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C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 20 E 21 DE ABRIL DE 2013 Nº 4.618 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br EMAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,01 Dólar turismo R$ 2,07 Dólar/Real R$ 2,01 Euro x real R$ 2,62 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7.50% INDICADORES: Sábado e Domingo Um restaurante que deu cer- to. Demagogia que prejudi- cará as domésticas. Hemetério Gurgel Página 20 OPINIÃO - Página 2 Públio José Dalton Melo de Andrade Kleber Martins de Araújo Jurandyr Navarro Marco de Almeida Emerenciano Marcos A. de Sá Página 7 Engenheiro agrônomo lista medidas definitivas para ame- nizar os efeitos da seca no RN. ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE Eles já são mais de duzentos milhões no mundo e provam que a felicidade é individual. Vicente Serejo Página 13 SYLVIA SÁ INTERINA > INSEGURANÇA EM VERA CRUZ Três prédios vão abaixo na explosão de caixa eletrônico ASSALTANTES RENDERAM IDOSO, IMPEDIRAM QUE POLICIAIS SAÍSSEM DO POSTO E ATERRORIZARAM MORADORES COM DEZENAS DE TIROS CIDADE 10 > APOIO NO RN... POLÍTICA 3 Henrique acredita que Rosalba “poderá votar” na reeleição de Dilma > NA VIA COSTEIRA Chuva na madrugada deste sábado agrava situação. Reforma está prometida CIDADE 6 Sem manutenção, posto da Polícia Rodoviária do Estado está desabando > DECISÃO REVOGADA CIDADE 9 TJ mantém intervenção do Hospital da Mulher e Governo promete pagar Imóvel onde funcionava o autoatendimento do Bradesco e mais duas residências ficaram completamente destr uídos. Assustados, moradores... ...relatavam momentos de terror vividos no meio da madrugada deste sábado. Assaltantes conseguiram fugir sem deixar pistas > SISTEMA PENITENCIÁRIO DO RN Se o Governo não agir, CNJ deve fazer denúncia na Corte Internacional Fotos: Wellington Rocha POLÍTICA 5 José Aldenir José Aldenir O promotor Rinaldo Reis ganhou entre os colegas e per- deu nos servidores. Alex Medeiros Página 11

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cidade, esporte, politica, economia, cultura

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C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 20 E 21 DE ABRIL DE 2013 w Nº 4.618

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 2,01Dólar turismo R$ 2,07Dólar/Real R$ 2,01

Euro x real R$ 2,62Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7.50%

INDICADORES:

Sábado e Domingo

w Um restaurante que deu cer-to. w Demagogia que prejudi-cará as domésticas.

HemetérioGurgel

Página 20

OPINIÃO - Página 2

Públio José

Dalton Melo de Andrade

Kleber Martins de Araújo

Jurandyr Navarro

Marco de Almeida Emerenciano

Marcos A. de Sá

Página 7

w Engenheiro agrônomo listamedidas definitivas para ame-nizar os efeitos da seca no RN.

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

w Eles já são mais de duzentosmilhões no mundo e provamque a felicidade é individual.

VicenteSerejo

Página 13

SYLVIA SÁINTERINA

> INSEGURANÇA EM VERA CRUZ

Três prédios vão abaixo naexplosão de caixa eletrônicoASSALTANTES RENDERAM IDOSO, IMPEDIRAM QUE POLICIAIS SAÍSSEM

DO POSTO E ATERRORIZARAM MORADORES COM DEZENAS DE TIROS

CIDADE 10

> APOIO NO RN...

POLÍTICA 3

Henrique acredita queRosalba “poderá votar”na reeleição de Dilma

> NA VIA COSTEIRA

Chuva na madrugada deste sábado agrava situação. Reforma está prometida CIDADE 6

Sem manutenção, postoda Polícia Rodoviária doEstado está desabando

> DECISÃO REVOGADA

CIDADE 9

TJ mantém intervençãodo Hospital da Mulher eGoverno promete pagar

Imóvel onde funcionava o autoatendimento do Bradesco e mais duas residências ficaram completamente destruídos. Assustados, moradores...

...relatavam momentos de terror vividos no meio da madrugada deste sábado. Assaltantes conseguiram fugir sem deixar pistas

> SISTEMA PENITENCIÁRIO DO RN

Se o Governo não agir, CNJ deve fazer denúnciana Corte Internacional

Fotos: Wellington Rocha

POLÍTICA 5

José Aldenir

José Aldenir

w O promotor Rinaldo Reisganhou entre os colegas e per-deu nos servidores.

AlexMedeiros

Página 11

Sábado e Domingo2 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013 Opinião

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

A maioridade penal e a impunidade

Artigo KLEBER MARTINS DE ARAÚJO, bacharel e mestre em Direito pela UFRN procurador da República no RN

Europa, crise e o direito

Artigo MARCO DE ALMEIDA EMERENCIANOAdvogado ([email protected])

Uma coisa é verdade: hoje emdia em poucos assuntos, sobretu-do em momentos de crise, exis-tem opiniões convergentes. Digoisso com relação à crise europeiae com um olhar especial sobre a es-panhola. Ao ler o diário La Van-guardia de 19 de abril, e passan-do pela sessão de opinião, chamaatenção o editorial dirigido porJosé Antich, com o titulo 'A difi-cil agenda mundial'.

Veja, caro leitor, que o textotraz uma análise otimista, mas pre-cavida do momento atual. Diz queas reuniões ocorridas em Washing-ton organizadas pelo FMI, BancoMundial e o G 20, que agrupa ospaíses desenvolvidos e em desen-volvimento, revelaram tanto a von-tade de alcançar os mínimos obje-tivos de acordo como as divisõesexistentes para superar a crise. Paraparte do mundo, Europa é um casodifícil de entender, complexo, aoeleger uma via de austeridade quecontrasta com o ativismo fiscal emonetário dos Estados Unidos, aoque agora o Japão se incorporou.Até agora as posturas são contra-postas. O FMI desenhou, ultima-mente, um quadro depressivo com

relação às perspectivas econômi-cas europeias. Isso foi ao apreciaruma fadiga relativas às políticasde austeridade.

A Europa defendeu, de manei-ra agrupada, suas políticas orto-doxas frente às críticas, destacan-do que a austeridade está obtendoseus frutos, como por exemplo nocaso espanhol. O crescimento desua política externa é a grande pro-messa de recuperação.

A questão chave na recuperaçãoeuropeia exige uma dose elevada defé, mas os sofridos cidadãos pedemrespostas mais claras e visíveis.Coincidência ou não, com a dispa-rada do G 20, os institutos de pes-quisa alemães indicaram que o cres-cimento de sua economia será maiorem 2014 que em 2013. Curiosa-mente, a Europa está conseguindoum aliado inesperado, como é ocaso dos países emergentes. Mesmoassim, na nova economia global,as soluções são complexas.

Nesse sentido, Barcelona se-diou esses dias, de 18 a 20 de abril,o 7o Forum de Juristas Europeus.A cerimônia de abertura foi presi-dida pelo príncipe Felipe, de As-túrias e de Girona, representando

a Casa Real. Sabe-se que a reale-za europeia parece estar em deca-dência. Mesmo assim, o príncipelembrou e pediu que o marco ju-rídico seja a base para regular aconvivência de uma Europa maisforte e mais unida. Ao mesmotempo fez um chamamento parareforçar na Europa um 'espaçocomum de segurança jurídica eeconômica' imprescindível para aestabilidade.

Na cerimônia estavam presen-tes a vice presidente do governocatalão, Joana Ortega, o prefeito deBarcelona Xavier Trias, o presi-dente do Tribunal Supremo, Guil-lermo Moliner, e o presidente doColégio de Advogados de Barce-lona, Pedro Yúfera. O objetivo doforum foi aprofundar debates nasáreas de direito privado interna-cional, direito penal europeu, e di-reito público com relação à imigra-ção e asilo, sobretudo na regiãodo Mediterrâneo.

Apesar da crise, destaque paramanutenção do estado democráti-co de direito e a importância do di-reito como instrumento para ga-rantir uma europa unida e forte,como objetivo comum.

Imperador

Artigo DALTON MELO DE ANDRADE, professor universitário aposentado([email protected])

Livro interessantíssimo. Escrito em1936, por Ernst Gombrich - Breve His-tória do Mundo. Foi escrito para jovens.Didático ao extremo e leitura agradá-vel.

Por incrível que pareça, lendo sobreo imperador chinês Qin Tsin Huangdi,que foi dono da China nos 220 a.C.,lembrei-me de nosso ex(?)-presidenteLula. Tsin foi um homem poderoso,como soem ser os imperadores da anti-ga China. Não gostava de História. Or-denou que fossem queimados todos oslivros de história, todos os documentose testemunhos dos tempos antigos e todosos escritos de Confúcio e Lao-tse. Segun-do o livro de Gombrich, mandou quei-mar tudo o que ele considerava inútil esó permitiu a permanência de livros quetratassem de coisas práticas, como agri-cultura. Quem fosse encontrado com es-critos proibidos, era morto imediatamen-te. Nossa sorte é que muitas pessoas searriscaram e guardaram esses livros, nospermitindo hoje conhecer as obras deConfúcio, Lao-tse e a antiga história daChina.

O escritor lembra que o nome desseimperador, Tsin, deu nome a China. Co-menta que muitas das palavras sobre aChina começam com "sin", como sino-logia. "Tornou-se senhor de todo o paíse conseguiu unificá-lo, apesar de suaimensa extensão, dando-lhe a mesmainfraestrutura".

E por que apagar a história passada?Os ensinamentos deixados pelos seusgrandes pensadores? Por que a tentati-

va de apagar a lembrança deles? E co-meçar tudo a partir do zero? Simples-mente porque queria que o nascimentoda China fosse sua obra pessoal. Apesarda vaidade, foi, sem dúvida, um grandeimperador. Mandou construir estradasligando os vários pontos do país, cons-truiu a Grande Muralha da China. Mas,como sempre acontece, não reinou muitotempo.

Uma outra família assumiu o trono,os Han, que não eram inimigos da His-tória. Lembravam-se dos tempos passa-dos, e empreenderam uma busca portodos os documentos antigos, restauran-do o que havia sobre a história da Chinae os escritos de seus pensadores. Os quehaviam guardado tais documentos, sobrisco de vida, os dispuseram ao novogoverno.

Uma outra observação interessante arespeito da China. Diz o escritor que aChina é praticamente o único país domundo que não foi governado por no-bres, militares ou sacerdotes, mas porletrados. Para ser funcionário não impor-tava a origem, porém tinha que passarem exames, que eram muito difíceis. Eos que tinham melhores resultados, ocu-pavam os cargos mais importantes.

A história de Tsin termina com o se-guinte comentário do autor: é inútil que-rer, de uma forma ou de outras, impediro acesso a História, pois não se conse-gue fazer nada de novo se não se conhe-ce o que foi feito antes.

Por que me lembrei de Lula? Deixoao leitor fazer as comparações.

Todos somos fornecedores

Artigo PÚBLIO JOSÉ, jornalista([email protected])

Na linguagem empresarial, comer-cial, o termo fornecedor tem um pesomuito importante. Representa, na estru-tura do negócio, o parceiro que produzmercadorias e serviços para outros par-ceiros que, por sua vez, detêm meiosde acesso ao mercado consumidor. Oassunto é vasto, pois envolve não somen-te os que produzem (muitas vezes des-providos de estrutura de distribuição),mas também os chamados atravessado-res, especuladores, agentes responsá-veis pela compra das mercadorias aosprodutores e pela venda e entrega delasà rede de lojistas. No entanto, devido àcomplexidade que rege atualmente omundo dos negócios - principalmentepelo peso da maquina governamental -o termo ganhou significado mais profun-do, agigantou-se e passou a representarum item super importante na engrena-gem e escaninho das grandes corpora-ções e das grandes organizações estatais.

Por conta do poderio e da comple-xidade do mercado fornecedor, as em-presas e instituições se obrigaram a mon-tar grandes estruturas para aquisição deprodutos e serviços, e suas subseqüen-tes atividades, como controle de quali-dade, de pagamento, de estoque, fisca-lização, auditoria... E um mundão deoutros elementos de suporte, entre osquais - e principalmente - aqueles vol-tados ao combate da corrução, este umitem responsável pela maioria dos escân-dalos envolvendo parlamentares, polí-ticos e administradores públicos. Comoterceira ponta deste negócio, nem sem-pre o consumidor sabe que vive à mercêdas decisões dessa engrenagem - masvive. De maneira que, atualmente, nin-guém se livra de estar direta ou indire-tamente envolvido nessa gigantesca - enem sempre clara e transparente - redede relacionamentos interpessoais, alémde gestora de uma incalculável monta-nha de dinheiro.

Entretanto, para os fins a que se des-tina o conteúdo deste artigo, convémampliar o conceito, o significado dotermo fornecedor. Pois, se fizermos aquiuma análise menos negocial, menos tra-dicional, e mais sociológica, mais huma-nista... Enfim, se olharmos para dentrodas estruturas familiares, das estruturassociais, políticas, profissionais, veremosque todos nós fornecemos algo a al-guém. Os pais, por exemplo, fornecemaos filhos roupas, alimentos, educação,

saúde. Só isso? E onde fica o carinho, aatenção, o zelo, os cuidados, a orienta-ção para a vida, o amor, enfim? Já os em-pregados fornecem aos patrões o esfor-ço, a dedicação, a seriedade, a honesti-dade, a competência no desempenho dotrabalho que se obrigaram a fazer quan-do foram contratados. Já os patrões seobrigam a fornecer salário (de preferên-cia em dia), boas condições de trabalho,planos de saúde, vale transporte...

Um homem houve que nos forne-ceu belíssimos e utilíssimos ensinamen-tos - e muito amor. Seu nome? JesusCristo. Já Hitler forneceu à nação alemã,e por conseqüência a toda humanidade,conceitos carregados de preconceito,ódio, descriminação, sangue, destrui-ção. Fidel Castro ficou famoso pelo for-necimento aos cubanos de perseguição,censura, miséria, paredon e morte. HugoChávez legou aos venezuelanos ummisto de intranqüilidade, regime ditato-rial, incerteza econômica. Há, portanto,homens e homens. E fornecimentos efornecimentos. Madre Teresa de Calcu-tá era uma exímia fornecedora de cari-dade, doação, carinho, amor. Ghandyfez da sua vida um tesouro de forneci-mento de amor e louvor ao próximo.Martin Luther King (sem decretos, semministérios e sem disparar um tiro) trans-formou-se em ícone da humanidade noque diz respeito aos direitos humanos eigualdade racial.

E Jesus? Jesus é um caso à parte.Um fornecedor extraordinário. Que ex-trapola o entendimento humano, quevai muito além da concepção que ohomem faz do fornecimento que devedirecionar ao próximo em família, no tra-balho, na vida em sociedade. Jesus nosfornece perdão em plena cruz ("Pai, per-doa; eles não sabem o que fazem");Jesus nos fornece alívio nos momentosde dor ("Vinde a mim todos que estaiscansados e sobrecarregados; e eu vos ali-viarei"); Jesus nos fornece orientaçãoespiritual direcionada à salvação ("Eusou o caminho, a verdade e a vida; e nin-guém vem ao Pai senão por mim"). Evocê? Você é um fornecedor. De quetipo? O que está fornecendo aos filhos,amigos, vizinhos, colegas de trabalho?Como eleitor, por exemplo, a quem for-nece seu voto? Político corruto em trocade dinheiro? Veja lá! Há homens e ho-mens. Fornecimento e fornecimento.Qual a sua mercadoria?

ArtigoJURANDYR NAVARRO, do ConselhoEstadual de Cultura

VivaldoPereira

A Revista do Instituto Histórico eGeográfico, no seu n° 31, biênio 1930-31, dá notícia de um monumento doMunicípio de Currais Novos, RN,onde se celebram os seus fastos e per-sonalidades insignes. Foi inauguradoem 24 de dezembro de 1908, na Ave-nida "Laurentino Bezerra", em home-nagem ao fundador da cidade, Capi-tão-Mor Galvão.

A notável obra não foi erigida acusta do poder público municipal, maspor subs-crição popular, o católico Vi-valdo Pereira foi responsável por mui-tas iniciativas de ordem pública e fi-lantrópica havidas na sua terra natal.

A respeitabilidade é uma das qua-lidades nobres da civilidade. Esse sen-timento de ordem moral ocupava, ou-trora, lugar de honra nas comunida-des que se prezavam. Vivaldo foi umaespécie de patriarca pela respeitabili-dade de sua pessoa e pela largueza doseu espírito. Criou uma família repar-tida por dois matrimônios, cujos des-cendentes honraram a tradição impos-ta por esse varão ilustre.

Foi ele um dos mais autênticos fi-lhos da Igreja Católica, cuja sementeda Fé espa-lhou à comunidade que par-tilhava pela devoção e pelo exemplo.Foi zelador do Apostolado da Oraçãoe da Confraria do Rosário; pertenceuà Ação Católica; foi Provedor da Ir-mandade do Santíssimo Sacramento eMembro da Comissão Executiva doCongresso Eucarístico Paroquial de1937, dentre outros títulos.

O jornalismo foi outra linha de açãopor ele assumida. Além de fundar o jor-nal "Voz Potiguar" com Abílio Chacone Ulisses Telêmaco, fundou ainda a Re-vista "Ninho das Letras".

Colaborou, também, em jornais na-talenses, incluindo "A Ordem" e a "Tri-buna do Norte ".

Dedicou-se à política, tendo sidoalcaide municipal de Currais Novosdurante o biênio 1917-19. Foi eleitodeputado estadual e empossado a 03 deoutubro de 1930, instalada a AssembleiaLegislativa e dissolvida uma semanadepois. Pertencia ao Partido Popular,tendo recusado em 1935 a sua indica-ção para ser novamente candidato àdepu-tação estadual, recusando-a; indi-cando a filha Maria do Céu, que foieleita e se projetou pela inteligência epela oratória.

Fez teatro, como amador. Escreveue representou peças. O fez, algumasvezes, ao lado de Manuel Rodrigues deMelo.

Vivaldo também foi poeta. De suaautoria Poemas e Sonetos publicadosna imprensa. Na sua poesia decantouo Seridó, torrão natal por ele idolatra-do. Deixou um belo soneto intitulado"O Trabalhador".

O seu nome foi escolhido para figu-rar como um dos patronos da AcademiaPotiguar de Letras, tendo feito seu elo-gio o acadêmico Antídio Azevedo, emdiscurso magnífico.

Da sua alma sensível, chamou aten-ção as suas "Cartas ao Céu ", escritascom lágri-mas e dirigidas à memóriada sua primeira esposa.

Como orador, sua palavra era elo-quente. O verbo, rico de figuras de lin-guagem, convencia, também, pela au-toridade moral, que representava a suavida de homem probo e honrado. A se-mente da oratória gerou, na família,amantes da arte de falar: a filha Mariado Céu e o filho José. Ambos honrarama tradição retórica do genitor, com otestemunho dos clarões da eloquência.Ambos herdaram o pendor pela políti-ca. Mantiveram ambos a tradição reli-giosa na descendência familiar.

Vivaldo Pereira que encheu a exis-tência terreal por uma atividade fecun-da, em proveito da sua gente, goza naeternidade, da bemaventurança prome-tida por Aquele que disse ser o Cami-nho, a Verdade e a Vida, e que prome-teu, também, a Vida eterna aos que se-guissem o Seu caminho, a Sua verda-de e a Sua vida.

E Vivaldo mereceu essa dádiva di-vina.

Outros filhos dão continuidade à suavida cheia de valores espirituais: Ben-venuto, Vivaldo e Fernando, sendo esteúltimo ilustrado procurador do Estado.Irmãs estes tive-ram que enfeitaram olar com o encanto feminino.

Foi o cidadão Vivaldo Pereira deAraújo uma espécie de patriarca, cujavoz de comando todos obedeciam, por-que nela confiavam.

E "a Verdade precisa de uma vozforte", disse o grande pontífice Pio XII.

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Qualquer forma de sanção aplicadapelo Estado – não só a penal – tem comouma de suas finalidades a prevençãogeral ou prevenção por intimidação. Asanção aplicada a quem descumpriu alei tende a levar as demais pessoas da so-ciedade à reflexão, fazendo com que sin-tam-se inibidas, desencorajadas a prati-car o mesmo ou outro ilícito. Existe a es-perança de que aqueles com inclinaçõespara a ilicitude possam desistir de em-preendê-la, em virtude do exemplo quelhe foi dado pelo Estado ao punir outrapessoa. Este demonstra a todos que, seagirem como aquele que delinquiu, tam-bém sofrerão as sanções legais.

Permeia-se pela sociedade, conse-quentemente, um sentimento de seguran-ça, pela confiança na punibilidade dosilícitos – sentimento oposto ao geradopela impunidade, que é o estado genera-lizado de tolerância ao ilícito.

Sabe-se bem que este último senti-mento, o de impunidade, é corrente noBrasil. Aqui muitos cometem ilícitosporque, diante da oportunidade, não háa certeza de que sofrerão quaisquer dasconsequências legais. Pelo contrário, apossibilidade de punição, neste País, étão remota que a certeza é praticamen-te no sentido oposto, a de que o ato nãotrará consequência negativa alguma paraseu autor, de sorte que vale muito a penacorrer o risco.

Se isso é verdade em termos gerais,que se dirá, então, dos adolescentes in-fratores?

Atualmente, se uma pessoa cometeum fato definido como crime, só sofreráa pena prevista em lei se tiver idade igualou superior a 18 anos. Se esta mesmaconduta for praticada por alguém comidade inferior a 18 anos, sequer se podedizer que cometeu um crime, mas apenasum ato infracional. Além disso, não lheserá aplicada a pena prevista para o crime,mas sim medidas sócio-educativas, pre-vistas no Estatuto da Criança e do Ado-lescente: a) advertência; b) obrigação dereparar o dano; c) prestação de serviçosà comunidade; d) liberdade assistida; e)inserção em regime de semiliberdade; f)internação em estabelecimento educacio-nal. Assim, a maior sanção que um ado-lescente poderá sofrer é a de 3 anos deinternação, quer tenha furtado um reló-gio, quer tenha matado 30 pessoas.

Afixação da maioridade penal aos 18anos – consagrada no art. 228 da Cons-

tituição Federal e no art. 27 do CódigoPenal – levou em consideração o critériopuramente biológico, construído em 1940(ano de edição do Código Penal aindaem vigor): presumiu-se que os menoresde 18 anos não gozam de plena capaci-dade de entendimento que lhes permitaentender o caráter criminoso do ato queestão cometendo.

Essa presunção legal, talvez verossí-mil no passado, não mais cabe na atua-lidade, em virtude da evolução da socie-dade, da educação, dos meios de comu-nicação e informação, pelo menos no quediz respeito aos maiores de 16 anos. Comrelação a estes, aliás, o legislador pátriomoderno já lhes reconheceu uma maiorcapacidade de entendimento quando lhesfacultou o direito de voto, podendo esco-lher do presidente da República ao verea-dor do seu município (art. 14, § 1º, II, "c",da Constituição), quando estabeleceu quesão apenas relativamente incapazes paraos atos da vida civil (art. 4º, I, do Códi-go Civil), já podendo casar (art. 1.517 doCódigo Civil), fazer testamento (art. 1.860,parágrafo único, do Código Civil), sertestemunha em processo judicial (art. 228,I, do Código Civil), exercer função pú-blica ou gerir estabelecimento civil oucomercial, casos em que se tornarão ple-namente capazes (art. 5º, parágrafo único,do Código Civil) e poderão usufruir eadministrar os próprios bens (art. 1.693,II, do Código Civil).

De fato, levando em consideração taisfatores, bem como o altíssimo númerode crimes graves praticados por maioresde 16 e menores de 18 anos (inclusive ho-micídios, estupros, sequestros, fraudesbancárias, entre outros de similar gravi-dade), pessoas dessa faixa etária já nãodevem mais ser imaginadas como crian-ças ingênuas, imaturas, tolas, que vivema brincar de jogos infantis e a, na pior dashipóteses, expressar conflitos adolescen-tes. É impensável e ilógico, portanto, co-gitar que estas pessoas ainda não pos-suem consciência de que matar, estuprar,roubar, sequestrar é ilícito. Quando muito,poder-se-ia especular de que os maioresde 16 e menores de 18 anos são um poucomenos consequentes do que os maioresde 18 anos, mas nunca a ponto de se vetarqualquer discussão acerca da imputabi-lidade penal dos primeiros.

Dado esse nível de consciência, osimples e brando tratamento a eles dis-pensado pelo Estatuto da Criança e do

Adolescente não é suficiente a intimidara prática de condutas criminosas, comoas que vêm sendo praticadas a todo mi-nuto no Brasil. É pouquíssimo prová-vel que um adolescente sinta-se intimi-dado em praticá-las por temer que lheseja aplicada uma medida sócio-educa-tiva. Em verdade, em muitos casos amenoridade é vista por eles como fatorde estímulo ao crime, pela sensação deimpunidade que essa particular condiçãode regra lhe proporciona.

Há uma década, quando este articu-lista tinha 25 anos de idade, escreveu ar-tigo semelhante, defendendo a pura esimples redução da maioridade penal paraos 16 anos. Hoje, a despeito dos primei-ros cabelos brancos, o posicionamento éo mesmo, porém com a admissão da exis-tência de um regime penal diferenciadopara o sancionamento dessas pessoas(como ocorre em Portugal: art. 9º do Có-digo Penal português). Seria plausível,por exemplo, uma atenuação de pena emvirtude da menor idade ao tempo docrime, em virtude de estar em condiçõesamplamente favoráveis ao crime (ado-lescente abandonado nas ruas pela famí-lia, vítima de estupro, espancamentos,explorado sexualmente etc.), acompa-nhamento social e psicológico durante ocumprimento da pena, obrigação de man-ter-se estudando no mesmo período, entreoutras condições especiais, desde que re-comendáveis em cada hipótese concreta.

É certo que o problema da criminali-dade juvenil tem origem social, estandoligado à falta de educação e de oportuni-dades para os jovens e suas famílias, demodo que sua solução estaria relaciona-da muito mais à implantação de políticaspúblicas de educação e emprego, comresultados a longo prazo, do que a mu-danças legislativas. Entretanto, conferirproteção aos direitos das pessoas (à vida,à integridade física, à tranquilidade, aosossego, aos seus bens materiais etc.),hoje ameaçados pela livre ação sem freiosdos adolescentes infratores, é tão ou maisimportante, essencial e urgente quantoeducação e saúde; é algo que não podeesperar pela implantação e pelos incertosefeitos daquelas políticas. E a intimida-ção através do tratamento penal, ou do tra-tamento penal mais severo, é uma dasformas de que se dispõe, sem prejuízode a ela serem aliadas ações governa-mentais de caráter social, de efeitos acurto, médio e longo prazo.

Carta

Sr. Editor:Um grupo de índios (?) invadiu o

Plenário da Câmara dos Deputados, ondese realizava uma sessão. Protestavam(?) contra a instalação de uma comis-são especial sobre a PEC 215/2000, queinclui dentre as competências exclusi-vas do Congresso Nacional a aprovaçãode demarcação das terras tradicional-mente ocupadas pelos índios e a ratifi-cação das demarcações já homologa-das, estabelecendo que os critérios eprocedimentos de demarcação serão re-gulamentados por lei. O presidente daCasa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), encerrou a sessão.

Assistindo o noticiário a respeitodo assunto, fiquei com uma certeza:nós, homens brancos, que 500 anos atrásousamos invadir o sacrossanto territó-rio ocupado pelos silvícolas e impor anossa desastrosa civilização, modifi-

cando radicalmente aquela que eles pra-ticavam, devemos, de imediato, devol-ver tudo para os propietários originaisdas terras brasileiras. É impressionan-te como as redações dos noticiários daTV estão impregnadas pelo politica-mente correto. Baderneiros financiadospor alguma ONGG (Organização NãoGovernamental Governamental), sim,porque provavelmente bancada pelo go-verno, invade o Plenário da Câmara dosDeputados e a imprensa praticamentelhes dá apoio.

Cuidado! Amanhã, outros grupospoderão adotar o mesmo procedimento.Os policiais militares, por exemplo, mar-charão para Brasília a fim de pressionara votação, em 2º turno, da PEC 300.Imaginem as manchetes!

MARCO ANTONIO ESTEVES BALBI([email protected])

BADERNA NA CASA DO POVO

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 3Natal, 20 e 21 de abril de 2013Política

Túlio [email protected]

VITÓRIAMaiúscula e incontestável a

vitória do promotor Rinaldo Reispara procurador geral de Justiça doRN. Mesmo não sendo apoiado pelaatual gestão, bem avaliada por todos,Rinaldo conseguiu 50 votos de maio-ria num universo considerado pe-queno de eleitores no Estado. Nãofoi a eleição apertada que algunsimaginavam; foi quase um capote devotos contra o candidato apoiadopelo procurador Manoel Onofre.

TEIMOSIANão foi por falta de aviso que

Manoel Onofre deixou de contabi-lizar uma grande derrota eleitoraldiante da categoria que comanda in-stitucionalmente. Desde o início acoluna alertou para o fato de que osdois candidatos, Oscar e Rinaldo,não representavam a oposição, ex-ternavam apenas divergências pon-tuais; e ambos haviam votado emOnofre para procurador geral. Omais sensato seria a neutralidade.

DERROTAMesmo comandando uma

gestão competente e elogiada,

Onofre pecou ao não conduzir suasucessão como magistrado. Ouviuvozes vaidosas que alimentavam seuego com uma ‘vitória fácil’, poissua avaliação seria suficiente paraconquistar a vitória para qualquercandidato que apoiasse. Perdeu feio.E Rinaldo deu uma demonstração deliderança e de poder de articulaçãono Ministério Público.

FUTURORinaldo Reis vai conduzir o MP

com seriedade e serenidade, sem ar-roubos ou covardia. Vai defender elutar por melhorias para sua cate-goria, mas sem por em risco o con-trole orçamentário. Vai manter pon-tos importantes estabelecidos porManoel Onofre e ampliar conquis-tas para servidores e promotores eprocuradores.

VISITAApresença do ministro Joaquim

Barbosa ao RN, serviu para que ‘Jo-quinha’ tivesse a oportunidade dedar um grande puxão de orelhas naprópria governadora Rosalba Ciar-lini, diante do caos explícito do sis-tema penitenciário potiguar.

RECUPERAÇÃOAproxima-se a data estabeleci-

da por integrantes do próprio Gov-erno Rosalba, para avaliar se houveou não recuperação da gestão diantedo desgaste permanente dos doisanos iniciais. A ideia é analisar se apublicidade oficial massificada sur-tiu o efeito desejado pelos gov-ernistas. A data posta é o mês dejunho. Se não reagir, está inviabi-lizado o projeto de reeleição e o nú-cleo mossoroense passará a tratardo plano B.

SECALideranças do setor produtivo

agropecuário potiguar, apontam odeputado federal Betinho Rosadocomo o responsável pela situaçãoextrema que o RN está enfrentandoem relação a seca. O cunhado dagovernadora esteva à frente da sec-retaria de Agricultura quando foialertado por lideranças do campoque precisava agir de maneira pre-ventiva e acelerada. Nada fez.

SECA IIBetinho Rosado, ao invés de re-

unir os produtores e líderes das as-sociações, preferiu criar uma intri-ga entre as lideranças e a gover-nadora Rosalba Ciarlini. ARosa, emcontato com o povo do campo nãoapoiou as ações e omissões de Bet-inho, mas também não teve forçapara forçar seu secretário de Agri-cultura a atuar de forma correta. Oresultado está aí, matando o reban-ho, acabando com a economia rurale desgastando ainda mais o Gover-no.

SENADORAAdeputada federal Fátima Bez-

erra está cada vez mais animadacom a possibilidade de disputar oSenado em 2014. A irmã de Tetêvislumbra chances de vitória a par-tir da união da oposição e da con-strução de uma chapa competitiva.A petista sonha com o Senado, mastrabalha com a realidade.

ENTREGAPor falar em Fátima, a deputa-

da do PT esteve nesta sexta-feiraem Parnamirim, ao lado do prefeitoMaurício Marques. Participou daentrega de mais 482 apartamentos do

Minha Casa, Minha Vida. Viu eouviu o entusiasmo do povo ao re-ceber as chaves da nova morada.Maurício está cada vez mais afina-do com Fátima.

MUDANÇAA presidente Dilma Rousseff

não virá mais ao Estado no próxi-mo dia 28, como havia sido anun-ciado. Não vem e também não es-tabeleceu nova data e nem agendapara pisar em solo potiguar.

SOLUÇÃOO deputado Henrique Alves, que

não suporta seu primo Carlos Ed-uardo, engoliu a antipatia e subiu asescadas da Prefeitura de Natal. Foidizer ao filho de Agnelo que estápronto, na presidência da Câmara,para resolver qualquer problema queapareça em Natal. Carlos Eduardonão reclamou da visita, mas sua de-claração sobre o evento foi ex-tremamente formal e sequer citou onome de Henrique. Se referiu aoprimo como ‘presidente da Câmara’.

SUPERHenrique está aparecendo para

resolver todos os problemas de todosos lugares. O Super Henrique nãoapresenta dificuldade para nada;chamou, ele aparece. Não chamou?Ele também aparece. Faz discurso,promete a solução, tira foto e vaiem busca de mais um problema a re-solver. É incansável o Super Hen-rique.

CRÍTICAO presidente da Câmara de

Macau, Oscar Paulino, criticou oMinistério Público pela OperaçãoMáscara Negra, que realizou buscae apreensão na casa do ex-prefeitoFlávio Veras e de outros auxiliaresda gestão, sob suspeita de superfat-uramento em contratos de showspara o Carnaval.

DINHEIRAMACom o objetivo de defender

Flávio Veras, que teria sido flagra-do com R$ 80 mil reais em dinheirovivo em seu apartamento, na Praiade Camapum, o vereador OscarPaulino esbravejou na Câmara:“Flávio é empresário. Será que umempresário não pode ter R$ 80 milem casa?”.

Henrique afirma que vai “construir” apoio de Rosalba a Dilma em 2014

“Ainda está cedo para avaliar o governo Rosalba”

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

Não é brincadeira, então, que agovernadora Rosalba Ciarlini(DEM) poderá votar na presidenteda República, Dilma Rousseff (PT),na já anunciada campanha dereeleição da petista em 2014. Quemirá trabalhar para que isso aconteçaé ninguém menos que o presidenteda Câmara dos Deputados, HenriqueEduardo Alves (PMDB). "Eu acred-ito que Rosalba poderá votar emDilma, que está provando o gover-no republicano que está fazendo eque está sendo muito importantepara o Rio Grande do Norte. Por-tanto, Dilma poderá sim ter o apoiode diversos partidos, diversas lider-anças, e o que eu puder construirpara ter o apoio maior possível aquino Rio Grande do Norte, eu farei,como correligionário da presidentaDilma, por querer muito a suavitória", declarou o parlamentar, nofinal da tarde desta sexta-feira, mo-mentos antes da visita que ele fez aoprefeito de Natal, Carlos EduardoAlves (PDT), para anunciar apoioaos projetos do Município.

É a primeira vez que Henriqueconfirma, à imprensa, a possibili-dade de a governadora do RioGrande do Norte votar na reeleiçãoda presidente Dilma Rousseff. Ementrevista ao jornal Tribuna do Norte,

de propriedade de Henrique, há cercade um mês, Rosalba admitiu a pos-sibilidade de votar em Dilma, desdeque fosse bom para o Brasil, afirmouela na ocasião. Duas semanas de-pois, Rosalba reveleou a alguns pop-ulares - testemunhado por jornalis-tas - essa tendência a votar na pres-identa Dilma.

Nesta semana, a jornalista Lau-rita Arruda, noiva do presidente daCâmara dos Deputados, revelou, emseu blog, o Território Livre, quenuma conversa entre Henrique e ovice-presidente da República, MichelTemer, pelo PMDB, e o ministro daEducação, Aloizio Mercadante, e opresidente nacional do PT, Rui Fal-cão, pelos petistas, foram discuti-das as alianças entre as duas legen-das nos estados. Segundo o relato,Henrique "analisou o governo deRosalba Ciarlini, destacando prós econtras" e "comentou a entrevistada Democrata sobre a possibilidadede apoiar Dilma Rousseff em 2014".

Indagado nesta sexta pela re-portagem de O Jornal de Hoje sobreeste episódio, Henrique respondeuque a conversa noticiada pela jor-nalista potiguar foi uma análise entrepetistas e peemedebistas que estásendo feita quinzenalmente. O ob-jetivo dessas avaliações, explicou, éantecipar problemas que poderãoocorrer no ano de 2014, no meio doprocesso eleitoral, entre os partidos

da base, tendo como eixo PT ePMDB, que formarão a chapa pres-idencial.

"Estamos analisando criteriosa-mente, calmamente, estado por es-tado, para ver como está PT e PMDBprimeiramente, para ver onde é pos-sível somar os dois partidos, e tam-bém conciliar com outros partidos

que vão compor a grande frente emprol da candidatura da reeleição dapresidenta Dilma e Michel paravice", afirmou.

Henrique também confirmoua vinda da presidenta da Repúbli-ca, Dilma Rousseff, ao Rio Grandedo Norte, mas não confirmou adata. Segundo ele, a chefe do ex-

ecutivo federal virá ao Estado assi-nar a ordem de serviço da bar-ragem de Oiticica e anunciar a du-plicação da BR-304 e da RetaTabajara, obras que, reunidas, rep-resentaram investimentos da ordemde R$ 1,5 bilhão. "Acho que apresidenta Dilma está provando ogoverno republicano que está

fazendo e está sendo muito im-portante para o RN", disse Hen-rique.

NATALA ida do presidente da Câmara,

Henrique Alves, à Prefeitura deNatal, nesta sexta, serviu para opeemedebista hipotecar seu apoioaos projetos da capital. "Vim dizerao prefeito que ele pode contarconosco para auxiliar no diálogocom o governo federal em favordos projetos. Temos grande opor-tunidade, agora que estou ex-ercendo a presidência da Câmarae que temos um ministro da qual-idade de Garibaldi Filho e umabancada federal das mais atuantese prestigiadas. Precisamos revert-er essa força política em favor doRio Grande do Norte e de Natal",disse Henrique Alves ao prefeitoCarlos Eduardo.

Na próxima quarta-feira, Car-los Eduardo vai à presidência daCâmara com projetos na bagagem,entre eles, obras de mobilidadepara a Copa e saneamento. "Fi-camos muito satisfeitos com apalavra de contribuição que o pres-idente da Câmara veio nos trazere quero dizer que vamos, sim,procurá-lo para nos ajudar a con-solidar os projetos que estamosapresentando ao governo federal",comentou Carlos Eduardo.

Prefeito Carlos Eduardo Alves recebeu o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, na tarde desta sexta-feira

PRESIDENTE DA CÂMARA REVELA QUE TRABALHARÁ PARA QUE A PRESIDENTA TENHA O APOIO DE LIDERANÇAS DO RN

O presidente da Câmara dosDeputados, Henrique EduardoAlves, disse que ainda está cedopara avaliar o governo Rosalba Cia-rlini (DEM). Ele discordou das de-clarações do tio, o deputado estad-ual Agnelo Alves (PDT), que, aoJornal de Hoje, considerou que oRio Grande do Norte está "à deriva"e que o governo do DEM no esta-do está "abaixo do sofrível".

"Discordo, acho que o governoRosalba teve dificuldades, sim. Tantoque nós mesmos, partidos queapoiamos o seu governo, question-amos. A nós, prometeu mudançasde postura e de comportamento.Mudou alguns secretários, dandouma maior interação e maior di-namismo ao seu governo. Vamosaguardar que o prometido, de inter-ação, de desenvoltura, de autono-mia dos secretários, que isso possaacontecer. Acho que tem muitotempo pela frente", declarou opeemedebista.

Henrique disse que em 2013 oestado poderá ter boas oportu-nidades, pelo apoio político nacionalque tem e pela união da classe políti-ca potiguar. Na avaliação do presi-dente da Câmara dos Deputados,

nesse contexto, a governadora Ros-alba Ciarlini "tem uma preliminarimportantíssima", que é a honesti-dade, a ética e a humildade. "O quefaltava, a meu ver, era uma maior in-teração, maior diálogo. Estava muitofechado o governo. Na hora que elese abre mais, ouve críticas, é sensívelàs críticas e é um governo maisdemocrático, eu acho que tem tudopara melhorar", defendeu.

PROJETOQuanto ao projeto aprovado na

Câmara esta semana, que inibe acriação de novos partidos por im-pedir que retirem de outras legendastempo de TV e verba do Fundo Par-tidário, Henrique negou que tenhasido uma proposta casuística, por,supostamente, ter o apoio ‘invisív-el’ do Palácio do Planalto. A lei en-fraquece a constituição de partidoscomo a Rede, de Marina Silva,provável candidata a presidente daRepública em 2014, e também atra-palha os planos de Eduardo Campos(PSB), de levar a disputa presiden-cial do ano que vem para o segun-do turno.

"Esse projeto foi apresentadodesde o ano passado, em setembro.

E teve o apoiamento de doze partidosda Casa. Naquele momento, ahistória que se dizia era que estari-am sendo formados três ou quatropartidos, com dez, com quinze, comvinte deputados, quer dizer, de formaaleatória e oportunista. Então se evi-tou porque a inspiração do projeto,naquela época, era evitar que o dep-utado fosse para outro partido dequalquer jeito, só para ter tempo detelevisão e ter fundo partidário. Vi-raria um partido de aluguel após aeleição. Era essa a inspiração doprojeto. Com a virada do ano, coma antecipação do processo eleitoral,de repente distorcem aquela inspi-ração e começam a vincular o pro-jeto a Marina, e não sei mais quem.Não tem nada a ver uma coisa coma outra. A inspiração foi essa, foipara o bem. Para evitar que cinco ouseis partidos se formassem visandoter tempo de televisão e fundo par-tidário, para se tornarem legenda dealuguel no processo eleitoral. Se2013 virou, portanto, ano eleitoral,a meu ver de maneira equivocada,não é por isso que o projeto deixoude ter a sua nobre e correta inspi-ração", explicou o presidente da Câ-mara. A governadora Rosalba Ciarlini e a presidente da República, Dilma Rousseff, devem se reencontrar em breve no Estado

Divulgação

Wellington Rocha

O vereador Oscar Paulino,presidente da Câmara Municipalde Macau, tem 30 anos de PolíciaFederal, contudo, não viu qualquerirregularidade nos altos valores,segundo o Ministério Público, gas-tos pela Prefeitura da cidade nasfestas na cidade que foram inves-tigados e denunciados pelo MP naOperação "Máscara Negra". Emais: para ele, os promotores deJustiça demonstraram que “nãosabem investigar”.

“Eu tenho 30 anos de PolíciaFederal. Passei parte da minha vidainvestigando. Hoje existe um con-tencioso no que diz respeito aospoderes do Ministério Público. OMP não foi treinado para investi-gar”, afirmou o vereador, ressaltan-do que foi dito pelo MP que houveum gasto de R$ 7 milhões de reaisentre 2008 e 2012. “Se você di-vidir por cinco anos, dá uma médiade R$ 1 milhão de reais e quatro-centos... Para todas as festas real-izadas em nossa cidade... Então seexiste esta contradição”, apontou.

Porém, é importante ressaltarque, na verdade, segundo o MP, sóem 2012, foram gastos R$ 6 mil-hões em festas e não R$ 7 milhõesem quatro anos. Junto a Guamaré,Macau teria utilizado R$ 13 mil-hões em recursos públicos só comfestejos do ano passado. De qual-quer forma, segundo Oscar Pauli-no, “por isso que a PEC 37 vai seraprovada. ‘Se deus quiser’ porqueela vai inibir o Ministério Públicode fazer esse tipo de coisa. Colo-car cidadãos sem evidências quenão podem ser retratadas, porque

a partir do momento que vai pararua ou que cai na imprensa, paravocê se defender é difícil demais.Então vai ser aprovada essa PEC,porque vai inibir os poderes dopoder do Ministério Púbico”, afir-mou.

Nesse ataque em defesa daPEC, o vereador Oscar Paulinomostra-se sensível a situação doex-prefeito Flávio Veras, do PMDB,apontado pelo MP como líder do es-quema de desvio de recursos públi-cos por meio da contratação de ban-das e serviços para shows emMacau. Segundo o vereador, porsinal, não há nenhum indício deque ele tenha dinheiro desviado.Nem mesmo os R$ 80 mil queforam encontrados no apartamen-to dele localizado em uma pousa-da na praia de Camapum.

“Se Flávio tinha R$ 80 milreais guardados; o senhor Flávio;não sou advogado dele não; é em-presário. Será que um empresárionão pode ter R$ 80 mil em casa?O cara que tem seis ou é sete lojasespalhado (sic) por este estado? Se

o senhor Romildo tinha R$ 5 milreais; o cara é dono de uma pou-sada que todo dia tá lotado degente; será que esse cara não podeter R$ 5 mil reais numa pousada?”,questionou.

“É muito capcioso acusar pes-soas que tem a capacidade ter o re-curso no bolso e achar que isso éproduto de roubo. Então eu ficotriste quando se diz que a con-tratação de bandas tem que ser di-

reta, eu quero saber qual o prefeitoque tem acesso a estas bandas. Sevocê não tiver aquelas pessoas quesão comum a contratação de banda;você contratar uma banda; todomundo sabe disso; todo mundosabia. Se foi majorado de um anopra outro, quer dizer que não teveinflação? Se num ano cobrou R$ 33mil e no outro cobrou R$ 66 milquer dizer que a inflação não ex-iste?”, voltou a questionar.

Sábado e Domingo4 O Jornal de HOJE Política Sábado e DomingoNatal, 20 e 21 de abril de 2013

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

Preocupado com a grave si-tuação no campo em razão da secao deputado Walter Alves, doPMDB, encaminhou um Projetode Lei para apreciação dos depu-tados propondo isenção do ICMS- Imposto sobre Circulação deMercadorias e Prestação de Ser-viços nas contas de energia parao pequeno produtor rural duranteos períodos de grave estiagem.Aprovado o projeto, o parlamen-tar espera que a iniciativa reduzaos impactos provocados pela faltade chuvas. "O meio rural neces-sita receber incentivos concretose imediatos para que o homem donele permaneça e para que essetrabalhador tenha condições decontinuar desenvolvendo suas ati-vidades em níveis satisfatórios. OEstado deve incentivar e promo-ver a redução de incidentes sobreessa importante atividade", res-salta o deputado.

Walter Alves observa que asituação do Rio Grande do Norteé muito grave com 500 mil pes-soas aproximadamente sofrendo

com a falta d´água. O parlamen-tar constata também, que dos 167municípios do Estado, 144 de-cretaram estado de emergência."A situação da estiagem é real-mente grave e o pequeno produ-tor que depende da terra para so-breviver precisa de iniciativascomo essas", disse o parlamentarpeemedebista.

ALERTAFernando Mineiro, do PT, fez

um alerta no plenário da Assem-bleia Legislativa sobre a iminên-cia de um calapso no abasteci-mento d´água para o consumo hu-mano no Rio Grande do Norte. "Énecessário estabelecer um plano deurgência", disse o petista, lem-brando que a capacidade da lagoade Extremoz, responsável peloabastecimento de 300 mil pessoas,está com apenas 45 por cento, aexemplo da Barragem ArmandoRibeiro Gonçalves que abastece

230 mil pessoas em 25 municí-pios do Estado, também abaixoda sua capacidade.

Concluindo, o deputado Fer-nando Mineiro disse o seguinte:"O governo do Estado precisa con-vocar a Caern, a secretaria de Re-cursos Hídricos, os sistemas autô-nomos de Abastecimento de Águae Esgotos e os usuários privadosda lagoa de Extremoz para defi-nir esse plano de utilização nessasituação de gravidade".

Walter Alves e Fernando Mineiroreivindicam ações emergenciais

Walter: “Meio rural necessita receber incentivos concretos” Mineiro: “É necessário estabelecer um plano de urgência”

PARLAMENTARES RELATAM SITUAÇÃO DE DIFICULDADE E MOSTRAM ALTERNATIVAS

PARA MELHORAR A VIDA DO HOMEM DO CAMPO NO PERÍODO DE ESTIAGEM NO RN

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

O registro de quem ouve

Briga pelo poder

Ampliados os desencontros na bancada do PMDB

no Senado.

No momento, são três os dialetos usados pelo maior

partido representado na Casa.

Um é o falado pelo bloco que acompanha o presi-

dente Renan Calheiros (AL). Fazem parte dele José Sar-

ney, maranhense eleito pelo Amapá, e Romero Jucá

(foto), pernambucano que representa Roraima. A habi-

lidade na articulação é o destaque do trio.

Outro tem à frente o amazonense Eduardo Braga,

líder do governo, e o paraibano Vital do Rêgo, que pre-

sidiu a desacreditada CPI do Cachoeira.

Há, por fim, o grupo de oponentes à cúpula nacio-

nal do peemedebismo e de críticos do governo fede-

ral. Fazem parte dessa dissidência peemedebistas his-

tóricos. Estão na lista Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro

Simon (RS).

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Pós-escrito: são 20 os senadores do PMDB.

t A inflação resiste esegue para o alto. Che-gou a 0,51% na prévia deabril.t O governo federal me-rece aplausos pelo lança-mento do programa MaisCultura nas Escolas. A ce-rimônia ocorre depois deamanhã, em Brasília.t José Batista Júniorfilia-se, em maio, aoPMDB, para candidatar-se a governador deGoiás. Vai enfrentar o go-vernador recandidatoMarconi Perillo (PSDB).

t Tentativa no Senadopara derrubar os obstácu-los à criação de partidos,aprovados na Câmara.t Que seja proveitososeu fim de semana. Atéterça-feira, porque na se-gunda você fica na com-panhia de Joaquim Pi-nheiro, jornalista ecléti-co.t Para refletir: “O cami-nho à frente é mais curtodo que o que ficou paratrás” (Lucy Stone, ativistaestadunidense dos direi-tos das mulheres).

Seguem observações anotadas pelo birô da coluna a res-peito da campanha presidencial antecipada. São registros deinterlocução com personagens que têm responsabilidade po-lítico-social. Sobretudo por isso, colaboram para a notíciachegar completa – ou quase – e isenta aos leitores cuja exi-gência comum é ter a informação que mais se aproxime darealidade.

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Aécio Neves evolui como postulante à Presidência daRepública. Lidera as pesquisas de intenção de voto em MinasGerais, segundo maior colégio eleitoral do país, e no Para-ná. Em São Paulo, a plateia mais cobiçada pelos candida-tos, está em segundo lugar. Não há dados confiáveis sobrea tendência dos eleitores do Rio de Janeiro. No Nordeste eno Norte, o social-democrata precisa estruturar-se.

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Dilma Rousseff renovaria o mandato fosse agora o pro-nunciamento das urnas. Só perderia no território mineiro,para Aécio; em Pernambuco, Alagoas e Paraíba, onde Eduar-do Campos é majoritário; e no Distrito Federal, que repete,com percentual menor, a preferência de 2010 por MarinaSilva.

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Eduardo Campos fala como aspirante ao “trono” da Re-pública Surrealista dos Trópicos, mas só decide entre se-tembro-outubro, segundo manifesta. Há resistências à can-didatura dele em dois diretórios regionais do PSB. Uma emMinas Gerais, porque o astro da sigla é ligado a Aécio. Trata-se do prefeito (reeleito) de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.O segundo problema é no Ceará. O governador Cid Gomesestá fechado com a presidente da República.

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Fernando Gabeira, o nome do PV, só mantém o propó-sito de participar da eleição porque deseja colaborar para levara decisão ao segundo turno. Se tentasse voltar à Câmara dosDeputados, seria vitorioso. O jornalista e escritor, o mineirocom sotaque carioca que fez história no Rio de Janeiro, temeleitores cativos na terra fluminense.

José Serra pretendia concorrer, pela terceira vez, ao Pa-lácio do Planalto. Considerava-se no direito de pleitear a in-dicação do PSDB. Minoritário no tucanato, cuja preferênciaé o projeto eleitoral de Aécio Neves, aproxima-se da novalegenda – Mobilização Democrática –, resultado da fusãoPPS-PMN. O partido recém-criado tende, porém, a marcharao lado de Eduardo Campos (PSB). Serra tem à disposiçãoa vaga para reconquistar o mandato de senador por SãoPaulo.

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Marina Silva, a Mulher da Floresta que colheu ao redorde 20 milhões de votos no pleito de 2010, enfrenta dificulda-des para registrar o partido de seus sonhos: Rede Susten-tabilidade. Uma refere-se à coleta de assinaturas. São ne-cessárias 500 mil com subscrições em pelo menos nove es-tados. Outra: as restrições impostas às novas siglas para oacesso aos recursos do fundo partidário e ao espaço no ho-rário eleitoral gratuito.

O ex-prefeito de Alto do Ro-drigues, Eider Medeiros, do PMDB,justifica os gastos da sua gestão,principalmente com a contrataçãode bandas, dizendo que o municípiovivenciava um momento ímpar deinaugurações na cidade em váriosdistritos nunca vistas na sua históriae de comemorações alusivas à fes-tas de emancipação política e AltoFolia, todas precedidas de licitaçãoe duração de quase 30 dias de fes-tividades. Ele explica que foramfeitos gastos com decoração no valorde 146 mil reais, também legaliza-dos através de licitação para umperíodo de 30 dias para inauguraçõesem vários distritos, relacionadas à

festa de emancipação e Alto Folia.“Nesse caso, excluímos o municípiodo estado de emergência”, observa.

Eider Medeiros entende que oatual prefeito Abelardo Rodrigues,do DEM, está querendo desviar aatenção do povo e das autoridadespara esconder o fracasso e até des-mandos que já ocorre na sua ad-ministração apesar do pouco tempoà frente da Prefeitura de Alto do Ro-drigues. “O prefeito tem que ex-plicar para onde foram os 20 milhõesde reais que entraram nos cofrespúblicos em apenas 100 dias do seugoverno”, ressalta o ex-prefeito,acrescentando que os vereadoresoposicionistas estão solicitando ao

Ministério Público uma investigaçãosobre os desmandos, na sua admin-istração, notadamente no setor desaúde onde faltam médicos e remé-dios para a população.

PERSSEGUIÇÃO POLÍTICAEider Medeiros disse também,

que a atual administração instalou oterror político em Alto do Rodriguesperseguindo funcionários públicosmunicipais que não votaram noprefeito Abelardo Rodrigues. Disseainda, que 1.300 famílias foram ex-cluídas do “Cartão Cidadão” que foiinstituído no seu governo com re-cursos próprios. “Essas pessoas tin-ham direito a cesta básica, remé-

dios, exames e cirurgia, além de out-ros benefícios”, lamenta o ex-prefeito Eider Medeiros. “O prefeitotem que esclarecer também como éque ele gasta 1 milhão de reais comfestas sem licitação em 2013 e semexcluir o município do estado deemergência”, observa o ex-prefeito.

Eider Medeiros conclui dizen-do que é praxe o prefeito fazer con-tratos sem licitação, principalmentepara a saúde beneficiando uma em-presa que já foi beneficiada na suaadministração anterior, condena-da, juntamente com o prefeito adevolverem mais de 3 milhões dereais pelo Tribunal de Contas doEstado. (JP)

> FOLIA

Ex-prefeito de Alto do Rodriguesjustifica gastos com carnavais

> EM DEFESA DO EX-PREFEITO

Presidente da Câmara de Macau afirma que MP não sabe investigar após “Máscara Negra”

Wellington RochaWellington Rocha

CIRO MARQUES

REPÓRTER POLÍTICA

Uma das consequências de des-cumprir as recomendações do Con-selho Nacional de Justiça (CNJ), oGoverno do Estado já vivenciounesta sexta-feira: teve a condição“desumana e caótica” de seus presí-dios expostas para todo o Brasil. Apróxima poderá vir se o Rio Gran-de do Norte continuar desconsideran-do o que solicita o CNJ: uma de-núncia a Organização dos EstadosAmericanos (OEA) ou aos tribunaisinternacionais, que poderiam resul-tar até mesmo numa interdição na ad-ministração estadual devido ao des-cumprimento aos direitos humanos.

Quem aponta é o juiz de Execu-ções Penais, Henrique Baltazar, quena sexta-feira acompanhou o presi-dente do CNJ, Joaquim Barbosa, noRio Grande do Norte e, em especial,a uma visita a penitenciária estadualde Alcaçuz. “Alcaçuz está com umproblema muito sério, um possívelsurto de doenças graves em razão,principalmente, dessa sujeira”, afir-mou Henrique Baltazar.

E é importante lembrar que essascondições vistas em Alcaçuz são se-melhantes às encontradas nos demaispresídios do RN, como falta de higie-ne e superlotação. Afinal, aqui noRio Grande do Norte, segundo núme-

ros do CNJ, há um déficit de quase3,5 mil vagas (somando todos os pre-sídios, o número de vagas é menorque três mil). Por isso, em 2010, naúltima inspeção realizada pelo CNJ,foi feita uma série de recomendaçõespara melhoria das condições dos pre-sídios e penitenciárias. Passados trêsanos, segundo o Conselho, pratica-mente nada foi feito.

Consequemente, segundo Hen-rique Baltazar, caso o Governo do Es-

tado continue descumprindo as reco-mendações do Conselho, as conse-qüências podem ser mais graves. “OCNJ não tem função jurisdicional. Otrabalho do CNJ é mais moral. Oque vai fazer é denunciar para o Bra-sil inteiro essa situação”. Vale lem-brar que nesta sexta, com a visita deJoaquim Barbosa ao RN, já foi pos-sível encontrar declarações dele emalguns veículos de comunicação na-cional sobre a avaliação da condição

potiguar, sobretudo, a “desumanida-de” dos presídios, classificados como“uns dos piores do Brasil”.

Além disso, “o que pode acon-tecer posteriormente é uma denun-cia na OEA, aos tribunais internacio-nais sobre a situação do Estado, serealmente não houver interesse doGoverno em resolver essas situa-ções”, afirmou Henrique Baltazar.Segundo o magistrado, uma eventualcondenação na corte internacional

poderia resultar em “problemas se-ríssimos para o Governo do Estadocomo por exemplo, verba serem blo-queadas, pode até em situação de li-mite, uma intervenção do Estado”.

Henrique Baltazar também co-mentou a falta de estrutura, no RioGrande do Norte, para promoveruma ressocialização de presos.“Bem… Ressocialização é um con-ceito que a gente nem tem traba-lhado, não tem nem como trabalhar

com essa estrutura, não tem comotrabalhar um conceito que não hácomo funcionar. Eu até coloco mais:esses presídios são ruins até parapunição, até como castigos. Elessão absurdos como castigos, por-que são castigos da idade média. Agente não consegue nem chegarnesse conceito de ressocialização. Éalgo que a gente só pode pensar nofuturo, depois que a coisa for me-lhorada”, colocou.

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 5Natal, 20 e 21 de abril de 2013Política

Estado pode ser denunciado aos tribunaisinternacionais por condições “desumanas”

Henrique Baltazar: “Esses presídios são ruins até para punição. Eles são absurdos como castigos” Além de Baltazar, Rosalba também ouviu de Joaquim Barbosa a avaliação negativa dos presídios

DENÚNCIA SERIA CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE ESTRUTURA EM PRESÍDIOS E DE AÇÕES DO GOVERNO PARA RESOLVER PROBLEMA

> CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO

TJ teve quase mil ações por corrupçãoe improbidade em tramitação em 2012

Em um momento em que sediscute o combate à corrupção pormeio da aprovação ou não da pro-posta de emenda à constituição(PEC 37), que na prática tira opoder de investigação dos ministé-rios públicos, o Tribunal de Justi-ça do Rio Grande do Norte e oConselho Nacional de Justiça(CNJ) divulgaram nesta semana osnúmeros da judicialização de pro-cessos referentes a crimes contraadministração pública. E no Esta-do, os números impressionam. Sãoquase mil ações em tramitação noJudiciário potiguar referentes a im-probidade administrativa e a cor-rupção.

Só com motivação de improbi-dade administrativa, foram exata-mente 978 processos que tramita-ram no TJ em 2012. E esse é, delonge, o crime que tem mais "adep-tos" no Estado e que continua numcrescimento consideravelmente ele-vado. Para se ter uma ideia, só noano passado, 121 denúncias dessaprática irregular foram recebidaspelo Tribunal do RN.

Se for feita uma média com re-lação ao número de dias do anopassado, é possível dizer que o Tri-bunal de Justiça recebeu uma novadenúncia sobre improbidade admi-nistrativa a cada três dias. Essecrime contra a administração públi-ca, para quem não sabe, é resul-tante de uma conduta incorreta, de-sonesta, ilegal, abusiva e com en-riquecimento ilícito do agente pú-blico, com prejuízo ao Erário oucom infrigência aos princípios daAdministração.

A improbidade administrativapode ser, por exemplo, tirar vanta-gem ilícita ou causar prejuízo aoerário por meio de gastos desneces-sários ou superfaturados, ou queatentam contra os princípios da ad-ministração pública, como a ques-tão da impessoalidade.

Não é praticado apenas por pre-feitos ou governador, se convémdestacar. As irregularidades na ad-ministração pública que configu-ram a improbidade administrativapodem ser praticadas por pessoasqualificadas como agentes públi-cos, na administração direta, indi-reta e fundacional, ainda que tran-sitoriamente, com ou sem remu-neração. Também as empresas in-corporadas ao patrimônio públicoe as entidades para criação ou cus-teio o erário haja concorrido ouconcorra com mais de 50% do pa-trimônio ou da receita anual. Aque-les que, mesmo não sendo agentespúblicos, induzam ou concorrampara a prática do ato de improbi-

dade ou dele se beneficiem sobqualquer forma, direta ou indireta-mente.

As penalidades envolvem res-sarcimento do dano, multa, perdado que foi obtido ilicitamente,perda da função pública, suspensãodos direitos políticos (de 3 a 10anos, conforme a hipótese) e proi-bição de contratar com o poder pú-blico. Contudo, no relatório divul-gado pelo TJ, não há informaçõessobre condenados nessa prática ouem qualquer outra, mesmo tendoocorrido 31 julgamentos dessa prá-tica em 2012. É importante lembrarque a improbidade administrativa,assim como o crime de corrupção,é uma das condenações que deixao gestor impossibilitado de se can-didatar a cargo público pelo perío-do de oito anos, segundo a Lei daFicha Limpa.

Com relação à corrupção, se-gundo os dados do TJ, foram 20casos denunciados e aceitos no Tri-bunal. Somado aos que já existiam,o Judiciário Potiguar viu tramitarem suas varas um total de 60 pro-cessos com esse tema. Durante todoo ano passado, apenas uma ação foireferente à corrupção foi julgada.

Isso, por sinal, ressalta a tesedefendida pelo presidente da Asso-ciação dos Promotores de Justiçado RN (Ampern), Eudo Leite,sobre a dificuldade de tramitaçãode processos referentes à corrupçãono Brasil. Por isso, inclusive, o MPtinha tanta dificuldade em colocar

seus denunciados na cadeia – emantê-los lá.

“Os políticos, a classe econô-mica poderosa nesse país, a gentetem uma grande dificuldade de co-locar na cadeia. Mas o MP temfeito um trabalho exemplar. Tem in-vestigado, tem acusado. Tem con-seguido prisões para permitir queo processo possa andar, prisõespreventivas, que permitem a nãodestruição de provas”, analisouEudo Leite.

Segundo ele, a condenação ounão, nesses casos, “é um problemado sistema judicial brasileiro”. “Éum problema de cultura. É um pro-blema do processo ser muito maiscomplexo, ter grandes advogados,que cria uma grande dificuldadepara o processo tramitar adequada-mente. Na verdade, os poderosos,a quem o MP atinge, realmente, hámuito mais dificuldade para queeles sejam condenados”, compa-rou o promotor de Justiça.

CNJSegundo o CNJ, nacionalmen-

te (com exceção do RN, que nãoenviou o relatório), o Poder Judi-ciário transformou em ação judi-cial, no ano passado, 1.763 denún-cias contra acusados de corrupçãoe lavagem de dinheiro e 3.742 pro-cedimentos judiciais relacionadosà prática de improbidade adminis-trativa. Em 2012, a Justiça realizou1.637 julgamentos, que resultaramna condenação definitiva de 205

réus. Com esses números, a quan-tidade de processos em tramitaçãosobre corrupção, lavagem de di-nheiro e improbidade chegou a25.799, no final do ano passado.

Enquanto isso, nacionalmente,um dos objetivos da pesquisa doCNJ é responder às indagações doGrupo de Ação Financeira Inter-nacional (Gafi), que avaliou deforma desfavorável as ações doBrasil para o combate a esses cri-mes, especialmente em decorrên-cia da falta de estatísticas proces-suais. O Gafi é um organismo in-ternacional sem personalidade ju-rídica que atua na esfera da Orga-nização para a Cooperação Inter-nacional e o Desenvolvimento Eco-nômico (OCDE) e reúne paísescom o propósito de fortalecer osmecanismos globais de prevençãoe repressão ao crime de lavagem deativos financeiros e financiamen-to do terrorismo.

A pesquisa também vai subsi-diar o Estado brasileiro no proces-so de avaliação da implantação daConvenção das Nações Unidascontra a Corrupção (Uncac). Outroobjetivo é dar cumprimento à Açãon. 01/2011 da Estratégia Nacionalcontra a Corrupção e a Lavagem deDinheiro (Enccla), coordenada peloCNJ, que consiste em implantarmecanismos de levantamento dedados e estatísticas nos órgãos en-gajados no combate à corrupção, àimprobidade administrativa e à la-vagem de dinheiro. (CM)

Eudo Leite: “Políticos, a classe econômica poderosa nesse país, a gente tem uma grande dificuldade de colocar na cadeia”

Wellington RochaWellington Rocha

Wellington Rocha

Sábado e Domingo6 O Jornal de HOJE CidadeNatal, 20 e 21 de abril de 2013

A comunidade do Leningrado,loteamento na zona Oeste de Natal,recebeu durante todo este sábadouma ação social promovida pelaDefensoria Pública do Rio Grandedo Norte. Em uma fila que rodea-va o Centro Municipal de Educa-ção Infantil Professor Arnaldo Ar-sênio de Azevedo, as pessoas espe-ravam ansiosamente para conquis-tar direitos básicos como a primei-ra ou segunda via da Carteira deIdentidade. Segundo a defensorageral do Estado, Jeanne KareninaBezerra, o projeto 'Defensoria Pú-blica na Comunidade' visa benefi-ciar a população com serviços de ci-dadania.

"Além do Leningrado, as co-munidades vizinhas também foramconvidadas a participar dessa ação,como o caso do Sandra Celeste eo Monte Líbano. Nossa intenção éoferecer os mais variados servi-ços que caracterizam o direito àcidadania", disse Jeanne Bezerra."Esse é o segundo ano que estamosno Leningrado. Esperamos um mí-nimo de 800 pessoas aqui, mascom a expectativa de bater os 1,2mil atendimentos realizados noano passado".

A execução do projeto'Defensoria Pública na Comunidade'é realizada em parceria com o Cen-tro Espírita Bezerra de Menezes,que promove ações sociais em diver-sas comunidades em Natal, ajudan-do a identificar as necessidades maisurgentes da população. Na oportu-nidade, os moradores podem contarcom atendimento jurídico prestadopor Defensores Públicos do Estadoe federais, além de uma equipe mul-

tidisciplinar composta por psicólo-go, assistente social, funcionáriosda Central do Cidadão - que reali-za a confecção de CPF's e Carteirade Trabalho - e do ITEP/RN, queoferece a primeira e segunda via daCarteira de Identidade.

"Como se trata de uma popu-lação que não dispõe desses servi-ços diariamente, a procura é sem-pre muito grande, pois evita queeles tenham que se deslocar desuas casas. E nós sabemos que osistema de transporte aqui é bas-tante precário. Nós acolhemostodas as demandas que nos apare-ce. Damos continuidade às açõesjudiciais e emitimos documentospessoais, garantindo a entrega empoucos dias", explicou Jeane.

Outras instituições também

fazem parte da ação, como a Secre-taria Municipal de Saúde de Natal(SMS), Secretaria Municipal deTrabalho, Habitação e AssistênciaSocial (Semtas) e o Instituto Nacio-nal de Seguro Social. "São entre-gues fichas que dão acesso a todosos serviços oferecidos. Não há li-mitação. Ao mesmo tempo em queuma pessoa precise vir retirar suacarteira de identidade, também podeaproveitar para dar alguma entradacom algum procedimento jurídico,caso seja de seu interesse", disse adefensora geral do RN.

A maior demanda identifica-da na fila que se formava em tornodo CMEI no Leningrado é pelanecessidade da Carteira de Identi-dade. Maria Navegantes, 52, umadas primeiras a chegar no local,

disse que não podia perder essaoportunidade. "Cheguei aqui às 4hda madrugada só para ter direito aum registro. Sou de Lagoa dePedra, mas moro nessa comuni-dade há mais de cinco anos. Essaoportunidade evita que eu tenhaque me deslocar daqui. Não podiaestar de fora", disse.

Esperando na fila desde às 6hda manhã, Andressa da Silva, 27,também quis garantir seu registro."Nós que moramos aqui não temosmuita opção de transporte. Alémdisso, não tenho como deixar meusfilhos sozinhos em casa para ir atéum local onde possa retirar a Car-teira de Identidade. Mesmo cansa-da e com o braço doendo de tantosegurar meu filho, vale à pena es-perar", afirmou.

É raro encontrar pessoas cami-nhando pelas ruas de Morro Bran-co, na zona Sul de Natal. As residên-cias, em sua maioria, possuem murosaltos, cercas elétricas e câmeras desegurança. Tudo isto porque écomum encontrar pessoas que te-nham sido vítimas de assaltos nos úl-timos dias. Apopulação reclama quenão há policiamento no conjuntoque, segundo os moradores, é domi-nado pelos assaltantes. Na manhãdeste sábado (20), dezenas de mo-radores se reuniram, em uma casa derecepções, em uma mobilização con-tra a insegurança na região. O atocontou ainda com representantes daPolícia Militar e da Polícia Civil. Apopulação reivindica a construção deum posto policial próximo a Lagoado Jacaré.

O presidente da Associação Po-tiguar em Defesa da Cidadania,Mário Emerenciano, disse que o mo-vimento surgiu pelo alto índice deassalto tanto em Morro Branco,quanto em Nova Descoberta. "Quaseque diariamente uma casa é assal-tada na região e não há policiamen-to. É necessário que seja tomadauma providência urgente para quepossa frear a ação desses bandidos.Não podemos continuar com essasituação", destacou. Mario conta quea ideia é que seja construído umposto policial. "Se preciso for, a po-pulação se reúne e constrói o prédio,mas o que queremos é que tenhamospoliciais para que possam nos garan-tir a segurança e o direito de ir e virem nosso próprio bairro", destacou.O evento também contou com a pre-sença dos vereadores Ary Gomes,Felipe Alves e Rafael Motta.

As histórias de assalto, seqües-tro e medo se acumulam entre osmoradores de Morro Branco. MárioEmerenciano já foi vítima de assal-to. "Aminha filha estava sozinha, porvolta das 15h, e um marginal entrouna minha casa e, por sorte, quandominha filha o avistou, ele se assus-tou e saiu correndo. Não levou nadae nem fez nada com ela, mas o sustofoi grande e a sensação de insegu-rança persiste", relata.

Ed Batista mora na rua NélioTavares. Ela conta que a filha foiassaltada ao chegar da faculdade eum mês após ela e a irmã foram, no-vamente, vítimas de assalto, nomesmo lugar: em frente de casa."Um rapaz armado abordou aminha irmã quando ela entrava emcasa, por volta das 22h. Um mês de-pois estava na porta da minha casacom minha irmã e fomos aborda-das por dois homens que chegou

em um carro. Um desceu e o outroficou no carro. Graças à Deus foiapenas a perda material e o trauma.Hoje me sinto apavorada de nãopoder chegar nem na porta daminha casa para conversar. Somosreféns dentro de nossas próprias re-sidências", desabafa.

O representante comercial Ro-naldo Lima foi vítima de assaltona última terça-feira (16). Ele morana rua Abelardo Calanfange que,em menos de três meses, já teveseis residências assaltadas. Porvolta das 15h da última terça-feira,Ronaldo tirou o carro da garageme quando desceu do carro para fe-char o portão foi abordado por doishomens armados. "Eles me aborda-ram, colocaram a arma na minha ca-beça e cinco minutos foi o suficien-te para eles fazerem o arrastão. Le-varam celulares, notebook e dinhei-ro. Além disso, eles levaram o carro,mas largaram mais a frente", rela-tou. Ronaldo Lima disse que o sen-timento que teve na hora foi deódio. "Tive vontade de partir paracima, mas fiquei receoso com oque ele poderia fazer com o meufilho. A minha esposa estava dor-mindo dentro do quarto e graças aDeus ele não foi até lá. Hoje, o cui-dado é redobrado, mas o medo éconstante. Estou com muita raiva eao mesmo tempo me sinto impoten-te", afirmou.

A dona de casa Maria Euniceda Rocha conta que a casa dos seuspais, de 94 e 92 anos, foi assaltadano último sábado (13). No momen-to em que o marido foi à calçada,dois assaltantes o abordaram e inva-diram a casa, que tinha sete pessoas,inclusive os idosos. "Eles ficaram

quatro minutos dentro de nossa casae chegou a apontar a arma na cabe-ça do meu pai de 94 anos. Os ban-didos levaram o celular do meu ma-rido. Enfim, o terror e o medo foigrande. Meus pais ainda estão emchoque", relatou Maria Eunice quevai entregar as fitas do vídeo de se-gurança para a polícia.

O delegado geral da PolíciaCivil, Fábio Rogério, disse que re-centemente foi adquirida uma De-legacia Móvel que deve ser inaugu-rada em breve e também ficará àdisposição da população de MorroBranco para denunciar e colaborarcom a polícia nas investigações. "Apopulação precisa informar tudo oque presenciou, pois a Polícia nãopode estar em todo lugar, e a comu-nidade fica sendo os olhos da Polí-cia", disse. O delegado deu a dica decomo a população deve agir quan-do perceber um carro circulandopelas ruas de Morro Branco. "Nãose atentem se o carro tem ou nãopelícula, mas a primeira coisa quese tem a fazer é olhar para a placa,fixar, anotar e passar imediatamen-te para Polícia", destacou.

O representante da Polícia Civildisse que apesar do quadro reduzi-do, que dificulta o trabalho da polí-cia, a Polícia está empenhada e fo-cada em diminuir a criminalidade."Estou assumindo o compromisso defazer grandes operações em MorroBranco no sentido de tirar de ope-ração os bandidos. Nosso objetivoé diminuir a criminalidade e devol-ver a sensação de segurança à po-pulação", destacou. Durante o pro-testo, o delegado deixou o telefoneparticular à disposição da popula-ção para denúncias.

> INSEGURANÇA

Reunião contra insegurança contou com representantes das Polícias Militar e Civil

Moradores do Leningrado, Sandra Celeste e Monte Líbano formaram fila desde às 4h da manhã para participar da ação

Defensoria Pública do Estado promovemutirão de atendimento no Leningrado

Infiltrações derrubamparte do posto policialna Via Costeira

EXPECTATIVA É SUPERAR OS 1,2 MIL ATENDIMENTOS REALIZADOS EM 2012

Moradores de Morro Branco protestamcontra o alto índice de criminalidade

> FALTA DE ESTRUTURA

O principal posto do Comandoda Polícia Rodoviária Estadual(CPRE) na zona turística de Natalestá em ruínas. Após meses de in-filtrações, a guarita localizada naavenida Governador Dinarte Mariz,a Via Costeira, viu o desabamen-to da laje da fachadacomo mais um retratoda falta de estrutura daSegurança Pública noRio Grande do Norte.Ao lado de hotéis e in-serida em um trechoda cidade que é palcode freqüentes aciden-tes, com festas reali-zadas todas as sema-nas, o pequeno prédioestá abandonado.

O forte odor de fezes e urina,fios descascados e pendurados naentrada, um cone e luminárias que-bradas completam o cenário de-gradante. O que deveria ser um dospontos de fiscalização obrigatóriaem uma via que possui tráfego in-tenso, virou um ambiente propício

para vândalos e usuários de drogas.Para o coronel Canindé Freitas, co-mandante do CPRE, o problema éantigo e foi levado ao comando daPolícia Militar. "O posto está umdia parado. Já estamos providen-ciando a reforma. Isso não foi feito

antes por falta de lici-tação para a aquisiçãode materiais".

Com dois homenspor turno e até 50, emdias de operação, se-gundo o coronel, oposto da Via Costeiraé importante na logís-tica do órgão. "Ali nãopode deixar de ternossa presença. Tem

que estar ocupado o tempo todo,como sempre foi. Vamos colocarum trailer, em caráter provisório,até o início das obras. O coronelAraújo [comandante geral da Po-lícia Militar do RN] garantiu quena próxima semana começamos atrabalhar a reforma do posto", ga-rante Coronel Canindé Freitas.

José Aldenir

José Aldenir

Herácles Dantas

Após meses de infiltrações, laje da fachada do posto da Polícia Rodoviária cedeu

‘“Vamos colocar um trailer, em caráter provisório, até o início das obras”

CEL. FREITAS

COMANDANTE DO CPRE

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 7Natal, 20 e 21 de abril de 2013

Economia

Divulgação

SYLVIA SÁ - (INTERINA)

Empresas de loteamentosofisticam seu produtoEMPRESÁRIOS QUEREM AGREGAR VALOR E ATRAIR CLASSE C

Para atrair a Classe C, que hojejá representa 54% da população daregião metropolitana da capital, em-presas do setor de loteamentos econstrução civil estão agregando aseus empreendimentos benefíciose valores agregados para aumentaras vendas.

De olho nesse consumidor, queatualmente já tem acesso a bens deconsumo antes relegados apenas àclasse média, as empresas apostamtambém na cobrança de parcelasbaixas, que caibam no orçamentomensal.

Para Ana Claudine, diretora daPhoenix Empreendimentos, o se-gredo é saber dosar o "melhor pelomenor preço". E dá o caminho daspedras: "O empreendimento preci-sa apresentar equipamentos e in-fraestrutura que sejam diferentesdaqueles voltados para a Classe C,costumeiramente. O fato de ser po-pular, não significa produto sem be-nefícios", comenta.

Segundo a empresária, que atuana área de loteamentos, esses in-centivos representam para a clien-tela a forma mais rápida que eladispõe para obter a casa própria,

com condições e valores favoráveisde financiamento.

"Para o empreendedor, são pro-gramas que ajudam na ocupaçãodos empreendimentos e com isto, re-presentam a consolidação do suces-so como foi o Bosque das Colinas.A partir do momento que a ocupa-ção ocorre, a área passa a se valo-rizar mais rápido, além de termos

uma ocupação ordenada, com casaspadronizadas de acordo com o exi-gido pelos agentes financiadores",explica.

Quanto menor for o valor deum financiamento, melhor. Para AnaClaudine, pedir dinheiro empresta-do é caro e compromete o orçamen-to por um longo período. "Se você

não tem dinheiro para comprar seuapartamento à vista, espere mais al-guns anos para pelo menos finan-ciar uma parte menor do valor doimóvel", sugere. "Talvez valha apena continuar pagando aluguel pormais um tempo. Pode parecer estra-nho, mas será mais barato. É claroque você deve optar por um imóvelmais em conta, porém bem locali-zado", disse.

Ela lembra que o principal riscode comprar um imóvel na planta éa quebra da construtora. Como nin-guém quer ver as economias de anosde trabalho irem por água baixo arecomendação de Ana Claudine éprocurar empresas com tradição nomercado e solidez, e livres de recla-mações no Procon.

Outro perigo, segundo ela, é opreço da obra variar muito durantea empreitada. Isso é mais comumcom as obras "a preço de custo" doque aquelas "por empreitada". Amelhor dica, que vale para qualquernegócio, é a contratação de um bomadvogado. "Tenha total confiançaneste profissional, já que você es-tará entregando seu futuro em suasmãos", lembra.

Mercado de loteamentos passa por uma nova fase de mudanças e busca de caminhos que melhorem os negócios

No futuro, o regime de apo-sentadoria das mulheres estará bempróximo a dos homens e os servi-dores públicos terão que comple-mentar suas contribuições para ga-rantir o padrão de vida quando fi-nalmente tornarem-se inativos.

Essas e outras tendências sobreo futuro da Previdência no Brasilforam debatidas num semináriorealizado esta semana em Natalpela Associação Nacional dos Ser-vidores da Previdência e da Segu-ridade Social -Anasps/RN.

Para Leonardo Alves Rangel,coordenador de Estudos Previ-denciários do Instituto de Pesqui-sa Econômica Aplicada (IPEA),palestrante convidado para abriro evento, são questões polêmicasque precisam ser encaradas, poissó assim se manterá uma susten-tabilidade de toda a seguridadesocial.

No Brasil, há dois regimes pre-videnciários distintos: o RegimeGeral de Previdência Social(RGPS), abrangendo os trabalha-dores do setor privado, e o Regi-me Jurídico Único (RJU), para osservidores públicos.

Hoje, o sistema geral da Pre-vidência, que rege os empregadosda iniciativa privada, tem um dé-ficit entre R$ 40 bilhões e R$ 50bilhões. No setor público, o cres-cimento da conta especialmentedo primeiro governo Lula tambémfoi bastante significativo, o que

tem feito especialistas buscaremsoluções factíveis de curto e médioprazo para resolver essa necessi-dade de financiamento.

Aprevidência brasileira admi-nistra hoje um dos maiores pro-gramas de renda mínima domundo, na exata proporção em quepaga benefícios de um salário mí-nimo por mês a 7,9 milhões debrasileiros que não contribuírampara a previdência social. "A so-ciedade em comum acordo con-cordou em pagar essa conta ao edi-

tar a Constituição de 1988", lem-brou Rangel.

No caso da contribuição dasmulheres, Rangel esclarece nãopregar uma equiparação no limitede idade de ambos os sexos para65 anos (a mulher hoje é 60 anos),mas afirma que as estatísticas mos-tram que as mulheres em médiavivem mais do que os homens esua presença no mercado de traba-lho, até do ponde de vista do sa-lário, tem crescido significamen-te nos últimos 30 anos.

Previdência mais sustentávelé motivo de debate em Natal

> APOSENTADORIA

Leonardo Rangel, coordenador do IPEA: polêmicas precisam ser encaradas

Wellington Rocha

‘“O empreendimento precisar apresentar

equipamentos diferentesdaqueles normalmente

voltados para a classe C”

ANA CLAUDINE

DIRETORA DA PHONEIX EMPREENDIMENTOS

Algumas medidas definitivas para amenizar os efeitos da seca no RN n A coluna abre espaço para publicação do textode Carlos Ferreira de Azevedo, Engenheiro Agrô-nomo com mestrado em Zootecnia. Com o título "Aseca no Rio Grande do Norte", o mestre sugere al-gumas medidas definitivas (que precisam ser ado-tas de forma preventiva, e não emergencial) paraamenizam o sofrimento do homem do campo e evi-tar desastres econômicos durante os previsíveis pe-ríodos de seca. Confira:n "A seca no Rio Grande do Norten "A afirmação "combate à seca" é um sofisma. Aseca é simplesmente consequência periódica daação do conjunto de características ambientais daregião, especialmente dos elementos do clima e nãouma desgraça da natureza. Se chover 700 mm/anoé precipitação normal, muito além disso é enchen-te e muito menos é seca. O registro de algumasgrandes secas, no passado, foi consequência de fa-tores climáticos, agora a frequência com que elasvêm acontecendo, nas últimas décadas, se devemais a agressão do homem à natureza. São lança-mentos de gases na atmosfera, desmatamentos cri-minosos, alterações de relevo, assoreamento de bar-ragens, açudes, rios e riachos, enfim, ação preda-tória e inconsequente do homem. Temos visto bonse ruins invernos nessas últimas décadas e, desdeentão, ouvido apenas promessas de governo nosmomentos difíceis, mas nunca medidas definitivasque permitam a convivência com a seca, quando elasacontecem. Que medidas são essas? n "Quanto à infraestrutura será a transposição daágua do Rio São Francisco; o desassoreamento debarragens, açudes e rios, pois tais providências au-mentam a capacidade hídrica desses reservatóriospara a irrigação, peixamento e liberação de água parafuturas barragens submersas à jusante dos mesmos,além de perenizar rios secos; perfurar poços ama-zonas em aquíferos de água doce para atender omeio rural, com dessanilizadores se for preciso. n "Quanto à pecuária será a recuperação do reba-nho leiteiro dizimado pela seca através de um pro-

grama de parceria Governo Federal-Estadual-Pro-dutor Rural, onde ele receba matrizes mediante suacapacidade de suporte e nível tecnológico e cujo pa-gamento seja subsidiado, recuperando assim o me-ritório programa do leite; construir silos e fenoscom crédito a fundo perdido, mas que seja de formapreventiva e não emergencial; melhorar o suporteforrageiro da caatinga com plantio denso de palma,banco de proteína de leucena e de outras legumi-nosas nativas, principalmente propiciando uma gran-de expansão de plantas velhas conhecidas do ser-tanejo como o bordão de velho, mororó, umbuzei-ro, jucazeiro, juazeiro, maniçoba etc, pois somen-te estas sobrevivem à adversidade da caatinga; pas-sar a usar ureia e resíduos de polpas de frutas; criarcooperativas agrícolas em todas as sedes de muni-cípios para que elas gerenciem o armazenamentoda produção local. n "Na Europa o inverno é pior que a seca do Nor-deste. Lá a neve cobre as pastagens, as geadas quei-mam a lavoura, os rebanhos são estabulados e com-patíveis com o tamanho das propriedades, porém al-tamente especializados, aonde vacas chegam a pro-duzir, em média, 50 litros de leite/animal/dia e ca-bras em torno de 5 litros. Mas, lá o produtor temassistência técnica competente dos órgãos públi-cos, os alimentos volumosos preservados são le-guminosas que tem em média 18% de proteína brutanas folhas, enquanto as gramíneas (capins) que nósensilamos ou fenamos tem apenas 5%. n "É difícil conviver com a seca, é. Mas, se exis-tir decisão política como o caso requer, o quadroserá revertido em poucos anos. Que seja criada umaComissão Especial com técnicos capazes e hones-tos para coordenar os trabalhos. O governo socor-re bancos falidos com volume de recursos na faixade bilhões. Atende países sob catástrofes naturais,por que não acudir seu povo em hora tão angustian-te, cuja situação é tão grave quanto essas citadas,já que se trata do futuro e bem-estar de uma regiãobrasileira? n Carlos Ferreira de Azevedo - Engenheiro Agrô-nomo MSc em Zootecnia"

Convenção de Cerâmica Vermelha discute qualidade, sustentabilidade e licençasnA8ª Convenção da Região Nor-deste de Cerâmica Vermelha, queacontece neste fim de semana emNatal, abordou três questões im-portantes nesta sexta-feira.n A primeira delas, com o tema"Eficiência energética e sustenta-bilidade na cerâmica vermelha",foi discutida pelo assessor técni-co e da qualidade da AssociaçãoNacional da Indústria Cerâmica,Max Piva, que enfatizou a impor-tância da adequação das empre-sas às normas do INMETRO ede outros órgãos competentes.n Para Max Piva, qualquer con-sumidor pode processar a empre-sa que oferece um produto debaixa qualidade. "Então, façamos produtos dentro das normas",alertou.n Em seguida, Maurício Henri-ques Junior, do Instituto Nacionalde Tecnologia, INT, enfatizou otema "Projeto EELA (Eficiênciaenergética das Ladrilhas) comoferramenta para sustentabilidadeno setor de cerâmica vermelhapara a região do Semi-Árido".n Maurício falou sobre o proje-to que é feito simultaneamenteem sete países da América Lati-na e visa contribuir no combate àsmudanças climáticas através daredução da emissão de gases po-luentes das cerâmicas.nA última palestra da tarde, rea-lizada por Sérgio Macedo, coor-

denador de meio ambiente doIdema-RN, foi sobre os tipos delicenças ambientais que podemser liberadas ou não pelo órgão,dependendo do grau de adequa-ção de cada empresa. n "Toda empresa deve buscar seadequar às normas com o objeti-vo de amenizar, o máximo possí-vel, a degradação do meio am-biente", comentou.

Capuche comemora 19 anos de atuação na construção civiln O Grupo Capuche comemora,neste mês de abril, 19 anos deatuação no mercado da constru-ção civil.nAo longo destas quase duas dé-cadas, o grupo comandado porEdson Matias construiu aliançasvencedoras, atingiu marcas im-portantes e está entre as maioresempresas da região Nordeste. n Para ter uma ideia da partici-pação da Capuche no mercado,somente em 2005 a construtorafoi responsável por 38% do volu-me de imóveis lançados no RioGrande do Norte. E no final doano passado, uma importante metafoi comemorada: a entrega de1.262 unidades dos seus empreen-dimentos, no período de 24 meses.n E para este ano serão investi-dos mais de R$ 100 milhões naconsolidação de projetos da cons-trução civil, entre eles a constru-ção do Praça das Dunas Shop-ping Center, em Parnamirim.

nA expectativa é que o empreen-dimento seja inaugurado em 2016,com obras previstas para começarem 2014.

Cade e PRF realizam busca e apreensão em suposto cartel de farinha de trigon A Superintendência-Geral doConselho Administrativo de De-fesa Econômica (Cade) realizoubusca e apreensão de documentosem uma operação que investigasuposto cartel no mercado de fa-rinha de trigo na região Nordes-te. nAs buscas aconteceram esta se-mana nas cidades de Maceió(AL), Fortaleza (CE), Natal (RN)e Recife (PE), com o apoio daPolícia Rodoviária Federal.nAo todo, 15 mandados de bus-cas foram cumpridos em seis em-presas de moagem, três distribui-doras de farinha de trigo e uma as-sociação. n A operação foi motivada porpedido do Cade e autorizada pelaJustiça Federal, com base em de-núncias de que havia reuniões fre-quentes entre diretores das em-presas de moagem e distribuiçãode farinha de trigo para negociarpreços, condições de venda e di-visão do mercado - o que confi-guraria a prática de cartel.nTambém se apurou que o preçoda farinha de trigo no Nordeste éaproximadamente 20% superiorao valor médio praticado na Re-gião Centro-Sul.

CONRADO CARLOS

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Semana retrasada Jadson André estava na In-donésia para gravar imagens em um dos lugaresonde costuma exibir seu talento com uma pran-cha de surf. Foram 20 dias em que ondas e tran-qüilidade renderam um bom material para umaespécie de documentário sobre a vida do meni-no pobre da Vila de Ponta Negra que virou umdos principais surfistas do circuito mundial, aponto de bater o mítico Kelly Slater na final daetapa brasileira do WCT (World ChampionshipTour; a elite da modalidade, hoje chamada deASPWorld Tour, ou simplesmente WT), em 2010,na praia catarinense de Imbituba.

Na manhã deste sábado (20), as areias escal-dantes e o mar de Ponta Negra acolheu amigosem um campeonato com cara de confraterniza-ção de uma turma que viu o jovem de 23 anoscrescer como homem e atleta. Sem nome, mascom premiação garantida a partir das quartas-de-final, o evento custou R$ 12 mil, valor desem-bolsado pelo próprio Jadson (também participan-te de uma das baterias). Foi adotado o mesmo for-mato do WT, em que 12 baterias reúnem três sur-fistas em cada uma delas, para garantir a seme-lhança com o grande sonho de todo garoto queadquire uma prancha e arrisca manobras nas águasdo Oceano Atlântico.

"Tinha essa ideia há muito tempo, mas sóagora foi que tive uma janela das competições.É uma forma de agradecer o que essa galera fezpelo surf e por mim. Ninguém pagou inscrição eainda tem um dinheirinho legal para os primei-ros colocados. Só quero que a galera corra, comoeu fazia todo final de semana. Foi isso que mefez ser competitivo. Eu participava de umas 50competições por ano". Jadson comprou um apar-tamento em um dos trechos mais nobres de PontaNegra, onde passa apenas dois meses do ano. "Oresto do tempo eu estou pelo mundo".

O ano de 2013 é quase um recomeço para 'omenino da Vila'. Uma grave contusão (entorse erompimento dos ligamentos do joelho direito euma lesão na virilha), no começo do segundo se-mestre do ano passado, fez com que o restante

do circuito ficasse prejudicado. O resultado foi asaída do WT e o retorno ao WQS, a segunda di-visão do surf mundial. "Nos anos anteriores, emjulho, mais ou menos, eu já estava garantido naelite do ano seguinte. Dessa vez não foi possível.Mas um joelho quebrado não é nada, perto do queeu já passei na vida". Filho de uma ex-emprega-da doméstica e um pedreiro, Jadson virou prove-dor de uma família que ainda inclui um irmão com20 anos e uma irmã, com 17.

Refeito do susto no joelho, uma pré-tempo-rada na Costa Rica (pelo quarto ano seguido) foiintercalada entre trabalho técnico e físico, com ses-sões de musculação e cuidados com a alimenta-

ção. "Cara, tenho dois meses de férias, em dezem-bro e janeiro, não sei o que é dia, nem noite. Voupara festas com a galera e curto o que um carade minha idade tem que curtir. Mas a partir dodia 20 de janeiro, paro com tudo e foco no surf.É um meio muito competitivo, que depende ex-clusivamente de você. Uma ressaca que seja, umaperna tremendo, já atrapalha tudo e faz você per-der competições".

E as 'tentações' são variadas. Assim como orock e o futebol, mulheres bonitas circulam pelomeio do surf, e festas animam participantes ao tér-mino das competições. Solteiro, Jadson brincacom a possibilidade de casar e diz que o único

compromisso é com o esporte. "É a hora de in-vestir na profissão. Só depois dos 30 anos vou pen-sar nisso. Até lá, quero competir até não agüen-tar mais". Com etapas cuja premiação atinge R$150 mil para o campeão, a modalidade surgidana Austrália e nas ilhas polinésias, no OceanoPacífico, e 'patenteada' para o Ocidente pelo Ca-pitão James Hook, virou um negócio que movi-menta milhões de dólares em competições reali-zadas em lugares paradisíacos.

"Já fui em muito lugar bonito, mas nada secompara com as Maldivas, a Indonésia, o Taiti eo Brasil. Foram os lugares que escolhi para fil-mar e que sempre estou indo pegar as melhoresondas. Cada uma tem sua particularidade, mas emtodas as ondas são excelentes. Principalmente naIndonésia. Hoje, graças a Deus, vivo do meu tra-balho. Se eu parasse de competir hoje, estariatranqüilo [financeiramente] pelo resto da vida".Jadson tem o projeto de registrar a marca PontaNegra Kings e transformá-la em um grande even-to do surf no Estado. "Não está longe de issoacontecer".

Jadson tem uma parceria prevista com o primoRonny Marques, lutador de artes marciais mis-tas (MMA). Ambos têm representatividade nasmodalidades que escolheram (Ronny luta noUFC) e querem usar a abertura na mídia e compatrocinadores para crescer a cena do esporte'underground' em Natal. "Esse aqui é só para agalera curtir, mas vamos fazer algo maior. Podemaguardar. Talvez algo para a molecada, que tempotencial, mas não uma pessoa que trabalhe paraelas. Natal tem bons surfistas, com potencial dechegar a elite, como o Mateus Sena".

Foi-se o tempo em que ele precisava pedirR$ 2 emprestado para completar as despesasem um dia na praia. "Eu já vendi picolé e côcoaqui na praia. E juntava latinhas. Sabia que 60delas davam um quilo, e que esse quilo valia R$3,20. Então eu pedia mais um pouco para quempodia me ajudar, porque precisava comer e vol-tar para casa. Agora minha vida é outra. Mas con-tinuo por aqui, com os amigos de sempre. Possoestar onde estiver, mas a única certeza que tenhoé que vou voltar para Ponta Negra e encontrara galera de sempre".

Na manhã deste sábado (20),a Praça Cívica de Natal se trans-formou em um Kartódromo equem passou pelo local pode verde perto um piloto profissionalde kart correndo pelas ruas pre-viamente interditadas, fazendomanobras radicais e inusitadas. O

movimento foi realizado pelo pi-loto potiguar Johilton PavlakFilho, campeão conhecido nacio-nal e internacionalmente, que rea-lizou um teste de segurança paraconhecer de perto as condiçõesdas ruas e a estrutura do local,onde em outubro, acontecerá o

GP Kart Solidário.O teste de segurança faz parte

das exigências da ConfederaçãoBrasileira de Automobilismo(CBA) para a realização do even-to que reunirá em Natal, dez gran-des nomes da Stock Car, da Fór-mula Truck e outras categorias parauma grande competição. Este seráo primeiro evento deste porte rea-lizado no Rio Grande do Norte eestá sendo organizado pela empre-sa P13 e pelo em-presário JohiltonPavlak.

Segundo Johil-ton Pavlak, o even-to será uma opor-tunidade de promo-ver a prática do kartdo Estado para todoo Brasil. "O GPKart Solidário vai ser um eventoextraordinário no Rio Grande doNorte, estado que sempre teve com-petições, mas que nunca foram bemdivulgadas e promovidas. Temosótimos pilotos aqui, que correm noexterior, em outros estados, e pre-cisamos mostrar a força do Kartem nosso Estado", disse Johilton.

Além de promover o kart e ospilotos potiguares, o GP Kart So-lidário tem cunho social, com o

objetivo de beneficiar instituiçõesde caridade que atuam no RN. Pro-jetado para receber cerca de cincomil espectadores pagantes, 10%da renda da bilheteria será doadaentidades parceiras como a Casa doBem, a Associação Amigos do Co-ração da Criança (Amico), a Asso-ciação de Pais e Amigos Excepcio-nais (Apae), o Projeto Semear, oGrupo de Apoio à Criança comCâncer (Gacc) e a Sociedade Ami-

gos do Deficiente Físico(Sadef).

De acordo com Johil-ton Pavlak, o evento tam-bém irá reaproximar okart da população, já quedesde que o Kartódromofoi desativado, os que pra-ticavam o esporte nãopodem mais fazê-lo.

"Queremos aproximar esse espor-te da população, pois muitas pes-soas costumavam ir ao Kartódromopara praticar, por hobby ou atémesmo na tentativa de se aperfei-çoar. Com o GP Kart Solidário es-tamos unindo o útil ao agradável,e em breve, acredito que os nata-lenses terão de volta um Kartódro-mo, pois esse evento pode ajudar aspessoas a olharem o kart de formadiferente", afirmou Johilton.

C M Y K

Sábado e Domingo8 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013 Cidade

> COM PILOTO PROFISSIONAL

Teste para GP de Kart transformaPraça Cívica em Kartódromo

Corrida de teste verificou estrutura do local onde acontecerá o GP Kart Solidário

‘“Temos ótimos pilotosaqui, que correm noexterior, em outros

estados, e precisamosmostrar a força do Kart

em nosso Estado”

Menino da Vila volta para casa

Segundo Johilton Pavlak, evento também irá reaproximar o kar t da população

SURFISTA POTIGUAR, JADSON ANDRÉ, ORGANIZA CAMPEONATO PARA AMIGOS, NA PRAIA DE PONTA NEGRA

Jovem de 23 anos fez parte daelite da modalidade em que venceu a lenda Kelly Slater

Fotos: Herácles Dantas

Fotos: José Aldenir

Sábado e Domingo Natal, 20 e 21 de abril de 2013 O Jornal de HOJE 9

C M Y K

Cidade

Em menos de 24 horas, a Jus-tiça estadual mudou o rumo da ges-tão do Hospital da Mulher Partei-ra Maria Correia, localizado emMossoró, região Oeste do Estado,por duas vezes. Nesta sexta-feira(19), o juiz da 5ª Vara da FazendaPública de Natal, Luiz AlbertoDantas Filho, suspendeu o contra-to do Instituto Nacional de Assis-tência à Saúde e à Educação (Inase)com o Governo do Estado e deter-minou que, no prazo de cinco dias,a Secretaria Estadual de Saúde Pú-blica (Sesap) assumisse a gestãodo Hospital da Mulher. No entan-to, no final da noite, o desembar-gador do Tribunal de Justiça doRio Grande do Norte, ExpeditoFerreira, decidiu acatar o Agravode Instrumento com Suspensivida-de impetrado pelo Ministério Pú-blico (MPRN) e Procuradoria Geraldo Estado (PGE) e manteve a in-tervenção no Hospital da Mulherpor 90 dias. O interventor, Mar-condes Diógenes, voltou a condu-zir a gestão da unidade.

Em decisão anterior, que mo-tivou o recurso do MPRN/PGE, ojuiz da 5ª Vara da Fazenda Públi-ca de Natal, Luiz Alberto Dantas,havia revogado a intervenção judi-cial no contrato de gestão da uni-dade. No início da noite, a asses-soria de Imprensa do Governo in-formou que, na segunda-feira, serãoefetuados pagamentos de saláriosdos funcionários e de parte dos dé-bitos com os fornecedores. O pro-curador Geral do Estado, MiguelJosino, confirmou que a partir dapróxima segunda-feira, o pagamen-to de R$ 2,3 milhões será feito. "Éuma determinação da governado-ra que o serviço seja prestado, apopulação continue sendo atendi-da e os débitos sejam pagos".

Diante da decisão e da impos-sibilidade de o Governo do Estado

em assumir a administração do Hos-pital da Mulher, pelo menos em umprazo tão estreito, a ProcuradoriaGeral do Estado, juntamente com oMinistério Público Estadual, entroucom recurso alegando que o Execu-tivo não dispõe de condições para,em cinco dias, assumir as atividadese os serviços da unidade hospitalar.

"Foi uma decisão tão absurda,que colocava em risco à vida demulheres, bebês e recém-nascidos.O Tribunal de Justiça entendeu aexcepcionalidade e gravidade dasituação, derrubou a decisão domagistrado e restabeleceu a situa-ção anterior, mantendo a interven-ção. A decisão do magistrado en-cerrou o contrato ontem mesmocom o Inase e diz que o Governodeveria assumir em cinco dias.

Nesse período o Hospital fecha-ria? Para onde iriam as mães erecém-nascidos? Graças a Deus oTribunal de Justiça revogou a de-cisão e garantiu a segurança à vidadas crianças e das mães", explicouMiguel Josino.

Para o procurador Geral do Es-tado, o principal equívoco da de-cisão foi conceder ao poder públi-co um prazo de cinco dias para as-sumir um serviço complexo e im-prescindível para 57 municípiosque estão sendo atendidos pela es-trutura. "Algumas falhas na deci-são foram vistas. Uma delas équando o juiz diz que o prédio dohospital é do Estado. E não é. Oprédio é alugado", emendou o pro-curador. Na decisão, Luiz AlbertoDantas destaca que autorizou a in-

tervenção judicial, mas achou porbem revogar porque foi informadopelo Instituto Nacional de Assistên-cia à Saúde e à Educação (Inase)que o contrato de gestão com a Se-cretaria de Saúde (Sesap) estavarescindido.

Miguel Josino questiona o ar-gumento. Segundo ele, o Estadoaté estuda assumir a gestão da uni-dade hospitalar, mas é necessáriotempo plausível para tanto. "Já foiiniciado um estudo na Sesap paraque, em 90 dias, o Estado possaassumir a gestão do Hospital, re-manejando profissionais de outroshospitais da região, já que não háprofissionais concursados. O nossoobjetivo é que o Hospital continueprestando serviço às mães, mulhe-res e crianças e continue salvando

vidas", ressaltou o procurador. O procurador Geral do Estado

explicou que em nenhum momen-to houve terceirização do serviço noHospital da Mulher e, sim, a contra-tação de uma Organização Socialpara gerir a unidade hospitalar. "Sehá irregularidade, e nós achamosque há, tem que ser investigado. Porisso que estamos solicitando que oInase apresente as prestações de con-tas porque não se pode convivercom nenhum tipo de irregularida-de", destacou Miguel Josino.

O juiz Luiz Alberto Dantaspontuou outras determinações nadecisão. Entre elas, a autorizaçãopara a devolução ao Estado, do de-pósito efetuado em Juízo no valororiginal de R$ 2,3 milhões, o pa-gamento, no prazo de 10 dias, da

remuneração proporcional pelosdias trabalhados, devida ao inter-ventor e administrador provisório,Marcondes de Souza, e o cancela-mento da conta corrente e poupan-ças abertas em nome do Inase.

O Ministério Público Estadualprovocou o Judiciário no iníciodo mês, por meio de uma AçãoCivil Pública, quando requereu adesqualificação da Inase como or-ganização social e a conseqüenteresponsabilização do Estado paraque assumisse a prestação do ser-viço. Os promotores do caso so-licitaram ainda a determinação,do Juízo, para que o Executivoconvoque e nomeie imediatamen-te os profissionais aprovados noconcurso de 2010 e a nulidade docontrato de gestão.

Tribunal de Justiça mantém intervenção do Hospitalda Mulher e Governo promete pagar dívida na 2a feiraDESEMBARGADOR EXPEDITO FERREIRA REVOGOU DECISÃO QUE DETERMINAVA QUE O ESTADO ASSUMISSE A UNIDADE

Decisão do juiz era de que contrato com Inase fosse suspenso, mas desembargador manteve interdição do Hospital por 90 dias Josino diz que Estado pretende assumir gestão da unidade, mas precisa de tempo

José AldenirDivulgação

Sábado e Domingo10 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013 Cidade

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Três imóveis foram totalmen-te destruídos após uma quadrilhater explodido o auto-atendimentodo banco Bradesco do municípiode Vera Cruz, na Região Metropo-litana de Natal, durante a madru-gada de hoje. Durante a ação, umidoso de 64 anos foi feito refémpelos seis bandidos, que o obriga-ram a ajudar na ação e depois oabandonaram, próximo ao local docrime. Moradores relataram que,para impedir que os policiais ten-tassem uma reação, os criminososefetuaram dezenas de disparos parao alto e contra, pelo menos, duascasas próximas ao banco.

Segundo o aposentado Caeta-no da Silva, a quadrilha chegou àcidade por volta das 2h15, usan-do um utilitário Fiat Strada e duasmotocicletas e apenas um deles,que dirigia o veículo, estava enca-puzado. Ele disse que estava cami-nhando em direção a sua residên-cia, quando foi abordado por umdos homens do grupo, que o obri-gou a entrar no carro e seguir atéa frente do auto-atendimento doBradesco, localizado na Rua Mon-senhor Paiva.

"Ele não me machucou nem

disse palavrão, apenas me mos-trou a arma, pegou na minha ca-misa e disse que era para eu ir comeles cumprir uma missão. Depois,pararam na frente do banco e mepediram para passar uma peça. De-pois disso, correram e só ouvi a ex-plosão. Foi muito rápido, muitoligeiro", disse o aposentado, queainda estava assustado com o quetinha acontecido.

Na hora da explosão, apenasdois policiais militares estavam nacidade, recolhidos no prédio doPelotão Destacado de Vera Cruz,e, ao ouvirem o barulho, correrampara ver o que tinha acontecido. Noentanto, eles não puderam sair,porque dois bandidos estavam decampana na frente do prédio, ar-mados com uma espingarda cali-bre 12. Segundo o soldado Antô-nio Ferreira, após a explosão, osbandidos foram embora.

"Quando corremos para a fren-te do banco, eles já tinham fugidolevando o dinheiro e as pessoascomeçavam a sair das casas paraver o que tinha acontecido. Infe-lizmente, havia apenas dois mili-tares na cidade e os bandidos es-tavam fortemente armados, comespingardas 12. Isolamos o locale chamamos a perícia. Nossa cida-de é pacata, mas, nos últimos dias,

tem acontecido vários casos deviolência, que nos preocupa", afir-mou.

O gerente do Bradesco em

Vera Cruz esteve no local do crimepor volta das 9h30, mas disse quenão poderia conversar com a im-prensa sobre o fato.

Quadrilha explode banco e 2 casas pararoubar caixas eletrônicos em Vera CruzCENÁRIO DEIXADO APÓS A ATUAÇÃO DOS BANDIDOS DURANTE A MADRUGADA IMPRESSIONOU OS MORADORES DA REGIÃO

Dezenas de curiosos foram ao local conferir a situação deixada pelos bandidos no banco e nas residências vizinhas. Local onde funcionavam os caixas eletrônicos e os imóveis localizados ao lado ficaram totalmente destr uídos após a ação

Fotos: Wellington Rocha

O impacto causado pela ex-plosão, possivelmente provoca-da por dinamite, destruiu comple-tamente o prédio onde funciona-va o auto-atendimento do Bra-desco, uma residência situadaatrás do prédio e uma loja de con-fecções vizinha ao banco. Umveículo Gol que estava estacio-nado na frente da residência tam-bém foi destruído pelos destro-ços e ficou coberto por restos detijolos e outros materiais.

Além destes três imóveis, asresidências vizinhas ao local tam-bém foram tiveram suas estrutu-ras comprometidas e apresenta-

ram várias rachaduras. "Nuncavimos uma coisa dessas aqui nacidade, é a primeira vez e espe-ro que seja a última. Eu moroaqui há mais de 20 anos e a nossacidade já não é mais a mesma.Antes, podíamos dormir com asportas abertas, mas hoje, isso éimpossível por causa de coisasdesse tipo", desabafou o moradorAdailton da Costa.

Para intimidar os moradorespróximos, os criminosos aindaefetuaram vários disparos dearma de fogo para o alto e con-tra as paredes de algumas resi-dências, como a da dona de casa

Maria Dalvanira, que acordoucom o barulho da explosão. Eladisse que chegou a ouvir quan-do os bandidos gritaram e atira-ram.

"Foi muito tiro, muito mesmo.E, quando eu corri para a sala,ouvi eles gritando que iriam ati-rar na cara de quem abrisse a portaou a janela para ver o que estavaacontecendo. Acho que eles per-ceberam a luz acesa, porque ati-raram contra a fachada da minhacasa. Foi horrível, porque, daoutra vez que eles roubaram omesmo banco, não tinham feitoisso", disse Maria.

‘Disseram que iriam atirar nacara de quem abrisse a janela’

Caetano da Silva viu quando a quadrilha chegou na cidade, por volta das 2h15

Estilhaços causados pela explosão no Bradesco de Vera Cruz se espalharam por toda a rua localizada no centro da cidade

Agência dos Correios ecasa lotérica da cidadejá foram assaltadasna semana passada

O ataque ao auto-atendimento do Bradesco foi a terceira ocor-rência policial de maior relevância na cidade neste mês. Confor-me o soldado Antônio Ferreira, há uma semana, uma casa lotéricae a agência dos Correios, ambas localizadas na mesma rua dobanco, também foram alvos de criminosos há poucos dias. Isso fezcom que o medo entre a população aumentasse e as reclamaçõestambém.

"Vivemos aqui por sorte de Deus, porque não tem policiamen-to na cidade. São só dois ou três policiais militares por dia, o queé muito pouco para um município com mais de dez mil habitantescomo é Vera Cruz. Precisamos de mais policiais nas ruas, para quenossa cidade não vire terra sem lei, como estamos vendo nos últi-mos dias", desabafou o morador Francisco Oliveira.

A dona de casa Maria Lira também relatou insegurança e disseque, a partir das 20h, a maioria das pessoas corre para casa, pormedo da violência. Ela ainda culpa as drogas pelo crescimento doscasos de assaltos, principalmente contra estabelecimentos comer-ciais. "Queremos mais segurança, só isso", afirmou.

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 11Natal, 20 e 21 de abril de 2013Cidade

NOVO PROCURADORO promotor Rinaldo Reis obteve dois resul-

tados surpreendentes na eleição do Ministério Pú-blico, um positivo e outro negativo. Venceu o can-didato de Onofre Neto com mais de 30% dosvotos e perdeu feio entre os servidores, 226 x 21pró Oscar Hugo.

APOIO OFICIALO candidato Oscar Hugo teve o apoio dos

chamados promotores "puxadores de voto", comoo próprio procurador-geral Onofre Neto e os co-legas Fernando Vasconcelos, Giovanni Rosado,entre outros. Rinaldo entrou bem nos votos dosnovos promotores.

OLHO NA IMPRENSAFoi durante o processo eleitoral do MP que os

promotores de um tal "comitê de crise" mais vezesse reuniram nos últimos tempos. E quase todas asvezes para analisar a cobertura da mídia, procu-rando identificar o noticiário e comentários nega-tivos.

PMDB - DEMDe nada vão adiantar os recados da deputada

federal Fátima Bezerra (PT) para que o PMDBrompa a aliança com o governo Rosalba Ciarlini(DEM), por mais enfraquecida que esteja. O par-tido dos Alves não vai cair fora sem um motivomais que consistente.

LEIAM A VEJANa capa da edição que chegou hoje às bancas,

a revista Veja destaca a badalada assessora do go-verno Dilma, Rose Noronha, a fiel acompanhan-te de Luiz Inácio nas viagens internacionais e quefez do seu escritório um templo de adoração aele.

DIRCEU, O CHEFEO STF publicou ontem o resumo do proces-

so do mensalão, rememorando o escândalo em14 páginas. E publica a íntegra do acórdão na se-gunda-feira com os votos dos ministros. Confir-mou de novo que José Dirceu comandou o esque-ma das propinas.

DEPUTADOS CORRUPTOSO STF voltou a deixar claro que os mensalei-

ros condenados, José Genoíno e João Paulo Cunha,do PT, não podem exercer o mandato de deputa-do. O presidente da Câmara Federal, HenriqueAlves, precisa retirar de dentro da Casa os doiscriminosos.

BOSTON REAGEJovens estudantes foram às ruas da cidade de

Boston agradecer à Polícia e comemorar a prisãoe a morte dos dois terroristas de origem russa.Desde o atentado, as aulas estavam suspensas.No Brasil, estudantes da UNE só vão às ruas paradefender mensaleiros.

TEORIA E PRÁTICAComeçou a cantilena impressa das vestais das

teorias contra a redução da maioridade penal de18 para 16 anos (eu defendo para 14 anos). Estãovomitando teses jurídicas e sociológicas, enquan-to a sociedade pensa o contrário, baseada apenasna prática.

HOMEM DE FERRO 3O Cinemark já iniciou a pré-venda dos in-

gressos para a estreia nacional do novo filme dosuper-herói da Marvel, no dia 26. Os fãs mais an-siosos podem assistir na sessão especial do dia 25que começa à meia-noite em duas salas, uma delasem 3D.

Estreou em 100 salas de cinema doBrasil o novo filme baseado no romancedo escritor carioca (de Bangu) José Maurode Vasconcelos, escrito em 1968. A obraatravessou fronteiras internacionais, tra-duzida em 32 idiomas e virou até HQ naCoreia do Sul.

O garoto João Guilherme Ávila, filhodo cantor sertanejo Leonardo, faz o pro-tagonista Zezé, o menino que conversacom sua árvore de estimação e encontrana natureza dessa relação a atenção quenão tinha no seio de uma família misera-velmente pobre.

O livro foi um dos mais lidos pelacriançada do princípio dos anos 1970.Ganhei um exemplar de uma professorado Grupo Escolar Felizardo Moura, nasQuintas. O texto era comparado frequen-temente a outros três romances muito re-comendados na escola.

O autor brasileiro conseguiu estabe-lecer uma paridade de interesse de leitu-ra com obras de fôlego como "O Peque-no Príncipe", de Antoine de Saint-Exu-pery, "Fernão Capelo Gaivota", de Ri-chard Bach, e "O Menino do Dedo Verde",de Maurice Druon.

A temática como uma ode romancea-da de amor à Natureza, presente nos trêslivros estrangeiros e em Meu Pé de La-ranja Lima, já era uma abordagem experimentada porJosé Mauro de Vasconcelos, seis anos antes, no poéti-co "Rosinha Minha Canoa".

O Brasil estava em clima de conquista da Copa doMundo, no México, quando o livro ganhou versõespara cinema e TV. Haroldo Botta encarnou o pequenoprotagonista na trama de Ivani Ribeiro, exibida na sau-dosa TV Tupi a partir de setembro de 1970.

Nunca esqueci os comentários de duas vizinhas, naestreita Travessa Mário Lira, de que o menino JulioCésar Cruz, o Zezé do filme do diretor Aurélio Teixei-ra, tinha semelhanças comigo, um moleque de onzeanos, mas com uns 8 no grau de raquitismo.

Até mais do que a novela, em que pese o volumeda audiência, o filme produzido pelo famoso estúdioHerbert Richers, fez o país inteiro lacrimar com a his-tória do garotinho pobre que superava suas angústiase a miséria familiar conversando com uma árvore.

Nos álbuns de figurinhas daqueles anos, principal-mente da série "Cirandinha" e outros com ídolos da TV,as imagens de Meu Pé de Laranja Lima eram cultua-das pela meninada, tanto as do filme quanto as da no-vela. O próprio livro foi um sucesso.

Dez anos depois, já em 1980, a obra de JMV foi

novamente adaptada para a televisão, e mais uma vezcom a dramaturga paulista Ivani Ribeiro responsávelpelo roteiro. O Zezé da TV Bandeirantes foi o jovemator Alexandre Raymundo, em seu primeiro trabalho.

Em 1998, a mesma TV Bandeirantes, já abreviadapara Band, exibiu nova versão do romance com textoda carioca de Copacabana Ana Maria Mortetzsohn,uma cria dos núcleos noveleiros da TV Globo. E omenino Caio Romei interpretou o imortal Zezé.

No mais novo remake cinematográfico, que prome-te repetir a popularidade histórica da obra, Meu Pé deLaranja Lima tem produção de Kátia Machado, rotei-ro de Marcos Bernstein (também é diretor) e MelanieDimantas. Foi filmado em Cataguases (MG).

No longa metragem que levou dez anos para ser con-cebido, o ator global e militante petista José de Abreuinterpreta o rabugento e ao mesmo tempo bondosoManuel Valadares, o Portuga, melhor amigo do garo-to Zezé e sua maior referência lúdica.

O papel já foi de Aurélio Teixeira, no filme de1970, de Claudio Corrêa e Castro na novela do mesmoano, de Dionísio Azevedo em 1980 e de Gianfrances-co Guarnieri em 1998. Menor do que todos eles, Zé deAbreu tem recebido bons elogios da crítica. (AM)

Alex [email protected]

O cão viajadoA história de Oscar, o

cãozinho da foto, está emdiversos jornais e sites do

mundo, desde que sua dona,a professora sulafricana

Joanne Lefson, o resgatou deum canil onde ele estavaprestes a ser sacrificado.

Joanne e Oscar rodaram oplaneta e ela registrou cada

lugar visitado pelo cão, comoParis, Nova Delhi, Cairo e

Nova York.

Meu Pé de Laranja LimaMeu Pé de Laranja Lima

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

BARBOSA EM NATAL IEnganaram-se os que pensaram

que a visita do ministro JoaquimBarbosa ao Rio Grande do Norteseria marcada por algum constran-gimento. Por onde passou, o presi-dente do STF foi bastante assedia-do pela população, de todas as ida-des. Por sua vez, o ministro respon-deu a todos sempre com um largosorriso aberto no rosto, esbanjandouma simpatia que raramente era vista.

BARBOSA EM NATAL IINo Fórum Miguel Seabra, pri-

meiro compromisso de Joaquim Bar-bosa, o destaque foi seu encontrocom estudantes municipais, queforam ao local participar de um júrisimulado acabaram surpreendidascom a presença do ministro. Partiudo próprio presidente do Supremo ainiciativa de cumprimentar os alunos.“Como é que está o julgamento daEmília?”, questionou o ministro, en-trando no clima fictício da ação queera realizada com as crianças.

BARBOSA EM NATAL IIIDepois do Fórum, o ministro foi

direto para o encontro com a gover-nadora Rosalba Ciarlini. Minutosantes, havia feito sua primeira aná-lise sobre a situação do sistema pri-sional potiguar. A frase, que ganhoudestaque e foi manchete deste JHontem, também foi levada para aGovernadoria. “Presídios não tem omínimo de dignidade”, disse o pre-sidente do STF.

BARBOSA EM NATAL IVEm reunião com a governadora,

preferiu ficar de pé. Certamente paraprevenir qualquer problema na colu-na, um dos seus principais inimigos.Da governadora, ouviu em silênciosuas palavras sobre o gasto do Tribu-nal de Justiça do RN, e a respostados magistrados presentes, que lem-braram ser o TJ potiguar mais bara-to que o vizinho cearense. Para a po-pulação, ficou somente a disposiçãode Barbosa em ajudar o RN a melho-rar a situação dos presídios.

BARBOSA EM NATAL VDa Governadoria, o ministro foi

ao Tribunal de Justiça do RN apenaspara conhecer a estrutural do local,já que passou praticamente todo o diaacompanhando do presidente da ins-tituição, o desembargador AdersonSilvino. Na parte da tarde, JoaquimBarbosa foi verificar in loco a situa-ção do presídio de Alcaçuz. No local,que um dia antes passara por umagrande revista, o ministro teve a se-gurança de dezenas de homens doBope, Polícia Militar e Civil.

BARBOSA EM NATAL VINem mesmo dentro de Alca-

çuz o ministro conseguiu escaparda tietagem. Membros da diretoriada penitenciária fizeram questão deregistrar o momento. Enquanto es-teve no local, foram poucos os pre-sos que arriscaram soltar até mesmoum grito, tamanha a quantidade depoliciais espalhados pelo local. Etudo isso durou apenas 15 minutos,tempo considerado suficiente peloministro para conferir o que muitosjá haviam lhe repassado em relató-rios ou em fotografias. Sobre o local,disse que era “desumano”.

BARBOSA EM NATAL VIIAntes de ir embora de Natal, o

ministro conversou mais uma vezcom a imprensa. Dessa vez, as prin-cipais novidades ficaram por contade suas poucas palavras sobre omensalão. Nitidamente querendoevitar polêmicas em torno do as-sunto, Barbosa disse que espera con-cluir o julgamento total do caso, in-clusive dos recursos, até julho, antesdo recesso do STF. A passagem doministro por Natal foi destaque na-cional. Na Folha de São Paulo, amatéria foi deste colunista.

NEGATIVAO vereador Luiz Almir, aniver-

sariante do dia, foi convidado, masrejeitou assumir a direção da Em-proturn. Caso aceitasse a vaga, oparlamentar abriria espaço na Câ-mara Municipal para o retorno deEdivan Martins, primeiro suplente.Nos bastidores, o comentário é queo vereador só aceitaria sair da Casado Povo para dirigir o Detran-RN.A articulação estaria sendo feitapelo deputado federal HenriqueEduardo Alves, que tem antiga re-lação política com Edivan.

Acorrenteza é forte,constante, ininterrupta.Suas águas são volumo-sas, escuras, poluídas.Todo aquele líquido es-corre livremente, a céuaberto, sob os olhos detodos. E o pior é que,com o passar do tempo,a tendência é que o pro-blema fique cada vezmais grave.

De dentro das casas, a água servida jogada na via pública rapida-mente se junta a correnteza. A cor esbranquiçada denuncia que o esgo-to do local já ultrapassou os níveis mais altos de contaminação para oser humano. Mas, serão mesmo humanos?

Naquele meio tempo, um cachorro, faminto e com sede, bebe aque-la água suja como se estivesse na frente de um oásis no deserto. O ani-mal, com um olhar perdido no horizonte, parece procurar pela própriasobrevivência. A sua fome, pelo visto, continua a mesma.

Bem perto da correnteza poluída, um grupo de crianças brinca ino-centemente na rua, sem nenhuma proteção. São inocentes em um mundoque raramente lhes enxergam, com uma vida inteira de sofrimentospela frente. Um dos garotos, que aparentava ter dois ou três anos, andasem roupa pelo local.

Negro, nitidamente subnutrido e sempre sorridente, o menino pisano líquido sujo com a segurança de um homem adulto. Insatisfeito,pula com os dois pés em cima daquela água imunda. Sorri. Parece maisdo que feliz.

Mais a frente, a correnteza se divide em dois caminhos. A da di-reita é tão suja quanto à da esquerda. A união anterior havia formadoum riacho único, retrato da miséria de um povo desrespeitado pelaprópria pátria.

"É o rio Potengi", grita um dos garotos em tom de piada, arrancan-do gargalhadas dos amigos presentes. Felizes, as crianças pulam sobreo rio imaginário. O que eles não sabem, é que ali escorre o esgoto detodas as casas que fazem parte de uma das maiores comunidades de Natal.Juntos, os líquidos jogados na rua mais parece o abandonado Rio Po-tengi, belo e sujo. E você, qual será o seu rio?

“Acho que existe muito discurso, até boa vonta-de. Mas falta objetividade para se tratar do

emergencial, da salvação do rebanho”

EMPRESÁRIO BIRA ROCHA, EX-PRESIDENTE DA FIERN

ENDINHEIRADOE já que a coluna hoje é

quase um especial sobre Joa-quim Barbosa, não haviacomo deixar esta notícia pas-sar em branco. O STF gas-tará R$ 90 mil para reformaros quatro banheiros do apar-tamento funcional que o pre-sidente da corte, JoaquimBarbosa, ocupará a partir de julho. O ministro decidiu mudar do apar-tamento funcional que já ocupa para um mais amplo, de 523 metros qua-drados. Afutura residência do ministro, com cinco quartos, quatro salas,biblioteca e adega, era ocupada até o final do ano passado pelo minis-tro Ayres Britto, que se aposentou do STF em novembro. Do total daobra, R$ 78 mil serão pagos à empresa que venceu um pregão eletrôni-co na semana passada e outros R$ 12 mil sairão de contratos com ou-tras empresas já em andamento, na instalação de vidros, espelhos e umabanheira, que será adquirida, segundo o STF, com recursos próprios deBarbosa. A notícia foi destaque hoje na Folha de São Paulo.

Wellington Rocha

Heracles Dantas

O RIO DE CADA UM

SESSENTÃOO vereador Luiz Almir (PV) completa 60 anos de idade neste sába-

do (20), mas para marcar a data uma grande festa será realizada no do-mingo (21). O parlamentar convida a todos para celebrar no Largo do Buiú,na Redinha. Para animar a festa, a banda Grafith acompanhada de outrasatrações. No final, o próprio pevista subirá ao palco para fazer sua tradi-cional seresta. Deste canto de página, o colunista envia os parabéns e odesejo de muitos anos de vida para o vereador seresteiro.

José Aldenir

Meu mestre Dr. Diógenes daCunha Lima, primo do meu outroquerido e saudosíssimo mestre Ro-naldo da Cunha Lima, que além demestre na poesia, tinha o agravan-te no bom sentido; de ser vizinhode propriedade, diga-se de passa-gem, na sua Fazenda Gangorra, nosEstados Unidos de Cabaceiras-PB,a Ruliwood do Nordeste; me dissecerta feita, que tem coisas quedevem ser guardadas com muitocarinho, para que vez por outra

dêem as caras e coloquem um sor-riso no rosto de quem ler essas coi-sas. E eu acho que essa "mungan-ga" de hoje, merece ser revista, poisjá contei no início do Cantinho doZé Povo, há alguns anos atrás. Isso,casa com o trabalho maravilhosoque vem sendo desenvolvido porEduardo Alexandre Garcia, oDunga; bem como por Augusto Ma-ranhão e outros amigos do Face-book, no resgate das coisas da nossaNatal de outrora. Foi isso que me

levou a repetir esse causo de hoje,mesmo porque deve ter inúmerosleitores que ainda não tiveram aoportunidade de ler o dito, cujo, re-ferido; como diria o saudoso Cel.Ludrugero... Pois bem! Na décadade cinqüenta, eu ainda "ingatinhan-do", pertinho dos dez anos de idade,lembro bem que os marinheiros ja-mais poderiam se encontrar comos soldados do exército, em qual-quer lugar que fosse; que o pauquebrava... Aos soldados do Exér-cito, a marujada chamava de "Pri-quito", numa alusão à cor verde dafarda. Já aos marujos, os soldadosdo Exército chamavam de "Tapio-ca", numa alusão à boina branca

usada por eles. Nos finais de mês,quando essa rapaziada recebia a"bufunfa"; a PE-Patrulha do Exér-cito e a Escolta Naval, tinham umtrabalho da mulexta para manter aordem, nos bares, cabarés, praçase demais logradouros públicos danossa cidade. Na Festa da Padroei-ra, de Santos Reis, nas Junina, erao mesmíssimo aperreio... E todosvocês, leitores; sabem bem das gí-rias usadas pela marujada da época;o cara chegava lá "duis cafundó";e com dois dias de Base Naval, jáandava todo se balançando e chian-do "mais do qui panela de pres-são"... E num certo dia; ou melhornuma certa noite de sábado, por

volta de umas dez horas da noite,chegou um chamado no 16º. RI ena Base Naval, que os marujos e ossoldados do exército estavam que-brando tudo, naquele beco da ruaDr. Barata, onde tinha o Bar deChico da Farinha e o Arpege desaudosíssima memória... A confu-são era tanta que o pobre do Chicoda Farinha nem fechar o bar, podia,com cadeiras e tamboretes voandode um lado prá outro. As escadasdo Arpege; em espiral; tinha maru-jo que descia de cinco em cincodegraus; ou normalmente ou coma bunda no chão... Meu fíi; quan-do cchegaram a PE e a EscoltaNaval; não se sabe como que em

questão de segundos, o beco ficouvazio e parou a zuadêra... Uis cabrase sumiro qui nem áima! Aí, o sar-gento comandante da EscoltaNaval, viu um sujeito "à paisana",com o joelho dobrado, calmamen-te observando o movimento nobeco... Então, se dirigindo ao sujei-to; falou:

- Meu amigo; você também émarujo ?

E o sujeito, na sua jinga incon-fundível e na habitual chiadeira;respondeu de imediato:

- Negatchivo!...E o sargento, se virando prá

marujada da Escolta; falou:- Leva êsse também!...

Sábado e Domingo12 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013 Cidade

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

Cantinho do Zé PovoBOB MOTTA - bobmottapoeta.com.br - [email protected] - Telefone: 9965-6080

DeSaboya.com

Bobflash

RELEMBRANDO

w PROTESTAR É PRECISO!Presidente da Federação de Agri-cultura do RN, José Álvares Vieiranão descarta a possibilidade de a en-tidade promover uma grande movi-mentação de protesto pela falta deação governamental no combate àsconsequências da seca.

Sem ver uma luz no fim do túnel -ele afirma que o gado e os agricul-tores não recebem ajuda simples-mente por falta de "vontade políti-ca" -, Vieira considerada a possibi-lidade de "parar Natal" para tentaratrair a atenção dos políticos locaise o governo federal para a necessi-dade de ajuda já! "Vamos pararNatal, é o jeito", disse ele, sem re-velar como.

w SEM PALAVRAS...Ainda sobre a seca...

...uma pergunta fez calar o secretá-rio de Agricultura do Estado JúniorTeixeira, nesta última sexta-feira(19) durante entrevista ao Jornal Ver-dade.

Ao ser questionado sobre como ava-liava a gestão do seu antecessor napasta, o deputado Betinho Rosado,no combate à seca (levando em contaque ela já dura mais de um ano e queo ex-presidente da Anorc está nocargo há apenas um mês), Teixeiranão teve resposta.

Para amenizar, ele disse que "cadaum comanda de maneira diferente".

Enfim, Júnior Teixeira não precisa-va dizer nada mesmo, pois o resul-tado da atuação de Betinho pode servisto pelo interior do RN afora: re-banho morto e agricultor com dívi-das.

E, também, 'bater' no cunhado dachefe não dá!

w CABE UM NO RN?Os Democratas lançaram essa se-mana um 'tal' de "promessômetro",para acompanhar desempenho dogoverno federal acerca de promes-sas feitas pela presidenta DilmaRousseff para 2011 e 2012 e quenão teriam sido cumpridas.

Acoluna dá uma dica aos demos doBrasil: instalar esse 'aparelho' poraqui para avaliar o desempenho doGoverno Rosado contra a seca queassola o RN.

Que tal?

Márlio Forte

w PISTA...A vice-prefeita Wilma de Faria não sótem tido discurso de candidata ao Go-verno em 2014.

>>>Ela tem recebido apoio para esse pro-jeto nas redes sociais.

>>>Uma página do Facebook já foi criadacom o slogan "Ela vai voltar". E é bemmovimentada...

w PARTIDO PODEROSOO vereador Rafael Motta, presidenteestadual do PP, considera muito pro-vável que o seu pai, o deputado esta-dual Ricardo Motta, presidente da As-sembleia Legislativa, ingresse na le-genda progressista com a fusão doPPS e do PMN, o MD (MovimentoDemocrático).

>>>Em entrevista ao Jornal Verdade, trans-mitido pela Sim TV, ele ainda admitiuque "com certeza haverá um reagrupa-mento político no Estado". "Isso inclusi-ve pode ampliar os cargos do PP", disse.

w FALANDO NISSO......essa semana, um desembargador

do TJRN teceu elogios abertamenteao presidente do Legislativo, Ricar-do Motta.

>>>Ele disse a vários colegas: "Ricardoestá superando todas as expectativas.Tem feito um excelente trabalho etem liderança. Se não fosse ele, oGoverno (Rosado) já teria acabado".

w É BOM FISCALIZARO Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento, através da Com-panhia Nacional de Abastecimento(Conab), adquiriu esta semana 12mil toneladas de milho a granel. Asquais eles prometem que serão dis-tribuídas para o RN e repassadas aosagricultores que sofrem com os efei-tos da seca.

>>>No entanto, informações de criado-res do interior do Estado garantemque os pequenos agricultores estãosendo excluídos dessa distribuição.

>>>Contam que apenas os criadores dealto gabarito estão tendo direito aobenefício.

GIRO PELO TWITTER

...do Marcco RN: "É com muitoorgulho que o @MARC-CO_RN parabeniza o novoProcurador Geral de Justiça,Rinaldo Reis, também integran-te do nosso Movimento";

...do jornalista Alex Viana: "As

vacas do Programa do Leite

dão pouco leite porque estão

sem comer. Para piorar, o go-

verno atrasa em três meses pa-

gamento aos produtores";

...da blogueira Thaisa Galvão:"Henrique sobe as escadas doPalácio Felipe Camarão paraapoiar administração do primo-prefeito Carlos Eduardo";

...do deputado federal Felipe

Maia: "Em seu papel fiscali-

zador, DEM lança Promessô-

metro, ferramenta que avalia

o cumprimento das promes-

sas de Dilma". Por essa ninguém esperava... Pois não é que a governadora Rosalba Ciarlini foi barrada pelo segurança do ministro presidente do

STF Joaquim Barbosa!!! E ela ainda reclamou com o segurança... Essas imagens valem mais do que mil palavras...

As fashionistas Themis Oliveira,Nathália Faria, Juliana Flor e Rafaela

Rosito conferindo as novidades dacoleção Outono-Inverno Le Femme

Casal Lucianne Benfica Samico em dia de samba no Praia Devassa

w NOVO IMORTALToma posse hoje à noite, às 20h, naAcademia de Medicina do RioGrande do Norte o mais novo imor-tal, Luis Eduardo Barbalho deMello.

>>>O médico, que é ex-presidente doConselho Regional de Medicinado Estado e chefe do departamen-to de Cabeça e Pescoço da LIGA,foi eleito em novembro do ano pas-sado para titular da cadeira de nú-mero 07, fundada pelo médicoMarcelo Augusto Filgueira de Car-valho e atualmente tem como pa-trono Antônio Filgueira Filho.

>>>A posse ocorrerá no Spaço Guin-za.

w UMA BOAA Ibyte já começou a repassar aredução de impostos PIS/Cofinspara os smartphones .

>>>Dependendo do aparelho, a redu-ção pode chegar até 30% para oconsumidor final.

Emilia Asfora, Sandra Elalie Helena Asfora em

lançamento Le Femme

Neste sábado (20) está aconte-cendo em todo o Brasil o "Dia D"da Campanha Nacional de Vacina-ção contra o Vírus da Influenza, queestá sendo realizada pelo Ministé-rio da Saúde desde o último dia 15e prossegue até 26 de abril. O 'DiaD' tem o objetivo de imunizar omaior número de pessoas contra agripe, em todos os estados do Bra-sil.

Em Natal a vacinação contra agripe será disponibilizada até às17h em todas as Unidades Básicasde Saúde da cidade, atendendo aopúblico-alvo da campanha, que édestinada à pessoas com 60 anosou mais, gestantes, puérperas até45 dias após o parto, crianças de seismeses a dois anos, portadores dedoenças crônicas com idades entredois a 59 anos de idade e profissio-nais de saúde.

Pela manhã, assim que foramabertos, os postos de saúde já co-meçavam a receber as primeiraspessoas para a vacinação. No bair-ro das Rocas, zona Leste de Natal,às 8h da manhã, cidadãos como aaposentada Maria de Fátima Nunes,de 60 anos, se apresentavam, comcarteira de vacinação em punho,afim de garantir a imunização atempo. "Vim logo cedo com meuesposo para tomar a vacina poisnão podemos deixar pra depois. Ébom garantir essa proteção enquan-to o governo está dando essa opor-tunidade, pois nessa idade, temosque tomar todos os cuidados paranão adoecer", disse.

A dona de casa Kátia Rejane,levou a pequena filha, Yasmin, de10 meses para tomar a vacina preo-cupada em preservar a saúde dafilha, para que não tenha que re-correr ao serviço público de saúdepor motivo da doença. "É importan-te garantir que minha filha tome avacina, para evitar que ela adoeça,pois se isso acontecer e eu tiver querecorrer aos hospitais públicos, otranstorno será grande, pois a saúde

continua um caos", afirmou Kátia.Em Natal, a meta é vacinar

80% do público alvo, o que corres-

ponde à pelo menos 104.559 pes-soas. Para viabilizar o cumprimen-to desta meta, estabelecida pelo

Ministério da Saúde, a SecretariaMunicipal de Saúde (SMS) estádisponibilizando cerca de 140 mil

doses da vacina contra o vírus In-fluenza, e 1500 profissionais queestarão distribuídos nas unidades

básicas de saúde dos cinco Distri-tos Sanitários da cidade, até o finalda Campanha.

Sábado e domingo O Jornal de HOJE 13Natal, 20 e 21 de abril de 2013Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Há pouco mais de cinquenta anos eles sequer existiam. Os solteiros eramquase sempre levados com certa malícia a um superlativo cheio deestranheza: solteirão. Tudo só por esquisitice. E quanto maior fosse

seu jeito bisonho de ser, mais vigiado. Ou caíam na boca do povo, da pontada rua à pedra do mercado, sem perdão. Hoje, no século vinte e um, reinadoda individualidade, as modalidades das formas de vida ganharam forte ex-pressão afirmativa de que a felicidade é uma conquista individual.

Não faz muito tempo no ensaio jornalístico de Eric Klinenberg, publicadono Le Monde e com tradução no Brasil, ele dizia que o mundo parece se afas-tar cada vez mais do conceito de vida coletiva, essa invenção nascida da famí-lia, como forma de segurança social e econômica. Foi-se o tempo. Hoje, da van-tagem primitiva do viver em grupo, o mundo evoluiu de tal maneira e com tãointensidade que não só o casamento deixou de ser para sempre, mas a felici-dade não mais depende da vida em família.

E tudo aconteceu nas últimas cinco décadas, ou melhor, na transição entreos séculos vinte e vinte e um. A luta pela sobrevivência não é mais entre gru-pos, é entre pessoas, e a partir da qualidade profissional de cada um. Aque-le 'doente, imoral e neurótico' passou a ser alguém de claras tendências nar-cisistas, voltados para si mesmos, circunavegantes em torno do seu própriodestino. O singleton, é a tradução moderna de solteiro - o novo estilo de vidaque também se assume antes ou depois de casar.

Ele é produto de um mercado de serviços que veio para suprir com todaeficiência as tarefas da família - comida, arrumadeira e roupa lavada, além dasfacilidades de acesso, via Internet. Ao lado de um novo tipo de convivênciaque as redes sociais proporcionam de relacionamento à distância sem o riscode dividir o espaço físico pessoal e íntimo - a mesa e a cama, por exemplo. Osingleton nasceu como um produto da sociedade americana, mas hoje é umarealidade de um lado e outro do mundo.

Para Harold Blum, o grande crítico literário, citado por Klinenberg, o sin-gleton fundou uma nova religião - 'a religião de cada um por si'. Explodiunos países mais frios como Suécia, Finlândia e Dinamarca, mas também noJapão, sociedade voltada ao culto à família, hoje com 30% de singletons. Se-gundo esse sociólogo da Universidade de Nova Iorque, eles crescem na Ale-manha, França, Reino Unido, Austrália e Canadá. De 153 milhões em 1996já seriam hoje '202 milhões no mundo inteiro'.

Klinenberg reconhece que a economia não explica tudo, mas já resolveem grande parte e é por isso que os singletons se multiplicam. Eles se sus-tentam sem família. Ele ouviu de uma demógrafa que a pessoa 'tem prima-riamente uma obrigação consigo mesma, antes de tê-la para com seu par-ceiro ou seus filhos'. Se a vida a dois ou em família já não é uma boa ga-rantia para a conquista da felicidade é urgente ter consciência de que 'é pre-ciso fazer o bem a si próprio', sem apego ao lugar em que se vive.

Para os sociólogos alemães Ulrich Beck e Elizabeth Gernsheim, 'o indiví-duo está se tornando a unidade básica da reprodução social'. E ele, Klinenberg,acrescenta: 'Se o culto do indivíduo inaugurou o reinado no século XIX, foisomente a partir do século XX que perturbou em profundidade as sociedadesindustrializadas graças a quatro grandes mudanças sociais: reconhecimentodos direitos das mulheres, desenvolvimento das comunicações, a urbanizaçãoe a extensão da expectativa de vida'.

Agora, não só o divórcio separa os casais com mais facilidade, a qual-quer tempo e sem exigir constrangimentos sociais, como já não impõe à mu-lher profissional qualquer tipo de dependência. É uma decisão que pode sertomada por homens e mulheres com a mesma autonomia e sem riscos. Comoescreve Klinenberg, nesta era moderna em que a comunicação promoveuma conexão virtual perfeita entre a solidão e o mundo, o 'viver sozinho dátempo e espaço para desfrutar a companhia dos outros'.

w PRESENÇANatal será sede do Fórumde Arquitetura com a parti-cipação de nomes interna-cionais. Um evento queacontecerá dia 24 de maio,no hotel Pirâmide, comgrandes palestras de Índioda Costa e Carlos Fortes.

w TROMBONESDe terça até quinta da próxi-ma semana a Escola de Mú-sica da UFRN promove o pri-meiro encontro de trombo-nistas do Rio Grande doNorte. História, fabricação evirtuosismos. Informações no3232.5726.

w ESTRANHO - IA Nunciatura Apostólica, emBrasília, não costuma interfe-rir nas decisões dos bispos earcebispos, mas tem sido lem-brada, em mensagens que par-tem daqui, que algumas deci-sões locais são estranhas.

w EXEMPLO - IIEstá na hora dos arcebispose bispos seguirem o bomexemplo da Igreja de Fran-cisco, aquela que tem nospastores a sua grande força.Na Arquidiocese de Natal ossacerdotes burocratas são osvalorizados.

w PASTOR - IIIÉ nesse sentido o sentimentode estranheza de algumas boascabeças da Arquidiocese - quejá não são tantas... - de nãovalorização da ação pastoraldo Monsenhor Lucas, o bompastor dos seus rebanhos.

w CÂNONE - IO crivo da nova antologia dapoesia brasileira, em dez volu-mes, organização do crítico eeditor Sérgio Cohn, é de reu-nir nomes grandes ou não que,a seu tempo e a seu modo, de-safiaram o cânone literário.

w HOJE - IIEm alguns instantes, na Poe-sia Concreta e no Poema Pro-cesso, desafiamos o cânonepoético. Hoje, a nossa presen-ça não tem mais o menor re-levo. A grande crítica nacio-nal perdeu da vista nossospoetas.

w EFEITO - IIIE mais; os escritores, princi-palmente jovens, são as gran-des vítimas da política cul-tural que investe em eventospara atender à vaidade dosnossos gestores frustrados nasletras, mas donos da granapública.

w MARCA - IVNão somos bons agentes e porisso sequer identificamos asnossas marcas para investirna busca de um espaço nacio-nal. A gestão pública é boa deespetáculo midiático, mas nãoé propulsora de conquistas.

w ALIÁS - VAnossa maior e melhor marcaaté hoje é Câmara Cascudo ese fez sozinho. Da solidão hu-milde de sua pequena sala detrabalho impôs suas grandesidéias ao Brasil chegando àsmaiores editoras brasileiras.

w RETRATO - VINo Brasil do Século XX, Câ-mara Cascudo fez parte das co-leções Brasiliana, Documen-tos Brasileiros, Editoras O Cru-zeiro e Bloch (Manchete), Agir,Melhoramentos, Perspectiva eAntunes, entre outras.

w AINDA - VIIIntegra a coleção da Pontifí-cia Universidade do RioGrande do Sul e é o únicodos nossos a fazer parte daColeção Reconquista do Bra-sil com vários títulos em co-edição Itatiaia-Universidadede São Paulo.

Eles, os singletons

Postos de Saúde de Natal são abertos nestesábado para o 'Dia D' de vacinação contra a gripeMETA NA CAPITAL POTIGUAR É ATINGIR 80% DO PÚBLICO-ALVO, CERCA DE 105 MIL PESSOAS, ATÉ O FIM DA CAMPANHA

Sábado e Domingo14 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013 Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJE

HOJEO cantor e compositor Oswaldo Montenegro faz show às 21h, no

Teatro Riachuelo. Além de apresentar as canções do seu mais recente álbum,“De Passagem”, o menestrel, acompanhado de seus músicos, interpretasucessos que marcaram a sua trajetória musical. O show de abertura ficapor conta do músico Ivanildo de Natal.

IMPERDÍVELA banda DuSouto, formada por Gustavo Lamartine, Paulo Souto e

Gabriel Souto, sobe no palco do Favela Pub (Av. Rodrigues Alves, 825,Tirol), a partir das 22h.

SAMBAO Espaço Cultural Buraco da Catita recebe neste sábado, dia 20, a

partir das 22h, o grupo Divina Xamma. O espaço fica na Travessa JoséAlexandre Garcia, 95, na Ribeira.

ROCKA banda Mobydick apresenta show acústico no Quiosque

Chopp Brahma (Praça de Alimentação do Natal Shopping), a par-tir das 20h.

TEATROBaseado no texto de Rubem Fonseca, o espetáculo do Coletivo Atores

à Deriva narra a história de um homem tomado pelo ódio à sociedade con-sumista e de valores superficiais. Num dia de fúria ele começa a sua batal-ha solitária, banhando as ruas de sangue e cobrando o que a injustiça so-cial lhe negou desde o nascimento. A peça será apresentada às 19h, no Es-paço à Deriva que fica na Rua Frei Miguelinho, 47a, Ribeira.

FELIZ DEMAISA cantora, compositora e escritora paraibana Cátia de França apresen-

ta neste sábado, dia 20, o show “Feliz Demais”, na Casa das Artes de PontaNegra. Participação do grupo Sinhá Jambô. A programação começa às 18h.

Com influências que vão de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro a Bea-tles e Elvis Preasley, Cátia de França é uma das grandes representantes damúsica popular nordestina e compôs canções de destaque como “Coito dasAraras”, “Dança das Lanças”, “Kukukaya – O Jogo da Bruxa”, “VintePalavras ao Redor do Sol”, entre outras. Suas músicas integraram diversastrilhas sonoras de teatro e cinema, como o filme “Paraíba Mulher Macho”,de Tizuca Yamasaki. Ao longo de cinco décadas de trabalho, ela gravoucinco álbuns, com participações de Lulu Santos, Chico César, Clementinade Jesus, Sivuca, Xangai e Dominguinhos.

TROFÉU CULTURACom o objetivo de premiar os destaques do cenário artístico potiguar

o Troféu Cultura do jornalista Toinho Oliveira chega em 2013 à sua déci-ma edição. A cerimônia de entrega marcada para o dia 24 de abril, na As-sembleia Legislativa, às 19h30.

Projeto Suave Coisa continua neste domingoSEGUNDA TEMPORADA DE ACÚSTICOS APRESENTA ALLAN (RASTAFEELING) E FÁBIO ROCHA (ORQUESTRA BOCA SECA)

“O nome escolhido para oprojeto foi ‘Suave Coisa’ inspira-do na música ‘Amor’ dos Secos eMolhados, mantendo relação como evento doce no poente dacidade, a música suave e o para-doxo dos sentimentos cruéis, daprofissão doce e marginal”, contaSimona Talma uma das ideal-izadoras.

E neste domingo, dia 21,continua a segunda temporada deacústicos Suave Coisa com showsinéditos, trazendo outros estilosmusicais, outros trabalhos au-

torais, outros guerreiros damúsica potiguar junto a apreci-ação do Rio Potengi, o pôr do solmais bonito num lugar cheio dehistória da nossa cultura.

O evento acontece às 17h, noSport Club Natal (Rua Chile, 48,na Ribeira). Nesta edição, oSuave Coisa terá uma edição depeso com dois músicos experi-entes e renomados da nossa cena,Allan (Rastafeeling) e FábioRocha (Orquestra Boca Seca).Imperdível!

Nessa edição, Allan, da banda

Rastafeeling, com 10 anos deestrada, mostrando uma históriade luta pelo bem, pela mensagempositiva, pela continuação emissão que o Reggae leva,fazendo uma música genuina-mente nossa, de dar orgulho aqualquer potiguar.

O Rastafeeling fez shows portodo nordeste, com artistas derenome nacional e internacionalda cena Reggae, além de terarrebatado um público giganteem Natal, com anos de persever-ança e trabalho de formação de

público. Eles têm dois CDS umDVD e estão começando ospreparativos para o terceiro CD.

Outra atração do evento é omúsico Fábio Rocha da OrquestraBoca Seca com mais de 10 anosde peregrinação pela música.Pesquisador, guitarrista,tecladista, cantor, compositor,produtor, diretor musical. Difícildizer uma coisa que Fabão nãofaça, um lugar que ele não tenhatocado, quantos shows e exper-iências. A banda acaba de lançaro CD “Nêga Balance” pura

música negra brasileira, potiguar,samba, funk, reggae, dub, rock esoul.

Está inflamando na cidadeuma onda de projetos autorais,tanto os artistas novos quanto osmais experientes estão dialogan-do entre si e com o mundo que osrodeia, produzindo canções comos mais diversos estilos musicais,contribuindo com o enriqueci-mento da cultura local, sedentapor identidade. Pensando nisso,dois desses nomes Juão Nin(Androide sem par) e Simona

Talma, ativos na cena atual sereuniram pra desvendar novosespaços e parcerias e produziruma temporada de acústicos nolugar que tem o pôr do sol maisinteressante da cidade, o RioPotengi.

A segunda temporada contin-ua no dia 28 com mais um veter-ano Sueldo Soares e a promissoraClara e a Noite e pra finalizarcom chave de ouro, no dia 12 demaio será a vez da cantora Ân-gela Castro (Rosa de Pedra) eLipe Tavares (Seu Zé).

> TEATRO

Grupo de teatro infantil apresenta oespetáculo “Do Outro Lado da Chuva”

Apeça conta a história de Amélia,filha de pai viúvo, e de Crusoé, filhode mãe divorciada. Duas crianças, cadauma em um apartamento, que experi-mentam se comunicar uma com a outra,de maneira a fugir da solidão da cidadegrande. Filhos únicos, com pouco es-paço em casa, têm na figura de umababá o elo de ligação que os unem eos permitem dividir experiências desonho e magia, mesmo sem se con-hecerem.

A Cia paraibana apresenta o es-petáculo infantil "Do Outro lado dachuva", na Casa da Ribeira (Rua FreiMiguelinho, 52, Ribeira). A peça ficaem cartaz neste sábado e domingo,sempre às 17h. Trata-se do segundoespetáculo do grupo “voltado para a

criança interior de cada um”, comoafirma o autor do texto e encenador doespetáculo, Joht Cavalcanti.

O texto mostra a importância daunião e da descoberta da magia depoder brincar, rir e sonhar. Tendo noelenco Adriele Daniel como Amélia,Epitácio Souza como Crusoé, CelyFarias como Dona Maria, a babá, In-grid Castro e Léo Viana nos papeis dospais, a peça tem trilha sonora originale iluminação de autoria de FabianoDiniz, com operação de som de Kas-sandra Brandão e operação de Luz deThiago Santine.

A preparação vocal foi realizadapor Maria Juliana Linhares e os fig-urinos são de Tainá Macedo Vascon-celos. Os adereços foram confec-

cionados por um dos protagonistas, otambém aderecista, Epitácio Souza.

A peça trata com lirismo e bomhumor de temas pouco abordados porpeças para criança. Como é carac-terística do Grupo, seus espetáculossão voltados para a criança interior decada um, porque acreditam que cadatrabalho voltado para o público infan-til, tem o poder de despertar sentimentosadormecidos e avivar a imaginação in-dependente da idade de quem os assiste.

Um dos objetivos do grupo, émostrar que os espetáculos infantis,além de entreter e divertir, também sãouma poderosa ferramenta de apren-dizagem e reflexão, além de cumprirseu papel essencial como arte, o deemocionar o espectador.

Fotos: Divulgação

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 15Natal, 20 e 21 de abril de 2013Esporte

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Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

CHOQUE DE OBJETIVOSCLÁSSICO MAIS IMPORTANTE DO ANO ATÉ, ENCONTRO ENTRE ABC E AMÉRICA PODE ENCAMINHAR VENCEDOR PARA

CLASSIFICAÇÃO OU COMPLICAR EQUIPE QUE SAIR DERROTADA DO FRASQUEIRÃO. DUELO COMEÇA ÀS 17 HORASQuando o relógio marcar 17

horas no Estádio Frasqueirão, o ár-bitro catarinense Heber RobertoLopes soprará o apito para o iníciodo clássico mais importante do ano,até aqui, para ABC e América. Oduelo válido pela quinta rodada doCampeonato Estadual, apesar deainda não definir matematicamentea classificação de qualquer uma dasduas equipes, é fundamental nos pla-nos para conquistar uma das vagasna final do 2º turno do Campeona-to Potiguar.

Quarto colocado com sete pon-tos, empatado com o Assu, dois atrásdo Potiguar de Mossoró e a três doAmérica, o ABC não pode pensar se-quer em empatar, sob pena de ver suareação na competição se transfor-mar em esforço desperdiçado e aampliação do tabu de não vencer orival ir para oito jogos. Líder com10 pontos e num confronto diretocom um adversário por uma dasvagas na final do 2º turno, o Amé-rica não quer dar chance ao azar epretende matar um dos concorren-tes ainda neste domingo, para ten-tar abrir na liderança e encaminhara classificação a duas rodadas parao fim do turno.

Embalado pela vitória sobre oCorintians, na rodada passada, por2 a 0, os Alvinegros precisa vencernovamente nesta rodada do final desemana para fechar a conta da clas-sificação. Três pontos colocariam aequipe com os mesmos 10 do rival,mas ainda atrás na classificação pelosaldo de gols. Para ultrapassar osrubros nesse critério, seria necessá-ria uma improvável goleada por 6 a

0 para superar a diferença de saldoque atualmente é de cinco dos rubroscontra nenhum do ABC.

Sem precisar de uma goleadahistórica sobre o América, o Alvine-gro ainda pode entrar no G2 no do-mingo mesmo. Para tal, precisaráde uma vitória simples sobre o ar-quirrival e uma derrota do Potiguarde Mossoró no clássico do Oeste,contra o Baraúnas, para ir ao segun-do lugar. "Essa é a nossa oportuni-dade de mostrar que temos condi-ções de lutar até o fim. Se não che-gou como queríamos, numa boa si-tuação, vamos procurar aproveitar damelhor forma possível. Um bom re-sultado no domingo e as coisaspodem mudar totalmente. É um jogoimportante e que define muitas coi-sas para o ABC", afirma o treinadorAlvinegro, Paulo Porto.

O América, por outro lado, vemempolgado após o fim do tabu denão marcar mais de dois gols na tem-porada e pela conquista da lideran-ça do 2º turno. Com um ponto a maisque o rival Potiguar, o América che-gou a 13 jogos de invencibilidadena competição e pode chegar aos 13pontos na noite deste domingo. Casoconsiga, e contar com uma derrotado Potiguar de Mossoró no clássico,jogaria por uma vitória e um empa-te nas duas próximas rodadas para ga-rantir vaga na final do turno. "O clás-sico é um jogo à parte, um clássicoque tem um tempero especial, já quevale praticamente a classificação e avaga na final do segundo turno",constata o técnico do América, Ro-berto Fernandes.

Um empate para as duas equi-

pes no final da tarde deste domin-go pode complicar ambas. ComAssu e Potiguar na cola, uma igual-dade no Frasqueirão, somada a vi-tórias das equipes do interior podecolocar os gigantes da capital emmaus lençóis. No caso do ABC, aequipe estacionaria na quarta colo-cação, e veria os adversários abrirdistância e, consequentemente, o Al-vinegro passaria a depender de umacombinação de resultados imprová-vel e da necessidade de vencer ospróximos dois jogos. Já o América,com um empate ou mesmo derrotasomada a vitórias de Potiguar e Assu,deixaria a equipe na segunda colo-

cação e ameaçado de perder a posi-ção no G2, no confronto direto con-tra o Camaleão do Vale.

MISTÉRIO EM CAMPOAs comissões técnicas de ABC

e América fizeram bastante misté-rio sobre as equipes que levarão acampo neste domingo. No Alvir-rubro, o técnico Roberto Fernan-des inverteu o horário de treina-mento para reduzir olhares curiosos,inclusive da imprensa, e deixouuma dúvida no ar sobre a escalação,apesar de contar com a equipe com-pleta para o duelo contra o ABC. Li-berados após cumprirem suspen-

são pelo terceiro amarelo, os late-rais Renatinho Potiguar e Brunovoltam à relação de convocadospara a partida.

No primeiro clássico do ano,vencido pelo América por 1 a 0, otreinador americano improvisou omeia Netinho na lateral-esquerda.Agora, novamente, Fernandes estu-da atuar com o jogador mais uma vezna posição e lançar Cascata no meiode campo, com o apoio do volanteDaniel e Fabinho na armação dasjogadas. Itamar e Índio Oliveira for-mariam a dupla de ataque. Outraopção é a presença de Renatinho naesquerda, Netinho no meio de campo

e Cascata mais avançado, próximoa Itamar, no ataque. A primeira for-mação é a mais provável a ser uti-lizada pelo treinador, que aindaassim, tem surpreendido em váriosjogos nas escalações.

No ABC, o mistério é aindamaior. Se a equipe vinha atuandonuma formação com três zagueirose cinco homens de meio, o técnicoPaulo Porto surpreendeu no últimocoletivo e iniciou os trabalhos comtrês atacantes: Vanderlei, Jheimy eJúnior , e sem contar com um late-ral esquerdo de ofício, já que o za-gueiro Lino atuou como uma espé-cie de líbero pelo lado esquerdo. Nasegunda parte do coletivo, Porto co-locou Márcilio pelo lado esquerdoe lançou Jean Carioca no meio paraas saídas de Jheimy e Vanderlei, dei-xando a equipe num sistema comapenas um atacante, mas contandocom as subidas de Jean Carioca noapoio ofensivo.

A maior surpresa, no entanto,foi a ausência de Rodrigo Silvaentre os titulares. O jogador é o ar-tilheiro da equipe na temporada e,ao menos no treino, não chegou aparticipar da movimentação notime principal. Testado na equipe,o treinador aparentemente, tentaplantar uma dúvida no treinadoradversário sobre qual esquema en-contrará em campo contra o ABC.Para o jogo, Paulo Porto não contacom os volantes Edson, lesionado,e Hamilton, suspenso, mas terá oretorno de Junior Xuxa. O camisa10 abecedista desfalcou a equipe napartida passada após receber o ter-ceiro cartão amarelo.

No primeiro encontro entre as duas equipes no ano, o América levou a melhor e venceu por 1 a 0, no Estádio Nazarenão

Wellington Rocha

DIA DE CLÁSSICONada como um clássico para mo-

vimentar a rivalidade, valorizar ocampeonato e despertar no torcedora paixão que anda adormecida emmeio a jogos sem graça e de poucoprazer técnico. É nos clássicos quea arquibancada ganha vida, protago-niza cenas de cinema.

Pai e filho em um abraço frater-nal, como se fosse o último da suaexistência. Casais em beijos apaixo-nados, quentes, aquecidos por umsentimento único e avassalador quebrota do cimento frio de seus as-sentos e da grama verde vívida decalor. Crianças descobrindo na suainocência o primeiro sentimentolonge da família.

Em dia de clássico, a arqui-bancada vira fonte da juventude.Rejuvenesce os idosos que gritamcomo se suas vidas acabassem deterem sido geradas, saltam comose uma barreira olímpica ficassepara trás e uma medalha douradareluzente estivesse a um passo dedistância; cantam tal qual numshow de calouros, que na verda-de, é um coral: sem rosto, semraça, sem sexo, só o coração re-tumbante e ressoante de paixão

desenfreada pela sua agremiação.É nos dias de choque tradicional

de cores que a cidade fica mais bela.O bom dia tem um sabor especial, oboa tarde tem a entonação da ansie-dade e o boa noite ganha contornosde alegria, provocação e frustração.É dia em que os dedos deixam deapertar botões, de indicar direções, semostram mais úteis para expressaremoções, talvez até em número, ounúmeros, para ser mais feliz ao mos-trar o placar do jogo.

É em dia de clássico, que tenhomais orgulho de ser jornalista espor-tivo, é o dia em que minhas me-mórias de infância vêm à cabeçacomo um turbilhão de emoções,como um fervor de inspiração paratentar descrever o indescritível, ma-terializar um sentimento inatingí-vel, inalienável, que ao mesmotempo em que é particular, perten-ce só a mim e a mais ninguém, é tãocoletivo quanto o ar respirado peloestádio lotado de corações, emo-ções, ilusões e sonhos.

Porque em dia de clássico, oprotagonista não está em campo,vestido de uniforme e calçado dechuteiras. Em dia de clássico, eleveste o manto único de quem torce,

vibra, faz a bola rolar com um gritoe ela parar com um gesto aceleradoe nervoso das mãos. Em dia de clás-sico, a única coisa para qual é pos-sível dizer não é se cogitarem a pos-sibilidade de querer estar em outrolugar. Hoje, domingo, não há qual-quer lugar do mundo em que eu iriapreferir estar que não fosse o doduelo entre ABC e América.

APOSTASe fosse fazer uma aposta num

vencedor para o encontro deste do-mingo entre ABC e América, a razãodespejaria todo o meu dinheiro nosrubros sem qualquer medo de errar.Time mais equilibrado, tranquilo ebem armado, tem a confiança do tor-cedor de que, mesmo em um diaruim, tem poder de fogo para deci-dir o duelo e levar os três pontos paracasa. Mas ainda assim, se tivesse es-colha, iria preferir guardar meu di-nheiro e apostar numa barbada menosimprovável. Apostar num time emum clássico como o deste domingo,tão importante para ambos, especial-mente para o rival, é lançar mão dasorte mais traiçoeira que existe: aconfiança excessiva num resultadomais do que provável.

MISTÉRIONinguém ficou curioso pela

opção do técnico Paulo Porto emdeixar o centroavante Rodrigo Silvano banco de reservas? O jogador éartilheiro do ABC na temporada com12 gols, tem cinco só no Estadual, eàs vésperas do clássico é sacado dotime titular para uma formação quenunca foi utilizada pelo treinador deuma hora para outra. Não tenho dú-vida, de que neste domingo, o joga-dor estará em campo. Salvo o trei-nador abecedistaa realmente tenhaentrado em surto e optar por umaformação que foi utilizada em poucomais de meia hora de treino.

REI DO CLÁSSICOO técnico Roberto Fernandes já

tem sido chamado por aí de "Rei dosClássicos". Após sete jogos de in-vencibilidade diante do maior rival,o treinador até merece a nova alcu-nha. Não apenas pelos resultados emsi, mas pela superioridade que temimposto em campo sobre a equipe ad-versária que, até aqui, não conseguiuser melhor na totalidade dos jogosdiante do pernambucano. Paulo Portoterá hoje a oportunidade de destro-nar a majestade rubra.

Sábado e DomingoNatal, 20 e 21 de abril de 201316 O Jornal de HOJE

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Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

Esporte

Falta o chope É sério. Dos cariocas invejo o chope. A inveja é pútrida, então dos

cariocas tenho admiração pelo prazer de sentar numa calçada, estiraras pernas, botar o celular no silencioso, afinal carioca merece pausa etomar um chope. Um homem com direito a um chope gelado é umhomem sorridente no caixão. Pode prestar atenção.

O chope foi o único serviço prestado ao Brasil pela Família RealPortuguesa, que era formada por papudinhos metidos a besta e trouxetonéis da bebida servida apenas para os integrantes da corte. Depois,a monarquia seguiu para a cozinha e o povão se embebedou.

Na minha última viagem ao Rio de Janeiro, tomei um chope dehotel, um chope burocrático, apressado, caro além do habitual, olhan-do para uma favela, onde cintilavam fuzis de longo alcance. Se o ban-dido quisesse, era mirar e arrancar qualquer cabeça à beira da piscina.Estava de bom coração. Um chope com pânico de tira-gosto é uma res-saca fatal e traumática.

O carioca tem a leveza do drible no rosto, na beleza do andar desuas cabrochas pelo sabor do chope que toma, com a brisa do mar. Opapo sem tempo de terminar, com chato sendo expulso sem piedade ecom assunto de morte e vantagem sendo jogado na maré dos sargaços.

Nos romances de Luiz Alfredo Garcia-Roza, o detetive Espinozainterrompe investigações enigmáticas apenas para tomar um chope ge-lado, com pastéis, acompanhado de uma morena chamada Inês, inte-ligente, bonita e que não lhe aporrinha. Só em literatura e no Rio deJaneiro. Um chope no meio do sol de terça-feira, uma morena gosto-sa, fiel e sem cobranças.

O chope é uma bebida com instintos de desabafo. A primeira tuli-pa ou caneca é para se tomar de uma vez inteira, garganta aberta comouma comporta. Deixar o conteúdo escoando como se o mundo fosseterminar ali, naquele gole.

Colarinho no limite dos dois dedos, sem espuma exagerada. Gelotinturando o vidro, o sabor banhando a alma e inspirando os poros, alibido, a vontade de conversar. A liberdade consagrada, todas as obri-gações expulsas aos palavrões criados ou inventados na imaginação fer-tilizada em lúpulo.

>>>Natal não se deve substituir por nada. Nenhuma Pasárgada. O Rio

de Janeiro vale pelo seu chope que, por fotografias e imagens de do-cumentários e filmes, vejo amplificar a boemia moderninha salva pelalindeza das felinas saindo à caça e dos bêbados em patética busca.

Natal precisa de um lugar onde se tome um chope. Um lugar quenão seja da moda. Um lugar para antissociais. Eu jogo com a camisa8. Um lugar para retraídos. Um lugar para quem gosta de conversarsobre futebol. Sem Neymar no cardápio. Para quem gosta de relem-brar dos sambas de Monarco. Dos desenhos de Henfil. Dos persona-gens de Chico Anysio.

Natal precisa de um lugar assim. Se o chope for bom e a fregue-sia petulante, a bebida entra atravessada. Vira desfile de moda, frescu-ra, foto em coluna social, espaço de dondoca, passarela de boçal. Não.Que seja no Alecrim, ali na divisa com as Quintas, perto do antigo CaféNice e próximo ao ponto do ônibus.

Melhor: Que a calçada seja cheia de camelôs insistentes venden-do CDs piratas e de putas inconvenientes, daquelas que sentam namesa sem convite e pedem uma dose de Montilla.

Agente paga a bebida da mundana, contanto que tome o chope sos-segado, sem ninguém para falar em dólar, carro importado, viagem paraMiami em 89 prestações, passeio de lancha para fazer negociata, danovidade exuberante do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, da cuecanova do Dr. Kalil.

Natal precisa de um lugar onde se tome chope. Onde gente que nãogosta de esnobismo possa passar seu tempo, debatendo sobre aquiloque a turma acha ultrapassado, não rende um tostão e é perda detempo.

Tomar um chope é perder tempo. Um bom tempo, com gente boa,sem precisar controlar situação, se preocupar com satisfação, nem terdespeito, como eu, dos aquinhoados cariocas. É que hoje é sábado e,a esta hora, gostaria de estar cheio de chope. Com uns cinco amigosde primeira.

TENSÃOSem chope, cerveja ou ca-

chaça, tudo proibido, ninguémconteve a violência nos estádios.Amanhã, no ABC x América, osabstêmios de raça ruim devemser tratados com dureza pela po-lícia em favor dos homens debem.

BASTÃOBagunçou, é bastão. De ipê.

Daqueles que chamam de setefamílias. Ortopedista leva doisdias para botar osso no lugar de-pois da lapada.

EM CAMPOO América leva vantagem.

Técnica e psicológica. O quenada significa em clássico. Ondemortos saem de mausoléus e he-róis sucumbem na hora decisiva.Será um jogo em que os primei-ros 20 minutos e o comporta-mento na faixa do meio-campoindicarão o caminho final.

O DUELODe interessante, mesmo, o

duelo entre a habilidade de Cas-cata, o diferencial do América ea força guerreira de Hamílton, ocapitão e líder do ABC. Os doisserão os polos opostos do jogo,salvo algum milagre.

COM LICENÇAO ABC entra em campo após

uma semana que terminou con-turbada com a demissão do au-

xiliar Barata, craque com histó-ria e ídolo da torcida. Baratatinha força e prestígio junto aosjogadores e estava incomodandoo técnico Paulo Porto. A direto-ria tem o direito de demitir quemquiser. Tem o direito - e está abu-sando dele - de ser inábil e injus-ta.

BESTEIRAA diretoria do Corintians pre-

cisa acabar com essa conversade disputar Campeonato Paraiba-no. O seu torcedor não podepagar. Se o ABC, por exemplo,fosse mudar de país pelo rouboque sofreu contra o Vasco naCopa do Brasil de 2011, estariajogando a Copa de Bangladesh.

LUPÉRCIOÉ um primor de edição e

texto gostoso de se ler o livroFutebol de Mossoró, PequenasGrandes Histórias, do comenta-rista Lupércio Luiz. Bom paradegustar num fim de semana. Éum texto com resgate de memó-ria sem enfado. Lupércio, paraquem não sabe, foi excelente jo-gador de futebol e dos melhoresde futebol de salão do Nordes-te, com atuação pela seleção cea-rense.

VIVOSQue todos, amanhã, voltem

para casa do Frasqueirão. Vivos.A vida não se resume a um jogode futebol.

Segurança reforçada no ClássicoALÉM DE POLICIAMENTO NOS PRINCIPAIS CORREDORES DA CIDADE, SERÁ

INSTALADO JUIZADO ESPECIAL E DELEGACIA NO ESTÁDIO FRASQUEIRÃOCom a expectativa da presen-

ça de um grande público, foramconfirmados 500 policiais milita-res para garantir a segurança dotorcedor antes e depois da partida.Serão integrantes da Ronda Osten-siva com Apoio de Motocicleta(Rocam), Pelotão da Cavalaria, Ba-talhão de Choque, além dos poli-ciais das áreas em que haverá cir-culação de torcedores A estratégiada Polícia Militar é combater atosde violência que possam acontecerno entorno do Estádio Frasqueirão.

Outro objetivo da PM é mini-mizar qualquer tipo de confrontoentre as torcidas rivais, como noincidente entre as torcidas de For-taleza e Ceará, que culminou coma morte de dois torcedores do al-vinegro cearense. A comercializa-ção de bebidas alcoólicas, vedadapelo Estatuto do Torcedor, tam-bém será fiscalizada com maiorintensidade. No estádio, será ins-talado um juizado especial da In-fância e Juventude e uma delega-cia da Polícia Civil.

O policiamento será intensifica-do nos principais corredores das ci-dade, como avenidas Salgado Filho,Bernardo Vieira, nas imediações doshopping Midway Mall, além daRoberto Freire, Ayrton Senna eMaria Lacerda Montenegro. Em re-lação ao acesso de torcedores, osportões do estádio serão abertos às15h e a torcida visitante terá sua en-trada restrita ao portão A (arquiban-cada). Os ingressos destinados à tor-cida visitante serão identificados.

Integrantes do programa desócio do ABC e torcedores abece-distas com ingresso de arquiban-cada terão acesso ao estádio peloportão C. No caso de associadoscom ingressos de cadeira, conse-lheiros, cessionários e torcedoresem geral com ingresso de cadeiratem acesso pelo portão B. Ao tér-mino da partida, a torcida do Amé-rica sairá primeiro. A saída da tor-cida alvinegra se dará somente após20 minutos. Além disso, não serápermitida a entrada de torcedorescom vestimentas de torcidas orga-

nizadas de outros times que nãosejam ABC e América.

"Fizemos a reunião com os lí-deres das torcidas, na sede do Co-mando da Polícia Militar, para or-ganizar o esquema de segurançapara o jogo deste domingo. Todosestão cientes das regras descritasno Estatuto do Torcedor, mas, paragarantir o bem estar do torcedores,convocamos 500 policiais para tra-balhar no domingo. Acredito quenão teremos problema, a seguran-ça estará reforçada e o clima parao jogo, apesar da rivalidade, deve-rá ser de paz", afirmou o coronelAlarico Azevedo, sub-comandan-te do policiamento metropolitano.

OUTROS JOGOSLonge da capital, mas não da ri-

validade. Outras três partidas com-pletam a rodada neste domingo,todas às 17 horas. O principal des-taque, além do clássico entre ABCe América, é o duelo entre Potiguare Baraúnas, no Estádio Nogueirão,em Mossoró. Segundo colocado no

2º turno, um ponto atrás do líderAmérica que tem 10, o Time Machopode reassumir a liderança casovença e o rival da capital não passede um empate com o ABC. Porisso, a partida na "capital do Oeste"é vista como decisiva para a equi-pe do técnico Celso Teixeira. O Ba-raúnas, por outro lado, tem apenascinco pontos e chances remotas declassificação, mas tenta ao menosterminar a competição em uma po-sição digna, a três jogos para o final.

No Ninho do Periquito, em SãoGonçalo, o Alecrim busca a regu-laridade que ainda não encontrou nacompetição. Após a derrota na ro-dada passada, a equipe quer a rea-bilitação contra o terceiro coloca-do Assu. O Camaleão do Vale, en-tretanto, não pretende vender bara-to o resultado, já que segue vivona briga por uma vaga no G2. Nasúltimas colocações e sem qualquerpretensão de ir à final, Corintianse Santa Cruz fazem papel de coad-juvante em duelo no Estádio Ma-rizão.

Partida entre ABC e América no Estádio Frasqueirãocontará com segurança de 500 policiais

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Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 17Natal, 20 e 21 de abril de 2013

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Ah, quer saber...Como surgiu os top croppeds

Foi nos anos 80, quandoMadonna usou o primeirotopcropped no vídeo clipe "Lucky Star"e a partir daí virou tendência. Apeça simbolizou a sensualidadefeminina desta época. Passadas duasdécadas, estão de volta, nas mais di-versas formas, materiais e combi-nações.

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Melhor forma de usar...Associados a looks esportivos

e descontraídos, trazem consigo umar cool, sensual e fresco. Ideal paraa primavera/verão, são geralmentecombinados com uma peça de cin-tura alta, quer sejam calças ou saias.Largos ou justos, de manga com-prida ou curta, em formato de sutiã,espartilho ou qualquer outra vari-ação, favorecem silhuetas esculpi-das.

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Inspiração maiorA inspiração chega de desfiles

de criadores como Peter Som, queo coordenou com saias longas, ouem Michael Kors, que optou porum top justo de manga compridacom uma saia-midi. Já n aBalenci-aga, por exemplo, os top croppedsaparecem em versão oversized.

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Vichy lança Novo CapitalSoleil Toque Seco FPS 30

Preocupada em atender as ne-cessidades das brasileiras, Vichyinvestiu em novos estudos clínicose sensoriais para lançar a nova fór-mula do Novo Capital Soleil ToqueSeco FPS 30 Textura Ultra Seca,que traz textura ultra seca com altadurabilidade, ideal para peles mis-tas e oleosas e especialmente paraquem vive em climas úmidos.

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O fotoprotetor ganha fór-mula com absorção imedia-ta e controle total do brilho

Desenvolvido especialmentepara o Brasil, o novo fotoprotetorda marca francesa conta com mi-cropartículas ultrasecantes de síli-ca, ativo contra a oleosidade, queproporciona absorção imediata comtextura seca e ação antibrilho du-radoura.

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Saint James para CoachA Coach e a Saint James jun-

taram-se numa coleção para a pri-mavera/verão 2013 que cheira apraia .Aparceria alia a qualidadede artesanato da marca norte-amer-icana e a tradição em motivos náu-ticos da marca francesa.

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Como comprar...Roupa, carteiras e outros

acessórios são as peças que com-põem esta coleção que estarádisponível em boutiques sele-cionadas Coach e no site da marca.

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Spezzato TeenHoje, a empresária Raquel Bez-

erra, recebe na sua Bagatelle, asclientes da marca fashion Spezza-to Teen para uma sessão de fotos,com a presença do programa Moda& Atitude registrando tudo.

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Jota Oliveira recebeNa noite deste sábado (20), o

mais querido compadre JotaOliveira recebe amigos no seuapartamento em Areia Preta. Poucose bons estarão presentes na resen-ha que promete entrar pela madru-gada, pois o anfitrião é mestre emreceber bem.

Bom fim de semana!

Em noite de lançamento Goldesign, as queridas: VeruskaBorges, Ana Márcia Albuquerque e Sovânia Monte

Niver: Ingrid Feijó com aaniversariante Malu

Medeiros

Viagem: a bela CyndraPotiguar em Shangai

Lindos e grávidos:Renata e Renato

Gadelha

Guilhermina: Max Albuquerque clicou uma resenha rápida entreo fashionista George Azevedo e a estilista Angela Lemos na

rápida passagem dela pela terrinha, tendo como anfitriões osqueridos Guilherme e Luiz Antonio da loja Guilhermina

Nesta última sexta-feira(19), a My Shoes subiu na

passarela do Fashion Rio nodesfile da Triya e fez bonito

Sábado e Domingo18 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013

Cultura

Newton Ramalho

OQUE ESTÁ EM CARTAZ

Fotos: Divulgação

ClaqueteNewton Ramalho

O QUE ESTÁ EM CARTAZ

Nesta última sexta-feira (19), Dia do Índio tivemos várias estreias interessantes. Destaque para "Meu Pé de Laranja Lima", baseado

num livro que encantou gerações. Tivemos, também, o romance "Um Porto Seguro", o policial "O Acordo", com Dwayne Johnson,

e o drama chileno "No", na Sessão Cine Cult. Continuam em cartaz a ficção-científica "Oblivion" (vejam na Sessão Filme da Sema-

na), o thriller "Invasão à Casa Branca", o terror "Mama", a ação "G.I. Joe - Retaliação", a animação "Os Croods", e a comédia nacio-

nal "Vai Que Dá Certo". Nas programações exclusivas, O Cinemark mantém o policial "Alvo Duplo", com Sylvester Stallone, e a

aventura "Jack, o Caçador de Gigantes".

Filme da Semana: "Oblivion"

Apesar do gênero ficção-cientí-fica ser muito frequente no cinema,é também um dos mais difíceis desatisfazer o público, seja pela pró-pria evolução tecnológica, seja pelapobreza de novas ideias, repetindo-se velhos sucessos para garantir boasbilheterias. Por isso, é muito bom as-sistir um filme como "Oblivion",que traz algo diferente para os aman-tes do gênero.

Estamos no ano 2077. O plane-ta Terra está arrasado, praticamen-te sem vida, após uma terrível guer-ra contra invasores alienígenas. Aguerra foi vencida pelos humanos,mas, a um custo altíssimo, de umplaneta estéril, com muitas áreascom alto nível de radioatividade.

Amaioria dos seres humanos foideslocada para Titã, o maior satélitede Júpiter, enquanto uma pequenaforça permaneceu na órbita da Terra,em uma gigantesca estação espacialde nome TET. Outras máquinas co-lossais sugam a água dos oceanospara transformá-la em energia.

Para proteger essas máquinas,existem os Drones, robôs voadoresque vigiam o território próximo, poisainda existem alienígenas remanes-centes, chamados Saqueadores, queconstantemente atacam as instala-ções humanas.

Jack Harper (Tom Cruise) e suaparceira Vika (Andrea Riseborough)estão entre os poucos humanos queainda estão próximos ao planeta de-

solado. Do alto de uma estação or-bital, apenas alguns quilômetros dealtura, eles fazem a manutenção dosDrones, sempre sob a supervisão daequipe do TET.

Jack e Vika tiveram suas me-mórias apagadas de todos os acon-tecimentos passados. A eles só im-porta que em apenas duas semanasdeixarão a Terra para juntar-se aoresto da Humanidade em Titã.

Mas, se para Vika tudo está bem,o mesmo não acontece com Jack.Ele é perturbado constantemente porsonhos com uma estranha mulher, aomesmo tempo em que se questionase realmente devem abandonar aTerra.

Dois eventos irão mudar radi-calmente a sua rotina. Ao investigara queda de uma antiga espaçonaveterrestre, ele descobre que a miste-riosa mulher está entre os sobrevi-ventes, num habitáculo de vida sus-pensa. Para sua surpresa, os Dronesmatam todos os humanos, enquan-to ele fica na frente do robô paraproteger a mulher.

Em seguida, eles são captura-dos pelos Saqueadores, que na ver-dade não são alienígenas, mas, hu-manos disfarçados, que vivem es-condidos em antigas instalações sub-terrâneas.

Jack descobrirá muitas revela-ções que mudam radicalmente a suaideia de mundo, principalmentequando ele descobre que não está so-

zinho, que nada que ele conhece éverdade, e que o destino da Huma-nidade está - literalmente - em suasmãos.

"Oblivion" traz alguns elemen-tos conhecidos, como o cenário apo-calíptico - antes que eu me esque-ça, Nova York foi destruída maisuma vez - a ameaça alienígena, aresistência dos humanos, etc..

Mas, o roteiro é bem amarrado,a montagem tem um ritmo empol-gante, e os efeitos especiais, presen-tes em praticamente todas as cenasdo filme, são absolutamente des-lumbrantes.

O elenco principal, apesar de re-duzido, está muito bem, a começarpelo próprio Cruise, um cinquentãoque continua protagonizando papéisde ação. Aucraniana Olga Kurylen-ko não precisa esforçar-se tantoquanto seus personagens em "Hit-man - Assassino 47" e "007 - Quan-tum of Solace". O trabalho maiorficou para Andrea Riseborough, aamante e chefe de Harper. Agora,roubar a cena, como sempre, é a es-pecialidade de Morgan Freeman.

"Oblivion" é uma ficção-cien-tífica repleta de ação, com algumasboas surpresas na história, e um vi-sual de encher os olhos. Emboratenha muitas explosões e tiroteio,não há violência explícita, de modoque é um programa para toda famí-lia, o que é favorecido pela classi-ficação indicativa de 12 anos.

ESTREIA 1: "MEU PÉ DE LARANJA LIMA"Zezé (João Guilherme de Ávila) é um garo-to de oito anos que, apesar de levado, temum bom coração. Ele leva uma vida bemmodesta, devido ao fato de que seu pai estádesempregado há bastante tempo, e tem ocostume de ter longas conversas com umpé de laranja lima que fica no quintal desua casa. Até que, um dia, conhece Portu-ga (José de Abreu), um senhor que passaa ajudá-lo e logo se torna seu melhor amigo.Baseado no livro homônimo de José Maurode Vasconcellos. A direção é de MarcosBernstein. "Meu Pé de Laranja Lima" es-treia nesta sexta-feira, na Sala 1 do Cine-mark. Classificação indicativa 12 anos. (T. O.: "Meu Pé de Laranja Lima")

ESTREIA 2: "UM PORTO SEGURO"Quando uma misteriosa mulher chamada Katie (Julianne Hough) se muda para a pequena cidade de South-port, Carolina do Sul, seus novos vizinhos começam a levantar questões sobre seu passado. Bela e discre-

ta, ela evita qualquer tipo de laço pessoalcom os outros habitantes da região até queconhece o charmoso Alex (Josh Duhamel),um homem gentil, viúvo e pai de dois filhos,e a sincera Jo (Cobie Smulders), que se tornasua amiga. Katie começa a se interessar porAlex e se sente cada vez mais afeiçoada a elee sua família. Ela acaba se apaixonando, mas,um segredo de seu passado a impede de serplenamente feliz. A direção é de Lasse Halls-tröm. "Um Porto Seguro" estreia nesta sexta-feira, na Sala 3 do Cinemark, e na Sala 2 doMoviecom. Classificação indicativa 12 anos.(T. O.: "Safe Haven")

Fotos: Divulgação

ESTREIA 3: "O ACORDO"Um adolescente é preso injustamente por umcrime que não cometeu e, após ser julgado,acaba sendo condenado a 10 anos de prisão.Desesperado, seu pai John Matthews (Dway-ne Johnson) está disposto a qualquer acordopara livrá-lo da cadeia. É quando recebe a pro-posta de uma promotora federal (Susan Saran-don) para que trabalhe como agente infiltradoem uma operação em andamento, que tem pormeta capturar um poderoso chefão das drogas(Benjamin Bratt). A direção é de Ric RomanWaugh. "O Acordo" estreia nesta sexta-feira, naSala 4 do Cinemark, e na Sala 4 do Moviecom.Classificação indicativa 14 anos. (T. O.: "Snitch")

Carlos MagnoFLASHES DO SERIDÓ - [email protected]

OS PARABÉNS PRA VOCÊ serão cantados hoje para o procurador do Estado e presidente da Associação Seridoensede Criadores, Nivaldo Brum, ginecologista caicoense Anaise Dias, ex-prefeito de Ouro Branco, Nilton Medeiros,

vereador/seresteiro Luiz Almir e Jean Queiroz, que integra a assessoria de comunicação do prefeito de São Gonçalodo Amarante, Jaime Calado. Amanhã rasga folhinha a médica e ex-Miss Seridó, Rita de Cássia Azevedo, juíza

Soledade Araújo Fernandes e o floraniense Sílvio Augusto Freire. Segunda-feira é dia de parabenizar o prefeito deLajes e presidente da Femurn, Benes Leocádio e na terça, a engenheira civil e grande dama da sociedade de Santa

Cruz, Rafaela Thais e a empresária Miriam Araújo. TINTIM

w AUTÓGRAFOSO jornalista e ex-secretário de Comuni-cação do Estado, Paulo Araújo lançounesta última sexta-feira (19), no Memo-rial da Câmara Municipal de CurraisNovos, sua terra natal, o livro "Como SeFossem Letras". O livro já foi lançadocom sucesso em Natal e Mossoró.

w VOTO DE LOUVORPor proposta da deputada Márcia Maia,a Assembleia Legislativa aprovou Votode Louvor ao monsenhor Ausônio Tér-cio de Araújo, diretor do Colégio Dio-cesano Seridoense, pela realização dacampanha "O Seridó é Federal".

w EXÉRCITOO Dia do Exército foi comemorado nestasexta-feira pela manhã, no Quartel do 16ºBatalhão de Infantaria Motorizado, comcerimônia militar comandada pelo ge-neral de brigada Carlos José Ignacio,comandante da 7ª Brigada da InfantariaMotorizada "Brigada Felipe Camarão".Em tempo, ele recebeu na última quin-ta-feira, durante sessão solene na As-sembleia Legislativa, o título de Cida-dão Norte-rio-grandense, por propostado presidente da AL, deputado RicardoMotta.

w DESEMBARGADORO juiz Ibanez Monteiro da Silva, seri-doense de Florânia, foi escolhido o novodesembargador do Tribunal de Justiça doRio Grande do Norte. É casado com asenhora Teônia Medeiros, que tambémnasceu em Florânia.

w TURISMOO secretário de Turismo do Rio Gran-de do Norte, Renato Fernandes, desem-barca segunda-feira no Seridó. Em Cur-rais Novos, participará da eleição dosnovos membros do Pólo Seridó de Tu-rismo, na sede do CDL.

w PASSARELAA bela Gabrielly Medeiros, seridoensede Jucurutu, já está em Campo Grande- MS, onde representa nosso Estadoneste sábado (20), no concurso MissBrasil Teen Universe 2013.

w AUDIÊNCIAA Diocese de Caicó vai promover Au-diência Pública sobre a criação da Uni-versidade Federal do Seridó - Campa-nha "O Seridó é Federal". Será dia 29de abril, às 19h30, no Centro PastoralDom Wagner, em Caicó.

w EM SANTA CRUZA prefeita de Santa Cruz, FernandaBezerra solicitou ao presidente da Câ-mara Federal, Henrique Eduardo Alvesseu apoio junto ao Ministério da Edu-cação para a concretização da Facul-dade de Medicina no Campus daUFRN em Santa Cruz.

w BRILHOO secretário de Saúde de Carnaúbados Dantas, odontólogo Pedro Rober-to de Medeiros foi indicado pelo CO-SEMS, membro do Conselho Estadualde Saúde.

w VIBRANDOO empresário jardinense DelcindoMascena dos Santos feliz da vida como sua sucesso da sua Avohai, que vemvestindo as principais estrelas da no-vela "Flor do Caribe". Uma das peçasmais comentadas foi o vestido da noivaDoralice, interpretada pela atriz RitaGuedes. A peça é rendada e toda bor-dada com pérolas.

w BELEZA SERIDOENSERepresentantes de 21 municípios seri-doenses já estão inscritos e vão brigarpelos títulos de Miss e Mister Seridó2013. Equador por exemplo, tentará ostítulos com Brígida Diniz e Diego Bal-duino. Bodó está de volta ao certame eserá representada por Sandy Braga eAlisson Oliveira. Esta noite durante afesta Garota Top 2013, Jessica Lima eMadson Thaylon serão aclamados Misse Mister São Vicente 2013. A exemplodas outras edições, a Matersol ModaPraia é a grife oficial do concurso.

w PARABÉNSQuem ganha parabéns neste sábado éa renomada cabeleireira caicoense euma das minhas amigas mais queri-das, Vanúzia Melo. Um beijo carinho-so.

CASAL QUERIDO - Médico e ex-deputado federal Cipriano Correiae Ângela Melo, em recente evento social. (Fotos Lourenço)

DESTAQUE - O presidente da AABB, Edilson Fernandes e HeloisaLacerda, esbanjando simpatia na Feijoada da Amizade.

AMIGOS PARA SEMPRE - Vereador Luiz Almir e JeanQueiroz, clicados na Feijoada da Amizade. Eles festejam

idade nova hoje. Os parabéns da coluna.

RODA SOCIAL - O pecuarista e procurador do Estado, NivaldoBrum com sua bonita mulher, advogada Giza Xavier, em noite de

festa. Ele aniversaria hoje.

BELEZA - Brígida Maria, 1,80m, 60kg, candidata de Equadorao título de Miss Seridó 2013 (Foto Júnior Flash)

Fotos: Divulgação

O Hospital e Maternidade Pre-sidente Café Filho, em Extremoz,virou um caso raro na saúde públi-ca do Estado. Localizado na ruacom o mesmo nome do ex-presi-dente, havia 17 anos que faltava es-trutura para realizar partos - tempoque extremozenses legítimos ine-xistiram. Até que em setembro doano passado, um compromisso fir-mado entre a Prefeitura do municí-pio, o Ministério Público do Traba-lho, a Procuradoria Regional do Tra-balho e o Governo do Estado foisuficiente para que 45 bebês tenhamnascidos desde então. Mas, passa-dos sete meses, segundo a direção,perdura o hábito na população de sedirigir ao Hospital Dr. José PedroBezerra, ou Hospital Santa Catari-na, na zona norte de Natal, o que au-menta o desconhecimento da po-pulação com um serviço pronto paraser oferecido.

Pelo menos em casos de baixacomplexidade (a partir do segundofilho, partos normais ou sem altera-ção drástica na posição do feto). Ce-sárias continuam encaminhadas aoHospital Santa Catarina. O atendi-mento obstetrício é 24 horas e 16 lei-tos, com alojamento conjunto, com-põem o Centro Médico, mas semcentro obstétrico, UTI Neonatal epediátrica e enfermarias, a procurade mulheres tem frustrado a dire-ção. "Ainda tem muita gente queprecisa tomar conhecimento do ser-viço. Ontem mesmo [sexta-feira,

19] fizemos dois partos simultâneos.Temos uma estrutura pequena ainda,mas suficiente para atender casossimples. Lamento que o povo corrapara o Santa Catarina quando co-meçam as contrações, porque erapara eles passarem aqui primeiro.Muitas vezes não precisaria ir atéNatal", diz Annie Azevedo, enfer-meira que comanda o Hospital eMaternidade Café Filho há um ano.

A pediatria funciona somentetrês vezes por semana, enquanto arua Café Filho vira um mar de lama,em dias de chuva. Falhas que afas-tam pacientes e os jogam nos cor-redores lotados de hospitais da ca-

pital, dentro da Programação Pactua-da Integrada (PPI), que prevê a ar-ticulação da rede pública de saúdede acordo com a complexidade dotratamento . "Às vezes, a pessoa pre-fere enfrentar um hospital lotado enão acredita na estrutura que existeaqui em Extremoz. As máquinas

passam o dia ligado, o ar condicio-nado também, mas as salas estãovazias. A estrutura está ociosa. E napróxima segunda-feira [22], o pre-feito assinará uma ordem de servi-ço, no valor de R$110 mil, para adrenagem e a pavimentação da rua.Depois disso, não justifica as pessoasnão virem aqui", desabafa Annie.

Mãe de cinco filhos, Maria deFátima santos Santana escolheu oHospital e Maternidade Café Filhopara gerar o sexto descendente. Aos28 anos, ela acolhe nos braços o pe-queno Joel e elogia o atendimentorecebido. "Foi ótimo. Os médicos eos enfermeiros foram muito legaise não faltou nada. O pessoal tempreconceito com o que é daqui, nãovou negar". Animada com a capa-cidade da maternidade para realizaraté seis partos ao mesmo tempo, adiretora Annie Azevedo espera poruma evolução nos serviços, após aconclusão do terceiro prédio do Hos-pital. "Aí poderemos fazer partoscesários também. É um trabalho deformiguinha que precisa da ajudada população para ser bem divulga-do em Extremoz".

Sábado e Domingo O Jornal de HOJE 19Natal, 20 e 21 de abril de 2013

Cidade

A Sociedade dos Cegos do RioGrande do Norte (Socern) está rei-vindicando melhoria do serviço degratuidade nos transportes púbicosde Natal, pois alguns deficientesvisuais estão perdendo o benefíciosem aviso prévio.

A denúncia foi feita pelo pre-sidente da entidade, Ronaldo Ta-vares, que relatou casos de usuáriosprejudicados com a burocracia. Umdeles, segundo o presidente, per-deu o direito a gratuidade após 17anos de uso.

"Um dos nossos companheirosusava a carteira de gratuidade aquase 20 anos e de repente tevesuas carteira bloqueada, por ale-garem que sua renda financeirasubiu e estava fora dos padrões.Mas pergunta que todos nós nosfazemos é como esse erro só foiconstatado após 17 anos? Emesmo assim, ele deveria ter sidoavisado sobre essa possibilidadede suspensão do benefício parater direito de apresentar sua defe-sa. Não ter seu direito à gratuida-de cancelado repentinamente",afirmou Ronaldo.

Para ter direito à carteira degratuidade, os portadores de defi-ciência visual devem apresentaranualmente à Secretaria de Mobi-lidade Urbana (Semob) o laudomédico de um especialista doINSS, identidade, CPF e declara-ção de vínculo com alguma entida-de que desenvolve projetos dire-cionados à eles.

No caso dos portadores de de-ficiência visual irreversível, há 4anos a obrigatoriedade de apresen-

tar o laudo médico anualmente foidispensada, mas segundo o presi-dente da Socern, Ronaldo Tavares,funcionários do órgão responsávelpela emissão da carteira, se recusame fazer o documento sem laudo quecomprove a cegueira irreversível.

"As pessoas que tem caso ir-reversível teoricamente deveriamconstar no cadastro, e não precisa-riam apresentar o laudo, já que nãohaveria mudança em seu estado.No entanto, quando eles vão soli-citar a carteira, os atendentes afir-mam não poder fazer a emissãoporque não há no sistema nada quecomprove a irreversibilidade. Toda

essa burocracia gera grandes trans-tornos aos deficientes visuais, quemuitas tem que voltar ao INSS e es-perar horas pelo atendimento, parasó então conseguir a carteira. Esseserviço deveria ser otimizado, poisé um direito nosso e que não podeser negado", disse Ronaldo.

Outra reivindicação da Socerné em relação aos veículos utiliza-dos transporte público, que nãosão acessíveis para os deficientesvisuais.

"Quando entramos no ônibus,nunca sabemos onde está a catra-ca eletrônica para apresentar o car-tão, pois em alguns ônibus está do

lado direito, em outros do lado es-querdo e em outros perto do mo-torista. Isso é desumano e insensí-vel e reflete a desigualdade emnosso país. Se não houvesse desi-gualdade, com certeza não have-riam políticas públicas assistencia-listas, nem seria necessária essabriga para garantir nosso direitos",afirmou Ronaldo Tavares.

Até o fechamento desta ediçãoa redação do Jornal de Hoje nãoconseguiu informações com a Se-cretaria de Mobilidade Urbana paratomar conhecimento dos motivosque levam à burocratização do ser-viço. Não obteve retorno.

Deficientes visuais estão perdendogratuidade no transporte públicoEMPRESAS ESTARIAM RETIRANDO OS BENEFÍCIOS SEM NENHUM AVISO PRÉVIO

Ronaldo Tavares, presidente da Sociedade dos Cegos do estado, questiona o cancelamento de alguns benefícios

Annie Azevedo: “Temos estrutura suficiente para atender os casos simples”

> SAÚDE PÚBLICA

População desconhece serviços dehospital-maternidade em Extremoz

José Aldenir

José Aldenir

C M Y K

Sábado e Domingo20 O Jornal de HOJE Natal, 20 e 21 de abril de 2013 Gastronomia

C M Y K

www.hemeteriogurgel.com.brHemetério Gurgel

C M Y KC M Y K

E mail: hemeterio@ uol.com.br

- FAST - FOOD - - CONVERSA DE RESTAURANTE -

INGREDIENTES:2 unidade (s) de peito de frango desossado1 pé de salsão em tiras1 unidade de pimentão verde em tiras1 unidade de pimentão vermelho em tiras

2 unidade (s) de cebola picada (s)3 unidade (s) de maçã picada (s)quanto baste de uva passa branca sem caroço

quanto baste de salsinha picada (s)quanto baste de azeitequanto baste de sal

quanto baste de maionesequanto baste de batata palha2 unidade (s) de cenoura ralada (s) grossa (s)quanto baste de glutamato monossódico

PREPARO:Tempere o frango à gostoCozinhe e desfie.Misture todos os ingredientesmenos a batata palha Deixar na geladeira até ahora de servirNa hora de servir, colocar batata palha por cimaou em volta do salpicão

Maçã Protege o seu coraçãoDamasco Previne o câncerAlcachofra Ajuda na digestãoAbacate Combate as diabetesBanana Protege o seu coraçãoFeijão Evita constipaçõesBeterraba Controla a pressão arterialBrócolis Fortalece os ossosCouve Previne o câncerMelão Protege a visãoCenoura Protege a visãoCouve-Flor Previne o câncer da próstataCereja Protege o seu coraçãoCastanha Ajuda a perder pesoPimentão Ajuda na digestãoFigo Ajuda a perder pesoPimenta Protege o seu coraçãoLinho Ajuda a digestãoAlho Baixa o colesterolToranja Contra ataques cardíacosUva Protege a visão

Mel Cura feridasLimão Previne câncerLima Previne câncerManga Previne câncerMorango Previne câncer

Azeite Protege o seu coraçãoAveia Baixa o colesterolCebola Reduz risco de ataque cardíacoLaranjas Fortalece o sistema imunológicoAnanás Fortalece os ossosPeras Evita a constipaçãoAmeixas Retarda o envelhecimento

Arroz Int. Protege o seu coraçãoNozes Baixa o colesterolCogumelo Controla a pressão Alta

DICAS DE GASTRONOMIA DA JORN. MELISSA MAFRA:ALIMENTOS PARAA SUASAÚDE

RECEITA DA CHEF : FRANGO À FRANCESARENDIMENTO: 8 porções

Sanilly Faraj

O PT TRAZ DE VOLTA A INFLAÇÃO AO BRASILDEMAGOGIA QUE PREJUDICARÁ AS DOMÉSTICAS

A INFLAÇÃO DO PT E MINEIRO É A FAVOR

Churr.Fogo & Chama - Ora, ora amigos, a minhapatroa só fala que os preços DOS ALIMENTOSestão subindo todas as semanas nos supermercadose feiras. Caricatura: Dilma & Inflação.É a chamada velha inflaçao voltando e violenta-mente. E o Gov. do PT o que está fazendo?Muito, segundo o petista roxo Dep. Mineiro. Paraele não há inflação, é coisa dos que são contra oLula e Dilma. Nunca o Brasil esteve tão bem.Vejam, disse o cidadão, o que Mineiro defende des-caradamente: diminuiu a energia. Dilma anunciouem cadeia nacional de TV. Agora mesmo a Cosern,autorizada pelo Gov. Federal, está subindo a ener-gia de nossas casas e consequentemente das indús-trias. Resultado: os empresários irão repassar o au-mento para nós, os bestas que acreditamos nessesaloprados.

Mais uma em cima da genteQuer outra? A demagogia das empregadas domés-ticas. Eles pensaram que isso iria dar votos. Não vainão! Pois as empregadas, na maioria absoluta, po-demos dizer umas 90%, não tem nenhuma outra ha-bilidade a não ser arrumar casa e cozinhar a comi-da do dia a dia. Saiu. daí irão se empregar onde?As donas de casa estão dispensando aos montes.Elas procuram outras casas e as patroas dizem nãopois não querem entrar na fria da legislação impos-ta pelo PT.Pronto. O negócio será buscar a Bolsa Fa-mília e haja ter filhos para receber um tiquinho amais, trazendo mais problemas para a saúde, edu-

cação e alimen-tação para ascriancinhas.Que belo PTque o Dep. Mi-neiro tantoaprova. Outrofalou: amigos,mas ele viveatacando a Gov.Rosalba. Queculpa tem o Go-verno, se o Gov.do PT não dáassistência aosnossos sofridos sertanejos?

Só baixa o que lasca o EstadoLogo o Gov. Fed. que só baixa o preço do quemata os governos Estaduais. Vejam: Carro, o Gov.Estadual cobra o ICMS, se baixa o preço baixa orecolhimento do imp. do Est.;a energia elétrica,baixa, logico baixa o ICMS do Est. daí em cadeiao Estado diminui as suas receitas e os municípiosem cadeia passam a receber, também, menos. Nãotem uma só baixa de preço do gov. Fed. que nãoseja em cima dos Estados, enquanto ele continuaaumentando a arrecadação.Tem nada não, con-cluíram, as eleições estão para chegar e daremosa resposta. O PT deve ver o exemplo da Venezuela. O chavis-mo que dizia dar tudo ao povo arrebentou a naçãoe agora perdeu as eleições E DIZ QUE GANHOUMAS NA MARRA, basta dizer que anunciou queganhou por 1,5% e não admite recontagem.Lá eles dominam tudo: ALÉM DE TODOS OSCARGOS EXECUTIVOS, O CONGRESSO E AJUSTIÇA.Aqui, O BURACO É MAIS EM BAIXO, é diferen-te porque tem uma Justiça independente. Aí está acondenação dos Mensaleiros do PT!.Dep.Mineirosempre rindo !!!!!!!!! Mas a INFLAÇÃO ESTÁ AÍ E BEM BRABINHA.ESTA SEMANA DILMA TEVE DE AUMENTAROS JUROS. Isso representa, sabem o que?GRANAA MAIS PARAOS BANQUEI-ROS.Os empresáriosque descontamou fazem em-préstimos irãopagar mais caroo dinheiro. Lo-gicamente vãorepassar parasuas mercado-rias e daí, sairde nosso pobrebolsinho.

ESPAÇO PARA RECEPÇÕES: FOGO&CHAMAA ChurrascariaFogo & ChamaSteak House, dogrande empreen-dedor do setor decasas de shows erestaurantes aquide Natal, PauloGalindo, semprepensando na

frente de seus concorrentes, instalou, com todos osequipamentos mais modernos existentes, um espa-ço para a realização de casamentos e recepçõesem geral. Fica no piso superior com capacidade para rece-ber até 200 pessoas.O sucesso foi imediato. Já temreservas para todos os fins de semana do mês deabril e já abriu a programação para maio/junho.Foto. Fachada da Fogo & Chama

Sugestão dequem entendedas coisasPara os casa-mentos e de-mais eventossociais, diz oGrande Galin-

do, sugere o buffet ou rodízio, além das bebidas,ms o pacote pode ser montado de acordo com o de-sejo do cliente, tornando real o sonho de muitas noi-vas que além de contar com o cardápio diferencia-do da Fogo & Chama, irão dispor de um ambien-te inspirador à beira mar. Joíssima.Fica na belaPraia dos Artistas, na chamada também Ponta doMorcego, uma das vistas mais belas da cidade.Foto: Espaço para Recepções.

UM RESTAURANTE QUE DEU CERTOO Buongustaio começou na cidade de Recife,PE, nosanos 80, visando oferecercomida italiana clássica como toque nordestino. Foto:Buogustaio/Petrópolis.O surgimento já foi como uma franquia. A franquia no RN foi inaugurada em Petrópolis,no mês de outubro de 1998, 18 anos depois de jáestar consolidada como a melhor casa da culiná-ria italiana do norte e nordeste do Brasil.Foto:Buongustaio/Midway.Agora, existem duas unidades de Buongustaio emNatal, uma no Polo Gastronômico de Petrópolis,e outra na praça da alimentação do Midway Mall.Em Petrópolis fica na v. Afonso Pena, 444 | (84)3202-1143 e no Shopping Midway Mall2º Piso - Tirol - Natal/RN | (84) 3611-2519.Horário de Funcionamento: Almoço:11h30 às 15h(segunda a quinta) -11h30 às 15h30 (sexta) -12h às16h (sábado) -12h às 16h30 (domingo);Jantar:18h às 00h (segunda a quinta) 18h à 01h (sexta)-18h às 00h (sábado).

Como FuncionaO Buongustaio se destaca pelo seu menu.

Toda a massa, molhos e sorvetes são produzidosartesanalmente em suas próprias cozinhas, o quegarante o mesmo sabor e padrão de qualidade aolongo dos anos.Além disso, os dois restaurantes possuem adegasclimatizadas para comportar uma carta de vinhosque os enólogos consideram uma das melhores doEstado. Foto: Prato de Massa,especialidade da casa.

PrêmiosO Buongustaio é um res-taurante de referência na-cional.Entre os vários premiosconquistados citamos:eleito como o Melhor Res-taurante do Ano, revistaVeja; Estrelado pelo GuiaQuatro Rodas e Destaqueda revista Gula, que oclassificou entre os 10 me-lhores restaurantes italianos do Brasil.Foto:Je-fersson Barbalho,dono do Buongustaio/Natal

Também DeliveryAtravés dos telefones: (84) 3202-1143 -Petrópolisou (84) 3611-2519 (Midway Mall), você pode fazero seu pedido e ir buscar no restaurante, e entre-gam, também, em sua residência.

JAPONÊS EM MOSSORÓ - SANA famosa casa especializada em Temakis - Temake-ria San - de Mossoró ampliou seu cardápio e apre-senta novos pratos de sushis. Forão criadas novasopções de Entradas no cardápio da Temakeria San,com destaque para os Empanados e Makimonos.Novos sushis e mais três pratos para os itens Quen-tes. A novidade também ganhou destaque para assobremesas da casa com iguarias japonesas doces,e a inclusão de Carta de Vinhos.

Aberta há 7 mesesA Temakeria San foi inaugurada há sete meses; oespaço já mostrou para que veio, oferecendo cardá-pio seleto e variado com os melhores sabores da cu-linária japonesa. Após certo tempo de abertura na cidade, consultan-do diariamente os clientes e observando seus pedi-dos, daí surgiu o aprimoramento do menu, afim detrazer os novos pratos para complementar as de-lícias da casa. Moabe Barbosa, restaurateur e sócioproprietário, declara que sempre sempre estará tra-zendo as imensas iguarias da gastronomia orien-tal.A Temakeria San funciona de terça a domingo,das 18h às 00h. Está situada na Avenida Rio Bran-co, em frente à Praça da Convivência e possui esta-cionamento privativo. Mais informações pelo (84)3316-6436.Mossoró.

NOITE DE TOINHO -VEJAMComo o evento será no dia 26 próximo, até lá ire-mos informando este acontecimento que sempremarca a sociedade potiguar pelo bom gosto donosso TOINHO, será um enorme sucesso.