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ANNO XIX RIO DE JANEIRO, 11 DE NOVEMBRO PE 1916 NUM. 1725

Jt _wi * %w0 Rio Nu Semanário Humorístico Illustrado

E NUMERO AVULSO E

cd 200 réis cd

fl

Redacção, eseriptorio e officinas— Rua do Hospício N. 218/-£

Pobre velhinho!DÜGaDDDDDaaDDaDDDGGDDnDD

?DaDDDDÜ

ELLE — Mas queres ou não queres, de uma vezpor todas, deixar de me enganar com esse pelintraque daqui saiu ? ...

ELLA — Não, meu velho, nào quero! A não serque tu sejas capaz de me satisfazer como elle, sem-pre que eu tiver necessidade de caricias amorosas... I!

®T%whone Norte 35i$y) 8-____=_=---==-_________^^ _ <js a_= „___ Si, ^7 d t©

Njí/7i _i4___B_______L^% ^\ «Al ^^

|_-_, g__.______,___________^ _«__<________,' C^7] _

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pbarmaceiitico e chímico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphiiis"Vsnde-iio «na to d ao an FharBMCia* • Dragaria»

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(-•ORIONU(-)II de Novembro de 1910

C EXPEOBCMTTIE JJ no I

4» ItBO NIFUNDADO EM 1898

ASSIONATURAS

12JO00 I Semestre. . 7f000

Exterior: Anuo 20f000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja doque espécie for, deve ser dirigida ao

gerente desta folha.

Anno

TíiiF© pellai OTilWra

' M todo o regimento era publica enotória a grande antipathia que ossoldados nutriam pelo capitão Cor-

nelio, um homem gordo e vermelho, comcara de poucos amigos, que offerecia logo aprimeira vista uma péssima impressão.

E tinham sobejas razões os dedicadosdefensores da pátria, para o olharem assim,tanto mais que essa indifferença se notavatambém entre os ofíiciaes.

O capitão era um homem insaciável, pro-fundamente estúpido e malcreado, de gênioimplicante, mas... não obstante isso, a sortefizera-o marido de uma linda moreninha, fa-ceira e gentil, capaz de transtornar a cabeçaa um frade benedictino e de fazer feliz omais desgraçado dos mortaes.

Essa moreninha chamava-se Annita.O marido era por ella detestado ; e, se-

gundo se julga, também o capitão a detes-tava. Porque ? Explica-se. E' que ella ha-via-o trahido, um dia, com um estudante dequem fora, em solteira, apaixonada. O adul-terio havia sido descoberto pelo capitão...mas contrario ao habitual, não resultou, detal scena, o divorcio, e Cornelio, tendo oseu plano, continuou a viver com a esposa,mas trazendo-a, de então por diante, vigiadapor mais de cem olhos.

Ora, um dia...Graças á propaganda que ultimamente

se tem feito em prol do militarismo, o regi-mento em que figurava o nosso capitão rece-beu muitos voluntários e, entre elles, Carlos,o estudante amante de Annita.

Ao vel-o, o capitão Cornelio exultou, edisse de si para comsigo que havia de humi-llial-o o mais que pudesse, exercendo assim,sobre o rapaz, a mais mesquinha das vin-ganças.

. E dito e feito. Dahi por diante, era comCarlos que Cornelio implicava todos os dias,durante os exercícios de instrucção.

O rapaz, levado, tudo supportava resig-nado, mas certa vez...

Havia muitos soldados na instrucção.Cor-nelio ensinava. Vários officiaes observavama marcha do ensino.

Num dado momento, o capitão aprovei-tando uma pequena distracção de Carlos,gritou-lhe :

— Olá, ó soldado I Que modos são es-

ses ? I Perfile-se ! Que diabo ! Vocô pareceum «Maricás I»

O estudante oífendeu-se :Perdão, Sr. capitão I — disse - Pe-

ço-lhe que não Insulte I Maricás e nome demulher e eu sou homem „,„u«„

E' homem ? I — exclamou o capitão,rindo-se. - Ahi está uma coisa que eu naosei!

Não sabe V. S. - tomou o estudante- mas sabe-o sua mulher. Queira dar-se aotrabalho de lh'o perguntar a.ella...

O capitão desmaiou.OUASCA.

Versos de Diversos— I.o'bcll planeta, clic ml anur coníófta.

Dfíftlc»

No Occaso, lentamente, o Sol morria...Para ir nascer, glorioso, no Levante.

Quão prestes, hoje, eu vi lindar-se o dia !...»Assim disséste, oh sempre — amada amante.

Fitando, attento e mudo, o teu semblante,Um sentimento estranho, me invadia _O peito, ancioso e triste : — A nostalgiaDa terra,' em que nasci... Lá, tão distante..,

E, então, disséste : - Algum pezar secreto,O coração, te invade I... O vivo aiiecto,Que, outr'ora me votaste, é letra morta...»

Nãodigas tal, Beatriz!... Por Deus clemente...»Lhe suppliquei; fitando o Sol-poente :

Lo'bell planeta, che ad amar conforta...»ESCARAVELHO.

"&ÊSÈMMÉELLE — E tem-se dado bem com o Pei-

toral de Angico Pelotense ?ELLA — Oh I tão bem, que meu marido

é que lhe tem sentido as conseqüências...Agora é elle que, enfraquecido, está preci-sando de o tomar.

A\ A\p:re.snimtfaiiç';iTuDAo Jorge Barradas.

Não o conheces?..._ Não — respondi a quem me interro-

gava — uma loura vaporosa e gentil, que eraminha amante, havia duas horas — nunca ovi.

E no lusco ítisco do meu quarto aroma-tisado por um perfume exquislto, divisei nosseus lábios vermelhos, um riso de escameo.

Pois é pena — continuou ella — émuito interessante...

E desta vez quebrava crystacs num risoalegre, emquanto brincava com uma rendavermelha da sua camisa de seda negra...

Houve um momento em que tive dó dodesgraçado.

Era preciso ser muito leviana para noprimeiro encontro, a sós com um homem, fa-zer insinuações tão duvidosas do marido.

Perdoei-lhe a falta, porque me lembreido fogo que sorvi nos seus lábios de braza;porque recordei o tepido daquelle corpo, deum branco Cerusa, transparente e lindo; por-que senti necessidade de continuar a tel-apor amante.

A Cacilda — era este o seu nome —continuou a visitar-me, mas nunca mais ai-ludiu ao marido. Talvez percebesse que eunão tinha gostado.

Passou-se algum tempo. Numa tarderosa, quente e scismadora, eil-a a quebrar atranquillidade do meu quarto.

Entrou risonha, exhalando perfumes,rindo nervosamente... Vinha toda de preto...

Eu, nessa tarde, estava mal disposto...Falei-lhe distrahidamente; ella achou

immensa graça ao meu ar taciturno, e porentre pulos e risos, segredou-me :

Hoje faço annos; logo hei de apre-sentar-te meu marido...

E num gesto — quem sabe se estudado .— fazia realçar o branco do rosto, do negrodo vestido... ...

De mal disposto que já estava fiqueiforte enervosamente abalado...

Ella, entretanto, proseguiu :Anda, vamos, que o tempo foge...

Chegados a sua casa, entramos...Num quarto forrado de negro, com pa-

ramentos funerários, dentro de uma umade páo santo, estava um cadáver vestido amilitar.

Sem dar tempo a que eu falasse, La-cilda, com o mesmo gesto que tivera no meuquarto, articulou, sorrindo :

Tenho a honra de te apresentar meumarido...

AUGUSTO FERREIRA GOMES.

Licor TibainaO melhor parifica-

— dor do sangtte —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

EP16"Rr\TVTMfl

Fez outro dia um carinhoNum sitio que não se dizO atrevido AndrézinhoA' filha do Zé Diniz.

A Familia Beltrão GRANDE ROMANCE ESCANDALOSO

Preço ISOOO - Pelo Correio IS500

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II de Novembro de I91G -ggg (-) Ü RIO NU (-)

Pelos TheatrosCD

pelos caminhos da troça :

Encontramos a Maria Alves em conipa-nhia de lies boiadclros na rua da Carioca.

Já é!mt O Raul Soaresdcu uma receita á Eliza

Santos que é um preparado do Dr. Medeiros.Garante o Raul que cila usura- em pouco

tempo.tír Disse-nos a estrelinha Lili Oliva que

o «escriptor» Reslieré uma má lingua porqueleva toda hora a perguntar, se é com tresestalinhos... Nós achamos melhor o Rcsliertomar um profossor de Francez...

**" Dizem na Caixa do Carlos Gomesque a única pessoa que sentiu a sabida daCeleste de Oliveira foi o Carlos Leal, porquea pequena está em estado interessante e opai verdadeiro é elle.

«sr Disse-nos a Helena Supolente que ascoristas do Carlos Gomes e adjacências es-tão aprendendo a lingua chineza para maisfacilmente se entenderem com o Genuíno re-presentante da Republica Celeste.

t& A Francellina do Carlos Gomes, nodia do beneficio do Carlos Leal, appareeeucom um chupão no braço direito que eramesmo uma pouca vergonha.

Seria feito pelo menino Antonico?*% Disse-nos o Carlos Leal que a Tina

Coelho foi convidada para bilheteira de umcinematographo.

Diz ella, que agora sim, encontrou o seuIdeal e que nas horas vagas vae crear Pintos.

*& Com que então a Nenê do S. José játem um poeta que lhe faz versos á Borbo-leta.

**" Achado no quarto do Raul Soares;

A minha collega Sarah

Se só se amasse, quando se entendesseQue assim devia ser,

Se a gente neste mundo não quizesseMais do que pode ter,

Talvez que a vida fosse uma Maré de RosasDe rosas e perfumes.

E não houvesse almas lacrimosasCobertas de queixumes.

RAUL.(Das Victimas).*3" Encontramos no Carlos Gomes a Bel-

mira de Almeida, em companhia do seu fielLulji.

Um enxame de admiradores, a devoral-acom os olhos.

*»¦ Na caixa do Carlos Gomes brigaramduas coristas; se o Jayme Silva não fosse oavaccalhado director de scena desta emprezafactos destes não se dariam, porque lá have-ria mais respeito e moralidade.

Cautela com esse gajo seu emprezario!

IroniasXVII

J. M.Actriz alegre, estourada,Como toda a mulatinha,Põe a cabeça tontinhaA muito bom camarada.

SEU COISA.

Au Biiou de Ia Mode ¦¦ 0rande deposito de calçados, poratacado e a varejo. Calçado nacional e estran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca ns. 78 e 80Telephone 3.660 Central.

M

tfí íhwj — Kg fjr,ris ^Ê^r*Ma'** Rs -í

MAKCA «HUTRADA '*

Parece que o verão esle anno vae ser rigo-roso no Rio de Janeiro, e por isso aconselha-inos aos nossos leitores que façam uma visitaao grande estabelecimento que se chama AI-laiat;..-,;. Guanabara, o celebre 34 darua da Carioca, onde se encontra o maior emais variado sortlmento de brins e caseiniraleves, nacionaes e estrangeiras,

AH, por unia quantia relativamente Inslgnl-deante, o freguez obtém um terno de fazendasuperior, talhado ã ultima moda, confeccionadoa capricho, com aviamentos de I" qualidade.

Enviam-se instrucçOes e acceilam-se pedi-dos do interior, dando-se agencia.

NO BAILE...

Na sua festa a marquezaReunira o grande tom :— Alta finança, nobreza,Graça, espirito, belleza.Emfini, o melhor do bom IFora também convidadoSezinando Gil Mimoso,Que alguém lhe havia indicadoComo valsista afamado,Gentil, espirituoso...Como ides ver promptamente,O nosso heróe, sobretudo,Demonstrou brilhantementeQue, além de par excellente,Era um espirito agudo :Tornou-se logo notadoQuando á porta o casacãoDepoz nas mãos do criado,A quem disse : «Tem cuidado...Que é fino este cobrejão!...A seguir, cumprimentandoA marqueza decotada,Num servo que ia passandoCom refrescos, Sezinando,Pregou valente cuada!E á dama que, por despeito,Se tornou cor de coentro,Disse, galante: «O sujeito,Ia, por falta de geito,Mettendo-me os tamj/os dentro !Em seguida, pressuroso,Dirigindo-se ao buffete.Sezinando Gil MimosoFoi attestar-se, guloso,De champagne e de clareie.Tendo bebido bastanteComo qualquer carrejão,A rir, co'o maior desplante,Penetrou titubeanteDo baile em pleno salão !Sabedor de que a marquezaEra louca por valsar,Foi, mostrando gentileza,Pedil-a; mas, sem firmeza,Caiu por cima do par I...P'ra disfarce, o piteireiro,A seguir á cambalhota,Dirigindo-se ao primeiroQue encontrou, disse : «Parceiro,Quer uma vacca á batota ?...»Naturalmente corrido,Chegou-se ao dono da casaA quem gaguejou : «Fe... rido...Fui p'las... settas de Cu... pido.A marqueza... poz-me em braza 1»E o dono, ouvindo o pingente,Zás I — no carão, estaladas,Ali lhe deu, de repente,Diante do toda a gente,Um bom par de bofetadas.

PIMPÃO.

Collecção amorosaComposta de cinco romanceies editados pelo Rio .V«,a saber; n. 1, Amores de um Frade, pica-resca hisioria de frei Ignacio, um xaniarrâo que soubegosar n que de melhor existe neste inundo —o amor;n. 2, Noite de Noivado, cm que são narradasas peripécias de uni noivado em que a noiva é tioescovada como o noivo; n. 3 Madame Minet,deliciosa narrativa da vida amorosa de nma mulhervicia-la, em que ella, afinal nâo leva a melhor parte...n. 4, Gasta Suzanna, extravagante historiade uma doiliella. que só deixou de o'ser depois dehaver j>rov.uio o amor por vários modos que nãocomproniettiam a sua virgindade; e n. 5, San d-wlcll I, narração minuciosa de uma recem-easadaque expõe a uma amiga as peripécias dasseenasintimasque a sujeitou o marido.Qualquer desses volumes, ijuc sc vendem juntos ouseparados, á razão de SOO réis cada um, constituouma leitura amena, muito recommendada aos ni/Vu-qutciilos de todas as idades, nâo só pela linguagem alta-mente excitante cm que elles são escriptos, como Um-hem pelas lindas e sugestivas gravuras que os orname que são mesmo de tazer resuscitar um defunto.Os pedidos do Correio, aos quaes devem acompanharmais 300 réis para o porte de cada livro, devem serdirigidos a

Alfredo Velloso -m D0 mm "• ™— Rio do Janeiro

A collecção completa será enviadaa quem a pedir enviando a 'quantia de 3$500 (em dinheiro). I

Entre petas, pelo caminho da vida, vaia gente colhendo verdades. E' certo, porexemplo :

— A mulher, seja qual for, nunca ama,nem supporta, um covarde, nem um ladrão.

Medite-se...

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbado 25 de corrente, ás 3 horas da tarde

Plano 300" 36»

100:000(000Por 8$ooo em décimos

Bilhetes a venda em todas ascasas loterleas

Entre homens:Afinal de contas, o que é uma pessea

neste mundo ,O produeto de um momento de goso

entre o pae e a mãe que a fizeram.... '':i£flj§f

a. 'iSÜl

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(-)ORIONU(-)11 de Novembro de 1916

if-s cònrissA©«iírifiAoRMANDO tentava convencer'»

•¦fwít-sjl sua noiva:c_k<v'.-' Mi,s louqiiiuha, O que adian-^«sji^ Ias com a confissão?... Jul-

gas, acaso, que 0 faclo de ires confiar a umpadre os teus peccados, fará com que possasviver para o futuro mais feliz?... Não sejastonta, Isaura! Um padre é um homem comoeu ou como outro... c as attribulaçòes danossa alma só se confessam a Deus, que e aúnica entidade digna de as ouvir e de asperdoar. Peço-tel Não te vás confessar!

Hei de ir, Armando.Teimas ?Perdoa-me 1 Amo-te muito, mas nao

posso desta vez fazer-te a vontade. Na nossacasa ha o habito da confissão, e meus pãesficariam descontentes se eu alterasse essehabito.

Bem, se é assim... E a que horasvaes tu confessar-te?

A's seis, porque, cedo, talvez possaser a primeira a chegar ao confessionário.

Estava-se na roça, onde as religiões sãoainda muito acatadas.

Isaura era filha de um rico fazendeiroArmando, seu noivo, descendia de uma fa-milia illustre, do Rio, e era doutor formadoem direito.

Rapaz elegante, um tanto sympathico eastuto como os mais astutos, se ao principiose quiz oppôr a que a noiva se fosse confes-sar, acabou depois por achar que essa con-fissão lhe serviria de muito.

Brotou-lhe no cérebro um plano magni-fico. E querem saber qual ? Nada mais, nadamenos do que arvorar-se elle próprio emconfessor.

Mas como? — perguntarão.Ora, como I Com dinheiro tudo seconsegue, actualmente... até mesmo numaigreja.

Batiam as seis horas quando Isaura en-trou na igreja e foi direita ao confessiona-rio.

Já lá estava Armando ; era elle o «pa-dre»... e ia descobrir os segredos daquellaque amava e com quem pretendia casar dali

-a pouco tempo.Ouçamos, não todos — porque isso seria

enfadonho — mas, ao menos, os mais preci-osos detalhes dessa confissão :

O «padre» — E no que diz respeito aosexto mandamento, minha filha?

Isaura — Ah ! senhor padre... O únicopeccado que tenho é o de ter dado um beijo...

O «padre» — Em quem ?Isaura — No meu noivo.O «padre» — Ah !Isaura — E' muito grave, esse peccado ?O «podre» — Qual I Não tem mesmo

gravidade nenhuma . Num noivo, tuna moçapôde dar quantos beijos quizer. E não pe-ceou mais?

...Isaura — Pequei, mas foi já ha muitotempo... ha quasi um anno... J

O «padre» — Trata-se de algum beijotambém ?

Isaura — De um beijo e de coisa peor.O .padre» — Coisa peor? !Isaura — Eu lhe conto, senhor padre.Ha coisa de uns dez mezes recebeu a minha

familia em nossa casa a visita de um meuprimo, estudante em S. Paulo, que nos veiuver em goso de ferias. Era muito bonito esserapaz; attrahia, e tinha as maneiras tão des-embaraçadas, que eu logo me apaixonei porelle...

O .padre» —Continue... Continue...Isaura— Começamos a namorar e...

uma noite,., no quintal.!¦ elle beijou-me eeu... peiteiiei-lhe,- Pertenceu-lhe ? I... Ali I vagabunda!...— foi a exclamação que ponde soltar Ar-mando, uiiuia explosão de cólera.

E, saindo iniinediatamente do confessio-nario, correu a casa, preparou as malas eembarcou para o Rio, dando graças ao Ceopor ler escapado do abysmo em que esliveraquasi a lançar-se...

ZÉANTONE

"CUL TO DE VENUS"

O romance de maior suecesso publi-cado em rodapé no Rio Nu, depois reuni-do em volume e do qual se esgotaramvarias edições, está de novo impresso.Desta vez, porém, «Culto de Venus» foieditado a capricho, trazendo deliciosas

gravuras a .Ilustrarem o texto c uma capamaravilhosamente impressa a tres cores;foi, além disso, cuidadosamente revisto

pelo próprio autor.Está á venda a i$ooo o exemplar

pelo Correio, 1^1500.Pedidos a ALFREDO VELLOSO —

Rua do Hospício, 218.

SORDETCD

Não ha mulher que não tenha um encanto,Todas são bellas seja 110 que for;A alma por mais occulla em qualquer cantoHa de romper e dar a sua flor.

Mas quando nada dê temos no entantoEm nós, poder de tudo lhe suppor,Desde a pureza se esse amor é santo,Ao mais se o nosso amor é bem amor.

Entre as negruras do que nos rodeiaA vida, pode uma alma ser perdida?Creatura de amor que seja feia?

Sonho que eu vivo e por que ha tanto chamo!Quem me dera através da minha vida,Encontrar, afinal, o que eu não amo I

GUEDES TEIXEIRA.

— Um homem casa-se sempre pensandoque vae para um mundo de felicidades, e, noentanto, penetra num verdadeiro inferno.

D Subúrbio na berlinda(DE QUANDO EM VEZ., .)

O lolerico pessoa! dn «Roda da Fortuna»anda queimado com as «piadas» que lèm sidopublicadas nesta secção a respeito das suaspiratarias e procura um dos -collegas» paravictima tmhelle ¦

Deixem que o mais colado a «sentir opeso» da chuva de saraiva é o esguio e abai-xadiiiho tenente Aprigio.

Mas, ó interessantes e lolericos rapazes,vocês querem transformar tão bella compa-nhia num rosário de lagrimas?

Isto será o mesmo que offerccer tunacommenda «... dôr 111

t& Qual será a razão porque depois dequatro e meia a «Emissão» passa a fuiicciouarna...?

Depois eu digo.«ar O ouvidoriano e endiabrado secreta-

rio dos .Rubros e Diabólicos Carnavalescosda Avenida", o joffreano «General Tarracha»,E' um ardente cultor do «supremo goso» I

Mas, o ventilado rapaz náo coinprehen-deu ainda que com esta «fresca vidinha» oseu meigo eu. ¦ .raçàosinhose... estofa 111

«ar o .ftoofr-ainbulante» Pintinho atira-sea 11111 formoso pequeno I

Ora, seu Pinto, nós o julgávamos rege-nerado depois do consórcio.

Se o pequeno dispara o om... ne... si-phoro do homem fica... brunoll

.sar Sabendo nós da importante cavaçãoque faz o bando loterteo em procura do -In-visível» que tanto o tem troçado, resolvemosofferecer 11111 prêmio aquelle que nos mandarem primeiro logar a solução deste problema:embora tenha G. S. 110 nome não é o G. Sáda Emissão ; tem F. mas não é o Fausto;sendo loiro e meio afrancezado nada tem como Rudge ; é tenente mas não é aprigio í gostade corridas mas não chega ao ponto de fazerbridões de arame e montar as cadeiras dobondoso papá Chico como o José ; gosta dasbóbidas mas respeita neste elemento os«chefe» e «sub-chefe» emissionarios e atémesmo o Uzeda que não é muito caldeira;não é tão ranzinza quanto o J. de Souza;gosta da missa mas não é carola a ponto deandar com o rosário nas mãos!

Não sendo toterico de facto, é lotericopor... affinidade.

Quem será ?MAS D'AZ1L.

Creançl terrível.O pae — O que querias tu ser Carlinlios?Carlinlios — Mulher do papá, para re-

ceber, como a mama, muitos beijos e docesdo primo Jucá.

I||gP|Í_fH

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, do

que o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nos

primeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas as

pharmacias e drogarias.Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;

Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

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*1* S?Pw!SPS

ANNO 11 & Rio de Janeiro, 10 — 10 de Novembro de 19IC NUM. 60

O BichinhoSEMANÁRIO DA BICHARIA Supplemeiito «IO BIBO I%U

BÍ*B»B*:B»BB';.VB'fl': O bicho da semana Vão sahir em breve:

!

Toda a correspondência deve ser dirigi-

da para a Rua do Hospicio n. 218, ao Jtiqui-nha, palpiteiro mór.

Palpites do Acaso

Debaixo dos pés se levantam os tra-balbos, diz o rifào. . . Mas pode bem ser

que também nos apparcça a fortuna.

Quem sabe ? Por exemplo, vejam o quehomem continha uma caixinha de phos-phoros com que tropeçamos: um papeli-nho com estes dizeres e competentesbonecos...

JACARÉ'218-019 460-157 933-535

Pelo EaMctiíSO

Para acompanhar durante a semana:Grupos de . a 10

Toda a pessoa de juizo deve comprare collecionar as tabellas d'0 Bichinho, etirar por ellas os seus palpites, que sem-pre são certeiros.

m- cwb^&i

765yíTTn

16G

Milhar da sorte| 2.543

Chapinha de estrondo

BURRO 4M COELHO

áÈÈm

Camello íf Pavão129—530 456-553 475—176

\*íiií-í\ o cerco:

fà&*d&

915-113 399-80O

084-981-583-482

p© JteEGplaao

Chapa semanalPelos quatro lados:

GALLO *^ív7l"^í PERU'Pelo telegrapho sem fios de nossa in-

venção recebemos um radio a garantir- vi*^-1^5nos que os bichos da semana sâo de S49_45a 224-623 278-880pennas e páos. . .

VEADO vá Os bichos felizes

Toda gente sabe que os cotubas abaixo001-704 995-196 343-342 têem mascotte:

As dezenas prováveis:39-44-69—16-73-50

O Zé da EsquinaQuer encher a saccaJogando no ursoNa cobra e na vacca.

POR CARTA...

Do Campo dos Affonsos, escreve-nos

um soldado a garantir a seguinte chapi-

nha que aqui registramos :

ÜRS0 JS TICRE312-411 606-805 940-539 491-389 226-728 6S8-OS7

Elephante ||g| PORCO648—346 861-964 772—270

O melhor conselho que um amigo

pode dar a outro é recommendar-lhe quecompre e tenha sempre a mão as tabel-Ias d'0 Bichinho. Custam uma insignifi-cancia e facilitam o ganho de uma for-tuna. -

CORRESPONDÊNCIA

Mello Abreu — Cerque o Gato. Verá queo não enganamos.

Silva Lisboa — Pois continue... O Leãonão tarda e o Avestruz também.

Carmo Dias — Continue com a Cobra e°T0Ura JUQUINHA.

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y¦^"SttW"****^?*5'**

Estatística dos bichos premiados no mez de Fevereiro de 192Dias ANTIGO Num. da sorte MODERNO Centena

CoelhoTigreCarneiro

4cÁguiaGatoÁguiaCachorroCoelho

10 Veado1'112 Pavão13 Águia14 Gallo15 Vacca16 Cabra17 Águia18192021 Veado22 Coelho23 Porco242526 Avestruz27 Macaco28 Tigre29 Cavalio

443393338614626

4820870954535070317

3553919794

4707386074151

41397296213006

50395120400971

14002899681208736741

ÁguiaÁguiaCoelho

PorcoPorcoCamelloVaccaCachorroCavalio

BorboletaBorboletaÁguiaTigreTouroMacaco

TigreJacaréPeru

CarneiroGalloTigreJacaré

805408338

171771630598318043

216114505085381568

788857678

027752388657

RIO Centena SALTEADO 2a Prem. 3o Prem. Prem. 5o Prem.

CabraMacacoTigre

VaccaCachorroGalloCavalioGatoJacaré

BorboletaAvestruzCobraAvestruzCavalioPavão

TouroBurroCachorro

PorcoPeruLeãoPavão

521067788

699720551711955960

214104336704042373

983210920

469980563773

GatoCavalioAvestruz

CamelloBorboletaCarneiroMacacoGatoPavão

UrsoCarneiroAvestruzTigreTouroCabra

PeruJacaréTouro

ÁguiaPorcoElephanteLeão

860404154

440005098564256233

885769090984354455

996672724

886177194853

l420662420

948976905380652581

301793749496010858

211346098

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377392858

723088538655696952

348414229299967340

020738578

641840751

532634195

244675290428005987

501018407593662266

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__-_—-Sffl II de Novembro de 1910 (-) O RIO NU (-)

Uma brincadeira simplesConto de Armando Silvestre,

traduzido por Vasco Valdez.

fODOS

sabem que nâo lia jornal nomundo em que as coisas e pessoasda religião sejam tratadas mais res-

ncitosameute, que neste, nem escriptor tãocheio de defereucla, como eu, por tudo oune diz respeito a uma fôrma ideal, de quenenhuma das*suas felizes metamorphoses meparece ter sido ainda completada. Nâo meafastando por uma só vez, que fosse, destaveneração cominum a todas as pessoas bemeducadas, se vos vou conduzir no interior deum convento, é por pura fantasia e as frei-ras que alli habitaram num tempo e numnaiz que eu não posso precisar, são proxi-mas paíentas dessas amáveis freiras dePoissy que Honoré de Balzac immortalizounum dos seus contos drolaticos.

Ao lado das ferozes lendas antl-mona-cães, de que vivem, ha mais de um século,os livres pensadores sem talento, ha umasencantadoras iabulas das freiras de outrostempos, cansadas das desgraças do mundo,facilmente accessiveis ás audaclas dos con-des Ory, virtuosas com isso e cantando com-voz fresca, como a dos pássaros em gaiola,os bellos versículos das matinas e as poeti-cas palavras tio Augelus.

Dizer mal de taes pessoas !E' pelo contrario com uma ternura reser-

vada, que eu irei evocar o seu fantasma gor-danchudo, completamente envolvido em véos,o rosto enquadrado de linho e cujo novo sor-riso se submette a custo a conformidade dasmodéstias queridas pelos olhos, corpos ele-gantes perdidos na abundância dos tecidos,mas trahidos pela sua ligeireza, gestos len-tos e voluptuosos, cheios da graças femi-nina.

Repito-vos: — eu nao acredito em ne-nhuma dessas caiumnias, accumuladas con-tra estes bellos gineceus monasticos.

As damas que vos vou apresentar, nuncaexistiram e ainda que tivessem existido, estahistoria só representaria uma homenagem asua virtude.

II

Com effeito, o que se poderia reprovarna irmã Petronilha, a primeira de que vosvou falar ? Nada, a não ser o sentir-se quei-mada por fogos interiores e cruéis desejos ;no entanto, mortificava a carne para apagarestas chammas inopportunas e fazer calar es-tes mãos conselheiros. Isto não seria umafalta, se a imprevidente natureza a não ti-vesse votado á austeridade do estado em

? que a tinham lançado a fé e a vontade de suafamilia. , ,

Assim, só tinha o mérito de lutar contraas tentações do demônio. A grande celebn-dade de Santo Antônio não lhe veiu de tervencido a tentação ? Mas Santo Antônio ti-nha dividido por dois esta rude luta, em-quanto que a irmã Petronilha não tinha aju-das para vencer o espirito maligno.

O jejum, tão cruel, porque no conventose faziam admiravelmente os doces — a ora-ção, tão agradável, porque a nossa freiracantava como um anjo — a flagellação, taohorrível, porque os cilicios lhe cahiam sobreas carnes, as mais deliciosamente cheias domundo — eram as suas únicas armas no com-bate em que disputava ao inferno a salvaçãoda sua alma.

E a irmã Petronilha jejuava, orava emartyrisava-se com todos os ardores de umtemperamento incandescente, que~não tem

. satisfação, sem poder repellir dos olhos e docérebro as ridentes imagens do beijo prohi-bido e das caricias interdictas, sem cessar

de presentir no desconhecido, que o claustronflo deixava ver, alegrias culpadas e delicio-sas, amores só caruaes, mas valendo bemuma eternidade.

Pobre freira I Era preciso, era preciso,ter pedras até na bexiga para se lançar ai-guina.

III

Emfim — e isto basta para vos provarque esta historia é de pura imaginação — océo teve piedade do seu supplicio e numabella noite enviou-lhe um anjo especialmenteencarregado de recompensar a sua longa cas-tidade por utn pequeno milagre.

Sonharia ella ou não? O que é certo,ainda que absolutamente falso, é que esseanjo, cujas azas tinham atravessado o arcom um som de harpa e um perfume de In-censo, veiu cahir ao pé do seu pequeno leitobranco e, envolvido numa aureola azul eouro, como os anjos do mestre Rubens, fez-lhe este discurso:

(Conelúe no próximo numero.)

fPffi_50

MOTTETriste foi a sorte minha,Negra foi minha ventura :Não sei onde tinha os olhosQuando olhei p'ra tal figura...

GLOSASEra alegre o meu viverSob os carinhos paternos,Recebendo os beijos ternosDos que me deram o ser...Sem os p'rigos conhecer,Era qual outra avezinhaTerna, meiga, innocentinhaQue se prende em qualquer laço :Tentada por um devasso,Triste foi a sorte minha...

Recordando com saudadeOs bellos dias de outr'ora,Chorando passo os de agoraNa mais triste soledade...Ainda em bem tenra idade,Innocente, casta e pura, Toda meiguice e candura,Eu caí em vil cilada :Escarnecida, aviltada,Negra foi minha ventura...

Com fé viva, pura e crenteEm falsas juras de amor,Nos braços de um seduetorMe entreguei abertamente...Que me arrastou rudementeP'ra esta estrada de abrolhos,Onde só encontro escolhosPrendendo-me em seu liame :Quando olhei p'ra tal infameNão sei onde tinha os olhos...

Mais me valera morrerNessa hora negra e maldita,Que ter a cruel desditaDe um tão mofino viver...

Já cansada de soffrerO desprezo, a desventura,Eu maldigo a creaturaQue me fez tão desgraçada:Devia ser fulminadaQuando olhei p'ra tal figura.

PÍMPÃO.

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sangue ~

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

ROMPIMENTO

Ah I como está Maria tâo mudada !Fez-se moça a menina, está crescida,Tem um ar de senhora... já casada,Olhando-nos assim meio atrevida,

Não lhe posso fazer mais caçoada.Nem mais chamar-lhe posso de Querida...Pois, Maria, de outr'ora não tem nada,Até mesmo se fez mais retrahida.

As flores que me deu quando creança,E os beijos que me deu creança ainda,Trago-os guardados sempre... na lembrança

Cala-te, boca I Que dizias, tonta ?Os teus clamores, imprudente, finda !...Maria já de mim não faz mais conta !

LEVI AUTRAN.

Agua Japwnezu

Não ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a còr que se deseja

E' tônico, faz crescer o cabello e extirpa

a caspa. — Ruas : Andradas, 43 a 47 e

Hospício, 164 e 166.

Um tenente de marinha escreveu á filhade um contra almirante o seguinte bilhete:

«Gentilissima senhora: poderei içar aminha bandeira na ilha divina de seu co-ração ?»

A moça respondeu:«Mil vezes obrigada. Essa ilha já esta

sob o protectorado de meu primo, o capitãoRoberto.»

DOIS GQHTRA UMA ¦¦ Ssr&Sllissimas photographias de scenas de verda-deiro amor livre tiradas do natural, capri-chosamente coloridas e magnificamente im-pressas em superior papel couché. Um vo-lume de apurado gosto por 1S500 apenas;pelo Correio, 2S000.

CORREIO DA SEMANA

Guasca — Continuam a ser enormissi-mos os seus contos. O amigo escreveu oultimo que nos enviou com uma letrinhamuito miúda, propositadamente, para fazercom que elle coubesse nas tiras de papelque lhe marcamos por limite.

Escreva coisas pequenas. Terá o prazerde ver os seus trabalhos menos remexidos epoupar-nos-á o cuidado que temos tido emreduzil-os.

Hugo de Macedo — Não recebeu umcartão de Bello Horizonte ? Por que não res-pondeu a esse cartão ?

Dou Júlio — E' verdade, então, que estáapaixonado pela gabirúa loura ? Pois lamen-tamolo. Se soubesse a bisca que ella é...

Jayme — Não ! A manteiga faz arder.Nesse caso, antes empregar o cuspo.

Cocotta — Pôde facilmente illudir o seunoivo. Na noite do casamento,' gema, chore,faça luxinhos... proceda emfim, como pro-cedeu na noite em que, pela primeira vez seentregou ao priminho de que nos fala.

MERCÚRIO VIVO.

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6=T (-)ORIONU(-) %féfi 11 de Novembro de 1916

SONIOIO

Eu trago no meu rosto afivelladaA masc'ra rude e feia da indifFrença,Porém, neste meu peito a magoa intensaE' um cilicio atros. Acorrentada

Aos grilhões de uma dor cruel, intensa,Eu trago esta niiniralina apaixonada IMagoa que me mata ! oh ! magoa ignorada,Que me envolve no manto da descrença.

Deixae sorrir meus lábios, pois precisoDeixar transparecer no meu sorrisoUma alegria que jamais senti,

Não quero que ninguém veja em meu rostoA sombra da tristeza, do desgostoOu da felicidade que perdi!

Tônico Japonez

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando com seu uso diário to-

das as enfermidades da cabeça, não ha

como o Tônico Japonez—Ruas: Andra-

das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

MUTUO DlDinflQ Magnífica collecção deuUfllUu nflrlUUO " vinte contos, escriptosem linguagem ultra-Iivre e illustrados comuma gravura cada um. Vejam na ultima pa-gina informações mais detalhadas, acercanão só destes contos como lambem de todosos romances que compõem a Bibliothecad'0 Rio Nu.

Reparações...Ao gentil .Guasca.*

ESDE alguns mezes já, que ohonrado e obeso commenda-dor Prudencio Calado — em-preiteiro, mestre de obras e

quasi engenheiro — andava de «olho aberto»e de «orelha em pé», com sua filha, a Can-dida e muito mais com seu sobrinho — oThomél...

Aquella era uma moreninha dos seus de-zeseis annos... fortes.

Possuía: — Um palmito de. cara maisque aceitável; bastos e sedosos cabellos,castanho-escuro ; lábios grossos e carnudos...lubricamente rubros... Finalmente, era donade todos os attributos com que o Eterno re-gala as suas eleitas ; no intuito, talvez, depôr em prova a resistência dellas ; ás tenta-ções diabólicas da Carne...

Quanto ao Thomé — um guapo rapagão— não lhe ficava atrás (salvo seja 1...) embelleza máscula...

Ora, assim sendo, dir-se-ia que:—«Deusos havia feito para o Diabo os ajuntar...»

A esposa do pseudo-architecto, madameEugénie Melon Calado (distineta senhora deorigem franceza) achava-se, ha dias, «guar-dando o leito...» não por temor que lheroubassem o «precioso thalamo», mas, tãosomente por se achar atacada de uma nevral-gia ventriloqua...

(Assim denominava a respeitável dama,a enfermidade da qual se julgava accommet-tida).

Bem rezam, os tão vetustos, quão sábiosproloquios:«O Diabo, as tece.

O Diabo as arma...»Certo dia, o bom do Prudencio, teve de

vir em sua residência, no apôs meio-dia, afimde trazer o contracto c a planta, de umaGrande Obra... cm embrionário projecto...

Abriu o portão de ferro prateado, atra-vessou o jardim, entrando finalmente, emsua aprazível vivenda ; pela porta da sala dejantar... porém, mal havia dado alguns pas-sos, e eis que vê á frente a Thomazia ; acreoulona alentada, antiga cosinheira dacasa...

Uê, gentes I... (exclama a mestra-cuca) Eu táva á cochila uns pôqulnhu, quandoassenti pássu... Inté ájurguei quis cêssi digatuno...Salvo seja, Thomazia!... — excla-mou o bom do Prudencio — interrogando emseguida :

Como váe tua patroa ?...Minh'ama... graça á Nosso Sinhô, tém

durmidu hôiji... p'ras burra... Cum suaslicença, meu amo...»

Antes isso... Antes issol... (Ex-clama, alegremente, seu Prudencio). Mas,seguidamente, indaga, ancioso:

E siá Candinha... Está descansando,não?...

Não siô, meu amu ; ella foi, á maisseu Thomé lá p'rus porão...»O que me dizes, Thomazia ?...

Ais véldade, sêu Purdençu; o senhobem sabi qui eu não góstu di amenti... pôu-quinhu...

?**Emquanto o diabo esfrega o olho... torto,

o bom do Prudencio — furibundo, terrifico,pavorosamente tétrico — se achava, no amo-roso porão...

A fita que se lhe apresentou, ante o olharancioso, fel-o quedar pasmo de assombro;extatico de... raiva I...

Sentados e recostados numa vetusta ecarcomida poltrona, os dois innocentes primi-nhos — muy justitos y agarraditos — calma eplacidamente... dormitavam...

A' tão inesperada, quão inopportuna ap-parição — do pae e do tio — ergueram-se,ambos a um só temoo; qual se fossem im-pulsionados por uma corrente etectrica...

Gravemente irônico, o bomnissimo Pru-dencio, exclamou:

Estavam descansando das fadigas da...arrumação... Hein?... Seus patifes? !...

A Candinha ficou mais alva do que a Ve-nus de Milo ; na cadeira... de braços...

No entanto, o Thomé — cabra sarado efinório — ergueu-se calmamente... e retor-quiu: E\ verdade, titio... e com razão... Aarrumação deu-nos um trabalho... esfal-fante...

E' mêmu, papai... E' mêmu !... Con-firma a Candinha.

E, como estivéssemos, ambos, bas-tante... arriadós, (acerescentou o Thomé)resolvemos repousar, um pouco, para depoisacabarmos junto... o «arrumamento».

Não precisa, não I... Por hoje, podemdar por findo o... serviço...»

Mas, titio, (observa cynicamente, oThomé) este porão, está meio esburacado...Carece ao menos, de uma reparação...»

Ou de um concerto, papae!... (obser-vou a Candinha),Perfeitamente !... Primeiramente, de

uma reparação, na Pretória ; depois, de umconcerto, de flauta e tymbales. ¦. onde vocêsquizerem...»

ESCARAVELHO.

Galeria das «Heroinas»

(Bethsabeth)

E's a vida florindo... Amas odiando...Teu amor é uma pagina perdida !E' assim te abraçando, te beijando,Que se attinge á volúpia inattingida...

Eu te vejo passar de vez em quandoPelas ruas da Lapa, pervertida 1Olho-te. E vais passando... e vais passando...Nessa indolência de mulher da Vida...

Borboleta dos poetas inconstantes...Quando os vejo comtigo, até supponhoQue amas mais a poesia que os amantes..

Vendo-te, ás ancias de um desejo antigo,Cobri... de beijos, por engano, em sonho,Um companheiro que dormiu commigo!...

CARLINHOS.

*ji

_f_ __^ 1 Grande romance sen-

Jf^ fM II suai, illustrado, ummg ^W I dos maiores sueces-^0 w0 sos da Bibliotheca do

fi RIO NU - Preço deI cada exemplar 1$0O0; pelo

Correio 1$500. |JI

— E' muito bom amar, mas os gososque proporciona não compensam os mar-tyrios que se soffrem.

QUADRA SOL.TA

— «Ai, amor! A quanto obrigas !.Sempre a gente ouve dizer,E assim é, porque a mulher,Se amar quer, engole... espigas

Pomada Seccativa de São Lázaro¦A única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

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11 de Novembro de 191G =fêããl (_) ° Rl° NU (-)

Elles e Elias...Na zona chie

Provocou enorme sarilho a nossa ultima„nti com rclaç*» ás íuncclonarlua JovelmaPata Larga Amada Pistola, Cabocla, Marga-rida Pcdreí, Marcelllna e a mondronga Con-

Ç'Aencrencoloi na casada lioecn de Leite.Mais uma vez a Ermellnda gosou com

essa embrulhada toda Iur A Anlonica do Beco do Império,

anda dizendo que vae dar o sulle no chouffeur'para de novo voar com o jogo cm cima do

moço moreno, da charutaria.Mas o zinho já percebeu o jogo e diz que

não vae p'ra corridas de... ganço.tt A Conceição deu o desespero por ter

a Enima da zona Taylor sabido que ella aexplorava trazendo os turcos Nagib e tspa-radion, a acompanhai-as a passeios ate umahora da noite.

Pois já que deu o desespero dona Lon-ceição, prevenimol-a de que, se continuar adcsencaminliar a Enima', chamaremos a attenção das pessoas com quem você terá de ajus-tar contas .

tór A Angela Fallabosta no domingo ul-timo, tirou-se dos seus cuidados e foi á Pe-nha, acompanhada de um Fuzileiro Naval.

Livra! Nem o naval escapou !ts No domingo ultimo foram A Penha as

f unccioiiarias Minervina, Laura Coelho, Fran-cisca, Doninha Sarrabulho, Nadina, Iracema,Isaura dos Cachinlios, Manoela, Cecilia, Ma-ria Pires, Ottilia üallinha e Augusta Poma-dinha. , .

Esse pessoal, já bastante embriagadopromoveu grande escândalo.

Deu a nota o Álvaro Sete Cabeças quenão podendo acompanhar a Francisca, mon-tava guarda a dez metros de distancia.

Que súcia de sem vergonhas I«T Continua o Fernando Jacú Biqueira

ex-Cheiroso a ladrar aos sete ventos promet-tendo (aos trouxas) quebrar a cara, matar,esfolar, o diabo.

Tome vergonha «seu» rufino desappareçada zona pois você é tão indecente que até apolicia prohibiu a sua permanência no «BarOlympia».

O interessante é que na noite de sexta-feira passada o zinho ladrou e desappareceuda zona com receio de comer bola.

«ar A Doninha Sarrabulho e a ArthurmaCachorrinho da Lagoa, devem promover umamanifestação ao Fernando Jacú Biqueira, pelobeneficio que ultimamente esse rufino arran-jou.para ellas.

Só assim, nesse dia, talvez appareçam oscelebres sapatos brancos e o terno kakie en-tão o rufino será photographado... I

«a" Deu o discurso a Marcellina da zonaArcos 17, com a nossa ultima nota, attribu-indoa ao Cruz Lingüiça..

Agüente firme, seu Lingüiça !«sr A funecionaria que quizer servir de

mãizinha a um rufino conhecido não tem maisdo que dirigir-se ao celebre Fernando JacuBiqueira ex-Cheiroso moço bonito que, atrazdas vantagens ou dos nickeis que pode apa-nharageito sujeita-se até a fazer a limpezatodas as manhãs.

LINGUA DE PRATA.

QUAtJRA SOLTA

Se os homens todos tivessemJuízo, haviam de serMenos tolos quando houvessemDe gostar de uma mulher.

^iINTimA EX"GEbSft

Eil-n nos meus braços, pallida, offegante,Sedenta de goso e sedenta de amor!...Inteiramente nua... Eil-a, a minha amante,Raiando, da belleza, em todo o esplendor!...Nenhum pocla, creio, existe que a canteE em verso revele todo o seu fulgor.,.E' linda e tem cm si tanto de galante,Que a belleza lhe dá inda mais valor!...

Tenho-a nos braços... sacia-me os desejos...Confuiulcm-sc, em «mor. w> ieu- c os meus beijos...Ambos estamos, do goso.no abandono!...

E' bello este amor de beijos sensuaes !...O mais feliz—oh ! sim !— sou entre os mortacs,Porque de tanta belleza sou o dono !

QUASCA.

K3 Collecção Colorida EgEstá á venda a Collecção Colo-

rida, o maior suecesso da Bibliotheca doRio Nu, trabalho perfeito e caprichado, impresso a cores diversas em superior papelcouché. Intitula-se esse volume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de nove lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAque é uma delicia para os olhos e para o es-pirito, pela nitidez e verdade das scenas queepresentar, custará apenas 1J500 cada exem-plar; pelo Correio, 2$000.

As encommendas, que só serão attendi-das si vierem acompanhadas das respectivasimportâncias, devem ser dirigidas a

ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospicio 218

EP16RAMMA

Numa alcova, a sós, os doisDeram primeiro um beijinho..Depois... ah ! mezes depois.Tinha a moça um bébézinho.

O asüunneio

k U sou, por mal dos meus pecca-dos, casado com uma mulherteimosa e já durazia. Sim, bas-

^^a^r- tante durazia mesmo. Ainda queprincipia agora a envelhecer (47 annos) dá-secom essa creatura o contrario do que se dacom os bons vinhos: não melhora com aidade. .

E, depois, haveis de confessar que, sendoeu casado com ella ha 29 annos, tenho tidotempo de conhecer a fundo todos os seusdefeitos, e Deus sabe se elles são numerososou não. Assim, começo já a sentir-me farto ecansado, e a perder a paciência.

Por ontro lado, eu sou ainda moço. Te-nho 59 annos. Em taes condições, ha muitoque tinha resolvido distrahir-me um poucofora do lar conjugai. Mas o que me fazia he-sitar era a repulsão que eu experimentava

em me lançar nos braços da primeira mulherque me appareccsse. Procurei então nas mi-nhas relações; ahl, porém, não havia nada atentar: a collecção era numerosa, mas regor-gitava de quadros antigos c dragões de vir-tude.

Tive urna idéa genial, Eu sou um leitorassiduo do Jornal do «rasiY. Percorri um bellodia os annuncios desse jornal, c a breve tre-clio se me deparou o seguinte:

«Senhora distincta

Affavcl e desinteressada, desejaunião com pessoa ainda nova.Carta a esta redacção com asiniciaes E. B. T. »

Eu achava-me effectivamente nas condi-ções de mocidade requeridas por aquella se-nhora distincta, amável e desinteressada.

Escrevi, portanto, immediatamente, e aminha satisfação foi sem limites quando rece-bi uma resposta. Ali! como era espirituosa eperfumada a doce missiva! Decididamenteestava em maré de sorte, mesmo uma sortede... (Ah ! quanto a isso seria bem digno delastima o pedaço d'asno que tivesse o mãogosto de querer requestar minha mulher.)

Proseguindo :Entre mim e a bella desconhecida tra-

vou-se um tiroteio de epístolas ininterrompi-das. Depois, num dado momento, aprazamosuma entrevista para o dia seguinte, ás trêshoras da tarde, no largo da Carioca, de-fronte do edifício do Correio da Manhã.Como signal para eu a reconhecer, devia ellater um lenço na mão direita e cocar o narizcom o dedo indicador da mão esquerda. Nodia aprazado, depois de me haver frisado ebarbeado de novo, e tendo vestido um col-lete branco, posto um chapéo alto e calçadosapatos de verniz, dirigi-me ao largo da Ca-rioca, com um sorriso nos lábios e uma florna boulonniére.

Chego, e vejo uma mulher que conser-vava um lenço branco e esfregava o narizcom grande denodo. Encaminho-me paraella, tiro o chapéo, inclino-me respeitosa-mente, torno a indireitar-me para gosar doeffeito produzido, e... zás !... apanho duasbofetadas, á vista de toda a gente...

Era minha mulher.SENHOR X.

"UMA AVENTURA"

Da Casa Editora Cupido & C, estabe-lecida na ilha de Venus, acaba de sair áluz uma collecção de vistas illustrandoa narração da aventura do Zé Nabo comuma «illustre cavalheira» que pelo nome

parece ter nascido mesmo para o Zé.UMA AVENTURA, que é o titulo da

obra, está admiravelmente impressa e..sóa gravura que illustra a capa é um deli-cioso aperitivo. . . Vende-se a i^ooo oexemplar; pelo Correio 1^500.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —

Rua do Hospicio, 218.

¦AS

QUADRA SOLTA

Todos nós temos — que eu sei-o—Um tubo, grosso ou delgado,Que apezar de ser mui feio,E' p'las mulher's afagado.

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Bibliotheca d'0 RIO ICARTÕES POSTAES - Magnífica col-

lecção de dez cartões postaes alegres, niti-damente impressos, representando variadasscenas de requintado gosto. Preço 2_)00;pelo Correio, 25500.

DOIS CONTRA UMA - Primorosa serieimpressa a cinco cores, photographias do na-tural, constituindo um bello volume. Preço11500; pelo Correio, 2*000.

«69" — Romance de scenas magníficascopiadas do natural, por mão de mestre. Lei-tura attrahente e irresistível. Preço 13>0Uü;pelo Correio 1$500.

CULTO DE VENUS - Edição revista e«lustrada, sensacional romance de Numa Tel-les, linda capa a tres cores. Preço 1$0 00;pelo Correio 1.00. .

UMA AVENTURA — Lindíssima colle-cção de vistas em que se conta a aventurado Zé Nabo com uma «senhora» de nomesuggestivo. Preço lfOOO ; pelo Correio 1. 00.

"A FAMÍLIA BELTRÃO — Historia rea-

lista, illustrada com gravuras tiradas do na-tural. Escandaloso volume, onde se descrevea vida de uma familia seria, mas em meio daqual reina o mais completo deboche. Preço1Í000; pelo Correio, 1Í500.

. AMORES DE UM FRADE - (3» edição,n. 1 da iÇolIecção Amorosa»)—Escândalo-sas peripécia, de amor prohibido, acompa-nhadas de interessantes gravuras descriptt-vas Verdadeiras scenas dignas da antigaRoma. Preço 500 réis; pelo Correto, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-lecção Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET — (n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperitivos es-peciaes. Preço 500 rs.; pelo Correio, 800 réis.

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Colle-cção Amorosa»)— Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma dou-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-

tidas pelas redondezas. Preço 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SAND\VICH-(n. 5 da «Collecção Amorosa»)—Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-chè de Ia qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 2, 4 e 5.Preço de cada um 1. ; pelo Correio 1$500.

CONTOS RÁPIDOS — Collecçãocompleta de vinte contos, assim intitulados :

N. I, O Tio Empata — N. 2, A Mu-lher de Fogo - N. 3, D. Engracia

N. 4, Faz tudo... - N. 5, A ViuvaAlegre — N. 6, O Menino do Gou-veia — N. 7, A Pulga — N. 8, OCorreio do Amor - N. 9, Dolores

N. 10, Familia Moderna—N. 11,Na Zona... — N. 12, O brinquedo —N. 13, O cachorro — N. 14, Roçan-do... — N. 15, O Consolador — N.16, A Telephonista - N. 17, A Cos-tureira —N. 18, O Marchante—N.19, Por traz... e N. 20, O Vassoura.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares. Pre-co de cada um 300 rs., pelo Correio, 500 rs.

RIMAS PICANTES — Sonetos de feiçãobocageana.escriptos por um poeta iniciado emtodos os segredos do amor.Descripções feitasao vivo e em linguagem que todos entendem.

Preço 300 rs.; pelo Correio 500 rs.Todos os livras acima citados afio

llluslradoB com gravuras tiradas donatural.

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

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Os pedidos dirigidos ao nosso escriptorio devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaes

ou dinheiro e endereçados a

Rua do Hospicio 2(8 ¦ Rio de Janeiro

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