relatório flip 2014

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1 12a. Festa Literária Internacional de Paraty 30 de julho a 3 de agosto 2014

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Page 1: Relatório Flip 2014

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12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto 2014

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Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto 2014

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orientações para navegação

Page 4: Relatório Flip 2014

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05 A casa que hospeda a Flip06 De escritas e leituras 07 Paraty, uma cidade cada vez mais leitora

09 Sessão de abertura10 Mesas literárias11 Pílulas sobre Millôr13 Formação Millôr Fernandes14 Exposições

16 Bom humor e crítica ao poder17 Show de abertura18 Mesa Zé Kleber19 Quinta-feira, 31 de julho20 Sexta-feira, 1 de agosto21 Sábado, 2 de agosto22 Domingo, 3 de agosto23 Programação principal

programação principal

42 Comunicação45 Mídia espontânea46 Anúncios 48 Peças gráficas50 Produtos51 Sinalização52 Autores 201453 Flip em números60 Ficha técnica 61 Parceiros

flipmais flipinha

flipzona

25 Quinta-feira, 31 de julho26 Sexta-feira, 1 de agosto27 Sábado, 2 de agosto28 Programação FlipMais29 Oficina literária

31 A festa que forma leitores32 Projetos educativos e culturais 34 Programação Flipinha

39 O olhar jovem da festa40 Projetos educativos e culturais 41 Programação FlipZona

índice

autor homenageado

comunicação

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A casa que hospeda a Flip

Novas parcerias vêm sendo construídas para reforçar esse trabalho. Este relatório é uma forma de consolidar as realizações e resulta-dos da Flip 2014, além de um meio de oferecer es-sas informações a nossos parceiros, que compartilham conosco a missão de trans-formar o território de Paraty e contribuir para a valori-zação da cultura local e a preservação da identidade cultural dessa região.

A Associação Casa Azul, organização da sociedade civil de interesse público que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urba-nismo, educação e cultura na região de Paraty – entre eles, a Flip –, acredita que a cultura e a educação são poderosos instrumentos de mudança no modo como a população faz uso dos es-paços públicos. E esse é um dos objetivos da Flip.

Nesse desafio, que já se desenvolve por doze anos, contamos com o apoio de grandes atores do cenário cultural e econômico nacio-nal, que acreditam na Flip e no seu potencial. E com a importante colaboração de parceiros locais.

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blico e outro com áudio em português. Essa experiência, somada ao Show de Abertu-ra – gratuito, pela primeira vez na história da Flip –, re-forçou ainda mais o vínculo entre a literatura e o espaço público, a festa e a cidade, os moradores e os visitantes.

Sem falar na sensação de que Millôr estava presente, participando da festa. E até comentando a programa-ção no jornal distribuído em Paraty nos cinco dias da Flip! O tabloide Daily Míllor, jornal oficial da exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos, nos aju-dou a viajar no tempo e revi-ver a sensação de nos deparar com suas criações nas páginas da imprensa brasileira.

E foi assim, contagiada pelo genial espírito de seu ho-menageado e ainda mais democrática, que a Flip 2014 ganhou mais humor, alegria

De escritas e leituras

e leveza. À moda de Millôr, as discussões foram acessí-veis, sem perder a erudição. Contemplaram a literatura e se abriram para outros temas, como a questão indígena, a alimentação, a ciência e a arquitetura. Transbordaram a tenda e inundaram as praças.

Tudo isso é resultado de um trabalho realizado há quase duas décadas pela Casa Azul em Paraty, cujo princípio é o pensamento sobre o território. Princípio este que originou a Flip e vem evo-luindo com ela. Em Paraty, a arquitetura e o urbanismo caminham lado a lado com a literatura, num processo de leitura e escrita que estimula a reflexão sobre a cidade.

Mauro Munhozdireção-geral programação principal

Difícil descrever um sen-timento comum a quem vivenciou esta Flip – na ten-da, no calor da praça ou em qualquer lugar do mundo com acesso à internet. Fato é que a conexão de Paraty e dos paratienses com a Flip, ainda mais forte neste ano, mobilizou emoções e afetos, retomando o espírito da primeira Flip.

Como parte de nosso cons-tante empenho de levar o conteúdo da Flip para ainda mais gente, dois telões fo-ram instalados em espaços públicos de Paraty, oferecen-do acesso livre e em tempo real a tudo o que acontecia no interior da Tenda dos Autores: um com áudio ori-ginal e headsets disponíveis gratuitamente para o pú-

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Os autores, sem exceção, saíram emocionados da ex-periência, surpreendidos com uma população escolar inte-ressada e familiarizada com o prazer de ler. Isso foi fruto de termos doado, no primei-ro trimestre, a cada criança, um livro daquele autor que iria visitá-la. É consequência do trabalho dedicado dos professores em sala de aula sobre a obra daquele autor, graças à formação que tive-ram nas oficinas do Manual da Flipinha.

Nas oficinas da Biblioteca Casa Azul, antes que a festa começasse, vimos também crescer o interesse de muitos jovens paratienses pela Flip, o que repercutiu positiva-mente no dinamismo desta FlipZona 2014. Muitos deles

Paraty, uma cidade cada vez mais leitora

entrevistaram por email autores previstos na pro-gramação e, tocados pelo talento de Millôr Fernandes, criaram o primeiro ZineZona, um fanzine com tiragem de 2.500 exemplares que circu-lou com sucesso durante a Flip e esquentou os ânimos da moçada cada vez mais familiarizada com literatura.

As cerca de duas mil visitas à Biblioteca Casa Azul na Flipi-nha, que funcionou na Praça da Matriz, são outra evidência de que a população infantil e jovem de Paraty já pisa firme na rota de uma cidade leitora.

E assim, com crescente envolvimento e participação, Paraty vive a Festa Literária tal como uma das outras grandes festas tradicionais e populares que lhe dão identidade.

Izabel Costa Cermelli (Belita)diretora-superintendente

Esta Flip nos encantou ao colocar de mãos dadas, como que dançando uma ciranda, o evento e a cidade, o de fora e o local, a cidade e a roça. Uma das razões dessa integração está na força do programa educativo da Casa Azul e das suas atividades permanentes de formação e leitura através do fortaleci-mento das bibliotecas, da do-ação de livros, da formação dos educadores, do Ponto de Cultura, da mediação de leitura, do envolvimento dos jovens com arte e linguagem.

Este ano foi excepcional a ação da “Operação Flipi-nha“, que levou catorze dos autores de literatura infantil a visitar inclusive escolas de difícil acesso na zona rural e na costeira... Escritores até navegaram e cavalgaram, e conseguimos levar literatura às crianças de todas as esco-las de Paraty.

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autor homenageado

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Festa para texto e imagemautor homenageado sessão de abertura

Um escritor sem estilo, cartunista virtuoso e debo-chado, poeta dos hai-kais e tradutor de Shakespeare: o homenageado Millôr Fernan-des serviu de inspiração para vários planos da literatura e da arte na Flip 2014.

Na Tenda dos Autores, um painel com reproduções de desenhos do autor home-nageado encimou as mesas literárias, a começar por Millôr e a arte brasileira, com o crítico de arte Agnal-do Farias, que ressaltou a versatilidade e a erudição de Millôr Fernandes, expressas tanto em textos quanto em desenhos. Farias lamentou que o Brasil não dê atenção ao trabalho do homenageado com imagens.

A apresentação teve como tema o valor da obra de Millôr Fernandes para a arte brasileira e envolveu com-parações com artistas como Paul Klee, Joan Miró e Iberê Camargo. “O que é Millôr? Um enigma, que passeou por todos os estilos e todas as linguagens”, definiu Farias.

Na segunda parte da ses-são, a Tenda dos Autores recebeu três convidados bem-humorados. Na mesa Millormaníacos, o cartu-nista Jaguar, que trabalhou no jornal O Pasquim, desfiou memórias da longa carreira de Millôr. A seu lado, os hu-moristas Reinaldo e Hubert, que começaram a carreira no Pasquim, faziam perguntas ao cartunista.

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A mesa O Guru do Méier reuniu os cartunistas Clau-dius e Cássio Loredano com o jornalista Sérgio Augusto. Frases lapidares do home-nageado foram lembradas, como esta: “Não gosto da direita porque ela é de direita e não gosto da esquerda porque ela é de direita”.

Na FlipMais, a mesa O estilo Millôr deu o tom do en-contro entre o cartunista Chico Caruso e o humorista Reinaldo, que falaram sobre o caráter livre e moderno da obra do homenageado.

autor homenageado mesas literárias

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Antes de cada mesa, o público da Flip assistiu a vídeos curtos com poetas, cartunistas e escritores lendo textos de diversas fases da produção de Millôr, como provérbios, hai-kais e poemas.

O projeto foi feito em parce-ria com o IMS, que também lançou na festa o livro Millôr 100 + 100: Desenhos e Fra-ses, segundo mais vendido na Livraria Flip pela Livraria da Travessa.

autor homenageado pílulas sobre Millôr

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As pílulas exibidas foram:

“Introdução” Millôr Fernandes

“Eu lavo você enxuga” Cássio Loredano

“O rei dos animais”, Jô Soares

“Composição infantil”, Bruna Beber

“Poemas”, Reinaldo Moraes

“Selva selvagia”, Claudius

“Alfabeto”, Antônia Pellegrino

“Provérbios prolixizados”, Sérgio Augusto

“Hai-kais”, Xico Sá

“Princípios do Pif-Paf”, Antonio Prata

“La dernière translation”, Paulo Henriques Brito

“Perguntas cretinas, respostas engatilhadas”, Reinaldo Moraes e Marechal

“Fascínio”, Bia Lessa

“Liberdade de expressão num regime ditatorial”, Janio de Freitas

“Os pavões de Millôr”, Cássio Loredano “Nasce uma ideia”, Bianca Ramoneda

“The cow went to the swamp”, Matthew Shirts

“Imprensa e intelectuais”, Alberto Dines

“Formiga e o elefante”, Hubert

“Os chineses”, Gregorio Duvivier

“Amor e sexo”, Bianca Ramoneda e Xico Sá

“Literatura”, Marcelo Rubens Paiva

autor homenageado pílulas sobre Millôr

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Antes da Flip, em abril e maio, Paraty vivenciou a “Formação Millôr Fernandes”, uma ação educativa da Flip que integra o Ciclo do Autor Homenageado, visando capa-citar professores da região para trabalhar o autor home-nageado em sala de aula.

Em três encontros, mediados pelo poeta e cartunista Lean-dro Leite Leocádio, atividades práticas e teóricas foram associadas, desde a intro-dução à obra do autor até a produção de textos a partir de Millôr.

autor homenageado formação Millôr Fernandes

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A Casa da Cultura de Paraty sediou a exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos, que passou em revista a trajetória do autor e ficou em cartaz até meados de setembro. Em fotos, cartazes e desenhos, a exposição bilíngue narrou desde a formação de Millôr, no módulo “Compozissõis imfãtis”, até sua atuação na imprensa, no módulo “De Vão Gogo ao Guru do Méier”.

A revista Pif Paf foi tema do módulo “Cada exemplar é um número”, e o legado de Millôr para o teatro foi lembrado no módulo “Um elefante no caos”. Durante a Flip, a exposição contou com cinco edições do Daily Míllor, um pasquim com tiragem diária de mil exemplares produzido especialmente para a festa em parceria com a Companhia das Letras, com textos de Antonio Prata, Chico Caruso, Luis Fernando Verissimo e Ivan Fernandes, filho de Millôr.

Além disso, a exposição Letras do Millôr encheu a Praça da Matriz de letras inspiradas no traço carac-terístico do Guru do Méier, em que crianças puderam brincar e repousar.

autor homenageado exposições

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programação principal

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programação principal Bom humor e crítica ao poder

A programação da Flip 2014 foi marcada pelo perfil mul-ticultural (foram 14 nacio-nalidades em 24 mesas), pelo ecletismo e pelo tom caloroso.

Buscou-se uma articulação da discussão literária com diversos campos da cultura a partir de núcleos temáticos – jornalismo, a Amazônia e os índios, ciência, arquitetura e cidade, meio ambiente.

A primeira homenagem que a Flip organiza em torno de um autor contemporâneo, o carioca Millôr Fernandes (1923-2012), forneceu múltiplas portas de entrada. Cartunista, jornalista, tradu-tor, dramaturgo, Millôr não só foi assunto de algumas mesas, mas deu o tom geral, mesmo quando não era dele que se estava falando.

A incansável crítica ao poder feita por Millôr levou a Paraty os novos críticos do poder no século 21, do repórter Glenn Greenwald, que denunciou a espionagem do governo dos EUA contra seus próprios cidadãos, ao líder Yanomami e xamã Davi Kopenawa, símbolo das dis-putas que vêm se travando na Amazônia.

As questões políticas se apresentaram como dilemas da vida real, em sua dimen-são mais cotidiana, o que gerou forte envolvimento com a plateia.

Os três autores da mesa so-bre os 50 anos do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil (1964-85) prota-gonizaram um dos pontos altos da festa. Num ano em que todos no país debatiam o golpe e seus desdobra-mentos, a contribuição da

Flip foi a abordagem literária e afetiva, que teve forte impacto no público.

Nas mesas sobre ficção e poesia, foi sublinhada a renovação geracional que a Flip atravessa. Após onze edições que formaram um repertório de autores para o leitor brasileiro, fez-se necessária a convocação de uma nova geração de escritores, nacionais e es-trangeiros. Pois é com eles, os imprescindíveis grandes escritores de todas as par-tes do mundo, que a Flip se consolida como espaço de descoberta de novas culturas e sensibilidades.

Paulo Werneckcurador da programação principal da Flip 2014

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Ao subir no palco para o show de Abertura da 12a. Flip, Gal Costa contou que nunca antes estivera em Paraty e prometeu que en-tregaria ao público a “poesia cantada”. Não deu outra: “Da maior importância”, Folhe-tim”, “Divino maravilhoso”, “Barato total”, “Dom de iludir”, “Baby”, “Vapor bara-to”… ao longo da apresen-tação, seus grandes sucessos surgiram intercalados entre as músicas do último disco Recanto, dirigido por Caeta-no Veloso.

Poesia cantadaprogramação principal show de abertura

Pela primeira vez, o Show de Abertura da Flip foi gratuito e o entusiasmo do público – que lotava não só a Tenda da Flipinha mas todo o entorno da Praça da Matriz – cele-brou a iniciativa. Gal subiu ao palco às 22h e cantou por mais de uma hora e meia. Antes, o músico Felipe Guaraná e banda, residente em Paraty e cujo repertório é inspirado na cultura local, abriu o show da baiana, esquentando os ânimos com as músicas de seu primeiro CD Cantando a minha terra, lançado em abril deste ano.

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programação principal mesa zé kleber

A segurança é hoje uma das questões que mais preocupam os moradores dos centros urbanos brasilei-ros. E isso também vale para os paratienses: a cidade está entre as mais violentas do Estado.

Intitulada Da cidade à cidadania, a mesa Zé Kleber, criada em 2005 como um espaço aberto para a dis-cussão de Paraty e de suas políticas públicas, reuniu a antropóloga Paula Miraglia, especialista em temas como prevenção da violência, segu-rança pública e urbanismo, o geógrafo Jailson de Souza e Silva, um dos fundadores do Observatório de Favelas, e Rene Uren, que atua na área de prevenção do crime e da violência na África do Sul.

O mediador Guilherme Wisnik deu o tom do debate ao res-saltar a redução da desigual-dade como um caminho para a construção de uma cidade menos violenta, mais acessí-vel a todos. “É preciso deslo-car o sentido da nossa ideia de segurança. Sair do lugar tradicional, em que ela quer dizer proteção, e entendê-la como exercício de direitos.”

Para Paula Miraglia, a vio-lência ocupa, no Brasil atual, o mesmo grau de tragédia e urgência que, até algumas décadas atrás, era preenchido pela miséria e a fome. Mas as estratégias para lidar com o problema são pautadas pelo interesse privado, embo-ra a segurança seja um bem público. “Os grandes centros urbanos são cidades extre-mamente desiguais, que vêm apostando no modelo de exclusão e reprodução dessa exclusão”, disse.

Jailson de Souza e Silva impactou o público com uma fala sobre a responsabilidade de cada um como produtor de violência. “Achamos que esse é um problema do outro ou que nos atinge na condi-ção de vítimas”, afirmou.

A sul-africana Rene Uren chamou a atenção para uma distinção existente no inglês e ausente no português. A palavra “segurança” pode ser traduzida de duas manei-ras: “security” (que envolve proteção, polícia e repressão) e “safety” (bem-estar, digni-dade e ausência de ameaças). Segundo ela, se uma co-munidade tem “safety”, não precisa de “security”.

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Urbanismo, poesia, literatura russa, jovens talentos e amizades marcantes

A mesa Zé Kleber foi o início de uma quinta-feira cheia na 12a Flip.

O poeta marginal Charles Peixoto, a jornalista Eliane Brum e o humorista Gregorio Duvivier evocaram, na mesa Poesia e prosa, a importân-cia da palavra para a rein-venção do cotidiano.

O curador Paulo Werneck abriu a mesa Os possessos celebrando a participação de um russo pela primeira vez na Flip, referindo-se a Vla-dímir Sorókin, que, ao lado da crítica norte-americana Elif Batuman, falou sobre a tradição literária do país, dos grandes mestres e do início de sua carreira.

Na mesa Fabulação e mis-tério, os premiados Eleanor Catton, 28, e Joël Dicker, 29, discutiram os desafios do meio editorial, as respectivas estratégias para prender o leitor e as particularidades de se fazer sucesso cedo.

Aplaudidíssimo, ao lado do crítico de arquitetura italiano Francesco Dal Co, Paulo Men-des da Rocha teceu reflexões em torno da cidade como conflito na mesa Paraty, Ve-neza no Atlântico sul, que pautou-se por uma compara-ção histórica, arquitetônica e emocional das duas cidades.

programação principal quinta, 31 de julho

O dia encerrou-se com uma conversa sobre amizades intensas, amor, cumplicidade, morte e narrativa na mesa Porque era ele, porque era eu. Mathieu Lindon falou sobre sua relação com Michel Foucault, e Silviano Santiago de sua relação com o jorna-lista Ezequiel Neves.

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Autor homenageado, Millôr Fernandes foi tema da mesa O Guru do Méier, que abriu a sexta-feira na Flip. “Ele fazia tudo em casa e vinha para a redação atrapalhar o fechamento”, contou o cartunista Cássio Loredano, acompanhado do também cartunista Claudius e do jornalista Sérgio Augusto.

As dimensões econômica, política e social do gesto de comer foram o norte de À mesa com Michael Pollan, em que o autor norte-americano relatou suas pesquisas sobre o percurso da comida, das plantações ao nosso corpo.

A fotógrafa Claudia Andujar e o xamã Davi Kopenawa Yanomami discutiram a ruptura da harmonia da vida e denunciaram a exploração predatória da Amazônia, trazendo luz ao risco de retrocesso na proteção aos povos indígenas da região. O próprio Kopenawa, pouco antes de chegar a Paraty, havia recebido ameaças de morte.

As semelhanças entre Paquistão e Brasil permearam o debate entre o romancista Mohsin Hamid e o cronista Antonio Prata na mesa Livre como um táxi, em que compararam a classe média dos dois países.

No Encontro com Andrew solomon, o norte-americano deu um emocionante depoimento sobre pessoas que vivem em condições consideradas marginais ou

excepcionais, como surdos, transgêneros, crianças-prodígio e esquizofrênicos, especialmente do ponto de vista dos pais. Durante a apresentação, o público emocionou-se quando o filho de Solomon subiu ao palco.

Cacá Diegues e Edu Lobo dividiram a última mesa da noite, 2x Brasil, em que lembraram casos da era mais criativa do Rio de Janeiro, como a história de que Diegues conseguiu um papel para Cartola em um de seus filmes para ajudá-lo financeiramente.

Alimentação, filhos, perigo na Amazônia, cultura carioca e conexão Brasil-Paquistão

programação principal sexta, 1 de agosto

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Jornalismo, ditadura, política, direitos indígenas e a condição de estrangeiro

programação principal sábado, 2 de agosto

As entranhas do sistema polí-tico norte-americano e o po-der do jornalismo nortearam a mesa Liberdade liberdade, reunindo Glenn Greenwald, autor das reportagens que revelaram o escândalo da espionagem americana, e Charles Ferguson, diretor do documentário ganhador do Oscar Trabalho interno, sobre a crise financeira de 2008.

Em um dos momentos mais emocionantes da festa, a mesa Memórias do cárcere: 50 anos do golpe recuperou os anos de chumbo da dita-dura por meio das histórias de Persio Arida, preso e tortu-rado aos 18 anos, Bernardo Kucinski, irmão de desapare-cida, e Marcelo Rubens Paiva, que emocionou-se ao lembrar da atuação da mãe após o desaparecimento do deputa-do Rubens Paiva, seu pai.

A política surgiu também na mesa A verdadeira história do Paraíso: o encontro entre o israelense Etgar Keret e o mexicano Juan Villoro estru-turou-se em torno da ficção como ferramenta para lidar com territórios marcados pelo conflito e pela violência.

Na mesa Tristes trópicos, os antropólogos Beto Ricardo e Eduardo Viveiros de Castro assinalaram a campanha cada vez mais explícita para anular os direitos indígenas da Constituição de 1988 em prol da expansão do agrone-gócio e de indústrias pesadas como a do alumínio.

No Encontro com Jhumpa Lahiri, a escritora vencedora do Pulitzer detalhou seu per-curso geográfico e linguísti-co, contando como o bengali falado por seus pais, o inglês de Rhode Island (EUA) e o italiano da Roma onde vive atualmente se conjugam em sua literatura.

Encerrando o dia, a mesa Narradores do poder reuniu os tarimbados repór-teres David Carr e Graciela Mochkofsky numa discussão sobre as possibilidades do jornalismo num mundo de informação cada vez mais fragmentada.

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Ciência, paixão, apelo e livros de cabeceira

programação principal domingo, 3 de agosto

O último dia da Flip começou com uma conversa entre os cientistas Marcelo Gleiser e Paulo Varella sobre a ana-tomia do céu e a expansão do conhecimento, na mesa Ouvir estrelas.

A atriz Fernanda Torres e o es-critor peruano Daniel Alarcón dividiram a mesa Romance em dois atos, que extrapolou a literatura para tornar-se uma encenação em si – a atriz fez o público rir quase o tempo todo com autodepre-ciações e elogios a Alarcón.

Na mesa Os sentidos da pai-xão, o chileno Jorge Edwards e o português Almeida Faria discutiram as diferentes dimensões da palavra paixão, suas relações com a política e esta com suas obras. Edwards falou também de sua amiza-de com o cronista brasileiro Rubem Braga, que foi repre-sentante comercial no Chile.

A tradicional mesa Livro de cabeceira contou com leituras de trechos de livros por alguns dos nomes que passaram pela Tenda dos Au-tores. Andrew Solomon leu Elizabeth Bishop; Eduardo Viveiros de Castro leu Padre Antonio Vieira; Etgar Keret leu Kurt Vonnegut; Fernan-da Torres leu Rubem Braga; Graciela Mochkofsky leu André Malraux; Joël Dicker leu John Steinbeck; Juan Villoro leu Vladimir Nabokov; e Marcelo Rubens Paiva leu F. Scott Fitzgerald.

A 12a. Flip encerrou-se com um apelo. O líder Yanoma-mi Davi Kopenawa pediu a palavra à organização e subiu ao palco após a última mesa para falar sobre a invasão das terras indígenas da Amazônia com a anuência do poder público, deixando claro que ameaças ali são cumpridas.

“Eu não quero repetir o que já aconteceu. Estou lem-brando de meu amigo Chico Mendes”, disse, sobre o líder seringueiro assassinado em 1988 e aludindo às ameaças que ele próprio recebera pouco antes de chegar à Flip. “Os fazendeiros, garimpeiros, políticos já mataram meu amigo, que lutava e defendia a floresta.” Kopenawa men-cionou também a discrimi-nação usual contra os povos indígenas. “Eu sou Yanoma-mi, então não sou bicho. Eu sou gente, sei falar, sei lutar, sei reclamar, sei defender o nosso país, sei proteger nossa montanha, nossa floresta, nossa saúde. Eu sou assim”, disse, emocionando-se e o público que o assistia.

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19h | sessão de aberturaConferênciaAgnaldo FariasMillormaníacosHubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

21h30 | show de aberturana tenda da flipinhaFelipe Guaraná e bandaGal Costa

30 quarta 1 sexta 3 domingo2 sábado31 quinta

9h30 | mesa zé kleberDa cidade à cidadaniaJailson de Souza e SilvaPaula MiragliaRene Uren

12h | mesa 1Poesia e ProsaCharles PeixotoEliane BrumGregorio Duvivier

15h | mesa 2Os possessosElif BatumanVladímir Sorókin

17h15 | mesa 3Fabulação e mistérioEleanor CattonJoël Dicker

19h30 | mesa 4Paraty, Veneza no Atlântico sulFrancesco Dal CoPaulo Mendes da Rocha

21h30 | mesa bônusPorque era ele, porque era euMathieu LindonSilviano Santiago

10h | mesa 5O Guru do MéierCássio LoredanoClaudiusSérgio Augusto

12h | mesa 6À mesa comMichael Pollan

15h | mesa 7MarcadosClaudia AndujarDavi Kopenawa

17h15 | mesa 8Livre como um táxiAntonio PrataMohsin Hamid

19h30 | mesa 9Encontro comAndrew solomon

21h30 | mesa 102x BrasilCacá DieguesEdu Lobo

10h | mesa 11Liberdade liberdadeCharles FergusonGlenn Greenwald

12h | mesa 12Memórias do cárcere: 50 anos do golpeBernardo KucinskiMarcelo Rubens PaivaPersio Arida

15h | mesa 13A verdadeira história do ParaísoEtgar KeretJuan Villoro

17h15 | mesa 14Tristes trópicosBeto RicardoEduardo Viveiros de Castro

19h30 | mesa 15Encontro comJhumpa Lahiri

21h30 | mesa 16Narradores do poderDavid CarrGraciela Mochkofsky

10h | mesa 17Ouvir estrelasMarcelo GleiserPaulo Varella

12h | mesa 18Romance em dois atosDaniel AlarcónFernanda Torres

14h | mesa 19Os sentidos da paixãoAlmeida FariaJorge Edwards

16h | mesa 20Livro de cabeceiraAndrew SolomonEduardo Viveiros de CastroEtgar KeretFernanda TorresGraciela MochkofskyJoël DickerJuan VilloroMarcelo Rubens Paiva

programação principal flip

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flipmais

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flipmais quinta-feira, 31 de julho

A mesa Construindo políti-cas públicas para a leitu-ra deu início às atividades da FlipMais, expondo ações de incentivo à leitura desen-volvidas nas três instâncias do poder – federal, estadual e municipal. Em seguida, uma conversa sobre literatu-ra argentina com Damián Tabarovsky e Leopoldo Brizuela trouxe à tona fatos curiosos como a existência do lunfardo, dialeto por-tuário de Buenos Aires que possui um grande número de palavras que vêm do por-tuguês brasileiro. “Isso tem algo a ver com o contraban-do”, sugeriu Brizuela. “Certo dia, os poderosos traçaram uma fronteira, mas sempre houve coisas que passaram, como a cultura.”

Forma fixa japonesa ampla-mente adotada no Brasil, o hai-kai foi o centro da con-versa entre a cantora Adria-na Calcanhotto e o poeta marginal Charles Peixoto. Em um encontro entre traduto-res e traduzidos, o brasileiro José Luiz Passos e o inglês Sam Byers contaram como foi a experiência de ver seus textos transformados bem à sua frente, em debate com o tradutor inglês Daniel Hahn e o brasileiro Paulo Henriques Britto. Dias antes da Flip, os autores participaram da Escola de Inverno, do progra-ma de tradução literária do British Council.

O dia terminou com a exibi-ção do filme Jards, de Eryk Rocha, parte do programa “Noites de cinema”.

Políticas públicas, literatura argentina, hai-kais e tradução

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Organizada pelo Movimen-to por um Brasil Literário, a mesa A poesia e seus caminhos de fazer ler teve leitura de poemas e depoi-mentos sobre a importância da literatura na infância de cada um dos participantes. O papel do agente literário foi tema do encontro entre Mariana Teixeira Soares, Nicole Witt e Lucia Riff.

O editor mexicano Alberto Ruy-Sánchez e o professor, poeta e tradutor Horácio Costa homenagearam o centenário de nascimento de Octavio Paz (1914-1998), recuperando sua trajetória intelectual e episódios de sua vida no México, Estados Unidos, Espanha, França e Índia. “Ele lia tudo em todas as línguas que podia. Queria saber o que faziam os jovens, trabalhava sem parar”, lembrou Ruy-Sánchez, que

trabalhou com Paz na revista literária Vuelta, editando nomes como Claude Lévi--Strauss e Milan Kundera.

Filhos de pais desaparecidos durante a ditadura, Marcelo Rubens Paiva e Ivo Herzog lembraram os anos de chum-bo e suas histórias pessoais na mesa Em nome do pai, encontro emocionante me-diado por Zuenir Ventura. À noite, o filme exibido foi Mr. Sganzerla – os signos da luz, de Joel Pizzini.

flipmais sexta-feira, 1 de agosto

Poesia, o agente literário, Octavio Paz e os 50 anos do golpe

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Em um sábado cheio, O estilo Millôr deu o tom do encontro entre o car-tunista Chico Caruso e o humorista Reinaldo, que falaram sobre o caráter livre da obra do homenageado. Na mesa Biblioteca na escola: leitura e letramento, espe-cialistas em políticas públicas debateram formas de estimu-lar a intimidade com os livros desde a infância. Em seguida, uma performance musical inusitada foi apresentada pelo pernambucano Siba e pelo britânico Charlie Dark.

Um dos destaques do dia fi-cou por conta de Eu, Malvo-lio, espetáculo apresentado pelo dramaturgo britânico Tim Crouch que condensou em um monólogo os cator-ze personagens de Noite de reis, de William Shakespeare, numa apresentação aplau-didíssima e comentada pelas ruas de Paraty nos dias que se seguiram.

A exibição de crônicasNÃO-ditas, longa dirigido pelo Manifesto Impromptu, concluiu o dia e a progra-mação FlipMais, mas a Casa da Cultura continuou cheia de visitantes da exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos.

Millôr, leitura nas escolas, música, teatro e cinema

flipmais sábado, 2 de agosto

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flipmais programação

10h30O estilo Millôr ReinaldoChico Caruso

14hBiblioteca na escola: leitura e letramentoPilar Lacerda Cristina Maseda Eliane Tomé Graça Castro

18hspoken word – a poesia em performanceCharlie DarkSiba

20hEu, MalvolioTim Crouch

22hNoites de cinema: crônicasNÃOditas

1 sexta 2 sábado

14hConstruindo políticas públicas para a leituraJosé Castilho Marques Neto Fabiano dos Santos PiúbaAntônio Carlos de Morais SartiniPaulo Daniel Elias FarahCláudia Santa Rosa

16hMano a manoDamián TabarovskyLeopoldo Brizuela

18hVersos de risco – do hai-kai à poesia marginalAdriana CalcanhottoCharles Peixoto

20hTradução in translationJosé Luiz PassosSam ByersPaulo Henriques BrittoDaniel Hahn

22hNoites de cinema: Jards

31 quinta

14hA poesia e seus caminhos de fazer lerFlávio AraújoLuís Dill Ninfa Parreiras Simone Monteiro de Araújo

16hMeio de campo: o papel do agente literárioLucia RiffMariana Teixeira SoaresNicole Witt

18hCentenário de um NobelAlberto Ruy-SánchezHorácio Costa

20hEm nome do paiIvo HerzogMarcelo Rubens Paiva

22hNoites de cinema: Mr. Sganzerla – os signos da luz

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Literatura em cena

A oficina literária* deste ano dedicou-se ao documentário e teve duas aulas em home-nagem a Eduardo Coutinho (1933-2014), um dos desta-ques da Flip em 2013. Estas foram ministradas pelo documentarista João Moreira Salles e pela montadora Jordana Berg, colaboradora dos dez últimos filmes de Coutinho e do longa que dei-xou filmado antes de morrer.

O norte-americano Charles Ferguson – vencedor do Oscar de Melhor Documen-tário por Trabalho interno (2010) e convidado da programação principal da Flip neste ano – completou o quadro, falando sobre o gênero do documentário.

O curso aconteceu entre 31 de julho e 2 de agosto e teve a participação de 20 alunos que, como resultado, produziram textos sobre a experiência.

*A participação do cineasta Cacá Diegues na oficina literária, prevista inicialmente, foi cancelada devido a compromissos profissionais.

flipmais oficina literária

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flipinha

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flipinha

Em vez de cinco, foram seis os dias da programação de-dicada às crianças em 2014. Na terça-feira teve início a agenda de apresentações preparadas por alunos e pro-fessores das escolas de Pa-raty, com base no conteúdo trabalhado ao longo do ano em sala de aula: musicais, teatro, dança e declamação.

A programação seguiu intensa até domingo: encontros com autores, leitura, brincadei-ras, oficinas e contação de histórias nos pés de livros da Praça da Matriz. E mais: con-versas criativas de alunos com escritores durante a “Opera-ção Flipinha”, apresentação de capoeira, a 9a. Regata INP Flipinha, a Rádio Maluca e o musical circense com a trupe da Biblioteca Casa Azul.

Deu o que falar e lotou pla-teias a “Ciranda dos Auto-res”, que recebeu 15 nomes da literatura infantil, entre ilustradores e escritores, para conversas com o público sobre temáticas diversas. Um ponto alto foi a homena-gem surpresa a Roger Mello, ganhador do cobiçado prê-mio Andersen, muito aplau-dido na Tenda da Flipinha.

A programação alcançou também outros espaços. Chegou a escolas distantes das zonas rural e costeira e levou a Biblioteca Casa Azul para um casarão da Praça da Matriz, onde acontece-ram mediações de leitura e encontros com os escritores convidados.

O “Arte na Praça”, conjun-to de oficinas de saberes e fazeres tradicionais de Paraty, que integra uma série de eventos de valorização da cultura local batizada de Fes-tas de Paraty, animou a Praça da Matriz na tarde de sexta.

Em meio a tantas atividades, o grande mérito da Flipinha em 2014 foi ter trazido para suas instalações no Cen-tro Histórico cerca de 85% dos alunos da rede pública de Paraty. Um grande feito realizado não em cinco, nem em seis dias, mas fruto do trabalho de um ano inteiro da Flipinha, com projetos educativos e de formação.

Conheça a seguir alguns dos projetos educativos e cultu-rais da Casa Azul.

A festa que forma leitores

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Biblioteca Casa Azul na Flipinha

Durante os dias de festa, parte do acervo de 12 mil livros da Biblioteca Casa Azul migrou para o casarão do antigo cinema na Praça da Matriz.

A sede da Ilha das Cobras continuou em funcionamen-to, oferecendo à comunidade local ações educativas per-manentes, cumprindo sua missão de atuar como polo difusor e catalisador de cultura e conhecimento.

Enquanto isso, no casarão da Praça da Matriz, com uma ambientação festiva e colo-rida, cerca de 2 mil visitantes participaram dos encontros com escritores e de sessões de mediação de leitura.

Operação Flipinha

A meta de fazer de Paraty uma cidade literária levou a Biblioteca Casa Azul a criar a “Operação Flipinha”, projeto que há dois anos alcança as escolas públicas da região, mesmo as mais distantes, com doação de livros e visitas de autores.

Esses encontros propiciaram experiências tocantes às crianças e aos autores. A exemplo de Daniel Kondo, que ministrou no mar sua oficina de ilustração, em um barco com alunos de três escolas da costeira, e do escritor e violeiro Fábio Som-bra, que chegou a cavalo na escola rural que o esperava.

flipinha projetos educativos e culturais

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Manual da Flipinha

Com linguagem acessível, o Manual da Flipinha é um convite a professores e alunos para conhecer – e trabalhar com antecedência nas escolas – os livros e au-tores que estarão na Flipinha. Realizado pela Casa Azul, é um material que associa in-formações sobre os autores a uma rica sugestão de títulos. Com esse espírito, o manual de 2014 chegou em março a cerca de 400 educadores, para ser usado em toda a rede escolar. O preparo das crianças que participaram dos encontros promovidos pela Flipinha chamou a atenção e ganhou elogios de alguns autores convidados.

Flipinha do Mar

Projeto educativo da Biblio-teca Casa Azul, que valoriza o desenho como linguagem da literatura infantil, a “Flipinha do Mar” de 2014, em sua sétima edição, aconteceu em maio, na E. M. Saulo Alves da Silva, na vila caiçara da Trin-dade. Mais de 60 alunos da educação infantil e do ensino fundamental receberam a ilustradora Graça Lima para trabalharem juntos a técnica da xilogravura.

Como acontece todos os anos, as criações das crian-ças da Trindade serviram de inspiração para compor a identidade visual do material gráfico da Flipinha.

Arte na Praça

Virou tradição na Flipinha: sexta-feira é dia de “Arte na Praça”. Uma verdadeira festa dentro da festa, que aconte-ce na sombra das árvores da Praça da Matriz.

Muita gente aguarda com expectativa a programação e muitas outras trabalham com entusiasmo para tudo acontecer de forma harmo-niosa. Este ano, mais de cem pessoas, entre estudantes e professores do magistério, ocuparam-se das 28 oficinas de artes e brincadeiras tra-dicionais, que conquistaram crianças e adultos.

O “Arte na Praça” contou com uma apresentação do grupo de cirandeiros Os Caiçaras, valorizando essa típica mani-festação da cultura popular brasileira durante a Flip.

50

realização

apoio institucional

realização

Associação Casa Azul

ParatyR João Aires Martins 14Ilha das Cobras23970-000 Paraty RJT +24 3371-7082F +24 3371-7084

São PauloR Capitão Antônio Rosa 376conjunto 9101443-900 São Paulo SPT +11 3081-6331F +11 3081-6331

flip.org.brflipinha.org.brflipzona.org.br [email protected]

apoio institucional

apoio flipinha

Manual Flipinha 2014

flipinha projetos educativos e culturais

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tenda da flipinha

12h | mediação de leitura

13h | teatroEu brasileiroE. M. Campinho

13h30 | declamaçãoHai-kais para filhos e pais E. M. Nova Perequê

14h | musicalDançar brincando, vivendo a infânciaE. M. Guiomar S. Marques

14h30 | musicalA roda do ônibusE. M. Parque da Mangueira

15h | musicalBrincando no fundo do marCantinho do Pantanal

15h30 | musicalA peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa JezebelEducandário Torres Pádua

16h | musical +educação: Programa que visa o desenvolvimento global do alunoCembra

16h30 | musicalApaexonadosApae - Paraty

29 terça

10h30 | musicalO social no ritmo da emoçãoCras – Ilha das Cobras

11h | teatroDança tradicional dos Guarani M’byaE. E. Prof. Francisco de Assis de Oliveira Diniz

11h30 | musicalViva la vidaCentro Educacional Millenium

30 quarta

tenda da flipinha

8h30 | teatroMil e uma estrelas E. M. Maria Jácome de Mello

9h | ciranda dos autores Da memória às históriasLaura Teixeira Luciana Grether CarvalhomediaçãoFlora Salles

10h | musicalCantar e contar – ciranda do anelE. M. Monsenhor Hélio Pires

flipinha programação

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tenda da flipinha

8h | musicalInfância musicalCiep 999 – D. Pedro I

9h | ciranda dos autores Como se conta uma históriaAugusto PessôaRosana RiosmediaçãoPatricia Saravy

10h | musicalPlim-plimE. M. Guiomar S. Marques

10h30 | teatroUm tesouro no fundo do marE. M. Dom Pedro I

11h | declamaçãoContação de história à senhora HolaQuintal Mágico

12h | mediação de leitura

biblioteca

10h | encontro com o autorsocorro Acioli

13h | encontro com o autor Augusto Pessôa

15h | encontro com o autorFábio sombra

31 quinta

13h | teatro Quero emprego, mas não quero trabalharCentro Educacional Millenium

13h30 | ciranda dos autores A arte de escreverLuís Dill Socorro AciolimediaçãoLeo Cunha

15h | musicalMegera domada e Ritmos da noiteColégio Plante

15h30 | declamação O melhor de MillôrE. M. Pequenina Calixto

16h | musicalO último sonhador e Movimentos do corpo transmitindo emoçõesItae – Instituto Trilha da Arte e Educação

16h30 | dançaBoleroEscola de Dança Luiz Carlos Nogueira

casa da cultura

8h30 | ciranda dos autores A ilustração ontem e hoje Daniel Kondo Mario Bag mediaçãoLuciana Grether Carvalho

flipinha programação

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tenda da flipinha

8h30 | musicalPoema da matemática e A menina do anel E. M. Cilencina Rubem de Oliveira Mello

9h | ciranda dos autores A música e a literatura Bia BedranMarilda CastanhamediaçãoAnna Cláudia Ramos

10h | teatroO banheiro (paródia musical de Chapeuzinho Vermelho)C. E. Almirante Álvaro Alberto

10h30 | musicalMagrilim & Jezebel em o rei do Abecê e A peleja do violeiro Magrilim com a formosa princesa JezebelEducandário Torres Pádua

11h | musicalO projeto dos meus sonhos e Viver a vida na ginástica pelo meu povoE. M. Min. Sérgio Motta

11h30 | dançaBallet Ana Rennó e studio de Dança Puchalski

12h | mediação de leitura 13h | teatroO imaginário encontro do Menino Maluquinho com Emília, a boneca genteCantinho do Pantanal

13h30 | ciranda dos autores De onde vêm as histórias?Leo Cunha Roni Wasiry GuarámediaçãoBernadete Passos

1 sexta

biblioteca

11h | encontro com o autorArievaldo Viana

praça da matriz

13h às 17hArte na Praça

14h30 | musicalLiberdade, liberdadeEscola Frei Bernardo

15h | teatroO cabelo de CoraE. M. Profa. Manoelina Rodrigues Barbosa

15h30 | teatroO pescador, o anel e o rei Colégio Paraty Objetivo

16h | musicalCantando e encantando: O anel e Rock das caveirasEthos

16h30 | dançaFlintstones e Pequenas princesas e plebeuAssociação Cia. Dança e Arte Paraty

flipinha programação

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biblioteca

10h | encontro com o autorLuís Dill

13h | encontro com o autorLeo Cunha

15h | encontro com o autorLuciana Grether Carvalho Laura Teixeira

sede do INP

12h9a. Regata INP Flipinha 2014

2 sábado

tenda da flipinha

10hRádio Maluca

12h | mediação de leitura

13h | musicalHoje é dia de alegria e O palhaço Biduim CEI – Centro de Ensino Integrado

13h30 | dançaGrupo de Dança Patrimônio e Grupo de Dança LaranjeirasCEI Cairuçu

14h | musicalO pescador, o anel e o reiE. M. Aurelino Portugal

14h30 | ciranda dos autores Cultura popular e literaturaArievaldo VianaFábio SombramediaçãoAmaury Barbosa

tenda da flipinha

10hApresentação de capoeiraProf. Astronauta

12h | mediação de leitura

13h Leituras no palcoaberto ao público infantil 14hPrêmio Plante de Literatura

15h | musicalEnquanto conto e canto e Histórias de retalhosCláudia RibeiroPatrícia Saravy

3 domingo

15h30 | declamaçãosarau das cirandasEscola Comunitária Cirandas

16h | ciranda dos autores Entre fios e traços Roger MellomediaçãoVolnei Canônica

17h30 | mesãoHomenagem a Millôr Fernandes

flipinha programação

16h | musical1, 2, 3... O circo!Trupe da Biblioteca Casa Azul

16h30Premiação 9a. Regata INP Flipinha 2014

17h30 | encerramentoMúsica para encantar Pérola Moreira

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flipzona

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flipzona

Programação voltada aos jovens, a FlipZona foi criada em 2009, com a proposta de mesclar literatura e novas mídias, convidando para suas mesas literárias, além de es-critores, outros profissionais da narrativa, como roteiris-tas, documentaristas e grafiteiros.

Em 2014, a maior parte da programação ocupou o auditório da Casa da Cultu-ra. Nas mesas, as conversas de escritores com o público abordaram temas polêmicos, instigantes e atuais.

Muito aguardada, a mesa Sociedade e literatura, com o escritor Ferréz, começou de forma inusitada: ao saber que muitas pessoas não haviam conseguido entrar no auditório lotado, o autor quebrou o protocolo, desceu do palco e foi ao encontro dos que estavam de fora. “Já lutei tanto para ter público me ouvindo falar de literatu-ra no Capão Redondo, acho uma sacanagem que fique gente de fora”, protestou o autor paulistano, ícone da chamada literatura marginal.

Dois eventos ocuparam a Tenda da Flipinha. Na Hora da estrela, jovens talentos de Paraty subiram ao palco em apresentações de música, arte e dança. Em Viagem ao céu, disputada aula de as-tronomia do professor Paulo Varella, o público formou fila para observar as estrelas.

Uma sessão de filmes encer-rou a programação da FlipZona no auditório da Casa da Cultura. Foram exibidos os documentários Page One, sobre o jornal The New York Times, e O judeu, que tem Millôr entre os roteiristas, além de produ-ções realizadas pelos jovens paratienses, no CineZona.

Para além dos cinco dias de Flip, a FlipZona é um pro-jeto educativo permanente da Casa Azul. Suas ofici-nas de texto, audiovisual e filosofia, influenciadas este ano pela multiplicidade de linguagens da obra de Millôr, provocaram nos jovens uma verdadeira mania milloriana: aforismos, hai-kais, grafis-mos e charges, reunidos e publicados em um fanzine, o ZineZona.

O olhar jovem da festa

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Central FlipZona

Elaborar pautas, fazer repor-tagens, entrevistar escritores e convidados, fotografar, registrar em vídeo, postar no blog. O trabalho de cobertura da festa literária reuniu cerca de 60 jovens, que estiveram à frente da Central FlipZona. Dando continuidade à parce-ria firmada em 2012, o repór-ter Paulo Saldaña, do jornal O Estado de S. Paulo, atuou como editor e orquestrou os trabalhos dessa verdadeira redação jornalística, instalada numa casa no Centro Históri-co de Paraty.

Ao final da Flip, o resultado: 77 posts no blog, entre eles o relato de um encontro com o convidado Davi Kopenawa e uma entrevista exclusiva com Paulo Werneck, curador da Flip. A Central produziu ainda 9 vídeos, sendo cinco com o apoio de Tulio Drumond e Rafael Bacelar, do canal Futura, numa parceria que começou em 2012 e inclui a veicula-ção do material produzido na programação da emisso-ra. Alguns vídeos também foram exibidos no CineZona.

Literatura e grafite

Os jovens da FlipZona parti-cipam de diversas oficinas ao longo do ano, entre elas a de artes visuais, que reuniu 40 jovens na quadra esporti-va da Praça São José Operá-rio, em Paraty. Realizada em 15 de abril, com orientação do grafiteiro Meton Joffily, a oficina abordou todas as fases da criação de um gra-fite: pintura de base, esboço, preenchimento e finalização. Inspirados na tipografia de Millôr Fernandes, os grafites produzidos na oficina deram origem à identidade visual da FlipZona 2014.

Oficina de fotografia

A oficina de fotografia da FlipZona este ano enfocou a Praça da Matriz e as manobras de skate que cotidianamente ali aconte-cem. Orientados por Walter Craveiro, fotógrafo responsá-vel pela cobertura da Flip, os 30 participantes aprenderam a manusear as câmeras e a fotografar cenas de ação. Foram três dias de aulas teóricas e práticas, realizadas na Casa da Cultura de Paraty, na Praça da Matriz e nas ruas da cidade.

Oficinas de comunicação

Durante a Flip, a programa-ção da FlipZona foi incremen-tada por mais três oficinas, com o objetivo de ampliar o repertório de linguagens dos jovens. Os temas foram: reportagem cinematográfica (com os repórteres Marcelo Canellas e Marcelo Qui-lião, da rede Globo), uso de uma ferramenta on-line de autopublicação (Amazon) e produção de tiras e char-ges (com o cartunista Luiz Augusto de Souza, pela Casa da Cultura de Paraty). No total, 150 jovens participaram dessas ações.

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flipzona programação

casa da cultura

10h30sociedade e literaturaFerrézmediaçãoVerônica Lessa

tenda da flipinha

21h | música, arte e dançaHora da estrelaApresentação dos jovens talentos de Paraty

casa da cultura

8h30Leitura dramatizada da obra de Millôr Alunos da oficina de teatro da Biblioteca Casa AzuldireçãoPatrícia Saravy

10h30A construção da imagem e do textoLuís DillMario BagmediaçãoMarcos Maffei

tenda da flipinha

19h | encontroViagem ao céuPaulo Varella

casa da cultura

8h30 Roteiros, roteiros e mais documentários...Antonio Prata Eliane BrummediaçãoMarcos Maffei

10h30Jogos e mistérios Rosana RiosmediaçãoAnna Cláudia Ramos

casa da cultura

14h | CineZonaPage Onedocumentário sobre o jornal The New York Times

15h45 | CineZonaProdução audiovisual da Central FlipZona

16h30 | CineZonaO judeu (1995) de Jom Tob Azulay roteiroMillôr FernandesGeraldo Carneiro Gilvan Pereira

30 quarta 31 quinta 1 sexta 3 domingo

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42

comunicação

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Flip On-line

Não foi só em Paraty que a integração e a ampliação do acesso ao conteúdo marcou a 12a. Flip. Na internet – no site e nas redes sociais da Flip – diversos conteúdos multimídia foram pensados e desenvolvidos especialmente para ampliar em escala global os horizontes da festa, aten-dendo tanto a quem esteve em Paraty como quem acom-panhou de longe. Ativada em abril, a cobertura apresen-tou ao público informações detalhadas sobre a edição da festa e novidades do mundo literário.

Mídias sociais

As redes sociais ganharam papel de destaque nas ações de comunicação, represen-tando um importante canal de interação com o público. A página da Flip no Facebook ultrapassou a marca de 60 mil seguidores neste ano, número que era de 17 mil em 2013 e 8 mil em 2012. O conteúdo abordou os 49 autores da programação prin-cipal, o homenageado Millôr Fernandes, a cidade de Paraty e as programações da Flipi-nha, FlipZona e FlipMais, além de informações gerais sobre a festa e notícias do mun-do literário. Durante a Flip, período no qual a atuação intensificou-se, sobretudo com fotos e frases das mesas, a página foi vista por mais de um milhão de pessoas.

Antes da festa, o Twitter seguiu a mesma linha edi-torial do Facebook. Durante o evento, operou como uma central de informações, agrupando links de todos os canais durante a cobertura. O Instagram, ativado pouco antes do começo da Flip, contou com registros foto-gráficos da festa e de seus bastidores. Juntos, Twitter e Instagram contabilizaram 8.500 menções à hashtag #Flip2014. A cobertura fo-tográfica oficial da Flip mais uma vez esteve acessível no Flickr e abordou todas as mesas da programação principal e da FlipMais, além de registros dos diferentes espaços da festa e da cidade de Paraty.

comunicação

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Relatos das mesas

Durante a festa, o Blog da Flip foi abastecido com textos detalhados sobre todas as mesas literárias da programação principal e da FlipMais, além de cartuns inspirados em algu-mas delas, dotados de humor e olhar crítico, feitos pelo designer Alexandre Benoit. Ao fim de cada dia, um resu-mo diário era enviado para a imprensa e disparado via newsletter para as mais de 25 mil pessoas que se cadas-traram para recebê-la no site da Flip, onde o texto também foi disponibilizado.

Transmissão ao vivo

Além dos telões físicos na cidade de Paraty, a transmis-são em tempo real de todas as mesas da programação principal – com a opção de exibição em áudio original ou tradução simultânea – esteve acessível a internautas do mundo todo pelo site da Flip e do G1. Ao todo, foram 66.625 acessos nos cinco dias de festa – 26.804 no site da Flip e 39.821 no G1 –, repre-sentando um aumento de audiência de 78% em relação ao ano passado, em que o total somou 37.362 acessos.

Vídeos e áudio

Em uma ação inédita, o áudio integral (original e traduzido) de todas as mesas literárias da programação principal foi disponibiliza-do ao público no canal da Flip no YouTube. Como nas edições anteriores, a cober-tura audiovisual contemplou trechos em vídeo dos melho-res momentos das mesas e o sobremesa Flip, série de entrevistas exclusivas feitas logo após a participação de alguns dos convidados na Tenda dos Autores, este ano produzido em parceria com o canal Arte 1.

Com uma média de audiên-cia superior a dez minutos, o canal do YouTube teve acesso de mais de 30 mil pessoas na semana da Flip e na poste-rior, contando mais de 2.600 horas de material assistido.

Aplicativo

Espécie de guia de bolso di-gital da Flip, o aplicativo “Flip 2014” permitiu aos usuários fazer consultas rápidas a informações de programa-ção, biografia dos autores e mapa da cidade, entre outros itens. De download gratuito, foi baixado por 717 usuários, tanto na plataforma Android quanto iOS.

comunicação

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mídia espontânea

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Todo sucesso literário sempre ganha uma nova edição

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto2014

flip.org.brfacebook.com/flip.paratytwitter.com/flip_se

Agnaldo FariasAlmeida FariaAndrew SolomonAntonio PrataBernardo KucinskiBeto RicardoCacá DieguesCássio LoredanoCharles FergusonCharles PeixotoClaudia AndujarClaudiusDaniel AlarcónDavi KopenawaDavid CarrEdu LoboEduardo Viveiros de CastroEleanor CattonEliane BrumElif BatumanEtgar KeretFernanda TorresFrancesco Dal Co

Glenn GreenwaldGraciela MochkofskyGregorio DuvivierHubertJaguar Jhumpa LahiriJoël DickerJorge EdwardsJuan VilloroMarcelo GleiserMarcelo Rubens PaivaMathieu LindonMichael PollanMohsin HamidPaulo Mendes da RochaPaulo VarellaPersio AridaReinaldo Sérgio AugustoSilviano SantiagoVladímir Sorókin

cola

bora

ção

Loja

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto

Ingressos à venda

30 quarta 31 quinta 1 sexta 2 sábado 3 domingo

19h | sessão de aberturaConferênciaAgnaldo FariasMillormaníacosHubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

21h30 | show de aberturaGal Costa

9h30 | mesa Zé Klebera mesa será divulgada junto com a programação FlipMais

12h | mesa 1Poesia & ProsaCharles PeixotoEliane BrumGregorio Duvivier

15h | mesa 2Os possessosElif BatumanVladímir Sorókin

17h15 | mesa 3Fabulação e mistérioEleanor CattonJoël Dicker

19h30 | mesa 4Paraty, Veneza no Atlântico SulFrancesco Dal CoPaulo Mendes da Rocha

10h | mesa 5O guru do MéierCássio LoredanoSérgio Augusto

12h | mesa 6À mesa comMichael Pollan

15h | mesa 7MarcadosClaudia AndujarDavi Kopenawa

17h15 | mesa 8Livre como um táxiAntonio PrataMohsin Hamid

19h30 | mesa 9Encontro comAndrew Solomon

21h30 | mesa 102x BrasilCacá DieguesEdu Lobo

10h | mesa 11Liberdade, liberdadeCharles FergusonGlenn Greenwald

12h | mesa 12Memórias do cárcere: 50 anos do golpeBernardo KucinskiMarcelo Rubens PaivaPersio Arida

15h | mesa 13A verdadeira história do paraísoEtgar KeretJuan Villoro

17h15 | mesa 14Tristes trópicosBeto RicardoEduardo Viveiros de Castro

19h30 | mesa 15Encontro comJhumpa Lahiri

21h30 | mesa 16Narradores do poderDavid CarrGraciela Mochkofsky

10h | mesa 17Ouvir estrelasMarcelo GleiserPaulo Varella

12h | mesa 18Romance em dois atosFernanda Torres

14h | mesa 19Os sentidos da paixãoAlmeida FariaJorge Edwards

16h | mesa 20Livro de cabeceira

Ingressos a partir do dia 2 de junho às 10h da manhã

Como comprarticketsforfun.com.br4003 5588pontos de venda conveniados

PreçosConferência de abertura e mesas literáriasTenda dos autoresR$ 46Tenda do telãoR$ 12

Show de aberturaR$ 46 cadeiraR$ 12 pista

mais informações www.flip.org.br

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Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

Pós-Flip em São Paulo e no Rio de Janeiro*

Almeida Faria 5 de agosto, às 19h Livraria da Vila Vila Madalena SP

Andrew Solomon5 de agosto, às 18h30Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ6 de agosto, às 17hCasa do Saber Ipanema RJ

David Carr5 de agosto, às 18hAuditório da Folha de S.Paulo SP

Eleanor Catton4 de agosto, às 19h30Livraria da Vila Vila Madalena SP5 de agosto, às 19h30Livraria da Travessa Leblon RJ

Elif Batuman5 de agosto, às 14h30Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

Etgar Keret4 de agosto, às 19h30Livraria da Travessa Leblon RJ5 de agosto, às 18h30Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

Graciela Mochkofsky5 de agosto, às 20hPolo de Pensamento ContemporâneoJd Botânico RJ

Jhumpa Lahiri4 de agosto, às 19h30Livraria da Travessa Leblon RJ

Jorge Edwards4 de agosto, às 19h30Instituto Cervantes SP

Juan Villoro5 de agosto, às 16h30Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

Marcelo Gleiser4 de agosto, às 19hPlanetário da Gávea RJ

Mathieu Lindon (a confirmar)5 de agosto, às 19hBiblioteca-Parque do Estado do Rio RJ6 de agosto, às 19h30 PUC-SP7 de agosto, às 17h30 Livraria Cultura Av. Paulista SP

Michael Pollan4 de agosto, às 19hLivraria da Vila Shopping JK SP

Mohsin Hamid5 de agosto, às 16h30Biblioteca-Parque de Manguinhos RJ

*Programação sujeita a alterações

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Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto2014

Assista à transmissão ao vivo da programação principal da Flip 2014 no site flip.org.br e acompanhe em tempo real as novidades da festa nas nossas redes sociais

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O seu encontro com os grandes nomes da literatura tem data marcada. E é hoje.

Agnaldo FariasAlmeida FariaAndrew SolomonAntonio PrataBernardo KucinskiBeto RicardoCacá DieguesCássio LoredanoCharles FergusonCharles PeixotoClaudia AndujarClaudiusDaniel AlarcónDavi KopenawaDavid CarrEdu LoboEduardo Viveiros de CastroEleanor CattonEliane BrumElif BatumanEtgar KeretFernanda TorresFrancesco Dal CoGlenn Greenwald

Graciela MochkofskyGregorio DuvivierHubertJaguar Jailson de Souza e SilvaJhumpa LahiriJoël DickerJorge EdwardsJuan VilloroMarcelo GleiserMarcelo Rubens PaivaMathieu LindonMichael PollanMohsin HamidPaula MiragliaPaulo Mendes da RochaPaulo VarellaPersio AridaReinaldo Rene UrenSérgio AugustoSilviano SantiagoVladímir Sorókin

Page 47: Relatório Flip 2014

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Ministério da Cultura, Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto2014

Millôr na Flip

Enfim, um homenageado sem estilo

30 quarta 31 quinta 1 sexta 2 sábado 3 domingo

10h | mesa 5O guru do MéierCássio LoredanoSérgio Augusto

12h | mesa 6À mesa comMichael Pollan

15h | mesa 7MarcadosClaudia AndujarDavi Kopenawa

17h15 | mesa 8Livre como um táxiAntonio PrataMohsin Hamid

19h30 | mesa 9Encontro comAndrew Solomon

21h30 | mesa 102x BrasilCacá DieguesEdu Lobo

10h | mesa 11Liberdade, liberdadeCharles FergusonGlenn Greenwald

12h | mesa 12Memórias do cárcere: 50 anos do golpeBernardo KucinskiMarcelo Rubens PaivaPersio Arida

15h | mesa 13A verdadeira história do paraísoEtgar KeretJuan Villoro

17h15 | mesa 14Tristes trópicosBeto RicardoEduardo Viveiros de Castro

19h30 | mesa 15Encontro comJhumpa Lahiri

21h30 | mesa 16Narradores do poderDavid CarrGraciela Mochkofsky

10h | mesa 17Ouvir estrelasMarcelo GleiserPaulo Varella

12h | mesa 18Romance em dois atosFernanda Torres

14h | mesa 19Os sentidos da paixãoAlmeida FariaJorge Edwards

16h | mesa 20Livro de cabeceira

Ingressos a partir de 30 de junho

19h | sessão de aberturaConferênciaAgnaldo FariasMillormaníacosHubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

21h30 | show de aberturaGal Costa

9h30 | mesa Zé Klebera mesa será divulgada junto com a programação FlipMais

12h | mesa 1Poesia & ProsaCharles PeixotoEliane BrumGregorio Duvivier

15h | mesa 2Os possessosElif BatumanVladímir Sorókin

17h15 | mesa 3Fabulação e mistérioEleanor CattonJoël Dicker

19h30 | mesa 4Paraty, Veneza no Atlântico SulFrancesco Dal CoPaulo Mendes da Rocha

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Acompanhe a Flip de onde estiver.

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12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto2014

Transmissão em Paraty e do Oiapoque ao ChuíA partir de 30/7, assista em tempo real e gratuitamente, no site da Flip, a transmissão online das mesas literárias da programação principal Conheça os convidados antes da festaSiga nossas redes sociais para ficar por dentro da #flip2014facebook.com/flip.paratytwitter.com/flip_se

Sem pressa, com pausa para pipocaReveja os melhores trechos das Flips passadas e, a partir de 30/7, os highlights desta ediçãoyoutube.com/flipfestaliteraria

Ministério da Cultura,Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam #flip2014

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peças gráficas

fliptips

Handy hints for visitors to Paraty

Handy hints for visitors to Paraty

1PB

manual da equipe

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Arievaldo VianaAugusto PessôaBia BedranDaniel KondoFábio SombraLaura TeixeiraLeo CunhaLuciana Grether CarvalhoLuís DillMarilda CastanhaMario BagNelson CruzRoger MelloRoni Wasiry GuaráRosana RiosSocorro Acioli

flipinha.org.br

29 de julho a 3 de agosto2014

Praça da Matriz

Imagem a partir do material produzido pelos alunos da Escola da Trindade na Oficina Flipinha do Mar coordenada por Graça Lima

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30 de julho a 3 de agosto 2014 Casa da CulturaPraça da Matriz

Antonio Prata Eliane BrumFerréz Luís Dill Mario BagPaulo VarellaRosana Rios

Imagem a partir do grafite produzido pelos jovens da FlipZona em oficina coordenada por Meton Joffily

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Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

patrocinador flipinha apoio flip

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Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

Agnaldo FariasAlmeida FariaAndrew SolomonAntonio PrataBernardo KucinskiBeto RicardoCacá DieguesCássio LoredanoCharles FergusonCharles PeixotoClaudia AndujarClaudiusDaniel AlarcónDavi KopenawaDavid CarrEdu LoboEduardo Viveiros de CastroEleanor CattonEliane BrumElif BatumanEtgar KeretFernanda TorresFrancesco Dal CoGlenn GreenwaldGraciela MochkofskyGregorio Duvivier

HubertJaguarJailson de Souza e SilvaJhumpa LahiriJoël DickerJorge EdwardsJuan VilloroMarcelo GleiserMarcelo Rubens PaivaMathieu LindonMichael PollanMohsin HamidPaula MiragliaPaulo Mendes da RochaPaulo VarellaPersio AridaReinaldoRene UrenSérgio AugustoSilviano Santiago Vladímir Sorókin

O jornal ofi cial da exposição Millôr, 90 anos de nós mesmosdaily

parceria exposição realizaçãoapoio institucional exposiçãoapoio daily míllor

Paraty, quarta-feira30 de julho de 2014

A situação é grave. O espectro do millorismo ronda Paraty e o mundo. Neste exato momento, milhares de perigosos milloris-tas internacionais se preparam para tomar o poder, millorifi can-do os corações e mentes das novas gerações, facilmente ilu-didas por insidiosas e nefandas millorifi cações.

Nossos jovens serão facilmente conquistados por millorífl uas palavras de ordem como “Livre como um táxi”, “Divagar e sempre” e outros pensamen-tos milloristoides, contrários à índole do nosso povo. E, como se não bastasse esse perigo, Pa-raty e o mundo também estão sendo vítimas de millorologis-tas e millorólogos radicais que

divulgam, na imprensa e nas redes sociais, notícias falsas e alarmistas sobre o aumento do buraco do millôr. Nesta conjun-tura adversa, as autoridades têm que tomar uma atitude fi rme para impedir o atual processo de global millorifi cation. Esperemos que o bom senso prevaleça.

* Poucos instantes antes do fechamento desta edição do Daily Míllor, recebemos um email pedindo um editorial urgente e candente. Mas, como o sistema caiu e não vimos o fi m da mensagem, fi camos sem saber se o editorial era contra ou a favor. Na dúvida, tiramos no cara e coroa. Deu contra.

REINALDO

O CARTUNISTA REINALDO, QUE FALA HOJE NA TENDA DOS AUTORES, DESTILA SUA INDIGNAÇÃO EM EXALTADO EDITORIAL

Basta!*

daily

Reinaldo

Millôr Fernandes/Arquivo IMS

hai-kai Podes crer: O pior cego É o que quer ver

FIQUE CERTO: O SEU COMPLEXO DE INFERIORIDADE NÃO É INFERIOR AO DE NINGUÉM

To be, or not to be? That is the question. Whether ’tis nobler in the mind to suffer The slings and arrows of outrageous fortune, Or to take arms against a sea of troubles, And, by opposing, end them? Shakespeare

Ser ou não ser? esta é a questão. Será mais nobre sofrer na mente As estilingadas e flechadas da sorte ultrajante Ou pegar em armas contra um mar de problemas E, se opondo, finalizá-la? tradução livre

Ser ou não ser – eis a questão. Será mais nobre sofrer na alma Pedradas e flechadas do destino feroz Ou pegar em armas contra o mar de angústias – E, combatendo-o, dar-lhe fim? tradução de Millôr Fernandes

“A desconfiança de tudo que leio me permitiu ser um razoável tradutor.”

“O tirano pode evitar uma fotografia. Não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade.”

A primeira tradução deste trecho de Shakespeare foi feita especialmente para este caderno e é direta, ou seja, literal.

Já a segunda foi feita por Millôr. Você percebe a diferença?

Traduzir é mais do que usar dicionários ou encontrar semelhanças, é adaptar um texto a outra cultura ou até mesmo reescrever alguns trechos.

Já tentou imaginar como pode ser o trabalho de um tradutor? Sem ele seria impossível o contato com textos de autores que escreveram em línguas que não conhecemos. Para Millôr, as traduções, “quase sem exceção, têm tanto a ver com o original quanto uma filha tem a ver com o pai ou um filho a ver com uma mãe. Lembram, no todo, de onde saíram, mas, para começo de conversa, adquirem como que um outro sexo”.

Imagine fazer críticas em tempos de repressão política. Nesses momentos quem dava as regras do que se publicava era a censura. Em várias ocasiões, nos periódicos que Millôr trabalhou, era questão de sobrevivência burlar a caneta dos censores.

Hoje com a liberdade de imprensa fica até difícil pensar que alguém era empregado para cortar, pico-tar ou apagar matérias jornalísticas antes mesmo de sair da redação. Mas era assim que acontecia. O curioso é que, nem sempre atentos às tiradas inteligentes que enchiam suas páginas, os censo-res cortavam o conteúdo que entendiam e, muitas vezes, o que não entendiam também.

Você tem ideia das consequências da censura? Procure saber mais. O que poderia ter sido diferente se não houvesse censura naquela época?

“A coisa tem que ser dita com absoluta precisão, engraçada quando se a quer engraçada, dramática, poética, política, social na justa medida do que se pretende.”

“Atenção moçada, quando eu disser no meu tempo, quero dizer daqui a dez anos.”

“Não existe o tempo. Existe o passar do tempo.”

Millôr, além de traduzir, também escreveu diversas peças teatrais e roteiros cinematográficos.

Uma de suas peças mais famosas, Liberdade, liberdade (1965), foi escrita em parceria com Flávio Rangel. Para escrevê-la, eles usaram colagens de textos de vários autores e intercalaram questiona-mentos sobre o regime militar, tema presente no conjunto de sua obra.

Seu primeiro roteiro cinematográfico, O amanhã será melhor (1956), discute os problemas sociais e culturais sofridos pelos imigrantes no Brasil. Millôr assina esse roteiro com um de seus pseudônimos, Vão Gôgo.

Muitos filmes são inspirados em livros, em músi-cas... Muitas peças surgem a partir de outras histó-rias... A arte é assim, cheia de referências e trocas. Experimente selecionar trechos de obras que você gosta e criar algo novo!

Pense no seu tempo! Que tal fazer um registro do seu olhar sobre o mundo atual e guardá-lo para que você perceba o que mudou com o tempo? Você pode responder as questões abaixo e lacrar este caderno e as respostas com o objetivo de reabri-lo somente daqui a um ano.

Se quiser compartilhar suas respostas e outros comentários, você pode registrá-los no link: estacaoeducativomlp.org.br

1. O que você acha engraçado hoje? 2. Qual o meio de comunicação que você mais utiliza? 3. Qual a principal notícia dos jornais? 4. Qual seu principal meio de transporte? Como ele é? 5. O que você pensa sobre o seu papel na transfor-mação política? 6. Quais sãos seus amigos mais próximos? 7. Quais são os seus projetos para o futuro? 8. Qual palavra combina com você hoje? 9. Você pode aproveitar este espaço para deixar uma mensagem para você mesmo.

O tempo também é um dos responsáveis pelas mudanças nos significados das palavras, objetos e, principalmente, do comportamento e pensares das pessoas. É comum escutarmos pessoas mais velhas dizerem: “no meu tempo não era assim”. As expe-riências adquiridas na juventude do avô, por exem-plo, são diferentes das experiências que vive o neto.

Millôr Fernandes nasceu em 1924 e viveu sua ado-lescência por volta da década de 40 – época em que o aparelho celular nem existia. É possível pensarmos sobre as diferentes relações humanas, palavras e valores éticos e morais que faziam parte do cotidia-no das pessoas. Você consegue imaginar a vida sem o aparelho celular?

Mas não é só através de objetos que identificamos as mudanças causadas ao longo do tempo. A produ-ção de Millôr pode servir de exemplo para perceber-mos o que era “comum” na época de sua juventude, mas, na sociedade atual, poderia ser considerado inadequado. Sugerimos que você leia esses hai-kais criados pelo autor e reflita sobre posturas éticas e morais recorrentes no contexto em que ele viveu.

“Como me espanto! Já não se fazem millôres como antigamente!” Millôr

folder educativo

Mulatas na pista, Perco a vontade De ser racista

Com pó e mistério A mulher ao espelho Retoca o adultério

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azulapresentam

90millôr,

anos de nós mesmos

parceria

realização

apoio institucional

flip.org.br

Casa da Cultura R Dona Geralda 177de terça a domingodas 10 às 22h

durante a flip das 8h às 22h

visitação escolar T +24 3371-7082

Associação Casa Azuldiretor-presidente Mauro Munhozdiretora-superintendente Izabel Costa Cermelli (Belita)

Exposição Millôr, 90 anos de nós mesmos

curadoriaPaulo Werneckco-curadoriaHugo SukmanMànya Millendireção de arteMauro Munhoz

direção geral programação infantil e juvenilIzabel Costa Cermelli (Belita)curadoria programação infantil e juvenil Gabriela Gibrail

visitação escolarVilma Páduacomunicação paratyClaudia Ferrazmobilização comunitáriaAndrea Maseda

coordenação do material educativo Tomara! Educação e Culturaconteúdo do material educativo Museu da Língua Portuguesa

Os materiais da Flip foram impressos nos papéis offset da linha Chambril da International Paper. Os papéis da International Paper são produzidos a partir de plantações de eucalipto 100% renováveis.

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programa

programa

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

12a. Festa Literária Internacional de Paraty

30 de julho a 3 de agosto 2014

patrocinador flipinha

patrocinador oficial

patrocinador oficial

Associação Casa Azulflip.org.brflipzona.org.brfacebook.com/flip.zona

São PauloR Capitão Antônio Rosa 376 cj 9101443-900 São Paulo SPT +11 3081-6331

ParatyR João Ayres Martins 14Ilha das Cobras23970-000 Paraty RJT +24 3371-7082

flipmaisprograma

programaprogramme

parceiros

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azul apresentam

30 quarta 1 sexta31 quinta 2 sábado 3 domingo

Passaporte Verde

O município de Paraty foi selecionado como o destino piloto da campanha Passaporte Verde no Brasil, projeto que visa estimular o turista a adotar um comportamento de consumo responsável, dando a sua contribuição para a conservação da natureza e a valorização da cultura dos destinos visitados. Confira algumas dicas no site: passaporteverde.gov.br

desenho de Millôr Fernandes/Acervo Instituto Moreira Salles

Jogos e mistériosRosana Rios

Roteiros, roteiros e mais documentários…Antonio PrataEliane Brum

tenda dos autorestenda dos autores tenda dos autores tenda dos autorestenda dos autorestenda da flipinhatenda da flipinha casa da cultura tenda da flipinha tenda da flipinhatenda da flipinhacasa da cultura casa da cultura casa da culturacasa da cultura

flip de bolso

Flip programação principal

FlipMais

Flipinha

FlipZona

patrocinador oficial

patrocinador oficial

apoio flippatrocinador flipinha

mesa 11Liberdade liberdadeCharles FergusonGlenn Greenwald

mesa 12Memórias do cárcere: 50 anos do golpeBernardo KucinskiMarcelo Rubens PaivaPersio Arida

mesa 13A verdadeira históriado ParaísoEtgar KeretJuan Villoro

mesa 14Tristes trópicosBeto RicardoEduardo Viveiros de Castro

mesa 15Encontro comJhumpa Lahiri

mesa 16Narradores do poderDavid CarrGraciela Mochkofsky

ciranda dos autores Cultura popular e literaturaArievaldo VianaFábio Sombra

ciranda dos autores Entre fios e traços Roger Mello

mesãoHomenagem a Millôr Fernandes

O estilo Millôr ReinaldoChico Caruso

Biblioteca na escola: leitura e letramentoPilar Lacerda Cristina Maseda Eliane Tomé Graça Castro

Spoken word - a poesia em performanceCharlie DarkSiba

Eu, MalvolioTim Crouch

Noites de cinema:crônicasNÃOditasDireção de Manifesto Impromptu, 45 min

mesa 17Ouvir estrelasMarcelo GleiserPaulo Varella

mesa 18Romance em dois atosDaniel AlarcónFernanda Torres

mesa 19Os sentidos da paixãoAlmeida FariaJorge Edwards

mesa 20Livro de cabeceiraAutores convidados da Flip leem trechos de seus livros favoritos

Apresentação de capoeiraProf. Astronauta

Leituras no palcoaberto ao público infantil

Prêmio Plante de Literatura

Enquanto conto e canto... e Histórias de retalhosCláudia RibeiroPatrícia Saravy

1, 2, 3... O circo! Trupe da Biblioteca Casa Azul

Premiação 9a. Regata INP Flipinha 2014

encerramentoMúsica para encantarPérola Moreira

CineZonaExibição do documentário Page One, sobre o jornal The New York Times

CineZonaProdução audiovisual da Central FlipZona

CineZonaO judeu, de Jom Tob Azulay, com roteiro de Millôr Fernandes, Geraldo Carneiro e Gilvan Pereira

Leitura dramatizada da obra de MillôrAlunos da oficina de teatro da Biblioteca Casa Azul

A construção da imagem e do textoLuís DillMario Bag

Viagem ao céuPaulo Varella

mesa 5O Guru do MéierCássio Loredano ClaudiusSérgio Augusto

mesa 6À mesa comMichael Pollan

mesa 7MarcadosClaudia AndujarDavi Kopenawa

mesa 8Livre como um táxiAntonio PrataMohsin Hamid

mesa 9Encontro comAndrew Solomon

mesa 102x BrasilCacá DieguesEdu Lobo

ciranda dos autores A música e a literatura Bia BedranMarilda Castanha

ciranda dos autores De onde vêm as histórias?Leo CunhaRoni Wasiry Guará A poesia e seus

caminhos de fazer lerFlávio AraújoLuís Dill Ninfa Parreiras Simone Monteiro de Araújo

Meio de campo: o papel do agente literário Lucia RiffMariana Teixeira SoaresNicole Witt

Centenário de um NobelAlberto Ruy-SánchezHorácio Costa

Em nome do paiIvo HerzogMarcelo Rubens Paiva

Noites de cinema:Mr. Sganzerla - os signos da luzDireção de Joel Pizzini, 90 min

Noites de cinema:JardsDireção de Eryk Rocha, 90 min

Tradução in translationJosé Luiz PassosSam ByersPaulo Henriques BrittoDaniel Hahn

Versos de risco - do hai-kai à poesia marginalAdriana CalcanhottoCharles Peixoto

Mano a manoDamián TabarovskyLeopoldo Brizuela

Construindo políticas públicas para a leituraMarta Suplicy, José Castilho, Fabiano Piuba, Antônio Carlos Sartini, Paulo D. Farah, Cláudia Santa Rosa

Sociedade e literaturaFerréz

Hora da estrelaApresentação dos jovens talentos de Paraty

mesa zé kleberDa cidade à cidadaniaJailson de Souza e SilvaPaula MiragliaRene Uren

mesa 1Poesia & ProsaCharles PeixotoEliane BrumGregorio Duvivier

mesa 2Os possessosElif BatumanVladímir Sorókin

mesa 3Fabulação e mistérioEleanor CattonJoël Dicker

mesa 4Paraty, Veneza no Atlântico SulFrancesco Dal CoPaulo Mendes da Rocha

mesa bônusPorque era ele, porque era euMathieu LindonSilviano Santiago

ciranda dos autores Como se conta uma históriaAugusto Pessôa Rosana Rios

ciranda dos autores A ilustração ontem e hoje Daniel KondoMario BagNelson Cruz

ciranda dos autores A arte de escreverLuís DillSocorro Acioli

sessão de aberturaConferênciaAgnaldo FariasMillormaníacosHubert e Reinaldo entrevistam Jaguar

show de aberturaFelipe Guaraná e bandaGal Costa

ciranda dos autores Da memória às históriasLaura Teixeira Luciana Grether Carvalho

19h

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15h45

16h

16h30

17h30

peças gráficas

Millôr está entre os primeiros autores brasileiros influen-ciados pelos quadrinhos, que ele conheceu nos anos 30, na “maior emoção intelectual” de sua vida. Antes de fazer vinte anos, ele já trabalhava numa revista de quadrinhos.

Millôr was one of the first Brazilian authors to be influenced by cartoon strips, which he first became acquainted with in the ‘30s, in the “greatest intellectual euphoria” of his life. Before he was twenty, he was already working for a comic book.

Em 1964, Millôr fundou o “se-manário de quinze em quinze dias” Pif Paf. Foram apenas oito edições até que a censura do ainda recente golpe de 64 o fechasse. Mas a direção a seguir estava indicada.

In 1964, Millôr founded the “weekly published fortnightly” Pif Paf. After only eight issues, it was shut down by the recently installed military government censors. But the path to be taken had been revealed.

de vão gôgo ao guru do méier from vão gôgo to the guru of méier

Millôr escreveu e traduziu peças de teatro que puseram o seu nome em destaque nas artes cênicas brasileiras. Era um mestre do diálogo, que re-novou peças de Shakespeare, Molière e elaborou roteiros e falas para o cinema nacional.

millôr definitivo the definitive millôr

compozissõis imfãtis early compozishuns

cada exemplar é um número every issue is a big number

um elefante no caos an elephant amid the chaos

Much of the inspiration for O Pasquim came from Millôr and his Pif Paf. Founded in 1969 by a group of friends – Ziraldo, Ivan Lessa, Paulo Francis, among others – the newspaper removed the “coat and tie” from Brazilian journalism, according to Jaguar. Millôr’s page in the magazine Veja consolidated his name in the minds of Brazilian readers.

Millôr wrote and translated plays that brought him recognition in Brazil’s performing arts. He was a master of dialogue, who renewed plays by Shakespeare and Molière and wrote scripts and monologues for Brazilian cinema.

Governo do Rio de Janeiro e Associação Casa Azulapresentam

Boa parte da inspiração do Pasquim veio de Millôr e seu Pif Paf. O jornal que um grupo de amigos – Ziraldo, Ivan Lessa, Paulo Francis, entre outros – fundou em 1969 tirou “o paletó e a gravata” do jornalismo brasileiro, segundo Jaguar. Sua página na Veja consolidou o nome de Millôr na cabeça do leitor brasileiro.

years of ourselves

Em A Cigarra e O Cruzeiro, Millôr fazia um pouco de tudo: editava, escrevia, ilustrava, traduzia. A seção “O Pif-Paf”, assinada com o pseudônimo Vão Gôgo, era uma explosão de criatividade e anarquia na revista mais lida pelos brasileiros.

In A Cigarra and O Cruzeiro, Millôr did a little of everything: he edited, wrote, illustrated, translated. The section “O Pif-Paf”, which he published under the pseudonym Vão Gôgo (a spoof on the name van Gogh), was an explosion of creativity and anarchy in Brazil’s most widely-read magazine.

90millôr,

anos de nós mesmos

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produtos

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sinalização

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Flip

Agnaldo FariasAlmeida FariaAndrew SolomonAntonio PrataBernardo KucinskiBeto RicardoCacá Diegues Cássio LoredanoCharles FergusonCharles PeixotoClaudia Andujar ClaudiusDaniel AlarcónDavi KopenawaDavid CarrEdu LoboEduardo Viveiros de CastroEleanor CattonEliane BrumElif BatumanEtgar Keret

FlipMais

Adriana CalcanhottoAlberto Ruy-SánchezAntônio Carlos M. SartiniCharles PeixotoCharlie DarkChico CarusoCláudia Santa RosaCristina MasedaDamián TabarovskyDaniel HahnEliane ToméFabiano dos Santos PiúbaFlávio AraújoGraça Castro

Flipinha

Arievaldo Viana Augusto Pessôa Bia Bedran Daniel Kondo Fábio Sombra Laura Teixeira Leo Cunha Luciana Grether Carvalho Luís Dill Marilda CastanhaMario BagRoger Mello Roni Wasiry GuaráRosana Rios Socorro Acioli

FlipZona

Antonio Prata Eliane Brum Ferréz Luís Dill Mario BagPaulo Varella Rosana Rios

Fernanda TorresFrancesco Dal CoGlenn GreenwaldGraciela MochkofskyGregorio Duvivier HubertJaguar Jailson de Souza e SilvaJhumpa LahiriJoël DickerJorge EdwardsJuan Villoro Marcelo GleiserMarcelo Rubens Paiva Mathieu LindonMichael PollanMohsin HamidPaula MiragliaPaulo Mendes da RochaPaulo VarellaPersio AridaReinaldo Rene Uren Sérgio Augusto Silviano SantiagoVladímir Sorókin

autores 2014

Horácio CostaIvo HerzogJosé Castilho NetoJosé Luiz PassosLeopoldo BrizuelaLucia Riff Luís DillMarcelo Rubens PaivaMariana Teixeira Soares Nicole Witt Ninfa ParreirasPaulo Daniel Elias FarahPaulo Henriques BrittoPilar LacerdaReinaldoSam ByersSibaSimone Monteiro de AraújoTim CrouchVolnei Canônica

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flip em números

Eventos

Flip Programação principal FlipMais

nº de eventos (mesas, show e conferência de abertura) 25 15nº de convidados 49 34nº de convidados brasileiros 28 26nº de convidados estrangeiros 21 8nº de mediadores 14 8nº de países 14 4países África do Sul, Argentina,

Brasil,Espanha, EUA, França, Israel, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, Rússia, Suíça

Argentina, Brasil, México, Reino Unido

Page 54: Relatório Flip 2014

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Eventosflip em números

Flipinha

nº de eventos 103mesas ciranda dos autores 9apresentações de escolas 38oficinas Arte na Praça 28outros eventos 28nº de convidados 15nº de mediadores 9nº de escolas participantes e instituições educacionais 44monitores (estudantes voluntários) 102

Biblioteca Casa Azul na Flipinha

visitas à biblioteca cerca de 2 millivros do acervo da biblioteca 1.250livros do acervo nos pés de livros 701livros doados na ”Operação Flipinha” 2.248nº de editoras parceiras 17

Biblioteca Casa Azul visitas à biblioteca 9.077 (janeiro a agosto 2014)nº de empréstimos 3.303 (idem)cadastros 1.290 (total)livros do acervo mais de 12 mil

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Eventosflip em números

total todas as programações

nº de eventos 153nº de convidados* 95nº de convidados brasileiros* 66nº de convidados estrangeiros* 29nº de mediadores* 31nº de países 14 *autores que participaram de mais de uma programação foram contabilizados apenas uma vez

FlipZona nº de eventos 10nº de convidados 7nº de mediadores 3nº de oficinas 9participantes das oficinas 150matérias no blog 77vídeos 9acessos ao blog 6.144

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Flip - Programação principal

tenda dos autores 16.806praça do telão e telão da quadra 12.856subtotal 29.662

FlipMais

Casa da Cultura 1.731

Flipinha

tenda da Flipinha 15.900

FlipZona

Casa da Cultura 1.600

total 43.893

oficinasoficina literária 20

público geral estimado entre 20 e 27 mil pessoas

Públicoflip em números

Impacto na cidade

Equipe equipe total 612equipe não remunerada (voluntários) 47

Geração de renda para a cidade

R$ 14 milhões* *Estimativa da Associação Casa Azul com base em pesquisa Datafolha de 2011

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Comunicaçãoflip em números

Valoração mídia espontânea

mídia inserções valorimpresso 781 R$ 100.765.443,76on-line 1.436 R$ 6.452.593,04rádio 158 R$ 7.577.746,96tv 102 R$ 106.233.303,88total 2.477 R$ 221.029.087,64

Principais inserções na mídia impressa

veículo inserções centimetragem inserções em reais centimetragem em % % em reais O Globo 116 9.519 20.324.968,80 8,27 9,20Folha de S.Paulo 130 12.349 29.222.673,60 10,73 13,22O Estado de S. Paulo 74 7.641 18.289.497,60 6,64 8,27Revista Época 8 1.403 6.233.112,32 1,22 2,82Correio Braziliense 13 1.529 1.156.168,64 1,33 0,52Jornal do Commércio-PE 33 377,5 147.859,20 0,33 0,07Zero Hora 5 332 199.571,84 0,29 0,09Revista Veja 2 23 200.192,00 0,02 0,09Estado de Minas 6 319 228.199,84 0,28 0,10outros 1.830 8.1629,5 145.026.843,81 70,91 65,61

Acessos ao site da Flip*durante mês da Flip 352.000durante o evento 155.529média por dia durante o evento 31.105 *fonte: google analytics

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Peças gráficasflip em números

Tiragem

kit completo 7.000 programa Flip programa Flipinha programa FlipZona programa FlipMais programa Parceiros flip de bolso 18.000folder exposição 12.000daily míllor 6.000

Tiragem

adesivo parceiros 200folder educativo 5.000cartaz Flip 500cartaz FlipZona 300cartaz Flipinha 300cartaz Jeff Fischer 500certificado oficina literária 50certificado Flipinha 150clipping pós-evento 30comunicado aos moradores 600comunicado cancelas 2.000fliptips 100folder lançamento coletiva 200manual de equipe 450relatório pós-Flip impresso 100voucher convidados 1.000voucher equipe 1 6.000voucher equipe 2 7.000

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Local de exposição

painel Tenda dos Autores externopainel Tenda dos Autores palcopainel Tenda dos Autores foyerpainel Tenda da Flipinha externopainel Tenda da Flipinha palcopainel Praça da Matrizpainel Telão da Quadrapainel Telão da Quadra transmissãopainel Casa da Cultura externo painel Tenda dos Autógrafo externopainel Tenda dos Autógrafo foyerpainel Praça do Telão externopainel Praça do Telão transmissãobandeiras ponte Ponte do Pontal

Sinalizaçãoflip em números

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realizaçãoAssociação Casa Azul

Mauro Munhozdiretor-presidenteIzabel Costa Cermelli (Belita)diretora-superintendente

conselho diretorLiz CalderpresidenteEsther HamburgerIzabel Costa Cermelli (Belita)Louis BaumMauro Munhoz

conselho consultivoGiorgio Della setapresidenteCarlos Augusto CalilEduardo Giannetti Fernão BracherJoão Moreira sallesJorge CaldeiraJorge da Cunha LimaJosé Kalil FilhoMargarida Cintra GordinhoPaulo BilykRoberto Teixeira da CostaRubens Barbosa

Mauro Munhozdireção-geral programação principalIzabel Costa Cermelli (Belita)direção-geral programação infantil e juvenilPauline Hartmannassessoria executiva

Joana Fernandescoordenação geral

Paulo Werneckcuradoria programação principalGabriela Gibrailcuradoria programação infantil e juvenil

Mauro Munhozdireção de arquitetura e design

arquitetura e cenografiaJuliana AntunesPenelope Casal de ReyFrederico TeixeiraMariana TideiAugusta AlbersEduardo Ito

design gráficoAlexandre BenoitMarcela souzaMarilia FerrariJuliana Bucaretchi

tratamento de imagensMotivo

ilustraçãoJeff Fisher

parcerias e comunicação institucionalMartine BirnbaumAna MeloChristopher MathiJoanna savagliaLuciana Benatti

relacionamento institucionalBernadete PassosElison da silvaLuana MoreiraLuara Marques

comunicaçãoLetícia Costacomunicação paratyClaudia Ferrazassistência de comunicaçãoMarilia KodicThais santosmídias sociaisAlexandre MatiasClaudia Ferrazredação cobertura FlipDiego VianaGabriela Longman revisãoAntonio MelloJussara LopestraduçãoÁngel Gurría-QuintanaAlison Entrekinassessoria de imprensaA4 comunicação

relacionamento com autoressandrine GhysGalileia Estrela LeãoLaura T. HauserCarmen OgilvieDébora AssisintérpretesChristopher PetersonAlicia AsseoAnna ViannaBranca ViannaCamilla PereiraEleanora BarrosMonica CavalcantiVita Zoubkova

planejamento exposiçãoTomara Educação e Culturapesquisa de imagensRaiz Forte acervos

produção executivasueleni de Freitasprodução local e logísticaMariza Cermelliprodução flipinha e flipzona e mobilização comunitáriaAndrea Masedaprodução geralBeatriz CyrineoCadu RuoccoCecilia CabañasKadu RochaRebeca Damian

logística Juliana Pinheiro Paulo Kastrupassistência de produção flipNatalia AlexandrinoVerônica OrquídeaRaphael Capucho assistência de produção flipinha e flipzonaCássio CoelhoRafaelle samahá BeckRaphael Moreirasíbel dos santos Barrosdiretor técnico e de palcoAndreas schmidtequipe técnicaAudioBizzassistência de campoAdão Balbino Ronaldo da ConceiçãoJosé RobertoWagner Malvãomonitores de tendaAna RochaPaulo Cesar Marques Pedro CoelhoRaphaela TorresYara Ercolinserviços geraisMarli Prado

biblioteca casa azulClélia BotelhoGabriela RozaMaia PigotNatália BragaZulmira Gibrail Costa

arte na praçaGilcimar Lopes CorreaMaria Cláudia Torres (Kachuca)

central flipzonaAline Toledo santosBeatriz CondiniBranca O. F. de FreitasGabriela M. dos santosLeandro Leite LeocádioMaria da Graça J. BarreirosPamela Daniele Albrechtsamara DonárioestágioBárbara s. MartinsFrancisco GuaranáGlícia da silva ReisMatheus Cantídio Costa

colaboradoresAna Claudia Vasconcellos Ana Luiza BorgesIzabel FrancoLeandra MenezesOg Moreira TorresRachel sterman Renata AtilanoRoberta ValTama savaget

administrativo financeirosão pauloFelipe de FeoAdriana Lima Dutra AlvesClélia Maria R. P. dos santos Julise FreitasLuciene da silva

administrativo financeiro paratyAndresa PradoAna Marcela de JesusCaio Cesar GomesMarina Lopes

assessoria administrativa e orçamentáriaWellington Leal

assessoria jurídicaCesnik, Quintino e salinas Advogados

Associação Casa Azul Flip

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