizada a I Semana do Meio Ambiente, ação que, em

decorrência de seu êxito, passou a fazer parte do calendário de eventos do

Tribunal. O eixo temático da proposta é a disseminação da importância do

papel de cada um para a preservação ambiental. A programação, amplamente

divulgada, é planejada a partir da avaliação dos resultados obtidos ao longo do

ano e do grau de adesão dos servidores às práticas sustentáveis. Esta ação

não foi realizada em 2011 por motivos alheios aos trabalhos da “Equipe

Ambiental” e falta de aprovação, à época, da atual Administração. (Portal

Ambiental–TRE/RJ).

Em 2009, mais um passo foi dado. O Planejamento Estratégico do TRE-

RJ para o período de 2010 a 2014, aprovado em dezembro, reconhece a

Responsabilidade Social e Ambiental como Tema Estratégico e um dos

atributos de valor que a Instituição quer entregar à Sociedade. A Agenda

Ambiental, uma das iniciativas estratégicas contempladas no Plano, foi, então,

desenvolvida pela Equipe e vem definindo o planejamento ambiental para os

próximos cinco anos, com o objetivo principal de reduzir os impactos

ambientais negativos causados pelas atividades desenvolvidas pelo Tribunal.

Este projeto de Agenda Ambiental desenvolvido recebeu, em 2011, a 1º prêmio

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na XI Mostra Nacional de Trabalhos da Qualidade no Poder Judiciário. (Portal

Ambiental – TRE/RJ).

Ao longo desses quatro anos, as ações socioambientais implementadas

pelo TRE-RJ têm alcançado resultados muito positivos, atingindo um número

cada vez maior de pessoas, interna e externamente, e transformando a cultura

organizacional. O “Projeto Coleta Seletiva” contribui mensalmente com a

composição da renda de aproximadamente 137 catadores. A economia de

recursos públicos decorrentes das ações ambientais vem se tornando uma

realidade. (Portal Ambiental – TRE/RJ).

O lançamento do “Portal Ambiental” é mais uma iniciativa que busca

ampliar a divulgação e facilitar o acesso às informações relativas à questão

ambiental, contribuindo para a conscientização dos servidores e da população.

(Portal Ambiental – TRE/RJ).

3.6 Algumas Ações em Favor da Sustentabilidade

Ambiental Implantadas no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de

Janeiro

3.6.1 - Convênio com a Comlurb (empresa de recolhimento de lixo oficial

do Município do Rio de Janeiro) para o recolhimento do lixo reciclável e a

correta destinação deste através de sua destinação a Cooperativas

Credenciadas de Catadores – considerando que, institucional e legalmente, o

TRE/RJ não pode auferir verba, este Convênio foi a opção encontrada para

concretizar o correto recolhimento do lixo reciclável gerado e sua destinação.

Através de um sistema de coletores de lixo dispostos nas salas, copas e

sanitários, há a separação de papel, recicláveis limpos e orgânicos. O lixo

reciclável não é previamente selecionado, visto que os catadores das

Cooperativas Credenciadas recebem por quilo de lixo “catado” e a pré-seleção

deste desconfiguraria o serviço dos mesmos e impediria o recebimento do valor

monetário correspondente. Apenas o papel, considerando que este sujo não

pode sofrer reciclagem, é coletado em separado. (Portal Ambiental – TRE/RJ)

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3.6.2 - Convênios com a Lexmark, a HP e a Xerox para recolhimento de

cartuchos de impressora usados para reciclagem – Em 2009 foi firmado o

primeiro destes Convênios, com a Lexmark, onde se firmou uma troca, numa

proporção de 25 para 1, de recebimento de cartuchos novos na devolução dos

usados para reciclagem. Depois, em 2010, o TRE-RJ começou a participar dos

programas “HP Planet Partners” e “Programa Xerox de Devolução de

Cartuchos Vazios”, através do primeiro programa milhões de cartuchos de tinta

e toners originais HP são reciclados e sua matéria-prima é reinserida na cadeia

produtiva HP a cada ano. Já o programa da Xerox encoraja os consumidores a

retornarem os tonners e cartuchos vazios, tendo como foco a preservação ao

meio ambiente e combate ao aquecimento global, dando um destino

ecologicamente correto para estes produtos. Essa devolução reverte ainda,

para o Tribunal, um novo cartucho ou tonner para cada 50 vazios

devolvidos.(Portal Ambiental – TRE/RJ).

3.6.3 - Aquisição, distribuição de impressoras e orientação para

impressão em frente/verso, visando minimizar o consumo de papel (OS – DG

02/09) – Desde a divulgação da Ordem de Serviço da Diretoria Geral em 2009,

as Secretarias de Administração, através da Coordenadoria de Material e

Patrimônio, e de Tecnologia de Informação, vem trabalhando de forma

conjunta, visando substituir, de forma progressiva, o parque de impressoras

existentes por um total de impressoras frente-verso. (Portal Ambiental –

TRE/RJ).

3.6.4 - Distribuição de canecas aos servidores, estagiários e

terceirizados visando diminuir o consumo de copos descartáveis - De março/09

a fevereiro/10 foram consumidos 1.053.300 copos descartáveis pela Justiça

Eleitoral fluminense, que acabaram, em sua maioria, sendo descartados em

aterros sanitários e/ou lixões. Visando a redução deste consumo, a Equipe

Ambiental lançou, em 2010, a campanha “Eleja esta caneca”, com a

distribuição de canecas de porcelana para que os servidores as utilizem em

seus locais de trabalho. Em 2011, tendo em vista a enorme redução do

consumo de copos plásticos descartáveis no Tribuna,l a Equipe Ambiental

estendeu a distribuição de canecas para os estagiários, terceirizados e

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requisitados. Como parte da comemoração do dia do estagiário, cada um

destes recebeu uma caneca plástica com o logo da Equipe Ambiental. E,

visando a utilização de canecas pela totalidade dos funcionários, no mês

seguinte, as distribuiu também para os servidores requisitados e terceirizados.

Com orientação para utilização apenas no local de trabalho, todos tiveram seus

nomes marcados nas canecas plásticas. O material plástico é adequado, no

caso, principalmente para os funcionários que trabalham se deslocando, como

motoristas, estoquistas e outros. Em complemento a esta ação, foram afixados

nos bebedouros o adesivo “Não esqueça a sua Caneca”. (Portal Ambiental –

TRE/RJ).

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CAPÍTULO IV

METODOLOGIA EMPREGADA NO ESTUDO DE

CASO NO TRE/RJ

4.1 Tipos de Pesquisa

O presente estudo de caso envolveu a realização de uma pesquisa

documental, uma pesquisa qualitativa explorativa e uma pesquisa quantitativa,

relativa a um levantamento realizado por meio da aplicação de

questionário.

Primeiramente, foi realizada uma pesquisa documental no TRE/RJ, em

que foi possível conhecer documentos de institucionalização de programas,

metas e objetivos dos órgãos, os quais envolveram relatórios, portarias,

instruções normativas, processos, bem como o Regimento Interno e o

Planejamento Estratégico do TRE/RJ, entre outros. Alguns desses documentos

foram disponibilizados fisicamente. Outros, entretanto, estavam disponíveis na

Intranet, a rede interna do TRE/RJ.

Posteriormente, para conhecer a percepção do servidor do TRE/RJ

acerca da questão ambiental, bem como identificar os efeitos que porventura

as ações implementadas no Órgão possam ter provocado tanto em seu

ambiente de trabalho, como em sua vida pessoal, foi realizada uma pesquisa

junto aos servidores do TRE/RJ, por meio da aplicação de um questionário

estruturado fechado.

Por fim, passou-se a uma fase mais específica, quando então foi

realizada uma entrevista com a Presidente da Comissão da Equipe Ambiental,

Flávia Vidal. A citada entrevista teve como objetivo conhecer a situação atual

do trabalho ambiental no STJ, bem como as nuances que envolvem essas

ações e os seus resultados. A idéia original era realizar esta entrevista ao vivo,

mas, em consideração ao excesso de trabalho da Presidente, visto que todos

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os integrantes da citada Comissão acumulam suas funções originais com as do

projeto, o questionário foi enviado e respondido por e-mail.

4.2 Levantamento do Universo da Pesquisa

Para a aplicação do questionário definiu-se a população a ser

pesquisada, considerando o número de servidores ativos na Sede do TRE/RJ,

distribuídos aleatoriamente em relação ao seu nível de escolaridade e tempo

de serviço junto ao TRE/RJ.

A intenção original desta pesquisa era atingir a todos os servidores

cadastrados no catálogo de endereços do TRE/RJ, constituindo, então, um

Levantamento Censitário. Considerando, porém, o exíguo prazo para a

aprovação burocrática necessária e o posicionamento, à época, da

Administração em relação ao tema em questão, optou-se por uma distribuição

fechada, entre servidores e setores cujos Secretários/Coordenadores

aprovaram a divulgação do link

(https://www.surveymonkey.com/s/AGestaoAmbiental-TRE-RJ) para acesso ao

questionário.

Visto a política de privacidade existente no pacote de serviços

contratado e o fato de que a coleta de dados foi efetuada através de acesso

direto dos servidores do TRE/RJ ao link de pesquisa, foi impossível precisar

quantas pessoas receberam a informação sobre o procedimento. Porém foram

coletadas 56 respostas.

4.3 Questionário

4.3.1 - Premissas para elaboração do questionário:

O quadro abaixo representa as premissas definidas para elaboração do

questionário. A definição dessas premissas foi feita com base nos objetivos

geral e específicos determinados para este estudo de caso.

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Premissas para elaboração do questionário de pesquisa

Tema Abordagem do tema no questionário

Tema Abordagem do Tema no

Questionário

Coleta e Reciclagem de

Materiais

Questão 3 –

- Convênio com a Comlurb;

- Convênios com a Lexmark, a

HP e a Xerox,

- Distribuição de blocos de

rascunho.

Educação Ambiental

Questão 3 –

- Distribuição de canecas;

- Utilização da Fonte Sprang

Eco Sans;

- Distribuição de blocos de

rascunho;

- Campanhas diversas.

Questão 4 –

- O TRE/RJ tem-se esforçado,

através do trabalho da Equipe

Ambiental, para criar uma consciência

ambiental em seus servidores;

- As iniciativas do TRE/RJ

influenciaram minha atuação em favor

da sustentabilidade.

Consumo Sustentável

Questão 3 –

- Distribuição de impressoras e

orientação para imprimir frente e

verso;

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- Distribuição de canecas;

- Utilização da Fonte Sprang

Eco Sans;

- Distribuição de blocos de

rascunho;

- Campanhas diversas

Questão 4 –

- As iniciativas adotadas pelo

TRE/RJ para redução do impacto

ambiental que provoca são

importantes e significativas;

- As iniciativas do TRE/RJ

influenciaram minha atuação em favor

da sustentabilidade.

Consciência Ambiental do

TRE/RJ, Conforme Servidores

Questão 4 –

- O TRE/RJ tem-se esforçado,

através do trabalho da Equipe

Ambiental, para criar uma consciência

ambiental em seus servidores;

As iniciativas adotadas pelo

TRE/RJ para redução do impacto

ambiental que provoca são

importantes e significativas;

- Há um comprometimento do

TRE/RJ com a sustentabilidade.

Influência das Ações na Vida

do Servidor

Questão 4 –

- Há um comprometimento do

corpo funcional do TRE/RJ com a

sustentabilidade;

- As iniciativas do TRE/RJ

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influenciaram minha atuação em favor

da sustentabilidade.

Premiação da Agenda

Ambiental

Questão 5 e

Questão 6.

4.3.2 - Aplicação do Questionário:

O questionário foi elaborado no site www.surveymonkey.com, o qual se

destina à realização de pesquisas online. A ferramenta escolhida deveu-se ao

fato de que o meio eletrônico é hoje altamente utilizado nas corporações para

envio e recebimento de comunicações, situação que se verifica no TRE/RJ,

além de ser econômico e não provocar impactos negativos ao meio ambiente.

O questionário padronizado e fechado compreendeu seis questões,

sendo que as duas primeiras tinham o objetivo de conhecer a escolaridade e o

tempo de serviço junto ao Tribunal do entrevistado.

A terceira questão apresentava sete iniciativas adotadas pelo TRE/RJ

para promover a sustentabilidade e reduzir seu impacto ambiental. Foi então

solicitado ao entrevistado que marcasse a opção que representasse seu grau

de conhecimento e envolvimento com as iniciativas.

A quarta questão apresentava cinco afirmações acerca da atuação do

TRE/RJ em favor da sustentabilidade e do reconhecimento da sustentabilidade

como um valor para o Tribunal e para o servidor. O entrevistado responderia

conforme seu grau de concordância com a afirmativa.

Por fim, nas duas questões restantes, foi questionado ao servidor sobre

seu conhecimento quanto à premiação da Agenda Ambiental do TRE/RJ como

projeto vencedor na categoria Gestão Socioambiental da XI Mostra Nacional de

Trabalhos de Qualidade no Poder Judiciário.

Conforme mencionado anteriormente, o link com o questionário foi

encaminhado por e-mail a todos os servidores possíveis no catálogo de

endereços do TRE/RJ, sendo impossível conhecer a total de recebimentos, no

dia 19 de outubro de 2011 e ficou disponível para resposta até 24/01/12. Cabe

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ressaltar que foi autorizado o reencaminhamento do link entre os servidores

atingidos pelo questionário.

Portanto, os resultados desta pesquisa aplicam-se aos 56 servidores

que a concluíram.

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45

CAPÍTULO V

ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1 Entrevista com a Presidente da Comissão da Equipe

Ambiental

A entrevista com a Presidente da Equipe Ambiental, sra. Flávia Vidal, foi

encaminhada em forma de questionário, via e-mail, e respondida por telefone

no dia 24 de janeiro de 2012.

A primeira pergunta feita à atual Presidente foi relativa à situação em

que o TRE/RJ se encontrava, em termos de sustentabilidade, quando foi criado

a “Equipe Ambiental”.

A Presidente informou que não havia nenhuma preocupação concreta

em relação a sustentabilidade, mas que ela não era funcionária concursada do

Tribunal à época, podendo, portanto, apenas informar o que lhe foi transmitido

quando ingressou à Equipe. A coleta realizada pelos funcionários terceirizados

da limpeza não tinha uma destinação específica, e, o material recolhido ia para

o lixo comum.

Perguntou-se, a seguir, qual foi a primeira preocupação da “Equipe

Ambiental” quando foi institucionalizada pela publicação do Ato nº 317,

publicado em 16 de julho de 2007.

A primeira preocupação, segundo a Presidente, foi normatizar a

destinação correta de resíduos através da coleta seletiva, conforme informado

através do histórico do Portal Ambiental.

Ao ser perguntada sobre as principais dificuldades enfrentadas no

processo de implantação das ações sustentáveis no TRE/RJ, a Presidente

informou que seriam:

- falta de uma estratégia clara;

- falta de sistematização nas ações ambientais;

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- falta de reconhecimento institucional;

- falta de recursos financeiros para ações onerosas;

- baixa adesão dos funcionários às ações;

- falta de planejamento a longo prazo, sem objetivos pré-definidos e

divulgados;

- falta de monitoramento dos resultados;

- falta de divulgação destes resultados e

- falta de controle sobre as reais necessidades.

Nesse contexto, a verifica-se que a total falta de conhecimento dos

servidores e demais colaboradores do TRE/RJ dificulta, sobremaneira, as

atividades da Equipe.

Para vencer a resistência apresentada, a Equipe efetua diversas

campanhas de conscientização dos servidores. As campanhas dizem respeito,

principalmente, à necessidade de reduzir o uso dos recursos oferecidos pelo

TRE/RJ, como material de expediente, água e energia elétrica, entre outros.

São realizadas palestras e comemorações de datas ambientais, distribuídos

adesivos e colocados “displays” informativos, com o intuito de criar uma

consciência ambiental nos servidores do TRE/RJ. O trabalho de

conscientização deve ser contínuo e sistemático; caso contrário, aqueles

servidores que ainda não internalizaram a responsabilidade ambiental voltarão

aos antigos padrões de consumo.

Prosseguindo com a entrevista, a Presidente foi questionada sobre quais

ações considera mais bem sucedidas em relação a sua relevância e aceitação

por parte dos servidores. Em resposta, a Presidente informou que, na visão

daEquipe, seriam o convênio com a Comlurb, os convênios com a Lexmark,

Xerox e HP e a aprovação da Agenda Ambiental.

A Agenda Ambiental do TRE/RJ ganhou o 1º prêmio da XI Mostra

Nacional de Trabalhos de Qualidade do Poder Judiciário, na categoria “Gestão

Ambiental”. A Presidente e as servidoras Claudeci e Soraya foram a Brasília

participar da Mostra e receber a premiação. Questionada sobre como foi esta

experiência a resposta foi que, além do orgulho pelo reconhecimento do

trabalho realizado, esta premiação é super importante em termos de

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motivação. Espera-se, com a divulgação da premiação pela qualidade do

trabalho feito até o momento, o engajamento de todos os servidores com os

próximos projetos/campanhas e uma maior participação da atual

Administração.

Quanto aos próximos desafios a serem enfrentados pela Equipe, estes

seriam, na verdade, todas as metas ainda não alcançadas conforme os

indicadores ambientais divulgados no Portal Ambiental. Há, porém, um

componente prioritário na economia de energia elétrica, sendo que o projeto

que vem sendo desenvolvido em parceria com a Light (Companhia de Energia

Elétrica), de avaliação dos aparelhos de ar condicionado, deve auxiliar de

maneira considerável.

Informando a Presidente que se encontra extremamente atarefada com

o acumulo de funções, mas se predispondo a esclarecer quaisquer dúvidas que

por acaso se apresentem, encerramos a entrevista.

5.2 Análise dos Dados do Questionário

A primeira questão do questionário abordou o nível de escolaridade dos

servidores. Ao analisar as respostas obtidas, observa-se, conforme

representado na resposta 1 do Anexo II que não houve respondentes com o

ensino fundamental completo.

Ao se detalhar a amostra (Anexo III), percebe-se que 58,9% possuem

pós-graduação, o que representa 33 servidores, 26,8% possuem graduação e

somam 15 servidores e 5,4% possuem mestrado, o que equivale a 3

servidores. O percentual de servidores que possuem alguma especialização é

de 64,3% do total dos entrevistados, sendo a pós-graduação a especialização

escolhida pela maioria dos entrevistados.

Na segunda questão, os servidores responderam sobre o tempo de

serviço junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, conforme

representação na resposta 2 do Anexo II.

Do total de 56 entrevistados, 21 servidores, aproximadamente 37,5% do

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total, trabalham no Órgão há mais de 15 anos. Os servidores com

menos de 10 anos de serviço totalizam 29 e representam 51,7% dos

entrevistados.

Como se pode observar, complementarmente, no Anexo IV, a maioria

dos respondentes, 33,9%, respondeu que se encontra trabalhando junto ao

TRE/RJ em um período “entre 15 e 20”, sendo, porém, seguido de um

percentual representativo, 32,1%, que trabalha há “menos de 05 anos”.

Analisando o Anexo V (Escolaridade X Tempo de Serviço),

correlacionando estas duas variáveis e enfatizando os grupos mais

representativos, verifica-se que, entre os concursados que trabalham no

TRE/RJ “entre 15 e 20 anos”, 73,7% possuem pós-graduação. Entre os

concursados há “menos de 05 anos”, este percentual soma 50%. Esse último

montante é inferior proporcionalmente ao anterior, referente aos concursados

há maior tempo, o que permite concluir que o tempo de serviço representa, na

amostra pesquisada, um maior nível de escolaridade.

Analisando, a seguir, a terceira questão do questionário (Anexo II),

quanto ao conhecimento, por parte dos servidores, das ações empreendidas

pelo TRE/RJ, verifica-se que apenas os convênios firmados para recolhimento

de cartuchos de impressora usados têm uma parcela significativa de

desconhecimento entre os servidores, 34,5%. Todas as demais ações atingem

uma parcela de conhecimento (incluindo “participo” ou “participo ativamente”)

acima de 80%. A distribuição de canecas e as campanhas diversas visando

economia de energia elétrica são de conhecimento de 100% dos entrevistados.

No Anexo VI (Escolaridade x Participação), considerando o universo dos

concursados com pós-graduação, que é o universo com o percentual de maior

representatividade, verifica-se que o nível de conhecimento e participação nas

ações é alto, entre 87,9%, caso do convênio com a Comlurb e da distribuição

de blocos de rascunho pela Reprografia, e 100%, caso da distribuição de

canecas e das campanhas pela economia de energia elétrica. A exceção está

no desconhecimento relativo aos convênios firmados para recolhimento de

cartuchos de impressora usada, em percentual de 28,1%.

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Portanto, as respostas apresentadas pelo nível de escolaridade mais

representativo da amostra, são condizentes com a análise geral apresentada

anteriormente (questão 3 do Anexo II).

No Anexo VII (Tempo de Serviço X Participação), considerando os

universos “entre 15 e 20 anos” e “menos de 5 anos”, cujos percentuais se

equivalem em representatividade na pesquisa, verifica-se, primeiro, que o nível

de conhecimento e participação, dentro do universo “entre os 15 e 20 anos”,

nas ações é alto, entre 84,2%, caso do convênio com a Comlurb e da

distribuição de blocos de rascunho pela Reprografia, e 100%, caso da

distribuição de canecas e das campanhas pela economia de energia elétrica. A

exceção está no desconhecimento relativo aos convênios firmados para

recolhimento de cartuchos de impressora usada, em percentual de 33,3%.

Ao analisar-se, porém, o nível de conhecimento e participação, dentro do

universo “menos de 5 anos”, constata-se que, apesar de alto em sua maioria,

entre 90,1%, caso utilização da Fonte Sprang Eco Sans, e 100%, caso da

distribuição de canecas, das campanhas pela economia de energia elétrica, e,

excepcionalmente, da distribuição de blocos de rascunho pela Reprografia,

este apresenta, também excepcionalmente, um desconhecimento alto, de

27,3% quanto ao convênio com a Comlurb e, dentro do desconhecimento

relativo aos convênios firmados para recolhimento de cartuchos de impressora

usada, um percentual elevado de 45,5%.

Portanto, entre as respostas apresentadas pelos universos de tempo de

serviço mais representativos, apenas o correspondente ao da amostra “entre

15 e 20 anos”, são condizentes com a análise geral. A amostra

correspondente a “menos de 5 anos” apresentou percentuais significativamente

divergentes, coincidindo apenas naquelas que apresentavam percentual de

100% de conhecimento nas respostas à questão 3 – Anexo II e não poderiam,

assim, divergir.

A questão 4 refere-se a como o servidor visualiza e qualifica os esforços

empreendidos pelo TRE/RJ para minimizar os impactos ambientais que gera.

Verifica-se que, de uma maneira geral, os esforços são bem qualificados. O

trabalho da equipe ambiental, as iniciativas adotadas pelo Órgão e a influência

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destas sobre sua vida particular, tiveram avaliações positivas acima de 90%.

Porém, os próprios servidores apresentaram uma aprovação menor, de apenas

76,4%, em relação ao comprometimento do corpo funcional com a

sustentabilidade, ou seja, quanto à própria participação ativa enquanto

servidor.

No Anexo VIII (Escolaridade x Sustentabilidade), considerando,

novamente, o universo dos concursados com pós-graduação, verifica-se que o

nível de reconhecimento e avaliação é alto, acima dos 90%, caso do trabalho

da equipe ambiental, das iniciativas adotadas pelo Órgão e da influência destas

sobre sua atuação particular em relação a sustentabilidade. Porém, o

comprometimento do corpo funcional teve uma avaliação positiva de apenas

72,8%.

Portanto, as respostas apresentadas pelo nível de escolaridade, são,

mais uma vez, condizentes com a análise geral apresentada anteriormente

(questão 4 do Anexo II).

No Anexo XI (Tempo de Serviço X Sustentabilidade), considerando os

universos “entre 15 e 20 anos” e “menos de 5 anos”, pelos motivos já

informados, verifica-se, primeiro, que o nível de reconhecimento e avaliação,

dentro do universo “entre os 15 e 20 anos”, é alto, porém distinto, indo de

100%, no caso da avaliação do trabalho da “Equipe Ambiental”, 73,7% na

avaliação do comprometimento do TRE/RJ com a sustentabilidade. Também

diverge na avaliação do comprometimento do corpo funcional com uma

avaliação superior, totalizando 83,3% de aprovação. Os demais percentuais

são condizentes.

O nível de reconhecimento e avaliação, dentro do universo “menos de

05 anos”, apresenta percentuais mais aproximados. Apresentam, porém, nas

avaliações do comprometimento do corpo funcional (61,1%, a menor avaliação)

e da influência das iniciativas do TRE/RJ em sua atuação em favor da

sustentabilidade (83,4%,) uma visão extremamente negativa do universo

individualizado dos servidores.

Portanto, entre as respostas apresentadas pelos universos de tempo de

serviço mais representativos, apenas o correspondente ao da amostra “menos

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de 05 anos”, são razoavelmente condizentes com a análise geral. A amostra

correspondente a “entre os 15 e 20 anos” apresentou percentuais

significativamente divergentes, seja de maneira a avaliando de maneira a

acentuar a aprovação (trabalho da “Equipe Ambiental”, comprometimento do

corpo funcional), seja para criticar de maneira mais efetiva (comprometimento

do TRE/RJ).

A Agenda Ambiental do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro foi

o projeto vencedor na categoria Gestão Socioambiental da XI Mostra Nacional

de trabalhos de Qualidade no Poder Judiciário. A questão 5 perguntava se o

servidor tinha conhecimento do ocorrido. A questão 6 sobre a forma pela qual

teve ciência deste. 91,1% tinham ciência, sendo que 64,7% leram aviso

postado na Intranet do Tribunal, 43,1% souberam através de amigos e apenas

15,7% leram o informe no Portal Ambiental.

Nos Anexos X (Escolaridade X Agenda Ambiental) e XII (Escolaridade X

Ciência) pode-se constatar que os únicos servidores que não sabiam da

premiação se encontram no grupo majoritário (pós-graduação concluída),

totalizando 15,2% destes. Em contrapartida, dos cientes, são os que mais

leram a notícia através do Portal Ambiental (21,4%). Não mantém, porém, um

percentual acentuadamente divergente quanto a ciência pela Intranet ou

(57,1%) ou através de amigos (42,9%).

Os Anexos XI (Tempo de Serviço X Agenda Ambiental) e XIII (Tempo de

Serviço X Ciência) apresentam a visão dos universos “entre 15 e 20 anos” e

“menos de 05 anos”, sendo “entre 15 e 20 anos” aquele cujo percentual de

ciência mais se aproxima da média (89,5%) e “menos de 05 anos” aquele com

maior nível de desconhecimento entre todos os universos de tempo de serviço

pesquisados (16,7%). O percentual dos que tiveram ciência através de amigos

não diverge, significativamente, em nenhum dos dois casos. Os que mais leram

o Portal Ambiental entre todos os universos de tempo de serviço pesquisados

são os “entre 15 e 20 anos”, com um percentual de 29,4% de leitores, o que

reduziu o número de cientes através da Intranet para 52,9%, bem abaixo do

percentual médio analisado. Para contrabalançar, entre os com “menos de 05

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anos” o percentual dos cientes através da Intranet é de 80% e o dos que leram

a notícia através do Portal Ambiental é de apenas 6,7%

Desta maneira, nenhum dos universos analisados, seja por nível de

escolaridade, seja por tempo de serviço junto ao TRE/RJ, apresentou números

consistentes com as médias percentuais apontadas pelas questões 5 e 6 do

Anexo II.

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CONCLUSÃO

A frenética corrida das nações pelo desenvolvimento tem provocado

uma degradação no meio ambiente sem precedentes, cujos efeitos são

sentidos em todo o planeta.

Na busca por um desenvolvimento sustentável, o papel do Poder Público

é fundamental, considerando sua legitimidade para criar normas, fiscalizar e

regular a atuação da sociedade e da própria Administração Pública na

exploração dos recursos naturais e na redução dos impactos ambientais.

Para difundir a importância do conceito de desenvolvimento sustentável,

a Organização das Nações Unidas vem atuando ativamente na promoção de

conferências internacionais, que resultam em acordos de comprometimento em

favor de um crescimento sustentável.

Nesse contexto, o presente estudo de caso permitiu conhecer a atuação

do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro em favor da sustentabilidade e

avaliar a percepção de seus servidores quanto à sustentabilidade ser um valor

defendido pelo Tribunal, levantando-se, como hipótese, a possibilidade do nível

de escolaridade e tempo de serviço junto ao Tribunal serem variáveis

influenciadoras do aumento da percepção desses servidores.

Para se alcançarem os objetivos traçados, foi efetuado, primeiramente, a

uma pesquisa bibliográfica acerca do tema abordado, o que permitiu obter uma

ampla visão da evolução dos conceitos até os dias atuais.

Em seguida, realizou-se uma pesquisa na base documental do TRE/RJ,

fundamental para conhecer a criação da “Equipe Ambiental”, as ações

implementadas, bem como identificar que o tema da sustentabilidade faz parte

do planejamento estratégico do Órgão, que possui, inclusive, metas a atingir.

Para testar as hipóteses aventadas, bem como conhecer a percepção

dos servidores quanto à sustentabilidade ser um valor defendido pelo TRE/RJ,

aplicou-se um questionário aos servidores autorizados pelas Chefias e

Coordenadorias imediatas, obtendo-se um retorno de 56 respostas, o que,

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embora divergindo da proposta original, permitiu o alcance de importantes

resultados para o presente estudo.

Por fim, para conhecer as nuances que envolvem o trabalho do

Programa e as dificuldades enfrentadas desde sua criação, em 2007, realizou-

se pesquisa qualitativa de exploração, que se concretizou na realização de

entrevista com a Presidente da “Equipe Ambiental”, oportunidade em que se

verificou que, antes da nomeação da 1ª Comissão a atuar na Equipe, o TRE/RJ

não tinha nenhuma política de redução de impactos ambientais, tampouco

havia ações que promovessem a conscientização dos servidores sobre o tema.

Verificou-se que os maiores desafios encontrados referem-se à

resistência dos servidores em adotarem novas posturas que reflitam em

economia de insumos ou redução de resíduos produzidos no Órgão. Percebeu-

se, também, que a falta de uma postura definida da Administração e de uma

planejamento coerente à longo prazo prejudica sobremaneira o alcance

pretendido.

As conclusão resultantes relatam-se a seguir:

1. Quanto ao conhecimento e participação nas ações empreendidas

no TRE/RJ: verificou-se que algumas iniciativas são pouco conhecidas dos

servidores, o que provavelmente é resultado dafalta de atualização da s

campanhas realizadas. Algumas dessas iniciativas poderiam proporcionar

grande avanço no sentido da sustentabilidade, caso do convênio com a

Comlurb que, apesar de conhecido, tem níveis de desconhecimento

significativos e participação ativa baixa, sendo, portanto, subutilizada.

As iniciativas mais conhecidas são aquelas que se referem à distribuição

de canecas para economizar copos de papel, a utilização da fonte Sprang Eco

Sans e a distribuição de impressoras e orientação para imprimir frente e verso.

Essas ações possuem não apenas o conhecimento dos servidores, como

também sua participação.

Para testar a veracidade da hipótese levantada, observou-se que a

variável “nível de escolaridade” não foi um fator determinante no conhecimento

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ou não das iniciativas, mas houve uma influência quando a resposta envolvia a

participação ou participação ativa do servidor.

No que diz respeito ao tempo de serviço junto ao Tribunal, não há uma

influência dessa variável no conhecimento e participação dos servidores com

as iniciativas avaliadas. Na sua grande maioria, os servidores que

responderam que conhecem e participam ou participam ativamente com as

iniciativas o fizeram aleatoreamente. Apenas o universo “entre os 10 e os 14

anos” apresentou um grau de participação ativa mais baixo na maioria das

iniciativas.

Pode-se concluir, com esse resultado, que um maior nível de

escolaridade proporciona a esses servidores uma maior percepção da

importância das ações ambientais empreendidas pelo Órgão e uma maior

participação em suas metas e objetivos. No entanto, o parâmetro “tempo de

serviço” não mensurou corretamente o comprometimento do servidor com o

TRE/RJ e suas ações e projetos.

2. Quanto ao reconhecimento da sustentabilidade ser um valor para

o TRE/RJ: os altos índices de concordância com as afirmativas que avaliavam

a questão demonstram que os servidores reconhecem a sustentabilidade como

um valor para o Tribunal e admitem, ainda, que as ações implementadas são

importantes e que o TRE/RJ vem cumprindo seu papel na promoção da

sustentabilidade.

Quando se avalia a influência da variável “nível de escolaridade”,

verifica-se que, nesse caso, há uma concordância na percepção dos servidores

que possuem pós-graduação completa, principalmente quando a avaliação

volta-se ao comprometimento da Administração e da “Equipe Ambiental” do

TRE/RJ. No caso do comprometimento do corpo funcional, esses servidores

tornam-se mais críticos, denotando que os resultados obtidos ainda são

insatisfatórios.

Quanto ao tempo de serviço junto ao TRE/RJ, a variável mostrou

influência, percebendo-se que os maiores níveis de concordância referem-se

sempre aos com maior tempo de serviço. Cabe observar, porém, a divergência

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nas avaliações dos universos “entre 15 e 20 anos” e “menos de 05 anos”

quanto aos comprometimentos do TRE/RJ e do seu corpo funcional com a

sustentabilidade. Enquanto o grupo com maior tempo de serviço avalia bem

acima da média o comprometimento do corpo funcional e bem abaixo o do

TRE/RJ, a percepção dos servidores com menor tempo é radicalmente oposta.

O que também sinaliza a falta de atualização das campanhas.

3. Quanto à criação de uma consciência ambiental nos servidores

do TRE/RJ: o fato de a pesquisa demonstrar o alto reconhecimento dos

servidores quanto à importância das iniciativas adotadas pelo TRE/RJ para

reduzir seu impacto ambiental revela o alcance positivo das ações

empreendidas, o que é corroborado pelo índice de 91,1 % dos respondentes

que se declararam influenciados, total ou parcialmente, pelas ações do

Programa, inclusive nos ambientes domiciliar e comunitário. A ciência da

premiação nacional recebida pela Agenda Ambiental concebida pelo TRE/RJ,

através de informações postadas na Intranet, reforça a noção do interesse

despertado.

Das análises apresentadas, observa-se que, em geral, o TRE/RJ tem

obtido sucesso na tarefa de criar uma consciência ambiental em seus

servidores e de traduzir a sustentabilidade como um valor para o Órgão.

A variável “nível de escolaridade” influencia mais nas análises subjetivas

que nas objetivas, enquanto a variável “tempo de serviço” demonstrou não ser

influenciadora em todos os aspectos da pesquisa. Nesse ponto, há que se

reforçar apenas os valores junto aos servidores, e também a missão e os

objetivos estratégicos do Tribunal.

O presente estudo de caso permitiu verificar que, embora a

sustentabilidade seja um valor para o Tribunal, que se esforça para difundir

essa mensagem e obter resultados concretos, a área que atua diretamente

com o tema não está prevista no organograma do TRE/RJ, tampouco existe um

Regulamento próprio para definir suas atribuições. Criou-se apenas uma

Comissão para atuar em favor da sustentabilidade. Tal fato deixa o programa

de socioambiental muito vulnerável, considerando as trocas de gestão

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ocorridas a cada dois anos. Propõe-se, portanto, a criação de uma área

específica ligada diretamente à Diretoria-Geral, em observância aos objetivos

estratégicos constantes do atual Plano Estratégico do Tribunal.

Outra mudança proposta refere-se à inclusão da sustentabilidade na

Missão e na Visão do Tribunal. Tal mudança comprometeria o Órgão a atuar

sempre Missão e a Visão do Tribunal passariam a ser descritas da seguinte

forma:

Missão - Garantir a legitimidade do processo eleitoral e o livre exercício

do direito de votar e ser votado, a fim de fortalecer a democracia de forma

socioambientalmente responsável.

Visão - Ser reconhecido pela prestação de serviços eleitorais de

qualidade por meio da gestão efetiva de seus processos internos de forma

socioambientalmente responsável..

Algumas dificuldades ou limitadores foram encontrados ao longo da

pesquisa como a exiguidade do tempo para realizá-la, a inviabilidade de

divulgação na Intranet do link de pesquisa, a ausência de relatórios de

sustentabilidade e a ausência de respondentes ao questionário com

escolaridade de Nível Fundamental e Doutorado, o que poderia ter permitido

uma análise mais acurada da variável “nível de escolaridade”.

Propõe-se, para futuras pesquisas e aprimoramento do trabalho da

“Equipe Ambiental”, a análise da redução do impacto ambiental produzido pelo

TRE/RJ em razão da evolução dos resultados obtidos com as ações

implantadas.

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BIBLIOGRAFIA

ARGEL, Marthe. Ecoguia Guia Ecológico de A a Z. Fundação Nicholas

Hulot. SP. Landy, Livraria Editora e Distribuidora Ltda, 2008.

AYRES, Fernando Arduini. LAROSA, Marco Antônio. Como Produzir

uma Monografia. RJ. WAK Editora, 2008.

FERNANDES, João Paulo. A Política e o Ambiente. A Dimensão do

Indivíduo. Instituto Piaget. Lisboa. Tipografia Tadinense, Ltda., 2002.

PELICIONI, Andréa Focesi. Trajetória do Movimento Ambientalista.

Curso de Gestão Ambiental. NISAM/USP. SP. Editora Manole Ltda, 2004.

PILATI, Luciana Cardoso. DANTAS, Marcelo Buzaglo. Direito

Ambiental Simplificado. SP. Editora Saraiva, 2011.

VELLOSO, Leandro. Resumo de Direito Administrativo. RJ. Editora

Impetus, 2009.

NASCIMENTO, Prof. Juíza Ma. Eunice Torres do, História do Direito

Eleitoral, Política e sua Democratização.

http://afinsophia.blog.com/2009/12/02/historia-do-direito-eleitoral-politica-

e-sua-democratizacao/, último acesso em 21/11/2011.

www.planalto.gov.br Constituição da República Federativa do Brasil de

1988, último acesso em 21/11/2011.

www.tre-rj.gov.br/ TRE/RJ – 2012, último acesso em 30/01/2012.

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59

www.tre-rj.gov.br/portal_ambiental TRE/RJ – 2012, último acesso em

30/01/2012.

www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CF88/Titulo_4, Constituição da

República Federativa do Brasil de 1988, último acesso em 21/11/2011.

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ANEXOS

ANEXO I

ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM FLÁVIA VIDAL

COORDENADORA DA EQUIPE AMBIENTAL DO TRE/RJ

(encaminhado por e-mail, respondido por telefone)

1- Como se encontrava o TRE/RJ, em termos de sustentabilidade, quando

foi criada a “Equipe Ambiental”?

2- Qual foi a primeira preocupação da “Equipe Ambiental” quando foi

criada pelo Ato nº 317, publicado em 16 de julho de 2007? E por que?

3- Quais são as principais dificuldades enfrentadas durante os processos

de implantação das ações de sustentabilidade no TRE/RJ?

4- Quais ações empreendidas você considera de maior relevância? E

quais as de maior aceitação junto aos servidores do TRE/RJ?

5- A Agenda Ambiental do TRE/RJ ganhou o 1º prêmio da XI Mostra

Nacional de Trabalhos de Qualidade do Poder Judiciário, na categoria

“Gestão Ambiental”. Como foi esta experiência?

6- Qual o próximo desafio/projeto da “Equipe Ambiental”?

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RESULTADO D

SERVIDO

Anexo II

ADO DO QUESTIONÁRIO ON-LINE APRESE

RVIDORES DO TRE/RJ ATRAVÉS DE E-MAI

61

RESENTADO AOS

MAIL

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RELATÓ

Anexo III

LATÓRIO E GRÁFICO – NÍVEL DE ESCOLAR

65

OLARIDADE

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RELA

Anexo IV

RELATÓRIO E GRÁFICO – TEMPO DE SERV

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SERVIÇO

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RELATÓRIO E G

Anexo V

IO E GRÁFICO – ESCOLARIDADE X TEMPO

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EMPO DE SERVIÇO

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RELATÓRIO

Anexo VI

ÓRIO E GRÁFICO – ESCOLARIDADE X PAR

69

PARTICIPAÇÃO

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RELATÓRIO E

Anexo VII

IO E GRÁFICO – TEMPO DE SERVIÇO X PA

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X PARTICIPAÇÃO

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RELATÓRIO E

Anexo VIII

IO E GRÁFICO – ESCOLARIDADE X SUSTE

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USTENTABILIDADE

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RELAT

Anexo IX

ELATÓRIO E GRÁFICO – TEMPO DE SERV

SUSTENTABILIDADE

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SERVIÇO X

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RELATÓRIO E G

Anexo X

E GRÁFICO –ESCOLARIDADE X AGEND

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ENDA AMBIENTAL

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TEM

XI

RELATÓRIO E GRÁFICO –

TEMPO DE SERVIÇO X AGENDA AMBIENT

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BIENTAL

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RELATÓR

Anexo XII

ATÓRIO E GRÁFICO – ESCOLARIDADE X

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E X CIÊNCIA

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RELATÓRIO

Anexo XIII

TÓRIO E GRÁFICO – TEMPO DE SERVIÇO

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IÇO X CIÊNCIA

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I 12

O PAPEL NORMATIZANTE DO PODER PÚBLICO 12 1.1 Do Papel Normatizante 12 1.2 Legislação Aplicada ao Meio Ambiente

16

CAPÍTULO II

20

A SUSTENTABILIDADE 20 2.1 Origem e Desenvolvimento do Conceito 20 2.2 As Dimensões da Sustentabilidade

25

CAPÍTULO III

28

O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO

28

3.1 História, Criação e Competências 28 3.2 Missão, Visão e Valores Institucionais do TRE/RJ 31 3.3 O Planejamento Estratégico do TRE/RJ e a Sustentabilidade 33 3.4 O Desenvolvimento Sustentável no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

34

3.5 A Criação do Programa de Responsabilidade Socioambiental 34 3.6 Algumas Ações em Favor da Sustentabilidade Ambiental Implantadas no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

36

3.6.1 - Convênio com a Comlurb 36 3.6.2 - Convênios com a Lexmark, a HP e a Xerox 37 3.6.3 - Aquisição, distribuição de impressoras e orientação para impressão em frente/verso

37

3.6.4 - Distribuição de canecas aos servidores, estagiários e terceirizados

37

CAPITULO IV

39

METODOLOGIA EMPREGADA NO ESTUDO DE CASO NO TRE/RJ

39

4.1 Tipos de Pesquisa 39

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4.2 Levantamento do Universo da Pesquisa 40 4.3 Questionário 40

4.3.1 - Premissas para elaboração do questionário 40 4.3.2 - Aplicação do Questionário

43

CAPÍTULO V

45

ANÁLISE DOS RESULTADOS 45 5.1 Entrevista com a Presidente da Comissão da Equipe Ambiental 45 5.2 Análise dos Dados do Questionário

47

CONCLUSÃO

53

BIBLIOGRAFIA 58

ANEXOS

60

ÍNDICE

88