o despertar – 8103 – 16.01.2002

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PORTE PAGO Rua Pedro Roxa, 27 a 31 3000-330 COIMBRA Tel. 239 822 216 - Fax 239 838 141 Email: [email protected] Director: Artur Almeida e Sousa FUNDADO EM 1917 BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE 1964-2000 36 anos de serviço FUNDA˙ˆO BISSAYA BARRETO MULHER Se vives uma situaçªo problemÆtica... Se Øs vítima de maus tratos... Se Øs adolescente e tens dœvidas... Se vives uma gravidez indesejada... ...Conta connosco, porque tu nªo estÆs só! Nós somos o S.O.S. Mulher, ser viço anónimo e confidencial Procura-nos: Tel. 239 406 300 - 2.“ a 6.“ feira das 11 às 18 h. ou Apartado 596 3001 COIMBRA Codex VÁLVULA DE CUNHA ELÁSTICA Construção segundo Normas Europeias Ferro Fundido Dúctil GGG50 Pintura Époxica MARCO DE INCÊNDIO “CLASSIC” Estanquicidade a 500 mm abaixo da linha de solo Ensaiado por diversas corporações de bombeiros e organismos oficiais Fabricado segundo normas europeias Sede: Apartado 467 - Coselhas - Tel. 239 490 100 - Fax. 239 490 198 / 99 3001-906 Coimbra Filial: Apartado 4 R. de Aveiro 50 - Tel. 231 949 261 - Fax 231 949 292 Quarta feira 16 de Janeiro de 2002 Ano 84 N.º 8103 – 100$00 - 0,5 Hoje “Da monarquia à república” É apresentado hoje, pelas 18 horas, na Casa Municipal da Cultura de Coimbra, o livro de Amadeu Carvalho Homem, “Da monarquia à república”, editado pela Palimage Editores. A obra vai ser apresentada pelo autor. Amadeu Carvalho Homem é professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Presidente da AAC toma posse O novo presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra, Victor Hugo Salgado, e os restantes elementos dos corpos gerentes e sociais tomam posse, numa cerimónia que decorre hoje, pelas 19 horas, no auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Penedos dá esclarecimento Paulo Penedos, candidato ao cargo de secretário de estado do PS, realiza hoje, em Coimbra, uma sessão de esclarecimento, na sede do partido. Promover o debate interno antes das eleições legislativas e submeter à análise dos militantes a moção estratégica de orientação global da candidatura, intitulada “Um PS por Portugal”, são os objectivos das visitas que este candidato tem vindo a realizar em vários distritos. FLUC e Belgais têm protocolo A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e a Associação Belgais – Centro para o Estudos das Artes assinam hoje, pelas 12 horas, na Sala dos Conselhos desta faculdade, um protocolo de colaboração. Amanhã Ferro Rodrigues em Viseu A Associação Empresarial da Região de Viseu reúne-se amanhã com Ferro Rodrigues, ainda ministro do Equipamento e candidato ao cargo de secretário de estado do PS, num encontro que visa debater o desenvolvimento do país. Conferências sobre jornalismo “A história da imprensa portuguesa, censura antes e depois do 25 de Abril” é o tema da conferência que vai ser proferida amanhã, pelas 15.30 horas, no Instituto Superior Miguel Torga. O jornalista João Mesquita vai ser o conferencista deste encontro. Câmara apoia desporto no concelho PÆgina 9 Actuação da CCI criticada em Souselas PÆgina 4 Poiares comemorou 104.º aniversário PÆgina 7 Portugal dos Pequenitos ampliado faz nascer Pavilhão de Coimbra Última pÆgina

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Page 1: O Despertar – 8103 – 16.01.2002

P O R T E P A G O

Rua Pedro Roxa, 27 a 313000-330 COIMBRA

Tel. 239 822 216 - Fax 239 838 141Email: [email protected]

Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

1964-2000

36anosdeserviço

FUNDAÇÃO BISSAYA BARRETOMULHER

� Se vives uma situação problemática...� S e é s v í t i m a d e m a u s t r a t o s . . .� S e é s a d o l e s c e n t e e t e n s d ú v i d a s . . .� S e v i v e s u m a g r a v i d e z i n d e s e j a d a . . .

...Conta connosco, porque tu não estás só!Nós somos o S.O.S. Mulher,s e r v i ç o a n ó n i m o e c o n f i d e n c i a lProcura-nos:Tel. 239 406 300 - 2.ª a 6.ª feira das 11 às 18 h.

o uApartado 596 � 3001 COIMBRA Codex

VÁLVULA DE CUNHA ELÁSTICA

Construção segundo Normas EuropeiasFerro Fundido Dúctil GGG50

Pintura Époxica

MARCO DE INCÊNDIO “CLASSIC”

Estanquicidade a 500 mm abaixo da linha de soloEnsaiado por diversas corporações de bombeirose organismos oficiaisFabricado segundo normas europeias

Sede: Apartado 467 - Coselhas - Tel. 239 490 100 - Fax. 239 490 198 / 993001-906 Coimbra

Filial: Apartado 4 – R. de Aveiro 50 - Tel. 231 949 261 - Fax 231 949292

Quarta feira • 16 de Janeiro de 2002 • Ano 84 • N.º 8103 – 100$00 - 0,5

Hoje

“Da monarquia à república”É apresentado hoje, pelas 18 horas, naCasa Municipal da Cultura de Coimbra,o livro de Amadeu Carvalho Homem,“Da monarquia à república”, editadopela Palimage Editores. A obra vai serapresentada pelo autor. AmadeuCarvalho Homem é professor naFaculdade de Letras da Universidadede Coimbra.

Presidente da AAC toma posseO novo presidente da Direcção Geral daAssociação Académica de Coimbra, VictorHugo Salgado, e os restantes elementosdos corpos gerentes e sociais tomamposse, numa cerimónia que decorre hoje,pelas 19 horas, no auditório da Faculdadede Direito da Universidade de Coimbra.

Penedos dá esclarecimentoPaulo Penedos, candidato ao cargo desecretário de estado do PS, realiza hoje,em Coimbra, uma sessão deesclarecimento, na sede do partido.Promover o debate interno antes daseleições legislativas e submeter à análisedos militantes a moção estratégica deorientação global da candidatura,intitulada “Um PS por Portugal”, são osobjectivos das visitas que este candidatotem vindo a realizar em vários distritos.

FLUC e Belgais têm protocoloA Faculdade de Letras da Universidadede Coimbra e a Associação Belgais– Centro para o Estudos das Artesassinam hoje, pelas 12 horas, na Sala dosConselhos desta faculdade,um protocolo de colaboração.

Amanhã

Ferro Rodrigues em ViseuA Associação Empresarial da Regiãode Viseu reúne-se amanhãcom Ferro Rodrigues, ainda ministrodo Equipamento e candidato ao cargo desecretário de estado do PS, num encontroque visa debater o desenvolvimentodo país.

Conferências sobre jornalismo“A história da imprensa portuguesa,censura antes e depois do 25 de Abril”é o tema da conferência que vai serproferida amanhã, pelas 15.30 horas,no Instituto Superior Miguel Torga.O jornalista João Mesquita vai sero conferencista deste encontro.

Câmara apoiadesporto no concelho

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Actuação da CCIcriticada em Souselas

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Poiares comemorou104.º aniversário

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Portugal dos Pequenitos ampliadofaz nascer Pavilhão de Coimbra Última página

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6/01/02

Manuel Bontempo

opinião 2

homem comum tem de participar na cidade

BI-SEMANÁRIO(Sai às quartas e sextas feiras)

Número de Registo 100117

Redacção e Administração:Rua Pedro Roxa, 7-1.º

Fax 239 838 141Tels 239 822 216 - 239 825 173

Oficinas Gráficas:Rua Pedro Roxa, 27 a 31

Fax 239 838 141Tels 239 822 216 - 239 825 173

Composição, Montagem eImpressão nas Oficinas

Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês de

Dezembro 18.000 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Capital Social: 1.500.000$00Gerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

JUÍZOS CÍVEISDE COIMBRA

3.º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 773/2001Execução OrdináriaExequente: BANCO TOTTA &

AÇORES, S.A.Executado: JOSÉ CLARA

BEIRO-LAS e outros...

Nos autos acima identificados,correm éditos de 30 dias, contados dadata da segunda e última publicação doanúncio, citando

Executado: JOSÉ CLARABEIRO-LAS, domicílio: Encosta doVale, 35 – Torres Novas.

Com última residência conhecidana morada indicada para no prazo de 20dias, decorrido que seja o dos éditos,pagar ao exequente, deduzir oposiçãoà execução ou nomear bens à penhora,sob pena de se considerar devolvido aoexequente o direito de nomeação debens à penhora.

Em substância, o pedido consisteno pagamento da quantia exequenda de3.906,63, tudo como melhor consta doduplicado da petição inicial que seencontra nesta Secretaria, à disposiçãodo citando.

Fica advertido de que é obrigatóriaa constituição de mandatário judicial,caso deduza embargos ou outroprocedimento que siga os termos doprocesso declarativo.

Passei o presente e mais dois deigual teor para serem afixados.

Coimbra, 07-01-2002N/Referência: 260122

O Juiz de Direito,Isabel Lourenço

O Oficial de Justiça,Lucília Maria Calcinha

“O Despertar”, N.º 8103, 02/01/16

À Guisa de Boas FestasManuel Chaves e Castro

Mais um ano passou. Teimosamente mas com muito gosto continuo acolaborar nalguns jornais, especialmente não diários, que gentilmenteaceitam os meus escritos nas suas páginas.

Recebi sempre, nessa agradável tarefa, as mais cativantes provasde amizade e simpatia.

Prezo muito a boa Imprensa e só me custa e francamente medesgosta quando ela serve más causas e se verga a quaisquer poderesque a possam afectar na sua independência e honorabilidade.

O Despertar é um exemplo e uma lição do jornalismo sério. Nassuas páginas se aprende como é possível discordar sem agredir, tratarassuntos sérios com leveza que não cansa, manter-se sempre presente adefender as boas causas, não elogiar sabujamente nem atacar comdespodorado veneno, noticiar com sobriedade e verdade.

Tudo isto faz o Despertar cercando a sua composição de umahumildade cada vez menos vista entre nós.

Mais um ano passou e nesta data apeteceu-me fugir ao tipo dasminhas notas costumeiras e dizer quanto estimo e considero o jornalque a Família Sousa, com paixão e muitas vezes com sacrifício, vemmantendo sempre igual a si próprio, modesto mas imensamente rico dequalidades.

Os desejos de um bom ano de 2002 para os proprietários etrabalhadores dessa casa, para os que como eu ajudam a preencher aspáginas de O Despertar, para os seus leitores, aqui ficam ao iniciarmais 365 dias do século XXI, decorridos que foram oitenta e cincoanos da sua primeira publicação.

JUÍZOS CÍVEISDE COIMBRA

3° JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 407-B/1994Execução SumáriaExequente: LEONILDO BAIA

RIBEIRO e mulher Lucilia MatiasFernandes, Andorinha, Lamarosa,Coimbra.

FAZ SABER QUE: correm éditos de20 dias para citação dos credoresdesconhecidos que gozem de garantia realsobre os bens penhorados aos executadosabaixo indicados, para reclamarem opagamento dos respectivos créditos peloproduto de tais bens, no prazo de 15 dias,findo o dos éditos, que se começará a contarda data da segunda e última publicação doanúncio.

Bens penhorados: Direito à heran-ça do 1.º executado.

Executados:CARLOS MANUEL DA CONCEI-

ÇÃO MARTINS, Av. Fernão de Maga-lhães, 667-3.º D, Coimbra.

PORFIRIO AUGUSTO SANTOS,Sanata Clara, 3000 Coimbra.

Coimbra, 10-12-2001N/Referência: 248144

O Juiz de Direito,Isabel Lourenço

O Oficial de Justiça,Maria dos Anjos Martins

“O Despertar”, N.º 8103, 02/01/16

O homem normal depois de umapermanência romântica no ventilar aquestão literária das últimas décadasnuma filosofia estética contemp-lativa, em velhas tertúlias, todasdesaparecidas, ou à mesa do café, que,ainda vão existindo estas, espo-radicamente, começa o homemconimbricense a tomar uma posiçãopolítica relativa à cidade comodocumento psicológico e moral quetem muito interesse sociológico eantropológico, como este homem quese cruza connosco no dia a dia, quediscute, que critica, num novoestatuto, de ser “conimbricense”, deamar a sua terra.

Há outro sentimento colectivo.Outro interesse, de se percorrer“outros caminhos”, ou, a bem dizer,“outras modernidades funcionais”,sem esquecer, todavia, os seus atavioscom o pensamento, com a suafilosofia, com a arte, como reflexo da“Cidade da Cultura”, numa acção virile deixar a verborreia livresca para osenfezados do dizer mal, da intrigapalaciana, contra tudo e contra todos,ou ainda, dos mal-formados semprecontra os valores intrínsecos ousubjacentes.

Por exemplo, nestas autárquicas,houve discussão, polémica, irreve-rência a mostrar a atitude democráticaque tanto simbolizou as “revoltasestudantis” e a “liberdade republi-cana”, da cidade, exemplo magníficoque foi ponto de partida para asposteriores acções contra a tirania.

O homem da nossa urbe tornou--se municipal.

Há outra originalidade nocomportamento do homem da nossaurbe, de estar no contexto dumasociedade aberta, no falar, nos gestose no traduzir como rara matéria primaa sua idiossincracia; assim maishodierno e mais agudo nos conceitose para além das afinidades estéticas eculturais individuais (sempre ligadasao ambiente tido por culto pela suaUniversidade, pela paisagem e poruma mesologia de interesses) procuraa noção do lugar quer na estruturaçãodas bases materiais e quer narelevância do seu facie espiritual,onde, a cidade é centro da suaactividade psíquica.

É exemplo acabado e elevadodeste retrato psicológico o Delegadodo Inatel João Fernandes comoprincipal característica a cultura quetem fomentado, em todos os sectores,numa clara demonstração da exi-gência vital dum comportamento livree apaixonado pela nossa urbe.

E a Câmara Municipal nuncapode esquecer o papel relevante doDelegado do Inatel nas actuações tãodiversificadas e onde a cultura popularé a mais erudita (esta dada em termospopulares) tem sido uma constante eas igrejas, por vezes, são cenários dasiniciativas de João Fernandes quemerecem a unani-midade de opiniões.A Câmara Municipal tem de sair doseu casulo a “traçar novas rotas, outroscaminhos, com a participação dasassociações recreativas, do contributopopular, e deixar os “afilhados” eolhar de vez para os autênticos filhos,os homens da cidade, estes homensque fazem também a vida histórica doquo-tidiano com uma predestinaçãotão mal aproveitada...

É ver com frequência o homemcomum da nossa urbe, esta urbe porvezes cheia de betão e mais nada, afazer crítica sobre as obras que searrastam, sobre as carências, dando-se a conhecer através dos reparos, dasmanifestações colectivas num desejode enfrentar os problemas e que asautoridades administrativas oumunicipais se comportem numequivalente desafio...

A localização do espaço dohomem comum, de carne e osso,como diria Unamuno, é um conjuntodo conimbricense, que exige, doshomens investidos em lugarespúblicos na cidade sejam de factomerecedores do respeito numa agudaaceitação consciente de todos osproblemas sejam, de facto, a primeiraprioridade.

A expressão prosódica dosdiscursos, por vezes muito bonitinhos,nada dizem quando não acom-panhados por obras.

E as autárquicas tiveram muitosdiscursos desse jaez quase recheadosde manifestações físicas anormais, oracom promessas enganosas e ora cominteresses de classe dúbios...

O homem comum da cidadecoexiste com a Câmara Municipal.Não façam dele mero elemento defábula, ou um pobre de orelhas deburro, que se emaranha a belo prazernuma simples teia de promessas...

Que se olhe mais para o ho-mem comum como um conjuntode potencialidades que está para aíespalhado na imprensa, nas asso-ciações, no teatro, nas artes, nocomércio, na função pública, nas nos-sas ruas...

“Bairro de lata” na Alta de Coimbra

crónica ao acaso

crónica ao acaso

ADIFER

Inacreditável o que se passa na ruaBorges Carneiro, artéria da Alta maismovimentada, quer em peões comotrânsito automóvel.

Depois de ser demolido o prédioe parte de um muro em iminência deruir de um momento para o outro,foram colocados dois ferros inestéticosencostados ao prédio de frente, parasegurar o muro.

A responsabilidade é do MuseuNacional de Machado de Castro, desteestado de coisas, onde mandou colocarchapas de lata em frente ao prédiodemolido e também no local onde sefazem escavações arqueológicas,prejudicando a saúde pública,devido ao cheiro nauseabundo, queprovém das escavações já há muitoem curso. Os moradores não po-dem ter janelas abertas e se conti-nuar assim, teremos que participarà Delegação de Saúde. A obra dademolição do muro, já acabou há muitotempo, ficando a parte mais perigosapor demolir.

A directora do Museu Machadode Castro, dr.ª Adília Alarcão, diz quea responsabilidade é do IPPAR, e nãodo Museu.

Enviei um ofício, em nome dosmoradores desta rua, alvitrando operigo, que se encontra o muro, aoIPPAR, tendo em meu poder um ofício

do Instituto Português do PatrimónioArquitectónico, da Direcção Regionalde Coimbra, que diz o seguinte:

Assunto: “Museu Machado deCastro” “Tendo presente a carta nãoassinada que me foi dirigida em nomedos moradores da rua Borges Carneiro,esclarece-se que o assunto nela referidonão é da competência deste Institutomas sim do Instituto Português deMuseus, entidade que tutela o MuseuNacional Machado de Castro, a cujadirectora vai ser dado conhecimento damissiva em causa”.

Com os melhores cumprimentosO Director da Direcção Regional de Coimbra,

Carlos dos Santos Rodrigues, eng.ºCoimbra, 16-10-01

Isto é um “jogo de empurra” entreo Museu Machado de Castro, IPPARe agora do Instituto Português deMuseus.

Seja de quem for a responsa-bilidade, o aspecto em que se encontraaquele local encostado ao MuseuMachado de Castro, é desolador, emplena Alta de Coimbra.

As chapas que foram colocadaspara tapar a “miséria” que ficou,aquando deitaram abaixo o prédio emruína, estão todas derrubadas e partidas,parecendo o seu aspecto um “bairro delata”, devido ao vandalismo dosnoctívagos, que durante a noitearrumam pedras, garrafas e pontapés,

não deixando sossegar os moradoresdaquela martirizada rua, já há tantosanos.

Tudo isto, deve-se às casasnocturnas, que existem no Largo da SéVelha e Borges Carneiro, que encerrampor vezes às 7 da manhã, onde os noctí-vagos, quando saem dessas casas, aforça alcoolémica só lhes dá para aviolência, distúrbios e cenasvergonhosas.

Pede-se, a quem de direito, paraque aquele local seja urgentementearranjado, porque assim como está nãodignifica a Alta nem o próprio MuseuMachado de Castro.

Coimbra em 2003 é CapitalNacional da Cultura e com estasmazelas à vista de todos é um “postalilustrado” negativo para a nossacidade e para quem nos visita.

LUMELLusa Mecânica de Coimbra, Lda.

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Page 3: O Despertar – 8103 – 16.01.2002

16/01/02

coimbra 3

“MAFIA” juntaCâmara e associaçõesde CoimbraA Câmara Municipal e a FederaçãoCultural de Coimbra - “MAFIA”assinaram, na quinta feira, umprotocolo que prevê a utilização doantigo quartel dos BombeirosSapadores Municipais como espaçocultural.

A “MAFIA”, constituída porcinco associações culturais (Cama-leão, Encerrado para Obras, ProjectoBuh, Marionet e Trampolim), vaiutilizar aquele espaço para sala deensaios, teatro, dança e outras artesdo espectáculo.

“São um conjunto de gruposque podem constituir uma sementeirada expressão artística de Coimbra”,disse à agência Lusa o presidentecessante da autarquia, ManuelMachado, a justificar a assinatura doprotocolo.

Afirmando-se esperançado emque a cidade “reconheça a validadedeste projecto”, Manuel Machadoreferiu, a propósito da sigla da novafederação cultural, que é umadesignação alheia à autarquia. “Foiadoptada por eles”, ironizou.

O protocolo prevê a “cedênciaem regime de utilização a títulogratuito” do antigo quartel dosBombeiros Sapadores Municipaisde Coimbra pelo período renovávelde um ano.

A autarquia comparticipa em50 por cento os custos relativos aoabastecimento de água e energiaeléctrica.

Júdice quer melhor preparação dos jovens advogados

Inadequação do ensino de Direito à profissãopreocupa novo bastonárioO recém-empossadobastonário da Ordem dosAdvogados (OA), JoséMiguel Júdice, pediu, emCoimbra, que a mais velhadas Universidades aceiteiniciar o Programa deAuditoria à Adequação doEnsino de Direito àProfissão de Advogado.

Júdice, que se licenciou emCoimbra, pretende que a Univer-sidade local seja pioneira em aceitaro programa sufragado nas eleições de7 de Dezembro pelos advogados queprevê auditorias às Universidades,

para avaliar os métodos do ensino daciência jurídica em Portugal.

O sucessor de António Pires deLima falava na posse dos membrosdo novo Conselho Distrital da Ordemdos Advogados de Coimbra, reali-zada, na semana passada, na CasaMunicipal da Cultura daquela cidade.

Júdice, que já terá recebido umaresposta positiva do reitor daUniversidade de Coimbra, diz estarconvicto de que, “se o ensino for maisadequado às necessidades da vidaprática, os estudantes estarão maismotivados e sairão melhor prepa-rados”.

Na perspectiva do bastonário, asituação do ensino é trágica” e muitosdos problemas da Formação deAdvogados são “originados a

montante, na inadequação do ensinouniversitário às necessidades daprática profissional”.

“Com coragem temos de reco-nhecer que muitos jovens licenciadoschegam à formação da Ordem dosAdvogados sem a preparação indis-pensável para que possam tornar-seadvogados tecnicamente qualifica-dos”, disse, realçando que escolheuCoimbra para abordar este tema,precisamente porque a Faculdade deDireito local é, apesar de defeitos,uma das que comparativamente“melhor prepara os jovens”.

Evitando equívocos e mal-en-tendidos, Júdice assegura que “nãose trata de auditar como método dedemolição”, pois para a Ordem dosAdvogados “as auditorias não são

armas de arremesso, nem bombas deneutrões”.

Além das auditorias, o basto-nário pretende ainda que asUniversidades ajudem a Ordem naformação contínua dos advogadosque, em seu entender, precisam de“actualizar conhecimentos, deaprofundar zonas do saber, de chegara novas áreas do Direito”.

“E não tenho qualquer dúvida.Sem a ajuda das Faculdades vai sermuito difícil, muito mais demorado,muito menos bem feito”, observou,adiantando que irá propor àsFaculdades de Direito portuguesasque se voluntarizem a assinarprotocolos com a Ordem paraprogramas de formação teórico-prática em todo o país.

Bancários do Centro aprovamcriação de federação nacionalOs 200 delegados ao VIICongresso do Sindicato dosBancários do Centro (SBC),que começou sexta feira, emCoimbra, aprovaram acriação duma federação desindicatos do sector.

A Federação de SindicatosBancários (FSB), projecto que hávários anos é defendido por sin-dicalistas da tendência socialista,vai congregar os três sindicatosregionais do sector: do Centro, doNorte e do Sul e Ilhas.

O socialista Osório Gomes,presidente da direcção do SBC, disseà agência Lusa que a nova estrutura seráuma das maiores federações sindicaisdo país, depois das congéneres dafunção pública, abrangendo cerca de

60 mil trabalhadores no activo.Este foi também o derradeiro

congresso dos Bancários do Centro,pois foi aprovada uma proposta nessesentido, apresentada pela direcção.Osório Gomes realçou que aassembleia geral é, segundo osestatutos, o órgão máximo do sindicatoe que a organização dos congressos temcustos elevados que actualmente nãose justificam.

Por outro lado, salientou, nos diasúteis da semana “é hoje mais difícilarranjar delegados” disponíveis para oscongressos, dado que “há cada vezmais balcões e menos trabalhadores”.

A FSB, que em breve serátambém aprovada pelos outros doissindicatos, visa “reforçar o poderreivindicativo” dos bancários,permitindo “uma substancial reduçãode custos” às organizações repre-sentativas.

Previdência Portuguesacomemorou 73 anosA Previdência Portuguesa comemo-rou, no sábado passado, 73 anos deexistência. Para assinalar esta data, foiorganizada em Coimbra uma jornadade trabalho, que se centrou nas temáticas“Jardim de Infância na actualidade” e“Regulamento de benefícios – novasalterações”.

Depois deste debate, o progra-ma de aniversário da PrevidênciaPortuguesa, intitulado “Momentos de

Solidariedade”, prosseguiu com umamissa de sufrágio na Igreja de SantaCruz, onde foram recordados todos osdirigentes, trabalhadores e associados jáfalecidos.

Para terminar da melhor forma,todos os participantes reuniram-se numalmoço convívio e de confraternização,que decorreu num restaurante dePenacova e que se prolongou pela tardefora.

Osório Gomes realçou que, noâmbito da federação, existirá umserviço de assistência médico-social(SAMS) comum aos três sindicatos eum único jornal.

O VII Congresso vai rever osestatutos, ajustando o SBC à novarealidade da federação.

Os três sindicatos dos bancáriostêm actualmente direcções dominadaspela tendência socialista, que no Centrodetém o poder em exclusivo, semaliança com outras correntes.

Osório Gomes acusou as listasunitárias (de maioria comunista), quedominaram os sindicatos do Norte edo Sul e Ilhas, de terem “entravado oprocesso de criação da federação”, aolongo de vários mandatos.

Participaram no congressodelegações de sindicatos congéneres depaíses europeus e da Guiné-Bissau,Moçambique e Cabo Verde.

Carlos Jorge Monteiro expõe no restaurante “Mercearia”

“Gente da minha aldeia”“Gente da minha aldeia”é o título da exposiçãoque pode ser visitada,até ao final do mês, norestaurante “Mercearia”,na Urbanização Tamonte,em Coimbra.

Da autoria do fotojornalista efotógrafo profissional Carlos Jorge

Monteiro, mais conhecido por “Cajó”,esta mostra reúne 14 fotografias,algumas com mais de 20 anos, depessoas da freguesia onde vive estefotógrafo.

Carlos Jorge Monteiro inicioua sua carreira profissional nos anos70 e, paralelamente aos trabalhos quefaz para alguns jornais da região,

dedica também algum do seu tempoa fotografar instantes “para maistarde recordar”.

A exposição “Gente da minhaaldeia” pode ser visitada até ao fimdo mês, num ambiente gastronómico,característico da cidade de Coimbra,onde o fotógrafo exerce grande parteda sua actividade profissional.

Manuel Alegre renuncia acargo na AM de CoimbraManuel Alegre, primeironome eleito do PSna Assembleia Municipalde Coimbra, renunciouao cargo para que foi eleitoneste órgão, cuja tomadade posse estava marcadapara ontem.

O poeta e deputado invocoumotivos relacionados com a sua“vida agitada e problemas de saúde”para justificar a renúncia.

“Candidatei-me à AssembleiaMunicipal (AM) de Coimbra numasituação que era difícil para o PS.Entendo que o lugar deve serentregue a um camarada que residano concelho”, adiantou ManuelAlegre à Lusa.

O deputado, eleito pelo círculoeleitoral de Coimbra, disse aindaque “poderia candidatar-se” àpresidência da AM, dado que o PSe a CDU obtiveram mais votos doque a coligação (vencedora) PSD/PP/PPP, mas entende “deverrespeitar-se a vontade popularexpressa nas urnas”.

Page 4: O Despertar – 8103 – 16.01.2002

6/01/02

coimbra 4

“In Vivo” promove debate aceso sobre a co-incineração

Chuva de críticas à actuaçãoda CCI em Souselas

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ADELINO MARTINS, LDA.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

FUNERAIS � FLORES � TRASLADAÇÕES

SERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

Críticas à actuação daComissão CientíficaIndependente (CCI) noprocesso de co-incineraçãode Souselas, Coimbra,marcaram o terceiro debatede um ciclo de tertúliassobre este assunto,promovido pela RevistaMensal de Saúde “In Vivo”/Mar da Palavra Edições.

O tema “A propósito da co--incineração” juntou à mesma mesavários intervenientes no processo,como o professor universitárioFormosinho Simões, presidente daCCI, o qual, na ausência de JoséCabeças, presidente da AdministraçãoRegional de Saúde do Centro (ARS),acabou por se tornar no alvo dosrestantes participantes no debate.

Uma das vozes que mais se fezouvir contra a co-incineração emSouselas e as posições da CCI foi ade João Gabriel Silva, vice-presidenteda Faculdade de Ciências e Tecno-logia da Universidade de Coimbra(FCTUC) e dirigente da Quercus.

Segundo Gabriel Silva, “é falsocolocar a questão que as alternativassão despejar (o lixo tóxico) sel-vaticamente ou co-incinerar” econsiderou existirem “soluções maisinteligentes e economicamenteviáveis”.

Para o dirigente da Quercus “estápor fazer a prova, para um únicoresíduo que seja, de que não háalternativas”.

“Apesar das repetidas afirmaçõesdo ministro Sócrates que a co-incineração é algo de inócuo, ninguémverdadeiramente acredita que queimarlixo tóxico não tenha consequências”,sublinhou o ambientalista.

Já José Manuel Silva, médicoespecialista em Medicina Interna dosHospitais da Universidade de Coim-bra, considerou que o processo de co--incineração em Souselas se encontra“eivado de hipocrisia”.

Pegando numa afirmação deFormosinho Simões, segundo a qual“a co-incineração destrói 99,9 porcento de matéria orgânica”, JoséManuel Silva citou um especialistanorte-americano que defende “com osmesmos dados” que a destruição“pode ir apenas aos 73 por cento”.

“Para sermos cientificamentehonestos temos de reconhecer queaqui também pode ser assim e a CCInunca o reconheceu”, disse JoséManuel Silva.

Ainda segundo o médico dosHUC, “os limites de emissão dedioxinas estão feitos para permitir queo processo continue e não a pensar nadefesa e preservação da saúdepública”.

Outra das questões focadas nodebate, ligada à emissão de dioxinas

pela cimenteira da Cimpor emSouselas, incidiu no estudo epide-miológico, constante das regrasdefinidas pela Comissão CientíficaIndependente, mas que está por fazer.

Joaquim Gonçalves, da Asso-ciação de Defesa do Ambiente deSouselas (ADAS), considerou oestudo como uma “farsa”.

“É o descrédito completo doprocesso (de co-incineração), o estudonão avança, estiveram a aldrabar-noseste tempo todo”, disse.

Massano Cardoso, o epide-miologista que representa a CâmaraMunicipal de Coimbra na CCI,responsabilizou pela ausência doestudo “a autoridade de saúde, quedepende do governo e não dá garantiasno terreno”.

Reafirmando-se contra a co--incineração, Massano Cardoso disseainda que a questão parte de um“princípio totalmente errado que é ode admitir que ter uma cimenteira nomeio de uma população comoacontece em Souselas, é a coisa maisnatural do mundo”.

“Há um défice acumulado doestado de saúde daquela população”,frisou Massano Cardoso, voltando ainsistir na “necessidade de um estudoepidemiológico”.

Com a ausência de José Cabeças,responsável máximo da ARS Centro,que segundo a organização do ciclode tertúlias “invocou indisponi-bilidade para estar aqui, não adian-tando nenhuma razão”, a questão danecessidade do rastreio à populaçãode Souselas acabou por ser a única emtodo o debate a unir os diversosparticipantes, levando FormosinhoSimões a admitir que “o protocolocom a ARS não funcionou”.

“O estudo epidemiológico não éconnosco mas acho que deveavançar”, adiantou ainda FormosinhoSimões, uma afirmação que acabaria

por motivar uma dura reacção deMassano Cardoso, pondo em causa opróprio papel da Comissão CientíficaIndependente.

Segundo o especialista em saúdepública, tendo sido a CCI a estabeleceras regras, “não pode vir agora dizerque se (o estudo epidemiológico) nãoestiver concluído não tem nada comisso”, frisou, afirmando que “têm dedenunciar a situação e obrigar oEstado a cumprir”.

“A CCI é uma comissão de fis-calização e controlo e não a promotorada co-incineração”, referiu aindaMassano Cardoso, sublinhando que“quem deve dar a cara é o governo eas cimenteiras”.

A discussão ligada ao estudoepidemiológico e emissão de dioxi-nas, a que se juntou a questão darealização de testes na cimenteira deSouselas, acabaria por subir de tom,nomeadamente aquando de afirma-ções do ambientalista João GabrielSilva e do médico José Manuel Silvaque pretendiam rebater posições daCCI.

Formosinho Simões, isolado namesa, levantou-se e ameaçou aban-donar o debate - “se isto continuaassim vou-me embora” disse - nãolevando, no entanto, adiante essaintenção.

A conversa voltou a centrar-se naemissão de dioxinas, defendendo JoãoManuel Silva que o estudo epide-miológico seja feito antes dos testesde controlo das ditas, dado a CCI “nãopoder afirmar se eles vão ou nãoafectar o estudo epidemiológico”.

“O mínimo que se pode dizer éque há grandes dúvidas em relação àemissão de dioxinas, sublinhou odocente da FCTUC, desafiando a CCIa recusar “dar o seu parecer vincula-tivo antes do estudo estar terminado”.

O presidente da CCI manteveque os testes preliminares avançarão,“mas a co-incineração não deveavançar enquanto os estudos epide-miológicos não estiverem feitos”.

Perante uma assistência maiori-tariamente constituída por estudantesde Jornalismo, foi visível que Sou-selas mantém o “não” à co-inci-neração e as desconfianças face aotrabalho da CCI.

Segundo Joaquim Gonçalves, “apopulação de Souselas não acreditana CCI, os souselenses têm umaunidade cimenteira debaixo da camae nunca aceitarão a co-incineração”.

Ceres investe no futuroà vista de meio séculoUma das mais emblemáticasunidades industriaiscerâmicas de Coimbraassinalou no passado domês de Dezembro, 45 anosde actividade nos sectores demateriais sanitários,pavimentos e revestimentos.

Apesar da agressiva concorrên-cia espanhola e da conjunturanacional e internacional desfavorá-veis, a Ceres aposta no futuro,investindo na renovação tecnológicaque permitirá produzir já este ano,uma nova linha de material sanitário.

José Marieiro, administrador daCeres, acredita que o acréscimo daprodução sanitária irá ser absorvidapelo mercado nacional, mas nãoestão colocados de parte os mercadosinternacionais em que França,Inglaterra e Finlândia assumem papelde destaque como clientes preferen-ciais.

“Há uma conjuntura interna-cional que após o 11 de Setembro setornou indefinida e face os industriaisdeste sector andam assustadostambém pela instabilidade gerada nosjuros à construção e aquisição dehabitação própria”, afirmou-nos JoséMarieiro acrescentando que tudo issose reflecte no sector da construçãocivil que continua a ser o “barómetroda economia de um país”. Por outrolado, a inesperada crise política quese vive no país também não éfavorável a um clima propício àestabilidade económica num futuroimediato em que a moeda comunitáriaterá de desempenhar um papelessencial. Ou seja, “em princípio oEuro será bom, mas...veremos comose comportará relativamente ao dólar”,adiantou aquele industrial.

No entanto, José Marieiroacredita no futuro da Ceres pelo que

investiu na aquisição de novo equi-pamento, justamente para diversificara oferta na procura de novosmercados, espera atingir no correnteano uma facturação global de novemilhões de euros.

No âmbito desta estratégiaempresarial a Ceres tem sido reco-nhecida como unidade industrial dereferência em Coimbra, tendo-lhesido atribuídos em 1995 e 1996 oEstatuto Prestígio PME peloIAPMEI e BNU, enquanto que em1997 a Câmara Municipal de Coim-bra lhe conferiu o Mérito Industriale em 1999 a revista Exame galardoouesta empresa com o troféu de“Melhor Desempenho” no sector dosminerais não metálicos.

Desde o ano transacto que aCeres é uma empresa Certificada e em2002 José Marieiro quer ver o azulejoque aqui se fabrica como produtocertificado e, depois disso, seráiniciado o processo tendente àcertificação do material sanitário.

Com os seus 250 trabalhadores,a Ceres - Cerâmicas Reunidas SA,com sede em Fornos, foi fundada há45 anos por Aníbal Santos Paixão quese revelou um homem de invulgarvisão empresarial, estimulando eincentivando os laços familiares numaforma de gestão que ainda hoje semantém.

Em cerca de 80 por cento, aadministração da empresa que cabe aJosé Marieiro e sua esposa NautíliaMarieiro, filha de Aníbal Paixão,falecido há cerca de quinze anos,fazem também parte FranciscoLemos, António Costa dos Santos ePaulo Jorge Mata Mouros.

Em suma, apesar das naturaisincertezas que toldam a conjunturaeconómica mundial e políticanacional, a Ceres, com meio de séculode prestígio à vista, continua viradapara o futuro investindo na renovaçãotecnológica.

STAL quer saláriomínimo de 449 eurosO sindicato dostrabalhadores dasautarquias reivindicoupara o sector um saláriomínimo de 449 euros(90 contos).

Esta foi uma das decisõestomadas, na sexta feira, pela DirecçãoNacional do Sindicato Nacional dosTrabalhadores Locais (STAL), quenuma reunião em Lisboa tambémanalisou a actual situação política.

A uniformização, no máximo detrês anos, do tempo necessário para amudança de escalão e a negociaçãode um novo sistema retributivo sãooutras das medidas que o STAL querver, no futuro, aprovadas.

Em comunicado, o STALdefende ainda uma “profunda rees-truturação das carreiras”, prevendo aexistência de três grupos sócio-profissionais e a redução do lequesalarial.

Além disso, a direcção nacionaldo sindicato decidiu concluir osprocessos de queixa contra o EstadoPortuguês por incumprimento da Lei

do suplemento de insalubridade,penosidade e risco, que serãoencaminhados para os tribunaiseuropeus e nacionais.

No próximo mês serão aindapromovidos três encontros nacionaisdescentralizados, em Évora, Braga eCoimbra, para análise da situaçãosocial e calendarização da acçãosindical.

As estruturas sindicais irãotambém solicitar a todas as autarquiaslocais reuniões, para debater oproblema das carreiras profissionaise o suplemento de insalubridade erisco.

Por último, o STAL manifesta asua preocupação face à situaçãopolítica nacional, classificando de“inaceitável” a forma como o governoencerrou “unilateralmente o processonegocial” dos salários para 2002,“impondo uma vez mais oagravamento do poder de compra dostrabalhadores”.

“O governo pode e deve concluiros processos negociais em torno davalorização das carreiras e daregulamentação do suplemento deinsalubridade, penosidade e risco”,propõe o STAL.

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16/01/02

saúde 5

Directores Clínicos

Bastonário antevê“mal estar” nos hospitaisA recusa de médicos emserem nomeados para adirecção clínica e “malestar” nos hospitais são oscenários que o bastonáriodos médicos antevê emresultado da aprovação dodiploma que reintroduz anomeação política dasdirecções hospitalares.

Após um encontro de poucomais de meia hora com o primeiro--ministro e o ministro da Saúde, obastonário da Ordem dos Médicosrecusou ainda, em declarações aosjornalistas, o argumento da tutelapara alterar o sistema em vigor, e deque este é gerador de despesa.

Frisando que “muitas vezes temsido graças à dedicação dos direc-

tores clínicos que os hospitais têmfuncionado bem”, Germano de Sousaenfatizou que o Presidente daRepública “tem a obrigação” de vetaro diploma aprovado, na quinta feira,em Conselho de Ministros. Além dasperspectivas de conflitualidade queo bastonário da OM apresentou aosjornalistas, a aprovação de umdiploma que tem sido amplamentecontestado por clínicos e sindicatosteve ainda como efeito o corte derelações entre o representante donorte dos médicos e a tutela.

Aos jornalistas, Miguel Leão,presidente do Conselho RegionalNorte da OM, e que acompanhou obastonário, avançou que recusa, apartir de agora, qualquer reunião coma tutela, que “está em funções degestão”, e que irá propor ao ConselhoExecutivo Nacional da Ordem umencontro com todos os partidos comassento parlamentar para debater a“inconstitucionalidade” do diploma.

O desacordo em relação aodiploma, e mesmo a “estupefacção”pela sua aprovação, foi igualmente areacção expressa pelo presidente doConselho Regional do Centro daOM, Reis Marques, que acusou oministro da Saúde, António Correiade Campos, de possuir uma “visãoreducionista” dos problemas que secolocam à gestão hospitalar.

O ar tenso da direcção daOrdem dos Médicos contrastou coma postura descontraída com queCorreia de Campos se apresentou aosjornalistas.

Para o ministro da Saúde, odiploma introduz uma medida“essencial para a contenção dedespesas” e que foi incluída no Planode Estabilidade e Convergência queo governo apresentou na ComissãoEuropeia em Dezembro de 2001.

Correia de Campos justificouainda a reintrodução da nomeaçãopolítica - um sistema que o PS alteroudurante o primeiro governo deAntónio Guterres, passando osdirectores clínicos e enfermeirosdirectores a ser eleitos pelos seuspares - com o facto de que, nos seisanos em que vigorou a eleição, osresultados alcançados, em matéria decontenção da despesa, não foram osesperados.

Quanto ao encontro com oprimeiro-ministro, que surge noseguimento de um pedido deaudiência apresentado há quatromeses pela OM, o bastonário foilacónico. A reunião “correu bem”,destinou-se a “apresentar cumpri-mentos” e “não foi discutido nenhumassunto relativamente a qualquermatéria pendente”.

Ministério da Saúde ameaçadescomparticipar medicamentosO ministério da Saúdeameaça retirar acomparticipação dosmedicamentos genéricosque, tendo autorização paraser comercializados, nãoestejam no mercado“passado algum tempo”.

O ultimato partiu, na semanapassada, do presidente do Institu-to Nacional da Farmácia e doMedicamento (Infarmed), VascoMaria, durante a apresentação dacampanha nacional de promoçãode utilização dos medicamentosgenéricos, que arrancou na segunda-feira.

Sem especificar o tempo que oInfarmed vai dar aos titulares dosgenéricos para os colocar e manter emcomercialização, uma vez que jáobtiveram autorização para tal, VascoMaria afiançou que a descom-participação do medicamento é umadas retaliações possíveis.

É que, apesar do plano depromoção dos genéricos - medica-mentos rigorosamente iguais a outrosde marca no princípio activo, naindicação terapêutica, na eficácia, nasegurança e no controlo de qualidade,mas pelo menos 35 por cento mais

baratos - ainda só ocupam 0,26 porcento da quota do mercado dosfármacos comparticipados peloEstado.

Valores “baixos”, como reconhe-ceram o ministro da Saúde, Correiade Campos, e o secretário de Estadoda Saúde, Francisco Ramos, ambos

presentes na cerimónia de apresen-tação da campanha nacional depromoção de utilização dos medica-mentos genéricos.

No entanto, a tutela congratula--se pelo crescimento deste mercado.Em 1998 havia 413 medicamentosgenéricos disponíveis no mercado e,

actualmente, esse número é de 2.258(mais 447 por cento).

Enquanto em 1998 se pres-creviam 29 medicamentos genéricos,no ano passado já se receitaram 132(mais 355 por cento).

A nível das vendas, os maisprescritos são a fluoxetina (antide-pressivo) - com 12 por cento - e osucralfato, um antiulceroso, comcinco por cento das vendas.

Segundo dados do Infarmed, ocrescimento “também tem sidorelevante”: cerca de 23 mil emba-lagens vendidas por mês em 2001,contra perto de 9.757 embalagensvendidas, também mensalmente, em2000.

Empenhado que se mostrou emdivulgar os genéricos, o Infarmedindicou ainda que, até à data, um planode informação dirigido aos médicosenvolveu 727 clínicos do Alentejo,Santarém e Setúbal.

Até ao final do primeiro trimestredeste ano, serão envolvidas asrestantes regiões do país, assegura oinstituto sob tutela do Ministério daSaúde.

Meta audaciosa continua a ser alei da Assembleia da República,segundo a qual, até 31 de Dezembrode 2003, a prescrição de todos osmedicamentos comparticipados peloServiço Nacional de Saúde passará aser efectuada mediante a indicação da

denominação comum internacionaldas respectivas substâncias activas oupelo seu nome genérico, seguidos dadosagem e forma farmacêutica.

Ministro apresenta campanhados novos medicamentos

O ministro da Saúde, António Correiade Campos, apresentou também acampanha publicitária de promoçãodos medicamentos genéricos, queinvadiu Portugal desde segunda feirae tem por mote “A qualidade porprincípio”.

Da responsabilidade do InstitutoNacional da Farmácia e do Medica-mento (Infarmed), a campanhapretende informar os portuguesessobre a qualidade, a segurança e aeficácia dos medicamentos genéricos.

Assim, até 19 de Fevereiro, aacção de informação do Infarmed vaiestar nos jornais, rádios, televisões,multibancos, “outdoors” e, simulta-neamente, em espaços como farmá-cias e centros de saúde.

Os medicamentos genéricos sãoidênticos aos de marca mas, por nãoterem nome comercial, são 35 porcento mais baratos do que os restantes,o que permite ao Estado poupar nosgastos em comparticipação defármacos.

A campanha que agora se iniciouintegra-se no Plano Nacional dePromoção de Genéricos, coordenadopelo Infarmed, e que teve início emJunho de 2001.

Coimbra um dos piores distritos

Mais de 200 mil portuguesesbebem água de má qualidade

Mais de 200 mil portuguesesbeberam água com máqualidade durante o ano2000, sendo o norte e centrodo país as zonas commaiores problemas noabastecimento.

O Relatório de Controlo daQualidade da Água para ConsumoHumano em 2000, recentementedivulgado, denuncia que há dois porcento da população portuguesa aconsumir água que viola parâmetrosde qualidade.

O documento revela também

que são os sistemas de abastecimentode pequenas dimensões que mostrammaiores problemas de controlo e épor isso que o interior norte e centrodo país são os mais penalizados.

Bragança, Guarda, Vila Real eCoimbra são os distritos que têmágua com pior qualidade, geralmenteporque servem a população atravésde sistemas pequenos.

Apenas 60 por cento do total dapopulação abastecida consome águasem problemas de qualidade e bemcontrolada.

Numa reacção a este documen-to, a Quercus considera “inadmis-sível” que “um grande número” deentidades distribuidoras de água nãocumpra a legislação nacional.

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6/01/02

regional 6Idoso desaparecidona Figueira foiencontrado com vidaUm homem de 86 anosdesaparecido no dia 9 foiencontrado três dias depoiscom vida na Serra da BoaViagem, Figueira da Foz,onde passou duas noites aorelento sem dormir,informou a Protecção CivilMunicipal.

José Esteves Cardoso nãoregressou a casa depois do habitualpasseio matinal de cerca de 14quilómetros, acabando por serencontrado no dia 11 por uma equipada Protecção Civil, na zona domiradouro da Bandeira, Serra da BoaViagem.

“Estava deitado e não se mexia”disse à agência Lusa Jorge Pieda-de, um dos elementos da ProtecçãoCivil Municipal que encontraram oidoso.

José Esteves Cardoso terá entãofalado e pedido para o ajudarem a sairdali, uma zona erma, com silvas,onde tinha caído. “Pediu água e disseque não tinha dormido”, adiantouJorge Piedade.

O idoso que, a conselho médico,faz dos passeios matinais uma rotina,mantém diversos itinerários, entre osquais se inclui a Serra da BoaViagem.

Segundo informações prestadaspor Esteves Cardoso à ProtecçãoCivil, o idoso terá chegado a verfamiliares passarem perto dele,durante as buscas: “passaram a trêsmetros mas não o viram”, sublinhouJorge Piedade, adiantando ter sido“quase um milagre” encontrar oidoso.

José Esteves Cardoso foi trans-portado ao Hospital Distrital daFigueira da Foz, onde deu entrada“em estado de hipotermia acentuada,encontrando-se em observação erelativamente bem”, avançou à Lusafonte hospitalar.

As operações de busca incluí-ram diariamente cerca de 16 ele-mentos da Protecção Civil, Bombei-ros Municipais e GNR, auxiliadospor cães.

Janelas manuelinas convivem em Viseucom candeeiros de “gosto duvidoso”A associação de defesa dopatrimónio “Olho Vivo”insurgiu-se contra asubstituição dos candeeirosde ferro forjado existentesem ruas do centro históricode Viseu por outros queconsidera “de gostoduvidoso”.

Durante um passeio com osjornalistas pelas ruas do centrohistórico, membros do núcleo deViseu da “Olho Vivo” criticaram osnovos candeeiros que a Câmara localcomeçou a colocar há cerca de meioano, alguns perto de janelas de estilomanuelino e outros “ao lado ouencavalitados” com os antigos.

“Como é que conseguem pôr aolado destas obras artísticas cande-eiros que são verdadeiros monos,

com os parafusos à mostra, queenvergonham qualquer serralheiro?”,questionou Carlos Vieira.

No fim do passeio, os membrosda associação deslocaram-se àCâmara Municipal e entregaram umabaixo-assinado subscrito por 261comerciantes e moradores do centrohistórico a mostrar a sua indignação“pelos indícios de mais uminqualificável atentado ao patrimóniohistórico de Viseu”.

Os subscritores lamentam quea autarquia esteja a substituircandeeiros feitos na oficina do mestreArnaldo Malho (1880-1960), “que jáseduziram inúmeros fotógrafos eartistas plásticos”, por outros “degosto duvidoso, com suportes emtubo e barras de ferro de volumetriaexagerada em relação à lanterna, comparafusos de fixação à mostra”.

“Antes que se consume emtodas as ruas este crime de lesa--património, os cidadãos abaixo-

assinados vêm apelar à CâmaraMunicipal de Viseu para arrepiarcaminho e suspender imediatamentea substituição dos antigos cande-eiros”, pode ler-se no documento.

Carlos Vieira disse aos jorna-listas que na serralharia fundada porArnaldo Malho, artífice do ferroforjado, existem ainda os moldes doscandeeiros, cuja lanterna é encimadapor uma coroa em forma de muralhacom as torres representadas noescudo heráldico da cidade e comquatro serpentes em ferro forjado.

Segundo o responsável da“Olho Vivo”, também estão “con-denados” os candeeiros estilo ArteNova da Rua do Comércio, “quecombinam na perfeição com o estiloarquitectónico” das casas aí situadas.

“O objectivo (do abaixo--assinado) é pressionar a Câmara,porque noutras situações reconheceuque errou e recuou”, frisou CarlosVieira, aludindo às caixas de

electricidade que acabaram por serembutidas nas paredes ou soterradas.

O presidente da Câmara deViseu, Fernando Ruas, explicou àagência Lusa que os candeeiros dealgumas ruas do centro históricoforam substituídos porque oarquitecto responsável pelo projectodo PROCOM assim o entendeu.

O facto de em alguns lugarescoexistirem os dois tipos de can-deeiros “é uma situação provisória”,uma vez que ainda serão colocados“mais cerca de 60 ou 70” nas ruasintervencionadas no âmbito doPROCOM. “O arquitecto achou que,atendendo ao novo pavimento, deviaser colocado outro tipo de cande-eiros”, afirmou.

No entanto, o autarca social-democrata garantiu que os candeeirosantigos serão recolocados em outrasruas da zona histórica, o que já severificou em algumas que tinhampouca iluminação.

Autarca da Lousã apoia Ferro RodriguesO autarca socialistaFernando Carvalho, daLousã, apoia a eleição deFerro Rodrigues comosecretário-geral do PS,apesar de ter viabilizadocom a sua assinatura acandidatura do jovemadvogado Paulo Penedos.

“O facto de ter assinado (noâmbito da recolha de assinaturas paraformalização da candidatura de PauloPenedos) não quer dizer que seja seuapoiante”, declarou FernandoCarvalho à agência Lusa.

Para o presidente da Câmarada Lousã, “é importante que hajadebate” interno no PS, tendo sidoesta “uma das razões” que olevaram a contribuir com o seunome para a formalização dacandidatura de Paulo Penedos.

O economista, que há dois anossubstituiu Horácio Antunes na presi-dência da Câmara, quando esteassumiu o cargo de governador civilde Coimbra, evidenciou-se nasúltimas eleições, ao reforçar com asua candidatura autárquica a maioriaabsoluta do PS no concelho.

Contrariando a tendência na-cional para a vitória, o PSD da Lousãreduziu de dois para um vereador asua representação no executivomunicipal.

Fernando Carvalho, apesar deapoiar Ferro Rodrigues, foi um dos1.095 militantes que aceitaramviabilizar a candidatura de Penedos.

Ferro Rodrigues, na suaopinião, foi “um dos ministros maiscompetentes deste governo.

“Ele está ao serviço do partido.

Disponibilizou-se para ser candidatonum momento difícil para o PS”,observou.

Manuel Alegreapoia candidaturaO “histórico” do PS, Manuel Alegre,reiterou, na quinta feira, o seu apoioà candidatura de Ferro Rodrigues àliderança do PS, considerando que ocandidato tem condições paraconciliar “tolerância e autoridadedemocrática” do Estado.

Manuel Alegre disse à agênciaLusa que Ferro Rodrigues, na actual“situação difícil” do PS, será o se-cretário-geral capaz de “unir emobilizar o partido para uma batalha(as legislativas de 17 de Março) queé possível vencer”.

O vice-presidente da Assemb-leia da República escusou-se a co-mentar a candidatura do jovemvereador da Câmara de Poiares PauloPenedos, de quem é amigo pessoal.

Na sua opinião, é necessário“reforçar a autoridade democráticado Estado”, promovendo ao mesmotempo o diálogo com a sociedade.

É preciso “cerrar fileiras” noseio do PS, objectivo que será maisfácil de concretizar com FerroRodrigues na liderança.

A alteração dos estatutos do PS,a sua “recaracterização como partidodo socialismo democrático” e amudança do processo de eleição dosecretário-geral, defendidos porFerro Rodrigues, são tambémapoiados por Manuel Alegre.

O “histórico” deputado do PS,que se afastou dos órgãos nacionaisdo partido, foi uma das vozes maiscríticas da governação de AntónioGuterres, liderando entre ossocialistas a contestação à co--incineração de resíduos industriaisperigosos nas cimenteiras.

A. MARGALHO, LDA.SERRALHARIA CIVIL

CAIXILHARIA DE ALUMÍNIOS ANODIZADOS

TOVIM DE BAIXOTELEF. 239 724 311 3000 COIMBRA

“Dissidente” da Mealhadacom dúvidasA socialista Odete Isabel, eleitavereadora da Câmara da Mealhadanuma lista independente, duvida queFerro Rodrigues consiga “devolver acredibilidade ao PS”, se for eleitosecretário-geral.

“É difícil ilibá-lo totalmente deresponsabilidades na descaracte-rização do partido”, declarou OdeteIsabel à agência Lusa, realçando queo candidato à liderança integrousempre os governos de AntónioGuterres, desde 1995.

Se Ferro Rodrigues vier a ser opróximo secretário-geral do PS, deque Guterres se demitiu após asautárquicas de 16 de Dezembro, éprovável, segundo Odete Isabel, quesejam colocadas “as mesmas pessoasem sítios diferentes” . “Falta abertura”para encetar uma renovação dopartido, disse a autarca que enfren-tou nas urnas, como independente,

o seu correligionário Carlos Cabral,reeleito presidente da Câmara daMealhada pelo PS.

Por isso, manifestou receio de“que fique tudo na mesma” comFerro Rodrigues na liderança, apesarde reconhecer algumas diferençasentre o ainda ministro do Equipa-mento Social e o primeiro-ministrodemissionário.

“É difícil ao PS - na sua opinião- apresentar (ao eleitorado) umaimagem de credibilidade” com vistaàs próximas eleições legislativas.

Odete Isabel considerou que aactual situação do PS exige “muitareflexão” e que, quanto ao futuro,“está ainda tudo muito imaturo”.

A autarca da Mealhada, nacompanhia de militantes socialistasque integraram a sua candidatura àCâmara Municipal, desloca-se aAvanca, Estarreja, para participarnuma sessão com a presença deFerro Rodrigues.

Tribunal Militar de Coimbra julgaalegada violência policial em Anadia

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DI DONNA

O Tribunal Militar de Coimbracomeçou a julgar, na quinta feira,quatro elementos da GNR acusadosde alegados actos de violência e deoutras práticas ilícitas no posto deAnadia, distrito de Aveiro.

Os actos remontam a 1998 e1999 e envolvem um cabo e doissoldados que naquele períododesempenhavam funções noDestacamento Territorial de Anadia,Grupo Territorial de Aveiro, daBrigada nº 5 da GNR, bem como oentão comandante desta estrutura(que abrange a zona da Bairrada).

O cabo e os dois soldados doposto de Anadia da GNR sãoacusados de várias agressões físicase verbais contra suspeitos detidos nodecurso de investigações, de os teremobrigado a “permanência forçada” noposto e sujeito a interrogatóriosinformais, sem possibilidade decontactarem familiares ou defen-sores.

O libelo da acusação, lido noTribunal Militar Territorial de Coim-

bra, alude também a uma busca numaresidência feita sem mandato, em queos militares do Núcleo de Inves-tigação Criminal local se apresen-taram armados, um deles com umaarma automática G3.

O então comandante doDestacamento Territorial de Anadiaé também acusado no processo, pornão ter procedido disciplinar nemcriminalmente contra os alegadosautores dos factos, com intenção,segundo o libelo, de “encobrir aprática dos mesmos”.

Ouvido pelo colectivo militarde juízes, o antigo comandante negouter tido conhecimento dos factos,enquanto o seu advogado de defesapediu a absolvição.

“O arguido agiu sempre deboa fé, sem consciência da ilicitudedos factos”, frisou o causídico, queinvocou o facto de este comandar“119 homens, de cinco postos,distribuídos por três concelhos”, oque dificultaria o seu conhecimentodos actos.

Para o juiz auditor, o processoilustra o “difícil equilíbrio entre osdois valores fundamentais do direitoàs liberdades individuais e danecessidade de as forças policiaismanterem a segurança”.

O julgamento prosseguiuainda com a audição dos restantestrês acusados, estando marcada apróxima sessão para amanhã.

Entre as testemunhas figuramalguns militares da GNR, um delesna altura comandante do postoterritorial de Anadia.

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16/01/02

regional 7Beira Serra

Concurso literáriocom mais de 100obras apresentadasVinte e um autores da região da BeiraSerra apresentaram mais de 100trabalhos de poesia e prosa poéticaao concurso promovido pelaAssociação Cultural e MultimédiaOHs.XXI, de Oliveira do Hospital, oque é considerado “excepcional”.

Os textos literários estão agoraa ser seleccionados por um júri que,no início de Fevereiro, irá divulgaros que virão a integrar umacolectânea literária a editar pelaAssociação.

O objectivo do concurso,segundo Artur Abreu, presidente daOhs.XXI, era o de “demonstrar queé possível divulgar, promover e criarcultura no interior do país, apostandona produção cultural e envolvendoem tal processo os diferentes agentesculturais”.

“A adesão ao concurso veioprovar o quanto há a fazer nestaregião ao nível cultural. Os criadoresnecessitam de incentivos e meiospara poderem divulgar a suas obras”,afirmou Artur Abreu.

A publicação que será apre-sentada no âmbito deste concursoliterário surge na sequência dotrabalho que a Associação desen-volve desde 1998 na área daliteratura, nomeadamente com olançamento de livros e realização desessões públicas de poesia.

Oliveira do Hospital

Primeiro parquenaturistajá no próximo VerãoO primeiro Parque Naturista a serconstruído em Portugal vai estar emfuncionamento a partir do próximoVerão numa encosta de Andorinha,freguesia de Travanca de Lagos,concelho de Oliveira do Hospital,Coimbra.

A construção terá início dentrode um mês, ultrapassadas que estãopolémicas e questões burocráticas quelevaram ao atraso de cerca de um anono processo de criação daquele que éjá considerado, entre a população daregião, como a “Colina do Sol”portuguesa - numa referência aomediático parque naturista brasileiro.

Inicialmente, a população e osórgãos autárquicos do concelho nãoacolheram bem a ideia de um casalde holandeses em criar uma “reserva”de naturistas na região. A propostachegou mesmo a ser chumbada numaAssembleia Municipal que, maistarde, voltou atrás na decisão, depoisde os holandeses terem iniciado umacampanha junto das populações nosentido de lhes explicarem o projecto.

Para esta reviravolta terãocontribuído as reportagens difundidasem Portugal sobre a “Colina do Sol”,o que levou a população do concelhode Oliveira do Hospital a encarar oprojecto como uma mais-valia para aregião em termos turísticos.

Segundo Leonel Baptista, umdos arquitectos responsáveis peloempreendimento, o projecto estáagora em fase de licenciamento,“favoráveis que foram todos ospareceres solicitados”.

Assim, dentro de um mês asobras arrancam numa quinta situadanuma encosta em Andorinha. Estaserá totalmente vedada e no seuinterior serão criadas infra-estruturasde apoio ao campismo para amantesdo naturismo.

Genes das ovelhas determinam qualidadedo queijo da Serra da EstrelaAs ovelhas da Serra daEstrela são as vedetasprincipais de um projectocientífico que envolve váriasunidades de investigaçãoportuguesas e que poderávir a influenciar a produçãodo queijo típico da região.

O objectivo do estudo, quedeverá estar concluído entre o final doano e o início de 2003, é saber se otipo de proteína do leite que cadaanimal produz influencia a qualidadefinal do queijo.

Os investigadores pegaram emvários rebanhos de ovelhas raça Serrada Estrela e fizeram a sua genoti-pagem, isto é, a detecção das variaçõesgenéticas existentes nos animaisanalisados.

De acordo com o seu genotipo,as ovelhas foram então divididas emquatro grupos (A, B, C e D) eordenhadas separadamente.

“Até agora, como é óbvio, ospastores retiram o leite de todas asovelhas indiferenciadamente”, expli-

cou à Agência Lusa José AntónioMatos investigador do Departamentodo Biotecnologia do InstitutoNacional de Engenharia e TecnologiaIndustrial (DB/INETI).

O projecto, coordenado pelaUniversidade de Trás-os-Montes eAlto Douro (UTAD), conta com aparticipação, além do INETI, daUniversidade de Évora, do Centro deExperimentação do Baixo Alentejo

(CEBA, pertencente à DirecçãoRegional de Agricultura do Alentejo)e da ANCOSE (Associação Nacionalde Criadores de Ovinos Serra daEstrela).

O objectivo da investigação ésaber se os queijos da Serra da Estrelaque vão ser obtidos por este métodopodem trazer vantagens para osprodutores, criadores e vendedores.

“Não queremos apenas concluirque o queijo produzido, por exemplo,pelas ovelhas tipo C é o melhor. Oimportante é saber se através daseparação dos animais consoante osseus genes se podem obter diferentestipos de queijo da Serra”, explicou.

“A ideia não é quebrar adiversidade e gerar linhagens iguaisde ovelhas da Serra da Estrela, masretirar informação que pode ser útilpara os criadores”, acrescentou JoséMatos.

Num sentido amplo, sublinhouo investigador, “este projecto vai per-mitir saber mais sobre um patrimóniogenético tipicamente nacional”.

Na mesma linha de investigaçãoe com os mesmos parceiros, o DB doINETI está também a analisar opatrimónio genético de uma raça de

cabras portuguesa, a cabra serpentina,e da raça de merinos, ovelhas cujo leitedá origem ao queijo de Serpa.

O sobreiro, outro patrimóniotipicamente português, está a sertambém objecto de estudo no INETI,tendo já sido realizado um trabalhosobre os marcadores molecularesdesta árvore. “Cerca de 70 por centoda cortiça produzida no mundo éportuguesa e quase não sabemos nadasobre a genética do sobreiro”, afirmouJosé Matos.

Um dos projectos mais caros aeste investigador, e que foi recen-temente aprovado pela Fundação paraa Ciência e a Tecnologia (FCT -organismo do Ministério da Ciênciae da Tecnologia), é identificar os genesenvolvidos na produção da cortiça, oque permitirá, por exemplo, sabernuma árvore ainda muito jovem se acortiça que vai produzir décadas maistarde será ou não de boa qualidade.

“As boas notícias são que pelaprimeira vez temos condições paratrabalhar a fundo a genética dosobreiro”, sublinhou José Matos,lamentando apenas que só tenha sidoconcedido 50 por cento do montantesolicitado para a investigação.

Vila Nova de Poiares festeja 104 anos

Jaime Soares querpopulação activaO concelho de Vila Novade Poiares comemorouontem 104 anos deexistência, uma data queficou marcada pelos desejosdo presidente da Câmara,Jaime Soares, detransformar o concelho e deincentivar a população amanifestar a sua opinião.

Incentivar a população de VilaNova de Poiares a manifestar todas assuas opiniões e desejos, estabelecendouma relação mais directa com aCâmara, foi uma das muitas mensagenstransmitidas pelo presidente daautarquia, Jaime Soares, no domingopassado, durante o discurso queassinalou os 104 anos de Vila Nova dePoiares.

Em época festiva, Jaime Soaresrelembrou o longo percurso desteconcelho centenário e recordou a sualenta e, por vezes, difícil evolução.

Desvendar um pouco mais da históriade Poiares e da “raça poiarense” foitambém um dos objectivos apre-sentados pelo autarca, que quer fazerum levantamento histórico que permitaconhecer as origens deste território.

O autarca traçou ainda o percursodo concelho, marcado por avanços erecuos, e sublinhou a necessidade de apopulação lutar pelos seus direitos edesejos. Num discurso futurista mastambém bastante crítico, Jaime Soaresrealçou a necessidade de “analisarprofundamente as fronteiras doconcelho”, lembrando que existemáreas que ao longo dos tempos se foramanexando a outros concelhos vizinhos.Entende, por isso, que devem ser esteshabitantes a escolher a que concelhoquerem pertencer e defende arealização de referendos regionais, paraque a população se possa prenunciarsobre estes assuntos.

Jaime Soares quer também que apopulação veja a câmara como “umespaço aberto a todos os munícipes”.

Em relação aos projectos para ofuturo, o autarca, no cargo há mais de

20 anos, assume que ainda há muito afazer, apesar do concelho estar, na suaopinião, “bem servido em termos dequalidade de vida”.

Durante esta cerimónia, quedecorreu no salão nobre dos paços doconcelho, e que contou com a presençado governador civil de Coimbra, Ho-rácio Antunes, do candidato asecretário-geral do PS, Paulo Penedos,e de dezenas de populares e repre-sentantes de várias associações einstituições, foram ainda homenagea-das algumas figuras e instituições doconcelho.

A autarquia atribuiu ao Centro deSaúde de Vila Nova de Poiares e àEscola EB 2,3/S Dr. Daniel de Matosmedalhas honoríficas de ouro, comoforma de reconhecimento pelo

“particular interesse em procurarsoluções adequadas para os muitosproblemas da autarquia na sua esferade acção”. António José GeraldoTaborda, engenheiro electrónico edirector da Área de Rede Coimbra/Lousã, foi também distinguido com amedalha honorífica de ouro.

Com a medalha honorífica deprata, a Câmara de Poiares homena-geou António Lopes Nunes, quedesempenhou as funções da Capataz doServiço de Obras na autarquia.

A medalha honorífica de bronze foiatribuída a Amélio da AnunciaçãoAmaro, responsável da EDP noconcelho, e à Associação de desen-volvimento Integrado de Poiares, pelasua intervenção positiva junto dapopulação.

O presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares, e a vice-presidente,Teresa Carvalho, cumprimentam um dos homenageados com a me-dalha de ouro, António Taborda

Durante a cerimónia do 104º aniversário do concelho, Jaime Soaresrecorda a evolução do concelho

Dezenas de populares e representantes das associações e instituiçõesdo concelho de Vila Nova de Poiares assistiram ao discurso do pre-sidente da autarquia

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regional 8

Universidade de Aveiro

Problemas decorremde conjuntura económica

IEP aprova desvio de nó da A8para estudo de cidade romanaO Instituto de Estradas dePortugal (IEP) informouque aprovou um estudo quevisa desviar a A8 (nó deArnóia - Bombarral/Caldasda Rainha) para permitir oprosseguimento dasinvestigações sobre umacidade romana descobertano local.

Fonte do gabinete de comu-nicação do IEP disse que o estudoprévio de desvio do nó de Arnóia,local onde de acordo com o gabinetede arqueologia da Câmara de Óbidosse encontram importantes ruínasromanas, foi aprovado pelo secretáriode Estado Adjunto e das Obras

Públicas, Vieira da Silva.A cidade romana em causa -

Eburobritium - foi descoberta em1995, quando decorriam os trabalhosde construção da A8, pelo arqueólogoBeleza Moreira, coordenador dogabinete de arqueologia da autarquia,tendo já sido encontradas parte dastermas e do fórum romano.

Beleza Moreira disse que“debaixo da auto-estrada se encontragrande parte do fórum e do complexotermal, os dois edifícios maisimportantes da cidade ocupada entrefinais do século I a.C. e V d.C.”.

O arqueólogo disse que tem “acerteza que os edifícios se encontramno local” uma vez que ainda antes dea auto-estrada ter sido inaugurada,efectuou sondagens que permitiramconfirmar a presença das ruínas.

A cidade romana está entretanto

em vias de classificação comomonumento nacional pelo InstitutoPortuguês do Património Arquitectó-nico (IPPAR), entidade que segundoo IEP terá agora que se pronunciarsobre o desvio da estrada.

Relativamente ao custo da obra,o IEP adianta apenas que está “emanálise jurídica no âmbito do contratode concessão do Oeste”.

Contactada pela agência Lusa, aAuto-Estradas do Atlântico, conces-sionária da A8, adiantou que, deacordo com o contrato de concessão,“não estão previstas alterações aostraçados, pelo que qualquer alteraçãoaprovada terá que ser financiada peloEstado”. A empresa sustenta que nãopode fazer alterações nos traçadosnem nos nós de ligação, estan-do também impedida de custear aobra.

Autarca da Batalha defende certificaçãode todos os serviços públicosO presidente da Câmarada Batalha defendeua certificação de qualidadede todos os serviçospúblicos, em particulardas autarquias, paragarantir um melhoratendimento aos cidadãos.

A Câmara da Batalha já con-tactou uma empresa de auditoria parainiciar os processos de certificaçãodos vários departamentos a partir dofinal deste ano, disse à agência LusaAntónio Lucas, considerando que“uma administração pública maistransparente e eficaz melhora aprodutividade das pessoas”.

No seu entender, as entidades e

serviços públicos do país estão poucosensibilizados para este problemaque está a ser superado por muitosprivados “de há alguns anos a estaparte”.

“As pessoas merecem ummelhor atendimento”, argumentou oautarca, salientando que esta seráuma das “bandeiras” do seu mandatoe que procurará estender a outrosautarcas.

Nesse sentido, António Lucaspromete levar as preocupações sobrea qualidade dos serviços à Asso-ciação Nacional de MunicípiosPortugueses, considerando que sódeste modo será possível “recuperara confiança das pessoas”.

Além das autarquias, AntónioLucas entende que todos os serviçosdo Estado devem estar certificados

com normas de qualidade elevadaspara “responder às necessidades doscidadãos que são, no fundo, os seusclientes”.

Salientando que o seu empenhonesta matéria é antigo, António Lucasdestacou que a Associação de De-senvolvimento da Alta Estremadura(ADAE), a que preside e que incluios municípios da Batalha, MarinhaGrande, Leiria, Porto de Mós,Pombal e Ourém, deverá ter dentrode algumas semanas o seu processode certificação concluído.

“É o primeiro do género parauma associação de municípios”,afirmou o presidente da Câmara,salientando que, através daqualificação dos serviços prestadospelo sector público, o privado veráaumentar a sua produtividade.

A nova reitora daUniversidade de Aveiro(UA), Helena Nazaré,declarou-se apostada emultrapassar conjunturasdesfavoráveis, de modo amanter ou reforçar a“marca de excelência” doestabelecimento de ensinoque passa a dirigir.

“A Universidade portuguesa estánuma das mais problemáticas encru-zilhadas das últimas décadas” mas, “comrigor, esforço, responsabilidade eautodisciplina, será possível ultrapassarconjunturas menos favoráveis, emer-gindo reforçadas e melhores”, disse anova reitora, na semana passada, no seudiscurso da sua posse.

De acordo com Helena Nazaré,os problemas do ensino superiordecorrem da actual conjunturaeconómica em Portugal e na Europa,da situação nacional de contracção donúmero de novos alunos e dasalterações ditadas pela subscrição daDeclaração de Bolonha.

Esta declaração, subscrita emJunho de 1999 por Portugal e mais 28países, eliminará um dos grausacadémicos existentes - bacharelato elicenciatura - levando também àalteração da Lei de Bases do SistemaEducativo e da Lei de Ordenamentodo Ensino Superior.

À margem da cerimónia, soube--se que a Saúde será uma das “paixões”da nova reitora, que prevê aumentar onúmero de cursos da respectiva escolasuperior.

Uma formação em Terapia daFala e, eventualmente, outra emCardiopneumologia serão lançadas nopróximo ano lectivo.

Helena Nazaré, 52 anos, docentede Física, sucede a Isabel Alarcão, queocupava o cargo interinamente desdeque o anterior reitor, Júlio Pedrosa, foichamado a dirigir o Ministério daEducação.

Os seus planos passam tambémpor desbloquear o processo que há-deculminar na criação de pólosuniversitários no Norte do distrito e nacidade de Viseu.

Os processos foram impulsio-nados por Júlio Pedrosa, enquantoreitor, e deveriam ter obtido “luz verde”do mesmo, já na qualidade de ministro,até Dezembro do ano passado.

Como isso não aconteceu e comoo governo está demissionário, a novareitora acha razoável dar ao executivoa eleger em 17 de Março um prazo atédois meses para relançamento dosprojectos.

Contudo, o ministro Júlio Pedro-sa, também presente no acto, disse àLusa que despachará os planos deexpansão da universidade antes decessar funções.

Questão entretanto já resolvida éa da reinstalação de outro pólo daUniversidade - o da Escola Superiorde Tecnologia e Gestão (ESTG) deÁgueda - que transita para edifícios doantigo Instituto Superior Militar, apósobras de adaptação avaliadas em setemilhões de euros.

Área a explorar por HelenaNazaré é da requalificação de activos,em cursos rápidos que melhor adaptemos profissionais no mercado às funçõespara que são chamados.

Numa universidade considerada“de excelência”, a investigação vai ser

reorientada tendo em conta asexigências de uma sociedade emconstante mutação.

Neste âmbito, a reitora anunciouque dois novos laboratórios associadosà Universidade vão ser contratua-lizados até fins de Janeiro.

São laboratórios nas áreas demateriais e ambiente e mar, explicaria,mais tarde, o responsável pelosprojectos, Carlos Borrego.

A Universidade de Aveiro jádispunha de quatro estruturas similares,nas áreas das ciências da vida, saúde etelecomunicações (duas).

De acordo com Carlos Borrego,os dois novos laboratórios beneficiarãode financiamentos superiores a cincomilhões de euros (um milhão decontos) cada.

Três vice-reitores (AntónioFerrari, Fernando Marques e FranciscoVaz) integram a equipa de HelenaNazaré, cujo mandato se prolonga até2006.

A Universidade de Aveiro existehá 28 anos.

Portas abertas à frequênciade disciplinas isoladas

A Universidade de Aveiro, atravésde uma iniciativa pioneira emPortugal, vai abrir as suas portas àspessoas com mais de 25 anos quequeiram frequentar disciplinasisoladas dos cursos ministradosnaquele estabelecimento de ensinosuperior.

De acordo com uma medida aadoptar a partir de Fevereiro (iníciodo segundo semestre), todas aspessoas se podem candidatar afrequentar quaisquer disciplinas doscursos de licenciatura e bacharelato,até um máximo de quatro por cadaano lectivo.

Para frequentar disciplinas emcursos de pós-graduação, até ummáximo de duas por cada anolectivo, os candidatos têm que sertitulares de um curso superior queconfira o grau de licenciatura oupossuir os graus de mestre oudoutor.

“A possibilidade de inscriçãoem disciplinas isoladas baseia-senuma lei de 1952 e entronca numaideia de formação ao longo da vida”,explicou à agência Lusa o pró-reitorda Universidade de Aveiro (UA),Manuel Assunção, um dos respon-sáveis por esta aposta na formaçãocontínua.

O público-alvo, segundo Ma-nuel Assunção, são os trabalhadoresque querem manter-se actualizadosem determinada área, os licenciadosque também querem manter-seactualizados ou que querem fazeruma coisa que não é da sua área,bem como reformados e desem-pregados.

Até este momento, segundo opró-reitor, já existe cerca de umadezena de candidatos.

A inscrição em disciplinasisoladas é autorizada pelo reitor edepende de parecer favorável doConselho Científico.

Aos alunos que frequentem asdisciplinas isoladas será conferidoum certificado de aproveitamentocom menção da classificação obtidaem caso de aprovação, ou umcertificado de presença, em caso demera frequência sem que tenhahavido reprovação por faltas.

Portugueses não estão satisfeitoscom as comunicaçõesOs portugueses estão maissatisfeitos com os sectores dabanca e distribuição do quecom o das comunicações,revela o índice nacional desatisfação do clienteapresentado, na semanapassada, no InstitutoPortuguês da Qualidade.

Os sectores da distribuição e dabanca apresentam os níveis maiselevados de satisfação do cliente,seguido de perto pelas telecomu-nicações móveis e pelos seguros.

O sector das comunicações, queagrega a PT Comunicações, opera-dores de TV Cabo e os CTT, além dostrês operadores de telecomunicaçõesmóveis, apresenta os níveis maisbaixos de satisfação.

Este é o único sector, aliás, aapresentar uma evolução negativa, emtermos de satisfação, face a 2000.

As expectativas de qualidade e apercepção do valor apercebido dosprodutos e serviços adquiridos caíram

em 2001 face ao ano anterior em todosos sectores, excepto nos seguros.

De facto, os entrevistadospenalizaram fortemente os preçospagos pelos produtos e serviçosadquiridos, em todos os sectores,considerando que estes são demasiadocaros face à sua qualidade.

Esta situação é particularmentevisível no sector da banca, em que arelação qualidade/preço é particular-mente baixa.

Segundo Manuel Vilares, doInstituto Superior de Estatística eGestão de Informação (ISEGI), doisfactores podem estar na origem doagravamento do binómio qualidade/preço: “O aumento do endivida-mento das famílias portuguesas, quediminui a sua tolerância face a au-mentos de preços, e a própria infla-ção”.

É no sector das comunicaçõesque os entrevistados se apresentammais sensíveis aos preços.

No entanto, a subida de preçostem que ser relativamente elevada paraque mudem de companhia.

Este comportamento é, aliás,visível nos restantes sectores, particu-

larmente nos sectores dos seguros eda banca, que apresentam os níveismais elevados de lealdade à suaempresa.

Na distribuição, os consumido-res portugueses são mais leais aoshipermercados do que aos supermer-cados.

A divulgação do índice nacionalde satisfação do cliente iniciou-se em1999, no âmbito do EuropeanCustomer Satisfaction Index (ECSI),tendo sido estudados três sectores deactividade: banca, distribuição etelecomunicações.

Em 2000, foi alargado àscomunicações postais e aos segurose, em 2001, ao sector da energia,estando previsto, a curto prazo, os dacomunicação e informação (exceptotelevisão) e saúde.

O estudo assenta em universosdiferentes, conforme os sectores.

Assim, no caso da banca foraminquiridos 2.827 clientes, no dosseguros 2.045, no das comunicações1.777 e na distribuição 1.519.

De cada empresa constante doestudo foi considerada uma média de250 clientes.

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16/01/02

desporto 9

F.R. Santos

disse:“E os que fizeram o bem sairãopara a ressurreição da vida;e os que fizeram o mal para aressurreição da condenação”.

Evang. S. João 5:29

CRISTO O SALVADOR“Mas, a todos quantos

O receberam, deu-lhes o poderde serem feitos filhos de Deus;

aos que creem no Seu Nome”.

Evang. S. João 1:12

Aceitai-O. O tempo está próximo.

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Futebol

União e Académicaacordam cedênciade Miguel MarquesAs direcções do União de Coimbra,da II Divisão B, e da Académica deCoimbra, da II Liga, chegaram aacordo com vista ao empréstimo docentral da “Briosa” Miguel Marquesao União até ao final da temporada.

Carlos Santos, chefe dodepartamento de futebol da equipada Cruz de Santiago, afirmou àagência Lusa que a entrada destenovo reforço “representa uma mais-valia para o plantel unionista edemonstra o clima de bom enten-dimento entre os dois clubes damesma cidade”. Este não é oprimeiro “intercâmbio” entre os doisclubes de Coimbra na presente época,tendo no início da temporada NunoMiranda rumado à Académica,cedido pelo União.

FALECEU

António Saraivada Fonseca

Com 70 anos de idade, faleceuno passado dia 8 de Janeiro onosso assinante e amigo delonga data António Saraiva daFonseca.

Casado com Fernanda Cas-tro Fernandes, era natural doLorvão, Coimbra, e residia noBairro de Celas.

O funeral realizou-se quartafeira, da residência para ocemitério da Conchada e con-tou com uma última home-nagem dos familiares, amigose vizinhos que não o esque-ceram.

A sua esposa FernandaCastro Fernandes e o seu filhoAntónio Carlos Fernandes Fon-seca e restantes familiares, ojornal “O Despertar” e todosos que aqui trabalham, apre-sentam à família enlutada osnossos sinceros pêsames.

Zilda Monteiro

Cerca de meia centena de associações eclubes de Coimbra receberam umaprenda de despedida de ManuelMachado que, poucos dias antes deabandonar o cargo de presidente daCâmara de Coimbra, distribuiu 599 mileuros por grande parte das entidadesdesportivas do concelho. Os contratos-programa de desenvolvimento des-portivo assinados contemplam aconstrução de cinco polidesportivos ediversas obras de remodelação.

O anterior presidente daCâmara Municipal de Coimbra,

Manuel Machado, que cessou ontemfunções, assinou, na quinta feirapassada, diversos contratos-progra-ma de desenvolvimento desportivocom clubes e associações doconcelho. No total, vão ser distri-buídas pelas entidades desportivascontempladas 599 mil euros (120 milcontos), uma verba variável e que foicalculada consoante as obras que cadaclube ou associação se propôs realizar.

Ao todo são quase meia cen-tena as entidades que vão beneficiardeste último apoio dado ao desportopelo executivo de Manuel Machado,uma vasta lista onde se incluem

também a Académica/OAF e o Uniãode Coimbra FC.

O dinheiro vai ser aplica-do na construção de cinco poli-desportivos descobertos - a realizarpelo Centro Social Cultural eRecreativo de Quimbres, pelo GrupoCultural e Desportivo de S. Mar-tinho de Árvore, pela AssociaçãoDesportiva e Cultural de Andorinha,pelo Centro Popular de Traba-lhadores de Sobral de Ceira e pelaEsperança Atlético Clube - e emdiversas obras de beneficiação emelhoramento das várias instalaçõesdesportivas.

Briosa lidera tabela classificativa da II Liga de Futebol

Académica perde dois pontos no último segundoA Académica de Coimbra perdeu, nodomingo passado, dois pontos frenteao Penafiel, num jogo que ficoumarcado pela emoção até ao últimominuto da partida. A jogar fora, noEstádio 25 de Abril, a Briosa começoubem a partida e, aos quatro minutos,Rocha inaugurava o marcador ecolocava a equipa visitante à frente nomarcador.

Numa primeira parte dominada pelaAcadémica, a equipa dos estudantestentavam aumentar a vantagem,garantindo assim a manutenção noprimeiro lugar da tabela classificativa daII Liga de Futebol.

Mas, ainda muito estava por jogare, ainda antes do intervalo, Kibuey (38minutos) e Dário (43 minutos), marcamnovamente para a Académica, paradelírio dos adeptos da Briosa queesperavam por uma goleada.

Mas apesar da desvantagem, oPenafiel não baixou os braços e, aos 39minutos, João Paulo marca o primeirogolo da equipa da casa.

A Académica sai para intervalo avencer por 3-1.

Na segunda parte, a equipa visitanteentrou em campo para defender o

resultado do jogo, mas foi surpreendidapor um Penafiel determinado e comvontade de dar a volta ao resultado.

Marco Almeida (aos 77 minutos)marca o segundo golo, um tento quevem animar e renovar as esperanças dosadeptos que começam a acreditar nareviravolta, o que acaba por acontecer, jáno último minuto da partida, com um golode Naddah, já em período de descontos.

O inesperado empate da Académicanão vem alterar a sua posição na tabelaclassificativa, uma vez que a equipa deCoimbra continua a liderar a II Liga, comuma diferença de três pontos em relaçãoao segundo classificado, o Nacional, quesegue com 35 pontos.

Com mais este empate, a Briosa jánão vence fora há mais de um mês e voltaa desperdiçar dois preciosos pontos.

No final do jogo João Alves, otreinador da Académica, mostrou-sesatisfeito com o futebol dos seus jogadorese assumiu que a equipa que encontrarampela frente foi muito “aguerrida e muitocombativa”. Realçou ainda que a prestaçãoda Académica foi a que deve ter um clubeque ocupa a primeira posição na tabelaclassificativa.

O treinador do Penafiel, Neca,

considerou este jogo como “emo-cionante” até ao último segundo.

Na próxima jornada, a Académicarecebe em casa o Ovarense.

União de CoimbragoleadoO União de Coimbra FC foi goleado,no domingo passado, por 4-2, frenteao S. João de Ver. A jogar fora de casa,o União voltou a perder três pontos enão consegue fugir à “linha de água”.

Apesar de ter começado bem apartida e de ter marcado o primeirogolo logo aos cinco minutos, o Uniãoacabou por sofrer quatro golos e marcarapenas dois. João Pereira inaugurou omarcador e colocou o União à frente,mas ainda antes da pausa para osegundo tempo, Valter igualou oencontro, ao marcar, aos 26 minutos,para o S. João de Ver.

A goleada surgiu já na segundaparte e pelos pés de um marcadorchamado Valter, que marcou os quatrogolos (26, 50, 72 e 81 minutos) quederam a vitória ao S. João de Ver.

Apesar da tranquilidade e confian-ça demonstrada pelo União de Coim-bra, a equipa da casa adiantou-se no

Os contratos-programa foramassinados na semana passada, cercade dois meses depois destes apoiosterem sido aprovados em reunião deCâmara, de forma a que este assuntonão transitasse para o novo executivoe para que não fosse permitida“qualquer leitura errónea”.

Esta foi também uma das últi-mas acções de Manuel Macha-do como presidente de Câmara deCoimbra, uma oportunidade que opresidente cessante aproveitou para sereunir e despedir da maioria dos repre-sentantes dos clubes e associaçõesdesportivas do concelho de Coimbra.

Clubes e associações contempladas com 599 mil euros

Câmara de Coimbra apoia desporto do concelho

marcador e aproveitou a vantagem.Com o ponta de lança Valter muitoinspirado a jogar pelo S. João de Ver, oUnião de Coimbra não teve a forçanecessária para dar a volta ao resultadoe denotava mesmo alguns sinais defragilidade.

Já em cima do apito final do árbitro,o União de Coimbra conseguiudiminuir a desvantagem para 4-2, comum grande golo de Daniel.

No final da partida o treinador doUnião, António Conceição apontaalgumas falhas à equipa de arbitrageme assume que a sua equipa continua arepetir erros que tem vindo a cometerao longo de todo o campeonato.

Ezequiel Bastos, o técnico do S.João de Ver afirmou, por sua vez, queo resultado da sua equipa foi ilustrativoe assumiu a mais valia da vinda deValter para a equipa.

Com esta derrota, o União deCoimbra continua numa posição derisco, ocupando a 18ª posição da tabelaclassificativa, com apenas 13 pontos.

Na próxima jornada, o Uniãorecebe em casa o Académico de Viseu,que ocupa actualmente a quintaposição da mesma tabela.

C L A S S I F I C A Ç Ã O

J V E D M S P

1 Sporting 18 11 4 3 40 15 372 Boavista 18 11 3 4 31 13 363 FC Porto 18 10 3 5 31 16 334 U. Leiria 18 9 6 3 33 16 335 Benfica 18 8 8 2 29 20 326 Belenenses 188 4 6 26 26 287 Marítimo 18 8 2 8 22 20 268 Guimarães 187 4 7 20 20 259 P. Ferreira 18 6 6 6 22 27 2410 Gil Vicente 18 7 3 8 23 30 2411 Braga 18 6 5 7 24 18 2312 Santa Clara 186 5 7 16 23 2313 Salgueiros 186 3 9 18 35 2114 Beira Mar 18 4 6 8 27 31 1815 Alverca 18 5 3 10 22 35 1816 Farense 18 5 3 10 14 27 1817 V. Setrúbal 184 5 9 19 22 1718 Varzim 18 2 5 11 13 36 11

J V E D M S P

1 Académica 18 11 5 2 39 22 382 Nacional 18 10 5 3 33 18 353 D. Chaves 18 9 4 5 29 21 314 Campom. 17 9 2 6 26 23 295 Portimon. 17 7 7 3 27 23 286 Moreirense 18 7 5 6 27 24 267 E. Amadora18 6 8 4 24 24 268 U. Lamas 18 8 2 8 15 20 269 Ovarense 18 6 6 6 27 27 2410 Naval 18 5 8 5 30 23 2311 D. Aves 18 6 3 9 22 30 2112 Sp. Espinho18 6 3 9 21 31 2113 Maia 17 5 5 7 28 26 3214 Leça 27 7 9 11 38 42 2015 Rio Ave 17 4 5 8 18 19 1716 Oliveirense 18 4 5 9 23 34 1717 Penafiel 18 3 6 9 15 24 1518 Felgueiras 13 3 3 7 11 23 12

J V E D M S P

1 Sp. Covilhã 16 10 6 0 22 7 362 Feirense 16 11 2 3 27 9 353 Odivelas 17 11 2 4 27 18 354 Sp. Pombal 17 10 4 3 32 16 345 A. Viseu 17 8 7 2 29 14 316 S. João Ver 17 8 4 5 22 16 287 Sanjoan. 17 8 3 6 31 23 278 O. Bairro 17 8 3 6 26 26 279 Vilafranq. 17 7 5 5 13 12 2610 Torreense 17 7 4 6 24 16 2511 BC Branco 17 6 4 7 25 23 2212 Beneditense17 7 1 9 22 23 2213 Fátima 17 6 3 8 23 30 2114 Caldas 17 4 6 7 26 31 1815 Sourense 17 4 4 9 18 34 1616 Marinhense17 3 6 8 16 28 1517 O. Hospital 17 3 5 9 15 25 1418 U. Coimbra 17 3 4 10 18 35 1319 Arrifanense 17 3 3 11 15 28 1220 Alcains 17 3 2 12 16 33 11

J V E D M S P1 Esmoriz 17 13 3 1 41 11 422 Águeda 17 11 3 3 34 17 363 Milheiroen. 17 9 3 5 25 18 304 Cesarense 17 8 3 6 26 15 275 Mangualde 17 8 3 6 23 21 276 Anadia 17 8 3 6 20 20 277 Gafanha 17 7 5 5 22 18 268 Valecambr. 17 7 4 6 31 25 259 P. Castelo 17 6 6 5 16 17 2410 F. Algodres 17 7 2 8 29 31 2311 Estarreja 17 6 4 7 25 24 2212 Mileu 17 7 1 9 27 36 2213 Satão 17 6 3 8 20 23 2114 Avanca 17 5 5 7 22 23 2015 Arouca 17 5 3 9 19 30 1816 S. Roque 17 4 3 10 18 31 1517 Cucujães 17 4 2 11 20 32 1418 Ala Arriba 17 2 4 11 14 40 10

I LIGA II LIGA II DIVISÃO B - Z. CENTRO III DIVISÃO - Série C

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6/01/02

economia 10

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MAMOGRAFIA:Segundas, Quartas e Sextas-feiras,das 8 às 12 horas

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museusCasa Museu B. Barreto — Das 15 às 17 horas (3.ª a 6.ª),das 10 às 12 e das 15 às 17 horas (sábados e domingos).Fechado à segunda-feira e feriados.

Laboratório Minerológico e Geológico — Das 9,30 às12,30 e das 14 às 17 horas. Fechado aos sábados edomingos.

Académico — Colégio S. Jerónimo Telef. 239 827-396.

Arte Sacra — Pátio da Universidade.

Laboratório Antropológico — De segunda a sexta das9,30 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.

Machado de Castro — Das 9,30 às 12,30 e das 14 às17,00 horas. Fechado à segunda-feira.

Militar — Das 10 às 12 e das 14 às 17 horas. Todos os dias.

Monográfico de Conímbriga — Ruínas abertas todos osdias das 9,30 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

Nacional da Ciência e da Técnica — Das 9,30, às 12,30 edas 14 às 17 horas. De segunda a sexta-feira.

Transportes Urbanos — Segunda a sexta das 9,00 às12,30 horas e das 14 às 17,30 horas.

B O M B E I R O SBombeiros Sapadores………..……. 239 792 800Bombeiros Voluntários.………...…. 239 822 323

H O S P I T A I SEmergência Social ………………… 239 822 139Universidade.……….................…… 239 400 400Covões …..................…...……..…… 239 800 100Celas ……....…….....................…..... 239 404 030Pediátrico ………..…….................… 239 484 163Sobral Cid…….........…………...…… 239 404 422Maternidade Daniel de Matos….… 239 403 060Instituto Maternal ……………………239 480 400Hospital Militar....... 239 403 080 - 239 405 058

S E R V I Ç O STelefone SOS ……………….…….… 239 721 010Socorro e Emergência ……….…… 239 792 808Serviço de Electricidade …….…… 0800 246 246Linha SOS Estudante .............. 0808 200 204

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A dupla afixação é generalizadae a conversão do euro em geral está correctaA dupla indicação de preçosnos agentes económicos estágeneralizada a todo o país ea conversão de escudos paraeuros e os arredondamentosestão, em geral, a ser bemfeitos, considera ainspecção-geral deActividades Económicas(IGAE).

Em conferência de imprensa, oinspector-geral, Mário Silva, assinalouque, nas acções de fiscalização maisrecentes, a taxa de incumprimento nadupla afixação de preços anda pelos15 por cento, aliás ligeiramenteinferior à que se verificava antes daobrigatoriedade de dupla afixação,quando só era obrigatório o preço emescudos.

Relativamente às conversões earredondamentos, os casos de errosdetectados são inferiores a um porcento das fiscalizações efectuadas,segundo Mário Silva.

Adiantou que nas fiscalizaçõesà dupla afixação de preços em 1.187agentes económicos de todas asdimensões e de todo o País, realizadasna primeira semana de Outubro, a taxade incumprimento das disposiçõeslegais era de 25 por cento, com 27 porcento no litoral e 23 por cento nointerior.

O menor incumprimento nointerior, ao contrário do que era

esperado, foi explicado por MárioSilva pelo maior empenhamento queo ministério da Economia teve noesclarecimento das pequenas e microempresas do interior.

A taxa de incumprimento baixourapidamente, passando de 31 porcento a 1 de Outubro para 19 por centodois dias depois.

Mário Silva acrescentou quenuma acção de fiscalização da dupla

afixação de preços na segunda semanade Novembro a taxa de incum-primento tinha baixado para 16 porcento (17 por cento no litoral, 15 porcento no interior) e na segunda semanade Janeiro desceu para 15 por cento.

O inspector-geral de ActividadesEconómicas salientou que aactividade inspectiva relacionada coma introdução do euro começou logono primeiro dia do ano e, face a

informações sobre a situação em feirase mercados, fez uma fiscalização a 3de Janeiro, em que detectou uma taxade incumprimento de 23 por cento,percentagem que desceu para 17 porcento no período de 4 a 7 de Janeiro.

Mário Silva assinalou que aIGAE vai continuar no terreno afiscalizar a dupla afixação até 28 deFevereiro, data em que termina a suaobrigatoriedade e estará particular-

mente atenta aos arredondamentos.As multas por infracções de falta

de afixação de preços ou de duplaindicação ou por conversões erradasvariam entre os 50 e os seis mil contos.

Ribeiro Mendes, secretário deEstado do Comércio, afirmou naconferência de imprensa que otrabalho no terreno permitiu confirmara convicção de que a transição estavaa decorrer bem, considerando que asbaixas taxas de incumprimentorevelam que os agentes económicos econsumidores estão a reagir bem àsdificuldades previsíveis na transiçãopara o euro.

Observou que nesta situação teveum papel fundamental a fiscalização,que teve também um papel pedagó-gico e permitiu uma adaptação muitomais rápida ao euro, sublinhando quenão há regras sem verificar no terrenoo seu cumprimento.

Ribeiro Mendes assinalou que osmercados são imperfeitos e não épossível atingir zero por cento deinfracções.

Aquele membro do governoadiantou que se verificou que não estáa surgir com dimensão preocupanteum fenómeno de aumento de preçospor arredondamento.

No entanto, o secretário deEstado e o inspector-geral reconhe-ceram que não há ilegalidade quandoos agentes económicos aumentam ospreços para valores redondos, desdeque o contravalor em escudos estejacorrecto, porque a fixação de preçosé livre.

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16/01/02

cartaz 11

COIMBRA• RDP Centro ...................................... 94.9• Universidade ................................. 107.9• 90 FM................................................... 90• Província (Anadia) ........................ 100.8• Clube de Arganil ............................. 88.5• Concelho Cantanhede..................... 103• Regional Centro (Condeixa) ......... 96.2• C. Foz Mondego (F. Foz) ............... 99.1• Maiorca ............................................ 92.1• Clube da Lousã ............................... 95.3• C. da Pampilhosa ............................ 92.6• Dueça (M. Corvo) ............................ 94.5• Beira Litoral (Montemor) .............. 101.7• Popular de Soure. ......................... 104.4• Santo André (Poiares) .................. 100.5

rádios

Municipal – Aberta das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30horas (2.ª a 6.ª feira). Encerra aos sábados edomingos.

Geral da Universidade – Das 9 às 22,45 horas 2.ªsábado das 9 às 12,45 horas. Fecha ao domingo.

Joanina – Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Todosos dias.

Arquivo da Universidade – Das 9 às 12,30 e das 14às 18 horas (2.ª e 3.ª feira), das 9 às 12,30 e das 14às 17,30 horas (4.ª, 5.ª e 6.ª). Fecha ao sábado edomingo.

Casa-Museu Bissaya Barreto – Aberta das 15 às17 horas - 3.ª a 6.ª feiras. Encerra - sábados,domingos e feriados.

Centro de Documentação da A. R. S. – Aberta das 9às 13 e das 14 às 17 horas. Fecha aos sábados edomingos.Centro de Documentação 25 de Abril

bibliotecas

quinta feiraquarta feira

07.15 Hora Viva09.30 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde13.50 Regiões14.15 Lá Em Casa Tudo Bem14.45 Vidas de Sal15.45 A Senhora das Águas16.45 Pedra Sobre Pedra18.00 Quebra Cabeças18.35 Riscos19.05 Pícara Sonhadora19.55 Contra Informação20.00 Telejornal21.00 Um Estranho em Casa22.00 Grande Informação23.00 Serviço de Urgência00.00 Crónica do Século01.00 VII Mundial Futebol de Praia02.00 24 Horas02.15 Boas Noites:

“Cyberjack - Plano Diabólico”

12.00 Espaço Infantil12.45 Caderno Diário13.00 Serviço Público14.00 Euronews17.00 Informação Gestual18.30 A Fé dos Homens19.00 Horizontes da Memória19.30 Clube da Europa20.00 Bem... Você Percebe?20.30 Terceiro Calhau a Conatr do Sol21.00 Os Hughleys21.30 Jornal 222.30 Acontece23.00 Rosswell00.00 Cinco Noites, Cinco Filmes:

“O Nosso Agente em Havana”02.00 Zapping

06.45 Portugal Radical07.00 Buéréré09.30 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.15 Malhação17.30 A Padroeira18.30 New Wave19.00 As Filhas da Mãe20.00 Jornal da Noite21.00 Malucos do Riso21.30 Fúria de Viver22.30 O Clone23.30 Especial Informação00.30 Acção Total: “O Abrigo”02.45 Informação03.00 Dakar 200203.15 As Noites Longas da SIC: “Beckett”05.15 Portugal Radical

08.30 Espaço Infantil11.30 Chiquititas12.100 Nunca Digas Adeus13.00 TVI Jornal14.00 Crianças SOS15.00 Super Pai16.00 Batatoon18.00 Filha do Mar19.00 Anjo Selvagem20.00 Jornal Nacional21.15 Anjo Selvagem21.45 Filha do Mar22.45 Nunca Digas Adeus23.45 Filme: “Atiradora de Elite”02.00 Ally McBeal03.00 Última Edição03.40 Diário Económico03.50 O Rei do Bairro04.30 As Feiticeiras05.30 Colégio Brasil

07.15 Hora Viva09.30 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde13.50 Regiões14.15 Lá Em Casa Tudo Bem14.45 Vidas de Sal15.45 A Senhora das Águas16.45 Pedra Sobre Pedra18.00 Quebra Cabeças18.35 Riscos19.05 Pícara Sonhadora19.55 Contra Informação20.00 Telejornal21.00 Um Estranho em Casa22.00 Sociedade Anónima23.00 Andrómeda00.00 Crónica do Século01.00 VII Mundial Futebol de Praia02.00 24 Horas02.15 Boas Noites: “O Lago dos Zombies”

12.00 Espaço Infantil12.45 Caderno Diário13.00 Por Outro Lado14.00 Euronews17.00 Informação Gestual18.30 A Fé dos Homens19.00 Bombordo19.30 Nós e os Animais20.00 Bem... Você Percebe?20.30 Terceiro Calhau a Conatr do Sol21.00 Os Hughleys21.30 Jornal 222.30 Acontece23.00 Murder in Mind00.00 Cinco Noites Cinco Filmes:

“Histórias de Gansters”

06.45 Portugal Radical07.00 Buéréré09.30 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.15 Malhação17.30 A Padroeira18.30 New Wave19.00 As Filhas da Mãe20.00 Jornal da Noite21.00 Malucos do Riso21.30 Fúria de Viver22.30 O Clone23.30 Hot Shots II00.30 Cine América:

“Assassinos Perfeitos”02.45 Informação03.15 As Noites Longas da SIC: “Beckett”05.15 Portugal Radical

08.30 Espaço Infantil11.10 Chiquititas12.00 Nunca Digas Adeus13.00 TVI Jornal14.00 Crianças SOS15.00 Super Pai16.00 Batatoon18.00 Filha do Mar19.00 Anjo Selvagem20.00 Jornal Nacional21.15 Anjo Selvagem21.45 Filha do Mar22.45 Nunca Digas Adeus23.45 Filme: “Culpa Formada”01.45 Causa Justa02.45 Última Edição03.20 Diário Económico03.35 O Rei do Bairro04.15 As Feiticeiras05.10 Colégio Brasil

Dias 15 e 16 M/ 12 anosÀs 14,30 - 18 - 21,30

“O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel”

cine-teatro Tel. 239 822 131

estúdio 1 Tel. 239 822131

estúdio 2 Tel. 239 822 131

Dias 15 e 16 M/ 12 ANOS

Às 14.45 - 18.15 - 21.45 Horas

“O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel”

Dias 15 e 16 M/ 12 anos

Às 14.30 - 17 - 19.30 - 20 - 00.30 Horas

“FAÇAM AS VOSSAS APOSTAS”

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 1

Dias15 e 16 M/ 6 anos

Às 13,45 - 16,30 - 19,15 - 22

“HARRY POTTER E A PEDRA

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 2

Cinemas Millenium

Dias 15 e 16 M/ 12 ANOS6.ª a 2.ª: Às 13,40 -15,40 -17,40 - 19,40 - 21,40 - 00,15 Horas

“OS OUTROS” 3.ª e 5.ª: 13.40 - 15.40 - 21.40 - 00.15

pintura

Museu Grão Vasco expõeobras em Salamanca

Obras de pintura renascentista das dioceses de Viseu eLamego vão estar em destaque em Salamanca, duranteo programa da Capital Europeia da Cultura 2002, numaexposição comissariada pela directora do Museu deGrão Vasco, de Viseu. Dalila Rodrigues, directora domuseu que perpetua o nome do mais célebre pintor dorenascimento português - Grão Vasco ou VascoFernandes – afirmou que a exposição, a únicaportuguesa a estar presente na cidade universitáriaespanhola, ficará patente de Julho a Setembro, mesesque se prevê serem os mais concorridos. “O consórcioSalamanca 2002 disse que quer dar uma grandevisibilidade a esta exposição, assumindo-a como umdos momentos altos do programa de exposições”,frisou à agência Lusa Dalila Rodrigues, especialistaem História da Arte. Apesar da mostra em Salamanca,o núcleo museológico instalado provisoriamente naala Norte da Igreja da Misericórdia, no centro históricode Viseu (enquanto decorrem as obras de restauro doedifício do Museu Grão Vasco), irá manter-se abertoao público. Da colecção do museu apenas viajará paraSalamanca o retábulo de S. Pedro, pintado por GrãoVasco em 1530 para a capela lateral direita da Sé deViseu graças ao mecenato do bispo humanista D.Miguel da Silva. As restantes obras da exposição“Pintura Portuguesa do Renascimento” serão pinturasrenascentistas das dioceses de Viseu e Lamego,oriundas de duas colecções particulares, igrejas e outrosmuseus, num total de 35. Grão Vasco, Gaspar Vás (oseu principal colaborador) e um mestre de Lisboa quepintou em Lamego são os autores das obras, datadasentre 1500 e 1540, que ficarão expostas no Colégio deSanto Domingo de la Cruz. Dalila Rodrigues mostrou-se entusiasmada com a possibilidade de Grão Vascoser apreciado em Espanha - onde apenas a comunidadecientífica o conhece – e também com “o diálogoefectivo que se cria entre o património histórico dedois lugares separados por uma fronteira”. Segundo ahistoriadora da Arte, será criado um itinerário da pinturarenascentista que vai das dioceses de Viseu e Lamegoa Salamanca e Zamora, onde esta época foi tambémmuito marcante, nomeadamente através dos pintoresFernando Gallego e Juan de Flandres. “Todo este

trabalho serve já para preparar a reabertura do museu,daqui a dois anos”, assegurou. A directora de Museu deGrão Vasco espera, por outro lado, levar a Viseu algumasdas 52 exposições de arte contemporânea do programaSalamanca 2002 - Capital Europeia da Cultura. OMinistério da Cultura e o Instituto Português de Museusjá deram o seu apoio à participação do Museu de GrãoVasco em Salamanca 2002.

BD

Morreu Tim, cartoonistae escultor francêsO cartoonista e escultor francês de origem polaca LouisMittelberg, mais conhecido como Tim, resistente quefugiu da Rússia em 1940 depois de ter sido feitoprisioneiro, morreu em 7 de Janeiro no hospital de Valde Grace, em Paris. Mittelberg, 82 anos, que nasceu naPolónia em 1919, chegou a França em 1938 para estudarBelas Artes. Mas foi em Londres que iniciou a sua duplacarreira de cartoonista e escultor. Entre as suas últimasobras figura uma escultura do célebre caricaturista, pintore escultor Honoré Daumier (1808/1879), que seráinaugurada em 23 de Janeiro na Assembleia Nacional(Parlamento). Ilustrador das obras completas de Zola ede Kafka, Tim consagrou em 1969 uma obra ao generalDe Gauelle, intitulada “Uma certa ideia da França” e,mais tarde, voltou a reunir alguns dos seus trabalhos em“Quarenta anos de política”. Autor de uma estátuadedicada ao capitão Dreyfus, situada no centro de Paris,Tim começou a sua carreira em 1941, em Londres, ecolaborou com diversos jornais em França depois da IIGuerra Mundial, entre eles o “L’Humanité Dimanche”,“Le Monde” e “L’Express”, do qual foi membro doconselho editorial. Também colaborou com publicaçõesestrangeiras como a “Time”, “Newsweek” e “New YorkTimes”. Em Agosto de 1941, Mittelberg foi um dos 186militares franceses de todos os exércitos que chegarama Londres procedentes da antiga União Soviética, ondefoi preso depois de ter fugido das prisões alemãs emMaio de 1940, juntamente com três camaradas, com osquais percorreu, a pé, 425 quilómetros até chegar àURSS. À sua chegada à capital britânica, De Gaullecondecorou os “evadidos pela Rússia” com a Cruz deGuerra e a medalha dos evadidos. A ministra francesada Cultura, Catherine Tasca, rendeu homenagem ao seu“sentido inato do trágico e da combinação de sombras eluz das almas que cultivou no nosso território com oêxito que todos sabemos”.

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última página

T TRABALHADORES INDEPENDENTES

T PESSOAS ABRANGIDAS PELO SEGURO SOCIAL VOLUNTÁRIO

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O pagamento de contribuições à segurança social dosTraba lhad ore s Inde pen den tes, pe sso as ab rang ida s p elo S egu ro So cia lV olun tário e Tra balhad ores do S erviço D om é stic o po de s er efectu adoPOR MULTIBANCO, at ravé s d os m en us:

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A iden t if ica ção é fe ita pe la ind icaçã o do NÚMERO D E BENEFIC IÁ RIO

S e a inda não op tou pelo pagamento das contribuições por multibanco,

faça -o a pa rt ir de ag oraÉ m a is fá cil, m a is rá pid o, m ais cóm od o

Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Coimbra

COMUNICADO

PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES À SEGURANÇA SOCIALPOR MULTIBANCO

SO LIDARIED ADE E SEGU RAN Ç A SO CIAL

Edição crítica da obra de Almeida Garrett

Primeiros volumes sãopublicados na PrimaveraOs primeiros trêsvolumes da ediçãocrítica da obra deAlmeida Garrettdeverão ser publicadosna Primavera, noâmbito de um projectode investigaçãofinanciado pelaFundação para aCiência e Tecnologia.

“Viagens na Minha Terra”,“O Arco de Sant’Ana” e “OAlfageme de Santarém” são osprimeiros títulos desta ediçãocrítica, a publicar pela ImprensaNacional Casa da Moeda, disseà agência Lusa a coordenadorado projecto, Ofélia PaivaMonteiro.

Segundo a professoracatedrática da Faculdade deLetras da Universidade deCoimbra, a par com esta ediçãocrítica, serão também lançadasas mesmas obras mas numacolecção de divulgação (comuma introdução e algumasnotas), destinada ao grandepúblico, com a chancela daCaminho.

Os primeiros títulos daedição crítica, com cerca de 30volumes, estão a ser preparadospor Ofélia Paiva Monteiro, quetem a seu cargo as “Viagens naMinha Terra”, Maria JoãoSimões (“O Alfageme deSantarém”) e Maria HelenaSantana (“Arco de Sant’Ana”).

“É um trabalho muito

moroso, que visa reconstituir aevolução do texto”, explicou adocente, especialista na obra deAlmeida Garrett.

A partir da última ediçãoda obra publicada em vida doautor são registadas todas asalterações inscritas nas váriasversões e nos manuscritos.

A quase totalidade doespólio de Garrett encontra-se naUniversidade de Coimbra (UC),na Biblioteca Geral e na SalaFerreira Lima (Faculdade deLetras). Aqui se encontramdepositados os manuscritos,primeiras edições e obras queforam utilizadas pelo próprioautor, nas quais introduziu notasde correcção.

Na Biblioteca Geral encon-tram-se também manuscritos deobras que Garrett deixou iné-ditas, algumas apenas iniciadasou inacabadas, das quaisalgumas viriam a ser publicadasposteriormente.

De acordo com OféliaPaiva Monteiro, dos cerca de 30volumes previstos para a ediçãocrítica encontram-se em faseadiantada “Frei Luís de Sousa”(por Oliveira Barata), “Tratadode Educação” (Fernando Augus-to Machado), o poema narrativo“Camões” (Aníbal Pinto deCastro) e uma antologia decrónicas de Garrett (a cargo deAna Paula Arnaut), que pretendecoligir as intervenções doescritor enquanto jornalista,especialista em teatro e literaturaou cronista dos costumes eanalista político.

Ofélia Paiva Monteiro estáa preparar também uma anto-

logia de “Discursos Parlamen-tares” de Garrett, que visadivulgar as suas intervençõesenquanto deputado, uma facetaainda pouco conhecida do “pai”do romantismo português.

“Garrett tinha o dom dapalavra. Analisou muito bem asituação caótica do país”,afirmou a docente, adiantandoque era “um homem radical-mente cristão, que lutoucorajosamente por medidashumanitárias (por exemplo, aabolição da escravatura)”.

A edição crítica está a serfinanciada pelo programaPOCTI, da Fundação para aCiência e Tecnologia, e nelaestão envolvidos cerca de dezenae meia de investigadores, amaioria da UC, mas também dasUniversidades de Lisboa, Minhoe Algarve e Universidade Nova.

Participam também inves-tigadores da Universidade deSalamanca e da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (abrasileira Cleonice Berardinelli).

Entretanto, as actas docongresso internacional “Gar-rett: Um Romântico, UmModerno”, que decorreu há doisanos na Universidade de Coim-bra, vão ser publicadas também,em breve, pela Imprensa Na-cional Casa da Moeda.

Almeida Garrett nasceu noPorto em 1799 e morreu emLisboa em 1854. Diplomado emDireito pela Universidade deCoimbra, aderiu ao liberalismoe, além da carreira de escritor,desenvolveu uma intensaactividade política, parlamentare diplomática.

Rails protegidos

ICERR reafirma cumprimentode prazo até final de JunhoO Instituto para a Conser-vação e Exploração da RedeRodoviária (ICERR) reafir-mou recentemente o cumpri-mento do prazo até ao fim deJunho para a instalação deprotecções nos rails, com vistaà segurança dos motociclistas.

A empreitada, orçada em1.848.753 euros (370.641contos), visa a instalação deuma saia metálica deprotecção numa extensão de

125,300 quilómetros e foiadjudicada a 19 de Dezembro.

A posição do ICERRsurge no dia em que a Fede-ração Nacional de Motoci-clismo prometeu estar “aten-ta” ao cumprimento daspromessas do Governo nestamatéria.

Em comunicado, oICERR especifica os locais deintervenção por distrito:Aveiro (19,900 quilómetros,

km), Beja (4,500 km), Braga(5,400 km), Bragança (5,100km), Castelo Branco (500metros), Coimbra (dois km),Évora (seis km), Faro (14,800km), Guarda (nove km), Leiria(11 km), Lisboa (um km),Portalegre (um km), Porto(22,600 km), Santarém (5,100km), Setúbal (dois km), Vianado Castelo (700 metros), VilaReal (nove km) e Viseu (5,700metros).

Modernidade e inovação vão ser as marcas do novo Pavilhão Cidade de Coimbra

Portugal dos Pequenitos entre o passado e o futuroO Portugal dosPequenitos, um jardimemblemático da cidade,vai crescer. A Câmarade Coimbra cedeugratuitamente umterreno vizinho àFundação BissayaBarreto que, emcontrapartida, secompromete a fazernascer o PavilhãoCidade de Coimbra,um projecto que vaialiar modernidade einovação e que vemenriquecer o espaçoconcebido há mais de60 anos pelo históricoBissaya Barreto.

Zilda Monteiro

O Portugal dos Pequenitos,o jardim histórico construído emCoimbra há mais de 60 anos porBissaya Barreto, vai ser au-mentado. A Câmara de Coimbracedeu gratuitamente à FundaçãoBissaya Barreto um terreno domunicípio, com 6647 metros

quadrados, onde vai ser cons-truído agora o Pavilhão Cidadede Coimbra, uma infra-estruturadedicada à sociedade do co-nhecimento e que vai aliarmodernidade e inovação.

Manuel Machado, enquan-to presidente cessante daautarquia de Coimbra, e ViegasNascimento, presidente doConselho de Administração daFundação Bissaya Barreto(FBB), assinaram, na quinta feirapassada, nos paços do concelho,a escritura de cedência do terrenomunicipal que vem permitir aexpansão do Portugal dosPequenitos, um jardim que, comofrisou Viegas Nascimento, “cadapessoa visita pelo menos trêsvezes na vida - quando se écriança, quando se é pai e quandose é avô”.

O caminho está entãoaberto para que a Fundação possaavançar com o projecto daconstrução do Pavilhão Cidade deCoimbra, uma “ambição antigada FBB, da cidade e do país”. ParaManuel Machado este é umacontecimento “muito importantepara Coimbra”, uma vez que setrata de um projecto “útil à cidadee útil à comunidade” e que surgeintegrado “numa lógica dedesenvolvimento”.

Para Viegas Nascimento

este é um dia “muito especial”para a Fundação e que vempermitir contrapor, num mesmoespaço, história e modernidade.Assim, no mesmo espaço ondeestá retratado, há mais de 60 anos,o mundo a que os portuguesescontinuam ligados, vai nascertambém um mundo novo,marcado pela modernidade e

pela inovação das novas tecno-logias.

Criar um Pavilhão que sejaa “expressão da modernidade eda evolução tecnológica”, ondeseja dado “grande destaque àsquestões da multimédia, dainovação e do conhecimento” éum dos objectivos da FBB. Mas,segundo Viegas Nascimento, não

vão ser esquecidos também “osprazeres, as actividades lúdicas eo contributo para a educação dascrianças que nos visitam”.

Este Pavilhão deve dartambém uma outra visibilidade aCoimbra. Apesar da Universi-dade estar representada dentro doPortugal dos Pequenitos, a cidadeem si não tem muita repre-

sentação. Viegas Nascimentoentende, por isso, ser necessário“conferir mais importância” àcidade onde foi criado este jardimhistórico e emblemático.

O problema dos estaciona-mentos está também a seranalisado pela Fundação. Apesarde não fazer, por enquanto, partedos planos da FBB construir umparque de estacionamentosubterrâneo, a Fundação vaiprocurar alternativas para facilitaros acessos a quem visita oPortugal dos Pequenitos. Oparque que vai ser construído noConvento de S. Francisco,mesmo ao lado do jardim, podeser, segundo Viegas Nascimento,uma das soluções para osvisitantes.

A preocupação da Funda-ção centra-se agora na escolha deum arquitecto, “um expoente daarquitectura portuguesa”, quepossa estar à altura de conceder oPavilhão da Cidade de Coimbra.Por enquanto, está a ser elaboradoo programa funcional do edifício,das suas valências e dos seusequipamentos.

O projecto deverá serapresentado em 2003, durante aCoimbra “Capital Nacional daCultura”, um evento em que aFundação Bissaya Barreto éparceira.

Viegas Nascimento, presidente da FBB, e Manuel Machado, presidente cessante daCâmara de Coimbra, apresentam o novo Pavilhão Cidade de Coimbra