o estado verde 19/04/2016

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Acordo de Paris. ONU espera recorde de assinaturas para a cerimônia no dia 22, em Nova York. Evento vai coincidir e destacar o Dia Mundial da Mãe Terra. PÁGINA 8 Após veto em projeto anterior, lei municipal faz da Matinha do Pici, no Campus da Universidade Federal do Ceará, Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie). PÁGINA 3 O principal produto gerado pelo homem, associado às mudanças climáticas, é o dióxido de carbono (CO2), gás do efeito estufa, presente na queima de combustíveis fósseis. PÁGINA 6 IMAGEM DIVULGAÇÃO O ESTADO Ano VIII Edição N o 436 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 19 de abril de 2016 PÁGINAS 4 e 5 COCÓ Estamos bem perto de ganhar o maior parque estadual urbano do Brasil

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Page 1: O Estado Verde 19/04/2016

Acordo de Paris. ONUespera recorde de assinaturas para a cerimônia no dia 22, em Nova York. Evento vai coincidir e destacar o Dia Mundial da Mãe Terra.PÁGINA 8

Após veto em projeto anterior, lei municipal faz da Matinha do Pici, noCampus da Universidade Federal do Ceará, Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie).PÁGINA 3

O principal produto gerado pelo homem, associado às mudanças climáticas, é o dióxido de carbono (CO2), gás do efeito estufa, presente na queima de combustíveis fósseis. PÁGINA 6

IMAGEM DIVULGAÇÃO

O ESTADO Ano VIII Edição No 436 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 19 de abril de 2016

PÁGINAS 4 e 5

COCÓ

Estamos bem perto de ganhar o maior parque

estadual urbano do Brasil

Page 2: O Estado Verde 19/04/2016

2 VERDE

[email protected]

O Estado Verde é uma iniciativa do INVEXP, com apoio do jornal O Estado. EDITORA Tarcilia Rego JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN J. Júnior TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota. Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

Barra recebe ecoponto para descarte de resíduos

A rede para descarte seleti-vo de resíduos volumosos, que vem sendo implantada pela Prefeitura de Fortaleza, chega a Barra do Ceará (Regional I). Com o Ecoponto, o oitavo ins-talado na Cidade e inaugurado dia 14, o fortalezense poderá realizar, gratuitamente, o des-carte de pequenas proporções de entulho, restos de poda, móveis e estofados velhos, além de pneus, óleo de cozi-nha, papelão, plásticos, vidros, metais, celulares e aparelhos eletroeletrônicos.

Localizado na Rua Graça Aranha, com a Travessa 14 de Maio, o equipamento que foi implantado em formato de contêiner, conta com uma estrutura administrativa de trabalho para as equipes de limpeza urbana, fiscalização e monitoramento. O ecoponto funcionará de segunda-feira a sábado, sempre de 8 às 12 ho-ras e de 13 às 17 horas.

Com a iniciativa, a gestão municipal busca proporcio-nar um ambiente que induza o cidadão a um comportamen-to sustentável com relação ao descarte de resíduos. Até o final de 2016, serão inaugura-dos 25 novos ecopontos.

CLIMA E BASICNa Declaração Conjunta emitida na conclusão da 22ª Reunião

Ministerial dos países que constituem o Basic (Brasil, África do Sul, Índia e China) sobre Mudança do Clima, em Nova Délhi, na primei-ra semana de abril, os ministros destacaram que o Acordo de Paris reconhece os imperativos de padrões sustentáveis de consumo e pro-dução, com os países desenvolvidos a assumir a liderança, e a im-portância da justiça climática, no fortalecimento da resposta global à ameaça da mudança climática. Também, elogiaram os esforços dos integrantes do Basic e outros países em desenvolvimento, no combate às alterações climáticas, tanto pré e pós-2020. E expressaram a vonta-de de iniciar os necessários processos internos de ratificação, aceita-ção ou aprovação o mais rapidamente possível, com vista a facilitar a entrada em vigor do Acordo, assim como exortaram outros países a fazê-lo também. E, finalmente, os ministros ressaltaram a necessida-de de apoio financeiro aos países em desenvolvimento para a imple-mentação eficaz de suas ações de mitigação e adaptação, assim como a transferência e implantação de tecnologias, pertinentes ao tema, de países desenvolvidos para países em desenvolvimento.

Um impeachment está em anda-mento, e agora? Temos mesmo é que entregar o futuro do Brasil a Deus. Se não tínhamos saída com a Dilma, parece que agora, também, estamos meio que sem saída. Mas o fato é que uma mudança está em andamento, e só poderemos evoluir através das mudanças. Para reconstruir é preciso derrubar o que foi construído, e isso custa caro e é doloroso.

Dilma está pagando o preço por ter mascarado a situação econômica do País para garantir a reeleição em 2014.Ela errou, pedalou e pedalar sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal é crime.

A alegria de tudo isso foi ver o povo na rua e nas redes sociais. Não importa o lado, agora que o País foi dividido, o que importa é que o povo está conseguindo dizer o que deseja, está buscando mudança e fazendo imperativa a sua vontade.

A tristeza foi observar o despreparo de grande parcela de nossos con-gressistas. Alguns, sequer sabem se expressar ou falar o português corretamente. Estamos precisando de políticos éticos, assim como de políticos que sejam, realmente, preparados e que tenham compe-tências.

Estão abertas as inscrições para representantes de organizações não governamentais no Conselho do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF-Mar). Podem participar do edital de seleção, representantes de organizações inscritas no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (Cena) que possuam objetivo, finalidade, histórico de atuação e planejamento de ações relacionadas à conservação de áreas costeiras e marinhas brasi-leiras. O prazo é 27 de abril. O edital e o formulário estão disponíveis no portal do jornal O Estado: http://www.oestadoce.com.br/oev .

““Que possamos pacificar o Brasil e, unindo as forças dos que querem o bem do País, voltar nossos esforços para o combate aos graves problemas que afligem a população brasileira”. Senador Tasso Jereissati.

19 de AbrilDia do Índio

Hoje é o Dia do Índio. A data foi criada através do Decreto--Lei 5540 de 1943, na Era Var-gas. O dia é uma alusão ao 19 de abril de 1940, quando várias lideranças indígenas do conti-nente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenis-ta Interamericano, no México.

Segundo a Funai, de 1500 até a década de 1970, a popula-ção indígena brasileira decres-ceu acentuadamente e muitos povos foram extintos. Somente a partir de 1991, o IBGE in-cluiu os indígenas no censo demográfico nacional. A atual população indígena do Brasil (Censo Demográfico/ 2010) é de 817.963 pessoas, das quais 502.783 vivem na zona rural e 315.180 as zonas urbanas bra-sileiras.

19 de AbrilPosse nova diretoria do CIC

Hoje é a posse da nova di-retoria do Centro Industrial do Ceará (CIC) para o biênio 2016-2018 e que será presidida por Aluísio da Silva Ramalho Filho. O evento acontece às 19h, no Auditório Waldyr Dio-go Siqueira, na sede da Federa-ção das Indústrias do Estado do

Ceará (Fiec), em Fortaleza.

22 de AbrilDia Internacional da Mãe Terra

Ao final da década de 1960, a situação ambiental, nos Esta-do Unidos, estava crítica; leitos de rios pegavam fogo, tal a in-tensidade da carga de resíduos tóxicos, inflamáveis e perigo-sos, que recebiam. Em 1970, protestar era a ordem do dia, principalmente, contra a Guer-ra do Vietnã.

Com o objetivo de criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambien-tais, o senador norte-america-no, Gaylord Nelson, inspirado pelos protestos dos jovens que contestavam a guerra, desen-volve esforços e consegue co-locar o tema da preservação na agenda política norte-ame-ricana. Finalmente, no dia 22 de abril de 1970, cria o Dia da Terra nos EUA.

Até então, só comemorada naquele país, a data que para muitos marca o nascimento do movimento ambientalista mo-derno, começa a ganhar força, nos anos noventa repercute mundialmente, e somente em 2009, 37 anos depois do mo-vimento iniciado pelo senador Nelson, a Organização das Na-ções Unidas (ONU) estende a data para todas as nações ins-tituindo o Dia Internacional da Mãe Terra.

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3VERDE

O Metrô de Fortaleza re-cebeu parecer favorável da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Sema-ce) ao seu primeiro Rela-tório de Acompanhamento e Monitoramento Ambien-tais (Rama), relativo ao ano

de 2015. Essa documenta-ção certifica que a operação do metrô não tem causado impactos negativos ao meio ambiente, certificando também as iniciativas de educação ambiental desen-volvidas nas comunidades

lindeiras – aquelas que vi-vem próximas dos trilhos.

Um dos itens analisados são as emissões de materiais na atmosfera. No caso da Li-nha Sul, foi certificado que não há emissões atmosféri-cas. Na Linha Oeste, em que

a tração do trem funciona a diesel, foi verificado que as emissões estão dentro da normalidade. Foi analisado ainda, e aprovado o fun-cionamento do sistema de coleta dos resíduos gerados na operação dos trens.

Crimes contra a fauna silvestre

Parece haver frouxidão dos órgãos públicos respon-sáveis pela fiscalização e, sobretudo, pela educação am-biental, especialmente nos meios rurais. Fácil constatar o desleixo em relação à educação para uma prática sadia de cuidado e guarda com a fauna silvestre, especialmente no que diz respeito às aves. Sou contra a prisão de pássaros ainda que seja em ambientes os mais aprazíveis, porque eles simplesmente nasceram para a liberdade. Todavia, em razão da irracionalidade do próprio homem em sua convivência com os bichos, o Estado é obrigado a fazer concessões e estipular os limites na lei. E neste pé o orde-namento jurídico brasileiro é rico de normas.

[email protected]

Aquisição de aves A lei nº 9.605, de 1998, protege as aves e trata de diversos tipos de infração que podem ser cometidas con-tra esses animais. Nesta norma legal está claramente determi-nada a punição destinada aos infratores. A aquisição de aves exóticas e silvestres é possível desde que sejam obtidas em criadouros regularmente auto-rizados pelo Ibama. Deve ha-ver, portanto, toda a documen-tação exigida por lei, tal como o registro do animal, da loja onde fora obtida e do criadouro de origem, bem como documen-tação que comprove a origem da ave. Caso contrário, aquele que comete a infração receberá a devida punição.

Punições De acordo com o ar-tigo 29 da lei 9.605/98, a retira-da de animais diretamente da natureza é considerado crime contra a fauna. De igual modo está prevista punição para o ato infrator no artigo 11 do decreto 3.179/ 1999. Citamos o dispo-sitivo da lei in verbis: Artigo 29 da lei 9.605/ 1998: “Aquele que violar este artigo será detido en-tre seis meses e um ano de pri-são e terá que pagar uma multa. Entre os termos dessa lei estão, capturar, matar, perseguir e uti-lizar-se desses animais sem a permissão de uma autoridade competente.”

Sanção No Decreto 3.179/1999 está definida uma multa de R$ 5.000 até R$ 10.000, para aque-les que violam a lei acima refe-

rida. A regulamentação repete o conteúdo que caracteriza a infração, qual seja: capturar, matar, perseguir e utilizar-se desses animais sem a permis-são de uma autoridade com-petente.” Todavia, a multa é aplicada levando-se em conta a quantidade de animais atin-gidos e seu nível de risco de extinção, ou seja, para cada ave afetada será acrescido 5 mil ou 10 mil reais a mais. As aves e outros animais que abrangem esse decreto estão presentes nas listas e anexos do Comér-cio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção.

Normas Além das leis existen-tes, o IBAMA tem elaborado várias normas com o obje-tivo de coibir cada vez mais o comércio ilegal de aves. A Instrução Normativa Ibama nº 16/ 2011 é uma delas. Tra-ta de temas ambientais e do mantimento de animais em cativeiro. Há também vários decretos de licenciamentos para criadouros, com norma-tizações que permitem fazer a reprodução e venda das aves e outros animais, tanto interna-mente no Brasil, como para o exterior. Lembre-se ainda que no arcabouço jurídico brasilei-ro existem leis específicas que tratam da importação e expor-tação de aves e animais silves-tres. O responsável por tudo é o IBAMA, órgão que deve ser consultado permanentemente para essas negociações.

Sancionada a lei que cria Área Ecológica da Matinha do Pici

AMBIENTE NATURAL

A criação da Arie foi proposta pelo vereador João Alfredo e já havia sido vetada

pelo prefeito no ano passado, após aprovação unânime pelos vereadores

DA REDAÇÃO DO [email protected]

A s O prefeito de Forta-leza sancionou Lei no 10.463 que cria a Área de Relevante Interes-

se Ecológico (Arie) da mata de tabuleiro no entorno do açude Santo Anastácio, no Campus do Pici, na Universidade Fede-ral do Ceará, região conhecida como Matinha do Pici. A sanção foi publicada dia 14, no Diário Oficial do Município. A Arie visa proteger um pedaço de ter-ra com quase 47 hectares e que fica no entorno do açude.

Ainda em 2011, o vereador João Alfredo (PSol) propõe a criação da Arie através de pro-posta apresentada à Câmara Municipal só que foi vetada pelo prefeito Roberto Cláudio, mesmo após aprovação unâni-me pelos vereadores. Este ano,

a proposta ressurge com um novo texto apresentado pelo chefe do Executivo e é votada mais uma vez.

SemelhançaSegundo João Alfredo, a pro-

posta sancionada pela Prefeitura é semelhante à sua, o que dife-rencia é a poligonal da área a ser protegida, com a diminuição da região, que abrange a região que fica em volta do açude. O verea-dor explica que o projeto antes apresentado por ele, abrange o entorno do Santo Anastácio e o trecho referente às áreas úmidas após o sangradouro e ao longo do riacho afluente do Rio Ma-ranguapinho, chegando a um total de 82,59 hectares.

Para sanar as dúvidas sobre as diferenças entre os dois pro-jetos, uma equipe da Secreta-ria de Urbanismo e Meio Am-biente (Seuma) se reuniu no

último dia 21 de março com o vereador do PSOL e o profes-sor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jeovah Meireles. De acordo com os especialistas municipais, a Arie foi diminuí-da em quase 50%, mas a prote-ção aos 82 hectares será manti-da através da criação do Parque Raquel de Queiroz.

Mata de TabuleiroA Mata de Tabuleiro é um

sistema ecológico remanes-cente. São superfícies planas e instaladas sobre os sedimen-tos da formação barreira, que ocorrem distribuídas em uma faixa paralela à linha da costa e penetram para o interior por dezenas de quilômetros. É uma mata úmida, devido aos ventos carregados de vapor de água que sopram do mar. No estado do Ceará está restrita a poucos locais devido à urbanização.

Unidades de conservaçãoNo Brasil, uma área com carac-

terísticas naturais relevantes pode ser transformada em Unidade de Conservação (UC), com o objetivo de proteger e condicionar o uso desse ambiente natural. Desde 2000, a Lei Federal 9.985 regulamenta o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc) e

estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão de unidades de conservação. As uni-dades que integram o Snuc estão divididas em duas categorias, cada uma com suas especificidades: as unidades de proteção integral e as de uso sustentável – e é nesta últi-ma categoria que está enquadrada

a Arie. Isso garante que, desde que compatibilizado com a conserva-ção da natureza, está autorizado o uso sustentável de parcela dos recursos naturais daquela área de proteção. Ainda de acordo com o Snuc, toda UC deve dispor de um Plano de Manejo e de um Conse-lho Consultivo.

Semace aprova primeiro Rama do Metrô de Fortaleza

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Estamos bem perto de ganhar um Parque Estadual

FOTO NAYANA MELO

COCÓ

Governo apresentou ao Fórum Cocó, proposta de regulamentação da poligonal que terá 1.050 hectares. Orçamento previsto é de R$ 566 milhões

POR KATY ARAÚJO do OeV

Após 27 anos, o Cocó deve ser legalizado. A proposta do

Governo do Estado, que cria o Parque Es-tadual do Cocó, com área total de 1.050 hectares, será oficiali-zada no próximo Dia Mundial do Meio Am-biente, em 5 de junho. O projeto foi apresen-tado, no último dia 14, pelo secretário do Meio Ambiente do Ceará (Sema), Ar-tur Bruno, junto ao Fórum Permanente pela Implantação do Parque Ecológico do Cocó (Fórum Cocó). Ainda serão anexa-dos ao Parque, 316 hectares de Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie), tota-lizando 1.366 hectares de área protegida.

Na realidade, a proposta do Governo prevê a criação de um mosaico de Unidades de Conservação (UC), que além do Parque Estadual e das Aries, englobaria a Área de Proteção Ambiental da Sabiaguaba; o Par-que Natural Munici-pal de Sabiaguaba; o Parque Linear Adahil Barreto e a Arie Mu-nicipal das Dunas

do Cocó, somando 2.907,44 hectares de-vidamente protegi-dos. Nesta estrutura, o Parque será um dos maiores da América Latina, com tamanho, cinco vezes maior que o Ibirapuera (São Pau-lo), por exemplo.

De acordo com Bruno, neste caso, a Prefeitura de Forta-leza mudará o Plano Diretor para dar pro-teção integral a essas áreas. As dunas, por exemplo, serão con-sideradas Áreas de Preservação Perma-nente (APA). A gestão do mosaico seria uma parceria da Prefeitura com o governo esta-dual. Todo o proces-so deve custar cerca de R$ 566 milhões ao Estado, incluindo os custos com as indeni-zações e desapropria-ções. São mais de 660 edificações somente na Arie do Parque.

RESSALVASApesar de a pro-

posta ser semelhante ao projeto desenvolvi-do pelo Fórum Cocó, ambientalistas e mem-bros do grupo fizeram algumas ressalvas. A proposta lançada anteriormente pelo Fórum, em abril de 2015, era que a área do Parque compreen-

desse 1.400 hectares, sem trechos de Aries, cerca de 400 a mais do que a poligonal apre-sentada pelo Gover-no. Porém, o gestor da Sema argumenta que somando-se a Arie, ao perímetro de Parque, a área total protegida fica semelhante ao que havia sido proposto pelo Fórum.

“Na nossa proposta ela é até mais abran-gente em termos de áreas protegidas. A proposta do Fórum é que toda área seja efe-tivamente um parque de proteção integral, e nós estamos propon-do 1.050 hectares e o restante, de Arie, que com a participação da Prefeitura, transfor-mando em Zona de Proteção Ambiental, essas áreas, na prática, serão áreas privadas, mas que terão a prote-ção integral do poder público”, defende.

DIVERGÊNCIAO vereador João

Alfredo, ressaltou que a proposta é boa, mas, no entanto, o Parque, efetivamente, pode-ria abranger uma área maior. “Para mim, não há impedimento entre ter uma ZPA e uma Arie, é importante compreender que uma mesma área pode ter

proteções que são so-brepostas em funções das diversas legisla-ções, municipais e es-taduais. Eu diria que quanto mais proteção melhor”, ressalta.

Entre as diferenças dos projetos, está a preservação em áreas habitacionais, áreas particulares próximas ao Parque e um trecho localizado próximo ao Centro de Even-tos, onde é discutida a construção da Ponte Estaiada.

Ademir Costa, in-tegrante do Fórum e do Movimento Pro-parque, ressalta que a proposta deve cuidar dos detalhes, e de an-temão, ele já questio-na o projeto por não contemplar o trecho que fica atrás do Cen-tro de Eventos, e afir-ma que gostaria que o mesmo fosse incorpo-rado imediatamente, ressaltando que a “fal-ta de regulamentação já permitiu muitas intervenções” nas bor-das do Parque. “Dei-xar esta área de fora vai deixar um brecha para mais uma inter-venção”, argumenta.

Por fim, ele enfati-za que a proposta de um modo genérico é boa, por dois motivos: “atende a reivindica-ção do movimento A proposta prevê a criação de um mosaico totalizando 2.907,44 hectares

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5VERDE

FOTO BETH DREHERFOTO DIVULGAÇÃO

Uma empresa de energia positiva!

Uma empresa de energia positiva!

085 3392.6950

ambiental de Fortaleza e aten-de uma carência de recurso que o Governo do Ceará tem.”

ANÁLISEA proposta do Governo será

apreciada pelos integrantes do fórum, que deverão reunir-se mais uma vez, no próximo dia 26. O procurador do Ministé-rio Público Federal no Ceará, Alessander Sales, afirmou que o grupo irá se debruçar sobre o documento e deliberar inter-namente se acata a proposta tal qual ela está sendo apresenta-da ou apresentam-se altera-ções no que ela é divergente.

“Esse momento é importan-te, por que nós conhecemos a proposta, e parece que em grande parte, é coincidente com a do fórum. Então, nes-sas pequenas partes que elas são diferentes, nós devemos deliberar e sabermos se aceita-remos as divergências ou se in-sistiremos na incorporação de Aries que o fórum propôs ao Governo do Estado”, explica.

REGULAMENTAÇÃOO processo de regulamen-

tação se dará em várias etapas, com consulta pública - por meio de audiências na Câma-ra Municipal e Assembleia Legislativa -, além disso, para a regularização da área e re-gulamentação do Parque, será preciso a emissão de Certidão de Dominialidade do Períme-tro pela Secretaria de Patri-

mônio da União (SPU), além da publicação de decretos de criação do Parque Estadual e das Aries do Cocó, com de-finição da Zona de Amorte-cimento (ZA), levantamento fundiário e desapropriação, plano estratégico, concurso de ideias e elaboração dos pla-nos de manejo.

Na reunião, José Otávio, re-presentante do Grupo Direi-tos Urbanos, exalta a proposta do concurso de ideias. “Fiquei animado com a proposta de um concurso de ideias. Seria muito bom que o Parque fosse agra-ciado com trechos utilizáveis com atividades e equipamentos, principalmente, ao ar livre, para criar pólos de uso, identificação e fiscalização do local com as pessoas”, aponta, apesar de cri-

ticar a sintética apresentação da proposta do Estado.

“Como técnicos e pessoas interessadas, e debatedores do tema, há algum tempo, gosta-ria de ver mais profundidade na justificativa das escolhas e das razões pelas quais as duas propostas (Fórum e Estado) divergem em relação a poligo-nal”, questiona.

SAIBA MAIS

O projeto prevê ainda o cer-camento da área do Parque e a criação de uma via paisagística com calçadão e ciclovia. “Par-te da área será de preservação, mas boa parte será utilizada para a construção de equipa-mentos, trilhas e quadras es-portivas, por exemplo,” afirma o secretário.

FÓRUM COCÓO Fórum Cocó foi proposto

em manifesto público divulga-do no dia 20 de janeiro de 2015 com o objetivo de somar es-forços pela implantação e pre-servação do Parque Ecológico do Cocó. Por meio de reuniões sistemáticas, conseguiu reunir, periodicamente, mais de 20 en-tidades, com o objetivo de sub-sidiar o Governo do Ceará no processo de tomada de decisão para implantar, com consistên-cia técnica e jurídica, o modelo de gestão ambiental capaz de conferir proteção eficaz e de-finitiva aos ecossistemas que integram a região do Cocó, in-tegrando a área ao patrimônio ambiental, cultural, social e econômico da cidade de Forta-leza e do estado do Ceará.

A proposta do Governo será apreciada pelos integrantes do fórum, no próximo dia 26

“Na nossa proposta, ela é até mais abrangente em termos de áreas protegidas. A proposta do Fórum é que toda área seja efetivamente um parque de proteção integral, e nós estamos propondo 1.050 hectares e o restante de Arie.”Artur Bruno, secretário es-tadual do Meio Ambiente

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ORelatório Síntese sobre Mudança Climática 2014, produzido pelo

Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em Inglês), é um tipo de "resumão" destina-do aos dirigentes de todo o mundo, onde se expõe e integram as conclusões dos três volumes que com-põe o 5o Relatório sobre Mudança Climática, o re-latório completo e último publicado. No prólogo do Relatório Síntese se afirma que a influência humana no clima da Terra é cla-ra e que o IPCC está hoje seguro com 95% de certe-za, que a atividade huma-na é a causa principal do

aquecimento global. Os dirigentes decidem ações complexas de enfrenta-mento às mudanças climá-ticas nas cidades, estados e países envolvendo muitas pessoas. Mas, o que uma simples pessoa pode es-pontaneamente fazer para limitar a mudança climáti-ca e seus riscos?

Inicialmente, é fun-damental conhecer o assunto. Atualmente, o tema Mudança Climática é tratado exaustivamente na mídia, nas escolas e na academia. Quando você conhecer o necessário, pergunte a si mesmo: 1) A mudança climática é um problema importan-te? 2) Eu quero fazer al-

guma coisa relacionada a isso? Se você responder "Sim" para essas duas questões, então você já começou a fazer alguma coisa. Você começou a mudar e isso é a primeira coisa a ser feita.

Na sequência, você pode levar esse conhe-cimento às pessoas com a premissa de que o co-nhecimento leva à acei-tação. Se você fala sobre as mudanças climáticas, que estão acontecendo em nosso planeta, com argumentos contunden-tes, por exemplo, o der-retimento de geleiras, os anos recentes como os mais quentes já registra-dos pelo homem, então

você estará ajudando pes-soas a conhecer o tema, aceitar e fazê-las mudar. Porém, você pode fazer muito mais do que falar. Você pode mudar seu próprio modo de vida.

Segundo os cientistas do IPCC, o principal pro-duto gerado pelo homem associado às mudanças climáticas é o dióxido de carbono (CO2), principal gás do efeito estufa que está presente na queima de combustíveis fósseis (petróleo e seus deriva-dos, carvão mineral e gás natural). Novamen-te, pergunte a si mesmo: Quanto de carbono eu ponho na atmosfera to-dos os anos? A produção

anual de carbono por indivíduo é chamada de pegada de carbono. Exis-tem vários Websites que calculam essa pegada de carbono cita-se: http://www.iniciativaverde.org.br/calculadora; http://footprint.wwf.org.uk. Aqui, é importante saber também quais itens são nocivos em suas ações cotidianas e essenciais. Sabendo disso, você pode diminuir seus usos ou até eliminar. Na essência, significa dizer que você precisa diminuir seu consumo de energia, por exemplo, utilizar o car-ro só quando necessário. Existem inúmeras ações que se pode adotar, mas

incorporando apenas essa, já é uma mudança no seu modo de vida e uma grande contribuição para essa questão.

Embora o aqueci-mento seja global, tudo começa em casa. Uma simples iniciativa sua para limitar a mudança climática, ao ser somada a outra de seu vizinho e assim por diante, resulta numa ação maior e, con-sequentemente, com efei-to também maior. Hoje, não se pode alegar ig-norância como desculpa para deixar de contribuir. Quanto mais esperarmos para agir, maiores serão o custo e os desafios que enfrentaremos.

Mudanças climáticas: o que podemos fazer?

ARTIGO

Por Arnóbio Cavalcante*

*Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

CASA DA FLOR: Feita com sobras e lixo, obra estará na Bienal de VenezaGabriel Joaquim dos Santos

(1892-1985) passou boa parte da vida construindo e decorando a Casa da Flor, como ele próprio a chamava, em São Pedro da Aldeia, cidade no litoral norte fluminen-se. Homem pobre, filho de uma índia e de um ex-escravo, traba-lhador das salinas da região, sem estudo, ele a ergueu e decorou com restos da construção civil e lixo doméstico.

Passados 31 anos, a obra arqui-tetônica e única, será apresentada no pavilhão brasileiro da Bienal de Veneza. Fotos da casa estarão na primeira sala do espaço, que falará sobre cultura popular. Fica-rão ao lado de obras sobre a Casa do Jardim dos Cristais, projetada pela arquiteta Lina Bo Bardi, no

Morumbi, em São Paulo. A mos-tra veneziana será inaugurada dia 26 de maio.

Ao pau a pique que usou para fazer chão e paredes, Santos pren-deu, ao longo dos anos, pedaços de louça e cacos de vidro. Adornou as paredes com esses restos, sem-pre criando a figura da flor - daí o nome da casa. Era tanta, a prefe-rência pela imagem, que ele incor-porou à parede da sala uma emba-lagem de inseticida, só porque o nome incluía a palavra "floral".

Desde 1987, a construção é patrimônio cultural do Estado do Rio e está em processo de tomba-mento pelo Instituto do Patrimô-nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Aberta ao público é gerida pelo Instituto Cultural Casa da Flor.

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7VERDE

Aves da Caatinga correspondem a 30% das espécies do BrasilO Semiárido brasi-

leiro, que está in-serido na região nordeste, esten-

de-se do norte do Piauí ao norte de Minas Gerais e possui 969.589,4 Km². Cerca de 80% da região semiárida é formada pelo bioma Caatinga, sendo os 20% restantes ocupados pelo Cerrado e brejos de altitude. Ape-sar de ser uma região caracterizada por clima seco e quente, com eleva-das temperaturas médias anuais, baixa pluviosida-de, chuvas irregulares, solos pobres e com baixa capacidade de retenção de água, apresenta gran-de biodiversidade.

As aves formam um grupo de animais verte-brados que possuem uma alta diversidade. E não por acaso, o Brasil possui uma das maiores diversidades de avifauna do mundo, com aproximadamente 1800 espécies, equiva-lendo a 53% das espécies descritas na América do Sul, sendo mais de 10% endêmicas. A Caatinga possui registro de quase 600 espécies de aves, cor-respondendo a 30% das espécies do Brasil.

Segundo trabalhos científicos, as aves da Caa-tinga podem ser classifi-cadas conforme diversos critérios: status na região em residentes (quando se reproduzem potencial ou comprovadamente na re-gião), migrantes (quando são migrantes de outras

regiões); introduzidas (es-pécies que foram trazidas pelo homem para a re-gião) ou extintas (quando eram residentes na região, mas hoje é considerada extinta); dependência de florestas em indepen-dentes (quando ocorrem somente em vegetações abertas), dependentes (quando associadas ex-clusivamente a ambientes florestais, como caatingas arbóreas e cerradões), se-mi-dependentes (espécies que ocorrem em áreas de contado entre flores-tas e formações vegetais

abertas e semiabertas.); e quanto à sensitividade aos distúrbios causados pelas atividades humanas em sensitividade alta, média ou baixa.

A avifauna da Caatin-ga, assim como a vege-tação xerófita, apresenta respostas a sua semiari-dez, que podem ser fisio-lógicas ou comportamen-tais. Estudos profundos sobre a fisiologia das aves do bioma, ainda são es-cassos, no entanto, estu-dos comportamentais são mais frequentes. Dentre os estudos comportamen-

tais, o mais observado é o movimento sazonal des-sas aves, entre os períodos chuvosos e de estiagem, quando esses indivíduos buscam maior oferta de recursos. Na região se-miárida, essa migração pode variar de acordo com a distância percor-rida pelas aves, que po-dem ocorrer, localmente, a curtas e médias distân-cias, principalmente du-rante a época seca, ou a longas distâncias, como migrações regulares, para outras regiões.

Este grupo de animais

é muito diverso nosso Se-miárido e possui grande importância ecológica, tanto no meio rural quan-to no urbano. Elas po-dem ser utilizadas como bioindicadores (ex: in-dicação da qualidade do ambiente), para controle biológico (ex: controle de pragas), como poliniza-doras ou dispersoras de sementes.

Apesar de toda a re-levância da preservação da avifauna, as aves da Caatinga sofrem muitas ameaças, seja por perda de habitat ou pela caça.

A perda de habitat é oca-sionada, principalmen-te, por desmatamento, geralmente relacionado a queimadas e a práticas agropecuárias. A ativida-de de caça das aves pode ter finalidades econô-micas, relacionadas ao comércio ilegal, ou cul-turais, para fins alimentí-cios e de criação.

Todos esses fatores po-dem levar a extinção de espécies ou perda de bio-diversidade, além de po-der causar desequilíbrios ecológicos na região afe-tada. Entre as principais aves do semiárido, amea-çadas de extinção estão: Ararinha-azul (Cyanop-sitta spixii), Urubu-rei (Sarcoramphus papa), Canário-da-terra (Sicalis flaveola), Abre-e-fecha (Coryphospingus pilea-tus), entre outros.

Visando a preservação dessas espécies e da ri-queza e representativida-de da avifauna das terras secas do Brasil, existem várias Unidades de Con-servação (UC) na Caa-tinga. Estão distribuídas por todo Nordeste. Além da preservação da bio-diversidade, as UC são importantes por contri-buir para a manutenção do alto grau de endemis-mo de aves no semiárido brasileiro e também, por possibilitar futuros es-tudos sobre avifauna na região, que ainda são in-feriores, em quantidade, se comparados a outros biomas do Brasil.

INFORMAÇÃO AMBIENTAL

Por Nádia Osorio de Oliveira*, Kalyl Silvino Serra* e Bruno Edson Chaves**

*Alunos de Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará. **Professor do Curso de ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará.

Pássaro Cancão (Cyanocorax cyanopogon) uma espécie que faz parte da rica diversidade biológica da Caatinga

FOTO KALYL SILVINO

Page 8: O Estado Verde 19/04/2016

POR TARCILIA [email protected]

AOrganização das Nações Unidas (ONU) está em contagem regres-

siva para a assinatura do Acordo de Paris sobre a Mudança Climática. O documento será assinado oficialmente pelos líderes mundiais nesta sexta-feira, 22 de Abril, Dia Internacio-nal da Terra. Cerca de 150 países confirmaram a assi-natura do histórico acordo fechado em dezembro do ano passado, em Paris.

A cerimônia que está sen-do promovida pelo secretário--geral da ONU, Ban Ki-moon, acontece na sede do órgão, em Nova York. Mais de 60 chefes de Estado e de governo parti-ciparão do encontro que será o prio primeiro passo para ga-

rantir que o acordo entre em vigor o mais rápido possível.

ImpulsoO anúncio foi feito pela

presidente da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP21), Ségolène Royal, no último dia 15. "Temos 147 compromissos de assinatura para 22 de abril, dos quais 50 são chefes de Estado", declarou a tam-

bém, ministra francesa de Meio Ambiente em coletiva de imprensa em Washin-gton. "Isto significa que o impulso do acordo de Paris não diminuiu", avaliou.

O documento entrará em vigor, 30 dias depois que te-nha a confirmação de países que respondam por 55% das emissões mundiais de Gases do Efeito Estufa (GEE). A meta, conforme acordado

na COP 21, é baixar as emis-sões de carbono e, assim, tentar conter o aquecimento a um limite de 1,5 graus Cel-sius até o fim do século. A ra-tificação vai depender, ainda, dos Congressos e Parlamen-tos em cada nação.

AgoraPara o secretário-geral Ki-moon, “o mundo deve agir agora para criar

uma economia global de baixa emissão de gases e fortalecer a resiliência para as mudanças inevitáveis que estão por vir, especialmente nos países menos desenvolvidos”. Ele afirmou ainda que mesmo antes do acordo entrar em vigor,

“cada país, cada empresa e cada cidadão têm um importante papel a cumprir no combate à mudança climática e na construção de um futuro sustentável para esta e para as próximas gerações”.

“Paris foi histórico”, dis-se. “Mas é só o começo. Precisamos acelerar ur-gentemente nossos

esforços para combater as mudanças climáticas. Enco-rajo todos os países a assinar o Acordo de Paris para que possamos transformar nos-sas aspirações em ações.” Al-guns países já indicaram que irão depositar seus instru-mentos de ratificação ime-diatamente após a assinatura.

A cerimônia também reunirá líderes da sociedade civil e do setor privado para discutir esforços no sentido de impulsionar o financia-mento das iniciativas para o clima, o desenvolvimento sustentável e aumentar as ações para atingir o obje-tivo do Acordo de Paris de limitar o aumento médio da temperatura global abaixo de 2° Celsius.

ONU espera recorde de assinaturas para a cerimônia no dia 22 de abril

ACORDO DE PARIS

Já são quase 150 compromissos de assinatura confirmados, 50 são chefes de Estado. A data vai coincidir com o Dia da Terra

"Árvores pela Terra" para celebrar acordo climáticoLíderes mundiais assi-

nam o Acordo de Paris, 22, na mesma data em que é comemorado o Dia da Terra. Por isso, o Pnuma lança a campanha "Árvo-res pela Terra" e qualquer um pode participar da iniciativa. A agência está pedindo que as pessoas façam pelo menos uma

entre as seguintes opções: plantar uma árvore, abra-çar uma árvore ou tirar uma foto de sua árvore favorita.

Neste ano, o Dia da Terra promove uma meta: que exista uma árvore para cada habitante do planeta até 2020. Com a campanha, o Pnuma quer

mobilizar os 7 bilhões de habitantes do planeta a plantarem uma árvo-re, para que a meta seja alcançada o quanto antes. As imagens das ações podem ser postadas no Facebook ou no Twitter, usando as hashtags #Pari-sAgreement, #Trees4Earth e #EarthDay2016.

Segundo o Pnuma, “as florestas são aliadas no combate à mudança climática e na restauração do balanço ecológico do planeta, também são cru-ciais para absorver carbo-no, limpar o ar, manter o fluxo dos rios e estabilizar os solos”.

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