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Sexta-feira C M Y K R$1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 19 DE ABRIL DE 2013 Nº 4.617 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br EMAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,00 Dólar turismo R$ 2,07 Dólar/Real R$ 2,00 Euro x real R$ 2,62 Poupança 0,50%/ 0,41% Taxa Selic 7.50% INDICADORES: OPINIÃO - Página 2 Adauto Medeiros Laurence Bittencourt José Narcelio Marques Sousa Adalberto Targino Flávio Rezende Maurilton Morais Ormuz Barbalho Simonetti Marcos A. de Sá Página 7 PSD nacional oferece o con- trole da sigla no Ceará ao go- vernador Cid Gomes. Walter Gomes Página 4 Apesar das mudanças, o caos continua total na Secretaria de Saúde do Estado. Daniela Freire Página 12 Há um outro Rio Grande do Norte tão urgente quanto foi enfrentar o bando de Lampião. Vicente Serejo Página 13 11ª. Rodada de Licitações da ANP atrai participação de 64 empresas petroleiras. ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE Wellington Rocha > INVESTIMENTOS Consultoria prevê que Carlos Eduardo terá mais R$ 100 milhões POLÍTICA 3 E ECONOMIA 7 > UTI NEONATAL MEJC consegue vagas para transferir 5 bebês e retomará cirurgias CIDADE 6 > RESPEITO 19 de abril: “É mais um dia de luta para os índios potiguaras” CULTURA 17 > INDÍGENA OU COLONIAL? As pequenas embarcações (uma descoberta em 2011 e a outra no início deste mês) estão no jardim da Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru CIDADE 8 > “SEM CONDIÇÕES” Corintians de Caicó solicitará afastamento no final do Estadual ESPORTE 15 > EDUCAÇÃO ESTADUAL Mil e duzentos professores serão convocados na próxima semana CIDADE 6 José Aldenir Heracles Dantas IPHAN analisa canoas históricas encontradas na Lagoa de Extremoz Governadora e secretária explicam que metade será nomeada imediatamente e a outra nos próximos 60 dias

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Cidade, economia, politica e esporte

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Page 1: FLIP  19/04/2013

Sexta-feira

C M Y K

R$1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 19 DE ABRIL DE 2013 w Nº 4.617

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,00Dólar turismo R$ 2,07Dólar/Real R$ 2,00

Euro x real R$ 2,62Poupança 0,50%/ 0,41%Taxa Selic 7.50%

INDICADORES:

OPINIÃO - Página 2

Adauto Medeiros

Laurence Bittencourt

José Narcelio Marques Sousa

Adalberto Targino

Flávio Rezende

Maurilton Morais

Ormuz Barbalho Simonetti

Marcos A. de Sá

Página 7

w PSD nacional oferece o con-trole da sigla no Ceará ao go-vernador Cid Gomes.

WalterGomes

Página 4

w Apesar das mudanças, o caoscontinua total na Secretaria deSaúde do Estado.

DanielaFreire

Página 12

w Há um outro Rio Grande doNorte tão urgente quanto foienfrentar o bando de Lampião.

VicenteSerejo

Página 13

w 11ª. Rodada de Licitaçõesda ANP atrai participação de64 empresas petroleiras.

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

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Ro

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a

> INVESTIMENTOS

Consultoria prevê queCarlos Eduardo terámais R$ 100 milhões

POLÍTICA 3 E ECONOMIA 7

> UTI NEONATAL

MEJC consegue vagaspara transferir 5 bebêse retomará cirurgias

CIDADE 6

> RESPEITO

19 de abril: “É maisum dia de luta paraos índios potiguaras”

CULTURA 17

> INDÍGENA OU COLONIAL?

As pequenas embarcações (uma descoberta em 2011 e a outra no início deste mês) estão no jardim da Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru CIDADE 8

> “SEM CONDIÇÕES”

Corintians deCaicó solicitaráafastamento no final do Estadual

ESPORTE 15

> EDUCAÇÃO ESTADUAL

Mil e duzentosprofessores serãoconvocados napróxima semana

CIDADE 6

José Aldenir

Heracles Dantas

IPHAN analisa canoas históricasencontradas na Lagoa de Extremoz

Governadora e secretária explicam que metade será nomeada imediatamente e a outra nos próximos 60 dias

Page 2: FLIP  19/04/2013

Sexta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Opinião

Artigo JOSÉ NARCELIO MARQUES SOUSA, engenheiro civil([email protected])

O Grupo EscolarNão. Nem tente forçar a memória,

meu jovem leitor, pois não é assunto deseu tempo de criança. O Grupo Escolarpertenceu a um tempo que parece nãohaver existido. Em que qualquer seme-lhança não teria sido mera coincidên-cia, pelo simples fato de não guardaridentidade alguma com a atualidade es-colar do país.

O Grupo Escolar do qual falo erauma escola pública onde o aluno rece-bia o primeiro estágio da educação semsofrer restrição de cor, credo ou patamarsocial. Onde estudavam na mesma salafilhos de empregado e empregador numaconvivência salutar imposta pela con-tingência da limitação de opções paracursar o ensino básico. Onde o profes-sor era apenas professor e gostava deensinar. Onde existia respeito mútuoentre o aluno e o mestre. Onde não cabiaviolência e sobrava satisfação naqueleambiente modesto de aprender e ensinar.Onde se obtinha noções de civilidade, pa-triotismo, religiosidade e respeito aosmais idosos. Onde surgia o coleguismoespontâneo e brotavam amizades since-ras e duradouras.

No Grupo Escolar a que me repor-to não existia qualquer tipo de tecnolo-gia digital ou analógica. O computadorera uma caixa de madeira contendo lápis,

borracha, apontador, caneta tinteiro, gomaarábica, mata-borrão e régua de madei-ra. Guardava-se ali todo o material ne-cessário para o preenchimento de pági-nas de cadernos de caligrafia, desenho,linguagem e a tabuada - complementousado para a familiarização com a arit-mética. No último ano da grade curricu-lar do Grupo Escolar o aluno prestavaexame admissional para frequentar o gi-nasial. O primeiro vestibular. A primei-ra grande alegria e início de outras tan-tas superações na vida estudantil.

Durante a permanência no GrupoEscolar, o estudante considerava a esco-la o templo sagrado do ensino, e via noprofessor, o sumo sacerdote do conhe-cimento. Daí o respeito, que beirava ofanatismo, pela instituição que lhe ofe-recia sabedoria gratuita. Na rotina daescola, o aluno apresentava-se enfatio-tado numa farda limpa e engomada, ecom o único par de sapatos bem engra-xado. Nem sempre terminava a jornadadiária com a mesma compostura que en-trara na sala de aula, mas isso não im-portava. A pasta de couro, herança doirmão mais velho, representava o toquede vaidade no perfil do jovem estudan-te do Grupo Escolar.

Concluído o estágio de quatro anosdo primário descortinava-se, aos olhos

do aluno, um mundo encantado de novasinformações. Ei-lo diante de livros comoo "Estudo Dirigido de Português" deReinaldo Mathias Ferreira, da "Histó-ria do Brasil" de Hadock Lobo, da "Geo-grafia do Brasil" de Aroldo de Azeve-do, das "Ciências Naturais" de JoséCoimbra Duarte, da "História Geral" deJoaquim Silva, da "Matemática" de Os-valdo Sangiorgi e do "Spoken English"de João Fonseca. A essa gama de novi-dades aliavam-se aulas de "Canto Orfeô-nico", "Religião", "Educação Moral eCívica" e "Estudos Sociais". Não exis-tia Google, mas as enciclopédias su-priam a curiosidade de estudantes maisabastados, em busca de informações pri-vilegiadas.

Esse foi o inesquecível retrato deuma época. Nem pensar em inserir aque-las técnicas barrocas no ensino na atua-lidade. Até porque vivenciamos dias deavanços inimagináveis requerendo mé-todos específicos de aprendizado. Absor-ver aspectos didáticos de ontem seriaapenas retroceder no tempo e no espa-ço sem nada contabilizar de positivo.Mas, no que concerne a determinados va-lores morais e posturas comportamen-tais, ah meu caro leitor, estamos anos-luz atrás daquilo que se praticava no sé-culo passado.

Artigo ADALBERTO TARGINO, advogado, procurador do estado e presidente da Academia de Letras Jurídicas/RN([email protected])

Lei da força ou força da lei

A velha demagogiaque nunca acaba

Para os sociólogos, estadistas ecientistas políticos em geral, depen-dendo de suas raízes político-ideológi-cas, a sobrevivência do Estado, a ma-nutenção da ordem social e coletiva, re-pousa, para uns, na força da lei, paraoutros na lei da força.

A história da humanidade traduzuma senda belicosa, de conquistas, vi-tórias e derrotas.

Para Nicolau Maquiavel, em suaobra prima "O Príncipe", o sustentácu-lo de qualquer governo assenta-se emboas leis e boas armas.

A visão maquiavélica das armasera própria da era absolutista, cujomando dependia em grande parte daforça, não aplicável na época contem-porânea, que se fulcra em March Bloch,um dos fundadores da Nova História,isto é o estudo do homem em uma aná-lise do seu tempo.

Com efeito, no pretérito, o Estadosempre se associou de um modo pecu-liar à força.

Nas suas origens, no seu cresci-mento, e até no atual controle que temsobre os seus membros e nas suas re-lações com outros Estados, proclama-

se que a força não somente é o seu úl-timo recurso, mas também o seu pri-meiro princípio, não somente a suaarma especial, mas a sua própria es-sência.

Uma sociologia bem fundamenta-da, preleciona Oppenheimer, no seulivro O Estado, "tem de considerar ofato de que a formação de classes, nostempos históricos, não se deu pela di-ferenciação gradual numa competiçãopacífica, mas resultou da conquista esubjugação violenta".

Ainda, segundo afirmativa de an-tigo filósofo: "o conflito é o pai detodas as coisas, e o seu primogênito,criado à sua própria imagem e, afinal,o seu único herdeiro, é o Estado".

Tal visão doutrinária, cruamenteexposta por autores como Subel eTreitschke, e vestida decentemente(com coloridos sofistas) por inúmerosescritores sobre o Estado, é ainda maisenganadora pela verdade parcial quecontem. Pertence àquela espécie de"realismo" simplificador, que falseiatanto o curso do desenvolvimento his-tórico como as condições sociais detodas as realizações e motivos de con-

duta humana, além de exagerar gros-seiramente a eficácia da força.

Contra atacando a dita escola, oMestre R. Maclver, ex-professor de Fi-losofia da Universidade de Colúmbia,nos Estados Unidos, preleciona cate-górico: "O aparecimento do estado nãofoi devido a força, embora ela indubi-tavelmente tenha tido um papel no seuprocesso de expansão".

Como se vê, a força não une. Forçaé um substituto para a unidade. En-quanto domina, não há unidade nemdesenvolvimento. Algumas vezes,como serva da inteligência, prepara ocaminho para a unidade. Tomar e reterpela força consome as energias dosque tomam e dos que resistem. Essasenergias poderiam aplicar-se a esfor-ço cooperativo.

Numa sociedade, por seu turno,são somente os estúpidos que procu-ram atingir os seus fins pela força. Aforça bruta alcança nenhum resultado.Se permitíssemos o seu livre exercício,ela destruiria a ordem da vida e dos há-bitos, as amenidades e satisfação quevêm das atividades espontâneas e livresdo homem civilizado.

Artigo FLÁVIO REZENDE, ESCRITOR, jornalista e ativista social em Natal/RN ([email protected])

Grandes análises, pequenos resultadosAo retornar para casa, no fim da

tarde, gosto de sintonizar o rádio numaFM para saber as notícias do dia, umavez que sempre absorto em atividadesdiversas, na maioria das vezes não ficosabendo o que está rolando no planetaque habito com renovado prazer.

Hoje temos uma grande variedadede programas, migrando a FM de es-paço exclusivo de música, para um mo-saico de muitas coisas, notadamentepiadas, futebol, política, religião e co-mentários.

Vários programas apresentam co-mentaristas diversos e, alguns, pródi-gos em fácil verbalização de análises,conseguem fixar nossa atenção, devi-do a uma perfeita junção de frases deefeito com entonação de voz e, domí-nio do assunto eleito para aquele mo-mento.

O danado é que as análises muitasvezes convergem para uma confiançaabsoluta de que o dito e o previsto, vãoacontecer, nos levando a crer, devidoao enfeitiçamento em que somos mer-

gulhados no caldeirão das capacidadesapresentadas pelo analista, de que, defato, o dito vai ser o futuro.

O tempo passa e, a realidade, tei-mosa que só ela, mostra um presentetotalmente diferente e, tudo o que foianalisado e dito como caminho natu-ral do pensado, não se traduz, frus-trando o ouvinte e, encaminhando suaprópria análise do analista e futurista,de que o mesmo tem mesmo é muitalábia, lero-lero, grande capacidade deexpressar pensamentos, mas que suascolocações não passam de orgasmomental.

Isso acontece com muitas pessoas.Elas começam a falar e essa capacida-de que tem, além de causar admiraçãonos que estão próximos e naqueles queestão ouvindo através da mídia, tambémas embriaga, a pessoa passa a curtir asi mesma, se achar muito capaz, inte-ligente, ai começa a misturar zuada delambreta com zero na caderneta, en-trando num oito que deixa todo mundoextasiado, mas, que não passa disso,

um vai e vem de frases fiadas sob omanto de um tema, que no fim, nãoproduz um vestuário e, sim, um farra-po oratório.

Encontramos também esses ana-listas sem resultado concreto no fute-bol. O cara faz um comentário escu-lhambando o time e dizendo que damaneira que está o escrete não vai alugar nenhum, ai no segundo seguin-te, o mesmo time que não prestava paranada, começa a fazer gols, com o co-mentarista mudando da água para ovinho e, intitulando aquele mesmo time,de esquadra, seleção, timaço.

Essa é a vida, imprevisível, queparece não gostar de ser adiantada, pre-ferindo acontecer como ela é, no mo-mento, fugindo de regras, de paradig-mas e, revelando a todo instante que nãoadianta falar bonito e citar grandes pen-sadores, afinal a única coisa que nãomuda, é que tudo muda e, a própriamutação como lei universal, não per-mite que no presente, possamos segu-ramente, querer saber o futuro.

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

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Artigo

'A guerrados sexos'

MAURILTON MORAIS, psiquiatra e psicoterapeutacognitivo comportamental([email protected])

Apareceu-me uma jovem loira, alta, seiosrobustos, corpo proporcional, inteligente. Re-conheceu-me e fomos conversar no banco doapartamento. Tinha 27 anos, um filho e pergun-tou-me o que acontecia consigo: "Natal nãotem homem, estou solteira, vivo no FACE e nãoarranjo nada estável". Debatemos sobre a as-censão da mulher, a qual lhe exigiu algunsônus. A palavra feminismo, mal interpretada,provocou o recuo do macho. O masculino temmedo até de falar mais alto, discussões banais,subtração de dinheiro, denúncia na delegaciada mulher e outras mazelas. Quem agia assimera o homem. Conversamos também sobre aglobalização que trouxe em seu contraponto aindividualidade egocêntrica, conforme nos en-sina J. Breaudillard: cartão bancário personifi-cado, esportes individuais. Enfim o "men-self-men". Observasse também, disse-lhe, que asmulheres quando assumem o poder são maistestoterônicas, dominadoras, tais como Cleó-patra, Catarina de Médici, Catarina da Prússia,Rainha Isabel, Golda Meir, Indira Ghandi atéDilma, nossa "presidenta". Os homens torna-ram-se medrosos, até na abordgem de umamulher, por medo de assédio sexual.

Revelei-lhe alguns casos de amigos. Umadvogado ao chegar em casa - com seu espí-rito brincalhão - falou à mulher: "Estás gor-dinha... cuidado, pois posso trocá-la por duasde 30 kg". Qual é a sua surpresa ao ser cha-mado à Delegacia da Mulher e receber umaadvertência, de surpresa, testemunhada poruma amiga que se encontrava em sua casa.Citei ainda vários casos de mulheres abando-nando o marido quando este tinha queda fi-nanceira. Também relatei casos de homensmais idosos e de mulheres na peri menopau-sa que largam seus pares por outros mais jo-vens, como se fosse o rejuvenescer, o elixirda longa vida. E sofreram perdas financeirasirreparáveis. No caso do advogado, perdeu aconfiança na companheira e com a decep-ção, em 30 dias estavam divorciados.

Diante disso os homens fogem do mer-cado. E ambos os sexos travam uma guerrasurda na busca de "doidinhas" e doidinhos",como costumam falar em encontros efêmerose sem romantismo, nas baladas da noite. Nãoreclamem mulheres, pois o ônus é pesado:aumento do alcoolismo feminino, dificulda-des financeiras, câncer de pulmão pelo uso docigarro e muito vazio e solidão. Mas faço umpedido aos homens: não tenham medo de mu-lheres que lhes enviam bilhetinhos pelo gar-çom. No meio da loucura, pode algo dar certo.

Artigo

Comunicadoaos potiguares

ORMUZ BARBALHO SIMONETTI, presidente doInstituto Norte-rio-grandense de Genealogia evice-presidente do Instituto Histórico e Geográficodo RN ([email protected])

Caros confrades e população do meu es-tado.

No último dia 15 de abril, a nova dire-toria do Instituto Histórico e Geográfico doRio Grande do Norte completou os primei-ros 30 dias de administração.

Gostaríamos, nessa ocasião, de fazer umapequena prestação de contas das nossas ações,na constante busca de melhorias no funciona-mento dessa centenária instituição cultural, comvistas a propiciar aos pesquisadores e popula-ção em geral, melhores condições na realizaçãodas pesquisas, quando da utilização do nossoacervo, composto por mais de 50.000 títulos.

Anova diretoria trabalha em ritmo acera-do. Já realizamos visitas em busca de apoio ànossa instituição aos seguintes órgãos: IPHAN,Onésimo Santos; o CREA, Modesto Ferreirados Santos; a Fecomercio, Marcelo Queiroz;UFRN, reitora Ângela Maria Paiva; Caern,Yuri Queiroz Pinto; Sebrae, José Ferreira deMelo (Zeca Melo); Gabinete Civil, Carlos Au-gusto Rosado; a Prefeitura Municipal, CarlosEduardo Alves; a Fiern, Amaro Sales; Arma-zém Pará, Marcantoni Gadelha; e MirandaComputação, Afrânio Miranda.

Fomos visitados, a nosso convite, pelopresidente da Assembleia Legislativa, depu-tado Ricardo Motta e a secretária extraordi-nária da Cultura, Isaura Amélia Rosado.

Em todas as entidades visitadas fomos re-cebidos de braços abertos, e com inegável en-tusiasmo por parte dos anfitriões. Isso se deveà notória respeitabilidade ao nome do IHGRN,a mais antiga Instituição cultural de nosso Es-tado e uma das mais antiga do Brasil.

As sementes foram lançadas à terra. Acolheita está por vir. Esperamos que seja rá-pida e profícua, para que possamos dividi-lacom todos os que nos procuram, através deurgentes e necessárias melhorias na estruturafísica e intelectual da Casa da Memória.

Reativamos nosso blog -www.ihgrn.blogspot.com, que está sendo ali-mentado com texto, fotos e informações denossas atividades junto ao IHGRN.

Esperamos continuar contando com a co-laboração de todos: governos, empresários, en-tidades públicas, privadas e população em geral.

O IHGRN é uma entidade privada, per-tencente ao povo do Rio Grande do Norte,guardião de um patrimônio de mais de 400anos, principalmente de nossa história, e quese encontra permanentemente a disposiçãode todos os que nos procuram.

Arecuperação do IHGRN é urgente e deresponsabilidade de todos. Este é o pensa-mento da nova diretoria.

Artigo ADAUTO MEDEIROS, engenheiro civil e empresário([email protected])

Vi ou ouvi recentemente um depu-tado do PSOL, dizer o seguinte: "en-quanto não fizermos a reforma tributá-ria teremos que fazer uma nova legis-lação para taxar as grandes fortunas".Essa frase mostra com tintas garrafaisa visão econômica do político brasilei-ro. Coloco sim do "político brasileiro"como um todo. É a nossa herança con-tra a riqueza, como se riqueza represen-tasse e fosse sinônimo de mal.

O incrível é que a ex-União Sovié-tica ruiu literalmente e totalmente(como tem gente que ainda acreditaem esquerdismo, pelo amor de deus?)por falta de riqueza e de quem soubes-se fazer dinheiro e fortuna.

Agora esse retrógrado do PSOLesquece que quem gera riqueza e em-prego em um país é a iniciativa priva-da e ainda não se descobriu outra fór-mula de como gerar emprego sem di-nheiro. Claro, que na mentalidade delee dos políticos, só se acabar com o di-nheiro, mas dos outros, e não os deles.

O que me consta é que esse depu-tado deve saber que gerar ou para gerarmuitos empregos a começar pelo dele,com a dezena de assessores que eledeve possuir, muito bem remunera-dos, com certamente apartamentos fi-nanciados, e com o deputado com di-reito a passagens de avião semanal,viagens internacionais frequentandobons restaurantes, esse dinheiro sai dobolso de quem produz e do trabalha-dor que ganha o salário mínimo.

Mas esse deputado talvez deva co-nhecer algum sistema que possa geraremprego sem capital e se ele souber

que nos diga, que nos ensine, que nãoesconda. Quem sabe ele saiba a tãosonhada medida, ou fórmula e se assimdescobrir claro que o deputado subiráao panteão dos deuses, e quando esti-ver lá eu serei o primeiro da fila paraadorá-lo.

Agora espero que o deputado doPSOL diga como se elege um deputa-do no Brasil e de onde vem o dinhei-ro. Ou será que não tem dinheiro? Tal-vez no caso dele como milagreiro venhade algum santo, e, portanto deve ser di-nheiro "sem pecado". Será que o dinhei-ro que o faz eleger-se vem do trabalha-dor? Trabalhador que o sustenta emtantas mordomias? Não seria mais justomelhorar o salário mínimo do que taxarainda mais as grandes fortunas?

Agora cabe outra pergunta: comodefinir o que vem a ser uma grande for-tuna? Acho, na minha humildade, queeste deputado como de resto todos osoutros, devem ser taxados como tam-bém por serem uns cidadãos que temdireito a grandes fortunas, inclusive agrandes mordomias.

Entendo que rico não é só quemtem dinheiro privado, mas aquele quecomo V. Excelência vive como donode uma grande fortuna que é um man-dado parlamentar. Deputado trabalhemais, lute mais para diminuir os gas-tos com a Câmara Federal dinheiroque como todos sabem vem da contado contribuinte que ganha um saláriomínimo. Vossa Excelência para viverbem não precisa tomar o dinheiro dosricos, apenas precisa tomar menos dospobres.

Como em um jogo de xadrezArtigo LAURENCE BITTENCOURT, jornalista

([email protected])

A sensação que eu tenho acompa-nhando as primeiras jogadas do tabu-leiro para a disputa presidencial dopróximo ano, é que teremos uma dasmais acirradas disputas pelo cargo.Vai ser uma das eleições mais concor-ridas e disputadas.

Digo isso, reafirmo, com base nosprimeiro movimentos dos prováveiscandidatos ao cargo. Em se confirma-do os nomes, teremos como candida-tos a presidência da República, a atualpresidente Dilma Rousseff, MarinaSilva (sua segunda vez como candida-ta), Fernando Gabeira, o senador AécioNeves e o atual governador do Esta-do de Pernambuco, Eduardo Campos.

Obviamente que ainda falta umbom tempo até as eleições e muitaságuas irão rolar por baixo da ponte. Noentanto, a favorita sem dúvida conti-nua sendo a atual presidente DilmaRousseff, isso se levarmos em contao nível de popularidade que a mesmadetém, através das pesquisas de opi-nião pública.

A questão toda com relação àDilma reside na diferença entre os ín-dices de popularidade da mesma apon-tada pelos Institutos de Pesquisas e ospercentuais que a mesma apresentaquando confrontada com os outrospossíveis candidatos ao cargo. Na pes-quisa que mede a popularidade, Dilmacontinua em alta, no entanto, quandoconfrontada com os demais postulan-tes ela aparece com um pouco acima

dos 50% na preferência. Esses dados apontando e mostran-

do diferenças não são irrelevantes. Aocontrário, na minha avaliação. E épreciso levá-los em consideração. Epor quê? Porque no confronto com osdemais postulantes, por exemplo, apossibilidade de segundo turno nãofica distante.

Claro também e isso na minhaavaliação, que a presidente Dilmacontinua sendo a grande favorita nadisputa do próximo ano. Sem dúvi-da. Mas também é claro que muitaágua ainda vai rolar por debaixo daponte das eleições presidenciais. Etudo que se diz agora, não passa deespeculação.

De qualquer forma mesmo sendoespeculação, é preciso esperar as pró-ximas rodadas de pesquisa para sen-tirmos se se confirma uma "tendên-cia". Mas continuo achando que estaserá uma das mais acirradas campa-nhas presidenciais.

A força do governo, a publicida-de (chamada de gratuita, mas que naverdade é bancada mesmo pelo con-tribuinte) do governo, são fatores queestão do lado da atual presidente. Masa subida da inflação, as hesitações dogoverno com as taxas de juro e as cri-ticas da oposição correm em sentidocontrário. As peças do jogo apenas co-meçam a ser mexidas. Como no xa-drez, sabemos como começa, mas nãocomo termina.

Carta

Sr. Editor:Domingo na piscina do Ocean Pa-

lace ciceroneando casais amigos doRio e Brasília estive com minha primano segundo grau Denise. Sempre umenorme prazer, alegria e recordações.Falamos muito na minha saudosíssima,adorada e inesquecivel mãe Gipse suaprima legitima. Arnaldão sempre bemhumorado, Arnaldinho/Ariane, Ruy eSessezão sempre falando no Vascãodeles, rsrs. Marizinha e Heméterio Gur-gel com seu papo agradabilíssimo esempre um jornalista sincero e muitobem informado. Felipe Maia e Natá-lia casal simpático, amizade de famí-lia, pois meu pai, minha mãe meusavós já eram amigos do Dr. TarcisioMaia e Dona Tereza seus avós e eusou amigo de infancia do pai e dos tiosde Natália ou seja, a familia Barbosaque inclusive teve Rui presidente doABC. Dia feliz, energia positiva, o solse foi e o papo ficou. O ponto culmi-nante do sucesso é quando se conse-gue ser competente sem perder a éticae você prima Denise, consegue ser sim-ples sem perder a nobreza e conseguedesfrutar do luxo sem perder a simpli-cidade. Continue essa pessoa maravi-lhosa e humana que você é. Resolvi es-crever porque ouvi na casa de NelsonRodrigues Filho lá no Leme do genialMário Lago: "Montenegro aprenda quepalavras ditas serão ouvidas, palavrasescritas serão eternizadas". Por fimhoje é aniversário do Rei Roberto Car-los que a exemplo de Airton Sena sem-pre agradece tudo a Deus em todos osmomentos. E de tantos fãs em Natal

cito minha queridíssima irmã Madale-na, prof Normando Bezerra, meuamigo Chico do Bar do Rei no bairroDix-Sept Rosado, Arnaldo Pires, minhatia Suely Afonso entre milhares ... Ter-mino registrando que a cerca de um anoeu estava em Angra na casa de Zé Bo-nifácio o Boni pai de meu amigo Diogoquando desce um helicóptero era o ReiRoberto Carlos muito bem acompa-nhado. Eu ao ser ser apresentado lhedisse: "Rei o senhor em Natal semprefica no hotel de uma prima minha. Eleme interceptou e foi logo dizendo:"Então voce é primo da Denisinha?Mande um beijo para ela." Transcre-vo palavras textuais dele.

Denise que Deus lhe proteja emuito obrigado por tudo que falousobre minha idolatrada mãe. Se hoje édia do índio, é também dia de Rei.

Agradecendo a Nossa Senhora epelas curvas das estradas da vida vamosolhando além do horizonte sem esque-cer nossos queridos velhos nossos ami-gos. Cavalgando por todas as noitessem nunca esquecer as ladies nem asLauras, dizendo às nossa vidas comoé grande nosso amor por você e se-guindo a luz divina ao lado dos ami-gos de fé irmãos camaradas todos nósagradecemos e afirmamos Jesus Cris-to nós estamos aqui. Nós súditos do Reilhe desejamos feliz aniversário e claro,se só pensei ou escrevi, muitas emo-ções eu senti.

CID MONTENEGROFILHO DE GISPSE E ANTONIO MONTENEGRO

([email protected])

DENISE PEREIRA GASPAR, DEPOIMENTO

Page 3: FLIP  19/04/2013

Sexta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 19 de abril de 2013Política

Túlio [email protected]

AGNELOLúcida e dura a entrevista do

deputado Agnelo Alves a respeitodo Governo Rosalba Ciarlini. O paide Carlos Eduardo bateu pesado nainoperância da classe política dian-te da seca e revelou o que pensa arespeito da atual gestão: Abaixo dosofrível.

VOTOAgnelo Alves também abordou

a eleição 2014 e disse que poderávotar em Robinson Faria para gover-nador. Crítico como é, a posição deAlves ganha relevo no atual cená-rio.

ARMADILHAO deputado Henrique Alves ofi-

cializou a armadilha feita pela pró-pria governadora Rosalba Ciarliniem relação às eleições 2014. ARosa,de olho nas verbas de Dilma, disseque votaria na reeleição da presi-denta. Henrique disse isso aos líde-res nacionais do PT e do PMDB.

ARMADILHA IILógico que os presidentes do

PT e do PMDB não acreditaram quea Rosa poderá votar em Dilma, masmanter essa declaração pública, des-moraliza o presidente nacional doDEM, José Agripino, que faz siste-mática oposição ao PT e ainda pro-

duz uma nova desculpa para Hen-rique tirar o PMDB do RN do Go-verno Rosalba, quando esta nãocumprir o que prometeu.

SUPERPor falar em Henrique, o gêmeo

de Ana Catarina está se transfor-mando no Super Henrique, o salva-dor do RN. Aliás, o petista e poetaCrispiniano Neto, ironizou a parti-cipação de Henrique em tudo quan-to é problema no Estado, sempreaparecendo com a solução que nãochega nunca, mas produz grandesmanchetes.

MEGASegundo Crispiniano, "proble-

mas na Petrobras, Henrique liga jápara Graça Foster e resolve; Secamatando o rebanho potiguar. Hen-rique vai achar a solução, mesmotendo estado em quase todos os go-vernos desde que nasceu e nuncatenha apresentou solução concretapara a convivência com as secas;Falta água nas cidades do Alto Oeste.Não precisa esquentar, Henrique vaiconseguir uma adutora expressa".

MASTERCrispiniano Neto continua seu

belo texto sobre Henrique: "Agro-pecuaristas com problemas de ne-gociações no BNB. Não precisa

aperreio. O Super-Henrique, sozi-nho, vai comer espinafre ou esfre-gar a kriptonita com as mãos e eisque as contas estarão todas negocia-das. Engarrafamento na Reta Taba-jara… Besteira. Henrique mandaduplicar. Servidores do Estado estãocom planos de cargos e carreirastravados por Rosalba, aliada de Hen-rique, que tornou-se seu maior pa-drinho e compõe o Conselho Polí-tico do seu governo, promete ajuda.Dois meses depois não sai nada,mas a fé em Santo Henrique nãopode fraquejar".

CONABA coluna recebeu e-mail da Su-

perintendência da Conab no RN:"Em resposta à nota publicada noJornal de Hoje na coluna do jorna-lista Túlio Lemos, a Superintendên-cia Regional do Rio Grande do Norte(Sureg/RN) da Companhia Nacionalde Abastecimento (Conab) tem in-teresse em lembrar que esta entida-de é, no momento, o único órgãoque está procurando minimizar osefeitos da seca na vida do homemno campo por meio de ação de dis-tribuição de alimentos e insumos".

CONAB IIContinua a nota da Conab:

"Em nenhum momento o corpode colaboradores da Conab foi in-

competente, pois todos estão sedoando além de suas limitaçõespara atender a demanda de pro-dutores rurais necessitados no Es-tado", acrescenta o Superinten-dente da Regional, João MariaLúcio da Silva. Também lembra-mos que a detenção do DeputadoCição Bandido não foi uma inicia-tiva da Conab e sim da PolíciaMilitar, responsável por manter aordem e a segurança dos cidadãosda região. A polícia agiu no mo-mento em que o cidadão impediuos criadores de obter o milho,quando depositou a carcaça doanimal na entrada do prédio em-presa. Isso acabou por atrapalharo trabalho dos empregados daCompanhia e os clientes damesma. Além disso, alguns cida-dãos se sentiram incomodadoscom o protesto, pois este causoutranstorno devido a fedentina dacarne do animal em decomposi-ção. Isso fez com que alguns delesentrassem em contato com a po-lícia para que se resolvesse o pro-blema. A denúncia não foi feitapor parte da Conab".

RESPOSTAAs carcaças de animais mortos

em todo o interior do RN são a me-lhor resposta do quanto a Conab temsido 'competente' em seu papel.

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

A Prefeitura de Natal, pormeio do prefeito Carlos EduardoAlves, do PDT, assinou na manhãde hoje, na Casa da Indústria, aadesão oficial da gestão munici-pal ao Movimento Brasil Compe-titivo (MBC), que permitirá, entreoutras ações, a contratação da con-sultoria Falcone, por R$ 4 mi-lhões. Segundo o prefeito, a in-tenção dessa medida é recuperara capacidade de investimento daPrefeitura e se pedender do que aprópria Falcone prevê, Natal de-verá ter um ganho de, aproxima-damente, R$ 100 milhões com a“modernização da gestão que elairá proporcionar”.

“Em torno de 5 a 10% de au-mento de receita e 5 e 10% na re-dução da despesa. A gente tem que

validar porque muitas das infor-mações são dados publicados nabase de publicação de 2011, podeser que durante o ano de 2012, narealização do orçamento, teve al-guma alteração, então no início doprojeto a gente valida essas basese valida essas metas, por isso quefica em torno desse percentual”,afirmou Mirza Quintão Utsh, queao lado do consultor Cristián An-drés Carranza, representaram aFalcone no evento de hoje.

Esse “milagre” da multiplica-ção dos recursos para os cofres dagestão municipal, na verdade, se-gundo a consultoria, será realiza-do por, no máximo, oito pessoase terá a duração de 12 meses - seo prefeito aceitar a proposta damaneira integral como ela foi feita.

Segundo os representantes daFalcone, não haverá corte de pes-soal, apenas reduções de despesas

como telefonia celular, energia,entre outras possibilidades. Os re-sultados vão ser apresentados se-manalmente para o prefeito CarlosEduardo Alves, para avaliação e aaprovação. Uma vez por mês, oMBC vai participar do encontropara analisar se as metas estãosendo cumpridas e permitir - ounão - o pagamento a consultoria.

É importante lembrar que aFalcone já atua, neste momento,em Mossoró, desde que a prefei-ta Cláudia Regina, do DEM, as-sumiu. Contudo, a ligação daconsultoria com a capital do Es-tado pode ser traduzida por outrasituação: Cristián Andrés Car-ranza mora aqui há sete anos echegou até a negociar com a ex-prefeita Micarla de Sousa (PV),a implantação da consultoria nacidade. A negociação, porém, nãoprosperou.

Falcone prevê ganho de R$ 100 milhões para Prefeitura de Natal com consultoria

Consultores da Falcone, Mirza Utsh e Cristián Carranza, conversam com Carlos Eduardo: negociação ocorre desde dezembro

SEGUNDO CONSULTORES, RECEITA PODERÁ SER AUMENTADA DE 5% A 10%; DESPESA CAIRÁ NO MESMO PERCENTUAL

A partir de hoje, Natal começa,efetivamente, a recuperar a sua ca-pacidade de investimento perdida. Aafirmação é, integralmente, do pre-feito Carlos Eduardo Alves, do PDT,que pela manhã assinou a adesão aoMovimento Brasil Competitivo(MBC) e programa, para a próximasemana, o acerto com a consultoriaFalcone. As duas medidas, segundoo gestor municipal, são fundamen-tais para a profissionalização da ges-tão porque, sem isso, não há recu-peração da capacidade de investi-mento e, consequemente, não hácomo administrar a cidade.

“Tem uma coisa fundamental nagestão que é a sua capacidade de in-vestimentos, que levamos a efeito osnossos projetos, nossos programase as nossas obras para resolver osproblemas das pessoas. Sem isso,não há gestão, não há administração.O camarada desiste de pagar por-que não há contrapartida. O cida-dão está pagando e a cidade não estámelhorando. Como é esse negócio?Está gastando mal esse dinheiro,para onde está indo esse dinheiro?”,questionou o prefeito antes de ofi-cializar a adesão ao MBC.

Apreocupação de Carlos Eduar-do com a necessidade de recuperaressa capacidade de investimento nãoé à toa. Segundo o próprio prefeito,Natal tem hoje um poder para inves-tir que gira em torno dos R$ 700mil mensais, o que “mal dá para

tapar buracos”, conforme ele mesmoacrescentou.

“Em 2008, Natal chegou a inves-tir 17% da sua receita bruta do mu-nicípio e encontramos hoje um in-vestimento de menos de 2% e, pior,um débito de meio bilhão de reais”,analisou o prefeito, ressaltando quealém dos problemas financeirosainda existe a questão das dívidaspara dificultar a administração. Claroque o ganho não vai ser imediato,como prevê o próprio prefeito. Aparticipação no MBC e a ação daconsultoria, segundo Carlos Eduar-do, será prevista pelos cofres públi-cos com a regularização da capaci-dade de investimento, provavelmen-te, “lá pelo terceiro ano de gestão”.

MBC E FALCONESegundo ele, ao aderir ao MBC,

será possível “fazer a reforma ad-ministrativa, fazer a auditoria nafolha, melhorar a receita, sem au-mentar os tributos, e também me-lhorar o nosso gasto”. “O MBC temuma larga experiência exitosa nosentido de preparar o poder publi-co no sentido que ele seja uma má-quina racionalizada e eficiente”,acrescentou.

Em outras palavras, é possíveldizer que o MBC, como o diretor-técnico do Movimento, Sérgio Al-buquerque esclareceu, é uma “or-ganização social” que tem atuaçãoàs avessas, ou seja, tira dinheiro da

iniciativa privada para colocar napública. Basicamente, é mantido poruma série de empresas grandes doBrasil e do exterior e, mensalmen-te, apresentará medidas e projetosque poderão ser aplicados e implan-tados na gestão municipal.

Segundo Sérgio Albuquerque, aação continua como forma de par-ceria, tanto “com a experiência queo empresário pode levar para a ges-tão pública”, quanto com “projetos

que melhoram as arrecadações pú-blicas e dão mais capacidade a in-vestimentos”. E, nesse ponto, a Pre-feitura terá que investir sim, mastudo com um considerável retorno.Segundo o MBC, é possível dizerque a cada R$ 1 investidos em açõespropostas pelo Movimento, se temum retorno de R$ 200 em receita, emprojetos, em medidas.

Por exemplo, ao entrar no MBC,a Prefeitura “ganha” automatica-

mente a possibilidade de conversare negociar com a consultoria Fal-cone, uma das mais populares doBrasil, para realizar uma série demudanças na máquina pública. OMBC não leva nada por isso, mas aFalcone deve receber, pelo trabalho,R$ 4 milhões.

É importante lembrar, como fezquestão de ressaltar Sérgio Albu-querque, que o trabalho do MBCtambém será sentido nas próximas

gestões e não tem ligação algumacom poder político partidário.

REFORMAADMINISTRATIVASegundo Carlos Eduardo, a re-

forma administrativa que estava pre-vista para ser apresentada ainda nestasemana na Câmara Municipal deNatal, será adiada para maio, paraque a consultoria possa analisá-la eapontar quais as melhores formasde trabalho.

“Pela necessidade, já está pron-ta (a reforma administrativa), pelanecessidade, porque assumimosem meio a grandes necessidades eprecisávamos implantar uma re-forma e contamos com o bom qua-dro técnico da prefeitura. Já estápronto, mas achamos melhor es-perar o exame da consultoria por-que dessa forma a gente aperfeiçoae melhora. Então é preciso fazeras coisas da melhor forma possívele como temos um prazo de fazerisso dentro dos primeiros seismeses de gestão, está tudo dentrodo prazo”, analisou.

Além da reforma administrativa,a consultoria da Falcone vai serusada também para fazer uma audi-toria na folha de pagamento e umaanálise na condição da receita e dadespesa. “Numa fase posterior, atéporque não temos mais recursos,vamos chegar à educação, saúde,meio ambiente e urbanismo, trânsi-to e transporte”, revelou o prefeito.

Carlos Eduardo explica necessidade de melhorarpoder de investimento: “Sem isso, não há gestão”

Carlos Eduardo acredita que Natal terá uma capacidade de investimento “boa” somente no terceiro ano de governo

Alex Régis/Divulgação

Alex Régis/Divulgação

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Sexta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

A ambição de crescer

JAOQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O vereador Chagas Catarino in-formou na manhã de hoje que vaiconvidar os deputados RicardoMotta e Raimundo Fernandes paraque ambos filiem-se ao PP, após terque deixar o PMN devido à recentefusão da legenda com o PPS dandoorigem a um novo partido denom-inado MD (Movimento Democráti-co), que será presidido no RioGrande do Norte pelo deputado An-tonio Jácome. "Ricardo Motta é umbom quadro da política do nossoEstado, realiza um excelente tra-balho na presidência da AssembleiaLegislativa e exerce uma forte lid-erança política no Rio Grande doNorte, daí ser importante sua filiaçãopara fortalecer mais ainda o PP.Raimundo Fernandes é tem umagrande liderança na região Oeste

do Estado e certamente contribuirápara o crescimento do nosso par-tido", disse o vereador.

Chagas Catarino ressaltouainda, a necessidade do PP iniciarrapidamente um trabalho de reor-ganização e criação de diretóriosmunicipais e filiação de novas lid-eranças com vistas às eleições dopróximo ano quando o Partido Pro-gressista pretende eleger um dep-utado federal, que segundo ChagasCatarino, deverá ser o vereadorRafael Motta e três deputados es-taduais, entre eles, o atual presi-dente da Câmara Municipal deNatal, vereador Albert Dickson. "OPP é atualmente muito representa-tivo na capital com 4 vereadores etem como um dos seus objetivosprincipais interiorizar suas açõespolítico/partidárias, elegendoprefeitos, vice-prefeitos evereadores em eleições futuras" ,

afirmou o pepista

NOVA DINÂMICAO vereador Chagas Catarino

ressaltou também, o novo coman-do do PP no Estado através da as-censão à presidência do partido dovereador Rafael Motta, que segun-do lembra, é um dos representantesda nova geração de políticos do RioGrande do Norte. "Rafael é umjovem vocacionado e disposto aliderar um movimento de renovaçãodo partido, seus métodos e práti-cas", disse o vereador, lembrandoque o PP voltará a ser o partidoforte e representativo do tempo dodeputado Nélio Dias que projetouo Partido Progressista local e na-cionalmente.

FUSÃOO atual presidente do PMN,

deputado Antonio Jácome anun-

ciou que assumirá a presidência doMD - Movimento Democrático,partido que substituirá os extintos,PMN e PPS. Quem informa é oatual presidente do Diretório Mu-nicipal do PMN, vereador Jacó Já-come. "Não é uma fusão opor-tunista, nem tampouco o novo par-tido estará junto do governoaproveitando das suas benesses",disse o vereador, reiterando que oMD será um partido de oposição aogoverno Dilma Rousseff.

O vereador conclui dizendo queos novos dirigentes partidários con-vocarão representantes de di-retórios para discutir a realidade dopartido nos diversos municípios doRio Grande do Norte com o en-tendimento de que o MD deve serfortalecido com vistas as eleiçõesde 2014 a outros projetos políticospara o futuro após as próximaseleições.

Vereador Chagas Catarino convida Ricardo Motta para se filiar ao PPALÉM DO PRESIDENTE, OUTROS DEPUTADOS PODEM IR PARA NOVA LEGENDA

Um projeto de autoria dovereador Rafael Motta (PP), sub-scrito pelo vereador Adão Eridan(PR), que transforma uma entidadepré-militar como de utilidade públi-ca causou polêmica e discussões nasessão da última quinta-feira na Câ-mara Municipal de Natal, princi-palmente entre os vereadores dabase aliada do prefeito Carlos Ed-uardo e os oposicionistas, AmandaGurgel (PSTU), Sandro Pimentel eMarcos Antonio, ambos do PSOL.Rafael Motta explicou que o gruporealiza um trabalho educativo nasescolas através de gincanas, expe-dições e é aceito pela sociedade, daía iniciativa de apresentar o projeto.

E continuou o vereador do PP:"É um comando pré-militar quepresta bons serviços à sociedade. Ja-mais arriscaria meu nome se nãotivesse convicção do que estouafirmando", disse ele, concluindo:"É demagogia barata dizer que nãovota porque não conhece a institu-ição",ressaltou Rafael Motta, de-pois da declaração de voto dosoposicionistas. Amanda Gurgeldisse que votaria contra porque nãoconhecia a instituição, daí ter so-licitado o adiamento da votação,enquanto Sandro Pimentel avaliaque projetos estão sendo aprova-

dos na Câmara Municipal sem nen-hum critério. Ele disse tambémvotar contra porque não conhece oprojeto apresentado por RafaelMotta. Marcos Antonio entendeque antes da aprovação de um pro-jeto os vereadores devem ter con-hecimento prévio da instituição.

ADÃO/AMANDAO vereador Adão Eridan, que

subscreveu o projeto de RafaelMotta, criticou novamente o posi-

cionamento da vereadora AmandaGurgel nos debates da Câmara Mu-nicipal de Natal, principalmentequando se trata de direitos humanos.Ele disse o seguinte: "não é avereadora Amanda Gurgel que vaimudar meu pensamento. Defendo,por exemplo, a diminuição da idadepara punir menores infratores queassaltam pessoas de bem e per-manecem na impunidade. A lei temque mudar. Nunca se viu ninguémdos direitos humanos visitar uma

família que teve uma pessoa as-sassinada", observa o vereador.

Favoráveis ao projeto dovereador Rafael Motta, pronuncia-ram-se os vereadores Felipe Alves,Hugo Manso, Aquino Neto, Ubal-do Fernandes e Maurício Gurgel."Esse projeto representa a conquistada cidadania e o resgate a quempresta serviços à sociedade", disseUbaldo Fernandes. O projeto foiaprovado com 15 votos sim, 02 nãoe 02 abstenções. (JP)

Chagas Catarino vai convidar oficialmente o presidente da Assembleia para o PP Ricardo Motta já afirmou que Partido Progressista é uma opção se não ficar no MD

> UTILIDADE PÚBLICA

Polêmica entre vereadores marcaaprovação de projeto na Câmara

Rafael defendeu a “utilidade pública” para grupo pré-militar Amanda foi uma das que se posicionou inicialmente contra

Dois objetivos lideram a escala de prioridades do PP para2014:

1. Eleger governadores (hoje, não tem nenhum);2. Ampliar as bancadas na Câmara dos Deputados

(ocupa 42 cadeiras) e no Senado (cinco representantes).O primeiro item subordina a aliança federal “e não o in-

verso”, conforme revelou ao birô da coluna o senador pi-auiense Ciro Nogueira, novo presidente nacional da sigla.

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Apesar da simpatia ao projeto da recandidatura de DilmaRousseff, Nogueira pretende “cumprir à risca” a estratégia elab-orada para o pleito do próximo ano. É possível que essa dis-posição leve os pepistas ao afastamento da aliança de apoioà reeleição da senhora Rousseff. Ou melhor, cada diretórioregional toma o caminho “que melhor se convier”.

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Um motivo de relevância: o PP é opositor do PT em MinasGerais e no Rio Grande do Sul, dois colégios onde temchance – relativa, sublinhe-se – de ganhar a chefia do Ex-ecutivo. Alberto Pinto Coelho, vice-governador do tucano An-tonio Anastasia (segundo mandato), no território mineiro. NoRio Grande do Sul, entra na disputa com a senadora AnaAmélia, popularidade em alta no estado.

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Ex-governador de Rondônia, Ivo Cassol, agora senador,pretende voltar ao poder no estado. Apesar dos deslizes éti-cos, é bom de voto. Em Alagoas, o também senador Bened-ito de Lira, é o nome de maior prestígio para concorrer à gov-ernança. No Piauí, sua terra, Ciro Nogueira trabalha paracooptar o tucano Sílvio Mendes e apoiá-lo para o governoestadual. Mendes é prefeito de Teresina.

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Na hipótese, improvável, de o deputado Esperidião Amin,ex-senador, aceitar a incumbência de concorrer ao governode Santa Catarina, é candidato com razoável viabilidade. Foiduas vezes titular do cargo; o mesmo se repetiu na prefeitu-ra de Florianópolis.

Direto ao pontoAs orelhas de Lula da Silva devem estar ardidas.Fernando Henrique Cardoso, antecessor do petista

no Palácio do Planalto, e Mario Vargas Llosa (foto),prêmio Nobel de literatura em 2010, sentaram à mesado almoço (quarta-feira) e do jantar (ontem), em SãoPaulo. Juntaram o útil ao agradável nos dois colóquios.Falaram de vida pública, livros, personagens da história(dos que gostam e dos que desgostam) e vinhos.

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O tucano não costuma elevar as críticas a Lula.Prefere fazer referências irônicas sobre ele, a quem in-centivou a ingressar na política partidária. O escritor pe-ruano é claro: tem má impressão do ex-líder sindical efundador do Partido dos Trabalhadores.

Considera-o politicamente desonesto e socialmentemistificador.

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Vargas Llosa participou na capital paulista do ciclode palestras Fronteiras do Pensamento.

Debateu o seu mais recente livro – “A civilização doespetáculo”.

Hoje, Llosa está em Porto Alegre, para encontrocom estudantes e escritores.

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Pós-escrito: o intelectual Mario Vargas Llosa, umliberal, foi candidato a presidente do Peru, em 1990, peloFredemo (Frente Democrática). Ganhou o primeiro turnoe, no segundo, foi derrotado por Alberto Fujimori, quese transformou em ditador e, na sequência, apeado dopoder e preso por crimes contra a vida de adversáriose o patrimônio público.

t O PMDB e o PT têmopinião comum a re-speito de Eduardo Cam-pos, o nome do PSB paraa sucessão presidencial.Ele não será candidatoe, se o for, fica retido namalha do primeiro turno.t Dia 7 de maio, na Câ-mara dos Deputados, de-bate a respeito de umapraga que se alastra noBrasil: corrupção policial.Antes do pergunta-re-sposta, explanação do se-cretário de Segurança doRio de Janeiro, José Bel-trame.t “É um golpe contra aliberdade”, declara Mari-na Silva, presidenciávelainda sem legenda,sobre as restrições deacesso dos novos par-

tidos aos recursos dofundo partidário e aohorário gratuito no rádioe na tevê.t Lúcia Vânia (PSDB-GO)é a nova ouvidora-geral doSenado. Sucede ao tam-bém tucano Flexa Ribeiro,da bancada paraense.t Quinta-feira (25), emFortaleza, o presidentenacional do PSD almoçacom o governador doCeará. Gilberto Kassabvai oferecer a Cid Gomeso comando da sigla noestado.t Para refletir: “Tentar pr-ever o futuro com base empesquisa é a mesma coisaque dirigir um carro ape-nas olhando no retrovisor”(Marshall McLuhan, filóso-fo e professor canadense).

Wellington RochaHeracles Dantas

Wellington RochaJosé Aldenir

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> CRÍTICA DE AGROPECUARISTA

Sexta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 19 de abril de 2013Política

O ex-presidente do PPS no RioGrande do Norte, agora membroda Mobilização Democrática (MD),nova sigla criada com a fusão doPPS com o PMN, Wober Júnior,declarou na manhã desta sexta-feira que o novo partido ainda nãotem presidente no Rio Grande doNorte. Ele afirmou que irá traba-lhar para que os integrantes tantode PPS quanto de PMN permane-çam unidos na nova legenda.

Entre esses representantes, des-taque-se o presidente da Assem-bleia Legislativa, deputado Ricar-do Motta (PMN), e os deputadosRaimundo Fernandes (PMN) e An-tônio Jácome, este último, presi-dente estadual do PMN.

Em entrevista ao Jornal deHoje, Wober Júnior desmentiu quetenha havido a definição quanto aquem exercerá a presidência daMD no estado. A informaçãochoca-se com as declarações de Já-come, dadas ontem em entrevista

ao "Jornal das Seis", da FM 96.Na ocasião, o deputado informouque participou de uma reunião coma direção nacional da nova legen-da e ficou decidido que ele presi-diria a MD no Rio Grande doNorte.

Segundo Wober Júnior, porém,está havendo um mal entendido daparte de Jácome. Isso porque, atéagora, apenas a direção e a comis-são executiva, nacionais, foramconstituídas. "Agora vamos cuidardos estados. Os estados vão teruma direção compartilhada. Comoé nacional, não tem nada designa-do em relação a nenhum estado",afirmou Wober.

Wober informou que irá con-versar com o ex-presidente esta-dual do PMN na semana que vem."Antonio Jácome não assumiu. Eleentendeu mal, ou entenderam mal.Não tem presidente da MD em ne-nhum estado no Brasil. Tem quehaver um ato formal para isso",

completou. Wober disse ainda que mante-

ve uma conversa preliminar com oatual presidente da Assembleia Le-gislativa, deputado Ricardo Mottae que deverá haver uma nova ro-dada de diálogo na semana quevem. "Conversei com Ricardo

Motta ontem. Foi uma conversamuita boa. Vamos continuar a con-versa ainda. Agora está todo mundofazendo análises, estudando a novarealidade. Porque é uma janela deoportunidade que foi aberta".

A janela a que se refere Woberdiz respeito ao que acontece quan-

do um partido é criado, ou quan-do há fusão de partidos. Nessescasos, detentores de mandato des-sas legendas podem trocar de siglasem o risco de perder o mandato.No caso de PMN e PPS, eventuaisgovernadores, prefeitos, vice-pre-feitos, deputados federais, sena-dores e vereadores dessas legen-das podem fazer uma nova opçãopartidária. Aos mandatários de ou-tras siglas também é aberta jane-la, desde que eles migrem para onovo partido criado.

A ideia geral do partido, se-gundo Wober Júnior, é criar nosestados uma estrutura para con-substanciar uma candidatura presi-dencial em 2014. "Esse é objetivopolítico imediato, da MD. Depoiscriar uma nova forma de se fazerpolítica, um conceito moderno, vol-tado para as novas correntes do sé-culo 21, a nova forma de se fazerpolítica no mundo", declarou sobreo que, segundo ele, é o primeiro

partido feminino no Brasil, 'a' Mo-bilização Democrática.

"Vou lutar e conclamo os ou-tros remanescentes do PPS e doPMN a também fazerem isso, paraagregar todos. Se vamos conseguir,é outra coisa. Mas vamos lutar paraconstituir uma legenda política elei-toralmente forte aqui no Rio Gran-de do Norte também", concluiu.

POSIÇÃO NO RNQuanto à posição da MD no ce-

nário político estadual, o ex-depu-tado estadual e ex-vereador de NatalWober Júnior afirmou que haveráum tempo para maturação. "O PMNapoia o governo Rosalba e o PPSera contra. Então vai haver um pe-ríodo de tolerância para que o novopartido constitua uma nova histó-ria, pode continuar apoiando o go-verno Rosalba, e eu vou continuarsendo oposição. Isso não vai des-merecer o partido porque o ajusteserá feito no caminhar". (AV)

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O agropecuarista Bira Rocha,que trabalhou como secretário dePlanejamento e Finanças durante ogoverno Garibaldi Filho (PMDB),afirma que, até agora, no que dizrespeito à seca, o governo RosalbaCiarlini (DEM) teve "muito discur-so e pouca ação".

Ex-presidente da Federação dasIndústrias (FIERN), Bira consideraque as ações que estão sendo discu-tidas, como a instalação de poços tu-bulares e construção de adutoras, sóterão serventia para a próxima seca.Para esta, emergencialmente, o essen-cial, segundo ele, é o custeio.

"O quadro da seca é dramático.Nunca teve na história essa seca.Aquele que tem 60 anos nunca tinhavisto uma seca dessas. Começou adizimar o rebanho", avalia Bira."Acho que existe muito discurso.Até boa vontade. Mas falta objeti-vidade para se tratar do emergen-cial, da salvação do rebanho", co-mentou.

O agropecuarista analisa nessemuito discurso e pouca ação se pro-põe instalação de poços e constru-ção de adutoras, coisas que só terãoefeito para a próxima estiagem."Ficam falando em construção deadutoras, de barragens, superficiaise submersas, de furar poço e insta-lar poço, tudo está perfeito, mas,para a seca que está por vir".

Para essa tem que ser o emergen-cial, defende Bira Rocha. "Não estátratando o emergencial como devia.Por exemplo, tem milho que chegada CONAB ou do governo do Es-tado para vender, ou as duas desti-larias estão vendendo cana, uma emPureza (Ipioca) e a outra em BaiaFormosa. Em ambos os casos, tantodo milho, quanto da cana, partem

do pressuposto de que o agropecua-rista tem dinheiro para comprar, tantoa cana quanto o milho. O problemaé que não tem".

Na visão de Bira, estando capi-talizado, o pecuarista sabe se virarpara comprar o que necessita para orebanho dele. "Porque tem forragemsecular, macambira, xique-xique, osodoro, cardeiro e baixeiro. Mas,

para isso, precisa ter capital paracomprar o gás, para queimar o espi-nho, para adquirir as ferramentas ru-dimentares, como enxada e foice, epara pagar a mão de obra, tanto adele quanto a do empregado".

O problema, portanto, é falta dedinheiro. "Emergencial é o custeio",afirma o pecuarista. E neste sentido,não interessa de onde venha a verba.

Pode ser até do governo do Estado.Mas o governo não afirma que estáquebrado? "E se o governo criaruma linha através da Agência de Fo-mento. Ou der aval para o bancoemprestar, estamos numa emergên-cia", alerta.

Na visão de Bira, é preciso saberlidar com a situação, e o governodo Estado não está sabendo, sejapor inexperiência, ou por não que-rer lidar. "Quando digo que o gover-no não está sabendo tratar, é nãosaber, não querer. Não vale a boaintenção, vale a ação. Se não cho-ver, vai chegar ao limite. A seca vaichegar no litoral, vai faltar água e ra-cionar Natal", diz .

Há três meses, Bira disse que senão chovesse haveria racionamen-to em Natal. Passado o período, nãochoveu e o quadro aponta para apossibilidade de racionamento deágua na região metropolitana. "Aísim a população ficará sensibiliza-da e vai verificar que a seca saiu dosertão e chegou ao mar. E não temninguém no governo sabendo lidarcom essa emergência", afirmou.

Bira Rocha avalia desempenho de Rosalba nocombate à seca: “Muito discurso e pouca ação”

Justiça suspende contrato e determinaque Estado assuma Hospital da MulherPARCERIA COM O INASE FOI SUSPENSA PELO JUIZ LUIZ ALBERTO DANTAS; GOVERNO TEM CINCO DIAS PARA ASSUMIR UNIDADE

Bira Rocha: “Quadro da seca é dramático. Se não chover, vai chegar ao limite” Seca tem matado rebanho no interior do RN, levando desespero a agricultores

> RACHA NA FUSÃO

Wober afirma: Antônio Jácome não será o presidente do MD

Wober diz que decisão sobre comando da legenda nos estados não foi tomada

O contrato do Governo do Es-tado para o Instituto Nacional deAssistência à Saúde e à Educação(INASE) administrar o Hospital daMulher, em Mossoró, está suspen-so. O juiz da 5ª vara da FazendaPública de Natal, Luiz Alberto Dan-tas Filho, revogou na manhã dehoje a decisão que já havia decre-tado a intervenção judicial na parce-ria entre a Secretaria Estadual deSaúde Pública (Sesap), e o Inase, edeterminou a suspensão do contra-to até o julgamento do mérito daação civil pública (movida peloMinistério Público) seja analisada.Dessa forma, o Inase fica isentoprovisoriamente de cumprir as obri-gações inerentes ao contrato e aSesap terá que reassumir, numprazo de cinco dias, as atividadese os serviços da unidade médica.

Além disso, a Justiça tambémautorizou a devolução ao Estadodo depósito efetuado em Juízo novalor original de R$ 2.382.673,18,acrescido de juros e correção sobreo capital aplicado. O valor seriausado como pagamento de um dosmeses devido ao Inase pela gestãoda unidade hospitalar.

A Sesap deverá ainda autorizaro pagamento, no prazo de dez dias,da remuneração proporcional pelosdias trabalhados, devida ao inter-ventor e administrador provisórioMarcondes de Souza DiógenesPaiva, assim como da indenizaçãocom todas as despesas realizadascom o deslocamento e permanên-cia na cidade de Mossoró (trans-porte, hospedagem, alimentação,

etc.); cancelar a Conta Corrente, aConta Poupança Ouro e a PoupançaPoupex abertas no Banco do Brasilem nome do Inase. A governadoraRosalba Ciarlini e o secretário es-tadual de saúde devem ser notifi-cados pessoalmente para quetomem ciência da decisão e adotemas providências necessárias ao seuefetivo cumprimento.

Na decisão, o magistrado ex-plica que ao conceder parcialmentea medida liminar decretando a in-tervenção no contrato e entregan-do a administração provisória dasatividades executadas no Hospitalda Mulher, atendeu às peculiari-dades da situação, atendendo aoclamar expressados pela Procu-radoria-Geral do Estado, pelo Se-cretário Estadual da Saúde Públicae pelo próprio Ministério Público,todos ressaltando a necessidade derestabelecer de imediato o plenofuncionamento da unidade. Agora,porém, surgiu a necessidade derever o posicionamento anterior-mente adotado em virtude de al-guns acontecimentos que tornouinevitável essa nova decisão.

Entre esses acontecimentos, estáa abertura de uma conta no Bancodo Brasil em que foi assinado emnome do Inase o interventor Mar-condes de Souza Diógenes Paiva.O fato gerou inconformismo porparte do Inase, que propugnou queas contas não sejam em nome do In-stituto, que não poderá assumir a re-sponsabilidade por ato praticadopor terceiro estranho aos seusquadros, ainda que um colaborador

do Poder Judiciário.Além disso, logo após a publi-

cação da decisão de intervenção ju-dicial, o Inase peticionou re-querendo a partir daquele momen-to sua desobrigação com a exe-cução do contrato de gestão, trans-ferindo essa responsabilidade parao Estado, através do interventornomeado, o mesmo fazendo ao de-nunciar a rescisão do contrato per-ante o Secretário de Estado daSaúde Público, sob o fundamentodo atraso no pagamento das parce-las mensais por mais de 90 dias,inviabilizando sua atuação na exe-

cução dos serviços.“Portanto, ao meu compreen-

der, como já o expressei na decisãoanterior, tornou-se impraticável, in-exequível e inapropriada a per-manência do Instituto para contin-uar desempenhando as atividadesadministrativas de gerenciamentodos serviços de saúde desenvolvi-mento no Hospital da Mulher deMossoró; assim recomenda o bomsenso e a razoabilidade em prol detodos. Não tem sentido manter onome da instituição privada nosnegócios do interesse maior da co-letividade. Por conseguinte, a

solução momentânea é autorizar oafastamento do Inase do contrato,como de fato almejam os demais in-teressados, e transferir a respons-abilidade pela efetivação dosserviços de saúde à população aoente Estado”, destacou o juiz LuizAlberto Dantas.

O magistrado explicou que ex-cluindo o Inase para prosseguir pre-stando os serviços de saúde no Hos-pital da Mulher poder-se-ia lançarmão da alternativa de contar coma própria Unidade, com a partici-pação do administrador nomeadopelo Justiça, para realizar direta-

mente essas atividades, entretantose constatou que o hospital não ex-iste como pessoa jurídica e, por-tanto, não podendo ao menos teruma conta bancária para movi-mentação financeira como o rece-bimento de créditos e pagamento dedébitos.

Não existe como pessoa jurídi-ca, que possa integrar uma relaçãojurídica como detentora de direitos,deveres e obrigações e não possuisequer o Cadastro Nacional de Pes-soa Jurídica (CNPJ) perante o Min-istério da Fazenda. Ao se registrarno Cadastro Nacional de Estab-elecimentos de Saúde do Ministérioda Saúde, o Hospital da MulherParteira Maria Correia utilizou arazão social da Secretaria Estadualde Saúde do Rio Grande do Norte.

Outro aspecto interessante quepoderia até motivar o fechamentodo Hospital da Mulher de Mossoró,é que foi constatada pela Comissãode Controle Interno da própria Sec-retaria da Saúde do Estado, quenão existe ou não foi localizadoAlvará Sanitário para o funciona-mento do Hospital. “Assim sendo,a única alternativa desembaraçadano momento é o Estado do RioGrande do Norte, por intermédio daSecretaria da Saúde Pública, reas-sumir imediatamente os serviçosprestação à população pelo Hos-pital da Mulher Parteira Maria Cor-reia, em Mossoró, aliás, por im-posição legal, assunto este já dis-corrido no contexto da decisão an-terior por mim proferida”, deter-minou o magistrado.

Desde sua inauguração, em março de 2012, Hospital da Mulher tem sido gerido por organizações sociais e nunca pelo Estado

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José AldenirHeracles Dantas

Heracles Dantas

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Sexta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Cidade

ROBERTO CAMPELLO

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Depois de duas semanas de si-tuação caótica e superlotação, aMaternidade Escola Januário Cicco(MEJC) conseguiu, nesta quinta-feira (18), transferir cinco recém-nascidos, que ocupavam uma dassalas do centro cirúrgico obstétri-co, para o Hospital Doutor JoséPedro Bezerra, conhecido comoHospital Santa Catarina. Com isso,uma das duas salas do centro cirúr-gico obstétrico que estava ocupa-da por leitos de UTI Neonatal im-provisada foi liberada e a partir dapróxima segunda-feira, as cirur-gias eletivas ginecológicas serãoretomadas. No entanto, uma sala docentro cirúrgico e o Centro de Re-cuperação de Operados (CRO) con-tinuam interditados, pois ainda háoito recém-nascidos além da capa-cidade da Maternidade.

A diretora médica da Materni-dade, Maria da Guia de Medeiros,conta que os cinco recém-nascidosforam transferidos para o HospitalSanta Catarina dentro da incubado-ra da MEJC. "Os bebês foramtransferidos com todo o materialda Maternidade. O Hospital SantaCatarina só disponibilizou o espa-ço físico e os recursos humanos. Oclima começou a mudar, pois con-seguimos transferir esses bebês epoderemos reativar, pelo menosuma das salas do Centro Cirúrgi-co, mas a nossa luta ainda continua,pois queremos zerar a quantidadede bebês nessas UTIs improvisa-das", destacou a diretora.

A direção da Maternidade Es-cola Januário Cicco, junto com aProcuradoria Federal, está traba-lhando na elaboração de um docu-mento para restringir a porta de en-trada da maternidade. "Isso agorajá é fato. Precisamos restringir oatendimento para que possamos

atender a nossa missão de ensino,atender a nossa capacidade insta-lada e fazer os partos de alto risco,que são a nossa especialidade. Pre-cisamos atender apenas aquilo queé de nossa responsabilidade", disseMaria da Guia Medeiros.

Na semana passada, o centrocirúrgico obstétrico da Maternida-de Escola Januário Cicco foi trans-formado em Unidade de TerapiaIntensiva (UTI) Neonatal impro-visada. As duas salas de cirurgiase o Centro de Recuperação de Ope-rados (CRO) do local foram, aolongo do último mês, desativadose ocupados por 10 leitos de UTINeonatal. Desde então, aproxima-damente 50 cirurgias eletivas gine-cológicas deixaram de ser realiza-

das na maternidade. Como o cen-tro obstétrico será reaberto, a Ma-ternidade voltará a realizar a rea-lizar as cirurgias ginecológicas apartir da próxima segunda-feira(22).

A UTI Neonatal da Maternida-de possui 20 leitos, todos lotados.Com a alta demanda na maternida-de, o número tornou-se insuficien-te. Sem outra alternativa, a dire-ção do hospital optou por transfor-mar o centro cirúrgico obstétricoem outra UTI. O centro cirúrgicoobstétrico funcionava no segundoandar da maternidade e era forma-do por duas salas de cirurgias e umCRO. Lá, eram realizadas, entreoutras, cirurgias de laqueadura tu-bária, perineoplastias e histerecto-

mias abdominais e vaginais. Aospoucos, o local foi desativado. Comcapacidade para 20 bebês, a Mater-nidade chegou a ter 33 recém-nas-cidos internados.

Essa semana, o titular da Secre-taria de Estado da Saúde Pública(Sesap), Luiz Roberto Fonseca, vi-sitou a maternidade. Membros doMinistério Público Estadual (MPE)e Ministério Público Federal (MPF)também estiveram no local a con-vite do diretor geral. Segundo odiretor da MJEC, o titular da Sesapinformou durante a visita à mater-nidade que vai providenciar, aindanessa semana, a abertura dez lei-tos de UTI neonatal na rede esta-dual de saúde pública. No entan-to, apenas os cinco leitos do Hos-

pital Santa Catarina, foram dispo-nibilizados e não há previsão daabertura dos leitos do Hospital daPolícia. Para a abertura dos leitosdo Hospital da Polícia Militar seránecessário uma parceria coma Se-cretaria Municipal de Saúde (SMS)de Natal, que ficará responsávelpela equipe de neonatologistas.

PACTUAÇÃOO grande problema da superlo-

tação das maternidades de Natal,principalmente a Maternidade Es-cola Januário Cicco e o HospitalSanta Catarina, é a alta demanda depacientes oriundos do interior doEstado. Os municípios, através daProgramação Pactuada Integradade Vigilância em Saúde (PPI), pac-

tuam a quantidade de procedimen-tos obstétricos, partos e cesáreas,com a Prefeitura de Natal. O pro-blema é que os municípios estãoencaminhando pacientes além daquantidade pactuada.

O município de Ceará Mirimpactuou com Natal 153 procedi-mentos obstétricos, no entanto, omunicípio enviou 491 partos e ce-sáreas para o Hospital Santa Cata-rina. O município de São José deMipibu pactuou 48 partos e cesá-reas para Natal, mas encaminhou196 gestantes para a MaternidadeEscola Januário Cicco. Canguare-tama pactuou 35 partos normais ecesáreas com o município de Natal,mas encaminhou 205 gestantespara Natal.

MEJC consegue transferir cinco bebês e cirurgiaseletivas serão retomadas na próxima 2a feira

APÓS IDA DOS RECÉM-NASCIDOS PARA O HOSPITAL SANTA CATARINA, CENTRO CIRÚRGICO DA JANUÁRIO CICCO FOI LIBERADO

Com oito bebês além da capacidade da Maternidade Januário Cicco, um centro cirúrgico e o CRO continuam interditados Segundo Dra. Da Guia, cerca de 50 cirurgias eletivas deixaram de ser realizadas

O Governo do Estado, atravésda Secretaria de Estado da Educa-ção e Cultura (SEEC), anunciounesta sexta-feira (19) a quarta con-vocação de professores aprovadosno concurso realizado em 2011.Ao todo, serão convocados 1,2mil profissionais, com nomeaçõesrealizadas em duas etapas: 600professores de imediato e a outrametade em até 60 dias. Sendo estaa maior chamada em números deconvocados, a medida visa mini-mizar o quadro deficitário de pro-fissionais que atuam nas escolasdo Estado, priorizando as unida-des que ainda não receberam pro-fessores, a exemplo das escolaslocadas na zona Norte de Natal.

A convocação dessa quartachamada será publicada no DiárioOficial do Estado até o dia 27 deabril, por causa encaminhamentodas tramitações. "É uma necessi-dade urgente, tudo em função,principalmente, do grande núme-ro de aposentadorias. Com essanova chamada, chegaremos subs-tituindo alguns aposentados e per-mitindo que as horas/aula de algu-mas escolas não fiquem descober-tas", afirmou a governadora Rosal-ba Ciarlini, durante coletiva deimprensa realizada na Governa-

doria. O impacto financeiro ao Es-tado será de aproximadamente R$3 milhões na folha de pagamen-to.

A nomeação dos novos pro-fissionais não significa dizer queo Estado dispense a contrataçãode professores temporários, expli-cou a secretária de Educação, Be-tânia Ramalho. "Nosso pedido decontratação de temporários feito àAssembleia Legislativa compõeessa necessidade de cumprimen-to das horas/aulas de todos os alu-nos da rede. Pedimos uma urgên-cia na pauta durante discussão comos deputados, pois já presumimosque de 10 a 15% desses professo-res efetivos convocados não seapresentem", afirmou Betânia.

A urgência do pedido do Go-verno do Estado à Assembleia ébaseada em dados das licençasmédicas e aposentadorias obtidasentre os meses de janeiro e marçodeste ano. A normativa apresenta-da, de acordo com Rosalba Ciar-lini, não é para substituir os pro-fessores, mas sim atender um mo-mento emergencial. São muitas li-cenças médicas e aposentadoriasque se configuram na ausência emsalas de aula de 25% do quadro deprofessores efetivos.

Segundo a secretária, foi cria-do um Sistema de Gerenciamen-to de Pessoal (Sagep) que possi-

bilitará atender melhor as escolascom professores temporários e efe-tivos, prevendo também o núme-

ro de aposentados. "Isso cai emnossas mãos como uma ferramen-ta de reordenação do sistema.

Esses 1,2 mil professores ajudarãona cobertura dos déficits, mas sa-bemos que novas aposentadoriasestão por vir. Por isso, será degrande valia esse acompanhamen-to através do Sistema, até para nosplanejarmos melhor", disse.

Ainda de acordo com BetâniaRamalho, o concurso de 2011 temuma validade que pode ser pror-rogada. "Temos um número muitoelevado de professores aprovadosque não se configura na realida-de de cadastro de reserva", afir-mou, deixando transparecer quea princípio um novo concurso nãoestá nos planos da Secretaria.

Segundo o edital do concur-so, o Estado foi subdividido emcinco pólos. Com a nova chama-da, os professores aprovados parao pólo 1 serão encaminhados prio-ritariamente para as escolas dazona Norte de Natal, incluídas na1ª Diretoria Regional de Educação(Dired). Já os aprovados para opólo 4 serão encaminhados para aregião de Angicos (8ª Dired).Desde março de 2012, o Governodo Estado já convocou 3.119 pro-fessores e especialistas aprovadosneste concurso. De todos os con-vocados nas três primeiras cha-madas, 2.540 tomaram posse.

> CONVOCAÇÃO

Reforço escolar: mais 1,2 mil professores para o Estado

Mais uma vez a mobilizaçãosindical tenta erguer forças parachamar atenção do poder públicoquanto à promoção da Educação.A valorização dos profissionais eas condições das escolas públicasde todo o país estarão em pauta nagreve nacional a ser realizadaentre os dias 23 e 25 de abril, emBrasília, sob coordenação da Con-federação Nacional dos Trabalha-dores em Educação (CNTE). EmNatal, o sindicato da categoria seorganizou para expor as dificulda-des à governadora, mas, com avisita do Ministro Joaquim Barbo-

sa à Rosalba Ciarlini, na mesmahora e local, o grupo acabou re-cuando da Governadoria.

"Há mais de dois meses quenós pedimos uma audiência pararesolver uma dívida do Governocom os funcionários da Educa-ção, mas infelizmente não temosmais tempo para esperar. Os fun-cionários estão perdendo e a go-vernadora está fechando os olhospara essa situação. Mesmo com aquestão da vinda do Ministro, nóstínhamos expectativa de tentaruma negociação", disse FátimaCardoso, coordenadora geral do

Sindicato dos Trabalhadores emEducação no RN, sem descartar apossibilidade de greve no Estado.

Segundo Fátima, o sindicatorealizará uma Marcha pela Edu-cação no dia 24 de abril pelas ruasde Natal. "Queremos 100% dosroyalties do petróleo e do pré-salpara a Educação; 10% das rique-zas produzidas aplicadas na Edu-cação; aprovação do Plano Na-cional da Educação. Hoje nóstemos uma legislação que não édevidamente cumprida e tudo oque o Governo não cumpre seráreivindicado", afirmou.

Em coletiva de imprensa realizada hoje, governadora e secretária anunciaram convocação que será publicada até dia 27

Fátima Cardoso diz que o Sindicato realizará uma Marcha pela Educação no dia 24 de abril pelas ruas de Natal

Greve Nacional dos Trabalhadores emEducação será na semana que vem

Herácles Dantas

Herácles Dantas

Fotos: Herácles Dantas

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 19 de abril de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na EconomiaAlex Regis/Secom

Prefeitura de Natal anunciachoque de gestão para jáPREFEITO ESPERA OS PRIMEIROS RESULTADOS EM SEIS MESES

MARCELO HOLLANDA

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Nos próximos seis meses, oprefeito Carlos Eduardo Alves es-pera ver alguns dos objetivos eco-nômicos de sua administração cum-prida para voltar a ter dinheiro emcaixa para investimentos, hoje noinsignificante patamar de 1% dareceita depois de quatro anos degestão Micarla de Sousa.

Nesta sexta-feira (19), durantea assinatura do termo de coopera-ção com o Movimento Brasil Com-petitivo (MBC), o prefeito disseque espera restabelecer essa metaem 17% da receita líquida corren-te, mas admitiu que esse objetivopoderá ser atingido apenas no ter-ceiro ou quarto ano de seu manda-to. "O problema é que perdemostempo demais entre a minha últi-ma gestão e a atual", afirmou.

Hoje, a Prefeitura de Natal temcondições de investir apenas R$700 mil por mês, o que, segundoo prefeito, "não dá nem para cobriros buracos da cidade". Segundoseus cálculos, para realizar umaadministração mediana seriam ne-cessários em torno de R$ 16 mi-lhões por mês e para atingir esseobjetivo é que ele ingressou noclube das hoje 30 prefeituras bra-sileiras que procuraram o apoio doMovimento Brasil Competitivo,uma ONG mantida por algumasdas maiores empresas brasileirascom objetivo de modernizar a ges-tão pública no Brasil.

Nesta sexta-feira, o diretor téc-nico da MBC, Sérgio Albuquer-que, explicou que o Movimentovai atuar no monitoramento dosresultados da consultoria escolhi-da pela Prefeitura para buscar asmetas de aumentar a receita anualdo município em R$ 72 milhões,com redução das despesas corren-tes em aproximadamente R$ 24milhões, um ganho percentual entre5% a 10% nas duas pontas.

Para fazer isso, o prefeito Car-

los Eduardo admitiu hoje que cor-tes terão que ser feitos na folha depagamentos na fatia ligada à mãode obra contratada e um intensotrabalho de capacitação será de-senvolvido junto aos servidorespara melhorar a sua motivação eprodutividade.

Entre as tarefas iniciais do tra-balho da consultoria, que deve cus-tar em torno de R$ 4 milhões aoscofres do município, está uma pro-funda auditoria na folha de paga-mento da prefeitura para gradativa-mente produzir oxigênio nas finan-ças públicas.

"O caos em que encontramos aadministração é tão grande quebuscamos atacar as áreas infladaspara as quais será preciso uma in-tervenção mais vigorosa com osremédios adequados", afirmou.

Segundo o prefeito, a empresaFalconi, com a qual já havia umaconversa antes da eleição, deveráassumir o problema com conclusãoprevista para um ano e meio apóso início. Mas Carlos Eduardo tra-balha com a possibilidade de ver osprimeiros resultados com seismeses de iniciado.

A racionalização da máquinaadministrativa, evitando sobrepo-sição operacional e dispersão derecursos, será a segunda grandeprioridade do planejamento. Nessecontexto, o MBC funcionaria comoum gestor de resultados que, deacordo com Sérgio Albuquerque,teria inclusive como prerrogativaautorizar o pagamento das parcelasdo trabalho de consultoria condicio-nado ao cumprimento de metas.

A despeito da Prefeitura deNatal ter fechado com o MBC etransformado essa decisão no co-meço de uma mudança estruturalnos usos e costumes da administra-ção municipal, o fato é que o Go-verno do Estado ainda não emitiuo menor sinal de interesse em se en-gajar no processo desencadeadopelo município.

O prefeito Carlos Eduardo ex-

plicou que um das boas razões parase buscar metas de investimentoestá na possibilidade do municí-pio cumprir suas contrapartidas fi-nanceiras na liberação de dinheirofederal em obras onde exista a par-ticipação do Estado.

Sobre uma possível adesão dagovernadora Rosalba Ciarlini, odiretor técnico do MBC foi otimis-ta até demais. "Pela nossa expe-riência, o caso onde um estadoentra antes da capital ou a capitalou uma prefeitura antes do estado,nossa experiência indica que a ade-são de quem não entrou acontecepouco tempo depois", afirmou.

Espécie de garoto propagandados objetivos do MBC, Sérgio Al-buquerque vem sendo submetido aum intenso programa de viagenspelos estados do Nordeste, ondevem explicando os fundamentosdo trabalho inspirado na necessida-de de oferecer ao serviço públicoa mesma dinâmica de resultadosda iniciativa privada.

"Por onde passamos, vimos in-dicadores mudarem rapidamentepara melhor, o que evidencia a efi-ciência das propostas e das açõespostas em prática pelo Movimen-to Brasil Competitivo", afirmou.

Segundo o prefeito CarlosEduardo, hoje a dívida do municí-pio esbarra em R$ 500 milhões,dos quais muita coisa já foi paga."Se não tivéssemos pagado R$ 6milhões de débitos referentes à me-renda escolar nem teríamos come-çado ainda o ano letivo", afirmou.

Sobre a quitação completa dosrestos a pagar do município - a dí-vida para a qual o município pediuuma trégua aos Ministérios da Jus-tiça, Trabalho e Ministério Públi-co para organizar as finanças -,Carlos Eduardo disse apenas quea partir do começo do ano que vemserá iniciado um estudo caso a casopara a quitação dos débitos. "Issonão significa que alguns dessesdébitos já não estejam sendopagos", lembrou.

Prefeito Carlos Eduardo Alves assinou termo de cooperação com o Movimento Brasil competitivo em evento na Fiern

O preço dos smartphones noRN já estão sendo reajustados deacordo com a nova portaria do Mi-nistério das Comunicações publi-cada no dia 11 de abril, no DiárioOficial da União, que isenta al-guns modelos de smartphones pro-duzidos no Brasil de impostos fe-derais como o PIS e o COFINS.Nas lojas da Miranda Computa-ção em Natal e Mossoró, mais de15 aparelhos dos fabricantes Sam-sung, Nokia, LG e Sony já estãocom preços alterados.

"A isenção de impostos serádada na etapa de venda ao consu-midor. Aredução varia de 9 a 14%em relação ao preço anterior, po-dendo chegar a um valor de até R$200 a menos para o bolso do con-sumidor potiguar, dependendo doaparelho", explica Paulo Miranda,diretor comercial da empresa.

A medida cabrange apenas osaparelhos vendidos abaixo de R$

1.500. Dentre os modelos mais pro-curados que tiveram a redução estáo Samsung Galaxy Gran Duos, quecustava R$ 1.399 e passa a custarR$ 1.249, o Samsung Galaxy S IIIMini, que passou de R$ 1.199 para

R$ 1.099 e o Nokia Lumia 710 quereduziu de R$ 599 para R$ 549.Segundo Paulo, a redução dos im-postos já refletiu em um aumentode 15% nas vendas de smartphonesem relação a semana anterior.

Smartphones no estado já sãoreajustados pela nova portaria

> TELEFONIA

Nova portaria do Ministério das Comunicações isenta aparelhos de impostos

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11a Rodada de Licitações da ANP atraiparticipação de 64 empresas petroleirasn O surpreendente número de 64 companhias na-cionais e estrangeiras, a maioria de grande porte, con-seguiu se qualificar para a 11ª. Rodada de Licita-ções de Blocos Exploratórios de Petróleo e Gás aser promovida no Rio de Janeiro entre os dias 14 e15 de maio pela ANP (Agência Nacional do Petró-leo, Gás Natural e Biocombustíveis).n Trata-se da quebra de um recorde, que perten-cia à 9ª. Rodada, realizada em 2007, quando 61petroleiras conseguiram qualificação e puderamoferecer lances.n No leilão que acontecerá no próximo mês serãoofertados 289 blocos exploratórios em 11 bacias se-dimentares localizadas nos territórios e na costa dosEstados do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão,Piauí, Pará, Amazonas, Paraíba, Pernambuco, Ala-goas, Sergipe, Bahia e Espírito Santo, totalizandouma área de 155,8 mil quilômetros quadrados.nApenas 123 blocos estão localizados em terra, dosquais 20 na chamada Bacia Potiguar. Os restantes166 ficam no mar, sendo 94 em águas profundas e72 em águas rasas.nAs 64 empresas que disputarão a compra de blo-cos exploratórios de hidrocarbonetos no país são asseguintes: OGX Petróleo (grupo Eike Batista), Quei-roz Galvão Exploração e Produção S.A., Repsol Si-nopec Brasil (controlada pelo governo da China),Shell Brasil, Alvopetro, BG Energy, Ouro PretoÓleo e Gás, Premier Oil, Woodside Energy Hol-dings, Murphy Company, BHP Billiton Petroleum,G3 Óleo e Gás., Gran Tierra Energy Brasil, Janei-ro 1949 Extração de Petróleo, PetroRecôncavo,Total E&P do Brasil, Compañia Española de Petró-leos, ConocoPhillips, Nova Petróleo, Sabre Interna-cional de Energia, Sinochem Petróleo Brasil, InpexCorporation, JX Nippon, GDF Suez Energy LatinAmérica, Ecopetrol, HRT O&G, Irati Petróleo eEnergia, Novo Norte Energia, Petronas Carigali, EPEnergy do Brasil, Petrogal... e mais:nMaersk Oil Brasil, Barra Energia do Brasil, Ex-xonmobil Química, Statoil Brasil, Imetame Energia,Karoon Petróleo, PTT Exploration and Production,Sonangol Guanambi, Hess Corporation, CNOOC In-ternational, Trayectoria Oil & Gas, Petra Energia,UTC Óleo e Gás, Chevron Brazil, Mitsubishi Cor-poration, Kosmos Energy, Niko Resources, ChariotOil & Gas, Mitsui & Co., Pacific Brasil, Central Re-sources do Brasil, Petrobras, Partex Brasil, OrtengEquipamentos, Cowan Petróleo e Gás, Tarmar Ener-gia, Enel Trade, Brasoil Manati, Perenco, BritishPetroleum, Geopark Holding, Hupecol Operating eSumitomo Corporation.

Natal sediará Congresso da Associação Brasileira de Estudos do QuarternárionEstá confirmada para o período de 4 a 8 de agos-to próximo a realização em Natal, no Hotel Praia-

mar, do XIV Congresso Brasileiro da Abequa (As-sociação Brasileira de Estudos do Quaternário).n O evento, que acontece a cada dois anos, reuni-rá desta vez centenas de pesquisadores e pessoal domeio acadêmico - inclusive de outros países - vol-tados para a área das Geociências.n O tema central desta edição do Congresso será"Quaternário: Processos Naturais e Antrópicos. UmDesafio para o Desenvolvimento Sustentável".nA motivação para organizar e sediar o encontroda Abequa em Natal nasceu da possibilidade de seampliar a discussão sobre o Quaternário da regiãoNordeste do Brasil, que apresenta característicasmuito diferenciadas das demais regiões do país.n Entre os objetivos da Abequa está o de analisare decifrar eventos atuais e pretéritos, desde a origeme evolução da vida humana até as mudanças climá-ticas do planeta, visando contribuir para uma me-lhor compreensão das alterações ambientais futurase, ao mesmo tempo, subsidiar o desenvolvimentoeconômico-social sustentável nos tempos atuais.nPara maiores informações sobre o Congresso, os in-teressados devem visitar o site da Associação Brasilei-ra de Estudos do Quarternário (www.abequa.org.br).

Simplificação de licenças ambientais à carciniculturanCom apoio do Ministério da Pesca e da Aquicul-tura, o Idema (Instituto de Desenvolvimento Sus-tentável e Meio Ambiente, órgão do Governo do Es-tado responsável pela fiscalização de iniciativas queinterferem nos ecossistemas) passa agora a adotarcritérios simplificados e mais ágeis para o licencia-mento de projetos que visem a produção de cama-rão e de outras espécies aquáticas em cativeiro.nAmanhã o ministro da Pesca, Marcelo Crivella,fará visita ao Rio Grande do Norte e manterá en-contro com a governadora Rosalba Ciarlini, oca-sião em que serão assinados dois atos públicos im-portantes para o desenvolvimento econômico poti-guar. O primeiro deles será um decreto, através doqual o Governo estabelecerá regras que simplifi-cam o licenciamento para projetos de aquicultura emreservatórios de até 40 hectares e para a implanta-ção de viveiros escavados com até meio hectare (5mil metros quadrados) de lâmina d'água, em proprie-dades rurais.nAmedida terá por finalidade estimular a prática dapiscicultura em aproximadamente mil açudes e pe-quenos reservatórios em todas as regiões do Estado.nO outro ato a ser assinado é um Protocolo de In-tenções entre os governos Federal e Estadual parao incremento da pesca artesanal no RN, atualmen-te exercida por mais de 30 mil pescadores espalha-dos por dezenas de colônias no litoral e no interior.nA solenidade de assinatura dos documentos emfavor da pesca e da aquicultura potiguar será às 9:30horas, na Colônia de Pescadores Z-31, na cidade deNísia Floresta.

Ampliação do horário para irrigante ter acessoà energia mais baratan O deputado George Soares,representante do Vale do Açu naAssembleia Legislativa, reque-reu que seja encaminhado à go-vernadora Rosalba Ciarlini e aodiretor-geral da Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (Aneel)um pleito em defesa da adiçãono horário do Medidor DuplaTarifa de energia elétrica, do in-tervalo de 9:00 às 12:00 horas,a fim de que os produtores ru-rais que recorrem à irrigação nãofiquem subordinados a pagarmaiores encargos trabalhistasaos empregados, o que acabapor tornar desvantajoso o usoda energia subsidiada.n Segundo explicou o parla-

mentar, o Medidor Dupla Ta-rifa proporciona desconto es-pecial sobre a tarifa de energiaelétrica aplicável às unidadesconsumidoras rurais (até 73 porcento para pessoa física e 90por cento para pessoa jurídi-ca) desde que o consumo ener-gético aconteça das 21:00 às06:00 horas, ou seja, entre anoite e a madrugada).n "Para que o sofrido agricultornordestino - que enfrenta a maiorseca dos últimos 50 anos - possausufruir deste benefício se tornanecessário contratar pessoal emhorário diferenciado, tendo quearcar com despesas de horas ex-tras e adicionais noturnos, o queonera violentamente o seu custode produção", justificou GeorgeSoares.

Desoneração da folha depagamento em discussãonA empresa de serviços contá-beis Rui Cadete Consultores pro-moverá no próximo dia 25, entreas 15:00 e as 17:30 horas, emsua sede, um treinamento gra-tuito sobre "Desoneração daFolha de Pagamento", destina-do aos seus clientes.n Coordenado pela Gerente dePessoal Érica Trindade, o eventoobjetiva esclarecer dúvidas sobrese é vantagem ou não aderir ànova alternativa de contribuiçãosocial e previdenciária estabele-cida pelo governo federal paravários segmentos da economia.n Também serão esclarecidasquais são as alíquotas aplicadas aofaturamento, como se efetuará asubstituição da contribuição pre-videnciária patronal e quais são asabrangências e prazos da aplica-bilidade do benefício.nOutros treinamentos gratuitoscontinuarão sendo realizadosmensalmente pela Rui CadeteConsultores até outubro, sempreabordando assuntos de interessedas empresas nas áreas contábil,tributária, financeira e de ges-tão. As vagas serão limitadas eos clientes podem se inscreverpela internet ([email protected]).

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8 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013

C M Y K

Sexta-feiraCidade

CONRADO CARLOS

[email protected]

Protegidas por cercados, duascanoas encontradas por um pesca-dor na Lagoa de Extremoz estãopostadas no jardim da Fundação deCultura Aldeia do Guajiru, nomesmo município vizinho à capi-tal potiguar. A menor mede 3,97m.A maior, 5,40m. Ambas aguardamum diagnóstico do Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Na-cional (Iphan) para revelar se a ori-gem é indígena ou do período co-lonial. Da mesma forma, uma sériede objetos, como pedaços de cerâ-mica, um remo e um conjunto dearco e flecha. Na manhã desta sexta-feira (19), a reportagem d'O Jornalde Hoje esteve na localidade, queé emoldurada pelas ruínas da Igre-ja de São Miguel Arcanjo, cons-truída por jesuítas no século 16 eonde foi batizado o índio Poti, ouAntonio Felipe Camarão.

Em meio ao cenário histórico-cultural subaproveitado como des-tino turístico potiguar, palco de ba-talhas entre nativos, portugueses eholandeses, com túneis subterrâ-neos que serviam de refúgio paracatequizadores de índios, a Aldeiado Guajiru recebeu as embarcaçõesleves com a missão de protegê-las,enquanto um estudo é realizadopara definir a época e os donos pri-mitivos. A primeira chegou em2011. A segunda, há cerca de duassemanas. Presidente da Fundação,Leda Medeiros de França come-mora o achado e garante tomar cui-dados para mantê-las seguras. "Nãoposso falar nada a respeito da ori-gem delas, porque não temos essainformação do Iphan. Ninguém vaiconfirmar uma coisa importantedessa sem ter certeza, né? Mas opessoal do Iphan disse que é algosignificativo, como muita coisa queexiste por aqui [imediações daLagoa de Extremoz]. Temos umcarinho grande por elas duas e man-temos a área limpa e segura".

Mais que curiosidade com asduas embarcações, ela sente que apopulação tem necessidade de saber

detalhes e adquirir novos conheci-mentos sobre o passado do municí-pio. "Tenho recebido muitas liga-ções de escolas particulares queren-do visitar a Fundação por causa dascanoas. Eu digo que podem vir, tirarfotos, mas que ainda não sabemosnada de concreto, nada de oficialsobre elas. Isso só será dito por umórgão competente, com capacidadede analisar e dizer quando foramfeitas e por quem".

Com nove funcionários e cur-sos de dança folclórica, artesana-to e gastronomia indígena, a Aldeia

do Guajiru é uma entidade manti-da pela Prefeitura de Extremozcomo paliativo para a falta de umapolítica mais abrangente com a ri-queza arquitetônica e histórica doEstado. As canoas, se confirma-das como tupis ou paiacus, as duasprincipais etnias que habitaram aregião, irão para o Museu Câma-ra Cascudo (parte dos objetos en-contrados já se encontra na insti-tuição). O fotógrafo Canindé San-tos, morador da cidade e um doscidadãos atuantes na valorizaçãodo legado indígena, alerta para oassédio que as peças recebem desupostos colecionadores e a de-mora do Iphan em estudar a ma-deira utilizada.

"Teve uma vereadora daqui [Ex-tremoz] que botou R$ 1 mil paralevar uma canoa. Ela queria deco-

rar a casa. Seria bom que essa áreatoda fosse realmente tombada. Aquitem cerâmica na beira da Lagoa,que está aparecendo agora com aseca. E era bom que as canoas fos-sem logo estudadas e saíssem daqui.O pescador encontrou uma terceira,a maior delas. Mas sumiu. Ninguémsabe para onde ela foi. Aqui já acha-ram imagens de santos barrocos, en-tregaram para a Igreja, mas tambémsumiu. É uma situação que mereceatenção do poder público", diz Ca-nindé, que acredita na viabilidadede um parque ecológico no lugaronde hoje funciona apenas a Funda-ção Aldeia Guajiru.

O projeto existe, segundo LedaMedeiros. Empolgada com o Autode São Miguel, encenação teatralmontada no mês de setembro, eladestaca que a inserção de Extre-moz no Plano Nacional da Cultu-ra adiantaria o processo. "É um pro-jeto grandioso, mas que requertempo e investimento. A cidade épobre, não tem como fazer tudo deuma hora para a outra. Mas sinto oprefeito empenhado em tirar dopapel". Ao lado das ruínas da Igre-ja de São Miguel Arcanjo, destruí-da ao longo do tempo, segundo umalenda extremozense, após sonhosde um morador que denunciavamque a construção tinha usado ouronos alicerces. Desde então, marre-tas e martelos desmontaram umacervo incalculável.

Para a historiadora e chefe subs-tituta da divisão técnica do Iphan,Ivanirce Gomes, boas notícias sur-girão das pesquisas feitas nas ca-noas. Após a visita de técnicos na úl-tima segunda-feira (15), as toras demadeira talhadas como meio detransporte (uma delas está queima-da) serão investigadas como itemarqueológico relevante. "Estamosno início do trabalho. Estivemos inloco e tiramos fotografias. Aindanão podemos afirmar de que perío-do ou cultura elas são. É precisoanálise através de amostras da ma-deira. Só depois disso podemos darum veredito. Mas com certeza sãopeças importantes, que devem serprotegidas".

Canoas encontradas naLagoa de Extremoz serãoinvestigadas por IphanEMBARCAÇÕES TERIAM ORIGEM INDÍGENA OU NO PERÍODO COLONIAL

As duas pequenas embarcações encontradas por um pescador foramlevadas para a Fundação da CulturaAldeia do Guajiru. Ambas aguardampor diagnóstico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outros objetos, como pedaços de cerâmica, um remo e um conjunto de arco e flecha também foram encontrados

‘“Seria bom que essa área todafosse realmente tombada. Aqui

tem cerâmica na beira daLagoa, que está aparecendo

agora com a seca”CANINDÉ SANTOS

Fotos: José Aldenir

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 19 de abril de 2013Cidade

Será amanhã, 20 de abril, o Dia"D" da Campanha Nacional de Va-cinação contra a Influenza. Emtodo o Rio Grande do Norte são1.746 postos fixos e volantes devacinação. A Secretaria de Estadoda Saúde Pública (Sesap) irá dis-por de um total de 641.060 dosespara um público-alvo de 585.436pessoas. Lançada pelo Ministérioda Saúde no último dia 15, a Cam-panha está em sua 15ª edição e temcomo objetivo principal protegera população vulnerável contra ovírus da Influenza, também conhe-cida como gripe, e contra as com-plicações da doença, principalmen-te as pneumonias bacterianas se-cundárias.

A população alvo é compostapor indivíduos com 60 anos oumais de idade, trabalhadores desaúde que atuam em unidades comatendimento para a influenza, crian-ças na faixa etária de seis meses atécompletar dois anos, gestantes,puérperas (até 45 dias após o parto),grupos portadores de doenças crô-nicas não transmissíveis e outrascondições clínicas especiais, alémda população privada de liberdade.Já para as pessoas portadoras dedoenças crônicas e outras catego-rias de risco clínico, será avaliadoo número de doses aplicadas noperíodo da campanha.

Segundo a coordenadora esta-dual do Programa de Imunização,Helena Gomes Santana, "esse pú-blico foi definido devido à maiorprobabilidade de apresentar com-

plicações em decorrência de umeventual acometimento pela gripe".Conforme o Programa Nacional deImunização (PNI), a populaçãoalvo estimada por grupo elegível noRN é de 72.135 crianças de 6meses a menores de 2 anos deidade, 51.516 trabalhadores desaúde, 36.068 gestantes, 5.929puérperas, 348.688 idosos, além de64.980 pessoas que apresentam co-morbidades e 6.120 de pessoas re-ferentes à População Privada deLiberdade.

O trabalhador de saúde eleitopara a vacinação é aquele que exer-ce atividades de promoção e assis-tência à saúde, atuando na recep-ção, no atendimento, na investiga-ção de casos de infecções respira-tórias, nos serviços públicos e pri-vados, nos diferentes níveis decomplexidade. Além disso, serãoimunizados os trabalhadores da Es-tratégia Saúde da Família, agentesde endemias, do pronto atendimen-to, de ambulatórios e leitos em cli-nica médica, pediátrica, obstetrí-cia, pneumologia de hospitais deemergência e de referência para ainfluenza e de unidades de terapiaintensiva.

Em 2012, foram confirmados11 casos de vírus H1N1, estágiomais avançado da Influenza, masaté o início deste mês, a Sesap nãonotificou nenhum caso em 2013.Para a subcoordenadora de Vigilân-cia Epidemiológica da Sesap, Stel-la Leal, a diminuição nos casos re-flete os benefícios das Campanhasrealizadas. "A vacinação diminui orisco de contaminação, e obvia-mente, sua intensificação com ascampanhas está trazendo bons re-sultados, pois os casos reduziramsignificativamente. Acredito que acampanha, além de imunizar temum sentido de conscientização, poisa população já entende e aceita aimportância de tomar a vacina",disse Stella Leal.

Amanhã é o "Dia D" de Vacinação contra a InfluenzaCAMPANHA TEM COMO META VACINAR, NO MÍNIMO, 80% DA POPULAÇÃO PRIORIZADA E PROSSEGUE ATÉ O DIA 26

Idosos fazem parte da população alvo

Herácles Dantas

A Secretaria de Estadoda Saúde Pública

(Sesap) irá dispor de umtotal de 641.060 doses

para um público-alvo de585.436 pessoas.

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Sexta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

"A situação do sistema peni-tenciário do Rio Grande do Norteé uma das mais graves do país, de-sesperadora, desumana. Não pode-ria dar uma nota sequer", afirmouo presidente do Supremo TribunalFederal (STF) e do Conselho Na-cional de Justiça (CNJ), ministroJoaquim Barbosa, durante visita aoFórum Miguel Seabra Fagundes,em Natal, na manhã de hoje. Paraele, o Governo do Estado precisaadotar medidas urgentes para ten-tar minimizar o problema, como aconstrução imediata de novas uni-dades prisionais e a melhoria dascondições estruturais das já exis-tentes. Das 38 unidades do RN, 14estão interditadas.

Para Joaquim Barbosa, a situa-ção do sistema penitenciário poti-guar reflete a falta de investimen-tos no setor nos últimos anos. "In-felizmente, o mutirão carcerárioque está sendo realizado agora noEstado comprova, constata quenada foi feito desde 2010, quandohouve uma série de recomendaçõesfeitas para tentar melhorar a situa-ção das unidades prisionais, que émuito complicada e desesperadora",enfatizou.

O presidente do STF disseainda que há uma falta generaliza-da de estruturas adequadas paracomportar os presos no Estado, quevivem em condições minimamen-te humanas e de dignidade paracumprir suas penas. "É completa-

mente caótico, desestruturada, umadas mais graves e piores do Brasil",afirmou Joaquim Barbosa.

Para ele, é preciso que o Esta-do adote medidas urgentes para aconstrução de novas unidades pri-sionais e de reformas e ampliaçãodas já existentes, que enfrentamainda uma situação de superlota-ção, que chega até a 328,8% acimada capacidade máxima permitida,como a que é observada hoje peloComplexo Penal João Chaves, si-tuado na zona Norte de Natal. Lá,1.072 presos dividem um espaçoonde só cabe, originalmente, 250pessoas.

Segundo o juiz das ExecuçõesPenais de Natal, Henrique Balta-zar, a superlotação oferece riscoreal para toda a população, porcausa da possibilidade de fugas emmassa e da falta de vagas para cri-minosos em ação no Estado.

"É crítico e perigoso para todos,por causa da falta de segurança queisso tudo ocasiona. Mas, somente oGoverno do Estado pode resolverisso, com a construção de novasunidades e a reforma e obras de me-lhorias e adequações das que estãointerditadas por causa dos inúmerosproblemas de estrutura física, elé-trica e hidráulicas", afirmou.

Henrique Baltazar esteve pre-sente na reunião realizada no FórumMiguel Seabra Fagundes, em LagoaNova, no início da manhã e quereuniu ainda o presidente do Tribu-nal de Justiça do RN, Aderson Sil-vino e o juiz representante do CNJ,Luciano Losekann.

‘Sistema penitenciário do RN é desesperadore desumano’, diz ministro Joaquim BarbosaPRESIDENTE DO STF VEIO AO ESTADO PARA CONHECER AS AÇÕES REALIZADAS PELO MUTIRÃO CARCERÁRIO DO CNJ

Fotos: Wellington Rocha

Presidente do STF também falou comestudantes de Natal no Tribunal do Júri

Para Rosalba, o apoio de Barbosa éessencial para minimizar problemas

Presidente do TJRN dizque visita de ministrodeve trazer benefícios

Durante a visita ao Fórum Mi-guel Seabra, o ministro JoaquimBarbosa aproveitou para cumpri-mentar 150 crianças e a adolescen-tes de escolas municipais MareciGomes, Francisca Ferreira e Juve-nal Lamartine, que participavam

de um júri simulado no Foro dasComarcas de Natal. A iniciativa quecontou com a presença do ministroé do programa "Justiça e Escola",do Núcleo de Projetos do TJRN, etrata da análise do livro "Chave doTamanho" com a presença de dois

advogados profissionais para auxi-liar o roteiro do julgamento.

Ao entrar no plenário, JoaquimBarbosa fez várias perguntas àscrianças. "Alguém aí vai ser advo-gado, juiz ou promotor?", "Algumde vocês já haviam estado em um

júri antes?", "Já assistiram filmes natelevisão sobre julgamentos?", per-guntou Barbosa aos estudantes doquinto ano do Ensino Fundamen-tal e de séries maiores. As escolasmunicipais enviaram 50 estudan-tes, cada uma. (A.B.)

"A visita do ministro Barbosaé um reconhecimento da importân-cia do trabalho que está sendo rea-lizado pelo Tribunal de Justiça doEstado, com a realização do muti-rão carcerário e também para a me-lhoria de fato do sistema", afirmouo presidente do TJRN, desembar-gador Aderson Silvino. Para ele, apresença de Barbosa no RN mos-tra ainda que o CNJ está preocupa-do com a realidade potiguar, queafeta não só quem lida diretamen-te com ela, mas a toda a socieda-de, e que se repete em vários pon-

tos do país", afirmou.Aderson Silvino acompanhou

o presidente do STF durante a vi-sita ao Fórum Miguel Seabra, sededo Foro das Comarcas de Natal, nobairro de Lagoa Nova e à reuniãocom a governadora Rosalba Ciar-lini, que reuniu ainda o secretárioda Justiça e da Cidadania (Sejuc),Júlio César de Queiroz; o juiz re-presentante do CNJ, Luciano Lo-sekann, o juiz das Execuções Pe-nais de Natal, Henrique Baltazare o diretor do Foro, juiz MadsonOttoni. (A.B.)

Após a visita ao Fórum MiguelSeabra, o presidente do STF se di-rigiu para o prédio da Governado-ria do Estado, no Centro Adminis-trativo, onde se reunião a portas fe-chadas com a governadora Rosal-ba Ciarlini. Lá, ele fez suas ponde-rações sobre a situação do sistemapenitenciário potiguar e também asrecomendações sobre o que pode edeve ser feito para reverter os pro-blemas.

Segundo a governadora, duran-te a reunião, Joaquim Barbosa ace-nou para a possibilidade de umaaudiência com o ministro da Jus-tiça, José Eduardo Cardozo, paraque possam encontrar caminhospara resolver essa situação caóticao mais rápido possível. O objetivoé sensibilizar Cardozo a acelerar aliberação de recursos para o siste-ma carcerário do Rio Grande doNorte.

"As melhorias na estrutura car-cerária devem começar em, no má-ximo, 120 dias, algumas delas atémesmo antes desse prazo. Fizemosum importante diagnóstico e sabe-mos como agir. O ministro garan-tiu nos apoiar no planejamento eações estruturantes nos nossos pre-sídios. Também já temos um plano

de ações emergenciais, os recursosestão garantidos e são da ordem deR$ 5,5 milhões para a construçãoimediata de novos presídios", afir-mou Rosalba Ciarlini.

O Rio Grande do Norte possui,hoje, 14 unidades prisionais inter-ditadas por problemas como super-

lotação e falta de estrutura adequa-da. Dessas, cinco são centros dedetenção provisórias em Natal, daRibeira, Potengi, Pirangi e daszonas Norte e Sul. Além destes,estão interditados ainda o Comple-xo Penal João Chaves e o PresídioProvisório Raimundo Nonato, na

zona Norte de Natal; a Penitenciá-ria Estadual do Seridó, em Caicó;o Complexo Penal Agrícola MárioNegócio e a Cadeia Pública deMossoró; a Penitenciária Estadualde Parnamirim e os CDPs dos mu-nicípios de Assu, Currais Novos eMacau. (A.B.)

Desembargador Aderson Silvino acompanhou Barbosa durante toda a manhã

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 19 de abril de 2013Cidade

Alex [email protected]

POVO VS CRIMEAs vestais da política e do jornalismo só defen-

dem plebiscito (a democracia levada ao ápice da prá-tica) quando é para temas dos seus interesses, comodesarmar a população. O Brasil é a favor da maiori-dade penal aos 16 anos e quer penalização mais rí-gida.

HIPOCRISIAEm Brasília, retomaram o besteirol de proibir

armas de brinquedo, como se a meninada de hojequisesse brincar de bang-bang ou "polícia-ladrão". Nosvídeogames, os guris montam fuzis, bombas e apren-dem a eliminar malfeitores com tiros de precisão.

PAIOL ONLINEAlguém escreveu na Folha de S. Paulo que o

Google oferece 11,5 mil opções de armação deuma bomba para quem digita no buscador "comofazer uma bomba". No PlayStation, garotos de 12aos 18 montam e desmontam uma metralhadoraem minutos.

TERRORISMOA Polícia russa revelou hoje o perfil do suspei-

to pelo assassinato de um policial numa universi-dade perto de Boston. Um dos suspeitos do aten-tado na maratona disse que não tem nenhum amigonos EUA e que não sabe nada sobre o crime. (infoCNN)

FARRA ESTATALUm equívoco como ponto em comum da di-

reita e da esquerda nacionais é o financiamento dascampanhas políticas com dinheiro do povo, ar-dentemente defendido tanto por Lula quanto porSerra, Aécio, Marina, Henrique ou mesmo MarcoFeliciano.

CAPACITAÇÃO PARTIDÁRIAOra, a formação de um partido político e sua

presença no mercado do voto deveria se darcomo ocorre na via comercial privada. Primei-ro teria que ter uma viabilidade econômica esocial, capaz de abocanhar votos e levantar re-cursos na sociedade.

RANGER DE DENTESA petralhada e seus cúmplices "plogleçistas"

estão insones com a ausência de Lula e Dilma nalista dos 100 mais influentes do mundo, segundoa revista Time. A presença de Joaquim Barbosa caiucomo um ataque de bullying na cabeça da chol-dra ignara.

AUDIÊNCIAOs gráficos do Google Analytics, a ferramen-

ta utilizada pelo mercado publicitário para mediracessos em sites e blogues, estão derrubando mitose boatos que costumeiramente levam leitores de-

savisados a acreditar que A ou B tem 1 milhão de aces-so ao mês.

FUTEBOLO maior craque da história do futebol espanhol,

Luis Suárez (O Arquiteto), vencedor da Bola de Ourode melhor do mundo em 1960, disse ontem que pre-feriria pagar 60 milhões de euros no inglês Gareth Bale(Tottenham) do que 40 milhões em Neymar.

FUTEBOL IIÍdolo maior do Real Madrid entre os nascidos em

Espanha (abaixo apenas do argentino Di Stefano),Suárez fez a declaração depois que leu a notícia deque o time blanco deseja o zagueiro artilheiro britâ-nico, mas não quer pagar acima dos �47 milhões.

Editorial do Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),Joaquim Barbosa, sofreu um pesado revés pessoal coma decisão da Corte de dobrar de 5 para 10 dias cor-ridos o tempo de que dispõem os defensores doscondenados no processo do mensalão para recorrerdas punições aplicadas aos seus clientes.

Dos nove ministros que compareceram à sessão,na quarta-feira - a ministra Cármen Lúcia se ausen-tou -, apenas Barbosa se opôs ao que chamou de"modificações de afogadilho" na jurisprudência dotribunal.

Os demais ministrosacompanharam o voto do seumais novo colega, Teori Za-vascki, que não participoudo julgamento do mensalão.Ao regimento do STF, quefixa em cinco dias corridoso prazo para a apresentaçãode embargos aos seus vere-dictos, ele contrapôs o Códi-go de Processo Penal.

Este dispõe que, em pro-cessos com mais de um réu,o período para a apresenta-ção de recursos deve ser du-plicado, a contar da publi-cação do acórdão - o resul-tado completo do julgamen-to. No caso do mensalão - omaior da história do STF -25 dos 37 réus foram conde-nados.

Essa foi a segunda der-rota de Barbosa na atual fasedo processo. Ele havia rejei-tado, sem levar aos seuspares, o pedido dos advogados dos mensaleiros deampliação do prazo habitual para até 30 dias. Ouisso ou o acesso à integra dos votos antes da divul-gação do acórdão.

O procurador-geral da República, Roberto Gur-gel, considerou a alternativa uma "maluquice". Maso ministro Marco Aurélio Mello não viu nada de er-rado na solicitação. De todo modo, a liberação semprorrogação não vingou.

Relutantemente, o presidente da Corte cedeu àspressões de seus pares - algumas delas manifestadas pu-blicamente – para submeter o assunto ao plenário. "Ele(Barbosa) não pode fazer Justiça pelas próprias mãos",protestou Mello. "Acima de todos está o colegiado." Nãoé que os ministros quisessem "advogar para os réus",como se diz de juízes suspeitos de parcialidade na con-dução de um processo. Muito ao contrário.

Ao avocar a si a decisão e ao ampliar, afinal, operíodo para a interposição de embargos, eles decer-to desejaram esvaziar desde logo o argumento de queteria sido cerceado o direito dos mensaleiros à plenadefesa - que seria inevitavelmente brandido pelos seuspatronos e amplificado ao extremo pelo PT, casoprevalecesse a opinião de Barbosa.

O Supremo Tribunal agiu bem. Barbosa, em res-paldo de sua negativa, dizia que o parecer que emi-tiu como relator do processo era de conhecimentogeral e que todas as sessões do julgamento foramtransmitidas pela televisão, permitindo aos interes-

sados saber como cada mi-nistro votou e como funda-mentou os seus votos, ses-são após sessão.

Na realidade, diversosministros, em suas votações,liam apenas a essência desuas conclusões e um resu-mo do que os conduziu aelas. Isso quando não se li-mitavam praticamente adizer que acompanhavam aposição do relator ou do re-visor Ricardo Lewandows-ki.

Ao consignar na íntegraas suas decisões para a ela-boração do acórdão - nessecaso, um documento commais de 10 mil páginas, "hu-manamente impossível" deperscrutar em cinco dias,dizem os advogados -, os juí-zes podem ir muito além dosseus enunciados em plenárioou modificar os textos pre-parados originalmente.

Daí a faculdade concedida à defesa de entrarcom embargos declaratórios para esclarecer pontosobscuros ou duvidosos de um acórdão, além de em-bargos infringentes para contestar os votos nele con-tidos, quando pelo menos 4 ministros votaram porsua absolvição - como na condenação de José Dir-ceu por formação de quadrilha.

Esta não tem sido uma semana boa para o pre-sidente do STF. Ele também foi malsucedido na ten-tativa de aprovar os nomes de duas juízas para o Con-selho Nacional de Justiça, o órgão de controle ex-terno do Judiciário do qual é também titular.

Além disso, o Estado revelou que ele nomearaseu assessor de imprensa e biógrafo, Wellington Ge-raldo Silva, presidente do Conselho Deliberativo domilionário fundo de previdência dos servidores doJudiciário – o que ele não é. (OESP)

A derrota de BarbosaA derrota de Barbosa

O terroristae a gata lusa

Através das redes sociais, a imprensa descobriuo perfil do suspeito pelo assassinato de um

policial no campus universitário deMassachusetts. De origem tchechena, Tamerlan

Tsarnaev tinha 26 anos e mantinha contas noFacebook e no YouTube com mensagens

terroristas. Na foto (Tamerlan foi morto hoje emBoston), o rapaz com a bela namorada

portuguesa.

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

COINCIDÊNCIANo dia seguinte a este colunis-

ta publicar sua opinião totalmentefavorável a redução da maioridadepenal, a Folha de São Paulo publi-cou seu editoral, disponibilizadoaqui ao lado, na edição desta quin-ta-feira (18), tomando a mesmapostura. Por sinal, mesmo posicio-namento da maioria da população.Basta fazer um plebiscito.

DERROTADOS...É grave a notícia publicada

ontem neste JH, na editoria de Eco-nomia. Anotícia de que o milho queserá doado para agricultores poti-guares chegará com, pelo menos,um mês de atraso, deverá trazer aindamais prejuízos para um setor já bas-tante castigado pelo descaso históri-co do poder público. A doação demilho, uma espécie de esmola paranão deixar que mais milhares degados morram de fome no semi-árido, era um alento que dificilmen-te se transformará em realidade.

... PELA SECAEm tempo, engana-se quem

pensa que é somente o homem docampo que está sofrendo com osefeitos da estiagem. Como não hácomo plantar ou criar mais os ani-mais, muitos agricultores não pos-suem mais recursos suficientes parafazer a economia de diversas cida-des do interior se manter em funcio-namento. São muitos os pequenoscomerciantes de diversas cidadespotiguares que estão sofrendo, portabela, com a redução das vendas.A crise é grande.

ECONOMIAÉ uma grata notícia a redução

nos gastos de telefonia celular porparte da Prefeitura de Natal. Segun-do informações da Secretaria Muni-cipal de Comunicação, a gestão Car-los Eduardo já reduziu em 84,5%as contas com telefonia móvel. Com-parado com a média de 2012, a eco-nomia foi de quase R$ 30 mil. Di-fícil é imaginar porque tanto gasto.

TRÁFICO DE PESSOASProfissionais da Direito, estu-

dantes e pesquisadores da área po-derão participar do "I Ciclo de pa-lestra sobre Tráfico de Pessoas." Oevento organizado pela comissãode formatura da turma 7MA da Uni-versidade Potiguar será o primeirode um total de três palestras e seráaberto ao público. Adiscussão ocor-rerá no dia 02 de maio às 19h no au-ditório da UNP-Floriano Peixono.As inscrições poderão ser feitas napraça de alimentação da UNP-Ro-berto freire ou com diretamente coma comissão de formatura nos tele-fones: 94786992 e 96668313. Oingresso custará R$ 20,00.

TURISMO IO workshop promovido pela

Associação Brasileira da Indústriade Hotéis (ABIH), em Goiânia, estasemana, atraiu bom público aoCastro’s Park Hotel. Segundo infor-mações da organização, cerca de120 agentes de viagens de Goiâniae também de Anápolis, cidade pró-xima, participaram do workshop,que teve como tema “Rio Grandedo Norte, a Flor do Caribe”.

TURISMO IIPor falar na novela Flor do Ca-

ribe, o governo do estado continuainerte frente a ampla divulgaçãoque a Rede Globo está fazendo doestado para todo o país. Indepen-dente da audiência da novela, jápassou da hora de aumentar a di-vulgação do RN nos intervalos co-merciais da emissora. Não dá paraacreditar que todos os cidadãos vãoligar o nome a pessoa assim tão fa-cilmente. Por enquanto, o governoestá deixando passar uma grandeoportunidade.

CAOS PRISIONALOs problemas no sistema car-

cerário do Rio Grande do Norte ga-nharam destaque nacional. Em suaedição de hoje, a Folha de SãoPaulo traz matéria assinada por estecolunista, retratando a situação caó-tica em que se encontram as unida-des prisionais do RN. Atualmente,já são 14 os presídios interditadosjudicialmente, devido a superlota-ção e a falta de infraestrutura. Ofato também já foi motivo de inú-meras notícias publicadas nestebravo vespertino.

Editorial da Folha de São Paulo(18/04/2013)

Pesquisa Datafolha publica-da na quarta-feira (17) registrouapoio recorde à redução da maio-ridade penal, hoje fixada aos 18anos. Nada menos que 93% dospaulistanos disseram-se a favorda mudança legislativa.

A quase unanimidade é raraem levantamentos do tipo. Ainda que a comoção diante de novo assas-sinato estúpido cometido por um adolescente tenha estimulado a tendên-cia, é inequívoco que a sociedade clama, com razão, por ações capazesde combater a insegurança.

Não há como fugir desse debate. O direito penal precisa, já no planosimbólico, mostrar-se habilitado a preservar a ordem, e um divórciocompleto com a opinião pública só prejudica esse objetivo. Daí não de-corre que a redução da maioridade seja a melhor medida para alcançaros efeitos desejados.

Existem 9.013 internos da Fundação Casa, órgão do Estado de SãoPaulo responsável por adolescentes infratores. Somente 134 deles, oumenos de 1,5%, cometeram crimes envolvendo mortes.

Se, por hipótese, uma lei mais dura para jovens e de eficácia máxi-ma tivesse sido adotada anos atrás, o impacto na criminalidade paulistateria sido pouco perceptível. Nos últimos dois anos, homicídios e latro-cínios (roubo seguido de morte) no Estado somaram quase 10 mil casos.Os adolescentes internados respondem por menos de 1,5% deles.

Ao final de 2012, as penitenciárias paulistas tinham 23.786 presos porhomicídio ou latrocínio. Considerando a população adulta do Estado, essescrimes levaram ao cárcere 75 pessoas a cada grupo de 100 mil. A inter-nação de jovens homicidas entre 15 e 17 anos é menos frequente: 7 acada 100 mil.

Há que levar em conta, ainda, que um adolescente, em fase de for-mação, seria presa fácil para os bandidos adultos numa cadeia comum.Misturá-los, em ambiente perverso, seria contraproducente.

Por outro lado, como é preciso fazer algo para afastar indivíduosperigosos do convívio social e combater a impunidade, não há senti-do em limitar a três anos o período máximo de internação dos jovensmais violentos.

A melhor saída é ampliar esse prazo – apenas para os crimes dolo-sos contra a vida, dentro de critérios estritos e mantendo os jovens se-parados dos adultos, mesmo após os 18 anos. A proposta, defendida poresta Folha há anos, foi encaminhada pelo governador de São Paulo, Ge-raldo Alckmin (PSDB), ao Congresso Nacional.

É crucial que tal matéria seja analisada com serenidade. A turbulên-cia emocional será daninha se levar os parlamentares ao populismo fácil,mas bem-vinda como catalisador de um necessário amadurecimento legal.

“Todos os crimes são devidamente e minuciosa-mente investigados e é isso que a sociedade

cobra, que os crimes sejam elucidados”

DELEGADO-GERAL DE POLÍCIA, FÁBIO ROGÉRIO, ESQUECENDO DE ACRESCENTAR QUE A MAIORIA DOS

CRIMES INVESTIGADOS NÃO SÃO ELUCIDADOS NO RN.

INFLUENTEEm terras potiguares

desde a noite de ontem, ondefiscaliza a situação do siste-ma prisional do Rio Grandedo Norte, o presidente do Su-premo Tribunal Federal(STF), ministro JoaquimBarbosa, está na lista das 100personalidades mais influen-tes do mundo da revista americana Time. A publicação destacou o fatode Barbosa ser o primeiro negro a comandar a Corte e lembrou ter sidoele o jurista que "presidiu o maior julgamento político contra a corrup-ção no País", em referência ao julgamento do mensalão. O chef AlexAtala também está na lista da publicação. Para a autora do texto sobreo ministro, Sarah Cleveland, professora de direito da Universidade deColumbia, Barbosa é símbolo de uma promessa de um País "novo, com-promissado com a diversidade cultural e a igualdade", afirmou, lembran-do que o Brasil foi o que mais "importou" escravos em comparação aoutros países das Américas.

Divulgação

José Aldenir

MAIORIDADE LEGISLATIVADivulgação

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Sexta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Cidade

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

GIRO PELO TWITTER

w A BAGUNÇA CONTINUA...Informação de fonte governista é deque as coisas na Saúde do Estadocontinuam de mal a pior.

>>>Até o momento, quase nada foi feitopelo novo chefe da pasta, Luiz Ro-berto Fonseca, que manteve a famade que "fala demais" entre os fun-cionários da secretaria e os colegassecretários.

>>>Reclamação de todo o tipo chega àcoluna sobre a pasta: as assessorias"são um desastre"; a área jurídica"é fraca não apresenta 'resultado'";e os problemas são adiados. Enfim,o local parece ser um caos.

>>>Enquanto isso, crianças continuama morrer sem atendimento.

>>>Agovernadora, como médica, falhaonde não podia.

w AS FICHAS OUTRA VEZ Nos corredores do TJRN não se falaem outra que não seja a eleição aber-ta e fundamentada que deverá acon-tecer na Corte para lista tríplice doQuinto Constitucional.

>>>Depois da recomendação do CNJ, ocerto é que o jogo foi zerado.

w NOVO CENÁRIOLembrando que na votação que foianulada, ficou claro que muitos com-promissos foram quebrados...

>>>Gente que prometeu e não votou (avotação secreta permite isso).

>>>Agora, novos compromissos virão.Novas análises terão que ser feitas...

w INDAGAÇÕESNo TJ também se fala que existemmuitas questões que deverão mudartotalmente o cenário de escolha doQuinto da OAB/RN. Qual o melhorcurrículo? Quem tem 'notório saber'?Qual o fundamento para cada voto?

w POSSIBILIDADESPara que a corte não venha sofrermais uma vez desgaste, muito pro-vavelmente o TJ pedirá a OAB/RNcurrículos dos postulantes para ane-xar ao processo.

w RECORDAÇÃONa escolha que foi anulada, o únicoque obteve o número legal de votosfoi Artêmio Azevedo.

>>>Ou seja, só houve um candidato commais de 8 votos.

>>>Os demais não tiveram votos sufi-cientes para integrarem a lista.

w NOVIDADEO novo desembargador do TJ, Iba-nez Monteiro, que tomou posse essasemana, ocupando a cadeira de Ra-fael Godeiro, terá direito a voto.

>>>Na votação anterior, Rafael não pôdevotar por estar afastado.

w NO MAIS......o que se comenta em algumasrodas jurídicas é que o TJ passa pelodesgaste por ter permitido ser palcode negociações para solução de umproblema que era exclusivo do Exe-cutivo e não do Judiciário.

>>>Sobre as 'negociações' comentadasnos bastidores, dizem são impubli-cáveis.

w ASSÉDIO DE PRESIDENTEAinda sobre o judiciário...

>>>...Joaquim Barbosa, o badalado pre-sidente do STF, fez sucesso em ter-ritório natalense hoje pela manhã.

>>>Em sua passagem pelo Fórum Sea-bra Fagundes - antes de se reunircom a governadora Rosalba Ciarli-ni para falar sobre o sistema carce-rário do RN -, ele foi tratado comocelebridade, com os servidores dis-putando fotos ao seu lado.

>>>Muito simpático, Barbosa atendeu aquase todos.

E ganhou até livro de presentedos fãs, que não paravam de dizerque ele era "um orgulho para osbrasileiros".

Márlio Forte Bobflash

DeSaboya.com

Mulheresnofds

Bobflash

Papo bom entre os deputados Fernando Mineiro, Fábio Dantas e Ezequiel Ferreira de Souza no plenário da AL

Desfile Coca Cola Clothing Verão 2014 no Fashion Rio

Ceiça e Nelson Solanocurtindo o show de JorgeAragão no Praia Devassa

Denise Gaspar dando osparabéns a Marizinha

Gurgel, na Fogo & Chama

Luciana e MarceloToscano no

Praia Devassa

w EXIGÊNCIAO Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) será recebido, na semanaque vem, pelo secretário Chefe da Casa Civil do Governo CarlosAugusto Rosado.

Assunto: plantões.

O marido da 'chefe-mor' quer que os policiais trabalhem!

w DISTANTE DEMAIS Falando nisso...

...o secretário de Articulação do Governo Esdras Alves está emSão Paulo acompanhando um irmão que não vai bem de saúde.

Por aqui, dizem que Esdras está "fazendo falta" na gestão...

w EM EVIDÊNCIAAmauri Fonseca e Michelle Geppert tiveram uma grata surpresa,vinda do Rio de Janeiro. Mais exatamente dos 'lounges' e da salade desfile da Fashion Rio.

A atriz global Karen Brustolin apareceu, ontem, na semana demoda carioca vestindo modelo da Toli. A atriz usava vestido ver-melho da grife potiguar combinado a jaqueta da carioca Shop 126."Eu adoro vermelho e o vestido é super versátil", contou.

Com várias peças da grife no guarda-roupa, a atriz espera vir a Natale Pipa no RN, cenários da atual novela "das seis" da Globo, Flordo Caribe.

w O TREMENDÃO EM NATALO Teatro Riachuelo recebe no próximo dia 30, véspera de feriado,a partir das 21h, o show inédito de Erasmo Carlos.

No show, ele vai fazer um 'tour' por todas as fases da carreira.

O Tremendão está completando 5.0 anos de estrada e vai presentearo público potiguar interpretando seus principais sucessos. Afinal,Erasmo é um dos principais compositores do País.

...do jornalista Rubens Lemos:

"Uma sugestão: TRE poderia

massificar campanha de reca-

dastramento eleitoral no Alto

Oeste pelo rádio. Lá, TV é pa-

rabólica. Nos rincões";

...do apresentador do CQC

na Band Marcelo Tas: "CNN

mostra ao vivo o trabalho da

polícia por todos os ângulos.

Excelente fonte de informa-

ção para o fugitivo #Boston".

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 19 de abril de 2013Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Ninguém há de negar à governadora Rosalba Ciarlini esua legião o destemor com que trava a luta contra ascorrentes de opinião pública. Menos por desejo, pois

gostaria de tê-las como no passado, e muito mais pelo fragorde um estilo que fez da espada a sua mão. Talvez, herança deuma heráldica cabocla, de quando Mossoró enfrentou o bandode Lampião do alto de suas platibandas, tangida pela palavrade ordem do coronelRodolfo Fernandes co-mandando a resistên-cia, sem medo e semrendição.

Quem sabe, foi de-sumano, e como con-tam alguns, ter enterra-do Jararaca ainda vivo,com suas vísceras defora e aqueles olhosbaços e tristes de ummoribundo que nãoteve o direito miserá-vel de morrer em paz esó por ter sido fiel aoseu líder. O fato é que,passados tantos anos,Mossoró mantém o es-pírito irredento. Penaque agora, aliada aosfortes, enfrente os fra-cos ferindo seu heroís-mo que já não fora rico de outros feitos e conquistas, mesmosob uma festiva chuva de bala em nome da liberdade.

Depois de duas décadas de um municipalismo de raízes pro-fundas, Mossoró despreza, como Narciso, tudo que não é es-pelho, para repetir o verso de Caetano Veloso. Mira seu pró-prio rosto e, nesse auto-encantamento, fecha-se nos seus anto-lhos. Como os ingleses que no auge do seu império - 'onde osol nunca de põe' - imaginavam só existir a Inglaterra na suariqueza poderosa e, do outro lado do canal, um amontoado depaíses sem importância política e econômica que se chamavao mundo.

Na hora em que o medo invade a casa de cada um - estánas manchetes - se ergue um perigoso fortalecimento das cor-rentes de opinião pública que de forma anônima e caudalosaentram em processo de fusão cristalizando o que a comunica-ção chama de consciência coletiva. Não foi à toa que no iní-cio do governo, naquele coronelismo jurídico contra o funcio-nalismo, esta coluna foi às ruas avisando que o Lampião agora

seria outro e contra aopinião pública invisí-vel não adiantaria ati-rar a chuva de bala.

Ao invés de con-centrar esforços na lutaem favor da saúde, dasegurança e da sobrevi-vência das vítimas daseca, com um gabine-te gerenciador das cri-ses a partir da mobili-zação da opinião pú-blica, o governo pare-ce acometido de umaforma de autismo es-tranho e desconhecido.E despeja sobre todosnós mensagens e men-sagens de uma propa-ganda oficial que atépode revelar seu em-penho em muitas áreas,

mas certamente nada diz a quem sente dor, medo, sede e fome.E ainda espera a consagração.

Parece até, Senhor Redator, o país de São Saruê tão caroao imaginário coletivo do Nordeste. O país idealizado, com suasbarragens feitas de mantas de carne de sol e açudes de leite. Ogoverno quer nos fazer viver num Rio Grande do Norte quetambém queremos, mas quando seus doentes estiveram cuida-dos e seu povo sem medo. Há um Rio Grande do Norte urgen-te. Inadiável. Impostergável. Um Rio Grande do Norte que ogoverno precisa enxergar. Sob pena de ser a vítima do seu pró-prio delírio.

w TESEDo senador Paulo Davin: 'Quem não estáno governo está na oposição'. Em tese,Senador. Em tese. No Rio Grande do Norteé uma verdade que passou a ser relativadesde aquela famigerada paz pública.

w VIGOREstá na revista Poder, de Joyce Pasco-witch: o grupo Guararapes vai duplicar,de 170 para 340 lojas da Riachuelo nospróximo ano. A ideia é ter definitiva-mente, a posição de maior cadeia de lojado Brasil.

w REFORMA - INinguém sabe qual será a intensidade dareforma administrativa a ser proposta pelosconsultores da Falconi. Só se sabe que adefinição e a implantação poderão durar18 meses com cortes substanciais.

w CORTES - IIA julgar pelo estilo da Falconi, hoje deatuação até fora do Brasil, além da re-dução de secretarias e cargos comissio-nados vai precisar de verdadeira reen-genharia nos seus custos e contrataçãode pessoal.

w ALIÁS - IIIA luta precisa começar por licitações emduas áreas que há décadas são estranha-mente intocáveis: as linhas de ônibus dotransporte coletivo e empresas da coletade lixo. A coisa já está ficando esquisita.

w MANCHETESDeste bravo Jornal de Hoje: 'Governo estáà deriva'. Da Tribuna do Norte: 'Arrastõeslevam o medo para dentro das casas'. DoNovo Jornal: 'Seca Braba'. O governo lêos jornais do RN ou desconhece?

w CHINAO empresário Sérgio Cirne viaja hoje àChina para participar da maior feira deprodutos industriais e comerciais domundo. Vai olhar as novidades na áreade brinquedos, hoje o predomínio é doschineses.

w LIMITE - IDia 22 de maio será a despedida do mon-senhor Agnelo como vigário paroquial daMatriz de Nossa Senhora da Apresenta-ção nos seus 80 anos. Seria substituído pelopadre Francisco Flávio Herculano.

w MÉRITO - IIA presença do monsenhor Agnelo foiconsiderada marcante até por ter sidoaquele que financiou com os seus recur-sos pessoais uma parte da reforma e cli-matização do centro pastoral da belaIgreja Matriz.

w TAMBÉM - IIIOutro sacerdote de grande atuação quealcança a idade da aposentadoria é o padreSátiro Cavalcanti, na Diocese de SantaLuzia, em Mossoró. Vai entregar os car-gos e recolher-se ao silêncio das orações.

w DISCRETOO procurador Miguel Josino tem ocupa-do as poucas horas vagas na revisão de umconjunto de contos para reunir num livro.Os amigos insistem para que Josino reve-le as qualidades de contador de história.

w HUMORDe um médico depois de acompanhar asprimeiras semanas do novo secretário dasaúde imprensado pela crise que herdou:'Tomara que ele posse das aulas às açõesantes de cair também numa exaustão'.

w PROPOSTADo filósofo Michel Onfray a Maria daPaz Trefaut, do jornal Valor: 'Depois daqueda do Muro de Berlim, proponho al-ternativas: o hedonismo em matéria demoral e o anarquismo em termos políticos'.

w POESIADe Ana Maria Marques no seu poemaMuseu: 'Se houve / um museu / de mo-mentos / um inventário / de instantes /um zoológico / de ferozes alegrias, / umálbum de fotografias nunca tiradas...'.

Contra as correntes

O Procon/RN lançou namanhã desta sexta-feira (19), oPlano de Metas de Redução deDemanda para 2013 em um even-to que reunião representantes deempresas de diversos segmentos,na sede da entidade, localizadano bairro da Ribeira.

Criado com o objetivo de oti-mizar o serviço de atendimento aoconsumidor, diminuindo as re-clamações dos consumidores e onúmero de processos, aumentan-do o índice de solução dos casosreclamados, o Plano de Metas,também irá fomentar atitudes po-sitivas dos fornecedores peranteseus consumidores e os órgãosde defesa do consumidor, identi-ficando os problemas geradoresde reclamações.

Durante a apresentação doPlano, o coordenador geral doProcon/RN, Araken Farias, mos-trou aos fornecedores os principaisíndices de desempenho de cadasetor do comércio. Os indicado-res apresentados, apontam comomaiores responsáveis pela insa-tisfação dos consumidores no anode 2012, os setores de AssuntosFinanceiros, Telecomunicações eSupermercado e Varejo.

De todos os processos aber-tos, apenas 40% foram finalizadoscom acordo entre ambas as partes,e esse índice preocupa Procon,que tem como plano de ação, me-lhorar as negociações entre forne-cedores e consumidores. De acor-do com o coordenador geral doProcon/RN, Araken Farias, a faltade acordo entre as partes e o baixoíndice de resolução de processossão causados pela inflexibilidadepor parte dos fornecedores.

"Esses três segmentos repre-sentam 90% da demanda no RN,e a gente verifica que em todosos casos, em audiência do PRO-CON o representante enviadopelos fornecedores não tem amenor autonomia pra resolver ab-solutamente nada. É um meroporta-voz, que vem com uma pro-posta de acordo pronta, e nãopode ser flexível à nenhuma ne-gociação. Temos projetos paramelhorar essa questão mas preci-samos do apoio dos fornecedo-res, que precisam estar abertos ànegociação, pois assim fica mais

fácil solucionar o maior númerode reclamações do Procon", ex-plica Araken Farias.

Como estratégia do Plano deMetas, o Procon/RN está convo-cando as empresas, para mostran-do a cada fornecedor quais sãoos principais problemas que apre-sentam, de acordo com as quei-xas dos consumidores e estabele-cendo prazo para que elas solu-cionem essas demandas.

Segundo o coordenador geraldo Procon/RN, as ações do Planovisam prioritariamente garantiros direitos dos consumidores."Queremos resguardar o direitodos consumidores, garantindoque eles encontrem fornecedo-res com Sac (Serviço de Atendi-mento ao Consumidor) eficien-te, entrega de produtos comprazo razoável, substituição deprodutos defeituosos sem buro-cracia, entre outras coisas. Dessaforma, queremos fazer com queo consumidor do Rio Grande doNorte, possa ter tranquilidade nahora de comprar seus produtos eadquirir seus serviços", afirmou.Araken.

Procon quer aumentar índice de casos solucionadosPLANO VISA MELHORAR RELAÇÃO ENTRE CONSUMIDORES E FORNECEDORES

Durante o lançamento na sede do órgão, representantes de empresas conheceram as principais queixas dos consumidores

Araken:“Baixa resolutividade dos casos é pela inflexibilidade dos fornecedores”

Fotos: Herácles Dantas

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Sexta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013

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[email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.comAMÂNCIO

Sexta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 19 de abril de 2013Esporte

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

PRECEDENTE PERIGOSOA polêmica faz parte do fute-

bol desde se decidiu projetar a bolaredonda e o campo com um círcu-lo central. Desde então, milharessão as histórias que geram polêmi-ca e foram assunto por semanas,em mesas de bar, escritórios, re-partições públicas e bancos depraça. Entre os principais motiva-dores das discussões ávidas e cheiasde opinião está a arbitragem e seuserros e acertos milimétricos - ounem tanto.

Contudo, no Rio de Janeiro, odebate sobre o "foi não foi" deve ga-nhar um capítulo inédito e perigo-so. O gol anulado de Hernane no se-gundo tempo da partida entre Fla-mengo e Duque de Caxias, que ter-minou 1 a 1, no dia 6 de abril, pelaTaça Rio, pode gerar a impugnaçãoda partida e até mudar o rumo dassemifinais do Carioca. O própriopresidente do TJD/RJ, José Fernan-des Teixeira, admitiu a possibilida-de. O questionamento surgiu ale-gando que o árbitro recebeu auxí-lio de agentes externos para assina-lar o impedimento na jogada.

O placar do jogo não foi homo-logado e a Federação de Futebol doRio de Janeiro (Ferj) já retirou um

ponto de cada equipe na tabela daTaça Rio e cada equipe passou aestar com um jogo a menos, en-quanto a decisão não é tomada nostribunais. Ora, futebol não se de-cide em salas frias e de pouco verdecomo as de um tribunal. O prece-dente que se abre, a partir destejulgamento, é perigoso. Aqui nopróprio Campeonato Potiguar, tive-mos um fato semelhante, em queum gol do ABC foi anulado e apartida acabou no 0 a 0, que pre-judicou o crescimento Alvinegrona tabela. Além deste fato, maisrecente, quantos pênaltis não forammarcados e que influciariam no re-sultado final do duelo? E expul-sões? Cartões? Faltas? Tudo isso émotivo de anulação das partidas?Não!

A escolha pelo formato de ar-bitragem como é, hoje, está sujei-to a consequências naturais daopção feita. São homens e mulhe-res que assinalam situações mili-métricas, em questão de segundos,e que decidem competições a par-tir de suas observações no decor-rer dos jogos. O que precisa mudarnão é o resultado da partida, masa forma como é realizada a arbi-tragem no Brasil. Seja por recur-

so eletrônico, através de mais ár-bitros auxiliares com poder de mar-cação de infrações, ou qualquerque seja, é preciso encontrar umaalternativa para auxiliar o futebol,não o resultado. Caso contrário,as manchetes deixaram de ser pro-duzidas em campo e partirão dafrieza do martelo sem graça de umjuiz... de direito.

LARANJA SECRETAEm noite de premiação pelo tí-

tulo do primeiro turno, a grandeatração do jantar realizado pela di-retoria do América em uma chur-rascaria da cidade foi a apresenta-ção do terceiro uniforme do Amé-rica para temporada 2013. Os pre-sentes viram com exclusividade anova camisa cor de laranja e aindativeram a oportunidade escolher acor do calção, cujo branco foi a coraprovada. O primeiro lote, de 150unidades, esgotou. O uniforme, con-tudo, permanece guardado a setechaves para evitar a pirataria, porisso, nenhuma foto da camisa foi di-vulgada até aqui. A partir destasexta-feira, na sede social, inicia opagamento para quem realizou opré-cadastro. A previsão de entre-ga do primeiro lote é de 15 dias.

NOVO COMANDANTECom a saída do técnico Gilber-

to Gaúcho, que pediu demissãoapós a derrota de meio de semanado Santa Cruz para o Assu por 1 a0, o técnico Roni Araújo, que esta-va comandando o Crato no Cam-peonato Cearense, é o novo treina-dor da equipe. Candango, Roni tem31 anos e tem no seu currículo pas-sagens como treinador no futebolcearense e piauiense. O novo co-mandante do Tricolor do Trairi tinhaapresentação prevista para a manhãdesta sexta-feira.

COM A PALAVRA...Um leitor informa à coluna que

a até o presente momento, os árbi-tros que apitaram nos Jerns em mo-dalidades como futsal, handebol,ginásticas e algumas regionais dointerior ainda não viram a cor do di-nheiro. Algumas partidas foram rea-lizadas no mês de agosto do anopassado. Não apenas isso, sequerhouve a tradicional premiação dasescolas e atletas-ouro e não há qual-quer perspectiva dela ocorrer. Coma palavra a Codesp e o Governo doEstado...

CORINTIANS DE CAICÓ VAI SOLICITARAFASTAMENTO DO ESTADUAL 2014APÓS REUNIÃO, DIRIGENTES DO GALO DO SERIDÓ CHEGARAM A ACORDO PARA NÃO DEIXAR A COMPETIÇÃO A

TRÊS JOGOS DO FIM E DEVEM OFICIALIZAR SAÍDA DO CLUBE DO CAMPEONATO POTIGUAR AO FINAL DA DISPUTAO Corintians de Caicó está

fora do Campeonato Potiguar2014. A confirmação foi dada pelopresidente do clube, RaimundoLobão, na manhã desta sexta-feira,em entrevista ao JORNAL DEHOJE. O dirigente confirmou quea decisão partiu de um acordoentre os representantes do cluberealizado no final da noite da úl-tima quinta-feira. Segundo Lobão,o clube deverá oficializar o pro-cesso de desfiliação logo após ofim da disputa da edição deste anoda competição.

A intenção inicial do cartolaera de que o Corintians deixasse adisputa de imediato e sequer dis-putasse a partida deste final de se-mana, em Caicó, contra o SantaCruz, em jogo válido pela quintarodada do Segundo Turno do Es-tadual. No entanto, Lobão acabouconvencido pelos demais dirigen-tes a manter o clube em campo aomenos até o final da disputa."Minha opinião é que o time saiado campeonato agora, mas conver-samos bastante e o pessoal achouque ficaria feio deixar o campeo-nato agora. Conversei com elesontem, então tomamos essa deci-são e vamos solicitar a desfiliaçãoda federação assim que o campeo-nato terminar", revelou o dirigen-te corintiano.

Curiosamente, o Corintians deCaicó foi vice-campeão do 1º turnodo Estadual com uma campanhaigual a do América, primeiro colo-cado, na qual conquistou 16 pontos,

ficando atrás do América na classi-ficação geral apenas pelo saldo degols. Na decisão, a equipe foi der-rotada nas duas partidas, em Caicóe Goianinha, e perdeu o título.

Apesar do bom desempenho noprimeiro turno e as participações,geralmente competitivas da equi-pe no Campeonato Potiguar, Lobãoexplica que a decisão para retirar otime do Estadual não foi motivada,apenas pelos erros de arbitragemna última quarta-feira, quando aequipe acabou derrotada pelo ABCpor 2 a 0. Na ocasião, o dirigentechegou a invadir o campo de jogoe pedir que os jogadores abandonas-

sem a partida devido a dois pênal-tis que não teriam sido marcados emfavor do time do Seridó.

"Estou muito triste com essadecisão [de tirar o Corintians doEstadual], mas não dá mais. OCampeonato é feito para ABC eAmérica decidir o título. Algumasvezes times do interior decidemporque não há como a arbitragemevitar sempre, mas fica muito di-fícil você fazer um trabalho duro,complicado como é aqui no inte-rior e a arbitragem acabar tudo numsó jogo. Desta vez, estão queren-do colocar o ABC de todo jeito naCopa do Brasil e Copa do Nordes-

te. O futebol é para ser feito paratodo mundo", lamenta o cartola.

Lobão reconhece que erros dearbitragens são comuns e taxacomo "fraca" a arbitragem prati-cada no Rio Grande do Norte. Noentanto, ele acredita no favoreci-mento direto ao ABC após a par-tida do meio de semana e critica aFederação e Comissão de Arbitra-gem do estado pelo que ele alegaser falta de critério. "Quando o caraerra, você percebe, mas quando vêfalhas como houve aqui, todomundo aqui viu que não foi erro.A arbitragem do Rio Grande doNorte é muito fraca. Na Federação

são dois pesos e duas medidas. Fi-zemos representação contra árbi-tros, mas não deu nada. No caso doABC, o árbitro acaba suspenso.Não dá para entender", questiona.

O dirigente descartou a notíciade que a equipe poderia disputar ocampeonato paraibano e afirmouque essa teria sido uma sugestão daimprensa local para evitar que oCorintians se resumisse a disputade competições regionais e amado-ras. Lobão, no entanto, deixou umabrecha para a retomada do clube,ainda no próximo ano. Segundo,se assim como o Alecrim, aparecerum interventor que assuma o con-

trole do clube, o Galo do Seridó po-derá permanecer filiado e dispu-tando competições profissionais.

"Minha vida é do futebol, sem-pre foi, mas não tem mais condi-ções. Nossa folha de pagamento éde R$ 50 mil, mas para a gentepagar é coisa de louco. Chega diado pagamento, tem que pegar di-nheiro emprestado, empresárioscorrem de patrocínio às equipes dointerior. É muito difícil fazer fute-bol assim e estamos cansados",confessa Lobão, em um tom devoz, claramente decepcionado como rumo que o Galo do Seridó estátomando.

Amenos de dois dias para a dis-puta do segundo clássico do ano,ABC e América iniciaram a prepa-ração para o duelo que vale muitopara as duas equipes e ainda não de-finiram as equipes que vão a campono domingo. A partida no Frasquei-rão tem início previsto para as 17horas.

O técnico Roberto Fernandesvoltou a usar a tática do mistério emudou, de última hora, o treinamen-to do clube que estava previsto paraser realizado na tarde de quinta-feira.Fez o trabalho na manhã de hoje esó volta a reunir o grupo neste sá-bado pela manhã, apenas para um re-creativo. Fato é que o treinador temmuito a "esconder", já que tem aequipe completa para o duelo con-tra o maior rival com o retorno dosalas Renatinho e Bruno, que cum-priram a suspensão pelo terceiro car-tão amarelo na última partida.

No ABC, Paulo Porto faz hojeà tarde o último treino para definira equipe para o duelo. O treinadornão poderá contar com Hamilton,suspenso com o terceiro amarelo. Oprovável substituto é o volante Edsonque se recuperou de lesão e devepassar por uma avaliação durante otreinamento. O reforço abecedista éo retorno do meia Junior Xuxa queficou de fora da última partida aocumprir suspensão automática, tam-bém por cartões amarelos. A equi-pe não deve ter mudanças drásticase segue numa formação com trêszagueiros. No gol, Porto pode optarpor mais experiência e sacar Rafaelpara a entrada do goleiro Lopes.

Enquanto os treinadores defi-nem as equipes, o esquema de se-gurança para o clássico já foi acer-tado em uma reunião na Sede Socialdo ABC, mandante da partida, juntoao Comando da Polícia Militar do

RN. Os portões do estádio serãoabertos às 15h e o acesso da torci-da visitante se restringirá apenaspelo portão A (arquibancada). Osingressos destinados à torcida visi-tante serão identificados.

Integrantes do programa de

sócio do ABC e torcedores abece-distas com ingresso de arquibanca-da terão acesso ao estádio pelo por-tão C. No caso de associados comingressos de cadeira, conselheiros,cessionários e torcedores em geralcom ingresso de cadeira tem aces-

so pelo portão B. Ao término da par-tida, a torcida do América sairá pri-meiro. A saída da torcida alvinegrase dará somente após 20 minutos.Além disso, não será permitida aentrada de torcedores com vestimen-tas de outro time. As medidas visamgarantir a segurança do torcedor noClássico-Rei.

A arbitragem para o jogo tam-bém foi definida. AFederação Norte-Rio-grandense de Futebol (FNF)confirmou o catarinense Heber Ro-berto Lopes, da Fifa, como árbitrodo classico, válido pela quinta roda-da do Estadual. Na primeira parti-da, outro árbitro Fifa, Leandro PedroVuanden foi o dono do apito.

INGRESSOSOs ingressos para o Clássico

estão sendo vendidos desde a manhãdesta sexta-feira, na Bilheteria doFrasqueirão e em diversos pontos

de venda. Os ingressos para o setorde arquibancada custam R$ 40,00(inteira) e R$ 20,00 (meia) e para ascadeiras, R$ 70,00 (inteira) e R$35,00(meia). Estudantes e idosospagam meia entrada.

O torcedor do ABC pode adqui-rir seus ingressos em cinco pontosde vendas, no caso de inteira, (arqui-bancada e cadeira): Sterbom Mid-way, Sterbom Nordestão/Santa Ca-tarina, Livraria Câmara Cascudo doCentro e Parnamirim e na Panifica-dora Estrela Dalva. Os demais tiposde ingressos devem ser adquiridosna Bilheteria do Frasqueirão. Osingressos destinados à torcida visi-tante serão comercializados no Pitts-Burg da Av. Prudente de Morais.Lembrando que os mesmos serãoidentificados e o acesso ao estádiose restringirá apenas pelo portão A(arquibancada) e cadeira pelo por-tão B.

Equipe seridoense está com os dias contados no Campeonato Potiguar. Despedida será, em Mossoró, contra o Baraúnas Raimundo Lobão, confirma saída do clube para próxima temporada

> CLÁSSICO

ABC E AMÉRICA SE PREPARAM PARA JOGO DECISIVO

Estádio Frasqueirão terá os portões abertos para o Clássico a partir das 15horas. Times estão praticamente definidos para o confronto

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Divulgação

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Sexta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

Brasileiros se classificam e oitavastêm reedição da final de 2012ATLÉTICO-MG, SÃO PAULO, FLUMINENSE, CORINTHIANS, GRÊMIO E

PALMEIRAS AVANÇARAM PARA A FASE DE MATA-MATA DA LIBERTADORESOs quatro jogos que definiram

a fase de grupos da Libertadoresna quinta-feira à noite confirma-ram a classificação de todos os bra-sileiros para a fase de oitavas definal da competição intercontinen-tal. Entre todos os classificados,apenas um duelo entre eles serárealizados nas oitavas de final, casode Atlético-MG e São Paulo. A pró-xima fase terá ainda a reedição daúltima final do torneio, entre Corin-thians e Boca Juniors, e o Palmei-ras enfrentando o Tijuana em seuestádio com grama sintética.

Um dos confrontos mais cha-mativos da fase será o reencontroentre Corinthians e Boca Juniors,nos mesmos moldes da decisão doano passado: primeiro jogo naBombonera e o segundo no Pa-caembu. A partida ocorre porque oTimão avançou com a quarta me-lhor campanha entre os primeiroscolocados, enquanto os argentinosficaram em quinto entre os vice-lí-deres. Outro duelo envolvendo bra-sileiro é o Palmeiras contra o Tijua-na. O clube mexicano é o melhorsegundo colocado na fase - só nãofoi líder de sua chave por ter saldode gols inferior ao do Corinthians,somando os mesmos 13 pontos. OVerdão, mesmo somando nove pon-tos em seu grupo, decide em casapor ter sido líder - o pior entre osclassificados.

O Fluminense, dono da tercei-ra pior campanha entre os líderesna fase de grupos, terá pela frenteo Emelec, do Equador. Segundocolocado na chave do atual cam-peão brasileiro - e segundo piorentre os classificados nesta condi-

ção -, o Grêmio começa decidin-do em casa diante do Santa Fé, daColômbia. Todos os brasileirosavançaram, mas um deles certa-mente não estará nas quartas definal. O Atlético-MG, autor da me-lhor campanha entre os 32 clubesque disputaram a fase de grupos,terá pela frente o São Paulo, tri-campeão mundial e da Libertado-res, atual campeão da Sul-america-na e classificado que menos somou

pontos. O primeiro duelo será noMorumbi, com decisão no Inde-pendência, em Belo Horizonte.

Projetando as fases seguintes,um novo duelo brasileiro se dese-nha nas quartas: vencedor de Atlé-tico-MG e São Paulo contra o Pal-meiras. O Corinthians está domesmo lado da chave dos rivaispaulistas. Fluminense e Grêmio sóse encontrariam com os demaiscompatriotas numa eventual final.

No entanto, caso cheguem apenasdois times brasileiros na semifinal,eles se enfrentam independente-mente da formação das chaves.

Completando os confrontos,ainda das oitavas, há um clássico ar-gentino entre Vélez Sarsfield eNewells's Old Boys, o paraguaioOlimpia diante dos argentinos doTigre e o Nacional decidindo suavida no Uruguai diante do RealGarcilaso, do Peru.

Durante o lançamento do per-sonagem em quadrinhos NeymarJr., do cartunista Mauricio de Sousa,o futuro do atacante do Santos es-teve entre os temas principais doevento, realizado nesta quinta-feira,no Salão de Mármore da VilaBelmiro. Um dos responsáveis pordecidir os destinos de carreira docraque, Neymar da Silva Santos, paida Joia, desmentiu os rumores deum possível acordo com o Barcelona(Espanha) e deu garantias de que ofilho deve continuar na Vila Belmiro,até o fim do seu contrato, que é váli-do até julho de 2014.

"Até o fim do contrato é certeza.Diria que é 100% para ficar até o fimdo contrato. Depois? A gente nãosabe, não posso dizer. Mas eu achoque o Neymar vai ter cumprido umaetapa importante no país, passandopor muita coisa e jogando uma Copado Mundo aqui no futebol brasileiro.Depois, eu como pai, acho que eletem de pensar profissionalmente eir embora. Escolher algum clube naEuropa. Mas, hoje, nós queremoscumprir o contrato. Se as coisasacontecerem antes, não será uma es-colha nossa", disse Silva Santos.

Indagado sobre a intenção dadiretoria santista, em estender o vín-culo de Neymar, o pai do atacantenegou que o staff do jogador tenharejeitado uma oferta de renovação dacúpula alvinegra. No entanto, Ney-mar da Silva Santos praticamentedescartou a possibilidade de que ocontrato seja prorrogado. "Não re-

jeitamos nenhuma proposta. A ne-gociação de renovação está aconte-cendo, estamos tentando achar umafórmula para resolver isto. Mas oque vai fazer o Neymar ficar aqui?É mais dinheiro? Percentual? Não éisso. Me falem: o que vão oferecerao Neymar? Se tem alguém parafazer um projeto e oferecer algumacoisa ao Neymar aqui no Brasil mefale e ajude ao Santos. O problemado Neymar não é financeiro", ex-plicou.

O pai do atleta ainda comentou

as notícias publicadas pela impren-sa espanhola, sobre um possívelacordo com o Barça. Silva Santosnegou a existência de um pré-acer-to de Neymar com os catalães, queentraria em vigor depois da Copado Mundo de 2014, no Brasil. "Nãotem como. Não dá para esconderum negócio desses, a Fifa não per-mite. O pré-contrato só existe seismeses antes (do fim do vínculoatual), quem fala isso diz umabesteira. Que garantia vou dar aoclube? Não existe isso", afirmou.

Por fim, o pai de Neymar aindaironizou as especulações acerca dofuturo de seu filho. "O Neymar temum contrato a cumprir. Não aceita-mos conversar, porque o Neymartem um contrato com o Santos. Oclube não vende e o Neymar nãosai. Aqui no Brasil, já colocaram oNeymar umas três vezes noBarcelona, umas quatro no RealMadrid, fora o Chelsea e outrosclubes. Não dá para rebater todahora esse tipo de especulação",encerrou.

São Paulo e Atlético-MG fazem único clássico brasileiro nas oitavas de final da Libertadores deste ano

São Paulo e Atlético-MG fazem único clássico brasileiro nas oitavas de final da Libertadores deste ano

> MERCADO

PAI DE NEYMAR CONFIRMAJOGADOR NO SANTOS ATÉ 2014

> FÓRMULA 1

Em meio a protestos, GP do Bahrein está confirmadoApesar de viver uma situação

política conturbada, o Bahrein re-ceberá normalmente a quarta etapado Mundial de Fórmula 1. Essa éa posição da Federação Interna-cional de Automobilismo (FIA) eda Formula One Management, em-presa que detém os direitos com-erciais da categoria externado emum comunicado conjunto.

Assim como nos anos anteri-ores, a realização do Grande Prêmiodo Bahrein foi criticada e houve

pedidos de cancelamento, já quealgumas lideranças locais acusamo governo de usar a Fórmula 1 paratransmitir ao mundo uma sensaçãode estabilidade política, tese quenão foi suficiente para comover oschefes da categoria. "A FederaçãoInternacional de Automobilismo(FIA) e a Formula One Manage-ment (FOM) conjuntamente con-firmam a crença de que o GP doBahrein deve ser realizado nestefinal de semana, seguindo as garan-

tias dos promotores locais e do gov-erno de que a segurança, de sua re-sponsabilidade, será garantida atodos os participantes", diz trechodo comunicado.

O francês Jean Todt, presidenteda FIA, e o inglês Bernie Eccle-stone, detentor dos direitos com-erciais da Fórmula 1, são citadosna nota publicada para garantir arealização da corrida normalmente.O comunicado ainda diz acreditarque a disputa de uma etapa da Fór-

mula 1 pode contribuir para mel-horar a situação política do país."A FIA e a FOM têm convicção deque o esporte muitas vezes podeser uma força para o bem e que arealização da prova no Bahrein vaiajudar de alguma forma a aliviaras questões que vêm sendo levan-tadas pela mídia", afirma o comu-nicado. Nesta sexta-feira, primeirodia de treinos livres, não foramregistradas ocorrências de maiorgravidade.

Eis o facão Fome com vontade de cortar o cabelo. Dá quase testemunho de

assassinato com sangue jorrando pela calçada. Do banco do pas-sageiro, deu para assistir os segundos finais de um rompante cotidi-ano cada vez mais comum e que, por sorte coletiva, terminou semdesgraça.

O carro estacionava em frente ao Pequeno Príncipe, ali na Aveni-da Rio Branco, para onde decidi ir para uma tosada de máquina zeroum. Vizinho, improvisaram um estacionamento pago a 3 reais a hora.É fruto da moderna mobilidade urbana de Natal. Está sempre lotado.

Saía um Gol azul, com um idoso dirigindo. Enquanto baixei acabeça e olhei para o lado da Avenida Rio Branco para não atrapal-har e ser esmagado pelo tráfego, deu-se a confusão. Gritaria e o sen-hor, motorista do Gol, puxou um assustador facão rabo-de-galo, longede meu ângulo de visão há pelo menos 20 anos, quando integrava ed-itoria de polícia em jornal.

O homem de seus 70 anos parecia um espadachim de feira livre.Brandiu o possante, deu uma riscada no ar, saltou, deixou o carro lig-ado e, mancando (é portador de deficiência física), botou para correrum outro cara, bem mais jovem, taludo e de bom senso.

Quando viu o rabo-de-galo em circunferências, correu como umponta-direita de campeonato de várzea. Medo de desaprumar in-testino e passava pouco das duas horas da tarde, quando a tripa comarroz começa a baldeação entre o grosso e o delgado, preparando opum. Foi carreira grande.

O veterano disse, assim, em 45 segundos, algo em torno de 376palavrões pusilânimes, baixos, terríveis. Ele desabafava com vig-orosa sinceridade. E tentava botar no lugar a lanterna da frente do carro,que tinha sido chutada pelo rapaz transformado em corredor de rua.

Depois do cantar de pneus em acelerada fúria do idoso em seuGol, com o facão colocado em seu colo, impropérios em rajada,começou a juntar gente e o rapaz voltou, desconfiado, para o meioda patota que se formava, para as considerações e análises posteri-ores.

Ainda estava parecido com a bandeira do Brasil. Pálido, amare-lo, vestindo camisa verde bacurau, de seguidor irrestrito do ex-min-istro Aluizio Alves e calça jeans. Calado estava, com dois amigos,quando o responsável pelo estacionamento veio contar sua versão, amais plausível:

- O senhor saiu do estacionamento de ré e o cara vinha distraídono celular. O carro bateu de leve no rapaz que ficou valente e saiuchutando tudo e dizendo palavrão pro velho que até desculpa pediu.Quando viu que não tinha jeito, foi quando o senhor(eu) chegou eolhou a cena do facão e da carreira do rapaz que perdeu a coragem...

>>>Um facão rabo-de-galo, de ponta curva, sinuosa e grande prestí-

gio nos rincões sertanejos, é de cortar destemor de fuzileiro naval dosEstados Unidos. Um golpe dado com força é capaz de mutilar o in-feliz atacado. Existem cemitérios inteiros habitados por desafiantesde facões do rabo-de-galo.

Daí não merecer a pecha de medroso o velocista da Rio Brancoàs 14 horas. Ele estava com instinto de sobrevivência aceso, preser-vando a sua vida. O que não deveria, com base nos depoimentosdados com certa solenidade, era ter subestimado o mais velho, ohomem que estava dentro do carro, esnobado o fator surpresa, que jáderrotou muito pretenso substituto de cangaceiro moderno.

Reflexões que tirei do episódio. Se tivesse acertado, o idoso teriaprovocado uma tragédia e o outro, um trabalhador em estresse re-solvendo assuntos profissionais ao celular, teria morrido ou estariainvalido. E hoje a neurose está de emboscada onde menos se espera.

Um facão rabo-de-galo, que a polícia enfrenta atirando e à dis-tância, em pleno centro da cidade em horário de expediente é inqui-etante. O que danado alguém vai fazer na rua com um facão rabo-de-galo grudado ao freio-de-mão do carro? É para se defender, provarque não há mais em quem confiar ou simplesmente matar se for ocaso? Se bem que no exemplo dele, embora temperamental, foi hu-milhado e muito.

A vida, qualquer uma, não vale um facão rabo-de-galo. O medoque o ameaçado sentiu valeu por todos os cascudos, cocorotes ourepreensões que ele tenha levado dos seus pais na infância. Ou dosmurros que sofreu em brigas comuns de rua.

Legal foi ouvir Davi, o barbeiro, magro, espigado, afrodescen-dente(É horrível e hipócrita o politicamente correto), o NeguinhoDavi, pronto, resumir ao seu jeitão de espreguiçadeira o episódio"facão rabo-de-galo esquenta a tarde ":

- É, meu Rei, é por isso que eu não brigo, não me meto, não façoconfusão. Fico no meu jeitão, certo? Na boa, na paz, na calma, queeu sou mermo(mesmo) é baiano...

ATAQUE COMPLICADOPara o ABC, é complicado o

ataque com dois paredões desom: Rodrigo Silva, que pelomenos finaliza e Junior Pipoca,que só reclama. Na falta deopções, é adiantar Jean Cariocapara a frente, pois Vanderlei tam-bém não está fazendo nada.

NADA DEMAISSport para o ABC e Atléti-

co(PR) para o América - sevencer o JI-Paraná serão adver-sários difíceis na Copa do Brasilmas nada de assombrar. O Sportnão tem um craque sequer. OAtlético(PR) depende de PauloBayer, que é do tempo deDonizete e Luizão no ataque doVasco(RJ).

SEGURANÇAAté domingo, tem muita

gente esperando a escalação docomandante da PM, CoronelAraújo, para decidir se vai ounão ao Frasqueirão. O time dapolícia nos tempos de bandidosnos estádios termina sendo maisimportante do que os escalados

pelos clubes. A PM garante vidas.E nenhum jogo de futebol valeuma vida. Só quem pensa assimsão os baderneiros.

GANSODeu um passe magistral.

Agora serão mais dois anos dedescanso.

JOGO PARA A TORCIDAA Federação Cearense de

Futebol, numa jogada para a ar-quibancada, suspendeu a entra-da de integrantes das torcidas or-ganizadas Cearamor (do Ceará)e Jovem Garra Tricolor (do For-taleza) no estádios nos próximosmeses.

TARDIAA medida tardia, portanto,

bem brasileira, vem depois deduas mortes no último clássico e,claro, é temporária. Quem estiv-er com alguma identificação daCearámor está punido(pode botaraspas) por 60 dias e com carac-terização da torcida do Fortaleza,por um mês a mais. Depois, es-perar outros cadáveres.

Fotos: Divulgação

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 19 de abril de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

O JORNAL DE HOJE – Comoé ser indígena nos dias de hoje?

Tayse Campos - Ser indígenanos dias de hoje é ser re-sistente! O que eu percebo éque a mesma sociedade queobrigou os índios a se vestircomo não-índios, a aprender efalar o português, a não praticarmais seus rituais, a matar suareligião e suas crenças, hojecobra que os índios provemque são Índios. Nós temos amemória do nosso povo, dascrenças e cultura que nos foramrepassadas pelos nossos pais,avós... Não basta dizer que éíndio, tem que ter a memóriada nossa cultura, do nossopovo, dos nossos ancestrais.Muitos Índios aqui no RioGrande do Norte negam suaidentidade para não sofrer pre-conceito, pra não ser agredi-do, humilhado. Eu, particular-mente, tenho muito orgulho daminha cultura, da minha iden-tidade indígena, eu não pre-ciso do reconhecimento da so-

ciedade, independente disso eusempre serei indígena, sempreserei Mendonça, tá no meusangue, nas minhas raízes. Oque eu quero é que o Estadobrasileiro nos devolva o quenos roubaram, a minha luta épor direitos indígenas, nãoquero que ninguém sinta penade nós, mas vejam em nós anossa força, a nossa resistên-cia e a nossa coragem de lutarpelo que é nosso.

O JORNAL DE HOJE – Numaconversa anterior, você declarouque o “Brasil não foi descober-to e sim, invadido”. Expliquemelhor sobre essa afirmação?

Tayse Campos - Essa é minhaopinião. A diferença está emcomo as pessoas interpretam apalavra “descobrir”. Para mim,“descobrir” é você encontraralgo que não tem dono, queainda não foi achado porninguém. Quando os por-tugueses chegaram aqui játinha dono nas terras. Se isso

é descobrir, então, eu possochegar em uma casa e repro-duzir o que os portugueses fiz-eram com os indígenas quan-do chegaram no Brasil: entrar,matar ou escravizar os ver-dadeiros donos, me apossar dacasa e dizer que “descobri”.Mas, se eu fizer isso, comcerteza, serei presa e a “justiçabrasileira” vai dizer que eu “in-vadi” a casa.

O JORNAL DE HOJE – Outraquestão que você levanta é o fatodos natalenses serem chamadosde potiguares e os índios de cabo-clo? Caboclo não são os descen-dentes de branco com índios?

Tayse Campos – (Risos) Po-tiguara é uma palavra tupi quesignifica “povo que come ca-marão” ou “comedor de ca-marão”, é uma palavra indí-gena atribuída aos povos indí-genas que habitavam o litoraldo estado. Amaior parte dos ín-dios do Rio Grande do Nortesão de etnia Potiguara. É muitomais fácil para o Estado usaro nome da nossa etnia e noschamar de Caboclos do queadmitir que nós que somos overdadeiro povo Potiguara, osprimeiros habitantes desse es-tado e que ainda existimos.

O JORNALDE HOJE – Na suaopinião, qual o papel do índiodentro da sociedade brasileira?

Tayse Campos - O índio noBrasil tem que ser respeitado,somos os primeiros habitantesdessas terras, os verdadeirosdonos. Os povos indígenas temmuito a ensinar a sociedadebrasileira. E, no entanto somosvistos como um problema ouignorados.

O JORNAL DE HOJE – E,sobre a Convenção 169 da OIT.Por que o Brasil é o único queassinou e ainda não regularizou?

Tayse Campos – O Governobrasileiro não regularizouporque não é interessante paraeles, um governo que atropelaa cultura e as crenças de umpovo pelo que eles chamamde “desenvolvimento”. Porqueo país se interessaria em reg-ularizar a Convenção 169 e serobrigado a consultar os povosindígenas antes de executarqualquer projeto que venha ainterferir na nossa organiza-ção, no nosso ambiente? Masessa é mais uma luta do movi-

mento indígena do país, esta-mos cobrando isso do Gover-no Federal e iremos cobrar atéque ela seja regularizada.

O JORNAL DE HOJE – Então,em resumo o que é a Convenção169?

Tayse Campos - AConvenção169 sobre Povos Indígenas eTribais em Países Indepen-dentes da Organização Inter-nacional do Trabalho (OIT) foiaprovada em 1989, durante sua76ª Conferência, é o instru-mento internacional vinculantemais antigo que trata especifi-camente dos direitos dos povosindígenas e tribais no mundo.

O JORNAL DE HOJE – Umadas imagens que se tem é que osíndios são um povo guerreiro.Então, quais são as suas princi-pais lutas?

Tayse Campos - Por direitos.Não pedimos nada a ninguéme nem queremos tomar nadade ninguém. Lutamos pelosnossos direitos, para que o Es-tado Brasileiro nos devolvamo que nos foi tomado: nossasterras. O nosso bem mais pre-cioso é a terra, é dela quetiramos o nosso sustento, é nelaque estão nossas raízes, asabedoria dos nossos antepas-sados, a nossa cultua, as nos-sas tradições e ela que quere-mos deixar para os nossos fil-hos, netos, bisnetos. A terra éa nossa maior riqueza.

O JORNAL DE HOJE – Tayse,os brancos chegaram por aqui etiraram os índios de suas terras.E, hoje onde se encontra os ín-dios potiguares?

Tayse Campos - Hoje, no RN,tem quatro comunidades indí-genas reivindicando regular-ização de suas terras, que são:Sagi/Trabanda em Baía For-mosa, Catu que fica na divisaentre Goaininha e Canguare-tama, os Caboclos de Açu eTapará em Macaíba. Não sãotodos de etnia Potiguara, emTapará a etnia é Tapuia. Mas,com certeza, tem muito maisÍndios no estado que ainda nãose auto afirmaram ou não estãoorganizados no movimento in-dígena do Estado.

O JORNAL DE HOJE – Porque não existe um espaço onderesgate a memória indígena doRio Grande do Norte, como por

exemplo, um museu?Tayse Campos - Acho que essaé uma pergunta pertinente parafazer para a FUNAI e o Museudo Índio. Desde 2011 estamosreivindicado a esses doisórgãos apoio em atividades depromoção da cultura indígenanas comunidades e até agoranão chegou nenhum apoio.

O JORNAL DE HOJE – Existealgum projeto para valorizar edivulgar a cultura indígena po-tiguar?

Tayse Campos - Potiguar?(risos) Não temos nenhum pro-jeto a nível estadual para val-orizar a cultura dos povos in-dígenas do RN, mas temosações específicas dentro dascomunidades de resgate e val-orização da dança, da língua,do artesanato, dos costumes,plantas medicinais, entre out-ros.

O JORNAL DE HOJE – Contepra gente, como é o dia–dia dosíndios potiguaras?

Tayse Campos - Bem, se eufor relatar esse dia-dia das pes-soas nas comunidades dá umlivro. Em cada comunidade éuma realidade diferente, sãopessoas que trabalham ematividades diferentes, estudam,cuidam da família, se divertem.Mas uma coisa é igual: o re-speito pela terra, pela comu-nidade e pelos parentes.

O JORNAL DE HOJE – Quaissão os principais costumes que

ainda fazem parte do cotidianoda tribo?

Tayse Campos - Vou respon-der só pela minha comunidade,o Amarelão: o casamento entreparentes de sangue (primos),porque aqui ainda é raro umMendonça casar com uma pes-soa que não seja Mendonça(independente de ser índio ounão); os casamentos tradi-cionais que duram três dias,começam na sexta e termina namadrugada de domingo pra se-gunda; comer tanajura, tapio-ca, macaxeira, beijú, a carneassada no fogo a lenha; comercaça somente com farinha enão misturar com outros ali-mentos como arroz, feijão..Ah! É importante frisar quenão praticamos a caça pre-datória, entre outros.

O JORNAL DE HOJE – Vocêsainda falam tribo? Ou é comu-nidade?

Tayse Campos - Não. A nossacomunidade foi um aldea-mento, mas, hoje é uma grandecomunidade.

O JORNAL DE HOJE – E,quais são os principais costumesque os ‘brancos’ herdaram dosíndios que você percebe na atu-alidade?

Tayse Campos - Só os bonscostumes, os maus os brancosaprenderam com eles mes-mos... (risos). Mas, possodestacar os hábitos alimentares,o uso de plantas medicinais,entre outros.

“MAIS RESPEITO PARA OS POTIGUARAS”

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

“Luta. Dia do índio pra mim, hoje, é mais um dia de luta. No RioGrande do Norte ainda não tem nenhuma terra indígena demarcada,as comunidades ainda tem muitos problemas, e o pior, a maioria dess-es problemas vem se agravando. Bem, o que temos para comemorarnesta data é o fato de ainda estarmos vivos e de termos forças paralutar”, declara a índia potiguara Tayse Campos, Coordenadora Mi-crorregional da APOINME – Articulação dos Povos e OrganizaçõesIndígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo.

Além de ser representante indígena do Estado, a potiguara trabalhacomo facilitadora de cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricospara ONG AACC – Associação de Apoio à Comunidades do Campoque trabalha com programas e projetos de convivência com o semi-árido e ainda cursa faculdade de história. Tayse nasceu em Natal elogo foi morar no Amarelão, uma comunidade que foi criada há maisde três séculos por índios potiguaras e que hoje tem mais de 250famílias, cerca de 2 mil pessoas e que vivem basicamente da culturade castanha de caju.

“A comunidade é chamada de Amarelão porque os nossos an-tepassados cultuavam o Sol, subiam uma serra de madrugada e es-peravam o Sol aparecer então, desciam a serra cantando e tocandoas maracas (instrumento de música feito com cabaço) e se referenci-avam ao Sol como o Amarelão”, explica a índia.

O Amarelão surgiu justamente quando os índios potiguaras aofugir do processo de colonização foram parar naquelas terras, juntocom esses potiguaras vieram também alguns índios Tapuia. Tayseconta que, “uma dessas lideranças atendia pelo nome de Mendonça,o que virou uma referencia para nós e uma forma de nos diferencia-rmos do resto da sociedade. Hoje nós somos conhecidos não como “osíndios”, mas, como: os Mendonças. E, lá nós temos desde escritas ru-pestres, como artesanato, toré (dança indígena potiguara). Os Men-doças ao contrário do que dizem são pessoas muito trabalhadoras, acol-hedoras, simpáticas e que tem alegria de viver mesmo com tantosproblemas”.

O JORNAL DE HOJE entrevistou com exclusividade a índia po-tiguara Tayse Campos que falou sobre questões indígenas, cidadania,cultura, entre outros. Vale à pena conferir!

DICA DE LIVROUm resgate de um importante trecho da história

do Rio Grande do Norte, situado no século XVII,é um dos objetivos do livro "Marana Pabeima" -que em tupi guarani significa Guerra Infinita, deautoria de Arlindo Freire.

Marana Pabeima retrata uma parte da históriapotiguar que pouco se tem registros e que em muitosmomentos foi deixada de lado, mas não menos in-trínseca na formação de seu povo e que se constróia partir de uma vasta pesquisa do autor.

Mas para chegar ao resultado final, que se ini-ciou em 2001, foram precisas muitas pesquisas,leituras e muitos livros que embasassem suaspesquisas, de grandes nomes como Câmara Cas-cudo. E, o principal objetivo de Arlindo é socializara verdadeira interpretação dos fatos relacionadosà história dos índios no Rio Grande do Norte, tendocomo ponto de partida os conflitos decorrentes dachegada dos europeus.

Entre os personagens resgatados por ArlindoFreire estão o cacique Janduí, líder da tribo Tarair-iú, que se estendia pela região de Assu, Santana doMatos e Acari e grande parte do Nordeste.

TEATROO espetáculo do Grupo Graxa de Teatro, da Paraíba ap-

resenta a partir de hoje até domingo, sempre às 20h, a peçaDeja Vú que se divide em três atos e um epílogo, cada umdos atos inspirado em obras de um autor diferente e deépocas distintas. São eles: Nelson Rodrigues, Shakespearee Sófocles. A ideia é criar uma conexão com a sensaçãopsíquica de já ter visto ou experimentado no passado algoque acontece no presente por meio desses textos atempo-rais e universais. Mais informações pelo telefone 3211 7710.

"O AMOR SEGUNDO SÃO SEBASTIÃO"O compositor e cantor potiguar Romildo Soares apre-

senta nesta sexta, no Bar do Coelho, às 20h30, o show "OAmor Segundo São Sebastião". Acompanhado por SérgioPreto no contrabaixo e vocais e Ricardo Baya na guitarra,Romildo apresentará composições próprias e músicas de Ita-mar Assumpção, Cazuza, Roberto Carlos, Carlos Dafé eMarisa Monte. O espaço fica na Rua Padre Pinto, 705,Cidade Alta - por trás da Igreja do Galo.

MÚSICAO músico francês Quentin Etienbled se apresenta ao

lado do multi-instrumentista Antônio de Pádua, nesta sexta,no Ateliê Bar e Petiscaria (Avenida Duque de Caxias, 182,Ribeira). O evento conta ainda com a exposição “Meine-Rio Grande no Norte” do artista Flávio Freitas.

REGISTROApós passar um mês finalizando o DVD nos Esta-

dos Unidos, Marina Elali assume uma cadeira no júrido Programa de Raul Gil, no SBT.

Divulgação

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Sexta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Cultura

MusicomaniaCONRADO CARLOS - [email protected]

WAYNE SHORTER ROMPE DEZ ANOS DE

SILÊNCIO FONOGRÁFICO COM “WITHOUT A

NET”; EX-MÚSICO DE MILES DAVIS E

CONSIDERADO UMA LENDA VIVA,SAXOFONISTA É UM DOS PAIS DO FUSION

“Sem riscos não há jazz”. Aobviedade da frase é quebrada aoconhecermos o autor e o históricoque o levou a tal sentença. Com80 anos, Wayne Shorter poderiasentar no sofá, folhear livros e re-vistas (e são várias) que men-cionam seu nome como um dosgrandes no saxofone e sair de casaapenas para um showzinho aqui,outro ali. Mas não. Ex-saxofonistade Miles Davis (entre 1964-1970,no The Second Great Quintet, juntocom nada menos que HerbieHanckock, Ron Carter e TonyWilliams) e líder da revolucionáriaWeather Report (uma dos maioresbandas de jazz-rock), ele acaba delançar Without a Net, seu primeiroálbum em dez anos.

Gravado ao vivo, no improvi-

so (e risco), como manda o jazz,durante a turnê europeia de 2011,“Without a Net” é uma lista denove faixas da mais alta qualidadeque não deixa de surpreender pelainovação e criatividade centradaem um octogenário. Shorter é umdos pais do fusion, subgênero jaz-zístico que abraçou o rock, o funke o rhythm and blues vigente egerou pérolas como a MahavishnuOrchestra e trabalhos antológicosdo próprio Davis, como “BitchesBrew” (1969) – no auge da parce-ria, Miles teria cobrado mais de-senvoltura, exposição, ‘perfor-mance’ de um tímido e genialShorter. O discípulo acatou a sug-estão do mestre para escrever seunome entre os maiores.

Acompanhado pelo trio que

tem encantado o mundo a quaseuma década (Danilo Pérez, nopiano, John Patitucci, no baixo, eBrian Slade, na bateria), o sax so-prano e tenor de Shorter varia detema com destreza. Da brasileira“Golden Mean”, rica em suinguee cadencia, a homenagem cine-matográfica em “Flying Down ToRio” (filme de 1933 com Fred As-taire e Ginger Rogers), o disco é oprimeiro pelo mítico selo BlueNote, após 43 anos. E que retorno!Mesmo os iniciados em jazz fi-carão chocados com a ousadia damúsica de abertura, “Orbits” (som-bria, tensa, atonal).

A única faixa gravada fora darota europeia é “Pegasus”, umcatatau de 23 minutos executadano Walt Disney Concert Hall, em

Los Angeles, que contou com aparticipação do quinteto femini-no de sopro Imani Winds. As es-calas nervosas do sax de Shortere a suavidade do piano de Pérezservem de recheio para as bordasbem acabadas das mulheres - osmais atentos lembrarão que Short-er fez um dos shows mais con-corridos no BMW Jazz Festival2011, em São Paulo (festival quecontou com a cobertura de O Jor-nal de Hoje).

O cara parece que tem 20 anose está no auge da rebeldia e ino-vação. Sempre apoiado por umabanda afiada, entrosada depois detanto tempo de união, elogiospipocam em qualquer brevepesquisa por críticas. O The NewYork Times, por exemplo, diz que

é “Uma banda de fascinante intu-ição, com total dedicação ao es-pírito da descoberta, que teve umainfluência incalculável na formade se tocar jazz no século 21”.Pouco? São nove Grammys ereverência de muita gente grandepara haver contestação.

“Without a Net” tem seis com-posições próprias, novinhas emfolha, mais uma dos tempos deWeather Report (“Plaza Real”),outra com o trompestista-mor (“Or-bits”, do álbum Miles Smiles) e otema do filme “Voando Para o Rio”(como foi lançado no Brasil). OCD vale o quanto cobra e liga oalerta para quem costuma viajarpara o exterior e passar batido naquantidade absurda de bons showsque acontecem diariamente.

Without a Net

Artista: Wayne Shorter

Gravadora: EMI MUSIC

Preço médio: R$79,90

(Importado)

TIRO CERTEIRO

Nos últimos anos, a fórmula dejuntar duas mentes privilegiadas nacena eletrônica tem rendido tra-balhos admiráveis. Casos do RadioCitizen, Thievery Corporation etudo que envolva o produtor Dan-ger Mouse. Inspirados por umaonda retrô, essa galera mistura‘modernices’ com sonoridades es-quecidas. Agora é a vez de AdrianYounge e Ghostface Killah. Tam-bém músicos e arranjadores, aparceria gerou um discaço paraquem gosta de hip-hop, psicodeliae trilhas cinematográficas dos anos1970 (para muitos, rebatizadascomo Tarantino’s Movie). São 12músicas experimentais intituladas“Twelve Reasons to Die”, em queo apuro estético dos dois é exibidoem beats e bonitas melodias (aquia prática de convidar cantoras de-sconhecidas do grande público, mascom a voz elástica e sui generis, émantida). O álbum é conceitual.Trata do assassinato de Tony Starkspor uma família de gangsters ital-iano. Seu corpo é repartido em doze

pedaços, com cada um transfor-mado e cantado em cada faixa. Aoserem tocadas, a vingança será con-sumada aos poucos. A históriasonorizada pode ser encontrada deforma gratuita em vários sites.

CD: HIP-HOP

DOZE PEDAÇOSEXPERIMENTAIS

Twelve Reasons to Die

Artista: Adrian Younge &

Ghostface Killah

CD: Hip Hop/Soul/Jazz

Adrian Younge Ghostface Killah

CLÁSSICO URBANOSe você gosta de Lauryn

Hill, como eu, escute urgenteesse "Live & Aflames Sessions"da americana radicada na Ale-manha Akua Naru. O disco foilançado em 2012, mas só agorabateu forte aqui no stereo. E queforça. É daqueles que mereceuma noitada especial na com-panhia da (o) amada (o), com di-reito a dois, três números acimado volume padrão em sua casa(negocie com o vizinho).

Som de preto da melhorqualidade. Hip hop cantado pormulher, cheio de efeitos e bati-das grooveadas, metais con-sistentes, além de melodiasfortes, apresentadas por umavoz elástica, que brinca entrerimas, sussurros e linhas asso-biáveis. Entre sensual edançante, é trabalho digno deregistro – "Live & AflamesSessions", na verdade, é a ex-ecução ao vivo do disco de es-treia da Akua Naru, "The Jour-ney Aflames", de 2011, suces-so de crítica onde foi lançado.

Elementos latinos e jazzís-ticos são observados nas 11faixas. Em "Tales of (Wo) men",surge uma latinidade inespera-da, mas bem vinda. Enquanto ofunk sampleado salta de "TheBlackflip: Reflipped". Ambasservem de cartão postal para abanda que acompanha AkuaNaru, os The Digflo. Já em "Po-etry: How Does It Feel Now?"é a obra-prima da alcova – vas-culhe o vídeo no Youtube emande xingamentos, caso nãofuncione como afrodisíaco.

Esses dois primeiros discosde Akua Naru têm sido trata-dos como históricos pela criti-ca de hip hop. A nativa de NewHaven, que mora em Colônia,viaja o mundo (China, Gana,terra de seus antepassados) comseu show ora intimista, ora prapular. A mescla com jazz-soule letras que despertam a con-sciência social levaram revis-tas, como a Downbeat, classi-ficá-lo como marco do gênero.Não perca tempo e procure nainternet, que ele está de graçaem vários sites.

Live & Aflames Sessions

Artista: Akua Naru

Preço: CD e Download: U$

8,99 (Amazon.com)

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Sexta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 19 de abril de 2013Cidade

Dona Luzia Maria Pinheiro écatólica praticante, mas guarda re-ceio da Semana Santa. Tudo porquenos dois últimos anos, o períodovirou sinônimo de raiva, humilhaçãoe impotência diante da falta de cui-dado e respeito de motoristas de ôni-bus da empresa Cidade do Natal.Em 2012, a mulher de 69 anos es-tava em Cidade Satélite para ir auma missa na Igreja Nossa Senho-ra dos Impossíveis. Ao chegar à pa-rada desejada, duas pessoas desce-ram, mas ela viu o chão sumir apóso arranque do carro.

"Toda vez que vou descer, euaviso. Mas ele [o motorista] não quisnem saber. Saiu com tudo e eu caide frente, com a boca do estômagonuma poça de lama. Fiquei toda sujae desisti da missa. Não tinha condi-ções de ir. As pessoas ainda gritaram,mas só alguns metros à frente eleparou e veio falar comigo. Ele man-dou que eu pegasse outro ônibus.Por sorte um rapaz me ajudou, por-que meu braço ficou machucado.Sem contar a vergonha que senti",diz a professora aposentada, livrede pagar passagem desde 2010.

Na segunda ocasião, já em 2013,a companhia da neta de 6 anos pio-rou a situação. Preocupada com acriança, Dona Luzia sentiu dificul-dades para subir e descer de um veí-culo alto, em meio a pessoas quecostumam ignorar idosos. "Eramumas 18h30, quando eu ia descer naparada perto de minha casa [nasimediações do ginásio DED, emCandelária]. Segurei minha netapela mão, enquanto ela descia.Assim que ela chegou à rua, o mo-torista acelerou. Eu cai na hora eele ficou chorando, perguntando seeu estava machucada. Por sorte, caientre um poste e o meio fio. Já pen-sou se caio na rua, em plena Pruden-te de Morais?".

Suja, dolorida e com pena daneta, dona Luzia diz que ficou de-sorientada e esqueceu de anotar aplaca ou numero do ônibus. "Nessahora ninguém consegue pensar di-reito. Estava com meu braço arra-nhado e cheia de vergonha". O saldofoi uma despesa adicional com me-dicamentos e o medo de sofrernovas quedas. "Isso é freqüente.Poucos motoristas esperam que as

pessoas, principalmente velhos,subam totalmente. Eu tenho que se-gurar nos dois varões, bem firme,para não cair, porque eles arrancamcom tudo".

Casos como o de Dona LuziaMaria são comuns. A negligênciacom idosos passa por motoristasapressados e passageiros desres-peitosos para com lugares reserva-dos a terceira idade, gestantes eportadores de deficiência. "As pes-soas não levantam, quando nosveem. Precisa alguém dizer quetem um idoso precisando do lugarque é para ele. Ontem mesmo, umjovem fingiu que estava dormindopara não ter que levantar do banco.Eu tenho o direito, eles estão vendo,mas não saem".

A lei do mais forte na hora desubir no ônibus e a falta do cartãomagnético que agilizaria a transpo-sição da catraca são outros obstá-culos que um idoso enfrenta. "Quemtiver mais força, for mais ágil eveloz, sobe primeiro. Eu sou peque-na e tenho quase 70 anos. Não queroque sintam pena de mim, só quecumpram o que tenho direito. Can-sei de ser empurrada, imprensadana hora de subir no carro. Ninguémrespeita ninguém. Pode estar grávi-

da, o que for", desabafa dona Luzia. Preocupada com reclamações

sobre o atendimento do transportepúblico e, sobretudo, assustada coma repercussão do acidente que matousete passageiros, no Rio de Janeiro,a empresa Cidade do Natal promo-veu, nesta semana, um curso desti-nado aos motoristas e cobradoresde ônibus. Ministradas pelo consul-tor de implantação de qualidade e es-pecialista em relações humanas, JoséVictor, palestras foram realizadascom o intuito de garantir a tranqüi-lidade dos profissionais no contatocom o público.

"É inadmissível que um moto-rista bata boca com um passageiro,como aconteceu no Rio. Ele deve en-tender que gentileza repercute namente de quem recebe. Sendo gen-til com as pessoas, ele só receberágentileza. E caso isso não aconteça,ele precisa ser orientado a não res-ponder, a manter a calma, para nãoaumentar o nível de estresse. Vale apena engolir certas coisas para evi-tar algo mais grave", diz José Vic-tor. Segundo o palestrante, reinci-dentes são demitidos na Cidade doNatal. "Vivemos em um momentode muita agressividade na socieda-de, e tudo que for feito para piorar

isso deve ser punido". A campanha Gentileza Gera

Gentileza foi criada por um empre-sário de sucesso no Rio de Janeiroque, esgotado pela violência urba-na, começou a levar uma mensa-gem de paz e harmonia em tom pro-fético. "Poucas pessoas sabem dessahistória, que é muito bonita. Os mo-toristas gostaram de ouvi-la e ado-taram o adesivo da campanha emseus carros. Idosos, gestantes, crian-ças e qualquer passageiro merecerespeito e atenção redobrada. Possogarantir que estamos atentos a qual-quer desvio de conduta".

O curso foi dividido em duasetapas: a primeira, na sala de reu-niões da garagem da empresa, foirealizada uma palestra coletiva comuma exposição introdutória sobre arelação cordial no ambiente de tra-balho. Depois, desde a última se-gunda-feira (15), conversas indivi-duais foram estimuladas por JoséVictor. "Eles gostaram muito. Viramque estamos preocupados com opassageiro, mas também com eles,que vivem em estresse constante.Nossa empresa tem uma atitude sériaem educar e orientar seus profissio-nais. Por isso mesmo não aceita queum consumidor seja mal tratado".

Na última quinta-feira (18), aCompanhia de Águas e Esgotos doRio Grande do Norte (Caern) ini-ciou as obras de esgotamento nobairro de Candelária, começandopela rua Desembargador Túlio Be-zerra. No domingo (21), das 6h às18h, haverá uma interdição momen-tânea na marginal da BR-101, nosentido Complexo Viário do 4º Cen-tenário/ viaduto de Ponta Negra, tre-cho entre o túnel de acesso ao Cam-pus UFRN até o Natal Shopping.

O objetivo é realizar a sonda-gem prévia para detectar tubulaçõesda rede de drenagem e ainda, ca-beamento de telecomunicações aolongo da via. Às 18h será reabertoo trecho para o trânsito normal. Aobra de esgotamento na área serárealizada a partir do dia 02 de maio,quinta-feira. A decisão foi tomadaem conjunto com representantes doDepartamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes (Dnit) e daSecretaria Municipal de Mobilida-de Urbana (Semob).

A obra tem previsão de ser con-cluída após 20 dias de execução, ea orientação aos motoristas é a deque, durante a intervenção para son-dagem e obra na BR-101, realizem

o tráfego desviando pela rua Ataul-fo Alves ( Posto Planalto), rua FreiHenrique de Coimbra (praça dosEucaliptos), com retorno à BR-101

pela rua Brancas Dunas (lateral NatalShopping).

Nos próximos dias será realiza-da uma reunião com os comercian-

tes da rua Largo Interventor Ubal-do Bezerra (lateral entre Natal Shop-ping e loja Agaé), sobre a continui-dade da ampliação da infraestrutu-ra de esgotamento sanitário nesta,para se discutir a melhor maneirade executá-la com o menor impac-to possível no comércio da área.

Ao todo, serão implantados 1,2quilômetros de tubos que integrama rede coletora de esgotos.

SEMOBDurante toda a execução do es-

gotamento em Candelária, a Semobestará acompanhando e orientandoos motoristas sobre as rotas alter-nativas, diminuindo o impacto dasinterdições no trânsito. A operaçãopara orientar os desvios dos veícu-los contará com 10 agentes de trân-sito, 10 fiscais de transporte maisquatro viaturas da Semob, que es-tarão informando sobre as condi-ções de trânsito na região e pre-servando a segurança dos usuáriosda via. O órgão recomenda que oscondutores respeitem a sinalizaçãodos desvios, reduzam a velocida-de e, se necessário, peçam informa-ções de forma a não atrapalhar afluidez no trânsito.

Idosos são desrespeitadospor motoristas de ônibusPARA REVERTER SITUAÇÃO, EMPRESA PROMOVE CURSO SOBRE CONTATO COM PÚBLICO

Por negligência de motoristas de ônibus, dona Luiza, 69, já se acidentou duas vezes ao tentar subir ou descer do veículo

Trecho entre túnel de acesso à UFRN até o Natal Shopping será interditado no domingo

> INFRAESTRUTURA

Caern inicia esgotamento em Candeláriae trecho da BR-101 será interditado

Wellington Rocha

Divulgação

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Sexta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 19 de abril de 2013 Cidade

Érika [email protected]

Ah, quersaber...Veruska Borges traz as novidades da Goldesign para Natal

Nesta útima noite de quinta-feira (18), Gorete Tito abriu seuapartamento de Petrópolis para re-ceber em torno de Veruska Borgese Ana Márcia Albuquerque, even-to que foi super prestigiado. Váriasmulheres da nossa sociedade es-tiveram presentes e conferiram deperto a nova coleção das jóias assi-nadas por Ana Márcia.

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A GoldesignA Goldesign é a marca de jóias

que a designer e empresária AnaMárcia comanda.A nova coleçãointitulada "Romance das pedras"está simplesmente um escândalode linda. São várias peças, uma ver-dadeira história de amor, contadaatravés de brincos, colares, anéis,pulseiras e até mesmo broches decabelos, onde a criatividade, o bomgosto e a elegância imperam.

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Embalagem As peças além de serem ricas

em detalhes minuciosos, misturamvárias pedras coloridas, todasbrasileiras, além do brilhante, omelhor amigo das mulheres, é claro.Vimos todas as que estavam pre-sentes ontem no evento, mas é im-possível escolher uma só. Nessacoleção, Ana Márcia se superou,mas destacamos sim, todos os for-matos e as flores e folhas como quesurgem em jóias, como se fossemde fato bordadas, uma trama muitolinda e colorida.

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Riqueza em detalhesMas para isso tudo sair perfeito,

Ana Márcia percorre todo o mundoe participa das principais feiras in-ternacionais. Na sua lista declientes, muitos Sheiks que com-pram para as suas esposas e filhas,muitas marcas e celebridades jáconhecidas como, por exemplo, acantora Claudinha Leite que é adep-ta de suas peças e usa sempre. Ablogueira Thássia Naves tambémnão tira suas peças, tendo comoamuleto o tradicional crucifixo damarca.

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BellatrixEnfim, um fim de tarde e iní-

cio de noite super agradável e muitochique, ao lado de mulheres finase elegantes e sobre tudo de bomgosto peculiar. A começar pela an-fitriã Gorete Tito, que estava ar-rasando no melhor estilo Kaftanlongo e rasteira repleta de pedrarias,seu apartamento belo, que arran-cou muitos suspiros, projeto dacompetente Marília Bezerra. JáVerusquinha estava esbelta, ex-ibindo a silhueta com dez quilos amenos, com vestido branco, e AnaMárcia encantadora usando o nude,que destacava ainda mais o azuldos seus olhos. Todas estão deparabéns!

Cristiano Ronaldo é garoto propaganda damarca de relógios e joalharia Jacob & Co

O capitão da Seleção Nacionale jogador do Real Madrid, é o garo-to propaganda da marca Jacob &Co., do qual já é cliente há algunsanos e aparece na campanha pub-licitária de dois modelos de relógioda mesma - Ghost e SF 24.

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CampanhaOs relógios têm funcionalidades

de multi fuso-horário e serão apre-sentados na 'BaselworldWatchand-Jewellery Show', no final deste mês.Assim como Cristiano, outras cele-bridades também já foram a im-agem da marca, tais como: MillaJovovich, Natalia Vodianovae He-lena Christensen.

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Constel lançará empreendimento na próxima quinta-feira

Em comemoração aos seus 21anos e mais de 1500 unidades en-tregues, a construtora Constel re-alizará na próxima quinta-feira, 25,a partir das 19h, a festa de lança-mento do seu mais novo em-preendimento, o residencial GreenLife Mor Gouveia. O evento seráaberto ao público e acontecerá nolocal do empreendimento, local-izado na avenida Capitão Mor Gou-veia, próximo a Rodoviária.

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AMRN realiza cerimôniade posse neste sábado

A Academia de Medicina doRio Grande do Norte dará posseneste sábado dia 20 de abril, aomais novo imortal, o Dr. Luis Ed-uardo Barbalho de Mello. O médi-co, que é ex-presidente do Consel-ho Regional de Medicina do Esta-do e chefe do departamento deCabeça e Pescoço da LIGA, foieleito em novembro do ano passa-do para titular da cadeira de número07, fundada pelo médico MarceloAugusto Filgueira de Carvalho eatualmente tem como patrono An-tônio Filgueira Filho. A posse do Dr.Luis Eduardo Barbalho de Melloacontecerá a partir das 20h, noSpaço Guinza, na Via Costeira, emNatal.

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Novidades na CollezioneA Collezione acaba de receber

a marca bacanérrima de sapatoscom exclusividade de suas peças.É a Miezko, que já é conhecidapelo público de fashionistas queadoram usar e ousar quando o as-sunto é acessório. Ontem muitassandálias lindas chegram na loja.Vale a pena conferir!

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As tranças de RapunzelQuem diria que a trança, um

penteado tão despojado fosse ficartão em alta nessa estação. Pois é, elasurge com vários estilos diferentes,desde o modelo onde prende todoo cabelo, até mesmo o que prendea frente do cabelo ou até mesmo oestilo tiara. O fato é que ela estevepresente e foi sucesso em váriosdos mais badalados eventos demoda, dentro e fora do país.

Até amanhã!

Moda & Atitude

Ana Márcia Albuquerque e Veruska Borges recebem:Rosane Soares, Edna Marinho, Lurdeca Flor

Chique: a anfitriã da noite, mais querida Gorete Tito com Cintia Barros

Carinho: Zélia Madruga conferindotodas as jóias belas da Goldesign

Elegance: Sandra Elali com a linda Ju Flor Elaliprestigiaram o evento de ontem à noite

Elas deram show: Ana Márciacom Mari Borges e Rafaela

Irmãs: Tereza e Lorena Tinôcono apê belo de Gorete Tito

Artista: César Revoredo conferindo as novidades