o despertar 62

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pág.5 > págs.12/13 > págs.14/15 > Direcção: Jorge Pimenta Escola-Sede: EB23 Viatodos Barcelos ESPERTAR O Jornal O Despertar foi distinguido pelo Jornal o Público no Concurso Nacional de Jornais Escolares. O Despertar recebeu o 3. o prémio do primeiro escalão. Parabéns a todos os colaboradores do jornal O Despertar. Trimestral - número 62 - aevd'Este - Jornal do Centro de Aprendizagem em Comunicação Social do Agrupamento de Escolas Vale d'Este - Dezembro 2010 Programa Educação 2015 Comemoração do Centenário da Implantação da República Parabéns Projecto Comenius: A Escola EB 2/3 de Viatodos e a Europa Boas Festas! O João, a Marisa e o Raul, três Comenius no Partenon.

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Page 1: O despertar 62

pág.5 >

págs.12/13 >

págs.14/15 >

Direcção: Jorge Pimenta

Escola-Sede: EB23 Viatodos

Barcelos

esPertar

O Jornal O Despertar foi

distinguido pelo Jornal

o Público no Concurso

Nacional de Jornais

Escolares. O Despertar recebeu o

3.o prémio do primeiro

escalão.Parabéns a todos os

colaboradores do jornal O

Despertar.

Trimestral - número 62 - aevd'Este - Jornal do Centro de Aprendizagem em Comunicação Social do Agrupamento de Escolas Vale d'Este - Dezembro 2010

Programa Educação 2015

Comemoração do

Centenário da Implantação

da República

Parabéns

Projecto Comenius:

A Escola EB 2/3 de Viatodos

e a Europa

Boas Festas!

O João, a Marisa e o Raul, três Comenius no Partenon.

Page 2: O despertar 62

Propriedade: Agrupamento de Escolas Vale D'Este - Barcelossede: Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de Viatodos - Rua das Fontainhas, nº 175 - 4775/263 Barcelos - Telf: 252960200; Fax: 252960209 - e-mail: [email protected] / [email protected]ção: Professor Jorge Pimentaequipa: Professor Pedro Ferreira (paginação), Professor Nuno Martins (colaboração); alunos: Ana Teresa Cruz, Anabela Santos, Isabel Magalhães, Marisa Furtado, Vítor Leitão (todos do 9.º F) e Inês Eiras, 9.º A. Colaboração da

Direcção e dos Departamentos.tiragem: 800 exemplares. Execução Gráfica: Oficinas S. José - Rua do Raio, Braga; Telefone: 253 609 100; e-mail: [email protected] as fotografias são propriedade do Jornal O Despertar.

O DesPertar 62

02 > ABERTURA DO ANO LECTIVO

A sessão solene de abertura do ano lectivo, no Agrupamento de Escolas Vale d’Este, decorreu no dia 2 de Setembro, pelas 10h, no Pavilhão da cantina da escola-sede, em Viatodos.

Dadas as boas-vindas, Fernando Martins, Director da Unidade Organizacional, usou da palavra, numa breve intervenção, em que reforçou o papel da Escola e das suas inter-relações, muito especialmente com a família, reiterando que o sucesso desta articulação conduzirá a resultados nos planos pedagógico, cultural e social. Acrescentou que a Unidade Organizacional que dirige tem noção exacta das responsabilidades que lhe estão afectadas e reiterou confiança no trabalho da Direcção que lidera, nos

docentes e demais agentes educativos com os quais mantém estreita colaboração; em seu entender, a chave do sucesso passa por um permanente requestionamento do conceito de Educação por parte de todos.

Nas suas intervenções, o Presidente do Conselho Geral, Miguel Bacelar, agradeceu à Comunidade Educativa o seu envolvimento e empenho nas tarefas educativas, ao longo dos últimos anos, formulando votos da perpetuação dessa dinâmica que tão bons resultados tem gerado; a representante da Autarquia, Dra. Armandina Saleiro, realçou a existência de um Projecto Educativo de qualidade nesta Unidade Organizacional, alertando, todavia, para a importância da inter-colaboração entre a Escola e o Poder

L o c a l , t e n d o em vista a sua plena concretização. A fechar a sessão, o Dr. José Losa, representante do Ministério da Educação, referiu-se à importância do Projecto Educativo na efectivação da política educativa que se deseja cada vez mais das escolas e não do Ministério, em seu entender um sinal da tão propalada autonomia escolar.

No final da sessão, foi definido o plano de preparação do ano lectivo 2010/2011, com actividades a decorrerem entre os dias 6 e 10 de Setembro. As recepções aos alunos ficaram agendadas para o dia 13, um dia antes do arranque das actividades lectivas.

[JP]

sessÃO sOLeNe De aBertUra DO aNO LeCtIVO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VALE D’ESTE VIATODOS

A entrada para a escola é sempre um grande desafio para a criança e para a sua família.

Para que o seu percurso escolar se inicie com sucesso, é necessário que a criança tenha desenvolvido já certos pré-requisitos cognitivos - preparação para a aprendizagem da leitura, da escrita e do raciocínio lógico-matemático; psicomotores - expressão corporal, lateralidade e espacialidade, para garantir o sucesso na aprendizagem das letras, números e captação da atenção; e uma relação emocional e de afectividade com a escola – o porquê de aprender, a relação com os pares, a relação com a família, com os futuros professores e a gestão de regras.

Mais tarde, a entrada no 2.º ciclo é mais uma aventura!

Todos os anos, nesta escola, acontece a mesma coisa, mas nem por isso a emoção

é menor: dezenas de meninos e meninas chegam para continuarem o seu percurso escolar, agora numa nova etapa, numa escola maior, com mais professores e novos amigos. Com mais responsabilidades, também. Será, talvez, o último ano em que serão chamados de meninos? Para o ano já serão os alunos do 6.º ano.

Nas primeiras semanas era vê-los atarantados, à procura da sala, com as mochilas carregadas de livros, com o horário na mão, preocupados porque ainda não tiraram a senha para o dia seguinte, ainda não foram ao bar (melhor estavam aqueles mais prevenidos que traziam o lanche de casa) e o intervalo é tão curto… Bem diferente dos anos anteriores!

Dentro das salas de aula, os seus olhitos arregalavam-se de cada vez que aguardavam com ansiedade a chegada de mais um professor. Havia que estar já com

os cadernos prontos para anotar mais uma lista de materiais e de regras, muitas regras! Reparava que muitos escreviam com muito cuidado nos cadernos que cheiravam a novo, sabia-lhes tão bem! Não se podiam enganar!

À medida que o tempo passava, já se sentiam mais à vontade para irem ao bar sem medo de serem ultrapassados pelos maiores, de passarem o intervalo sem tirarem as senhas, enfim, já se sentiam em casa.

Espero que todos os meninos e meninas do 5.º ano se sintam já mais ambientados nesta nova casa, que sejam cumpridores de regras e que façam muitas amizades, incluindo os livros. A todos, desejo muito sucesso e muitas alegrias!

> Professora Amália Teixeira

eNtraDa NO 2.º CICLO: Confusão ou tranquilidade?

e no 1.º Ciclo?

No primeiro dia de aulas estava ansioso por irporque o horário tinha de cumprir.

Quando eu estou na escola tenho de estar com atençãoporque fazer as tarefas é a minha obrigação.

Quando eu entrei para a escolarápido aprendi a ler e à minha professora eu tenho de agradecer.

Nós na escola vivemos em eterna liberdade mas no fundotemos em comum muita amizade.

> Escola EB1 de ViatodosJoão Pedro Miranda Barbosa

Page 3: O despertar 62

O DesPertar 62

03> ABERTURA DO ANO LECTIVO

O meu primeiro dia de aulasNo primeiro dia de aulas, eu senti que estava mais crescida e que ia por um bom caminho.Quando cheguei à Escola de Viatodos, fui muito bem recebida por todos e nem queria acreditar que ia começar a estudar nessa escola.A princípio eu tinha medo que os alunos mais velhos me empurrassem quando fosse comprar a senha ou quando fosse ao bar, mas, até agora, nunca me aconteceu nada disso.No meu primeiro dia de aulas, eu estava muito ansiosa por conhecer os meus professores, os meus colegas novos. Nesse dia, o que mais me agradou foi as salas, o espaço verde, a organização. Também gostei muito do apoio dos professores.Neste momento, o que me desagrada é ainda não ter o meu cacifo e o passe do autocarro, porque se tivesse o cacifo podia lá guardar a minha mochila quando fosse almoçar. Se tivesse o passe do autocarro não haveria dúvidas de que era aluna da Escola de Viatodos.Apesar de tudo, adorei a minha nova escola!

> Vanessa Carvalho 5.ºB

Os primeiros dias

Nos meus primeiros dias nesta escola conheci novas professoras e colegas, mas, a parte de que gostei mais foi de saber como é que as coisas funcionavam por cá. A parte mais embaraçosa foi quando ia à papelaria comprar qualquer coisa. Ficava nervoso e estremecia quando a funcionária me perguntava «O que é que queres comprar?»; e era aí que eu não sabia o que dizer. Mas esses tempos já passaram, pois eu agora digo o que quero comprar, ela dá-me o que foi pedido, eu dou-lhe o dinheiro, ela dá-me o troco e lá vou eu com os olhos bem assentes no relógio, à espera do próximo toque.Na sala de aula estou caladinho, pois tenho de ganhar a confiança dos meus professores.

> Luís Carvalho, 5.º A

Uma nova escola O s N

OV

Os

5.ºs a

NO

s

Primeiro dia de aulasLogo que à escola chegueiCom os meus colegasConversei.Quando as aulas começaramTodos se apresentaram.Com a professora Que não é má,Fui ao barComer um croissant.Nesse dia,O que tinha a fazer,FizE fui embora quando quis.

> José Manuel Araújo, 6.º B

Eu vou contar-vos sobre o que senti nestes primeiros dias de escola.Eu pensava que tudo ia ser muito complicado e nesses momentos perdia a vontade de vir para a escola.Em comparação com os outros anos escolares, este exige muito mais responsabilidade e rapidez.Nesta escola há muito para fazer, tanto nos intervalos como na sala de aula, mas o mais importante é aprender.

Eu cá gosto de todas as disciplinas, pois acho-as todas interessantes e divertidas.Eu gostei de entrar nesta escola, porque conheci novos amigos e professores também. Só há uma coisa que eu não gosto de fazer, que é ter de me levantar muito cedo para não perder o autocarro.

> Hugo Costa, 5.ºA

aB

CD

eF

regresso às aulas Quando cheguei, a minha maior ansiedade foi conhecer a escola e fazer amigos.Estou a adorar esta escola, os professores e os meus colegas. Também estou a divertir-me imenso.A escola e o estudo sempre foram as minhas escolhas. Adoro fazer metade da minha vida na escola e outra em casa, com a minha família.Quando chego a casa, a primeira coisa que faço é os deveres e, logo de seguida, preparo a pasta.Adoro estudar! É um passatempo muito alegre e feliz!Espero ter um bom ano e ser muito feliz nesta escola!

> Andreia Gomes 5.ºB

TESTEMU NHOS

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O DesPertar 62 > A ESCOLA E O MEIO04Novo Ano, Novo Desafio, Novo Compromisso

Ao iniciarmos mais um ano lectivo, de 2010/2011, importa sublinhar que aquilo que efectivamente nos deve mover, na qualidade de actores educativos, é

o aperfeiçoamento das práticas e a implementação de novos dispositivos pedagógicos, face à função reguladora da avaliação formativa, no sentido de alcançarmos o maior sucesso educativo para os nossos alunos.

Efectivamente, cada dia que passa, face à sociedade em presença, ficámos todos mais convictos de que acarretamos connosco uma maior responsabilidade na qualidade de educadores. De igual modo, importa ter em consideração que, face à importância da escola, aumentaram também as suas responsabilidades e os seus problemas, uma vez que nela se repercute toda a vida social e se reflectem os problemas sociais mais gravosos.

Conforme preceituado no nosso Projecto Educativo, Documento Normativo, a MISSÃO desta Unidade Organizacional visa prestar à comunidade um serviço educativo de qualidade, dentro de uma perspectiva de construção da confiança social assente na na participação, na solidariedade, na eficácia, no rigor, na exigência e na

«...torna-se urgente incentivar o compromisso dos alunos e das famílias com a escola, estimulando o seu sentido de pertença e reforçando o seu grau de responsabilidade partilhada, tornando claro que, alunos, professores, pais e escola deverão pertencer, obrigatoriamente, à mesma equipa.

referência educativa. Por outro lado, a nossa VISÃO ESTRATÉGICA, também contemplada no PE, visa a construção de um Agrupamento de referência: pela satisfação dos alunos e da comunidade; pela formação e sucesso dos alunos e pela qualidade do seu ambiente interno e harmonia com o meio envolvente.

É dentro destes referenciais que devemos pautar a nossa acção, numa lógica de compromisso, de forma a que possamos introduzir valor acrescentado na melhoria da qualidade de vida da nossa Organização, designadamente ao nível curricular, pedagógico, cultural e social. Na minha opinião, torna-se urgente incentivar o compromisso dos alunos e das famílias com a escola, estimulando o seu sentido de pertença e reforçando o seu grau de responsabilidade partilhada, tornando claro que, alunos, professores, pais e escola deverão pertencer, obrigatoriamente, à mesma equipa. Todos têm de dar o seu melhor e trabalhar em conjunto para alcançar o mesmo objectivo que é o sucesso académico e pessoal dos alunos. Nesta perspectiva, é preciso que os pais confiem na escola; os alunos confiem nos professores e os professores, por seu lado, têm de confiar nos seus coordenadores e na Direcção. A quebra dessa confiança deixa-nos completamente à deriva e quem anda à deriva, por norma, não chega a lugar nenhum.

Nos últimos anos, a educação em geral e as escolas em particular têm sido palco de alterações profundas, não tanto ao nível de políticas educativas estruturantes, como seria certamente desejável, mas mais ao nível da organização e do funcionamento das escolas. Assim, interessa ver a organização escolar a funcionar, não como um serviço periférico do Estado, mas sim como uma comunidade educativa onde as questões da participação e da autonomia deverão assumir aspectos preponderantes. É dentro deste quadro que a organização escolar tem de (re) visitar a sua estrutura organizativa, as suas práticas, os seus modelos operacionais e reflectir sobre o próprio conceito de

educação subjacente ao acto de ensinar, de forma a promover uma cultura de Gestão da Qualidade, na prestação da educação, conducente a um maior e melhor sucesso educativo.

Efectivamente, as questões de eficácia e de produtividade devem merecer da organização escolar, e, muito especialmente, do conselho pedagógico e das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica (dep. curriculares) a maior reflexão, visando melhorar as práticas e contribuir para o sucesso educativo dos alunos. É extremamente importante que o conselho pedagógico, como órgão de coordenação e supervisão pedagógica e de orientação educativa, tenha um efectivo conhecimento da Cultura da Escola, da Cultura da Comunidade e da Cultura Nacional. Compete-lhe, efectivamente, orientar pedagogicamente a Unidade Organizacional, e, através dos seus elementos, em princípio mais experientes, ajudar e treinar os professores a crescerem profissionalmente. Exercendo-se uma influência directa sobre a atitude do professor, exerce-se, também, uma influência indirecta sobre o desenvolvimento e a aprendizagem dos respectivos alunos.

Por último, e não obstante soprarem, de vez em quando, alguns ventos fortes de mudança que poderão contrariar determinados pressupostos de natureza educativa, designadamente em termos de uma boa identificação e conhecimento dos actores, da relação de proximidade e do sucesso real dos alunos, que poderão abalar, por vezes, a normalidade do nosso trabalho, gostaria de referir que conto com a colaboração e cooperação de todos os actores educativos desta Unidade Organizacional para alcançarmos os indicadores de sucesso perspectivados, porque acho, muito sinceramente, que esta Organização Escolar, de um modo geral, é servida por muito bons profissionais.

> O Director Fernando Alberto Simões

É recorrente referirmo-nos ao período da História que hoje vivemos como o da Era Tecnológica. A existência de soluções científicas, tecnológicas e técnicas de ponta transformam o mundo conforme o conhecíamos quase sem aviso, dado que aquilo que num dia é considerado como tecnologicamente evoluído rapidamente passa a obsoleto, no outro, numa vertigem que a todos colhe desprevenidos.

Os efeitos deste manto tecnológico fazem-se sentir um pouco por todo o lado. Desde logo, na vida pessoal, onde os automóveis (mais velozes e fiáveis), os telefones móveis (mais sofisticados), os computadores (cada vez dotados de maior inteligência artificial), os livros ( já com formato electrónico), os sistemas de som (com mais decibéis), os televisores (com imagem ultra-realista)… condicionam o padrão de vida que hoje temos.

Inevitavelmente, a vida social também se transforma,

com sistemas de informação e comunicação em tempo real que permitem estabelecer e solucionar problemas de natureza diversa nos antípodas do globo (e-banking, videoconferência, aviões ultra-sónicos que aproximam os pólos norte e sul em poucas horas, comboios de alta velocidade que estimulam sonhos e desvarios…) e, com isso, metamorfoseando o conceito de Homem e das relações que estabelece consigo mesmo e o meio.

Em Viatodos respira uma publicação que, apesar de desenvolvida com algumas soluções tecnológicas do seu tempo, exibe, ainda, o charme intemporal do papel – O Despertar. O nosso jornal vive numa fase particularmente feliz da sua existência: obteve o 3.º lugar no Concurso de Jornais Escolares promovido pelo jornal Público, distinção que, se, por um lado, é factor de estímulo para toda a Comunidade Educativa que o percepciona como janela das suas acções e dinâmicas, por outro lado constitui um desafio suplementar, redobrando as

suas responsabilidades. Ora, é justamente aqui que O Despertar se confronta com um sério desafio, no plano que conjuga as duas dimensões que vêm merecendo esta reflexão (tecnologia e construção de um jornal escolar): o director e o responsável pela paginação desencontraram os passos, estando, na hora do fecho da edição, a mais de 4.000km um do outro.

Fernando Pessoa dizia, em A Mensagem, que Deus quis uma terra inteira, onde “o mar unisse, já não separasse”. Não temos um oceano a separar-nos, mas todo o Mar Mediterrâneo. A unir-nos, a vontade férrea de prosseguir na linha editorial desenhada. O Despertar, n.º 62, acontece à distância. Mas sempre com um empurrãozinho da tecnologia. Temos apenas de ser rápidos, ou a edição nascerá obsoleta...

> A Direcção d'O DespertarAtenas, Novembro de 2010

edito

rial

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O DesPertar 62 > A ESCOLA E O MEIO 05O Programa educação 2015, a lançar a partir do ano lectivo 2010-2011, pretende aprofundar o envolvimento das escolas e das comunidades educativas na concretização dos compromissos nacionais e internacionais em matéria de política educativa.

Objectivos a atingir: melhorar as competências básicas dos alunos e assegurar a permanência no sistema de todos os jovens até aos 18 anos, garantindo o cumprimento da escolaridade obrigatória de 12 anos.

INDICaDOres NaCIONaIs De QUaLIDaDe eDUCatIVa

INDICaDOr 1 Resultados em provas nacionais (provas de aferição e exames nacionais de Língua Portuguesa e de Matemática)

Disciplina ano de escolaridade

resultadosagrupamento

resultadosNacional

Metas nacionais

Metas agrupamento

ano lectivo 2009/2010 2015

Prov

as d

e Af

eriçã

o

Língua Portuguesa 4.º ano 97.0% 91.3% 95.3% 97.5%

Matemática 4.º ano 97.3% 88.4% 92.4% 97.5%

Língua Portuguesa 6.º ano 89.0% 88.0% 92.0% 92.0%

Matemática 6.º ano 89.7% 76.1% 80.1% 90.0%

Exam

es

Nacio

nais Língua

Portuguesa 9.º ano 62.0% 70.7% 74.7% 74.7%

Matemática 9.º ano 54.0% 50.8% 54.8% 55.0%

Pela análise da tabela, pode concluir-se que, com excepção dos resultados do exame nacional de Língua Portuguesa, a nossa Unidade Organizacional, em 2009/2010, ficou acima dos resultados nacionais, quer nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos, quer no exame nacional de Matemática do 9.º ano. Constata-se, ainda, que os resultados obtidos ao nível do 4.º ano de escolaridade encontram-se acima da meta nacional perspectivada para 2015. Nesta conformidade, e tendo em atenção as metas nacionais e os indicadores perspectivados no Projecto Educativo, foram definidas as metas desta Unidade Organizacional para 2015.

INDICaDOr 2Taxas de repetência nos vários anos de escolaridade

Ciclos de ensino

agrupamento Nacional agrupamento 2009/2010

Metas nacionais

Metas agrupamento

ano lectivo 2008/2009 20151.º Ciclo 1.5% 3.7% 1.8% 2% 1.7%

2.º Ciclo 5.0% 8.1% 4.5% 5% 3.0%

3.º Ciclo 10.0% 14.9% 12.3% 10% 7.0%

Ano lectivo de 2008/2009: a nossa Unidade Organizacional ficou abaixo das taxas de repetência nacionais nos três ciclos de ensino.

Ano lectivo de 2009/2010: verifica-se que o Ministério da Educação ainda não disponibilizou os resultados nacionais. Ao nível do Agrupamento, verifica-se que nos 2.º e 3.º ciclos ficámos

Programa eDUCaÇÃO 2015acima dos indicadores perspectivados no Projecto Educativo, respectivamente 3 e 8%.

2015: definiram-se as metas da Unidade Organizacional, tendo em consideração as metas nacionais e o perspectivado no Projecto Educativo.

ano de escolaridade

agrupamento Nacional agrupamento 2009/2010

Metas nacionais

Metas agrupamento

ano lectivo 2008/2009 2015

1.º

Ciclo

1.º ano 0.0% 0.0% 0.0%

2.º ano 4.0% 7.5% 5.0%

3.º ano 1.0% 3.2% 1.0%

4.º ano 1.0% 3.8% 1.0%

2.º

Ciclo 5.º ano 3.0% 8.1% 0.0%

6.º ano 7.0% 8.1% 9.0%

3.º C

iclo

7.º ano 15.0% 18.0% 11.0%

8.º ano 9.0% 11.9% 7.0%

9.º ano 6.0% 14.1% 19.0%

Ano lectivo de 2008/2009: a nossa Unidade Organizacional ficou abaixo das taxas de repetência nacionais em todos os anos de escolaridade dos três ciclos de ensino.

Ano lectivo de 2009/2010: verifica-se que o Ministério da Educação ainda não disponibilizou os resultados nacionais. Ao nível do Agrupamento, verifica-se que as taxas de repetência nos 6º e 9º anos encontram-se acima do perspectivado.

2015: face à ausência das metas nacionais, não se procedeu à definição das metas da Unidade Organizacional.

INDICaDOr 3Taxas de desistência escolar

Faixa etária

Ciclos de ensino

ano lectivo: 2008/2009Metas

nacionais para 2015

agrupamento Nacional

nº alunos %

14 anos

1.º Ciclo ----

0.29% 1.84% Menor que 1%2.º Ciclo 1 Aluno

3.º Ciclo 1 Aluno

15 anos

1.º Ciclo ----

0.29% 9.27% Menor que 2%2.º Ciclo 1 Aluno

3.º Ciclo 1 Aluno

Para desenvolver o Programa educação 20015, o Ministério da Educação propõe a cada agrupamento e a cada escola que, a partir do ano lectivo 2010-2011 e até 2015, assuma os objectivos e linhas orientadoras e crie a sua própria estratégia de progresso. A elaboração dessa estratégia própria requer que os órgãos de gestão das escolas organizem uma dinâmica que permita:

• Integrar a melhoria efectiva dos resultados de aprendizagem, a redução de repetência e a prevenção de desistência, como prioridades do seu projecto educativo e dos seus planos anuais e plurianuais de actividades;

• Formular metas anuais para o progresso de resultados do agrupamento, relativos a cada indicador;

• Seleccionar actividades pedagógicas e formas de organização, focadas nas metas a atingir, com especial relevo para as actividades curriculares em sala de aula, mas também para o trabalho realizado em outros contextos;

• Estimular o envolvimento dos docentes, das famílias e das comunidades;

• Avaliar e monitorizar os resultados.

Nesta perspectiva, compete a cada agrupamento monitorizar a evolução dos seus próprios resultados, comparar resultados entre escolas e definir as metas que se propõe alcançar em cada ano lectivo.

CaLeNDÁrIO GeraL

1.º período

• Organizar o trabalho focando em particular o apoio a disponibilizar aos alunos com dificuldades em Língua Portuguesa e emMatemática ou em risco de desistência.

• Participar em reuniões de directores para apoio técnico à formulação de metas em cada um dos processos indicados.

2.º período• Formular as metas do agrupamento.• Acompanhar a realização do Programa 2015.

3.º período • Efectuar o balanço do Programa 2015.

> A Direcção

eNVOLVIMeNtO DOs aGrUPaMeNtOs e Das esCOLas

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O DesPertar 62

"MaIs VaLe PreVeNIr QUe reMeDIar"

06 > SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO

«O estilo parental define-se como sendo a forma como os pais se relacionam com os filhos.»

A Família continua a afirmar-se como um contexto determinante para o desenvolvimento das crianças e dos jovens.

Idealmente, o microssistema familiar é a maior fonte de segurança, protecção, afecto, bem-estar e apoio para a criança. Nele, a criança exercita papéis e experimenta situações, sentimentos e actividades, desenvolvendo o senso de permanência e o de estabilidade. O senso de

permanência está relacionado com a percepção de que elementos centrais da experiência de vida são estáveis e se mantêm organizados, através de rotinas e rituais familiares. O senso de estabilidade é fornecido através do sentimento de segurança dos pais relativamente aos filhos, de que não haverá rupturas ou rompimentos, mesmo diante de situações de stress (De Antoni, Medeiros, Hoppe & Koller, 1999).

Para que possamos analisar a influência que o meio familiar exerce no desenvolvimento da criança, teremos de atender à estrutura e à atmosfera familiar (económica, social e psicológica).

Para Bronfenbrenner (1979), os níveis adicionais de influência, como o trabalho dos pais, o nível sócio-económico (NSE) e as orientações de ordem social face ao divórcio, novo casamento e psicopatologia dos pais, ajudam a moldar o contexto familiar e, através disso, o desenvolvimento da criança.

Neste contexto, a parentalidade assume, nos nossos dias, uma importância nunca antes atribuída e onde os direitos das crianças são elevados.

Os pais exercem a sua função parental de diferentes formas, que tem variado ao longo dos tempos, conforme os grupos culturais. As ideias que temos sobre a educação dos filhos diferem de pessoa para pessoa, sendo uma faceta importante da nossa personalidade e da nossa filosofia de vida; assim, os pais podem ser afectivos, compreensivos e autoritários.

O estilo pode ser usado para definir três grupos distintos

de pais: autoritário, autorizado, permissivo. A diferença entre estes três grupos reside na forma como se exprime a sua autoridade e no grau de afabilidade e tolerância para com os filhos. Baumrind (1971) constatou que os pais tendem a usar um dos três estilos parentais - autorizado, autoritário e permissivo – na sua interacção com os filhos.

autorizado: padrão comportamental caracterizado por um nível alto de controlo, de exigência e de encorajamento positivo da autonomia da criança. Estes pais são também carinhosos e apresentam um alto nível de comunicação com base na utilização do raciocínio com os filhos.

autoritário: padrão comportamental também caracterizado por um nível alto de controlo, mas são pais pouco afectivos e vinculados aos filhos.

Permissivo: padrão parental caracterizado por um nível baixo, tanto de controlo, como de exigência, mas um nível razoável de afecto.

Em síntese, diferentes estudos revelam que do exercício da parentalidade resultam distintos comportamentos. Assim, o afecto positivo dos pais tende a implicar um clima de maior estabilidade emocional nos filhos; os pais que respondem de forma negativa aos seus filhos e que desencorajam as suas expressões emocionais tendem a ter crianças mais ansiosas e oprimidas; por outro lado, a expressão de afectos negativos, como a raiva por parte dos pais, tende a associar-se a um maior índice de agressividade nos filhos.

> Educação Especial Lucinda Miranda

Nos dias de hoje, o impacto positivo dos psicólogos no contexto escolar, actuando nas mais diversas áreas de intervenção, é consensual. Cumpre-lhes, na sua acção, minimizar e combater o número de absentismo e abandono escolar; incentivar os pais /encarregados de educação a participar na vida escolar; promover o atendimento individual ou em grupo, bem assim como acções de aconselhamento e informação de acordo com as necessidades apresentadas ao longo do ano; colaborar com a Comunidade Educativa; assegurar uma efectiva educação para a saúde; apoiar nas dificuldades de aprendizagem e na gestão de conflitos entre pares; promover competências transversais e dinamizar o processo de tomada de decisão vocacional; concorrer para a integração de alunos com

necessidades educativas especiais e de minorias étnicas, para lá de potenciar as suas aprendizagens; promover a igualdade de género e colaborar na definição de estratégias com pais e professores.

Nos últimos três anos lectivos, o Agrupamento de Escolas Vale d´Este teve, em pleno funcionamento, um Serviço de Psicologia e Orientação, espaço ao qual esteve alocada, a tempo inteiro, uma Psicóloga. Ao longo deste período de tempo, diagnosticou, planificou, executou e avaliou um conjunto de dinâmicas directamente orientadas para a resolução de problemas que mais notoriamente vinham, no seu âmbito de intervenção, afectando o funcionamento daquela Unidade Organizacional. Do conjunto de tomadas de posição, saliente-se, a título de exemplo:

Atendimentos individuais e em grupo (alunos encaminhados pelos Conselhos de Turma, Directores de Turma, Direcção da Escola, Pais/Encarregados de Educação, APAC, Hospital de Barcelos, Médicos, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Barcelos/Famalicão e por iniciativa dos próprios alunos).

Orientação Escolar e Profissional (sessões sobre �Percursos Vocacionais�, Programa de

Orientação Escolar e Profissional dirigido a alunos de 9.º ano que decorreu desde o 2.º período até ao final do ano, Atendimento individual a todos os pais/encarregados de educação e Feira das Profissões, aberta a toda a Comunidade Educativa, inserida nas Festas da Isabelinha).

Apoio na formação de uma nova turma do Curso de Educação e Formação.

Acções de sensibilização/informação (acções de formação sobre Bullying dirigidas a todos os alunos de 7.º ano, no âmbito do projecto Educação para a Saúde; colaboração com o Serviço de Psicologia do 1.º ciclo na sessão para pais/encarregados de educação dos alunos de 4.º ano, sobre Transição de Ciclo).

Colaboração com o Departamento de Educação Especial.

Participação nas mais diversas reuniões e contactos permanentes com diferentes instituições, pais, professores, Órgão de Gestão e outros intervenientes na Comunidade Educativa.

Orientação de estágio curricular em Psicologia.

Estamos, assim, seguros de que o funcionamento em pleno do SPO contribuiu, na sua medida, para os

resultados apurados nas diferentes áreas de funcionamento da Escola EB 2/3 de Viatodos. Curiosamente, e em sentido contrário ao expectável, no presente ano lectivo, e até ao momento, a nossa escola vê-se privada do Serviço de Psicologia, por razões que pendem dos gabinetes do Ministério da Educação (nr: artigo anterior à colocação de psicólogo na escola). A questão que se impõe é justamente a dos ganhos e das perdas que uma tal situação possa implicar no funcionamento global de uma estrutura educativa com o serviço até então consolidada. Não dispondo de dados objectivos, atrevo-me a dizer que a ausência de algumas das acções/tomadas de posição em que o SPO interveio no ano lectivo anterior (e que se encontram, agora, adiadas) vem sendo sentida por alunos, pais/encarregados de educação, professores, órgãos de gestão e outros membros da Comunidade Educativa.

Estou segura de que a expressão �mais vale prevenir que remediar� nunca ganhou tanta propriedade como no contexto educativo. Não é por acaso que estamos a falar de jovens, dos nossos jovens. Pergunto-me se este será um risco que valha a pena correr? Talvez o tempo se encarregue de nos dar uma resposta.

> Psicóloga Marta Fernandes

ESTILOS PARENTAIS

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O DesPertar 62

esPaÇO s

07> EDUCAR PARA A SAÚDE

Nos países mais desenvolvidos, as primeiras experiências sexuais acontecem cada vez mais cedo. Paradoxalmente, a idade em que acontece um primeiro relacionamento longo e estável é cada vez mais tardia. Ao contrário de muitos dos comportamentos de risco, o sexo não é um comportamento individual, mas sim um comportamento que implica uma interacção entre dois indivíduos. Isto será um risco acrescido? Ou torna mais fácil gerir a questão?

A sexualidade acompanha-nos desde a infância e sofre modificações ao longo de toda a nossa vida. Durante a adolescência, a sexualidade modifica-se. É nesta fase que surge o primeiro amor, intensifica-se o conhecimento do próprio corpo e do corpo do outro e multiplicam-se novas experiências, vividas com extrema intensidade; é descoberta uma relação de intimidade, partilha e confiança com outra pessoa – o que contribui para o desenvolvimento psicológico do jovem. No entanto, a descoberta do amor, a partilha dos afectos e todos os outros aspectos positivos da sexualidade não são as únicas características da sexualidade na adolescência. Existem factores negativos que não devem ser esquecidos, pela ameaça que podem acarretar para a saúde física e psicológica do jovem” (Pereira, Morais e Matos, 2008 in Sexualidade, Segurança & Sida).

A Regulamentação da Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto, que estabelece o regime de aplicação da Educação Sexual em meio escolar, já foi publicada. É a Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril, dos Ministérios da Saúde e da Educação. No entanto, salienta algumas questões, nomeadamente:

“a obrigatoriedade de as escolas incluírem no seu projecto educativo a área da educação para a saúde” e “a obrigatoriedade de aplicação da educação sexual em meio escolar devendo ser desenvolvida pela escola e pela família (…)” em parceria, através da análise de informações, promoção de discussões e reflexões, com vista a incutir nos alunos, desde o 1.º Ciclo, uma sexualidade responsável.

O papel do Director de Turma é mais uma vez fundamental, conforme se refere a Portaria, em relação aos conteúdos curriculares, (ponto 2 do Artigo 3.º); é que “(…) os conteúdos da educação sexual são ministrados nas áreas curriculares não disciplinares, designadamente em Formação Cívica e completados pelas áreas curriculares disciplinares de turma.”.

Os papéis que a escola pretende desempenhar e o da família não competem entre si. Ao contrário, torna-se cada vez mais imprescindível a articulação Escola–famílias, tendo por objectivos:

Garantir e promover a participação das famílias no processo educativo dos seus filhos e educandos;

Encontrar formas de rentabilizar e de dar continuidade às intenções educativas da escola no âmbito da sexualidade;

Impedir, ou evitar, que em torno das actividades sobre Educação Sexual desenvolvidas na escola se criem entendimentos ou receios infundados acerca da finalidade e dos efeitos dessas actividades.

No contexto de sala de aula, a Educação Sexual pretende o desenvolvimento de competências que ajudem os alunos a perceber a dimensão afectiva da sexualidade, lidar activa e responsavelmente com as mudanças da adolescência, a planear a tomada de decisões nas relações interpessoais de uma forma eficaz e a viver a sua sexualidade sem riscos. Outros objectivos gerais relacionados com estes são: valorizar e olhar positivamente para o seu corpo, demonstrar assertividade na comunicação, explorar os afectos, carinho, amor, como sendo inerentes à sexualidade; pretende ainda reduzir as possíveis consequências negativas dos comportamentos sexuais, tais como a gravidez não planeada e as doenças sexualmente transmissíveis. Como meta, tem também a necessidade de dotar os mais novos da capacidade de protecção face a todas as formas de abuso e exploração sexual. A Educação Sexual é uma educação para os afectos que não se prende apenas à informação científica; é, principalmente, uma área aberta ao pensar e aos valores. (Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE)).

Recentemente foi criado um gabinete (Espaço S) que pretende ser um espaço de diálogo, de informação e de apoio, onde os utilizadores, contando com absoluta confidencialidade, possam abordar questões pessoais e de Saúde: - Alimentação e Actividade Física, Tabagismo/outras Dependências, Bullying, Afectos, Transformações da adolescência e Sexualidade. Para além deste, a nossa Comunidade Educativa pode ainda contar com o endereço electrónico [email protected] e com o blogue http://espacosviatodos.blogspot.com/ (este ainda em construção) para o envio de dúvidas, questões e sugestões relacionadas com a Educação para a Saúde.

> Coordenadora da Educação para a Saúde, Professora Maria do Carmo Andrade

A sexualidade é reconhecidamente importante para o crescimento físico, psicológico e social do indivíduo, pois torna possível a propagação da espécie podendo, ou não, ser retirado algum prazer do acto sexual.

O acto sexual deve ser concretizado tendo por pressupostos que ambos os parceiros tenham consciência do que realmente desejam e nunca devam ser “forçados” a ter relações sexuais. Não existe uma data/momento para iniciar uma vida sexual, todavia, e independentemente disso, o acto sexual deve ser realizado com a devida protecção – é aqui que entram os métodos contraceptivos.

Este ano comemorou-se os 50 anos dos métodos contraceptivos, representando estes um marco nas descobertas mundiais. Alguns dos mais populares são a pílula, o preservativo, o dispositivo intra-uterino, o diafragma, os espermicidas, a vasectomia…. Estes métodos não servem apenas para prevenir gravidezes indesejadas, mas também para evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a Sida, a Hepatite B, entre outras.

> Anabela e Marisa, 9.º F

a sexualidade Nos dias 8, 10 e 12 de Novembro, as professoras da disciplina de Ciências da Natureza dinamizaram uma visita de estudo à exposição “O Corpo Humano Como Nunca o Viu”, patente na Alfândega do Porto.

Nós, alunos do 6.ºB, em conjunto, e em nome de todos os nossos colegas dos 6.os anos, redigimos um texto destacando o que mais nos impressionou:

• Órgãos do sistema digestivo: estômago, intestino delgado e grosso;

• Sistema circulatório: coração, vasos sanguíneos, muito vermelhos e também azuis;

• Sistema respiratório: uma lição. A comparação entre pulmões de pessoas não fumadoras e de fumadoras (quase negros… são negros porque cometem um grave erro: fumar);

• Sistema reprodutor masculino e feminino; também, nesta secção, fetos que morreram dentro do útero, com apenas algumas

semanas… Apesar de tão pequeninos, já dava para ver as costelas, os dedos das mãos e dos pés… e deu também para perceber a nossa evolução quando estamos dentro da barriga da nossa mãe (bebés tão pequeninos dentro da barriga da mãe e já completamente formados!);

• Esqueleto: músculos, nervos, ossos divididos;

Esta visita foi muito instrutiva para aprendermos a respeitar, cuidar e valorizar o nosso corpo que esteve, está e estará sempre connosco.

> Alunos do 6.ºB

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O DesPertar 6208 > ENTRE NÓS E AS PALAVRAS

Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (Lisboa, 28 de Março de 1810 — Quinta de Vale de Lobo, Azóia de Baixo, Santarém, 13 de Setembro de 1877) foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do Romantismo.

Oriundo de uma família bastante popular, não conseguiu evitar, todavia, que a sua infância e adolescência fossem marcadas pelos dramáticos acontecimentos da sua época: as invasões francesas, o domínio inglês e o influxo das ideias liberais, vindas sobretudo da França, que conduziriam à Revolução de 1820.

Até aos 15 anos, frequentou o Colégio

dos Padres Oratorianos de S. Filipe de Néry, então instalados no Convento das Necessidades, em Lisboa, onde recebeu uma formação de índole essencialmente clássica, mas aberta às novas ideias científicas. Impedido de prosseguir estudos universitários (o pai cegou em 1827, ficando impossibilitado de prover ao sustento da família), ficou disponível para adquirir uma sólida formação literária que passou pelo estudo de inglês, francês, italiano e alemão, línguas que foram decisivas para a sua obra literária. Alexandre Herculano casou a 1 de Maio de 1867 com D. Mariana Hermínia de Meira. Morreu na quinta de Vale de Lobos,

do qual era proprietário, Azóia de Baixo, (Santarém) a 13 de Setembro de 1877.

Da sua vasta obra, destaque para o romance histórico Eurico, o Presbítero, que tocava, já à época, questões tão sensíveis como nacionalidade, cristianismo e celibato no

sacerdócio. Esta é, ainda hoje, uma das obras mais importantes do Romantismo português.

Fontes bibliográficas: http://pt.wikipedia.org/wiki/AlexandreHerculano

> Dominique Costa, 9.ºB

Durante anos, a tradição literária fez assentar a leitura dos textos à luz dos percursos de vida dos seus autores, como se tudo o que experienciaram tivesse um efeito directo no que escreviam – biografismo. Nada mais falacioso, ou não fora o poeta um fingidor que “Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente.”.

O homem e o poeta são uma e a mesma entidade? E dentro deste, quantas vozes haverá? (Fernando Pessoa, por exemplo, materializou cinco, entre heterónimos e ortónimo); e o poeta terá a mesma voz e o mesmo coração do eu-poético? A resposta definitiva terá de ser não, ainda que seja inevitável a existência de uma relação entre quem escreve e as suas vivências e experiências pessoais.

Se há autores em quem a ligação entre homem e poeta parece mais do que coincidência, António Nobre é, seguramente, um deles.

Nasceu no Porto, em 1867, em berço dourado de uma família transmontana abastada, tendo passado a sua infância no litoral, ora no Porto, ora na Póvoa de Varzim. Entre um Curso de Direito, em Coimbra (que não concluiu), e um de Ciências Políticas, em Paris (que concluiu), estende-se uma vida marcada pelo combate contra o inimigo silencioso que vitimou milhares de pessoas no século XIX e no início do século XX: a tuberculose. Sem nunca desistir, procurou a redenção física em tratamentos na Suíça, na Madeira e em viagens por mar que o conduziram a, entre outros lugares, Nova Iorque. Complementarmente, alimentou um espírito cinzento e inquieto (“Meus dias de rapaz, de adolescente/ passam os dias a bocejar sombrios”), projectado sobre a saudade dos tempos de juventude (“Minha velha aia! Conta-me essa história/ que principiava, tenho-a na memória,/ “Era uma vez…”/ Ah, deixem-me chorar!”), o que viria a ter repercussão óbvia na sua escrita: lúgubre, pessimista e atormentada. Apesar disso, teve momentos em que sentiu a luz do sonho (sobretudo conotada com um passado arredio – “Na praia da lá Boa Nova, um dia,/

Edifiquei (foi esse o grande mal)/ Alto Castelo, o que é a fantasia”), logo destruída pela acabrunhadora realidade (“Um vento seco de mau sestro e spleen/ Deitou por terra, ao pó que tudo esconde,/ O meu condado, o meu condado, sim!”).

Do ponto de vista literário, António Nobre, não obstante ter publicado apenas uma obra em vida (ironicamente intitulada de Só, o livro que o autor designou de o mais triste de Portugal), influenciou, decisivamente, movimentos como o Decadentismo e o Simbolismo portugueses, muito por força do subjectivismo e do rompimento com uma estética, do ponto de vista formal, muito rígida (a que juntou uma linguagem próxima de um coloquialismo que o torna, em qualquer dos casos, único).

Viria a falecer no Porto, há 110 anos, com apenas 33 anos de idade.

“Aqui, sobre estas águas cor de azeite, Cismo em meu Lar, na paz que lá havia. Carlota, à noite, ia ver se eu dormia E vinha, de manhã, trazer-me o leite.

Aqui, não tenho um único deleite Talvez... baixando, em breve, à Água fria, Sem um beijo, sem uma Ave-Maria, Sem uma flor, sem o menor enfeite!

Ah pudesse eu voltar à minha infância! Lar adorado, em fumos, à distância, Ao pé da minha irmã, vendo-a bordar:

Minha velha Aia! Conta-me essa história Que principiava, tenho-a na memória, “Era uma vez...” Ah! deixem-me chorar!

Canal da Mancha, 1891

> Professor Jorge Pimenta

aLexaNDre HerCULaNO: CeLeBraÇÃO DOs 200 aNOs DO NasCIMeNtO

aNtÓNIO NOBre: a MÁGOa Na PeNa e NO COrPO

COM

EMO

RA 60 aNO

s (não se nota nada…)

Tudo começou com uma personagem de banda desenhada: Charlie Brown. Dois dias após a criação deste herói, eis que o autor, Charles Schulz, inspirado no seu próprio cão, deu vida a Snoopy; ambas as personagens viram a luz do papel há já 60 anos (2 de Outubro de 1960).

Daí para cá, muitas foram as aventuras da turma, que cresceu com o aparecimento da Sally, irmã de Brown (esperta, viva, apaixonada por Linus, outra das personagens da série; por ser pragmática, procura sempre o caminho mais fácil para as coisas); Linus (o irmão mais novo de Lucy e a grande paixão de Charlie Brown; apesar de muito miúdo – nunca larga o seu cobertor –, é o cérebro do grupo); e Lucy (líder, reactiva e frequentemente mal-humorada; tem um fraquinho afectivo por Schroeder, o seu ponto débil e a única razão que a pode levar a ser frágil).

Snoopy é o herói do grupo, um cãozinho simpático, de raça beagle, com uma personalidade multifacetada. Comunica através de reacções do rosto e de balões de pensamento. É criativo e gosta de arreliar, especialmente Lucy (a quem beija provocadoramente) e Linus (a quem esconde o cobertor); tem medo de muito pouca coisa, mas respeita o gato da vizinha.

No seu percurso, Schulz desenhou mais de 18000 tiras em mais de 2600 jornais de todo o mundo. Este criativo norte-americano faleceu, já (2000), mas a sua obra continua a encantar gente de todas as idades um pouco por todo o mundo. De resto, e para além das republicações regulares, aguarda-se, ao longo deste e do próximo ano, iniciativas no seu país-natal e no estrangeiro, tendo em vista a comemoração dos 60 anos dos Peanuts (o nome do grupo). Estejam atentos, pois.

> Filipe Araújo, 9.ºF

sNOOPy: O CÃO MAIS SIMPÁTICO DO MUNDO

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O DesPertar 62 09> ENTRE NÓS E AS PALAVRAS

ChuvaCai chuva!Cai maisNos avós e nos pais.

Cai chuva!Vai caindoCai também amanhã Que é domingo.

Cai chuva!Mais um dia acabadoAcabo por adormecerNo meu sofá, deitado! > José Araújo 6.ºB

DeserçãoAs cidades de coral descem sobre os homens. Enchem-lhes a boca com palavras completas que mentem na hora de nomear todas as coisas - rostos sujos casas vazias pratos quebrados telhas varridas aço ferro e algodão. Somos o reflexo da árvore que enterrou a floresta somos o espelho do poema que perdeu a mão e nessa grandeza de argila um rosto [um] só; apoia-se sobre a lâmina que, rasgando o solo, é osso e estandarte de um lugar que foi seu. Ousa despir as palavras ameaça roubar os silêncios e entra seguro na escuridão que lhe anoitece o corpo e o canto. Que mania a minha de chegar sempre tarde aos lugares onde não me esperam...

> Professor Jorge Pimenta

Manifestos LxxICoragemsabes, isto deveria serum diálogo,mas não o é

atrás das gradesonde sempre te escondesnão há imagem do meu corpo

sabes, agora deveria existiruma resposta,mas há apenas o silêncio

no fundo da lurarepousa aquele que foio nosso sonho

sabes, agora trocar-se-iaum beijo,mas perdeu-se nas mãos frias

mergulhada numa qualquer poçade lama fétida,jaz a história escrita

> Laura Alberto

sentimentosBrisa leve e suaveInvade o meu coração.Tenho o mar triste e calmoNa palma da minha mão.

Dias e dias à beira-mar,A pensar cada vez mais,Não são mais do que dias vazios,Todos diferentes e todos iguais.

Beijo leve e tristeComo um beijo de sereia,Vejo o mar nas estrelasE nas estrelas areia.

Tudo parece igual Mas tudo é diferenteEspero por um sinal à beira-mar,Por baixo do sol ardente.

Dias e dias passadosMemórias e recordaçõesForam dias felizesMuitos cheios de ilusões.

> Cátia Alves, 9.ºD

Da minha janelaDa minha janela vejoa flor da vidaa bambolear no horizonte.

A flor é um amor.Um amor.Um amor que o vento leva e o vento traz.

> Luís, 7.ºC

a caixa do amorEstava a olhar para tiSenti a magiaGuardei o meu coração numa caixaE fiquei com uma grande alegria.

Abri a janela do meu coração,Vi uma flor.E nela a minha vida cheia de cor.

> Cidália Santos e Telma Costa, 7.ºC

a janelaNuma livre janela, encontrei uma flor. Disse sozinho com ela: - Encontrei o meu amor!

Lá no horizonte Encontrei a lua. Li na mensagemque atiraste prà rua.

> Anónimo

tudo Passa...O destino é feito de cores. A Vida é feita de dores. A Primavera enche-se de flores.E a morte de rumores. Como será o Inferno?Será de fogo? De gelo como o Inverno?Ou apenas um jogo?

> Catarina, Cláudia, Cristina, e Laura, 7.ºD

Poema de NatalVim do Pólo NorteÀ procura do Pai NatalA pensar na minha sorteAguardei no quintal.

Na noite de NatalAcordei a pensarHoje é um grande diaVamos todos celebrar.

No pinheiro de NatalAs estrelas a brilharUma história no finalOs passarinhos a cantar.

No dia de Natal De presente uma florOferecia a um meninoQue é da minha cor.

> André Oliveira e Ricardo Oliveira, 7.ºE

Tudo começou com um simples choro, um simples olhar, o poder da liberdade.Desde o primeiro brinquedo, o primeiro biberão, os primeiros passos no chão. Mas quem sou eu afinal?Eu sou uma simples cidadã que vagueia por este mundo fora e que anda sempre a pensar no dia de amanhã e no que poderá acontecer.

Durante a minha infância eu fui muito feliz porque nunca ninguém me propôs uma tarefa a sério e não tinha noção do que era viver neste meio.Agora que já tenho maturidade e responsabilidade, sei exactamente o que esperam de mim.Finalmente, aprendi a conviver na sociedade!

> Sara Castro, 7.ºD

Pétalas

Alessandro Bavari, Trypticon

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O DesPertar 6210 > A ESCOLA E O MEIO

Nos dias 10 e 11 de Novembro, os alunos do 5.º ano foram recebidos na Biblioteca para uma sessão no âmbito da promoção do Livro e da Leitura. A Dra. Ana Paula Brito, numa conversa participada por todos os presentes, aqui e ali pontuada por pequenos filmes ilustrativos, alertou os alunos para a importância de ler e saber ler. A animadora Alexandra Ferreira narrou-lhes uma pequena e belíssima história, rica na gratuidade da entrega ao amor – Um milhão de Beijinhos, de Elsa Lé. Depois, terminou com poemas seleccionados de José Jorge Letria e José Carlos Ary dos Santos. No fim, todos receberam um livro no âmbito do projecto Ler+ para vencer, do Plano Nacional de Leitura. E a magia apoderou-se dos nossos alunos, que apertavam o presente recebido e, encantados, sonhavam já com o mundo que nele iam descobrir!

> Professora Dionísia Rodrigues

"Quando me convidaram para contar histórias ao fim da tarde para a comunidade pensei cá para comigo que ninguém iria aparecer àquela hora; jantar por fazer, outros afazeres da casa e tantas outras ofertas lúdicas Enganei-me. Aos poucos foram chegando adultos e crianças até perfazerem um número aproximado de oitenta participantes, isto às 19 horas de um dia de semana . Lembrei-me de umas palavras escutadas a Teresa Calçada (RBE) durante um encontro do PNL em que incentivava as Bibliotecas Escolares a intervirem no coração das comunidades locais".�

Miguel Horta (Blogue pessoal, Laredo, in http://miguel-horta.blogspot.com)

Quando entreguei o convite à minha mãe para participar na sessão de leitura, a actividade pareceu-nos logo interessante, uma boa distracção para um final de tarde. A minha mãe decidiu vir e trazer-me com ela, acompanhadas por uma amiga minha e a sua mãe.

Miguel Horta apresentou-se, muito simpático, e sem perder tempo, pois, como devem calcular, tinha que passar ao que mais interessava: a leitura. E começou por falar sobre a leitura e a importância de ler. Segundo ele, quem muito lê, muito aprende.

Depois desta breve introdução (o tempo era escasso), contou algumas histórias (a primeira em crioulo, mas todos perceberam!) e alguns dos contos que escreveu. Eu e a minha mãe gostámos de todos, eram muito divertidos.

Próximo do final da sessão, Miguel Horta falou um pouco mais da sua obra e da ligação que os seus contos têm com a realidade. Tinha também alguns livros e mostrou-nos as ilustrações.

Foi assim que passámos uma hora agradável e bem-sucedida!

Antes de irmos embora, a minha mãe comprou-me o livro Dacoli e Dacolá. Ele autografou-mo e eu já li todas as histórias. E adorei!

> Alexandra Silva, � 6.ºE

Miguel Horta é pintor. Um pintor apaixonado por histórias. Tornou-se também escritor. Escreve e ilustra os seus livros. Mas o seu gosto pela palavra leva-o também a contar histórias – as suas e as dos outros. Cruza imaginários como quem mistura pinceladas de cor. Contos crioulos, histórias de pescadores, histórias de gente e de animais, histórias para rir e para pensar, histórias para todas as idades… É um mediador de leitura que percorre o país, partilhando o seu gosto pela arte e literatura com os mais diversos públicos.

No dia 20 de Outubro, esteve entre nós, numa sessão ao final da tarde, em que participaram alunos e encarregados de educação. E aqui ficam testemunhos que, melhor do que tudo o que eu possa dizer, ilustram o momento vivido.

> Professora Dionísia Rodrigues

sessão de contos com MIGUeL HOrta

sessão de leitura na Biblioteca

O Diogo, aqui ao lado da Dra. Ana Paula, apresentou um trava-línguas aos colegas.

A animadora Alexandra.

A assistência sempre muito interessada.

CONCUrsOs LIterÁrIOs

Não os podes perder!Consulta o regulamento destes concursos na Biblioteca ou no site http://biblioteca.eb23-viatodos.org/

Realizou-se, no dia 4 de Dezembro, da parte da manhã, na Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos de Viatodos, uma cerimónia para a atribuição dos Diplomas de excelência e de Honra aos alunos meritórios nas vertentes social e escolar, referentes ao ano lectivo de 2009/2010. Toda a cobertura da cerimónia na próxima edição d'O Despertar.

reCONHeCIMeNtO DO MÉrItO esCOLaratribuição dos Quadros de excelência e de Honra

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O DesPertar 62 11> O SOM E A LETRA / A ESCOLA E O MEIO

Mais uma vez temos na escola duas classes de piano. A procura por parte dos alunos é muita e o tempo é pouco…

As sessões têm como objectivos a ocupação dos alunos em períodos pós-escolar, a aquisição de aprendizagens ao nível de um instrumento, neste caso, o piano, e o aprofundamento e a aplicação dos conhecimentos adquiridos nas aulas de Educação Musical. O interesse dos alunos é grande e, já no final do ano lectivo transacto, os alunos apresentaram-se num pequeno recital onde puderam mostrar as suas aptidões ao teclado, no Dia das Expressões.

> Professor Zé Manel

Há duzentos anos, nascia Robert Schumann. Pianista e compositor, destaca-se pela sua dedicação ao piano, o instrumento mais importante deste período romântico pelas possibilidades

expressivas que proporciona.

A música de Schumann é um verdadeiro exemplo do Romantismo, pois ao ouvi-la entende-se, de imediato, as características que lhe estão implícitas.

Da vida de Schumann sabe-se que estudou advocacia, ao mesmo tempo que estudava música. Como homem extremamente culto, comparava a Prosa à Advocacia e a Poesia à Música. Como homem romântico, acabou por optar pela Música.

Veio a casar com a jovem Clara Wieck, excelente pianista e compositora, contra a vontade do pai, à época seu professor.

Sabe-se também que, na busca de uma melhor técnica pianística, inventaria um aparelho que lhe desenvolvesse a agilidade do dedo anelar, do que resultaria a sua paralisação total, impossibilitando-o de voltar a tocar. Assim, Schumann passou a dedicar-se de uma forma mais intensa à composição.

A sua paixão pela literatura levou-o a publicar artigos musicais para a Nova Gazeta Musical, utilizando dois pseudónimos na abordagem de artigos de carácter contraditório.

Schumann começou a evidenciar sintomas de loucura, tendo tentado o suicídio ao atirar-se ao rio Reno. Viria, todavia, a ser salvo e internado num manicómio, onde morreria aos 46 anos, em 1856. Ficou a sua obra que o faz perdurar nos tempos!

a obra:Schumann servia-se do piano para acompanhamento de lieder (canções), utilizando-o também como meio para ilustrar as imagens sugeridas nos textos poéticos que musica.

Tem outras obras de interesse, mas penso que a melhor forma de encerrar esta nota sobre este compositor serão as Cenas Infantis, um conjunto de 13 pequeninas peças para piano, em que cada uma descreve uma situação relativa à infância. Os seus títulos, sugestivos, são: De Povos e Terras Distantes, Uma História Curiosa, Jogo da Cabra-Cega, Criança Suplicante, Felicidade Perfeita, Grande Acontecimento, Devaneio, À Lareira, Cavaleiro do Cavalo-de-Pau, Quase Sério Demais, Meter Medo, Criança a Adormecer e O Poeta Fala.

> Professor Zé Manel

Tiago, pianista de palmo-e-meio, no Dia das Expressões

Classes de Piano

robert schumann

A Biblioteca associou-se à comemoração do Centenário da República promovendo a exposição Letras e Cores, Ideias e Autores da República, uma mostra que resulta de uma iniciativa da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, em colaboração com a Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, e que nos foi disponibilizada pela Biblioteca Municipal de Barcelos.

Tendo como ponto de partida textos de autores que retrataram o Portugal do final do século XIX e do início do século XX, dez ilustradores contemporâneos trataram plasticamente temas representativos do contexto social, político, cívico e cultural da época: Ultimatum, Monarquia, 5 de Outubro, Igreja, Educação, Mulheres,

Modernismo, Grande Guerra, Chiado e Revistas.

E o cruzamento harmonioso e coerente de literatura e arte, passado e presente, resulta numa interessante exposição reveladora desse universo cultural e humanístico dos ideais e valores republicanos.

01. UltimatumJoão Vaz de Carvalho Guerra Junqueiro, O caçador Simão (1891) 02. MonarquiaAfonso Cruz Aquilino Ribeiro, Um escritor confessa-se (publicado em 1972)03. 5 de OutubroBernardo Carvalho

José Rodrigues Miguéis, A Escola do Paraíso (1960)04. IgrejaMarta TorrãoAbel Botelho, Próspero Fortuna (1910)Tomás da Fonseca, Águas Passadas (1950)05. EducaçãoTeresa LimaManuel Laranjeira, O Pessimismo Nacional (1908)06. MulheresRachel CaianoVirgínia de Castro e Almeida, Prefácio da obra A Mulher (1913)Ana de Castro Osório, A Mulher no casamento e no divórcio (1911)07. ModernismoJorge MiguelJosé de Almada Negreiros, Manifesto anti-

Dantas e por extenso (1915)08. Grande GuerraCarla NazarethJaime Cortesão, Memórias da Grande Guerra (1919)09. ChiadoGémeo LuísRaul Brandão, Memórias III (1933)10. RevistasAlex GozblauTeixeira de Pascoaes, revista A Águia, vol.i, 2ª. Série, N.º 1 ( Janeiro 1912) Luiz de Montalvôr, revista Orpheu, N.º 1 (1915)

(A consulta dos textos indicados poderá ser feita em www.dglb.pt.)

> Professora Dionísia Rodrigues

Letras e Cores, Ideias e autores da república

01. Ultimatum 05. Educação 09. Chiado03. 5 de Outubro 07. Modernismo 10. Revistas

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O DesPertar 6212 > REPÚBLICA PORTUGUESA

O intervalo tinha terminado. Mais uma vez o estridente som voltara a tocar.Eram 10:05h., a hora de nos juntarmos, todos, na cantina para assistirmos a uma palestra. Mas não se tratava de uma palestra qualquer; frente a frente estariam um defensor da Monarquia (Dr. Luís Damásio) e um defensor da República (Dr. Vítor Pinho). Os professores da área da História organizaram este evento com o intuito de assinalarmos o centenário da implantação da República em Portugal.- Que seca!... – todos pensámos. – Um debate é coisa para adultos…

Mas, à medida que o tempo passava e os argumentos fluíam, apercebemo-nos de que estávamos a gostar e de que, a cada minuto que escorria, um novo pormenor juntávamos ao nosso conhecimento sobre os antecedentes e o próprio dia 5 de Outubro de 1910.No final daquela sessão, que passou mais depressa do que inicialmente receávamos, e depois das impressões trocadas, concluímos que a actividade fora interessante e profundamente enriquecedora. É, afinal, na troca de ideias que se constrói o conhecimento. Nós fizemo-lo!

> Inês Eiras, 9.ºA

Num colóquio onde os intervenientes, de forma aguerrida mas bem-disposta, prenderam a atenção da assistência, confrontaram-se duas perspectivas antagónicas: Monarquia ou República; qual dos dois regimes melhor serve os interesses da nação portuguesa?

Do lado dos republicanos, o Dr. Vítor Pinho que apontou, como pontos fortes da República, a democratização da vida política em Portugal com a aprovação da Constituição de 1911 que instituiu uma democracia parlamentar; a afirmação dos valores da liberdade e da igualdade; a emancipação da mulher; a aprovação das leis do trabalho que garantiam o direito à greve, a fixação do horário de trabalho semanal nas 48 horas, e a protecção na doença e na velhice; a aprovação das leis da família que instituíram o registo civil obrigatório, o direito ao divórcio, a igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos e o casamento civil; a laicização do ensino; a defesa da escola pública; o combate ao analfabetismo com a criação do ensino primário obrigatório.

Em contraponto, o Dr. Luís Damásio – fervoroso monárquico – apresentou como pontos fracos da República a instabilidade política com 45 governos e 8 Presidentes da República nos 16 anos que durou a 1ª República; o agravamento da situação económica e financeira do país; as perseguições ao clero com a expulsão das ordens religiosas e a confiscação dos seus bens; a reduzida diminuição da taxa de analfabetismo; a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial. Apontou como virtudes da Monarquia, em Portugal, a estabilidade política sem o recurso sistemático a eleições; a independência do rei em relação aos partidos políticos; e a preparação atempada (desde o berço) para o exercício do cargo de chefia do Estado.

Depois de concluído o colóquio e dirimidos todos os argumentos, pôde-se concluir que qualquer dos regimes tem as suas virtudes e os seus defeitos, dependendo da forma como são exercidos e de quem os implementa.

> Grupo Disciplinar de História

No âmbito das comemorações do Centenário da República, o Grupo Disciplinar de História (3.º Ciclo) promoveu as seguintes actividades: Colóquio “República versus Monarquia”; Exposição “A Implantação da República”; e Exposição “O Centenário da República”.

O Colóquio realizou-se no dia 30 de Setembro, na cantina, pelas 10 horas e com a duração de dois tempos, tendo tido como público-alvo os alunos do 9.º ano. Para o desenvolvimento desta actividade,

pedimos a colaboração dos senhores Dr. Luís Damásio e Dr. Vítor Pinho, para defenderem, respectivamente, os ideais da Monarquia e da República, que, desde a primeira hora, se mostraram disponíveis para a sua concretização.

Para a realização da exposição “A Implantação da República” foi pedido aos alunos do 9.º ano a pesquisa de informação e a elaboração de trabalhos, em grupo, sobre o tema em causa. Estes trabalhos poderiam ser apresentados em cartolina

ou em pequenos dossiers. Os trabalhos realizados foram expostos na Biblioteca, entre os dias 28/09/2010 e 15/10/2010.

A exposição “Centenário da República” tinha como objectivos dar a conhecer e divulgar os diversos símbolos da República e as biografias dos 19 Presidentes da República Portuguesa, desde a sua implantação, em 5 de Outubro de 1910, até à actualidade. O trabalho de pesquisa sobre as biografias foi realizado, com a colaboração dos alunos do 9.º ano,

no ano lectivo anterior. Os materiais foram expostos na escadaria de acesso à Biblioteca, entre os dias 28/09/2010 e 15/10/2010.

Todas estas actividades tiveram um impacto bastante positivo na Comunidade Educativa, pelo que pensamos que os objectivos foram plenamente alcançados.

> Grupo Disciplinar de História

COMEMORAÇõES DO CeNteNÁrIO Da rePúBLICa

Notas soltas

Colóquio “república versus Monarquia”

COMEMORAÇÃO DO CeNteNÁrIO DO 5 De

OUtUBrO NA eB1 De VIatODOs

O professor João Oliveira, da escola EB2/3 de Viatodos, deslocou-se à escola EB1 de Viatodos para dialogar com os alunos sobre A República. Enquanto dialogava, ia projectando diapositivos com imagens e esquemas respondendo às questões que surgiam de forma a que os alunos entendessem melhor o acontecimento histórico e a vida dos portugueses há 100 anos.

Os alunos pintaram bandeiras e aprenderam o Hino Nacional, cantando-o com todo o entusiasmo nos Bombeiros Voluntários de Viatodos e no Centro de Lazer.

> Escola EB1 de Viatodos08. Grande Guerra 04. Igreja06. Mulheres 02. Monarquia

triiiiim!!!

LETRAS E CORES, IDEIAS E AUTORES DA REPÚBLICA

Page 13: O despertar 62

O DesPertar 62 13> REPÚBLICA PORTUGUESA

Os PresIDeNtes Da rePúBLICa1.º PresidenteMaNUeL De arrIGamandato 24/08/1911 a 26/05/1915

5.º PresidenteCaNtO e CastrOmandato 16/12/1918 a 05/10/1919

13.º PresidenteaMÉrICO tOMÁsmandato 09/08/1958 a 25/04/1974

9.º PresidenteMeNDes CaBeÇaDasmandato 31/05/1926 a 17/06/1926

17.º PresidenteMÁrIO sOaresmandato 09/03/1986 a 09/03/1996

3.º PresidenteBerNarDINO MaCHaDOmandato 06/08/1915 a 05/12/1917

11.º PresidenteÓsCar CarMONamandato 16/11/1926 a 18/04/1951

7.º PresidenteMaNUeL teIxeIra GOMesmandato 06/10/1923 a 11/12/1925

15.º PresidenteCOsta GOMesmandato 30/09/1974 a 13/07/1976

2.º PresidenteteÓFILO BraGamandato 29/05/1915 a 05/08/1915

6.º PresidenteaNtÓNIO JOsÉ De aLMeIDamandato 05/10/1919 a 05/10/1923

14.º PresidenteaNtÓNIO De sPÍNOLamandato 15/05/1974 a 30/09/1974

10.º PresidenteGOMes Da COstamandato 17/06/1926 a 09/07/1926

18.º PresidenteJOrGe saMPaIOmandato 09/03/1996 a 09/03/2006

4.º PresidentesIDÓNIO PaIsmandato 28/04/1918 a 14/12/1918

12.º PresidenteCraVeIrO LOPesmandato 21/07/1951 a 09/08/1958

8.º PresidenteBerNarDINO MaCHaDOmandato 11/12/1925 a 31/05/1926

16.º PresidenteraMaLHO eaNesmandato 14/07/1976 a 09/03/1986

Hoje, a Revolução do 5 de Outubro veio à escola. Não com sangue e pólvora, mas em painéis. Trata-se de uma exposição que retrata alguns dos acontecimentos que levaram ao e marcaram o dia 5 e seguintes.

Inicialmente, os quadros retratavam o modo de vida antes da Implantação da República (a população vivia em más condições de vida, não existia direito ao voto, houve várias revoltas populares, as mulheres tinham menos direitos que os homens, os ingleses ameaçaram com um ultimato…); à medida que descíamos a galeria, observávamos a revolta que contribuiu para a passagem da monarquia para a república. Devido a este acontecimento, o país conseguiu elevar as suas condições de vida e garantir mais e melhores direitos aos cidadãos (direito ao voto, emancipação da mulher, que com o evoluir dos anos permitiu que estas também tivessem direito ao voto, etc). Mas, porque não há bela sem senão, também pôs a nu as insuficiências que este regime político nos trouxe, numa abordagem mais centrada na perspectiva literária.

Nós? Recuperámos ideias já estudadas e consolidámos outras – a maior de todas, percebermos como esta revolta foi importante para o Portugal que hoje temos.

> Anabela e Marisa, 9.ºF

Letras e COres, IDeIas e aUtOres Da rePúBLICa

exposição “O Centenário da república”

exposição “a Implantação da república”

19.º PresidenteCaVaCO sILVamandato Desde 09/03/2006

ACTUAL PresIDeNte Da rePúBLICa

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O DesPertar 62 > A ESCOLA EM MOVIMENTO: PROJECTO COMENIUS14Projecto Comenius: A Escola EB 2/3 de Viatodos e a Europa

Num mundo com uma expressão pluricultural e plurilingue, os conceitos de país, nação e povo têm vindo a sofrer transformações paulatinas, mas com uma expressão cada vez mais visível.

No plano educacional, a meta última jamais mudará: melhorar a qualidade da aprendizagem de jovens, na perspectiva da sua formação integral e da sua preparação para a vida activa. Ainda assim, os programas e as metodologias concebidos para a sua efectivação têm sofrido transformações e reajustamentos diversos.

É justamente nesse contexto que, à semelhança do seu parente para o Ensino Superior (o Erasmus), surge o Projecto Comenius, um programa promovido pela Comissão Europeia, que se aplica à generalidade dos jovens estudantes dos países Europeus, desde o ensino pré-escolar até ao ensino secundário, com dois tipos de acções distintas, conquanto complementares: por um lado, estabelecendo parcerias entre Escolas; por outro lado, fomentando deslocações de jovens entre países diferentes. O seu propósito? Tão-somente despertar nos jovens a consciência da diversidade das culturas e das línguas europeias e, por inerência, o sentido de cidadania europeia.

Comenius: O Projecto

O nosso Projecto: A Paisagem e os HomensFoi no quadro descrito que surgiu o envolvimento da Escola EB2/3 de Viatodos neste projecto. Entre 12 e 15 de Janeiro de 2010, a Professora Guilhermina Vieira participou numa reunião preparatória em Oloron-Sainte-Marie, França, que permitiu a elaboração definitiva do projecto conjuntamente com os colegas dos países parceiros – Alemanha, Espanha, França, Grécia e Portugal (quadro 1). O seu horizonte estende-se entre 2010 e 2012.

O tema unificador da acção é As Paisagens Europeias, enquanto património nacional e europeu a descobrir, partilhar e preservar. Todas as dinâmicas de trabalho prevêem acções diversas, em diferentes áreas (sensitivo-afectivo, geográfico, ambiental, literário e artístico), que girarão em torno desta linha temática.

A sua concretização far-se-á em duas direcções: à distância, através da troca de documentos escritos e fotográficos entre os diferentes intervenientes, qualquer deles atinente a uma área geográfica específica de cada país (quadro 2), por um lado; através de deslocações dos alunos aos diferentes países-parceiros, por outro.

A nossa escola iniciou o seu trabalho já em Setembro, com uma visita de professores, alunos e encarregados de educação (contando, ainda, com a colaboração de uma engenheira biológica) ao Parque Natural da Peneda e Gerês, no dia 25, para um safari fotográfico e reconhecimento da fauna e da flora locais. Os documentos, depois de seleccionados, configuram uma base de trabalho preciosa para o desenvolvimento do projecto nos dois anos.

Seguiu-se uma reunião de trabalho em Pérama, Grécia (22-26 de Novembro), envolvendo dois professores e três alunos-embaixadores, visando a partilha de produtos individuais, o desenvolvimento de projectos comuns e a realização de reuniões de trabalho para reafinação de algumas linhas do projecto.

Como etapas complementares do envolvimento da Escola EB 2/3 de Viatodos, prevê-se que em Junho de 2011 a nossa escola acolha a comitiva do colégio Les Cordeliers; que em Março de 2011 os nossos alunos se desloquem a

San Adrian e a Oloron; que em Junho de 2011 a nossa escola receba e acolha os professores e os alunos embaixadores para uma segunda reunião de trabalho; que em Outubro de 2011 recebamos uma comitiva de Oloron; que em Fevereiro de 2012 uma equipa de professores e alunos de Viatodos se desloque a Hamelin, para um terceira reunião de trabalho. Está ainda prevista uma derradeira reunião em Oloron, Maio de 2012, para encerramento do Projecto.

esCOLas INterVeNIeNtes:Gymnasium Albert Einstein, Hamelin (Alemanha)IES EGA, San Adrian (Espanha)Colégio Les Cordeliers, Oloron-Sainte-Marie (França)Liceu Profissional Agrícola de Soeix (França)2.º Colégio de Pérama, Pérama (Grécia)Escola EB 2/3 de Viatodos, Barcelos (Portugal)

reGIões eM FOCO NO reGIstO De PaIsaGeNs De CaDa PaÍs:Baixa Saxónia (Alemanha)Parque Natural da Peneda Gerês (Portugal)Bardenas de Navarra (Espanha)Vale do Ebro (Espanha)Pirenéus (França)Paisagem de Atenas Antiga (Grécia)

> O Despertar

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Page 15: O despertar 62

O DesPertar 62 > O CANTINHO DAS LÍNGUAS 15

De 21 a 28 de Outubro, a Escola EB 2/3 de Viatodos recebeu a Madame Emmanuelle Jauretche, vice-presidente do Collège Les Cordeliers, de Oloron-Sainte-Marie (Pirenéus Franceses).

Esta visita teve como principal objectivo a observação, in loco, do funcionamento do sistema educativo português, nomeadamente no plano da gestão de estabelecimentos escolares. A sua vinda foi financiada pela agência PROALV, integrada no programa de formação continua.

A sua presença decorreu de forma muito satisfatória, já que proporcionou uma partilha de experiências entre ela e diferentes agentes educativos, o que contribuiu para o enriquecimento de todos.

Para lá do trabalho, efectuaram-se visitas a alguns locais da nossa região (Braga, Barcelos, Viana, Porto, Guimarães e Gerês).

Este será, com toda a certeza, o primeiro de muitos intercâmbios institucionais com Oloron.

A toda a comunidade, aos órgãos de gestão e, principalmente, ao senhor Director Fernando Martins, os nossos agradecimentos. A Emanuelle, em discurso directo: “J’ai rencontré beaucoup de personnels de votre établissement et chacun à son niveau a contribué à me donner un excellent souvenir de la Escola Básica de Viatodos et plus largement du Portugal. Je profite de votre journal pour leur transmettre mes chaleureux remerciements et mes amitiés”.

> Professora Guilhermina Vieira

Visita de eMMaNUeLLe JaUretCHe, vice-presidente do “Collège Les Cordeliers”

Nos dias 6 e 7 de Setembro, os professores de Francês e das DNL’s (Disciplinas Não Linguísticas) das Secções Europeias reuniram-se no Instituto Franco-Português, em Lisboa, para a formação “Projectos inovadores para as Secções Europeias de Língua Francesa”, organizada pela Embaixada Francesa, DGIDC, em colaboração com a APPF. Durante dois dias de trabalho, os formandos participaram em conferências sobre a educação bilingue, as TIC e a intercompreensão, assim como em ateliês onde tiveram a possibilidade de partilhar as experiências e os projectos.

O balanço foi muito positivo. Na verdade, a partilha das dificuldades e dos sucessos renovou as energias dos professores bem assim como os seus horizontes de intervenção profissional.

> Professora Guilhermina Vieira

Muito mais que um conjunto de páginas lindamente ilustradas e encadernadas, um livro é uma porta aberta ao conhecimento, à informação, mas também ao sonho, à aventura, ao voo…

Um livro dá-nos a possibilidade de viajar sem sair do sítio, de estar presente num dado espaço e/ou tempo sem efectivamente lá estar, de interagir quando, em verdade, não fazemos parte do enredo.

a leitura é um prazer! E tanto o é quando escrito em língua Portuguesa, como numa qualquer outra língua. Por isso, convido toda a Comunidade Educativa a visitar, na Biblioteca da nossa escola, a secção de livros em Inglês e escolher um dos diversos títulos disponíveis, requisitá-lo e levá-lo para ler em casa. Por um lado, poderão usufruir de um momento de leitura agradável; por outro, terão a possibilidade de desenvolver

e melhorar competências nesta língua estrangeira e obter melhores resultados na disciplina.

aLGUNs testeMUNHOs:

The book “Escape” is a very interesting book because in the story there is plenty of action and danger. [Nelson Silva]

I liked reading the book “Amazon Alert” very much because it is very interesting and mysterious. [Barbara Nadine Oliveira]

The book I read is “Sugar and Candy”. I suggest you should read it. You’ll have fun! [Ana Rita Sá]

Boa leitura!

> Professora Fátima Oliveira

Nós e os livros

Miguel de Cervantes

Miguel de Cervantes saavedra nació en alcalá de Henares, el 29 de septiembre de 1547 y fue un dramaturgo, novelista y poeta español.

era hijo de un médico y concluyó sus estudios en Madrid. Fue para Italia, donde hizo el servicio militar, participando en la guerra contra los turcos.

Produjo algunas piezas de teatro, pero optó por la literatura, escribiendo la primera novela moderna y su obra–maestra de la literatura universal - El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha.

Miguel de Cervantes tuvo tanta influencia sobre la literatura española que es habitual llamar al idioma español, la Lengua de Cervantes.

Miguel de Cervantes murió en Madrid, el 23 de abril de 1916.

> Paula Moreira, 9.ºD

eNCONtrO Das

seCÇões eUrOPeIas De LÍNGUa FraNCesa

seCtION eUrOPÉeNNe De LaNGUe FraNÇaIseO Projecto SEF, já implementado na Escola EB 2/3 de Viatodos há quatro anos, tem cada vez mais alunos interessados em aprender o francês em contextos diferentes. Este ano lectivo, três turmas de 7.º ano (A, D, F) optaram por iniciar o Francês numa secção europeia tendo como disciplinas não linguísticas EMRC e Educação Física. O 8.ºano (turma A) continua com as disciplinas de Ciências Naturais e Educação Tecnológica.

Para mais informações, consulta o nosso blogue: http://sef-viatodos.blogspot.com/

> Professora Guilhermina Vieira

Page 16: O despertar 62

O DesPertar 62 > A ESCOLA EM MOVIMENTO

O Clube de Informática nasce numa altura em que muito se fala da globalização da informação e também da comunicação, tendo como suporte o uso das novas tecnologias.No caso concreto, trata-se de uma plataforma, desenvolvida em Joomla, um dos mais poderosos sistemas de Gestão de Conteúdos (em código aberto) do planeta.O sitio do Clube de Informática da Escola EB2/3 de Viatodos pode ser acedido através do endereço http://informatica.eb23-viatodos.org e tem como objectivos difundir informação, estimular a troca de informação dentro da Comunidade Escolar e fora dela, para além de permitir a divulgação dos projectos de toda a Comunidade Escolar, os seus interesses, e as suas actividades.Serão também disponibilizados neste site vários programas de rádio, a partir da

realização de vários podcasts, podendo qualquer utilizador ouvi-los no computador, telemóvel ou noutro tipo de aparelho. Para o efeito, contamos com a participação dos alunos, pois fazer rádio na escola, para além de uma actividade recreativa com os alunos, deve ser também uma estratégia motivacional para novas aprendizagens em contexto escolar, seja comunicando, seja produzindo informação e conteúdos.Mas o desafio vai mais além, pois irá incluir também a Web tv, fazendo desta página um verdadeiro meio de comunicação e partilha, nomeadamente em som e imagem, não só através de podcasting, mas também em streaming, ou seja, em tempo real.Estejam atentos, pois.

> Grupo Disciplinar de Informática

CLubE DA INFOrMÁtICa

Na noite fria de 5 de Novembro teve lugar, num dos pátios externos da nossa Escola, uma aventura fascinante do conhecimento do céu. A actividade, intitulada “Observação Nocturna”, organizada pelo grupo de Ciências Físico-Químicas e Clube da Ciência, contou com a orientação científica dos docentes José Gomes e Rafael Pinto, que disponibilizaram todo o equipamento técnico. Numa noite em que as condições climatéricas foram propícias à observação, Júpiter foi alvo obrigatório. Os telescópios estiveram alinhados com o grandioso planeta, fazendo-se este acompanhar pelas suas Luas, que nessa noite estiveram bem posicionadas na esfera celeste.

Os presentes (alunos, professores, funcionários, encarregados de educação e acompanhantes), entusiasmados e muito participativos, puderam também identificar algumas constelações a olho nu, como a Cassiopeia, com o auxílio de mapas celestes, bem como identificar a Estrela Polar, observar o aglomerado/enxame aberto de estrelas Plêiade, recorrendo a binóculos, e até mesmo medir a altura dos astros com o auxilio de astrolábios.

Convictos de que esta iniciativa adicionou mais-valias ao ensino que se pratica na nossa Escola, contribuindo grandemente para a motivação dos alunos e professores em torno de matérias tão interessantes como a Astronomia, o grupo de Ciências Físico-Químicas agradece a participação e a colaboração de todos os presentes.

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Os Grupos de Ciências da Natureza, Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas organizaram e dinamizaram, no dia 13 de Setembro de 2010, no L2, aquando da recepção dos alunos do 5.º ano de escolaridade, um conjunto de actividades lúdico-pedagógicas com os objectivos de dar a conhecer o espaço laboratório aos alunos do 5.º Ano, de despertar nos alunos o interesse pela Ciência, de motivar os alunos para o estudo das ciências, de estimular nos alunos o gosto pela futura disciplina, de desenvolver o espírito científico nos alunos

e de promover a experimentação como meio para o desenvolvimento da literacia científica.

É de salientar que alguns discentes tiveram a oportunidade de interagir com algumas experiências e dar a respectiva explicação sobre os factos experimentais.

Esta actividade motivou grande entusiasmo e adesão, não só da parte dos discentes do 5.º ano, a quem se destinava a actividade, mas também da parte dos Encarregados de Educação e dos Directores de Turma acompanhantes.

“À DesCOBerta DO LaBOratÓrIO”

w> Grupo Disciplinar de Físico-Química

Alunos do 5.º ano observam experiências laboratoriais.

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O DesPertar 62 17> À VOLTA DOS NÚMEROS> A ESCOLA EM MOVIMENTO

Nos últimos números deste jornal, temos vindo a falar sobre os grandes matemáticos portugueses, aqueles que chegaram a ter projecção internacional. José Sebastião e Silva será o último deles. Isto é, aquele com quem encerraremos esta pequena série de artigos.

Os mais atentos dos nossos leitores constatarão que a fotografia de José Sebastião e Silva que ilustra este artigo já saiu, por lapso, no artigo anterior, como sendo de Bento de Jesus Caraça. De facto, não era… Pedimos imensa desculpa.

José Sebastião e Silva foi um dos mais notáveis matemáticos portugueses do século XX. Nasceu em Mértola (1914) e faleceu em Lisboa (1972). Licenciou-se em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1937, e doutorou-se em1949. Além de deixar uma obra importantíssima como investigador – 47 trabalhos de investigação que foram resumidos em três volumes: Obras de José Sebastião e Silva – preocupou-se profundamente com o ensino da Matemática. Empenhou-se, de forma entusiástica, na preparação científica dos jovens, não só do nível universitário, mas também dos níveis básico e secundário, possibilitando uma verdadeira renovação e modernização do ensino da Matemática. Pela primeira vez, ele faz a ligação da Matemática a situações da vida real, do concreto, não desprezando, no entanto, a necessidade de mecanização de alguns procedimentos, nem a da memorização e do cálculo.

(…) É preciso combater o excesso de exercícios que, como um cancro, acaba por destruir o que pode haver de nobre e vital no ensino. É preciso evitar certos exercícios artificiosos ou complicados, especialmente em assuntos simples. (...) É mais importante reflectir sobre o mesmo exercício que tenha interesse, do que resolver vários exercícios diferentes, que não tenham interesse nenhum. (...) Entre os exercícios que podem ter mais interesse figuram aqueles que se aplicam a situações reais, concretas. (Guia para a utilização do compêndio de Matemática)

(…) A matemática não deve desprezar o concreto, a matemática deve estar ligada à realidade física em que o pensamento matemático mergulha as suas raízes. E é sobretudo a geometria que serve de modo natural para a ligação entre o mundo físico e a abstracção (carta a

Emma Castelnuovo, cit. em Ens. da Mat. Anos 80, SPM, Lisboa, 1982)

(…) Um dos objectivos fundamentais da educação é, sem dúvida, criar no aluno hábitos e automatismos úteis, como, por exemplo, os automatismos de leitura, de escrita e de cálculo. Mas trata-se aí, manifestamente, de meios, não de fins. (Guia para a utilização do compêndio de Matemática, 2º/3º vol, pg 10-11)

José sebastião e silva preconizou, em meados do século passado, a utilização de computadores no ensino da Matemática, numa perspectiva laboratorial.

(…) Haveria muitíssimo a lucrar se o ensino destes assuntos fosse normalmente orientado a partir de centros de interesse como o anterior – e tanto quanto possível laboratorial, isto é, baseado no uso de computadores, existentes nas próprias escolas ou fora destas, em laboratórios de cálculo. ([5], p.89)

Os seus Compêndio de Matemática e Compêndio de Geometria Analítica foram classificados pela Comissão especializada da O.C.D.E. como os mais completos e perfeitos, elaborados em todo o âmbito dessa organização europeia, e foram difundidos internacionalmente, através de uma versão oficialmente promovida para línguas como a francesa e a inglesa, facto extremamente prestigiante para o nosso País.

Em 1997, ano em que se completou o vigésimo quinto aniversário do desaparecimento de José Sebastião e Silva, a Sociedade Portuguesa de Matemática, em conjunto com o Ministério da Ciência e Tecnologia, instituiu um prémio para galardoar manuais destinados aos Ensinos Básico e Secundário, prestando, assim, homenagem à memória de um matemático e pedagogo excepcional, que marcou uma época em Portugal. Dizia ele que “se havia necessidade de paciência, maior era decerto a alegria de percorrer caminhos novos, de surpreender novas pistas e belezas novas”. Defendia com entusiasmo a criatividade e a investigação no campo da Matemática.

> Professora Clara Pastore

JOsÉ seBastIÃO e sILVa Um Matemático do nosso tempo

Uma família de tartarugas Num jardim vive uma família de 4 tartarugas.Pesam em conjunto 16 kg.A tartaruga mãe pesa metade da tartaruga pai, e as tartarugas filhas pesam, cada uma, metade da tartaruga mãe.Quanto pesa cada tartaruga?

Humor matemáticoQual é o animal com mais de 3 olhos e menos de 4?

Desafio A figura seguinte é composta por 16 fósforos que formam 5 quadrados geometricamente iguais entre si:

Move apenas 3 fósforos de forma a obteres apenas 4 quadrados geometricamente iguais entre si.

Cartoon

Pensa num número de dois algarismos (ex.: 37)Subtrai a esse número os seus dois algarismos (ex.: 37 - 3 - 7 = 27). Procura, na tabela seguinte, à direita do resultado que obtiveste, o símbolo correspondente a esse número.

Vou descobrir a imagem que estás a ver…

Leitor de mentes

Bento de Jesus Caraça

Uma família de tartarugas: pai-8kg, mãe-4kg;filhas-2kgcada uma.Humor matemático: πolho.Desafio:

sOLUÇões

9 4

8

12

15

16 14 12

Quadrado mágicoA soma dos números em qualquer linha, coluna ou diagonal principal é sempre a mesma.

151017

161412

111813

9411

1086

5127

Page 18: O despertar 62

O DesPertar 62 > A ESCOLA EM MOVIMENTO18O Eco-Escolas é um Programa Internacional que pretende encorajar acções e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no

âmbito da Educação Ambiental/EDS. Fornece fundamentalmente metodologia, formação, materiais pedagógicos, apoio e enquadramento ao trabalho desenvolvido

pela escola.

As turmas A do 5.º e 6.º anos decidiram participar no projecto internacional Eco-escolas, coordenado pela Associação Bandeira Azul, no âmbito da disciplina Área de Projecto.

Sugerido por uma Encarregada de Educação, os alunos partiram à descoberta da proposta de trabalho presenteada neste projecto que podes encontrar e explorar no site www.abael.pt.

Orientados pelos professores da turma, os alunos escolheram trabalhar os resíduos (papel), uma das várias temáticas que podes trabalhar se quiseres aderir ao desafio lançado para este ano lectivo.

Criar pequenos ecopontos para as salas de aula, de forma a facilitar o encaminhamento do papel para o grande ecoponto que

temos no recinto escolar, será a nossa primeira prioridade para ganharmos a “Bandeira Verde” que sinaliza uma escola ecológica.

Complementarmente, já começámos a elaborar um vídeo para participarmos no passatempo “Desafio Verde”, promovido pela RTP2, onde pretendemos mostrar o nosso espírito de guardiões do papel, ensinando a reciclar bem.

Se pretenderes fazer parte do nosso clã e contribuir para uma escola cada vez mais ecológica e um planeta mais verde, explora o site na internet e vem ter connosco.

> Professor QuinzéeCO

-esC

OLa

s

A Escola EB 2/3 de Viatodos organizou, no dia 19 de Março (Sábado), à semelhança de anos anteriores, o III Dia das Expressões. Esta acção de Animação Cultural, Desportiva e Social, integrada no Plano Anual de Actividades, visou essencialmente promover uma intervenção educativa integrada, aproximar a Escola da Comunidade, fomentar e encorajar os Pais e Encarregados de Educação a participar activamente em eventos culturais e desportivos dinamizados pela Escola, aumentar o grau de abrangência do estabelecimento de ensino como agente de socialização e estreitar laços de cooperação educativa tendo em vista a partilha de

preocupações educativas.

Este dia foi dedicado à arte, música, desporto e cultura, dinamizado essencialmente pelos professores do

Departamento de Expressões, e englobou actividades tais como: lançamento de um livro de António Mota, Concurso de Artes, Mostra de Arte na Escola, Artesãos ao vivo, Passeio de Cicloturismo, Torneio de Voleibol 4x4, Percurso de Orientação, Estampagem de Tecidos, Momentos Musicais, Teatro, Exposições de Trabalhos realizados pelos alunos e muito mais…

A Escola abriu os seus portões às 9 horas a toda a Comunidade Educativa e a todas as pessoas interessadas em comparecer para festejar e alegrar o espaço que foi dinamizado a pensar nos nossos alunos.

III DIa Das exPressões

No dia 15 de Novembro, os alunos do 6.º Ano, turma C, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, realizaram a “Feira Antiga de S. Martinho”. Os alunos vestiram-se à “antiga portuguesa” para, à boa maneira popular, comercializarem produtos hortícolas trazidos de suas casas. Contámos com a presença de alguns Encarregados de Educação que trouxeram coelhos e frangos para melhor caracterizar a actividade. Todos os envolvidos foram unânimes em declarar que a “Feira” superou largamente as expectativas.

> Professoras Amélia Leiras e Carmo Andrade

“FeIra aNtIGa De s. MartINHO”

> Departamento de Expressões

Page 19: O despertar 62

O DesPertar 62 19> A ESCOLA EM MOVIMENTO

Decorreu na nossa escola, no passado dia 3 de Novembro, o habitual Corta-Mato Escolar, organizado pelos professores de Educação Física. Este ano tivemos um trajecto duro que se estendia até ao exterior da escola; como principal novidade relativamente aos anos anteriores, o facto de, pela primeira vez, termos

tido música a acompanhar o evento.

Para além da participação de todos os alunos inscritos da nossa escola, participaram também alunos do 1.º Ciclo, num total de 300 alunos (122 raparigas).

Esta tradicional competição juntou-nos pelo

convívio. Para além de premiar logo aqui os vencedores, contou ainda com um aliciante: os seis primeiros classificados por escalão/sexo apuraram-se para a Corrida de Estrada de Barcelos, promovida pela Empresa Municipal de Barcelos, no dia 16 de Novembro.

COrta-MatO

O Despertar esteve presente, tendo entrevistado, logo após a chegada à linha de meta, alguns daqueles que obtiveram as melhores classificações.

MIGUeL OLIVeIra 5.ºCRepórter: O que significa esta vitória para ti?Atleta: Fico feliz, mas apenas participei por desportivismo.repórter: Como te sentes?Atleta: Cansado, mas bem. Gosto de participar neste tipo de iniciativas, onde o convívio e a competição a todos animam.

BÁrBara araúJO 6.ºarepórter: O que significa esta vitória para ti?Atleta: Gostei de participar. Participo por paixão e, claro, para ganhar – a vitória é gratificante, pois era uma meta que me propus atingir. E consegui. Estou muito feliz por isso.repórter: Como te sentes?Atleta: Muito cansada, mas com espírito vitorioso.

HÉLDer trINDaDe 7.ºBRepórter: O que significa esta vitória para ti?Atleta: É algo bom para mim, sinto-me, por isso, feliz.repórter: Como te sentes?Atleta: Cansado, mas imensamente realizado.

CLÁUDIa GOMes 8.ºC Repórter: O que significa esta vitória para ti?Atleta: Significa imenso. É uma emoção ficar em primeiro lugar, pois tivemos concorrentes muito fortes. Ter vencido reforçou o sabor desta minha vitória.repórter: Como te sentes?Atleta: Cansada, mas, como há instantes vos dizia, bastante contente.

HÉLDer araNtes 7.ºFRepórter: O que significa esta vitória para ti?Atleta: Mais um título, mas não deixa de ser gratificante.

repórter: Como te sentes?Atleta: Muito bem! Quem não ficaria depois de ganhar? É sempre bom!

PeDrO sÁ 9.ºFRepórter: O que significa esta vitória para ti?Atleta: É sempre bom ganhar, e quem participa fá-lo sempre com esse intuito, mas nem todos alcançamos essa ambição. Eu consegui e fico feliz por isso, e realço ainda que uma medalha é sempre boa para a colecção.repórter: Como te sentes?Atleta: Cansado, o que já esperava, mas preparado fisicamente para isto. E sinto-me também vitorioso.

Parabéns a todos aqueles que ganharam e também a todos os que participaram para o sucesso desta actividade.

> Repórteres Ana Teresa, Isabel e Vítor, 9.ºF

entre-vistas

COrrIDa De estraDa CONCeLHIa

MeDaLHaDOs: José Miguel, 5.º C; Bárbara Araújo, 6.º A e Joana Cruz, 4.º ano da Escola EB1 de Negreiros.

Decorreu no dia 16 de Novembro, em Barcelos, com a participação de 30 alunos do Agrupamento.

No dia 16 de Novembro de 2010 realizou-se a corrida de estrada no Largo da Porta Nova/ Avenida da Liberdade, em Barcelos. Esta corrida foi organizada pela Empresa Municipal de Desportos.

Participaram várias escolas do concelho de Barcelos, entre elas a nossa.

Da escola de Viatodos participaram cerca de 30 alunos, 14 raparigas e 16 rapazes.

Estão todos de parabéns, em especial os três alunos que conseguiram o 3.º lugar. São a Joana Cruz, da Escola EB1 de Negreiros, o José Cunha, do 5.ºC, e a Bárbara Araújo, do 6.ºA.

> Cláudia Gomes, 8.ºC

Concurso Falar Verdade a Mentir No último período do ano lectivo anterior, no âmbito da área curricular Área de Projecto, desenvolvemos, para a nossa turma de então, um concurso literário sobre a peça de teatro «Falar Verdade a Mentir», de Almeida Garrett.

Porque precisávamos de dinheiro para poder atribuir um prémio, tivemos a ideia de arranjar um patrocínio e conseguimo-lo junto da loja electro raquel, de Negreiros.

E assim comprámos o livro «A Lua de Joana», de Maria Teresa Maia Gonzalez, que foi ganho pela nossa colega Lurdes Ariana, a primeira classificada no concurso.

Queríamos agradecer publicamente à loja electro raquel, porque sem o seu patrocínio não poderíamos ter concretizado esta actividade. Muito obrigada!

> Andreia, Cristiana, Daniela, Filipa e Margarida – 9.ºA

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O DesPertar 6220Esteve na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos da Escola Básica do 1.º Ciclo e Jardim-de-Infância de Cambeses, no passado dia 5 de Novembro, o Professor António Castanheira, conhecido “cantador” de histórias bracarense. Esta actividade surge no âmbito do Projecto “Cantar Histórias”, promovido pela Biblioteca Municipal de Barcelos, nomeadamente pelo Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares.

O Professor Castanheira contou e cantou histórias do nosso património literário oral e algumas das nossas lengalengas, e mostrou todo o encantamento que este tipo de literatura veicula através dos seus ritmos iterativos, de seres fantásticos, da luta entre o Bem e o Mal, da eterna procura da felicidade… e da resolução de todos os conflitos como que por magia.

Estivemos, de facto, perante um excelente comunicador para os públicos mais jovens, um encantador de plateias, que efectivamente, conseguiu fascinar e envolver os alunos numa prática interactiva constante, apoiado pela sua fiel companheira viola.

Foi, indubitavelmente, uma manhã divertida e bem passada em prol da motivação para a leitura, do gosto pelos livros, da transmissão de valores ético-morais e da nossa tradição literária oral, a qual contribui para a unidade cultural, fazendo-nos sentir parte integrante de um povo.

> Professora Glória Braga

aLô… aLô… DaQUI FaLa CaMBeses“CaNtar HIstÓrIas”

A Hora de Conto ocupa um lugar importante na escola, pelo que julgamos fundamental elegê-la como uma das actividades capazes de, pela sua prática continuada, proporcionar o desenvolvimento do prazer de ler. Em espaço diário ou semanal, durante o qual se lê em voz alta, esta rubrica constitui um momento diferente no dia-a-dia da escola, envolto em magia e libertação do imaginário.

Pelo terceiro ano consecutivo se reconstruiu este projecto de leitura para as escolas do 1.º Ciclo deste Agrupamento, com o intuito de se criarem condições, na sala de aula, para que as crianças estimulem e desenvolvam o gosto de ler, para lá de aperfeiçoarem os seus mecanismos de leitura.

Assim sendo, procurámos, com a continuidade deste projecto, e através de actividades diversificadas, continuar

a criar situações onde a leitura e a escrita estejam sempre presentes numa versão, ao mesmo tempo, lúdica e cultural, e que se fomentem hábitos de leitura, fundamentais para estimular a imaginação infantil, provocar a reflexão e cultivar a inteligência.

O Projecto Oceano das Palavras será apresentado através de um blogue na internet (http://www.oceanodaspalavras.blogs.sapo.pt) que, mensalmente, irá propor actividades no âmbito do estudo das obras em análise, em cada ano de escolaridade. Serão, de igual modo, apresentados os trabalhos dos alunos que forem sendo seleccionados.

> As Coordenadoras Luísa Oliveira e Sara Barbosa

PrOJeCtO OCeaNO Das PaLaVras 3Um projecto de Leitura a ser implementado nas escolas do 1.º CEB pelo terceiro ano consecutivo

blogue disponível em http://www.oceanodaspalavras.blogs.sapo.pt

Prevenção rodoviária

A EB1/ JI de Fonte Coberta tem proporcionado aos seus alunos projectos de intervenção na área ambiental, saúde e higiene pessoal e segurança rodoviária.

Este ano lectivo, enquadrado na comemoração do dia de S. Martinho, levamos a cabo, com a imprescindível colaboração da C. M. Barcelos, uma actividade de prevenção rodoviária. Esta actividade dividiu-se em duas partes: apresentação teórica sobre as regras e sinais

de trânsito, com a concretização de um jogo interactivo de aplicação dos conhecimentos assimilados, e outra actividade prática, no ringue da escola, através do desenvolvimento de um circuito sinalizado, utilizando bicicletas como meio de transporte.

Apesar da incerteza do tempo, a actividade decorreu com grande empenho e alegria por parte de todos os intervenientes.

> EB1/ JI Fonte Coberta

> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

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Todos nós sabemos que o pão é um alimento verdadeiramente nutritivo, saboroso e saudável.

Tirando partido das práticas da vida rural que marcam a cultura e a tradição da nossa região, passámos uma manhã diferente, promovendo aprendizagens, boa disposição e muito convívio. No dia 25 de Outubro, fomos à casa da avó da Margarida Novais que, logo pela manhã, deu início à confecção do pão.

Com as suas explicações, ficámos a saber as etapas necessárias para a elaboração deste alimento: amassar, levedar e cozer.

Com muita sabedoria e treino, a nossa avó peneirou a farinha para dentro da masseira e misturou o fermento e a água na farinha Depois foi tudo muito bem amassado, sendo necessário grande força de braços. Que canseira!

Seguidamente, fechou a tampa da masseira e a massa ficou a levedar, dando tempo para irmos ver as vacas, que fornecem o leite e a carne para a nossa alimentação, tema muito falado na nossa escola em alguns projectos que temos vindo a desenvolver.

Tivemos a alegria de ver um vitelinho que tinha nascido durante a noite.

Já ao lado da masseira, para regalo de todos, a avó moldou pães caseiros com carne e broas de milho, que levou a cozer no seu forno a lenha, que estava muito quente. Por fim, chegou a hora da prova. Hum… Que delícia! A Margarida tinha razão, quando dizia na escola que o pão com carne da avó era muito saboroso.

Aprovado ficou o saboroso pitéu!

Como a broa de milho leva mais tempo a cozer, só provámos este delicioso pão caseiro mais tarde, na escola.

> Jardim de Infância de GrimancelosEducadora Maria Antonieta Simões

CONFeCÇÃO

DO PÃOOs hábitos alimentares, o exercício físico e o ambiente que nos rodeia são decisivos para a nossa saúde. No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Alimentação, inseridas no Plano Anual de Actividades, realizaram-se diferentes actividades com o objectivo de sensibilizar a Comunidade Educativa para o princípio de que a Alimentação constitui a base da nossa saúde.

Os alunos assistiram à apresentação, em PowerPoint, da história “Saber comer é viver melhor” que serviu de base ao aconselhamento para a prática de uma alimentação equilibrada.

Foi confeccionada pelas crianças, tanto do Pré-escolar como do Primeiro Ciclo, uma apetitosa salada de frutas que foi saboreada ao lanche.

Para lá desta iniciativa, os alunos do Pré-escolar têm vindo a desenvolver variadas actividades, mais concretamente a construção da roda dos alimentos, o “jogo dos sabores”, trabalhos de expressão plástica relacionados com o tema, bem como a elaboração de jogos didácticos, de que é exemplo o “puzzle da roda dos alimentos”.

Estas realizações permitiram lançar um olhar mais lúdico, mas também muito educativo e atento, sobre a educação para a saúde.

Depois destas iniciativas, todos ficaram mais motivados para levar um estilo de vida mais cuidado e saudável.

> Jardim de Infância de MinhotãesEducadora Manuela Passos

DIa MUNDIaL DaaLIMeNtaÇÃO

No passado mês de Setembro, as crianças do Jardim de Infância de Aldeia – Chavão participaram numa desfolhada com alguns elementos da comunidade.

Com o objectivo de recriar tradições agrícolas dos nossos antepassados, a família do José António preparou-nos um cenário em tudo idêntico àquele que, por esta altura do ano, costumavam reviver os nossos avós.

No final, todos os participantes foram brindados com um lanche digno de uns verdadeiros agricultores. No regresso à escola não faltou a animação com canções populares acompanhadas de concertina e realejo.

> Jardim de Infância Aldeia - Chavão

a desfolhada na nossa aldeia

> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

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Os alunos da escola EB1 de Viatodos, para comemorarem o “Dia da Música”, assistiram a um concerto na Casa de Fralães, com recurso a imagens multimédia que acompanharam as melodias. Os pianistas e autores do concerto, David Silva e Margarida Machado, encantaram a assistência com os seus dotes musicais. Os alunos deslocaram-se, ainda, à Academia de Música de Viatodos, participando numa aula de Educação e Expressão Musical, ministrada pelo professor João Carlos da escola de Música. Alguns alunos maravilharam-se com os pianistas, sendo a primeira vez que assistiram a um concerto musical e contactaram com música erudita.

> Escola EB1 de Viatodos

DIa Da MúsICa Visita à aPaCOs alunos da EB1 de Rio Covo Santa Eulália visitaram a APAC (Associação de Pais e Amigos das Crianças) de Barcelos. Esta visita enquadra-se na temática do Projecto Educativo do Agrupamento, “Educação Cívica e Ambiental”, e pretende-se sensibilizar os alunos para a diferença e tomada de consciência das limitações físicas que algumas doenças provocam em crianças em idade escolar. Esta problemática está bem presente nos alunos, dada a existência na escola de uma aluna que tem vindo a ser acompanhada, desde bebé, pela associação atrás referida. Houve um grande empenho de todos na recolha de tampinhas para oferecer à APAC e, assim, todas as crianças se envolveram emocionalmente na resolução de problemas inerentes a este tipo de entidades.

> EB1 de Rio Covo Santa Eulália

No dia 24 de Setembro fizemos uma desfolhada na nossa escola...

Um lavrador vizinho foi lá levar um tractor de espigas de milho, e foi sentado em seu redor, ao som de músicas tradicionais, com muitos adultos e crianças vestidas a rigor, com trajes regionais, que nós desfolhámos o milho.

No Jardim de Infância estamos a trabalhar o ciclo do

pão, alimento muito importante na nossa alimentação. O milho é um dos ingredientes da confecção do pão. A nossa terra é rica no cultivo do milho, daí aproveitarmos este recurso para o nosso trabalho e para realizarmos uma desfolhada em conjunto com os meninos da escola do 1.º ciclo de Grimancelos.

Esta desfolhada foi acompanhada por música popular; alguns pais e avós cantaram canções tradicionais que

todos dançámos com muita alegria!

No final, foi partilhado um lanche, oferecido por todos, com pataniscas de bacalhau, bolinhos de bacalhau, chouriça, pão caseiro, azeitonas e outros petiscos.

> Jardim de Infância de GrimancelosEducadora Maria Antonieta Simões

DesFOLHaDa

> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

> Ilustração: alunos da EB1 de Rio Covo Santa Eulália

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O DesPertar 62 23Crescer com saúde

O Jardim de Infância de Fonte Coberta tem vindo, ao longo dos anos, a aderir às actividades promovidas pela Câmara Municipal de Barcelos, principalmente às que promovam uma cultura de utilização dos recursos de uma forma sustentável. Neste sentido, aderimos ao projecto da “compostagem”, “o meu canteiro” e, no ano lectivo transacto, da “horta biológica”. Este ano lectivo, utilizámos, os produtos cultivados no nosso canteiro da horta biológica para incentivar o consumo de alimentos saudáveis (legumes), como foi o caso dos fios de cenoura, consumidos durante o almoço, da alface, no Dia Mundial da Alimentação, e da confecção de xarope de cenoura, para combater gripes e constipações.

> JI de Fonte Coberta

Os meninos do Jardim de Infância de Souto – Viatodos – receberam a visita do Professor Zé Manel, acompanhado dos Bombeiros da localidade, para realizarem uma demonstração de como proceder em caso de acidente no Jardim. Depois de uma reacção inicial de alguma timidez e choque, as crianças vibraram com a demonstração, que foi bastante elucidativa.

Parabéns pela iniciativa!

VIsIta DOs BOMBeIrOs

Atitudes a Promover nos Pais / Educadores e a Estimular nas Crianças

Na medida em que, cada vez mais, encontramos no nosso dia-a-dia crianças com dificuldade na articulação dos sons, é cada vez mais importante ter em conta alguma atitudes que, se observadas, poderão contribuir para o desenvolvimento da linguagem.

estabelecer o contacto ocular: nenhum intercâmbio deve ser iniciado sem a presença do contacto ocular, pois este é o primeiro estímulo;

Observar: implica que o educador esteja com os olhos bem abertos para captar todas as mensagens da criança;

esperar: a criança está num processo maturativo de funções, pelo que devemos estar atentos à exteriorização desses sinais;

escutar: devemos prestar atenção a todos os sinais de comunicação que as crianças transmitem;

Nomear: é dar nome a pessoas, objectos, sentimentos, qualidades e acções;

Preparar o contexto: significa antecipar a sequência de uma rotina. A rotina de uma criança executada desde muito cedo ajuda-a a fazer a antecipação do que vai suceder;

seguir: é estar atento a todos os sinais de comunicação da criança, favorecendo a tomada de iniciativa, o seu poder de decisão. A criança pode revelar-nos, assim, os seus centros de interesse, a sua motivação e ganhar autonomia;

repetir: refere-se à repetição de forma agradável e diversificada de palavras e de sequências de actividades;

trabalhar os cinco sentidos: quanto mais um conceito é abordado, nas suas diversas dimensões, maior e melhor se torna a sua compreensão;

Imitar: ao ser imitada, a criança aprenderá a imitar

o adulto, adquirindo novos conhecimentos; esta experiência valoriza a relação;

expressão verbal e não-verbal: a criança aprende a falar ouvindo falar, ao tentar imitar os sons da língua do adulto;

Incitar: a atitude do educador é de retaguarda e não de substituição, é a pequena ajuda muito específica. O educador não faz pela criança, mas faz de suporte tão discreto quanto eficaz. É saber criar uma subtil dosagem das expectativas, que não devem ser baixas de mais (o que provocaria “um mastigar a papinha toda”), nem altas de mais (o que poderia levar à frustração, devido a insucessos repetidos na execução de uma tarefa).

> Educadora Adelaide AraújoRigolet, Sylviane A. (2006). Para uma Aquisição Precoce e Optimizada da Linguagem. Porto Editora.

eDUCaÇÃO PrÉ-esCOLar e LINGUaGeM“A aquisição da linguagem é, provavelmente, o mais impressionante que o ser humano realiza durante a infância” (Inês Sim-Sim, 1997)

Era um dia de tempestadeVeio S. Martinho ajudarE fez uma bondade Apareceu o sol a brilhar.[Joana]

As castanhas eram boasQuentinhas a queimarTodas as pessoas As devem provar.[José Paulo]

No S. MartinhoFazemos uma brincadeira Cantamos e dançamos E saltamos à fogueira.[Margarida Filipa]

O dia de S. MartinhoÉ a festa do Magusto Comemos castanhas quentinhasSujamos as nossas carinhas.[Margarida Pratinha]

No dia de S. MartinhoCome-se castanhas e vinhoMas quem é criança…Bebe um suminho.[Daniela]

No dia do Magusto A fogueira está a arderCastanhas quentinhas Nós todos a comer.[José Oliveira]

> Alunos do 4.º D Escola EB1 de Viatodos

QUaDras aLUsIVas aO s. MartINHO

> A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

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aO DesPertar 62 > A ESCOLA EM MOVIMENTO / CRONICAGEM24

No ano lectivo de 2009/2010, a turma 8.ºF desenvolveu um trabalho de encenação de um texto adaptado da obra “O Macaco do Rabo Cortado”, de António Torrado, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Tínhamos em mente a sua representação, no final do ano lectivo, para os alunos do 4.º ano de escolaridade da Escola EB 1 de Viatodos.

Depois de um trabalho preparatório, em que a tomada de decisões nem sempre foi fácil, acabámos por delinear um Projecto capaz de, ao mesmo tempo, permitir a integração dos alunos do 4.º ano na Escola-sede do Agrupamento que as iria receber no ano lectivo seguinte, e desenvolver competências em língua e de expressão/representação dramática.

Assim, no 1.º período, a obra foi transformada em texto dramático e dividida nas respectivas cenas. Concluída esta etapa, foram atribuídos os papéis aos alunos, bem como as restantes tarefas (ao nível do som, dos adereços e dos cenários). Posteriormente, iniciaram-se os ensaios que tiveram sequência, de um modo exaustivo, no 2.º período.

No 3.º período, foram apuradas as técnicas de representação, bem como a banda sonora da peça e a construção do cenário, esta dirigida pelo Professor Domingos Machado.

Conforme o esperado, no dia 9 de Junho, os alunos do 4.º ano da Escola EB1 de Viatodos deslocaram-se à escola para assistir ao trabalho de um ano que se materializou em cerca de uma hora. Durante a actuação, todas as crianças assistiram com atenção máxima ao trabalho dos jovens actores. No final, todos confraternizaram em cima do palco, dando sentido aos pressupostos que animaram esta iniciativa.

Todos os alunos e professores envolvidos neste projecto consideraram ter sido uma experiência, mais que positiva, gratificante. > Ana Cruz e Isabel Magalhães, 9.ºF

a esCOLa NÃO FOI aO teatrO; O teatrO VIVe Na esCOLa

Ser professora não é de todo um caminho que eu pense seguir, mas em cima do palco foi, sem dúvida, uma profissão que adorei ter. Foi uma experiência extraordinária!

> Isabel Magalhães, 9.ºF

Ao representar esta peça pude sentir a liberdade de um verdadeiro macaco. Ser a actriz principal foi um trabalho árduo mas muito gratificante. E a interacção com o público foi fantástica!

> Ana Cruz, 9.ºF

Adorei estar em cima do palco; foi sem dúvida uma experiência que nunca vou esquecer…

> Sílvia Juliana, 9.ºF

Eu gostei de participar como actriz na peça “O Macaco do Rabo Cortado”. Foi uma experiência muito interessante, conheci o mundo do palco e, através dele, consegui interpretar um papel que é o nosso oposto; entrar no corpo de uma personagem completamente diferente de nós é uma sensação inexplicável.

> Patrícia Araújo, 9.ºF

Gostámos de participar na peça de teatro, porque elevou o nosso conhecimento artístico (representação e encenação), a nossa capacidade de interacção com o público e também promoveu o convívio entre os alunos do 4.º ano e os do 8.ºano. Foi bastante divertido/enriquecedor encarnar uma personagem totalmente diferente da nossa personalidade.

> Anabela e Marisa, 9.ºF

COMeNtÁrIOs sOBre a PeÇa “O MaCaCO DO raBO COrtaDO”

Pensei, repensei, voltei a pensar e quando estive quase a parar, eis que nesta viagem pelas memórias da minha vida encontrei uma música que, desde os seus primeiros acordes, se interligou rapidamente com a minha essência.

Sim, estamos a falar de uma música que reflecte uma parte do meu eu, pois, para além de outras dimensões, alerta para a importância das crianças e das nossas decisões no futuro das civilizações.

Já descobriram de que single estou a falar? Bem, penso que já é altura de o revelar. We are the World é um single que marcou a minha existência e, sim, está nas nossas “mãos” tornar o Mundo num local bem melhor para se viver.

Assim, como educador, e não só, a mensagem

deste single é e x t r e m a m e n t e relevante. Se, por um lado, uma visão egocêntrica nos “amarra”, por outro, a disponibilidade para a partilha e a entreajuda, não só para com os que nos são próximos, mas também para com aqueles que, não podendo, necessitam de uma verdadeira “mão amiga”, “liberta-nos”.

Concluindo, os que entre os vivos caminham imortalizam-se pelas acções positivas do seu ser, pelo desejo de marcar a diferença e de viver com a vontade de colaborar, ajudar a fazer deste Mundo um Mundo bem melhor.

> Professor David Ferreira

DIsCOs Da MINHa VIDaMusic & Lyrics é um dos meus filmes favoritos.

Conta a historia de um cantor POP dos anos 80 que ainda vive no passado e de uma rapariga normal que trata das plantas dele.

Este cantor tinha de escrever uma canção para um novo ídolo musical mundial. O problema

é que ele não escrevia letras, sendo então que acaba por descobrir que a rapariga normal que cuidava das suas plantas tinha “veia poética”. Estes acabam por formar uma estranha mas Grande equipa, onde as peripécias, os mal-entendidos e o bom-humor parecem intermináveis. No final, e apesar de tudo, a história acaba bem.

Destaco os papéis dos protagonistas, interpretados por um sempre engraçado Hugh Grant e pela bela Drew Barrymore.

Recomendo este filme a qualquer pessoa que precise de ser inspirada ou animada.

> João Ranginha, 9.ºF

MUsIC & LyrICs

[todos ex-alunos do 8.ºF]