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Quarta-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 17 DE ABRIL DE 2013 Nº 4.615 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,00 Dólar turismo R$ 2,05 Dólar/Real R$ 2,00 Euro x real R$ 2,61 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 Carlos Eduardo Freitas Antônio Carlos F. César Barbosa José Carlos Leite Filho Paulo Pereira dos Santos Elísio Augusto de M. e Silva Berilo de Castro Marcos A. de Sá Página 7 Brasileiros querem a redução da maioridade penal. Por que não se faz um plebiscito? Danilo Página 11 Dois homens gays adotam nove garotos e são acusados de violentar três. Alex Medeiros Página 11 Os dias passam, os anos fo- gem e tudo vai ficando velho de uma hora para a outra. Vicente Serejo Página 13 Seca - um desastre econômi- co anunciado que, só agora, o RN procura contornar. > LEI DA FICHA LIMPA Rosalba incluída no processo de cassação de Cláudia Regina ALÉM DO RISCO DE VER SUA CORRELIGIONÁRIA PERDER A PREFEITURA DE MOSSORÓ, GOVERNADORA PODERÁ FICAR INELEGÍVEL POR 8 ANOS POLÍTICA 5 > SECA EM CAICÓ Agricultor é detido após jogar carcaça na porta da Conab CÍCERO PROTESTA CONTRA A FALTA DE APOIO DO GOVERNO FEDERAL:3 MESES SEM RECEBER MILHO POLÍTICA 3 > POLÍTICA AGRÍCOLA RN é o 1 o do Nordeste a discutir Plano Safra e ações contra a seca O secretário de Política Agríco- la do Ministério da Agricultura, Pe- cuária e Abastecimento, Neri Gel- ler, conversou hoje com represen- tantes do Conselho de Desenvol- vimento Rural Sustentável do RN. Além de expor detalhes do Plano Safra 2013/2014, que será lançado em breve, Geller mostrou preocu- pação com a logística para colocar em prática as medidas urgentes de convivência com a seca. ECONOMIA 7 RACIONAMENTO DE ÁGUA NA ZN SE NÃO CHOVER ATÉ MAIO Lagoa de Extremoz está com menos de 50% de sua capacidade CIDADE 8 José Aldenir Wellington Rocha Reprodução TV Seridó > ELEIÇÃO Ibanez Monteiro é o novo desembargador do Tribunal de Justiça Em votação aberta e fundamen- tada, esta manhã, o juiz Ibanez Monteiro da Silva obteve 92,43 pontos na disputa pela vaga aber- ta com a aposentadoria de Rafael Godeiro. A definição do novo de- sembargador dentre os juízes do TJRN passa na frente da escolha do novo magistrado da Corte potiguar por meio do Quinto Constitucional, que começou em 2012 e até o mo- mento não foi concluída. POLÍTICA 5 > EM NATAL... 67 mil cadastros para o ‘Minha Casa, Minha Vida’ estão suspensos Decisão assinada pelo secre- tário de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturan- tes, Homero Grec, foi publicada na edição de hoje do Diário Ofi- cial do Município. Secretário afir- ma que “diversos equívocos ad- ministrativos” cometidos em 2009, como a falta de informações sobre os candidatos, impossibilitaram que a atual administração conti- nuasse o processo. CIDADE 6

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Cidade, economia, cultura e esporte

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Quarta-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 17 DE ABRIL DE 2013 w Nº 4.615

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,00Dólar turismo R$ 2,05Dólar/Real R$ 2,00

Euro x real R$ 2,61Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,25%

INDICADORES:

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

Carlos Eduardo Freitas

Antônio Carlos

F. César Barbosa

José Carlos Leite Filho

Paulo Pereira dos Santos

Elísio Augusto de M. e Silva

Berilo de Castro

Marcos A. de Sá

Página 7

w Brasileiros querem a reduçãoda maioridade penal. Por quenão se faz um plebiscito?

DaniloSá

Página 11

w Dois homens gays adotamnove garotos e são acusadosde violentar três.

AlexMedeiros

Página 11

w Os dias passam, os anos fo-gem e tudo vai ficando velhode uma hora para a outra.

VicenteSerejo

Página 13

w Seca - um desastre econômi-co anunciado que, só agora, oRN procura contornar.

> LEI DA FICHA LIMPA

Rosalba incluída no processode cassação de Cláudia ReginaALÉM DO RISCO DE VER SUA CORRELIGIONÁRIA PERDER A PREFEITURA

DE MOSSORÓ, GOVERNADORA PODERÁ FICAR INELEGÍVEL POR 8 ANOS

POLÍTICA 5

> SECA EM CAICÓ

Agricultor é detidoapós jogar carcaçana porta da ConabCÍCERO PROTESTA CONTRA A FALTA DE APOIO DO

GOVERNO FEDERAL: 3 MESES SEM RECEBER MILHO

POLÍTICA 3

> POLÍTICA AGRÍCOLA

RN é o 1o do Nordestea discutir Plano Safrae ações contra a seca

O secretário de Política Agríco-la do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento, Neri Gel-ler, conversou hoje com represen-tantes do Conselho de Desenvol-vimento Rural Sustentável do RN.

Além de expor detalhes do PlanoSafra 2013/2014, que será lançadoem breve, Geller mostrou preocu-pação com a logística para colocarem prática as medidas urgentes deconvivência com a seca.

ECONOMIA 7

RACIONAMENTO DE ÁGUANA ZN SE NÃO CHOVER ATÉ MAIOLagoa de Extremoz está com menos de 50% de sua capacidade

CIDADE 8

José Aldenir

Wellington Rocha

Reprodução TV Seridó

> ELEIÇÃO

Ibanez Monteiro é onovo desembargador do Tribunal de Justiça

Em votação aberta e fundamen-tada, esta manhã, o juiz IbanezMonteiro da Silva obteve 92,43pontos na disputa pela vaga aber-ta com a aposentadoria de RafaelGodeiro. A definição do novo de-

sembargador dentre os juízes doTJRN passa na frente da escolha donovo magistrado da Corte potiguarpor meio do Quinto Constitucional,que começou em 2012 e até o mo-mento não foi concluída.

POLÍTICA 5

> EM NATAL...

67 mil cadastros parao ‘Minha Casa, MinhaVida’ estão suspensos

Decisão assinada pelo secre-tário de Habitação, RegularizaçãoFundiária e Projetos Estruturan-tes, Homero Grec, foi publicadana edição de hoje do Diário Ofi-cial do Município. Secretário afir-

ma que “diversos equívocos ad-ministrativos” cometidos em 2009,como a falta de informações sobreos candidatos, impossibilitaramque a atual administração conti-nuasse o processo.

CIDADE 6

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Opinião

Vem dançar comigo, veião!Havia saído do trabalho um pouco

antes de terminar o expediente daqueledia. Dentro de pouco tempo, o sol desa-pareceria escondido pelo coqueiral, quefica por trás das casas que circundam aIgreja Matriz de São Francisco de Assis,aqui em Pedro Velho. Caminhava vaga-rosamente em direção de minha residên-cia, repassando talvez alguma coisa queacontecera durante o dia de trabalho. Pas-sos curtos, mente concentrada, comple-tamente absorto e envolvido com aqui-lo que o pensamento se ocupava.

De repente, saio desse êxtase, con-seqüência de uma barulheira danada quevinha da Praça Claudino Martins, bem nocentro da cidade. Levantando os olhos,vejo que a praça está completamente to-mada pelos jovens estudantes, que ha-viam saído das escolas e, agora, aguar-davam a chegada dos ônibus para levá-los de volta às suas comunidades. Passono meio deles, cumprimento alguns, en-quanto a grande maioria se deleitava comsuas diabruras de adolescentes, indife-rentes a minha presença.

Continuo meu caminhar, em buscado Caixa Eletrônico que fica ao lado daDelegacia de Polícia. Aí está a razão,acredito eu, de nosso Caixa do Bancodo Brasil não ter sido ainda assaltado,como o foram várias vezes os caixas ele-trônicos das cidades circunvizinha dePedro Velho. Exatamente, pelo fato de,aqui em nossa cidade, ter sido colocadoestrategicamente vizinho à Delegacia dePolícia. Mas, essa é outra história. Vol-temos ao meu caminhar. Ao me aproxi-mar da Casa Paroquial, a uns cinqüentametros, começo a ouvir o cantarolar deumas estudantes, que brincavam quaseem frente da casa da Paróquia, hoje ocu-pada pelo Padre Cláudio, nosso atual pá-roco. Esse grupo de estudantes era for-mado por quatro adolescentes; pela apa-rência, deveriam ter uns 12 ou 13 anosessas meninas.

Ao passar por elas, a mais raquíticae a mais sapeca da patota, com uma idadeem torno de uns 12 anos, voltou-se de sú-bito e disse: "ei, veião, vem dançar co-migo!" Eu fiz de conta que a proposta nãoera dirigida a mim e continuei o meu ca-minho. Fui ao Caixa Eletrônico, retireiuns trocados - o dia seguinte era sábado,dia de feira aqui em Pedro Velho - e re-tornei pelo mesmo caminho, onde, nomesmo lugar, continuavam as mesmasadolescentes. Ao passar novamente porelas, a garota que havia me feito a pro-posta, repetiu a dose: "ei, veião, vemdançar comigo!" Desta vez, não fiquei ca-lado: "Minha filha, eu não sei dançar!"Imediatamente, a garota respondeu semarrodeios: "Ora, eu ensino!" Fiz um ar deriso, meio sem jeito e fui embora.

Voltei para casa e aquela cena ocu-pou meus pensamentos durante um longotempo. Como as coisas estão mudadas!A escola alterou radicalmente a educa-ção de nossos dias. Não há espaços nassalas-de-aula para orientação e forma-ção de nossos jovens para a observânciade posturas de boas-maneiras. A escolahoje não complementa o que falta à fa-mília na educação dos filhos. Aqui, acoisa se complica, porquanto falta aospais uma formação capaz desse mister.Acredito até que os pais precisem voltartambém à escola; e o programa da esco-la atual tem que repensar e reprogramaruma grade curricular, com matéria quetransmita aos alunos e a seus pais os ru-dimentos civilizados, como cumprimen-tar as pessoas, respeitar aos mais velhos,dentre tantos outros. O costume de pedira bênção aos pais, segundo nossos jo-vens de hoje, é coisa de careta, de doze!

Por isto, vivemos uma realidadeque é constrangedora e fere a formaçãoque todos nós "setentões" recebemos eainda praticamos, por acharmos umapostura correta. Mesmo sendo "coisasde velhos!".

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

Nossos heróisdirigentes defutebol

BERILO DE CASTRO, médico([email protected])

Conheci de perto o nosso futebol até1967 (como atleta) e, com uma rápidapassagem como médico em 1971.

Não querendo abusar do saudosis-mo, era com certeza bem mais tranqui-lo, mais prazeroso, mais real e commuito amor pela camisa (sem beijá-la).A satisfação, o orgulho, a amizade dogrupo (atletas e dirigentes), se agrega-vam, constituindo um ambiente acolhe-dor e fraterno. Não se ganhava muitodinheiro, e o pouco que se recebia eracompatível e racional com a estruturae o equilíbrio financeira do clube.

A renda do clube se restringia tãosomente às contribuições dos poucosassociados e das cotas recebidas da fe-deração pelas partidas disputadas nocampeonato. Não existia patrocínio ne-nhum; o lado bom da história é que nãoéramos obrigados a encher, a lotar ouniforme de propagandas "bestiais",ofuscando até mesmo o seu escudo (sím-bolo maior do clube).

Recordo muito bem, que o Améri-ca FC, em 1959, teve que pedir licen-ciamento da federação de futebol, pas-sando 6 anos (1960-1965) fora das com-petições oficiais para poder construir asua sede social. Todo esse sacrifíciopara não comprometer as finanças doclube, consequentemente o temor denão poder cumprir os compromissosassumidos com os seus atletas e comis-são técnica.

A história mudou com a evoluçãodo tempo. Saímos do humilde e singe-lo estádio Juvenal Lamartine (JL) e pas-samos a ocupar uma das mais belas pra-ças de futebol do Brasil - o Estádio JoãoCláudio de Vasconcelos Machado - oMachadão (1972-2011). O novo e beloestádio, teve evidentemente que sercompensado com um belo e rico fute-bol. E assim aconteceu.

Os clubes (os maiores) tiveram queinovar, procurando formar fortes equi-pes, passando a importar das regiões sule sudeste jogadores e comissões técni-cas com salários altíssimos, elevando emultiplicando o compromisso financei-ro do clube de forma assustadora. Poroutro lado, tal acontecimento fez comque nossos dirigentes, de forma imedia-tista e irracional passassem a esquecere desprezar por completo a formaçãode jovens atletas em nossas escolinhasde base, a chamada "prata da casa".

Avanço no tempo e chego aos diasde hoje. Perdemos o belo e admirávelestádio Machadão. A importação de jo-gadores, treinadores, comissões técni-cas (de alto custo), e mais recentemen-te de gestor de futebol, já se tornou ro-tina, inclusive se estendendo aos clubesdo interior do estado. As escolinhas defutebol, que poderiam muito bem mi-nimizar custos, com uma boa forma-ção de atletas, não mais existem. Aspoucas revelações, quando raramenteaparecem, não são aproveitadas e logodescartadas pelos treinadores, que sãode outros estados. Aí vem o desestímu-lo, a indignação e o desespero. A maio-ria desiste, abandonando por completoa prática esportiva.

A federação de futebol não dispon-do mais de estádio, obriga os clubes ase deslocarem para o interior, enfrentan-do estruturas em condições precárias,culminando com prejuízo financeiropelas pequenas e baixas arrecadações.Alguns clubes (os maiores) chegam apagar para jogar. Os patrocínios dimi-nuem ou desaparecem dependendo daperformance do clube e do período semcompetições oficiais. As folhas de pa-gamento ultrapassam limites insusten-táveis. As diretorias se apavoram, ascontas não fecham, não há mais ondebuscar dinheiro. A barca fura. Comoresolver? O caminho é um só, o presi-dente, - o "herói" - a autoridade e o res-ponsável maior. Os conselheiros sãoprocurados para ajudar, tentar chegar auma solução. Poucos se apresentam (ra-ríssimos). O tempo não para, as dívidas,os compromissos financeiros aumen-tam dia-a-dia. A solução requer urgên-cia. Tudo termina no presidente - herói-, que tem que usar mesmo o seu pró-prio patrimônio financeiro em um con-trato/promessa de alto risco. O patri-mônio imobiliário do clube (aquele queainda possui) também é envolvido e,tende a desaparecer para solucionar ojá crônico problema.

É triste, é lamentável e preocupan-te. Um filme passa e reprisado. Vamostodos torcer juntos, vestir todas as cami-sas, unir todas as cores e forças, usandotodos os escudos e símbolos, para verchegar melhores dias e momentos parao nosso querido e inesquecível futebol;sabendo que tudo isso passa pela humil-dade (não se deixando levar pela vaida-de), competência, persistência e muito emuito trabalho. Formando, valorizando,priorizando o jogador da terra - "prata dacasa" ; trabalhando com os "pés no chão",evitando que os "heróis" presidentes en-trem para apagar o fogo do déficit fi-nanceiro. E finalmente, que os clubesnão venham a se desfazer de seus patri-mônios imobiliários construídos commuito trabalho, muito suor e muito sa-crifício ao longo da sua história.

"A persistência é o menor caminhodo êxito". (Charlie Chaplin)

Religião e reconhecimentosocial numa era secular

Artigo CARLOS EDUARDO FREITAS, sociólogo ([email protected])

Artigo ANTÔNIO CARLOS – CURA, aposentado([email protected])

Como conciliar a garantia das condi-ções de realização do princípio de igual-dade cívica e a tolerância com visões re-ligiosas de mundo?

Em primeiro lugar, seria preciso reco-nhecer a pretensão de validade do discur-so religioso numa sociedade pós-tradicio-nal e secularizada. Não somente porque onosso pluralismo democrático tenha o devere responsabilidade de assegurar as reivin-dicações legítimas de indivíduos e grupos,sejam religiosos ou secularizados. Masporque, de fato, o conteúdo normativo dacultura moderna é derivado, em parte nãodesprezível, da religião. O sentido moralde trabalho e a sensibilidade diante do so-frimento são dois exemplos de linguagensou valores efetivados em nossas ordensculturais e institucionais modernas. O pri-meiro foi articulado a partir da ReformaProtestante e o segundo recebeu impulsomoral da variante da espiritualidade cris-tã informada hermeneuticamente peloNovo Testamento.

Além disso, Émile Durkheim, entre osclássicos da sociologia, insistia na base re-ligiosa da moral compartilhada nas socie-dades. Igualmente, sublinhava a funçãoda religião na inteligibilidade da realida-de. Uma função de tradução que não di-fere significativamente da ciência moder-na. Já em nossa época contemporânea, osociólogo e filósofo alemão Jürgen Ha-bermas salientou que das referências demundo disponíveis na modernidade secu-larizada, a religião ainda ocupa um lugarcultural de destaque e atribui isso ao "po-tencial cognitivo" de interpretação e apren-dizado interno próprio às imagens religio-sas do mundo.

Em contrapartida, a religião também

pode criar obstáculos para a afirmação au-tentica de formas diversas de vida, algo quevem sendo objeto de preocupação políti-ca e filosófica de Habermas atualmente.Nesse último caso, temos, então, o "fun-damentalismo" como exemplo de perver-são civilizatória do discurso religioso. Nofundamentalismo religioso, encontramosa negação e mesmo a anulação do outro(discriminação e rebaixamento moral de ca-sais homoafetivos, negros e adeptos de ou-tras confissões religiões são exemplosdisso). De modo nocivo e incivilizado, onão reconhecimento da diversidade demodos de vida.

Admitida a indispensabilidade do dis-curso religioso enquanto potencial recur-so semântico de inteligibilidade do mundoe de solidariedade intersubjetiva, teríamos,então, um novo impasse civilizatório paraa religião. Numa sociedade institucional-mente secularizada, decidir entre o papelunicamente conservador de negação da al-teridade e o de ser (ainda) fonte moral deconciliação e entendimento entre os ho-mens e entre diferentes formas de vida.Ambos aspectos são considerados pelos de-fensores das imagens religiosas do mundoem suas pretensões de legitimidade na letrasecular de nossa Constituição legal? Se aresposta for afirmativa, certamente se faznecessário admitir em voz firme que Fe-liciano é o mais antirreligioso (ou anticris-tão) dentre seus pares. E fazer de mantraas palavras professadas por Adorno e Hor-kheimer: "se um mal tão profundamentearraigado na civilização não encontra suajustificação no conhecimento, o indivíduotambém não conseguirá aplacá-lo, aindaque seja tão bem-intencionado quanto aprópria vítima".

TV em pânicoArtigo F. CÉSAR BARBOSA, articulista ([email protected])

Quem assistiu domingo (14/04) oPânico na TV viu um momento delica-do, de muita emoção. E se não chorou,chegou perto. O programa é de humor -se é que aquilo é humor – mas deram es-paço para uma entrevista com a famíliadaquele garoto da Bolívia que morreuatingido por um sinalizador – durante umjogo entre Corinthians e San José.

O pai do garoto narrou, com um aremocionalmente perdido, passo a passo,os momentos finais entre ele e o filho.Desde a noite anterior até a despedidana rodoviária, onde o jovem tomou umônibus para viajar a Oruro, naquele paísandino. Falou do zelo que tinha pelofilho, das qualidades do menino. Nadafoi esquecido. Lamentou dizendo quenão está seguro de que as autoridades doseu país estejam se empenhando o sufi-ciente para resolver o caso, e que osdoze brasileiros presos não querem co-laborar com a verdade.

A parte que mais me chamou aten-ção foi quando o pai de Kevin Espadadisse que não quer que o caso seja trata-do com interesses políticos. Eu vou "tra-duzir": apareceu um entrave político nocaso. Um senador boliviano acusou o di-

tador daquele país de colaborar com otráfico internacional de cocaína. Perse-guido, o político vive atualmente refu-giado na embaixada brasileira em La Paz.O índio fantasiado de democrata, cultua-do pela esquerda brasileira, está fazendoum jogo com o governo brasileiro: "Noscambiado sus doce hombres por nuestrocompañero traidor". Falando num per-feito português, a filha do senador deoposição Roger Pinto, de 52 anos, apa-receu para legitimar a situação. Agora,sim, é possível entender muita coisa...

Como disse acima, o Pânico na TV éum programa de humor - se é que aquiloé humor - e o seu melhor momento parao riso foi o de mostrar, durante o lançamen-to do livro "O melhor do Pior", de Evan-dro Santo - conhecido como Christian Pior- o encontro deste com seu "arquirrival"fulaninho fivelinha (ou coisa parecida).As alfinetadas entre as "duas", com umaperfeita montagem de uma narração deuma luta de boxe, por Luciano do Vale,foram simplesmente hilárias.

Em tempo: a Band TVé a única emis-sora de televisão do Brasil que não dá tré-gua para este caso dos doze brasileirospresos na Bolívia. Parabéns!

O pé de valsa natalenseArtigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escritor e membro da AEILIJ

([email protected])

Nos salões do Aero Clube as moçasdisputavam ele a tapas. Quanto mais a or-questra tocava, somavam-se os créditose mais créditos entre as jovens que oviam dançar. Era o protagonista de todosos olhares do salão. Uns de admiração,e outros de inveja, com certeza.

A mulherada o via girando alegre-mente pelo salão, com uma felizarda queele conduzia com maestria e profissiona-lismo. A vida para ele era uma festa. Eque festa!

Como bom dançarino, era produtoescasso no mercado e, portanto, dispu-tado pelas moças solteiras. Mas, chega-va a uma mesa devolvendo o seu par eera emprestado a uma amiga, enquantooutras já aguardavam impacientes a suavez. Quem não gostaria de ser tão dis-putado nas rodas femininas?

Nos dias de hoje, cada vez, há menoscavalheiros capazes de bailar com char-me e método vários ritmos diferentes.Ele dominava swing, foxtrot, valsa, polca,bolero, rumba, salsa. No tango, então,era insuperável!

- O que tocar eu danço... Dizia, comcerto ar de superioridade, nas rodas deamigos.

Normalmente, alguns casais rega-

dos a muito uísque tentavam acompa-nhar os seus movimentos. Mas em vão- ninguém era páreo para ele.

Ele sabia dominar o salão como nin-guém e sua diversão era tirar jovens se-nhoritas para dançar. Circulava em Natalque ele nunca levara um "gagau".

Claro que não era bem visto por al-guns rapazes. Mas, porque eles não apren-dem a dançar? Dizia sempre que alguémfazia referências ao assunto. Devem terse acomodado, e preferem passar a noitejogando conversa fora, e enchendo a caracom cerveja. Não podem nem reclamar!

Ele não dava a menor importânciapara os rapazes de cara feia. Era umapessoa alegre, divertida e desinibida. Afi-nal de contas, nós sabemos que a dançaabre as portas à alegria, e ele não se im-portava com que os rapazes pensavamdele. Queria mesmo era dançar, relaxare aproveitar os bailes semanais do AeroClube ou Natal Clube.

Outros casais também se atreviam aensaiar alguns passos na pista, mas, quan-do percebiam que estavam sendo alvode olhares, voltavam rápido às suasmesas. Outros, mais relutantes, nem seatreviam a tanto, e ficavam amuados ecalados nas mesas, enquanto suas com-

panheiras deixavam transbordar energia,sozinhas, ensaiando alguns passos.

Ele, pelo contrário, não parava ne-nhum minuto, era realmente um pé devalsa, e seu talento de dançar estava ali,bem visível a todos.

Todos comentavam impressionadoso seu talento, e ele dizia que aprenderaa dançar assim nos bailes do Copacaba-na Palace no Rio de Janeiro.

A dança exige que o parceiro mas-culino tome a iniciativa e conduza. Issoele fazia com perfeição; segurava a cin-tura das parceiras com vigor, mas man-tinha a leveza nos quadris e pés, dandoimpressão que deslizava no salão.

Guiava os pezinhos femininos comgraça, leveza, ritmo e estilo. Girava, iae voltava, sempre em perfeito sincronis-mo com a música.

E o mais importante, ele sabia muitobem que para ser o rei da noite era pre-ciso respeitar as damas e manter a clas-se. Jamais deixava a mão cair da cintu-ra para baixo, e tratava suas parceirascom elegância, respeito e palavras cari-nhosas.

Enfim, era tido pela sociedade nata-lense da época como um verdadeiro ca-valheiro. Vocês sabem quem foi?!

Nojo e revolta!Artigo JOSÉ CARLOS LEITE FILHO, general de Exército ([email protected])

A hipócrita "Comissão da Verdade"(sic) nomeada pela presidência da Re-pública continua empenhada, a seumodo, em "efetivar o direito à memóriae à verdade histórica e promover a recon-ciliação nacional" em função dos fatosocorridos no período de 18/09/46 a05/10/88. Contudo, evidenciando a suafalta de isenção, não lhe interessam açõesterroristas à semelhança do recente aten-tado ocorrido em Boston, nos EstadosUnidos, vitimando inocentes e capaz decausar comoção mundial, pois para elao alvo são, incompreensivelmente e ape-nas, os "agentes do Estado"; em outraspalavras, aqueles que salvaram o Brasildas garras do comunismo. A vingança enão a "reconciliação nacional", custe oque custar, tem que ser alcançada.

Seguindo o impulso da revolta e donojo que me causam tantos despautérios,valho-me, hoje, do artigo intitulado A gen-til "Convocação", datado de 16 do cor-rente, da autoria do general Valmir Fon-seca Azevedo Pereira, a respeito da recen-te convocação de um militar para prestardepoimento, do qual passo a transcreveralguns trechos:

"O ofício de convocação teve comoportadores policiais federais, fardados e ar-mados, em viatura estacionada em frente à

sua casa, como se ele fosse um criminoso."Tivemos uma leve amostra de que o

"indiciado" deverá comparecer ao tribu-nal devidamente amedrontado por ante-cedência, e que no picadeiro, será esquar-tejado até a morte. ......

"Certos de que comparecer perante aComissão será adentrar à arena totalmen-te desarmado e manietado, e sem condi-ções de qualquer defesa, nos declaramoscontrários ao comparecimento ao patíbu-lo de qualquer ex-agente da repressão, e,se militar com maior veemência.

"É o massacre anunciado."Tal qual o regime nazista de Hitler,

o desgoverno decretou o holocausto na-cional para exterminar o grupo de ex-agentes da repressão que se postaram con-tra os seus desejos de dominarem o poderpela força.

"O trucidamento daqueles cidadãos,de fato, será o holocausto moral de todosos que anseiam viver num país democra-ta, e que almejam uma sobranceira e hon-rada nação. ....

"Apesar de nossos conselhos, teme-mos que o convocado, ao abrir seu co-ração, apoiado na sua indignação, pre-tendendo com a sua verdade deixar osmembros da Comissão abalados, come-terá um monumental engano, pois suas

palavras serão distorcidas."Após a visita da Swat e toda a sua

aparelhagem de intimidação (por que umúnico oficial de justiça não foi o portadorda "convocação", como sói acontecer atécom criminosos de alta periculosidade?),é óbvio concluir que estamos certos emnossa opinião de evitar a Comissão comoo diabo da cruz.

"Meus amigos, eles contam com opoder, com recursos, com as leis, comparte da mídia; quanto a nós, só com anossa indignação. Mas, infelizmente, a in-dignação não atemoriza aos canalhas,não os abala a nossa repulsa à injustiça,nem a nossa revolta à indignidade. ....

"Por muito menos, eles assassinaram,assaltaram e aterrorizaram; nós procu-ramos sem nenhum apoio, nem mesmo,como deveria ocorrer, dos chefes milita-res, sem recursos, sem qualquer divulga-ção denunciar a terrível ação institucio-nalizada em andamento.

"Tristemente, temos pregado num de-serto. ...."

Proclamando que a união faz a forçae valendo-me agora da dúvida do apósto-lo Paulo, finalizo com a sua indagação:"se a trombeta soa um som incerto, quemse aprestará para a batalha?" A Históriadespreza os covardes!

Produtividade agrícola brasileira prejudicada!Artigo PAULO PEREIRA DOS SANTOS, economista, prof. aposentado da UFRN, sócio efetivo do IHGRN e

membro da UBE ([email protected])

A circulação econômica do Brasil.Cujos segmentos mais prejudicados sãodos exportadores agrícolas. Nestes anosde 20I3 estão fadados a uma bateria decustos de bilhões de dólares em transpo-res. Como não temos o incentivo ao in-vestimento privado em transporte, paranosso país fica difícil se livrar desse fla-gelo.

É importante lembrar que o custo deprodução da soja no Brasil é semelhan-te ao dos EUA, contudo os americanosgastam menos com o transporte, por isso,sua lucratividade é bem maior! No mêspassado, a fila de caminhões carregadacom soja a caminho do Porto de Santosnum engarrafamento à velocidade de 20quilômetros! Na verdade, a economiabrasileira faz bastante tempo que é víti-ma de uma péssima infraestrutura de es-tradas e portos.

Apesar disso, temos um agronegó-cio competente com força suficiente paracompetir com os Estados Unidos. No pe-ríodo de 2013, o Brasil poderá superaros Estados Unidos como o maior expor-tador de soja do mundo. Mas temos queter cautela no nosso prognóstico! Ainda

temos o longo caminho a percorrer, por-que os EUA têm uma infraestrutura su-perior a nossa. O Brasil ainda não temestradas e portos suficientes para escoarsua safra recorde.

O que pode causar um prejuízo bi-lionário prejudicando a rentabilidade dosprodutores. Na costa de Santos, no lito-ral paulista dezenas de navios fazemfilas de dias para atracar. É importantelembrar que a rodovia de acesso ao portorecebe 4600 caminhões diariamente, numengarrafamento que chega ultrapassar30 quilômetros. É bom lembrar que osatrasos sucessivos levaram o SunriseGroup, uma das maiores empresas desoja da China, a anunciar o cancelamen-to de uma encomenda de 2 milhões detoneladas.

E motivo foi o atraso de dez carre-gamentos em janeiro e fevereiro. Comrespeito a contratos negociados no mer-cado internacional, a soja brasileira temsido comercializada com um estágiode3% a 4%, abaixo do valor pago pelasoja americana. "É um reflexo do custoBrasil e da imprevisibilidade no transpor-te da carga. Conforme Associação Nacio-

nal dos Exportadores de Cereais (Anerc). É importante ressaltar que a forma-

ção do caos logístico é o seguinte: "comonão há silos suficientes para armazenarparte da produção, a safra precisa ser es-coada tão logo é colhida; existem pou-cas ferrovias e hidrovias, e o transporteé predominantemente rodoviário; nosportos , a capacidade é inferior ao núme-ro de carretas que chegam aos terminaisno período de colheita." Para nossa sur-presa, temos que acrescentar a burocra-cia e a incompetência dos administrado-res públicos.

Por exemplo, em Santos não existeum sistema integral de organização paradesembarque de caminhões, como pas-sou a ser feito em Paranaguá, onde asfilas foram reduzidas pela metade nesteano de 2013 . O apagão logístico emterra renasce em alto-mar.A verdade éque há ainda uma centena de navios-gra-neleiros parados na costa brasileira aguar-dando autorização para atracar. Essa é averdadeira realidade da grave situaçãodos produtores agrícolas, exportadorespara os outros países! Esperando peloestímulo do governo!

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

Marcos Aurélio de SáDIRETOR ADMINISTRATIVO

Marcelo SáDIRETORA DE REDAÇÃO

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Fernanda SouzaJuliana Manzano

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 17 de abril de 2013Política

Túlio [email protected]

TURNOO presidente da Assembleia,

Ricardo Motta, acredita que 2013representa o 'primeiro turno' da ree-leição de Rosalba Ciarlini. Para opai de Rafael, a gestão da Rosa vaireagir neste ano e tem todas as con-dições de pleitear e conquistar areeleição.

IRRIGAÇÃOEntrevistado ontem no Jornal

das Seis, da 96 FM, Ricardo Mottarelatou providências que estãosendo tomadas cobradas pelos par-lamentares em relação aos efeitosda seca. Motta recebeu sugestãodo jornalista e presidente daANORC, Marcos Aurélio de Sá,para estabelecer algum tipo de le-gislação que possa tornar compul-sória, uma parcela da energia eó-lica produzida no RN, para irriga-ção. O presidente da Assembleiagostou da idéia e ficou de imple-mentá-la.

CALAMIDADEEssa história do Governo do

Estado decretar estado de calami-dade pública em relação a seca,cheira mais a busca por facilidadesburocráticas para fugir da fiscaliza-ção do dinheiro utilizado. Afinal,essa 'solução' foi utilizada na saúdepública e não resolveu o problema.

FAVORITOAeleição para procurador geral de

Justiça, ocorre nesta sexta-feira. NoRN, estão aptos 234 promotores e pro-motoras. A disputa será entre OscarRamos e Rinaldo Reis. O favoritis-mo é de Rinaldo, pois não é o candi-dato da situação, mas recebe apoio devários integrantes da atual gestão.

NULIDADEMuitos não esperavam, mas o

CNJ confirmou a nulidade da elei-ção fechada que escolheu o novodesembargador pelo quinto cons-titucional. O TJRN se desgastou

desnecessariamente por fazer umavotação secreta e sem fundamen-tar o voto. Se desgastou ainda maisao insistir no erro, confrontando oConselho Nacional de Justiça comargumentos frágeis.

VOTAÇÃOApós a decisão do CNJ, o Tri-

bunal de Justiça do RN terá querealizar nova votação; desta vez,será aberta e com os argumentos decada um para escolher este ou aque-le futuro desembargador. Quem as-sumiu compromisso e não pôdecumprir da outra vez, terá que re-pensar o que fazer.

NOVOO juiz Ibanez Monteiro é o

novo desembargador do TJRN, es-colhido pelo critério de mereci-mento, na vaga aberta com a apo-sentadoria de Rafael Godeiro. Umnome bom, com imagem limpapara integrar o Tribunal.

PROTESTOEx-candidato a vereador em

Caicó, Cícero Vale, entrou em de-sespero com a situação da seca eprotestou de forma diferente. Car-regou seu carro com carcaças degado e despejou na frente da sededa Conab. O pior é que ele foipreso, algemado e levado à dele-gacia em um camburão. Quem de-veria estar preso fica solto.

PRESIDENTEO deputado Antonio Jácome

vai presidir o novo partido criadocom a fusão do PMN com o PPS.A legenda vai fazer oposição aoGoverno da presidente Dilma.

OPÇÃOEm função do direcionamento

da nova sigla, e pelo fato de Jáco-me assumir a presidência, o cami-nho do deputado Ricardo Mottadeverá mesmo ser assinar a fichano PP, presidido por Rafael Motta.

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

Uma cena insólita, mas que de-monstra o nível de desespero dosagricultores como consequência dafalta de água no Rio Grande doNorte. Na manhã de ontem, o agri-cultor Cícero Vale foi detido pelaPolícia Militar ao depositar carca-ças de gado em frente ao prédioda Companhia Nacional de Abas-tecimento (CONAB), em Caicó. Oagricultor queria protestar contraa falta de apoio do governo fede-ral ao homem do campo neste pe-ríodo de seca.

As fotos que ilustram esta ma-téria foram retiradas de uma repor-tagem e de um vídeo que se encon-tra na internet, que flagra a ação deCição, bem como a reação da po-lícia. Pessoas que estavam próximasficaram indignadas com a repressãopolicial. Segundo o policial militarHudson Stopelli, ao jogar a carca-ça na via pública o agricultor esta-va praticando vandalismo. Aindaassim, ele não chegou a ser preso,mas, detido e, ao ser levado para adelegacia, foi, logo em seguida,posto em liberdade.

"Enquanto ele estava fazendoum protesto em carro de som, oucom o carro parado aqui na frente,tudo bem. Mas quando ele partiupara o vandalismo, jogar carcaça deanimal morto na via e na calçada de

um órgão federal, então a gente teveque o conter. Ele não foi preso, foiconduzido para a delegacia. Apesarde ele ter mandado a gente prender,nós não o prendemos. Levamos paraa delegacia", explicou Stopelli. Ciçãofoi algemado e colocado dentro docamburão da Polícia.

O agricultor Francisco das Cha-gas "Miguelinho" considerou "injus-ta" a prisão de Cição Bandido. "Nós,produtores, estamos prejudicados emuito. Porque a CONAB assumepara a gente que vai chegar com omilho e tal dia o milho não chega.

Cição foi preso e acho isso uma in-justiça. Porque ele está falando pornós", afirmou o agricultor.

Miguelinho acusou a CONABde favorecer terceiros em desfavordele. "Em São José de Seridó temum barbudo lá que recebe milhotodos os meses. E faz três mesesque não recebi um saco". Ele disseainda que os agricultores estão semobilizando para protestar. "Nósestamos nos mobilizando e o bichovai pegar", ameaçou. "Nós fize-mos (manifestação) em CurraisNovos, vamos fazer aqui em

Caicó", disse. Entrevistado, Cição se pronun-

ciou sobre o ocorrido. Ele disseque, para fazer seu protesto, se ba-seou em uma manifestação pareci-da ocorrida na Paraíba. "Não acon-teceu em Caicó, mas na Paraíba jáestá acontecendo. De jogarem car-caça no Banco do Nordeste e Ciçãovai levar as carcaças para jogar emfrente à CONAB, para chamar aatenção para esses políticos pode-rosos porque há um ano que nãoexiste distribuição desse milho",apontou o manifestante.

Cição Bandido defendeu ohomem do campo, que sofre coma falta de água. "Eu estava a favordo homem do campo e do agricul-tor, lutando e vou lutar pelo agri-cultor". Ele declarou que essa jo-gada de carcaça foi apenas um testee que não há mais como este naregião porque o povo tem medo. "Opovo estava com medo, porque euia jogar a carcaça e o povo de Caicóé meio mole, mas Cição já estácom a família criada, tem coragem,e essa coragem dele aconteceu naprisão de Cição". Ele concluiu des-

tacando que foi bem tratado na de-legacia. "Estou muito bem, não mejudiaram, só me algemaram e trou-xeram aqui para a delegacia".

CONABO superintendente da CONAB

no RN, João Maria Lucio, foi pro-curado pela reportagem de O Jor-nal de Hoje, para falar sobre a po-sição da CONAB em relação aoocorrido. No entanto, o telefone sóchamou e até o fechamento destaedição não houve retorno.

O líder do governo Rosalba naAssembleia Legislativa, deputadoestadual Getúlio Rego (DEM), disseque os estados da Bahia e de Ser-gipe, administrados pelo PT do de-putado Fernando Mineiro, tambémpassam pelos mesmos problemasque o Rio Grande do Norte. Mi-neiro disse ao Jornal de Hoje, nestaterça-feira, que existe uma 'seca deiniciativas e de gestão' do governodo DEM para lidar com a estiagem.

"Respondo a acusação de Mi-neiro com uma pergunta: Será quena Bahia, que é administrado peloPT, é falta de gestão?", respondeuGetúlio, apontando que, naqueleestado, cerca de 100 municípios jáfazem racionamento de água emrazão da estiagem. "É muito con-fortável criticar por estar na oposi-ção, mas o partido dele é governoem Sergipe e na Bahia, estados donordeste que estão enfrentando amesma dificuldade que o RN", sa-lientou Rego.

O problema, na visão do lídergovernista na Assembleia Legisla-tiva, é a gravidade da situação, queafeta todo o Nordeste e que impõedecisões coletivas dos três entes fe-derados, seja da União, dos Estados

e dos municípios. "Mesmo assim,as dificuldades serão muito grandesporque os projetos do governo fe-deral para a seca e a liberação derecursos estão sendo a conta-gotas",apontou, responsabilizando, emparte, o governo federal, pelas di-ficuldades do sertanejo, dos pecua-ristas e dos projetos de irrigação.

Por essas razões, Getúlio de-fende como "indispensável" a ins-tituição da calamidade pública.Atualmente, o decreto da governa-dora Rosalba Ciarlini põe o RioGrande do Norte em "estado deemergência". "Na situação da secaé absolutamente indispensável quehaja um mecanismo de enfrenta-mento da calamidade. A situação éde crescente dificuldade, e lógicoque temos o desafio de tentar via-bilizar uma obra emergencial", de-fendeu o deputado.

A obra emergencial, de acordocom Getúlio, é a construção de umabarragem expressa de Santa Cruzpara Pau dos Ferros. "Se não cho-ver até junho, para abastecer a bar-ragem de Pau dos Ferros, toda aregião oeste vai entrar em colapso.Terá que ser carro pipa partindo deNova Cruz, mais de 70 km, para

Pau de Ferros. Teremos que trans-portar carros pipa por distancias demais de cem quilômetros", frisou.

Segundo Getúlio, uma obradessas tem custo elevado e impõea participação dos governos fede-ral, estadual e de todos os muni-

cípios da região. "Só poderá serfeita num prazo de seis meses sefor desburocratizado, do contrá-rio não tem como fazer". Na ava-liação do parlamentar, a obra es-tava prevista no projeto original dabarragem do Alto Oeste, mas foi

ela retirada em função da transpo-sição do Rio São Francisco. "Masninguém pensou que seriam doisanos de seca. A Transposição estálenta e não tem expectativa de queseja entregue em pelo menos cincoanos. Temos que buscar alternati-

vas". Getúlio ressaltou que boa parte

dos municípios não tem água. "Nósjá temos circulando um número re-corde de carros pipa no estado. Sea obra da barragem expressa forfeita, vamos suavizar o abasteci-mento no Alto Oeste, porque a adu-tora está pronta, beneficiando a par-tir de Pau dos Ferros muitos muni-cípios da região. Infelizmente,houve frustração de inverno e es-tamos fazendo oração para quechova".

Ainda segundo o deputado doDEM, a emergência do ponto devista do rebanho é mais dramática,já que parte considerável dos ani-mais morreu. "Estamos vendo a di-minuição dos projetos de irrigaçãopor conta da depressão do lençolfreático. Em Baraúna, 48 projetosde irrigação foram desativados porfalta de água, porque secarampoços. Quem compra ração para orebanho, como eu que tenho algu-mas cabeças de gado, já tem difi-culdade. Triplicou o preço e temosdificuldade de encontrar ração. Vaiser outro desafio".

Agricultor é detido em Caicó ao jogarcarcaça de animal em frente à CONAB

Getúlio Rego: “PT administra Bahia e Sergipee passa pelos mesmos problemas da seca”

Fotos foram retiradas de uma repor tagem e de um vídeo que se encontra na internet, que flagra a ação de Cição, bem como a reação da polícia. Pessoas ficaram indignadas com a repressão policial

CÍCERO VALE QUERIA PROTESTAR CONTRA A FALTA DE APOIO DO GOVERNO FEDERAL AO HOMEM DO CAMPO DURANTE A SECA

Getúlio: "Respondo a Mineiro com uma pergunta: Será que na Bahia, que é administrado pelo PT, é falta de gestão?"

Fotos: Reprodução/TV Seridó

Wellington Rocha

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

Eduardo Campos guerreia em etapas moduladas. Ora,

fustiga; ora, põe panos quentes. Ontem, na capital do país,

elevou o tom do desabafo – não o da voz – ao comentar o

que chama deturpação dos fatos.

A primeira observação foi referente à senhora Rousseff:

“O PSB não deve nada a Dilma.”

– Como assim, governador? – questionou uma repórter,

tão atenta quanto mordaz.

Resposta do provável candidato ao Palácio do Planalto:

“Nós somos credores dela. Em 2010, abrimos mão de uma

candidatura competitiva (*), como mostravam as pesquisas,

para ajudá-la a ganhar a eleição.”

– O senhor, então, está livre para desafiá-la no próximo

ano...

... sinceramente, não sei...

... mas, a sua candidatura está posta....

... você é quem está falando.

n n n

Todos os jornalistas que participaram da conversa infor-

mal insistiram na abordagem do que é previsível, conforme

o dia a dia do noticiário e dos comentários de políticos de

longo curso. Senadores que almoçaram e os que jantaram,

ontem, com Eduardo Campos estão convencidos que o per-

nambucano assumiu o projeto presidencial.

“Vai dar trabalho”, afirma o dilmista Gim Argello, líder do

PTB no Senado.

n n n

(*) A referência é a respeito de Ciro Gomes. Ele não de-

sistiu por vontade própria. Foi forçado. O PSB, presidido por

Eduardo Campos, aliou-se a Lula da Silva, então no Planal-

to, para tirar o postulante do palco. Hoje, Ciro e Cid, seu

irmão governador do Ceará, ambos (ainda) do socialismo na-

tivo, atuam contra Campos no partido e na base parlamen-

tar. Lula repete o jogo, agora contra o novo pretendente. Na

ação nada discreta tem cumplicidade da recandidata Dilma

Rousseff.

O dia da negação

t Mais um motivo de ir-ritação de José Serra. Oex-governador de SãoPaulo queria a presidên-cia nacional do PSDB,mas foi mandado a es-canteio Quem ganha ocargo é o senador minei-ro Aécio Neves, virtualcandidato ao Palácio doPlanalto.t Será em São Paulo, dia29, o lançamento da Fren-te Parlamentar Mista doVarejo e Atacado. O depu-tado Antonio Balhmann(PSB-CE) vai presidir o co-legiado.t Na base do petismo,José Dirceu, ídolo dosradicais, mantém espa-ços. Mas, na cúpula, por

causa do fuzuê em quemenvolveu o ministro LuizFux, do Supremo, per-deu influência. Bastan-te.t Regina Dunlop é a novaembaixadora do Brasiljunto à missão da ONU emGenebra (Suíça).t Beto Vasconcelos é onome do momento parasuceder a Luís InácioAdams na Advocacia-Geral da União.t Para refletir: “Há pes-soas que transformam osol numa simples manchaamarela, mas há aquelesque fazem de uma simplesmancha amarela o própriosol” (Pablo Picasso, artis-ta plástico espanhol).

O ALVO NATURALÁlvaro Dias (foto) fala da leniência do governo no trato

da inflação.O senador, apoiado em dados do IBGE e da Funda-

ção Getúlio Vargas, destacou o índice crescente do custode vida.

Ele advertiu sobre o “imposto perverso que corrói opoder de compra do brasileiro” e o reflexo negativo na eco-nomia nacional, “um dos menores PIBs dos países emer-gentes”.

n n n

Dias, tucano do Paraná, estado que governou, diz-sedecepcionado com a presidente Rousseff.

Palavras dele: “Ela prioriza a campanha de reeleiçãoem vez de rever os erros administrativos cometidos desdea chegada ao poder.”

FALTOU O REMATELula da Silva tem razão, sim; mas, pela metade.

Segundo o ex-presidente da República, “um tomatezinho

não quebra a economia de um país”.

n n n

Esqueceu, todavia, de um adendo ao comentário.

A ambiguidade da política econômica, que impede a es-

calada progressiva da indústria, e os gastos perdulários do

governo Rousseff desenham cenário de risco.

Deputados unem-se por açõesemergências de combate à seca

Comissão da Câmara flagrabancos desrespeitando clientes

ASSEMBLEIA CRIA FÓRUM PERMANENTE DE DEBATES SOBRE A REGIÃO DO SEMI-ÁRIDOJOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

A criação de um fórum perma-nente de debates sobre a região dosemi-árido com a participação desegmentos do setor produtivo é pro-posta do presidente da AssembleiaLegislativa, deputado RicardoMotta, que segundo ele, terá parti-cipação de representantes empre-sariais, trabalhadores, instituiçõesgovernamentais e bancos oficiais,todos envolvidos com a problemá-tica da seca. "Diariamente, ouvi-mos relatos de deputados sobre a si-tuação de dificuldades que se apre-senta em todo o Estado decorrenteda seca. Fomos procurados por re-presentantes de entidades ligadasao homem do campo, aos produto-res rurais e resolvemos encamparessa luta", disse o presidente, acres-centando que o objetivo é defendera execução de ações estruturantesem três frentes: financiamento, águae alimento para o rebanho.

Ricardo Motta disse que a ini-ciativa é importante para reunir for-ças do Poder Legislativo Estaduale da bancada federal para conse-guir a agilização na liberação derecursos e efetivação de medidasque possam melhorar a convivên-cia com a seca. Recentemente, osparlamentares estaduais e secretá-rios de Estado reuniram-se com opresidente da Câmara Federal, de-putado Henrique Eduardo para ava-liação das pendências que existemcom relação a obras e liberação derecursos para o Rio Grande doNorte visando amenizar a grave si-tuação dos produtores no interior doEstado. Entre as obras pendentesestão as do PAC Seca com 75 mi-

lhões de reais que ainda não foramliberados para adutoras e recupera-ção de barragens.

Outra reivindicação dos parla-mentares norte-rio-grandenses é aliberação de 14 milhões de reais doMinistério da Integração Nacionaldestinados à instalação de poçostubulares. Consta na estatística go-vernamental que no Rio Grande doNorte têm 1.300 poços entre soli-citados e já perfurados e 847 pron-tos para serem instalados.

SUGESTÕES DE GUSTAVOOs eventos da seca em diversos

municípios do Rio Grande do Nortemotivou o deputado Gustavo Car-valho, do PSB, a apresentar suges-

tões na tentativa de minimizar oproblema, entre elas, colocar emfuncionamento poços tubulares jáperfurados, perfurar novos poços,aumentar o programa do leite, cons-truir mais cisternas e criar uma fren-te parlamentar para o trabalho dedesassoreamento e limpeza de açu-des.

O parlamentar sugere ainda,que o Banco do Brasil e Banco doNordeste também participem dosdebates sobre a problemática daseca, já que são os maiores forne-cedores de créditos para os produ-tores. "Esse assunto é debatido aquina Assembleia Legislativa quasetodos os dias, mas é preciso eu per-maneçam discutindo em função da

gravidade do problema. Propomosque o Governo do Estado anuncieum plano emergencial com fórmu-las exequíveis", disse o deputado.

O problema da seca foi levadopara debate na Assembleia Legis-lativa, também pelos deputados,Vivaldo Costa, Tomba Farias e La-rissa Rosado., todos destacando aimportância do tema e a participa-ção do presidente da Casa, deputa-do Ricardo Motta, no sentido de li-derar um movimento de apoio aohomem do campo que vive um mo-mento de dificuldades em razão daseca, considerada uma das pioresdos últimos anos.

Motta: “Ouvimos relatos de deputados sobre a situação de dificuldades que se apresenta em todo o Estado decorrente da seca”

Os vereadores Fernando Luce-na (PT), presidente da Comissão deDefesa do Consumidor, FranklinCapistrano (PSB) e Eudiane Mace-do (PHS), realizaram visita de ins-peção ao Banco do Brasil, BancoItaú e Caixa Econômica Federal paraverificar se essas instituições estãocumprindo as leis municipais sobreo funcionamento dos respectivosbancos nos serviços prestados à po-pulação, notadamente a lei que de-termina o tempo mínimo de 30 mi-nutos para atendimento aos clientese a lei que estabelece aposição de umtapume para proteger o cliente nomomento da operação financeira noscaixas. "Visa diminuir o delito po-pularmente conhecido como pega-dinha. Além da lei que estabelece ainstalação de toalete para o público",esclarece o vereador Franklin Ca-

pistrano. Segundo o vereado do PSB,

foram notificados dois bancos pornão ter cumprido as leis. "Os fia-cais do Procom Municipal que se

faziam presentes nas visitas notifi-caram as institutuições que deverãopagar multas pecuniárias", observao vereador, acrescentando que a prá-tica será sequenciada nos próximos

dias para fazer cumprir a lei, segun-do ele, atendendo pedido da popu-lação natalense que paga imposto equer ter seus direitos assegurados.(JP)

O Deputado Antônio Jácome,presidente estadual do PMN - Par-tido da Mobilização Nacional, par-ticipou de uma reunião extraordi-nária com o diretório nacional dopartido, em Brasília, onde 46 dos55 integrantes do diretório aceitou

a fusão com o PPS - Partido Popu-lar Socialista e passam a se chamarMD - Mobilização Democrática.

Na reunião, finalizada nesta ma-drugada, ficou decidido que a pre-sidência do novo partido no RN con-tinuará com Jácome. Hoje a tarde

acontecerá o congresso extraordi-nário entre os integrantes das duassiglas.

Confirmada a fusão, o novo par-tido terá 14 deputados federais (11do PPS mais 3 do PMN).

Mas esse número poderá au-

mentar, já que deverá ser aberta uma"janela" de um mês para possibili-tar a outros parlamentares migra-rem para a nova sigla sem perde-rem seus mandatos. A expectativa écompor uma bancada com pelomenos 20 deputados federais.

> FUSÃO PMN E PPS

Nova sigla será presidida por Antonio Jácome

Antônio Jácome é deputado estadual e era presidente do PMN no Rio Grande do Norte

Vereador Fernando Lucena é um dos membros da Comissão Franklin Capistrano (PSB) também participou de fiscalização

Wellington Rocha

Wellington RochaJosé Aldenir

Arquivo

Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 17 de abril de 2013Política

Rosalba é investigada pela Justiça Eleitoral e pode ficar 8 anos inelegívelGOVERNADORA FOI INCLUÍDA OFICIALMENTE NO PROCESSO QUE APURA CONDUTA VEDADA NA ELEIÇÃO DE MOSSORÓ

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

Agora é oficial: a governadoraRosalba Ciarlini, do DEM, faz partedo processo eleitoral que apura pos-síveis práticas vedadas ocorridas naeleição de Mossoró em 2012 e quebeneficiaram os então candidatosCláudia Regina, também do DEM,e Wellington Filho, do PMDB, elei-tos prefeita e vice, respectivamen-te. E, dessa forma, além de correr orisco de ver a "afilhada política" per-der o cargo eletivo no Tribunal Re-gional Eleitoral (TRE) por ações porela praticada, Rosalba ainda correo risco de ficar inelegível por oitoanos, baseado na Lei da FichaLimpa.

Isso porque nos recursos contraa expedição do diploma (RCED),movidos pela coligação de LarissaRosado, do PSB, candidata derrota-da para Cláudia Regina no pleito deoutubro passado, e pelo MinistérioPúblico Eleitoral (MPE), são solici-tadas as cassações da prefeita e dovice. Consequentemente, agora fa-zendo parte do processo como litis-consorte passivo, Rosalba não perdeo cargo de governadora, mas podeficar também na condição de inele-gível, em caso de condenação pelocolegiado eleitoral.

Segundo o advogado Fábio Hol-landa, especialista em Direito Elei-toral e ex-juiz eleitoral do TER ou-vido pel'O Jornal de Hoje para co-mentar essa "inclusão", a entrada dagovernadora na ação acrescenta,também, o direito de ampla defesae do contraditório por parte da ges-tora estadual. "Ela poderá agora sedefender da ação, o que era obvio,

afinal, se a acusação é de que ela pra-ticou a infração no período eleitoral,ela tinha que ter o direito a se defen-der", analisou Fábio Hollanda,

O problema é que se a inclusãode Rosalba Ciarlini tem um "bônus"para ela no processo, há também apossibilidade de um considerável"ônus" na ação. "O RCED já tem tra-mitação no Tribunal Regional Elei-toral e, dessa forma, se Rosalba Ciar-lini conseguir provar que não prati-cou as infrações eleitorais, ela ino-centa também Cláudia Regina e Wel-lington Filho. Contudo, se o Tribu-nal entender que houve as práticasirregularidades, aí todos são conde-nados, inclusive ficando inelegíveis",analisou o advogado Fábio Hollan-

da, ressaltando que não sabe se háno processo específico provas sufi-cientes ou não para condenar ou ino-centar Cláudia Regina, WellingtonFilho e, agora, Rosalba Ciarlini.

É importante lembrar que aRCED é quase uma "cópia" comacréscimos da ação que já resultouna cassação de Cláudia Regina eWellington Filho na 33ª zona elei-toral, justamente, por conduta ve-dada praticada por Rosalba Ciarli-ni em benefício da prefeita do DEM.No caso dessa ação, no entanto, asentença do juiz eleitoral HervalSampaio foi anulada por outro juizeleitoral, Pedro Cordeiro, justamen-te por Rosalba Ciarlini não ter sidocitada no processo.

É importante esclarecer, porém,que a tramitação do RCED não temrelação com a da ação na zona elei-toral. Na verdade, o recurso é umaestratégia utilizada pelos autores doprocesso para que ele tenha trami-tação mais rápida, uma vez que elejá "nasce" no Tribunal Regional Elei-toral.

No caso do RCED, o juiz rela-tor do processo, Verlano Medeiros,colocou em despacho publicado peloTRE que "compulsando os autos,especificamente recursos contra ex-pedição de diploma manejado peloMinistério Público Eleitoral, pelaFrente Popular Mossoró Mais Felize pelo Partido Socialista Brasileiro(PSB) verifico que muitos dos fun-

damentos ali descritos dizem res-peito à prática de condutas vedadasatribuídas à governadora do Estadoenquanto agente público".

Dessa forma, segundo VerlanoMedeiros, "considerando a possibi-lidade de a esfera jurídica da chefedo executivo estadual ser atingida aofinal do processo, entendo pertinen-te determinar sua citação pessoalpara que, no prazo de três dias, possaapresentar defesa e especificar asprovas que pretende produzir, à luzdo entendimento predominante noTribunal Superior Eleitoral (TSE),nos termos do julgamento proferi-do no recurso ordinário número1696-77/2010".

Para fundamentar seu despacho,Verlano Medeiros coloca que o"agente público, tido como respon-sável pela prática da conduta veda-da, é litisconsorte passivo necessá-rio em representação proposta con-tra eventuais beneficiários". É im-portante lembrar que apesar de sóagora fazer parte do processo, Ro-salba Ciarlini já foi convocada hábem mais tempo a apresentar ex-plicações para as denúncias forma-lizadas pelos advogados de LarissaRosado - e também pelo MinistérioPúblico.

A intenção do juiz é ter explica-ções e justificativas que o permitamanalisar com mais informações arespeito. Em contato com o TRE,O Jornal de Hoje conseguiu a infor-mação de que parte dessas justifica-tivas já foram enviadas pelo Gover-no do Estado e, também, pela Pre-feitura de Mossoró, que tambémteria beneficiado a então candidataCláudia Regina.

Rosalba Ciarlini teria usado, segundo a denúncia, a máquina pública estadual para beneficiar sua candidata, Cláudia Regina

LEI DA FICHA LIMPA

ART. 1º SÃO INELEGÍ-VEIS:

XIV - julgada proceden-te a representação, aindaque após a proclamaçãodos eleitos, o Tribunal decla-rará a inelegibilidade do re-

presentado e de quantos

hajam contribuído para a

prática do ato, cominando-

lhes sanção de inelegibilida-

de para as eleições a se

realizarem nos 8 (oito) anos

subsequentes à eleição em

que se verificou, além dacassação do registro ou di-ploma do candidato direta-mente beneficiado pela inter-ferência do poder econômi-co ou pelo desvio ou abusodo poder de autoridade oudos meios de comunicação,determinando a remessados autos ao Ministério Pú-blico Eleitoral, para instau-ração de processo discipli-nar, se for o caso, e de açãopenal, ordenando quaisqueroutras providências que aespécie comportar; (Reda-ção dada pela Lei Comple-mentar nº 135, de 2010)

Em uma votação como se deveser, segundo o Conselho Nacional deJustiça (CNJ), ou seja, aberta e fun-damentada, o juiz Ibanez Monteirofoi escolhido o novo desembargadordo Tribunal de Justiça do Rio Gran-de do Norte (TJRN), na vaga deixa-da com a aposentadoria de RafaelGodeiro, que completou 70 anos emmarço e se l. A votação foi feita namanhã de hoje e, na análise dos de-mais membros da Corte Potiguar, Iba-nez obteve 92,43 pontos, sendo o demaior média entre os concorrentes.

Com essa votação, inclusive, aescolha do novo desembargador den-tre os juízes do TJ acaba passandona frente da escolha do novo magis-trado da Corte Potiguar por meio doQuinto Constitucional, que come-çou ainda em 2012, com a aposen-tadoria de Caio Alencar, mas até omomento não foi concluída. No iní-cio da tarde de terça-feira, inclusi-ve, o processo de escolha da listatríplice foi anulada pelo CNJ, que de-terminou uma nova votação entreos advogados, de forma aberta e fun-damentada - foi feita até de formaaberta, mas secreta.

Com relação a escolha de juiz,é importante lembrar que IbanezMonteiro já vinha sendo apontadocomo o favorito, sobretudo, por játer participado diversas vezes daCorte como juiz convocado e, tam-bém, ter uma publicidade conside-rável em decisões polêmicas, sobre-tudo, contra o Estado com relaçãoa falta de serviços de saúde públi-ca.

Por sinal, foi Ibanez Monteiro,titular da 2ª Vara da Fazenda Públi-ca de Natal, que condenou o ex-go-vernador Fernando Freire ao paga-mento de R$ 16,5 milhões, sendo R$11 milhões a título de ressarcimen-to de dano ao erário estadual; e R$5,5 milhões relativo ao pagamentode multa civil. A decisão do magis-trado foi relativa a concessão de gra-tificações de gabinete, na época emque era chefe do Executivo, a pes-soas estranhas aos quadros do fun-cionalismo público.

Mesmo assim, essa foi a tercei-ra vez que Ibanez Monteiro entrana disputa. Desta vez, o cargo foi dei-xado vago após a aposentadoria dodesembargador Rafael Godeiro. Nas

oportunidades em que concorreu navotação, o juiz integrou a lista trípli-ce, o que lhe dava preferência naeleição desta quarta-feira.

De qualquer forma, segundo o

TJ, 15 juízes se inscreveram paraocupar a vaga, que pertencia ao de-sembargador Rafael Godeiro, apo-sentado no início de fevereiro. Oeleito terá 30 dias para tomar posse.

Em cada escrutínio, o primeiro avotar para a escolha do primeiro,segundo e terceiro colocado da listatríplice será sempre o presidente daCorte, desembargador Aderson Sil-

vino. Também caberá ao dirigentemáximo do Poder Judiciário do RioGrande do Norte, a nomeação donovo desembargador.

Este tipo de eleição, que envol-ve promoção de juiz do 1º para o 2ºgrau da Magistratura Estadual, é re-gida pela Resolução nº 106/2010 doConselho Nacional de Justiça (CNJ).Outra Resolução, a 64/2008 do Tri-bunal também disciplina esta ques-tão. A inscrições dos magistradosque concorrem a esta vaga começa-ram a ser feitas em 18 de fevereiropor meio de requerimento dirigidoà Presidência do TJRN. Para a apu-ração do merecimento, o juiz preci-sa ter dois anos de exercício na 3ªEntrância, mais elevada posição no1º grau de jurisdição, e integrar aprimeira quinta parte da lista de an-tiguidade entre os concorrentes.

Na votação da Corte, Ibanez ob-teve 92,43 pontos na disputa com osdemais juízes inscritos para a vaga.O segundo colocado foi CornélioAlves, com 90,90 e o terceiro foiFrancisco Seráphico, com 89,73pontos.

> PROMOÇÃO

Ibanez Monteiro é eleito novo desembargadordo TJ/RN em votação aberta e fundamentada

CNJ anula votação do Quinto e TJ promete realizar nova escolha

Ibanez Monteiro, da 2ª Vara da Fazenda Pública, tem atuação de destaque, sobretudo, em processos referentes à saúde

Enquanto o juiz Ibanez Mon-teiro foi elevado a condição de de-sembargador, o Quinto Constitu-cional segue indefinido. Ou me-lhor, voltou para a lista sêxtupla,uma vez que a lista tríplice, defi-nida pelo pleno do Tribunal de Jus-tiça foi anulada na sessão de terça-feira do Conselho Nacional de Jus-tiça.

Por maioria simples, os conse-lheiros acompanharam o voto dorelator, Jefferson Kravchychyn, pe-dindo a anulação pelo fato dos de-sembargadores terem votado paraos seus advogados favoritos na dis-puta de forma secreta e, conse-quentemente, sem fundamentação.

Antes de colocar a questão empauta, o presidente do CNJ e dasessão, o ministro Joaquim Bar-bosa colocou em votação a com-petência do Conselho sobre o mé-

rito, tendo em vista a solicitaçãodo advogado Alberto Pavie Ribei-ro. Na ocasião, o advogado citouque a decisão anterior em suspen-der a votação não caberia ao CNJ,pois o nome de Glauber Rêgo játinha sido escolhido pela gover-nadora Rosalba Ciarlini, portanto,seria a interferência em um ato doPoder Executivo.

Depois da votação, o CNJainda sugeriu uma regulamenta-ção nacional para a escolha de de-sembargadores, de acordo com oQuinto Constitucional. O pedidoé para que todos os tribunais esta-duais decidam pelo voto aberto enominal.

Ao saber da definição do CNJ,o Tribunal de Justiça do RN nãoteve dúvidas em confirmar que vaicumprir a determinação, mas sódefinirá a data da nova votação

quando for notificado oficialmen-te da decisão do Conselho. Inde-finida, também, está a atitude doadvogado Glauber Rêgo, que quan-do o processo foi anulado já haviasido o escolhido da governadoraRosalba Ciarlini para ocupar ocargo de desembargador.

"Eu acho que perdeu o objeto,uma vez que esse mandado de se-gurança era referente a decisão li-minar. Na verdade, não sei aindacomo vamos fazer. Vou conversarcom meu advogado para ver qualo melhor caminho. Talvez um novomandado de segurança no STFsobre esse caso. Não sei", afirmouGlauber Rêgo, que ainda não sabe,exatamente, como foi definida adecisão do pleno do CNJ. "Na ver-dade, não fui parte do processo,mas fui o maior prejudicado",acrescentou. Glauber Rêgo: “Vou conversar com meu advogado para ver qual o melhor caminho. Talvez um novo mandado de segurança”

José Aldenir

Wellington Rocha

Divulgação

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Cidade

GÉSSICA RIBEIRO

[email protected]

Cerca de 67 mil inscrições parao Programa Minha Casa MinhaVida foram suspensas pela Prefei-tura de Natal. A Portaria foi assi-nada na última segunda-feira (15)pelo secretário municipal de Ha-bitação, Regularização Fundiária eProjetos Estruturantes (Seharpe),Homero Grec, e publicada no Diá-rio Oficial do Município destaquarta-feira (17).

A decisão é referente às ins-crições realizadas em 2009, nasquais foram cometidas, segundo oatual titular da Seharpe, diversasirregularidades pela gestão muni-cipal daquele período. Um dosprincipais motivos para a suspen-são dos cadastros foi a falta de in-formações sobre os candidatos, oque impossibilitou a gestão atualde dar continuidade ao Programa.

De acordo com o secretárioHomero Grec, equívocos adminis-trativos cometidos pela gestão daex-prefeita Micarla de Sousa cau-saram o problema que obrigou agestão atual a tomar esta medidaextrema. "Não temos um banco dedados para ter o controle dos can-didatos e sem essas informaçõesnão podemos classificá-los e par-tir para as próximas etapas do Pro-grama. O que aconteceu foi queem 2009, a Prefei-tura contratou umaempresa para serresponsável pelocadastramento, masnão abriu processoadministrativo paraisso, e conseqüen-temente, não pagouà empresa. Sem re-ceber, a prestadorado serviço cortou ovínculo com a Pre-feitura, levando consigo todos osdados sobre o processo, inclusiveinformações básicas sobre os can-didatos. Se não fosse por essa de-sorganização, não estaríamos comesse problema e com certeza nãoprecisaríamos suspender a inscri-

ções. Mas diante dessas circunstân-cias, não temos escolha", explicouo secretário.

Outros fatores que levaram àsuspensão dos cadastros foi o des-cumprimento das principais regrasda normativa do Programa. A se-leção realizada em 2009 permitiuo cadastro de famílias com rendamensal superior a três salários mí-

nimos, indo de encontro à regrabásica para inserção no Programa.Também foram liberadas as ins-crições de pessoas que moram emoutros lugares do país, compro-metendo a redução do déficit ha-bitacional local, que é uma dasprincipais vertentes do Minha Casa

Minha Vida.Com a suspensão das inscri-

ções, a Prefeitura terá que reiniciartodo o processo, abrindo cadastro

de candidatos,mesmo sem saberquais famílias jáestavam inscritasanteriormente.Assim, as pessoasque, em maio de2009, enfrenta-ram filas, passa-ram dias no sol edormiram na ruapara garantir umaficha de inscrição,

sonhando com a casa própria, nãoterão o lugar garantido, pois asinscrições serão abertas novamen-te para toda a população, e outrasprioridades podem surgir dentrodas normativas do Programa.

Apesar dos transtornos que a

suspensão irá causar entre a po-pulação, o titular da Seharpe, Ho-mero Grec, afirma que não have-rá grandes prejuízos para a popu-lação, pois a Secretaria seguirá oprevisto na normativa. O secretá-rio de Habitação garante que embreve as inscrições serão abertas.

"A população não deve se preo-cupar, pois não haverá nenhumrisco de ingerência ou descumpri-mento das regras. Sabemos quetoda essa mudança trará prejuízosà Prefeitura no sentido de termosque eliminar todos os processosanteriores e começar do zero, o

que além de tudo, ainda vai gerarmais custos à Prefeitura. Pedimospaciência à população, mas esta-mos tentando resolver essa situa-ção o quanto antes, e em maio,provavelmente daremos início àsnovas inscrições", afirmou o se-cretário Homero Grec.

A possibilidade da incidênciade chuvas fortes em Natal, e depossíveis transtornos em algumasáreas de risco para a população,requer uma ação preventiva e emer-gencial conjunta a ser adotada porórgãos da administração munici-pal. Na manhã desta quarta-feira,representantes das secretarias deMeio Ambiente e Urbanismo, Ser-viços Urbanos, Mobilidade Urba-na, Trabalho e Assistência Social,Saúde, Obras Públicas e Infraes-trutura, além da Urbana, orientadospela Defesa Civil da Secretaria Mu-nicipal de Segurança Pública e De-fesa Social (Semdes), discutiramum cronograma de ações visandoatuação em áreas de risco.

A fim de evitar o transbordodas lagoas de captação, enchentese consequentes riscos às residênciaslocalizadas no entorno dessas la-goas, o grupo montará uma força-tarefa para realizar vistorias e lim-pezas efetivas nas áreas. Com ocronograma de ações, a ideia é prio-rizar os locais de alto risco, comoa do loteamento Nova República,na zona Norte de Natal. Entretan-to, em função da urgência das obraspara a Copa do Mundo, o trabalhodeverá ser iniciado pelas lagoas lo-calizadas no entorno do EstádioArena das Dunas.

Segundo Iang de Brito Chaves,representante da Semurb, as cinco la-goas que ficam próximas à constru-ção do Arena deverão ser vistoria-das quanto a limpeza e manutenção,para posterior liberação da obra dedrenagem. "Essa é uma ação quedeverá ser cumprida logo, por deter-minação da Procuradoria Geral doMunicípio (PGM). Para que a obrade drenagem seja iniciada, as lagoasdevem estar limpas", afirmou.

Em 2010, a pedido do Minis-tério Público, algumas secretariastiveram que se unir para fazer umdiagnóstico de cada lagoa de Natal."Com esse diagnóstico, foi solici-tado pelo órgão junto à Prefeituraa limpeza de todas as lagoas da ci-dade em um prazo de 15 dias. Parase ter uma ideia, passamos seismeses apenas na lagoa de São Con-rado", explanou Iang.

Segundo ele, a promotora doMeio Ambiente Gilka da Matapressionou a Procuradoria paracumprimento da determinação."Junto à Defesa Civil, estamosmontando essa comissão para darprocedimento à determinação.Após as lagoas do entorno doArena, seguiremos um calendáriodas seis áreas de maiores riscos deenchentes", disse.

O objetivo da força-tarefa pro-

movida entre os órgãos é fazer umlevantamento de todas as 63 la-goas da cidade, proporcionandouma ação preventiva. O secretárioadjunto de Defesa Civil e Recur-sos Humanos da Secretaria Muni-cipal de Segurança Pública e De-fesa Social (Semdes), Urbano Me-deiros, reforçou a importância de

um planejamento conjunto. "Essareunião hoje é para traçarmos umplano de ação, para atuarmos nasáreas de risco próximas as lagoas.Inicialmente faremos uma visita aessas áreas e depois a análise depossíveis desdobramentos. A pri-meira visita a ser agendada é noloteamento Nova República, na

Zona Norte de Natal", afirmou. Paralelo a esse momento, Ur-

bano Medeiros afirmou que a De-fesa Civil está com um Grupo deAção de Emergência já fazendovistorias em campo. "O papel daDefesa Civil é articular os órgãosna elaboração do plano de contin-gência, onde cada secretaria elen-

cará suas atribuições na ação emer-gencial. Além disso, planejaremosuma ação de sensibilização junto àpopulação com intervenção dopoder público".

Formado por 30 agentes patri-moniais, o grupo foi capacitadopela Cruz Vermelha, que ministrouo Curso Básico de Proteção de De-fesa Civil. Este é o primeiro grupoformado na capital com a respon-sabilidade de atuar em áreas derisco e de alto risco, especialmen-te no que se refere à prevenção,emitindo o primeiro sinal de aler-ta aos órgãos sociais, estruturantese de serviços urbanos, para que tra-gédias não ocorram.

O trabalho do Grupo de Ação deEmergência se caracteriza principal-mente pela fiscalização e monitora-mento de áreas de risco e de alto risco,como, por exemplo, em encostas emargens de lagoas, alertando os mo-radores dos riscos que correm per-manecendo na área, assim como de-senvolvendo um trabalho ambiental.

Ao primeiro sinal de que o pro-blema pode se agravar, o grupo acio-na as secretarias municipais envol-vidas na força-tarefa para que umaação efetiva seja desenvolvida antesque ocorra uma tragédia, como des-lizamentos e inundações em tempode chuva.

Prefeitura de Natal suspende inscriçõesdo Programa Minha Casa Minha VidaSUSPENSÃO

PUBLICADA NO

DIÁRIO OFICIAL

DE HOJE FOI

MOTIVADA POR

IRREGULARIDADES

COMETIDAS PELA

GESTÃO ANTERIOR

Em reunião, foi definido que limpeza será iniciada pelas lagoas no entorno do Arena das Dunas, em função das obras para a Copa

‘ ’“Em 2009, a Prefeitura contratou uma empresa para

ser responsável pelo cadastramento, mas não abriu processoadministrativo para isso, e conseqüentemente, não pagou àempresa. [...] Se não fosse por essa desorganização, não

estaríamos com esse problema”

HOMERO GREC

SECRETÁRIO DA SEHARPE

> PREVENÇÃO

Defesa Civil e secretarias discutem cronograma deações para áreas de encostas e margens de lagoas

Em maio de 2009, famílias enfrenta-ram longas filas e alguns chegaramaté a dormir no local para garantirinscrição no programa. Porém, coma suspensão, novas inscriçõesdevem ser iniciadas no próximo mês

Wellington Rocha

José

Ald

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José Aldenir

Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 17 de abril de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

nNa solenidade de abertura da última "Festa do Boi",maior exposição de animais e máquinas agrícolasdo Estado, em outubro passado, o então presidenteda Associação Norte-rio-grandense de Criadores(Anorc), Júnior Teixeira - atual secretário estadualda Agricultura, da Pecuária e da Pesca - pronunciouum discurso que foi considerado "quase uma agres-são" pelas autoridades governamentais presentes aoimportante evento.nEm seu pronunciamento, o dirigente ruralista apre-sentava uma radiografia da crise que estava se alas-trando pelo interior do Rio Grande do Norte, em con-sequência da seca que havia se configurado no se-miárido nordestino desde meados de março de 2012e que já implicava na carência de alimento e água paraos rebanhos em centenas de municípios da região. Aocorrência numerosa de mortes de animais já era vi-sível pelas beiras de estradas do interior, onde os cria-dores lançavam carcaças aos urubus.n Na ocasião, segundo garantem figuras impor-tantes da equipe da governadora Rosalba Ciarli-ni, criou-se uma situação constrangedora, já queo então secretário da Agricultura, deputado fede-ral Betinho Rosado, encarou o discurso de JúniorTeixeira como uma "crítica injusta" e uma "hos-tilidade ao governo".nMas... o que reivindicava o presidente da Anorc? n Ele, em nome da classe dos agropecuaristas, co-brava um plano emergencial de salvação do reba-nho, o qual, se houvesse sido elaborado e posto emprática, teria certamente evitado que chegássemosà triste realidade de hoje, quando se constata quepelo menos 40 por cento do gado bovino potiguarfoi dizimado pela fome e, o que resta, não estálivre de perecer caso a estiagem se prolongue pelospróximos meses.n Já naquela época o governo federal ensaiava a exe-cução de um programa de socorro aos micro pro-dutores rurais do Nordeste cadastrados no Pronaf(Programa Nacional de Apoio à Agricultura Fami-liar), garantindo-lhes o seguro-safra, prorrogaçãode dívidas nos bancos oficiais e novos financiamen-tos, sem necessidade de garantias reais, tudo a jurossubsidiados, com carência, com rebate e prazos depagamento a perder de vista.n Para a população mais pobre do campo, benefi-ciada pelo programa "Bolsa Família", foi agregadomais um rendimento extra: o "Bolsa Estiagem", gra-ças ao que, pelo menos, se afastou do seu dia a diao fantasma da fome. Para o suprimento da água debeber, foi e vem sendo cada vez mais ampliado osistema de abastecimento das comunidades interio-ranas por carros-pipas.n Também a União, que já mantinha no Estadohá vários anos, através da Conab, o programa devenda de milho dos estoques reguladores a preçosubsidiado aos agropecuaristas do Nordeste, cui-dou de ampliá-lo e estendê-lo a um número maiorde criadores, medida que, apesar de positiva, gerouinúmeros problemas em decorrência do produtosempre chegar em volume insuficiente para aten-der à demanda.n Fora esse benefício de poder adquirir o milho aum custo mais barato, os pequenos, médios e gran-des agropecuaristas viam o tempo passar sem quenenhuma outra ação governamental fosse imple-mentada para apoiá-los no enfrentamento da seca,enquanto as reservas de pasto iam se consumindoe o inverno de 2013 não chegava.nNessa altura, pesquisas de opinião pública apon-tavam que a administração da governadora Rosal-ba Ciarlini estava profundamente desgastada pe-rante a população rural e urbana do Rio Grande doNorte. Na média, a desaprovação do governo atin-gia o estratosférico patamar de 85 por cento, algoque inviabilizaria qualquer pretensão de reeleiçãoda governadora.nO nível de desgaste era tão alto que sequer os po-líticos que formavam a base de apoio do governose sentiam estimulados a atuar em defesa da admi-nistração. Deu-se início, assim, a uma fase de crí-ticas abertas à governadora até mesmo pelos seuscorreligionários, com seguidos pronunciamentosem favor de ruptura das alianças políticas que as-

seguraram sua eleição em 2010.n À frente dos movimentos em favor do rompi-mento estavam lideranças do PMDB estadual, entreelas o senador e ministro da Previdência Social, Ga-ribaldi Filho, e os deputados estaduais Walter Alves,Hermano Morais e Nélter Queiroz. Faltava apenaso posicionamento do deputado federal HenriqueAlves para que o partido tomasse novo rumo.nHenrique, integrante da cúpula do PMDB nacio-nal, líder do partido na Câmara dos Deputados e po-tencial candidato (com apoio do PT e da presiden-te Dilma Rousseff) à Presidência da Câmara Fede-ral, preferiu porém não abandonar Rosalba Ciarli-ni à própria sorte. E, vindo a se eleger presidenteda principal casa legislativa do país, achou maisconveniente manter e ampliar suas áreas de influên-cia dentro da estrutura do governo potiguar, conven-cendo seus correligionários a desistir - pelo menospor hora - da ideia de rompimento com Rosalba.n Foi nessa conjuntura que, nesse começo de ano,a governadora participou de uma reunião com oque chamou de seu "conselho político" e, acatandocríticas e sugestões, concordou em promover umareforma administrativa, substituir alguns secretá-rios e garantir mais agilidade administrativa, prin-cipalmente na questão do enfrentamento da crise pro-vocada pela seca.n Por indicação pessoal do deputado HenriqueAlves, eis que a governadora convidou para a Se-cretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e daPesca o empresário rural Júnior Teixeira, presiden-te da Anorc, exatamente aquele personagem que naabertura da "Festa do Boi" de 2012 botou o dedona ferida e lançou o alerta de que o problema da secaera muito mais grave do que achavam algumas fi-guras da cúpula do governo.n Há pouco mais de um mês à frente da pasta, onovo secretário tem se mostrado incansável na buscade alternativas para salvar o que resta da economiarural do Rio Grande do Norte, praticamente destro-çada. Para garantir, em caráter de urgência, a sobre-vivência do que resta do rebanho bovino do Esta-do ele está buscando (e conseguindo), através de acor-dos com dirigentes das empresas sucroalcooleiras,evitar a saída de cana de açúcar do território poti-guar, a fim de que ela sirva de volumoso para onosso criatório. Também está correndo atrás de ir-rigantes do Baixo Açu e da Chapada do Apodi paraque eles reservem suas plantações de milho e sorgo,em ponto de colheita, para serem consumidos pelanossa agropecuária, e ao mesmo tempo desenvol-vam novas áreas cultivadas para que não venha afaltar forragem no segundo semestre.nPela sua intervenção, a Conab já ampliou para 15mil toneladas a remessa mensal de milho dos esto-ques reguladores do governo federal para o RN. In-felizmente, uma parcela dos agropecuaristas cadas-trados e com direito ao recebimento de quotas doproduto, ao invés de utilizá-lo corretamente, com basena filosofia do programa, prefere praticar a especu-lação, revendendo o milho a preço mais elevado nomercado paralelo, o que configura um caso de po-lícia a ser combatido.n Júnior Teixeira ainda está atuando em conjuntocom o novo secretário estadual do Meio Ambientee Recursos Hídricos, Leonardo Rêgo, no sentido deque seja acelerada a instalação de várias centenasde poços tubulares perfurados pelo governo em ges-tões passadas, em vários pontos do Estado, mas queaté hoje não produzem água. E, ao lado disso, estádefendendo que seja colocado em prática um novoprograma de perfurações, ágil e de baixo custo, paraatender proprietários rurais que estejam sofrendoescassez de água em suas fazendas.n Contatos ainda estão sendo feitos em Brasília,junto ao Ministério da Agricultura e à Conab, nosentido de se conseguir, a exemplo do programade venda de milho a preço subsidiado, a remes-sa para o Rio Grande do Norte de grandes quan-tidades de farelo de soja e torta de algodão, con-centrados que existem em abundância nas regiõesSudeste e Centro-Oeste.n Coroando estes esforços, a Assembleia Legisla-tiva Estadual, por iniciativa do presidente, deputa-

do Ricardo Motta, está mobili-zando a classe política para rei-vindicar dos bancos oficiais umtratamento diferenciado para todaa classe dos produtores rurais doRio Grande do Norte (e não ape-nas para os chamados "pronafia-nos"), com renegociação de dé-bitos, redução de juros e abertu-ra de novas linhas de crédito.n O fato é que, se as iniciativasem curso tivessem sido tomadasmais cedo, o desastre poderia tersido evitado.

Distribuição do milho doadopreocupa secretário nacionalNATAL É PRIMEIRA DO NE NO ROTEIRO DE NERI GELLER

MARCELO HOLLANDA

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O Secretário de Política Agrí-cola do Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento do Mi-nistério da Agricultura (MAPA),Neri Geller, desembarcou sem avisoprévio em Natal de madrugada paraparticipar nesta quarta-feira (17),pela manhã, na Secretaria de Agri-cultura do Estado, de uma reuniãodo Conselho de DesenvolvimentoRural Sustentável, onde expôs deta-lhes do Plano Safra 2013/2014 a seranunciado entre o final de maio e co-meço de junho pela presidente DilmaRousseff.

O RN foi o primeiro estado doNordeste a receber Neri Geller, quena próxima segunda-feira (22), emPetrolina (PE), estará com todo ostaff do MAPA, para debater me-didas urgentes de convivência coma seca.

Areunião de hoje em Natal teriasido demandada com urgência pelodeputado Henrique Eduardo Alves,presidente da Câmara Federal, tantoque o secretário confessou ter saídode um compromisso tarde da noitedo Gabinete Civil da Presidência,onde um dos temas foi a logísticaportuária, para pegar o primeiroavião para Natal. "Nem deu tempode trocar de roupa em casa", disse.

Neri Geller, que está no cargodesde janeiro, disse que uma dasmaiores preocupações do GovernoFederal neste momento é com a lo-gística dos portos brasileiros poronde passará metade do milho deemergência que está sendo envia-do aos estados mais atingidos pelaestiagem.

Desde o último dia 8, segundoele, já foram liberados 6 mil das 12mil toneladas destinadas ao RN ecuja distribuição aos produtores,nesse caso, será de responsabilida-de do Governo do Estado.

Sem a companhia do secretárioJúnior Teixeira, que está hoje emBrasília acompanhando a comitiva dagovernadora Rosalba Ciarlini, mascom a presença do diretor geral doMAPAno Estado, Orlando GadelhaSimas, e de representantes do agro-negócio, como o presidente da Fe-deração da Agricultura, José Vieira,Neri Geller passou a manhã se intei-rando das demandas específicas doEstado e explicando detalhes doPlano Safra 2013/2014, que no anopassado injetou na agricultura brasi-leira R$ 115 bilhões, 70% dos quaissubsidiados pelo Governo Federal.

Com o agravante da seca, Gel-ler disse nesta quarta-feira ao JOR-NALO DE HOJE que um dosproblemas imediatamente pautado

pelo Governo Federal e conduzidopelo Gabinete Civil da Presidênciafoi justamente a falta de estruturade armazenagem no Nordeste parareceber estoques reguladores e asdeficiências logísticas dos portosbrasileiros - tema da Medida Provi-sória 595 que propõe a privatizaçãodos terminais e a abertura de novospela iniciativa privada.

Neri Geller sugeriu ao Governodo Estado que debata com a Fede-ração de Agricultura e sindicatos deprodutores fórmulas para distribuiro milho que entrará no Porto de Natalem breve em navio graneleiro. Elenão sabia que a empresa Wilson &Sons, em reunião nesta terça-feirana Capitania dos Portos, anunciou aintenção de retirar dois de seus re-bocadores, deixando apenas um em"stand by", alegando falta de cargae prejuízo operacional como decor-rência. (Ler matéria na página 8)

Segundo o Secretário Nacionalde Política Agrícola, "não há umdia” que logística não entre na pautada Casa Civil, Ministério da Agri-cultura (MAPA) e Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA)."Tanto que uma das primeiras pro-vidências em relação ao milho foienviá-los ensacado aos estados, al-guns dos quais só puderam recebero carregamento por meio de carre-tas por não disporem de portos",acrescentou.

No caso de Natal, que tem umporto, aproximadamente seis mil to-neladas chegarão por navio grane-leiro e a partir daí estarão sob res-ponsabilidade do Governo do Esta-do. "Trata-se de um esforço monu-mental - disse Geller -, pois esta-mos falando aqui de 340 mil tone-ladas que se transformará em setemilhões de sacos de 60 quilos", elelembrou.

Afirmou que o ideal seria dimi-

nuir o impacto produzido pelos gas-tos federais dos leilões para a con-tratação do frete desse milho, quesai para o Governo Federal por R$24,00 a saca, já que R$ 13,00 é opreço de compra pela Conab (a pre-ços do Centro Sul) e o restante vaipara pagar custo de deslocamento.Hoje, no mercado livre, a saca domilho no Nordeste, quando se en-contra, é vendida na média por R$42,00 a saca.

"É bom lembrar que milho nãoé o único suplemento alimentar,que existem outros como os fare-los e torta de algodão e que preci-samos debater formulas de convi-vência da seca no semiárido quepermitam diminuir a dependênciado produto de outras regiões queestão distantes três mil quilôme-tros", disse o secretário.

Há uma semana, o presidenteda Federação de Agricultura do RN,José Vieira, disse haver consensoentre os produtores que o Estadonão tem estrutura e nem pessoal paraacumular mais essa tarefa de distri-buir milho no interior. "Não vejoqualquer condição nesse momentode simplesmente deixar para o go-verno estadual a tarefa de sozinhofazer esse milho chegar a quem real-mente precisa", afirmou.

Pelo acordo com o Governo Fe-deral, as 12 mil toneladas que che-garão a custo zero e poderão servendidas pelo Governo do Estadonos moldes do milho subsidiado daConab (a R$ 18,12 por quilo até trêstoneladas e a R$ 21,00 de três mile um quilos até seis mil quilos). Me-tade do que fosse arrecadado o Es-tado usaria para pagar a armazena-gem, ensacamento, carregamentodos caminhões e a distribuição, re-servando a outra metade para ad-quirir mais milho ou qualquer outrosuplemento, como torta de algodão.

Secretário do Ministério da Agricultura, Neri Geller, veio com urgência para Natal

Reunião realizada hoje pela manhã teve como objetivo debater medidas urgentes voltadas para a convivência com a seca

Empresários da construção civilfizeram nesta terça-feira (16), emSão Paulo, o lançamento da novaentidade do setor - Associação Bra-sileira de Incorporadoras Imobiliá-rias (Abrainc), formada por 19 em-presas de grande porte, a maioriadelas com capital aberto: Brook-field, Cury, Cyrela, Direcional,Emccamp, Even, Eztec, Gafisa,HM, Homex, JHSF, MRV, Ode-

brecht Residencial, PDG, Rodo-bens, Rossi, Tecnisa, Trisul e Viver.

"Essas 19 empresas represen-tam aproximadamente 50% daindústria de construção civil deincorporação", afirmou o presi-dente da Abrainc, Rubens Menin,que também é o presidente daMRV Engenharia, maior parcei-ra da Caixa no Programa MinhaCasa, Minha Vida. A criação da

associação acompanha o cresci-mento da economia brasileira e dopoder aquisitivo da população,além da maior oferta de créditopara financiamento de imóveis.Em 2012, o PIB da construçãocivil cresceu 4,0%, enquanto oPIB do País avançou 0,9%. "So-mando demanda, crédito e renda,temos uma indústria sustentável",acrescentou Menin.

> LIDERANÇA

Empresários da ConstruçãoCivil lançam nova entidade

Fotos: Wellington Rocha

Seca - um desastre econômico anunciadoque, só agora, o RN procura contornar

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Cidade

C M Y K

A empresa Wilson Sons, donade uma das maiores frotas de rebo-cadores da América Latina e umdos líderes em serviços de reboca-gem naval no país, não vai maismanter seus três rebocadores queatuavam até o ano passado no Portode Natal e vai reduzir para apenasum. O motivo é a falta de cargas noporto, que tem como consequênciaa queda na frequência de navios quejustifique a presença dos rebocado-res. Diante do prejuízo, a empresajá partiu para reduzir custos.

Até o ano passado, os rebocado-res auxiliavam os navios da Trans-petro, subsidiária da Petrobras, queuma vez por semana entravam noporto trazendo combustíveis paraabastecer as embarcações e a de-manda da frota automotiva de Natal.Com a extinção da área de tanquesdo bairro de Santos ReSis, as qua-tro escalas da Transpetro - uma porsemana - foram canceladas, deixan-do práticos e demais trabalhadoresa ver navios.

Especialistas explicam que umnavio graneleiro sem os motoresdianteiros e traseiros necessáriospara o movimento lateral da em-barcação precisa da ajuda de atédois rebocadores para manobrar.

Recentemente, paradas há mais decinco anos, reduziu suas escalas dequatro para apenas duas por mêsaqui e fala-se que poderá cair parauma.

No último fim de semana, foi re-gistrado um movimento recorde decontaineres para o porto - dez vezesmaior que a habitual - em função decompras excepcionais por parte deimportadores, que trouxeram espe-cialmente porcelanato da China.Mas foi um caso excepcional quebeneficiou apenas os modernosporta-containeres que dispõem detecnologia que dispensa o auxíliode rebocadores. Mas não é o casode muitos outros barcos que usamo terminal.

Calcula-se que desde o final doano passado, o porto de Natal játenha perdido 16 navios, reduzidodrasticamente o vencimento dospráticos. Nesta quarta-feira (17),um deles comentou que os quatropraticantes que havia no porto jáforam embora por falta de naviospara se habilitarem. E os quatro prá-ticos que restaram viram seus salá-rios reduzidos em 80% do que re-cebiam anos atrás.

Mas o problema não está só noporto. Prejudicado recentemente por

cancelamento de vôos diários daTAM, o empresário natalense Ari-mar França Filho, diretor da indús-tria de pesca Produmar, reagiu comsurpresa às informações passadas àimprensa pelo secretário estadualde Turismo, Renato Fernandes, deque uma das causas do cancelamen-to de cinco vôos diários da TAMLinhas Aéreas ligando Natal ao Riode Janeiro e a São Paulo foi o fatode inexistir um volume expressivode cargas no Aeroporto Internacio-nal Augusto Severo.

Em mensagem ao jornalistaMarcos Aurélio de Sá, diretor-edi-tor de O Jornal de Hoje, Arimarafirma que o Aeroporto de Parna-mirim (excetuando o de Guarulhos,pois a maioria das exportações viaaérea saem por ele) é o aeroporto doBrasil que mais embarca peixe fres-co no Brasil, tanto destinado à ex-portação quanto ao grande merca-do do Sudeste.

O volume mensal de 300 tone-ladas, depois da suspensão de cincovôos, passou para apenas quatro to-neladas/dia, "fato este que está invia-bilizando o nosso setor de exporta-ção". A solução, segundo ele, foitransportar o pescado por caminhões,o que coloca em risco a qualidade do

produto no destino final em funçãodo tempo gasto na operação.

"Para exportar estamos sendoobrigados a recorrer ao aeroportode Recife (que possui 20 vôos diá-rios para SP com conexão imediata

pra os EUA). Esse novo sistema queestamos utilizando surgiu graças auma parceria do setor pesqueiro como Ministério da Agricultura, possi-bilitada pelo seu superintendente re-gional do órgão, Orlando Procópio,

juntamente com a equipe de médi-cos veterinários e fiscais agropecuá-rios, os quais não estão medindo es-forços em nos ajudar para que pos-samos escoar nossa produção", elo-giou o empresário. (MH)

Moradores de sete bairros dazona Norte de Natal e quatro con-juntos de São Gonçalo do Ama-rante estão preocupados com obaixo nível de água da Lagoa deExtremoz. Manancial responsávelpelo abastecimento destas regiões,ele está com menos de 50% dototal de sua capacidade de11.019.525 metros cúbicos, segun-do a Secretaria de Estado do MeioAmbiente e dos Recursos Hídri-cos (Semarh). Com a previsão cli-mática de que a estação chuvosaterá índices pluviométricos reduzi-dos, a expectativa da populaçãorecai sobre um possível raciona-mento.

A estiagem diminuiu o reserva-tório que ocupa umaárea de 4,2 km qua-drados e responde por70% da água consu-mida na zona Norte deNatal. Importante noabastecimento, bemcomo na composiçãojunto ao volume con-tido no subsolo nata-lense, a Lagoa funcio-na como ponto de co-mércio e destino turís-tico, atividades quecomeçam a sentir osefeitos da seca. Órgão encarrega-do pelo monitoramento do manan-cial desde 2007, a Semarh informaque é o menor nível até então.

Preocupada com a notícia deque as chuvas serão escassas ouinexistentes na capital até o próxi-mo mês (limite para a tomada demedidas drásticas), a coordenado-ra de gestão de recursos hídricos daSemarh, Joana D'arc Medeiros,alerta para o 'racionamento oficioso'que pode começar a ser feito pelapopulação. "Se não chover atémaio, faremos o racionamento. NoInterior existe pouca chance de

chover nos próximos meses, masem Natal existe essa possibilidade.A cidade tem um solo permeável,que absorve qualquer chuvinha queder. Mas contamos com o bomsenso e o uso racional da água,mesmo que ainda tenhamos no re-servatório".

Nossa Senhora da Apresenta-ção, Pajuçara, Salinas, Redinha,Potengi, Igapó e Lagoa Azul são osbairros afetados na capital poti-guar. Enquanto Golandin, JardimLola, Amarante e Olho D'água dosCarrilhos são os conjuntos da vi-zinha São Gonçalo do Amarante.Portanto, mais de 250 mil pessoasdependem da Lagoa de Extremozpara suprir uma necessidade bási-

ca. "Natal temmuita água no sub-solo, mas está con-taminada com ni-trato. As lagoasajudam a diluiresse nitrato, me-lhorando a quali-dade", diz JoanaD'arc.

"Vamos con-versar com a Caernpara vermos comoserá feito esse ra-cionamento, caso

não chova até maio. Se por mano-bra ou tarifação. O mais importan-te, no momento, é termos a cons-ciência de que vivemos em umaépoca de estiagem como poucasvezes se viu aqui no Estado. Aspessoas precisam entender a situa-ção e eliminar os excessos" é o'pacto' que propõe Joana D'arc.Assim como Fortaleza, capital nor-destina localizada no Semiáridoque tem freqüentes cortes no abas-tecimento de água, a Semarh querevitar que ocorra o mesmo emNatal, diante da pior seca dos úl-timos 50 anos.

Zona Norte pode sofrer racionamento de águaLAGOA DE EXTREMOZ ESTÁ COM MENOS DE 50% DO TOTAL DE SUA CAPACIDADE; MAIO É O LIMITE PARA CHOVER NA REGIÃO

Wilson & Sons quer deixar apenas um rebocador

Alegando falta de cargas no porto, empresa desistirá de manter três rebocadores no Porto de Natal de reduzirá para apenas um

Wellington Rocha

> NO PORTO DE NATAL

‘"Se não chover até

maio, faremos o racionamento.

No Interior existe pouca chance de chover

nos próximos meses,mas em Natal existeessa possibilidade”

Responsável pelo abastecimento deágua na zona Norte de Natal, Lagoa

de Extremoz está com menos de50% da capacidade total de água

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CONRADO CARLOS

[email protected]

Com a frota de veículos dupli-cada nos últimos dez anos, as 12maiores capitais brasileiras enfren-tam um colapso na mobilidade ur-bana que afeta a saúde e a economiado país. E Natal, cidade que regis-tra um automóvel para 3,6 habitan-tes, é emblema de uma região quevirou foco de políticas governamen-tais e apresenta números alarmantesem diversas áreas, como segurançapública e o próprio trânsito. Esta-tísticas divulgadas pelo Departa-mento Estadual de Trânsito do RioGrande do Norte (Detran/RN), nestaterça-feira (16), demonstram a gra-vidade do problema. Foram comer-cializados 46,8% mais carros(28.501) zero quilômetro nas ruas dacapital potiguar em 2012 que no anoanterior.

Criticada por analistas econômi-cos, a redução do Imposto SobreProdutos Industrializados (IPI) éuma das grandes bandeiras hastea-das pelo Governo Federal comomedida de incentivo ao desenvol-vimento. Na prática, preço baixo emuito crédito, infraestrutura urba-na precária e nível educacional des-toante de uma nação que é vendi-da como a sexta mais rica domundo, criam um coquetel maléfi-co que transforma o Brasil em umaterra sangrenta - são mais de 40 milmortes anuais, decorrentes de aci-dentes de trânsito.

Carlos Eugênio é inspetor-chefede trânsito da Secretaria Municipalde Mobilidade Urbana (Semob). Fi-gura conhecida por entrevistas fre-qüentes sobre o trânsito de Natal,ele acumula anos de experiência emcontato direto com o símbolo máxi-mo do status social, criado pela In-dústria Norte-Americana. O desres-peito às leis, portanto, uma ação in-dividual, reforça o estresse coleti-vo, já garantido por vias congestio-nadas, estreitas para um municípioque beira um milhão de habitantes.

"A redução do IPI aumentoumuito a quantidade de veículos nasruas. Acho que todo ser humano temdireito a ter seu próprio meio detransporte, mas isso deveria seracompanhado de uma política vol-tada para o transporte público e obrasde ampliação da malha. Nós daSemob estamos muito preocupados.Por isso, fazemos estudos para en-contrarmos soluções. Desde a cria-ção de corredores exclusivos paraônibus, até alterações no sentido dasvias, tudo é pensado para amenizaros efeitos do trânsito caótico", dizCarlos Eugênio, responsável por umgrupo insuficiente de 60 agentes detrânsito (amarelinhos).

Se nas décadas de 1960 e 1970,o consumidor era passivo a ponto decomemorar a simples inclusão deseu nome na lista de espera por mo-delos recém-lançados (um Fusca le-vava até seis meses para sair da fá-brica e chegar às mãos do proprie-tário), hoje, a briga publicitária apelaem demasia para o emocional. Écomum propagandas em que suces-so pessoal e felicidade familiar so-frem com analogias automobilísti-cas. 'O carro como extensão dohomem', seria a nova teoria do filó-sofo e educador Marshall McLu-han. E na cultura individualista, cadacarro é um quase um bunker, ondeo dono acredita estar livre das intem-péries externas ao adotar uma pos-tura agressiva e desdenhosa paracom o outro.

"É muito preocupante. Os con-dutores não têm preocupação como próximo. Ele esquece que ali aolado tem outras pessoas que tam-bém estão chateadas com engarra-

famentos, que querem chegar logoem seus destinos. Não dão vez noscruzamentos, nem deixam de pararnas vagas de idosos e deficientes.O transtorno e o estresse do dia a diatem só aumentado, mas ninguémquer mudar o comportamento. Ocarro virou uma arma agressiva que

mata mais que muita guerra". Car-los Eugênio sabe que a falta de edu-cação da sociedade no trânsito é overdadeiro genocídio tropical.

Neurocirurgião e professoruniversitário, Ângelo Raimundoenfrenta a anarquia que imperanas ruas e avenidas, em horários

de maior fluxo, com a paciênciaque sua profissão exige, mas aten-to ao perigo crescente. Aos 35anos, ele viu a metamorfose daCidade do Sol e reclama do tempopara cumprir roteiros que em umpassado recente eram percorridosem questão de minutos. "Dizer

que a vida está melhor é uma faltade bom senso. As pessoas melho-raram seu poder de consumo, maso cotidiano, os serviços públicospioraram muito.

O médico teve uma irmã envol-vida em um acidente de trânsito e viuamigos desenvolverem fobias na

hora de dirigir. "Hoje sofremos paracumprir com nossas obrigações pro-fissionais, no que se refere aos ho-rários. Estamos mais vulneráveis acometer falhas, de chegarmos atra-sados em compromissos. Isso tudotem um custo que extrapola a eco-nomia. As pessoas estão mais es-tressadas, violentas, irritadas. Sin-ceramente, diante da falta de inves-timentos em transporte público evias alternativas para escoar tantocarro, não sei onde isso vai parar".

A mesma dificuldade e resigna-ção acomete Themis Rocha. Com asorte de morar próximo ao local detrabalho e da escola dos filhos, elaesquece o trunfo na hora de visitarfamiliares ou trafegar em direção aocomércio, como shoppings e super-mercados. "Sinto uma dificuldadeimensa quando vou estacionar. Emcertos locais, não existe vaga. Achoque por isso muita gente para emlocais proibidos. Se víssemos umamelhoria no sistema de transportepúblico, creio que o carro seria guar-dado por uns dias".

Bioquímica e também profes-sora, Themis tem 38 anos. De clas-se média e natalense da gema, o en-tupimento das artérias viárias deNatal é um fenômeno que a atingiude forma fulminante. "De uma horapara outra, em poucos anos, as ruaslotaram. Até um dia desses, íamospara qualquer local em 15, 20 mi-nutos. Hoje temos que fazer umalogística doméstica para todo mundocumprir seus horários. Temos quesair de casa uma hora, uma hora emeia antes para não atrasar compro-missos".

Operações montadas pelaSemob fiscalizam áreas considera-das problemáticas, como portas deescolas, universidades, hospitais eprincipais cruzamentos da cidade.Em parceria com órgãos como oDetran, um período educativo é de-limitado (em media, 15 dias de teste).Após sua conclusão, com amareli-nhos ausentes, voltam costumes ar-raigados, como estacionar em filadupla e dirigir na contramão. Típi-co exemplo da oposição entre éticapública e privada, que virou umadas características populares da po-pulação que vive entre a Amazôniae os Pampas Gaúchos.

Coordenador de fiscalização eeducação do Detran, Adryano Bar-bosa pensa na formação de novoscondutores com projetos voltadospara crianças a partir dos 4 anos deidade. Intitulado Educação na Es-cola, a ideia é inserir na grade cur-ricular uma disciplina de orientaçãopara futuros envolvidos no trânsito."Todo mundo sofre com o trânsito.Por isso estamos com essa preocu-pação de formamos bons motoristasdesde pequeno. Acidade vive um pe-ríodo de muitas obras, o que temsufocado várias vias. Sabemos dasdificuldades orçamentárias, masexistem projetos em execução e ou-tros já previstos para este ano e o pró-ximo, quando teremos a Copa doMundo".

Adryano mora no Tirol. Todosos dias pega a avenida Prudentede Morais ou a Jaguarari parachegar ao Detran. Há cinco anos,o trajeto era feito em meros 10minutos. Agora, raramente come-ça no trabalho antes de 20 minu-tos após sair de casa. "Aindaposso dizer que é um tempo ra-zoável, mas mesmo assim mostracomo a situação te piorado". Tor-mento universal, a falta de espa-ço para acomodar tanto carro éum dos enigmas para qualquergestor. A necessidade de integra-ção entre secretarias e a popula-ção é urgente, em nome do direi-to de universal de ir e vir.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 17 de abril de 2013

Cidade

Automóvel como extensão do homemDETRAN CONFIRMA QUE 2012 REGISTROU 46,8% MAIS VEÍCULOS ZERO QUILÔMETRO QUE ANO ANTERIOR;

VIA CONGESTIONADAS, MOTORISTAS IRRESPONSÁVEIS E MAU EDUCADOS, INFRAESTRUTURA URBANA

DEFICITÁRIA E FALTA DE POLÍTICA DE TRANSPORTE PÚBLICO COMPÕEM CENÁRIO DE ESTRESSE SOCIALFotos: Wellington Rocha

Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Cidade

O presidente do Supremo Tri-bunal Federal (STF) e do ConselhoNacional de Justiça (CNJ), minis-tro Joaquim Barbosa, discutirá aatual situação do sistema carcerá-rio potiguar com a governadora Ro-salba Ciarlini na próxima sexta-feira (19). O encontro deve acon-tecer no Centro Administrativo doEstado, em Natal, quando o magis-trado também será informado sobreo andamento do 2º Mutirão Carce-rário, que será realizado até o pró-ximo dia 3 de maio pelo Tribunalde Justiça do Rio Grande do Norte(TJRN).

Segundo o juiz da Vara de Exe-cuções Penais de Natal, HenriqueBaltazar, durante a visita, JoaquimBarbosa receberá um documentocom informações e dados sobre osdiversos problemas encontrados nasunidades prisionais do Estado, as in-terdições sofridas e seus motivos e

também tudo o que vem sendo feitoaté o momento, pelo Governo, paratentar reverter a situação de caosnarrado pelo magistrado.

Baltazar disse ainda que os re-latórios com os resultados das ins-peções físicas já realizadas pelojuiz representante do CNJ, EsmarCustódio Vêncio Filho, que estápercorrendo o Rio Grande do Nortevisitando todas as unidades prisio-nais potiguares, também poderãoser apreciados por Joaquim Barbo-sa, além do resultado parcial doMutirão Carcerário, que já benefi-ciou 71 detentos com a progressãode regimes, até ontem.

"As informações e relatóriosque serão repassados ao ministroBarbosa foram de inspeções físi-cas anteriores, mas deverá mostrara realidade em que nossas unidadesprisionais estão, já que a situaçãonão mudou muito nos últimos

meses", afirmou o juiz Baltazar.O juiz representante do CNJ,

Esmar Custódio, informou que iráentregar um resumo com os tópi-

cos mais importantes sobre as vi-sitas já realizadas por ele nas duasúltimas semanas, na Região Me-tropolitana de Natal e municípiosdo Agreste e Seridó, como SantaCruz, Nova Cruz, João Câmara eCurrais Novos.

"Vou passar um resumo ao mi-nistro, porque já tinha enviado al-gumas informações importantespara ele anteriormente, sobre algu-mas situações extremas que encon-trei em várias unidades, das 20 quejá inspecionei desde a semana pas-sada. Então, ele irá chegar saben-do, mais ou menos, o que irá encon-trar no Rio Grande do Norte", ex-plicou o juiz Esmar Custódio Vên-cio Filho.

JOAQUIM BARBOSADEVE VISITAR ALCAÇUZNA SEXTA-FEIRA

Conforme informações do Tri-

bunal de Justiça do RN, o presi-dente do STF e do CNJ, JoaquimBarbosa, chegará ao Rio Grandedo Norte amanhã à noite e, nas pri-meiras horas da sexta-feira, visita-rá o Fórum Miguel Seabra Fagun-des, no bairro de Lagoa Nova. Delá, ele deve seguir para o CentroAdministrativo do Estado, onde sereunirá com a governadora Rosal-ba Ciarlini.

A previsão é que ele visite,ainda pela manhã, o presidente doTJRN, desembargador AdersonSilvino e, à tarde, visite a Peni-tenciária Estadual de Alcaçuz, si-tuada no município de Nísia Flo-resta. A unidade é uma das maisproblemáticas do Rio Grande doNorte e já foi palco de várias fugasem massa, incluindo a maior doEstado, registrada em janeiro de2012, quando 41 presos consegui-ram fugir.

> PRESIDENTE DO STF

Joaquim Barbosa vem ao RN para analisar sistema prisional

Os dois homens presos ontemà noite, após invadirem uma resi-dência no bairro de Ponta Negra eterem feito uma pessoa refém porcerca de três horas, já possuem fichacriminal e respondem na justiça porassalto a mão armada e furto qua-lificado. Pelo crime de ontem, elesforam autuados em flagrante porporte ilegal de arma de fogo, as-

salto e cárcere privado. O terceiroenvolvido, um adolescente de 16anos, é foragido do Centro Educa-cional (Ceduc) de Mossoró.

De acordo com informações do5º Batalhão da Polícia Militar, An-tônio Áquila Rebouças, de 25 anos;Jailton Gomes da Silva, 22 e omenor de idade abordaram a víti-ma, o professor Luciano Bezerra

quando este chegava à sua residên-cia, situada entre as ruas Baía de Se-rinhaem e Praia de Pititinga, porvolta das 20h. Um familiar da ví-tima percebeu a ação criminosa edenunciou o fato ao Centro Inte-grado de Operações em SegurançaPública (Ciosp).

Equipes da Rondas Ostensivascom Apoio de Motocicletas

(Rocam), Batalhão de Polícia deChoque (BP Choque), Batalhão deOperações Policiais Especiais(Bope) e do 5º BPM foram para olocal e iniciaram as negociações,que duraram cerca de três horas esó terminou por volta das 23h. Fa-miliares dos criminosos e represen-tantes dos Direitos Humanos tam-bém estavam presentes, para ga-

rantir a integridade dos acusados.O veículo usado pelos ladrões,

um Celta vermelho, estava na fren-te da residência e foi reconhecidopelos policiais por ter sido relacio-nado a outras ações criminosas,ocorridas em vários bairros da Ca-pital, incluindo uma ação cometi-da no conjunto Morro Branco, emNova Descoberta, na zona Sul.

Dentro do veículo, os policiaismilitares encontraram vários obje-tos que teriam sido roubados na úl-tima semana. Depois de rendidos,os três foram levados para a Dele-gacia de Plantão da zona Sul, nobairro da Candelária, onde foramautuados em flagrante por assaltoa mão armada, porte ilegal de armade fogo e cárcere privado.

> MAIS UM REFÉM

Homens que invadiram casa em Ponta Negra têm ficha na polícia

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

A custódia dos presos no inte-rior do Rio Grande do Norte, sejameles detidos em flagrante ou pormandado de prisão, é o novo pontode atrito entre a Polícia Civil e a Se-cretaria de Estado da Justiça e daCidadania (Sejuc). Ontem, duran-te a paralisação de 24h feita pelospoliciais civis, a categoria decidiunão mais custodiar pessoas detidasnas delegacias do interior. Entre-tanto, a Sejuc já informou que nãotem como absorver a alta deman-da de presos, por causa das últimasinterdições judiciais feitas em seteunidades prisionais no Estado.

Segundo o secretário Júlio Césarde Queiroz, o órgão está tentandonegociar com os juízes das comar-cas onde houve as interdições paraque as unidades possam receber ospresos que ainda estão nas delega-cias. No entanto, a tarefa não é fácil,já que muitas apresentam, além deproblemas estruturais físicos e ma-teriais, quadro de superlotação, comum número de presos acima da ca-pacidade permitida.

"Estamos buscando alternati-vas para absorver essa alta deman-da de presos no interior, mas émuito difícil com tantas interdiçõesjudiciais. Por isso, estamos corren-do contra o tempo para realizar umasérie de melhorias estruturais emalgumas unidades e também cons-truir novos prédios, para gerar mais

vagas. Só que não é um processoimediato, mas pode demorar cercade quatro meses, no mínimo", ex-plicou Júlio César.

Os policiais civis decidiramontem fazer a entrega imediata detodas as pessoas presas por manda-do de prisão, ao sistema penitenciá-rio, a partir de hoje. No caso dos de-tidos em flagrante, os policiais aindacomunicarão os casos aos juízes epromotores de plantão nas comar-cas, para que estes possam desig-nar um local apropriado para rece-bê-los.

Além disso, a categoria esta-beleceu o prazo de 30 dias, tam-bém contados a partir de hoje, paraque o Governo do Estado adote me-didas que possam resolver a ques-tão dos presos em delegacias. Du-rante este período, o Sindicato dosPoliciais Civis e Servidores em Se-gurança Pública do Rio Grande doNorte (Sinpol/RN) tentará se reu-nir com as autoridades responsá-veis, sobretudo com os secretáriosda Sejuc e da Segurança Pública eDefesa Social (Sesed). Caso o Go-verno do Estado não resolva a si-

tuação dentro do prazo estabeleci-do, os policiais civis avaliarão umindicativo de greve durante a as-sembleia geral agendada para o dia16 de maio próximo, às 18h.

GRUPO DE TRABALHOO secretário Júlio César de

Queiroz disse que o grupo de tra-balho, formado pela Sejuc, Minis-tério Público e Secretaria de Esta-do de Infraestrutura (SIN), entregouuma proposta de estruturação e re-forma das unidades prisionais inter-ditadas ao Gabinete Civil na últi-

ma segunda-feira. E que, confor-me o documento, as ações devemser realizadas em prazos mínimosde quatro e de 12 meses.

"Somente para a construção denovas estruturas, será feito um in-vestimento de cerca de R$ 5 mi-lhões, que deverá proporcionar acriação de 600 novas vagas, alémdas melhorias nas unidades inter-ditadas e que devem ser liberadasdepois disso. Mas, é importante fri-sar que essas ações não são feitasdo dia para a noite e que requertempo hábil. Neste caso, estamos

trabalhando com dois prazos distin-tos, a curto e médio prazo", expli-cou o secretário.

Júlio César disse ainda que aSejuc já recebeu determinações ju-diciais para não receber mais pre-sos nas prisões interditadas. E que,mesmo concordando com a posi-ção da Polícia Civil, ele não podeir contra uma decisão judicial."Concordo com isso, mas no mo-mento em que estamos e com tan-tas interdições, é impossível rece-ber mais presos no interior", enfa-tizou o secretário.

Secretário diz que precisa de "no mínimo" 4meses para diminuir caos no sistema prisionalATUALMENTE SÃO 14 AS UNIDADES CARCERÁRIAS DO ESTADO QUE ESTÃO INTERDITADAS PELA JUSTIÇA POR SUPERLOTAÇÃO

Secretário de Justiça e Cidadania do Estado, Júlio César de Queiroz, diz que é preciso tempo hábil para implantar melhorias. Enquanto isso, negocia com os juízes das comarcas onde presídios estão interditados

Ministro Joaquim Barbosa também deve visitar instalações de Alcaçuz no RN

Fotos: José Aldenir

Divulgação

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 17 de abril de 2013CidadeCidade

ÁGUAA Caern acendeu a luz amarela em relação aos lençóis

freáticos de Natal e prepara uma operação de economia nadistribuição de água na cidade dentro de 50 a 60 dias. Jáque o consumidor não tem consciência do problema, só restao didatismo do conta-gotas.

JANELA DOS PODERESMais democrático de todos os poderes, o Legislativo

também é a vitrine mais disponível para as pedras do cha-mado "movimento social", geralmente formado por pe-quenos grupos autoungidos representantes do povo. Baterna classe política é psicoterapia.

DINHEIRAMAO que o "movimento social" não sabe, antes de mais

nada, é que uma República é feita por 3 poderes e não por4. Mas mesmo assim, o orçamento do Senado, por exem-plo, é menor que o do Ministério Público. A diferença: R$4,179 bilhões vs R$ 3,504 bilhões.

PESQUISASA Folha de S. Paulo aprendeu a destacar a estatística

engajada nas pesquisas do Datafolha. Deu manchete hojepara 93% dos paulistanos a favor da maioridade penal,mas escondeu a maioria, em pesquisa anterior, contra o abor-to e o casamento gay.

DILMA TAMBÉMParece que a presidente Dilma Rousseff aprendeu o ca-

minho de alguns dos seus ministros, que visitam Natal nosfinais de semana e nos feriados. Ela confirmou presençana cidade no dia 28, um domingo, que o PMDB diz reple-to de trabalho.

HOLOFOTEUm jovem delegado, leitor assíduo do JH, passa e-

mail pedindo reprodução sem citar-lhe o nome. Mas éóbvio, meu caro: "E se a Polícia fizesse pose para a mídiaao lado dos bandidos que prende, não conquistaria o apoiotambém dos colunistas?".

HOLOFOTE IIA tese do delegado faz sentido, mesmo que a gente (ou

agente, tanto faz) saiba que o famoso "mise-en-scène" dospescadores ao lado de peixes grandes muitas vezes não re-vela que logo após a foto o bicho retorna ao seu habitatnatural, longe do anzol.

TERRORISMO"Esta investigação será em nível mundial. Nós chega-

remos aos confins da Terra para encontrar o responsávelou os responsáveis deste crime hediondo". As aspas sãodo agente especial do FBI, Richard DesLauriers, em co-letiva com a imprensa, ontem.

BRASIL, SIL, SIL!Torcedores assassinados em Fortaleza, operário esma-

gado na arena do Palmeiras, erro de engenharia no Enge-nhão, superfaturamento no estádio Mané Garrincha, novasobras no Maracanã para 2016, turistas roubados e estupra-dos. Que 2014 nós teremos, hein!

FUTEBOL EM PERIGOO aspecto mercadológico e o culto aos clubes podem

estar matando a fábrica natural de craques de futebol.Houve uma inversão de valores lúdicos das gerações pas-sadas para as de agora. Antes, os meninos queriam umabola, hoje querem a camisa de um ídolo.

George Harasz, 49, e Douglas Wirth, 45,de Connecticut, EUA, resolveram viver juntos,como um casal, no ano 2000, aproveitando asnovas leis aprovadas para beneficiar as rela-ções homossexuais em alguns estados ameri-canos. Depois eles quiseram ser pais.

Normal e geralmente, casais heterosse-xuais que buscam filhos adotivos não ultra-passam o limite clássico de duas ou três crian-ças, salvo as exceções da regra. Pois Georgee Douglas foram além das estatísticas e ado-taram nove crianças, do sexo masculino.

Em dezembro de 2011, ambos foram pre-sos acusados de violentar sexualmente algunsdos garotos, a partir de denúncia feita por umdeles já adolescente. Mas, aí entrou no contex-to um competente advogado e os soltou ale-gando ausência de provas materiais.

Não demorou, e os dois gays voltaram aoxilindró quando outros três rapazes, tambémadotados por eles, prestaram depoimento aopromotor David Zagaja acusando os abusos einclusive violência física. E que foram moles-tados sexualmente desde os seis anos.

Com a perda da liberdade e o fim do acor-do conseguido pelo advogado, onde Harasz eWirth sofreriam uma sanção leve e seriam mo-nitorados provisoriamente pela Polícia, a teseda defesa ganhou contornos de folhetim numatática de por irmãos contra irmãos.

O advogado, chamado Hubert J. Santos,convenceu dois dos irmãos adotivos dos rapa-zes a prestarem depoimentos em favor dossentimentos paternos da dupla, levando tam-bém às barras do tribunal amigos e vizinhospara desqualificarem as denúncias.

Os três jovens que se dizem vítimas dosdois parceiros já apresentaram até cicatrizes dasagressões sofridas na infância, e garantem quealguns dos meninos eram trancados em gaio-las quando se negavam a praticar bolinaçõesou relações sexuais com algum deles.

Enquanto o advogado e sua equipe de au-xiliares pressionam o juiz do caso para arqui-var o processo, foram acrescentadas aos autosnovas declarações dos rapazes, que dizem terhavido estupro sob a ameaça de um revólver.A defesa acusa chantagem do trio.

Um vizinho chegou a declarar que os doishomens têm uma vida financeira estável e issoteria levado um dos garotos a planejar a extor-são a partir da ameaça de denúncia. Setores damídia alegam a armação de um circo por parteda estratégia de defesa.

Para os advogados de George e Douglas,não há qualquer evidência forense que com-prove o suposto crime de abuso sexual. Acu-sam um dos rapazes de mentiroso e de tertransferido à dupla a violência praticada poroutro pai adotivo, antes da atual adoção.

Para aumentar a celeuma e o debate, recen-temente os dois suspeitos decidiram não con-testar no Tribunal de Justiça de Hartford, a ca-pital de Connecticut, a acusação de lesão cor-poral, como tática de redução de pena formu-lada entre a defesa e o Estado.

Já há quem creia que o discurso adotadodesde janeiro pelos advogados, acusando asvítimas de "preconceito", "homofobia" e "des-respeito à cidadania", poderá fazer efeito eacabar livrando os denunciados da prisão. Olobby gay é uma arma eficientíssima.

A própria imprensa que cobre o caso sofrea pressão do movimento LGBT que defendeos estupradores. O fato de destacar como es-tranho a adoção de nove meninos por dois ho-mens adultos faz da mídia, segundo os ativis-tas, formadora de juízo condenatório.

Talvez fosse a ocasião ideal para estabe-lecer que "casais" (ou pares, como diz Mala-faia) do nível de George Harasz e DouglasWirth só pudessem adotar garotos em idadeacima dos 16 anos, escolhidos não em pobresorfanatos, mas nos campeonatos de surf. (AM)

Alex [email protected]

PPedofilia adotivaedofilia adotiva

Tom Cruisee os ETs

Oito anos depois de enfrentaralienígenas em "Guerra dosMundos", baseado na obra

imortal de H. G. Wells, o atorTom Cruise vai encarar de novo

os seres do espaço em"Yukikaze", roteirizado a partirde um livro japonês que já fez

sucesso nos animes. Os ETsinvadem a Terra por um portal

dimensional na Antártida e opersonagem de Cruise, o pilotoRei Fukai, comanda a linha de

defesa aérea do planeta.

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

PENSANDO...É com muita honra que este co-

lunista informa aos leitores destecanto de página que estreou, esta se-mana, como apresentador do Pen-sando Bem, em substituição ao com-petente Marcos Alexandre, na TVCâmara. O primeiro programa, quejá foi ao ar, contou com a participa-ção do jornalista David Freire e dovereador Júlio Protásio (PSB), líderdo prefeito. O programa é semanal,e será exibido sempre às segundas-feiras a partir das 20h30.

... BEMNo programa, o vereador Júlio

Protásio explicou pontos da reformaadministrativa prestes a ser enviadapara a Câmara e defendeu as mudan-ças propostas pelo prefeito. Segun-do o parlamentar, serão extintas qua-tro secretarias, além de cargos co-missionados. Os que restarão, terãoum aumento no salário. Medida en-contrada para atrair melhores profis-sionais para o município.

ACERTOS IJúlio Protásio ainda apontou

quais foram os acertos do prefeitoCarlos Eduardo para se manter emquase perfeita sintonia com o legis-lativo natalense. O primeiro delesfoi a escolha do secretário chefe daCasa Civil, Sávio Hackradt, que temmelhorado o diálogo do Executivocom a Câmara. A eleição de AlbertDickson (PP) para presidir a Casado Povo também foi elencada comofator decisivo para a boa relação.

ELEIÇÃO 2014Por fim, o vereador falou das

eleições do próximo ano. O parla-mentar disse que seu partido aindavai discutir a posição que adotará, eque se posicionará conforme a deci-são do PSB, que tem a possibilida-de de lançar Wilma de Faria na chapamajoritária. Mas, por enquanto, en-fatizou, defende a união da oposição,que já conta com nomes na disputa,no caso, Robinson Faria (PSD) e Fá-tima Bezerra (PT).

CULTURA NATALENSEA arte de se fazer muito com tão

pouco. Há quatro meses no cargo,o presidente da Fundação Capita-nia das Artes (Funcarte), Dácio Gal-vão definiu seu foco principal deatuação: o retorno do Encontro Na-talense de Escritores. A partir daí,tem tudo para fazer no final do anomais um grande evento sem signi-ficar muitos gastos para o municí-pio. Ontem, a Prefeitura anunciouque já são oito os escritores de re-nome nacional confirmados noevento. Entre eles, o potiguar Mu-rilo Melo Filho, João Paulo Cuen-ca e Zuenir Ventura. Enfim, cultu-ra para quem precisa de cultura.

PROCURA-SEA Secretaria Municipal de Edu-

cação publicou no Diário Oficialde hoje que está à procura de umnovo imóvel para se instalar, de pre-ferência na Cidade Alta, Tirol ouPetrópolis. Mas, também aceita ficarem áreas de corredores de transpor-

te público. Informação ainda nãoconfirmada aponta para a possibi-lidade da pasta se transferir paraum grande imóvel localizado naAvenida Roberto Freire, onde antesfuncionava um supermercado.

IDEAL SERIA PLEBISCITOPouco antes do fechamento da

coluna, o portal da Folha de SãoPaulo noticiou os números de umapesquisa quentíssima do Datafo-lha, que vai em perfeito encontro aoque foi escrito no texto principaldeste espaço. Segundo o levanta-mento, nada menos que 93% dospaulistanos são favoráveis a redu-ção da maioridade penal, que hojeé de 18 anos, para 16 anos. Do res-tante, 6% são contrários e 1% nãosoube responder. Mas, por enquan-to, a mudança deve continuarmesmo somente na vontade dopovo, já que o governo é contra.Nestes casos, o ideal mesmo seriaa realização de um plebiscito. Por-que não?

A discussão é antiga e, certa-mente, não terá um fim tãocedo. A mais recente polêmi-ca, na verdade, é somente maisum capítulo de um dos pontosmais polêmicos da legislaçãobrasileira, e, porque não, detodo o mundo.Um menor de idade assalta umtrabalhador que voltava paracasa após um longo dia de tarefas. O homem cede seus pertences semreagir. Mesmo assim, um tiro é disparado em seu rosto. A morte é ins-tantânea. E tudo isso foi filmado por câmeras de segurança.Mas, o pior ainda estava por vir. Alguns dias depois, diante da granderepercussão que teve o crime, o responsável pelo assassinato se apresen-ta a polícia. Na delegacia, informa que é menor de idade; faltavam trêsdias para completar 18 anos.O caso foi o estopim que faltava para trazer o tema de volta as grandesdiscussões. Afinal de contas, a partir de qual idade um ser humano podeser responsável pelos seus atos?No Brasil, o adolescente a partir dos 16 anos tem o direito de votar, casoseja de sua vontade. Muitos deles, a partir dos 17, já estão nas universi-dades, e outros tantos com carteira assinada no mercado de trabalho. Tam-bém é cada vez maior o número de pais e mães nesta faixa etária.Entretanto, apesar de tudo, para a lei continuam sendo jovens demais,incapazes de serem responsabilizados por erros brutais, como o relata-do acima. Neste caso, por exemplo, o criminoso vai passar apenas trêsanos em algum núcleo de reabilitação para menores de idade infratorese, depois, estará livre.Esta pena é suficiente para fazer o jovem entender a gravidade da atitu-de que tomou? Será que a punição equivale a vida de um homem de bemque lhe foi tirada de forma selvagem? Será que o adolescente, após tãopouco tempo, realmente não voltará a cometer crime semelhante?Já passou da hora do Brasil tirar o tema debaixo do tapete. Não dá maispara aceitar que jovens criminosos se beneficiem propositadamente deuma lei injusta e ineficaz. O povo brasileiro precisa se unir pela redu-ção da maioridade penal. Os jovens, cada vez mais, sabem o que estãofazendo. Pois, que se responsabilizem pelos seus atos.

“Nós temos uma estiagem por falta de chuva, e uma ‘seca’ de gestão, que não consegue admi-

nistrar recursos que chegam”.

DEPUTADO ESTADUAL FERNANDO MINEIRO, DO PT

MENDES X ABREUO furo é da jornalista

Mônica Bergamo, em suacoluna na Folha de São Paulode hoje. O ministro GilmarMendes, do STF, apresentouqueixa-crime contra o atorpetista dos radicais, José deAbreu, por comentários fei-tos no Twitter. Em dezem-bro, Abreu afirmou que omagistrado contratara um araponga condenado a 19 anos de prisão.Mas, a informação seria falsa, e já teria sido desmentida anteriormente.Abreu, que em 2012 chegou a se retratar na Justiça por ter chamado Men-des de “corrupto”, diz que agora levará o processo adiante. Segundo oator, este é o momento de se “discutir a liberdade de expressão”. JáMendes pretende mover, além da queixa-crime, também uma ação porperdas e danos pelo conjunto de mensagens sobre ele que o ator colo-cou na internet. Caso seja vitorioso, vai reverter o dinheiro para um hos-pital de Diamantino (MT), sua terra natal.

Divulgação

José Aldenir

QUE OS JOVENS SE RESPONSABILIZEM

INICIATIVA TUCANAEm tempo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se

encontrou na tarde de ontem com o presidente da Câmara dos Deputados,Henrique Eduardo Alves (PMDB). Na oportunidade, o tucano entregouao potiguar projeto onde reformula a lei da menoridade penal e aumentaas punições para os jovens infratores. Até agora, o governo federal e a pre-sidente Dilma Rousseff (PT) é contra qualquer mudança. Neste quesito, apetista vai de encontro a vontade da maioria do povo brasileiro.

Divulgação

Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

w INSATISFEITOChegaram ao Legislativo estadual,ontem, algumas reclamações dosecretário-adjunto do Meio Am-biente e dos Recursos Hídricos Isal-tino Rêgo em relação à falta deatenção que o Governo Rosadovem dando aos problemas causa-dos pela seca, que castiga 140 mu-nicípios no interior do Estado.

>>>É que em plena seca, a Secretariade Planejamento, comandada porObery Rodrigues, não estaria libe-rando pagamentos e empenhos paraobras de poços, por exemplo...

>>>O mínimo a ser feito.

w DNAIsaltino é ligado ao deputado Getú-lio Rêgo, pai do secretário Leonar-do Rêgo, recém-nomeado para a Se-cretaria de Estado do Meio Ambien-te e dos Recursos Hídricos.

>>>Isaltino é conhecido pelo seu tem-peramento...

>>>Antes de Leonardo chegar à pasta,o adjunto já trabalhava por lá e co-nhece bem a SEMARH.

w CIRCULANDO...O geólogo Gilberto Jales, nome dagovernadora Rosalba Ciarlini paraocupar a vaga de conselheiro doTribunal de Contas do Estado,andou circulando,ontem, pela As-sembleia Legislativa...

>>>Ele foi visto nos corredores ondeficam os gabinetes parlamentares.

>>>Gilberto teve uma conversa reser-vada com o deputado Walter Alves,na sala de reuniões da Presidên-cia, que fica no piso superior, per-tinho do plenário.

w VIROU HINONem chegou 2014 ainda, mas poronde passa a deputada federal Fá-tima Bezerra já está sendo chama-da de senadora.

>>>Isso mesmo!

>>>Seja aonde for, a petista, que já foiapelidada de "a noiva dos sonhos"pelo vereador Júlio Protásio, é in-clusa numa chapa como candida-ta ao Senado Federal.

>>>As "cabeças de chapa" (candidatosao Governo) até mudam de regiãopara região, mas a vaga de senadoré sempre garantida a Fátima.

w APOIO DE PESOAliás, até o momento ela é a únicacandidata confirmada para dispu-tar a vaga ano que vem.

>>>Isso porque, como a própria parla-mentar já comentou, sua postula-ção interessa e muito ao GovernoFederal.

Todo o charme do deputado federal Felipe Maia no lançamento do MAIS RN na Escola de Governo...

Márlio Forte Bobflash

Canindé Soares

Bobflash

Idalia Radaci e PauloCavalcanti no

Temaki Lounge

A bela Kelly Fonseca curtindo baladinha no Peppers Hall

Secretário de Turismo do RN, Renato Fernandes fez questão deregistrar a passagem da governadora Rosalba no evento realizado

na Via Costeira

Mulheresnofds

Desfile Filhas de GaiaVerão 2014 no Fashion Rio

w A PROPÓSITO......o discurso dos peemedebistas Garibaldi Filho e Henrique Alvessobre a gestão Rosado começa e afinar.

>>>Se antes era Garibaldi contra e Henrique a favor da manutenção daaliança com os demos, agora o presidente da Câmara Federal come-ça a confirmar posição do primo-ministro.

>>>Ontem, ao ser questionado pela repórter Cecília Marinho, do JornalVerdade, na Sim TV, Henrique criticou o governo, ao qual chamoude "centralizador", e admitiu que em 2014 dificilmente o DEM e oPMDB estarão do mesmo lado.

>>>Parece que o 'coração' já não manda mais nessa esfera...

w É PRECISO APRESSAR O PASSO...Até setembro próximo, quem quiser disputar as eleições de 2014 teráque já estar filiado a um partido político.

>>>Na Assembleia Legislativa, pelo menos seis parlamentares estão nalista dos que vão mudar de legenda. Uns com bons motivos, outrossem justa causa...

>>>O TRE vai analisar cada caso.

w POSSÍVEIS...Na lista dos parlamentares quepodem trocar de sigla estão os de-putados Fábio Dantas (PHS), GilsonMoura (PV), Gustavo Carvalho(PSB), Kelps Lima (PR), VilvaldoCosta (PR) e Ezequiel Ferreira...

w LEMBRANDO...No caso de Ezequiel, ele foi expul-so da presidência do PTB no Esta-do numa operação orquestrada porBenito Gama - então secretário deDesenvolvimento do RN e que hojeé o presidente nacional da sigla -, quecolocou no lugar do potiguar um su-plente de vereador de Salvador, quetem cargo comissionado no Gover-no Rosado: Fábio Rodamilans, coor-denador Desenvolvimento de Re-cursos Minerais.

w INCOMPETÊNCIAA governadora Rosalba Ciarlinicumpre agenda a partir de hoje emBrasília.

>>>Ela tem pauta nos ministérios daCultura, com Marta Supliciy, e daSaúde, com Alexandre Padilha.(Saúde).

>>>Tirando a Saúde, que sempre é casode urgência aqui no RN, Rosalbadevia era cancelar agenda com qual-quer outro assunto que não tivessea ver com a seca.

>>>Milhares de animais morrendo dia-riamente de sede e fome e nenhumaação de emergência...

w GIRO PELO TWITTER......do TJRN: "O juiz Ibanez Montei-ro é declarado eleito novo desembar-gador do TJRN, pelo presidente, de-sembargador Aderson Silvino";

...do publicitário Jener Tinoco:

"Impressionante como o rebanho

bovino do Rio Grande do Norte

está sendo dizimado por essa seca

sem precedentes nos últimos 50

anos";

...do jornalista Jânio Vidal: "Parasalvar rebanho, juiz federal Ivan Liraautoriza transferência de gado doRN para o Tocantins";

...da vice-prefeita de Natal Wilma

de Faria: "Deputados criam grupo

de trabalho #seca Importante a

união das bancadas estadual e fe-

deral. Mas e o Governo do RN?".

w DICA FASHION Ivana Holanda convida para o lan-çamento da coleção Alto Inverno2013, hoje, na Animale NatalShopping.

>>>A Escandinávia é o tema.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 17 de abril de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

Já reparou que não se vê mais nas ruas gente de mãos nos bol-sos? Que são raros os homens que ainda usam as calças acimado umbigo? Que quase ninguém mais usa gravata-borbole-

ta? Que já não se vende paletó com duas calças? Que os colari-nhos com barbatanas, assim como o lenço no bolso do paletó, seextinguiram? E que flor na lapela, hoje, é exclusividade da VelhaGuarda das escolas de samba em dia de desfile?

Ninguém mais carrega o pente no bolso da camisa – aliás, háquanto tempo não se vê um homem se penteando em público? Nin-guém mais ouve radinho de pilha – os próprios porteiros o aban-donaram. E lápis atrás da orelha também não se vê há muito, nemno caixa das melhores padarias.

Por que ninguém mais dá bananas? Não devíamos ter aban-donado esse gesto tão expressivo de indignação. Ao mesmo tempo,ninguém mais anda pelas ruas, distraído, chutando tampinhas.

Ninguém mais sai do restaurante mascando palito. Ninguém maisusa palito de fósforo para cavoucar o ouvido. Ninguém mais batecarteiras. Ninguém mais bate palmas no portão. E ninguém maisfica encostado no poste, assobiando.

Ninguém mais enfeita a geladeira com pingüins de louça. Nin-guém mais decora o jardim com estátuas de anões. E ninguém maisusa CD-ROM – quanto a este, os menores de 30 anos não sabemo que é e talvez nunca tenham ouvido falar.

Quem diria? Há apenas 15 anos, o CD-ROM (comicamentechamado no Brasil de "CD-rum") era a "ferramenta" que iria ab-sorver, resumir e comportar todo o conhecimento do Universo. Iriasubstituir as bibliotecas, o livro, o cinema, os museus, a TV e, quemsabe, o cérebro. Quem poderia adivinhar que, em tão pouco tempo,sua glória se extinguiria e ele ficaria tão arcaico quanto os anõesde jardim e os pingüins de geladeira?

w AVISO - IDe uma velha raposa olhando a cenapolítica: 'A governadora Rosalba Ciar-lini tem que ser candidata à reeleição.Qualquer outra candidatura exigirá de-sincompatibilização e quem assume éRobinson'.

w EFEITO - IIEste fato, segundo a mesma raposa,provoca dois efeitos: leva o PMDB aapoiar Rosalba de qualquer jeito oulançar Garibaldi ou Henrique'. E com-pletou: 'Se não quiserem ter Wilma denovo no poder'.

w FALCONI - IDez técnicos considerados de alto nívelda Falconi, consultoria que propôs a re-forma administrativa em Minas, Per-nambuco e no Rio, chegarão a Natalnos próximos dias a convite de CarlosEduardo.

w TAREFA - IIA missão dos técnicos é realizar umlevantamento completo da situação ad-ministrativa e financeira da Prefeiturae propor uma reforma capaz de redu-zir a máquina, cortar despesas e expur-gar a folha.

w FANTASMAS - IIINos levantamentos internos já reali-zados nos primeiros dias os diagnós-ticos prévios apontam para a existên-cia de funcionários fantasmas e uma re-dução que pode chegar a bem mais deseis secretarias.

w FORTE - IAnotem: a professora Joseneide Oliveira.É uma das cabeças da comunicação socialda Arquidiocese para os leigos. Já o gran-de papel de um verdadeiro ghost wrigthé do padre Paulo Henrique da Silva.

w MAS - IISegundo murmúrios de algumas sa-cristias da Arquidiocese os dois nãosão influências favoráveis ao monse-nhor Lucas Batista. Razão do seu afas-tamento de forma deselegante da Fa-culdade de Teologia.

w ERRO - IA lentidão na definição de instrumen-tos de luta e a falta de agressividade nobom sentido de avanço levaram o go-verno a perder um tempo que pode tersido essencial para amenizar os efeitosda seca.

w TEMPO - IIAs cisternas, adutoras e barragens sãomedidas preventivas importantes paraarmazenar as águas do próximo in-verno. Ao longo deste ano a seca é amesma do ano passado e não houveuma providência.

w POESIAVem aí uma nova antologia da poesiabrasileira em dez volumes cobrindotodas as escolas e as fases da nossa his-tória literária. Mais de 100 poetas. Narelação da Folha de S. Paulo não háum só do RN.

w IMORTAISAs academias de medicina do Nordes-te estarão reunidas em Natal dia 17 demaio em mesas temáticas que vão de-bater questões científicas e culturais.Tudo sob a batuta do presidente Ar-mando Negreiros.

w MANIADe Aécio Neves: 'O PT sempre foi per-missivo com a inflação. Basta lembrarque se posicionou contra o Plano Real,instrumento que derrubou a inflação efez o país entrar na era de prosperidade'.

w ABISMOAs redes sociais se revelam: no abis-mo que cavam entre a grande singula-ridade de ser capa de Forbes e a pobre-za dos comentários. Aqui, pelo jeito, émais fácil ser bilionário do que ser ricode talento...

w NUVENSMas, em compensação, nosso Carli-nhos Zens promete todos os domin-gos chorar na sua flauta todas as má-goas de amor lá no restaurante e barNuvens Azuis, em Cotovelo, com oshow Naquela Mesa.

Ora, Senhor Redator, se escrevesse aqui ninguém acreditaria. Coisa de quem se sente velho antes do tempo.

O tempo é que anda correndo e na sua carreira tudo vai ficando com esse gosto de azinhavre. Tudo quando,

outro dia, ainda povoava nossas vidas: pente, pingüim na geladeira, radinho de pilha, lápis atrás da orelha.

Nem palmas batem mais no portão. Como, se não há mais portões e se invadem nossas casas gritando

‘Isto é um assalto!’ Leiam Ruy Castro. E a creditem.

Tãoarcaicoquanto

RUY CASTRO

A partir desta quarta-feira (17)até o dia 23 de abril, o Rotary Clubde Natal Reis Magos vai estar re-cepcionando 23 americanos noPrograma Intercâmbio da Amiza-de celebrado entre os Distritos4500 do Nordeste do Brasil e oD.5500 do Southern Arizona,USA. O grupo vem conhecer pro-jetos culturais e sociais como oMuseu do Vaqueiro (Fazenda Bon-fim) e Casa do Bem, além de pro-mover oficinas e fazer doações decomputadores, máquinas de costu-ra, serigrafia, entre outros equipa-mentos.

O Governador do Distrito 5500do Arizona, Randy Brooks e suaesposa Deb Hume estão à frente dogrupo convidado. Em Natal, as fa-mílias rotarianas e amigos serãoresponsáveis por hospedar os com-panheiros norte-americanos.“Tudo começou com uma viagemde Emanuelle Barreto ao Arizona,rotariana do nosso clube, e queculminou com este intercâmbiodepois que Randy veio a Natal anopassado para conhecer”, contaSylvia Faye Raymond Lopes, queestá na organização local ao ladodo marido Onofre Jr e irá recep-cionar os visitantes nos trabalhossociais e passeios. “O objetivo davisita, é conhecer nossa maneira deviver, como atuamos na comuni-dade e os trabalhos desenvolvi-dos”, conta Sylvia. Eles tambémtrabalharão em diversas comunida-

des durante o dia, e à noite esta-rão com as famílias hospedeiraspara lazer e outras atividades.

Entre os lugares a serem visi-tados estão a Casa do Bem (Rea-lização de oficinas de Informática,danças e exames. Onde doarão oscomputadores); Grupo Despertarda Liga contra o Câncer; NRDC -(Núcleo Rotary de Desenvolvi-mento Comunitário) em Pium, que

funciona no Centro Social Dr.Mário Medeiros, onde terá Ofici-nas de Costura e serigrafia do ma-terial recebido com a Apresentaçãodo Grupo de Danças.

A visita ao Museu do Vaquei-ro, localizado na Lagoa do Bonfim,está marcada para 17h do sábado(dia 20). Haverá apresentação dogrupo de Crianças Sanfoneiras,projeto coordenado por Marcos

Lopes voltado para a preservaçãoda cultura popular. O grupo tam-bém vai conhecer as atividadesprogramadas pelo museu e umpouco da história do vaqueiro edo projeto Forró da Lua, que in-clusive já foi notícia no New YorkTimes. Antes, o Rotary e seus con-vidados farão um city tour porNatal e arredores para conheceros principais pontos turísticos.

Rotary Club recebe 23 americanospara conhecer projetos sociais GRUPO VAI PROMOVER OFICINAS E DOAR COMPUTADORES E OUTROS EQUIPAMENTOS

Casa do Bem é um dos locais a serem visitados pelos norte-americanos e também será contemplada com doações

Wellington Rocha

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013 Cidade

Fone: 3211-3126

[email protected]

Lília Junqueira, voluntária do INTERCAMPI em João Pessoa

CAROLINA SOUZA

ACW.SOUZA@GMAIL

Repetição ou prolongamento desons e sílabas. Bloqueio de sons.Simplificação de frases. Essas sãosituações recorrentes às pessoas quesofrem de disfemia, uma perturba-ção na fala popularmente conheci-da como gagueira. De origem psi-comotora, a gagueira se caracteri-za pela interrupção da fala por in-segurança, excitações e bloqueiosem todas as situações de comunica-ção, inclusive na leitura.

Cerca de 5% das crianças entredois e quatro anos de idade apresen-tam episódios de disfemia, sendogeralmente episódios transitóriosque duram poucos meses, ocorren-do em consequência de uma com-binação de vários fatores durante odesenvolvimento da fala. Um des-tes fatores é a maturação lenta doprocessamento da linguagem, re-sultante de uma habilidade aindapequena para articular palavras eencadeá-las em frases nesta idade.

"A gagueira é uma patologiaque geralmente tem origem na in-fância, podendo acontecer de formanatural (gagueiras que dependemde determinadas situações no am-biente social, como nervosismo eansiedade), fisiológica (quando acriança está adquirindo a fala) ou pa-tológica, quando o menor sofre al-guma intervenção negativa por parteda família, causando sofrimento aosujeito", explica a fonoaudiólogaFernanda Tamisa.

Responsável por fazer atendi-mentos terapêuticos em uma clíni-ca de especialidades integradas, Fer-nanda explica que a gagueira pato-lógica é a forma em que o proble-ma se apresenta de maneira maisséria. "Ao ver a criança gaguejan-do naturalmente, com ansiedadepara falar tudo de uma vez só, amãe fica nervosa com a situação epede que a criança tenha calma,pense antes de falar. Mas isso sóatrapalha o desenvolvimento da fala,pois, quando a criança começa a sepreocupar com seu discurso, ela co-meça a quebrar algo que é espon-tâneo", disse.

O rápido fluxo de pensamen-tos, em contraste com a relativa ima-turidade do sistema, contribui paraque a criança apresente alguma di-ficuldade para produzir um ritmoregular e suave em sua fala. Esseproblema pode aumentar quando acriança está ansiosa, cansada oudoente, e quando está tentando do-minar muitas palavras novas. "Ospais não podem intervir negativa-mente. Têm que deixar que a falatranscorra de forma natural, mesmoque haja interrupções", avaliou aprofissional.

A disfemia que persiste apósos cinco anos de idade está asso-ciada a alterações anatômicas efuncionais do cérebro, conformevêm demonstrando as pesquisas

mais modernas de neuroimagem. Aavaliação e o tratamento precocessão decisivos para que a criançaconsiga compensar cedo essaseventuais deficiências, antes doaparecimento de complicações se-cundárias. Por essa razão, reco-menda-se que toda criança comsintomas recorrentes de gagueirapasse por avaliação da fonoaudio-logia o mais cedo possível.

"Existem algumas teorias quedefendem a gagueira como umacausa biológica, hereditária. Mas alinha de tratamento que a maioriados profissionais trabalha não con-sidera isso. A abordagem terapêu-tica é detalhadamente na construção

da linguagem do indivíduo. A famí-lia deve ser orientada para que as in-tervenções negativas não aconte-çam. O primeiro sinal que possapreocupar alguém já carece doacompanhamento por um profissio-nal", reforçou Fernanda.

O fonoaudiólogo é o clínico res-ponsável pelo atendimento da maio-ria dos pacientes com gagueira. Noentanto, nem todo fonoaudiólogoestá devidamente capacitado paratal tarefa. Em muitos casos, apenasa terapia da fonoaudiologia é insu-

ficiente para atender de forma ade-quada todas as necessidades do pa-ciente com gagueira, tornando ne-cessária a adoção de medidas adi-cionais de suporte, como assistên-cia psicológica e farmacológica.

Do mesmo modo que algumaspessoas com problemas emocionaispodem acabar desenvolvendo gas-trites, colites, alergias cutâneas ouenxaqueca, a gagueira, emboramenos comum, também pode serdesenvolvida. No geral, quem sofrede gagueira no dia a dia tende a sen-tir mais dificuldade em situaçõesespecíficas de estresse, como falarem público.

Existem também aqueles indi-víduos que sofrem com gagueira re-pentina, somente em momentos es-tressantes - exatamente como algu-mas pessoas suam ou sofrem decólicas ao ficarem nervosas. Emambos os casos não há motivo paramuita preocupação. Eles podemser tratados com terapias e atémesmo com medicamentos que di-minuem o estado de nervosismo.Normalmente, a cura da gagueiraacontece quando o indivíduo con-trola a tensão.

De acordo com a fonoaudiólo-ga Fernanda Tamisa, a gagueira éuma dificuldade em controlar oritmo da fala. "Geralmente, as pes-soas que sofrem da gagueira cantamnormalmente, pois a música já temum ritmo conhecido", explica. "Per-cebemos também que, quando estãoem público, muitas vezes batem amão ou o pé em algum objeto ou nochão. Isso acontece porque estãoprocurando um ritmo que os auxi-lie na hora de falar", afirma.

DISFEMIA: quando afala é uma eternidade

Fernanda explica que medicamentos e terapias podem eliminar o problema em adultos

CONHECIDA POPULARMENTE COMO GAGUEIRA, PATOLOGIA

TEM INÍCIO, NA MAIORIA DOS CASOS, DURANTE A INFÂNCIAJosé Aldenir

Para não ser arroganteA arrogância é a atitude, ca-

ráter, traço, tendência ou conjun-to de padrões de comportamen-to caracterizado pela falsa auto-concepção de superioridade emrelação às demais consciências.Em outras palavras, as consciên-cias que têm este desvio de per-sonalidade se julgam melhoresdo que as outras, podendo produ-zir sentimento de inferioridadenas pessoas com as quais intera-ge.

A personalidade arrogante,em geral, se caracteriza por sen-timentos de vanglória, de amorpróprio exagerado, prepotênciae falta de modéstia. Devido a estacondição permanente de dese-quilíbrio emocional na qual vive,ela nutre sentimentos negativospelas pessoas. Não raro sente porelas orgulho desprezivo porque osentimento de autossuperiorida-de leva à certeza de que todossão inferiores. Esta certeza levaao sentimento de heteroinferiori-dade, ou seja, faz com que aspessoas se sintam inferiores,mesmo que elas não o sejam.

O comportamento arrogantepode ser identificado desde a pos-tura do soma (corpo físico) até asações mais abstratas da consciên-cia, tais como decisões impor-tantes que envolvam o destinode muitas pessoas. O corpo em-pertigado, o olhar de desprezo, aaltivez exagerada, são algumasdas expressões corporais da ar-rogância. Devido à percepção de-turpada de si mesmo e dos outros,são cometidas muitas gafes e fa-lhas de etiqueta, como interrup-ção súbita da fala alheia e outrasformas sutis de fazer os outrosperceberem que são inferiores.

Esta forma de manifestaçãoé muito conhecida e encontra-setraduzida nas expressões popula-res: "Trazer o rei na barriga","Ser cheio de si", "Posar de saltoalto", "Viver em torre da mar-fim".

O desequilíbrio emocional ecomportamental do arrogantetambém levam a um desvio dasua forma de pensar. Sentir-se eagir como o centro do universofazem o arrogante pensar sobresi mesmo e seu papel no mundode forma equivocada, não condi-zente com a realidade. Por efei-to da excessiva autoconfiança an-ticosmoética, ou seja, contráriaà ética universal das consciên-cias, evita ouvir e até mesmo ig-nora a crítica dos outros, afinal,

não faria sentido alguém tão per-feito ter defeitos. Considerandoos seus críticos como seres infe-riores, pensa que não vale a penaincomodar-se com as opiniõesdeles a seu respeito. Esta lógicaleva a uma falta de autoconheci-mento, deixando o arroganteaberto a cometer muitas falhasevolutivas. Por isso, não raro, de-cisões erradas são tomadas e,mesmo tendo sucesso profissio-nal e pessoal por determinadotempo, o arrogante facilmenteencontra o fracasso e o digeremuito mal, pois não vê lógica noque está acontecendo.

Se estudarmos o complexoda manifestação da personalida-de arrogante, veremos que se tratade um problema da ordem daconvivialidade. Os arrogantesnão conseguem conviver bemcom os outros. Exemplo disso éo fato de que, quando estão emsituação de liderança, eles emgeral centralizam as decisões, po-dendo chegar ao domínio dogrupo e até à tirania. Por outrolado, quando em situação de li-derados, não somam com os ou-tros e sua atuação prima pelacompetitividade. O arrogante temdificuldade de ajudar os outros ede ser ajudado quando tem neces-sidade pelo fato de pensar-se au-tossuficiente.

Uma das causas mais fre-quentes da arrogância é a condi-ção de insegurança da consciên-cia, gerada, normalmente, no pe-ríodo intrafísico da preparaçãoevolutiva. No período em que aconsciência está formando a suaidentidade, podem ocorrer pro-blemas, traumas, falta de aceita-ção pelos outros, acarretando osentimento de insegurança e anecessidade de forjar uma iden-tidade estruturada mais nas exi-gências externas do que nas pró-prias necessidades e prioridades.Na maioria das vezes esta iden-tidade insegura se apoia forte-mente em poucas qualidades daconsciência, deixando as outrasem estado de latência. Ao fazerisso, o indivíduo exagera incons-cientemente nessas qualidadesespecíficas. Dentro do escopodestas qualidades, ela passa a seconsiderar sem falhas, perfeita,inquestionável, não admitindomais nenhum tipo de crítica eacreditando-se superior às de-mais. Em outras palavras, tor-nando-se arrogante.

A educação falha também

pode ser uma causa da arrogân-cia. Crianças que não têm obstá-culos para a sua vontade duran-te a infância, que não recebemuma noção adequada de que avida é uma oportunidade deaprendizagem, de aperfeiçoamen-to e de trabalho para evoluir epara ajudar os outros, em geraltêm dificuldades de pensenizarde forma favorável ao desenvol-vimento da convivalidade sadia.Por ausência ou negligência dotrabalho esclarecedor dos adultos,a criança pode acreditar-se supe-rior aos outros desde pequena,tornando-se arrogante por igno-rância.

A arrogância pode ainda teruma origem cármica. Consciên-cias que trazem o traço da arro-gância de outras vidas têm a ten-dência para desenvolver essetraço na vida atual, independen-te da família, do grupo ou da so-ciedade na qual elas ressomem.Neste caso, é preciso estudar maisa fundo a trajetória de vidas pas-sadas, conhecer as interprisões, oserros do passado que estão sendorepetidos para passar a viver deforma mais sadia.

A arrogância resulta para oindivíduo em dificuldade de in-teração e de trabalho em equipe,gerando falta de convivialidade,autoritarismo e autoisola-mento.Para o grupo, a arrogância gerasentimento de inferioridade e in-segurança, aumentando a possi-bilidade do fracasso dos em-preendimentos.

Para prevenir a arrogância éimportante cultivar qualidadesopostas, como a assistencialida-de, a autocoerência e o autoco-nhecimento. Já como profilaxiaou terapêutica, existem técnicasespecializadas na Consciencio-logia, como por exemplo a auto-pesquisa, as técnicas de autocon-trole e interassistência, a recicla-gem consciencial, a técnica deobservar consciências mais evo-luídas para perceber as própriaslimitações, as técnicas conscien-ciométricas e a tenepes.

Concluindo, é preciso traba-lhar a consciência para evitar e di-minuir a arrogância porque elaproduz sentimento de inferiorida-de nas outras pessoas, causandoamargura nas relações interpes-soais, permitindo a permanênciadas interprisões e, consequente-mente, possibilitando estagnaçãoevolutiva no meio consciencialonde ela se instala.

A população em geral dispõede pouco conhecimento sobre oproblema da gagueira. Destaforma, a pessoa que gagueja acabasofrendo preconceito na hora debuscar uma colocação profissio-nal, em uma entrevista de empre-go, no ambiente de trabalho ouem seu ambiente de convívio fa-miliar e social. O gago é sempremotivo de piada e brincadeiras e,muitas vezes, não é levado a sério,por causa de dificuldade de fala.

Até o momento não se conhe-ce cura para a gagueira, no senti-do de eliminar o caráter genéticoe/ou orgânico envolvido. O queexiste são diferentes linhas de tra-tamento para melhorar a fala, ereduzir os sintomas. Atualmente,a tecnologia é uma grande aliadano tratamento de algumas pessoasque gaguejam. Alguns aparelhostêm mostrado excelentes resulta-dos na promoção de fluência dafala. Já existem no mercado pro-dutos para tratamento da gaguei-ra, como o SpeechEasy.

O aparelho age no cérebro de-sencadeando o efeito coro - um fe-nômeno natural que reduz a ga-

gueira. O efeito coro ocorre quan-do uma pessoa que gagueja falaou lê ao mesmo tempo em queoutra pessoa, reduzindo a gaguei-ra. Por fazer a voz do usuário al-cançar o cérebro com um ligeiro

atraso e com um tom diferente, oaparelho fornece a sensação dapessoa estar falando ao mesmotempo em que a outra.

Apesar de ser um tratamen-to que une tecnologia avançadae conforto para a pessoa quesofre da patologia, deve ser uti-lizado em combinação com tra-tamento fonoaudiológico espe-cializado para que seu benefí-cio seja otimizado.

É comum as pessoas não terempaciência para escutar o gago, in-terferindo na sua fala ou até mesmocompletando o que acredita que odisfluente iria falar. Em se tratan-do de um distúrbio que não afetaa inteligência nem outras habili-dades do indivíduo, a gagueira nãodeve impedir que a pessoa traba-lhe, estude e seja bem sucedidaprofissional e pessoalmente. Se-gundo o Instituto Brasileiro deFluência (IBF), a incidência da ga-gueira no Brasil é de 5% - aproxi-madamente 9,5 milhões de brasi-leiros passam por um período degagueira na fase da vida. Dessenúmero, 1% torna-se permanente-mente disfêmico.

Falta de informação sobre adisfemia gera preconceito

Gagueira atinge 5% da população do Brasil

Divulgação

‘A disfemia que persiste

após os 5 anos de idade estáassociada a alterações ana-

tômicas e funcionais docérebro, confome pesquisas

FERNANDA TAMISA

FONOAUDIÓLOGA

O meia Cascata, artilheiro doAmérica na temporada com seisgols, pode estar com os dias con-tados no América. Tal qual em2011, quando ainda vestia a cami-sa do ABC e foi sondado pela PontePreta-SP, o jogador voltou a seralvo de interesse do time de Cam-pinas que disputará a Série A doCampeonato Brasileiro este anomais uma vez. Apesar da informa-ção ter partido de uma fonte segu-ra, o jogador fez questão de des-mentir o contato, mas não negou apossibilidade de uma eventual trans-ferência para um clube da Primei-ra Divisão.

Em entrevista ao Globoespor-te.com, o jogador aprovou a ideia,mas destacou que o papel de des-taque tem vindo através do traba-lho em grupo e não pelo desempe-nho pessoal. "- Seria legal, né? Eu

sempre trabalho com um objetivo.Eu sou muito grato, desde que che-guei ao América, ao presidente Alexe toda a diretoria do clube, ao pro-fessor Roberto, mas não tem ne-nhuma proposta, não tem nada, atéagora... É uma novidade para mim,mas eu fico feliz, que se aparecervai ser muito bom. Isso mostra queeu estou fazendo um grande traba-lho dentro do América, mas eu achoque o mais importante é o grupotodo, eu não estou fazendo nadasó", disse o atleta do portal.

Na imprensa paulista, a infor-mação de que o jogador poderiaestar em negociação com a PontePreta surgiu a partir das notíciasveiculadas em Natal e ninguém daMacaca se pronunciou até o mo-mento. A reportagem do JORNALDE HOJE tentou contato com opresidente da Ponte Preta, Marce-

lo Della Volpi, mas o telefone do di-rigente esteve desligado pela maiorparte da manhã desta quarta-feira.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 17 de abril de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

RODADA QUENTEA quarta rodada do Campeona-

to Estadual promete ser uma dasmais quentes de toda a edição desteano da competição. Quatro equipesbrigam em condições reais por duasvagas na final do segundo turno.Potiguar, América, Assu e ABC, se-guidos de longe, mas ainda compossibilidades remotas, por Alecrime Santa Cruz. Os jogos começamàs 20h30 desta quarta-feira.

Líder, o Potiguar é a equipe emmelhor situação. Uma vitória hojefará a equipe abrir cinco pontos do se-gundo colocado com apenas três ro-dadas para o final da competição,sem falar que este mesmo vice-líderainda vai encarar um clássico perigo-so contra o maior rival. Caso o TimeMacho seja eficiente e mantenha atéa próxima rodada os 100% de apro-veitamento, é possível que já no finalde semana, os mossoroenses possamcomemorar a classificação antecipa-da para a decisão do turno.

Os gigantes da capital, contu-do, estão loucos, cada um com seusmotivos, para evitar que o Potiguarchegue primeiro. O América, cam-peão do turno passado, terá o con-fronto direto como a chance de ul-trapassar o rival do Oeste e caminharrumo a mais uma final. Se fizer, teráa chance de levar os dois turnos e sercampeão de direto. Mas para tal,

precisa vencer pelo menos os doispróximos jogos para garantir tranqui-lidade na briga pela vaga na final,pois assim como ele, o Potiguar tam-bém fará um clássico local.

O ABC, entalado com a possi-bilidade de ver o ano de 2014 ape-nas com o Estadual e o Brasileiro,tem a oportunidade de ouro em veros dois primeiros se digladiarementre si para que ele, se bem suce-dido hoje, possa se aproximar e daro bote pelo G2, já no domingo, con-tra o Alvirrubro. Com a vida e o ca-lendário 2014 em jogo, o ABC pre-cisa vencer e, motivação hoje, nãofalta ao Alvinegro.

O Assu, terceiro, à frente doABC pelos critérios de desempate,dá uma de Camaleão e come discre-tamente, pelas beiradas. Além doSanta Cruz, adversário de hoje, otime é o único do campeonato comdois confrontos diretos por classifi-cação, justamente contra os gran-des de Natal, e pode surpreender. Etoda a competição ganhará cores di-ferentes a partir desta quarta roda-da. É segurar na arquibancada, norádio de pilha e torcer!

ALVO CERTOO interesse da Ponte Preta no

meia Cascata é reflexo do rendi-mento do atleta em campo. É pro-vável que, diante do que vem pro-

duzindo e se mantiver o bom de-sempenho, esta não seja a primei-ra, nem a última equipe a manifes-tar o desejo de contar com o joga-dor de 30 anos. Experiente e comfome de bola após um ano de 2012praticamente desperdiçado com alesão que o afastou dos gramadospor seis meses, Cascata é um cami-sa 10 ofensivo, insinuante e rápido,como poucos no futebol brasileiro.Não é craque, mas é diferenciado osuficiente para vestir a camisa dequalquer time da Série A na atuali-dade.

MITO BRINCALHÃOO zagueiro Flávio Boaventura

levou muita gente à loucura duran-te o dia de ontem após uma brinca-deira postada pelo jogador abecedis-ta em sua página pessoal no Face-book, na qual afirmava ter recebi-do uma ligação do presidente doVasco, Roberto Dinamite, sobre umsuposto interesse do time da Cruz deMalta pelo jogador para substituir ozagueiro Dedé, negociado com oCruzeiro. Os mais desavisados le-varam a sério a brincadeira de Boa-ventura e chegaram, inclusive, a sedespedir do atleta em postagens narede social. Devido a repercussão eo fato ter chegado a alguns veícu-los de comunicação, o jogador apa-gou a postagem e "encerrou" as ne-

gociações com o Vasco.

FUTSALDepois de empatar em 2 a 2

com a equipe da URV na última se-gunda-feira, o América/Cavaleirosdo Forró volta à quadra do GinásioNélio Dias nesta quinta-feira (18),às 21h, para encarar o Gasac nocomplemento da 4ª Rodada da TaçaCidade do Natal de Futsal. Na pre-liminar jogam: União Zona Norte xSanto Antônio. Lembrando que oingresso custa apenas R$ 2,00.Todos os jogos da competição estãosendo disputados no Nélio Dias.

PENEIRA REFORÇADATreinador que participou da for-

mação e revelação de grandes nomesdo futebol como Dentinho (Besik-tas), Lulinha (Ceará), William (Shak-tar Donnetsk) e Marquinhos (ASRoma), entre muitos outros jogado-res nos Estados Unidos e no Brasil,Daniel Musatti vem a Natal partici-par da seletiva que a Next LevelSports realiza na capital nos dias 1e 2 de junho. Daniel será um dosprofissionais que irão avaliar os atle-tas potiguares para indicações emclubes e universidades nos EstadosUnidos. Os interessados em partici-par da seletiva em Natal devem seinscrever no site www.esporteno-seua.com/seletivas/futebol.

JOGO DA LIDERANÇAAMÉRICA E POTIGUAR SE ENFRENTAM DE OLHO NA LIDERANÇA DO CAMPEONATO ESTADUAL. EQUIPE

QUE VENCER A PARTIDA DE HOJE ASSUME A PONTA DA TABELA A TRÊS JOGOS DO FIM DO 2º TURNOTrês pontos que podem encami-

nhar o Campeonato Potiguar parauma das equipes na reta final do Se-gundo Turno. América e Potiguarde Mossoró se encontram logo mais,às 20h30, para fazer um jogo de seispontos que pode definir não apenaso líder ao final da quarta rodada dacompetição, mas principalmente daro tom do que poderá acontecer nasrodadas finais da Copa Cidade doNatal. Os mossoroenses ocupam aliderança da competição com novepontos ganhos e podem abrir cincopontos em relação ao rival, caso ven-çam hoje. Os americanos, por outrolado, têm sete pontos e o desejo in-contido de ultrapassar os rivais. Apartida mais quente da rodada serárealizada no Estádio Nazarenão, casarubra no Estadual.

Não apenas a vantagem e a li-derança do Potiguar serão suficien-tes para tornar a vida do Alvirrubrodifícil no duelo de logo mais. OAmérica terá pela frente, hoje, aequipe com o melhor aproveitamen-to deste segundo turno no qual nãoperdeu um ponto sequer, em novedisputados, tem o melhor ataquecom seis gols marcados, mas prin-cipalmente, a melhor defesa. O TimeMacho ainda não sofreu gols noturno e há seis jogos não vê sua metavencida pelo adversário. Além disso,os mossoroenses ainda contam coma motivação em devolver a derrotasofrida em casa, ainda no primeiroturno, quando perdeu por 2 a 1, noEstádio Nogueirão.

As dificuldades diante do time

da capital potiguar não se resumemao adversário. Em campo, o técnicoRoberto Fernandes não poderá con-tar com os laterais esquerdos Rena-tinho Potiguar e Bruno, ambos sus-pensos com o terceiro cartão amare-lo. O meia Netinho, mais uma vez,será improvisado no setor. O timeainda deverá entrar em campo como camisa 10, Cascata, pendurado comdois cartões e sob risco de ficar de forado clássico, bem como o atacanteÍndio Oliveira, também ameaçado de

ficar de fora do confronto do ABC,na próxima rodada, caso receba oterceiro amarelo hoje. Na mesma si-tuação estão o centroavante TiagoAdan e o zagueiro Alysson.

Mas para ser campeão, nadacomo algumas boas dificuldadespara provar-se merecedor da con-quista e, sob esse pensamento, o téc-nico Roberto Fernandes espera en-frentar um adversário duro, mas pas-sível de ser batido. Aseu favor, o trei-nador tem o argumento de a equipe

não perder há 12 jogos. A últimaderrota do time rubro foi na primei-ra rodada do Estadual, contra o Co-rintians de Caicó, no primeiro turno.De lá para cá, os adversários se tor-naram apenas estatísticas na contarubra. E como reforço para o jogo,Fernandes contará com a defesa ti-tular. O zagueiro Índio, que cum-priu suspensão automática na vitó-ria por 1 a 0 sobre o Santa Cruz,está de volta e fará companhia aEdson Rocha no duelo de logo mais

contra o seu antigo rival. "O time deles não é líder por

acaso. Eles têm excelentes jogado-res, como o Ítalo, o Vaninho e oKattê, mas nós estamos preparados.Vamos entrar em campo para ga-nhar o jogo, sempre respeitando aequipe do Potiguar, é claro", afir-mou o defensor, ex-jogador do Ba-raúnas e atleta titular da equipe mos-soroense na campanha do acesso àSérie C do ano passado, oportunida-de em que se destacou e acabou con-

tratado pelo América para a atualtemporada.

Para o volante Ricardo Baiano,a prioridade americana é superar oPotiguar para poder pensar em qual-quer outra coisa, inclusive o clássi-co. Com a dificuldade natural queserá enfrentar o líder, o jogador des-taca o poder de superação america-no para terminar a rodada com umavitória e a ponta da tabela. "Paranós, a decisão do campeonato é con-tra o Potiguar de Mossoró. Só vamospensar no clássico contra o ABC de-pois do jogo desta quarta. O Potiguaré o melhor time no momento, masnós temos condições de vencê-los.Vou manter a marcação forte e ten-tar ajudar o time. Precisamos con-tinuar jogando com garra, determi-nação, para sair com a vitória", afir-mou.

Assim, Roberto Fernandes pro-mete colocar em campo força má-xima para garantir os três pontos ea liderança do turno ainda nesta ro-dada. O ataque pode ter mudançase o treinador optar por uma forma-ção mais experiente com Tiago Adane Itamar, este último, marcou doisgols nos últimos três jogos e têmsido decisivo em favor do América.No meio, a única surpresa é o des-locamento de Netinho para a lateral-esquerda, e o meio passando a serformado por Ricardo Baiano, Da-niel, Fabinho e Cascata. Sem mis-tério, o treinador rubro deve formaro América com a seguinte formação:Dida; Norberto, Edson Rocha, Índioe Netinho; Ricardo Baiano, Daniel,

CASCATA NA MIRA DA MACACA

América x Potiguar(Nazarenão)

Corintians x ABC (Marizão)

Assu x Santa Cruz (Edgarzão)

Baraúnas x Alecrim(Nogueirão)

JOGOS DA RODADA

Meia Cascata está na mira da Ponte Preta para disputa do Brasileirão

Ainda desconfiado com produção ofensiva, Técnico Roberto Fernandes vaicom força máxima para vencer e assumir a liderança

Técnico Celso Teixeira colocou Potiguar na linha e quer abrir distância do segundo colocado por vaga na final do turno

Wellington RochaWellington Rocha

Wellington Rocha

Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

O futebol para Ronaldinho Gaúcho hoje é apenas contagem de cé-dulas e divertimento secundário. Impuseram-lhe uma sacanagem coma convocação para o amistoso do Brasil contra o Chile, dia 24 no Mi-neirão. Menos mal que ele repousa por lá. Em Belo Horizonte.

Felipão tirar Ronaldinho Gaúcho de uma noite de balada, cer-cado por gostosas do BBB e por sacrificadas de academia de ginás-tica é perseguição. Abuso de poder do treinador sem nenhum pingode humor.

Ronaldinho Gaúcho tem muito mais o que fazer. Tem pagode,churrascada, boate, motel, alegria, foto sorrindo com aqueles den-tões desfrutando os cifrões que Deus lhe deu.

Ronaldinho Gaúcho está no Atlético Mineiro de passatempo, dáum, dois, três dribles, faz uma jogada genial e se garante por trêsmeses, mídia inteira quase em masturbação bajulatória.

A seleção brasileira acabou para Ronaldinho Gaúcho em 2006.Ele já estava milionário, era o melhor do mundo no Barcelona, davacafunés em Messi, uma criança com futebol de gênio precoce. ParaRonaldinho Gaúcho, foi um martírio a ida à Copa do Mundo da Ale-manha.

Enrolava nos treinos, fazia embaixadinhas, a galera delirava, eleria aquele sorriso dentuçal, balaçava as madeixas e pronto. Nada maisnem demais. Nem viu a cor da bola no baile comandado por Zida-ne no segundo sacode francês em oito anos.

Naquele jogo, Zidane provou quem era craque de verdade e deholofote. Ele sempre verdadeiro. Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fe-nômeno, Kaká, Roberto Carlos e Robinho, postos numa panela decaviar, não deram um chá de sua meia do pé esquerdo, suja de tantochulé de gênio.

Aí vem Felipão e convoca Ronaldinho Gaúcho para um jogo semimportância. Lá vai Ronaldinho Gaúcho desmarcar compromissoscom aquela loiraça sincera, siliconada, com marquinha de biquini,depois com a morenaça que iria trazer do Rio de Janeiro, rainha debateria de escola de samba.

Convenhamos, é maldade demais de Felipão. Deixa o cara viver,curtir o dinheiro que ganhou na vida. Ninguém merece estar no es-plendor da realização pessoal e ter de jogar ao lado de um Jadson,de um Jean, de um Ralf.

Ninguém suporta ter de fingir que acha engraçada a palhaçadainterminável de Neymar, imitador sem graça. Repetitivo, cansativo.Eu no lugar de Ronaldinho Gaúcho pediria licença e diria, obriga-do. Por mais que nada tenha feito de bom quando tinha a missão dedecidir.

Você foi cruel, Felipão, muito cruel com Ronaldinho Gaúcho.Que jogou sua última partida de futebol de verdade há dois anos, numsensacional Flamengo 5x4 Santos na Vila Belmiro. Hoje ele é umcidadão livre. Livre da companhia de pernas-de-pau iguais aos seus.

UMA QUESTÃO MATEMÁ-TICA

Quando um time lança mãoda calculadora é porque o negó-cio vai mal, mal demais. É o casodo ABC, que tem de ganhar doCorintians em Caicó, nem quetenha de comer na dentada todasos lajedos seculares do Seridó. Éa chance de se manter respirandono segundo turno.

COPA DO NORDESTECaso dance no Estadual, o

ABC travará uma luta titânica pelosegundo lugar na pontuação geral.Hoje, seu adversário direto é oPotiguar. Então, cada rodada seráum drama de Shakespeare. Umolho no time e outro no rádio, se-cando o adversário. E o pelotãoderradeiro se aproximando.

JEAN CARIOCAToda a criatividade do ABC

nos pés de Jean Carioca. Hojesanto vai fazer hora extra. Reza detorcedor alvinegro até o árbitroencerrar a partida. Fora o medo debandeirinhas.

TRANQUILOPoupe ou não seus titulares

hoje, perca ou não o clássico dedomingo, o América está classi-ficado para a decisão do campeo-nato. Em seus domínios, a chan-ce de atrapalhar ou não a vida domaior adversário. O Américapensa na Série B, na Copa do Bra-sil do próximo ano e no Campeo-nato do Nordeste.

BOA IDEIAO Campeonato dos Excluí-

dos, com times nordestinos fora doBrasileiro no segundo semestre,bancado pelo Alecrim, pode até serembrião para a separação do Cam-peonato do Nordeste em divisões,eliminando de uma vez por todaso falido Campeonato Estadual,cujo sucesso, o público timbra oatestado toda rodada.

SEGURANÇAÉ COM DIRCEU

O responsável pela seguran-ça da Copa das Confederações éo ex-policial federal José HilárioMedeiros. Fez parte da guardapessoal do ex-presidente Lula ecuidou da segurança do ex-minis-tro José Dirceu, condenado peloescândalo do mensalão. A vidados jogadores está, literalmente,em mãos hilárias.

AFONSINHOAfonso Celso Garcia Reis

ao telefone. Um papo ao seu es-tilo de jogo, macio e elegante.Afonsinho tomava um chope noRio de Janeiro com o amigo po-tiguar Batalha Filho que ligoupara atiçar meu descanso. Afon-sinho é um dos ícones do fute-bol arte e da rebeldia. Já tomoucerveja comigo. Na minha casa.É feito para guardar no currícu-lo

FORAPrimeiro jogador brasileiro

a conseguir o passe livre, nosanos 1970, Afonsinho defende asaída imediata do presidente daCBF, José Maria Marin. Na su-tileza, diz que Marin não temcredenciais para a dimensão doposto. A começar pela proximi-dade de Ricardo Teixeira. E pelasua simpatia colaboracionistacom a Ditadura.

SOLIDARIEDADEPresidentes de federações de

futebol reunidos no Rio de Janei-ro, claro, foram solidários aMarin na denúncia de superfatu-ramento na compra e construçãoda nova sede da CBF. Preço demercado, disseram os impolu-tos. Um mercado imenso, ummercado de Dubai.

DIFERENÇAOs presidentes de federações,

que estão em seus cargos exclu-sivamente por dedicação e amorao futebol, acharam razoável adiferença de R$ 31 milhões entreo valor estimado e o pago porMarin na obra. Inicialmente se-riam R$ 39 milhões. Gastou-seR$ R$ 70 milhões. Não sefalou(ainda) em rateio.

PARA OS VOVÔSO Brasil passou 50 anos sem

ganhar Sul-Americano. Antes daCopa América de 1989, aquelegol de cabeça de Romário con-tra o Uruguai, levantou canecoem 1949. No dia 17 de abril, há64 anos, goleada por 5x0 na Co-lômbia, com 45 mil pagantes noPacaembu em São Paulo.

O BRASILEscalado por Flávio Costa, o

Brasil venceu com gols de Ade-mir Menezes(2), Orlando Pingode Ouro, Canhotinho e Tesouri-nha. O time: Barbosa(Osvaldo),Augusto(Nilton Santos) e Wil-son; Bauer, Rui e Noronha(Bigo-de); Tesourinha, Ademir Mene-zes, Nininho, Orlando Pingo deOuro e Canhotinho.

Ele tem razão

ABC enfrenta o Corintians pela sobrevivência no EstadualEM DUELO DE ALVINEGROS TIME DA CAPITAL PRECISA BATER O CORINTIANS,PARA SEGUIR VIVO NO ESTADUAL. DUELO COMEÇA ÀS 20H30, NO MARIZÃO

Quarto colocado com quatropontos e a quatro jogos para o fimda fase classificatória do 2º turno, oABC tem quatro "decisões" pelafrente para continuar sonhando emir à final da Copa Cidade do Natal.Mas para poder disputar as outrastrês, o Alvinegro precisa irremedia-velmente vencer a partida destanoite, contra o lanterna Corintians deCaicó, no Estádio Marizão, às20h30. Qualquer resultado diferen-te de uma vitória na noite desta quar-ta-feira praticamente eliminará aschances abecedistas, já que o Alvi-negro passaria a precisar de um ver-dadeiro milagre para chegar à dis-puta do título.

Arodada de hoje, inclusive, temum componente especial para o Al-vinegro. O América, rival na brigapor uma das duas vagas na decisãoda Copa Cidade do Natal, encara olíder Potiguar de Mossoró que ven-ceu todas as três partidas disputadasaté o momento neste segundo turno.Atrás do rival por apenas três pon-tos, uma vitória hoje, somada a umacombinação adequada de resultadoscomo a derrota do América e umempate do Assu com o Santa Cruz,pode colocar os abecedistas empa-tados com o Alvirrubro da capital navice-liderança da competição aindanesta rodada. No domingo, as duasequipes se enfrentariam num con-fronto direto pela segunda colocação.

No caso de um empate entreAmérica e Potiguar, o rivais esta-cionariam e o Alvinegro reduziria adistância não apenas para uma dasequipes, mas para as duas, além deevitar que os adversários aumentas-sem o saldo no primeiro critério dedesempate depois dos pontos: o nú-mero de vitórias. Por outro lado, oABC não pode pensar em qualquertropeço nesta ou nas próximas roda-das sob pena de ver o planejamen-to do calendário do primeiro semes-tre do ano que vem se resumir aoCampeonato Estadual, já que asvagas que restam para a Copa doBrasil e Copa do Nordeste do pró-ximo ano serão da equipe campeã do2º turno do Estadual.

As duas equipes se encontra pelaprimeira vez, no Estadual, na quar-ta rodada do 1º turno e o ABC levoua melhor - bem melhor. Venceu oentão Corintians por 6 a 1, no Está-

dio Frasqueirão. Para o zagueiroLeandro Cardoso, o jogo desta quar-ta-feira será totalmente diferente."Não podemos achar que encontra-remos a mesma facilidade que tive-mos no Frasqueirão. Esse é outrojogo, totalmente diferente. Até por-que sabemos que do outro lado temjogadores com os brios feridos, queagora, jogando em casa, diante desua torcida, vão querer vencer e des-contar aquela derrota", declarou o de-fensor.

O técnico do ABC, Paulo Porto,ainda não enfrentou o adversário se-ridoense, mas garante que conheceum pouco do que vai encontrar noMarizão, logo mais à noite. No pri-meiro encontro, Givanildo Oliveiraainda era o técnico do ABC. "Agente já conhece alguns jogadoresdeles e vamos chegar no jogo comuma boa condição. É preciso traba-lhar muito em campo, será um jogodifícil e sabemos que a vitória é fun-damental para nós e vamos para lápara vencer", afirmou o técnicoPaulo Porto que garante ter vistoproblemas maiores no ABC seremsuperados. "É um jogo muito im-portante para nós e todos estão cons-cientes disso. Passamos por dificul-dades maiores e vamos passar poressa também", apontou o treinador.

Paulo Porto relacionou 18 joga-dores para o jogo. O técnico seguesem contar com o lateral-esquerdoAlexandre e o volante Edson, aindaem recuperação de lesões, e tam-bém não terá o meia Junior Xuxa,suspenso pelo terceiro cartão ama-relo. Para o lugar do meia, Jean Ca-rioca deve ser promovido ao time ti-tular como principal armador daequipe. A novidade é o retorno dogoleiro Lopes, recuperado de umalesão muscular na coxa, mas quedeve seguir no banco ao menos pormais uma rodada, devido à falta decondicionamento físico.

O treinador ainda tem duas dú-vidas sobre como vai escalar a equi-pe. No ataque, Rodrigo Silva estáconfirmado, mas não seu parceiro.Vanderlei e Junior disputam a fun-ção, com o centroavante em levevantagem. Para a lateral-direita,Thiaguinho e Renato disputam a po-sição, com o primeiro com maischances de assumir a vaga pela se-quência de jogos, já que Renato vol-tou a atuar na partida passada, apósse recuperar de uma lesão. Emcampo, Porto deverá forma a equi-pe assim: Rafael; Leandro Cardoso,Lino e Vinícius; ; Thiaguinho, Bileu,Hamilton, Jean Carioca e Marcílio;Rodrigo Silva e Junior.

Jean Carioca volta ao time para tentar repetir atuação contra Galo do Seridó após goleada por 6 a 1 no Frasqueirão

> LIBERTADORES

SÃO PAULO FAZ DUELODECISIVO CONTRA O ATLÉTICO-MG

São Paulo e Atlético-MG seencontram hoje, às 22 horas, paraum duelo decisivo para as oitavasde final da Taça Libertadores. Odesespero do Tricolor Paulista con-trasta com a tranquilidade de umAtlético-MG que ainda não encon-trou adversários no Grupo 3. Àbeira da crise, o time paulista pre-cisa vencer para continuar vivo.Necessidade que também tem oGalo para chegar aos 100% deaproveitamento na primeira faseda competição e impedir que umrival poderoso esteja em seu cami-nho logo no início do mata-mata.

A campanha fraca - uma vitó-ria, um empate e três derrotas -colocou o clube paulista em umacomplicada situação, não depen-dendo apenas de suas forças parase classificar. Além de bater o me-lhor time do torneio até o momen-to, algo que ninguém conseguiu,terá de torcer para o Arsenal der-rotar o Strongest, na Argentina.Uma combinação que daria a vagaao Tricolor no saldo é vencer pordois gols de diferença e contar comum empate em Sarandí. Há tam-bém a possibilidade de a decisãoir para o sorteio: vitória são-pau-lina por 2 a 1 e igualdade por 1 a1 na outra partida. Assim, brasilei-ros e bolivianos ficariam iguaisem tudo: pontos, saldo de gols,gols a favor e gols fora de casa.

A colocação dos times nachave criou uma situação curiosa.Garantido como clube de melhorcampanha, o Alvinegro enfrenta-rá o pior segundo colocado, vagaque invariavelmente pertencerá ao

São Paulo, caso avance. Por isso,a ordem do técnico Cuca é impe-dir a classificação de um adversá-rio que pode se fortalecer rapida-mente. Um empate é o bastante.

O técnico Ney Franco fez mis-tério e avisou que só revelará a es-calação no Morumbi, horas antesda partida. "Não sei se esconder otime ganha ou perde jogo. Mas,neste momento, tudo que puderfazer para mobilizar o grupo é in-teressante", justificou. O treinadornão terá à disposição três titula-res. Por lesão muscular, o meia

Maicon. Por suspensão, o meiaJadson (terceiro cartão amarelo) eo atacante Luis Fabiano (punidopela Conmebol por ofender a ar-bitragem). Por outro lado, voltamo goleiro Rogério Ceni e o zaguei-ro Rafael Toloi, que se recupera-ram respectivamente de dores nopé direito e edema na coxa direi-ta.

Sem Bernard, que segue emrecuperação de uma contusão noombro direito, Cuca escala, maisuma vez, o atacante Luan, única al-teração em relação ao time consi-

derado titular. Para o zagueiroRéver, apesar de a vaga na próxi-ma fase já estar garantida, a pala-vra relaxamento passa longe daCidade do Galo. "Vamos para SãoPaulo em busca de um objetivo,que é buscar a vitória. Será umjogo totalmente diferente de tudoo que enfrentamos até agora naLibertadores. Temos de ter o má-ximo de atenção. Até porque foilegal o que construímos até agora.E um tropeço pode apagar o quefizemos, o que construímos", ob-servou.

Ronaldinho Gaúcho é o destaque mineiro para a par tida de hoje contra Tricolor Paulista pela Liber tadores

“É um jogo muitoimportante para

nós e todos estãoconscientes disso.Passamos por difi-culdades maiores evamos passar por

essa também”

PAULO PORTO, TÉCNICO DO ABC,

SOBRE PARTIDA DECISIVA DA EQUI-

PE NO ESTADUAL

Wellington Rocha

Divulgação

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

“Elvis Presley traz alegria e fe-licidade para a minha vida e de muitagente, ele ainda é uma verdadeiralenda no mundo inteiro”, disse em en-trevista exclusiva para O JORNALDE HOJE o ator, cantor e músicoBen Porsmouth, que encarna o rei dorock no show The king is back.

O público potiguar terá a opor-tunidade de ver as diferentes fases dacarreira de Elvis Presley nesta sexta-feira, dia 19, às 21h, no Teatro Ria-chuelo onde será apresentado o espe-táculo que é considerado o MelhorTributo a Elvis Presley do Mundo.

No ano passado Ben Porsmouthvenceu, em 2012, o Worldwide Ulti-mate Elvis Tribute Artist Contest2012, concurso que reúne, em Mem-phis, Tennessee, centenas de artis-tas que fazem tributos a Elvis de todoo mundo. Ben desbancou 10 artistasna final, e foi o primeiro artista nãoamericano a vencer o concurso desde

seu início em 2007.Com os figurinos de época e in-

terpretações de clássicos que vão doinício de sua carreira, como Jailhou-se Rock e All Shook Up, do períodoque Elvis brilhava no cinema no finaldo anos 50 até seus sucessos dosanos 60 e 70, como Love me Tender,It’s Now or Never, Bridge over trou-bled water, Kiss me Quick, Can’t helpfalling in love, Surrender, SuspiciousMinds e tantos outros que marcaramvárias gerações.

Do surgimento em 1954 até amorte em 1977, Ben e sua banda, aTaking Care of Elvis, interpretamtodos os grandes clássicos do eter-no rei do rock. O grupo é formadopor Ben Portsmouth (guitarra acús-tica e voz), David Portsmouth (ba-teria), Richardo Gibson (teclados),Ryan Quartermaine (guitarra e vo-cais), Dan Caney (baixo e vocais),Alison Povey, Colleen Rowe e Nata-lie Vale (vocais).

Confira entrevista que o músicoinglês Bem Porsmouth concedeu

para O JORNAL DE HOJE :

O JORNALDE HOJE - Ben, contepra gente como surgiu Elvis Pres-ley em sua vida?

Ben Porsmouth – Bem, desdepequeno minha mãe e meu pai to-cavam rock & roll em casa eElvis, quando eu era jovem.

O JORNAL DE HOJE - E, comosurgiu a ideia do The King is Back?

Ben Porsmouth - Acho que pelofato de todos nós desejarmos queElvis ainda estivesse por aqui.

O JORNAL DE HOJE - No con-curso Worldwide Ultimate ElvisTribute Artist Contest em 2012você desbancou centenas de artis-tas e ainda por cima, foi o primei-ro não americano a vencer. O quesignificou para você e para sua car-reira?

Ben Porsmouth – Vencer esseconcurso nos deixou muito or-gulhosos, sem contar ter ganho o

Worldwide Ultimate Elvis Tri-bute Artist Contest nos dá a opor-tunidade de ir a lugares e conhe-cer pessoas de todo o mundo!

O JORNAL DE HOJE - Fale umpouco sobre o que representa amúsica na sua vida?

Ben Porsmouth - A música sem-pre foi uma parte muito impor-tante da minha vida. Posso dizeraté que ela é a chave de tudo.

O JORNAL DE HOJE - Na suaopinião, o que motiva esse fenô-meno que é o Elvis Presley em todoo mundo?

Ben Porsmouth – Elvis Presleytraz alegria e felicidade para aminha vida e de muita gente, eleainda é uma verdadeira lenda nomundo inteiro.

O JORNAL DE HOJE - O que re-presenta Elvis em sua vida?

Ben Porsmouth - Minha vida,minha carreira.

O JORNALDE HOJE - Qual seráa próxima parada da turnê?

Ben Porsmouth - Já passou pormuitos lugares. Próxima parada:Europa!

O JORNAL DE HOJE - Qual foia maior plateia deste espetáculo?

Ben Porsmouth – Foi no ano pas-sado na Áustria que teve um pú-blico estimado em 100 mil pes-soas.

O JORNAL DE HOJE - Qual areceita do sucesso deste The Kingis Back?

Ben Porsmouth - Trabalho duroe o entusiasmo e sentimento dosfãs.

O JORNAL DE HOJE - E, depoisdesta turnê quais são seus próxi-mos projetos?

Ben Porsmouth – Vamos conti-nuar procurando realizar apre-sentações pelo mundo.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 17 de abril de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

THE

KING

IS B

ACK

NESTA SEXTA-FEIRA, DIA 19,DIRETO DA INGLATERRA, PELA

PRIMEIRA VEZ EM NATAL, OMELHOR TRIBUTO AO REI DO ROCK!

AMANHÃDepois de férias na Turquia, Jarita Night and Day volta ao palco do

teatro nesta quinta-feira, dia 18, às 20h, no Teatro Alberto Maranhão,com “Naturalmente Jarita”, stand up comedy que tem como base seupróprio cotidiano.

MONSTERS OF ROCKMais uma vez Parnamirim receberá grandes nomes do rock e do metal

potiguares em mais uma edição do Monsters of Rock, evento que já semostrou inserido no calendário de quem curte um som pesado. As atra-ções ficam por conta de 3 bandas covers e uma banda com um belíssimotrabalho autoral, são elas: Damage Division; NightWish Cover; Scorpions- Tribute - (Erihardband) e Iron Maiden Cover - (Iron Slaver). O even-to está marcado para domingo, dia 21, às 15h, no Espaço cultural NestorLima (Rua Profº. Clementino Câmara Lima 301, Centro, Parnamirim-RN).

Evaldo Gomes

NAQUELA MESAAs tardes de domingo não serão as mesmas. O músico Carlos Zens

estreará o projeto Naquela Mesa, inspirado na letra de Sérgio Bitten-court, filho de Jacob do Bandolim, que a escreveu no dia da morte dopai. Zens estará apresentando o que há de melhor na música brasilei-ra, com convidados especiais. O evento acontecerá sempre aos do-mingos, a partir das 13h, no restaurante Nuvens Azuis, na praia deCotovelo, litoral sul de Natal.

SÓ PARA LEMBRAR...O ator Bira Santos que dá vida ao personagem Jarita é um fenômeno de

público e há 25 anos arregimenta milhares de fãs e admiradores por onde passa.Sua marca é o deboche social sempre tratado com muita irreverência ondeela mesma se faz personagem de um cotidiano que é por muitas vezes assi-milado pelos que assistem suas apresentações. Destaca-se por sua criativida-de e improviso não importando onde esteja e com qual tipo de público venhaa trabalhar. Sua língua é afiada para quem ousar lhe provocar. Vaidosa aosextremos se acha linda, apesar de desdentada e exageradamente maquiada.

GESTÃO E POLÍTICAS CULTURAISObservatório Itaú Cultural, em parceria com a Casa da Ribeira,

Capitania das Artes e Secretária Extraordinária de Cultura do RN, rea-lizam de 6 a 10 de maio de 2013 a Semana de Gestão e Políticas Cul-turais, voltada para gestores de cultura das secretarias municipais eestaduais da cultura, instituições parceiras, professores, estudantes degraduação e pós-graduação, artistas e representantes de museus, fun-dações e associações culturais do estado. A Semana de Gestão e Po-líticas Culturais tem como proposta realizar aperfeiçoamento profis-sional de agentes e gestores no setor da cultura para que possam lidarmelhor com as especificidades da administração pública e compreen-der as diversas demandas culturais e os novos desafios. As inscriçõespara a Semana são gratuitas e podem ser realizadas de 15 a 26 de abrilde 2013, através do envio da ficha de inscrição – disponível no siteda Casa da Ribeira – para o e-mail [email protected]. Asvagas são limitadas para 70 pessoas e será feita uma seleção de ins-critos. A lista de habilitados a participar da Semana será disponibili-zada dia 29 de abril. Os participantes terão direito a certificado emi-tido pelo Instituto Itaú Cultural.

TALENTO POTIGUARO projeto potiguar “Visualizando Citações” concorrendo ao Troféu

HQ Mix 2013, na categoria Web Quadrinhos. A disputa está bem acirra-da, os potiguares concorrem com “Terapia”, “Quadrinhos Rasos”, “JonesInc.”, “Feira da Fruta”, “Gnut” e “Quem bebe mais?”. Milena Azevedojá comemora o fato de ter passado pela peneira criteriosa da comissão jul-gadora do HQ Mix e considera ser uma vitória.

Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

Leão 22/07 a 22/08Bom dia pra você se apresen-tar super bem para o chefe e

manter atitude cordata e paciente parafins externos, públicos, profissionais.Intimamente, seu humor tende a estarvolátil.

Virgem 23/08 a 22/09Finanças devidas e dinheiro areceber passam por fase osci-

lante, há expectativas e sustos; colega detrabalho ou subalterno pressiona por rece-ber mais. Você pode se apoiar em Vênusem Touro: um julgamento solido e pruden-te convencerá a todos.

Libra 23/09 a 22/10Parcerias e sociedades em pol-vorosa num dos períodos mais

inquietantes do mês. Péssimo, pois, paraacertar qualquer assunto relacionado aclientes, empreitadas ou negócios afins.Mostre ser cuidadoso e objetivo ao lidarcom os superiores.

Escorpião 23/10 a 21/11Conexões for tes comestrangeiros, notícias de

fora, relações internacionais. Sim,Vênus promete esquentar a área afe-tiva, amorosa, sensual até meados demaio. Para ajudar o destino, mostresua faceta mais encantadora e apru-me o visual.

Áries 21/03 a 20/04Sol e Marte nos últimos grausde seu signo imprimem uma

qualidade de urgência e pressa a tudo queprecisa ser realizado nos próximos dias.Se nasceu de 17 a 20/4, mais intensoainda será o período!

Touro 21/04 a 20/05Vênus em seu signo é a cerejado bolo pra você curtir estes

tempos apressados e surpreendentessem deixar de ter aquele charme e encan-to que atrai tanta simpatia e olhares.Aproveite! Lua em Câncer pede menossuscetibilidade e ciúme com os amigos.

Gêmeos 21/05 a 20/06Prepare-se para mudança deplanos nos próximos dias; pres-

sões de colegas, ou tarefas não cumpri-das, problemas de saúde ou com conve-nio de saúde tem algo a ver com estasalterações indesejadas. Amizades tensas.Seja objetivo com suas finanças.

Câncer 21/06 a 21/07Lua em seu signo desdeontem caracteriza um dia

bom pra você cuidar de si. Sinta, res-peite o que sente, mas combata ten-dência a se melindrar com tudo etodos, senão fugirão de você!Demandas intensas no trabalho e navida pessoal também.

Sagitário 21/11 a 21/12Ideias não lhe faltam nestesdias! Tem que anotar, pois este

surto criativo e inspirado não vai durar prasempre. Enquanto registra suas ideias,seja flexível. Se for muito rígido, não irárealizar metade de seus sonhos pioneiros.

Capricórnio 22/12 a 21/01O cenário de fundo - que contra-põe desejo de controle a inven-

ção de um novo jeito de viver e ser feliz -continua. Você foi cutucado por alguém, oparceiro, um cliente, a rever este jogo cruelque anda fazendo consigo. Vênus e Netunoaconselham: mais música!

Aquário 21/01 a 19/02Saúde mais frágil e sensívelhoje. Dicas para tornar seu lar

um tantinho mais aconchegante devemestar chegando por ai - até o final domês você pode receber amigos, comcarinho e alegria. Invista um pouco dedinheiro neste cenário pessoal.

Peixes 20/02 a 20/03Surpresas no campo finan-ceiro até 25/4. Dia bom pra

dar vazão a sua inspiração, pois estásensível, receptivo e criativo! Ligaçãocom filhos pode ser um passaportepoderoso para acessar a alegria deviver e um contentamento íntimomaior.

HORÓSCOPO

OS CROODS - (Livre)MOVIECOM 2 – Hora:14:45 /16:50MOVIECOM 6 – Hora:15:00 /19:30

INVASÃO A CASA BRANCA -(16 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:19:00 /21:30

OBLIVION - (12 Anos)MOVIECOM 4 - Hora:14:05 /16:35 / 19:05 / 21:35

GI JOE – RETALIAÇÃO - (12Anos)MOVIECOM 5 – Hora:21:25MOVIECOM 6 - Hora:17:10 /21:40

MAMA - (14 Anos)MOVIECOM 5 – Hora:17:00 /19:10

JACK - O CAÇADOR DE GI-GANTES - (10 Anos)MOVIECOM 5 – Hora:14:35

VAI QUE DÁ CERTO - (12 Anos)

MOVIECOM 7 - Hora:15:20 /

17:20 / 19:20 / 21:20

OBS: A aprogramação pode ser

alterada sem prévio aviso. Favor

consultar o cinema para confir-

mar o filme do adia.

CINEMA

TV - TUDO>>

Momentos diferentesÉ complicado passar batido por certas coisas. Juro que até tentei. No domingo,tivemos duas situações na TV. Uma, a entrevista da Thammy Miranda no“Domingão do Faustão”...A maioria das pessoas sabia da sua existência, ou por passagens em programas,como “Superpop”, ou pelas namoradas – em comum todas muito bonitas – queaparecem ao seu lado. A Thammy, no “Domingão”, uma vez mais, soube se colo-car com a sinceridade de sempre. Nunca foi melhor ou pior, apenas agora – pelasoportunidades oferecidas - está mostrando mais o que realmente é. Um alguém dobem, que tem lá as suas preferências de vida e que ninguém tem nada a ver comelas.A outra, claro, foi a repugnante aparição do sr. Gerald Thomas no “Pânico”. Pormais que ele tente explicar e até os melhores psiquiatras procurarem justificar a suaconduta, aquilo - foi de uma agressividade e falta de educação absolutas. Algo típi-co de alguém que se acha no direito de qualquer coisa, inclusive desrespeitar umamoça que ali estava da forma mais inocente possível. Nem deveriam ter colocadono ar. Lamentável também a atitude do programa que tentou “compreender”, paranão se comprometer, um ato de tamanha insanidade e selvageria.

PARECE, MAS NÃO ÉHoje, na festa de lançamento de “Sangue Bom”, noEspaço Imperatriz, em São Paulo, a Globo terá uma

“estátua viva” recebendo os convidados.Será uma réplica, da personagem da Deborah

Evelyn, Irene, na novela da Maria Adelaide Amaral eVincent Villari.

Div

ulg

ação

w SEGUNDA LINHANo SBT, com toda certeza, nin-guém parou e até hoje fez a contade quanto custa tratar o jornalis-mo e o esporte com tanto desdém.Lançar um jornal, no domingo, 5e 15 da manhã revela o quê? Nãoter nenhum investimento no espor-te, às vésperas de Copa do Mundoou Olimpíada significa o quê?

w TEVE UM TRUQUEQuem assistiu ao “CQC”, na noitede segunda, percebeu que a suadireção abriu dois blocos longosdo programa, um de quase 42 eoutro 47 minutos, com toda cer-teza para colaborar com a audiên-cia.Mesmo assim não funcionou. Fe-chou com 4 de média, pico de 5.

w FLÁVIA EM DISPUTA – 1Dois autores das 21 horas daGlobo estão em disputa pela Flá-via Alessandra, a tenente Érica, de“Salve Jorge”.Walcyr Carrasco pretende contarcom o trabalho dela, em “Amorà Vida”, numa participação espe-cial.

w FLÁVIA EM DISPUTA – 2Aguinaldo Silva também entrouna briga pela Flávia, querendodar a ela o papel de protagonista

da novela que ele vai escrever,para ser exibida no ano quevem, depois da Copa doMundo.É uma batata quente nas mãosde quem vai decidir.

w RECORD CONTRATANa Record, foram acertadas ascontratações dos atores FábioVillaverde, Miguel Nader e Ri-cardo Duque.Ainda não se anuncia nada ofi-cialmente, mas os três, comtoda certeza, para a novela doCarlos Lombardi.

w VEZ DA LUCIANALuciana Gimenez, na segunda-feira, retribuiu a participaçãodo Raul Gil no “Luciana byNight”, da Rede TV!.No SBT, ela gravou o quadro“Crianças Curiosas”, para serexibido no sábado, 27.

w TEATROEspetáculo de Maria CarmemBarbosa e Miguel Falabella, “OSubmarino”, estreia dia 7 dejunho no Teatro das Artes, noShopping da Gávea, Rio.Luciana Braga e Marcius Me-lhem vivem o casal da peça,com direção de Victor GarciaPeralta. Ensaios a todo vapor.

w O conhecido jantar, depois do“Bem, Amigos!”, não aconteceuna segunda-feira, pelo menos paraGalvão Bueno.w Depois de apresentar o progra-ma, ele seguiu viagem para o Bah-rein. Domingo tem Fórmula 1.w Aliás, no programa dos 10 anos,Galvão não deixou de citar onome do Renato Maurício Prado,entre aqueles que estiveram aoseu lado neste período.w Os dois, como se sabe, tiveramum entrevero durante a últimaOlimpíada.

w Neto vai recebeu o título de Ci-dadão Paulistano, segunda-feira,19 horas, na Câmara de SãoPaulo.w Fernando Coelho deixou o Jor-nalismo da TV Cultura. Alguémexplica?w Andrea Beron, que era apresen-tadora na Record, foi contratadacomo repórter na Cultura. Alguémtambém explica?w Vai mal... As maiores audiênciasda Rede TV!, na segunda-feira,“Superpop” e “TV Fama”, fecha-ram com 2 de média.

C´EST FINIA informação foi dada por Arnaldo Cezar Coelho na edição de segun-da-feira do “Bem, Amigos!”. O efeito holográfico, que colocou o pró-prio comentarista e PC Vasconcellos, que estavam no Rio, no mesmoambiente físico dos estúdios de Londres, na Olimpíada, interagindo comGalvão Bueno, chamou atenção dos executivos que participaram daNAB, feira de equipamentos e tecnologia, em Las Vegas.Um recurso que deve se espalhar pelas transmissões esportivas,futuramente.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w JORNALISMOMesmo com o aeroporto de Boston fechado, Globo e Globo Newsforam as primeiras emissoras brasileiras a chegar à capital do Mas-sachusetts.Uma viagem de quase 4 horas e cerca de 342 km de distância. AlanSeveriano conseguiu fazer, inclusive, entradas, ao vivo, no “Jornalda Globo”.

w CANSADINHOExibido pelo SBT nas noites de segunda-feira, o remodelado “As-tros”, inicialmente, tem garantidas 13 edições. Mas, pelos índicesanotados, a tendência é que pare por aí.Além da forte concorrência do “Tela Quente”, Globo, o “Astros”não consegue se distanciar da Record. Anteontem, fechou com 5,em 3º lugar na Grande São Paulo.

w É BOM ESCLARECERO Grupo EPTV, que em março passado inaugurou a sua mais novaemissora de rádio em Ribeirão Preto e comprou o jornal TribunaImpressa, de Araraquara, desmente que tenha adquirido a Antena1, em Campinas.Isto não aconteceu.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 17 de abril de 2013Cidade

Além de ações em praças, ruase viadutos, a Secretaria Municipal deServiços Urbanos (Semsur), em par-ceria com a Companhia de ServiçosUrbanos de Natal (Urbana) começaa organizar cemitérios públicos. Con-tratação de 34 funcionários, retira-da de três toneladas lixo e entulho,pintura de canteiros e prédios ad-ministrativos deram uma nova con-figuração para oito instalações - Pa-juçara, Ponta Negra, Redinha, Igapó,Alecrim, Nova Descoberta e BomPastor I e II.

Na manhã desta terça-feira (05),O Jornal de Hoje esteve no maior ce-mitério público da capital potiguar:o do Alecrim. Com vias limpas epromessa de conclusão do serviço derecolher o restante de material depoda existente no pequeno espaço nofinal do terreno, o Dia das Mães,comemorado no segundo domingode maio, terá uma estrutura melhorpara parentes que prestam homena-gens aos entes falecidos. É o quediz o diretor do departamento de ce-mitérios da Semsur, KellingtonGama.

"Nossa meta é para o Dia dasMães está com tudo pronto. Nessadata, recebemos um grande núme-ro de visitantes, que merece todo oconforto possível. Recebemos os ce-mitérios totalmente abandonados,com uma quantidade imensa de lixoacumulado, sem funcionários porfalta de pagamento e uma total au-sência de cuidado com um prédio

público. Alguns não tinham nem co-veiros e zeladores", denuncia Kel-lington. Sem sinalização das vias,iluminação suficiente e, sobretudo,registros informatizados, localizarum túmulo é uma tarefa inglória.

Zeladora do cemitério do Ale-crim desde 1996, Lúcia Gomes falada insegurança que amedronta fun-cionários e freqüentadores. "Os úl-timos quatro anos foram péssimos,Isso aqui ficou às moscas. Uma de-sordem só aqui dentro. Fizeramumas obras que ninguém entendeu.Tiraram um banheiro e um localonde pegávamos água. O lixo esta-

va tomando conta de tudo. Mas jámelhorou muito, com esse mutirãoda Semsur. Só precisa botar algumguarda, porque vagabundo temmuito por aqui".

Outro funcionário que fala sobrea insegurança é o coveiro Humber-to Guedes. Há 15 dias, o enterro deum suposto integrante de uma gan-gue levou um grupo de jovens a pro-mover atos de vandalismo. "Eles es-tavam fumando maconha e começa-ram a gritar e mexer nos túmulospara tirar o bronze dos botões. Erammais de dez. E outro dia, dois mar-ginais entraram aqui e tomaram o

cordão de uma mulher que estava vi-sitando o túmulo da mãe". Afalta deEquipamentos de Proteção Indivi-dual (EPI), como botas, luvas, más-caras e protetores solares tambémentram em sua 'pauta dereivindicações'.

Ciente da reestruturação por quepassa os cemitérios de Natal, a ad-ministradora volante Crislane Car-valho tem menos de 45 dias de pre-sença diária no do Alecrim, mas jáconstata mudanças. "Quando che-guei aqui estava terrível. Agora vocêvê que está tudo limpo, sendo trata-do como um local de orações e re-flexão merece ser. Não tem comomelhorar tudo de uma hora paraoutra. Tudo é feito em etapas". Com11 funcionários, o cemitério do Ale-crim sofre com delinqüentes que as-saltam visitantes e quebram túmu-los por puro prazer.

"Segurança é uma de nossasmaiores preocupações no do Ale-crim e nos dois do Bom Pastor. Jádisponibilizamos vigilância armadano turno da noite e temos um planode segurança que contempla o au-mento do muro, a instalação de câ-meras de monitoramento e cercaselétricas. Temos um orçamento pe-queno, de R$ 220 mil, incluindodespesa com pessoal. Por isso asparcerias são fundamentais. Atésexta-feira, vamos entregar o mate-rial para os coveiros e zeladores[EPIs]", garante o diretor de cemi-térios da Semsur, Kellington Gama.

Os alunos do Rio Grande doNorte poderão participar, no mêsde maio, do primeiro simulado aber-to nacional, voltado para estudan-tes do ensino médio e pré-vestibu-lar de qualquer escola pública ouparticular. O objetivo é que elestestem como seria o desempenho noExame Nacional do Ensino Médio(Enem). A prova é organizada peloComplexo Educacional Contem-porâneo, por meio do SistemaAnglo de Ensino. Um dos diferen-ciais desta prova é que os estudan-tes poderão verificar sua classifica-ção em relação aos jovens de todoo país. As inscrições estão disponí-veis no site www.simuladoaber-to.com.br até o dia 02 de maio.

O simulado será realizado nodia 05 de maio às 13h. A prova éelaborada com a mesma estruturado Enem, sendo com um formatocompacto, já que será aplicada emum único dia. No total, serão 90questões de múltipla escolha, sendo22 para Ciências da Natureza; 22para Matemática; 23 para Lingua-gens; e 23 Ciências Humanas. Osresultados serão divulgados a par-tir do dia 27 de maio.

Com a unificação do processoseletivo o Enem se tornou a provafundamental para quem deseja in-gressar no ensino superior público.Para quem ainda não está adapta-do com o formato deste Exame, osimulado é uma oportunidade de

apresentar o modelo utilizado peloMinistério da Educação.

“O Simulado aberto é umaoportunidade única para os estu-dantes do Rio Grande do Norte tes-tarem seu desempenho numa provado Enem. O grande diferencialdesta prova é que os alunos parti-ciparam de um raking nacional,como acontece na prática, isto só

será possível porque somos a únicaescola no Estado com o sistemaAnglo de Ensino que tem acumu-la a tradição de quase 70 anos coma eficácia comprovada nos dadosde aprovação principalmente nacapital paulista. Para se ter umaideia, em 2012 o sistema aprovou87% do curso de medicina daUSP”, explicou o diretor do Con-

temporâneo, Antônio Teófilo.O Simulado Aberto premiará

os cinco estudantes da 3° série doEnsino Médio ou cursos pré-ves-tibulares do país que obtiveremmaior pontuação. Cada um rece-berá como prêmio um Ipad. Já osalunos da 1ª e 2ª Série do EnsinoMédio poderão realizsr a provaapenas a título de treinamento.

Prefeitura cria grupo para recuperartodos os cemitérios públicos de Natal

Situação é semelhante na maioria dos cemitérios públicos da cidade, que sofrem com a falta de manutenção, de limpeza e segurança constantemente

NO ALECRIM, MAIOR CEMITÉRIO DA CIDADE COMEÇA A FICAR DE CARA NOVA

Lúcia Gomes, zeladora do cemitério do Alecrim: “últimos anos foram péssimos”

Inscrições para simulado nacional do Enem estão abertas até o dia 2 de maio. Provas serão abertas a todos os estudantes

> EDUCAÇÃO

Escola realiza simulado nacionalaberto aos estudantes do Estado

Fotos: José Aldenir

Wellington Rocha

O homenageado de hoje é DIÓ-GENES DA CUNHA LIMA (PAI),ícone da psicologia da venda, eracomerciante de tecidos, pequenoproprietário rural, em Nova Cruz.Tinha inexcedível curiosidade inte-lectual. Tudo queria ler, aprender,ensinar.

*Filho de Maria José da CunhaLima e João da Cunha Lima, nas-ceu no dia 4 de janeiro de 1906 nacidade de Serraria, na serra parai-bana. Após Serraria, esteve em Gua-rabira, estudou em colégio público.Finalmente, foi estudar no tradicio-nal Liceu Paraibano. Abandonandoo estudo sistemático, foi morar emBelém, na Paraíba. Trabalhou navenda de tecidos e aprendeu, naprática, a viver e a valorizar a vidado povo através da psicologia davenda. Trabalhava sempre no má-ximo de suas forças. Desejava ga-nhar dinheiro, juntá-lo para montarseu próprio negócio e constituir fa-mília.

Apaixonou-se por Eunice, filhado coronel Francisco Targino Pes-soa e de Olindina Ramalho Pessoa.Foi um casamento de amor, jamaisse podia imaginar um casamentotão feliz. Para morar, a cidade elei-ta e permanente foi Nova Cruz,ainda que nunca tenha esquecido asua vivência em São José de Cam-pestre. Os filhos foram nascendo:Aryam, Gilma, Diogenes, Daladier,Marcelo e Dina. Cultivava a ami-zade como um símbolo de vida boae também do reconhecimento. Paraele, os livros tinham vida própria eeram amigos com saber partilhá-vel. Lia tudo que lhe chegava àsmãos: Dostoievsky, Anatole Fran-ce, Eça de Queirós, Guerra Jun-queiro, Machado de Assis, José Linsdo Rego, Érico Veríssimo, Gilber-to Freyre e Câmara Cascudo.

Ele sabia dar a dimensão exataaos valores humanos. Ninguém osuperava na análise social na esco-lha das amizades. No mundo jurí-dico, era amigo dos juízes DarioJordão de Andrade, Carlos Augus-to Caldas, Mário Gadelha, depoisdesembargador em Pernambuco e,sobretudo, de Eutiquiano GarciaReis, ao lado de quem trabalhoucomo adjunto de promotor duran-te mais de três anos. Eutiquianodizia que o melhor promotor doRio Grande do Norte era um ven-dedor de pano. O exercício de suafunção jurídica começou a 20 defevereiro de 1947, nomeado quefora por ato do interventor geral doEstado, no dia 13 de janeiro domesmo ano.

Diógenes gostava de fazer pen-sar, de discutir temas abstratos, re-ligiosos. Defendia o ponto de vistade que a essência de Deus é o afeto.Foi homem devotado à causa dodesenvolvimento da comunidade,estimulando vocações estudantis,patrocinando a manutenção de es-tudantes, orientando os seus conci-dadãos para a melhoria das pro-priedades rurais, favorecendo aosnecessitados a assistência médica ehospitalar, muitas vezes custean-do-lhes as despesas. Nesse últimosetor de suas atividades, presidiu,durante longos anos, a Sociedade deSão Vicente de Paula, entidade as-sistencial e filantrópica com largafolha de serviços prestados à co-munidade interiorana. Foi tambémfundador e um dos dirigentes doHospital Imaculada Conceição deNova Cruz. Em considerando, ogovernador Tarcísio Maia e o secre-tário de Estado João Faustino Fer-reira Neto atribuíram, em face desugestões várias e da palavra daprofessora Denise Matias, essas ra-zões para denominar DIOGENESDA CUNHA LIMA ao maior colé-gio construído na região agreste emSão José de Campestre.

A tudo ele confiava em Deus,participava das celebrações e feitosda Igreja na região. Arrecadou fun-dos e substancialmente doou di-nheiro para a construção de umacapela, com porte de igreja, mu-dando o nome de um bairro nova-cruzense, do depreciativo Xexo paraAlto de Santa Luzia. Era umhomem lírico, fazia tudo de umaforma apaixonada, emocional. Re-citava versos de vários autores, mastinha predileção pelos velhos poe-tas e autores portugueses. Tinhaforte sentimento de humanidade.Procurava ser sempre solidário.Dizia sempre: "Não desprezes quemte busca". O sorriso era a sua armae a sua defesa contra as vicissitu-des da vida, contra os problemassurgidos. Não era apenas uma frase,era um modo de viver.

Esse homem tornou-se natural-mente popular, querido e respeita-do. A sua palavra era um comando,

as pessoas seguiam, até com certoprazer, tudo o que ele dizia. Davalições, aprendeu na vida, no comér-cio. Lições de psicologia.

Olhar azul. A presença de meupai continua a iluminar caminhosdos que com ele conviveu. É querecolhemos lampejos do seu olharazul e do seu sorriso solidário.

Diógenes, filho

DOCES LEMBRANÇAS Grandes recordações eu guar-

do de meu pai. Dele, guardo ima-gens de amor, de afeto e de alegria.Por isso, agradeço a Deus. Agrade-ço a Deus, também, a graça do seuconvívio conosco, na nossa infân-cia, adolescência e maturidade, per-mitindo-nos viver a sabedoria dodia a dia, ouvindo sua voz pruden-te e sensata.

Gilma, filha

AMOR À MEDICINAPapai parece que tinha a arte

médica dentro das suas células, na

sua mente, no seu coração. Se avida lhe tivesse proporcionado aoportunidade de estudar em umaescola de medicina, teria sido ummédico extraordinário. Sua sensi-bilidade para perscrutar a alma hu-mana, sua intuição para reunir si-nais e sintomas em busca de umdiagnóstico, seu tirocínio na for-mulação das possibilidades tera-pêuticas, bem como sua vontadede servir e ajudar as pessoas ne-cessitadas faziam-no singular nacapacidade de reunir condições queo teriam permitido ser um médicode grandes qualidades profissionaise humanitárias. A bondade era umacaracterística do seu viver. Era essabondade que se transformava emenergia e força motivadora para asações de orientação e ajuda no res-tabelecimento da saúde de incontá-vel número de pessoas.

Daladier, filho

BONDADE E DIGNIDADE Casei com Daladier em um dia

4 de janeiro, aniversário de seu Dió-

genes, uma das pessoas mais admi-ráveis que conheci, pois transmitiamuita bondade. Está bem nítido naminha memória: ele sorrindo (seusolhos azuis também sorriam), debraços abertos nos esperando parao abraço, a mim e a Daladier.

Ana Maria, nora

CAVALGANDO Dos seis filhos, acho que fui eu

o que mais conviveu com papai.Desde muito pequeno, andávamosjuntos a cavalo, ele no seu cavaloBalinha e eu em Relógio. Foi gran-de nossa jornada rural. Mais tarde,já adulto, sempre o acompanhei,nas suas jornadas de viagens, parafazer compras para a loja de tecidos.Nessas viagens, a pontualidade doshorários de saída e volta era para elefundamental. Não gostava de viajarcom outra pessoa, senão comigo.São lembranças da nossa vida emcomum, as quais me deixam sauda-des e me levaram a gostar da vidarural e pecuária, onde baseei minhavida profissional, seguindo sempre

o seu bom exemplo. Papai foi meu grande mestre,

exemplo de honradez, honestida-de, bondade, bem viver!

Marcelo, filho

CHORINHO DE NORAA família é muito importante

para nossas vidas. Quando conhe-ci Marcelo e comecei a convivercom todos da sua família, percebique as bases morais sólidas do casalDiogenes e Eunice davam seguran-ça a quem convivia com eles.Exemplo de amabilidade, acolhi-mento, companheirismo, atenção.Deixou marcado em nossas lem-branças o bom astral que tinha. SeuDiógenes muitas saudades nos dei-xou, e quanta falta nos faz!

Haydée, nora

PAPAI, MINHARIQUEZA ESPIRITUAL

Tantas vezes lembro os seusgestos, o modo de andar e falar. Es-cuto a sua voz declamando algunstrechos bíblicos e, em especial, as

bem-aventuranças evangélicas:"Bem-aventurados os pobres de es-pírito porque deles é o reino docéu"... "Bem-aventurados os purosde coração, porque verão a Deus"...E daí saía pela casa repetindo asmáximas de vida pregadas por JesusCristo. "Dai a César o que é deCésar e a Deus o que é de Deus."Naquela época, eu não percebia oreal valor do que ele nos transmi-tia, mas hoje vejo que não se tra-tava apenas de repetição das pala-vras de Jesus, ele estava, sim, se-meando e cultivando em nós os en-sinamentos maiores da moral e davida. Papai se foi em um dia deTodos os Santos, como mereceu,deixando para nós a sua riqueza es-piritual de bondade e dignidade.

Olindina, filha

O SINALIZADOR DE TRÂNSITO

A estrada da vida é a que todosnós temos que percorrer. Algumaspessoas atribuem ao destino, porém,todos nós precisamos trabalhar bemessa estrada para percorrê-la comsegurança. Essa estrada, como qual-quer outra, necessita de ser bem si-nalizada. E essas placas de sinali-zação, às quais me refiro, são exa-tamente as expressões de meu sogro"majó Diógenes", como gostava dechamá-lo. Era o cuidado que eletinha permanente em orientar, aler-tar, advertir as pessoas, sinalizan-do na formação do caráter, na for-mação da personalidade, fazendocom que todos sentissem a neces-sidade de se conduzir dentro deprincípios éticos, religiosos e mo-rais. Princípios que nos tornam res-ponsáveis pela condução dos nos-sos semelhantes nesta trajetóriacomum a todos. Obedeça à sinali-zação, siga em frente. Acho queesses foram um dos mais impor-tantes recados que ele, o sinaliza-dor de trânsito, deixou para todosnós.

Clenio, genro

LIÇÕES DE SEU DIÓGENES1.Conserve seu sorriso que as

dificuldades são passageiras. O má-ximo que pode durar a dificuldadeé até a sua morte. E esta é inevitá-vel.

2.Tudo o quanto nos traz con-forto e alegria devemos relembrar.

3.Sempre encarar a vida pelolado mais luminoso.

4.Nunca o desespero salva. 5.Em toda a criatura, por mais

obscura ou torpe, por mais afasta-da que seja de Deus, jungida às tre-vas pelo horror do crime e dos pe-cados, mesmo atirada nas sarjetasda degradação humana, no recessode sua alma, há uma ínfima cente-lha que periclita e lampeja na dú-vida, podendo refletir e crescer numrelance, sequiosa do infinito. É aflama do alto, a visão do Eterno.

6.Harmonizemos as nossas as-pirações, perdoemos faltas, desdeque não atinjam a dignidade.

7.A morte, na sua onipotência,não se comove, não se agita, nãoouve lamentos.

8.O sofrimento, por vezes,amortece a fé e mutila o espírito.

9.Os meus erros tenho-os, e nãoé com pequeno pesar que os reco-nheço.

10.Contra a ingratidão, preci-samos fazer valer os nossos senti-mentos de dignidade.

11. Honestamente façamos nos-sos o fruto do nosso trabalho.

12.Economizar é guardar o ne-cessário para o futuro, é não des-perdiçar, é nutrir a liberdade eco-nômica, é conceber mais uma vir-tude no seio da família.

13.A condição essencial para afelicidade de um casal está na so-lidariedade mútua.

14.Em Natal, Câmara Cascudoé um rio. O resto é tudo riacho.

15. Permita Deus que eu nuncate trate com falta de delicadeza.

16.Delicio-me em te escreverpara iludir as saudades.

17.Como é bom ser bom.

ONDE, MEU PAI? Onde está tua coragem, teus gestos largos, teu riso, teu olho azul de coragem? Onde está tua bondade, tuas brancas mãos, a tua compreensão, tuas invenções diárias, teus versos, tua canção? Dióge-

nes da Cunha Lima O filho

*Todos os relatos foram envia-dos pelo seu filho homônimo, ex-traídos do seu livro Sob Um OlharAzul.

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 17 de abril de 2013

Ícone Fashion Diógenes da Cunha Lima (pai)