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Quarta-feira C M Y K Ano XV NATAL-RN, 4 DE JULHO DE 2012 Nº 4.381 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br EMAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,02 Dólar turismo R$ 2,08 Dólar/Real R$ 2,02 Euro x real R$ 2,54 Poupança 0,51% Taxa Selic 8,5% INDICADORES: R$1,00 jornaldehoje.com.br ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 Grupo ALE coloca em ope- ração a base de armazenagem e distribuição de Guamaré. Marcos A. de Sá Página 7 Juarez Chagas João da Mata Costa José Normando Bezerra Elísio Augusto de M. e Silva Mairton D. Castelo Branco Francisco F. de Araujo Batista FIFA atualiza o ranking de seleções com Brasil fora das 10 melhores. Alex Medeiros Página 11 É assim Flávio. Hoje foi vo- cê, como um dia fui eu e você teve a coragem do gesto. Rubens Lemos F. Página 16 Túlio Lemos Página 3 Candidatura de Carlos Eduar- do é forte no aspecto eleito- ral, mas frágil no judicial. Carta de Dalton Trevisan a Katherine Mansfield só foi publicada uma vez, em 1948. Vicente Serejo Página 13 Conselho Estadual pretende pedir intervenção do Ministério na Secretaria de Saúde do RN > DIANTE DE TANTAS E TÃO GRAVES IRREGULARIDADES... FRANCINETE MELO, PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE, AFIRMA QUE SE O SECRETÁRIO ISAÚ GERINO NÃO DER SOLUÇÃO RÁPIDA AOS MUITOS PROBLEMAS DO SETOR, NÃO RESTARÁ OUTRA SAÍDA SENÃO A INTERVENÇÃO NA SESAP José Aldenir CIDADE 6 Wellington Rocha Receita Federal mostra à sociedade como funciona o serviço alfandegário CIDADE 8 > TRANSPARÊNCIA TCE lança nova lista de fichas sujas, agora com nome de Carlos Eduardo POLÍTICA 4 > ELEIÇÕES MUNICIPAIS Governo começa a pagar aumento e ainda analisa compra de leite em pó ECONOMIA 7 > PROGRAMA DO LEITE Na região metropolitana, Seturn registra 168 roubos a ônibus no 1º semestre CIDADE 10 > INSEGURANÇA Lúcio Curió se recupera e está confirmado na equipe titular > AMÉRICA ESPORTE 15 Corinthians luta pelo sonho de conquistar a Libertadores > FINALMENTE... ESPORTE 16 O presidente do ABC, Rubens Guilher- me, confirmou a demissão do técnico Már- cio Goiano. A decisão foi tomada na manhã de hoje e a equipe será comandada interi- namente por Ranielle Ribeiro, preparador físico da equipe. Márcio Goiano chegou no início da Série B e apesar do clube não ocupar as últimas posições, Rubens Guiher- me creditou aos resultados a substituição. “Futebol é resultado e acredito que o ABC precisa de um novo ânimo para vol- tar aos caminhos das vitórias”, justificou o presidente. Quem também deixa o ABC é o superintendente de futebol, Ricardo Moraes. “Ele estava conosco desde 2010, mas também segue o seu caminho. Agra- decemos pelo empenho”, finalizou Ru- bens Guilherme. Márcio Goiano não é mais o técnico do ABC > NOVO COMANDO Arquivo Projeto pioneiro "Conheça nossa aduana" atraiu estudantes, esta manhã, ao Aeroporto Augusto Severo. Visitas vão acontecer duas vezes por ano

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Economia, cidades, politica, esporte e cultura

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Page 1: FLIP 04/07/2012

Quarta-feira

C M Y K

Ano XV w NATAL-RN, 4 DE JULHO DE 2012 w Nº 4.381

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,02Dólar turismo R$ 2,08Dólar/Real R$ 2,02

Euro x real R$ 2,54Poupança 0,51%Taxa Selic 8,5%

INDICADORES:

R$1,00 w jornaldehoje.com.br

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w Grupo ALE coloca em ope-ração a base de armazenageme distribuição de Guamaré.

MarcosA. de Sá

Página 7

Juarez ChagasJoão da Mata Costa

José Normando BezerraElísio Augusto de M. e SilvaMairton D. Castelo Branco

Francisco F. de Araujo Batista

w FIFA atualiza o ranking deseleções com Brasil fora das10 melhores.

AlexMedeiros

Página 11

w É assim Flávio. Hoje foi vo-cê, como um dia fui eu e vocêteve a coragem do gesto.

RubensLemos F.

Página 16

TúlioLemos

Página 3

w Candidatura de Carlos Eduar-do é forte no aspecto eleito-ral, mas frágil no judicial.

w Carta de Dalton Trevisan aKatherine Mansfield só foipublicada uma vez, em 1948.

VicenteSerejo

Página 13

Conselho Estadual pretende pedir intervençãodo Ministério na Secretaria de Saúde do RN

> DIANTE DE TANTAS E TÃO GRAVES IRREGULARIDADES...

FRANCINETE MELO, PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE, AFIRMA QUE SE O SECRETÁRIO ISAÚ GERINO NÃO

DER SOLUÇÃO RÁPIDA AOS MUITOS PROBLEMAS DO SETOR, NÃO RESTARÁ OUTRA SAÍDA SENÃO A INTERVENÇÃO NA SESAP

José Aldenir

CIDADE 6

Wellington Rocha

Receita Federal mostra àsociedade como funcionao serviço alfandegário

CIDADE 8

> TRANSPARÊNCIA

TCE lança nova lista defichas sujas, agora comnome de Carlos Eduardo

POLÍTICA 4

> ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Governo começa a pagar aumento e ainda analisa compra de leite em pó

ECONOMIA 7

> PROGRAMA DO LEITE

Na região metropolitana,Seturn registra 168 roubosa ônibus no 1º semestre

CIDADE 10

> INSEGURANÇA

Lúcio Curió serecupera e estáconfirmado naequipe titular

> AMÉRICA

ESPORTE 15

Corinthiansluta pelo sonhode conquistara Libertadores

> FINALMENTE...

ESPORTE 16

O presidente do ABC, Rubens Guilher-me, confirmou a demissão do técnico Már-cio Goiano. A decisão foi tomada na manhãde hoje e a equipe será comandada interi-namente por Ranielle Ribeiro, preparadorfísico da equipe. Márcio Goiano chegouno início da Série B e apesar do clube nãoocupar as últimas posições, Rubens Guiher-me creditou aos resultados a substituição.

“Futebol é resultado e acredito que oABC precisa de um novo ânimo para vol-tar aos caminhos das vitórias”, justificouo presidente. Quem também deixa o ABCé o superintendente de futebol, RicardoMoraes. “Ele estava conosco desde 2010,mas também segue o seu caminho. Agra-decemos pelo empenho”, finalizou Ru-bens Guilherme.

Márcio Goianonão é mais otécnico do ABC

> NOVO COMANDO Arquivo

Projeto pioneiro "Conheça nossa aduana" atraiu estudantes, esta manhã, ao Aeroporto Augusto Severo. Visitas vão acontecer duas vezes por ano

Page 2: FLIP 04/07/2012

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Opinião

Artigo

A moçada leiteria

ELÍSIO AUGUSTO DE M. E SILVA,empresário, escritor e presidente daFundação Amigos da Ribeira([email protected])

O Bar do Lourival fechou as portasArtigo JOÃO DA MATA COSTA, professor do Depto de Física - UFRN

([email protected])

Hoje não sei para onde vou. O barfechou-se. Os amigos de sempre perde-ram o seu referencial das tardes natalen-ses. Depois de mais de quarenta anosfecha um dos bares mais tradicionais dacidade. Estamos perdidos. Perdemos anossa universidade de Petrópolis.

Nos bancos dessa universidade pas-saram muitos amigos. Professores, mé-dicos, doutores, jornalistas e boêmios.Lourival Lúcio da Silva a todos atendiacom a mesma simpatia e justeza das con-tas que acertam os que as doses erram.Ao mandar passar a régua a conta che-gava na medida certa das louras consu-midas e do ótimo caldo de mocotó. Lou-rival se aposentou e seu filho Junior tocouo barco até quando deu. Finalmente fe-chou completamente as portas. No finalde junho de 2012, a noite da despedida.Quero chorar, quero beber, quero dizerdas horas alegres que passamos no bardo Lourival. Sentado na cadeira na cal-çada na beira da estrada vendo a cidadepassar. Sem alevantar. Os ecos das risa-das e conversas teimam em ficar.

Moradores reclamam do som e nolugar será construída uma clínica cujosmédicos não podem sarar a dor de viver.Bar, fortaleza e refúgio.

Como não lembrar dos seus céle-bres carnavais. Quando a Avenida Deo-doro era fechada e tomada de cadeirase foliões. Num dos últimos carnavaisbrincados no Lourival, chega a rainha docarnaval. Simpática, torceu o pé quan-do subiu ao palco no meio da rua. Dançapulando numa perna só. A plateia inicialmais parece o Bar do Coelho. A idade éavançada e a alegria não é menor. A mú-sica? A mesma de sempre. Parece quenada mudou assim com o bar nesse meioséculo. São tocadas as grandes marchi-nhas das décadas de 30 e 40 do séculopassado. O rei momo do Lourival passapara dançar com algumas colombinas,soltas. Sinto certa tristeza com aquelasmúsicas. Um fila de cadeira no meio-fiovai lentamente tomando conta da rua.Depois carro não passa na avenida. A ruaé tomada. Muitos amigos presentes. Ocarnaval é mesmo democrático. A média

de idade diminui. A animação é conta-giante. Ao redor dos foliões muitas bar-raquinhas vendendo churrasquinhos eoutros comes-e-bebes.

A cerveja não está muito gelada. Aminha amiga Lourinha me empresta umamáscara para tirar aquela do dia-a-dia.Danço um frevo. Abraça-me um amigopintor aquariano. Nascemos no carna-val. Ao lado, a cantora Odaíres. De longeaceno para o grande Reinaldo. Mijar sónaqueles banheirinhos químicos. A or-questra para muitas vezes. Será porqueos foliões não aguentam? Quando encai-xo um passo, mais uma pausa. É hora deir embora e tomar uma cerveja bem ge-lada em outro lugar.

O carnaval do Lourival é uma brasa,mora! Fiquei com a camisa como lem-brança. Boa parte da história de Natalnesse meio século teve o bar de Louri-val como palco de intrigas, bate-papos,conversas, música e muita alegria. O baré um refúgio e respiradouro da longa la-buta da vida. Saudades.

Evoé Lourival!

Adeus, mamãe!

Artigo JOSÉ NORMANDO BEZERRA, geógrafo e professor ([email protected])

"Relembro a casa com varanda/ Mui-tas flores na janela/ Minha mãe lá den-tro dela/ Me dizia num sorriso/ Mas nalágrima um aviso/ Pra que eu tivesse cui-dado/ Na partida pro futuro/ Eu aindaera puro/ Mas num beijo disse adeus/Minha casa era modesta/ Mas eu estavaseguro/ Não tinha medo de nada/ Nãotinha medo de escuro/ Não temia trovoa-da.../ Pois é como na música "O Divã"do rei Roberto Carlos, eu também nãotemia trovoada, pois por diversas vezesacordei no meio de noites chuvosas commuita trovoada no sertão do RN e viaminha mãe, Maria de Lourdes Bezerra,cobrindo nossas redes com mais um len-çol para que nem um pingo de chuvaatingisse a mim e minhas irmãs, Neumae Nazaré.

Dona Maria de Lourdes que partiunesse sábado, dia 30 de junho, era umapessoa muito especial. Não é a toa quetinha o nome de Nossa Senhora e nasceuno mês e ano que a Virgem Maria apa-receu em Portugal. Por duas vezes me deua vida: quando nasci e aos 8 anos salvan-do-me do afogamento no açude de SantaCruz de Inharé, retirando-me da galeria

quando já tinha sido tragado pelas águasrevoltas daquele manancial. Dona Lour-des era paraibana de Ingá do Bacamar-te, sertaneja de fibra, corajosa e sériacomo cantou o Rei do Baião, Luiz Gon-zaga. Trabalhadora, ajudava meu pai noparco orçamento costurando diariamen-te para que nós tivéssemos uma vidadigna, recordo que sempre me falava quena véspera do meu nascimento costura-va mesmo contrariando a minha vó pa-terna, astuciosa juntou por três anos di-nheiro em uma caixa de papelão, o quenos permitiu comprar uma casa no bair-ro do Alecrim. Dona Lourdes se foi dei-xando além de muita saudade uma liçãode vida, solidariedade, bondade, carinho,honestidade, altruísmo, caridade, justi-ça, luta e, sobretudo, amor. Sofria muitoquando o Alecrim FC perdia e às vezesme pedia para que o Verdão não jogas-se com o ABC, já que entendia que aqui-lo era sabedoria do clube alvinegro quan-do precisava ganhar um jogo, e para elao ABC convidava o Alecrim que aceita-va inocentemente. Como toda mãe acha-va que seus filhos eram os mais bonitos,inteligentes e corretos.

Relembro que "naquela casa sim-ples você falou pra mim que eu tivessecuidado e não sofresse com as coisasdesse mundo, que eu fosse um bom me-nino, que eu trabalhasse muito que onome do meu pai soubesse honrar e nuncafosse um vagabundo", como canta o reiRoberto Carlos.

Religiosa, até os meus 15 anos nosobrigava a rezar o terço todos os dias às18 h. Costume que ela preservou até seuúltimo dia.

Mamãe, obrigado por tudo e queDeus esteja com a senhora, sua ausênciatem sido muito difícil, por isso tenhochorado muito e compreendido cada vezmais a mensagem da canção Lady Laura:"Quantas vezes me sinto perdido no meioda noite/ com problemas e angústias quesó gente grande é que tem/ Me afagan-do os cabelos você certamente diria/Amanhã de manhã você vai se sair muitobem/ Quando eu era criança podia cho-rar nos seus braços/ E ouvir tanta coisabonita na minha aflição/ Nos momentosalegres sentado ao seu lado eu sorria/ Enas horas difíceis podia apertar suamão..." Essas recordações me matam...

The Big CountryArtigo JUAREZ CHAGAS, professor do Centro de Biociências da UFRN ([email protected])

Vi mais uma vez o western clássico"Da Terra Nascem os Homens" e lembrei-me de comentar com nossos leitores, trêscoisas importantes neste filme imperdí-vel: direção, atuação e trama.

O americano tem provado ao longodo tempo, porque faz filmes melhor doque ninguém, até mesmo quando estes sãoruins e insuportáveis, pois há sempre umfoco que vale a pena, como conteúdo. E,quando estes três elementos citados estãobem imbricados e sintonizados, não hácomo não ter sucesso na receita do bolo.

Começando pela direção, na verda-de, onde William Wyler, um dos melho-res diretores de Hollywood, da época,também divide a produção com GregoryPeck neste clássico The Big Country(USA, 1958), cujo título em portuguêspodia ter sido mais adequado e sugesti-vo, na minha opinião.

A estória trada de James McKay(Gregory Peck), rico e destacado herdei-ro de frota naval de Baltimore, viaja parauma cidadezinha do meio do velho Oeste,para se encontrar com sua noiva, a rebel-de Patricia (Caroll Baker) a quem haviaconhecido quando esta estudava na cida-de. Patricia é filha do rancheiro mais po-deroso do território, e não menos fleumá-tico do que a filha, para quem "impri-miu" os gens da rebeldia e imponência,o major Henry Terril (Charles Bickford).Ao desembarcar na estação de trem, comsuas finas vestimentas e um chapéu à laBat Masterson, McKay já é olhado atra-

vessado pelas poucas pessoas ao redor,principalmente pelo capataz de Terril,Steve Leech (Charlton Heston, comosempre magistral em qualquer papel quedesempenho).

Um janota recém-chegado ao povoa-do e, ainda por cima, noivo da moça maisbonita e mais cobiçada da região, causade imediato despeito e adversidade nosrudes habitantes do lugar, principalmen-te de Leech, que tem um amor ocultopor Patricia. Assim, McKay é constante-mente desafiado para brigas e coisas dotipo como, incitado a montar Trovão, ocavalo bravio da fazenda.

Tudo corre muito bem, até que Ter-ril ultrapassa os limites do poder, negan-do água de seu território, por onde passaum rio perene, ao seu arqui-inimigo vi-zinho Rufus Hannassey (Burl Ives) que,por fora, tenta resolver o problema ten-tando comprar o pequeno rancho de JulieMaragon (Jean Simmons), para assim re-solver o problema da água e aumentarsuas terras. Como Julie não vende seurancho, nem a Rufus e nem a Terril, a dis-puta entre ambos também continua nessaesfera de competição.

Resumindo a trama: Terril tem seuexcelente capataz e seus homens, Rufustem seus três filhos e também seus cow-boys e agora, McKay e Julie acham-seno meio disso tudo. Pra piorar a situação,McKay discute com Patricia que quervê-lo agir como um valente cowboy (in-clusive porque foi afrontado pelos Hanas-

seys quando passeava com a noiva e, nãoreagiu à altura), enquanto ele prefere con-tinuar sendo ele mesmo. Ambos discuteme McKay resolve fazer uma visita a Julie,com quem se encanta e propõe comprarseu rancho pra acabar com a guerra entreos dois fazendeiros.

Mas, a causa do desentendimentoentre ambos vai além de disputa por ter-ras e poder, pois o Major Terrill e Han-nassey se odeiam e não cessarão as hos-tilidades enquanto os dois estiveremvivos, o que culmina com um encontrosanguinário entre ambos e seus homens.

É claro que não convém contar tudodo filme, senão não ficariam surpresaspara quem for assistir pela primeira vez.Mas, é inegável dizer que, o elenco é deprimeira, onde temos a bela Caroll Bakeresbanjando beleza e rebeldia, como sem-pre. Por um momento, faz o telespecta-dor lembra-la em Duelo ao Sol, comquem a personagem de Kirk Douglas seapaixona pela própria filha que, desco-nhecia ter.

A novidade é a também excelenteatuação de Chuck Connors (Buck Han-nassey) que estávamos acostumado a vê-lo apenas no inexpressivo papel do seria-do O Homem do Rifle. O filme foi ven-cedor de vários prêmios, tendo sido umdeles o Oscar de melhor ator para o velhoBurl Ives que mostra que, um bom vilãoé uma ameaça para qualquer bom moci-nho, o que não foi o caso neste filme(http://juarez-chagas.blogspot.com/).

Correndo na cidadeArtigo MAIRTON DANTAS CASTELO BRANCO, major PM/RN

([email protected])

Dia desses sai para correr na cida-de! Ponto de partida: velho Quartel doComando Geral da Polícia Militar doEstado. Saindo pela primeira avenida,Rodrigues Alves, cruzei a Ceará-Mirimaté bater na Afonso Pena. Até aqui tudobem: inicio de manhã ainda. Tradicio-nalmente esta última avenida é um"point" para aquelas pessoas de todasas idades que gostam de praticar saúde.Trânsito bom, parece até que o pedes-triano tem vez em Natal.

Poucos veículos nas ruas pois aindase aproximava das sete, pessoas iam evinham caminhando, correndo, pedalan-do numa pacificidade com as vias, queme fez lembrar o velho plano Palum-bo, do Giácomo, nos tempos da gestãode O´Grady. Naquela época tínhamosverdadeiros gestores públicos. Paraaqueles idos, as avenidas tinham sidoprojetadas para a ampla e salutar con-vivência entre senhores volantes e de-mais usuários das ruas.

Subindo a Afonso Pena, pude sen-tir ainda um clima muito bom, aveni-da arborizada, muitas casas comerciais,clínicas, hospitais, lojas de todos os gê-neros. A partir deste ponto o corpo co-meça a ficar aquecido e a corrida mudade ritmo. Alcancei assim a linda Praçadas Flores, local muito pitoresco danossa cidade que ainda conserva umaspecto da Natal das antigas. Mais umminuto, cheguei à belíssima Ladeira doSol com seu espetacular visual ondepude vislumbrar o lindo Oceano Atlân-tico em toda sua formosura, um verda-deiro presente de Deus.

Desci frenando porque senão com-plica a corridinha e os músculos nãoaguentam o restante do treino, afinal,alcançara apenas o segundo quilôme-tro dela. Neste ponto da corrida, ape-sar da beleza da praia e das construçõesmais antigas, os problemas afloram. Ocalçadão é de muito bom gosto, comsuas pedrinhas portuguesas brancas e deum tom avermelhado, mas parece quenão há cuidados e nem manutenção dacalçada. Há trechos danificados semreparos.

Lixo e esgoto jorrando também épossível encontrar ao longo da corrida.Muito embora existam grandes reci-pientes para a colocação dos resíduossólidos, há pessoas que não têm essapreocupação e depositam plásticos, gar-rafas e papéis ao longo da Avenida CaféFilho, que margeia as praias dos Artis-tas, do Meio e do Forte. Há também oproblema das pessoas que caminhamcom os animais, sequer levam consigorecipientes para recolher os dejetos.Grande prática de incivilidade.

Nestas alturas já passava dos trêsquilômetros e alcancei o que foi umdia o pitoresco Hotel Reis Magos, quetanta gente hospedou nos seus anosd´ouro. Hoje só ruínas sem previsão dereparos ou reformas, serve mais de pa-rada para moças da vida e demais deam-bulantes diurnos e noturnos. O que salva

é o famoso Reizinho, que mesmo comseu mal estado de conservação, aindarecebe boêmios saudosos de um passa-do áureo.

Passei então do quilômetro quatroa altura de Brasília Teimosa, bairro tra-dicional conhecido por suas tancagensde combustível como vizinhança, fatoque tem incomodado muita gente masque nunca se resolveu. O local é boni-to com uma grande área de escape e es-tacionamento de frente para o mar. Umpouco a frente um campinho de fute-bol e o primeiro elevado antes da ponte.

Já subindo esta, coisa de duzentosmetros percorridos da sua base, gal-guei o quilômetro cinco, sendo um showa parte a subida da ponte, não obstan-te as pernas quererem parar diante dodesafio. Vislumbrei sobremaneira omanguezal que dá margem ao Rio Po-tengi, tão maltratado por nós ao longodos anos e o velho forte dos ReisMagos, um dos marcos iniciais da fun-dação da cidade.

Lá do alto, do vão mais imponen-te, passa o rio perene e vai se encon-trar com o mar numa paz celestial. Avelha Redinha recebe destas águias seuquinhão de beleza de areias claras eum tom azulado do "riomar". Vale apena o cansaço da subida, para apreciartamanha beleza das maravilhas malcui-dadas pelo poder público de uma formageral. Pela primeira vez subi na PonteNewton Navarro a pé. A vista é tão belaque recomendo àquelas pessoas queainda não o fizeram, pois o visual deNatal é muito bonito, lava a alma e des-cansa os olhos.

Finalmente começamos o trajetoda volta mas sem coragem de encararmais uma vez a Ladeira do Sol, opteipor seguir pelas Rocas, cruzando a Ruado Motor e subindo a Floriano, onde oaclive é dividido, mas mesmo assim,quase que não alcançávamos o topo.Por essa altura já trilhávamos o quilo-metro nove e ainda faltavam dois parachegar de volta ao velho Quartel daPolícia Militar.

Como somos soldados e não de-sistimos tão facilmente, seguimos pelaFloriano Peixoto e adentramos na Se-ridó, ao lado da Praça Cívica com suabeleza sem igual. Já com um ritmoacima dos seis minutos por quilômetro,cruzamos a Prudente e a Campos Salese adentramos à Avenida RodriguesAlves para completar o percurso. Umalinda avenida também, bastante arbo-rizada, possuindo de forma semelhan-te à Afonso Pena, muitos estabeleci-mentos comerciais que dão vida e mo-vimento à cidade.

Finalmente, quase em frente aoQuartel cheguei ao quilômetro onze, jámuito cansado pelo esforço, mas tam-bém contente por ter conseguido com-pletar um dos percursos mais bonitosde nossa cidade turística, todavia, semo aporte necessário para a sua manten-ça por parte do poder público.

Sob o efeito dominóArtigo FRANCISCO FÁBIO DE ARAUJO BATISTA, médico e diretor do

Sinmed-RN ([email protected])

Tá difícil acreditar que estejamos vi-vendo e suportando uma situação tãocrítica como essa que nos flagela ulti-mamente, é um verdadeiro "desmonte"de valores humanos pétreos como: ética,solidariedade, e direito à vida. Comoisso começou, fica difícil precisar, sepor incremento da tecnologia e das co-municações, ou fruto do nosso meroegoísmo, o que se sabe é que tá difícil,principalmente para aqueles que fazema base da pirâmide social, o chamado"povão". Poderia estar pior? Sim, pode-ria, mas não é devido a um pequeno in-cremento no orçamento proveniente das"bolsas várias", que está asseguradauma mínima qualidade de vida para apopulação, já que lhes falta coisas muitobásicas como segurança e uma razoá-vel assistência à saúde para que possaviver e trabalhar em paz.

Se tentarmos ver essa problemáti-ca com um olhar analítico, percebemosque enquanto as necessidades do povocaminham rumo ao pior, o egoísmo e ocorporativismo da classe política e deoutros segmentos detentores do poder(falo do Legislativo e do Judiciário) se-guem na contramão do que seja mais im-portante para a população com justifi-cativas e ações pífias frente aos reais pro-blemas, sem nunca esquecerem de rea-justar ano a ano os seus próprios salá-rios nunca em menos de 25%. Esses ja-mais esquecem de manter o "status" fi-nanceiro muito acima da média, semlei de responsabilidade fiscal, tudo apro-vado rápido, sem demora por seus pares.

A educação está acabada, o nível denossas escolas compara-se à de anôni-mos países africanos. Também puderacom um salário em torno de R$ 2.500,00(eles têm que assumir outros bicos) é im-possível se ter professor de qualidade.Quanto à segurança, os jornais são pro-vas vivas do caos: vários roubos e as-saltos diários, não se pode andar à pé 1km sem ser assaltado. Também quantosaprovados estão à espera de ingressarnas policias militar e civil, e até agoraninguém foi chamado? Falando emsaúde (sou funcionário da Sesap) que éuma área que conheço melhor, é de "cor-tar coração", os hospitais lembram cam-pos de guerra, gente sendo medicada

em macas e cadeiras, vomitadas ou uri-nadas; do outro lado médicos, enfer-meiros e técnicos cansados e estressa-dos; no entanto a insensatez das cabe-ças pensantes desse país os leva à cre-rem que faltam médicos. Grande enga-no, pois já os temos sobrando; só quecom um salário de R$ 3.500,00 os con-cursados evitam assumir os postos, étanto que o Hospital Dr. Pedro Bezer-ra está tentando expandir o quadro depediatra clínico e de UTI, sem êxito, jáque de dez concursados chamados sódois iniciam mas já pensando em sair.

É essa meus amigos a nossa reali-dade; o caos e a dor, tornaram-se vul-gar para nosso povo. Aproximam-semais uma vez as eleições, por sorte a in-sensatez de muitos políticos não os dei-xam ver que pequenas mudanças estãoacontecendo, algumas leis já ensaiampunição, e o povo não está tão idiotacomo dantes, fato que reputo ao poderda imprensa, sempre informando e es-clarecendo.

Nesses últimos dias iniciou-se umacampanha de divulgação dos saláriosna esfera federal a qual considero degrande valia para a sociedade e que háde chegar a todas as esferas funcionais,pois só assim se pode separar o joio dotrigo; a que deve-se um vereador rece-ber liquido R$ 15.000,00 fora o que lheé conferido por direito como "ajuda decusto" e fora as "coisas feias" que vezou outra se descobre, enquanto um pro-fessor recebe R$ 2.500,00, um soldadoda polícia R$ 2.000,00 e um médico sa-lário inicial (40h) R$ 3.500,00? Cre-mos que muito em breve esses enga-nos tendem a ser depurados, e essa ex-posição de salários dignos de funcio-nários do seleto grupo do G5 ou "pri-meiro mundo" tal qual as pedras de do-minó enfileiradas que podem cair paraum lado como para o outro a um levetoque, a influir para corrigir essas inver-sões de valores e o grande desnível so-cial tão peculiares ao nosso Brasil.

Sediar a copa é bom, é importantepara o nosso estado, porém a copa veme vai, quanto aos nossos problemassócio-econômicos podem até serem ca-muflados, mas jamais extintos com avinda deste importante evento.

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

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OJORNALDEHOJE

Por volta de 1958, eu morava emPetrópolis, perto da Maternidade evizinho à leiteria da Rua Manoel Dan-tas, de propriedade da família Fer-reira de Souza. Do outro lado do es-tabelecimento ficava a casa do indus-trial Osório Dantas, em frente à mo-radia do Dr. Onofre Lopes.

A leiteria era um prédio antigo,mal conservado, cujas paredes caia-das cheiravam a leite e nata. Eu ado-rava ver o movimento matinal que seiniciava bem cedo. Sentava-me noterraço de casa com uma daquelaslatas imensas de biscoitos "Duchen"no colo e ficava observando as pes-soas que chegavam e saíam do local.

Desde a madrugada que cami-nhões e mistos paravam para descar-regar aqueles latões metálicos, cadaqual marcado com as iniciais de seusproprietários. Por volta das cinco damanhã, ou um pouco antes, começa-vam a chegar os primeiros fregueses,portando garrafas brancas e verdesde um litro e meio litro.

Alguns vinham em seus automó-veis de linhas quadradas com emble-mas prateados, que se projetavam nocapuz. Eu ficava extasiado diante da-quelas belas máquinas: Hillman, Aus-tin, Packard, Ford, Oldsmobile, Buick- são algumas que ainda me vêm àmemória. Apesar de mais de cinquen-ta anos passados, ainda consigo teruma imagem bem nítida daqueles au-tomóveis elegantes.

No interior da leiteria, grandesvasilhas baixas, cheias de leite in na-tura e cobertas por um paninho de al-godão, que servia para coar o leitedos latões. É oportuno lembrar que,na época, não havia leite pasteuriza-do em nossa capital. O que só ocor-reu mais a frente por iniciativa do Sr.Aroldo Maia que lançou o Leite Pa-raíso.

Num dos cantos do armazémhavia uma desnatadeira antiga, quenunca consegui vê-la em funciona-mento. Essa máquina extraía a natado leite para o fabrico de manteiga.

Toda manhã o cheiro de leite fres-co era forte, não somente na leiteria,como também nas casas próximas aoestabelecimento.

A fila de compradores era razoá-vel - todos chegavam munidos desuas garrafas ou leiteiras, e existiamalguns que compravam para revenderaos seus clientes. Esses comumenteiam a pé, levando as garrafas de leiteem uma espécie de cesta, penduradanos ombros - a exemplo dos verdu-reiros tão comuns à época -, outrosusavam pequenas carroças à traçãoanimal.

No meio dessas lembranças daleiteria ficou a de uma freguesa bemmoça, que deveria trabalhar em umadas residências próximas. Acho queo que chamou a minha atenção in-fantil foi o seu tamanho. Não quefosse tão alta assim, mas se distin-guia das demais mulheres que fre-quentavam aquele estabelecimentocomercial.

Alta, angulosa, ficava o tempotodo colocando o cabelo para trás dasorelhas, mas estes teimavam em sesoltar de novo, o que a deixava irri-tada. Tinha ombros largos, braços for-tes e os traços do rosto eram finos, sobaquele cabelo espesso e escuro.

Normalmente, vinha acompanha-da de uma senhora que vestia umasblusas decotadas tão comuns na época- justas nos ombros e bordadas nafrente formando um desenho abstra-to. Na fila do leite ela ficava calada,ar desatento, enrolando no dedo umamecha de cabelo. Andava de um jeitoprovocador, com os quadris sacudin-do por debaixo do tecido leve dosvestidos baratos.

Lembro-me que ela caminhavade cabeça erguida, os olhos apenas en-treabertos, e não dava bola para aspiadinhas dos rapazes - era a suaforma de reagir às investidas dos maisatrevidos. Passava quietinha, char-mosa, olhando de lado, fingindo nãoperceber que os gracejos eram comela.

Quando andava deixava no ar umcheiro de sabonete Eucalol e Leitede Rosas. Diziam que usava leite decoco para estirar os cabelos, que iamaté a sua cintura. E mesmo sendomais uma cliente habitual que fre-quentava a leiteria era constantemen-te paquerada pelos homens que sem-pre lhe diziam gracejos. Nessas horas,o seu olhar tornava-se duro e "fecha-va a cara".

Como ela era muito branca cha-mavam-na elogiosamente de doce deleite - o que, pelo jeito, não lhe agra-dava. Poucas vezes, raramente, eu avi sorrir, de cabeça baixa e discreta-mente, o que aumentava a expressi-vidade do seu rosto.

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O presidente do PSL, ArakenFarias, afirmou na manhã de hojeque o ex-prefeito Carlos EduardoAlves, que tenta ser candidato peloPDT a prefeito de Natal por força deuma liminar, é o responsável pelosproblemas administrativos da capi-tal do RN por ter deixado uma “he-rança” que o próprio pedetista vematribuindo à sucessora na gestão dacidade. Segundo o dirigente do PSL,o ex-prefeito acusa a prefeita de serresponsável pelos problemas admi-nistrativos, mas, na verdade, a pe-vista encontrou uma cidade sem in-vestimentos, como, por exemplo,em saneamento básico.

“O ex-prefeito Carlos Eduardo,que agora é candidato, não podesimplesmente atribuir à prefeita Mi-carla o mau resultado na gestão dela.Foi herança dele. Ele que não fez.Ele que não trouxe investimentopara cidade. Muito pelo contrário, eletrouxe foi um débito para a cidadeque a prefeita até hoje não conseguiupagar”, afirmou Araken, em entre-vista esta manhã ao Jornal da Cida-de, da FM 94.

Segundo o presidente do PSL,Natal vive uma situação de faltade investimento em saneamentoque data das gestões anteriores deWilma de Faria (PSB) e CarlosEduardo Alves. “Investimento emsaneamento básico só foi feito naadministração de José Agripino e

Aldo Tinoco”, afirmou. “CarlosEduardo não investiu um centavoem saneamento”, lembrou, citandoa equação que diz que investir emsaneamento básico é investir em

saúde pública. “Como é que podemelhorar o serviço de saúde se agente não tem nem o serviço desaneamento básico? A cidade deNatal tem apenas 33% da cidade

saneada e há mais de dez anos quenão se investe em saneamento”,afirmou.

Segundo Araken, a preocupa-ção do PSL na capital do RN é gran-de. “Estamos terminando o gover-no Micarla e alguns candidatos vêmapontando a má gestão da prefeita

como resultado do caos que existena nossa cidade e eu me preocupobastante porque esse mesmo candi-dato que vem fazendo denúncias àprefeita é quem trouxe essa neces-sidade de melhoria da cidade do pró-prio governo dele. Carlos Eduardoteve aqui, passou pela prefeitura,

deixou essa herança e vem atribuin-do a ela e a população precisa en-tender por que Micarla não fez. Seela tinha competência e não fez éoutra questão. Mas é bom que a po-pulação saiba e tenha esclarecimen-to que foi ele que deixou esta heran-ça”, afirmou.

> CRITICA DO PSL

Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 4 de julho de 2012Política

Túlio LemosPOLÍTICA - TÚLIO LEMOS - [email protected] / www.tuliolemos.com.br / @tuliolemosrn

FICHA SUJAO Tribunal de Contas do Estado

enviou nova relação dos Ficha Sujado RN e incluiu o ex-prefeito CarlosEduardo. O MP diz que vai impug-nar a candidatura dele após a quedada liminar. O que revela que a can-didatura é forte no aspecto eleitoral,mas frágil no judicial.

PASSADOQuando queria justificar que a

votação na Câmara não valia nada,Carlos Eduardo sempre ressaltava ocaráter técnico do TCE, que agorainclui o nome dele na relação dosFicha Suja. E agora?

NÍVELA ex-governadora Wilma de

Faria está certa quando afirma que agovernadora Rosalba Ciarlini preci-sa explicar o contrato sem licitação,com cheiro de podridão, feito peloGoverno para abrir o Hospital deMossoró. Wilma erra quando diz queRosalba baixa o nível ao falar de es-cândalos da gestão do PSB. Quembaixou o nível foi a gestão, ao per-mitir que os escândalos se materia-lizassem. Se não existissem escânda-los, não existiria discurso.

EXPLICAÇÃONa verdade, Wilma cobra o que

o MP já cobrou e a sociedade tam-bém. Falta transparência ao Gover-no para explicar situações básicas. Oque pesa contra a ex-governadora éo fato de que, assim como no Gover-no de Rosalba, sua gestão também foimarcada pela inoperância no setorde saúde pública.

SEMELHANÇAO Hospital Walfredo Gurgel de

hoje é semelhante ao de ontem. Ne-nhuma tem o direito de falar dessesetor, pois as duas foram incompeten-tes, mas Rosalba é pior pelo fato deser médica. Assim como Wilma foihorrível na educação, mesmo sendoprofessora.

RETROSPECTOOs principais líderes políticos do

RN, precisam ter cuidado quando otema for Natal. Afinal, praticamentetodos já apoiaram quem passou pelaPrefeitura da capital, incluindo indi-cação de afilhados políticos para car-gos na gestão.

WILMAWilma de Faria foi eleita pela pri-

meira vez com o apoio de José Agri-pino, que indicou seu povo para fazerparte da gestão. Na época, o pai de Fe-lipe achava a administração da mãede Lauro ‘excelente’, até ser trocadopelo PMDB de Henrique.

REELEIÇÃONa segunda gestão de Wilma, já

não era o então PFLque julgava a pre-feita da época como grande gestora.Era o PMDB do governeiro Henri-que Alves. Aliás, PFL e PMDB fica-vam se revezando no apoio a Wilmae em quem seria o traído do momen-to. Quando um apoiava, o outro cri-ticava e depois mudavam de função.

CARLOS EDUARDOCarlos Eduardo ainda era Alves

quando esculhambava com Wilma,até ser chamado para ser vice nachapa dela. Calou-se nas críticas epassou aos elogios. Nessa época, oPMDB era só amor à então Guerrei-ra. Henrique estava de olho em seuapoio para o Governo do RN. Foiduplamente traído. Por Wilma e peloprimo Carlos Eduardo.

GOVERNOWilma sinalizou apoio ao

nome de Henrique Alves para oGoverno do RN até o último mo-mento, enquanto maquinava suaprópria candidatura. Quando deua rasteira no namorado de Lauri-ta, Wilma levou junto o filho deAgnelo, que preferiu o ‘amor’ àPrefeitura ao sobrenome e ficoucontra a própria família.

APOIOQuando Carlos Eduardo se ‘-

apossou’de vez da Prefeitura e Wilmaganhou o Governo com o apoio deAgripino no segundo turno, o povode Zé Agripino passou a apoiar a ges-tão de Carlos Eduardo, sonhando emver Felipe Maia vice do então prefei-to. Wilma deu outra rasteira em todomundo e indicou Micarla para vicede Carlos Eduardo.

ROMPIMENTOFoi aí que Agripino rompeu

com o filho de Agnelo. Não pelagestão medíocre que ele fazia, maspor que ele não aceitou seu filho Fe-lipe como vice. Como CarlosEduardo disse a Agripino que oveto a Felipe foi de Wilma, o ma-rido de Dona Anita também rom-peu com a então governadora e lan-

çou Ney Lopes como protesto paraafagar suas mágoas de pai ferido.

MICARLAA prefeita Micarla de Sousa foi

apoiada por Agripino, que não tinhaquem apoiar em 2008, com seupartido definhando na capital. Car-los Eduardo, que dizia que a Bor-boleta era tudo de bom na campa-nha que ela foi sua vice, rompeucom seu próprio partido para indi-car Fátima Bezerra, do PT, comapoio de Henrique e seu PMDB elevou junto Wilma, de quem Fáti-ma dizia horrores, como cria daditadura e malufista. O balaio degatos e ratos perdeu pra Micarla.

GESTÃOQuando Micarla assumiu, pen-

sou que era dona da Prefeitura.Queria governar sozinha, mesmocom apoio de Agripino, que haviaindicado afilhados para cargos nagestão e ficou bem quietinho atéRosalba ganhar a eleição e ele teroutra boca para alimentar seupovo. Henrique, que havia votadocontra Micarla, aproveitou a saídade Agripino da Prefeitura para in-dicar seu povo de sempre em car-

gos na gestão, em nome da ‘-governabilidade’. Quando o barcoafundou, Henrique já estava longecom seu submarinho. E por aí vai.Todos já falaram de bem e de maluns dos outros, e vão repetir a dosea partir de agora.

PARABÉNS!Hoje, dia 04 de julho, é o dia

do aniversário de Afonso Lemos,meu pai, a pessoa mais importan-te de minha vida, a quem eu dariaminha própria vida por ele. Para-béns, te amo!!!

CALOTEIROUma cooperativa de crédito da

cidade sofre com a falta de paga-mentos dos credores da classe A,que envolvem escritórios imobi-liários e empresas que realizam re-cuperação de veículos. Como senão bastasse, imagine só que fa-miliares dos antigos dirigentes datal cooperativa também aparecemcomo devedores e não dão a míni-ma para as cobranças. Ao ponto dequando o setor de cobrança apare-ce nas empresas é destratado pelosdevedores, restando assim, umaúnica saída, a cobrança judicial.

Araken: “Carlos Eduardo não investiu em sanemanto”

Além de criticar a gestão doex-prefeito Carlos Eduardo Alves,o presidente do PSL, Araken Farias,não poupou críticas à administraçãoda ex-governadora Wilma de Fariana capital do Estado. Segundo ele,a companheira de chapa do pede-tista “também já provou que nãotem capacidade. Ela era uma exce-lente maquiadora. Isso ela sabefazer muito bem. Mas, administrarNatal, como o povo precisa, nemum dos dois tem qualificação nemcompetência”, afirmou, ainda emsua entrevista à Rádio Cidade.

Segundo Araken Farias, Wilma

e Carlos provaram que não tiveramcompetência para administrar Natal.“No que diz respeito ao ex-prefei-to, teve a questão dos medicamen-tos que foram para o lixo e as obrasinacabadas. Na verdade a gestãodele foi um desastre, mas ele vematribuindo o descaso na Prefeituraa Micarla. Só que a herança é delee ele já provou que não tem com-petência para administrar Natal. Apopulação precisa entender que amá gestão de Micarla hoje é con-sequência das gestões anterioresdele e de Wilma”.

As críticas às gestões, por

parte de Araken Farias, tambémremetem à falta de estrutura notransporte público. Segundo ele, adefasagem do setor vem de váriasadministrações, especialmente deWilma e Carlos Eduardo Alves,citando que somente na atual ad-ministração houve iniciativa de serealizar a primeira licitação pú-blica para o setor. “Os empresáriosde transporte precisam se juntar àprefeitura, precisam que tenha umprefeito que olhe para o transpor-te público, que também é outrocaos, e melhorar esse serviço”,observou. (AV)

“Wilma de Faria na Prefeiturade Natal provou que é umaexcelente maquiadora”

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

A governadora Rosalba Ciarlini(DEM) silenciou sobre as declara-ções da ex-governadora Wilma deFaria (PSB), que apontou a necessi-dade de a chefe do executivo esta-dual “explicar qual o envolvimentodo governo com a Marca”, empre-sa contratada para administrar o Hos-pital de Mossoró e que é pivô daOperação Assepsia. Procurada atra-vés da Assessoria de Comunicaçãodo governo, a governadora silenciou.

Enquanto isso, o deputado esta-dual Fernando Mineiro (PT), que jávinha denunciando irregularidadesna terceirização do Hospital de Mos-soró, reforçou as palavras de Wilmade Faria, afirmando que Rosalbadeve esclarecer à sociedade sua re-lação com a empresa Marca. “Achoimportante esclarecer e reverter oprocesso irracional e ilegal de ter-ceirização e desvio de dinheiro pú-blico”, declarou Mineiro, em entre-vista no início da tarde de hoje ao JH.

O deputado do PT disse que o es-clarecimento por parte do governo énecessário porque “o padrão, a pes-

soa que operou, um dos principaisoperadores da terceirização no mu-nicípio, foi quem fez a operação noEstado”, afirmou, se referindo a Ale-xandre Magno, procurador do Mu-nicípio preso durante a operação As-sepsia como mentor intelectual dosuposto esquema. Segundo Mineiro“o procedimento foi semelhante, comagravante de que o Estado não tinhanem legislação específica para isso.E já tem”, completou o petista.

O deputado questiona desde oinício o contrato do hospital e lem-bra que o governo ignorou o Minis-tério Público, que acionou a Justiçapara impedir o contrato, feito semlicitação. Indagado sobre o governoter cancelado os repasses e instala-do uma auditoria, Mineiro diz queesta era desnecessária uma vez queo MP já tinha recomendado. “Nãoprecisava de auditoria, tem uma açãodo MP antes da Assepsia, uma reco-mendação”, atribuindo a insistênciado governo ao fato do mesmo estar“tendo atitude muito fechada”.

“O governo tem se fechado, nãoescuta nenhuma crítica, nenhuma pon-deração. E implantou acima de todalegalidade esse processo de terceiri-

zação. Alei das Organizações Sociaisque sancionou no dia 23 março foipara legalizar a ação que fez ilegal”,

explicou, mostrando que até à apro-vação da lei, o contrato era ilegal.

Mineiro aponta outra incon-

gruência do governo, ao lembrar quea assessoria jurídica da Secretaria deSaúde deu parecer contrário à con-

tratação da Marca afirmando que,para tanto, era necessário uma lei es-pecífica. “No entanto, a Procurado-ria do Estado foi contrária ao pare-cer da Assessoria Jurídica da Secre-taria, dizendo que é desnecessáriauma lei específica, assim como édesnecessária licitação”, contou.

Levantamento do petista no Diá-rio Oficial mostra que até o momen-to que dos R$ 16,8 milhões previs-tos no contrato com a Marca, o go-verno já pagou R$ 10,6 milhões.Deste montante, R$ R$ 8 milhõesforam quitados na gestão do ex-se-cretário Domício Arruda e R$ 2,5milhões já na do substituto, Isaú Ge-rino. “Só num dia, 10 de abril, forampagos R$ 5,4 milhões”.

Segundo Mineiro, o contrato estávencendo em agosto, mas até agorao governo não sinalizou para a rea-lização de uma licitação para contra-tar empresas nos moldes da legali-dade. “Vou continuar cobrando ex-plicação do governo. O contratovence em agosto e vou cobrar umasolução que acho que é assumir agestão, que tem que ser do governo.O governo é incompetente para gerirpor isso que terceiriza”, finalizou.

Mineiro: “Governadora precisa explicar porquemesmo operador da Assepsia operou no Estado”DEPUTADO QUE FEZ PRIMEIROS QUESTIONAMENTOS SOBRE PARCERIA COM A MARCA COBRA EXPLICAÇÕES DO GOVERNO

Segundo Fernando Mineiro, do PT, “Governo do Estado tem se fechado, não escuta nenhuma crítica, nenhuma ponderação”

Presidente do PSL, Araken Faria, critica gestões de Carlos Eduardo e Wilma

José Aldenir

Arquivo

Page 4: FLIP 04/07/2012

Sustentação da candidatura doex-prefeito Carlos Eduardo Alves, aliminar que suspende a decisão ad-ministrativa da Câmara Municipalde Natal e dá condição de elegibili-dade ao nome do PDT ainda não estátotalmente livre de cassações até o iní-cio de período de impugnação. Pelomenos, é isso que avalia o desembar-gador Vivaldo Pinheiro, do Tribunalde Justiça do Estado, que recebeu daCâmara um pedido de agravo de ins-trumento anulando a liminar.

O fato curioso sobre esse assun-to é que, assim como ocorreu na 3ªVara da Fazenda Pública, quando ojuiz Geraldo Motta entrou de fériaspouco depois de receber a o proces-so pedindo a anulação da decisão daCâmara e concedeu a Carlos Eduar-do a liminar que suspende o que foidecidido até a análise do mérito, Vi-valdo Pinheiro também entrou de fé-rias. “Recebi o agravo de instrumen-to no dia 28 e pedi a convocação deCarlos Eduardo e do juiz GeraldoMotta para se pronunciarem. Contu-do, estou de férias desde o final desemana e o caso está com a juízasubstituta, Welma Menezes”, expli-cou o desembargador.

Para completar a semelhança nasduas instâncias estaduais, Welma Me-nezes está de licença médica por al-guns dias. Para quem não se lembra,depois de Geraldo Motta saiu, a juízasubstituta do caso entrou em licençamaternidade. “Aanálise de um agra-vo de instrumento é um processo re-

lativamente rápido e acredito que nãodeve demorar para ser analisado”,garantiu Vivaldo Pinheiro.

Segundo o desembargador, a ar-gumentação da Câmara Municipalpara anular a liminar se baseia nofato de que não foi respeitado o pro-cesso legal de direito de defesa. E sea liminar for realmente cassada, Car-los Eduardo Alves só poderá recor-rer ao Superior Tribunal de Justiça(STJ), na busca por uma nova limi-nar que o permita ser candidato.“Aqui vai ficar faltando só a análisedo mérito da ação, ou seja, ficará res-tando só decidir se a decisão da Câ-mara é válida ou não”, explicou.

É importante ressaltar que, alémde um pedido no TJ, a Câmara Mu-nicipal de Natal entrou também comum recurso na própria 3ª Vara da Fa-zenda Pública pedindo a revogaçãoda liminar. Com as férias do titular ea licença da substituta, a análise dopedido deve ser feito pelo juiz Cíce-ro Macedo.

TSE REVERTE CASSAÇÃO DE VEREADOR

O ministro Dias Toffoli, do Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE) re-verteu, liminarmente, a cassação dovereador José Nazareno de Lemos(DEM), do município de Areia Bran-ca (RN). O Ministério Público doRio Grande acusava o vereador pelaprática da infidelidade partidária, masfoi alterada pelo escritório Barros,Mariz & Rebouças Advogados. A

decisão do TSE determina o retornoimediato à Câmara Municipal.

O vereador tinha sido afastadodo mandato no dia 17 de maio desteano e agora, com a vitória voltará aotrabalho na Câmara dos Vereadoresde Areia Branca e ocupará sua cadei-ra para concluir o 5º mandato conse-cutivo. Na decisão, Toffoli, acolheua análise feita pela defesa vereador,que afirmou "que o TRE/RN'apreciou de forma superficial, rastei-ra e açodada as provas dos autos,desprezando, inclusive, diversos pre-cedentes desta Corte Regional que

afirma suficiente para provar a justacausa para a desfiliação a anuênciado partido para os fatos alegados'".

A defesa de Nazareno Lemostambém asseverou "que a sua desfi-liação do Partido Progressista (PP)ocorreu em razão de grave discrimi-nação pessoal e por desvio reiteradodo programa partidário perpetradopelos representantes municipais damencionada agremiação, hipóteseslegalmente previstas para autorizaro rompimento do vínculo partidáriosem a consequente perda docargo/mandato eletivo".

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

Liminar de Carlos Eduardo pode sercassada até período de impugnação

Carlos Eduardo está garantido graças a liminar conseguida na Justiça Comum

Uma questão prementeComplicadores eleitorais, até recentemente resolvidos comuma conversa e sorrisos mútuos, começam a perturbar asrelações entre PT e PSB. É notória a desconfiança dos pe-tistas sobre a movimentação dos socialistas em áreas queo partido-líder da aliança do poder federal considera patri-mônio estratégico para o agora e o futuro próximo.

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Parece que o receio tem razão de ser. Não porque sejammanobras planejadas para conturbar, ainda mais, a tempo-rada eleitoral do petismo, em momento de evidente incer-teza. Caso, por exemplo, de sua situação em cidades de re-ferência, sobretudo capitais com milhões de pessoas aptasao voto. Entram na lista da ansiedade: Porto Alegre, SãoPaulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.

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O Partido Socialista cuida de seu amanhã. Não é só o plei-to deste ano que está em jogo. Embora seja uma disputamunicipal, ajuda, como teste de tendência, a planejar a cam-panha de 2014. É verdade que influencia pouco na escolhado presidente da República; e é relativa na renovação deum terço do Senado. Vale muito, porém, para a composi-ção da Câmara dos Deputados, plenário que tranquiliza ouatemoriza governos.

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Não à toa, neto e herdeiro do lendário Miguel Arraes, o es-perto Eduardo Campos, governador de Pernambuco em se-gundo mandato e presidente (com jeito de vitaliciedade) doPSB, identifica a premência de desviar o seu partido da ór-bita do PT, malvada máquina de moer aliados.

w Dia 16, a presidente DilmaRousseff faz visita de Esta-do a Adis-Abeba (Etiópia).w O PSD terá por mês R$1 milhão - um pouco mais,talvez - do Fundo Partidá-rio. A sigla, registrada naJustiça Eleitoral em se-tembro do ano passado,recebia, até junho deste2012, R$18,5 mil mensais.w Vem aí pesquisa do insti-tuto Certus. É a primeiraapós a oficialização doscandidatos à prefeitura deNatal. Está prevista a divul-gação dos números no fimda próxima semana.w Edmar Bacha, da equipede formuladores do PlanoReal - programa que no-cauteou a hiperinflaçãobrasileira -, cobra, porquese trata de urgência, re-forma no setor público.w Crítico do trabalho deOdair Cunha (PT-MG) comorelator da moribunda CPIdo Cachoeira, Carlos Sam-paio (PSDB-SP) pretendeapresentar voto em sepa-rado no encerramento dos

trabalhos da comissão.Sampaio acusa o colegaCunha de direcionar as in-vestigações.w Fique atento às compa-nhias de seu filho.w A senhora Rousseff nãoacompanhará o padrinho-antecessor nas andançasda campanha deste ano. Ar-gumento: eleição é proble-ma de cada partido, não degoverno. Sujeita a desmen-tido, a informação é da mi-nistra de Relações Institu-cionais, Ideli Salvatti.w Affonso Emílio de Alen-castro Massot, cariocaculto e personagem denoitadas elegantes noBrasil e no exterior, vaichefiar a missão diplomá-tica do Brasil em Beirute,bela capital do Líbanochamada no passado deParis do Oriente.w Para refletir: "E aqueles queforam vistos dançando foramjulgados insanos por aquelesque não podiam escutar amúsica" (Friedrich Nietzsche,filósofo alemão).

Nome no índexMais uma investida de Lula da Silva contra Arthur Virgí-lio.Sem dispor de quadro competitivo para enfrentar o can-didato do PSDB a prefeito de Manaus, o PT recorre à co-munista Vanessa Grazziotin (foto) para enfrentar o ex-líderda social-democracia no Senado. Embora diplomata decarreira, Arthur Virgílio batia, sem complacência, no entãopresidente da República.

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Há anos fazendo política no Amazonas - foi vereadora edeputada federal de três mandatos -, a catarinense, aoeleger-se ao Senado, impediu a reeleição do tucano,conforme era o desejo explícito de Lula. Vanessa ga-nhou a segunda vaga.

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A primeira, por elástica vantagem, ficou com EduardoBraga (PMDB), agora líder do governo Rousseff na Câ-mara Alta.Braga chefiou o Executivo amazonense de 2002 a 2010.

)( Algum candidato ao Palácio Felipe Camarão querem seu palanque a prefeita Micarla de Sousa?

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO

Procurador alerta: somente liminargarante candidatura de Ficha Suja

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

Quites com os Tribunais de Con-tas? Meras formalidades levaram acondenação? Atenção candidatos acargos eletivos em 2012: se está naslistas de condenados dos tribunais decontas do Estado (TCE) ou da União(TCU), somente uma liminar conce-dida pela Justiça Comum é a garan-tia de registro de candidatura. A in-formação é do procurador-geral elei-toral, Paulo Sérgio Costa, que prome-te ser “linha dura” quando se tratada possibilidade de participação dos“Fichas Sujas” no pleito eleitoral.

No caso daqueles que consegui-ram a liminar, mas estão na listacomo, por exemplo, o ex-prefeitoCarlos Eduardo Alves, do PDT, pré-candidato a Prefeitura de Natal, valea decisão da Justiça Comum. “Nes-ses casos, mesmo os nomes estandona listagem do TCE, nada muda por-que a decisão que os tornariam fi-chas sujas não está valendo, está sus-pensa. A não ser que haja mudançanessa condição da Justiça Comum,essas candidaturas não poderão seralvo de pedidos de impugnação”, ex-plicou Paulo Sérgio Costa.

Além de Carlos Eduardo, segun-do o próprio TCE ao divulgar a lis-tagem, a ex-prefeita e pré-candidataa Prefeitura de Apodi, Maria Goretida Silveira Pinto, também aparececomo “decisão sub júdice”, porque hárecurso na Justiça Comum. Ex-pre-feito de Macaíba, condenado pelaCâmara Municipal e pelo TCE emprimeira instância, Fernando Cunha,líder nas pesquisas de intenção devoto, também garante ter uma limi-nar que o permite ser candidato, ape-sar de não estar marcado como “subjúdice” também.

Contudo, não são apenas os trêsque pretendem disputar as eleições

2012 e, por isso, o aviso feito peloprocurador ganha força e importân-cia. “Vejo que alguns têm alegadoque a condenação foi ‘meraformalidade’, consequência da en-trega fora do prazo de algum docu-mento, mas não é bem assim. As lis-tas têm nomes daqueles que realmen-te foram condenados já em trânsitoem julgado, assim como prevê a Leida Ficha Limpa”, reforçou Paulo Sér-gio Costa.

Além disso, segundo o procura-dor, há também de se ressaltar que adecisão dos Tribunais de Contas –na nova listagem está também oscondenados pelas Câmaras Munici-pais – o pagamento da multa ou o res-sarcimento aos cofres públicos nãosuspendem a condenação. “Pagar amulta ou devolver o dinheiro deixao condenado quite com o Tribunal deContas, impede a execução por partedo órgão, mas não apaga a condena-ção”, explicou.

Claro que, além das condena-ções, é preciso também que fique

claro que o ordenador de despesapraticou também um ato doloso, in-tencional, de má fé. Contudo, essa éuma análise subjetiva e que podepegar muitos candidatos de formainesperada. “Essa é uma análise queo MPEleitoral vai fazer, mas a nossaexperiência mostra que geralmenteessas condenações são acompanha-das de uma ação intencional de im-probidade administrativa”, afirmou.

EM RISCOArelação de pré-candidatos com

condenação nas Câmaras Munici-pais, no TCE e/ou no TCU aumen-tou consideravelmente com os novosnomes publicados nesta terça-feira.Além de Carlos Eduardo Alves, Fer-nando Cunha e de Maria Goreti daSilveira, outros ex-prefeitos estãona lista: José Robenilson Ferreira, deBento Fernandes; Edinólia Mariada Câmara, de Ceará-Mirim; CidArruda Câmara, de Nova Cruz; eIvan Padilha, de Pendências. Alémdeles, os atuais prefeitos e pré-can-

didatos a reeleição em João Câma-ra, Ariosvaldo Targino, o Vavá, eem Currais Novos, Geraldo Gomes,também foram citados como entreos condenados.

Nas listas mais antigas, confor-me noticiou O Jornal de Hoje, estãotambém o vereador Enildo Alves,que busca em 2012 a reeleição paraa Câmara Municipal, mas está nalista do TCU. Jaime Calado, atualprefeito e pré-candidato a reeleição,também foi condenado e foi um dosque justificou que a condenação foibaseada, simplesmente, em uma“mera formalidade”.

José Batista de Lucena, tambémconhecido como Zé Braço, pré-can-didato em Ouro Branco; José Sally,do PSB, prefeito de Cruzeta; LaniceFerreira, do PMDB, em Dix-SeptRosado; Fábio Magno, o Fabinho,do PMDB, em Jandaira; ex-prefeitoGiovannu César, o Gija, candidatoem Tangará e Pepeu Lisboa, do PP,em Passa e Fica, são outros exemplosde condenados que tem pretensõespolíticas em 2012.

PRAZOSPassado o período de convenção

e homologação de candidaturas, osainda pré-candidatos poderão se re-gistrar na Justiça Eleitoral comocandidatos até a quinta-feira. Nodia seguinte, a Justiça publica umedital com aqueles que se registra-ram e, então, começa o temido prazopara pedidos de impugnação. Minis-tério Público Eleitoral e coligaçõesadversárias podem formalizar essespedidos.

“É um prazo bem acelerado, rá-pido. Por isso, estamos juntando todaa documentação de tribunais de con-tas, de Justiça para, assim que virmosos pedidos de registro, poderemosfazer ou não as impugnações”, expli-cou Paulo Sérgio.

NOVA LISTAGEM DO TRIBUNAL DE CONTAS LEVA POSSIBILIDADE DE IMPUGNAÇÃO

A NÚMERO MAIOR DE PRÉ-CANDIDATOS QUE PRETENDEM DISPUTAR AS ELEIÇÕES

Procurador Paulo Sérgio Costa promete atuação “linha dura” contra fichas sujas

Arquivo

José Aldenir

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Numa sessão marcada por tu-multo nas galerias, agressões pes-soais e briga de claques pró econtra, o Impeachment de Micar-la não foi aprovado na últimaterça-feira à noite. Durante todoo processo de votação, os verea-dores usaram a tribuna para de-claração de votos, mas aprovei-taram para discussões ríspidascomo ocorreu entre o vereadorHeráclito Noé, do PR, que deixoua Chefia do Gabinete Civil paraparticipar da votação e defendera prefeita Micarla de Sousa, e overeador Júlio Protásio, do PSB,que se transformou num dos maiscríticos oposicionistas à prefeitade Natal.

No seu discurso, o vereadorHeráclito Noé fez vários questio-namentos a Júlio Protásio consi-derando de dubiedade o compor-tamento do vereador do PSB, quesegundo ele, antes participava dogoverno municipal e elogiava aprefeita Micarla de Sousa, e apóscriticar a atual administração, per-deu os cargos e transformou-seno maior crítico da prefeita deNatal. “Quero saber qual é o Júlioque está aqui e se o senhor é omesmo Júlio que elogiava a pre-feita até pouco tempo? , pergun-tou Heráclito, para em seguidachamar Júlio Protásio de “opor-tunista”.

OPORTUNISMO Ao assumir a tribuna, Júlio

Protásio devolveu as acusaçõestambém questionando: “Herácli-to Noé é o mesmo que se elegeupela oposição e hoje está no go-verno?”, disse Júlio, acrescentan-do que Heráclito Noé deixou o

cargo de chefe do Gabinete Civilda Prefeitura para “fazer casuís-mo” na sessão desta terça-feira.Júlio Protásio criticou também ocomportamento do vereador Enil-do Alves, do DEM, por mudar departido e ter “abandonado Wilmapara apoiar Micarla”.

PLACAROutros vereadores pronuncia-

ram-se sobre o pedido de im-peachment da prefeita Micarla de

Sousa, entre eles, Raniere Bar-bosa, Júlia Arruda, Franklin Ca-pistrano, Enildo Alves, Luiz Car-los, George Câmara, FernandoLucena, Chagas Catarino, BispoFrancisco de Assis, Aquino Neto,Adenúbio Melo, Adão Eridan eSargento Regina. Uns posicio-nando contra e outros favoráveis.O placar final foi de 13 X 7. Overeador Bispo Francisco deAssis, do PSB, disse que nãoexiste tempo hábil para o anda-

mento do processo, lembrandoinclusive que a prefeita tem ape-nas 7 meses para conclusão doseu mandato e prefeita não serácandidata à reeleição. O bispo,que faz parte da bancada evangé-lica votou contra o pedido deafastamento da prefeita de Natal.

Quem também votou contra opedido de impeachment foi o ve-reador Chagas Catarino, do PP,por entender que não existemfatos relevantes para sua apro-

vação. “Faço parte da bancadada prefeita, tenho tido meus plei-tos feitos em benefício das co-munidades atendidos e sou coe-rente, daí meu voto contra o pe-dido de impeachment”, disseChagas Catarino.

Ney Jr., do DEM, disse que aprefeita Micarla de Sousa já foijulgada pela população e nãopode ser coadjuvante de um pro-cesso de pedido de impeachmentonde não existem fatos concre-

tos para isso. “Uma coisa é acharque Micarla não fez uma boa ad-ministração, outra é pedir a saídada prefeita que já foi julgada enão participará da eleição”, disseNey, lembrando que tomou a de-cisão contrária ao impeachmentde forma tranquila. Acrescentouque os fatos denunciados contraa prefeita estão sendo investiga-dos pelo Ministério Público e nomomento oportuno a Câmara Mu-nicipal se pronunciará. (JP)

Heráclito Noé e Júlio Protásio trocam acusações

Heráclito Noé criticou mudança de atitude do vereador do PSB Júlio Protásio respondeu e questionou passado de Heráclito Noé

José AldenirHeracles Dantas Heracles Dantas

Chagas Catarino também votou contra pedido de impeachment

Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 4 de julho de 2012Política

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

Após uma sessão tumultuadacom agressões pessoais nas gale-rias em razão da votação do pedi-do de impeachment da prefeita Mi-carla de Sousa, negado através devotação com13 “não”, 7“sim” e umaausência do ve-reador Maurí-cio Gurgel, olegislativo mu-nicipal deNatal entrouem recesso par-lamentar na úl-tima terça-feirapara só retornaraos trabalhosno dia 1º deagosto. Na oportunidade tambémfoi votada e aprovada a LDO – Leide Diretrizes Orçamentárias para opróximo ano. No término da ses-são vereadores falaram a ´O JOR-NAL DE HOJE sobre o semestrelegislativo.

“Foi um semestre produtivo ea Câmara Municipal de Natal cum-

priu seu papel constitucional”, re-sumiu o vereador Franklin Capis-trano, do PSB, informando que apartir de agosto o legislativo teráapenas 2 sessões semanais para queos vereadores participem da cam-panha eleitoral.

O vereador Ney Jr. , do DEM,constata que o se-mestre foi acirra-do em função dacampanha eleito-ral deste ano, maso debate sobretemas polêmicosfoi bastante esti-mulado, notada-mente a matériaque tratou da pres-tação de contas doex-prefeito CarlosEduardo. “Foi a

primeira vez na história da CâmaraMunicipal de Natal que foram rejei-tadas as contas de um gestor”, ob-serva o parlamentar do DEM, des-tacando temas como Lei de Diretri-zes Orçamentárias, lei dos postos,prestação de contas de gestores pú-blicos, pedidos de investigações e vá-rios projetos individuais discutidosno primeiro semestre de 2012. “A

Câmara Municipal de Natal apre-ciou com maturidade todas essasmatérias, prevalecendo o sentimen-to democrático”, disse Ney Jr.

PERSPECTIVAS“Espero e tenho a convicção

que os integrantes do legislativomunicipal possam ter o discerni-mento necessário para separar asatividades legislativas da campanhaeleitoral. Caso não haja esse com-portamento o maior prejudicadoserá o município e a população na-talense”, disse Ney Jr.

POUCA PRODUÇÃOO vereador Raniere Barbosa

entende diferentemente do verea-dor Ney Jr. Ele disse que a produ-ção legislativa diminuiu muito emrazão do processo eleitoral. “Osvereadores foram ausentes nesseprimeiro semestre e a Câmara Mu-nicipal tornou-se exageradamentepolítica”, disse ele, acrescentando:“Mais uma vez a Câmara Munici-pal está sendo uma extensão doPoder Executivo e não está tendosua representatividade em sintoniacom o sentimento popular”, obser-va o vereador do PRB.

Vereadores derrubam impeachmentde Micarla e entram em recessoCÂMARA DIVERGE SOBRE PEDIDO DE AFASTAMENTO DA PREFEITA DE NATAL E ANALISA PRIMEIRO SEMESTRE DE 2012

Vereador Ney Jr., do DEM, considera que o primeiro semestre foi produtivo com apresentação de vários projetos

O economista Irineu Lima daSilva compareceu a ´O JORNALDE HOJE para contestar o depu-tado George Soares e esclarecerque a ideia de in-serir Maxaran-guape na lista demunicípios daregião Metropo-litana de Natalnão é de autoriado parlamentardo PR como foianunciado na úl-tima sexta-feirapor ocasião daconvenção quehomologou acandidatura da prefeita Maria Ivo-neide à reeleição. "Essa ideia fezparte das minhas propostas de can-didato a vereador no ano de 2000,portanto, o deputado não pode atri-buir a ele essa iniciativa", esclare-

ce o ex-candidato a vereador emMaxaranguape.

Irineu Lima entende que é deverdo deputado do PR se retratar, já que

segundo o eco-nomista, GeorgeSoares cometeuum plágio quede acordo comos artigos 184,185 e 186 daConstituição ti-pifica crime, jáque inclusive afonte não foi ci-tada. "A minhaproposta foi bas-tante divulgada

na época e o deputado não pode searvorar de dono dela. Pertence a umnativo do município", observa o eco-nomista, acrescentando que tomouconhecimento do plágio através doblog do jornalista Iran Costa.

> CONTESTAÇÃO

George Soares é contestado pelo economista Irineu Lima

Economista Irineu Lima esclarece que ideia dele foi tomada por George Soares

"A minha proposta foibastante divulgada na

época e o deputado nãopode se arvorar de dono

dela. Pertence a um nativo do município"

IRINEU LIMA

Deputado apresentou proposta para incluir Maxaranguape na Grande Natal

O vereador Ney Jr. ,

do DEM, constata que

o semestre foi acirrado

em função da disputa

eleitoral deste ano

José Aldenir

Wellington Rocha Divulgação

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Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Cidade

Para pressionar o Governo Fe-deral e os políticos, servidores daJustiça Eleitoral de 19 Estados mar-caram paralisações para hoje (4) eamanhã (5), últimos dias do prazode registro de candidaturas para aseleições deste ano. Em nível nacio-nal, sindicalistas prometem um"apagão" nos cartórios eleitorais,no entanto, o Rio Grande do Nortenão aderiu à paralisação nacional enão está prevista nenhuma mobili-zação, segundo informou o coorde-nador geral do Sindicato dos Traba-lhadores do Poder Judiciário Fede-ral no Rio Grande do Norte (Sintra-jurn), Jamilson Carvalho. Os servi-dores reivindicam um reajuste de31% nos salários da categoria. Oaumento só sairá se o CongressoNacional aprovar um novo planode cargos e salários para a catego-ria.

"A categoria no Estado anali-sou o movimento em outros estadose decidiu aguardar já que o projetoainda se encontra na Comissão deOrçamento e está para ser analisa-do hoje. Aqui no Estado, não houveprejuízo à população, no que dizrespeito à paralisação do atendi-mento nos cartórios eleitorais", ex-plicou Jamilson Carvalho. Já paraFrancisca Gomes, coordenadoraexecutiva do Sindicato, a categoriano Estado é muito parcial. "Diferen-te de outros estados, o RN ainda émuito fraco quando o assunto é semobilizar. Parecemos uma provín-cia, mas os servidores ainda estãomuito parciais", afirmou.

A presidenta do Tribunal Supe-

rior Eleitoral (TSE), a ministra Cár-men Lúcia Antunes Rocha, disseestar preocupada com a paralisaçãodos servidores do Judiciário Fede-ral em todo o País, em especial osda Justiça Eleitoral, em luta pelaaprovação do Projeto de Lei6.613/2009.

Em entrevista coletiva, realiza-da na sede do TRE-RJ, na tarde deontem, a ministra disse que "sóquem pode falar pelo Judiciário Fe-deral é o presidente do SupremoTribunal Federal, ministro CarlosAyres Brito, assim como assinarpropostas e emendas". Segundo Cár-men Lúcia, "o que os outros minis-tros podem fazer é levar até o co-nhecimento do presidente do STFas demandas que chegam dos ser-vidores, o que os juízes eleitoraistêm relatado e as conseqüências"dessa insatisfação da categoria."Tudo que chega a mim, tanto daparte dos servidores quanto da partedos tribunais eleitorais preocupa-dos com a possibilidade de greve,tenho levado ao conhecimento doministro Ayres Britto", garantiu. Deacordo com Cármen Lúcia, o pre-sidente do Supremo tem dito que"está trabalhando exatamente nestesentido, o de entabular negociaçõespara saber como o Judiciário podefazer para atender ou negociar asdemandas dos servidores".

Jamilson Carvalho explica quecom o objetivo de reforçar a lutacontra o congelamento salarial e apolítica de reajuste zero do Gover-no Federal, as várias categorias dofuncionalismo público federal pre-

param uma série de atividades parao mês de julho. Em todo o País, al-guns setores estão em greve portempo indeterminado, como os do-centes das universidades federais edo ensino básico e tecnológico, osservidores administrativos das uni-versidades e os servidores dos diver-sos órgãos do Executivo, e outros,

como Judiciário Federal, o MPU ea Receita Federal, fazem paralisa-ções em favor da pauta unificadade reivindicações e por demandasespecíficas de cada categoria. "Ama-nhã à noite realizaremos uma novareunião para definirmos os novosrumos do movimento", disse o coor-denador geral do Sintrajurn, que

não descartou que no RN possa terparalisações, como a que vem acon-tecendo em outros estados.

Entre as atividades definidas,está a grande marcha nacional emBrasília, no dia 18 de julho. Antesdisso, os servidores em greve irãopromover acampamento na Espla-nada dos Ministérios, a partir do dia

16 até o dia 20. Nesse período, serãopromovidas várias atividades unifi-cadas dos Servidores Públicos Fe-derais. "Vamos participar dessesatos nacionais com representantespotiguares. Além disso, vamos rea-lizar alguns atos no Rio Grande doNorte, mas não definimos o calen-dário de atividades", disse.

> PARALISAÇÃO

Servidores federais realizam protesto em todoBrasil, mas mobilização no Estado é tímida

José Aldenir

Wellington Rocha

Nesta quarta-feira, apesar da paralisação em diversos estados brasileiros, os cartórios eleitorais no Rio Grande do Norte mantiveram o atendimento ao público

FERNANDA SOUZA

[email protected]

O Conselho Estadual de Saúdeestá estudando pedir a interven-ção do Ministério da Saúde na Se-cretaria de Estado da Saúde Pú-blica (Sesap).

Na manhã de hoje, dentro daReunião Ordinária Mensal, reali-zada no prédio da Sesap, foi aber-to um espaço para que os conse-lheiros, conselheiros suplentes ecolaboradores discutissem a ges-tão da Associação Marca, no Hos-pital da Mulher, em Mossoró,desde o mês de fevereiro, data doinício do contrato com a Sesap.

"Fizemos um resgate históri-co desta contratação e quando ti-vemos acesso à prestação de con-tas da Marca, na última sexta-feira, nos debruçamos no final desemana estudando o material eencontramos diversas irregulari-dades", disse Francinete Melo,presidente do Conselho Estadualde Saúde (CES).

De acordo com o CES, o do-cumento que traz os apontamentossobre a prestação de contas daMarca totaliza 28 irregularidades.Entre as principais estão que aMarca entregou e protocolou aprestação de contas no dia 14 dejunho na Sesap quando deveria terentregue os documentos originais(fevereiro, março, abril e maio).Ainda de acordo com o CES, aparceria só tem validade a partir dodia 1° de março, com a publicaçãodo termo no Diário Oficial do Es-tado, mas já em fevereiro a Marcahavia utilizado recursos na ordemde R$ 713.379,68. Outra irregu-laridade, segundo o documento,seria a respeito da contratação deprofissionais. De acordo com Fran-cinete Melo, a Marca contratou305 profissionais no início do con-trato, mas a prestação de contasapontou mais de três mil. "Masainda não sabemos se este núme-ro pode envolver as AMEs e a UPAde Pajuçara", enfatizou.

A presidente do CES aindadestacou que nas contas apresen-tadas não haverias notas de paga-mentos de medicamentos, nem re-lação de médicos, como tambémhaveria indícios de pagamentosfeitos em valores maiores que osestabelecidos e os documentoscontábeis da Marca são referentes

à Natal e não à Mossoró, quandoa lei obriga que onde a Oscip rea-lize parceria abra um escritório.Outro apontamento é que os ser-viços e aquisições de equipamen-tos não teriam as especificaçõescorretas identificadas nos docu-mentos fiscais e prática de paga-mentos fracionados.

"Vamos deliberar uma resolu-ção pedindo ao Dr. Isaú Gerino asuspensão do contrato com aMarca. Também encaminharemosos pacotes da prestação de contaspara o Ministério Público, ao TCEe para os auditores do Estado. Es-peramos que até agosto quandoterminar o contrato da Marca, aSesap assuma o Hospital da Mu-lher e a Marca saia da gestão dosserviço públicos. Vamos lutar e sefor o caso fazer um projeto de ini-ciativa para mobilizar a sociedadecivil e reverter a Lei que permitea atuação das OS, aprovada pelaAssembleia Legislativa", reforçouFrancinete Melo.

Ainda de acordo com ela, ama-nhã o Conselho Estadual de Saúdevai entrar em contato com o atualinterventor da Marca, o advogadoMarcondes de Souza Diógenes

Paiva, para saber como vai o anda-mento do trabalho executado. "De-vido a tudo que está acontecendo,também vamos solicitar a prestaçãode contas da UPA e das AMEs".

Francinete Melo também seposicionou sobre a atuação novosecretário estadual de Saúde IsaúGerino. "Tenho sentido boa von-tade do Dr. Isaú, sua fala mostraseriedade e ele é um homem ex-

periente em gestão pública hospi-talar. No último Forum da SaúdePública, no início de junho, eledeixou claro que só ficaria naSesap se pudesse escolher suaequipe de assessores. Acredito queele possa contribuir, mas caso nãoaconteça, o CES vai pedir a inter-venção do Ministério da Saúde na

Sesap". A reunião de hoje do CES tam-

bém contou com a presença de re-presentantes do Conselho Nacionalde Saúde e de movimentos sociais.

SUSPENSÃONa última segunda-feira o Go-

verno do Estado suspendeu o pa-gamento das parcelas que falta-vam no contrato com a Marca nagestão do Hospital da Mulher, novalor aproximado de R$ 5 milhões.Entre as despesas antecipadas estáo aluguel do prédio do Hospital, novalor de R$ 45 mil. O valor totaldo contrato é de R$ 15.806.075,91com duração de seis meses.

Em entrevista a'O Jornal dehoje, o secretário estadual de SaúdeIsaú Gerino garantiu que desde as-sumiu a pasta, não repassou ne-nhuma verba do contrato com aAssociação Marca para a adminis-tração do Hospital da Mulher, emMossoró. Ainda segundo o secre-tário, a volta dos pagamentos sóserá realizada se a auditória feitapelo Governo do Estado no termode parceria assinado com a Orga-nização Social (Oscip) não encon-trar nenhuma irregularidade e, caso

sejam encontradas, o contrato seráanulado.

DEFESAOntem, em coletiva de impren-

sa realizada no final da manhã, nasede da Procuradoria Geral do Es-tado (PGE), o Procurador Geraldo Estado, Miguel Josino, apre-sentou a defesa do Rio Grande doNorte para a Ação Civil Públicamovida pelo Conselho Regionalde Medicina do RN na Justiça Fe-deral de Primeira Instância.

Miguel Josino explicou a si-tuação do Hospital Walfredo Gur-gel e afirmou que existe um planoestratégico do Governo para apre-senta soluções possíveis dentro deum prazo viável. Entre as medidasestão: criação de leitos de reta-guarda, implantar o sistema de re-gulação de leitos, melhor equiparos Hospitais Regionais, além deagilização nas obras de reforma eampliação de outros Hospitais Pú-blicos com o uso de cerca de R$10 milhões de recursos próprios.

Miguel Josino afirmou aindaque a privatização do setor dasaúde não está sendo cogitada peloGoverno do RN, e o que está em

estudo é a possibilidade de umagestão compartilhada a exemplodo que ocorre em outros Estados.Miguel Josino ressaltou que nospróximos três meses serão inves-tidos R$ 10 milhões, de recursospróprios, para investimentos nasaúde da rede pública e os hospi-tais que serão atendidos pelos re-cursos são os hospitais GiseldaTrigueiro, da Polícia Militar, JoãoMachado e Santa Catarina, alémdos hospitais Alfredo Mesquita,em Macaíba, e Rafael Fernandes,em Mossoró.

Ainda de acordo com o Go-verno serão aplicados mais R$ 3milhões do Ministério da Saúdeno hospital Walfredo Gurgel, dosquais R$ 2 milhões destinados àampliação do pronto-socorro e R$1 milhão para a aquisição de equi-pamentos. Além disso, R$ 300 milserão aplicados por mês para lei-tos de retaguarda no Hospital Uni-versitário Onofre Lopes e JoãoMachado.

O procurador frisou que nocaso do Hospital Monsenhor Wal-fredo Gurgel, os problemas da uni-dade não são atuais e são prove-nientes da falta de investimentode gestões passadas e a chamada"ambulancioterapia", prática naqual os pacientes de outros muni-cípios do estado são encaminhadospara tratamento em Natal.

O procurador ainda destacouque em 60 dias, 24 novas UTIsserão abertas nos hospitais MariaAlice Fernandes, no Walfredo Gur-gel e Ruy Pereira e ainda ressal-tou que 80% dos recursos da saúdesão gastos com pessoal, 20% comcusteio e quase nada ou muitopouco para investimento.

Ainda sobre a ação Civil Públi-ca ajuizada pelo Conselho Regio-nal de Medicina contra o estadodo RN, segundo Miguel Josino "élouvável sob todos os aspectos,mas não resolve a situação do Es-tado. Não é a contratação de leitosprivados que resolverá o proble-ma do Walfredo Gurgel, mas siminvestimentos na área de saúde".

Na tarde de hoje, a governado-ra Rosalba Ciarlini e o secretáriode Estado da Saúde Pública(Sesap), Isaú Vilela apresentarãopara a imprensa um Plano de En-frentamento para os Serviços deUrgência e Emergência do RioGrande do Norte.

Conselho Estadual de Saúde discute pedido deintervenção do Ministério da Saúde na SesapINICIATIVA FOI DEBATIDA HOJE, EM REUNIÃO DO CES, QUE CONTOU COM REPRESENTANTE DO CONSELHO NACIONAL

Procurador Miguel Josino ressalta que o Governo não quer privatizar a Saúde Francinete Melo diz que foram identificadas 28 irregularidades no contrato com Marca

‘Vamos lutar para reverter a Lei que permite a atuação

das OS, aprovada pelaAssembleia Legislativa

FRANCINETE MELO

PRESIDENTE DO CES

José Aldenir

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 4 de julho de 2012Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia Programa do Leite começaa pagar preço novo dia 10PROMESSA É REPASSAR O VALOR RETROATIVO A MAIO

MARCELO HOLLANDA

[email protected]

O Governo do Estado começaa repassar para o produtor até o pró-ximo dia 10 o novo valor de R$0,93 pelo litro de leite compradopelo programa oficial, acrescido demais R$ 0,13 retroativo a maio, con-forme compromisso firmado pelagovernadora Rosalba Ciarlini, to-talizando R$ 1,06. Na quinzena se-guinte, volta o valor de R$ 0,93.

O repasse, que se encontra emanálise nos órgãos de controle doEstado, integra a segunda parcelado Programa do Leite paga todo odia 10 de cada mês. A primeira par-cela é sempre depositada até cadadia 25. Na última parcela, deposi-tada em dia, o produtor ainda rece-beu R$ 0,80.

Hoje, Ronaldo Cruz, diretor-geral da Empresa de AssistênciaTécnica e Extensão Rural do RN(Emater), gestor do Programa doLeite, disse esperar que com o re-passe os produtores voltem entre-gar leite ao programa.

O déficit na entrega é de 55 millitros/ dia, dentro da cota de 155mil litros/dia. "Ou seja, há pelomenos 50 mil pessoas necessitadassem receber o com o leite doadopelo programa no Estado", comen-tou Cruz.

O diretor-geral da Emater afir-mou, ainda, que vai depender docomportamento dos produtores aaquisição ou não pelo estado deleite em pó para suprir o déficit nacaptação do programa. "Se notar-mos que o valor estimulou o pro-dutor a reativar suas entregas, e su-prirmos a falta, não compraremosleite em pó. Agora, o que não podeacontecer é milhares de famíliascarentes ficarem descobertas",acrescentou.

Ronaldo Cruz rebateu tambémuma afirmação do presidente da Fe-deração da Agricultura, José Viei-ra, segundo a qual o Estado tem25% de "cintura" dentro do contra-to para conceder os R$ 1,10 reivin-dicados por lideranças dos produto-res. "Essa folga a que ele (Vieira)se referiu é para compra de exce-dentes e não para comprar maiscaro", explicou Cruz. "O valor de

R$ 0,93 é 16,5% acima do que amaioria dos Estados que paga emprogramas similares", afirmou.

Sobre a aquisição de leite empó, que vem despertando a reaçãocontrária dos produtores, Ronaldo

Cruz voltou a usar o argumento deque se trata de uma compra emer-gencial e não faz qualquer sentidoesperar que o Estado pague valo-res de mercado por um leite desti-

nado para fins sociais. Ele explicou que, desde os pri-

mórdios de sua criação, o Progra-ma do Leite foi feito em parte paraestimular os médios produtores aexpandir sua produção e, na outraponta, para atender os pequenoscriadores de gado leiteiro, benefi-ciando famílias carentes com a pro-dução final.

Esta semana, o presidente doConselho Deliberativo do Se-brae/RN, Silvio Bezerra, engros-sou o cordão dos setores insatisfei-tos com o anúncio da compra deleite em pó para o Programa doLeite. Capitaneando setores da Fe-deração da Indústria, Bezerra disseesta semana que tentaria agendaruma reunião com a governadoraRosalba Ciarlini para fazer umapelo contra a medida.

Por ano, o Programa do Leiterepassa ao produtor R$ 62 milhões,enquanto o Ministério de Desen-volvimento Social deposita os res-tantes R$ 14 milhões. A governa-dora vem tentando reduzir essaconta, invertendo as posições como Governo Federal, sem sucesso.

Ronaldo Cruz: leite para fins sociais não pode ter reajuste de mercado

> DESTINO RN

Emenda pede R$ 27 mipara promoção turística

O secretário de Turismo do RN,Renato Fernandes, viaja na próxi-ma semana a Brasília para acom-panhar parlamentares em uma vi-sita ao Ministério do Turismo, coma missão de pressionar para libera-ção de uma emenda coletiva - tam-bém conhecida como emernda debancada - de R$ 27 milhões paraa divulgação do destino RN.

“Se as coisas saírem como es-peramos, será a primeira vez queo Estado terá um montante dessetamanho para divulgar o Rio Gran-de do Norte para o mundo”, dissehoje Renato Fernandes.

“Este é um bom combate quepretendemos ter para acessar umrecurso que realmente colocará oEstado de posição de igual paraigual com alguns destinos brasi-leiros que sabemos receberem ver-bas astronômicas para a promoçãode suas belezas turísticas”, co-mentou Fernandes.

Depois de mudar a sede daSetur para um novo prédio, no bair-ro de Lagoa Nova, outro objetivodo secretário é trazer para dentrodo espaço a Emproturn, a empre-sa de turismo responsável pela pro-moção nacional e internacional dodestino RN.

DINHEIRO NOVOO Rio Grande do Norte foi um

dos três Estados do Nordeste a terprojeto aprovado em "Edital deFretamentos Nordeste" da Embra-tur, que disponibiliza recurso novalor de R$ 8 milhões para a re-gião. O resultado da pontuação dosprojetos enviados foi divulgadoesta semana.

Dentre os nove Estados quecompõem a região Nordeste, oitoparticiparam da seleção, mas ape-nas três conseguiram mostrar estu-dos capazes de obter verbas fede-rais para atrair voos charteres in-

ternacionais, dentre eles o RioGrande do Norte.

Na apresentação dos proje-tos submetidos ao edital, o pri-meiro lugar ficou com Alagoas, oúnico com pontuação máxima:100 pontos. Em segundo lugar, oRio Grande do Norte, com nota82,87. Em terceiro ficou a Paraí-ba, com 50 pontos. Os demais es-tados foram desclassificados peloedital da Embratur.

Quanto aos recursos, o RioGrande do Norte contará com amaior fatia, da ordem de R$ 620mil. Alagoas será contemplado comR$ 190 mil e o Estado da Paraíbareceberá R$ 330 mil. O Governodo Estado vai apresentar uma con-trapartida de 10% do valor conse-guido através do edital.

De acordo com Sandro Pache-co, diretor presidente da Emprotur,além de contar com a maior parce-la de recursos, o projeto enviadopelo Rio Grande do Norte também

apresentou um mercado mais abran-gente. "Enquanto que Alagoas e Pa-raíba apresentaram projetos focan-do captação na Argentina, nós es-tamos trabalhando a Holanda, mastemos Inglaterra, Bélgica, Alemanhae quatro países da Escandináviacomo mercados secundários", expli-ca Sandro Pacheco.

Ainda segundo o diretor pre-sidente da Emprotur, o plano deação - que começará em agosto esegue - que começará em agosto esegue até dezembro - será realiza-do visando fortalecer o RN comodestino turístico e captar novos pú-blicos. "Já temos um voo charterque chega toda terça-feira da Ho-landa, fizemos o nosso projeto plei-teando recursos para divulgar maisnosso estado como destino turísti-co na Europa através de campa-nhas publicitárias e fun-tours comos agentes de viagem e jornalistasque cobrem temas específicos doTurismo", disse Sandro Pacheco.

Secretário Renato Fernandes vai semana que vem a Brasília: de olho no recurso

Herácles Dantas

Wellington Rocha

“O valor de R$ 0,93é 16,5% acima

do que a maioriados Estados paga

em programas similares(...)”

RONALDO CRUZ

EMATER

Invadido o terreno do Distrito IndustrialnUma área de 10 hectares, de-sapropriada há vários anos pelaPrefeitura Municipal de SãoJosé de Mipibu às margens daBR-101 e próximo à comunida-de de Areia Branca, para sertransformada em Distrito In-dustrial, está sendo alvo de umaquadrilha de invasores.nComo os proprietários do imó-vel resolveram ingressar comações judiciais, inconformadoscom o valor da indenização paga(principalmente por causa da va-lorização decorrente da recenteduplicação da rodovia federal),o município ainda não está ha-bilitado legalmente a repassarlotes para as indústrias dispostasa se instalar no local.n E diante disso hordas de in-vasores vêm se mobilizando ul-timamente para se apossar doterreno, que já começa a sertransformado em favela.n Segundo a prefeita NormaFerreira, a Prefeitura de SãoJosé de Mipibu, depois de re-correr a técnicos especializa-dos para fazer a avaliação doimóvel, depositou os valoresem juízo, vez que os proprietá-rios não concordaram com oslaudos apresentados.nEmbora as autoridades do mu-nicípio venham apelando paraque o juizado da comarca jul-gue a questão com maior brevi-dade, o impasse se arrasta.n Ontem à tarde um funcioná-

rio da Prefeitura acompanhadode policiais, foi mandado ao locale fotografou invasores, váriosdeles em carros e motos, fazen-do a ocupação, brocando mato,cercando lotes e montandoacampamento, alguns já encos-tando material de construçãopara construção de casebres.n Em razão das irregularidadesconstatadas, a Prefeitura mipi-buense, através da sua Procura-doria, ingressará com ação dereintegração de posse na Justi-ça, pois mesmo sem ter ainda secompletado o processo de inde-nização, o terreno já integra opatrimônio municipal.

Emparn participa da XV ExponovosnAlém de levar exemplares dosseus plantéis de raças leiteiras ede corte para as pistas de julga-mento e para comercialização, aEmparn (Empresa de PesquisaAgropecuária do Rio Grande doNorte) estará presente, de ama-nhã até domingo, na XV Expo-sição Agropecuária de CurraisNovos (Exponovos) com umgrande estande onde seus técni-cos demonstrarão ao público se-ridoense tecnologias aplicáveisao semiárido, ao mesmo tempoem que farão distribuição demudas de bananeira produzidas"in vitro" e sementes de varieda-des de milho, sorgo e girassol.n Em razão da grande seca queeste ano atinge mais de 80 porcento dos municípios do Estado,

impedindo o sucesso da agricul-tura de sequeiro e deixando pra-ticamente sem pasto o rebanhobovino criado extensivamente,a maioria dos selecionadores deraças decidiu não colocar ani-mais à venda na Exponovos, fi-cando assim cancelado o leilãoque estava programado para anoite deste sábado.

"QualitekSecurity Day" nA Qualitek, empresa natalen-se voltada para a prestação deserviços de segurança na áreada Tecnologia de Informação,realizará no final deste mês (dia28, a partir das 8:00 horas, no au-ditório da Federação do Comér-cio) o "Qualitek Security Day".n O evento irá contar compalestrantes conceituados na-cional e internacionalmente,como Yuri Diógenes (da Mi-crosoft-USA), Manoel Veras(professor da UFRN), Alber-to Oliveira (da MVP/Micro-soft) e Rodrigo Jorge (dire-tor executivo da Qualitek),todos abordando o tema "Se-gurança da Informação: VocêEstá Preparado Para as NovasAmeaças?".n Os interessados em participardo evento terão apenas a obriga-ção de doar 2 quilos de alimentosnão perecíveis, a serem destina-dos a uma instituição beneficente.n Inscrição já podem serfei tas a t ravés do s i tewww.securutyday.com.br.

Grupo ALE coloca em operação base dearmazenagem e distribuição de GuamarénO grupo ALE, quinto maior distribuidor de deriva-dos de petróleo do país e presidido pelo empresáriopotiguar Marcelo Alecrim, colocou em funcionamen-to mais uma - a nona - base própria de armazenageme distribuição de combustíveis no Brasil, desta feita nomunicípio de Guamaré-RN, ao lado da Refinaria ClaraCamarão, da Petrobras, com potencial para movimen-tar até perto de 100 milhões de litros/mês.nConsumindo investimentos da ordem de R$ 35 mi-lhões, a nova base já proporciona 160 empregos di-retos e indiretos, contando com laboratório de últi-ma geração para assegurar a alta qualidade dos pro-dutos distribuídos, que nessa fase inicial ficarão aoredor de 46 milhões de litros por mês e proporcio-narão um faturamento médio de R$ 100 milhões.

Lançamentos imobiliários da MRV no RNem 3 anos chegam a quase R$ 290 milhõesnA MRV Engenharia e Participações S/A - que seconstitui na maior construtora brasileira voltada paraempreendimentos imobiliários com foco nas classesde renda média e baixa - com obras espalhadas por112 cidades de 18 Estados e do Distrito Federal, emais de 180 mil imóveis comercializados em 33 anosde atuação no mercado, realizou em Natal, entre2009 e 2011, lançamentos que alcançam o valor deR$ 289,1 milhões.n No total, a MRV está desenvolvendo projetos nagrande Natal, especialmente em bairros da cidadede Parnamirim, que representam 3.376 unidades ha-bitacionais em construção, das quais cerca de 10 porcento já entregues aos compradores.n Entre os condomínios em obras constam o "Nim-bus" (560 unidades, das quais 160 concluídas), o"Veleiros" (144 unidades, em fase de entrega), "Jan-gadas" (1.056 unidades), "Barcas" (464 unidades),"Nautillus" (440 unidades), "Nova Colina (712 uni-dades) e "Top Life" (784 unidades, cujo lançamen-to está sendo preparado).

n Atingida por uma série de problemas já devida-mente contornados, a MRV foi obrigada a atrasar ocronograma de execução de algumas de suas obrasno RN, o que provocou a necessidade de renegocia-ção de prazos para entrega de apartamentos junto adezenas de adquirentes, com a construtora entrandoem acordo com cada um para responder pela inde-nização dos prejuízos decorrentes.nSegundo o diretor Sérgio Lavarini, designado pelaMRV para vir a Natal com a missão de resolver todosos casos pendentes de solução, a construtora chega-rá ao final deste ano fazendo a entrega de 1,2 mil uni-dades nos condomínios "Barcas", "Jangadas", "Nau-tillus" e "Nimbus".nAtodos os clientes da empresa que necessitem de maio-res informações sobre o andamento das obras ou qual-quer outro assunto relativo aos seus contratos, a MRVEngenharia coloca à disposição o telefone (31) 4005-1313 e o e-mail www.mrv.com.br/relacionamento.

Anorc apelará à TIM para que reforce seusinal de celular no Parque de ExposiçõesnDiante da aproximação do calendário da "Festa doBoi 2012", maior feira agropecuária e principal even-to de negócios do Rio Grande do Norte, a Diretoria daAssociação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc)está fazendo apelo aos responsáveis pela área técnicada TIM no sentido de que seja reforçada a infraestru-tura de torres de recepção e transmissão dessa opera-dora de telefonia celular na cidade de Parnamirim (emespecial na região do Parque Aristófanes Fernandes),onde atualmente é quase uma loteria o cliente da TIMcompletar ligações urbanas ou interurbanas.n Levando-se em conta que este ano a "Festa doBoi" chega à sua 50ª. edição e, em vez de uma se-mana, se estenderá por dez dias (11 a 20 de outu-bro), com o que se espera que seu público supereos 500 mil visitantes, será um desastre para a ima-gem da TIM se esse mundo de gente (em boa partecliente da operadora pioneira no RN) ficar com seuscelulares inservíveis.

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Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Cidade

C M Y K

Quem tem direito ao abono sa-larial do Programa de IntegraçãoSocial (PIS) e do Programa de For-mação do Patrimônio do ServidorPublico (PASEP) deve ficar aten-to: os pagamentos, que acontecempor intermédio da Caixa Econômi-ca Federal (CEF), começam a sercreditados a partir do mês de agos-to, conforme a data de nascimen-tos dos beneficiários.

Os rendimentos do PIS/Pasepgarantem o pagamento anual deum salário mínimo aos trabalha-dores que receberam, em média,até dois salários mínimos mensais,e tenham trabalhado por pelomenos 30 dias com carteira assina-da no ano anterior ao pagamento.Além disso, o trabalhador precisaestar cadastrado no PIS ou Pasephá mais de cinco anos.

Não têm acesso ao benefícioos trabalhadores nos seguintes per-fis: urbanos, vinculados a empre-gadores pessoa física; trabalhado-res rurais vinculados a emprega-dor pessoa física; diretores semvínculo empregatício, mesmo que

a empresa tenha optado pelo reco-lhimento do FGTS; empregadosdomésticos e menores aprendizes.

Para ter acesso ao montante,é preciso portar o Cartão do Cida-dão e ter uma senha cadastrada -

ou, para quem não tem o Cartão,o Abono pode ser recebido emqualquer agência da Caixa. Em

seguida, é preciso encaminhar-sea um dos três pontos de saque dis-poníveis: os terminais de autoaten-dimento da Caixa, as UnidadesLotéricas ou os correspondentesCaixa Aqui.

Também é possível que o be-nefício seja creditado automati-camente em sua conta correnteou poupança Caixa, desde queseja o único titular. A diferença,neste caso, é que o crédito é efe-tuado antecipadamente, isto é,antes do início do calendário depagamentos.

Dentro do calendário traçadopela Caixa, todos os beneficiáriosvão receber o abono salarial até odia 28 de junho de 2013. Os pri-meiros a embolsar são os nascidosem julho, que terão o valor credi-tado a partir do dia 15 de agostodeste ano.

Nascidos em agosto recebema partir do dia 22 do mesmo mês,assim como os que nasceram emsetembro, que recebem a partir dodia 29 de agosto. Em setembro, re-cebem o abono os que nasceram

em outubro (a partir do dia 12),novembro (a partir do dia 19) e de-zembro (a partir do dia 26). Os nas-cidos em janeiro, fevereiro e marçoterão o abono creditado no mês deoutubro. Por fim, aqueles que têmdata de nascimento nos meses deabril, maio e junho vão ter acessoao abono em novembro, nos dias13, 21 e 28, respectivamente.

É importante lembrar que háum prazo para retirada do dinhei-ro: o exercício do PIS começasempre no mês de julho de umano e termina no mês de junhodo ano seguinte.

Quaisquer outras informaçõessobre o Abono Salarial podem serobtidas no sítio da CEF(www.caixa.gov.br), pelo Serviçode Atendimento ao Consumidor daempresa, no telefone 0800 7260101, em qualquer agência daCaixa. Também é possível esclare-cer dúvidas em postos de atendi-mento do Ministério do Trabalhoe Emprego e pelo telefone Alô Tra-balho, que funciona no 0800-610101.

Com o objetivo de esclarecer apopulação sobre o relevante papelda Receita Federal na prestação deserviços aduaneiros - ou alfande-gários - aconteceu, nesta manhã, oprojeto "Conheça nossa aduana". Ainiciativa está inserida na políticade transparência da Receita Fede-ral e contemplou, no Estado, a vi-sitação da sociedade às dependên-cias da Inspetoria da Receita Fede-ral, que funciona no Aeroporto In-ternacional Augusto Severo, emParnamirim.

O Chefe da Inspetoria da Re-

ceita Federal em Parnamirim, o au-ditor fiscal Jorge Luiz da Costa,explica que este é um projeto pio-neiro, já que é a primeira vez queo espaço é aberto ao público exter-no. "As visitas eram realizadas paraestudantes por meio do ProgramaNacional de Educação Fiscal, masagora o projeto está mais amplo ecom um foco maior em quem nãoconhece o trabalho da aduana", ex-plica Jorge Luiz da Costa. O pro-jeto nacional acontecerá de formasimultânea duas vezes por ano,sendo uma neste 4 de julho e, a

outra, no Dia Internacional daAduana, comemorado em 26 dejaneiro.

O projeto conta com a apresen-tação de vídeo institucional, pales-tra sobre a função da Receita Fede-ral na prestação de serviços adua-neiros, além da visita guiada porum servidor apto a esclarecer dú-vidas sobre o funcionamento daunidade. Além da apresentaçãosobre as atividades aduaneiras, ogrupo de dez pessoas fez um tourpelo aeroporto passando pelos se-tores nos quais a Receita Federal

atua. Entre eles estão, o desembar-que de passageiros, chamando aten-ção para o controle não invasivodas bagagens, armazém, área decontrole externo de bagagens, arma-zém, terminal de cargas e área deimportação com demonstração deobjetos apreendidos, por exemplo.

Conhecer e tirar dúvidas sobreo trabalho realizado pela alfândegafoi o principal motivo que fez o es-tudante do curso de Relações Inter-nacionais, Carlos Eduardo de Frei-tas, se inscrever para a visitação."Estou adquirindo mais conheci-

mento nesta área que tenho interes-se de atuar no futuro. Aprendi deta-lhes sobre, por exemplo, quanto podeser gasto na loja franca do aeropor-to, sobre a seleção das bagagens esobre os impostos pagos pelo trans-porte de mercadorias", conta Car-los Eduardo que trabalha atualmen-te como corretor de imóveis.

Já o estudante do 2º período deCiência e Tecnologia, Igor DuarteGalvão, diz que ficou curioso emsaber o que seria apresentado."Tenho interesse de trabalhar naárea tecnológica e fiquei curioso

para saber como funciona a alfân-dega. Assim, aprendemos, aomenos, o básico do que é feito e ti-ramos nossas dúvidas", explica oestudante.

Aduana é o setor responsávelpelo controle do tráfego de mer-cadorias e tem o mesmo signifi-cado de alfândega. É uma repar-tição governamental oficial decontrole do movimento de entra-das e saídas de mercadorias parao exterior ou dele provenientes,incumbida, inclusive, da cobran-ça dos tributos pertinentes.

Governo começa a pagar abono salarial do PIS em agosto

O abono pode ser recebido em qualquer agência da Caixa, onde é possível solicitar o Cartão Cidadão e cadastrar a senha

Na manhã de hoje, grupo formado por estudantes assistiu a apresentação sobre as atividades aduaneiras, fez um tour pelo aeroporto passando pelos setores nos quais a Receita Federal atua e tirou dúvidas sobre o trabalho realizado pela alfândega

> PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL

A contenda criada com a demis-são de 29 garis concursados da Com-panhia de Serviços Urbanos de Natal(Urbana) na semana passada não sóestá longe de terminar como esquen-ta cada vez mais. Dois sindicatos estãoenvolvidos, e com posicionamentostotalmente distintos.

De um lado, o Sindicato dos Ser-vidores Públicos Municipais de Natal(Sinsenat), que tem à frente RobertoLinhares como atual presidente e temdefendido os servidores demitidos.

Já o Sindicato dos Empregadosem Empresas de Asseio, Higieniza-ção e Limpeza do Rio Grande doNorte (Sindlimp) adotou postura an-tagônica: "O Sindicato é contra quemnão quer trabalhar. É a favor de quemtrabalha", afirma com ênfase o pre-sidente do Sindlimp, Wilson Duarte.

Este ressalta que a maior parce-la dos integrantes do grupo que foi de-mitido teria sido "orientada a colocara Urbana na Justiça por coisas inca-bíveis. Alguns colocaram a empresana Justiça solicitando indenizaçõesaltas, de 700 mil reais", nas palavrasdo sindicalista.

Ele conta que alguns dos funcio-nários desligados não compareciam

ao trabalho e, mesmo assim, proces-saram a empresa por assédio moral."Eles achavam que porque fizeramesse concurso não podiam ser demi-tidos. Tinham mais de 60 denúnciasde assédio moral contra a Urbana", rei-tera o presidente, admitindo que todosos 29 tinham processos em andamen-to contra a empresa."Só foi e vai serdemitido quem não quis trabalhar. Al-guns que foram demitidos querem osalário da Urbana, que é maior. Elesfizeram concurso para gari, mas nãoquerem ser garis", comenta.

Entretanto, o Sindlimp se posi-ciona contra a Urbana, quando esta,de acordo com Wilson Duarte, dizque os garis estariam 'preguiçosos'.

"É mentira da direção da empre-sa, os garis são trabalhadores, elesestão aí para trabalhar. Existe um acor-do coletivo de trabalho. Quando elanão cumpre, o Sindicato toma as pro-vidências. Tem alguns casos queforam injustiças. Quem foi demitidoinjustamente e se achar injustiçado, ésó procurar o Sindlimp. Mas até agora,só dois ou três nos procuraram. Os quepassaram no concurso e estão exer-cendo a função de gari continuam",relata o dirigente sindical.

Por sua vez, a posição do Sinse-nat é de defesa irrestrita dos demiti-dos e cobrança de uma resposta clarada Urbana que justifique as destitui-ções. "Nosso posicionamento é claroquando procuramos saber da Urbanaos reais motivos da demissão. Ape-sar de a Urbana ser uma empresa deeconomia mista, existem critérios paraa demissão. Num processo adminis-trativo, o servidor tem direito à ampladefesa, e isso não aconteceu. Tive-mos acesso a todas as fichas dos ser-vidores demitidos e não vimos moti-vos concretos para o desligamento",disse o presidente do Sinsenat, Rober-to Linhares.

Enquanto isso, fontes que prefe-rem não se identificar confidenciamque os concursados continuam sendoperseguidos. Há, inclusive, comentá-rios de que os que permaneceram vãoser chamados para confirmar as de-núncias sobre os garis que foram de-mitidos, e indagados se eles queremficar na Urbana ou estão fora, infor-ma a fonte.

Mais uma vez, o diretor-presi-dente da Urbana, João Bastos, por in-termédio da sua assessoria de impren-sa, reforçou o posicionamento da em-

presa no que tange às demissões. Com relação à perseguição dos

servidores que não foram demiti-dos, colocada por fontes do O Jor-nal de Hoje, o diretor-presidentedisse desconhecer o fato, mas in-

formou que o mesmo será apuradointernamente.

Em nota, a diretoria da Urbanaassegura que "não existe qualquerintenção de redução de seu quadrode funcionários, cuja importância

para a operacionalização dos servi-ços de limpeza pública da Capitaltem o reconhecimento da diretoriada Urbana, que busca a valorizaçãodo seu corpo funcional", conclui otexto.

Sindicatos divergem sobre casos de demissão na Urbana

Presidente do Sindlimp-RN, Wilson Duarte, afirma que as 29 demissões foram de pessoas que não queriam trabalhar

> AMEAÇAS CONTINUAM

Receita Federal abre setor alfandegário doaeroporto Augusto Severo para visitação INICIATIVA POSSIBILITOU ESCLARECIMENTOS À POPULAÇÃO SOBRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADUANEIROS

Herácles Dantas

José Aldenir

Fotos: José Aldenir

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 4 de julho de 2012Cidade

A instabilidade do clima e otempo frio têm afastado os natalen-ses e turistas das praias urbanasde Natal. Nem mesmo a boa notí-cia de que todas as praias urbanasda capital estão próprias parabanho, de acordo com o relatóriodivulgado pelo Projeto Água Azul,que monitora a balnealidade daspraias, mudou o cenário.

Mesmo no sábado pela manhã,após o dia de São Pedro, o movi-mento na praia da Redinha era pe-queno. O casal Laetitia Nunes eJailson Luiz da Silva decidiu apro-veitar o sábado para levar a pe-quena Luísa, de 10 meses, à praiapela primeira vez. "Achamos es-

tranho ter pouca gente hoje napraia. Mas aproveitamos que o diaamanheceu com o sol e viemostrazer nossa filha para conhecer apraia que, por sorte, está própriapara o banho", diz a funcionáriapública federal Laetitia.

Segundo o esposo dela, a faltade incentivo por parte do poderpúblico até afasta a população dapraia e atrapalha a fama de capi-tal das belas praias que Natal pos-sui. "Nós estivemos em Aracati/CEe nos perguntaram o que nós es-távamos fazendo lá já que as praiasdaqui são muito mais bonitas",conta Jailson Luiz, também funcio-nário público.

A vendedora Betânia Libânioaproveitou o feriado e saiu de suacidade, Cuité/PB, para curtir apraia com a família em Natal. Eladiz que não foi informada sobrea qualidade da água da praia, masficou feliz em saber do resultadodo relatório do Projeto Água Azul."A gente não viu placa nenhuma,nem nos informaram nada. Mas ébom saber que a água da praia daRedinha está própria. Agora po-demos tomar banho de mar semnos preocuparmos com nenhumproblema que pode ser acarreta-do pela sujeira da água", diz avendedora.

Responsável por verificar as

condições de balneabilidade daspraias do Estado, o programaÁgua Azul é executado pelo Ins-tituto de Desenvolvimento Susten-tável e Meio Ambiente do Estadodo Rio Grande do Norte (Idema)e pelo Instituto Federal de Educa-ção, Ciência e Tecnologia (IFRN).

Em funcionamento desde2001, o programa atende 30 praiasda área metropolitana de Natal,Parnamirim, Nísia Floresta e Ex-tremoz, verificando a balneabilida-de durante todo o ano e classifican-do-as como próprias ou impró-prias. No período de alta estaçãoeste número é ampliado para 48praias.

JULIANA MANZANO

[email protected]

Os veículos emplacados pelaprimeira vez ou que tiverem a do-cumentação transferida para outromunicípio ou estado devem utilizaras placas de identificação refleti-va. A determinação do ConselhoNacional de Trânsito (Contran) estáem vigor desde 1º de abril desteano, porém, o Departamento Na-cional de Trânsito (Detran/RN) re-comenda que, mesmo a mudançasendo realizada de forma gradati-va, é importante que os demais queainda possuem placa de identifica-ção de modelo anterior e não refle-tivo, substituam assim que possíveljá que o uso das novas placasdevem se tornar uma exigência embreve.

De acordo com o chefe de ga-binete do Detran/RN, Manuel Fer-reira, as mudanças visam facilitara visualização das placas - em si-tuações de fiscalização - e aumen-tar a segurança no trânsito. Issoporque em casos de visibilidadecomprometida, como em situaçõesde chuva, neblina ou mesmo à noite,elas possibilitam a melhor visuali-zação da distância do veículo em re-lação a outro.

Manuel Ferreira explica que amudança está sendo feita em longoprazo. "Não é preciso que todosque tenham carro ou moto venhamtrocar as placas. Por enquanto, aexigência é para o primeiro regis-tro de veículo ou para quem vaifazer a troca de localidade", escla-rece o chefe de gabinete do De-tran/RN.

As motocicletas também pas-

sarão por mudanças e ganharão pla-cas maiores, aumentando a visibi-lidade. O novo modelo terá 170 mmde altura por 200 mm de compri-mento. Atualmente é de 136 mmde altura e 187 mm de comprimen-to. Os caracteres chegarão a 53 mmcontra 42 mm atuais, ou seja, quasedo tamanho das placas de automó-veis. "No caso das motos, a mudan-ça, além da placa refletiva, tambémenvolve o tamanho. Então, quemfizer troca de localidade, mesmo

que seja refletiva, tem que trocar aplaca se não tiver no novo tamanhopadrão", diz Manuel Ferreira.

Nestes casos, o proprietário doveículo deve procurar o Detran, pas-sar por uma vistoria e receber a au-torização para a confecção da placa.Com a mesma em mãos, o proprie-tário deve retornar ao Detran para co-locá-la e lacrá-la. As lojas que con-feccionam as placas já estão proibi-das de confeccionar os modelos an-tigos. Os valores podem variar entre

R$ 60 e R$ 80 para veículos e entreR$ 30 e R$ 50 para motos, segun-do o proprietário de uma loja doramo, Acácio Fernandes.

Segundo o comerciante, a recla-mação dos clientes em relação àsnovas placas para motos é grande."A nova placa é maior e a susten-tação dela é apenas em cima, dife-rente da do carro que é presa emquatro locais. Então, com a trepi-dação das ruas é muito mais fácilde quebrar, já que ela é maior e fica

muito vulnerável a batidas e movi-mentos que podem fazer com queela quebre mais facilmente", lem-bra Acácio Fernandes.

PLACAS PERDIDAS EM DIAS DE CHUVA

O chefe de gabinete do De-tran/RN, Manuel Ferreira, alertapara os casos em que placas de veí-culos são perdidas em dias dechuva. Segundo ele, é importanteque o órgão de trânsito local seja in-

formado. O trâmite para este casoé o mesmo realizado para a subs-tituição da placa.

"Muita gente acaba perdendo aplaca do carro ou da moto em la-goas e poças e fazem a substituiçãoapenas. Porém, é importante que oBoletim de Ocorrência (BO) seja re-gistrado para que o proprietário doveículo se resguarde de alguém quepode se utilizar daquela placa paracometer um crime", reforça Ma-nuel Ferreira.

O Ministério da Saúde suspen-deu a transferência de incentivos fi-nanceiros referente ao número deEquipes de Saúde da Família, deSaúde Bucal e de Agentes Comu-nitários de Saúde em quatro muni-cípios do Rio Grande do Norte porapresentarem irregularidades nocadastro de profissionais no Siste-ma de Cadastro Nacional de Esta-belecimentos de Saúde (SCNES).A suspensão foi publicada na por-taria nº 1.285, de 22 de junho de2012, apontou 39 irregularidadesnos municípios de Parnamirim, re-gião Metropolitana de Natal, Mos-soró, Caicó e São Paulo do Poten-gi. O agravante é que o Estado estápassando por uma epidemia deDengue, onde o papel do agentede saúde é fundamental na preven-ção e combate contra o mosquitotransmissor.

Em Parnamirim foi encontradauma irregularidade na Equipe deSaúde da Família, uma na Equipede Saúde Bucal e quatro AgentesComunitários de Saúde. Em SãoPaulo do Potengi, região Potengi,tanto na Equipe de Saúde da Famí-lia, quanto na Equipe de SaúdeBucal e cinco irregularidades emrelação aos Agentes Comunitáriosde Saúde foram detectadas. EmMossoró foram encontradas dez ir-regularidades em relação aos Agen-tes Comunitários de Saúde e umana Equipe de Saúde Bucal e na

Equipe de Saúde da Família. EmCaicó, município onde foi encon-trado o maior número de irregula-ridades, com 14, verificou-se duasirregularidades tanto na Equipe deSaúde da Família, quanto na Equi-pe de Saúde da Família e dez sobreAgentes Comunitários de Saúde.No Brasil, o Ministério da Saúdefiscalizou e suspendeu recursospara 290 equipes da atenção bási-ca e encontrou 2.107 irregularida-des.

Na portaria do Ministério daSaúde, o texto explica que a sus-pensão se deve aos esforços do Mi-nistério pela transferência nos re-passes de recursos para a AtençãoBásica, considerando o dispostona Política Nacional de AtençãoBásica. "Fica suspensa a transferên-cia de incentivos financeiros refe-rentes ao número de Equipes deSaúde da Família, de Equipes deSaúde Bucal e de Agentes Comu-nitários de Saúde, da competênciafinanceira maio de 2012, dos Mu-nicípios que apresentaram dupli-cidade no cadastro de profissionaisno SCNES", relata a portaria.

De acordo com o secretário doSindicato de Agentes de Saúde doRN (Sindas-RN), Cosmo Mariz,para que os recursos federais pos-sam vir para os municípios, os ges-tores precisam atualizar bimestral-mente os dados das equipes deSaúde da Família, de Saúde Bucal

e de Agentes Comunitários deSaúde, seguindo certos critérios,mas quando esta atualização não éfeita, o recurso é bloqueado e sus-penso.

"São vários motivos que podemlevar o Ministério da Saúde a sus-pender a transferência. Quando os

Agentes Comunitários são cadas-trados e não trabalham na equipe;quando os médicos são cadastradosem mais de uma equipe; havendoduplicidade, ou médicos que nãotrabalham mais em determinadasequipes, ou equipes que não estãocompletas são alguns motivos que

podem levar a suspensão. Se nãoestão atualizando os dados é por-que há alguma coisa de errada, maso Sindicato está fiscalizando", disseo secretário do Sindas-RN.

Para Cosmo Mariz, a suspen-são dos recursos pode comprome-ter os profissionais cadastrados

temporariamente que recebem re-cursos oriundos do Ministério daSaúde. "Eles correm o risco de ficarcom os salários atrasados, pois osmunicípios, alegando a Lei de Res-ponsabilidade Fiscal, não farão estacomplementação e os prejudica-dos serão os próprios profissio-nais", afirmou.

O secretário adjunto de Saúdede Parnamirim, Henrique Eduar-do Costa, explicou que a suspen-são do repasse no Município nãoé devido a nenhuma irregulari-dade, mas sim à duplicidade docadastro. "O problema foi de du-plicidade de cadastro. Um dosmédicos que veio trabalhar emParnamirim pediu transferência,mas o cadastro não havia sidoatualizado e daí a suspensão, masnão há irregularidade, é praxe doMinistério. Já resolvemos o pro-blema e estamos apenas esperan-do a liberação dos recursos", afir-mou o adjunto de Saúde de Par-namirim.

Henrique descartou a possibi-lidade de que a suspensão dos re-passes, que segundo ele, é de R$7.150,00, possa prejudicar o salá-rio dos funcionários da equipe deSaúde da Família, tampouco pre-judicar o atendimento à popula-ção. Atualmente, Parnamirim contacom 173, destes apenas quatroforam prejudicados com a suspen-são do repasse.

Instabilidade climática afasta osnatalenses e turistas das praias

Apesar do monitoramento revelar que praias estão próprias, orla continua vazia

Sindas alerta que suspensão pode comprometer pagamento dos profissionais que recebem recursos do Ministério da Saúde

Valores dos novos modelos de placas podem variar entre R$ 60 e R$ 80 para veículos e entre R$ 30 e R$ 50 para motosCoordenação do Detran orienta que a procura para a mudança deve ser gradativa

> ORLA URBANA

> DENGUE

Irregularidades levam a suspensão de repasse

Contran alerta que obrigatoriedade de substituição dasatuais placas dos veículos por refletivas será gradativa DESDE 1o DE ABRIL, MODELO É EXIGIDO PARA PRIMEIRO REGISTRO DE VEÍCULO OU EM CASOS DE TROCA DE LOCALIDADE

José Aldenir

José Aldenir

Divulgação

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Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Cidade

Um homem foi gravemente fe-rido após uma tentativa de homicí-dio, ontem à noite, na Cidade da Es-perança, zona Oeste de Natal. Asuspeita é que o crime esteja rela-cionado a brigas entre torcidas or-ganizadas. No momento do atenta-do, a vítima, um rapaz de 21 anos,estava com a namorada em umamoto. Os atiradores fugiram semser identificados.

De acordo com informações daPolícia Militar, Rodolfo Sousa daRocha trafegava tranquilamentepelo cruzamento das avenidas Adol-fo Gordo e Capitão-mor Gouveia,quando dois homens desconheci-dos passaram ao seu lado e efetua-ram vários disparos de arma de fogocontra o rapaz. Bastante ferido, eleacabou perdendo o controle do veí-culo e bateu em um canteiro, cain-do no meio da rua.

Os homens, que estavam emum veículo de cor escura, fugiramtomando rumo ignorado. Enquanto

isso, ao verem o casal caído no chão,algumas pessoas que estavam pró-ximas ao local do atentado correrampara socorrer os dois e, ao percebe-rem as marcas de disparos de armade fogo no corpo do rapaz, ligarampara o Serviço de Atendimento Mé-dico de Urgência (Samu).

Conforme informações da Po-lícia Civil, a namorada da vítima,uma adolescente de 17 anos, disseque a tentativa de homicídio podeter sido motivada por uma rixa en-volvendo integrantes de torcidasorganizadas em atuação no RioGrande do Norte. Apesar de estarna garupa da moto no momento emque Rodolfo foi atingido pelos tiros,a jovem não sofreu nenhum feri-mento a bala.

Testemunhas informaram à Po-lícia Militar que não desconfiaramde que se tratava de um atentado,pois confundiram os barulhos dosdisparos com o provocado pelomotor da motocicleta que a vítima

pilotava. As pessoas também nãosouberam informar característicasfísicas dos bandidos que atiraramcontra Rodolfo Sousa da Rocha.

O rapaz recebeu os primeirossocorros da equipe do Samu e de-pois, encaminhado para o HospitalWalfredo Gurgel, no bairro do Tirol,onde passou por procedimento mé-dico para a retirada das balas queatingiram seu corpo. Conforme in-formações do Serviço Social daunidade de saúde, o estado de Ro-dolfo é considerado grave e não háprevisão para alta hospitalar.

A tentativa de homicídio foi re-gistrada na Delegacia de Plantãoda zona Sul, na Candelária. Os po-liciais militares que atenderam aocorrência ainda realizaram rondasnos bairros da Zona Oeste, paratentar identificar e localizar os res-ponsáveis pelo atentado ao rapaz,mas até o final da manhã de hojenão conseguiram prender nenhumdos acusados.

Vítima de atentado continua internada no HWG> NA CIDADE DA ESPERANÇA

SEGUNDO O SETURN, SOMENTE NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO FORAM REGISTRADOS 168 ROUBOS NA GRANDE NATAL

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Os constantes assaltos e arras-tões ocorridos contra passageirosde ônibus urbanos que circulam naRegião Metropolitana de Natal cau-sam pavor e indignação aos usuá-rios do sistema de transporte pú-blico. Somente no primeiro semes-tre de 2012, foram registrados 168roubos - segundo o Seturn - a ôni-bus, sendo 135 na Capital e 33 aosveículos da empresa Trampolim daVitória, que integra Natal aos mu-nicípios de Parnamirim, Macaíbae São Gonçalo do Amarante. Issorepresenta um ônibus assaltado pordia e, apesar de a Polícia Militarter redobrado o número de barrei-ras policiais, a insegurança é cres-cente entre os passageiros, motoris-tas e cobradores.

Vítima de dois assaltos a ôni-bus, a dona-de-casa Maria Edna deBrito já não acredita mais que exis-ta uma forma concreta de se aca-bar com esse tipo de violência, queassola todas as cidades onde hátransporte público. "É uma praga,que assusta a todos nós que neces-sitamos do serviço. Acabar com osassaltos é praticamente impossível,mas penso que, se colocassem umpolicial militar dentro de casa veí-culo, o bandido iria pensar duasvezes antes de cometer o crime",explicou.

Para ela, os bandidos estão fi-cando cada vez mais ousados e vio-lentos, por acreditarem que nãoserão punidos pelos seus atos. "Enem escondem mais os rostos commáscaras, como antigamente. Re-centemente, meu cunhado foi víti-ma de um arrastão dentro de umônibus da linha M-Macaíba. Leva-ram o celular e o dinheiro dele e dosoutros passageiros que estavam noveículo. Eu mesma já fui assaltadae tenho muito medo de andar deônibus, mas, é o único meio detransporte que possuo, então, sem-pre rezo muito antes de entrar emum", desabafou Maria Edna.

Assim como a dona-de-casa,que tem vários conhecidos e fami-liares que já passaram por esse tipode situação, a servidora municipalMaria do Carmo da Costa tambémjá foi assaltada dentro de um cole-tivo, há poucos meses. Indignada,ela revelou ainda que seu genro,que já trabalhou como motorista

de transporte público em Natal, jáfoi assaltado e agredido por ban-didos uma vez e que, por causa dotrauma provocado pela violência,deixou o emprego logo depois.

"O pior é que os motoristas ecobradores é que têm que arcarcom o prejuízo quando aconteceuma coisa dessas. Digo isso poismeu genro já passou por uma si-tuação dessas e mesmo tendo sidoagredido, ainda teve que pagar oque os ladrões levaram. Ou seja,além de trabalharem sem um pingode segurança, ainda têm que co-brir o prejuízo da empresa", afir-mou.

Maria do Carmo revelou aindaque todos os dias, antes de entrarem um ônibus, sempre reza a Deuspedindo proteção, para garantir umaviagem tranquila e segura. Para ela,esse é o único amparo que os pas-sageiros possuem quando precisamse deslocar usando o transporte pú-blico. "A única segurança efetiva éa de Deus, e de mais ninguém.Quase todos os dias, vemos notíciasde um arrastão na televisão, nosjornais, na internet e o sentimentode revolta e indignação é sempre omesmo. Mas, não adianta recla-mar", disse.

As duas mulheres acreditamque a presença de um policial den-tro dos ônibus pode intimidar um

ladrão que planeje realizar um as-salto e até mesmo fazer com que eledesista do crime. "Seria uma coisaa ser pensada e tentada, mas, nãoacredito que haja policiais suficien-tes para isso. Se mal vemos elesnas ruas, imagine dentro de ôni-bus", falou Maria do Carmo.

VIAJAR À NOITE GERAANGÚSTIAEM PASSAGEIROS

Como a maioria das aborda-gens criminosas ocorrem geralmen-te à noite, andar de ônibus nesteperíodo do dia gera angústia e medoredobrados nos passageiros e traba-lhadores do transporte público. Equanto mais tarde, pior, acredita aestudante Amanda Medeiros, quetem aula até as 22 horas e precisase deslocar de volta para casa deônibus. Para evitar prejuízo maior,ela revelou que só anda com o ne-cessário.

"Levo apenas as canetas, livros,caderno, celular e o cartão do ôni-bus, só. Graças a Deus, nunca fuiassaltada, mas conheço muitas pes-soas que já sofreram esse tipo deviolência e evito levar objetos devalor, já para não ter perdas de ob-jetos de maior valor. Até meu ce-lular é baratinho, já para não atraira atenção do bandido. E como andoà noite, quando o número de assal-tos é maior, redobro minha aten-

ção para não ser vítima", falouAmanda.

A estudante revelou ainda quejá chegou a descer de um ônibus,por medo. "Era tarde da noite e eujá tinha percebido que um rapazsegurava uma chave de fenda, masestava quietinho na cadeira. Só que,quando nos aproximamos de umlocal de muito matagal e escuro,ele começou a girar o instrumentoentre os dedos. Na hora, fiquei tãoapavorada imaginando ele assal-tando as pessoas com a chave defenda que desci do ônibus e corride volta para uma área iluminadae com gente. Não sei se ele assal-tou ou não, mas eu não iria ficar alidentro esperando que isso aconte-cesse", relatou.

Quem precisa usar a linha J-Par-namirim conhece bem o sentido dapalavra medo. Conforme informa-ções da empresa Trampolim da Vi-tória, que teve 33 veículos assalta-dos no primeiro semestre de 2012,ela é, ao lado da linha G-Macaíba,uma das mais visadas pelos bandi-dos, por passar por uma área isola-da na BR-304 e por bairros com altoíndice de crimes em Parnamirim.

"Quando preciso ficar até maistarde em Natal e retornar para casaà noite, vou rezando o caminho in-teiro, pedindo proteção a Deus eque nenhum bandido entre no ôni-

bus. Já sofri dois assaltos no J e ficoapavorada só de pensar em passarpor tudo novamente. Minhas vizi-nhas também já passaram por issoe até mesmo durante o dia fazmedo. Quando ele entra na BR-304, onde acontece a maioria dosassaltos, então, nem se fala", afir-mou a secretária Ana Carla deMelo.

A técnica de enfermagem An-dreza Lorena também possui uma

história de terror à noite. "Já fui as-saltada quando passava no Viadu-to do Baldo e próximo ao estádio doABC, na Rota do Sol. Os dois ocor-reram à noite e nem mesmo a exis-tência de câmeras de vigilância den-tro dos veículos intimida os bandi-dos, infelizmente. Eles nem se preo-cupam em esconder o rosto, agemdurante o dia e à noite, não têmmedo. A sensação de impunidade émuito alta entre esse povo", disse.

Ataques em ônibus deixam passageiros assustados

Heracles Dantas

Rodolfo Sousa da Rocha perdeu controle da moto após ser baleado e permanece em estado grave no Walfredo Gurgel

Coronel Alves: operações para inibir ataques aos passageiros foram intensificadas Passageiros relatam momentos de tensão e medo que enfrentam quando se deparam com ação dos bandidos nos ônibus

Crimes praticados pordependentes químicos

Para inibir esse tipo de vio-lência dentro dos veículos de trans-porte público, a Polícia Militartem intensificado as ações de pre-venção, com a realização de bar-reiras policiais montadas em diver-sas áreas da cidade.

De acordo com o comandan-te do Policiamento Metropolitano,coronel Wellington Alves, a maio-ria dos crimes é praticada por de-pendentes químicos em busca dealgo de valor que possam trocarpor pedras de crack ou outras dro-

gas e que as ações ocorrem geral-mente em locais ermos, próximosa matagais ou trechos escuros, semiluminação pública.

Além disso, a maioria dos veí-culos da frota que circula na Re-gião Metropolitana de Natal éequipada com câmeras de vigilân-cia, a exemplo da Trampolim. Aempresa informou que sempre queocorre algum assalto a um de seusveículos, cede as imagens registra-das para a Polícia Civil, para iden-tificação e prisão dos bandidos.

Fotos: José Aldenir

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 4 de julho de 2012CidadeCidade

Em meio ao trânsito de automóveis, a carroça à tração animal reduz a pressa de quemvem atrás acelerando seus veículos, repletos de cavalos de potência nos motores. São asdiferenças que ditam regras e nos adaptam, às vezes, a situações inusitadas.

Sem pressa

João Ricardo [email protected] / [email protected] / Twitter: @joaoricardorn

PRECÁRIONa Unidade de Pronto Aten-

dimento Infantil Sandra Celes-te, na madrugada de hoje, a si-tuação era difícil. Mais de trin-ta crianças esperavam atendi-mento e das três pediatras deplantão, apenas uma atendia,enquanto as outras repousavam,provocando reclamações demuitos pais.

PRECÁRIO 2Um deles, duas horas de-

pois de aguardar, fotografoucrianças sentadas no chão, can-sadas, e pediu a uma das médi-cas para “pedir reforço”. So-mente assim, a segunda profis-sional chegou para minimizaro sofrimento. Uma delas alegouque precisavam descansar, poisdali iriam para outros hospitais.

PRECÁRIO 3Tudo bem que as médicas

merecem descanso, mas emtodo momento deve haver bomsenso. Repousar, enquanto de-zenas de crianças, doentes, so-fridas, esperam socorro é, nomínimo, revoltante. E temmais: os pais daquelas crian-ças também trabalhariam empoucas horas e nem por isso ti-veram prioridade para atendi-mento. Muito menos para tirarum cochilo.

PRECÁRIO 4Mais: exames de sangue

eram solicitados pelas médicas,mas não eram feitos porque umequipamento estava quebrado.Eita que falta de respeito como povo! E ainda tem um boca-do de cara de pau no meio da ruapedindo voto. O voto deveriaser facultativo. Você iria votar,caro(a) leitor(a)?

De virara cabeça Prefeitura de Natal: vem pesquisa nova por aí. Nada mudou.

José Aldenir

INAUGURADOÉ impressionante como muitas pessoas gostam de complicar. Tem gente

que manda e-mail informando que uma certa instituição vai inaugurar“novas unidades”. E desde quando se inaugura alguma coisa velha? Ah,tem também os que vibram anunciando o lançamento de um novo CD,um novo livro...

BOMBEIROSExcelente iniciativa do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte,

ao distribuir, em vários pontos de Natal, cartilha com “Prevenção de aci-dentes domésticos”. Parabéns ao coronel Dantas e seus comandados.

ODONTOLOGIAEntre os dias 5 e 7 de julho, o auditório da Academia Norte-rio-gran-

dense de Odontologia será palco para o curso de Emergências Médicasna Clínica Odontológica. O curso será ministrado por Ivan Haldamus, ci-rurgião dentista com experiência no pronto-socorro do Hospital das Clí-nicas, unidade hospitalar da Faculdade de Medicina da USP, entre outros.O evento, que beneficia toda a classe odontológica, recebe apoio do Sin-dicato dos Odontologistas do Estado do Rio Grande do Norte (Soern).

ADOÇÃOO homem que, sozinho, adotar uma criança poderá ter direito a licen-

ça de 120 dias e remuneração equivalente ao chamado salário-materni-dade por igual período. A medida, de acordo com a Agência Senado,consta de projeto aprovado hoje na Comissão de Assuntos Sociais (CAS),em decisão terminativa, e será submetido a votação em turno suplemen-tar. O direito já é assegurado à mãe adotante desde 2002, mas a legisla-ção previa licença-maternidade e salário-maternidade conforme a idadeda criança adotada: 120 dias quando da adoção de criança até um ano deidade; 60 dias em caso de adoção de criança entre um ano e quatro anosde idade; e 30 dias para crianças de quatro a oito anos de idade.

SÃO FRANCISCOO secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Gilberto Jales,

participará amanhã, em Brasília, do Seminário de Debate dos Desafios As-sociados à Operação e Gestão do Projeto de Integração da Bacia do RioSão Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional (Pisf). O evento serápromovido pelo Ministério da Integração, com apoio do Banco Mundial eterá a participação especial da Compagnie Nationale D’Aménagement deLa Region Du Bas-Rhône et du Languedoc (BRL), empresa pública Fran-cesa especializada na implantação e gestão de infraestrutura hídrica.

GERAÇÃO NEYMARE os três gols de Lionel Messi nas redes verde-

amarelas contribuíram para empurrar a seleção bra-sileira para um inédito 11º lugar no ranking oficialda FIFA, que continua liderado pela Espanha, segui-da de Alemanha, Uruguai, Inglaterra e Portugal.

TOP TENFicou assim a pontuação das 10 melhores sele-

ções do mundo (sem Brasil): Espanha, 1.691; Ale-manha, 1.502; Uruguai, 1.297; Inglaterra, 1.294; Por-tugal, 1.213; Itália, 1.192; Argentina, 1.095; Holan-da, 1.079; Croácia, 1.050; Dinamarca, 1.017.

RIVALIDADEAlgumas torcidas organizadas de Palmeiras e

São Paulo fizeram um pacto de não agressão nestaquarta-feira. Não haverá animosidades se esbarra-rem nos bares e botecos para assistir a final da Li-bertadores. A ordem do dia de ambas é secar o Co-rinthians.

ARRIBA, TIMÃO!Também em Buenos Aires, as torcidas dos tradi-

cionais Independiente e River Plate, rivais históricosdo Boca Juniors, estarão diante da TV para secar otime xeneize e mandar fluídos positivos para o Co-rinthians. Rivalidade em futebol é assim mesmo.

DILMA E A CBFDiferente de Ricardo Teixeira, que não foi rece-

bido por Dilma Rousseff por causa da corrupção en-dêmica na CBF, o atual presidente José Maria Marinestá sendo ignorado pelo Planalto por perseguição aVladimir Herzog quando era deputado, em 1975.

POLÍTICAE como diz o mestre Woden, logo mais até as tri-

bos do Assu correrão para a sede da Academia de Le-tras, na rua Mipibu, para pegar o autógrafo de JoãoBatista Machado no novo livro "Política em Atos eFatos". Bom aperitivo para Boca x Corinthians.

NECOO deputado Agnelo Alves almoçou ontem cerca-

do por uma boa turma de amigos e seguidores, noPinga Fogo de Ponta Negra. Na pauta, além das gor-duras e temperos políticos, a animação para o lança-mento da sua biografia, no próximo dia 16.

CARTA E POESIAVolto a lembrar que está tudo pronto para o lan-

çamento da segunda edição do livro "Do Ventre daCordilheira - Uma Carta para Yasmine", de IsoldaLemos, dia 19, nos jardins da trattoria Bella Napo-li. O livro traz textos inéditos e algumas fotos histó-ricas.

FRUSTRAÇÃODesde o advento das redes sociais, os chatos mi-

litantes da esquerdopatia natalense conseguem fazerum grande barulho na Internet, mas que não rever-bera na vida real. Ontem, mais uma zoada por nadana torcida pelo impeachment de Micarla de Sousa.

FORÇA VIRTUALAliás, em se tratando de fazer barulho nas redes

sociais e em blogues, a militância esquerdopata localé de uma produtitivdade fabulosa, até as liderançaspartidárias. O problema é que essa turma é boa deTwitter e muito ruim de voto popular.

Alex [email protected]

As demais torcidas dos times brasileiros que ven-ceram a Libertadores que me desculpem; mas, se oTimão levantar a taça continental logo mais, será umfeito maior do que todos os outros e similar ao San-tos de Pelé, único a derrotar o mito do Boca.

Não. Não sou corintiano, sequer tenho um timepaulista no peito, apesar de vestir a camisa do SãoPaulo, quando necessário, por motivo de amor a minhafilha paulistana nascida entre tricolores de veia ma-terna. Se ganhar hoje, a Fiel pode chiar pra valer.

Há duas formas e sabores de ganhar uma Liber-tadores: contra o poderoso Boca Juniors ou contra oresto. E é aí que o Corinthians poderá superar SãoPaulo, Grêmio, Flamengo, Inter, Palmeiras, Cruzei-ro e Vasco. E também o Santos de Ganso e Neymar.

Em que pese ter uma taça a menos que o rival In-dependiente, o Boca ganhou a alcunha de "dono daLibertadores" por ser o time que mais sabe atraves-sar os embates da competição e por mais vezes che-gar nas fases finais. E é um carrasco dos brasileiros.

Em cinco decisões contra clubes do Brasil, ven-ceu quatro e perdeu apenas uma, exatamente contrao Santos de Pelé, em duas partidas duríssimas comvitórias do Peixe por 3x2 e 2x1. Aliás, enquanto exis-tiu a geração Pelé o Boca não brilhou no torneio.

Depois do vice-campeonato de 1963, e de ver ahegemonia do Independiente no continente, o clubeazul e amarelo de Buenos Aires só veio vencer a pri-meira taça em 1977, diante do Cruzeiro. Repetiu a dose,invicto, em 1978, contra o Deportivo Cáli.

As décadas de 1980 e 1990 não foram frutíferaspara o Boca Juniors em termos de Libertadores, pe-ríodo em que os brasileiros aproveitaram para ven-

cer em cima de rivais mais fracos. A partir do ano 2000,aí sim, o papa-títulos desembestou a ganhar.

Nas quatro vezes em que tirou o pirulito da bocados adversários vizinhos, o Boca provocou traumasnas torcidas de Cruzeiro, Palmeiras (2000), Santos(2003) e Grêmio (2007). Nas asas dessa freguesiahistórica, pousará no Pacaembu na noite de hoje.

Mas, se por um lado há um Boca acostumado afazer tremer o futebol do Brasil, por outro há um trei-nador que jamais perdeu um jogo diante de times daArgentina. Tite tem tudo (bota o TTT no Twitter, Fiel)para fazer valer sua sorte e sua grande competência.

Já escrevi aqui que o Boca histórico é o maior timeda América do Sul, com seis taças continentais e trêsmundiais. Só que o Corinthians atual é o que tem omais eficiente sistema tático, a melhor defesa e umequilíbrio psicológico de clube europeu.

Vencer o Boca e levantar pela primeira vez a TaçaLibertadores tem um sabor muito além do fator his-tórico. É também um troféu, no sentido bélico doguerreiro que exibe o escalpo inimigo, a ser balança-do com orgulho e chinfra nos olhos dos rivais domés-ticos.

Ganhar diante do Boca é bem diferente de sercampeão contra o Cobreloa, o Newell's Old Boys, oDeportivo Cáli, o Atlético-PR ou mesmo o River Platee o Peñarol em fase apenas regular. Hoje o Timão temtudo para igualar o feito único do Santos de Pelé.

No entanto, a espetacular campanha do Corin-thians também requer lembrar a filosofia pop que StanLee pôs na boca do Homem-Aranha: "Com grandespoderes vêm grandes responsabilidades". Não pode va-cilar, porque o inimigo se chama Boca Juniors. (AM)

PPara repetir a geração Para repetir a geração Peléelé

REGISTRO DE NASCIMENTOPesquisadores

alemães desco-briram na Bi-

blioteca Univer-sitária de Muni-que um desco-nhecido exem-plar do históri-

co mapa-mundide Martin

Waldseemüller,o primeiro a

mostrar o nome do continente América. Em tamanho bem menor que os três metros domapa que ficou famoso, é um achado de grande importância. O cartógrafo Waldseemül-ler foi considerado há 500 anos o padrinho do "novo continente" por tê-lo batizado, erro-neamente, achando que Américo Vespúcio e não Cristóvão Colombo o havia descoberto.

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Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

Larissa Dantas e João Henrique Lins Bahia prestigiando o São Pedro da Abelhinha

João Neto

Larissa Leite e José Rolando curtindo festejos de São Pedro

João Neto

C edida

Ex-prefeito de Macau,Afonso Lemos, é o aniversariante do dia,ao lado da esposa,ex-vereadora ElizabethLemos, o casal comemoranova data na Terra dasSalinas, ao lado de amigose correligionário, ondeexerce liderança política. Afonso e Elizabeth são paisdo jornalista Tulio Lemos

Simone Silva, Jeferson Cunacia e Alexandre Dias discutindo os assuntos da revista“Mais Estilo”, lançada nesta segunda-feira

Ana Maria Cascudo e Alana Cascudo marcando presença na festa que

apresentou as candidatas a Miss RN 2012

Canindé Soares

Cedida

w AOS OLHOS DOS OUTROS...Em tempo: Protásio tem recebido críticas até mesmo dos colegas deoposição, seus aliados agora.

>>>Um deles comentava ontem: "A gente passa três anos e meio ralan-do na oposição e o mandato acaba com um novo líder: o'revolucionário' Júlio Protásio".

w CAMINHO INVERSOAcuado por pressões do PSB e do candidato a prefeito apoiado pelopartido, Carlos Eduardo Alves (PDT), o vereador Adenúbio Melo(PSB) tem dados sinais de que vai se unir ao lado oposto. O parla-mentar votou contra a aprovação das contas do pedetista na Câma-ra Municipal de Natal contrariando a orientação da sua legenda.

>>>Há poucos dias Adenúbio se reuniu com lideranças ligada ao depu-tado Rogério Marinho, candidato do PSDB na disputa pela Prefei-tura de Natal.

>>>Em tempo: para onde for, Adenúbio leva com ele muitos votos evan-gélicos.

w SEPARANDO...Líder do PMDB e aliado de José Agripino e de Fátima Bezerra, Hen-rique Alves entrou como bombeiro na briga entre o senador demo-crata e a deputada petista pela autoria de emendas para a Educação.

>>>E utilizou a rede social para isso.

>>>Hoje pela manhã, Henrique escreveu no Twitter: "Como não gostode deixar as coisas mal explicadas, volto ao assunto das emendas debancada na Educação. Falei com o Secretário Executivo do MEC ecom a coordenadora (da bancada) deputada Sandra Rosado sobre ovalor liberado de R$ 37 milhões para ônibus escolares e outros equi-pamentos para educação básica. Das 15 emendas da bancada,o se-nador Agripino indicou transporte escolar e a deputada Fátima apoioao desenvolvimento da educação básica. O MEC juntou as duas,quase R$ 50 milhões solicitados, atendendo 37, chegando a 57 mu-nicípios com ônibus escolar. Emenda integral do senador. E parcialda deputada Fátima. Importante o atendimento ao pleito da banca-da. Agradecemos ao MEC e parabenizamos nossos parlamentares!Assunto emendas bancada RN no MEC, espero, com a verdade, es-clarecido".

w INSATISFAÇÃO QUE PERMANECE...Continua ruim a relação - que já foitida como "perfeita" - entre o minis-tro da Previdência Social GaribaldiFilho e o Governo Rosado.

>>>Além da questão da publicidade, jáabordada aqui, outros fatores têmcontribuído para o estremecimentoda união. Entre eles, a falta de pres-tígio no tocante aos pedidos feitospelo peemedebista em nome de pre-feitos do interior.

>>>O mais simples pleito está sendoguardado na gaveta pelo casal-Ro-sado. Ou seja, a Rosa promete, masnão cumpre para Garibaldi.

>>>Enfim, a relação está frágil.

w FACADAFalando em Garibaldi...

>>>...há observadores que apostam queo ministro considerou uma 'segundatraição' do seu primo Carlos Eduar-do Alves o fato dele ter se aliado aWilma de Faria, colocando-a comosua vice na chapa, depois de ter re-cusado se filiar ao PMDB para dis-putar a Prefeitura de Natal pela le-genda.

>>>Wilma é considerada a grande ini-miga política do peemedebista."Todos menos Wilma", já disse Ga-ribaldi à imprensa ao se referir àcomposição de seu palanque.

w BOM PARA UNS...O detalhe é que essa disputa inter-na, que é comentada nos bastidoresda sucessão, é considerada um pontoforte a favor do candidato Herma-no Morais na disputa.

>>>É que o fato de Wilma fazer partedo palanque de Carlos Eduardo po-derá causar em Garibaldi, que é con-siderado o político com maior poderde transferir votos no RN, um entu-siasmo natural pela campanha doPMDB.

w VONTADE PRÓPRIAGaribaldi havia afirmado que nãoparticipará com tanta intensidade dacampanha de rua de Hermano emNatal devido a sua agenda como mi-nistro, o que foi rechaçado pelo pre-sidente do PMDB no RN, deputa-do Henrique Alves, que em entrevis-ta ao Jornal da Cidade, na 94 FM,nesta segunda-feira, disse que Ga-ribaldi "vai ter que conciliar a agen-da com as ruas e com a TV", pois"só na TV não é suficiente".

>>>Parece que Wilma como vice deCarlos vai garantir a vontade de Hen-rique. Até porque, o próprio Garibal-di não vai querer levar outra "surrade saia".

w PRÁTICAS OPOSTAS...Responsável-mor pelas articulaçõesque levaram os vereadores natalen-ses a votar novo pedido de impeach-ment da prefeita Micarla de Sousa- que foi rejeitado pela maioria -, overeador Júlio Protásio saiu da ses-são de ontem, digamos,'chamuscado'.

>>>O discurso de apoio ao impeach-ment feito pelo pessebista foi enten-dido por muitos como "politiquei-ro". Primeiro, pelo fato de Júlio, hábem pouco tempo, ter circulado coma Borboleta pelos bairros da capitalcomo um aliado de primeira hora,com direito a fotografias e etc.

>>>Um exemplo foi citado pelo líderda prefeita, vereador Enildo Alves."Um dia desses Júlio esteve comMicarla visitando a Academia da 3ªIdade, no Jiqui", disse.

w INTERESSE DETECTADOO segundo argumento de vereado-res para acusar Protásio de "politi-queiro": o fato de ele ter se aliadoao ex-prefeito Carlos Eduardo Alvespara a eleição de outubro.

>>>"Ele é um oportunista político. Atéontem ele estava cheio de cargoscomissionados no Governo. Até hojetem, pois são tantos que ficou difí-cil identificá-los", comentou um par-lamentar presente à conturbada ses-são de ontem.

w GIRO PELO TWITTER......da deputada federal Sandra Rosado: "Os gastos compropaganda pela prefeita de Mossoró, retirando cri-minosamente investimentos da Saúde, tem penali-zado crianças e mulheres";

>>>...do jornalista e produtor Marcílio Amorim: "Umaequipe do Domingão do Faustão esteve em Natal gra-vando depoimentos sobre a nossa Titina Medeiros

(atriz que faz a personagem Socorro na novela glo-bal Cheias de Charme). O quadro vai ao ar no dia15/07";

w DICAJuiz Jarbas Bezerra avisa: amanhã, às 19h, na li-vraria Saraiva (antiga Siciliano) do Midway, temcoquetel de lançamento do Manual Prático dasEleições.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 4 de julho de 2012

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

PrefácioCONRADO CARLOS - [email protected]

w ESCALADAO governo subestima a escalada dasexplosões e assaltos a bancos no interiorsem uma ação rigorosa nas diversasregiões do Estado. Quando a onda estiverincontrolável nas manchetes, vai culpar aimprensa.

w ALIÁSHá sinais de prevaricação, embirada isola-dos, no aparelho policial civil e militar. Asações na área da investigação estão abaixode 10% do necessário, o que acaba sendoo perigoso incentivo à impunidade.

w RETRATOPor maior que seja o esforço dos demo-cratas a ausência do partido na chapa deRogério Marinho já é a demonstraçãodo seu esvaziamento em Natal. Hoje éum feudo familiar que envelheceu semrenovação.

w RISCO - IFontes ligadas ao candidato RogérioMarinho informam que sua assessoriapretende centrar dois fofos cruzados:nas candidaturas de Carlos EduardoAlves e Hermano Morais, e neste umfogo preventivo.

w EFEITOS - IIEm Carlos Eduardo para fazê-lo tentar caire evitar um primeiro turno até por anteci-pação. Em Hermano Morais para que elenão venha a ser o mais votado no primeiroturno. Seria fazê-lo disputar a luta final.

w AMOLPadre Sátiro Cavalcanti lidera, com todasas credenciais, o movimento pela eleiçãopadre João Medeiros Filho para a vaga deD. José freire na Academia Mossoroensede Letras. Nome que honra o antecessor.

w JEITOO desmembramento da paróquia deParnamirim, embora seja uma aspiraçãodos fiéis, pode ser a única saída para aco-modar o padre Nel, irmão do padreMurilo. Na Arquidiocese esse assunto estásob sigilo.

Veja Senhor Re-dator, como éperigoso o ofí-

cio de escrever. Ontemrevelei mais uma frus-tração, entre tantas, e umamigo desta coluna, se-quer acreditou. A tardenem escondia o sol paraa noite chegar, e ele im-pávido, bom leitor deDalton Trevisan, a duvi-dar que o vampiro deCuritiba tivesse sonha-do em ser um jovem co-ronel das Índias, só parafazer nascer das mãos deKatherine Mansfield, pe-túnias. Tão inutilmente,embora soubesse da his-tória da escritora neoze-landesa que, sem amor,morreu de tristeza.

Leitor de livros ve-lhos é assim. Guardasempre em algum lugarda memória, quando nãona própria alma, umapalavra, uma frase, umpedaço de uma históriade amor. Pequenas coi-sas jogadas no mar daslembranças e que umdia, por uma razão semrazão aparente, dão napraia das lembranças. Écomo se flutuassem emlongas travessias, lixo para a glória e a fortuna. Mesmo que al-guns tenham uma terrível piedade de nós quando nos vêem apa-nhando coisas inúteis no chão, é impossível não guardá-las.

Sou obrigado, pois, Senhor Redator, a contar a história. Antespeço desculpas por contar uma notícia de amor tão inservível einútil nesses tempos de glória e fortuna, creia, mas não contarseria não honrar, mesmo num jeito pobre, a paixão que DaltonTrevisan deixaria revelada para sempre no conto que publicouno primeiro livro: Sete anos de pastor. Um livrinho de 1948, quehá anos dorme aqui nestas prateleiras. Pequeno, feio, papel desegunda. Ninguém daria, para tê-lo, um centavo de vintém.

Por conta disso, e éaté com certo pudor emedo de ser chamado ca-botino, é que informo tervisto na Estante Virtualdois exemplares em ca-tálogo para venda: umpor R$ 420 reais, capadescolada e sem contraca-pa; e o segundo um poucomais caro, R$ 460 reais,com capa, mas sem aparte do dorso. Para quemdeseja, pouco importamuitas vezes, a não serum colecionador de exi-gências preciosas quebusca a brochura sem má-cula e, se encadernada,com as capas preserva-das e sem ter suas fím-brias refiladas.

Carta a Catarina, pe-queno conto de duas pá-ginas, não seria exaustivoreproduzir na íntegra porser de edição única do pri-meiro livro que DaltonTrevisan nunca autorizoureeditar, depois da ediçãoJoaquim, Curitiba, 1948,com ilustrações de PotyLazzarotto. Assina ape-nas com um D. Talvez deDalton, talvez não. Queimporta se era para ele aadorável Miss Beau-

champ, casada com um, por alguns dias, e dormindo comoutro, por quem ardia de amor, ou sozinha em Paris, sem umhomem para amar?

Transcrevo o fecho, com se por esses dias, anos e anosdepois, tão longe a lembrança, as petúnias de repente desa-brochassem no túmulo de Kathy, entre risos gaios, para apa-gar a dúvida dos olhos e na alma de um amigo e leitor:

Poor Kathy, feia mas tão linda, faltou-lhe na vida (essamágoa matou-a) um coronel da Índia como eu, bravo moçode óculos que, morta ainda, lhe beija com delírio as mãos deonde nascem, entre risos gaios, petúnias.

Entre risos gaios...w POLÍTICAD. Jaime Vieira não conseguiu evitar apolítica no seu arcebispado. Padre RenatoCiríaco foi chamado direto de Arez parasubstituir o padre Edilson Nascimento emParnamirim. É candidato a vice-prefeito.

w FORÇAPolíticos consideram que o eleitor doPMDB do Rio Grande do Norte é o demaior fidelidade partidária, pelo menosno interior do Estado. Mostra que aestrutura pemedebista se mantém como amais estável.

w EMENDAS - IA deputada Fátima Bezerra e o senadorJosé Agripino apresentaram emendas aoOrçamento Geral da União para a área daeducação. Mas o senador afirma que a ini-ciativa foi sua e não da deputada petista.

w CONFUSO - IIA deputada, por sua vez, afirma que suaemenda foi direta para os municípios; osenador José Agripino também, masatravés do governo estadual. Resultado:ninguém sabe mais quem propôs o quea quem.

w HOJEAgora, boca da noite no salão térreo daAcademia Norte-Rio-Grandense de LetrasJoão Batista Machado autografa seu novolivro - Política, atos e fatos. Mas Machadosó toma posse na ANL no próximo ano.

w BRILHORodrigo Levino é quem assina a matériade capa da Ilustrada de segunda-feiracomo enviado especial a São João DelRey, Minas, ao recital do pianista NelsonFreire, lá onde ele fez sua estréia aindamenino.

w JOYCESaiu bonita a edição de O Gato e o Diabo,a carta de Joyce ao neto que virou suaúnica história infantil. Na Record tevevárias edições e vai sair pelo SeboVermelho numa tradução local. Abimaelchegou lá.

Mistério do PlanetaUma extensa faixa de terra,

1100 km acima da Linha doEquador, concentra duas forçasantagônicas e similares, opostas ecomplementares. De Guiné aoVietnã, essa linha imagináriaatravessa um corredor transcon-tinental que abriga alguns dosconflitos mais sangrentos emnome do Sagrado.

Se na África o paralelo 10 re-gistra a fronteira entre o islã e ocristianismo, o sul do Saara e aTerra dos Negros (subsaariana);na Ásia, ele transpassa a regiãodas Monções, países insulares epeninsulares – ambas as áreas in-festadas de grupos terroristas.

Nesse trecho do planeta, polí-tica e economia abraçam a cultu-ra e a religião para forjar umanova realidade em que a fé, a ga-nância e a extrema violência dei-xam um rastro de miséria, sofri-mento e desesperança.

Foi nesse pedaço de purgató-rio que a jornalista norte-ame-ricana Eliza Griswold passousete anos perambulando porseis países para escrever a gran-de reportagem chamada “Para-lelo 10 – A linha geográfica eideológica que divide o mundocristão do islâmico” - a premia-da escritora é filha de um im-portante bispo anglicano.

Eliza parte de minibiografiasde terroristas, líderes, missioná-rios e de vítimas das atrocidadespara traçar um panorama depaíses distintos como Nigéria,Sudão, Somália, Indonésia, Fili-pinas e Malásia - mais pobres e

supersticiosos, os três primeirostêm áreas proibidas para um oci-dental, mas não para a repórtercom matérias publicadas no NewYork Times e na New Yorker.

A África é o continente maisafetado por mudanças climáti-cas, sobretudo no paralelo 19,onde secas e enchentes ganhamares cataclísmicos, sob influên-cia dos ventos alísios que che-gam do Sudeste Asiático e de ou-tras latitudes – a ironia é quedesse rendez-vous climático sur-gem os furacões do Caribe eAmérica do Norte.

E isso não passa em brancono livro-reportagem. Pois, alémde missionários-urubus, que ex-ploram tragédias para angariarnovos fiéis, as migrações em vir-tude do clima jogam no mesmoterreno inimigos históricos –desde o século 7, com a ascensãodo Império Árabe.

Com sensibilidade literária ecoragem messiânica, Eliza mos-tra como o comércio da catástro-fe cotidiana assola populaçõesque negligenciam o sentido denação para apegar-se a religiosi-dade – com maior unidade e obe-diência dos maometanos; a ideo-logia cristã é fragmentada em ca-tólicos, protestantes, presbiteria-nos, anglicanos, etc.

Branca e bonita, Eliza viveudiversos momentos de tensãonessa quase década pela periferiado mundo. Basta dizer que teveuma arma apontada para a cabe-ça por um rebelde somaliano –casos de estupro na África são

notórios, foi sequestrada no Pa-quistão (país não explorado nolivro) e congelou segundos com agritaria de um soldado sudanêsque suspeitava de uma mulher-bomba.

Longe de emitir opinião, “Pa-ralelo 10” revela fatos que cir-cundam verdades absolutas paraas duas crenças: enquanto islâ-micos entendem a SantíssimaTrindade como politeísmo e queDeus jamais teria um filho (queblasfêmia!), cristãos abominam apoligamia. Recusado por várioseditores, o livro é dramático eprofundo como um bom roman-ce, reforçado pelo poder impac-tante do realismo terrível.

PARALELO 10Autora: Eliza GriswoldEditora: Cia das LetrasPreço médio: R$55,00

Norte-

americana

Eliza

Griswold

percorre seis

países

africanos e

asiáticos

para

escrever

“Paralelo

10”, espaço

geográfico

em que o

islã, o

cristianismo,

o petróleo e

a violência

extrema

chegam à

antessala do

Inferno

Page 14: FLIP 04/07/2012

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Cidade

Fone: 3211-3126

[email protected]

Laboratório DigitalRICCARDO CARVALHO - [email protected]

Por Thiago Leite, voluntário do INTERCAMPI em Natal

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaLeblon Brasil Seamaster No Porto Guamaré(RN) Em Operação DragaLagoa Carioca Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Lagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Harima 2 Panamá Superservice No Porto África do Sul Atum - -Dalen Tide Vanuatu A. Marítima 05/07 Guamaré(RN) Reabastecimento - - Marlin Libéria Petrobras 07/07 Belém(PA) - - Combustível CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 07/07 Vigo/ESP Contêineres - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 14/07 Vigo/ESP Contêineres - - NE Brasil Brasil M. Brasil 14/07 - - Navio Escola - -Jacarta Express Panamá Superservice 15/07 Santos(SP) - - Peças Eólicas

Lobato Brasil Petrobras 08/07 Fortaleza (CE) Água - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)04 17:17 2.3

22:56 0.205 05:32 2.5

11:24 0.1

FASES DA LUACheia (03/07 - 15:52h)

Minguante (10/07 - 22:48h)

Nova (19/07 - 01:24h)

Crescente (26/07 - 05:56h)

Alexandria Grécia A. Marítima 06/07 Santos (SP) Sal - -Lugano Suiça A. Marítima 08/07 Santos (SP) Sal - -

Navio mercante Seawind de bandeira Panamenha encontra-se preso no litoral do Ceará por decisão do Ministério do Trabalho

Cosmoética e UniversalismoEnquanto proposta científica,

a Conscienciologia possui um con-junto de postulados epistemológi-cos, o chamado Paradigma Cons-ciencial, composto de 5 perspecti-vas: a Multidimensionalidade,tendo em vista a existência de vá-rias dimensões em que a consciên-cia pode se manifestar; a Holosso-matologia ou o conjunto de veícu-los de manifestação da consciêncianas diversas dimensões; a Multie-xistencialidade, as diversas exis-tências que a consciência vivenciaao longo de sua evolução; as Bioe-nergias e a interação energéticaentre as consciências e entre estase o meio com que interagem; e aAutopesquisa, considerando que oobjeto de estudo da Consciencio-logia é também o próprio sujeito dapesquisa.

Este Paradigma Consciencialnão se diferencia da ciência con-vencional apenas em sua perspec-tiva mais ampla e integral da rea-lidade consciencial, mas tambémpelo fato de se pautar imprescindi-velmente num código de condutaético. Tratando-se de um campode pesquisa cujo objeto, a cons-ciência, nos interessa diretamentee cujo desenvolvimento implica naevolução de todos nós, a Conscien-ciologia se pauta na Cosmoética,representando seu elemento filo-sófico máximo.

A Cosmoética, também conhe-cida como moral cósmica, estáacima de qualquer ética intrafísica.Por exemplo, ela se aplica além detoda manifestação moral específi-ca das culturas humanas. Não seconfunda a Cosmoética com umaética universalizada, partindo deuma certa moral ocidental e se es-tendendo a todo o mundo, porexemplo. Ela tem uma perspecti-va mais avançada, e sob o ponto devista cosmoético toda moral, in-clusive a ocidental em geral, é li-mitada, retrógrada e sectária.

Ela também abarca a todos osseres vivos na Terra, considerandoque plantas, animais e criaturas deoutros reinos são princípios cons-

cienciais, protoconsciências ouconsciências em evolução que, nolongo processo evolutivo conscien-cial, hão de alcançar níveis maisavançados de autoconsciência.

A Cosmoética, dentro do Pa-radigma Consciencial, vai além dadimensão intrafísica, levando emconta as inter-relações das cons-ciências em diversas dimensõesalém da dimensão intrafísica, in-cluindo as dimensões extrafísicasmenos e mais evoluídas e a dimen-são mentalsomática, em que asconsciências se manifestam pelopensamento puro. Aqueles que con-seguem vivenciar a autoconscien-tização multidimensional, perce-bendo e tirando proveito das rela-ções interdimensionais, conseguematuar com mais eficácia numa abor-dagem cosmoética.

Além disso, ao levar em contaa existência de consciências aoredor de todo o Cosmos, tanto nasdimensões não-físicas quanto emoutros planetas (Extraterrestriolo-gia), a Cosmoética atua em âmbi-to cósmico, levando às últimas con-sequências o sentido mais profun-do do Universalismo.

O Universalismo é o conjuntode princípios cosmoéticos opostoao individualismo egocêntrico e àsubordinação a uma comunidade,povo, etnia, "raça", Estado, nação ouhumanidade planetária, permitindoà pessoa tratar todas as consciênciasigualitariamente, sejam humanos,homens ou mulheres, e de quais-quer culturas, espécies ou planetas.

O Universalismo coroa o ca-minho evolutivo que se inicia apartir da preocupação com o pró-prio ego, ou seja, o individualismoque considera a importância do in-divíduo sobre as demais consciên-cias, privilegiando a autossobrevi-vência em detrimento do bem-estardos outros.

A consciência que já consegueconviver com pelo menos maisuma pessoa, como aquela que vivea dois, em casal, e considera as ne-cessidades dos outros como tão im-portantes quanto as suas próprias,

já deu um passo em direção ao Uni-versalismo.

Porém, mesmo a postura dequem defende o bem-estar de suafamília, de sua comunidade, de suaetnia ou de seu país, em detrimen-to de qualquer outro grupo, aindaestá longe de vivenciar plenamen-te o verdadeiro espírito universa-lista.

No Universalismo, as ações, es-colhas e decisões são baseadas noprincípio cosmoético "aconteça omelhor para todos". Isso significaque o bem-estar das pessoas maispróximas não deve se sobrepor aobem comum em âmbito universal.Qualquer tipo de protecionismo ba-seado em sentimentos sectários,lealdade familiar e corporativismodeve ser renunciado se implicar emconsequências anticosmoéticas.

O Universalismo implica emdestruir todos os preconceitos quedificultam enxergar, por trás dosestereótipos, uma realidade cons-ciencial universal, ou seja, todos,independentemente da origem, fa-mília, etnia, "raça", nacionalidade,filiação política ou religiosa, sexo,identidade ou orientação sexual,patologias ou deformações físicasou psicológicas, somos consciên-cias em evolução, com os mesmosdireitos que os demais.

Você compreende e tenta apli-car a Cosmoética no seu dia a dia?Já vivencia o Universalismo nassuas inter-relações pessoais?

Para mais informações sobreConscienciologia, o INTERCAM-PI - Associação Internacional dosCampi de Pesquisas da Conscien-ciologia promoverá a palestra gra-tuita com o tema Introdução ao Pa-radireito. O evento, ministrado pelaprofessora Cristina Arakaki, tementrada franca e vagas limitadas.Data: 10 de julho de 2012; Horá-rio: 20:00; Local: Sala de Aula doINTERCAMPI - Av. Antônio Ba-sílio, 3006 - Ed. Lagoa Center, Sala705 - Lagoa Nova, Natal/RN. In-formações: 84-3211-3126; [email protected]; www.in-tercampi.org.

A ordem para derrubar o site de com-partilhamento de arquivos Megauploadteria partido do vice-presidente norte-ame-ricano, Joe Biden, de acordo com o cria-dor do site, Kim Dotcom. O empresáriodisse ao site TorrentFreak (acesse aqui)que recebeu a informação de uma "fonteconfiável" e, em seguida, investigou aslistas de participantes de reuniões na CasaBranca, que mostram a presença de vá-rios executivos ligados aos estúdios deHollywood.

No dia 20 de junho, Kim Dotcom pu-blicou no Twitter uma foto mostrando ovice-presidente Joe Biden e o ex-sena-dor Chris Dodd, que hoje ocupa o cargode diretor-presidente na Motion PictureAssociation of America (MPAA), a asso-ciação que representa a indústria cine-matográfica dos Estados Unidos.

Em 2011, um relatório da MPAA mos-trou que a organização investiu US$ 400mil (cerca de R$ 800 mil) no primeiro se-mestre do ano em iniciativas de lobby en-volvendo diversos órgãos do governo, in-clusive o vice-presidente. Nos EstadosUnidos, a prática de lobby não é ilícita,como no Brasil.

Venda de tablets irá superar a de

notebooks em 2016

Mini iPad chegaem outubro

A Apple deve apresentar em outubrouma versão pequena do iPad - com telade 7,85 polegadas - de acordo com umamatéria publicada nesta segunda-feira pelojornal americano International BusinessTimes. A versão menor será divulgadacom a próxima geração do tablet da Apple,que terá 9,7 polegadas, como todos os modelos anteriores. O IBTimes cita a empre-sa de análise de mercado Pacific Crest como fonte da notícia.

O iPad de tamanho alternativo é visto como uma resposta da Apple aos concor-rentes. Enquanto nenhum tablet com cerca de 10 polegadas conseguiu rivalizar como iPad, os aparelhos com aproximadamente 7 polegadas têm conquistado a atençãodos consumidores.

CRIADOR DOMEGAUPLOAD FAZ DENÚNCIANO TWITTER

Google encerra serviços O Google anunciou ontem que irá encerrar as atividades de cinco serviços da

empresa. São eles o iGoogle, o Google Mini, o Google Vídeo, o Symbian SearchApp e o Google Talk Chatback, que permite a websites incorporarem uma janelado mensageiro da empresa. O fechamento dos serviços faz parte da estratégia daempresa adotada com a volta de Larry Page à liderança da companhia. Page quero Google mais focado no desenvolvimento de tecnologias significativas (como o GlassProject) em vez de pequenos serviços.

Pesquisadores desenvolveram uma tecno-logia que pode permitir que pessoas assis-tam a filmes em bolhas de sabão.

Eles conseguiram alterar as propriedadesda membrana da bolha de sabão, transfor-mando-a no que chamaram de 'o monitor maisfino do mundo'. Com isso, os cientistas acre-ditam poder incrementar a nitidez na proje-ção de imagens, até mesmo em 3D.

Uma equipe internacional formada porespecialistas de universidades japonesas enorte-americanas usou ondas de ultrassompara tentar transformar a textura da mem-brana transparente em uma superfície opaca,onde pudessem ser projetadas imagens. Umdos coordenadores do estudo, Yoiki Ochiai,disse à BBC Brasil que este é somente o iní-cio da pesquisa

Bolha de sabão

O número de tablets vendidosdeve superar o de notebooks em2016, de acordo com um relatórioelaborado pela empresa de pes-quisa de mercado NPDDisplaySearch.

Seguindo as previsões daempresa, o número de tabletsvendidos deve saltar de 121milhões em 2012 para 416milhões em 2016 - taxa de cresci-mento de 28% ao ano. No mesmoperíodo, a venda de notebooksdeve saltar de 208 mi de unidadespara 393 mi.

No total, o total de PC móveis(notebooks e tablets somados)deve saltar de 347 milhões em2012 para 809 milhões em 2017.

Segundo a NPD, mercadosmaduros como América do Norte,Japão e Europa devem puxar ocrescimento dos tablets. Nos pró-ximos anos, somente nessasregiões as vendas devem saltar de

80 milhões para 254 milhões deunidades. Hoje, somados, essesmercados correspondem por 66%das vendas.

"A preferência por dispositivosmóveis estão mudando. Enquantoas linhas entre tablets e notebooksainda estão indefinidas, espera-mos que os mercados madurosliderem essa adoção", afirmou oanalista da NPD, Richard Shim.

De acordo com a IDC, mais de370 mil aparelhos foram vendidosnos três primeiros meses do anono Brasil - aumento de 351%sobre o mesmo período de 2011.

Nos cálculos da IDC, o Brasildeve fechar 2012 com a venda de2,5 milhões de aparelhos, ante800 mil do ano passado - alta de212,5%. Em 2010, foram 110 mil.Para a IDC, o Brasil apresenta taxade crescimento de vendas detablets maior do que a de note-books.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 4 de julho de 2012Esporte

Gabriel NegreirosGABRIEL NEGREIROS - [email protected] - twitter: @gabrielnegreiro

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Saldo zero. Esse é o rendimen-to do ataque alvinegro em um com-parativo direto com sua defesa. Atéagora o alvinegro marcou 12 golsna competição e sofreu o mesmonúmero. Em oito jogos disputados,a média é um pouco superior a umpor jogo, mas o rendimento doshomens de frente é o que tem maisdeixado a desejar neste início deSérie B. Não bastasse a falta deum companheiro ideal para ElionarBombinha, quando a competiçãocomeçou, depois da lesão do ata-cante ficou ainda mais difícil en-contrar os dois titulares para fina-lizar as jogadas.

Apreferência do treinador Már-cio Goiano tem sido por AndersonCosta. Porém, o pouco futebol apre-sentado parece ter esgotado não sóo torcedor, que já perdeu a paciên-cia há várias rodadas, mas tambémo próprio técnico. Ontem, o treina-mento do ABC foi voltado apenaspara finalizações e as possibilida-des de Anderson perder espaço éimensa. Porém, fica a dúvida, quemirá compor o ataque do ABC.

Apesar da grande quantidade deatletas disponíveis as opções não sãoas mais confiáveis. Ou então não ti-

veram oportunidades suficientes paramostrar futebol. Joelson vem entran-do em alguns jogos, mas ainda não

balançou as redes. Alvinho é prati-camente carta fora do baralho paraMárcio Goiano. Felipe Alves, nem

se fala. Enquanto isso, Washingtone Léo Gamalho seguem treinandoseparado do elenco e Adriano Par-

dal cumprirá suspensão pelo tercei-ro cartão amarelo. Uma das possibi-lidades e um nome praticamente

certo no setor é o de Éderson. "O professor ainda não definiu

nada, estou trabalhando forte, mesentindo bem e pronto para jogar.Espero poder atuar, fazer a minhareestreia no Frasqueirão, e, quemsabe, coroar minha volta com gols.Quero ajudar o ABC a conquistarum resultado positivo, que serámuito importante para nós", disseÉderson, que entrou na última ro-dada no decorrer da partida. Por terjogado duas temporadas no ABC, oatacante ressalta a importância doapoio do torcedor neste momento."Precisamos muito de um bom re-sultado no sábado, já que estamosvindo de uma derrota fora de casa.Uma vitória dará um novo ânimo aequipe e confiança para essa se-quência de jogos complicados queteremos. Por isso, a presença do tor-cedor será muito importante, nosincentivando em busca dos três pon-tos", completou.

Uma boa notícia para o ABC éo possível retorno do goleiro An-drey, que foi liberado pelo departa-mento médico do clube e fez treina-mentos específicos. Hoje o goleirovoltará a ser avaliado pelo DM antesde ser liberado em definitivo.

O atacante Éderson é peça praticamente certa para compor o time titular do ABCSem agradar o torcedor, Anderson Costa tem sido o preferido de Márcio Goiano

Márcio Goiano na busca do ataque ideal no ABC

Uma dor de cabeça a menospara o técnico Roberto Fernandes.O atacante Lúcio Curió deixou odepartamento médico e ontem trei-nou normalmente no time titular doAmérica. No campo do 16º Regi-mento de Infantaria, do ExércitoBrasileiro, mais conhecido como16RI, o América realizou mais umtreinamento ainda em busca de en-contrar soluções para os outros se-tores, já que o ataque segue muitobem. A dúvida principal ainda estána formação do miolo de zaga, quenão conta com Edson Rocha, sus-penso pelo terceiro Amarelo. Nomeio o volante Nata está confirma-do na vaga de Fabinho.

"Nos últimos quatro jogos tive-mos desfalques e isso é uma coisanormal na competição. Na zagatemos o Jorge Felipe, o Bruno e oZé Antônio, que não joga pelo ladoesquerdo e essa seria uma mudan-ça que modificaria muito o time, jáque eu teria que deslocar o Cléberpara o outro lado. Ainda existem asdúvidas no setor. No meio o nor-mal é que o Nata substitua o Fabi-nho", explicou o técnico RobertoFernandes.

Encontrar o substituto de Ju-nior Xuxa é questão de tempo. Éo que garante o treinador. "A cami-sa 10 vai ser solucionada com otempo. O próprio ritmo de jogo doRaphael e do Thiago Galhardo, quesão jogadores que jogaram poucoesse ano, era natural. Eles vão seencaixar com o passar dos jogos",completou Fernandes.

Sobre o treinamento no 16RI,Roberto Fernandes preferiu não serotular como "General" e explicouos motivos da saída do CT. "O Exér-cito é uma instituição que respeitoe que um dia já participei. Precisá-vamos poupar o nosso campo noCT pelas chuvas. Existe essa parce-ria e o gramado está em excelentescondições. Vamos treinar mais doisdias no CT e depois um dia no Na-zarenão para encerrar os preparati-

vos da semana", disse o treinador. Sobre o próximo adversário, o

CRB, Roberto Fernandes preferiuser cauteloso. "eu não me iludocom a posição do adversário na ta-bela. Exemplo disso é o Guarani.Sei muito bem o que é jogar con-tra um adversário que está na zonado rebaixamento e que joga emcasa na presença do torcedor. Os jo-gadores se doam ao máximo embusca de um resultado positivo e

sair da situação ruim na tabela",concluiu Fernandes.

SEM ÍNDIONa tarde de ontem alguns diri-

gentes do América confirmaram acontratação do atacante Índio, quese destacou no futebol baiano atuan-do pelo Vitória. O jogador não vinhasendo aproveitando no rubro negrobaiano e estava praticamente tudocerto. Porém, em nota oficial, o

América negou a contratação e disseque o momento é de procurar refor-ços em outros setores, o que tam-bém só acontecerá se o clube atin-gir a meta de sócios estabelecidapelo presidente Alex Padang.

"As negociações entre Américae Vitória-BAestavam bastante avan-çadas, mas pequenos detalhes im-pediram a concretização do emprés-timo do jogador. A comissão técni-ca do clube avaliou em conjunto

com a diretoria e concluíram queneste momento o América terá quepriorizar contratações em outros se-tores. O presidente Alex Padang,preocupado com o equilíbrio finan-ceiro do América, confirmou queirá condicionar novas contrataçõesao aumento do número de adesõesao programa Sócio Dragão. A metaatual do presidente rubro é chegaraos 4 mil sócios", diz a nota oficialdo clube.

O ataque do América está novamente completo. Lúcio Curió treinou normalmente e está confirmado A única dúvida de Roberto Fernandes é na formação da zaga. Jorge Felipe e Bruno são as opções

DEPOIS DE DESFALCAR O AMÉRICA NA ÚLTIMA RODADA DO CAMPEONATO BRASILEIRO, O ATACANTE LÚCIO CURIÓ ONTEM

TREINOU NORMALMENTE E ESTÁ CONFIRMADO ENTRE OS TITULARES PARA NO SÁBADO ENFRENTAR O CRB, EM ALAGOAS

O CURIÓ VOLTOUFotos: Wellington Rocha

OPORTUNIDADE ÚNICAÉ impossível fugir deste assunto

no dia de hoje. Corinthians e Boca Ju-niors decidem hoje o título da Liberta-dores da América. Em campo, a tra-dição do Boca contra o melhor time co-rintiano. Porém, esse filme a gente jáviu diversas vezes. É triste falar isso,mas é impressionante como os timebrasileiros tremem em decisões. É im-pressionante como somos fracos emo-cionalmente. Não sei se isso é bom ouruim. Fosse o povo brasileiro mais frioe calculista, os resultados seriam maisexpressivos. E não me refiro apenas aofutebol. Hoje o Corinthians faz o jogoda sua história. Oportunidade única.Quis o destino que fosse logo diantedo "bicho papão" da Libertadores.Antes disso, foi preciso passar pelatradição do Santos e a mística do algoz,Pelé. Antes do jogo, uma série de pro-gramas especiais sobre o Corinthians.Confesso que me passou uma pontade arrogância e até um espírito de "jáganhou", tradicional da imprensa pau-lista e seu ar superior. Em campo o Co-rinthians é mais time, mesmo jogan-

do futebol burocrático. Porém, na pres-são, nada vai ser comparável ao queos jogadores sentirão hoje. É precisovencer em casa, diante de milharesde torcedores, o maior vencedor dasAméricas e levantar um título jamaisconquistado em mais de 100 anos dehistória. É fácil tremer assim. O Corin-thians não é o Brasil na Libertadores,mas representa boa parte dele.

LÚCIO DE VOLTASem Lúcio o ataque do América

é apenas mais um regular desta SérieB do Campeonato Brasileiro. ComLúcio, é completamente diferente. Eleestá de volta e confirmado para o jogode sábado. Grande reforço. Tanto, queninguém se importa em quem será ocamisa 10 ou o companheiro de Clé-ber na zaga.

SOLUÇÃOTenho visto muita gente pedindo

o retorno de Leo Gamalho ao ataquedo ABC. Isso é o que eu chamo de"atitude desesperada". Elogiei em al-gumas oportunidades o futebol jo-

gado por ele no estadual, porém, areferência era extremamente frágil.Diante da inoperância de AndersonCosta e Joelson, do afastamento deWashington, do não aproveitamentopor lesão de Elionar Bombinha, LeoGamalho tem sido praticamente acla-mado. Eu ainda prefiro um ataquecom Éderson e Alvinho.

CORRIDAA corrida da Pague Menos trará

uma série de novidades para etapa deNatal. Além do chip descartável seráincluso o serviço de hotsite com buscade fotos da Midiasport. Durante todoo percurso são batidas milhares defotos. Os participantes podem visua-lizá-las e buscar suas fotos pelo nomeou número do peito, além de assistirseu vídeo de chegada. Quanto mais vi-sível o número do peito, mais fotosestarão disponíveis. Os participantespodem fazer download das fotos delese utilizar como papel de parede, com-partilhar nas redes sociais ou enviarpara os amigos por e-mail. As fotos es-tarão disponíveis no site da Pague

Menos: www.paguemenos.com.br/cir-cuitodecorridas. As inscrições para aetapa Natal estão quase esgotadas. Acorrida será dia 14 de julho. As últimasinscrições podem ser feitas em qual-quer farmácia Pague Menos ou pelo si-tewww.paguemenos.com.br/circuito-decorridas até o dia 06 de julho.

FUTURO NO LIXOO zagueiro Breno, ex-São Paulo

e até seleção brasileira, foi condena-do a três anos e nove meses de de-tenção por ter colocado fogo na pró-pria casa, na Alemanha, em setem-bro do ano passado. A decisão foirevelada hoje no Tribunal de Justiçade Munique pela juíza Rozi Datzmann,que considerou ter provas para con-siderar que o jogador provocou o in-cêndio de propósito. A pena é imedia-ta e o atleta seguiu direto para a ca-deia. A juíza decidiu encerrar o julga-mento alegando medo que Breno fu-gisse para o Brasil, já que está semcontrato com o Bayern de Munique.O advogado do jogador, Werner Leit-ner, tem uma semana para recorrer.

Page 16: FLIP 04/07/2012

> UFC

Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

Poder e futebol Poder e futebol nasceram do mesmo ventre ambicioso. Lem-

bro certa tarde de 1990, Palácio Potengi, ainda com a solenida-de de sua arquitetura e a mistura heterogênea dos seus habituês.Repórter policial, esperava o fim de uma audiência do Secretá-rio de Segurança Pública, falecido Coronel José Pinheiro Veiga,com o governador Geraldo Melo.

Procurava o secretário, uma figura agradável, tenista e torcedordo Alecrim, para saber novidades sobre o desaparecimento de umcomerciante de carros chamado Chico Barros, que sumira de suacasa sem deixar rastro. Só o da cobiça do filho, que muitos anos de-pois assumiria o assassinato por ganância, que não tem parentesco.O corpo foi enterrado nas proximidades de Natal.

A audiência do coronel Veiga demorava e fiquei lendo jornaisdo Sudeste na sala do Assessor de Imprensa, jornalista José WildeCabral. O Globo, o charmoso Jornal do Brasil, o Estadão e a Folhade São Paulo chegavam pelas quatro da tarde na banca de LaércioBezerrinha, a Tio Patinhas, na avenida Rio Branco.

Chamei um garçom que conheci no início daquele ano, ele sem-pre me tratando bem. Afinal, eu fazia parte da Assessoria de Impren-sa do "Governador", da qual saí para ficar no jornal e de redator numaagência de propaganda pois meu casamento estava marcado e pre-cisava aumentar o orçamento.

"Arruma uma aguinha aí, meu velho!", disse, enquanto passa-va a vista na coluna do Castelinho, a melhor do Brasil na pena e notino de repórter de Carlos Castelo Branco.

O garçom passou a um metro de onde eu havia sentado e, con-fesso, relaxava, até gostando do chá de cadeira do secretário. Nãopor culpa dele, mas do governador, um exigente. "Um aguinha aí,amigão", repeti. O sujeito permaneceu mudo. Perguntei o que é queestava havendo.

Esclareço que tinha 20 anos de idade e zero em malícia. Mas osangue começava a ferver. O garçom, sujeito alto e compassado, res-pondeu sem gracejos: "Aqui a gente só serve alguma coisa pro novogoverno, se quiser água, vá buscar na cozinha."

A ficha caiu. Era dezembro e, um mês antes, o candidato deGeraldo Melo, Lavoisier Maia, perdera a eleição para o sena-dor José Agripino, que seria empossado em março de 1991. Su-plício de quase quatro meses entre a cantiga da urna e a ocupa-ção do novo governo.

>>>Fui buscar água na cozinha e bem servido. Água gelada.

Tomei três copos. O coronel Veiga desceu quase às sete da noite.Havia novidades. Sangue de Chico Barros tinha sido encontra-do na casa dele. Ganhei o furo. Voltei ao garçom. "Um dia, a gentese pega de novo."

Menos de cinco anos depois, a convite profissional, retorno aoPalácio Potengi, para trabalhar com o governador Garibaldi AlvesFilho em sua Assessoria de Imprensa. Reencontro o garçom. Me ofe-rece uma água, sorridente e efusivo, adesista, radical adversário dogoverno que perdera e que ele bajulava. Disse-lhe: "Deixe que euvou buscar na cozinha, bem geladinha."

Convivemos como fantasmas. Eu cá, ele lá. Ainda houve o diaem que deixei o Governo e precisei de uma carona para chegar emcasa. O motorista que me servira cinco anos, por sinal apelidado deAlberi, longe de ser um craque, e a quem ajudei muito, se escon-deu para não me levar. Eu perdera o poder nenhum que tinha.

Poderia tê-lo demitido quando voltei, também por reconhecimen-to profissional, em 2003. Pensei nas seis filhas deles. Nos netos. Omantive, mas à distância, sem sequer cumprimentá-lo.

Na eterna sanfona de quem se mete a ocupar cargo público, tor-nei a sair em 2010, com apenas cinco solidários. Mais de 15 queindiquei ou apoiei prosseguiram. Teve gente que foi comigo e vol-tou, vergonhosamente.

Poder de palácio bom é sempre o próximo. Alguns ainda têm acara de pau de me procurar, mas é da natureza deles, quando opoder do qual são inquilinos ingratos, vai mal.

Futebol e poder são da mesma placenta. Comandei por seis anoso futsal do ABC e conquistamos 17 títulos. Saí com três sapatos,dois nos pés e um no traseiro. Foi em 2010, também. Da atual di-retoria, apenas Flávio Anselmo foi solidário comigo.

Flávio Anselmo nunca deixou de me atender, jamais reclamoude críticas, me deu informações quando precisei. Flávio Anselmo,o vice de futebol que vai embora sob aplausos ocultos de diversoscovardes, foi aquele que montou o time campeão da Série C. Deveter dado a mão a muita gente ingrata, também.

Por isso, agora é a minha hora de dizer a Flávio Anselmo queé assim mesmo, como um dia me disse o médico e ex-prefeitoEdmar Medeiros, de Jardim do Seridó, ao me ver chateado com umacovardia palaciana. É assim Flávio. Hoje foi você, como um dia fuieu e você teve a coragem do gesto.

RUBENS GUILHERMEAo acumular a presidência

com o departamento de futeboldo ABC, Rubens GuilhermeDantas parece assumir, de fato,o comando do clube. Vai para ofront, para a linha de fogo, ondesempre estiveram os que saírame assumiram desgastes. Pode seconsagrar. Ou não.

COMPROMISSOO presidente Alex Padang

promete cumprir a palavra e rea-tivar o futsal do América Fute-bol Clube em 2013, segundo temdito a interlocutores privilegia-dos. Resgatará o tempo perdidoe a história construída pelo ab-negado Arthur Ferreira.

ABCO ABC esqueceu e abando-

nou o futsal e deverá reviver seusdias vergonhosos de mais de 10anos sem ganhar títulos até aequipe de 2005 assumir, fazerhistória e ser humilhada. Essegrupo não volta nunca mais. Temamor-próprio. Deixou o clube na

Série A, montaram timeco quefoi rebaixado direto pra C.

MACHADINHOHoje, 4 de julho, dia de pres-

tigiar o jornalista, escritor e aca-dêmico João Batista Machado.Machadinho lança mais um livroàs 18 horas na Academia de Le-tras, Petrópolis. Política em Atose Fatos. Certeza de bom texto eanálise firme.

UPAUpa deve ser uma mulher

muito gostosa pra uma autorida-de constituída dizer, aos pala-vrões, para outra autoridade, emtelefone grampeado pelo MP."Que não largava nem com aP... de jeito nenhum." Upa, gos-tosa e rica.

TENSÕESO Corinthians deixou vazar

a venda do ótimo zagueiro Lean-dro Castán a Roma na vésperada final da Libertadores. Quehoje o Timão respeite o Boca,serpente fora de casa.

O clima esquentou de vezentre Anderson Silva e Chael Son-nen. A quatro dias da esperadís-sima revanche, os dois se encon-traram em uma entrevista coleti-va nesta terça-feira e tiveram queser separados pelos segurançasdo UFC na hora da encarada.

Durante toda a coletiva, An-derson Silva se mostrou bastantenervoso e irritado com as provo-cações de Sonnen. Como já fez no

passado, o brasileiro começou aresponder a todas as perguntascom apenas uma palavra. No fim,Spider se soltou e partiu para otrash talking. "Acabou a brinca-deira. Vocês não estão entenden-do o que está acontecendo. A brin-cadeira acabou. Chael, em outraspalavras, está ferrado", disse.

Sonnen não deixava pormenos em suas palavras. "Dia 07vai ser o funeral dele. Somente

no PPV o Sonnen, junto com aZuffa, vai trazer a carreira de An-derson Silva ao fim", começou."Trabalhamos em todas as áreas.Tudo tem que melhorar. Chaelde hoje, pode vencer o Chael dedois anos atrás. E o Chael de doisanos atrás massacrou este cara",completou.

Já havia ficado claro que a en-carada seria tensa. E assim foi.Anderson Silva partiu para cima

de Sonnen, esbarrou no norte-americano e começou a empur-rar o rival com o corpo. Os doisainda trocaram algumas palavrase tiveram que ser separados pelosseguranças do UFC. O chefãoDana White também entrou nomeio dos dois para tentar acal-mar os ânimos do brasileiro. En-quanto isso, Sonnen fingia nãoestar acontecendo nada demais eacenava para o público.

Clima quente para "luta do século"

> RALLY

O roteiro do Rally dos Sertões2012, enfim, deixou de ser segredopara os competidores. Pilotos, nave-gadores e chefes de equipe estive-ram presentes na noite desta terça-feira para o briefing da 20ª ediçãodo Rally dos Sertões. A prova teminício no dia 18 de agosto em SãoLuís (MA) e termina no dia 29 emFortaleza (CE).

No encontro, os competidorespuderam saber de todos os deta-

lhes sobre a 20ª edição do maiorrali do mundo disputado dentro deum único país, em apresentaçãoconduzida pelo diretor técnico daDunas Race, organizadora do Ser-tões, Du Sachs.

"Teremos neste ano um ralimuito técnico, duro, mas de extre-ma beleza visual", destacou Sachs."Em 12 anos trabalhando no Ser-tões, este foi o levantamento mais di-fícil que já fiz. Esta edição terá um

alto grau de dificuldade e algumasnovidades, como a realização deduas etapas maratona, o que torna ascoisas ainda mais difíceis para pilo-tos e navegadores", afirmou.

A prova deste ano terá 4.840quilômetros de extensão, dos quais2.296 são compostos por trechoscronometrados (especiais). "Tere-mos grande parte do rali em terre-nos arenosos, de grande dificulda-de, mas por outro lado os competi-

dores serão premiados com visuaisbelíssimos de caatinga, sertão e áreaslitorâneas", lembrou Sachs.

A região do Jalapão, que com-preende a porção nordeste do esta-do do Tocantins e sudeste do Mara-nhão, além da divisa com o Piauí,consta mais uma vez no roteiro dacompetição. É um dos trechos maistemidos pelos pilotos justamente porsua dificuldade, e por fazer parte deuma das etapas maratona.

Sertões terá 4.840 quilômetros

> MERCADO

Sem conseguir repatriar o ata-cante Thiago Ribeiro, que foi con-tratado em definitivo pelo Cagliari,da Itália, o Cruzeiro voltou à cargapara a contratação de Borges. O jo-gador tem vínculo com o Santos atédezembro e perdeu espaço recente-mente na equipe comandada porMuricy Ramalho.

O atacante já teria acordo ver-bal com a diretoria do Cruzeiro. Achegada do atacante à Toca da Ra-posa depende agora da liberaçãodo Santos.

A negociação do camisa 9 san-tista com a diretoria celeste pegou

de surpresa a cúpula alvinegra. Istoporque o time da Vila Belmiro ne-gociava a renovação contratual dojogador. Recentemente, o vice-pre-sidente do clube, Odílio Rodrigues,chegou a declarar que as negociaçõespara a renovação do vínculo de Bor-ges estavam adiantadas.

A seis meses do término do seucontrato, Borges já pode assinar umnovo vínculo com qualquer equipepara 2013. No entanto, a intenção dojogador é deixar o Santos imediata-mente. No Cruzeiro, ele terá maischances de atuar como titular no res-tante do Brasileirão.

Cruzeiro perto de acerto com Borges

O Corinthians entra em camponesta quarta-feira, às 21h50, no Es-tádio do Pacaembu, para enfrentaro poderoso Boca Juniors, naqueleque é considerado por muitos comoo mais importante jogo da históriado clube alvinegro. Será a chancede conquistar um título inédito -de forma invicta e incontestável -, acabar com a "maldição" de nãovencer torneios continentais e darfim ao sarro de rivais que pareceinterminável.

O Corinthians-2012 parece teraprendido a jogar o torneio que sem-pre foi sua obsessão. Com uma de-fesa invejável - são apenas quatrogols sofridos em 13 jogos e nenhu-ma derrota -, o time passou na faseeliminatória pelo campeão da Copado Brasil, o Vasco e pelo campeãosul-americano, o Santos. Semprecom emoção, à moda corintiana,mas com frieza.

Aseu favor, o Corinthians contacom os mais de 35 mil torcedoresque transformarão o tradicional es-tádio paulistano em um caldeirãode sentimentos que deixará todoscom o coração na boca e claro, naponta da chuteira dos jogadores. Oretrospecto como mandante tam-bém é favorável. Em seis partidasem São Paulo nesta edição do tor-neio, o Timão venceu cinco e em-patou uma, sofrendo apenas um gol.

o técnico Tite colocará emcampo a mesma formação que em-patou na Bombonera. O atacanteJorge Henrique, substituído no in-tervalo em virtude de dores na coxadireita, conseguiu se recuperar eestá confirmado. Caso ele apresen-te um problema de última hora, otreinador já revelou que Romari-nho ficará com a vaga. A formaçãoé a seguinte: Cássio, Alessandro,Chicão, Leandro Castán e FábioSantos; Ralf, Paulinho, Danilo e

Alex; Jorge Henrique e Emerson.Na semana de preparação para

o grande jogo, Tite deixou claroque não vai mudar a postura doseu time. O Corinthians vai seguirpreservando sua defesa. O técni-co deixou isso bem claro no trei-no da véspera da partida. A ordemé usar a pressão do Pacaembu parasufocar a saída de bola adversáriae envolver o adversário.

"Vai ter que ter tranquilidade.A gente sabe que eles priorizamisso mesmo, trabalham bem a bola,tocam. A gente vai ter que saberatacar e defender. Mas nós joga-mos sempre do mesmo jeito emcasa. Tem que tomar cuidado comcontra-ataque, estar bastante aten-to e ser inteligente", analisou omeia Danilo.

Do outro lado, o Boca Juniorsparece não se abalar com o trope-ço em Buenos Aires e confia emseu poderoso histórico de nove fi-nais e seis títulos, alguns deles con-tra brasileiros. Em quatro decisõescomo visitante, a equipe ficou coma taça em três: 2000 contra o Pal-meiras, 2003 diante do Santos e2007 frente ao Grêmio - em 77,bateu o Cruzeiro no terceiro jogo,disputado em campo neutro. Em2004, perdeu para o Once Caldas,na Colômbia.

O técnico Tite decidiu levartodos os jogadores do Corinthiansinscritos na Taça Libertadores daAmérica para a decisão. Após o trei-no desta terça, no CT JoaquimGrava, o treinador relacionou 25atletas para o duelo que vai decidirquem será o campeão do mais im-portante torneio das Américas. Estaé a primeira vez que a relação com-pleta é mantida para uma partida.Nos outros confrontos, o coman-dante sempre fazia cortes depois daúltima atividade preparatória.

É HOJE OU ...CHEGOU O TÃO SONHADO DIA PARA OS CORINTIANOS! DEPOIS DE DÉCADAS

DE DOLOROSAS DERROTAS E MUITA PROVOCAÇÃO DOS RIVAIS, O TIMÃO PODE

FINALMENTE CONQUISTAR A LIBERTADORES PELA PRIMEIRA VEZ EM SUA HISTÓRIA

O Corinthians mede hoje a noite a força da tradição do Boca em Libertadores. O time brasileiro tem campanha bem mais consistente na atual competição

Novo talismã corintiano, Romarinho deve mais uma vez figurar no banco de reservas. Técnico Tite usará o mesmo time da primeira decisão

Atacante Borges já tem acordo verbal com o Cruzeiro e espera liberação imediata

Fotos: Divulgação

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 4 de julho de 2012Cultura

Cultura HOJEcom Dani PachecoDANIELA PACHECO - [email protected]

CAFE DEL MAR TOUR 2012Depois da Above & Beyond e a Hed Kandi, a Praia Devassa será

palco de mais uma baladinha finíssima, o Cafe del Mar Tour 2012 -Natal Edition. O Café del Mar, conhecido por suas badaladas festassunset, na ilha européia de Ibiza, aporta em Natal no dia 7 de julhopara uma festa regada a muito chill-out e house music, com toda aestrutura que a Praia Devassa Beach Club tem a oferecer. No line-up,as feras DJ Hector Lopez (Espanha); DJ Rodrigo Ardilha (Residen-te do Café Del Mar Búzios) e mais atrações a confirmar.

E, POR FALAR...O Café del Mar é o bar mundialmente famoso localizado em Sant

Antoni de Portmany, Ibiza. Conhecido pelo seu pôr-do-sol espetacu-lar, chill-out e música. Foi fundado em 20 de junho de 1980. O vi-sual do bar foi projetado por um arquiteto catalão, Lluis Güell. Cen-tenas de turistas e habitantes locais se reúnem em frente ao café paradesfrutar a música relaxante, enquanto o sol desaparece lentamentesob o horizonte. Embora o Café del Mar situado em Sant Antoni dePortmany é, de longe, o mais famoso, o Café del Mar possui fran-quias em vários locais do mundo, incluindo bares, hotéis, e lojas.

CIRCUITO POTIGUAR DO LIVROCinco dias de festa literária. Isso é o que está programado para a 8ª

edição da Feira do Livro de Mossoró, que será realizada entre os dias 8e 12 de agosto, no Expocenter. A FLM pretende reunir mais de 70 milvisitantes durante a sua realização. O evento abre o Circuito Potiguar doLivro, que ainda conta com a Feira do Livro do Seridó, que vai aconte-cer em Caicó, no período de 20 a 22 de setembro, e a Feira do Livro eQuadrinhos de Natal, de 23 a 26 de outubro, no Campus da UFRN.

Alguns convidados já estão confirmados na FLM, entre eles: o jor-nalista e escritor, Lira Neto; a filósofa, Márcia Tiburi (foto); o desenhis-ta, Geraldo Borges e o cordelista, Izaías Gomes. Outros nomes estão sendoconvidados, e serão confirmados até o próximo dia 15, quando será li-berada a programação completa da Feira.

ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORESO presidente da União Brasileira de Escritores do

RN Eduardo Gosson avisa que o V Encontro Potiguar

de Escritores - V EPE acontecerá na última semana de

Outubro, de 29 a 31 de 2012, no auditório da Academia

Norte-Rio-Grandense de Letras.

HOJEGibiteca, espaço para leitura de HQ, contação de histórias, ofici-

na "Crie seu gibi" e exibição de vídeos com personagens dos quadri-nhos garantem a diversão da criançada, hoje, das 14h às 20h, na Praçade Eventos do Norte Shopping. A entrada é gratuita. Informações:3674 8200.

MANUAL DAS ELEIÇÕESO juiz Jarbas Bezerra e a advogada e servidora da justiça elei-

toral Lígia Limeira (foto) lançam nesta quinta-feira, dia 5, às 19h,na livraria Saraiva (antiga Siciliano), no Midway Mall, a 5ª ediçãodo "Manual Prático das Eleições". O livro traz comentários à Lei9.504/97, a chamada Lei das Eleições, sob a ótica das resoluçõeseditadas nos últimos dois anos pelo Tribunal Superior Eleitoral.

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

“Neste livro reúno artigos e perfis de políticosbrasileiros. Acredito que é um retrato do quadro po-lítico do país onde abordo também os aspectosamorais nas três esferas de governo: o executivo,o legislativo e o judiciário. Escolhi esse momentopré-campanha eleitoral para lançar esse livro paraque as pessoas possam conhecer um pouco maissobre esse tema e quem sabe contribuir de certaforma para que possam analisar melhor cada can-didato e assim dar uma baixa significativa nos cor-ruptos e nos incompetentes que hoje em dia man-dam no Brasil”, declara o escritor e imortal JoãoBatista Machado.

Machadinho, como é chamado carinhosamen-te por quem o co-

nhece,

lança nesta quarta-feira, dia 4, o “Política em atose fatos”, a partir das 18h na Academia Norte-rio-grandense de Letras, localizada à Rua Mipibu, nº443 em Petrópolis. Trata-se de uma coletânea deartigos abordando temas relativos ao momento po-lítico nacional e à crise moral instalada nos trêspoderes da República. O livro tem apresentação dePaulo Tarcísio e prefácio de Roberto Guedes.“Quando terminarem de ler "Política - Atos eFatos", vocês compreenderão porque este livro mesurpreendeu tanto, e tão agradavelmente, quandodevorei todas as suas letras, linhas e páginas”, re-gistrou Guedes.

O jornalista conta que “por conta de tanta cor-rupção e safadeza no cenário político brasileiro osjovens brasileiros empreendedores e qualificadosnão querem se dedicar à política. Porque não que-rem vincular seu nome e sua imagem a um segmen-to tão manchado. E assim abrem espaço para os pi-lantras, aproveitadores e oportunistas. Agora, issotambém é inadmissível em um país que a econo-mia está dando certo. Se a classe política continuarassim o Brasil não vai pra frente”.

O jornalista João Batista Machado iniciou suasatividades profissionais na década de 60, na Tri-buna do Norte, depois trabalhou no Diário de Natale foi correspondente do jornal O Globo no RioGrande do Norte. Assumiu a Secretaria de Impren-sa do governo do Estado, na administração do go-vernador Tarcísio Maia e na gestões de José Agri-pino Maia, Radir Pereira e Vivaldo Costa. Atual-mente é coordenador de Comunicação Social doTribunal de Contas do Estado.

E, recentemente foi eleito imortal da ANL.“A minha candidatura foi sugestão dos amigos:

Sanderson Negreiros, Valério Mesquita, VicenteSerejo, Cláudio Emerenciano, padre João Medei-ros Filho, Ticiano Duarte, afora o apoio de cole-gas como Cassiano Arruda e Woden Madruga, queincentivaram o meu nome ao posto. Todos esses fi-zeram minha campanha. E aceitei até porque avaga foi de um professor meu de Mossoró, João Ba-tista Cascudo Rodrigues.

Este é o décimo livro sobre a política do RioGrande do Norte de Machadinho. “Diferente dos ou-tros esse livro é mais geral. Não é somente sobre apolítica do RN, escrevi alguns perfis políticos, comoexemplo o de Tancredo Neves, Itamar Franco, domEugênio Sales, entre outros”, conta o imortal.

Na definição erudita de Nicolau Maquiavel,autor de O Príncipe, entre outras obras “política éa arte de conquistar e manter o exercício do poder”.

Na opinião de Alceu de Amoroso Lima “é a ciên-cia moral e normativa do governo da sociedadecivil.” Machado diz que, “comparando-se as defi-nições existe grande distância entre conceito e prá-tica. O poder vicia e corrompe. Sem contar, a ques-tão da impunidade, o próprio sistema penal incen-tiva a criminalidade. É preciso urgentemente revero código penal de 1940 que está completamente ob-soleto. A mudança tem que ser séria e dura. E,assim se algum político pensar em fazer qualquertipo de falcatrua terá que ter a certeza de que so-frerá punição se for pego”, desabafa.

Outro ponto que o jornalista lembra é que “opovo brasileiro já está mais atento a isso. Pelofato de não agüentar mais tanta corrupção. EmSão Paulo já estão queimando até ônibus. Semcontar as manifestações públicas que pipocam poraí. A população quer transparência e honestidade.Prova disso é a Lei da Ficha Limpa, que consi-dero ser uma das maiores conquistas da Repúbli-ca nos últimos anos”.

No livro “Política em atos e fatos” o leitor po-derá encontrar nas suas 311 páginas, mais de 100textos, entre artigos e perfis, vai se deparar numverdadeiro registro histórico do Rio Grande doNorte. O próximo projeto literário Machadinho játem em mente. “Será sobre as minhas memórias po-líticas. Será o meu décimo primeiro e será o meucanto do cisne”.

E, como o momento é bem oportuno, ao serquestionado sobre a campanha eleitoral que estáprestes a começar, Machadinho disse, “acredi-to que a campanha deste ano vai ser um poucomais democrática, acho inclusive que a demo-cracia é salutar, e como otimista que sou, acre-dito que o nível pode até melhorar. Afinal, já estáacontecendo no país inteiro uma assepsia noquadro político. Aliás, sou otimista, mas, tam-bém sou observador”.

Jornalista João Batista Machado lança livro

reunindo artigos e perfis de políticos hoje à noite,

na Academia Norte-rio-grandense de Letras

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Page 18: FLIP 04/07/2012

Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012 Cultura

Canal 1POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery/[email protected] / http://twitter.com/flavioricco

Leão 22/07 a 22/08Clima astral variável, bom praengatar projetos de cunhosocial, idealistas e ligados a

grupos humanos. Está neutro para osassuntos familiares e pessoais. Façamenos esforço para obter o que deseja.Pense bem antes de ser impaciente.

Virgem 23/08 a 22/09Clima astral variável, bom praengatar projetos de cunhosocial, idealistas e ligados a

grupos humanos. Está neutro para osassuntos familiares e pessoais. Façamenos esforço para obter o que deseja.Pense bem antes de ser impaciente.

Libra 23/09 a 22/10Marte, planeta da luta pelavida e da guerra, começahoje seu transito por seu

signo, elevando sua impulsividade.Mais suscetível, impulsivo, sensívela criticas, você tende a atrair pro-blemas. Seja mais seguro, firme eobjetivo.

Escorpião 23/10 a 21/11A novidade de hoje é aentrada de Marte - seu

regente - no signo anterior ao seu,pedindo um tempo de descanso, paraque possa finalizar tarefas, tanto con-cretas quanto pagar dívidas emocio-nais e resgatar a paz psíquica.Discrição.

Áries 21/03 a 20/04Seu planeta regente Marte entraagora no diplomático Libra,sinalizando confrontos com

parceiros, sócios e clientes. Você estaránas mãos deles, que estarão menosseguros e contemporizando decisões.Escolha bons parceiros.

Touro 21/04 a 20/05A mudança astral de hoje ficapor conta do planeta da com-batividade e da luta pela vida.

Em Libra, signo de diplomacia, o planetaaponta o paradoxo de ser um impulso deluta num signo de paz. Movimentará suaárea de saúde e trabalho.

Gêmeos 21/05 a 20/06Os astros estão se movi-mentando em nova direçãoagora. Para você, a maioria

deles assinala um período de criati-vidade maior, inspirações claras. Asaúde poderá exigir mais cuidados.Amigos estarão ao seu lado dandoforça agora.

Câncer 21/06 a 21/07Marte em Libra começa adinamizar a área familiar a

partir de agora. Conte com alguns per-calços, devido a pessoas que poster-gam, enrolam, tudo para não entrar emconfronto, que é necessário e saudá-vel. Altos e baixos na intimidade. énecessário e saudável.

Sagitário 21/11 a 21/12Clima astral variado e variávelpara você - boas noticias doparceiro, as coisas andam bem

com ele e dele so noticias boas. Já no tra-balho, pendências não resolvidas come-çam a atrapalhar seu desenvolvimentoprofissional, cuide disso.

Capricórnio 22/12 a 21/01Se tudo andava um tanto para-do demais para o seu gosto naárea profissional, prepare-se

para enfrentar contendas e rivalidades.Marte vem chegando em Libra, e seuautocontrole será testado com chefes eautoridades em geral.

Aquário 21/01 a 19/02Vênus e Júpiter emGêmeos enviam ótimas

vibrações de amor e afetividade pravocê cur tir bem a área amorosa,viajar e ser feliz com quem ama.Cursos e estudos estão em primei-ro plano! Boas conversas. Notíciasanimadoras.

Peixes 20/02 a 20/03Certa irritação vaga e pro-blemas de saúde nestesprimeiros dias do transito

de Marte em Libra. Você não estáacer tando o passo entre idealismoe ação - é preciso conjugar tudoisso com calma! O amor precisa demais atenção e carinho.

CINEMA

HORÓSCOPO

PARA ROMA COM AMOR(12 Anos)MOVIECOM 1 – Hora: 14:20 /16:40 / 19:00 / 21:20CINEMARK 5 - Hora:16:40 /19:10 / 21:40

E AÍ, COMEU? - (16 Anos)MOVIECOM 2 – Hora:15:00 /17:10 / 19:20 / 21:30CINEMARK 3 - Hora: 12:30 /15:00 / 17:30 / 19:50 / 22:10CINEMARK 5 - Hora:11:30 /14:10

PROMETHEUS - (14 Anos)MOVIECOM 3 – Hora:21:40CINEMARK 6 - Hora: 21:50

MADAGASCAR 3 - (Livre)MOVIECOM 3 - Hora:13:35 /15:35 / 17:35 / 19:35CINEMARK 7 - Hora: 11:40 /14:00 / 18:30CINEMARK 7 - Hora: 16:10

A ERA DO GELO 4 - (Livre)MOVIECOM 4 - Hora:14:00 /16:10 / 18:20 / 20:30MOVIECOM 6 - Hora:14;40 /16:50 / 19:00 / 21:10MOVIECOM 7 - Hora:15:20 /17:30 / 19:40 / 21:50CINEMARK 1 - Hora:12:40 /15:20 / 18:00 / 20:20; Hora: 22:50(Sáb)CINEMARK 2 - Hora:11:20 /13:50 / 16:20 / 19:00; Hora:

23:50 (Sáb)CINEMARK 2 - Hora: 21:20CINEMARK 6 - Hora: 12:10 /14:30 / 17:10 / 19:30

SOMBRAS DA NOITE - (14Anos)MOVIECOM 5 – Hora:14:45 /17:05 / 19:25 / 21:45CINEMARK 4 - Hora: 13:00 /15:40 / 18:20; Hora: 23:30 (Sáb)

OBS: A aprogramação pode seralterada sem prévio aviso.Favor consultar o cinema paraconfirmar o filme do dia.

Divulgação

Cena do filme “Para Roma com Amor”

BATE-REBATE

TV - TUDO>>

w ESTREIA ANTECIPADAO SBT antecipou em uma sema-na, para o dia 11, quarta-feira dapróxima semana, a estreia de “OMaior Brasileiro de Todos osTempos”, com apresentação deCarlos Nascimento, em 13 edi-ções.O programa será exibido na faixadas 11 da noite, logo depois do“Cante se Puder”.

w TEM UMA COISASilvio Santos abriu mão da apre-sentação do programa e tambémse excluiu da disputa, entenden-do que não deveria participar deum concurso promovido pela suaemissora.Todos os votos em seu nomeforam anulados. Ainda assim nãoforam poucos.

w UM POUCO DEMAISA Record tem que sossegar umpouquinho com as mexidas na suaprogramação.Levantamento feito recentemen-te indica que a novela “Rebelde”já mudou de horário mais de 50vezes.

w ESTÁ MARCADOO SBT vai esperar o mês do seuaniversário, em agosto, para pro-mover a estreia do novo progra-ma da Patrícia Abravanel nas noi-tes de sábado. Isso tá certo.

O título é que ainda não foi deci-dido. Está em discussão.

w NEYMAR NA RECORDA Record conseguiu autorizaçãojunto a assessoria de imprensa doSantos, que disponibilizou o CTdo clube para a gravação de umachamada com o jogador Neymarpara a Olimpíada.Paulo Henrique Ganso, seu com-panheiro de clube, também parti-cipou dos trabalhos.

w MARATONABENEFICENTEO SBT e a AACD irão realizarnos dias 9 e 10 de novembro,sexta e sábado, a 15ª edição do“Teleton”.Padrinho da campanha, o cantorDaniel fará gravações para o pro-grama já a partir deste mês. HebeCamargo, outra figura importan-te, se estiver em condições, cer-tamente estará no evento, duran-te a abertura e no encerramentocom Silvio Santos.

w NÃO CUSTA NADAA Record está certa em solicitarmaior participação dos seus ar-tistas nos eventos e programas dacasa. Alguns, mais resistentes,continuam se recusando a isso,ao contrário do que acontece nasemissoras concorrentes.A maior resistência, dizem, partedo pessoal das novelas.

COQUETEL DE APRESENTAÇÃOMarília Gabriela, Lola Melnich, Karyn Bravo e CelsoPortiolli, representando a cabeça de rede, partici-

pam hoje, quarta, em Fortaleza, de um coquetel pro-movido pela nova afiliada do SBT, a Nordestv.

Aliás, todo o trabalho fotográfico do evento ficarásob a responsabilidade de Luizinho Coruja, profissio-

nal dos mais respeitados, que fixou residência nacapital cearense.

w Daniela Albuquerque, depoisdo Jornalismo, está se forman-do em teatro. Os exames deconclusão começam amanhã.w É uma coisa impressionante.Agora estão usando o nome doGugu e do programa dele, comreceita de emagrecimento. Nãocaia nessa. É golpe.w Bandeirantes está intensifi-cando as chamadas do “Con-versa de gente grande”, novoprograma do Marcelo Tas.w Não está nada tranquilo obastidor do ”Saturday NightLive”, da Rede TV!. As diver-

sas “trombadas” dos últimosdias ainda podem ter piores con-sequências.w Teledramaturgia da Recordtrabalha a toque de caixa paraestrear a novela de Gisele Jorasainda em meados de outubro.w Américo Martins, superinten-dente de Jornalismo e Esportes,reassumiu as suas funções de-pois de alguns dias de férias.w A propósito de Rede TV!, opresidente do Comunique-se,Rodrigo Azevedo, ontem visitouas instalações da emissora e al-moçou com a sua direção.

Div

ulg

ação

SB

TGlobo e Televisa têm modelosdiferentes de parcerias

Globo e Televisa, além de líderes no mercado de exportação, hoje se des-tacam especialmente em coprodução de novelas, com um novo modelode negócio praticado com intensidade nos últimos anos.Se por um lado a Globo mantém acordos com SIC, Azteca e Telemundo,por outro, a Televisa tem como parceiras a Univisión, Sony PicturesTelevision e Record, no Brasil.A divisão de vendas e lucros é similar, mas a diferença entre as duas estános valores fechados pelo licenciamento do texto e nas adaptações.A Televisa vende o texto fechado e permite, ao comprador, fazer as inter-ferências que achar necessário. Já a Globo, oferece ao mercado um catá-logo formado por cerca 250 títulos, mas as adaptações feitas são restritase devem se aproximar apenas da cultura local.

w VIA INTERNETFausto Galvão em agosto, eRenê Belmonte em setembro,irão ministrar um curso de rotei-ro online e ao vivo, para interes-sados em aprender técnicas deescrever novelas, minisséries efilmes. Os autores já receberaminscrições inclusive de outrospaíses, como o Japão.

w JOGO LIBERADODepois de muitas horas de inten-sas e até nervosas negociações,a Globo acabou liberando paraa Bandeirantes a transmissão dojogo Palmeiras e Coritiba, nestaquinta-feira, pela final da Copa

do Brasil.A Band vai com equipe comple-ta. Todos os principais narrado-res, comentaristas e repórteres.Pretende fazer desta coberturaum acontecimento.

w SÉRIE ESPECIALO canal Globo News preparauma série especial para o “Ar-quivo N”, que irá ao ar em agos-to. Em quatro edições, prestaráhomenagens aos “setentões damúsica”.Caetano Veloso, Gilberto Gil,Milton Nascimento e Paulinhoda Viola terão suas histórias etrajetórias contadas no programa.

w C´EST FINIAlgo até natural, devido ao fato de um ter participado do progra-ma desde o início, e do outro ter chegado somente agora.Mas a verdade é que vários profissionais do “Ídolos” sentem sau-dades do Rodrigo Faro, que era totalmente integrado ao grupo.Marcos Mion tem seu trabalho elogiado, mas mantém uma distân-cia regulamentarEntão e isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 4 de julho de 2012

Cidade

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ROBERTO CAMPELLO

REPÓRTER

Nos primeiros seis meses doano, quase 20 mil casos suspeitosde dengue já foram notificados pelaSecretaria de Saúde Pública do RioGrande do Norte. Os últimos dadosapresentados pelo Programa deControle da Dengue são referentesà Semana Epidemiológica 24, quecorresponde até o dia 16 de junhodeste ano. São 19.486 casos suspei-tos de dengue em todo o Estado,com 5.154 casos confirmados. Se-tenta e nove municípios apresentamalta incidência da doença. Natal li-dera esse ranking com 7.257 casos.Bairros como Alecrim, Felipe Ca-marão e Potengi são os que concen-tram os maiores índices da doen-ça. Mossoró, com 1.451 casos sus-peitos, Parnamirim (1.043), JoãoCâmara (728) e Ceará Mirim (595)são os municípios que apresentamos maiores números de casos sus-peitos.

A Secretaria Estadual da SaúdePública (Sesap) divulga semanal-mente o boletim. No mesmo perío-do do ano passado, o RN registrou13.925 casos suspeitos, sendo4.515, o que representa um aumen-to de 89% no número de casos no-tificados no Estado.No primeiro se-mestre de 2012, o Rio Grande doNorte já apresenta, até o momen-to, 35 óbitos suspeitos de dengue,mas apenas seis foram confirma-dos, oito foram descartados e 21aguardam confirmação. O grandeproblema é que o alto índice de le-talidade, de 3,64%, contra 3,44% domesmo período do ano passado,quando o aceitável pelo Ministérioda Saúde é abaixo de 1%.

"Percebemos que este ano o nú-mero de notificações é um poucomaior que o ano passado e que o nú-mero de casos de Febre Hemorrá-gica de Dengue (FHD), a denguehemorrágica vemos ela se repetin-do mais pela possibilidade de rein-fecção, já que temos o sorotipo qua-tro circulando livremente. Hoje apessoa tem a possibilidade de terquatro tipos da doença. A reinfec-ção é um indicativo da dengue he-morrágica e vemos este ano queesse número está crescendo. Temosum olhar mais criterioso este ano,por conta do D4, que aumenta onúmero de morbidade e mortalida-de. São dois anos semelhantes. Doisanos endêmicos que a diferençaestá no aumento no número decasos de FHD", afirma a subcoor-denadora de Vigilência Epidemio-lógica da Sesap, Juliana Araújo.Ela conta que dos 167, seis muni-cípios não repassaram as informa-ções. "Não podemos trabalhar emcima daquilo que não estamosvendo", afirmou.

Juliana Araújo explicou quedesde a introdução do vírus no Es-tado, há quinze anos, é comum vi-vermos ano epidêmicos e não epi-dêmicos, mas que 2011 e 2012foram considerados anos de epi-demia da doença no RN. "A rein-trodução de um sorotipo novo noano passado, que circula esse anoe as pessoas todas susceptíveis aesse sorotipo faz com que passemosnovamente pelo processo de umano epidêmico", disse. O que ca-racteriza o ano epidêmico é o nú-mero de casos da doença.

"Temos um número esperado,através de estatística e quando o

número de casos da doença ultra-passa aquele limite é consideradoum ano epidêmico. Esse ano, jáentramoso início do ano com limi-te lá em cima, o que caracterizouum ano epidêmico. Quando estádentro do limite estamos vivendoa endemicidade, a doença dentrodos padrões, não é nem normal,pois o normal era nem ter", afirmaa subcoordenadora de VigilânciaEpidemiológica da Sesap.

A partir do momento que se de-tecta que o Estado está em um anoepidêmico de dengue, Juliana Araú-jo explica que há uma politica di-ferenciada de combate, mas a utili-zação do carro fumacê se não for emano epidêmico, em situação de surto,caracterizado como surto em algunsmunicípios, não é utilizado. No en-tanto, a prevenção não muda, poisdesde que a doença foi inserida,tem-se padrões de critérios para omosquito se desenvolver.

"Nós temos um clima favorá-vel, temos uma intermitência deágua em nosso estado, ou seja, amaioria dos municípios não chegaagua todos os dias, temos uma co-leta irregular de lixo que tambémpropicia os criadores. Temos ospontos para desenvolver a doençano Estado. Não vai ser possível de-belar 100% a doença, mas conse-guimos manter o nível aceitável etrabalhamos com isso todos osanos, com capacitação de profissio-nais de saúde, os agentes de ende-mias como prioridade, pois quere-mos eliminar a base do problemaque são os focos. Pois se não in-vestirmos nos agentes de endemias,correndo o risco de ter que inves-tir em coisas mais onerosas para oEstado, que é a UTI. Trabalhamos,enquanto vigilância, nas ações quepossam evitar esse custo para a po-pulação, e evitar as mortes total-mente evitáveis, pois o tratamen-to, muitas vezes é simples e debaixo custo.", explicou a subcoor-denadora.

Juliana Araújo conta que a as-sistência preventiva ajuda bastan-te o trabalho da vigilância epide-miológica. "No momento em quechega para a vigilância de um mu-

nicípio que há pelos três casos sus-peitos de dengue em um determi-nado bairro, tem que cair em camponessa região com ações educati-vas, com os agentes de endemias,trabalhando no foco com larvicida,e se precisar, que é o último meioa ser utilizado, o inseticida", disse.

Segundo a subcoordenadora daSesap, para que possa ser feito umtrabalho eficaz e com resultadospositivos é necessário que o gestorentenda a dengue não apenas comoproblema de saúde. O gestor domunicípio precisa se empenhar eentender a importância da preven-ção no combate a dengue.

"É um trabalho conjunto, e sea intersetorialidade não funcionar na

dengue, não conseguimos impactarno doente nem na redução do nú-mero de casos da doença. A inter-setorialidade é o gestor ter a cons-ciência de que dengue não é só umproblema de saúde. A dengue é umproblema de gestão e de priorida-de de governo. Se investir só nasaúde para trabalhar a dengue, nãovai conseguir impactar na reduçãode casos. Tem que trabalhar uma co-leta seletiva e regular de lixo nomunicípio, tem que trabalhar coma educação, alimentando a cons-ciência do estudante desde o iní-cio, trabalhar com as empresas quesão responsáveis pela distribuiçãoda agua no município. Infelizmen-te ainda é muito aquém do que que-ríamos que funcionasse. O papel

do estado não é executor e apenasorientando quem executa", destacaa subcoordenadora.

Juliana Araújo disse que um dosgrandes problemas enfrentados nocombate a doença é a questão dafalta de conscientização da popu-lação. Para ela, alta complexidadeé conseguir mudar a consciênciadas pessoas. "Se não investirmosna saúde básica, na atenção primá-ria. Precisamos mudar a consciên-cia de que alta complexidade estána atenção primária, que é uma ca-minhada, uma mudança na quali-dade de vida, um medicamento debaixo custo. Esse é um trabalho deformiguinha, que vai ser impacta-do em longo prazo. E só com oapoio de dois pontos chaves. A ges-tão na consciência de que o inves-timento é na prevenção e a popula-ção de ter a consciência de que mui-tas doenças são de responsabilida-de delas mesmas e o município quedê a ela uma atenção à saúde bási-ca de qualidade", destaca.

"Ou vamos impactar estam-pando nos jornais que o problemada saúde é na atenção primária, ouvamos continuar dizendo que oproblema é por falta de UTI. Hojehá falta de UTI porque a atençãobásica não funciona. As pessoasestão precisando hoje é de aten-ção básica. E a dengue está nessecontexto. A Secretaria de SaúdePública do Estado orienta a popu-lação para manter os cuidados bá-sicos e ações de rotina para con-ter o avanço da epidemia de den-gue no Rio Grande do Norte. Lim-par os quintais, fazer a higieni-zação de cozinhas e banheiros,não deixar embalagens e pneusexpostos à chuva e o sol, evitar aágua parada onde o mosquito dadengue se reproduz, além de nãodeixar caixas d'água descobertassão algumas medidas que têm umforte efeito preventivo. Umatampa de ovo é um criadouro po-tencial, uma tampa de garrafatambém é um criadouro poten-cial, pois pode alojar milhares delarvas do mosquito. Não temoutra. Juntou água, tem que eli-minar", explica Juliana Araújo.

Apesar de liderar os índices denotificações dos casos de dengue noestado, o carro fumacê não seráusado em Natal até setembro. Se-gundo a subcoordenadora de Vigi-lância Epidemiológica, JulianaAraújo, a Secretaria Estadual nãovê "nesse momento nenhum crité-rio para utilizar o carro fumacê". Omotivo é a utilização recente, emmarço, do mesmo artifício para ten-tar conter o aumento de casos dedengue na capital. Juliana afirmaque, por questões técnicas, somen-te a cada seis meses é indicado uti-lizar o fumacê. Na Região Metro-politana de Natal, apenas Parnami-rim está com os carros fumacê nasruas. Mais quatro municípios doEstado, Grossos, Acari, Carnaúbasdos Dantas e Parelhas, também uti-lizam o inseticida.

"A utilização do carro fumacêé uma medida paliativa. É a últimamedida a ser tomada e quando uti-lizamos temos certeza que houvefalha na prevenção, pois ele matao mosquito adulto, mas não vai im-

pactar naquele que está nascendo.Tem que ter a consciência da utili-zação do inseticida. O carro só vaipara uma determinada região quan-do existe coleta de sorologia, con-firmando que o paciente está doen-te de dengue. Então, tem-se a inci-dência confirmada por exames la-boratoriais e quando essa incidên-cia esta não apenas no bairro e simna cidade. Tem os critérios, masnão vai haver negativa por parte doEstado para os municípios que pre-cisarem, mas não podemos liberarpara todo mundo que pede. Na ver-dade, nem em todos os anos epidê-micos vamos ver os carros circulan-do", explica Juliana Araújo.

O intervalo para utilização docarro fumacê é necessário para evi-tar que o mosquito transmissor dadengue se torne resistente ao inse-ticida. De acordo com Juliana Araú-jo, o Governo Federal acompanhade perto a liberação do inseticida,que é controlada diretamente pelaSesap. Outro fator é o aumento donúmero de casos. É preciso haver

uma "curva ascendente" no gráfi-co desse aumento, ou seja, a quan-tidade de novos casos precisa estarcrescendo continuamente para quese utilize o carro fumacê. "A ten-dência que se vê em Natal é de di-minuição desse número", apontaJuliana.

Há uma distinção que precisaser feita. Embora o carro fumacênão possa ser utilizado num inter-valo menor que seis meses, o Mu-nicípio pode usar o inseticida embombas portáteis, aplicado pelosagentes de endemias. "A bombaportátil é usada de forma mais fo-calizada, somente nos locais comalta incidência", explica a subcoor-denadora de Vigilância Epidemio-lógica.

Em anos anteriores, a presençados carros fumacê pelas ruas da ci-dade era mais frequente. JulianaAraújo explica a necessidade da uti-lização do inseticida. "O impactomomentâneo é essencial. Percebe-mos que a curva de casos decrescedepois que o carro passa, mas é um

impacto momentâneo e se trabalhar-mos apenas o carro fumacê e esque-cermos as outras ações, como erafeito anteriormente, que se achavaque o carro era a única forma deacabar com a doença. Mas come-çou a se notar a resistência do vetora esse inseticida. Ficou num cicloque se ficássemos usando indiscri-minadamente como era usado ante-riormente, chegaríamos num pontoem que não teríamos mais nem apistola para atirar. Era jogando aguadiante da resistência que o mosqui-to vem adquirindo", disse.

O tempo da larva para o mos-quito é de sete dias e como o inse-ticida afeta apenas o mosquito nafase adulta. "Não existe a resoluti-vidade total do problema, e simpontual. Naquele momento que sedetecta o surto, o carro fumacê é im-portante, mas uma importância mo-mentânea. As pessoas cobram muitoo carro fumacê, mas estão preocu-padas com a prevenção diária. Aconsciência ainda precisa mudarmuito", afirma Juliana Araújo. (RC)

Carro fumacê só deve ser usado em último caso

Quase 20 mil casos suspeitos de dengue em 6 mesesALECRIM, FELIPE CAMARÃO E POTENGI SÃO OS BAIRROS DE NATAL QUE MAIS CONCENTRAM ÍNDICES DA DOENÇA

Juliana Araújo acredita que deve ser impactado, estampando nos jornais, que o problema da saúde é na atenção primária

“Não tem outra.Juntou água, tem

que eliminar”

JULIANA ARAÚJO

SUBCOORD. DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

DA SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE PÚBLICA

Heracles Dantas

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O homenageado de hoje é Car-los Alberto Liberato, o Carlito. Elenasceu em Natal, no dia 8 de no-vembro de 1938. Primogênito deTeófilo Liberato e Luzia Melo Libe-rato, que tiveram onze filhos. Aoconcluir o 2º grau foi morar em Re-cife, para cursar Engenharia Civilna Escola Politécnica. Da turmade 1965, Carlito retornou para oRio Grande do Norte no mesmo anopara assumir o cargo de engenhei-ro no Departamento de Estradas eRodagens, em Mossoró, e maistarde, já em Natal, atuou em ou-tras regiões do Estado. Ele se des-tacou como executivo em Constru-ção Rodoviária e Obras Civis degrande porte. Desligou-se do DERem 1974 e foi trabalhar para a UEB(hoje indústria têxtil Coteminas)gerenciando obras da Esparta, In-carton e Seridó em São Gonçalodo Amarante. Também participou daconstrução do Hotel do Ducal, nocentro de Natal. Em 1979 começoua trabalhar por conta própria, ge-renciando a construção da fábricada Porcelana Beatriz e Louzani emMacaíba. Dedicava-se, com muitaconstância, a sua fazenda Itapitan-ga, em São Gonçalo do Amarante,que sempre foi sua grande paixão.

Carlito faleceu no dia primeirode junho de 1988, deixando a viúvaVera, o filho único Carlos Alberto,a nora Sylvia e os netos CarlosEduardo e Guilherme.

IRMÃO AMIGOCarlito nasceu para fazer amigos.

Estudando no Recife, suas fériaseram uma festa para todos nós. Sem-pre acompanhado dos amigos da fa-culdade e dos familiares, ele trans-formava a Fazenda Itapitanga numverdadeiro festival de alegria. Eleera querido por todos! Nada pode-ria ter impactado tanto a minha vidaquanto a notícia da doença que ovitimou. No primeiro momento aesperança, depois a realidade. Só aunião da família, redobrada pelaforça dos seus admiráveis amigos(que se multiplicavam a cada dia),para dar forças e coragem para con-viver com a triste realidade. Carli-to foi o tipo da pessoa que nasceupara fazer o bem. Sempre amigo detodos, foi um filho admirável e umirmão companheiro. Suas lembran-ças sempre estarão vivas na minhamemória. (Carlos Antônio Libe-rato - Irmão)

CUNHADO AMIGOConvivi com Carlito no perío-

do de 1967 até a sua passagem parao andar superior em 1988. Hoje, 23anos depois, me animo a escrever al-gumas linhas sobre este que foi meuamigo e companheiro de todos osmomentos. Acompanhei a sua tra-jetória como engenheiro recém-for-mado, evidenciando uma formaçãode homem íntegro, honesto e ético,qualidades que desde cedo o habi-litou a militar na fiscalização deobras de estradas do Governo doEstado. Sua competência o fez gal-gar posições também na área admi-nistrativa, onde trabalhou na obrado Hotel Ducal e continuou após aconstrução. Ultrapassou a barreira doRN ao assumir cargo de direção naPorcelana Beatriz, de propriedadede um empresário de São Paulo ecom sede na estrada que liga Parna-mirim a Macaíba. Em todas essas ati-vidades sempre conquistou amiza-des daqueles que tiveram o privile-gio do seu convívio.

Além de todas essas qualidadeshavia uma que saltava aos olhos: asolidariedade, o amor e a atençãodedicada à família. Quando algo nãoia bem com um amigo ou familiar,logo ele sentia (como ele mesmodefinia) "uma coceira embaixo dasunhas". Boa parte de sua vida foidedicada à atividade agropecuária,iniciada ao adquirir a fazenda Itapi-tanga que havia sido do seu pai e quepela idade e impossibilidade de con-tinuar a sua labuta de tomar conta damesma, vendeu para um agropecua-rista paraibano. Recordo-me da ale-gria de Carlito ao comprar Itapitan-ga, reincorporando a fazenda ao pa-trimônio de um Melo Liberato.

Vários finais de semana que pas-sávamos juntos no alpendre da casada fazenda em companhia de ami-gos e familiares. Foram dias de gran-de satisfação para todos nós.

Chica Pli, como Carlito chama-va Verinha, sua esposa, um dia deu-lhe um filho, motivo maior da suaalegria, superando a que sentiu aocomprar Itapitanga. Cambirote foipara Carlito um grande companhei-ro, amigo com quem partilhava asviagens à fazenda, vaquejadas, mis-sas de domingo, sempre muito cedo.

Esse companheirismo rendia a Ve-rinha sempre uma certa ansiedadequanto ao retorno. E a mim também,pois ele sempre passava na minhacasa e levava, junto com Cambiro-te, meus filhos Wilsinho e Larissapara se divertirem em Itapitanga.Todos eles adoravam esses passeios,aonde gozavam da maior liberdadepasseando pela fazenda montados acavalo. Pelo seu temperamento sem-pre preocupado com o bem estar detodos foi apelidado, por alguns dosseus amigos, de Agonia.

Certa noite, durante o aniversá-rio de Cristiane, sua sobrinha, Car-lito me confidenciou alguns sintomasque me causou grande preocupaçãofazendo com que eu o internasse naPoliclínica e providenciasse um co-lega gastroenterologista para atendê-lo. Neste momento foi feito o diag-nóstico de um tumor na transiçãodo esôfago para o estômago. Acom-panhei o meu amigo a São Paulopara tratamento cirúrgico, tendo omédico que o operou garantido asua cura, pois segundo o mesmo,tratava-se de um tumor in situ. Após22 longos dias, retornamos paraNatal tendo Carlito reiniciado suasatividades laborativas. Evoluiu bem,até que em 1988 apresentou novossintomas compatíveis com algograve. Novamente viajei com meuamigo para São Paulo a fim de sub-meter-se a uma consulta com ummédico alagoano, especialista emHepatologia, indicado por CarlosFonseca e Joaquim Fonseca, seusmédicos de confiança em Natal.

Carlito era portador de uma novaneoplasia que nada tinha a ver coma primeira. Foram meses de inten-so sofrimento para todos nós. Onosso ídolo definhava e a medicinanada podia fazer, a não ser ameni-zar as fortes dores que o atormen-tavam. Sua passagem aconteceu coma sua cabeça recostada no colo de suamãe. Muitos foram os amigos que

lhe faziam companhia durante a suaenfermidade, passando por vezestardes inteiras junto ao seu leito deenfermo, conversando, assistindofilmes que eles mesmo levavam,ajudando-o nas limitadas atividadese confortando-o de forma que Car-lito pudesse avaliar o quanto eraquerido. (Wilson Cleto de Medei-ros - Cunhado)

PRIMO-IRMÃO DESDE A INFÂNCIA

Para nós era Carlito. Fomos cria-dos praticamente juntos, embora ostrês anos de idade a mais que eutinha de certa forma criassem umacerta distância. Aliás, não era pro-priamente distância. Diferença seriamelhor. Essa diferença não existia,por exemplo, entre ele e Assis, meuirmão - mesma idade de Carlito, queera apenas um mês mais novo do queele. É curioso como uma diferençade três anos é enorme entre um me-nino de 8 anos e outro de 11. Quan-do um tiver, digamos, 73 anos e ooutro 76, serão praticamente damesma idade.

Pena que aquele câncer cruelnão tenha deixado que Carlito e euchegássemos a viver o momento emque as diferenças de idade pratica-mente desaparecessem. Mas, sendoprimos - a mãe dele e o meu paieram irmãos - também não demoschance para que a vida nos separas-se. Éramos irmãos desde a infânciae foi como irmão que o vi partir na-quele dia de manhã.

No seu caixão levou pedaços detodos nós - restos do pó do BarroVermelho, do sítio de Vovô Antônio,que começava na Jaguarari e termi-nava na Prudente de Morais, semasfaltos e nem paralelepípedos. De-pois durante os anos que tivemosem Recife: eu, "mais velho", na Su-dene. Ele estudante de engenharia edepois dando os primeiros passosde profissional recém-formado.

Casou com Verinha, baiana primade Edinólia, e tinha por ela um amorbonito, profundo, sereno. O seu únicofilho, hoje engenheiro como o pai, de-morou a chegar. Essa demora era aúnica coisa que o deixava impacien-te. Porque o filho era o sonho da suavida. Quando Carlinhos nasceu, eleexpressava o seu amor de muitas for-mas, inclusive inventando nomes eapelidos que repetia, mudava, reno-vava. Até chegar a um que ele nãolargou mais: Cambirote. E de vez emquando lhe perguntava: - Cambiro-te, por que não veio logo? Era umaespécie de queixa por haver perdidoalguns anos em que pudesse pai efilho, ter convivido.

Não quero ficar falando da suacompetência profissional (nuncaouvi de ninguém qualquer tipo decrítica, restrição ou dúvida nessamatéria), da sua correção pessoal,da sua integridade. Para ele a deso-nestidade de qualquer tipo, em qual-quer campo, era uma espécie de sa-crilégio. Falo sobre ele com carinhoe com emoção, tendo-o vivo em mi-nhas lembranças e ainda, tantos anosdepois da sua morte, com um pro-fundo sentimento de perda. Fui aben-çoado na vida por ter conseguidouma penca de amigos. Talvez pou-cos. Mas valem por muitos. E tam-bém por ter nascido no seio de umafamília verdadeira, em que, entremuitas outras coisas, aprendemoscomo uma vez disse Zeca Melo, quea solidariedade entre nós é "umaquestão ideológica". De dentro dessafamília vieram muitos dos grandesamigos que Deus me deu, como Car-lito, Cristiano, Traíra, João Câncio,meu Deus, toda essa gente já se foi!

Talvez por isso, Carlito sendoum deles, só enxergasse em mimvirtudes e qualidades, muitas dasquais eu nem tenho, e não toleras-se quando alguém, por qualquer mo-tivo, falasse dos meus defeitos, quetenho e são muitos.

Se lá, no "assento etéreo" de quefalava Camões onde ele deve estarsentado, "memória desta vida se con-sente", acho que, neste ano de seca,como bom sertanejo, ele deve estarperturbando o Padre Eterno e pe-dindo chuva ao menos para CampoGrande, que ele certamente aindachama de Augusto Severo. (Geral-do Melo - Primo)

NORDESTINO PURO SANGUE

Se um dia me fosse dado o di-reito de escrever um dicionário, nelehaveria uma palavra especial, comseu sentido assim descrito: CARLI-TO - Carlos Alberto Liberato, nor-destino puro sangue, engenheiro deprimeira linhagem, amigo leal, sin-cero e sempre correto, traduzindo-se como alegria e simpatia, manten-do-se fiel às suas raízes com umjeito todo especial de contar histó-rias, personificando cada criatura.E essa figura humana fantástica hojepode ser descrita em uma só pala-vra: Saudade. (Fernando Figuei-redo - Amigo)

ASSISTIR "SHANE" É RELEMBRAR CARLITO

Conheci Carlos Alberto em1966, no DER/RN. Ele recém-for-mado e eu cursando o segundo anode Engenharia. Convivemos nomesmo órgão, numa primeira etapa,durante seis anos. Voltamos a traba-lhar juntos a partir de 1987 quando,cedido pelo DNER, integrei a dire-toria do mesmo DER no governoGeraldo Melo. Foi intensa minhaconsternação ao saber do mal que oabateria em 1988.

Visitava-o quase todos os dias.Ia do DER até a sua casa, na RuaProf. Almeida Barreto, a pé. Quan-do descobri seu gosto por filmes defaroeste abasteci-o com títulos dogênero até quando pôde assisti-los.Estavam proliferando locadoras de

vídeos em Natal, e a quase todasfrequentei para não lhe deixar faltarum bang-bang diferente. Lembro-me que já próximo de sua morte elemanifestou o desejo de rever a "OsBrutos Também Amam" ("Shane",no original), película estadunidensede 1953, estrelando Alan Ladd eJack Palance. Depois de angustiosaprocura, pois se tratava de cópiarara, aluguei-a. Suponho que tenhasido o último filme visto pelo cole-ga. Sou viciado em cinema, e assis-tir "Shane" é relembrar Carlito. (JoséNarcelio Marques Sousa - Amigo)

NO ALPENDRE COM AMIGOS E FAMILIARES

Existem pessoas que, quandode sua passagem por este mundo,conseguem marcar a sua existên-cia de uma maneira tão presenteentre nós, que a sua ida para outradimensão não afasta a sua presen-ça e mesmo ausente, a sua lem-brança, os seus ensinamentos serãosempre uma constante para aque-les que com elas conviveram. Car-lito foi uma dessas pessoas.

Na Escola Politécnica do Reci-fe, fazia parte da turma de Luiz JorgeCoelho Leal, meu irmão e amigo, daísurgindo também a minha amizadee convivência com Carlito. Embo-ra já conhecidos em Natal, foi emRecife que surgiu uma amizademuito grande entre estudantes poti-guares, faziam parte dessa turma deamigos os engenheiros Gilberto Sá,Newton Pereira Rodrigues e LuizMaranhão - formando um quintetoquase que inseparáveis.

Newton, Gilberto, Luiz Jorge eCarlito também foram meus colegasno Departamento de Estradas de Ro-dagem do Rio Grande do Norte. Emparticular existia uma amizade muitoforte e bonita entre Carlito e meuirmão - nas horas de alegria e detristeza, fáceis e difíceis.

Carlito homem simples e tra-balhador tinha uma personalidademuito forte, e procurava semprecom elegância sustentar os seusargumentos, daí nunca causouconstrangimento a ninguém quediscordasse de suas ideias. Rigo-rosamente honesto e zelador dascoisas públicas, foi um exemplopara todos os colegas do DER esua saída causou tristeza. Mascomo era um batalhador foi tra-balhar na iniciativa privada, aindadentro de sua profissão, logo de-pois se tornando agropecuarista.Debaixo dessa personalidade forte,existia também um homem amo-roso, brincalhão, que gostava de rir.Gostava de me chamar para pro-sear e ao contar os meus "causos"dava boas gargalhadas.

Sempre procurei me lembrardos bons amigos. Conheci umamoça de Augusto Severo que cari-nhosamente chamamos de Tila. Elafalando de suas origens e eu pensan-do que Carlito tinha nascido em Au-gusto Severo, falei para ela que tinhaum grande amigo que era de lá, elaperguntou quem era, quando eu faleio nome de Carlito, ela levantou-se,me deu um grande abraço, era primalegítima de Carlito. Depois, paraminha alegria, ela levou uma caixacom retratos da família e lá estavameu amigo sentado em uma cadei-ra de balanço, em um grande alpen-dre com amigos e familiares. Éassim que imagino meu amigo Car-lito: no lugar dos justos e junto comele, em um longo alpendre, amigose familiares. E ele dando aquelagargalhada, que era para mim amarca da sua alegria. (AugustoCoelho Leal - Amigo).

ADMIRAÇÃO E GRATIDÃOMeu amigo e compadre Carlito,

sempre no meu coração ficará guar-dado o sentimento de admiração egratidão, onde estiveres rememorovocê cheio de alegria de viver emNatal, com seus lugares peculiarese encantadores: Peixada da Coma-dre, Luiza, Marinho, Gramil.

Admirava em você o seu gran-de amor por seus pais D. Luzia eSr. Teófilo.

Foi ontem na minha lembrançaque você observou a minha dor elevou meu filho para morar emNatal, por mais de um ano, e nãomediu esforços para mandar da Ale-manha produtos de última geraçãopara o tratamento do meu filho.

Quero aqui dizer que minhaquerida cunhada Verinha e seufilho Carlinhos são dignos de você.E você continuará sempre vivo nomeu coração, com todas as boaslembranças deixadas de legadocomo exemplo de vida e de umgrande homem". (Edson IsaacIssa - Amigo)

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 4 de julho de 2012

Ícone FashionCarlos Alberto Liberato - Carlito