flip 29/04/2013

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Segunda-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 29 DE ABRIL DE 2013 Nº 4.625 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,00 Dólar turismo R$ 2,07 Dólar/Real R$ 2,00 Euro x real R$ 2,62 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,50% INDICADORES: OPINIÃO - Página 2 Marcos A. de Sá Página 7 O falso brilha como um sol sobre o mar quando se vai além, muito além do Bojador. Vicente Serejo Página 13 Downey Jr. abre um abismo entre o Homem de Ferro de ho- je e de ontem. Alex Medeiros Página 11 Em plena seca, menos de 1/3 dos recursos do FNE foram dirigidos para economia rural. ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE Ana Luíza Rabelo Spencer Roberto Cardoso Alcimar de Almeida Silva Wilma de Faria Ailton Salviano Herbton Severo Élida Mercês > SUCESSÃO ESTADUAL Henrique Alves descarta sua candidatura ao Governo do RN PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS GARANTE QUE O ENCONTRO DO PMDB, NO PRÓXIMO DIA 10, SERÁ PARA DISCUTIR 2013 E NÃO HAVERÁ LANÇAMENTO NENHUMPOLÍTICA 3 Rodrigo Silva estava feliz pelo papel decisivo em campo José Aldenir > EM EVENTO DO PSDB Rosalba diz que prefere responder à oposição com trabalho e obras POLÍTICA 5 > SISTEMA PRISIONAL... Reativado em março, CPD já registra uma fuga e duas tentativas CIDADE 10 Sem Henrique, Garibaldi ou Waltinho, o PMDB não dispõe de outro nome para o governo. Túlio Lemos Página 3 > SAÚDE PÚBLICA Secretário lista ações e diz que “Governo está no caminho certo” CIDADE 9 E 14 > MUDANÇAS ‘Major’ assumirá a Emater e dará prioridade para o combate à seca ECONOMIA 7 > ESTADUAL II América empata, perde liderança e sua classificação fica ameaçada ESPORTE 15 > ESTADUAL I ABC derrota o Alecrim e mantém chance remota de vaga na final ESPORTE 16 Wellington Rocha Wellington Rocha > SEM ESCOAMENTO Chuva deixa as ruas de Natal alagadas e o trânsito caótico CIDADE 6 Começa o período chuvoso e os transtornos se repetem na capital. Motoristas e pedes- tres relatam problemas corriqueiros em áreas nobres e nos principais corredores de trân- sito. Mas segundo a Defesa Civil, houve redução dos pontos de alagamento devido a limpeza das galerias pluviais. Wellington Rocha Em visita hoje, juiz Henrique Baltazar constata a falta de condições estruturais do prédio em Candelária HOSPITAL DEOCLÉCIO MARQUES INTEGRARÁ O ‘SOS EMERGÊNCIA’ Hospital de Parnamirim receberá anualmente R$ 3,6 milhões do Ministério da Saúde, além de R$ 3 milhões para obras e aquisição de equipamentos CIDADE 8

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Cidade, economia, cultura e politica

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Page 1: FLIP  29/04/2013

Segunda-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 29 DE ABRIL DE 2013 w Nº 4.625

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,00Dólar turismo R$ 2,07Dólar/Real R$ 2,00

Euro x real R$ 2,62Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,50%

INDICADORES:

OPINIÃO - Página 2

Marcos A. de Sá

Página 7

w O falso brilha como um solsobre o mar quando se vaialém, muito além do Bojador.

VicenteSerejo

Página 13

w Downey Jr. abre um abismoentre o Homem de Ferro de ho-je e de ontem.

AlexMedeiros

Página 11

w Em plena seca, menos de 1/3dos recursos do FNE foramdirigidos para economia rural.

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

Ana Luíza Rabelo SpencerRoberto Cardoso

Alcimar de Almeida SilvaWilma de FariaAilton SalvianoHerbton Severo

Élida Mercês

> SUCESSÃO ESTADUAL

Henrique Alves descarta suacandidatura ao Governo do RNPRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS GARANTE QUE O ENCONTRO DO PMDB, NO

PRÓXIMO DIA 10, SERÁ PARA DISCUTIR 2013 E “NÃO HAVERÁ LANÇAMENTO NENHUM”POLÍTICA 3

Rodrigo Silva estava feliz pelo papel decisivo em campo

José Aldenir

> EM EVENTO DO PSDB

Rosalba diz que prefereresponder à oposição com trabalho e obras

POLÍTICA 5

> SISTEMA PRISIONAL...

Reativado em março,CPD já registra umafuga e duas tentativas

CIDADE 10

w Sem Henrique, Garibaldi ouWaltinho, o PMDB não dispõede outro nome para o governo.

TúlioLemos

Página 3

> SAÚDE PÚBLICA

Secretário listaações e diz que“Governo está nocaminho certo”

CIDADE 9 E 14

> MUDANÇAS

‘Major’ assumiráa Emater e dará prioridade para o combate à seca

ECONOMIA 7

> ESTADUAL II

América empata,perde liderança esua classificação fica ameaçada

ESPORTE 15

> ESTADUAL I

ABC derrota oAlecrim e mantémchance remota de vaga na final

ESPORTE 16

Wellington Rocha

Wellington Rocha

> SEM ESCOAMENTO

Chuva deixa asruas de Natalalagadas e otrânsito caótico

CIDADE 6

Começa o período chuvoso e os transtornosse repetem na capital. Motoristas e pedes-tres relatam problemas corriqueiros em áreasnobres e nos principais corredores de trân-sito. Mas segundo a Defesa Civil, houveredução dos pontos de alagamento devidoa limpeza das galerias pluviais.

Wellington Rocha

Em visita hoje, juiz Henrique Baltazar constata a falta de condições estruturais do prédio em Candelária

HOSPITAL DEOCLÉCIO MARQUESINTEGRARÁ O ‘SOS EMERGÊNCIA’

Hospital de Parnamirim receberá anualmente R$ 3,6 milhões do Ministério da Saúde, além de R$ 3 milhões para obras e aquisição de equipamentos CIDADE 8

Page 2: FLIP  29/04/2013

Segunda-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013 Opinião

Artigo

Semeducaçãonão háperspectivade futuro

ÉLIDA MERCÊS, jornalista especialistaem marketing e mestre emadministração ([email protected])

Perdas e ganhosno FPM de 2014

Artigo ALCIMAR DE ALMEIDA SILVA, advogado, economista, consultor adminis-trativo, fiscal e tributário ([email protected])

A fixação pelo TCU dos coeficientesdo FPM é feita ao final de cada ano parao ano seguinte, vinculando-se exclusiva-mente às estimativas populacionais apu-radas pelo IBGE em 1º de julho de cadaano, o que está próximo de ocorrer. Dessaforma, Municípios que se encontrarem nafronteira de perda ou ganho de popula-ção a ponto de terem diminuído ou aumen-tado o seu coeficiente devem desde logoadotar as medidas necessárias a subsidiara apuração ou requerer sua correção se amesma não lhes for satisfatória. Pois combase nas estimativas populacionais apura-das em 1º de julho do ano passado, noEstado do Rio Grande do Norte há umpanorama de Municípios com provávelou possível perspectiva de perdas e ganhoscom vista ao FPM de 2014.

Com provável perspectiva de ganho,necessitando de poucos habitantes paraevolução de coeficiente do FPM, pode serapontado em primeiro lugar o de Rio doFogo, pois com apenas mais 2 habitantespassará ele do coeficiente 0,6 para o coe-ficiente 0,8. Seguem-lhe em ordem crescen-te de habitantes necessários Santana doMatos, que com mais 104 recuperará ocoeficiente 1,0; Alexandria, que com mais118 recuperará o coeficiente 1,0; TenenteAnanias, que com mais 153 passará parao coeficiente 0,8; Carnaubais, que commais 188 passará para o coeficiente 0,8; e,finalmente, Upanema, que com mais 290passará para o coeficiente 1,0, o que se nãoé provável é possível de ser alcançado.

Por outro lado há 2 Municípios quepoderão ter perda de população e dimi-nuírem o seu atual coeficiente, que sãoJardim de Piranhas, que com menos 151habitantes diminuirá seu coeficiente de 1,0para 0,8; e Pendências, que com menos155 diminuirá seu coeficiente também de1,0 para 0,8. Por isso é que as administra-ções municipais, não apenas diante desta

situação emergencial, de conquistaremganho ou evitarem perda de habitantes aponto de se refletir nos seus coeficientesdo FPM, não podem se omitir no que serefere à identificação e demarcação de seusterritórios, com revisão periódica, ao menosuma vez ao ano, passando assim a exer-cer um melhor planejamento e controle desua ocupação territorial.

Pois à falta destes cuidados, populaçõesde determinado município residentes empartes de seu território mais distantes desua sede e mais próximos da sede de outroMunicípio, passam a deste se servir tantoquanto aos serviços públicos quantomesmo às atividades privadas, perdendoo vínculo e até a identidade com relaçãoao Município de cujo território são efeti-vamente residentes. Passam em conse-qüência a serem contados como se resi-dentes do qual se servem, com implica-ções fiscais e eleitorais. A falta de contro-le na ocupação de seu território, a ausên-cia de serviços públicos, entre outras ra-zões, levam a que as populações sejammotivadas a recorrerem a outros Municí-pios de cujas sedes estão mais próximas.

Muitos e muitos exemplos de disputaterritorial poderiam ser apontados aqui,sendo os mais expressivos entre os Mu-nicípios de Goianinha e Espírito Santo;Touros e João Câmara, em função da lo-calidade de Zabelê; Carnaubais e Assu,praticamente solucionada mais ainda pas-sível de questionamentos; Apodi e Uma-rizal; e o mais eloqüente de todas elas queocorre entre o Município de Alexandria eo Município de Brejo dos Santos, no Es-tado da Paraíba. Como estas disputas nãotêm sido solucionadas na via administra-tiva, tudo indica que terão de ir à via ju-dicial, sendo mais sensível a última quepor envolver dois Estados terá que sersubmetida ao STF. Mas o que é certo é quea administração territorial exige cuidados.

Culpado?Artigo ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada

([email protected])

De acordo com o ordenamento jurídi-co, em quase todos os países do mundo,considerar-se-á um sujeito inocente atéque se prove o contrário, mas, infelizmen-te, nós costumamos condenar antes de ave-riguar. Como se culpar o próximo, assimcomo comer ou escovar os dentes, fizes-se parte das nossas atribuições diárias.Como se ouvir todas as versões dos inci-dentes fosse uma atitude além do neces-sário em termos de justiça e sociedade.

Depositamos uma confiança exacer-bada no nosso "olhômetro", no instintoou no "sexto sentido". Confiança esta quedeveríamos depositar na inocência e boa-fé do próximo. E, como se desconfiar semmotivos e baseado em critérios vis comoaparência física ou situação financeirafosse pouco, nós costumamos condenarsem direito a julgamento, sem ouvir ne-nhuma das partes envolvidas, sem teste-munhas. Nós, simplesmente, olhamos eculpamos.

Esquecer que somos feitos do mesmomaterial, que temos as mesmas chances desermos boas pessoas, que dividimos entrenós idênticas modalidades de qualidadese defeitos é o que nos torna tão contun-dentes, é o que nos deixa tão corretos etão "donos da razão". Desde que a regrade amar ao próximo mudou para conde-nar o próximo, nós, muito conveniente-

mente, esquecemos de que somos os pró-ximos de alguém que não nós mesmos. Es-quecemos que a terra é redonda, que omundo dá muitas voltas e tantas outras li-ções criadas para melhor ilustrar e noslembrar da fragilidade das nossas posi-ções e da inevitável "lei do retorno".

Não há como fugir do que se semeoue, se a semente foi de parcialidade, impa-ciência, má vontade e desamor serão exa-tamente esses frutos que iremos colher.Não há como se esconder ou tentar enga-nar, a lei da vida nunca falha e não esque-ce de cobrar um preço proporcional porcada uma de nossas ações.

Enquanto o amor for a exceção e nãoa regra, enquanto a mentira for dita comares de verdade, enquanto passarmos pelavida como um furacão, destruindo o quehouver pela frente, nada de bom nos acon-tecerá. Enquanto a máxima: "não julgaispara não seres julgados" estiver esqueci-da, cometeremos sempre os mesmos erros,um círculo vicioso de julgamentos e con-denações. Enquanto não deixarmos quecada um torne-se aquilo que gostaria, en-quanto não dermos oportunidades de me-lhora e não mantivermos o benefício dadúvida, ficaremos acorrentados aos nos-sos próprios desmerecimentos e corremoso risco de encarcerar conosco alguém quepode ser inocente.

Coração nordestinoArtigo AILTON SALVIANO, geólogo e jornalista ([email protected])

A expressão pétrea "O sertanejo,antes de tudo, é um forte", que nonordeste teve a introdução da pala-vra "nordestino" substituindo "serta-nejo", cunhada no início do séculovinte pelo escritor Euclides da Cunhano seu histórico livro "Os Sertões"começa a sofrer algumas oscilações.A explicação para a perda desta for-taleza nordestina está num estudo rea-lizado recentemente por pesquisado-res da Pontifícia Universidade Cató-lica (PUC) do Paraná.

Segundo esses pesquisadores queanalisaram 1 milhão de óbitos por in-farto no período de 2000 a 2010, en-quanto nas regiões sul e sudeste houveuma queda de 25%, no nordeste apa-receu uma alta de 34% entre os ho-mens para grupos de 100 mil habitan-tes. Em outras palavras, o nordestinoestá morrendo mais por problemascardíacos. O que mudou na vida donordestino para justificar este qua-dro? Aquele homem forte, exaltadoem prosa e verso, que suportava todasas agruras dos repetidos anos de secaestaria sucumbindo?

Uma explicação pode estar nas

mudanças dos hábitos alimentares dohomem do nordeste. A culinária nor-destina notabilizou-se durante mui-tos e muitos anos por suas caracterís-ticas "sui generis". O cuscuz, a tapio-ca, o mungunzá, a macaxeira, a bata-ta doce, o inhame, o feijão verde, ofeijão de corda, o baião de dois, oqueijo de coalho, a coalhada, a can-jica, a pamonha, o leite mugido, a pa-çoca, a carne de sol, entre outros sãoalimentos que atravessaram muitasgerações e ainda hoje mantêm os seussabores e maneiras tradicionais depreparar.

Mas, a vida moderna e o aumen-to do poder aquisitivo afetaram muitoa mesa do nordestino. Os alimentostradicionais à base de milho, feijão,mandioca e carnes foram substituídospaulatinamente por produtos indus-trializados. Estes alimentos são muitomais calóricos e possuem um teorelevado de sódio. As consequênciasdessa mudança alimentar são o agra-vamento de fatores de risco cardía-co e o surgimento de doenças comohipertensão, diabetes e obesidademórbida.

Estudiosos desse tema assegu-ram que um dos ônus decorrente docrescimento econômico dos paísesemergentes é o visível aumento donúmero de mortes por doenças cardio-vasculares. Se nas regiões sul e sudes-te do Brasil, os índices de mortalida-de por infarto estão praticamente es-tacionários nos últimos anos, aqui nonordeste a tendência ainda é de au-mento. A estabilidade dos valores nosul e sudeste pode ser creditada às fa-cilidades de acesso aos serviços desaúde. Nesta área existe muita carên-cia não só no nordeste como no nortedo país.

Para reverter esse quadro são in-dispensáveis maiores investimentosem saúde pública. Mesmo com anossa Constituição garantindo o di-reito à saúde, muito pacientes nor-destinos de baixo poder aquisitivosão obrigados a apelar para a Justiçapara ter gratuidade de determinadosmedicamentos. Apesar de tudo, de-pendendo de vontade política, os ris-cos podem ser perfeitamente contro-láveis e muitas dessas mortes pode-riam ser evitadas.

Terminal PesqueiroArtigo WILMA DE FARIA, ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal

O Rio Grande do Norte é um pólopesqueiro importante. Somos desta-que na produção do Atum e da Meca,peixes dos mais consumidos e valo-rizados do mundo. Devido à posiçãogeográfica – de esquina do continen-te – as correntes marítimas aliadas àdimensão da 'plataforma oceânica'(área submarina de menor profundi-dade que determina a distância entrea costa e o mar profundo – onde ficamos cardumes) fazem da pesca umadas nossas vocações econômicas, em-bora muito pouco explorada.

Como governadora, percebia umasituação absurda neste segmento: oAtum pescado no nosso estado saíadaqui praticamente 'in natura', con-gelado do jeito que saía do mar, paraser exportado para Europa e EstadosUnidos. Lá, era industrializado, pro-cessado, enlatado e – pasmem – re-tornava para o Brasil e para o RN emlatinhas de poucas gramas, para servendido nos supermercados por pre-ços muitas vezes maiores do que ovalor pago aos nossos pescadores.Imagine: este produto – nosso – ter

que dar este 'passeio' intercontinentalpara ser processado e agregar valor,dando lucro e emprego a muita gentefora daqui – até em outros países.

Aprofundando as discussões,soube até que tinha barcos japonesesmodernos, industrializados, pescandoclandestinamente em nossa faixa demar, levando nossas riquezas natu-rais sem sequer nos pedir licença. Apergunta que não queria calar: porque o Atum tem que sair daqui paraser industrializado? Por que não temosindústrias para que o pescado já saiadaqui processado, enlatado, prontopara o consumo, direto para super-mercados do estado, do país e domundo, valendo mais, gerando empre-gos, oportunidades, negócios e recei-tas para o RN?

Reuni experts no assunto, fizemosum plano de ação, criei uma sub-se-cretaria para a pesca, nomeei um pro-fessor universitário especializado paradirigi-la – Alberto Cortez – e come-çamos a reverter esta situação, crian-do uma política pública estruturadapara este importante setor. Demos in-

centivos fiscais, reduzindo o preçodo diesel para as embarcações locais,e iniciamos a luta pela construção deum porto pesqueiro para Natal. Pas-samos a atrair indústrias de processa-mento de pescados para se instalar ecriar valor aqui. O resultado está aí:abandono e descaso. Depois de muitaluta e de grande esforço, ao deixar ogoverno, o nosso Porto Pesqueiro es-tava quase pronto e com os recursosassegurados para a sua conclusão.

Agora, espero que as autoridades,os atuais governantes, os agentes eco-nômicos, os trabalhadores, os pesca-dores e a população em geral não dei-xem esta política pública desandar -a exemplo do que tem ocorrido comoutros projetos estruturantes inicia-dos por nós. Não importa a questãopartidária. Isto é menor. O projetonão é meu, nem de ninguém. É doRio Grande do Norte! O que impor-ta é consolidarmos um projeto quefoi pensado e realizado para trazeroportunidade de emprego, de renda ede melhor condição de vida para osnorte-rio-grandenses.

A humanidade da humanidadeArtigo HERBTON SEVERO, jornalista ([email protected])

Que somos? Onde estamos? Deonde viemos e para onde vamos? Cer-tamente, conhecer o ser humano nãoé preciso primeiro encontrar respostassignificantes, mas questionar nossaspróprias ideias que trazemos no deter-minismo das explicações sobre a hu-manidade. Ampliar nossa reflexão énecessário entender as duas concepçõesque nos rodeiam sobre o ser humano.A primeira da microfísica e a segun-da da astrofísica. Diante disso, verifi-ca-se que o universo pode ser explica-do por duas maneiras diferentes, masque não determina o todo sobre nos-sas origens. A mentalidade da ciênciaexata de querer imaginar que a natu-reza do ser humano está, diretamente,ligada ao fenômeno do big-bang, noqual desenvolveu a energia das partí-culas individuais possuindo a origina-lidade das espécies vivas. Já a menta-lidade da fé tenta desenvolver a ideiaa partir do Deus que cria o universo ouo cosmo, assim dando origem à terra,ao homem e a todas as espécies vivas.

Entretanto, como podemos imagi-nar o ser humano sendo dotado de

razão, de inteligência e de fé, e aindaassim, não consegue ordenar todos osproblemas sociais que são de origemhumana? A desordem parece ser o fimde uma sociedade, de uma civiliza-ção ou até mesmo de uma cultura,mas o interessante é conceber essa de-sorganização como possibilidade deorganizar, de desenvolver uma ordemperfeita. Segundo Edgar Morin, "nohorizonte dos nossos horizontes estáa morte. A morte não é somente umafatalidade de nosso destino biológi-co, é também uma fatalidade últimade nosso destino físico". Nesse caso,necessita explicar que o ser humanoé enraizado por três concepções: omundo, a natureza e a cultura. Comefeito, o ser humano não precisa per-guntar para si mesmo como nasceu enem para onde vai, mas constante-mente perceber que pela própria lin-guagem que o faz se responsabilizarde captar a comunhão de ser e de estarvivo. Por meio da consciência o indi-víduo pensa diariamente sobre sua ati-vidade presente de espírito humano,assim toda vez que alguém projeta

seu olhar em outro ser humano torna-se conhecido sobre si mesmo e sobreo conhecimento humano.

Enfim, o ser humano é dotado decérebro, de linguagem, de cultura e deespírito, mas ainda continua pensandono egocentrismo ou no seu mundo in-dividual. Sendo assim, a morte seria aúnica ideia que aniquilaria o sujeitocondenando-o ao nada. Porém, o fatoé perceber que o ser humano por maisque tenha passado o tempo todo ten-tando acreditar numa explicação exatase entrega ao próprio destino da fé.No final do tempo deixa-se aprofun-dar na própria contradição de crença,pois a própria consciência não conse-gue assimilar o fracasso das incertezase das angústias. Finalmente, como per-cebemos que a vida é bela que nãosomos únicos nesse universo, mastemos família, amigos, trabalhos, es-tudos, sentimentos, culturas e religiões,valorizamos mais ainda nossa condi-ção existencial, pois quando nós ama-mos e somos amados nunca deixare-mos de ser lembrados por todos quenos conheceram.

Os galos e os gargalosDiversas modas existem ao nosso

tempo e ao nosso redor. A moda da altacostura, do vestir feminino e do vestir mas-culino. Moda dos hábitos e das manias.Moda do vestir e moda do consumir. Modaadministrativa de organizações nos recur-sos humanos, financeiros, materiais e decapitais. Modas que vão de encontro aos pe-cados capitais.

Chamadas em capas de jornais identi-ficam os gargalos do sistema de saúde.Com a aproximação da Copa de 2014 di-versos gargalos são identificados. Gargalosque podem comprometer a mobilidade ur-bana e a segurança de turistas e atletas.Com intervalos de alguns anos identificamo gargalo da seca no NE, gargalo da ofer-ta de água, gargalo da fome, gargalo de re-cursos e gargalos de vontade política.

A palavra da moda administrativa é ogargalo, e a expertise do momento é iden-tificar os gargalos e buscar soluções. Gar-galos da produção de bens e de serviços,uma visão de que todo processo adminis-trativo tivesse que ser como um copo ouuma jarra, que ao despejar os líquidos con-tidos, estes saíssem por gravidade com ab-soluta facilidade. E não como uma garra-fa que possui um gargalo que diminui avelocidade e o volume do líquido fluindodo seu interior. Já não basta que o líquido,retido, contido, tome a forma do frasco, eleprecisa sair com a fluidez desejada.

A cada identificação de gargalo há umgalo oferecendo uma solução. O galo re-presenta o início de um novo dia. A dire-ção a ser seguida nas rosas de vento sobreas casas. A missa do Galo realizada peloPapa na noite de Natal dá o direcionamen-to ao ano que se anuncia. Administradorescantam de galo para dar sentido ao galinhei-

ro, das poedeiras em série. O livro univer-sal diz que Jesus falou que seria traído antesdo galo cantar. A morte de Jesus foi salva-ção para alguns e solução para outros.

Uma anedota fala sobre um forasteiroque chega a uma cidade e encontra umarinha de galo. Intencionado em ganharalgum dinheiro procura quem pareça ser co-nhecedor dos animais e pergunta qual ogalo bom. O caiçara aponta para o galobom e o forasteiro aposta uma boa quan-tia no galo indicado pelo caboclo. O foras-teiro perde a aposta e questiona o caboclo,mas você não falou que aquele era o bom?.O caboclo responde: E é mesmo, o outroque é muito mau.

Antes das garrafas os líquidos eramtransportados em barris, vasos e bolsas decouro que não seguravam o gás. Entãosurgiu o gargalo para diminuir o derrama-mento de líquidos e facilitar o aprisiona-mento dos gases com uma tampa maiscompacta.

Conforme o momento, as estratégias lo-gísticas precisam ter ou não ter gargalos.Com leite conduzido em bolsas de courodescobriu-se o iogurte. Garrafas com men-sagens atravessaram os mares, salvandonáufragos e levando mensagens secretas.

Cabe-nos saber identificar, o que equem é bom e o que e quem é mau ou male escolher o que melhor atende as nossasnecessidades e modelos. Não há necessi-dade de modelos importados com nomen-claturas alheias ao nosso vocabulário.

O Brasil possui idade, história e cul-tura suficiente para desenvolver seus mo-delos táticos e estratégicos. Hoje vivemosmomentos líquidos onde tendências ideiase modelos misturam-se com facilidade. Eo Brasil já é miscigenado historicamente.

Artigo ROBERTO CARDOSO, cientista social e sócio efetivo do IHGRN([email protected])

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

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“Só sei que nada sei” - Sócrates

O Dia Mundial da Educação foicelebrado neste domingo. Na mesmadata foi possível acompanhar na tele-visão o programa jornalístico de Rober-to Cabrini que, neste final de semana,abordou o tema das drogas e como otráfico tem envolvido crianças, adoles-centes e adultos, seja pelo vício e/oupela perspectiva de uma vida melhor.Ou seja, o início da semana foi de re-flexão sobre o que o Brasil tem para co-memorar nesta data e como a falta ins-trução deve ser tratada como uma dasmaiores mazelas de uma sociedade.

Tenho a convicção de que semeducação o avanço de achaques comoas drogas continuará de maneira agres-siva e inevitável. A falácia dos políti-cos não resolve a questão, até porque,eles veem as mazelas da sociedadecomo possibilidade de votos. Creioque o acesso à informação e o posicio-namento crítico por parte da popula-ção começa a impor um novo ritmo aessas relações, porém a mudança acon-tece de forma lenta, o que torna o em-bate desleal.

O acesso às salas de aula, em es-pecial ao nível superior, tem sido faci-litado por meio de políticas públicas.Mas o que se vê é que a capacidade paraaproveitar a oportunidade não é amesma para todos. A educação básicaé tão precária que parte dos estudantesque chega ao nível superior expõe gran-des dificuldades para apreender o novoconteúdo e, como bem mostrou a ma-téria da Folha de S. Paulo também destedomingo, o rendimento dos beneficia-dos por cotas é aquém do registradopelos demais. Isso significa que a dis-cussão precisar avançar e ir além daquestão do acesso.

Por outro lado, se há dificuldade deaprendizado, a vontade de mudar é aresponsável pelo maior comprometi-mento com a possibilidade de profis-sionalização. E, mesmo sem resulta-dos de destaque, esses alunos, de umaforma geral, agarram a chance de mudarde vida de forma que os desafios sãoencarados com persistência que levamuitos ao êxito.

Diante de uma realidade como esta,como esperar da maioria dos cidadãosesta consciência crítica? Que questio-nem e cobrem de seus governantesações e políticas públicas que repre-sentem, verdadeiramente, mudançaspara e na sociedade e punam através dovoto aqueles que não cumprem acordospreviamente firmados? Sem educaçãoas pessoas continuarão alienadas, à es-pera de uma ação que, muitas vezesnão sabem nem qual é. O resultadodisso é a exibição de casos como omostrado por Cabrini no programa deontem, de uma mãe que mantém o filhode 12 anos acorrentado, em casa, paraevitar que ele se envolva com o tráfi-co. Um crime para evitar o outro.

O desespero da mãe não comoveos políticos que roubam milhões dereais que deveriam ser investidos emEducação, Saúde e Segurança. A ques-tão é, se esses políticos profissionais in-vestirem na solução dos problemas so-ciais, que promessas farão nas próxi-mas eleições? A questão da seca é umexemplo clássico desta realidade. Senão fosse São Pedro 'abrir as torneiras'nesses últimos dias, continuaríamos atestemunhar as reuniões de comitêspara discutir ações para solucionar umacatástrofe anunciada com muita ante-cedência e para a qual nenhuma dessasautoridades se mobilizou para evitar acalamidade atual.

Como modificar essa realidadeque, muitas vezes, parece não ter so-lução? Entendo que a cada um de nós,cidadãos, cabe o papel de mudar a rea-lidade vigente. Alunos, pais, professo-res devem se engajar nessa luta pelaconstrução de uma nova sociedade. In-centivar os jovens à leitura é um bomcomeço.

Somente através da leitura apren-demos a questionar e, consequentemen-te, não aceitamos verdades absolutas.O hábito da leitura nos leva a exami-nar com cautela aquilo que nos é apre-sentado nos livros, nos jornais e nosmais belos discursos. É este conheci-mento que nos leva a buscar alternati-vas para a realidade em que vivemos.É o motivador para o trabalho, pois nospermite compreender que o fato de eunão saber e ter dificuldades, não signi-fica que eu não possa aprender. É umaquestão de escolha!

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 29 de abril de 2013

Política

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O presidente da Câmara dosDeputados, Henrique EduardoAlves (PMDB), que nos últimosdias vem sendo posto cada vez maiscomo provável candidato do seupartido a governador do Rio Gran-de do Norte, descartou, perempto-riamente, a possibilidade de dispu-tar o governo do Estrado nas elei-ções de 2014, quando estão emaberto a renovação dos cargos degovernador do Estado e senador daRepública. "Não sou e nem sereicandidato a governador", afirmouo peemedebista, de Comandatuba,na Bahia, onde participa, nesta se-gunda-feira, como palestrante deum evento da área empresarial.

Henrique negou que o encon-tro do PMDB, agendado para o dia10 de maio, servirá de palanquepara lançamento de candidatura dopartido a governador do Rio Gran-de do Norte. Segundo ele, a reuniãoserá para discutir 2013, e não 2014."Não haverá lançamento nenhumporque conduzirei ao contrário",afirmou. "Ouvir necessidades e pro-jetar encontros regionais", comple-tou.

Segundo Henrique, aliás, discu-tir 2014 agora é o que pode ser con-siderado como "desserviço" ao RioGrande do Norte. "Serve apenas avaidades pessoais ou para nos di-vidir na hora de nos unirmos", ava-lia, asseverando que o encontro comlideranças peemedebistas do RioGrande do Norte será para discutir

temas como seca, crédito rural eações dos governos estadual e fe-deral nesse momento de crise, alémde pleitos em ministérios que oPMDB poderá organizar e buscarcom o seu apoio em Brasília.

Além disso, acrescentou Hen-rique, a Fundação Ulisses Guima-rães, que é o braço de formaçãopolítica do PMDB nacional, se ofe-receu para dar assessoramento econsultoria aos prefeitos e lideran-ças peemedebistas no Estado."Quem quiser fazer discurso elei-toral - respeita-se! - mas não pau-tará a reunião nem ouvirá estímu-lo da direção do partido. Muitomenos candidatura a governador",antecipou ao Jornal de Hoje.

A declaração do presidente doPMDB potiguar arrefece o climade rompimento que ganha contor-nos cada vez maiores dentro doPMDB. Na sexta-feira passada, oministro da Previdência, ex-gover-nador Garibaldi Filho, declarou quea cúpula do PMDB deverá estarpreparada para ouvir reclamaçõesdas bases na reunião do próximo dia10. Garibaldi foi além e declarouque se houver rompimento, serápara que o partido lance um candi-dato a governador e, em sendoassim, o candidato seria HenriqueAlves.

Prefeitos, vices, vereadores elideranças políticas da legendafalam abertamente a respeito da ne-cessidade de rompimento dentro dalegenda. Contudo, segundo Henri-que, não se deve esquecer de quemaior que a sucessão do ano que

vem, é a possibilidade de ajudar oRio Grande do Norte neste ano, jáque o estado tem hoje o presiden-te da Câmara dos Deputados e oministro da Previdência.

Além disso, ele lembra que oPMDB hoje participa de um proje-to que foi construído por Garibal-di em 2010, quando o então sena-dor candidato à reeleição apoiou aeleição da então senadora RosalbaCiarlini para governadora do Esta-do, ajudando a derrotar o candida-to de Henrique, o então governador

Iberê Ferreira de Souza (PSB). "Estamos participando de um

projeto político construído por Ga-ribaldi em 2010. Unimos o PMDB,que também votara diferente, emIberê. Metade do mandato do go-verno, mudanças recentes pelo Con-selho Político com participação doPMDB. Momento de ajudarmos oEstado, recuperar tempo perdidonum governo que centralizou e sefechou excessivamente. No anoeleitoral, início de 2014, o PMDBsaberá fazer avaliação político-elei-

toral. Agora é hora de administra-ção. Fortalecer o RN", afirmouHenrique, ainda em entrevista aoJH.

Henrique disse ainda que hojeo RN ocupa um espaço importan-te no cenário nacional e o RN nãopode prescindir disso, num momen-to em que Poder Legislativo querfazer valer a sua força de ser pro-tagonista no debate nacional e re-gional. "Essa tarefa é prioridade dotrabalho que faço hoje e quero con-tinuar a fazer. Por isso a definição

do PMDB não tem chance de seencaminhar agora. O momentoexige responsabilidade e maturida-de política", afirma.

Sobre as cobranças do PT po-tiguar, que pediu clareza do PMDBem relação a se vai ter candidatu-ra ou não, e, em tendo, se será pelaoposição ou pela situação estadual,enrique respondeu que "situaçãoou oposição não se define por pro-jetos pessoais nem partidários, maspor circunstâncias que se impõem".Foi uma resposta às cobranças dodeputado Fernando Mineiro (PT),que tem sido posto como pré-can-didato do PT a governador.

Segundo Henrique Alves, os fa-tores que definirão a posição doPMDB serão "governo correto ounão. Governo correspondendo aoscompromissos com a população ounão. Governo interagindo com suabase política ou não". Em sua ava-liação, a "análise séria desses com-ponentes, sem oportunismo ou de-magogia, definirá, na hora certa, aposição coerente do PMDB".

Indagado sobre a possibilida-de de o PMDB apoiar nomes comoo do vice-governador RobinsonFaria (PSD), o presidente da Câ-mara dos Deputados afirmou quenão trataria deste assunto por con-siderar fora de hora. "Não tratareidesse assunto porque considero ab-solutamente inoportuno. Não é horados 'se...', que já revela inconsis-tências. É hora do 'sim!'. Dizer simao RN. Agora. Todos. Em 2014,cada um exerce suas coerências elegítimos projetos partidários".

Túlio [email protected]

POSSIBILIDADE"Não existe essa possibilidade

em 2014". A frase é do deputadoHenrique Alves, descartando com-pletamente sua candidatura a gover-nador do RN. Diante dessa posição,o PMDB fica sem candidato pró-prio em 2014, haja vista que o mi-nistro Garibaldi Filho afirma quenão aceita e nem deseja ser; e o de-putado Walter Alves também nãoestimula seu nome à sucessão deRosalba.

CANDIDATOSem Henrique, Garibaldi ou

Waltinho, o PMDB não dispõe deoutro nome que possa ser postocomo candidato a governador. Nessecaso, resta ao partido continuarapoiando Rosalba administrativa-mente e sua reeleição; ou apoiar umacandidatura da oposição.

APOIOUm eventual apoio do PMDB ao

nome do vice-governador RobinsonFaria, passa por sua viabilidade elei-

toral. Afinal, romper com Rosalbapara perder com Robinson, seriacontraproducente para o PMDB.Caso o pai de Fábio mostre que podeganhar a eleição, o respaldoPMDBista pode acontecer.

HORAA permanência ou não do

PMDB no Governo Rosalba Ciar-lini deve ser definida ainda no pri-meiro semestre. Mesmo que nãoseja no próximo dia 10, durante reu-nião com prefeitos e lideranças dopartido, o PMDB, se quiser real-mente ir para a oposição, terá quetomar posição o quanto antes, paranão ser visto como oportunismo po-lítico se a decisão ficar somente parao próximo ano.

CABEÇASO professor Normando Bezerra

manda e-mail: "Caro Túlio, nascino estado do RN e fico perplexo erevoltado ao ler diariamente os jor-nais locais e constatar que em um es-tado que tem quase 4 milhões de

habitantes somente 5 pessoas temcérebro o restante é anecéfalo. Poisé assim que fica subentendido, poisapenas 5 pessoas para a grande maio-ria da população podem governar oEstado, ou seja, os políticos profis-sionais: Garibaldi Alves, HenriqueAlves, Wilma de Faria, Robson Fariae Rosalba Ciarlini".

PROJETOA governadora Rosalba Ciarli-

ni visitou novamente a Via Costei-ra, neste domingo. No local, umapista é interditada para caminhadase prática esportiva. Sherloquinhoafirma: "É o único projeto que fun-ciona no Governo. Por isso, a Rosanão perde a oportunidade de visitartodo domingo".

PROJETO IINa verdade, a ideia foi boa,

mas daí considerar o fechamento deuma via para a população andar depatins e bicicleta, um 'grandeprojeto' do Governo, é pedir umpouco demais. E também revela a

quantas anda a agenda positiva daatual gestão.

MAJORITÁRIAA ex-governadora Wilma de

Faria realmente ficou animada coma absolvição do irmão Carlos Fariano processo do Foliaduto. Porém,essa decisão não produz animaçãosuficiente para fazer a Guerreiramudar seu projeto político de sercandidata a deputada federal. Maisracional, Wilma sabe que a vaidadede ser candidata ao Governo ou aoSenado, não pode passar de vaida-de. Os riscos e custos de uma cam-panha majoritária desanimam a vicede Carlos Eduardo.

VISITAPor falar em Wilma, Sherloqui-

nho observou que Carlos Eduardorealmente mudou seu estilo 'espalhabrasa': "Se fosse em outro momen-to, Carlos Eduardo já tinha dado um'canto de carroceria' em Wilma, quefoi visitar as obras do Calçadão dePonta Negra antes do prefeito".

Henrique descarta candidatura: “Nãosou nem serei candidato a governador”PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NEGA POSSIBILIDADE DE DISPUTAR ELEIÇÃO PARA O EXECUTIVO CONTRA ROSALBA

Henrique garante que na reunião do partido no dia 10 de maio “não haverá lançamento nenhum porque conduzirei ao contrário”

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> NOVAS CRÍTICAS

Vereador Luiz Almir analisa a gestão estadual:“Rosalba é o governo do tomara que aconteça”

O vereador Luiz Almir (PV) cri-ticou o governo Rosalba Ciarlini(DEM) e a classe política do RioGrande do Norte pela demora nasrealizações que a população preci-sa. “Eu acho que Rosalba é um go-verno do tomara que aconteça por-que a gente não está vendo a coisadeslanchar”, afirmou o parlamen-tar, em entrevista hoje ao Jornal daCidade da FM 94. “Henrique chegaaqui e diz que tem não sei quantosmilhões, Garibaldi mais não seiquantos milhões, Paulo Davim maistantos milhões, Fátima Bezerra dizque botou não sei quantos milhões,mas vai terminar esse dinheiro che-gando nas contas das campanhasdesse povo e não chega no RN, por-que a gente não está vendo a coisadeslanchar”, afirmou.

O vereador confirmou que foisondado para integrar os quadros da

Empresa de Promoção Turística(EMPROTURN), mas justificou querecusou o convite alegando a exigui-dade de tempo para que Rosalbaconclua bem o mandato. “O tempodo governo Rosalba é muito poucopara a gente pensar em turismo semfazer o Pró-Transporte Zona Norte,porque estão falando no aeroportoSão Gonçalo, muito importante, masse não fizer essas passarelas, essegancho de Igapó que é terrível, vocêvai ter que pegar o aeroporto, des-cer em São Gonçalo e pegar outroaeroporto de São Gonçalo para vimpara Natal, porque se não tiver aspassarelas, os túneis, os viadutos,não tem quem passe”.

Quanto à Câmara Municipal deNatal, o vereador disse esperar quemelhore. “Porque nos primeiros diasfoi muito constrangedor, porque foide agressões. Vereadores novatos,

alguns até que não tinha nenhumacondição de ser vereador, porquecom os votos que teve não dava nempara ser presidente de conselho co-munitário, mas com esse negóciode legenda acabaram entrando e che-garam com muita vontade, não delutar por Natal, mas de brigar, deprovocar os colegas vereadores.Então eu fui muito provocado, eu fuiameaçado até de bala. Inclusive opresidente me perguntou se eu que-ria convocar a comissão de ética,porque é decoro parlamentar vocêdizer que vai dar bofete na calçada,ou se quiser tem até bala para os co-legas. Mas eu disse ‘não, faça issonão, porque eu sou um homem decoração grande’”, relatou Almir,sobre episódio em que discutiu comos vereadores Marco Antonio(PSOL), Amanda Gurgel (PSTU) eSandro Pimentel (PSOL). Luiz reclama falta de ações com recursos conseguidos: “Vai terminar esse dinheiro chegando nas contas das campanhas”

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Segunda-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

LEITURA DINÂMICA

JOAQUIM PINHEIRO - [email protected] - (INTERINO)

ELEIÇÃO SIMBÓLICAO presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério

Público do Rio Grande do Norte, Aldo Clemente Filho, en-tregou ofício à governadora Rosalba Ciarlini com o resulta-do da eleição simbólica para formação da lista tríplice ao cargode Procurador Geral de Justiça. O objetivo do pleito é cha-mar à atenção da sociedade para que seja garantida a par-ticipação nas eleições para PGJ, segundo preconiza a Fe-deração Nacional e Associação Nacional da categoria, quequer transformar o processo mais democrático possível.

>>>O presidente Aldo Clemente participará do XXIII Encon-

tro Nacional na cidade de Manaus nos dias 2 e 3 de maio,com a presença de servidores do Ministério Público de todosos Estados da Federação.

O PSDB do Rio Grande do Norte inicia o ano revigoradocom novos dirigentes nos Diretórios, Estadual e Municipais. Nesteúltimo domingo, Valério Marinho passou a comandar a legen-da substituindo Rogério Marinho, que não podia mais perma-necer na presidência do partido por impedimento estatutário.

Advogado militante, ex-presidente da OAB e com a expe-riência de ter exercido vários cargos públicos, Valério poderáfazer um bom trabalho de reestruturação do PSDB, já que éconhecedor da política, seus caminhos e descaminhos.

Mesmo não tendo exercido mandato eletivo Valério Mari-nho é identificado com a atividade porque com ela convivedesde sua infância. O filho de Djalma Marinho tem a políticano DNA, o que é um bom começo para quem assume uma le-genda partidária e quer vê-la forte e representativa.

Homem simples e de bom trato, Valério Marinho pode agre-gar muito através da conquista de novos filiados para o PSDBnum momento em que o partido entrará numa nova disputa elei-toral na tentativa de eleger o presidente da República, sena-dores, deputados federais e estaduais em todo o País.

Pós-escrito: igualmente, acontece com o Diretório Muni-cipal de Natal que elegeu, o vereador Aroldo Alves, um homemtambém simples, trabalhador e identificado com as comunida-des natalenses. É objetivo do novo presidente do PSDB Mu-nicipal de Natal levar a mensagem do partido aos bairros, sain-do do costumeiro hermetismo da trinca tucana.

Partido revigorado

t Quem afirma é o deputa-do Getúlio Rego, líder do go-verno na assembleia legisla-tiva. "É impossível a candi-datura da governadora Ro-salba Ciarlini à deputada fe-deral". Argumento: "Rosalbanão vai entregar o cargo aum adversário político quepoderia crescer e ser candi-dato à reeleição". tA nova TV Metropolitanaentrará no ar no próximodia 1o de junho comanda-da pelos jornalistas, Agne-lo Alves e Roberto CostaLima, através do canal 30da TV a cabo. Transmitiráa RBS e a programaçãolocal será diversificada.t"Desígnios da Providência"é título do livro de autoria doadvogado João Agripino daSilva que será autografadoamanhã às 16 horas noSalão Paroquial da Matriz deMirassol. Temas: família,educação e política. O autorconvida os novacruzensesresidentes em Natal para sefazer presentes. tProposição do vereadorUbaldo Fernandes, o nomedo novo mercado modelodas Rocas deverá serMaria Barros, criadora daconhecida "Peixada da Co-madre". O projeto foi apro-vado por unanimidade naCâmara Municipal de Natal. tAprefeita Josineide Cunha

de Medeiros, do PSD, estápriorizando os setores desaúde, educação e turismo.Pretende implantar definiti-vamente a escola de tempointegral, uma iniciativa quedeveria ser exemplo paratodos os prefeitos do RioGrande do Norte. tO ex-prefeito de Jucuru-tu, Júnior Queiroz chamouo deputado Vivaldo Costade "incoerente", quando o"papa" enalteceu a gover-nadora Rosalba Ciarlini porter levado obras superio-res a 100 milhões de reais,e logo em seguida divul-gou que Rosalba estavacom 2 por cento nas pes-quisas de opinião pública. tAsecretária de Turismo deMonte das Gameleiras, LuziaStartini está fazendo um ca-dastro para identificar poten-cialidades do município e daregião, conjuntamente comos prefeitos, Pepeu Lisboade Passa e Fica e EmanuelFaustino de Serra de SãoBento. Asecretária pretendeincrementar a atividade tu-rística por entender ser a me-lhor alternativa na geraçãode emprego e renda para apopulação. tPara refletir: "Pelas evi-dências tudo indica queagora os tucanos vão sairde cima do muro". (Ja-ques Pinny)

)( CURIOSIDADE APENASQuem vai reparar os danos causados ao médico

Carlos Faria, irmão da ex-governadora, Wilma de Fariaquando foi acusado no caso conhecido como

"foliaduto", agora inocentado pela justiça?

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO

STF nega recurso e ex-prefeitoFlávio Veras pode ir para a prisãoCONDENAÇÃO POR CRIME ELEITORAL É PROTELADA ATÉ HOJE PELO EX-GESTOR

Faltava apenas a análise do Su-premo Tribunal Federal (STF) parasaber se o ex-prefeito de Macau,Flávio Vieira Veras, do PMDB, seriapreso ou não por compra de votos.Faltava. Nesta segunda-feira, o mi-nistro Teori Zavascki decidiu não re-ceber o agravo movido pela defesado ex-gestor e devolvê-lo ao Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE). Agora,o processo volta à máxima Corteeleitoral, onde não há mais a pos-sibilidade de recurso, e a única dú-vida que fica é se a decisão será fi-nalmente cumprida contra FlávioVeras e a mulher, Erineide dos San-tos Silva Veras, ou se eles aindaconseguirão mais alguma ferramen-ta jurídica para protelá-la.

"O plenário desta Corte firmouo entendimento de que não cabe re-curso ou reclamação ao SupremoTribunal Federal parar rever deci-são do Tribunal de origem que apli-ca a sistemática da repercussãogeral, a menos que haja negativamotivada do juiz em se retratar paraseguir a decisão da Suprema Corte",afirmou o ministro, em despachopublicado na manhã de hoje no pro-cesso eletrônico no STF. "Diantedo exposto, não conheço do agra-vo e determino a devolução dosautos ao Tribunal de origem a fimde que lá seja apreciado como agra-vo interno", acrescentou Teori Za-vascki.

Esse processo que agora chegaa seus últimos capitulos não é nadarecente. Em 2005, condenado porcompra de voto a três anos e oitomeses de prisão e multa de R$ 10,4mil, Flávio Veras foi cassado, per-deu o mandato, mas recorreu, con-seguiu se candidatar novamente,venceu e ficou até o final do segun-do mandato evitando a condenação

- apesar de ser derrotado em todasas instâncias possíveis.

Para se ter uma ideia, quando re-correu ao STF, em junho do anopassado, Flávio Veras já tinha vistoa condenação de 2005 ser confirma-da no Tribunal Regional Eleitoral doRio Grande do Norte (duas vezes)e no TSE (três vezes). "Proferidaessa decisão, ele está inelegível por-que o TSE já é um órgão de cole-giado e pode ser preso quando ocor-rer o trânsito em julgado dela, nocaso, quando ela passar pelo STF",explicou, na época, o mestre em Di-reito Eleitoral e doutor em DireitoConstitucional, Erick Pereira.

Nesse período em 2012, FlávioVeras tinha perdido o agravo regi-mental no Recurso Especial Eleito-ral, que foi uma possibilidade uti-lizada pelo condenado para tentar

reverter, no mesmo órgão, uma con-denação anterior. A ementa da aná-lise no TSE apontou: "Prescrição dapretensão punitiva não configura-da. Agravo regimental cujas razõessão insuficientes para infirmar adecisão agravada, proferida nos ter-mos da jurisprudência do TribunalSuperior Eleitoral (TSE). Súmula182 do Superior Tribunal de Justi-ça Agravo ao qual se nega provi-mento".

No agravo regimental de Flá-vio e Erineide Veras tentaram re-verter uma decisão da relatora Cár-men Lúcia, de maio de 2011, porcompra de votos entre agosto e ou-tubro de 2004 - quando o prefeitofoi eleito pela primeira vez nosquase oito anos que ficou como ges-tor municipal em Macau. Como adecisão foi mantida por unanimi-

dade no TSE, Flávio Veras seguiucondenado à prisão junto à mulher,Erineide Veras, que teve uma penade um ano e dois meses de prisãoe multa de R$ 6.500,00.

A decisão de Cármen Lúcia em2011 arquivou o recurso de FlávioVeras que pedia a improcedênciada denúncia apresentada pelo Mi-nistério Público Eleitoral (MPE)que levou à condenação criminal eaplicação de multa a ele e a mu-lher, Erineide Veras. Além disso, ocasal pedia a desconstituição do jul-gamento no Tribunal Regional Elei-toral, para a inclusão na denúnciados nomes dos eleitores que teriamnegociado seus votos. Ou ainda asubstituição da pena de reclusão porrestritiva de direito, a redução daspunições ou a suspensão condicio-nal do processo.

Mesmo condenado, Flávio terminoumandato e elegeu afilhado político

Atualmente investigado peloMP, o ex-prefeito de Macau Flá-vio Veras tem um histórico de irre-gularidades muito mais antigo. Afi-nal, só contra essa condenação àprisão por compra de votos, recor-re desde 2005, ou seja, há quaseoito anos. Na primeira vez que foiproferida, inclusive, a sentença anu-lou o pleito de 2004, que elegeuVeras, mas não evitou que ele fossenovamente candidato e, mais umavez, vitorioso.

Terminou o primeiro mandatoe se candidatou a reeleição em2008. Venceu de novo. Em 2012,já no segundo mandato, conseguiucandidatar o afilhado político, Ker-ginaldo Pinto, também do PMDB,que se elegeu com forte apoio deFlávio Veras durante o pleito.

A gestão mudou, mas a estru-tura e a prática política de Verascontinuaram. Tanto foi assim que oMinistério Público do RN, por meiodo procurador-geral de Justiça, Ma-noel Onofre de Souza Neto, colo-cou Flávio Veras como um dos lí-deres do esquema de desvio de re-cursos públicos por meio da con-tratação de bandas e serviços parashows na cidade e, ainda, viu indí-cios de que o grupo irregular con-tinua agindo na atual gestão.

Para quem não lembra, O Jor-nal de Hoje mostrou que no carna-val de 2013, o prefeito Kerginaldo

Pinto gastou R$ 4 milhões com acontratação de bandas e serviços -dois trios elétricos custaram R$ 1milhão para se ter uma ideia - oque provocou novamente suspei-tas de superfaturamento.

DERROTAS NAJUSTIÇA ELEITORAL

De qualquer forma, se era legalou não no aspecto administrativo,o fato é que o processo com rela-ção à compra de votos continuourendendo na Justiça Eleitoral. Lá,a ministra Cármen Lúcia descar-tou um argumento da defesa de Flá-vio Veras de que o processo era ir-regular porque não citava comoréus, também, os eleitores que te-

riam vendido seus votos e apenasele por ter comprado. "Não invali-da a denúncia contra eles ofereci-da", analisou a ministra, ressaltan-do que o Ministério Público Elei-toral fez uma opção em não denun-ciar todos os supostos envolvidos.

Com relação aos outros pedidoscolocados no recurso de FlávioVeras, segundo a ministra, o TREpotiguar considerou suficientes asprovas dos autos para caracterizaros delitos e a autoria e condenou osacusados pela conduta ilícita. Car-men Lúcia destacou que, para alte-rar essa posição da corte regional,seria preciso reavaliar fatos e pro-vas, o que não é permitido em viade recurso especial.

De acordo com a relatora, nãoé possível no processo substituir aspenas privativas de liberdade porrestritivas de direito, pois os acu-sados não preenchem os requisitosdo artigo 44 do Código Penal paraessa mudança. Além da já citadaimpossibilidade de reexame de fatose provas em recurso especial.

Ao rejeitar a solicitação de re-dução da pena, a relatora afirmaque o TRE fixou a pena-base nomínimo legal, "motivo pelo qualnão entendo cabível o pedido". Aministra disse que a fundamenta-ção do acórdão da Corte Regionalmostrou que a condenação não sebaseou somente em prova teste-munhal, conforme afirmaram osacusados. Carmen Lúcia entendeuainda que as multas estão de acor-do com a capacidade econômicados denunciados. E não se aplicaao processo o princípio da indivi-sibilidade da ação penal, por setratar de ação penal pública incon-dicionada.

Por fim, ressaltou a ministraque também era inviável o pedidopara a suspensão condicional doprocesso, já que, devido à condu-ta delitiva continuada dos acusa-dos, as penas impostas ultrapas-sam o limite previsto no artigo 89da Lei nº 9.099/1995. A lei exigepara isso pena mínima igual ou in-ferior a um ano.

Atual prefeito, Kerginaldo Pinto foi eleito com o apoio do ex-gestor Flávio Veras

Flávio Veras já foi condenado duas vezes no TRE e três vezes no TSE no mesmo processo que responde por compra de votos

Heracles Dantas

Arquivo

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 29 de abril de 2013Política

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

A governadora Rosalba Ciarli-ni disse, momentos após participardo encontro estadual do PSDB naCâmara Municipal de Natal, queprefere responder as críticas dos seusopositores com trabalho e ações quemelhorem a qualidade de vida dapopulação norte-rio-grandense.Questionada se estava animada paradisputar à reeleição, a governadorarespondeu: "estou animada para con-tinuar trabalhando", disse ela, acres-centando que "quem ama o Estadopensa em fazer, realizar e não sócriticar", disse ela, lembrando que re-cebeu o Estado com uma série deobras paradas, principalmente adu-toras na região Oeste do Rio Grandedo Norte. "Vamos fazer 700quilômetros de novas adutoras",garantiu.

Antes, no discurso que proferiudurante o encontro dos tucanos, napresença do novo presidente do Di-retório Estadual, Valério Marinho,secretário Rogério Marinho e de-mais integrantes do PSDB, a gov-ernadora Rosalba Ciarlini criticounovamente os seus antecessores."Recebi o Estado inadimplente esem credibilidade, mas enfrentei odesafio e estamos fazendo um Planode Desenvolvimento Econômico

através do secretário Rogério Mar-inho", disse a governadora, paraem seguida pedir paciência: "Todamudança não acontece como umavarinha de condão. Foram 2 anosde luta incompreendida, mas tem osque se aproveitam das dificuldadespara defender o quanto pior, mel-hor. Entretanto, entendo que exis-tem homens de boa vontade quequerem o Rio Grande do Norteavançando", ressaltou.

GUARDAR AS ARMASDepois de pedir apoio de toda a

bancada federal, a governadora Ros-alba Ciarlini disse que "chegou ahora de guardar as armas e unir-seem favor do Rio Grande do Norte".Como feitos do seu governo, cita aretomada das obras do Aeroportode São Gonçalo do Amarante, quesegundo ela, "estava andando a pas-sos de tartaruga" e atenção à edu-cação. "Há 10 anos professores so-licitavam aposentadoria e não tinhamesse direito", critica a governadora,lembrando que só em Natal foram30 mil novas matrículas.

MAIOR PROBLEMAComo maior problema da atu-

alidade, Rosalba Ciarlini cita a vio-lência causada pelas drogas. "Temosque reprimir, sem no entanto, es-quecer de levar educação para as

pessoas", observa.

MAIS IMPORTANTE Como obra mais importante do

seu governo Rosalba Ciarlini cita oesgotamento sanitário em váriascidades do Rio Grande do Norte,começando por Natal onde a gov-ernadora pretende deixar a capital 90por cento saneada. "Em Pau dos Fer-

ros, os canos estavam enterrados evamos deixar a cidade 100 por centosaneada", disse a governadora, in-formando que outra prioridade doseu governo são obras de con-vivência com a seca, universalizan-do o sistema de abastecimento deágua. Finalizando, a governadoraconclamou o PSDB à união parafazer o Rio Grande do Norte crescer.

PSDB SOB NOVADIREÇÃO NO RN

O encontro estadual doPSDB, que aconteceu nestedomingo na Câmara Municipalde Natal, contou com a presençade representantes de outros par-tidos que foram prestigiar o novopresidente da legenda tucana,Valério Marinho. Estiveram pre-

sentes, além da governadora Ros-alba Ciarlini, os deputados, Gus-tavo Fernandes (PMDB), FábioDantas (PHS) e Gilson Moura(PV), prefeitos, vereadores e de-mais lideranças da capital e dointerior do Estado.

Na oportunidade, o presidentedo Diretório Estadual, Valério Mar-inho reiterou o compromisso detrabalhar no sentido de reestrutu-rar o partido através da criação dediretórios municipais e novas fili-ações objetivando o crescimentoda legenda com vistas às eleiçõesfuturas. "Vamos trabalhar unidospara fazer o PSDB mais forte erepresentativo", disse Valério Mar-inho ao lado secretário RogérioMarinho que deixa o cargo impe-dido de continuar porque o estatu-to partidário não permite mais asua reeleição.

Rogério Marinho falou sobresua participação na política partidáriae disse que continuará presente navida pública norte-rio-grandense porentender que "se deve usar a políti-ca como arma em benefício da pop-ulação". Nos meios políticos es-pecula-se que os deputados presentesao evento, Fábio Dantas e GilsonMoura poderão se filiar ao PSDBnos próximos dias, já que estariaminsatisfeitos nos seus respectivospartidos, o PHS e o PV.

Rosalba: “Quem ama o Estado pensaem fazer, realizar e não só criticar”

Rosalba Ciarlini acusa opositores: “Tem os que se aproveitam das dificuldades para defender o quanto pior, melhor”

GOVERNADORA AFIRMOU EM EVENTO DO PSDB QUE PREFERE RESPONDER AS CRÍTICAS DOS SEUS OPOSITORES COM TRABALHOWellington Rocha

O desembargador FranciscoSaraiva Dantas Sobrinho vai parao Superior Tribunal de Justiça(STJ), mas não para ser ministro,como ele se candidatou neste ano.O magistrado potiguar, ex-presi-dente do Tribunal Regional Eleitoral(TRE) foi convocado pela Cortepara prestar depoimento no dia 7 demaio em um inquérito criminal queapura o envolvimento dele com ogrupo denunciado na OperaçãoSinal Fechado.

Antes, o Conselho Nacional deJustiça (CNJ) já vinha apurandouma reclamação contra o desem-bargador pelo mesmo assunto. Naedição do final de semana, inclu-sive, O Jornal de Hoje publicouque Saraiva Sobrinho e o Tribunalde Justiça do RN teriam sido con-vocados para dar esclarecimentossobre a relação supostamente "próx-ima" que ele tinha com alguns dosréus denunciados na Sinal Fecha-do. Para quem não lembra, a Op-eração constatou uma supostafraude no contrato firmado entre o

Governo do Estado e o consórcioInspar para a inspeção veicular noRio Grande do Norte. Saraiva So-brinho teria uma relação muitopróxima com o suplente de senador,João Faustino, que foi um dos pre-sos na operação.

Com relação ao STF, o in-quérito criminal está com o ministroSidnei Beneti e na última sexta-feira, o desembargador Saraiva So-brinho teria sido intimado pelo min-istro relator do despacho que de-terminou a quebra do sigilo fiscale bancário para saber que houvedepósito na conta (feito suposta-mente pelos envolvidos no Inspar)do desembargador investigado.

A determinação, segundo fontedo JH, seria para a quebra de do sig-ilo nas contas registradas no nomede Saraiva Sobrinho nos bancosSantander, Caixa Econômica Fed-eral, Banco do Brasil e HSBC. Essadenúncia ao STJ foi feita peloprocurador-geral daRepública,Roberto Gurgel, após in-formações repassadas pelo MP/RN.

CNJNo Conselho Nacional de

Justiça, a ação está com o ministroFrancisco Falcão, corregedor doCNJ. O despacho onde ele solicita

as informações foi publicado nodia 17 de abril. O documento foi en-viado para o juiz federal diretor doForo da secção de Natal, e a 6aVara Criminal da capital, onde oprocesso contra os demais acusados

tramita.Entre as informações pedidas

está os processos que tramitam nosúltimos cinco anos contra Gilmar deCarvalho, conhecido como Gilmarda Montana, a empresa dele e o ad-vogado George Olímpio, acusadocomo líder do esquema da SinalFechado. Os dois seriam alguns dosbeneficiados pelas decisões comsuspeita de favorecimento de Sarai-va Sobrinho.

Falcão solicita também se o de-sembargador participou de algumadecisão favorável ao consórcio In-spar quando o mesmo era ques-tionado pelo MP antes da defla-gração da operação. Por último, oministro solicita que seja informa-do o período e o setor em que EdsonJose Ferreira estava lotado no Tri-bunal de Justiça, e outros, e ao Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE) parainformar se há processos contra odesembargador.

O ministro Francisco Falcãocomenta ainda ao final do despachoque o pedido de afastamento dos

magistrados, solicitado pelo MPainda no ano passado, quando foiformulada a denúncia, só será anal-isando com uma eventual aberturado processo administrativo disci-plinar contra ele, analisado somenteapós essa fase de apuração da recla-mação contra o magistrado.

MEMÓRIAPara quem não lembra, Sarai-

va Sobrinho foi denunciado peloMP ao CNJ após o depoimento dadelação premiada da OperaçãoSinal Fechado de um dos réus acu-sados pelo Ministério Público. Se-gundo ele, Saraiva Sobrinho tinhauma estreita ligação com o suplentede senador João Faustino, inclu-sive, o filho dele trabalhou certotempo com um magistrado. Há sus-peitas de que o magistrado recebeurecursos financeiros e teve, atémesmo, a festa de posse no Tri-bunal Regional Eleitoral (que elepresidiu até 2012) custeada por al-guns dos acusados e membros daInspar.

> DESEMBARGADOR SOB SUSPEITA

Saraiva é convocado para prestar depoimentopor envolvimento com réus da Sinal Fechado

Saraiva Sobrinho concorreu a uma vaga de ministro no Superior Tribunal de Justiça

Aadvogada Germanna Gabriel-la Amorim, que denunciou ao Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) ir-regularidades no processo de escol-ha do desembargador pelo quintoconstitucional - o que terminou re-sultando na realização de uma novaeleição, com data a ser definida peloTribunal de Justiça - disse em en-trevista ao Jornal de Hoje que acom-panhará a nova votação e que, sefor preciso, ingressará novamentecom recursos no CNJ, de modo agarantir a transparência e a regular-idade do processo de escolha donovo desembargador potiguar.

“Não acredito que haverá ne-cessidade (de uma nova denúnciaao CNJ), com tantos critérios a serempreenchidos”, disse a advogada Ger-manna Amorim, destacando que oque levou à anulação da nomeaçãode Glauber Rego pela governadoraRosalba Ciarlini (DEM) foi justa-mente o descumprimento de critériosque haviam sido estabelecidos peloCNJ, como fundamentação da es-colha e voto aberto.

O processo de escolha do novodesembargador do TJ foi anuladopelo TJ após Germanna questionar,no CNJ, o processo de escolha da

lista tríplice. No referido processo,os desembargadores escolheram, porvotação secreta e sem fundamen-tação de voto, os advogados ArtêmioAzevedo, Magna Letícia e GlauberRego. Dentre os três, Rosalba es-colheu Glauber Rego, sobrinho dodeputado estadual Getúlio Rego(DEM), líder do governo do Estadona Assembleia Legislativa.

Com a determinação de se re-alizar uma nova eleição, o Tribunalde Justiça finaliza, neste momento,o recebimento da documentaçãocomprobatória dos seis advogadosescolhidos pela Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) como inte-grantes da lista sêxtupla e que con-correm à vaga de desembargadoraberta com a aposentadoria do de-sembargador Caio Alencar no anopassado.

"Acredito que TJ vai se fortale-cer com os novos critérios. Mas,como esses critérios são bem maisrigorosos, principalmente no que dizrespeito à fundamentação das es-colhas, reputação e notório saber ju-rídico, se não preencher os requisi-tos, vai abrir brechas para que agente possa ingressar com novo pro-cedimento. Mas, acredito que não vá

acontecer isso", contou Germanna. Concorrem à vaga, além de

Glauber Rego, novamente os advo-gados Artêmio Azevedo, MagnaLetícia, Marisa Rodrigues, Verlanode Queiroz Medeiros, Glauber Rêgoe Priscila Fonseca. O TJ não con-firmou a data ainda da nova eleição.A nova lista tríplice será eleita entreos seis pelos 15 desembargadoresque compõem o Pleno da JustiçaPotiguar.

"Sem dúvida, os seis são exce-lentes nomes. Claro que uns têmmais peso que outros, levando-seem consideração os critérios men-cionados. O que me motivou a fazera denúncia foi a não observância darecomendação do CNJ, que leva emconsideração os avanços da so-ciedade que impulsionaram atransparência de todos os atos", co-mentou a advogada.

Segundo ela, o fato de o votoser secreto é o mais chamativo. "De-pois, tomando conhecimento doRegimento, obtive outras irregular-idades. Verificadas essas irregular-idades, comentei com minha sócia,que concordou e daí entrei com oprocedimento que qualquer cidadãopode entrar. Acredito na seriedade de

cada desembargador do TJ, e, aocontrário do que andam noticiando,o TJ só tem a ganhar e se fortalecercom essa nova eleição pautada noscritérios que o CNJ determinou".

Germanna está ciente de que, seforem observados os procedimentosdo CNJ, o TJ sairá fortalecido. "Epara não restar dúvida de que a escolhaserá a melhor, a eleição deverá serfeira com quorum da maioria abso-luta dos membros do TJ, levando-seem consideração a totalidade dos de-sembargadores", salienta ela, a re-speito da chegada do desembargadorIbanez Monteiro, recém-eleito parao cargo de desembargador na vagasurgida com a aposentadoria do de-sembargador Rafael Godeiro.

"Ingressei com esse procedi-mento no CNJ e almejava este re-sultado. Mas a sociedade só tem aganhar com esta nova eleição. E temmais: o processo resultou na unifi-cação dos processos de escolha dalista tríplice em todos os tribunais doPaís. Então, não só o RN ganhou,mas o Brasil inteiro". Segundo Ger-manna, a nova eleição, com os novoscritérios, é certeza de que o futurodesembargador será coerente como que a sociedade almeja.

> RESPEITO AOS CRITÉRIOS

Eleição do Quinto pode parar novamente no CNJ

Germanna analisa lista sêxtupla: "Sem dúvida, os seis são excelentes nomes”

Heracles Dantas

Wellington Rocha

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Cidade Segunda-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013

O Programa Adote o Verde seráretomado e principais canteiros deNatal serão restaurados e arbori-zados. As praças e canteiros deNatal serão reformados e arboriza-dos, em breve, mas desta vez, asobras não serão realizadas exclusi-vamente pela Prefeitura de Natal.Por meio da Secretaria Municipal deServiços Urbanos (Semsur), a Pre-feitura está reestruturando o pro-grama 'Adote o Verde', por meio doqual empresas, entidades diversas epessoas físicas, podem adotar es-paços públicos para cuidar das ár-vores e plantas.

Criado em 2009, durante a an-tiga gestão, o programa ficou es-quecido durante alguns meses, maseste ano, a atual administração mu-nicipal quer retomar as ações. Paradar continuidade aos trabalhos, aSemsur fez um levantamento depessoas e empresas interessadasem adotar e cuidar de praças e can-teiros da cidade. Ao todo foramlistadas 55 solicitações de adoção,sendo 51 de empresas e quatro depessoas físicas.

Para o secretário de ServiçosUrbanos, Raniere Barbosa, o nú-mero de interessados na adoção re-presenta a conscientização da po-pulação quanto à importância daresponsabilidade social. "Estamospercebendo uma aceitação muitogrande por parte da população paracom o programa 'Adote o Verde'.Algumas pessoas pensam que cui-

dar das praças e canteiros é obriga-ção da Prefeitura, mas todos podemfazer a sua parte. O programa éuma maneira de compartilhar inte-resses e responsabilidades, que sótrarão benefícios a todos, além dedeixar a cidade mais bonita", disse.

Apesar de o programa se tratarde uma parceria entre Prefeitura ecidadãos, há quem tome iniciati-vas próprias e dê o primeiro passomesmo sem estar dentro do Pro-grama. O empresário Felipe Figuei-redo, há cerca de três anos, se in-teressou em cuidar do canteiro lo-

calizado em frente ao seu estabele-cimento, no bairro de Lagoa Novae mesmo sem conseguir a parceriacom a Prefeitura, decidiu fazê-lo.

"Eu e o dono de um escritóriode advocacia localizado na mesmarua cuidamos desse canteiro háanos. Quando decidimos tomar essainiciativa, buscamos a Prefeiturapara participar do Adote o Verde,mas não conseguimos, pois há umrequisito para conseguir a parceria,que é o canteiro medir, no mínimo,100 metros. Mesmo assim, esta-mos fazendo nossa parte. Meu ne-

gócio é diferenciado e responsabi-lidade ambiental faz parte de nossapolítica. Acho muito interessante oAdote o Verde, e acredito que osnatalenses deveriam abraçar essacausa, pois além de tudo, torna oambiente bem cuidado mais boni-to e agradável", disse o proprietá-rio da DryWash.

Os projetos para recuperação depraças e canteiros serão desenvolvi-dos pela Prefeitura, por meio da Se-cretaria Municipal de Serviços Ur-banos (Semsur), e da Secretaria deMeio Ambiente e Urbanismo (Se-

murb). Primeiramente, serão priori-zadas as adoções dos canteiros dosprincipais corredores da cidade,como os que estão localizados pró-ximo ao Shopping Midway Mall,na avenida Hermes da Fonseca.

De acordo com o secretário, aPrefeitura ainda está reformulan-do o programa, a fim de poten-cializá-lo, mas afirma que muitoem breve as ações serão inicia-das. "A Prefeitura está enfrentan-do dificuldades financeiras, e issonão é novidade. Natal está em pro-cesso de recuperação e o apoio da

população nesse momento é muitoválido. Como assumimos a cida-de completamente desestruturadaem diversos setores, estamos reor-ganizando todos os projetos queforam deixados pela gestão passa-da, e o 'Adote o Verde' é um deles.Se fosse depender só da Prefeitu-ra, essas obras de reestruturaçãodas praças e canteiros demorariamum pouco mais a acontecer, mascomo a população se solidarizoue está abraçando essa causa, logodaremos início às ações", afirmouRaniere Barbosa.

CAROLINA SOUZA

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O período chuvoso mal come-çou e já vai causando transtornosem diversas ruas e avenidas deNatal. Sem estrutura mínima de es-coamento, os lugares que deveriamservir para passagem de veículos epedestres são ocupados pela água.Segundo previsões da Empresa dePesquisa Agropecuária do RioGrande do Norte (Emparn), a chuvaque vem caindo desde ontem nacapital potiguar deverá continuarnos próximos dias.

De acordo com Gilmar Bistrot,meteorologista da Emparn, os pa-râmetros do Atlântico Sul, que fa-vorecem a umidade, estão mudan-do. "Os dados estão apontando paracondições favoráveis de chuvasnesta semana. Se esse quadro per-sistir, teremos novos índices plu-viométricos em Natal e no interior,principalmente nesses próximosdois dias", afirmou. As chuvas nãoforam suficientes para fazer trans-bordar as lagoas de captação. En-tretanto, problemas corriqueiros dealagamentos voltaram a surgir.

Alguns pontos problemáticosno início da manhã desta segunda-feira foram as avenidas SalgadoFilho, Prudente de Morais, Alexan-drino de Alencar e na marginal daBR-101, em Neópolis. O Jornal deHoje recebeu a informação de quea avenida Barragem Armando Ri-beiro, no Brasil Novo, também es-teve com pontos intransitáveis,assim como a avenida Moema Ti-nôco, sentido da avenida D. João

Medeiros Filho. Segundo o cabo Jeoás, do de-

partamento de Defesa Civil da Se-cretaria Municipal de SegurançaPública e Defesa Social (Semdes),na última semana foram identifi-cados 122 pontos de alagamentos

em Natal, mas já se pode observaruma redução. "Ainda não tenho odado correto, mas já teve uma re-dução dos pontos de alagamento.Isso se deve a um ótimo trabalhopreventivo por parte da Semopi [Se-cretaria Municipal de Obras Públi-

cas e Infraestrutura], que está tra-balhando fortemente na limpezadas galerias", afirmou.

Para Jeoás, o mais importanteé reforçar que nos pontos de alaga-mento detectados não existe ne-nhum perigo de desastre. "O trans-torno causado à população diz res-peito apenas à mobilidade, com otrânsito muito lento em algumaspartes. Mas até nisso, as coisas estãomelhores, pois o escoamento daágua tem se dado de maneira natu-ral, sendo evacuada em poucashoras", avaliou.

A equipe de reportagem foi emalgumas áreas da cidade para vercomo está sendo o desdobramentodas pessoas diante dos alagamen-tos. Na rua Neuza Farache, emCapim Macio, está uma das áreasmais críticas do bairro. Entre umcentro comercial e uma universi-dade, o alagamento impede que apopulação possa atravessar a rua.Quem está de carro, prefere não searriscar.

"A nossa única opção é entrarnas ruas paralelas e dar a volta.Quando chove é sempre assim. Eolhe que hoje a rua está em seu es-tado 'normal'. Com chuvas maisfortes, a situação fica bem pior",afirmou Jair Araújo, microempre-sário e aluno da instituição. "Infe-lizmente, a gente tem que correratrás de soluções, pois mesmo sa-bendo desses problemas, ninguémse preocupa em resolver".

Pretendendo entrar em uma casana rua Antônio Madruga, no mesmobairro, a estudante Roberta Fernan-des passou por uma situação mais

incômoda que a relatada por Jair.Se não fosse a ajuda do caseiro queestava conversando com a equipe dereportagem, a jovem não consegui-ria alcançar o seu destino. Contan-do com a boa vontade do rapaz, quecolocou os pés na lama para segu-rar o material da estudante, Rober-ta tirou os sapatos e atravessou acalçada se apoiando nas grades da

casa. "Isso é uma vergonha muito

grande. Olha em que situação euestou", disse Roberta, descontraídacom a situação. "É um absurdo ter-mos que passar por isso. O impos-to de Capim Macio é um dos maiscaros de Natal e a gente não tem di-reito nem a rua calçada, nem es-coamento nela", disse.

Programa ficou ‘esquecido’, mas será retomado pela Semsur, Semurb, empresas e pessoas físicas interessadas em adotar Felipe diz que responsabilidade ambiental faz parte da política da sua empresa

Alguns trechos da marginal da BR-101 estavam intransitáveis no início desta manhã

> COMPROMISSO AMBIENTAL

Programa ‘Adote o Verde’ será retomado e principaiscanteiros de Natal serão restaurados e arborizados

SEGUNDO EMPARN, PREVISÃO É DE QUE CHUVAS FORTES CONTINUEM SENDO REGISTRADAS PELOS PRÓXIMOS DOIS DIAS

Fotos: Wellington Rocha

Fotos: Herácles DantasFotos: Wellington Rocha

Chuvas provocam novosalagamentos em NatalChuvas provocam novosalagamentos em Natal

A rua Neuza Farache é uma das mais críticas de Capim Macio e situação pode piorar

Cratera atrapalha trânsitona avenida Afonso PenaQuem trafega pelas ruas de

Petrópolis tem se deparadodesde o último sábado com umacratera que também vem tornan-do o trânsito mais lento. Segun-do informações da Companhiade Águas e Esgotos do RN(Caern), houve o rompimentode uma tubulação localizada

entre a avenida Afonso Pena ea rua Mossoró, mas nada emfunção das chuvas. Ainda deacordo com a Caern, o proble-ma na tubulação já foi resolvi-do e, na tarde desta segunda-feira (29), uma equipe estará re-tomando a pavimentação daárea.

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 29 de abril de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Novo diretor da Ematerjá fala em novos projetosJÚNIOR TEIXEIRA REORGANIZA PASTA DA AGRICULTURA

MARCELO HOLLANDA

[email protected]

O engenheiro-agrônomo Hen-derson Magalhães Abreu, conheci-do como “Major”, que terá sua no-meação para o cargo de diretorpresidente da Empresa de Assis-tência Técnica e Extensão Ruraldo RN (Emater) confirmada até ofinal desta semana, disse nesta se-gunda-feira (29) ao JORNAL DEHOJE que pretende atacar comoprioridade dos primeiros dias, adistribuição das 12 mil toneladas demilho doadas emergencialmentepelo Governo Federal e que deve-rão chegar ao Porto de Natal emdata a ser confirmada.

Junto com essa ação, Majorquer agregar a distribuição de con-centrados protéicos como torta demilho e algodão aos produtoresprejudicados pela estiagem para oqual já existe uma verba de R$ 4milhões e uma estratégia de distri-buição já concluída pela DefesaCivil para entrega aos agricultoresmais necessitados.

A nomeação de Henderson, queainda ocupa o cargo de diretor téc-nico da Emater pró forma, aguardaapenas a volta de férias do atual di-retor presidente, Ronaldo Cruz, paraser ratificado. Faz parte do acordo fir-mado entre o PMDB (leia-se depu-tado Henrique Eduardo) com a go-vernadora Rosalba Ciarlini. É do par-tido a indicação do nome de JúniorTeixeira para comandar a Secretariade Agricultura e Pecuária.

Já Ronaldo Cruz, o presidenteatual, indicação do ex-secretário edeputado federal, Betinho Rosado,chega de férias na próxima quinta-feira e não poderia ser exonerado atéreassumir.

Embora tenha pedido pelomenos 15 dias para estabelecer umprograma mais completo de açãopara a Emater, Major parecia estarcompletamente ambientado aosnovos desafios.

Com perfil de quem não deixapara amanhã o que pode fazer hoje,Henderson Magalhães (ou Major)disse que uma das questões na sua

alça de mira é transformar convê-nios sem nenhum sentido para arealidade de seca - como, porexemplo, os cursos para ensinar ométodo para inseminação artificiala agricultores - em recursos paraações mais urgentes.

"Minha idéia é ir para Brasíliapropor a conversão de todas essasações, buscando recursos para atuarnuma linha mais prática, como, porexemplo, capacitar mão-de-obrapara aumentar a capilaridade daEmater no campo", resumiu Major.

Preocupa o futuro diretor-pre-sidente da Emater que os técnicosde campo produzam um novo mapadas prioridades dos agricultoresdiante do quadro produzido pelaseca. "Embora a chuva dê sinais

de que possa estar voltando, é im-portante termos um quadro deações urgentes a serem atacadas eum monitoramento eficiente dotrabalho resultante dessas ações",afirmou.

Quarenta Dias depois de assu-mir o comando da Secretaria deAgricultura e Pecuária do Rio Gran-de do Norte, José Teixeira de SouzaJúnior, o Júnior Teixeira, na medi-da da boa vontade do GabineteCivil, tem conseguido impor à go-vernadora Rosalba Ciarlini algunsnomes de auxiliares, conforme oque havia sido acertado com o Co-mitê Político recentemente ressus-citado pela chefe do Executivo.

Na edição do Diário Oficial doúltimo dia 20, Teixeira conseguiuemplacar o cargo do secretário ad-junto para Tarcísio Bezerra Dantas;de Sebastião Francisco Menezespara o da Coordenação de Organi-zação Rural; o de Carla Araújo

Sales para a Subcoordenadoria deConvênios e Contratos; o de Elai-ne Cristina Silva para a Subcoor-denadoria de Aqüicultura; Roose-velt José Meira como assessor es-pecial; Gustavo Luiz Emerencianocomo subcoordenador de eventose Tiago Oliveira Ferreira Souzapara a Subcoordenadoria de Manu-tenção e Infraestrutura. Só o chefede gabinete, que já está trabalhan-do, não teve o nome oficializado apedido.

Mas o principal teste para asmudanças de Jr. Teixeira serámesmo a posse de Major para ocargo ocupado por Ronaldo Mar-tins, que nos últimos meses pas-sou a administrar sozinho o esfa-celado programa do Leite.

Nesta segunda, Major disse quetambém está entre suas preocupa-ções reorganizar o programa que,segundo ele, vem captando menosde 50% de leite do produtor."Assim que minha posse for oficia-lizada buscaremos mais informa-ções da ponta também em relaçãoa isso, pois nosso dever é estar nãopróximos, mas exatamente ao ladodo produtor", sinalizou.

Depois da Emater, o secretárioJr. Teixeira deverá iniciar as mudan-ças no Instituto de Defesa Agrope-cuária (Idiarn), órgão vital com aproximidade da saída em bloco doNordeste para a condição de livrecom vacinação da aftosa. Há doismeses com os telefones cortados, oInstituto mergulhou de cabeça nosantigos erros que fizeram com queo Ministério o reprovasse em audi-toria no ano passado.

Sem nomes para a direçãogeral, o ex-secretário Betinho Ro-sado entregou o comando doIdiarn para que as diretoras de De-fesa Animal, Fabiana Lo Tierzo,e Defesa Vegetal, Vera Paiva, to-cassem o trabalho. Com a saídade Vera, Fabiana ficou com todasas atribuições e durante quatromeses desempenhou um trabalhoconsiderado importante pelo Mi-nistério da Agricultura até ser des-tituída por uma ordem dada por te-lefone por Betinho.

O início da primeira faseda campanha contra a febre af-tosa será adiada de 1° de maiopara o dia 1° de junho porcausa dos efeitos da estiagemsobre o rebanho.

Ainda nesta segunda-feira,todos os revendedores de vacinado estado começam a ser infor-mados pelo Idiarn na capital e nointerior. Um trabalho que certa-mente será muito facilitado assimque os telefones do Idiarn naCapital forem religados.

Hoje, cerca de 400 amostrasde sangue da sorologia seguem deavião para o Lanagro do RioGrande do Sul, para seremanalisados.

Esse sangue faz parte dasamostras remanescentes das 6 milcabeças que fizeram parte da so-rologia e compõe a última fase doinquérito antes da liberação embloco do Nordeste para o status

de área livre com vacinação. O prazo para que o Lanagro

, um dos laboratórios oficiais doMinistério da Agricultura, con-clua a análise das amostrar é de

15 dias. Depois disso, todos ostrâmites para a mudança em blocodo status da aftosa no RN e noNordeste estarão à cargo da bu-rocracia em Brasilia.

> PRIMEIRA FASE

Campanha contra aftosaé adiada para 1o de junho

Wellington Rocha

Divulgação

Em plena seca, menos de 1/3 dos recursos doFNE foram direcionados para economia ruraln Pelos números relativos ao exercício de 2012,recentemente divulgados pelo Banco do Nordestedo Brasil S/A(instituição financeira controlada pelogoverno federal que tem a incumbência de adminis-trar os recursos do FNE - Fundo Constitucional deFinanciamento do Nordeste), do valor total de finan-ciamentos custeados por esse fundo no Rio Gran-de do Norte, durante o exercício passado, menos deuma terça parte foi direcionada para projetos quevisam o desenvolvimento sustentável do semiárido.n O Banco regional destinou às operações finan-ciadas pelo FNE no Estado a soma de R$ 727,8milhões, dos quais R$ 517,1 milhões atenderam aempréstimos dos setores Comércio, Indústria eServiços, preponderantemente urbanos e concen-trados na região metropolitana de Natal ou no en-torno de Mossoró.n Para financiar as atividades rurais sobraram R$210 milhões, dos quais R$ 118,6 milhões destina-dos ao mero assistencialismo. Ou seja: foram repas-sados ao microfinanciamento de 27.256 "pronafia-nos" (como são chamados os agricultores familia-res assentados do programa de reforma agrária doIncra), que a rigor consideram o dinheiro do BNBum empréstimo a fundo perdido.n Sobraram dos recursos do FNE, portanto, tão so-mente R$ 92,1 milhões para empréstimos às ativi-dades econômicas do campo, dinheiro que atendeua 1.277 proprietários rurais potiguares de pequeno,médio e grande porte, os quais ofereceram garan-tias reais para poder ser atendidos e se submeterama pagar juros mais altos. n Uma coisa se pode deduzir sem perigo deerro, diante dessa política de crédito patrocina-da no RN com os recursos do Fundo Constitu-

cional do Nordeste: ela jamais conseguirá via-bilizar economicamente nem a nossa agricultu-ra nem a nossa pecuária.

Seminário preparatório do 'Projeto Rota dos Ventos' lota auditório em João Câmara n O auditório do IFRN (Instituto Federal de Edu-cação Tecnológica) da cidade de João Câmara con-seguiu reunir mais de 300 pessoas na manhã da úl-tima sexta-feira, que foram participar do 1º. Semi-nário Preparatório de Mobilização do "Projeto Rotados Ventos/BR-406", idealizado pelo Centro de Es-tratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne).nAlém de representantes do Governo do Estado,do Sebrae/RN, do Departamento Nacional de Infraes-trutura de Transporte, da UFRN, da Petrobras, doCTGás-ER, do IBGE, do Incra, da UnP e de váriasempresas que estão implantando parques geradoresde energia eólica no Estado, também compareceramao evento a deputada federal Fátima Bezerra e de-zenas de prefeitos e vereadores.nNa ocasião, foram anunciadas três importantes no-tícias para os municípios da região do Mato Gran-de: a duplicação de um trecho da rodovia BR-406,entre Natal e Ceará-Mirim; a construção de um ma-croanel rodoviário no Gancho, que eliminará oscongestionamentos diários do trânsito no bairro deIgapó (saída de Natal para o interior); e a instala-ção de uma agência do Banco do Nordeste na cida-de de João Câmara, principal centro econômico damicrorregião.n O diretor-geral do Cerne, Jean-Paul Prates en-fatizou que "o projeto começa hoje com algumasinstituições, mas é de todos e precisa de todos.Nosso objetivo é que a rodovia BR-406 sirvacomo espinha dorsal para o desenvolvimento detoda a região".

BNB amplia expedientepara atender agricultoresatingidos pela secanA Superintendência do Bancodo Nordeste no Rio Grande doNorte anuncia que será amplia-do em duas horas diárias, a par-tir de hoje e até o dia 10 de maio,o horário de atendimento ao pú-blico em suas agências, com oobjetivo de contratar propostasde crédito no âmbito do Progra-ma "FNE Estiagem" e recebertermos de adesão para renego-ciações de dívidas agrícolas.n Assim, entre as 8:00 e as10:00 horas - período em que oexpediente normal é voltadoapenas para as atividades inter-nas - as agências do BNB se de-dicarão no período a agilizar oatendimento aos produtores ru-rais afetados pela seca, os quaispoderão contratar financiamen-tos ou renegociar suas dívidasem condições especiais, de acor-do com o enquadramento dasoperações de cada um.n O "FNE Estiagem" é voltadopara quem sofreu perdas em de-corrência da seca que afeta o se-miárido e operará com juros de1 por cento ao ano, prazo de pa-gamento de 10 anos com até trêsanos de carência. Entretanto, so-mente serão atendidos clientescom atividades em municípiosonde tenha sido decretada situa-

ção de emergência ou estado decalamidade pública.n Nos 9 Estados do Nordeste emais no Norte de Minas Geraise do Espírito Santo, o BNB jádesembolsou R$ 2,3 bilhões pormeio do "FNE Estiagem", desdejulho do ano passado até agora,com mais de 320 mil operaçõesde crédito realizadas.n No Rio Grande do Norte, omontante alcança R$ 191 mi-lhões, com um total superior a25 mil contratos firmados, bene-ficiando agricultores familiares(que ganharão bônus de adim-plência de 80 por cento na li-quidação da dívida).

Palestra sobre segurança emeventos no Teatro RiachuelonA fundação Natal Convention& Visitors Bureau promoveu,no início da tarde de hoje, noTeatro Richuelo, uma palestrasobre "Segurança em Eventos -Situações de Pânico e Preven-ção", ministrada pelo consultorIgor Pípolo, natalense que hojeé um dos mais conceituados pro-fissionais da área no Brasil.n Direcionada para os dirigen-tes e representantes das entida-des de classe do setor de Turis-mo, bem como para autorida-des públicas, empresários e exe-cutivos da área de eventos emgeral, a promoção teve o obje-tivo de provocar reflexões sobreos riscos que precisam a todocusto ser prevenidos e evitadosnas grandes concentrações depúblico, como os congressos econvenções que Natal já atraicom muita frequência, ou comoas grandes competições espor-tivas que a cidade sediará em2014, por ocasião dos jogos daCopa do Mundo.nO consultor, após abordar de-talhadamente todos os aspectos

relacionados à segurança emeventos, foi taxativo: "Acabouo tempo do empirismo. Segu-rança de eventos é coisa séria edeve ser feita por profissionais.Há muitos riscos demais envol-vidos, principalmente a vida daspessoas, a imagem das empre-sas, além do patrimônio".n Segundo o presidente-exe-cutivo da fundação Natal CVB,George Costa, a palestra fazparte das comemorações do DiaNacional do Profissional deEventos, que transcorre hoje, eteve apoio do Sebrae/RN, doTeatro Riachuelo e das empre-sas Data Vídeo e MSom &Vídeo, além da companhiaaérea TAM.

Equipe pedagógica doContemporâneo se atualizasobre Sistema Anglo/AbrilnA equipe técnica e pedagógi-ca das unidades do Colégio Con-temporâneo passou, semana pas-sada, por uma capacitação coma coordenadora de Conteúdo Di-gital do Sistema Anglo e Edito-ra Abril, Fátima Regina.n O evento teve lugar na Uni-dade I do Contemporâneo, nobairro de Potilândia. Foramapresentadas aos professoresas muitas novidades sobre donovo portal Anglo, que estámais moderno, eficiente e commais conteúdo. n Pelo endereço eletrônico épossível ter acesso a todos oconteúdo didático oferecido peloSistema Anglo/Abril de formainterativa, bem como ao Cader-no Digital, organização do con-teúdo e da quantidade de arqui-vos. As mudanças foram plane-jadas com o objetivo de aten-der melhor aos educadores, alu-nos e pais - que também pas-sam a interagir virtualmente.

‘“A Emater não pode

se contentar em estar só perto e sim do lado do produtor”

HENDERSON MAGALHÃES, O MAJOR

NOVO DIRETOR DA EMATER

Adiamento do início da vacinação foi motivado devido aos efeitos da estiagem

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8 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013

C M Y K

Segunda-feiraCidade

ROBERTO CAMPELLO

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Além do Hospital MonsenhorWalfredo Gurgel, outro hospital doRio Grande do Norte será contem-plado com o programa do Ministé-rio da Saúde, SOS Emergência. Osecretário estadual de Saúde Públi-ca do RN (Sesap), Luiz RobertoFonseca, confirmou que o HospitalRegional Deoclécio Marques de Lu-cena, localizado no município deParnamirim, foi escolhido para in-tegrar o programa SOS Emergên-cia do Governo Federal. Com isso,o Hospital receberá anualmente R$3,6 milhões do Ministério da Saúde,além de mais R$ 3 milhões paraaquisição de equipamentos e paraobras e reformas na área física dohospital.

O secretário estadual de SaúdePública, Luiz Roberto Fonseca,conta que a escolha pelo HospitalDeoclécio Marques de Lucena sedeu pela importância do Hospital,bem como a sua localização. Eleconta que o Hospital Santa Catari-na, que também poderia ser con-templado com a inserção no Pro-grama, tem um perfil mais voltadopara atenção materno-infantil e járecebe recursos federais da RedeCegonha.

"Estamos esperando apenas aresposta do ministro da Saúde parasaber quando será a implantação. OHospital Deoclécio Marques é estra-tégico e guarnece a região de Natalda 1ª Ursap, que tem a característi-ca de ser um grande emissor de pa-cientes para dentro de Natal. O Deo-clécio é um hospital que tem poten-cial de crescimento e já faz a assis-tência de trauma ortopedia, da ci-rurgia, da clínica médica. Ele temuma abrangência maior. O Deoclé-cio vai passar por uma grande refor-ma agora que vai ampliar o núme-

ro de leitos e tem condições de di-vidir com o Walfredo Gurgel, atéque o Hospital de Trauma fiquepronto, a responsabilidade sobre a as-sistência da patologia do trauma",destacou o secretário.

Os hospitais terão um Núcleo deAcesso e Qualidade Hospitalar ins-talado, que apoiará e orientará as me-didas de melhoria da gestão e da qua-lidade assistencial. O núcleo será for-mado pelos coordenadores dos ser-viços de urgência e emergência, dasunidades e centrais de Internação doHospital e por um representante dogestor local e terá o objetivo de tra-çar as metas de trabalho da unidadehospitalar. Também será organizadaa gestão de leitos, fluxo de interna-ção e a implantação de protocolosclínico-assistenciais e administrati-vos. Serão tomadas, ainda, ações paraproporcionar a adequação da estru-tura e do ambiente hospitalar.

O trabalho desses núcleos será

acompanhado pelo Comitê Nacionalde Acompanhamento do SOS Emer-gência, coordenado pelo Ministérioda Saúde e que tem a função de re-ceber e encaminhar solução às ques-tões apontadas pelos núcleos, moni-torar os resultados alcançados nasunidades e manter os gestores lo-cais informados do andamento dasações. Haverá também parceriascom instituições privadas de exce-lência. O SOS Emergência tem opropósito de humanizar e qualificaro atendimento nas redes de urgên-cia e emergências.

Hoje, o atendimento do Hospi-tal Deoclécio Marques é porta aber-ta, sem classificação de risco. O pa-ciente que chega, independente dapatologia, passa por uma triagem,mas é atendido. Inserido no Progra-ma SOS Emergência, a unidade iráimplantar o sistema de classificaçãode risco de pacientes, que vai pro-porcionar que o tratamento seja mais

célere e melhor orientado.A diretora geral do Hospital Re-

gional Deoclécio Marques de Luce-na, Nilzelene Carrasco, se mostrousurpresa com a informação, pois aindanão foi comunicada oficialmente daescolha do Hospital, mas disse que,confirmada a inserção do hospital noDeoclécio Marques de Lucena, sig-nificará uma mudança considerávelna qualidade da prestação do servi-ço oferecido à população.

"O Hospital Deoclécio Marquesintegrar a rede de urgência e emer-gência da Região Metropolitana deNatal e estar dentro do SOS Emer-gência significa aumento na quanti-dade de insumos, de material de or-topedia, além de garantir a amplia-ção do hospital. Com mais recursos,aliada a reforma que deve acontecernos próximos meses, poderemos darmais resposta à população e resolveros problemas que hoje ainda impe-dem o funcionamento pleno do hos-

pital", revela a diretora do Deoclé-cio, Nilzelene Carrasco.

ATENDIMENTONilzelene Carrasco disse que o

atendimento pediátrico e ortopédi-co está normalizado e que a escalade profissionais do mês de maio jáestá completa e garantida. No en-tanto, algumas cirurgias ortopédicasestão suspensas no Deoclécio Mar-ques por falta de material ortopédi-co, como é o caso do Ilisarov, fun-damental para a cirurgia de fêmur."Dependemos desse material pararealizar as cirurgias e estamos pen-sando em fazer uma dispensa de li-citação para aquisição desse mate-rial", destacou. A diretora conta quenos próximos dias será feita a implan-tação do 10º leito de UTI. "Fizemosa aquisição de equipamentos moder-nos e nos próximos dias iremos abrirmais esse leito para a população".

O autônomo Eliziel Bezerra de

Araújo mora no Planalto, zona Oestede Natal e na última sexta-feira (26),reagiu a um assalto e foi baleado naperna, atingindo o fêmur, que foiquebrado. "Imobilizaram a minhaperna e não fizeram mais nada. Nes-ses três dias que estou aqui não con-sigo dormir com tanta dor e não medão nenhuma perspectiva de quan-do vou realizar essa cirurgia. É muitodesumano e não temos privacidadealguma", revela o paciente no cor-redor do Hospital.

Hoje, o Deoclécio Marques deLucena tinha seis pacientes na salade reanimação, nove na Unidade deTerapia Intensiva (UTI), 44 pacien-tes da cirurgia ortopédica, sendo 36na enfermaria, e oito nos corredores.Na clínica cirúrgica, 18 pacientesestavam internados e mais quatroem macas, além de 22 nas duas salasde observação clínica. Aclínica mé-dica tinha 12 pacientes internados emais três nos corredores.

Hospital Deoclécio Marques foi escolhidopara integrar o programa SOS EmergênciaUNIDADE INTEGRARÁ REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DA REGIÃO METROPOLITANA JUNTO COM O WALFREDO GURGEL

Com a adesão ao programa do Governo Federal, hospital receberá R$ 3,6 milhões/ano e implantará sistema de classificação de risco Eliziel Bezerra foi baleado na perna e está aguardando há três dias por cirurgia

Fotos: José Aldenir

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O Jornal de HOJE 9Natal, 29 de abril de 2013Segunda-feira Cidade

"Tenho certeza de que as respostas já estão aparecendo"

ROBERTO CAMPELLO

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Em pouco mais de dois anos de gestão, a governa-dora Rosalba Ciarlini já teve três secretários à frente deuma das pastas mais importantes e problemáticas desua gestão. O novo secretário, que assumiu o cargo hápouco mais de um mês, sucedeu Isaú Gerino e Domí-cio Arruda. O médico Luiz Roberto Fonseca desde o iní-cio da gestão Democrata esteve à frente do Serviço deAtendimento Móvel de Urgência (Samu) Metropolita-no, sendo o responsável pela expansão e consolidaçãodos serviços em todo o Estado, e assumiu a SecretariaEstadual de Saúde Pública (Sesap), em 21 de março, emmeio a uma crise na saúde pública.

Superlotação do Hospital Monsenhor WalfredoGurgel, falta de leitos de Unidade de Terapia Intensi-va (UTI) adulta, pediatra e neonatal, fechamento dosProntos Socorro Infantil dos hospitais Walfredo Gur-gel, Santa Catarina e Deoclécio Marques de Lucena,por falta de pediatras, crise na assistência materno-in-fantil, com mulheres parindo em condições subuma-nas, intervenção judicial do Hospital da Mulher, dívi-das com fornecedores e prestadores de serviços e o en-trave burocrático da Secretaria de Saúde Pública sãoalguns dos desafios que o secretário Luiz Roberto Fon-seca tem enfrentado em pouco mais de um mês à fren-te da Secretaria.

O atual gestor ganhou destaque no ano passado,quando do período de calamidade pública na saúde doEstado, assumiu a coordenação dos Serviços de Urgên-cia e Emergência do Estado e ficou à frente do Planode Enfrentamento Para os Serviços de Urgência e Emer-gência do Rio Grande do Norte. Luiz Roberto Fonsecaesteve em Brasília para uma audiência com o ministroda Saúde, Alexandre Padilha, e concedeu uma entrevis-ta exclusiva a reportagem d'O Jornal de Hoje. Na oca-sião, o secretário fez um balanço das ações desenvol-vidas depois que assumiu a pasta, os projetos futuros eos desafios para melhorar a gestão da saúde pública noRio Grande do Norte.

"O que percebemos é que dos três Gs que precisapara ter uma saúde pública efetiva, Gente, Gestão eGrana, dois nós não temos. Não temos gestão e nemgrana, mas temos gente. O nosso quantitativo de pes-soal é muito maior do que os nossos estados coirmãos.Em termos de número de profissionais médicos vincu-lados a Secretaria de Saúde Pública, nós temos um per-centual médico maior do que o Ceará e que a Paraíba,mas esses dois estados conseguem ofertar um serviçode saúde superior ao nosso, embora sejam precários e

tenham deficiências como todo o Nordeste, mas é me-lhor do que o Rio Grande do Norte".

O secretário também explicou que a Gestão é outroproblema a ser combatido para melhorar a saúde pú-blica. "A Sesap é excessivamente burocrática. Ela é em-perrada, não anda. Diariamente chega à minha mesaprocessos de licitação de 2009. Como é que uma lici-tação de um item, de um insumo, de um medicamen-to ou de um equipamento de 2009 chega para ser con-clusa em 2013? Então não era essencial, ou se era es-sencial alguém padeceu pela não aquisição do equi-pamento. Precisamos encontrar uma forma de a Secre-taria funcionar de forma célere e dar respostas rápi-das. Temos um problema de subfinanciamento e de faltade custeio significativo, mas eu preciso reconhecer anossa própria burocracia e da ineficiência de algunssetores", destaca.

Luiz Roberto conta que já começou a fazer algumasmudanças pontuais no comando de algumas coordena-dorias estratégicas. "Não é nenhum caça às bruxas, masjá identificamos algumas coordenações que não vinhamdando a resposta que nós esperávamos e fizemos assubstituições. Agora é o momento de concluir essasmudanças", destacou. Acoordenadoria de Recursos Hu-manos, de Gestão de Hospitais, bem como alguns di-retores de hospitais foram substituídos. "Fizemos mu-danças também em algumas comissões de saúde e emalgumas coordenações estratégicas, aquelas que detêmmais poder e outras ainda vão acontecer. Esse é o cho-que de gestão que queremos dar", afirmou.

Além disso, o secretário conta ainda que foi cor-tado todo o gasto desnecessário da Sesap. "Cortamostodas as passagens, diárias, alimentação, fornecimen-to de coffee break e tudo o que não fosse essencial parao funcionamento da Secretaria. No momento em quea saúde financeira estiver bem, podemos retornar comisso, mas esse momento é de destinar esses recursospara a assistência, para a prevenção que é onde nóstemos falha, que não estamos cumprindo o nosso papelcomo Estado. Nós não conseguimos pagar os nossosfornecedores, honrar os nossos compromissos com aCooperativa Médica. Esses profissionais desacredi-tam do Governo do Estado e não querem pactuar coma Secretaria e fazer plantão via a cooperativa porquetêm medo de passar três ou quatro meses sem receber.Precisamos reconquistar essa credibilidade", destacou.

REUNIÃO COM O MINISTRO DA SAÚDENa última quarta-feira (25), o secretário Luiz Ro-

berto Fonseca esteve em Brasília para participar de umaaudiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,para apresentar o plano do Governo do Estado de mu-dança do cenário da saúde pública do Rio Grande doNorte. "Eu fui para Brasília para buscar dinheiro novo,um aumento, junto com a governadora, de 10% no tetomáximo do Fundo Estadual de Saúde. Eu vim mostrarque o meu per capita repassado pelo Governo Federal

hoje gira em torno de R$ 150 por pessoa, quando nascidades do Sul e Sudeste esse valor chega até a R$ 175.Então há uma distorção de financiamento e viemos embusca desses recursos. O subfinanciamento do SUS éuma realidade que precisa ser modificada, pois a saúdeé prioritária e a vida tem uma peculiaridade, ou vocêcorrige o agravo e a distorção da saúde agora ou a se-quela e a morte não podem ser revertidas".

Após a audiência, o secretário saiu bastante confian-te de que cerca de 90% dos pleitos serão atendidos peloGoverno Federal. "Acredito que temos condições defazer uma gestão pública na saúde mais austera, porquea interpretação que se tem é que a saúde é uma vala per-dida. Quanto mais se dá dinheiro, mais consegue segastar. Eu tenho buscado junto com a equipe essa aus-teridade, comprovar que estamos gastando o necessá-rio. Pode até ser considerado muito, mas estamos gas-tando bem. É aí que entra a questão da otimização danossa resposta, dessa perfilização dos hospitais, do re-passe do custeio que estava travado dentro da Sesap, estourepassando para os hospitais, descentralizando, passan-do para os hospitais a tão sonhada autonomia financei-ra. Agora o bom gestor vai sobressair e evitar proble-mas de desabastecimentos, de pequenas reformas, entreoutros. Acredito que com a descentralização do custeioe com a autonomia financeira teremos uma melhor res-posta dentro dos hospitais", destacou. O Hospital Mon-senhor Walfredo Gurgel, por exemplo, terá R$ 1,8 mi-lhão para gerenciamento.

SUBFINANCIAMENTO E CUSTEIOO secretário Luiz Roberto disse que o Estado tem

uma grande capacidade de desenvolvimento, principal-mente com os convênios que o Governo do Estado temconseguido com o Banco Mundial e o Banco Interame-ricano de Desenvolvimento, com recursos na ordem deR$ 2 bilhões. Mas, segundo ele, são recursos para in-vestimento, para se construir hospital, estradas e outrascoisas. No entanto, hoje, o problema da Secretaria deSaúde Pública do RN é o custeio.

Segundo o secretário, a Sesap tem uma necessida-de de custeio que gira em torno de R$ 25 milhões pormês, mas efetivamente, o Governo só consegue fazero repasse de, no máximo, R$ 18 milhões, ficando umdéficit mensal de 7 a 10 milhões. "O fluxo de caixado Governo não permite arcar com um gasto de R$ 25milhões, e precisamos reordenar esse gasto e fazercom que esse recurso que está chegando possa ser oti-mizado e aplicado de tal forma que eu possa melho-rar a oferta de serviço à população. Hoje, gastamosmuito, mas gastamos mal. Gastamos muito, e a popu-lação não sente a resposta. O Governo do Estado apli-ca 17% do Produto Interno Bruto (PIB) em Saúde Pú-blica, quando o que está pactuado é que os estados apli-quem 12%. Então, o Rio Grande do Norte aplica 5%a mais do que deveria e, mesmo assim, a nossa res-posta é insuficiente", destacou.

Mensalmente, as contas não batem na Secretaria deSaúde Pública do Estado e o secretário Luiz Roberto Fon-seca conta que, infelizmente, a Sesap vem acumulandodívidas mês após mês. "Esse mês eu pago você, o outromês eu pago outro fornecedor e assim vai o tempo todo.O Planejamento me cobra dizendo que o que tem pararepassar é somente isso e que preciso conter os custos,porque não bate o valor, porque o Governo já compro-mete 17% do PIB com a Saúde Pública. Diante disso,preciso ser austero, e encontrar uma alternativa para con-ter esse custo. É uma briga grande, pois eu já mostreique não é possível tocar a Secretaria com apenas R$ 18milhões e também sei que não é possível chegarmos aosR$ 25 milhões. Então vamos ter que encontrar um meiotermo. Estou apertando os custos, sanando o que podeser cortado, mas eu preciso acreditar que a governado-ra encontrará meios de aumentar esse custeio. Meu tra-balho é nesse sentido, que as secretarias (Saúde e Pla-nejamento) caminhem a se encontrar., eu aperto o custo,eu corto o supérfluo, mas ele me mantém um custeio maispróximo da minha realidade", afirmou.

Fotos: José Aldenir

LUIZ ROBERTO FONSECA

‘ ’“A Sesap é excessivamente burocrática. Ela é

emperrada, não anda. Diariamente chega à minhamesa processos de licitação de 2009. Como é queuma licitação de um item, de um insumo, de ummedicamento ou de um equipamento de 2009

chega para ser conclusa em 2013?” ‘ ’“O fluxo de caixa do Governo não permite arcarcom um gasto de R$ 25 milhões, e precisamos

reordenar esse gasto e fazer com que esserecurso que está chegando possa ser otimizadoe aplicado de tal forma que eu possa melhorar

a oferta de serviço à população”

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SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE PÚBLICAENTREVISTA

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Segunda-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013 Cidade

Três pessoas foram persegui-das e executadas durante este finalde semana no Rio Grande do Norte.Os crimes, que aconteceram nosmunicípios de Macaíba, Ceará-Mirim e Baraúna, foram cometi-das por duplas armadas que se apro-ximaram das vítimas e efetuaramvários disparos contra elas. Em umdos casos, três homens foram deti-dos acusados de terem cometido oassassinato, ocorrido na noite doúltimo sábado.

Conforme informações da Polí-cia Militar, Clécio Silva de Olivei-ra, de 27 anos; Walysson José daSilva, 19 e Sanderson Luan Gomesdo Nascimento, de 21, teriam sidoreconhecidos por testemunhas quepresenciaram o momento em queMaxwell Oliveira de Melo foi ata-cado com vários tiros na cabeça epescoço.

A vítima, que tinha 18 anos eestava sentado em um estabeleci-mento comercial na Rua Major An-tônio de Andrade quando foi ba-leada, respondia a processo judi-cial por tráfico de drogas. Ele foisurpreendido por três homens e nãoteve chance de defesa, morrendono local. Os policiais do 11º Bata-lhão da PM foram ao bar e, após

conversar com as pessoas, saíramem diligências e conseguiram pren-der os três acusados.

O trio foi encaminhado para aDelegacia de Plantão da zona Sul,no bairro da Candelária, em Natal,onde foram ouvidos e autuados emflagrante por homicídio. Já o cadá-ver de Maxwell foi levado para oInstituto Técnico Científico de Po-lícia do Rio Grande do Norte(Itep/RN), em Natal.

Já no município de Ceará-Mirim, a vítima de homicídio con-tinua não-identificada. O homem foimorto dentro de casa, com cincodisparos de arma de fogo, conformeinformações da Polícia Militar. Duaspessoas estão sendo procuradas pelosmilitares na Região Metropolitana deNatal e áreas próximas.

E, no Oeste potiguar, Francis-co Genésio Fernandes, de 48 anos,foi atacado quando dormia em umarede na frente da residência ondemorava, no município de Baraúna.Ele foi atingido por dois disparosna cabeça e morreu no local. Segun-do o sargento Gibson Maia, da PMem Baraúna, Francisco era consi-derado foragido da Paraíba, ondeteria matado o companheiro da pró-pria mãe.

Três são executadosapós perseguiçãoem cidades do RNNos últimos 28 dias, a Polícia

Militar apreendeu 84 armas de fogoe 474 munições de diversos cali-bres, que estavam nas mãos de ban-didos em atuação no Rio Grande doNorte. Destas, 22 armas foram re-cuperadas durante as ações de pa-trulhamento de rotina realizadas emapenas três dias, entre a sexta-feirapassada e ontem, quando 33 pessoasforam detidas acusadas de envolvi-mento em crimes no Estado.

Conforme a assessoria de co-municação da Polícia Militar, foram230 revólveres, pistolas e espingar-das apreendidas do início de janei-ro até ontem, o que representa umaumento de 27,07% no total dearmas apreendidas no mesmo pe-ríodo de 2012, quando 181 artefa-tos foram retirados de circulação.As apreensões e prisões são reali-zadas em todas as áreas da RegiãoMetropolitana de Natal e municí-pios do interior.

Segundo a capitã Geórgia Cris-tina, além das apreensões de armas,munições e drogas, os oficiais empatrulhamento também realizamprisões de suspeitos ou acusadosde crimes e pessoas com mandadosde prisão em aberto e fugitivos dosistema carcerário potiguar. Somen-te neste mês, 29 foragidos da jus-tiça foram recapturados e enviados

para as unidades prisionais."São ações importantes para a

segurança e integridade física dapopulação potiguar, já que estamosretirando das ruas e cidades pes-soas perigosas e que podem colo-

car em risco a vida de todos. E, re-tirando de circulação armas e mu-nições, também prevenimos assal-tos e outros crimes graves, comohomicídios e lesões corporais", ex-plicou.

Ela disse também que a maiorapreensão realizada neste mês deabril foi registrada na última sema-na, quando 33 armas de fogos e200 munições foram apreendidasnas mãos de criminosos. Com asapreensões, a PMRN contabilizouuma média de 3 armas apreendi-das por dia em todo o Estado eaproximadamente 17 munições/dianos vinte e oito dias decorridos domês de abril.

Além disso, foram apreendidosainda três simulacros de armas uti-lizadas para crimes e um colete ba-lístico.Já os 33 detidos na semanapassada foram conduzidos às de-legacias da Polícia Civil e algunsforam liberados após assinatura doTermo Circunstanciado de Ocor-rência (TCO).

Já com relação à apreensão deentorpecentes, foram recolhidos trêsquilos de crack, divididos em 222pedras de crack, um tablete de meioquilo e 600 gramas soltas da droga;quase seis quilos de maconha, to-talizando cerca de nove quilos deentorpecentes, além de duas balan-ças de precisão. Também foram re-cuperados 61 veículos roubados emtodo o Estado, os quais, após pro-cedimentos legais, foram devolvi-dos aos seus respectivos proprie-tários.

> BALANÇO DE 2013

Polícia Militar retirou 230 armas defogo de circulação de janeiro a abril

Cedida: Polícis Civil

Polícia divulgou balanço dos primeiros meses do ano: 230 armas apreendidas

> TERRA SEM LEI

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Após a fuga de três detentosdo Centro de Detenção Provisória(CDP) da Candelária, o juiz da Varadas Execuções Penais de Natal,Henrique Baltazar, visitou a unida-de e constatou a falta de condiçõesestruturais da unidade, reativadaem 18 de março passado. Três pre-sos conseguiram fugir ontem, porum buraco aberto no teto de umadas celas, durante o horário de vi-sitas. Até o fechamento desta edi-ção, nenhum deles havia sido re-capturado.

Segundo o diretor do CDP daCandelária, Canindé Alves, os pre-sos já tinham tentado fugir na úl-tima sexta-feira pelo mesmo local,entretanto, os agentes penitenciá-rios e policiais militares que traba-lham na unidade flagraram a açãoe conseguiram impedir a evasão.Eles foram levados para o soláriodurante o fechamento da passageme retornaram para a cela na manhãde sábado.

"Ontem, por volta das 17h, elesaproveitaram para abrirem umnovo buraco no mesmo local desexta-feira e, infelizmente, conse-guiram remexer no concreto, queainda estava úmido por causa dotempo chuvoso e escaparam. Quan-do o quarto estava passando pelolocal, os agentes e policiais que es-tavam de plantão perceberam a mo-vimentação estranha e quandoforam para a cela, impediram queele também fugisse", explicou Ca-nindé.

Diante da nova ação dos cri-

minosos, a direção da unidade de-cidiu retirar os nove detentos querestaram e os redistribuíram nasoutras celas, até que o buraco sejaconcretado e os presos possamretornar para lá, sem o risco deuma nova evasão. "Vamos aguar-dar um período de tempo maior,para termos certeza de que elesnão irão tentar mais uma vez",disse Canindé.

Alan John Cruz da Silva, 21anos, acusado de homicídio; Ander-son Souza de Freitas, 22, preso porreceptação de produtos roubadose Rodrigo Marinho da Silva, 30, de-

tido sob a acusação de porte ilegalde armas, estão sendo procuradospela Polícia Militar, em toda a Re-gião Metropolitana de Natal.

JUIZ: UNIDADE NÃO TEMESTRUTURA PARA PRESOS

Em visita ao CDP da Candelá-ria, na manhã de hoje, o juiz Hen-rique Baltazar disse que a unidadecontinua sendo inadequada parafuncionar como um centro de de-tenção, por não ter estrutura sufi-ciente para manter os presos nolocal. Ele afirmou que aguarda aconstrução emergencial de mais

uma unidade prisional em Natal,conforme previsto pelo Governodo Estado, para diminuir o quadrode precariedade do sistema atual.

"Além dessa unidade de Natal,que deve abrir mais 80 vagas, háainda o projeto para a construçãode uma nova cadeia pública, nazona Norte, que deve ser cumpri-do até o final do ano. São medi-das emergenciais, para resolverproblemas pontuais de falta devagas na Região Metropolitana",explicou.

Baltazar disse ainda que, alémda Capital, os municípios de Caicó,

Mossoró e Patu também serão be-neficiados com a construção deunidades prisionais, que estão pre-vistas para ficarem prontas em 120dias, conforme o projeto apresen-tado pelo Governo do Estado. Osúltimos pontos sobre essas melho-rias devem ser acertados em reu-nião hoje à tarde, com represen-tantes da Secretaria de Justiça e daCidadania (Sejuc).

"Vamos resolver as últimaspendências dos projetos e abrir li-

citação para a escolha da empresaque irá construir as unidades. Anossa expectativa é melhorar a si-tuação do sistema carcerário, di-minuindo a superlotação, que tam-bém encontramos aqui no CDP daCandelária, que sofre ainda com afalta de espaço para comportar maisde 80 presos, além de estar locali-zado em uma área residencial enão ter segurança para funcionarcomo um presídio", afirmou Hen-rique Baltazar.

Três presos conseguem fugir do CDP daCandelária após duas tentativas frustradasJUIZ HENRIQUE BALTAZAR VISITOU UNIDADE NA MANHÃ DE HOJE E DISSE QUE LOCAL É INADEQUADO PARA PRESOS

Centro de Detenção Provisória da Candelária recebeu a visita do juiz Henrique Baltazar (de paletó) após fuga de presos

Wellington Rocha

Em 40 dias, duas tentativase uma fuga concretizada

Reativado no último dia 18 demarço, o CDP da Candelária, nazona Sul de Natal, já sofreu duastentativas e uma fuga consuma-da. A primeira ação aconteceuapenas seis dias depois que a uni-dade foi reativada. Na ocasião,os 12 presos que estavam na celatentaram abrir um buraco no chãodo banheiro, mas foram flagradose impedidos pelos os agentes pe-nitenciários e policiais militaresque ouviram barulhos suspeitosvindos do cômodo.

Desconfiados de que os de-tentos estivessem preparandouma fuga, os agentes pediram oreforço aos policiais do 5º Bata-lhão da Polícia Militar, para rea-lizarem uma vistoria na cela e,quando eles entraram no cômo-do, descobriram o princípio de

buraco no banheiro. Diante da descoberta, os 12

presos foram transferidos tem-porariamente para o solário, atéque os agentes pudessem fazer ofechamento da escavação comcimento, para evitar que os deten-tos reiniciassem a abertura dolocal. Durante todo o tempo, elesnegaram que tivessem tentandoabrir um túnel para fugir do cár-cere.

A segunda tentativa aconte-ceu na última sexta-feira, quan-do 12 presos também tentaramfugir, desta vez, por um buracoaberto no teto da cela. Mais umavez, eles também foram flagra-dos, no entanto, ontem, por voltadas 17h, três conseguiram se eva-dir da unidade, na primeira fugaregistrada no CDP da Candelária.

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 29 de abril de 2013CidadeCidade

HENRIQUE CANDIDATOO ministro Garibaldi Filho deu o pontapé da luta

de 2014, lançando o nome do primo HenriqueAlves à sucessão de Rosalba Ciarlini. Como nin-guém no mundo político repercutiu, o próprio Hen-rique tratou de desautorizar o lançamento em 10de maio.

CHAPASVão se desenhando prováveis chapas de go-

vernador e senador, observando-se as ações dospartidos. Poderemos ter Henrique Alves (PMDB)e Fátima Bezerra (PT), Robinson Faria (PSD) eWilma de Faria (PSB), Rosalba Ciarlini (DEM) eJoão Maia (PR).

SENADONão é segredo de Fátima o desejo de candida-

tar-se ao Senado, ao lado do PMDB ou do PSD.Pessoalmente, a deputada tem deixado evidenteque quer compor com Henrique, apesar de Gil-berto Kassab assediar Dilma Rousseff para oapoio a Robinson Faria.

BARRIGANa pressa em acreditar no Twitter, o deputa-

do Fernando Mineiro acabou reproduzindo umainverdade quanto à Operação Absconsos, da Po-lícia Federal. O fato é que não houve prisões(nem de ricos nem de pobres), apenas busca eapreensão de material.

LULA NA COPATá pintando uma alternativa à "caxirola" de

Carlinhos Brown. Um instrumento, dizem, queremete ao senhor Luiz Inácio e ao mensalão: a"mensarola". Para tocar a "mensarola", coloca-se moedas numa caçarola e é só balançar pra ga-rantir o som.

STF X PTO velho anarcocapitalista Ugo Vernomentti

passa uma DM pelo Twitter: "Colunista, anoteaí essa e por favor retuíte aos seus perseguido-res. O Supremo é o guardião da Constituição,enquanto o lulopetismo é apenas o rufião dacorrupção".

CATÓLICOSO padre Marcelo Rossi se baseia numa ver-

dade histórica quando repele a politização das co-munidades eclesiais de base na igreja católica.Afinal, foi nas CEBs onde o PT instalou suamanjedoura de militantes cristãos que se torna-ram radicais marxistas.

EVANGÉLICOSO recente congresso evangélico ocorrido em

Brasília, que lotou os hoteis da cidade, vai setornar insignificante se comparado à quantidade

de fieis que as diversas igrejas estão mobilizandopara um ato em 5 de junho em frente ao Congres-so Nacional.

ADOLESCENTESForam mais de 3,1 mil jovens no sábado e

quase isso no domingo. O Centro de Conven-ções foi tomado por garotos e garotas (havia tam-bém adultos) que participaram do evento Saga En-tretenimento, voltado para os games e mangásjaponeses.

EQUÍVOCOTambém no Saga (já havia ocorrido numa feira

literária), os organizadores confundiram fantasia comcosplay. Há uma distinção enorme entre ambas ascoisas. Cosplay é alguém que vive caracterizado comopersonagem e não eventualmente em concursos.

Paulo Vanzolini"Do povo, pessoalmente de cada um, eu não

gosto; mas do povo em geral eu gosto muito".Diz Paulo Vanzolini sobre seu amor pela cidade

de São Paulo, na abertura do documentário"Um Homem de Moral", dirigido por Ricardo

Dias em 2009. Ainda bem que ele viu a grandehomenagem que o filme lhe presta, uma ode àsua vasta e grandiosa obra musical. Todas asgerações cantaram trechos ou a íntegra das

suas canções, principalmente o clássico"Ronda", que ele nem gostava muito.

Quando eu comecei a consumir vorazmente as his-torietas dos super-heróis, em meados dos anos 1960, asaudosa editora Ebal dominava o mercado dos colori-dos seres voadores de HQ, em que se destacavam ospersonagens dos estúdios DC Comics.

Superman liderava a lista dos meus preferidos, se-guido por Batman, Ajax, Flash, Miss América, Lanter-na Verde, Supergirl, Mon-El, Arqueiro Verde e tantosoutros. Demorou até o final da década para que eu vol-tasse os olhos para os super-heróis da Marvel.

Quem me abriu as portas da outra banda de figuraspoderosas foi o Homem-Aranha, que logo me apresen-tou o resto da família de Stan Lee e Jack Kirby. A Ebaltambém era detentora dos direitos deles todos, Thor, Ca-pitão América, Demolidor, Namor, Hulk.

Papai comprou nas lojas "4 e 400" (Lobrás) unsbonecos da Marvel, em plástico duro e cor única. O Thorera marrom, o Capitão América amarelo, Homem-Ara-nha vermelho e o Homem de Ferro na cor laranja. Foimeu primeiro contato lúdico com Tony Stark.

É que o Homem de Ferro foi o último dos "Vinga-dores" a me conquistar; eu saltava suas aventuras naspáginas das revistas, priorizando os demais personagens.Um cara vestido numa armadura um tanto medievalnão me causava qualquer encantamento.

Obviamente que não dava para ignorar o enlatadodourado quando ele estava inserido nas historinhas doCapitão América, do Thor ou do Hulk, mas mesmoassim o achava distoante daquele contexto de poderessobrenaturais e químicos dos seus colegas.

Quando estreou nas edições de "Capitão Z", lança-da pela Ebal em 1967, e depois na coleção "A Maior",o Homem de Ferro não tinha os apetrechos tecnológi-cos das aventuras atuais, era só um cruzado manufatu-rado se comparado ao que é hoje.

O industrial Tony Stark era para a Marvel o queBruce Wayne era para a DC Comics, com a diferençaque o primeiro gastava no mecenato bélico do Pentá-gono e o segundo nas artes e na beneficência social. Eo engenheiro milionário era menor que o herói.

Há um deslocamento gigantesco de conceito e pos-tura do personagem entre as revistas em quadrinhos eos três filmes, onde o mais recente acaba de estrear eestá arrastando multidões aos cinemas. E essa diferen-ça responde por um nome: Robert Downey Jr.

Desde que vestiu a carapuça do endinheirado me-cânico e entrou na estrovenga tecnológica do super-herói, o ator estabeleceu um patamar mítico para ambos,o homem e sua máquina. O novo Homem de Ferro éDowney Jr. e não o que sai lá da Marvel.

Leitores de HQ como eu, ainda carregados pelos tra-ços das antigas revistas, perceberam desde o primeirofilme o abismo que separa o personagem das telas da-quele que víamos nos roteiros de Stan Lee e nos dese-nhos de Jack Kirby, Don Heck e Mike Esposito.

Não quero vomitar spoiler por aqui, mas apesar dasmaravilhas dos efeitos especiais da sétima arte, senti sau-dade de algumas coisas da nona arte no perfil do Homemde Ferro nesse terceiro filme da saga. Falo do vilãoMandarim e da postura de Tony Stark.

Por mais brilhante e ladrão de cena que seja o atorBen Kingsley, não gostei nada de vê-lo como um fan-toche abilolado do velho e histórico inimigo do Homemde Ferro. Mesmo a vilania real do cientista Killian (GuyPearce) nada tem a ver com o Mandarim.

Quanto ao Stark, parece até que o roteiro da duplaShane Black e Drew Pearce traçou para ele um perfilpsicológico do Batman, envolto em angústias pessoaise neuroses amorosas, bem diferente do playboy irreve-rente e autosuficiente dos filmes anteriores.

O novo filme carrega nas imagens e textos de humorrasgado (ou quebrados quando se trata das trapalhadaseletrônicas no uniforme metálico do personagem), ex-pondo mais Tony Stark no terreno da luta, muitas vezesincapaz de contar com seus brinquedos.

Falando em brinquedo, a tradicional brincadeirados "post credits" não é impactante quanto em algunsoutros longas de super-heróis, é só um papo de RobertDowney Jr com Mark Ruffalo (Hulk). Ah, também nãovi Stan Lee "enxerido" no contexto. (AM)

Homem de FHomem de Ferro, ontem e hojeerro, ontem e hoje

Alex [email protected]

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

VALDO CRUZ

FOLHA DE SP - 29/04

O PT parece não apren-der com os próprios erros.Contrariado, aposta no con-fronto como melhor caminhopara atingir seus objetivos.Sinceramente, de um partidono poder esperava-se maisprofissionalismo. Vejamos.

No ano passado, a cúpu-la petista fez de tudo para adiaro julgamento do mensalão,disparando inclusive torpedos na direção de ministros do STF. Tática con-denada até pelos advogados dos mensaleiros, que só fez acirrar os âni-mos contra o partido dentro do Supremo.

Agora, deputados do PT articularam a votação de uma emendaconstitucional que tira poderes do STF. Exatamente no instante em queo tribunal está para concluir o julgamento e réus petistas sonham emrever suas penas de prisão.

Nada mais amador. A ideia provocou tamanha reação contrária quea Câmara dos Deputados retirou a proposta da pauta de votação. E oclima no tribunal em relação ao PT, que já não era bom, piorou.

Hoje, diante do prejuízo irreversível, petistas defendem nos basti-dores que a presidente Dilma Rousseff indique para o Supremo minis-tros que tenham certa afinidade com o partido. O sonho é formar noSTF um grupo de confiança para evitar derrotas em temas sensíveis.

Nada indica, contudo, que a presidente seguirá tal conselho. Semfalar que nem sempre dá certo. Ao virar ministro do Supremo, Luiz Fuxdespertou no petismo a ideia de que não iria condenar o ex-chefe daCasa Civil José Dirceu. Condenou.

Enfim, o novo embate entre PT e STF de nada serviu aos mensa-leiros. E complicou ainda mais a escolha, pela presidente, do próximoministro do Supremo --há uma vaga aberta desde o ano passado.

O indicado corre o risco de pagar pelos erros alheios. Sua vidapode ser revirada pelo avesso para ser aprovado no Senado. Tanto que,no tribunal, o comentário corrente é que ninguém gostaria de estar napele do futuro colega.

PAGANDO O PATODivulgação

INSATISFAÇÃOFonte peemedebista de coturno

alto, em contato com este colunista,disse que é grande a insatisfação in-terna na legenda com a postura ado-tada pelo deputado federal HenriqueEduardo Alves, que insiste em semanter próximo da governadora Ro-salba Ciarlini (DEM). Muitos pre-feitos, vereadores e lideranças do par-tido afirmam não entender o posi-cionamento adotado até agora.

DISTANCIAMENTOEnquanto isso, ao contrário do

primo-presidente da Câmara, o mi-nistro Garibaldi Alves Filho(PMDB), evita ao máximo cumpriragenda onde o evento seja realizadopelo governo potiguar. Nas hostespeemedebistas, o receio é de que apostura de Henrique pode acabarprejudicando a legitimidade de umrompimento futuro, semelhante aoque aconteceu com a ex-prefeita Mi-carla de Sousa, quando o PMDBrompeu pouco antes da campanha.

APAGÃO NO AEROPORTOO final de semana foi complica-

do para quem planejava viajar ouvoltar de viagem para Natal. O Ae-roporto Augusto Severo ficou às es-curas na noite de sábado para domin-go e vários voos tiveram que ser des-viados para Recife e Salvador, já quea pista de pouso estava completa-mente apagada. Até agora, a Infrae-ro não comunicou o que aconteceucom o gerador do local.

CHEIA DE PLANOSA ex-prefeita Fafá Rosado está

analisando a possibilidade de trocaro DEM pelo PMDB ou PR. A mos-soroense sonha com uma vaga dedeputada federal ou até de vice-go-vernadora. E, para concretizar seusplanos, tem como carta na manga aalta aprovação com que deixou suaadministração, quando foi bem ava-liada por quase 70% da população deMossoró. Difícil vai ser competircom João ou com Henrique por ummandato na Câmara.

LIDERANÇAPor falar em Mossoró, tem cha-

mado a atenção a atuação e lideran-ça da prefeita Claudia Regina(DEM). Claudia vem conseguindose distanciar da imagem desgasta-da da Rosa ao tomar atitudes comoliderar o processo de retomada dosempregos perdidos pela crise dopetróleo na região. No Oeste, dizemque a tentativa de cassação do man-dato da prefeita serviu para ela res-surgir mais forte ainda: Claudia tor-nou-se presidente da federação dosmunicípios do Oeste e não passaum dia sem visitar um bairro deMossoró.

RETORNOSCresce nos bastidores da políti-

ca potiguar os comentários sobre avolta do ex-governador GeraldoMelo (PMDB) e do ex-deputado fe-deral Ney Lopes (DEM) à vida pú-blica. A dupla, realmente, anda fa-zendo muita falta ao RN e aindapodem contribuir muito com o de-senvolvimento do estado. A metaseria a Assembleia Legislativa.

PENSANDO BEMCertamente, quando o leitor es-

tiver lendo este canto de página,faltarão poucas horas para o iníciode mais um programa PensandoBem na TV Câmara. A partir das20h30, a entrevista será com o ve-reador Dickson Nasser Júnior(PSDB). O jornalista convidado é orepórter de política deste JH, CiroMarques. Futuro do PSDB e proje-tos em tramitação na Câmara, comoa redução das férias dos parlamen-tares e o aumento do número desessões, estão na pauta.

NOVIDADESO leitor mais atento e que, vez

por outra, já tenha passado a vistanesta coluna, perceberá duas mu-danças. Acima, está criada a seção“Megafone”, sempre destacando umafrase criativa e de efeito de algumapersonalidade. Ao lado, a área denotícias “Gira-mundo”, com uma in-formação curiosa, criativa ou diferen-te do comum. As artes que ilustramas duas novas seções desta coluna sãoassinadas por Fábio Ewerton.

Gira-mundoO Senado reservou nada

menos do que R$ 36,3 mil paraa compra de duas máquinas decafé expresso. Segundo o por-tal da ONG Contas Abertas,os aparelhos adquiridos pelaCasa são ideais para ambien-tes com grande demanda decafé. Coincidência ou não, acompra se dá no momento emque veio à tona que os sete garçons que servem aos senadores no ple-nário recebem remunerações mensais que variam entre R$ 7,3 mil eR$ 14,6 mil. Isso é o que se pode chamar de cafezinho luxuoso. Já oSuperio Tribunal de Justiça (STJ) reservou R$ 30,1 mil para a com-pra de três máquinas fotográficas digitais, cartuchos para bateria e gripde bateria, todos da marca Nikon.

Megafone

CRISE DOS PODERESAinda não é nada bom o relacimento entre o STF e o Congresso Na-

cional. Há quem diga que a disputa está apenas começando. Deputadose senadores estariam cansados da intromissão dos ministros do Supremoem questões de ordem legislativa. O problema, é que os políticos tenta-ram revidar da forma errada. Não é limitando os poderes da Justiça queo problema será superado, mas sim, legislando antes do STF.

“”

O governo do DEM é sustentado pela parceria com o PMDB. O PMDB

é, inclusive, responsável pelo rumo do governo

Rosalba Ciarlini

FERNANDO MINEIRO

DEPUTADO ESTADUAL DO PT

Divulgação

Divulgação

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Segunda-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013

C M Y K

Daniela FreirePOLÍTICA E SOCIAL - DANIELA FREIRE - [email protected]

Cidade

DeSaboya.com

Bobflash

w MP DE OLHO NA SAÚDE DE NATALO secretário Cipriano Maia precisaficar mais atento com a Saúde dacapital.

>>>O Ministério Público do Estado estáde olho em algumas ações da pasta.

>>>A promotora Elaine Cardoso de M.Novais Teixeira, que responde pela62ª Promotoria de Justiça (SaúdePública), abriu dois inquéritos parainvestigar a secretaria.

>>>Um vai acompanhar as ações doPrograma de Controle da Esquis-tossomose e outro vai verificar asações do Programa de Controle daLeishmaniose Visceral, todos emNatal.

w MUITOS AGUARDAM...A expectativa é grande na base pee-medebista para o encontro do PMDBque acontece no próximo dia 10 demaio.

>>>O presidente da Câmara dos Depu-tados, Henrique Eduardo Alves, po-derá ser lançado como pré-candida-to ao Governo do Estado.

>>>Embora ele já tenha se apressadoem negar a possibilidade em entre-vista ao seu próprio assessor, o pu-blicitário Ricardo Rosado, publica-da no portal No Ar.

w CORTINA DE FUMAÇAMas nunca é demais lembrar quenegar o que se planeja em termos depolítica partidária, quando envolveplanos eleitorais futuros, é o que opolítico faz de melhor. Costumamdizer que "não é o momento de pen-sar em eleição", enquanto nas reu-niões fechadas é só o que discutem.

>>>Só se for bom para ele é que há aconfirmação.

>>>Caso contrário, negam até o últimominuto do segundo tempo.

>>>É aguardar!

Raniere Barboza com a sua Karla Veruska na inauguração da Mac Móveis

Canindé Soares

DeSaboya.com

Quando não chove é um problema, e quando chove... também!!!Caos total em Natal com os alagamentos causados pelas águas do

fim de semana...

Ana Célia Cavalcanti em lançamento Donna Donna

Andréa Cariello e PaulaDuarte na Mac Móveis

w FALTOU TRATAMENTOVIPIsso porque a grande maioria dosprefeitos, vereadores e deputadospeemedebistas querem a candi-datura própria.

>>>Muitos não vêm recebendo o tra-tamento devido por parte do Go-verno Rosado, conforme adian-tou o ministro Garibaldi Filho ementrevista ao Jornal Verdade sextapassada.

w SINTOMA...Chamou a atenção na convençãoestadual do PSDB, ontem na Câ-mara Municipal do Natal, a pre-sença dos deputados estaduais:Kelps Lima, Gilson Moura eFábio Dantas...

>>>Os três estão organizando suassaídas do PR, PV e do PHS res-pectivamente.

>>>Só aguardam justamente a "justacausa" na Corte Eleitoral.

w AINDA RESTAM BURACOSEstamos chegando à marcados 120 dias da nova gestãodo prefeito Carlos Eduardo.Ele pediu 200 dias para co-locar Natal em ordem.

>>>Pois faltam menos de trêsmeses e ainda há muitos bu-racos de Norte a Sul da ca-pital.

>>>Embora em Ponta Negra asituação tenha melhoradobastante, a Avenida AyrtonSenna, um dos corredorespara Parnamirim, continuaprecisando de muita aten-ção...

Nas ruas paralelas, que dãoacesso à Avenida RobertoFreire, ainda se contam inú-meros buracos.

w AS ESQUECIDASSegundo a Secretaria Muni-cipal de Obras Públicas e In-fraestrutura (Semopi), até oinício deste mês chegou a 237o número de ruas e avenidasde Natal já beneficiadas pelaoperação tapa-buraco.

>>>Mas...

>>>...parece que a Prefeitura deNatal andou esquecendo ruasparalelas que dão acessos asAvenidas Roberto Freire eAyrton Senna.

w NOTAA coluna abre espaço para nota enviadapela vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria,sobre o processo eleitoral para ProcuradorGeral de Justiça e nomeação pelo Gover-no do Estado nos próximos dias:

>>>"A lei vigente determina que o ProcuradorGeral de Justiça, o chefe de todos os pro-motores do estado, seja nomeado pelo go-vernador a partir de uma lista com trêsnomes escolhido previamente pela institui-ção Ministério Público Estadual. Antes donosso governo, esta nomeação era feita pelogovernador, segundo sua conveniência, algoque criava certo grau de vinculação entreo procurador indicado e o governador - quenomeava, já que havia toda uma articula-ção em torno desta indicação.Mudamos isto. Apesar da prerrogativa dalivre escolha que a lei nos dava, optamospor acatar e respeitar o resultado da eleiçãodo MP, nomeando não o que conviesse àgestão, mas o que fosse mais votado naformação da lista tríplice. Este foi um gestode valorização do MP e um avanço demo-crático em torno de uma instituição queprecisa atuar com total e absoluta isenção,já que tem, entre suas missões, a fiscaliza-ção da lei e dos demais poderes, inclusivedo próprio governo. Quebramos, portanto,um paradigma. A partir dali nenhum outrogovernante poderia recuar desta posição derespeitar a escolha feita pelos promotoresao eleger seu representante maior.Tivemos o governo mais fiscalizado da his-tória recente do RN. O MP teve total liber-dade de atuação e foi na nossa gestão, comrecursos repassados pelo Executivo, que ainstituição conquistou o grande salto de es-truturação, com expansão e grande melho-ria nas condições operacionais: construiusede própria (um edifício de grande dimen-são em Lagoa Nova) e sedes em várias co-marcas, reequipou-se com o que há de maismoderno em recursos materiais e tecnoló-gicos, aumentou o número de promotores,assessores e servidores de apoio técnico eoperacional, e obteve ganhos salariais comoo pagamento de gratificações represadasem governos anteriores.Agora, estamos diante do processo de esco-lha do novo Procurador Geral do Estado,que vai substituir o bem avaliado OnofreNeto, o último nomeado por nós. Esperamosque a atual governadora NÃO RETROCE-DA no gesto democrático e respeite a esco-lha soberana do Ministério Público Esta-dual, até porque isto seria uma afronta aonosso estado. Um flagrante de prática anti-democrática e um forte indício de querer in-terferir nas decisões de uma instituição que- por sua natureza - precisa ser livre e isen-ta de qualquer influência".

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Segunda-feira

C M Y K

O Jornal de HOJE 13Natal, 29 de abril de 2013

Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Olhe, Senhor Redator, quando a gente dobra o Cabo daBoa Esperança e passa além, muito além do Bojador,e experimenta a dor que um dia sentiu o poeta Fer-

nando Pessoa, já não tem como acreditar na magia dos con-tos de fadas. A gente perde a graça da doçura. É como se detudo saltasse o gosto real da verdade humana. Os olhos já nãose deixam encantar facilmente como antes, quando não viamo falso e encontravam o riso em todas as coisas, até nas notí-cias mais sisudas dos jornais.

Era simples viver. A ninguém era dado colecionar angús-tias e perdas porqueapesar de tudo e detodos os medos, aalegria da vida eramaior. Agora, não.Basta uma notícia,dessas tão comuns naambição humana, evem a amargura desaber que a maldadevence. Como outrodia, quando saiu adenúncia de casasconstruídas sem ali-cerce. Ora, se são fei-tas para os pobres,praticamente pagaspela viúva, nada maisfácil do que algunsempreiteiros falsifi-cá-las assim, semqualquer escrúpulo.

Eles são poucos,se comparados comos pobres, mas são fortes. Não temem a justa revolta dos fra-cos que são muitos. E contam com a polícia, donos que sãoaté da ordem pública, mesmo quando representam a desordemao respeito humano. E suas entidades, na prática, existem paraisso mesmo. Cobrir e encobrir o mal feito, pois para isto foramfeitas, longe do pudor. São os agentes do desenvolvimento. De-nunciá-los é correr o grave risco de tentar impor o comunis-mo, ateu e profano.

Mas também há de se ser justo. Na sociedade moderna nãosão apenas as casas dos pobres as coisas sem alicerce. Há mui-tas outras de paredes que se erguem diretamente do chão, nomáximo sobre uma farinha de metralhas ou uma vala. Feitasas casas, é só caiá-las de branco, tisná-las com as cores do falso.Como nas casas, em tudo o poderoso abre o sorriso e posa comar de generosidade com o dinheiro público entregando as cha-ves em troca apenas de um elogio na propaganda da tevê.

Sem alicerces são quase todas as coisas nesses temposmuito modernos, Senhor Redator. Casas, palavras e gestos. Os

falsos bons quan-do ensaiam no es-pelho a bondadeque não praticam.Os justos de ara-que, os isentos defaz de conta, osmaravilhosos aquem a grandezahumana negou osgestos. Os ímpiosde todas as origense os tolos de todasas espécies. Dirãoos falsos, logoeles, exímios moe-deiros da verdade,que a vida não ébem assim. Não.Talvez, algumasvezes, seja pior.

Um dia, faztempo, compreina Livraria Bran-

dão, na Praça Maciel Pinheiro, no Recife velho, um peque-no livro que há anos procurava: Palavras Cínicas, de AlbinoForjaz de Sampaio, jornalista português, lançado em 1905.São oito cartas ao leitor imaginário. A primeira começa assim:'De que te hei de falar? Da vida? Pois seja. Tu vens para ela,para o imenso brouhaha. A vida é a escola do cinismo'. Nuncaesqueci. É a amarga caturrice que começa a chegar, SenhorRedator? Será?

w ESTILODa Folha diante da nova recuada do de-putado Henrique Eduardo do desejo deenfrentar o Supremo: 'Após crítica ao STF,presidente da Câmara prega entendimento'.É aquele velho morde-e-assopra.

w FALSO?O governo enche as telas com providên-cias sobre suas realizações em defesa dasegurança, mas as delegacias de Mosso-ró estão com os telefones e a internet cor-tados. E tudo por falta de pagamento.

w COMO?No caso das casas sem alicerces em Mos-soró o engenheiro Damião Pita confirmaque foram feitas sem fiscalização e que édifícil apontar responsáveis? Como? Nin-guém sabe nem quem construiu?

w MANIADepois de prometer aos governos de Ga-ribaldi Filho e Wilma de Faria a Petro-brás agora promete ao Governo RosalbaCiarlini investir no RN. É, pode ser. Se nãofosse useira e vezeira em promessa.

w AMORDos magistrados com parentes no Tribu-nal de Justiça de São Paulo, mostrou HélioSchwartsman, na Folha, os mais dedica-dos à família são os desembargadoresoriundos do MP e da OAB. Pode?

w CIVILIZAÇÃOEnquanto homenageamos a tudo e a todos,por tudo e por nada, só agora WinstonChurchill merece ser uma cédula de cincolibras na sua Inglaterra. E, assim mesmo,ainda para ser lançada em 2016.

w ELOGIOO novo romance de Raimundo Carreiro -Tangolomango, edição Record, conta ahistória a partir do próprio AVC sofridopelo autor pernambucano, dando nome apersonagens e aos bairros do Recife.

w DRUMMOND - IAo padre João Medeiros que conhece a his-tória da quase vinda de Carlos Drummond deAndrade a Natal e da sua amizade com Antô-nio Carlos de Oliveira, como contou na cartaa Woden Madruga.

w MATÉRIA - IIEntrevistei-o no Ducal, onde ficou hospedadocom a família, e a matéria foi pautada por Cas-siano Arruda que também deu o título: 'O garo-to de Upanema e o poeta Carlos Drummond deAndrade'.

w GESTO - III Sem saber quem era, um dia aquele jovem ge-rente de banco orientou uma cliente chamadaLigia, o amor proibido do poeta. Drummond,grato pelo gesto atencioso, uma tarde foi conhe-cê-lo no banco.

w DEPOIS - IVDo Rio, depois das férias, Antônio Carlos reme-teu de presente cópias de bilhetes e alguns poe-mas autógrafos de Drummond. E avisou que opoeta tinha aceitado o convite para vir conhecerCascudo.

w DISCRETO - VDrummond pediu que sua presença fosse dis-creta. Ficaria numa praia sem compromissos efaria as visitas a Valério Mesquita, o anfitrião epresidente da Fundação José Augusto, e Câma-ra Cascudo.

w ENTREVISTA - VIPedi uma entrevista, Antônio Carlos não garan-tiu, mas prometeu que tentaria, mesmo sendodifícil. Mas que me levaria para conhecer o gran-de poeta levando os seus livros para pedir seusautógrafos.

w DO - VIIRio, Antônio Carlos enviou um exemplar de'Poesia Errante', Record, 1988, que o poeta abrecom um poema dedicado a ele em 'De afetos na-turais que te contemplam', assim: 'Antônio Car-los de Oliveira / e seu coração potiguar / sãoexemplos da verdadeira / arte de compreender eamar'. Com uma dedicatória na página do poema:'Vicente Serejo, divido com você a homenagemdo poeta'. a) Antônio Carlos - 29/12/88'.

Sem alicerce

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O secretário Luiz Roberto Fon-seca disse que o Governo do Esta-do dispõe de 23 hospitais. Para ele,com exceção dos sete hospitais prin-cipais - Monsenhor Walfredo Gur-gel, Santa Catarina, Deoclécio Mar-ques de Lucena, João Machado,Maria Alice Fernandes, Giselda Tri-gueiro e o Tarcísio Maia -, os demaisnão apresentam uma assistência ade-quada na prestação do serviço à po-pulação.

"Mesmo aqueles situados em ci-dade polo não funcionam porque oEstado não tem como manter 23hospitais. Porque este número émuito maior do que a necessidadee do que a capacidade que o Esta-do tem. Muitos destes hospitais dãoprejuízos na ordem de R$ 6 a R$ 7milhões por ano, cada um. O Esta-do precisa ser mais racional na apli-cação do recurso e não precisamosde todos estes hospitais porque elesnão dão absolutamente nenhumaresposta. Para resolver o problemafinanceiro eu preciso reordenar",ressaltou.

Luiz Roberto explica que a reor-denação vai fazer com que se tenhaapenas um Hospital Regional emcada regional de Saúde. "O nossoplanejamento inicial é que cada re-gião tenha um hospital de baixa emédia complexidade, como Pau dosFerros, Assu, Caicó, Currais Novos,João Câmara, Macaíba, São Paulodo Potengi e São José de Mipibu.Estes serão os hospitais polos, emque vamos concentrar a nossa mãode obra, os nossos recursos, o abas-tecimento, dando a resposta do clí-nico, do pediatra, podendo fazer pe-quenas cirurgias, ter assistência ma-terno infantil através da Rede Cego-nha e evitar a migração absurda paraNatal, pois hoje só se nasce criançaou em Natal ou em Mossoró", des-tacou. Cinco hospitais da RegiãoMetropolitana de Natal, além deAssu e Caicó ou Currais Novos rea-lizarão a assistência materno-infan-til.

"Nós temos um efetivo grandee mal utilizado, exatamente porquetemos hospitais que têm médicos enão funcionam e outros têm estru-tura para funcionar, abastecido, masfaltam profissionais e também nãofunciona. A partir de agora, vamosfazer a racionalidade de recursos.Vamos pegar o quantitativo de pes-soas e centrar naquele determinadohospital que está preparado para fun-cionar. Para que a população daque-la microrregião saiba que naquelehospital ela encontra o clínico, obs-tetra e o pediatra de plantão 24horas", explicou.

Em relação aos demais hospitais,Luiz Roberto Fonseca disse que oEstado está concluindo nos próximosdias o estudo dos perfis dos hospi-tais de modo a verificar se há ounão o interesse do Governo em man-ter os hospitais sob sua administra-ção. "Se tivermos o interesse vamosfazer o remanejamento de profis-sionais de outras regiões, contrata-ção através de cooperativas ou con-curso público, mas se não tivermosinteresse, por ele não tem perfil deser hospital, nós vamos procurar osmunicípios daquela região para mu-nicipalizar e transformar os hospi-tais em UPAs, que recebem recur-sos do Governo Federal ou em hos-pitais de pequeno porte, com carac-terísticas de leitos para pacientes

com doenças crônicas", afirmou.

CONCURSO PÚBLICOO secretário Luiz Roberto Fon-

seca confirmou que, ainda este ano,deverá ser realizado um novo con-curso público para contratação deprofissionais da área da saúde públi-ca do Rio Grande do Norte. O se-cretário conta que ainda há profis-sionais do concurso realizado noano de 2010, que foi prorrogado até2014, para serem convocados, masesbarra no limite prudencial da Leide Responsabilidade Fiscal parafazer o chamamento desses profis-sionais. "Temos a possibilidade degerir melhor a nossa gente e enquan-to não fizermos isso não adianta cha-mar novos profissionais. Chamarnovos profissionais ou a realizaçãodo concurso só deverá ser feita de-pois do reordenamento dos hospi-tais", garantiu o secretário.

No entanto, duas especialidadespadecem da falta de profissionais: apediatria e a neonatologia. "Nessasduas áreas não há profissionais. Pordeterminação expressa da governa-dora estamos chamando as duas úl-timas profissionais, uma de Pau dosFerros e a outra de Assu, e depoisdisso estamos legitimados para fazera realização do concurso público.Acredito que até o mês de julho es-taremos deflagrando um concursoespecífico para a área de neonatolo-gia e pediatria", afirmou.

HOSPITAL DA MULHERSob intervenção judicial, o Hos-

pital da Mulher, localizado em Mos-soró, na região Oeste do Estado, estásendo comandado pelo interventorMarcondes Diógenes pelos próxi-mos três meses. O secretário LuizRoberto Fonseca disse que o Hos-pital está funcionando de forma ade-quada e que confia, integralmente,na Justiça. O secretário garante que,após a intervenção que deve durartrês meses, o Governo do Estado es-tará preparado para assumir a ges-tão do Hospital da Mulher.

"Damos total apoio à interven-ção. Fizemos o repasse financeiro natarde da última terça-feira (23) e ointerventor já começou a fazer o re-

passe, para que ele sane todas as dí-vidas e débitos com os fornecedo-res. A partir daí, o interventor faráo papel dele, de análise dos contra-tos. Se existir alguma irregularida-de, o Estado não tem nada a temere nada e esconder. Mas uma coisafique certa, o Hospital da Mulhernão vai fechar. Quando o juiz deter-minar o fim da intervenção, o Esta-do do Rio Grande do Norte estarápreparado para manter a unidade.Identificaremos uma pessoa paraficar à frente da administração, se oEstado tiver capacidade dentro do li-mite prudencial para contratação,nós vamos privilegiar o funcioná-rio estatutário, mas aquele que, por-ventura não tenhamos, nós contra-taremos via cooperativa. É assimque o Ministério Público entendecomo lícito, factível de ser feito e édessa forma que faremos", garantiuLuiz Roberto Fonseca.

BALANÇO DA GESTÃOO secretário Luiz Roberto co-

mentou o cenário de crise em que re-cebeu a Secretaria de Saúde Públi-ca do RN. "Foi muito trabalho. Pe-gamos muitos incêndios, um atrás dooutro. Eu não tive um dia de paz etranquilidade. Eram contratos sendoencerrados, Hospital da Mulhersendo fechado, a superlotação doWalfredo Gurgel, a falta de insumosmedicamentosos, a neonatologia daMaternidade Januário Cicco comcrianças em locais inadequados, de-pois a obstetrícia do Santa Catarinacom mulheres parindo no chão e eutendo que tomar decisão de formaimediata, pensando apenas no ama-nhã, sem poder pensar no depois deamanhã e nas consequências das ati-tudes. A grande dificuldade desseprimeiro mês foi a necessidade dastomadas de decisões de forma rápi-da e célere. Espero que tenhamosacertado mais do errado", destacou.

Nesse período, conta o secretá-rio, que foram abertos cinco leitosde UTI Neonatal no Hospital SantaCatarina e, no mês de maio, os seisleitos do Hospital da Polícia Militardevem ser abertos. "Fizemos a lici-tação de uma emenda parlamentarque estava empacada há seis meses,de R$ 1 milhão para aquisição deequipamentos que vão colocar parafuncionar mais dez leitos de UTINeonatal no Hospital Varela San-tiago. Nos próximos 30 a 60 diasesses equipamentos começam a che-gar. Já temos também a sinalizaçãodo Ministério da Saúde de implan-tação de mais dez leitos de UTI noWalfredo Gurgel e devemos entre-gar nos próximos dias a melhor UTIde infectocontagiosa no Giselda Tri-gueiro, pela primeira vez estrutura-

da como tal. Além disso, no mês demaio também teremos os 33 novosleitos de retaguarda clínica do JoãoMachado. Isso tudo foi semeadopelos secretários que me antecede-ram e a minha função tem sido regare evitar que as ervas daninhas cres-çam, mas as sementes elas vão flo-rescer. Eu tenho convicção de queestá resposta já está aparecendo,estou licitando coisas concretas".

Luiz Roberto Fonseca disse,ainda, que cobrará dos municípiospotiguares a responsabilidade delese que o Estado fará o que está pre-visto na legislação do SUS, em queo Estado deve entrar como nortea-dor das ações de políticas públicas."Fizemos uma reunião semana pas-sada, na qual chamamos 29 muni-cípios que são grandes emissores departos normal para dentro de Natal.Nós vamos cobrar a responsabili-dade desses gestores e, na medida donecessário, nós vamos apoiar tam-bém, financeiramente, mas paraaqueles municípios que derem res-posta. Nós não temos mais dinhei-ro para repassar recurso e não terefetividade, já 100% dos municí-pios tem gestão plena da saúde, masa resposta é insuficiente", ressaltou.

Segunda-feiraNatal, 29 de abril de 201314 O Jornal de HOJE Cidade

Fotos: José Aldenir

“Não precisamos de todos esteshospitais porque eles não dão

absolutamente nenhuma resposta”

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 9

‘’"Nós temos um efetivo grande

e mal utilizado, exatamenteporque temos hospitais que

têm médicos e não funcioname outros têm estrutura parafuncionar, abastecido, mas

faltam profissionais e também não funciona”

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 29 de abril de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

CHUVA DE CAXIROLASA chuva, enfim, chegou na re-

gião Nordeste, mais infelizmentepara o sofrido sertanejo, ela veio naforma de plástico verde e amarelo.A caxirola, instrumento canarinhodescendente da indígena caxixi, éa vuvuzela do Novo Mundo. Menore tão barulhenta quanto à prima su-lafricana, o novo artefato ganhouum novo uso - não tão surpreenden-te assim.

A caxirola, criada pelo baianoCarlinhos Brown para a Copa de2014, teve sua estreia oficial peran-te a torcida brasileira no domingo,na derrota do Bahia para o Vitória-BA por 2 a 1. Durante a partida e nofinal do jogo, o que se viu foi o gra-mado na Nova Arena Fonte Novo serpintado, em parte, de verde amarelo,num protesto pela má atuação do Tri-color Baiano e a derrota para o maiorrival no estádio baiano do Mundialdo ano que vem.

Brown e o governo brasileiro,certamente, não esperavam que aocriar o instrumento, ele fosse ganharatravés de tamanha engenhosidadeuma nova função, já agregada a ou-tras tantas vítimas do desembaraçohumano em um estádio de futebol. Areinvenção do instrumento é apenasuma reedição do que já se via combandeiras, pilhas, rádios e até mesmo

laranjas. Apostar que o sentimentode festa seria suficiente para conta-giar o torcedor e a proposta de civi-lidade embutida em cada uma das 50mil caxirolas distribuídas no estádioiria transformar o brasileiro num es-pectador de ôpera, é desafiar as leisda física.

Sonhar que o instrumento seriaapenas um instrumento é quererimpor uma cultura inexistente no país.Na África funcionou porque a vuvu-zela já era a vuvuzela. Os estádios jáas recebiam antes do mundial, antesda África sonhar em ser palco de umafinal de Copa do Mundo. Sonhar queno Brasil funcionaria do mesmo jeitoé acreditar que, após algumas sacu-didas, brotaria do caxixi 2.0 um gêniomágico que ofereceria três pedidos.Por cada surpresa que se apresenta acada novo evento pré-Copa, nos restatorcer para que aconteça. Talvezassim, poderíamos pedir à entidadepara acelerar nossa obra mais atrasa-da para a Copa do Mundo: a SeleçãoBrasileira.

FORAA saída do empresário Bira Mar-

ques da vice-presidência de futebolera questão de tempo. Ele alegou mo-tivos pessoais para deixar a função.Assumir uma função tão importantenum clube exige mais do que expe-

riência, requer uma determinação her-cúlea. Não apenas pelas dificuldadesfinanceiras que uma equipe financei-ra como o ABC passa na formaçãode seus elencos, mas também pelapressão sobre-humana que o profis-sional na função acaba por sofrer. Oex-presidente Alvinegro, LeonardoArruda, é o mais cotado e deve as-sumir a função.

ELE VOLTOUE ainda falando sobre ABC, o

centrovante abecedista Rodrigo Silvanão poderia dar resposta melhor aoscríticos. Com sua saída do time titu-lar especulada pelas apresentaçõesdiscretas nos últimos jogos, o ata-cante voltou a marcar e de forma de-cisiva, ao garantir a vitória Alvinegrasobre o Alecrim. O gol mantém aequipe na briga por uma vaga na final.Silva está longe de ser um craque,mas algo é impossível negar: com 13gols na temporada, a função de "ma-tador" ele sabe exercer.

PEDRA NO SAPATOCom 16 jogos de invencibilida-

de, o América tem uma adversáriona temporada tão incomodo quantoa escassez de gols: o Assu. O time deRoberto Fernandes enfrentou o Ca-maleão em duas oportunidades noEstadual e ainda não conseguiu der-

rubar o adversário, seja em casa oufora dela. Foram dois empates, um emcada turno, que colocou mais umavez os adversários rubros na cola emmeio à briga pela classificação paraa decisão do segundo turno do Cam-peonato Potiguar.

CAMPEÕES DA EUROPADois potiguares comemoraram

neste final de semana um título iné-dito com a equipe do Kairat Almaty,do Cazaquistão, na Liga dos Cam-peões da Europa de Futsal. A com-petição é promovida pela Uefa. Otécnico Ricardo Sobral, o "Cacau", eo pivô Joan foram protagonistas napartida final vencida pelo Kairat por4 a 3 sobre o Dínamo de Moscou,em Tbilisi, na Geórgia. Parabéns adupla pela grande conquista.

PURA EFICIÊNCIAOs atletas da Sociedade Amigos

do Deficiente Físico do Rio Grandedo Norte (SADEF RN), Francisco deAssis Avelino e Nélio Pereira de Al-meida foram destaque no torneioOpen Internacional Loterias Caixade Natação e Atletismo, em São Paulono último final de semana. Cada umdeles já levou uma medalha de ourona competição. Assis Avelino foi ovencedor nos 50m e Nélio Pereiranos 200m medley.

América perde liderança do turnoe têm vaga na final ameaçada

Potiguar garante vaga na Série D

Após a penúltima rodada do se-gundo turno do Campeonato Poti-guar, apenas quatro equipes seguemna briga com chances reais de che-gar à decisão. Assu e Alecrim estãofora, enquanto Potiguar, América,Baraúnas e ABC seguem na dispu-ta. Na última rodada, apenas lídere vice-líder dependem apenas de sipara chegar à final da Taça Cidadedo Natal. Casos de Potiguar, queassumiu a ponta da tabela na com-petição, e do América, que empa-tou com o Assu e perdeu a primei-ra colocação para os mossoroen-ses.

No caso do América, inclusi-ve, a chance da classificação ante-cipada acabou desperdiçada com onovo empate diante do Assu por 1

a 1 - no primeiro turno a equipe dacapital já havia empatado com omesmo adversário. Pior, a equipeperdeu a liderança e agora estáameaçada de ficar de fora da deci-são do segundo turno caso nãovença a sua última partida, contrao Alecrim, que perdeu para o ABC,no Frasqueirão, e não tem maischance de classificação. Caso aequipe do técnico Roberto Fernan-des não passe de um empate, bastaa Baraúnas ou ABC vencerem seuúltimo jogo para deixar a equiperubra de fora da decisão.

O resultado de empate contrao time de Assu voltou a incomo-dar o técnico Roberto Fernandes.A bronca, desta vez, não foi ape-nas pela escassez de gols, mas pelo

rendimento, que segundo o trei-nador, foi abaixo do esperado. Napartida, a equipe não contou como volante Fabinho e o meia Cas-cata, que cumpriram suspensãopelo terceiro amarelo, além dosjogadores Norberto, Netinho e Ita-mar que acabaram vetados pelodepartamento médico na manhãque antecedeu a partida.

"Não gostei do resultado. Osatletas que entraram não mantive-ram o nível dos outros. Tentei detodas as formas, coloquei três ata-cantes, mas não teve jeito. Esse foimais um jogo em que a gente sóconseguiu marcar um gol. Isso temque mudar", destacou o comandan-te rubro que completou 50 jogos nocomando americano no domingo.

Apesar da ameaça de ficar forada decisão existir e não depender deuma combinação absurda paraacontecer, os atuais 12 pontos doAmérica coloca a equipe em boacondição na disputa, já que na se-gunda colocação, a equipe depen-de de uma vitória simples para en-carar a decisão do turno. Os rubrosda capital têm ainda a chance de ter-minar o turno na primeira coloca-ção. Para tanto, precisam vencer econtar um empate do Potiguar deMossoró para chegar à ponta da ta-bela e disputar a decisão e a chan-ce do bicampeonato antecipado,com o direito de fazer a partida de-cisiva, em casa.

Para Roberto Fernandes, ven-cer o Alecrim, na quarta-feira é

uma obrigação para a equipe. "OAmérica depende apenas dele paraconquistar uma vaga na final do se-gundo turno e tentar o bicampeo-nato estadual de forma antecipada.

Precisamos vencer esse clássicode qualquer forma, mas temos queter total atenção porque o Alecrimtem muitos jogadores bons", afir-mou.

COM O EMPATE DIANTE DO ASSU, O ALVIRRUBRO PASSOU A TER A VAGA "PRATICAMENTE CONFIRMADA" AMEAÇADA

PELOS RIVAIS. APESAR DISSO, UMA VITÓRIA SIMPLES GARANTE TIME DA CAPITAL NA DECISÃO DO 2º TURNO

Técnico Roberto Fernandes ficou na bronca com a equipe e quer vitória contra o Alecrim para ir à final do turnoTécnico Celso Teixeira pode levar equipe à decisão do turno com uma vitória sobre o Santa Cruz na quarta-feira

Com quatro vitórias e 12 pon-tos, o Potiguar de Mossoró é o novolíder do Campeonato Estadual comapenas uma rodada para o final do2º turno. A liderança veio com a vi-tória sobre o Corintians, no sába-do, por 4 a 1, no Estádio Noguei-rão, e contou com o tropeço doAmérica, diante do Assu, para che-gar à nova posição na tabela declassificação do Campeonato Esta-dual. Empatado com o América emnúmero de pontos, a equipe mos-soroense tem a vantagem no núme-ro de vitória, primeiro critério dedesempate: tem quatro, contra três

dos americanos.Mais importante do que a lide-

rança, na verdade, os mossoroen-ses garantiram calendário para osegundo semestre deste ano. Coma vitória na rodada deste final desemana, a equipe garantiu a vagapara o Campeonato Brasileiro daSérie D. A equipe alvirrubra lide-ra a classificação geral do cam-peonato com 44 pontos e não podemais ser alcançado pelo Assu, se-gundo colocado com 39 pontos.Para a vaga na Quarta Divisão dofutebol nacional, é levado em contaos pontos conquistados em todo o

Estadual, inclusive na fase preli-minar que não contou com ABC eAmérica.

A equipe alvirrubra já tinhagarantido a classificação para aCopa do Brasil do próximo ano2014, ao ficar na segunda coloca-ção na primeira fase. Na oportu-nidade, após 14 jogos, a equipeconquistou foram sete vitórias,três empates e quatro derrotas,marcando 21 gols e sofrendo 10.Com a classificação para a SérieD garantida a equipe alvirrubra jáenfrenta o Santa Cruz, no Ibere-zão, às 17 horas, na próxima quar-

ta-feira.Destaque da equipe na campa-

nha do turno e na vitória sobre oCorintians com dois gols marca-dos, o atacante destacou a vonta-de dos companheiros como a prin-cipal razão para a boa fase do timecomandado por Celso Teixeira."Mostramos muita vontade, fomosaguerridos e conseguimos uma im-portante vitória. Estou muito felizaqui no Potiguar, marcando golsimportantes, mas o que eu queromesmo é que todo o grupo seja va-lorizado pela vitória e pela campa-nha", finalizou.

P J V E D GP GC SG %1 Potiguar 12 6 4 0 2 11 6 5 66.72 América 12 6 3 3 0 10 5 5 66.73 Baraúnas 11 6 3 2 1 8 3 5 61.14 ABC 11 6 3 2 1 5 4 1 61.15 Assu 8 6 2 2 2 5 6 -1 44.46 Alecrim 6 6 2 0 4 9 8 1 33.37 Corintians 4 6 1 1 4 7 17 -10 22.28 Santa Cruz 3 6 1 0 5 5 11 -6 16.7

CLASSIFICAÇÃO

JOGOS DA 6ª RODADAPotiguar 4 x 1 CorintiansAssu 1 x 1 AméricaABC 1 x 0 AlecrimSanta Cruz 0 x 4 Baraúnas

JOGOS DA ÚLTIMA RODADABaraúnas x CorintiansAmérica x AlecrimAssu x ABCSanta Cruz x Potiguar

JOGOS

Wellington RochaWellington Rocha

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Segunda-feiraNatal, 29 de abril de 201316 O Jornal de HOJE Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

João e a unanimidade Fulano de tal é uma unanimidade. Nem a burra existe. Ninguém

é 100%. Qualquer beato ou carola tem um defeitozinho que seja. Então,a unanimidade é acumpliciada com o fanatismo. Com a adulação,a indigência intelectual e crítica.

Em Copa do Mundo, sempre gostei quando havia alguém do con-tra. Um cara que discordasse, que não dissesse Amém como GalvãoBueno faz com babaquice inigualável. Saudades de João Saldanha,o João Sem-Medo. Falava demais, encarava qualquer parada.

Certa vez, numa mesa redonda, antes da Copa de 1974, umalemão quis tirar sarro da cara de João Saldanha:

-É verdade que no Brasil vocês matam muito índio?E ele, encerrando a transmissão do debate cordial entre dois

países civilizados:-Deve ser. Mas com certeza matamos muito menos do que o que

vocês mataram de judeus nos fornos da Segunda Guerra!Quatro anos mais tarde, lá foi um britânico, de gravatinha bor-

boleta e sorriso idiota, chatear João Sem-Medo:-É verdade que o Brasil é um país de bandidos?E João Sem-Medo devolveu letal:-Como? Se a Scotland Yard é a polícia mais famosa do mundo...Desde que acompanho copas, a partir de 1978, nunca houve

uma unanimidade tão pestilenta como agora. Naquele ano, o paísnão podia protestar, mas os bares quase desabaram de Norte a Sulquando Cláudio Coutinho não levou Falcão e sim, Chicão, brucutudo São Paulo.

São Telê Santana (morreu no Brasil deixa de ter defeitos tam-bém), quase enlouquece Jô Soares e a imprensa ao deixar de fora omelhor goleiro, Leão, e o artilheiro do Brasil, Jorge Mendonça. NaEspanha, jogando lindamente, tomamos frangos com Waldir Perese perdemos gols de otário, com Serginho Chulapa.

>>>Telê Santana cortou Renato Gaúcho em 1986 e, por amor de irmão,

o lateral Leandro não viajou ao México. Nada de unanimidade. Em1990, Lazaroni deixou no banco Bebeto e Romário, o ataque de todobrasileiro lúcido, para colocar Muller por exigência de Careca.

Deixou Geovani, então vendido pelo Vasco ao Bologna da Itália,de fora para não levar nenhum meia-armador de criação. Foi o seucompadre Tita, já velho e caduco. Foi a última Copa de João Sem-Medo. Morreu lá mesmo, na Itália.

Parreira ganhou em 1994 longe de agradar aos céus e a mídia.Aunanimidade era Zinho. Todos queriam Zinho longe do time. Par-reira levou Paulo Sérgio e jamais convocou Denner, que morreuantes do Tetra, esganado pelo cinto de segurança do seu carro im-portado.

Em 1998, metade queria Romário, metade não queria. Ufanis-mo cego que mais prejudica do que ajuda ao Brasil Tome Zidane ePetit no lombo:3x0. Em 2002, ganhamos sem Romário, mas Felipãonunca foi unanimidade. Nem poderia, com Anderson Polga, Ri-cardinho e Vampeta entre os convocados.

Quatro anos depois, mascarados milionários foram passear naAlemanha e levaram dribles de reprimenda de um gênio francêsmuito melhor que todos eles: Zinedine Zidane, o dos dois chapéussobre Ronaldo, a quem derrotou pela segunda vez enquanto Rober-to Carlos, a pose que Nilton Santos, por merecimento, deveria tertido, ajeitava o meião.

Com Dunga em 2010, foi consagrado o cabeça de bagre na figu-ra esdrúxula de Felipe Melo, que João Sem-Medo tiraria do jogo con-tra a Holanda antes da expulsão, a tiros de revólver para o alto, en-frentando o lutador de UFC vestido com uniforme de futebol.

Hoje Neymar é unanimidade irritante. Talento ele tem de sobra.Contra os pequenos, é delirante. Está merecendo um banquinho. Ouo castigo de uma não convocação. Estão criando um monstro, já disseo chato do René Simões, diretor do Vasco.

Neymar é, sim, uma unanimidade. Aquela unanimidade do di-tado perfeito, antigo e cruel dos tempos de Dondom jogando peloAndaraí segundo Zeca Pagodinho: Unanimidade em terra de cego.O Velho João Saldanha faz falta. Nunca quis ser unânime.

COMPLICOUO ABC está em situação com-

plicada. Uma das piores encren-cas da vida é depender dos outros.O ABC vai precisar ganhar doAssu fora de casa e ainda esper-ar por derrotas do Potiguar, líder,contra o Santa Cruz, em campanhatétrica. Do América contra o Ale-crim já eliminado e do Baraúnas.

O TIMEO ABC ganhou do Alecrim

na garra, no sacrifício. Semprecom Rodrigo Silva, o centroa-vante tão criticado. E com ogoleiro Lopes reassumindo aposição de goleiro com tamanhacompetência. Lopes mostrou con-tra o Alecrim a falta que fez.

AMÉRICAPoderia ter matado ontem sua

vaga na final do turno. Mas jogoumal contra o Assu. O jogo foi ter-rível. O América sem Cascataperde sua luminosidade criativa,por mais que tenha outros nomes.O América esteve numa apatiaterrível.

ARMSTRONGFoi franco o presidente do

Alecrim, Anthony Armstrong, ementrevista à Rádio Globo. Con-firmou que interfere em escalaçãode jogador quando acha que o téc-nico está errado. E aqui para nós:Ele não está errado de jeito nen-hum. É quem gasta e manda. Oucartola é só o pagão, o "gastoso"?Tem que acabar essa ditadura detreinador querer mandar mais doque presidente.

EMOÇÃOA última rodada parece que

vai ser a única com tensão eemoção do Campeonato Estad-ual. Campeonato sem graça quesó vale pela qualificação dos par-ticipantes no Campeonato doNordeste, o caminho para salvaros clubes da região.

UFCAsurra de Jon Jones em Chael

Sonnen mereceu comemoraçãoespecial. Falastrão e provocador,Sonnen é aquele cara que todomundo fica com vontade de darum cascudo. Não dá porque apan-ha. Aí tem Anderson Silva e JonJones para se vingar. Com tabefee joelhada. Sonnen termina alu-gando um barraco. Tem levadomais bordoada que mulher de ma-landro.

BRASIL X GRÉCIAHá 39 anos, preparativos para

a Copa da Alemanha, o lateral po-tiguar Marinho Chagas levou nota7,5 do Jornal do Brasil, mas a se-leção saiu vaiada do Ex-Mara-canã com 86.499 pagantes no em-pate por 0x0 com a Grécia.Clodoaldo se machucou e acabariacortado da Copa de 1974.

ESCALAÇÃONaquela tarde, que gerou críti-

cas, o Brasil de Zagallo jogouassim: Leão; Nelinho, LuísPereira, Piazza e Marinho Cha-gas; Clodoaldo(Carbone), Riveli-no e Paulo César Caju; Jairzinho,César Maluco(Leivinha) e Edu.

RENATINHO POTIGUARRoberto Fernandes não falha:

Já descobriu. Renatinho Potiguaré mesmo um meia. E bom

ABC vence clássico e mantémchance remota de classificaçãoCOM VITÓRIA SOBRE O ALECRIM, ALVINEGROS REDUZIRAM VANTAGEM DOS

LÍDERES PARA APENAS UM PONTOS, MAS AINDA DEPENDE DE RESULTADOSAssim como mandava a cartil-

ha e a matemática, o ABC cumpriusua obrigação e derrotou o Ale-crim pelo placar de 1 a 0 para man-ter viva a chance de chegar à dis-puta da final do primeiro turno. Avitória no Estádio Frasqueirão foisuficiente para que a equipe re-duzisse a distância dos rivais nasprimeiras colocações para apenasum ponto, mas não foi capaz defazer com que o Alvinegro pas-sasse a depender das próprias per-nas para caminhar em direção àfinal do turno.

Agora, com 11 pontos, o timedo técnico Paulo Porto vai enfrentaro Assu, que teve as chances de clas-sificação eliminadas pelo Américacom o empate por 1 a 1 noEdgarzão. Ponto positivo para otime da capital é que o Camaleãoentrará em campo sem qualqueraspiração na disputa, já que até avaga para a Série D já foi con-quistada pelo Potiguar de Mossoróna rodada. No entanto, a classifi-cação Alvinegra dependerá de con-frontos em situação semelhante. Ogrande pecado abecedista no turno,até aqui, foi justamente não ter osrivais diretos na briga pela vagana final. Perdeu para o Potiguar eempatou com Baraúnas e América.

Para chegar à decisão, o ABCprecisa vencer. Depois disso, con-tar que duas, das três equipes à suafrente não vençam suas respectivaspartidas na rodada final do 2º turno.O líder Potiguar encara um cam-baleante e lanterna Santa Cruz, quenesta penúltima rodada, foi golea-do por outro mossoroense, o Baraú-nas, por 4 a 0, em pleno Iberezão,casa santacruzense. O América,vice-líder, enfrentará o Alecrim,que perdeu qualquer objetivo no

campeonato justamente com a der-rota sofrida para o ABC no últimodomingo. O Baraúnas, embaladoe aspirante a uma vaga na final,duela contra o Corintians de Caicóque também não almeja mais nadana competição estadual.

O técnico Paulo Porto mantevea confiança de que, mesmo sem acerteza de que conseguirá a son-hada vaga para a final, o ABC faráo que for possível para fazer a suaparte e não ficar de fora por umpróprio tropeço na rodada final do2º turno. "Foi um jogo bastantecomplicado, mas o mais impor-

tante foi que conseguimos o nossoobjetivo, que era conquistar avitória e seguir na luta pela classi-ficação. O nosso time foi bastanteguerreiro e está de parabéns peloresultado", comentou o técnico."Estamos confiantes e acreditamosaté o final. Enquanto existir chancematemática, não vamos desistir.Vamos lutar bastante pela classifi-cação e iremos forte para enfrentaro Assu", concluiu o treinador.

Autor do gol da vitóriaabecedista que manteve a equipena briga por uma vaga na final, oatacante Rodrigo Silva se mostrou

feliz pelo papel decisivo emcampo. "Fico feliz por marcar umgol importante para o ABC. Essafoi uma vitória do grupo, que nosmantém com chances de classifi-cação para a final. Sabemos quetemos um jogo difícil fora de casa,mas vamos em busca da vitóriapara buscarmos a vaga na final.Precisamos de alguns resultados,mas temos que primeiro fazer anossa parte. É esse o nosso pen-samento principal", afirmou o jo-gador que tem 13 gols na tempo-rada, seis deles marcados noCampeonato Estadual.

Técnico Paulo Porto espera vencer na última rodada e torce por resultados de adversários por final

O atacante Marcelo Moreno,afastado do elenco principal doGrêmio, é alvo da cobiça do Fla-mengo por um jogador de destaquepara o ataque Rubro-Negro. O vice-presidente de futebol do clube daGávea Wallim Vasconcelos con-firmou o desejo, mas deixou claroa dependência de um acerto fi-nanceiro do jogador com o clubegaúcho. Moreno treina em turnoinverso aos demais jogadores doGrêmio e a ideia é a de resolver asituação durante a semana, com ojogador deixando Porto Alegre.

O Flamengo não foi o únicoclube que manifestou interesse.Botafogo e Santos também demon-straram vontade de contar com oboliviano. "O Marcelo Moreno éum excelente atacante. É um nomeque pode vir dentro das condiçõesfinanceiras do Flamengo. Ele e out-ros atletas estão sendo analisados.É um jogador que interessa tecni-camente, mas também depende deum acerto dele com o Grêmio",afirmou o dirigente.

O problema para a saída doatleta ou rescisão de contrato seriao valor. Além dos altos salários -cerca de R$ 500 mil mensais - asaída de Moreno geraria outra ne-gociação: a dívida do Grêmio como Shakthar Donetsk por 70% dosdireitos do jogador, comprados noinício do ano passado. Dos 4 mil-hões de euros [R$ 10,4 mi], 1,7milhões [R$ 4,4 mi] não foram

pagos ainda. Há previsão dequitação da dívida em duas parce-las programadas para até o finaldo ano. O Flamengo monitora asituação e aguarda o desfecho

A diretoria do Flamengo tra-balha em outras frentes para tentaranunciar ainda nesta semana a con-tratação de outros dois reforços paraa sequência da temporada. O téc-nico Jorginho pediu aos dirigentespressa para compor alguns setores,já que o elenco é frágil e peças de

nome estão fora do páreo, como ozagueiro Alex Silva e o meia Ibson,futuros negociados. As maioreschances são para que um zagueiroe um meia sejam anunciados.

Para a zaga o nome é o deRoger Carvalho, que está de saídado Bologna, da Itália. As conver-sas estão bem avançadas e o des-fecho poderá acontecer nos próx-imos dias. O defensor foi indica-do por Jorginho, com quem tra-balhou em 2011, no Figueirense.

Já para o meio-de-campo a con-tratação seria apenas para comporo elenco e o nome em questão éo do jovem Bruninho, de apenas23 anos, que se destacou peloAtlético Sorocaba durante a dis-puta do Campeonato Paulista. Pelanegociação, Bruninho seria em-prestado ao Flamengo até o fim doano, com o clube carioca tendo apreferência para a compra em de-finitivo dos direitos federativosdo jogador.

Atacante Marcelo Moreno está afastado do time principal do Grêmio e vira opção para o Fla

> MERCADO

Centroavante do Grêmio na mira do Fla

> TÊNIS

Apesar de desistência, Belluccivolta ao top 40 do ranking da ATP

O paulista Thomaz Bellucciparou nas quartas de final do ATP500 de Barcelona, na última se-mana, mas poderia ter feito umacampanha ainda melhor, já queele teve que deixar a competiçãopor conta de uma lesão abdomi-nal. Mesmo com a desistência, otenista subiu quatro posições noranking mundial e chegou ao 40º

lugar.Outros três brasileiros tiveram

bons desempenhos e subiram noranking de tenistas profissionais.Rogério Silva, segundo brasileiromelhor colocado, melhorou seuposto e agora está em 86º. JoãoSousa subiu seis colocações,chegou à 106ª posição e segue embusca do top 100. Já o gaúcho

Guilherme Clezar subiu 18posições e agora é o número 179do mundo.

No top 10 do ranking mas-culino não aconteceram mu-danças. Novak Djokovic segueconfortável no topo, seguido porRoger Federer, Andy Murray,David Ferrer, Rafael Nadal,Tomas Berdych, Juan Martin del

Potro, Jo-Wifried Tsonga, RichardGasquet e Janko Tipsarevic, emordem. A situação foi a mesmano feminino, que tem SerenaWilliams na liderança e MariaSharapova, campeã do Premierde Stuttgart no final de semana,em segundo lugar. Teliana Pereira,melhor brasileira no circuito, caiuuma posição e agora é a 119ª.

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 29 de abril de 2013

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

Cultura

REGISTROO compositor e zoólogo

Paulo Vanzolini (foto) mor-reu neste domingo aos 89anos, vítima de complica-

ções decorrentes de umapneumonia, em São Paulo.

Um dos ícones do sambapaulistano, criou clássicoscomo "Ronda", "Volta por

Cima" e "Praça Clóvis", in-terpretados por grandesnomes da MPB, como

Chico Buarque, Maria Be-thânia e Paulinho da Viola.

AMANHÃPablo Cohen (foto), violonista

americano, realiza sua última partici-pação na Escola de Música da

UFRN. O master class é gratuito eserá ministrado próxima terça-feira,dia 30, na sala 20. Podem participar

alunos da EMUFRN e violonistasem geral. O master class começa às 9

da manhã e a entrada é gratuita.

CINEMAAmanhã a mostra América Latina no Cinema exibe o longa-me-

tragem “Contracorrente” (Peru/Colômbia/França - 2009), do diretorperuano Javier Fuentes-León. A sessão começa às 18h30, no audi-tório do NEPSA, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA)- Campus da UFRN. A entrada é gratuita.

PENSAMENTO DA SEMANA“Reconhece a queda e não desanimaLevanta, sacode a poeiraE dá a volta por cima” (trecho da letra da música “Volta por

cima” de autoria de Paulo Vanzolini).

PROGRAME-SECom uma meta de público de

100 mil espectadores, o Festival Va-rilux de Cinema Francês volta àstelas do Moviecom Praia Shoppingcom o melhor da dramaturgia fran-cesa recente, de 10 a 16 de maio.Neste ano, o festival chega a 45 ci-dades e 80 salas de cinema, um au-mento de mais de 50% em relaçãoao ano passado que faz desse even-to o maior festival de cinema digi-tal do Brasil.

Em 2013, a programação inédi-ta contará com uma seleção que re-presenta os filmes de maior impac-to das últimas produções da cinema-

tografia francesa, contemplando osmais variados gêneros, da comédiaao thriller.

Em Natal, o Festival Varilux deCinema Francês acontece de 10 a 16de maio, nas salas 1 e 3 do Movie-com Praia Shopping. Em breve a pro-gramação completa estará no site »http://www.variluxcinefrances.com/

E, POR FALAR...As salas do Moviecom Praia

Shopping estão passando por refor-mas e para o festival vai estar compoltronas novinhas, telas gigantes,novo sistema de som e instalação deprojetores digitais.

“Sexo & Rock´N´Roll”

Não precisa estar uma brasa, paraentrar no clima do Tremendão, que jáavisou que virá quente e espera quetodos estejam, porque ele e banda, pro-metem botar pra ferver a capital poti-guar. Afinal, são 50 anos de carreira e50 anos levando emoção, sensibilida-de, prazer e muito amor em suas com-posições, mesmo aquelas que contem-plam em sua letra, coisa do tipo “queroque você me aqueça nesse inverno, eque tudo mais vá pro inferno”.

Doce, divertido, apaixonante,terno, corajoso, genial, criativo, Eras-mo Carlos vai mostrar ao público poti-guar o show “Sexo e Rock´N´Roll”nesta terça-feira (30), às 21h, no TeatroRiachuelo. O repertório faz um passeiopor todas as fases da carreira do cantore compositor carioca. Além dos clássi-cos, o setlist da noite também incluinovas composições, músicas que fize-ram parte dos discos “Rock´N´Roll”(2009) e “Sexo” (2011). A banda poti-guar Mobydick abre a programação.

Com certeza sucessos como “Sen-tado à Beira do Caminho” (ErasmoCarlos/Roberto Carlos), “Minha Famade Mau” (Erasmo Carlos/Roberto Car-los) e “Mulher” (Erasmo Carlos/Nari-nha), conhecidos como clássicos porseu grande público não faltará no re-pertório da noite.

Nesses 50 anos de estrada, alémdas composições com Roberto Carlos,Erasmo foi encontrando parceiroscomo Nelson Motta, Marisa Monte,Nando Reis, Liminha, Chico Amaral,Patricia Travassos e, mais recentemen-te, Adriana Calcanhoto e Arnaldo An-tunes. São vinte e sete discos lançados,sendo vinte e três de inéditas, e umalegião de fãs de todas as idades.

Foi na Tijuca, zona Norte do Riode Janeiro, que o garoto Erasmo Este-ves cresceu. Já adolescente, fez desta-car sua personalidade no meio dorock´n´roll e bossa nova que se reuniano hoje famoso Bar Divino, na Rua doMatoso. Onde Tim Maia e Jorge Ben,ambos maníacos por música, faziamparte dessa turma.

Logo depois, conheceu o aspirantea cantor Roberto Carlos. Em seguida,formou os Snakes com os dissidentesde outro grupo local, os Sputniks – queencerraram atividades após lendáriabriga entre dois de seus integrantes,Roberto Carlos e Tim Maia.

Sem seu conjunto e sem a perspec-tiva de gravação como artista solo,Erasmo foi arranjar trabalho como as-sistente do apresentador e produtor

Carlos Imperial – por intermédio dequem viria a tornar-se crooner do grupoRenato & Seus Blue Caps, em 1962.

Com Erasmo dividindo os vocaiscom o baixista Paulo César, Renato &Seus Blue Caps publicaram seu pri-meiro LP para a Copacabana. Curiosa-mente, não muito depois, os Blue Capsacompanhariam o próprio RobertoCarlos na gravação de “Splish Splash”,numa versão para o português feitapelo tremendão. E, detalhe foi o suces-so do disco que garantiu não só a con-tratação de Renato & Seus Blue Capspela gravadora CBS, como também onascimento da lendária parceria entreRoberto e Erasmo.

Ao mesmo tempo, Erasmo – jácom o nome artístico Erasmo Carlos –tornou-se versionista para diversos ar-tistas. Isso, somado ao sucesso de suasparcerias com Roberto, o levou nofinal de 1964 até a gravadora RGE(mais direcionada à MPB e ao samba),para ser o nome do selo no já disputa-do mercado do iê-iê-iê.

O pop-rock brasileiro, que começa-ra com o rock´n´roll dos anos 50 ehavia passado pelo twist do início dosanos 60, chegava ao iê-iê-iê naquele1964 como um reflexo comportamen-tal local à beatlemania.

A Jovem Guarda agrupou as in-fluências do pop britânico e ganhoupopularidade definitiva a partir de se-tembro de 1965 – quando a TV Recordestreou o programa Jovem Guarda.Apresentado por Roberto, Erasmo eWanderléa em São Paulo por três anosseguidos, o programa deu visibilidadepara que Erasmo e Roberto se tornas-sem os principais nomes e tambémcompositores da Jovem Guarda, comtalento de sobra para garantir materialde qualidade até para os colegas.

Nos anos 70, Erasmo gravou dis-cos que bem retrata o seu trabalho mu-sical que mescla suas raízes roqueirascom a MPB. Influenciado pelo movi-mento tropicalista e pela música negraamericana, cravou seqüência antológi-ca de discos durante toda a década de70, como “Carlos, Erasmo…” (1971),“Sonhos & Memórias 1941-1972”(1972) ou “Pelas Esquinas de Ipane-ma” (1978). Tal fase desembocaria, jáno início dos anos 80, em período degrande sucesso comercial, com os dis-cos “Erasmo Carlos Convida…”(1980), “Mulher (Sexo Frágil)” (1981)e “Amar Pra Viver ou Morrer deAmor” (1982).

Após trabalhar mais esporadica-

mente durante a década de 90 (quandoregravou antigos sucessos, participoude homenagens à Jovem Guarda e dediscos-tributos vários), Em 2001, com-pletou 60 anos e lançou seu 22º disco,“Pra Falar de Amor”.. O show desseálbum foi lançado depois em CD eDVD: “Erasmo Ao Vivo”.

No final de 2002, os 40 anos decarreira de Erasmo foram comemora-dos com o lançamento da caixa“Mesmo Que Seja Eu” – contendotoda a sua discografia no período1971-1988. No ano seguinte, ao finaldo 10º Prêmio Multishow de Música,Erasmo foi o grande homenageado danoite – com um prêmio especial peloconjunto da obra.

Em 2004 lançou “Santa Música“só com material inédito e nos coroandoem 2007 com “Erasmo Carlos ConvidaII” reunindo feras da MPB em torno desua obra, como: Chico Buarque , LuluSantos , Zeca Pagodinho , Skank , LosHermanos , Os Cariocas , Djavan ,Adriana Calcanhoto , Simone , MarisaMonte, Kid Abelha e Milton Nasci-mento. Nesse período , começou a es-crever o seu petardo literário “ MinhaFama de Mau “ reunindo suas memó-rias e que veio a ser lançado em 2009 .

Neste mesmo ano , lançou seumais recente CD intitulado tão somen-te “ Rock n Roll “ com produção deLiminha e lançado por sua gravadoraCoqueiro Verde Records , Erasmo reto-ma o seu lado mais roqueiro e conquis-ta o prêmio de melhor CD do ano alémde ser indicado ao Grammy . No anopassado, lançou o álbum “Sexo” se-guindo a trilogia, com participaçõesnas composições de Arnaldo Antunes,Adriana Calcanhoto, Chico Amaral,Nelson Mota e Frejat nas guitarras.

E, no mesmo ano, foi premiadocomo melhor compositor pela APCA,indicado como melhor show pelo jor-nal O Globo, melhor capa nos últimos25 anos pela Folha de SP, consideradocomo um dos melhores álbuns de 2011e “Roupa Suja” entre as melhores mú-sicas pela tradicional revista de músicaRolling Stone. Além da inesquecívelparticipação ano passado no Rock inRio ao lado de Arnaldo Antunes, e esseano o festival promete um encontrohistórico para o rock, o pai do rockbrasileiro Erasmo Carlos junto com opai do rock português Ruy Veloso nospalcos do Rock in Rio Lisboa.

Motivos para comemorar são mui-tos. Gentil como poucos, Erasmo Car-los quer dividir a festa. No palco, oTremendão vai estar acompanhadopelo maestro José Lourenço (teclados),Percy (guitarra), Billy Brandão (guitar-ra solo) e pelos novatos “Filhos de Ju-dith”: Pedro Dias (baixo), Luiz Lopez(guitarra) e Alan Fontenele (bateria).

TREMENDÃO ERASMO CARLOS COMEMORA

SEUS 50 ANOS DE CARREIRA COM GRANDE

SHOW, AMANHÃ, NO TEATRO RIACHUELO

Divulgação

Fotos: Divulgação

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Segunda-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013 Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery - [email protected]

Leão 22/07 a 22/08Você está bem sensível ao seuambiente de trabalho, e as pes-

soas que tornam o ambiente pesado enegativo só irão atormentar seu coraçãogeneroso. É que os mesquinhos provocamenjoo em você. Afaste-se o quanto puder.Saúde frágil, cuide da coluna.

Virgem 23/08 a 22/09Poder magnético que atrai eprende a atenção das pessoas

- sim, você está irresistível hoje! Alémdisso, sente e pressente mudanças seaproximando em ritmo rápido. Um dia devitorias no campo profissional. Adicioneencantos sutis e poderosos no amor.

Libra 23/09 a 22/10Atenção ao ritmo da vida coti-diana, as necessidades de

casa e da família - elas ganham impac-to progressivo. O assunto pode sercompra ou venda de imóvel, ou modifi-cações em casa. Boas relações compessoas próximas.

Escorpião 23/10 a 21/11Astral positivo para estudos,você pode começar um curso

ou instruir-se mais sobre um tema relacio-nado a sua profissão. As pessoas quereminformações concisas, diretas e objetivase hoje você está pronto para isto. Incluaalgo diferente e novo em sua rotina.

Áries 21/03 a 20/04Semana começa com a ajudade um chefe ou superior que

reage bem a causas e ideias; a evoluçãode um negocio e a chance de obter recur-sos de clientes ou associados tem algo aver com isto. Cuide de sua reputação eimagem social. Muita visibilidade.

Touro 21/04 a 20/05Você está entre amigos hoje,pode ir mais longe usando o

senso prático e a orientação interior.Sorte passageira - é só hoje - abre umaporta para você num local publico ouuniversidade. Preste atenção a seussonhos, muito eloquentes.

Gêmeos 21/05 a 20/06Quanto mais apostar nasações concretas, nas metas

visíveis, mais credito lhe darão hoje.Resultados palpáveis e argumentos sóli-dos terão um efeito incrível junto a clien-tes. Resolverá pendencia financeira comcônjuge.

Câncer 21/06 a 21/07Cenário astral se modifica afavor das associações e das

parcerias - estas terão efeito poderosoem seu poder de alcance. O amor, osfilhos, a criatividade pessoal tambémsão temas em destaque. Sol e Martese opõem Saturno: fim de uma etapa.

Sagitário 21/11 a 21/12Lua e Marte em bom aspectounem persistência e sensibilida-

de a foco em objetivos materiais. Muito tra-balho, mas com resultados. Ganhos osci-lantes, mas com trabalho duro irá consoli-dar finanças. Ouvidos ligados no que sepassa nos altos escalões...

Capricórnio 22/12 a 21/01Lua em seu signo, pedemomentos de descanso, de

retiro, para meditar. Limpeza emocional,corporal, psíquica são essenciais agora.Você conectado com o lado luminoso dastransformações! O amor se beneficiadesta atitude cuidadosa também.

Aquário 21/01 a 19/02Embate persiste entre forçasconservadoras e transforma-

doras - no trabalho e na família, a saídaserá observar mais e ficar de fora, sematrair muita atenção para si. Nos bastido-res você conseguirá um acordo entreestas forças em luta. Mas seja discreto.

Peixes 20/02 a 20/03Alterações da vida comumfluem a favor de um acerto final

entre ideias e filosofias, como se vocêestivesse acertando o dial para captardireitinho o que pode ser comunicado edisseminado. Um dia para se expressar ese comunicar com o mundo maior.

HORÓSCOPO

CINEMAOS CROODS - (Livre)MOVIECOM 2 - Hora:14:40 /16:50

UM PORTO SEGURO - (12Anos)MOVIECOM 2 – Hora:19:05

O ACORDO - (14 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:21:30

HOMEM DE FERRO 3 - (12

Anos)MOVIECOM 4 - Hora:13:00 /15:40 / 18:20 / 21:00; Hora:15:40 / 18:20 / 21:00 (Seg àQui)MOVIECOM 6 – Hora:13:40 /16:20 / 19:00 / 21:40MOVIECOM 7 - Hora:14:40 /17:20 / 20:00

VAI QUE DÁ CERTO - (12Anos)

MOVIECOM 5 – Hora:14:45 /19:20

OBLIVION - (12 Anos)MOVIECOM 5 – Hora: 16:45/ 21:20

OBS: A aprogramação podeser alterada sem prévio aviso.Favor consultar o cinema paraconfirmar o filme do adia.

Esta será uma semanarepleta de bom futebol

Está será uma semana especialmente importante para o futebol na televisão.Volta a “Libertadores”. O canal Fox Sports, que já se colocou como casa dela, éo que maior número de jogos exclusivos irá oferecer, começando amanhã comTigre, da Argentina, e Olímpia, do Paraguai, no começo da noite, e Tijuana ePalmeiras na sequência. Na quarta, às 19h30, Grêmio e Independiente Santa Fé,da Colômbia, e também, sozinho, São Paulo e Atlético Mineiro, na quinta, 20h15.Na quarta-feira, Boca Juniors e Corinthians, terá a Globo na aberta, com SporTVe Fox na fechada. Aliás, o SporTV será o único a transmitir Emelec e Fluminenseainda na noite de quarta.A semana, no futebol internacional, vai se completar com os jogos de volta daLiga dos Campeões da Europa, Barcelona e Bayern, Borussia e Real Madrid,com forte possibilidade de frustrar de forma definitiva os que ainda sonhavamem ver Messi contra Cristiano Ronaldo na grande final do dia 25, em Wembley.

VEM AÍExplorar cores, insistir nas saias rodadas, cintura marcada eblusas decotadas vão compor o figurino de Débora Bloch em“Saramandaia”, próxima das 11, da Globo, que estreia em

junho. Risoleta casada com Aristóbulo, Gabriel Braga Nunes,terá sempre como “esquisitice” o desejo de ver, a todo custo,

a transformação dele em lobisomem. Como um fetiche.

C´EST FINICom a saída de Mônica Pimentel da superintendência artística da Rede TV!,anunciada na semana passada, o dono principal, Amilcare Dallevo, chamoupara ele a responsabilidade de escolher quem irá ocupar este cargo.Mas ainda não tem nada oficialmente definido. Não houve nenhuma escolhaentre um zilhão de nomes até agora levantados. Aliás, pela oferta chamaatenção a quantidade de gente especialista no assunto.Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w CUSTA CAROA princípio se cogitou colocar oBozo no lugar, o que imediata-mente foi descartado pelo custoque isto iria significar.A sua produção é muito cara, in-clusive com figurinos para a pla-teia, como exigência do formato.Se não bastasse, todos os demaispersonagens – Vovó Mafalda,Papai Papudo e outros tambémpertencem ao elenco do Ratinho.

w JORNADA DUPLAAlém do trabalho no “ALiga”, daBandeirantes, Mariana Weickertsegue normalmente na TV paga.Hoje às 20h30, pelo GNT, em par-ceria com Julia Petit, ela apresen-ta o novo formato do “Vamoscombinar seu estilo”, com umahora de duração e contando sem-pre com a participação de um con-sultor de moda convidado a cadaepisódio.

w CADA UM NO SEU QUADRADOACopa das Confederações têm os

seus patrocinadores oficiais, cha-mados de parceiros da Fifa. Coca-Cola, Adidas, Budweiser e outrostantos. Automóvel, por exemplo,é a Hyunday/Kia. O que não obri-ga as TVs, detentoras dos direitos,a qualquer veiculação direta, em-bora essas empresas tenham pre-ferência no momento das vendaspor parte dessas emissoras.Não por acaso, ninguém vê por aí,qualquer chamada chancelada dacompetição que vai começar daquium mês.

w ATÉ DANCINHALuiza Possi gravou o “Agora éTarde”, do Danilo Gentili, naBand, para ir ao ar nesta semana.Cantou Michael Jackson e os doissaíram dançando.O contrato do Danilo com a Bandivence em outubro e, até aqui, nãohouve nenhuma conversa para arenovação. A estratégia, comosempre acontece, é deixar correro jogo até os 45 minutos do segun-do tempo.

Crédito: TV Globo / Raphael Dias

w Juliana Silveira, protagonista de“Balacobaco”, já organiza suasférias.w Assim que forem encerradas asgravações da novela, ela viajarácom a família para os EstadosUnidos. Ficará um mês fora.w Com Patrícia Maldonado co-brindo as férias da Ticiana VillasBoas no “Jornal da Band”, PaulaValdez tem formado dupla com oFaccioli no “Primeiro Jornal”.w Aliás, na Band, há quem enten-da que a entrada do Fábio Pannun-zio na apresentação do “Primei-ro Jornal” não irá alterar em nadao atual estado de coisas.w Que o certo seria tomar uma

atitude mais radical, apostar numacara nova.w Mas que essa pretensão esbar-ra no conservadorismo do canal.w Hoje, 11 e meia da manhã, tema estreia do “Bola Dividida”, naRede TV!, com Silvio Luiz, Jua-rez Soares, Luiz Ceará e PriscilaMachado.w Treinadora vocal, Maria Dinizcorre contra o tempo para prepa-rar o elenco de “Chiquititas”, no-vela musical, substituta de “Car-rossel” no SBT.w Além do trabalho na emissora,ela ainda dá expediente extra, nasua própria casa, porque cantar nãoé a especialidade de muitos.

TV - TUDO>>

w COPA 2014 - 1No encontro dos detentores de di-reitos para a transmissão da Copado ano que vem, dois motivos,em especial, provocaram certacontrariedade nos mais de 150 re-presentantes das emissoras pre-sentes.– a deficiência de alojamentos noRio de Janeiro.– e a demora do posicionamentoda Anatel sobre o que irá liberarem termos estruturais. Isto, inclu-sive, foi o que causou maior mal-estar.

w COPA 2014 – 2Também neste encontro no Rio,constatou-se o enorme desejo de,na medida do que for possível,sepultar o HD de vez. Dar umpasso à frente em termos tecno-lógicos.Cogita-se, como grande surpre-sa, fazer a captação no avançado4k. Aliás, sobre isso, a Sony rea-lizou recentemente no SBT umademonstração interna.

w AINDA POR AÍNo SporTV, na semana que pas-sou, houve uma troca de coman-do na sua base de São Paulo.André Fontenelle, que era chefede redação e não se ambientoumuito bem, foi transferido para oRio. Vai cuidar de um núcleo de

pautas que está sendo criado. Oseu substituto ainda não foi encon-trado.

w ESPORTE DA GLOBONa Globo, apenas como observa-ção, depois da chegada do Rena-to Ribeiro no comando geral, asdemais chefias ainda tentam seacomodar nos seus postos, naque-la conhecida luta do perder ou ga-nhar espaço.E assim deve seguir até pelomenos a realização da Copa.

w PROCURA-SENo fim do ano passado, depoisde um concurso, o “Pânico” en-controu um novo namorado paraSabrina Sato. Teve até beijo nopalco.Depois daquilo nunca mais seouviu falar do escolhido. Pareceque o caso começou e terminouali, mesmo porque já se anunciaque ela está de caso com outro.

w FIM DE LINHADe forma oficial, foi confirmadaa saída do Patati e Patatá da pro-gramação do SBT. Já não seráapresentado a partir de hoje.Por enquanto, o horário serápreenchido com a exibição de de-senhos animados, mas existe apretensão de espichar o jornal doCésar Filho.

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A comunidade do bairro dasRocas vem sendo prejudicada aolongo dos últimos anos por causado descaso do poder público. O Mer-cado das Rocas, de onde diversasfamílias tiravam o seu sustento, con-tinua com as obras inacabadas, si-tuação que mantém a precariedadedo espaço e condições inadequadasde trabalho. Entretanto, existe umrecurso assegurado para a recons-trução do ambiente. De acordo coma Secretaria Municipal de ServiçosUrbanos (Semsur), a prefeitura ob-teve a reintegração de R$ 874 milao orçamento municipal, dinheiroque será destinado para a reestrutu-ração do ambiente. Ao todo, a obraestá avaliada em R$ 3 milhões.

Segundo o secretário da Semsur,Raniere Barbosa, a execução da obraainda dependerá de perícia e laudotécnico. "Esse dinheiro estava reti-do por questões burocráticas, masagora conseguimos recuperá-lo.Com a perícia, remeteremos o laudotécnico à Caixa Econômica Fede-ral, que deverá autorizar a licitaçãoda obra", disse. As obras de rees-truturação do Mercado iniciaram em2007, durante gestão de CarlosEduardo. Dois anos depois o servi-ço foi interrompido.

A recuperação integra um pro-jeto de resgate do bairro das Rocas,onde está localizado um importan-te sítio histórico. Entretanto, o se-cretário informa que os prazos paraexecução efetiva da obra ainda nãoforam definidos. "Primeiro tive-mos que criar um projeto básicode execução e completa dessa cons-trução, para que o dinheiro fossegarantido. Depois disso, a prefei-tura teve que fazer um Crédito Su-plementar Orçamentário para com-provar junto à Caixa Econômicaque tínhamos orçamento. Agora,estamos esperando por uma análi-se do banco".

Depois da análise da Caixa Eco-nômica, a Secretaria de Serviços Ur-banos será informada para iniciar oprocesso de licitação. "O tempo paraque tudo isso ocorra foge do nossocontrole. Existem vários tipos de li-citações levam de um mês a seismeses para ser concluído, mas esta-

mos torcendo para que o processoocorra da maneira mais rápida pos-sível", disse Raniere Barbosa.

Além do Mercado das Rocas, osecretário da Semsur informou a OJORNAL DE HOJE que a área emvolta do Mercado também terá re-cursos garantidos para revitalização.

"As praças que estão ao redor tam-bém serão contempladas com novasobras de reestruturação. Para isso,será destinado cerca de R$ 750 mil.A licitação deverá acontecer juntocom a do Mercado das Rocas, paraque tudo comece no mesmo tempo".

Enquanto as obras não aconte-

cem, os comerciantes são obrigadosa trabalhar em baixo de tendas co-locadas ao lado do edifício abando-nado. O descaso público com a po-pulação é o maior problema levan-tado pelos comerciantes. José daSilva, mais conhecido como JoãoGrafite, explicou que mesmo dian-te de tantos problemas, a populaçãotem que ter mais paciência.

"É um descaso sim, e os pro-blemas sãos maiores do que pensa-mos. Mas é muita coisa para umprefeito dar conta. Ele não teve culpada última prefeita ter nos abandona-do por quatro anos. Temos que terpaciência, pois a gestão dele está sócomeçando", disse.

Luiz Pedro da Silva, que tem 40anos de Mercado, vai um poucomais longe na descrição dos proble-mas. "A imundice daqui é impagá-vel. O povo está cansado. São quasesete anos que estamos nessa mesmasituação. Deveríamos funcionar du-rante todo o dia, para aumentar arenda, mas ninguém passa das 12hcom medo da insegurança. Achoque merecemos um pouco de prio-ridade no calendário de obras daPrefeitura", disse.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 29 de abril de 2013

Cidade

A Câmara Municipal de Natalaprovou um Projeto de Lei queajudará profissionais que prestamatendimento médico a relataremoficialmente suspeitas ou confir-mação de maus tratos sofridos porpacientes idosos, crianças, ado-lescentes e mulheres. Criado pelaex-vereadora Sargento Regina, oProjeto foi proposto pelos verea-dores Hugo Manso (PT) e JúliaArruda (PSB), sessão ordináriarealizada na última quarta-feira(24).

Segundo o Projeto, o Bole-tim de Emergência utilizado paranotificar o estado de saúde e tra-tamento prestado aos pacientes,terá um campo específico paraque os profissionais que possamincluir informações, caso perce-bam indícios ou hematomas quepossam ser resultado de violên-cia doméstica.

De acordo com o vereador,Hugo Manso, a mudança servirácomo ferramenta de auxílio parasegurança da população. "Os pro-fissionais que atuam na área mé-dica, inclusive onde há atendi-mentos de urgência e emergên-cia, muitas vezes percebem que asocorrências são fruto de violência,mesmo que as vítimas tenhamvergonha de admitir. Com a mu-dança no Boletim de Emergên-cia, e a inclusão dessas informa-ções, teremos dados específicos,e estatísticas para que a o poderpúblico possa atuar em defesa des-ses cidadãos, seja investigandode perto ou até mesmo desenvol-vendo e executando políticas pú-blicas", explicou.

Para que possam preencher oBoletim de Emergência com in-formações precisas, como parteda implantação do Projeto, os pro-fissionais serão orientados sobre

quais perguntas fazer, de formasutil, para descobrir se a ocorrên-cia é realmente fruto de violência.

O vereador Hugo Manso acre-dita que inicialmente pode haveruma resistência por parte dos pa-

cientes em responder a tais ques-tionamentos, mas afirma que estaserá uma forma de incitar a popu-lação a se defender, denunciandoa violência sofrida.

"Grande parte das mortes no-tificadas em Natal são decorrentesde violência doméstica, mas quenão são evidenciadas. Infelizmen-te, as pessoas que sofrem maus tra-tos, muitas vezes têm vergonha deadmitir isso, e quando estão sendoatendidas acabam inventando des-culpas que justifiquem as marcas.Estamos buscando oferecer meiospara que a própria sociedade possase proteger, e denunciar os agres-sores. Só assim conseguiremos aca-bar com isso", disse.

Vereador Hugo Manso: projeto é forma da população se defender da violência

Instalados embaixo de tendas improvisadas, feirantes aguardam reforma do antigo Mercado das Rocas (ao lado) desde 2007

> INICIATIVA

Mercado das Rocas tem investimentogarantido de R$ 874 mil para reformaOBRA INICIADA EM 2007, AINDA NA ANTIGA GESTÃO DO ATUAL PREFEITO

José da Silva, feirante, diz que os problemas no local são maiores do que pensam

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 04/05 Algeciras/ESP Contêineres - - Marfret Marajó França W. Sons 11/05 Algecira/ESP Contêineres - -CMA-CGM Herodote United King CMA-CGM 18/05 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 25/05 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 01/06 Algeciras/ESP Contêineres - - Louis Aura Malta BCR 05/12 F. de Noronha(PE) - - Turismo Louis Aura Malta BCR 10/12 F. de Noronha(PE) - - Turismo Louis Aura Malta BCR 15/12 F. de Noronha(PE) - - Turismo

Almi Star Libéria Petrobras No Porto Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)29 12:56 0.2

19:34 2.230 01:19 0.4

07:51 2.2

FASES DA LUAMinguante (02/05 - 08:14h)Nova (09/05 - 21:28h)Crescente (18/05 - 01:34h)Cheia (25/05 - 01:25h)Minguante (31/05 - 15:58h)

TBN Brasil Arrow 10/05 Santos(SP) SalTBN Brasil A. Marítima 12/05 Santos(SP) Sal

Enquanto o RN luta pela cabotagem o Governo Federalcomeça a debater renovação da frota de caminhões

Profissionais da saúde notificarãosuspeitas de maus tratos e violência

‘“Estamos buscando

oferecer meios para que a sociedade possa se proteger, e denunciar

os agressores”

HUGO MANSO

VEREADOR

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Page 20: FLIP  29/04/2013

Érika [email protected]

Cidade Segunda-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 29 de abril de 2013

Moda & Atitude

Balada da AliceTem coisa melhor que celebrar

a vida? Brindar com amigos? E serfeliz? Pois foi assim que Alice Bar-ros comemorou a chegada bemvinda da famosa idade da loba(quando a mulher atinge os 4.0).Momento de ver a vida com o olharmais experiente, e com o corpo comtudo em cima. É bem melhor doque se imaginava.

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A festaO festão aconteceu no Maranel-

lo, que foi todo decorado nos tonspasteis, predominando o rosa. Osvários telões da casa exibiam o en-saio fotográfico com Alice, o mari-do Marcus Aurélio e os filhos Mar-cus Felipe e Alinne, em fotos superdescontraídas, mostrando o quan-to é importante ter uma famíliaunida. Esse com certeza é o maiorpresente de todos.

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Impossível ficar paradoA noite começou com o som

da banda Unique, que tocou músi-cas dos anos 80 e levantou o astralde todos os convidados que lotarama pista de dança. Quando chegou ameia noite, a aniversariante - queera só felicidade - subiu ao palcopara agradecer a presença de todose anunciando a banda quecomeçaria naquele instante, aD´Vibe do querido Diogo das Vir-gens.

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A hora dos parabénsMas antes da mudança da banda

foi a vez do parabéns. A aniver-sariante convidou todos para fi-carem ao redor da bela mesa dedoces divinos, todos by RafaelaFontes. Já o bolo, foi um dos maislindos que já vimos, em quatro an-dares, e num dégradée de rosa pas-tel, sendo o último andar coberto depérolas, que combinava com ovestido de Alice. Ele teve a assi-natura de Carol By. Enfim tudo per-feito! E com a madrugada foichegando e os primeiros raios damanhã, os mais festeiros foramsaindo na vassoura.

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ModelitoAlice usava um vestido como

se fosse duas peças. A de cima emformato de corpete, com detalhepara o bonito decote, mas que eracoberto por uma fina camada detule no tom da pele. Já a saia eracompletamente revestida de jóias,com várias camadas de franja empérolas, que davam movimentocada vez que ela andava. Vestidoque tem a assinatura da Guilher-mina, que também vestiu váriasmulheres chiques da noite, taiscomo: Lan Veras, Débora Braga,Cristine Rosado, esta colunista, den-tre outras.

Ah, quer saber...

Você já sabe o que é um salto invisível?

Se trata de um sapato de saltoalto e bem alto por sinal, que todoo seu apoio e sustentação fica naparte da frente. Ele tem aspecto deser desconfortável mas várias adep-tas dizem o contrário. O criadordesse modelo é o designer japonêsNoritakaTatehana, mas quem real-mente popularizou ele foi a canto-ra Lady Gaga, com seus sapatosum tanto quanto "extravagantes". Omodelo só foi um pouco adaptadopara um uso mais formal, mas aideia continua sendo a mesma.

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Onde encontrar aqui em Natal

Aqui em Natal, você já podeencontrar sapato com salto fantas-ma ou invisível lá na Collezione,que fica situada no CCAB-Petrópo-lis, e que tem a exclusividade damarca Miezk. A loja já recebeu al-guns modelos e todos foram maisque aprovados, além de dar umsuper estilo na produção.

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Sangue BomQue Rodrigo Lombardi nos per-

doe, mas seu Théo de "Salve Jorge"não é mais o único cara do mo-mento. Estreando como protago-nista após seis novelas, MarcoPigossi, de 24 anos, será o mocin-ho de "Sangue bom", que estreiahoje e arrancará suspiros de trêslindas mulheres na trama das sete.

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It GirlsA novela entrará no universo

das famosas "It Girls" e todo o seuglamour, obviamente que nem todassão iguais, mas o que nos interes-sa é que vai mostrar muita moda ecom certeza vai lançar váriastendências.

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Viciada em modaA atriz Sophie Charlotte, que

vai viver uma garota viciada emmoda, já aparece com o corte decabelo no melhor estilo chanel de-sconectado. O corte é campeão,sendo usado por vários ícones demoda e editoras de revistaspoderosas como a Vogue interna-cional, como por exemplo, pelaqueridinha Miroslava Duma.

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Quem é Miroslava Duma?A musa inspiradora da vez é a

it girl russa Miroslava Duma. Mira,apelido pelo qual costuma ser referi-da. Tem 1,55cm de altura e a cadalook, dá uma verdadeira aula de es-tilo. Ao longo de seus quase 30 an-inhos, já foi editora da Harper's-Bazaar Russia e hoje é escritorafreelancer em diversas revistas.

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Roupas para baixinhasA musa mostra como é possív-

el vestir - e muito bem - peças quenão costumam ser recomendadaspara garotas baixinhas, como barrada calça dobrada, saias mídi/lon-gas e calças palazzo. Mira tambémé fã de comprimentos mini, uti-lizando óculos e chapéu comoacessórios que dão personalidadepara suas produções.

Até amanhã!

BFF´s: Juliana Porciuncula, Cleide Ratis, Sheilla Sales, LanVeras, Andréa Barandas, Vanessa Gurgel e Marilu Cardoso Brinde à vida: Tina Porto Gaspar, Arianna Motta, Sulamita

Pacheco, Roberta Sapucahy, Kátia Guerra e Neyse Mendes

Sérgio Sena, Marcus Aurélio Barros e José Augusto Peres Filho

Emoção: Alice e Marquinhos Barros com ofilho Marcus Felipe na hora do parabéns!

Débora Saldanha, esta colunistae Cristine Rosado

Tatiana Mendes Cunha/Carlyle,Liliana/Sérgio Maia

MP:Manoel Onofre Neto, Adriana Diniz,Luluca Marinho, Dalila Rocha e Fred Lima