Festa de Pessach é comemorada com casa cheia

Informativo da Sociedade Israelita Riograndense Maurício SeligmanNº 141 | Fevereiro a Abril/2014 | www.lms.org.br

o Lar maurício seligman celebrou com os residentes, familiares, vo-luntários e equipe o nascimento do povo judaico como nação. Pessach é a festa da libertação, comemorada por oito dias. No Lar, o jantar festivo reuniu cerca de 130 pessoas em uma noite de oração, reflexão e confra-ternização.

durante a reza, a chazanit isabel Weisfeld, guiou os participantes a uma reflexão sobre a conquista dos antepassados e a vitória que diaria-mente ocorre na vida de cada um. “Quando escolhemos pelo bem e não pelo mal, estamos praticando a nossa liberdade, o nosso livre arbítrio. é o nosso amor pelo próximo, respeito e solidariedade que deve prevalecer”, enfatiza.

agradecimentodurante a comemoração uma singela homenagem prestigiou o trabalho da equipe de nu-

trição, copa e cozinha do Lar maurício seligman. a dedicação e o cuidado no preparo do jantar resultaram em elogios, tanto pelos residentes, como por seus familiares.

a residente anna rosa Kischbaum aproveitou a celebração ao lado de seu filho rogerio, a nora roseli e seu neto Jonas

durante o Pessach, o brinde é o momento de confraternização entre os residentes

a oração foi conduzida por isabel Weisfeld, no centro, ao lado do residente Guilherme maltz e seu filho, helio

Para Jonas Kirschbaum, neto da residente anna rosa, a festa é muito mais do que lembrar dos antepassados. “é manter viva a tradição do nosso povo, mas, acima de tudo, reunir a família e celebrar. antes, nos reuníamos na casa da minha avó, agora aqui no Lar. é uma festa universal, onde todos os povos e culturas são convidados a comemorar a liberdade”, explica.

comemoração

a celebração ocorreu no dia 14 de abrile reuniu mais de 130 pessoas

em um jantar festivo.

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PaLavra do

PresideNte o Lar mauricio seligman, em função das várias modificações

estruturais realizadas nos últimos anos, tornou-se praticamente

uma entidade empresarial com 127 funcionários e 68 residentes.

hoje o Lar tem condições de abrigar não só residentes que

apresentam grau de dependência leve, mas também aqueles

com dependência severa tendo para isto cinco unidades interme-

diárias e uma - UNitesP - Unidade de tratamento especial. esta

última tem condições de abrigar até 20 residentes com necessi-

dades especiais, já que ampliamos a área de 10 para 20 boxes.

além disso, estamos trabalhando, desde o inicio deste ano, em

um novo modelo de gestão, pois eliminamos o cargo de gerente

geral e criamos um triunvirato nos diversos segmentos, tais como

áreas administrativa, de saúde e de logística (compras), cada uma

com suas respectivas coordenadoras.

o Lar, nos últimos anos, vinha sendo administrado sempre

com déficit mensal. entretanto, nesta nova gestão, nos meses ini-

ciais do corrente período, foi possível equilibrar as suas finanças

- o que se espera ter continuidade a longo prazo. Foi criado um

cargo especial ligado a área administrativa com uma funcionaria

responsável por manter, sempre em dia, a receita do Lar prove-

niente dos associados e dos residentes, evitando assim que haja

atraso significativo nas contribuições.

estamos, nós da diretoria, em permanente vigília em relação

as receitas e despesas, com a participação quase diária do nosso

tesoureiro no acompanhamento financeiro. ainda temos muitos

obstáculos pela frente. o governo federal cortou a nossa filantro-

pia o que fez as despesas aumentaram substancialmente, pois te-

mos, em consequência disso, de arcar mensalmente com a cota

patronal dos funcionários (anteriormente estávamos isentos des-

te pagamento ).

ha 13 anos dedico-me ao Lar como membro da diretoria, sen-

do que nos últimos 2 anos fui eleito presidente o que muito me

honra, pois considero o Lar uma entidade que orgulha a nossa

coletividade. Frequentemente somos elogiados por pessoas que

nos visitam e que enaltecem nosso trabalho.

shalom!Mário Schvartzman

Presidente do Lar maurício seligman

artigo

Chai | Fevereiro a Abril/2014

tosse: como Lidar com eLa?

o patriarca da família chmelnitsky, abram é residente do Lar maurício seligman e reuniu tanto na Festa do Purim, como na Festa do Pessach seus familiares para as comemorações na instituição. o motivo, como explica sua esposa annita, vai além das celebrações judaicas. “em março meu marido completou 89 anos e em abril comemoramos 63 anos casados. é uma grande alegria festejar em família e, principalmente, vê-lo feliz em morar aqui”, conta.

espaço da família

Quando estamos sentados em um restaurante e uma pessoa de ou-tra mesa começa a tossir continuamente nos incomodamos e nos ir-

ritamos com essa situação. Nem sempre pensamos o quanto ela pode estar constrangida, mas sem saber o que fazer para parar

de tossir. a tosse é um reflexo de proteção, que possuímos desde crianças, em nossa laringe, para proteger nosso

pulmão. o “tubo” correto para a passagem de qualquer alimento ou líquido é atrás da garganta, o chamado

esôfago. os melhores protetores das vias aéreas superiores (faringe e laringe) são o reflexo de

deglutição (o engolir) e a tosse.Quando tossimos muito durante uma refeição, e isso se repete constante-

mente pelos demais horários alimentares, devemos ficar atentos, pois pode-mos estar diante de uma disfagia. o sintoma pode acarretar a curto ou longo prazo uma pneumonia. ela é definida como qualquer processo que pro-

duza dificuldade com a atividade de transporte de alimento e líquido da boca ao estômago (Kosko et al. 1998). Falta de tosse na garganta, sinal de lacrimejamento nos olhos e alteração vocal após a deglutição são indí-cios de que o alimento passou pelo canal errado, ou seja, laringe, sendo sintomas de uma disfagia. a incidência na terceira idade é de 13% a 35%, mas a grande maioria não procura tratamento. em idosos saudá-veis e sem queixas de deglutição, 40% relatam já ter tido uma disfagia em algum momento da vida. além disso, 60% desses apresentaram hipotonia da musculatura orofacial (fraqueza nos músculos do rosto) na avaliação funcional da deglutição – o que pode comprometer o mecanismo deglutitório (Paiva, Xavier e Farias, 2012).

Logo, a tosse, quando necessária, deve ser esporádica. caso ela seja frequente, procure um profissional especializado, pois podem ser indícios de uma disfagia. o fonoaudiólogo poderá lhe auxiliar no diagnóstico e na recuperação, encaminhando, inclusive, para outros profissionais de saúde se necessário.

aline Prikladnicki, fonoaudióloga do Lar maurício seligman

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atenta ao dia a dia do Lar maurício seligman, a assistente social suzy Ba-caltchuck acompanha a rotina dos residentes da instituição. é ela quem recebe e mostra a casa às novas famílias. “minha profissão permite conhe-cer a história de cada um e criar a relação entre os residentes, a instituição e os familiares. me envol-vo desde as questões de equipe e reuniões até as marcações de consultas e exames”, afirma.

o desejo de trabalhar com idosos surgiu de ex-periências anteriores. há um ano e dois meses, a assistente social conseguiu realizar o sonho. “du-rante a faculdade estagiei com idosos e assim soube o que queria para minha vida. trabalhar com os residentes é gratificante e prazeroso. a ro-tina, muitas vezes, pode ser pesada. mas, com toda certeza, o que mais fazemos aqui é nos divertir, no final do dia, nem se percebe que o tempo passou”, revela.

suzy acredita que na sua rotina de trabalho tudo serve como apren-dizado, porém o que mais lhe chama atenção é o relacionamento fami-liar que existe no Lar. “aqui pude perceber que devemos cuidar para que nossas piores características não se agravem com o tempo. conforme doamos aos filhos, recebemos depois em troca. é importante sempre cuidar do próximo”, afirma.

Tarde repleta de alegria

o Lar maurício seligman, a cada dois meses, recebe a visita do grupo Na’amat Pioneiras para um chá da tarde. No mês de abril, o encontro foi marcado por muita di-versão e alegria, já que os residentes pres-tigiaram a apresentação preparada pelos maridos das voluntárias da Na’amat Pio-neiras. malvina Berezniak, organizadora da confraternização, afirma ser muito gratifi-cante proporcionar uma tarde de emoções na instituição.

Ponto de encontro no jardim do Lar

alice Lemchen, filha da residente Berta ruth herz, aprecia as tardes fazendo companhia à sua mãe. o jardim do Lar maurício seligman é o local escolhido por elas: “é muito agradável sentar e conversar ao ar livre, perto das árvores e da natureza”, relata. Na foto, outros residentes e seus familiares se unem à alice e Berta para aproveitar a tarde no jardim.

Recado aos associados

o Lar maurício seligman convida todos os seus associados a partici-par do dia a dia da instituição e da promoção da qualidade de vida dos residentes. entre em contato com o Lar para sugestões ou esclareci-mento de dúvidas pelo e-mail lms@lms.org.br e envie seus contatos atualizados para facilitar a comuni-cação, tanto com os sócios quanto com os familiares.

Chai | Fevereiro a Abril/2014

Fazer o Bem sem oLhar a QUem

escoLha de viver No Lar

o dr. matheus roriz cruz, neurogeriatra, é o mais novo parceiro do chai. a Neurogeriatria é a área de intercessão entre a Neurologia e a Geriatria. a especialidade lida, de uma maneira integrada, com problemas da memória/alzheimer e outras doenças, assim como o Parkinson, o acidente vascular (avc), insônia, depressão, tonturas e quedas no idoso.

o residente Nel-son vasserstein, de 88 anos, está no Lar maurício seligman há três meses e mesmo assim já tem histórias para contar. todas as manhãs, o bom hu-mor e a disposição motivam as caminha-das de Nelson. Às sete horas ele levanta e caminha pelo menos 15 minutos pelo pátio externo. “Gosto muito de me manter ativo, por isso acordo bem cedo e não deixo de

fazer minha caminhada matinal”. Parte da sua vida, ele passou no rio de Janeiro. “Foram 40 anos na cidade

maravilhosa. Lá servi um bom tempo ao exército e junto com meu pai abri-mos uma loja de móveis”. ao longo de sua vida, o residente aprendeu a valo-rizar as amizades. Na instituição teve a oportunidade de reencontrar amigos da juventude, com os quais jogava futebol no clube israelita.

a escolha de viver no Lar surgiu quando sua irmã, zina vasserstein, passou a morar com ele e precisar de uma maior atenção, devido ao alzheimer. o re-sidente então, por saber que antigos amigos moravam no Lar, resolveu logo se mudar, junto de zina. “como os cuidados com a minha irmã aumentaram e morávamos somente nós dois, decidi trazê-la e morar aqui também. esta-mos nos sentindo muito bem, é um ambiente agradável de se viver”, conclui.

residente Nelson vasserstein

suzy Bacaltchuck , assistente social do Lar maurício seligman

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Chai | Fevereiro a Abril/2014

Herta Wiener“o que mais gosto do Lar é, sem dúvida, o atendimento, pois todos que trabalham aqui

são muito simpáticos e educados. Gosto também de participar das aulas práticas de nutri-ção, pois sou nutricionista formada e tenho a oportunidade de fazer o que gosto”.

o que eu mais gosto no Lar

chá comemorativo também celebrou os aniversariantesde janeiro, fevereiro e março

Uma tarde divertida, em clima de carnaval e de oração. a festa de Purim foi celebrada no dia 22 de março, com chá comemorativo pelos aniversa-riantes do meses de janeiro, fevereiro e março.

ivone herz, filha da rainha ether deste ano, a residente Berta, conta a sur-presa da homenagem feita à sua mãe. “é muito bom vir e estar com nossos familiares, reencontrar amigos e, principalmente, ver minha mãe feliz”, co-menta animada.

Para a residente chaja ita Jakubowicz, de 90 anos, o final de semana do Purim foi especial, pois sua família viajou desde a capital paulista para “ma-tar” a saudade. Um encontro de quatro gerações, já que viajaram as sobri-nhas Karen, 42 anos, e Flavia, 43, e a sobrinha-neta deborah, de 15 anos.

“Lembramos as nossas raízes, nos unimos e reforçamos a tradição do nosso povo”, explica Karen. Para ela, o judaísmo é baseado nessa cultura de transmitir a cada geração a tradição, a história e a fé. “e isso não pode se per-der”, garante.

FamiLiares e resideNtes reUNidos Para a Festa de PUrim

o Lar maurício seligman também é feito pela família que cada residente escolhe: a amizade que descontrai o dia a dia na instituição. Na foto, entre amigas visitantes e residentes: helena Blank, elaine Blank, odette Blank, annita chmelnitsky, Frida huster e anna rosa Kirschbaum

a residente chaja ita Jakubowicz, com as sobrinhas Karen e Flavia e a sobrinha-neta deborah

a rainha esther 2014, a residente Berta herz, de 90 anos, com suas

filhas alice e ivone

comemoração